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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Ano VIII • nº 81 •jul/ago • 2014 SENAI é escolha de futuro

Revista FIEAM Notícias ed. 81

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Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Ano VIII • nº 81 •jul/ago • 2014

SENAIé escolhade futuro

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22Programa Saúde da Mulher intensifica atendimento ao PIM

6Ação Empresarial exercita protagonismo político nas eleições

para Governador do Estado

24Programa Vira Vida forma sua primeira turma no Amazonas,

com 43 jovens

9Cônsul Geral do Japão, Kazuo Yamazaki, é recebido por

Antonio Silva, na FIEAM

12Antonio Silva entrega Prêmio CNI de Jornalismo

ao jornalista Mário Adolfo

Índice

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Miguel Ângelo/CNI

A indústria é um setor indispen-sável ao desenvolvimento con-sistente do Brasil e, sem ele, o crescimento fica comprometido.

Prova disso, foi o resultado apurado do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, de menos 0,6% em relação ao primeiro, fi-cando em R$ 1,27 trilhão, conforme dados divulgados pelo IBGE no final de agosto. A indústria teve uma queda de (-) 1,5% na sua participação e o setor de serviços, de (-) 0,5%, crescendo apenas o setor agropecuá-rio, com parcos 0,2%.

Muito embora o PIB tenha avançado 0,5% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado e acumule uma alta de 1,4% em 12 meses até junho, se a comparação for feita do segun-do trimestre de 2014 com o segundo trimes-tre de 2013, a queda se acentua, indo para (-) 0,9%, com a indústria recuando 3,4%, a agropecuária sem crescimento (0%) e servi-

ços crescendo apenas 0,2%.Inegavelmente, a indústria brasileira

tem se atrofiado por uma conjugação de fatores que provoca a desindustrialização: são os juros elevados, a falta de investimen-tos, câmbio sobrevalorizado e exagerada abertura comercial que provocam resul-tados pífios para a economia de um país como o Brasil.

Entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro de 2014 os investimentos enco-lheram, passando de 19,5% para 17,7% do PIB. A crescente perda de competitividade internacional da indústria brasileira é re-sultante dessa combinação de fatores, facil-mente demonstrada ao considerarmos que a participação das exportações de produtos industriais caiu entre 1995 e 2013, de 56,2% para 39,3%. A participação da produção manufaturada no PIB brasileiro em 2012 foi de apenas 13,3%.

Seja qual for o presidente eleito, o maior

desafio será restaurar essa competitividade que começou a se degradar no fim da déca-da de 1990.

Na Zona Franca de Manaus, estamos também enfrentando resultados insatisfa-tórios: no faturamento do Polo Industrial, nas exportações, no emprego. São reflexos preocupantes de deterioração da participa-ção da indústria no processo de crescimen-to econômico do Brasil, provocando uma estagnação da produção em todo o País e que resulta no recuo do crescimento do PIB. Infelizmente, nós na ZFM não estamos imunes a esses fatores e precisamos mais do que nunca trabalhar para superá-los.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FIEAM

Editorial

Presidente:

ANTONIO CARLOS DA SILVA

1º Vice-Presidente:

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

2º Vice-Presidente:

AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES

Vice-Presidentes:

NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO

1º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO

2º Secretário:

FRANK BENZECRY,

1º Tesoureiro:

JONAS MARTINS NEVES

2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Diretores: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI

Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AMCássia GuterresCristiane Jardim

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Cássia Guterres (redação), Alessandra Cordeiro, Andrea Ribeiro (arte)

FOTOGRAFIASComunicação

CAPAAndrea Ribeiro

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919, CentroCEP 69020-031 Manaus/AMFone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]

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Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

ExpedienteDiretoria

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Destaques

O presidente da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, recebeu no início de agos-to, comitiva de executivos da Yamaha Motor da Amazônia. O encontro marcou a passagem do cargo de diretor da mul-tinacional, Seijiro Teramae, para Osamu Yabuzaki.

“Como entidade representativa da in-dústria amazonense estamos aqui para apoiar e fornecer todas as informações so-bre o segmento produtivo do Amazonas. Desejamos boa gestão ao diretor Yabuzaki e que ele possa contar com o Sistema FIE-AM para o fortalecimento de suas ativi-dades industriais e para o aumento em inovação e competitividade da Yamaha Motor”, disse Antonio Silva.

O novo diretor dará continuidade ao modelo de gestão de Teramae que esteve no cargo por aproximadamente um ano e meio. Yabuzaki colocou sua administra-ção à disposição para ampliar a parceria

O Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) promoveu, no final de julho, o Painel de Especialistas da Rede SESI de Prevenção de Acidentes. O evento, realizado para “criar uma cultura industrial de prevenção de acidentes de trabalho”, contou com a participação de representantes de empresas, como Bertolini Construção Naval da Amazônia (Beconal), Moto Honda da Amazônia, Eletrobrás, Tai Engenharia e Construções, entre outras.

A engenheira de segurança do SESI Amazonas, Paula Andrea Naranjo, alertou que as empresas podem mudar a situação,

principalmente com ações preventivas, como a utilização da ferramenta Higiene Ocupacional, que é dividida em Saúde Pública, Gestão da Empresa e Proteção Ambiental.

“Essa medida tem o objetivo de proporcionar ambientes de trabalho

salubres, com redução do absenteísmo e o presenteísmo, proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, contribuição para um desenvolvimento sócio-econômico e sustentável além de reduzir os acidentes de trabalho na indústria”, alertou Naranjo.

Desde 2012, as despesas do Ministério da Previdência Social em benefícios concedidos ao trabalhador de Manaus estão crescendo, o que já coloca a capital amazonense no segundo lugar no ranking, com mais de 49 mil benefícios, atrás apenas do Pará que chegou a beneficiar mais de 113 mil. No ano de 2012 foram disponibilizados quase 5 milhões de benefícios para todo o país, dos quais 86,7% eram previdenciário, 6,7% acidentários e 6,6% assistenciais.

O painel deu oportunidade às empresas de conhecerem as ações realizadas entre si, com a formação de grupos, e debates entre elas, para encontrar novas e melhores ações preventivas.•

Antonio Silva recebe comitiva de executivos da parceira Yama

Yamaha apresenta novo diretor na FIEAM

em educação profissional, o que já aconte-ce entre a empresa e o SENAI.

“Apoiamos bastante o SENAI, pois é uma instituição que forma nossa mão--de-obra. A missão de levar a qualificação profissional e cidadania é algo que está alinhado à nossa empresa, por isso, todos os projetos que o SENAI tenha nesta li-

nha, a Yamaha pode contribuir”, ressaltou Yabuzaki.

Atualmente, a Yamaha participa das ações itinerantes do SENAI com as unida-de móveis fluviais Samaúma 1 e 2, e fixa, na Escola SENAI Waldemiro Lustoza, unidade que forma trabalhadores para a indústria metalmecânica.•

SESI estimula ‘cultura de prevenção de acidentes’

Paula Andrea Naranjo, do SESI

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Nos últimos cinco anos, o SENAI Amazonas matriculou mais de 8 mil me-nores aprendizes e, desses, pelo menos 60% foram inseridos no mercado de tra-balho. A informação constou na apresen-tação sobre aprendizagem profissional no Estado, feita pelo gerente da Escola SENAI Antônio Simões, José Nabir, no I Seminário sobre a Lei de Aprendizagem: Uma Questão Social, no auditório da As-sembleia Legislativa ‘ Deputado Belarmi-no Lins’.

De acordo com o diretor do Depar-tamento de Políticas do Trabalho e Em-prego para a Juventude, do Ministério do Trabalho e Emprego, Alan Pombo, uma das prioridades do governo federal é oferecer oportunidades no mercado de trabalho para a juventude brasileira, que é o principal alvo da Lei de Aprendiza-gem. Para isso, o Ministério do Trabalho vai atuar com a fiscalização para que as médias e grandes empresas abram espa-ço para esses aprendizes. Toda empresa com faturamento anual acima de R$ 3,6 milhões é obrigada a ter pelo menos 5% de aprendizes no quadro de funcionários. Como contrapartida, a empresa vai pagar apenas 2% do valor do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) desse aprendiz.

“A empresa que não cumprir a lei da cota mínima para contratação de jovens aprendizes estará impossibilitada de par-ticipar de licitações públicas”, disse Pom-bo.

Menores aprendizes das instituições SENAI/AM e SENAC/AM participaram da primeira hora do seminário, quando tiveram oportunidade de conhecer mais sobre a Lei 10.097/2000, os processos das instituições e empresas para inserir esses aprendizes no mercado de traba-lho, utilizando principalmente os alunos participantes de cursos de aprendizagem profissional industrial, como é o caso da aprendiz na área administrativa da em-presa Nassau, Dayse Santos Rocha, 14, aluna do SENAI/AM.

“Foi bom aprender como funciona a Lei e sobre os rumos que ela irá tomar junto com as instituições de ensino para que no futuro sejamos capacitados para entrar no mercado de trabalho e ter um bom emprego”, disse Dayse.

Participaram do seminário represen-tantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Amazonas (SRTE/AM), SENAI/AM) e SENAC/AM). No encerramento, os participantes assina-ram o termo de adesão ao Fórum Ama-zonense de Aprendizagem Profissional.•

O Serviço Social da Indústria (SESI Ama-zonas), em parceria com o Sindicato da In-dústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon) e Serviço Social da Indústria da Construção Civil de Manaus (Sinconci) atenderam mais de 5 mil trabalhadores nas áreas de educação, saúde e lazer, entre ou-tros serviços, no Dia Nacional da Constru-ção Social e Circuito da Família, no Clube do Trabalhador do Amazonas.

Idealizada pela Câmara Brasileira da In-dústria da Construção (CBIC), com o tema “Família: o alicerce do que se constrói na vida”, a ação social foi realizada simulta-neamente em todo o Brasil e ofereceu, no Amazonas, cerca de 10 mil atendimentos.

De acordo com o presidente do Sin-duscon, Eduardo Lopes, essa foi a oitava edição da Construção Social, evento que proporciona ao trabalhador da indústria, a cada ano, um atendimento exclusivo em alguns serviços essenciais. “Pretendemos atingir ao máximo as necessidades do tra-balhador e sua família, e principalmente, estreitar a relação do trabalhador com a empresa”, disse.

Um dos serviços mais procurados foi a emissão da carteira de trabalho pela Su-perintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). O desempregado Josias Matos, 19, saiu satisfeito com a rapidez do atendimento. “Já estava há mais de seis meses tentando tirar a carteira, e hoje, em menos de uma hora, saio com o cadastro realizado, o que vai facilitar de agora em diante a busca por um emprego”.•

Josias Matos tirou a carteira em uma hora

O representante do MTE, Alan Pombo (esquerda) e José Nabir, do SENAI Amazonas

Ação Social atende mais de 5 mil trabalhadores

SENAI discute Lei de Aprendizagem

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A recuperação da BR-319, entre outras alternativas para melhorar a infraestrutura logística que serve ao Polo

Industrial de Manaus (PIM), além do investimento em setores estratégicos, como o petroquímico, foram algumas das propostas apresentadas no Ciclo de Debates com os Candidatos ao Governo do Estado promovido pelo grupo Ação Empresarial do Amazonas.

Formada pelas Federações das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), da Agricultura do Estado do Amazonas (FAEA), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), além da Associação Comercial do Amazonas (ACA), e Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), a Ação Empresarial convidou para participar dos debates, de 8 a 25 de agosto, os quatro candidatos com melhor posicionamento nas pesquisas de intenção de votos: Eduardo Braga, Marcelo Ramos, Chico Preto e José Melo.

Para o presidente da FIEAM, Antonio Silva, algumas questões estruturais, econômicas e administrativas precisam ser devidamente avaliadas e solucionadas para que o Amazonas alcance um elevado crescimento econômico e social. Dentre as questões que fazem parte da Pauta Mínima de reivindicações da indústria aos candidatos ao Governo, Silva solicitou a inserção de representantes da classe empresarial no Grupo de Trabalho

Ciclo de Debates

Planos de governo em pauta

Somos otimistas por natureza, pois Deus nos deu bênçãos de condições ambientais e

de natureza para que possamos utilizá-las como alavancas para o desenvolvimento do Estado

Teremos pela frente 59 anos de Zona Franca de Manaus, vitória para a indústria do Amazonas

e para os cidadãos que aqui vivem, o que, porém, não basta para garantir o modelo

do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para atuar na aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs) do PIM, articular uma solução para o contingenciamento dos recursos arrecadados com as taxas da Suframa, bem como possibilitar maior autonomia na destinação desses recursos para aplicação na região.

“Grandes são os problemas demandados pela nossa indústria, dentre eles a recuperação da malha viária do Distrito Industrial I e II, da educação de excelência e da tão almejada competitividade que carece de maior incentivo para o desenvolvimento da inovação em nosso Estado”, disse Silva.

O presidente do CIEAM, Wilson Périco, relatou gargalos permanentes

do PIM, envolvendo sua conservação e revitalização, bem como questionou sobre o que será feito para descentralizar as matrizes econômicas, hoje concentradas em dois grandes segmentos, duas rodas e eletroeletrônico.

Périco sugeriu o desenvolvimento das potencialidades do Amazonas, como a biodiversidade, minérios e minerais, insumos para produtos farmacêuticos e cosméticos, piscicultura, fruticultura, insumos agrícolas e turismo.

“Com a prorrogação do Modelo ZFM e entendendo que o Estado não pode continuar refém como é hoje daquilo que se faz no PIM, temos que ter urgência em desenvolver novas matrizes econômicas”, argumentou.

EDUARDO BRAGA

CHICO PRETO

Ação Empresarial do Amazonas promove debate com os candidatos ao Governo

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Eduardo Braga

Primeiro a debater com os empresários, o senador Eduardo Braga, candidato da coligação “Renovação e Experiência”, destacou, ao lado de sua candidata a vice, Rebecca Garcia, seu otimismo em relação ao modelo econômico e social que está no seu plano de governo. “Somos otimistas por natureza, pois Deus nos deu bênçãos de condições ambientais e de natureza para que possamos utilizá-las como alavancas para o desenvolvimento do Estado”.

O candidato lembrou que a presidente Dilma Rousseff aprovou a segurança jurídica para a Zona Franca de Manaus. “Era de se esperar que os empreendedores evitassem tomar decisão no Amazonas (...),

pois não havia segurança para o seu capital. Como fazer inovação tecnológica, ciência e tecnologia com um horizonte tão curto do segmento industrial?”, questionou.

Braga também fez referência a um estudo macroeconômico realizado recentemente pelo Banco Itaú e que mapeou todas as regiões do Brasil. “Estão comprometidos investimentos privados na ordem de R$ 27 bilhões para os próximos anos nos segmentos petroquímico, eletroeletrônico e tecnologia da informação, como os produtos de informática que hoje são a grande mola propulsora do PIM, pois somos os principais fabricantes de tablets, celulares e notebooks. A expectativa de investimento no Amazonas até 2020 é uma das maiores do Brasil”, relatou.

Planos de governo em pauta

Precisamos de um Amazonas mais forte e meu plano de governo será voltado para as

riquezas que Deus nos deu nesta terra e que devem ser utilizadas para o nosso desenvolvimento

É preciso construir uma proposta (de governo) que abandone o velho conceito

de candidaturas sustentadas em dinheiro, tempo de TV e alianças partidárias

JOSÉ MELO

MARCELO RAMOS

Chico Preto Oferecer mais incentivos para atrair

novas empresas para o Polo Industrial de Manaus (PIM), promover a desburocratização fiscal e alfandegária, além de melhorar a infraestrutura logística que serve ao polo foram algumas das propostas apresentadas pelo candidato Chico Preto (PMN), no Ciclo de Debates da Ação Empresarial, no auditório da FAEA.

Antes de apresentar seu plano de governo, Chico Preto ouviu as demandas dos representantes das entidades empresariais. Para o presidente da FIEAM, Antonio Silva, o próximo governante deve ter como prioridade a sustentabilidade do PIM, que é um dos maiores parques industriais do Brasil, com mais de 600 empresas instaladas e empregando cerca de 120 mil trabalhadores.

“Teremos pela frente 59 anos de Zona Franca de Manaus, vitória para a indústria do Amazonas e para os cidadãos que aqui vivem, o que, porém, não basta para garantir o modelo. É necessário criar condições para que ele avance em produção e benefícios ao nosso povo. Gargalos como energia precária, falta de autonomia da Suframa e logística de alto custo e deficiente, são algumas dificuldades do PIM que travam o crescimento, impedindo que sejamos mais competitivos”, disse Silva.

Chico Preto revelou as iniciativas que pretende desenvolver em relação ao Modelo ZFM e prometeu colocar sua gestão governamental direcionada para alcançar a eficiência nesses processos, e garantir infraestrutura logística ao PIM, bem como a implantação do anel viário para transporte de carga.

“Vamos gerar mais riqueza e emprego e ampliar o mercado consumidor dos produtos amazonenses, realizando a comercialização não somente para o mercado local, mas também para os mercados nacional e internacional. Isso será possível com a garantia de investimentos maiores pelo menos três vezes”, disse Chico Preto.

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José Melo

No terceiro debate do Ciclo, o gover-nador e candidato à reeleição, José Melo (PROS), firmou compromisso com a clas-se empresarial para o desenvolvimento de políticas estaduais que beneficiem o Ama-zonas e as suas atividades econômicas e condições básicas à população.

Em resposta às demandas levantadas pelos integrantes da Ação, o governador se comprometeu observar as dificuldades que se prolongam há anos e que impactam dire-tamente na produção do PIM. “Precisamos de um Amazonas mais forte e meu plano de governo será voltado para as riquezas que Deus nos deu nesta terra e que devem ser utilizadas para o nosso desenvolvimen-to”, disse Melo.

O governador declarou que se compro-meterá em levantar recursos próprios do Governo para recuperar as vias do Distrito Industrial em parceria com a Prefeitura de Manaus. Melo falou também que atuará junto ao Governo Federal para viabilizar recursos para melhorar o sistema logístico do Estado, dando preferência à recupera-ção da BR-319 e de outras alternativas para o recebimento dos insumos do PIM e o es-coamento dos produtos aqui fabricados.

“Vamos estudar a possibilidade de transformar o Aeroporto Militar Ponta Pelada, localizado no Distrito, em um ae-roporto do PIM. A prioridade do nosso go-verno é desenvolver novos polos econômi-cos, com destaque para os setores primário,

de serviço e industrial, contemplando os segmentos de piscicultura, fruticultura, fár-maco e biocosmético, naval, gás-químico, fertilizante, mineral e turístico”, elencou o candidato.

Antonio Silva enfatizou que algumas questões estruturais, econômicas e admi-nistrativas precisam ser devidamente ava-liadas e solucionadas para que o Amazonas alcance um elevado crescimento econômi-co e social.

Marcelo Ramos

O deputado estadual Marcelo Ramos, candidato do PSB ao governo do Estado, disse que ofereceu ao povo do Amazonas, com sua candidatura, “uma nova política pautada no diálogo e no protagonismo ci-dadão”. Ramos foi o quarto e último par-ticipante do Ciclo de Debates com os Can-didatos ao Governo do Estado, promovido pela Ação Empresarial do Amazonas.

“É preciso construir uma proposta que abandone o velho conceito de candidatu-ras sustentadas em dinheiro, tempo de TV e alianças partidárias”, declarou Marcelo Ramos. Segundo ele, em sua proposta, o cidadão é um agente ativo da mudança, exercendo um protagonismo cidadão des-de a elaboração do seu plano de governo até o exercício da governança e fiscalização dos atos e gastos do governo. Para o candi-dato, é possível pautar a gestão pública por valores como transparência, meritocracia, resultados, eficiência, efetividade e econo-

mia dos recursos públicos.Um dos pontos questionados com o

candidato Marcelo Ramos foi com relação às decisões a serem tomadas sobre a qua-lidade da energia elétrica fornecida para o Polo Industrial de Manaus e quanto ao contingenciamento das verbas da Suframa que poderiam estar sendo utilizadas para a manutenção do PIM e o desenvolvimento industrial da Amazônia.

O representante da Fecomércio, empre-sário José Azevedo, destacou a importância desta iniciativa de dar voz para os candi-datos relatarem as ações prioritárias de seu plano de governo.

“Discutir e conversar devem sempre fa-zer parte da decisão política. É necessário que haja diálogo entre a autoridade cons-tituída para governança e o empresariado, pois são os empresários que promovem o desenvolvimento. O governo estabelece as normas, dá sugestões e abre o caminho, mas quem desenvolve é o empresário”, destacou Azevedo.

Ao receber as propostas da Pauta Mí-nima da classe produtora do Amazonas, Marcelo Ramos retribuiu com a entrega de seu programa de governo, comprometen-do-se a cumpri-lo na íntegra se eleito for.

“É possível fazer mais com menos, me-lhorar a vida das pessoas na capital, ofere-cendo infraestrutura logística e transporte público com qualidade, ampliando os be-nefícios da Zona Franca de Manaus e avan-çando nas conquistas sociais, de educação, segurança e saúde”, afirmou Ramos.•

Representantes da Ação Empresarial com o candidado José Melo Antonio Silva abre o primeiro debate com cadidatos ao Governo

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Cônsul japonês Kazuo Yamazaki visita presidente da FIEAM em meio à retomada da discussão nacional sobre uma agenda de cooperação bilateral de Brasil e Japão

Cônsul vê relação Brasil x Japão em visita à FIEAM

Yamazaki revela que medidas do primeiro ministro fizeram a economia do Japão crescer

O Brasil precisa seguir o exemplo do Japão e fazer as reformas ne-cessárias para que a economia volte a crescer. A opinião foi

manifestada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, durante visita do cônsul-geral do Japão, Kazuo Yamazaki à sede da organização, no Centro. A situação econômica dos dois países, com destaque para a Zona Franca de Manaus, foi o prin-

cipal item da pauta.Para Yamazaki, foi uma grande vitória a

prorrogação dos incentivos fiscais da ZFM por mais 50 anos, porém o modelo, segun-do ele, tem que enfrentar grandes desafios, que vão dos buracos nas ruas do Distrito Industrial à infraestrutura de transporte para escoamento de insumos e produtos.

Silva explica que o gargalo, que se pro-longa por alguns anos, deve ter interferên-cia do Governo Federal com uma expedição de direito para que a Suframa reconquiste a sua autonomia. Com independência nas to-madas de decisões e utilização de recursos, a Suframa utilizaria as verbas retidas no desenvolvimento da indústria da Região Norte, incluindo a recuperação das vias de acesso ao Polo Industrial de Manaus.

“Estamos com estradas em difícil estado e temos dinheiro para restaurá-las, mas devi-do à burocracia a degradação é inevitável. As necessidades quanto ao transporte não pa-ram por aí, precisamos resolver esse imbró-glio, liberar a BR-319, restaurar as rodovias e tornar cada vez mais viável o meio hidroviá-rio”, lembrou o presidente da FIEAM.

O cônsul disse que seu país vem se re-cuperando desde que o primeiro-ministro Shinzo Abe, assumiu, em dezembro de 2012, com a meta de inflação de 2% ao ano e investimento no setor privado, ações que contribuem com o aumento gradativo do salário do trabalhador da indústria japone-sa, possibilitando o aumento do poder de consumo dessa classe e a normalização das atividades econômicas. “Estamos no cami-nho, essa é a direção certa para continuar-mos a crescer”, avaliou Yamazaki.

Para Antonio Silva, o Brasil deve reagir neste momento de influência da crise da Ar-gentina, dos altos índices de inflação e da re-tração do crescimento do país. “Em ano po-lítico as medidas são pontuais, sempre com intenção eleitoreira, mas esperamos que em 2015, o Governo Federal inclua em sua agenda as reformas tributária, trabalhista e previdenciária. Essas sim são as mudanças que precisamos para nos tornarmos a 3ª ou a 4ª potência do mundo”, disse o presiden-te da FIEAM, destacando que o país ainda se segura bem, contando com uma reserva de U$ 370 bilhões para conter a inflação, os juros e a queda da atividade econômica. •

Encontro

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Pelo menos 500 empresários do segmento industrial de todo o país atenderam ao convite da Confederação Nacional da In-

dústria (CNI) para participar, em 30 de julho, do “Diálogo com os Candidatos à Presidência da República”. O então can-didato Eduardo Campos (PSB), o candi-dato Aécio Neves (PSDB), e a candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff, além de debater com os empresários os temas propostos pela CNI, foram sabati-nados por jornalistas convidados de todo o país.

Acompanhado da então candidata a vice, Marina Silva, Eduardo Campos foi o primeiro a falar. Prometeu fazer com urgência as reformas política e tributária e disse que o padrão político de gover-nança no Brasil não vai dar uma nova agenda de competitividade para a eco-nomia brasileira.

Na coletiva de imprensa, o ex-gover-nador de Pernambuco foi instigado pelo jornalista amazonense Anwar Assi, do jornal Amazonas Em Tempo, a dizer, se eleito for, o que fará em relação à Zona Franca de Manaus, no que diz respeito a infraestrutura e logística. Assi, assim como Lúcio Pinheiro, do jornal A Críti-ca, estava entre jornalistas de veículos de todo o país, convidados pela CNI a parti-cipar da coletiva.

Campos lembrou que, durante os seus três mandatos como deputado fede-

O então candidato Eduardo Campos falou inclusive sobre a Zona Franca de Manaus

Dilma Rousseff fez balanço político e disse que manteve diálogo com a indústria brasileira

CNI mantém ‘diálogo’ com presidenciáveis

Debates

ral sempre defendeu a ZFM por dever de consciência, por saber que é preciso de-fender a Amazônia e o patrimônio natu-ral, mas defender com todo um conjunto de políticas públicas. “A Zona Franca não é só uma questão de incentivos. É mui-to importante que tenhamos mantido os incentivos até para que decisões sobre investimentos que estavam suspensas possam se efetivar. Mas (ali) você tem si-tuações que não são só da logística, tem a questão das hidrovias, fazer os portos com mais capacidade”, enumerou.

Ainda sobre a Zona Franca, Campos disse que é preciso ter um olhar sobre a questão do comércio exterior. “Na hora em que o Brasil tenha uma relação co-mercial com o Pacto do Pacífico, como nós defendemos nas nossas relações ex-ternas, um acordo bilateral, nós podere-mos estar abrindo mercado para muitos produtos da Zona Franca de Manaus que hoje apesar da proximidade, das estra-

das, nós estamos perdendo esse mercado para a indústria asiática ou mexicana”, pontuou.

Competitividade

Em resposta à principal bandeira da indústria brasileira, a competitividade, contida nos 42 estudos elaborados pela CNI (leia texto ao lado) sobre as neces-sidades da indústria, o senador Aécio Neves, segundo candidato a participar do “Diálogo”, disse que, eleito, iria pro-por imediatamente um projeto de sim-plificação do sistema tributário, medida, segundo ele, necessária para garantir a competitividade que a indústria brasilei-ra tanto deseja. O candidato também dis-se que é preciso avançar na construção do IVA (imposto sobre o valor agregado), para substituir o conjunto de impostos que prejudica o setor produtivo e, conse-quentemente, o crescimento do país.

Além de debater com os empresários os temas propostos pela CNI, os candidatos foram sabatinados por jornalistas Fo

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Aécio Neves revelou que vai propor a simplificação do sistema tributário

Robson Braga recebeu cerca de 500 empre-sários da indústria para o Diálogo

Antonio Silva teve oportunidade de trocar ideia com o então candidato Eduardo Campos

Propostas apresentadas pela CNIA redução dos custos que atrapa-

lham a competitividade do produto nacional, a revisão da política de gás natural, o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura e a mudança dos currículos dos cursos de engenharia. Essas foram algumas das propostas que a CNI apresentou aos três candidatos à Presidência da Repú-blica, em 30 de julho, no Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidên-cia da República.

Com base em 42 estudos organiza-dos pela CNI, com a ajuda de líderes empresariais, especialistas e represen-tantes das associações e federações da indústria, o documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014, com o diagnóstico do cenário atual e pro-

postas de melhoria do ambiente de ne-gócios brasileiro, foi entregue aos três candidatos.

“Ao apresentar esse conjunto de propostas, pretendemos ajudar o país a ampliar a capacidade de crescimen-to”, disse o diretor de Política e Estra-tégia da CNI, José Augusto Fernandes. Segundo ele, a reforma tributária é uma das prioridade da agenda para o Brasil crescer mais e melhor.

Desde a eleição de 1994, a CNI en-trega propostas aos candidatos à Pre-sidência. Os 42 estudos da CNI foram construídos com base nas diretrizes do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que estabelece as ações necessá-rias para fazer o Brasil crescer mais e melhor na década.

Cobranças

Depois de ouvir a síntese dos 42 es-tudos construídos pela CNI com base nas diretrizes do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, a presidente Dilma Rousseff fez um breve balanço da polí-tica industrial adotada pelo governo e disse que a sua administração tem sabi-do manter um diálogo que ela considera muito produtivo com a CNI e a indústria brasileira.

Dilma lembrou os seis eixos sobre os quais, segundo ela, foi construída sua po-lítica industrial, incluindo a desoneração de tributos, os créditos subsidiados ao investimento na indústria, incentivos por meio de compras governamentais e o in-vestimento na educação focada na forma-ção técnica e na formação científica, além do ‘Brasil Sem Burocracria’ que, segundo ela deve ser o desafio do governo.

Para o presidente da CNI, Robson Andrade, o Brasil tem grandes oportu-nidades e desafios, e a maior expectativa da indústria em relação aos programas dos candidatos à Presidência da Repú-blica era justamente conhecer a natureza e o alcance das políticas públicas para o setor.

De acordo com o presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado do Ama-zonas, Antonio Silva, que acompanhou o debate na CNI, a retomada do cresci-mento da indústria brasileira passa pela construção de um ambiente favorável à competitividade.•

FATORES-CHAvES

Assim como o Mapa Estratégico da Indústria, as propostas apresentadas aos presidenciáveis foram divididas em dez fatores-chave:

1. Educação

2. Ambiente macroeconômico

3. Eficiência do Estado

4. Segurança jurídica e burocracia

5. Desenvolvimento de mercados

6. Relações de trabalho

7. Financiamento

8. Infraestrutura

9. Tributação

10. Inovação e produtividade

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O jornalista Mário Adolfo fez discurso de agradecimento à CNI pelo prêmio

O jornalista Mário Adolfo, 59, do jornal Amazonas Em Tempo, venceu o Prêmio CNI de Jornalismo,

na categoria “Destaque Regional Norte”, com a série de reportagens “O Milagre dos Peixes”. Na solenidade de premiação, em 29 de julho, em Brasília (DF), Mário recebeu o troféu das mãos do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva. No total, a Confederação Nacional da Indústria premiou profissionais em 12 categorias. O Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo, maior premiação do concurso, foi dado aos autores da série de reportagens “A Batalha de Belo Monte”, da Folha de S. Paulo Online.

Ao abrir a solenidade, o presidente

da CNI, Robson Andrade, disse que, mais do que um incentivo aos trabalhos jornalísticos sobre a indústria brasileira, o resultado do Prêmio CNI é motivo de orgulho por retratar a realidade da indústria brasileira, a realidade das indústrias dos

Estados e que, de certa forma, levam à sociedade brasileira, aos governantes e outras autoridades a situação que essa indústria enfrenta no dia a dia. “Fiquei muito feliz este ano porque tivemos um

número muito expressivo de trabalhos inscritos nesse prêmio”, disse Andrade.

Com prêmios que somaram, este ano, R$ 310 mil, com prêmios individuais de R$ 25 mil, R$ 15 mil, R$ 30 mil e R$ 50 mil, este para o Grande Prêmio José Alencar, a 3ª edição do Prêmio CNI de Jornalismo, de acordo com o diretor de Comunicação da CNI, Carlos Barreiros, teve número recorde de inscrições, com um aumento de 41% em relação ao ano passado. Foram 569 trabalhos válidos, dos quais, 181 matérias de jornalismo impresso de 51 veículos de comunicação de 25 Estados e do Distrito Federal. Os ganhadores nas categorias regionais (Sul, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste) receberam R$ 15 mil cada um.

A série do jornalista amazonense, publicada pelo jornal Amazonas Em

Mário Adolfo recebe Prêmio CNI

Jornalismo

Jornalista amazonense foi o vencedor do Prêmio CNI de Jornalismo na categoria Destaque Regional Norte

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Mário Adolfo recebe Prêmio CNITempo, relata como se deu a recuperação dos cardumes de pirarucu na Reserva Mamirauá, no rio Solimões, Amazonas, depois da pesca predatória praticada na região que trouxe sérios riscos à espécie. A reportagem de Mario Adolfo teve como concorrentes as séries “Indústria descobre o caroço de açaí”, de Celso Freire e Cida Pinheiro, da rádio O Liberal CBN, e “Portos do Pará”, de autoria de Ismael Machado, do Diário do Pará.

Convidado a entregar o troféu na categoria Regional Norte, o presidente da FIEAM vibrou com o resultado, que também pegou de surpresa o jornalista, ciente da qualidade e do alto nível dos concorrentes. Mário Adolfo, que tem uma carreira de mais de 30 anos no jornalismo amazonense, é o atual diretor de redação do jornal Amazonas Em Tempo.

Segundo Antonio Silva, entregar o prêmio a Mário Adolfo acabou sendo uma honra dupla por se tratar, segundo ele, de um dos mais importantes quadros do jornalismo amazonense.

Para o presidente da CNI, Robson Andrade, essa foi uma noite muito especial para o Sistema Indústria. “Nós tivemos uma feliz coincidência de fazer a entrega do Prêmio CNI de Jornalismo no mesmo dia da última reunião da diretoria da CNI no mês de julho e na véspera do `Diálogo com Presidenciáveis`, que acontece nesta quarta-feira (30), na sede da CNI, com a participação dos candidatos à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e da candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff.• (leia nas pág. 10 e 11)

PRINCIPAIS PRêMIOS

Grande Prêmio José AlencarReportagem: “A Batalha de Belo Monte”Veículo: Folha de S.Paulo

Categoria EducaçãoReportagem: “A Diferença Começa na Escola”Veículo: Revista Exame

Categoria InovaçãoReportagem: “Engenheiros Ganham Currículo Novo”Veículo: O Estado de S.Paulo

Destaque Regional NorteReportagem: O Milagre dos PeixesVeículo: Amazonas Em Tempo

O Milagre dos Peixes

Como cardumes de pequenos peixes, as canoas deslizam pelas águas claras e penetram nos igapós, procurando melhor local para armar suas malhadeiras ou em-punhar o arpão. Quase sempre são dois pescadores em cada canoa. Mas existem as que levam mulher e filho e também aqueles que preferem pescar solitaria-mente. Os que cultuam a tradição de pes-car com arpão buscam os capinzais nas margens do lago, onde o peixe costuma se entocar em busca de sombra e água fresca.

O manejo do pirarucu é realizado desde 2002, num complexo de lagos que estão dentro da Reserva de De-senvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), criada em 1990 pelo Governo do Amazonas numa extensão territorial de 1.124.000 hectares delimitada pelos rios Solimões, Japurá e Uati-Paraná, na re-gião do Médio Solimões, próxima à cidade de Tefé (600 quilômetros a oeste de Ma-naus). A assessoria técnica para a colônia de pescadores R-32 cultivar o pirarucu de janeiro a agosto é dada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM). A pesca é feita por meio de co-tas determinadas pelo Ibama, a partir do levantamento dos estoques feito pela pró-pria colônia, com a supervisão técnica do Instituto Mamirauá.

Quando o lago, enfim, se abre à nossa frente e avistamos centenas de canoas, o motor de “rabeta” tem que ser desligado. A partir de agora o silêncio é fundamen-tal para não espantar o pirarucu. Ouve-se apenas a batida do remo na água e o can-to dos pássaros, principalmente das gar-ças que sobrevoam nossas cabeças. Se alguém precisar falar alguma coisa terá que fazer bem baixinho.

- Aqueles pontinhos negros que vocês estão vendo lá na margem são jacarés -, aponta Zizinho, e como se estivesse nos aconselhando fala baixinho “que se-ria prudente se você parasse de mexer a mão na água para lavar o rosto”. Por volta das 8h15, o silêncio do lago é quebrado por batidas de porretes. Seu Zizinho avisa que o primeiro peixe caiu na malhadeira e é para lá que nossa canoa aponta a proa. A visão é de encher os olhos. Um pescador puxa a malhadeira e bate com cacete – ferramenta de paracuúba, fun-damental para a pesca do pirarucu – na cabeça do peixe, que, conforme arriscam nossos guias, deve pesar em torno de 48 e 50 quilos.

Trecho da reportagem publicada pelo jornal Amazonas Em Tempo, em 24 de novembro de 2013.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, entrega troféu ao jornalista Mário Adolfo

Robson Andrade entrega Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo aos profissionais da Folha

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Pelo menos 79% dos brasileiros com mais de 16 anos reconhe-cem que os cursos a distância representam uma estratégia

importante para ampliar o acesso à edu-cação. É o que aponta pesquisa enco-mendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, a partir de 2.002 entrevistas com pessoas com mais de 16 anos em 143 municípios.

Com base nesses resultados - e no dado revelado pela pesquisa de que apenas 6% dos entrevistados disseram já ter feito um curso a distância, a CNI, por meio do Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (SENAI) encontrou os subsídios para definir a oferta de va-gas na educação a distância para todo o país. Atualmente, a instituição oferece 181 cursos (seis técnicos, 28 de qualificação, 12 de iniciação profissional e 135 entre os de aperfeiçoamentos e pós-graduação) na mo-dalidade a distância.

Os dados revelaram que pessoas com ensi-no superior completo são as que mais fizeram cursos a distância. En-tre as que têm o ensino fundamental completo, apenas 2% já tiveram essa experiência. O ín-dice sobe para 6% entre as com nível médio e atinge 17% entre as de nível superior.

No que diz respeito à eficácia do ensino a distância, 43% dos bra-

sileiros consideram que o ensino a dis-tância funciona na prática. Outros 34% afirmam que não funciona. A percep-ção sobre o aprovei-tamento dos cursos também melhora conforme aumenta a escolaridade. En-tre os que têm até a quarta série do en-sino fundamental, 30% acreditam na

eficácia dos cursos a distância. É essa a opi-nião de 52% entre os que têm ensino supe-rior completo.

Benefícios da EAD

As razões que levam os estudantes a op-tarem por um curso a distância são priori-

tariamente a flexibilidade de horário de estudo (25%) e o preço (24%). O fato de não haver deslocamentos diários para as aulas é outra razão importante, referida por 18% dos entrevistados.

Outra pesquisa, sobre a percepção da população sobre a educação profissio-nal, informa que 40% das pessoas que nunca fizeram cursos de formação pro-fissional alegam falta de tempo para es-tudar. “Vemos aí um grande espaço para a ampliação da educação profissional a distância”, afirma o gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, Felipe Morgado.

Nos cursos a distância oferecidos

Estratégia para ampliar o acessoà educação

pelo SENAI para formação de trabalha-dores, os conteúdos são apresentados com vídeos, animações, simulações e livros ela-borados exclusivamente para as situações de aprendizagem. As aulas práticas, que correspondem a, pelo menos, 20% da car-ga horária, são ministradas nos polos de apoio presencial localizados principalmen-te nas escolas do SENAI. Em 2013, foram feitas 865 mil matrículas nessa modalidade de ensino. Ainda para 2014, está prevista a aprovação da oferta de cursos a distân-cia pelo Programa Nacional de Apoio ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que deve impulsionar a realização de 1 milhão de matrículas.

As informações são da CNI.

EAD

Pesquisa dá subsídios à CNI e ao SENAI para definir a oferta de vagas de educação a distância para todo o país

865mil foi o número de matrículas na modalidade Educação a Distância registrado em 2013 em todo o Brasil. Em 2014, foram oferecidas vagas de EAD também pelo Pronatec

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A Rede SENAI de Educação a Distância continua com as inscrições abertas para oito cursos on-line gratuitos na modali-dade Iniciação Profissional (Competên-cias Transversais) oferecidos pelo SENAI Amazonas. Os cursos são de Educação Ambiental, Empreendedorismo, Proprie-dade Intelectual, Lógica de Programação, Tecnologia da Informação e Comunicação, Legislação Trabalhista, Segurança do Tra-balho e Consumo Consciente de Energia.

O aluno precisa ser alfabetizado e ter acima de 14 anos de idade. Entre outros pré-requisitos, precisa de conhecimento de informática básica e dispor de micro-computador com acesso à internet, com velocidade mínima de 56kbps, além de ter instalado no computador programas espe-cíficos para acessar determinadas matérias.

De acordo com Jaspe Neto, do Núcleo de Educação a Distância do SENAI Ama-zonas, a avaliação do aprendizado é re-

alizada on-line, no ambiente EAD, onde a média final será composta somente da nota da avaliação final. Para se tornar apto ao certificado on-line, o alulno deverá ter aproveitamento mínimo de 70% na avalia-ção final.

Para mais informações sobre os cursos, os telefones para contato são (92) 3182-9956/9971, ou pelo e-mail: [email protected]. Para inscrições, acessar o site www.se-nai.br/ead/transversais/

Rede SENAI tem inscrições permanentes para oito cursos de EAD no Amazonas

MATRIZ CURRICULARDos cursos oferecidos pelo SENAI Amazonas

EMPREENDEDORISMO - Busca de oportunidades, informações e iniciativa, liderança, ética e postura profissional, criatividade, raciocínio lógico etc.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA - Tipos de trabalhador e formas de contratação, Importância do trabalho como direito social e organização social do trabalho

SEGURANÇA DO TRABALHO NR - Acidentes de trabalho e suas consequências; NR-23 - prevenção contra incêndios, primeiros socorros etc

TEC. DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - Sistema de informação, internet: hardware, software e comunicação, comércio eletrônico etc

CONSUMO CONSCIENTE DE ENERGIA - Mapa Energético Brasileiro, Impactos ambientais, Programa Brasileiro de Etiquetagem etc

PROPRIEDADE INTELECTUAL - Patentes, ideias originais, uso de marcas, proteção da origem, produtos falsos e produtos verdadeiros etc

LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO - Tipos de dados, expressões lógicas, estrutura de repetição, estrutura de condição, variáveis indexados, subalgorritmos

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Meio ambiente, ecologia, conservação ambiental, desequilíbrio ecológico etc

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Alunos das ocupações indus-triais de vitrinismo e meca-trônica garantiram medalhas de ouro e prata, respectiva-

mente, para o SENAI Amazonas, na 8ª edição da Olimpíada do Conhecimento, disputada em Belo Horizonte, Minas Gerais. O Estado obteve ainda a Meda-lha de Excelência na ocupação confecção de roupa. O resultado foi anunciado em 7 de setembro, depois de uma semana de trabalho exaustivo para cerca de 800 alunos do SENAI - e alguns do SENAC - de todo o Brasil. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, que acompanhou o primeiro dia de compe-tição, esse resultado, o melhor já obtido pelo departamento regional na competição, revela o trabalho sério de formação profis-sional no Estado realizado pelo SENAI.

Maurício Duarte Ferreira, 19 anos, chorou de emoção quando foi anunciado como vencedor de vitrinismo, ocupação em que teve como concorrentes alunos de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Um dos favoritos desde o início da competição, ele disse que teve dificuldade nos dois primeiros dias, mas conseguiu se recuperar nos dois dias finais de avaliação. Maurício disse que a medalha de ouro é importante porque abre uma nova perspec-tiva de futuro profissional.

“Mas, independentemente desse re-sultado, eu já havia conquistado a minha medalha, a medalha do conhecimento ad-quirido na minha preparação e durante a

competição. Isso eu vou levar para o res-to da vida”, disse. Maurício teve como instrutor um meda-lhista da OC, Elias Mota, ouro em 2006, na ocupação confec-ção do vestuário.

Elias Mota, que atuou na Olimpíada deste ano como um dos avaliadores de vitrinismo – para cada aluno-com-petidor, o Estado participa com um avaliador da mesma

ocupação – disse que o foco de docente e discente foi o mesmo: compromisso no processo do ensino e aprendizagem.

“Tentei repassar a mesma linha de trei-namento que me foi passada quando alu-no. Trabalhamos sem pensar em alcançar o primeiro lugar, mas em fazer o melhor. Concluímos o treinamento do Maurício no tempo recorde de apenas quatro meses”, revelou Mota.

Mecatrônica

Também favorita aos primeiros luga-res de mecatrônica, a dupla de alunos do SENAI Amazonas, Rafael Braga Guabi-raba, 18, e Giovanne Reis Lopes, 19, aca-bou conquistando a prata numa disputa acirrada com outras nove duplas concor-

Olimpíada de alto desempenho

Educação profissional

SENAI Amazonas conquista medalha de ouro, de prata e de excelência na 8ª Olimpíada do Conhecimento em Belo Horizonte (MG)

Delegação amazonense no desfile de abertura da OC2014

Desfile da delegação do Amazonas

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rentes. A ocupação foi tão disputada que a medalha de prata foi dividida entre três duplas: Amazonas, Bahia e Minas Gerais. Os amazonenses tiveram como treinador, o ex-competidor de mecatrônica, Marcos Alexandre.

A pontuação próxima dos 80% do índi-ce de aproveitamento foi resultado do tra-balho desenvolvido ao longo de quase dois anos, bem como ao compromisso comum de Rafael, Giovanne e Marcos, de juntos desenvolver a capacidade de superação e espírito de equipe.

Na ocupação que simula o processo industrial de uma linha de produção, Rafael foi o programador e Giovanne o montador, mas ambos conheciam a fundo as tarefas um do outro. Esse conhecimento

compartilhado da dupla confundiu os concorrentes que realizavam as provas de forma tradicional com cada participante responsável por uma só atividade.

“Nossa dupla não trabalha sepa-radamente as duas partes do proces-so, programação e montagem. Mon-tamos e programa-

mos ao mesmo tempo, num trabalho con-

junto. A gente misturou para que cada um soubesse o que o outro estava fazendo. E no final, tivemos um só produto e não dois como as outras equipes”, explica Giovanne.

Os competidores reconhecem a dedi-cação do instrutor e avaliador Marcos Ale-xandre que pela terceira vez consecutiva realizou treinamentos específicos para alu-nos do SENAI Amazonas na ocupação me-catrônica. “Seremos eternamente gratos ao Marcos pela paciência de nos ensinar tudo que sabia e hoje a gente reconhece, quem sabe, que até já superou os conhecimentos dele, evoluiu ainda mais do ponto onde ele parou”, diz Rafael.

Para Marcos, os novos conhecimentos em mecatrônica adquiridos nesta edição da Olimpíada do Conhecimento serão aplica-dos em sala de aula no SENAI Amazonas para manter o processo de aprendizagem crescente e contínuo. “A cada ano nossa nota vem aumentando, e esse ano não foi diferente. Nossa nota subiu 11% em com-paração à dupla de 2012, que conquistamos o prata”, revelou o avaliador.

Aberta em 31 de agosto, a 8ª Olimpíada do Conhecimento reuniu em BH cerca de 800 alunos dos departamentos regionais do SENAI de todo o país, o que fez do evento a maior competição de educação profis-sional das Américas. O SENAI Amazonas participou com 13 alunos competindo em 11 ocupações industriais. A delegação ama-zonense contou com um aluno do SENAC, competindo no segmento de serviços.

Trabalhamos sem pensar em alcançar o 1º lugar, mas em fazer o melhor. Concluímos o treinamento do Maurício em quatro mesesELIAS MOTA

O embaixador da Olimpíada do Conhecimento, Luciano Huck

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Medalha de Excelência

Amazonas, presença forte no Expominas

Medalha de excelência em tecnologia da moda, a aluna do SENAI Amazonas, Byanca Costa Barbosa, 19, disse que todo o seu esforço valeu a pena. “Abri mão de momentos de lazer com familiares e amigos para me dedicar ao treinamento e aprender a profissão, então o resultado foi compensador”, disse.

Na avaliação da competidora a con-quista da medalha de excelência é mais que um reconhecimento é um marco para sua vida profissional, pois há um ano ela ainda não sabia o que seria.

“Escolhi o SENAI para me qualificar e foi a melhor escolha que fiz para meu fu-turo, para continuar as minhas conquistas pessoais e profissionais”, ressaltou a aluna.

De acordo com o regulamento da competição, a pontuação máxima dos competidores é 600 pontos. Todos os participantes que superaram a marca dos 500 pontos receberam certificado de excelência. Acima desse índice, se a diferença entre competidores for infe-rior a dois pontos, os lugares no pódio são divididos. Na oitava edição da OC, 20 competidores mereceram o certificado de excelência, incluindo Byanca Costa.

Mais de 50% das ocupações tiveram mais de um ocupante no pódio.

Formação de jovens Para a coordenadora da Olimpíada

do Conhecimento do SENAI Amazonas, Socorro Butel, o departamento regional da instituição, procura trabalhar melho-rias técnicas e pedagógicas a cada edição deste torneio. “Na Olimpíada visamos, principalmente, a capacitação dos docen-tes para que possam oferecer preparação técnica e emocional aos nossos compe-tidores. Nossa maior expectativa era de concluir mais uma participação com competidores preparados para o merca-do de trabalho e avaliadores melhores para a sala de aula”, disse Butel.

O SENAI Amazonas participou da OC2014 também nas ocupações de Ad-ministração de Redes, Eletrônica Indus-trial, Sistema de Construção Drywall, Construção em Alvenaria, Marcenaria de Móveis, Jardinagem e Paisagismo, Soldagem e Construção de Moldes, tota-lizando a participação de 13 alunos em 11 ocupações industriais.

A começar pelo endereço, o Amazonas teve uma forte presença no Expominas, lo-cal onde foi realizada a 8ª edição da Olim-píada do Conhecimento, em Belo Horizon-te. O centro de convenções, com seus mais de 150 mil metros quadrados de área, está localizado na Avenida Amazonas, bairro Gameleira, na capital mineira.

No lado de dentro, outro elemento com a marca do Estado ganhou destaque, o Pro-jeto Samaúma, que serviu de inspiração para o Cyber, espaço de lazer em forma de barco, batizado de Samaúma III. Ao lado, uma exposição montada dentro de um con-têiner contava a história da construção do Samaúma II, a nova unidade móvel fluvial do SENAI, inaugurada no início do ano.

A coordenadora do Cyber, Mara Go-mes, explicou que a concepção do espaço de leitura, com acesso aos meios digitais, em forma de navio, foi para retratar a im-portância deste primeiro meio de transpor-te que desvendou Brasil.

Ao lado do barco, o contêiner da expo-sição ajudava a criar um ambiente tipica-mente portuário. A exposição trazia uma série de fotos sobre as fases de construção do Samaúma II, a unidade fluvial ecologi-camente correta da Rede SENAI. O novo barco, por iniciativa da CNI, veio reforçar a ação da unidade pioneira, o Samaúma, que desenvolve o ensino profissional itinerante na Amazônia há mais de 35 anos e já quali-ficou mais de 47 mil pessoas na região.

Maurício, Giovanne, Rafael e Byanca Barbosa, os medalhistas do Amazonas

Presidente Dilma com o presidente da CNI, Robson Braga, e o presidente da FIEAM, Antonio Silva, diante do Samaúma III, na abertura do evento

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‘A inauguração do Laborató-rio de Caldeiraria e Soldas ‘Agostinho Freitas’ sela mais um investimento da

FIEAM em prol do fortalecimento da in-dústria amazonense, subsidiando o setor produtivo com infraestrutura para capaci-tação profissional de seus trabalhadores”. Assim, o presidente da Federação das In-dústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, anunciou a entrega, em 1º de agosto, das novas instalações de ensino/aprendiza-gem do SENAI Amazonas, no Distrito In-dustrial, na zona Sul.

Batizado em homenagem ao empresário Agostinho Freitas, fundador do Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de Manaus, morto em 2009, o Laboratório foi inaugurado jun-to com as áreas reformadas e ampliadas das Escolas SENAI ‘Antônio Simões’ e SENAI de Ações Móveis e Comunitárias, ambas lo-calizadas no Distrito Industrial, como parte da comemoração pelos 54 anos da FIEAM,

completados em 3 de agosto.

“Nosso com-promisso é desenvolver a indústria, garan-tindo o acesso à formação pro-fissional dos tra-balhadores, eixo central do suces-so de tudo que aqui é produzi-do. O caminho para elevarmos a competitivi-

dade de nosso parque industrial é através da educação profissional ministrada pelo SENAI, por isso entregamos o Laboratório de Caldeiraria, a ampliação do Laboratório de Panificação e Confeitaria ‘Nestor Ne-ves’, e a modernização de salas e espaços utilizados no aprendizado dos alunos do SENAI”, disse Silva.

A solenidade contou com presença de autoridades, como o desembargador Aris-tóteles Lima Thury, o presidente do Tri-bunal Regional do Trabalho, David Alves de Mello Júnior, convidados da indústria e familiares de Agostinho Freitas e Nestor Neves, que emprestam seus nomes aos la-boratórios.

O Laboratório de Caldeiraria e Soldas tem capacidade para atender cerca de 900 alunos por ano. Os cursos oferecidos são de caldeiraria e montagem industrial, tra-çados de caldeiraria, tecnologia de caldeira-ria, tecnologia da soldagem, soldador oxi-gás, soldador tig, soldador mag e soldador eletro revestido.

A modernização e ampliação do Labo-ratório de Panificação e Confeitaria Nestor Neves resultará num acréscimo de atendi-mento à indústria de 41%. Serão cerca de 600 alunos por ano formados em diversas ocupações do segmento, dentre eles padei-ro, confeiteiro, cozinheiro doméstico, salga-deiro, pizzaiolo e masseiro.•

Laboratórios renovadosFamiliares de Agostinho Freitas cortam a fita na inauguração do Laboratório de Caldeiraria, ao lado do presidente da FIEAM, Antonio Silva

FIEAM inaugura Laboratório de Caldeiraria e Soldas, e a ampliação do Laboratório de Panificação e Confeitaria

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O uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e outras boas práticas de se-gurança na construção civil

foram assuntos da oficina de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), promovida pela Rede SESI Amazonas de Educação para 383 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desenvolvidas em três dias, as oficinas foram concluídas na Es-cola SESI Dra. Êmina Barbosa Mustafa, no São José I, zona Leste.

A iniciativa do SESI Amazonas serve de preparação para os alunos que vão participar do Concurso Nacional sobre Segurança e Saúde no Trabalho, exclusi-vo para as escolas do SESI e SENAI. Por meio do concurso, as duas instituições buscam despertar nos alunos o interes-se pelo tema. É também uma iniciativa de mudança de comportamento para promover a consciência e a cultura de prevenção no ambiente de trabalho nos profissionais da indústria.

O concurso sobre SST, que ainda não tem data definida para início das ins-crições, premiou, no ano passado, nove trabalhos dos Departamentos Regionais do SESI e SENAI do Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais, destacando alunos, professores ou orien-tadores e também escolas. O tema de 2013 foi “Como a segurança e a saúde no trabalho contribuem na promoção da qualidade de vida do trabalhador da In-dústria”.

Riscos e prevenções

Para o comerciante Antonio Carlos da Silva, 65, aluno do 1º segmento da EJA, a presença da equipe do SESI esclarecendo os riscos e prevenções de acidentes e cui-dados com a saúde, é essencial para des-pertar o interesse de todos para o tema.

“As dicas de prevenção são sempre bem-vindas, principalmente para quem é da área da indústria de soldagem como é o meu caso. Hoje tenho meu próprio

Pessoal da construção civil passa por oficina sobre as boas práticas de segurança na obra

Milene Oliveira, do SESI, orienta os alunos sobre o uso dos equipamentos de proteção

negócio, mas sempre que preciso enca-ro atividades de formação por gostar do que faço”, disse o comerciante. Antônio é formado pelo SENAI e diz estar empol-gado com o retorno aos estudos.

A oficina de SST foi realizada por quatro profissionais do SESI Amazo-nas que abordaram, entre outros temas,

como se prevenir de acidentes ocasiona-dos por falta de atenção, mal uso ou não utilização de equipamentos de proteção.

“Queremos mostrar aqui que o uso de EPI’s não garante 100% de segurança, mas diminui os riscos de acontecerem aciden-tes”, disse a técnica de segurança no traba-lho do SESI Amazonas, Milene Oliveira.•

Oficina

Mais segurança na construção

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A pouca idade não foi empe-cilho para Luana Iolanda de Almeida conquistar vaga como representante do Ama-

zonas no Campeonato Mundial de Jiu--Jítsu Esportivo. Aos 11 anos de idade, a menina mostra que já aprendeu a con-ciliar esporte, estudos e família. A pro-va é que, no esporte, Luana coleciona inúmeros títulos no jiu-jítsu e no judô. Na escola, seu desempenho é para lá de bom, como aluna do 6º ano do ensino fundamental na Escola SESI Dra. Êmi-na Barbosa Mustafa, no São José I, zona Leste. Mas, para chegar a essa posição, Luana teve que percorrer uma longa trajetória. Ela disse que o incentivo da fa-mília tem sido f u n d a m e n t a l e decisivo na sua carreira e que aos 2 anos de idade já acompanhava familiares para assistir as com-petições nos gi-násios esportivos de Manaus.A paixão de Luana pelo jiu-jítsu foi ime-diata. Logo aos 3 anos de idade come-çou a praticar a modalidade e, segundo ela, os resultados conquistados são em razão do foco nos treinamentos. A atle-ta disse também que treina forte de se-gunda a sábado, no Clube do Trabalha-dor do Amazonas (SESI Clube), e que a meta era conquistar o 1º lugar no mun-dial e continuar os treinamentos para conseguir a faixa preta e futuramente atuar como técnica da modalidade.Promovido pela Confederação Brasilei-ra de Jiu-Jítsu Esportivo, o mundial foi realizado entre 16 e 18 de agosto, no Gi-násio Ibirapuera, em São Paulo. Luana disputou na categoria peso pesado do

infantil (de 46 a 54 quilos) e ficou com a medalha de prata.Luana garante que a atividade esportiva não atrapalha o seu convívio social com as amigas, participando de brincadeiras, cinema e ouvir música. Ela disse ainda que pretende cursar a faculdade de ar-quitetura, mas sempre conciliando com o esporte. Em seu currículo constam

várias conquistas, como o 1º lugar no Campeonato Brasileiro Jiu-Jítsu (2012), 2º lugar na Copa América de Jiu-Jítsu (2012), 3º lugar na Copa América de Jiu--Jítsu (2013), 2º lugar no Campeonato Mundial Mirim Jiu-Jítsu (2012), 1º lu-gar na Seletiva Amazonense de Jiu-Jítsu (2013) e 1º lugar no XXV Campeonato Amazonense de Jiu-Jítsu (2012).

Colecionadora de medalhas no jiu-jítsu

Esporte

Aluna do SESI, Luana, de 11 anos de idade, conquistou mais uma medalha no Mundial

Desde 2008, Luana Iolanda é aluna da Escola SESI Dra. Êmina Barbosa Mustafa, cursando o 6º ano, turno vespertino e tem apoio do Sistema FIEAM. Luana tem mostrado também na sala de aula o mesmo talento e desenvoltura dos tatames.O supervisor de Esportes do SESI, Alberto Júnior, disse que a educação caminha junto com os esportes e as duas atividades contribuem para a formação do atleta e do cidadão. Ele disse que o esporte contribui com vários aspectos para a formação integral do aluno, como respeito às regras, trabalho em equipe e organização, enquanto que a educação contribui com o conhecimento e o desenvolvimento intelectual, ressaltando que países que utilizaram esta estratégia estão colhendo ótimos resultados

Aluna exemplar

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Programa

O Programa SESI Saúde da Mu-lher realizou, de janeiro a agos-to deste ano, 862 atendimentos a trabalhadoras em quatro

empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), o progra-ma, que utiliza unidade móvel exclusiva e ambulatórios das próprias fábricas, leva às industriárias, além dos exames específicos, orientações sobre prevenção do câncer de colo do útero e do câncer de mama. Desde o início, em 2010, o programa atendeu mais de 3 mil mulheres do PIM.

Em palestra de sensibilização para tra-balhadoras da Fundação Nokia de Ensino, a enfermeira Dagmar Silva, do SESI, disse que o câncer de mama é o que mais cau-sa mortes entre mulheres no Brasil e que o índice no Amazonas ainda é muito alto. Ainda assim, de acordo com dados da Fun-dação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon), o número de mortes causadas pelo câncer de mama, no Estado, caiu, de 448, em 2011, para 249 em 2012.

Nas empresas do Grupo Nokia - uma

das primeiras empresas a aderir ao aten-dimento itinerante do Programa Saúde da Mulher -, 565 colaboradoras foram atendi-das nesses oito anos. Na semana de 19 a 23 de maio, mais 50 passaram pelas consultas do SESI nos ambulatórios da própria em-

presa.S e g u n d o

Dagmar Silva, a obesidade pós-- m e n o p a u s a , dieta rica em gordura vegetal, consumo exces-sivo de álcool, além do histórico familiar são fato-res de risco que podem levar à doença. Por isso, é importante que, a partir dos

40 anos, as mulheres façam anualmente exames clínicos de mamografia. Sobre o câncer de colo de útero, a enfermeira in-formou que a principal causa é a infecção provocada pelo vírus HPV. Ela alertou que

Saúde da Mulher vai às empresas

No primeiro semestre de 2014, o Programa SESI Saúde da Mulher realizou 862 atendimentos nas indústrias

Colaboradoras da Fundação Nokia de Ensino assistem palestra de sensibilização na empresa

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O psicólogo Adonias Sampaio e a enfermeira Dagmar Silva (abaixo) fazem parte da equipe do Programa SESI Saúde da Mulher, que agora chega às empresas do PIM em unidade móvel

o início precoce da atividade sexual, a di-versidade de parceiros e o tabagismo são fatores de risco que contribuem para causar a infecção.

A técnica de enfermagem da Nokia, Eli-sângela Santos, disse que a parceria com o SESI mostra a preocupação da Nokia em elevar a qualidade de vida de seus cola-boradores e que durante esse período, os resultados mostram que as colaboradoras estão sendo conscientizadas, tanto que cresceu o número de mulheres atendidas.

O Saúde da Mulher facilita o acesso das trabalhadoras ao diagnóstico porque não há necessidade de deslocamento nem para receber o resultado, que chega à empresa por intermédio de um médico do SESI, que poderá esclarecer eventuais dúvidas.

Diagnóstico precoce O psicólogo Adonias Sampaio, que atua

no Programa, disse que o objetivo do SESI é levar informações às trabalhadoras do PIM, além de oferecer exames que possi-bilitem o diagnóstico precoce das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s,) e dos cânceres de mama e de colo do útero.

Realizado pelo psicólogo, em local re-servado, o acolhimento da trabalhadora é feito a partir de entrevista onde são abor-dados temas relacionados à saúde integral da paciente. Nessa etapa, o psicólogo, por meio de escuta, pode orientar conforme necessidade identificada. Ao final, será traçado um diagnóstico social e compor-tamental das trabalhadoras da empresa.•

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Primeira turma formada

Vira Vida

Depois de pouco mais de um ano de atividade, no Ama-zonas, o Programa Vira Vida começou a colher resultados

com a formatura da primeira turma, de 43 alunos, em julho, no Clube do Tra-balhador do Amazonas. A entrega dos certificados foi acompanhada pelo presi-dente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, idealizador do projeto, e pelo presidente da FIEAM e diretor regional do SESI, Antonio Silva, seu maior incen-tivador no Estado. O programa é desen-volvido pelo SESI Amazonas desde 2012.

“Tudo o que eu quero hoje é ser uma grande empreendedora, uma cabeleirei-ra profissional e ter o meu próprio salão. E não apenas isso: quero ser reconhecida pelo meu trabalho. Obrigada, Jair (Meneghelli). Se não fosse por você, não saberia o que ia querer para o meu futuro, e principalmen-te, não saberia a importância da minha família em minha vida”. Com esse depoi-mento emocionado, a formanda Cláudia Alencar*, 18, recebeu seu diploma do curso imagem pessoal, um dos três oferecidos aos alunos do programa no Amazonas.

Assim como Cláudia, outros 112 jovens de Manaus, com histórias de vida marca-das por situações de risco social e explora-ção sexual, foram selecionados, em abril de 2013, para participar do programa no Esta-do. O desafio é promover o enfrentamento dos problemas que afetam jovens em todo o país, oferecendo capacitação profissional, acompanhamento psicossocial e fortaleci-mento dos vínculos familiares.

Os 43 formandos da primeira turma concluíram os cursos de imagem pessoal e gestão de logística, oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SE-NAC Amazonas), e de auxiliar administra-tivo, pelo Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial (SENAI Amazonas).

De acordo com Cláudia, sua vida antes do Vira Vida era de festas, luxúria e tudo que a fazia “feliz”, até sua casa ser invadida por po-liciais e sua família ser ameaçada de ser presa por suspeita de tráfico de drogas e prostituição. Foi quando o Conselho Tutelar entrou em sua vida e, com ele, o programa do SESI.

Depois do depoimento emocionado, a aluna foi surpreendida pelo anúncio de Jair Meneguelli, em parceria com o presidente da FIEAM, Antonio Silva, de que vai ofer-tar um salão de beleza completo para que os formados no curso de imagem pessoal deem andamento ao que aprenderam com o Programa Vira Vida.

Antonio Silva, que também é diretor re-gional do SESI, parabenizou a atitude dos formandos de não desistir de seus sonhos, e permanecer na luta contra seus próprios impulsos. “Aos formandos desejamos que esta seja a primeira de grandes vitórias. Desejamos que, com a bênção de Deus e a força da juventude de vocês creiam que es-tudo e trabalho são capazes de virar a vida, resgatar valores e contribuir para fazer des-te mundo o lugar que todos nós merece-mos”, disse Silva.

Antes do final do ano, o programa deve formar a segunda turma, com mais 46 jo-vens, desta vez, pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), oferecido pelo SENAI, nos cur-sos de confeitaria e operador de micro, e pelo SENAC, com gestão e logística. Os cursos são alinhados às demandas do mer-

Antonio Silva (acima) discursa na abertura da solenidade; no alto, Jair Meneguelli

A primeira turma do Projeto, no Amazonas, com 43 alunos, concluiu cursos oferecidos pelo SENAI e SENAC

cado de trabalho e às expectativas dos jo-vens participantes.

A formatura foi encerrada com entrega de placas de homenagem aos parceiros que contribuem para o andamento do Progra-ma Vira Vida no Amazonas, a secretária Municipal de Direitos Humano, Assistên-cia Social e Direitos Humanos (Semasdh) e primeira-dama do Município, Goreth Garcia, o diretor regional do Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas), Aldemurpe Barros, a gerente-

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Goreth Garcia, Antonio Silva e Thomaz Nogueira com uma formanda

Antonio Silva e Jair Meneguelli posam com a representante do Abrigo Casa Mamãe Margarida, Irmã Maria do Socorro Lopes

Lançado em 2008, pelo Conselho Na-cional do SESI, o Vira Vida já acolheu mais de 4 mil jovens em 26 cidades de 20 Estados. De acordo com o CNS, desse to-tal, 2,2 mil já haviam concluído os cursos, sendo que a maioria foi encaminhada ao mercado de trabalho, enquanto outros 1,1 mil continuam vinculados ao programa em todo o país.

Além do SENAI e SENAC, o SESI Amazonas conta com a parceria do Se-brae, Instituto Euvaldo Lodi, ONGs e em-presas públicas e privadas, como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE),

Lanchonete Bob’s e Replásticos Indústria e Comércio Ltda, para inserção dessa mão de obra no mercado.

Por meio da parceria com a Prefeitura Municipal de Manaus, alunos do Vira Vida receberam, durante este ano, atendimento médico nas especialidades de der-matologia, ginecologia e infecto-logia, além de acompanhamento sistemático em saúde mental. Da parceria com o Governo do Esta-do, foram intermediados serviços sociais, atendimento psicológico e visitas domiciliares.

A diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, lembra que, em novembro do ano passado, os jovens atendidos pelo Vira Vida tiveram oportunidade de organizar um grande fórum, em Manaus, para debater temas importantes para eles, como direi-tos humanos e sexualidade, desi-gualdade de gênero e diversidade sexual. Outro grande momento, nessa primeira fase do programa, segundo a diretora, foi a partici-pação de 19 desses jovens no 4º Seminário Nacional Vira Vida, realizado em Brasília, em novem-bro. “Essas experiências ajudam o jovem a resgatar sua autoestima e dignidade, e o preparam para uma vida nova”, disse Rosana.•

Parcerias estratégicas

-executiva do Junior Achievement, Naiara Cruz, gerente de departamento regional do SENAC, Marcilene Carvalho, coordenado-ra de Educação do IEL Amazonas, Joelma Muniz, representante do Abrigo Casa Ma-mãe Margarida, Irmã Maria do Socorro Lo-pes, e representante da Associação de Mo-radores da Vila da Felicidade, Júlio César dos Santos.

* Nome fictício para preservar a identida-de da aluna.

Números do vira vida no Amazonas

Início do programa no Estado: abril de 2013

Número de alunos acolhidos: 113

Número de alunos formados na 1ª turma: 43

Cursos oferecidos aos alunos da 1ª turma: Imagem pessoal, gestão e logística, e auxiliar administrativo

Número de alunos na 2ª turma: 46

Cursos oferecidos aos alunos da 2ª turma: confeitaria, operador de micro, gestão e logística

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Negócio

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PORTAS ABERTAS PARA O CRESCIMENTO DO SEU NEGÓCIO

Comida de rua ganha projeto inédito em Manaus SESI e Sebrae se unem para promover projeto voltado ao pequeno negócio e para tirar da informalidade vendedores ambulantes de comida na cidade

Pelo menos 100 vendedores de comida, de Manaus, tiveram a chance de participar, entre julho e agosto, da primeira

etapa do Projeto Comida de Rua, que une a especialidade do Sebrae na forma-lização de pequenos negócios às habili-dades do Cozinha Brasil, programa de educação alimentar do SESI que difunde práticas de alimentação saudável e apro-veitamento integral dos alimentos. A meta é que até o fim do ano, outras 100 pessoas recebam capacitação pelo proje-to na cidade.

Iniciativa do Conselho Nacional do SESI e do Sebrae, o Projeto Comida de Rua oferece oportunidade para o peque-no empreendedor melhorar a gestão do seu negócio e diversificar sua produção por meio de um curso de 39 horas. De quebra, aos que se encontram na infor-malidade, é dado início ao processo para retirada do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), primeiro passo para a formalização do negócio.

Cerca de 10% da carga horária do cur-so, de acordo com o instrutor Humber-to Silva, do Sebrae-AM, são dedicados ao processo de formalização do negócio para o microempreendedor. O restante das aulas é dividido entre as Oficinas SEI e as aulas do Cozinha Brasil.

Da parte do Sebrae, o Comida de Rua

passa informações que vão dos princí-pios, fundamentos e práticas do empre-endedorismo aos elementos essenciais para aquisição dos produtos, passando pela melhor maneira de vender e contro-lar o dinheiro.

De acordo com a diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, o curso Comida de Rua, que terá mais duas turmas, em Manaus, entre setem-bro e outubro, foi montado com base em um mapeamento das necessidades dos pequenos empreendedores do segmen-to de alimentação. “Estamos passando conhecimentos sobre educação e segu-rança alimentar, sobre as boas práticas no preparo, manipulação, conservação e

armazenamento dos alimentos, além da higiene do manipulador e dos alimen-tos”, explicou.

Ferramentas essenciais

Planos de negócios, planejamento estratégico, comunicação visual e qua-lidade são algumas das ferramentas es-senciais para que o empreendedor tenha sucesso em seu negócio. A afirmação é do consultor do Sebrae-AM, Humberto Silva, em palestra para pequenos empre-sários do segmento de alimentação que compõem a segunda turma do projeto Comida de Rua.

Segundo Humberto Silva, é preciso

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Humberto Silva, do Sebrae, faz abordagem de comerciantes do Alvorada e fala sobre o projeto

Oficinas de manipulação e aproveitamento de alimentos são oferecidas pelo SESI

organizar a empresa com os olhos do cliente, com proatividade e coerência para que o produto tenha grande procu-ra. Ele diz que existe muita diferença en-tre comprar e vender. “É preciso investir no sonho, além de ter muita persistência para que o produto seja transformado em objeto de desejo”, disse.

Durante o curso, o Sebrae realiza as oficinas sobre empreendedorismo, pla-nejamento, compras, vendas e adminis-tração financeira. O SESI, por intermédio das nutricionistas Gilma Bispo e Evely Medeiros, fica responsável pelas oficinas de manipulação, armazenamento e apro-veitamento dos alimentos.

Evely Medeiros disse que os cuidados com a higiene visam eliminar ou redu-zir os micro-organismos, evitando que causem doenças aos consumidores. As orientações vão da necessidade dos ma-nipuladores lavarem as mãos com água e sabão antes de manusear os alimentos, assim como as verduras, frutas e legu-mes, que devem ser lavados em água cor-rente, limpa e tratada. Segundo, a nutri-cionista do SESI, o desperdício deve ser evitado com o aproveitamento das cascas das frutas e sementes. Evely alerta ainda sobre a importância de se saber a proce-dência dos alimentos.

A mineira Rosa Maria dos Santos, uma das participantes da segunda turma do curso, está em Manaus há cinco anos e, depois de trabalhar na área de atendi-

mento ao público, resolveu montar seu próprio negócio. Desde 2012, Rosa parti-cipa da Feira da Eduardo Ribeiro, aos do-mingos, comercializando café da manhã com pão de queijo, roscas e doces.

A empreendedora revela que nos pri-meiros meses vendia apenas 100 pães de queijo, mas com o crescimento do negó-cio, vende hoje aproximadamente 2,5 mil pães por domingo. Para Rosa, o curso é importante pelo aprendizado sobre ma-nipulação dos alimentos e a organização do dinheiro.•

Visão empreendedora

Pelo menos 200 trabalhadores de 50 estabelecimentos, entre lanchonetes, restaurantes e bancas de churrasqui-nho, localizadas no entorno da Escola SESI do bairro Alvorada foram aborda-dos por técnicos do Sebrae e receberam informações sobre o Projeto.Francisco Farias, de 35 anos, empresá-rio do bairro, disse está há 12 anos no segmento de alimentação, e revela que iniciou suas atividades com uma banca de churrasquinho na calçada, cresceu e hoje emprega 12 trabalhadores. Atual-mente, Farias abre seu estabelecimento de segunda a segunda, como churras-caria pela parte do dia e à noite como pizzaria.Na opinião do empresário, o negócio cresce com qualidade quando todos os funcionários envolvidos no processo te-nham conhecimento de higiene, venda, e atendimento. “Para cobrar tem que ter conhecimento”, disse.O projeto foi montado com base em um mapeamento das necessidades dos pe-quenos empreendedores do segmento de alimentação.

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Lançamento

O lançamento de “Moyses Israel”, livro de memórias do empresá-rio, assinado pela jornalista Etel-vina Garcia, marcou o aniversá-

rio de 54 anos da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). O livro é, também, uma homenagem da entidade aos 90 anos do seu fundador, Moyses Be-narros Israel, reverenciado por sua contri-buição para o desenvolvimento econômico, educacional e social do Amazonas. Em tons biográficos, o livro cobre a trajetória pesso-al e empresarial do decano da FIEAM.

“Homenageamos este homem cuja vida, ao longo de nove décadas, tem sido um exemplo de inteireza de caráter, de ide-alismo e, sobretudo, de solidariedade hu-mana. Podemos dizer, sem medo de errar, que ‘Seu’ Moyses foi um presente de Deus para o Amazonas e para a FIEAM”, discur-sou o presidente da FIEAM, Antonio Silva.

A solenidade contou com a presença de autoridades públicas, empresários da indústria e comércio, e convidados, den-tre eles o secretário de Estado da Cultura, Robério Braga, e o secretário Municipal da Casa Civil, Lourenço Braga.

“A comemoração dos 54 anos de exis-tência da FIEAM não poderia ser melhor com este ato de oferecer à posteridade um livro sobre a extraordinária vida do amigo e companheiro de longas datas, Moyses Is-rael, de quem tenho o privilégio de receber todo dia sabedoria, generosidade e, sobre-tudo, experiência, como conselheiro fiscal desta diretoria”, ressaltou Silva.

O economista Alfredo Lopes considera que a marca do empresário Israel é de atuar nos bastidores para que o Amazonas avan-

Memórias de Moyses Israel em livro Na comemoração dos seus 54 anos, FIEAM rende homenagem aos 90 do seu fundador completados em fevereiro deste ano

ce. “Moyses só fala do futuro, apesar de re-presentar as lutas do passado. Ele fala em plantar petróleo, em voltar ao interior, em beneficiar castanha, em agregar tecnologia à nossa biodiversidade para plantarmos acervo biológico com inovação e prosperi-dade”, declarou Lopes, revelando que os

investimentos do tio e sócio Isaac Sabbá, habilitaram Moyses a criar uma carreira empresarial digna na exportação da bor-racha, castanha e madeira, bem como in-centivou a vontade de trazer coisas novas para impulsionar o desenvolvimento do Amazonas, resultando na implantação da

A escritora Etelvina Garcia com Antonio Silva e Moyses Israel no lançamento do livro

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Memórias de Moyses Israel em livro

Da juta à exploração do petróleoAos 90 anos, Moyses Israel relata no

livro a trajetória da família e de suas ati-vidades no segmento de exportação de castanha, borracha, juta, petróleo, madei-ra, entre outros produtos regionais que seguiam, principalmente para o mercado consumidor europeu.

Nascido em Manaus, em 10 de feve-reiro de 1924, Moyses é filho de Salomon e Carlota Israel. Com a morte do marido, aos 34 anos, de síncope cardíaca, Carlota mudou-se com os filhos - Moyses, en-tão com 10 anos de idade, Esther, Stela e Mery - para a casa do irmão, Isaac Sabbá.

Desde os 11 anos, Moyses traba-lhou com Isaac e, aos 18 anos, o tio pediu à irmã Carlota a emancipação do filho para que se tornasse seu sócio na firma I.B. Sabbá & Cia, em 1942. Em 1943, a empresa era reconhecida como uma das maiores expressões da indús-tria no Amazonas no beneficiamento e exportação de castanha, borracha e madeira.

“Foi neste período que comecei a ir para Itacoatiara em navios e lá conheci pessoas que marcaram minha história, como a dona Ida Ramos, com quem eu tomava café todas as manhãs quando o navio aportava para ser carregado de castanhas”, lembra.

Devido a algumas crises sugiram no-vas oportunidades de negócios, como a instalação de uma refinaria em plena flo-resta amazônica. O título para instalação da Refinaria de Manaus foi concedido em 1953, autorização dada pelo Conse-lho Nacional de Petróleo. A empresa de

Isaac se tornaria uma das seis empresas privadas (100% de capital nacional) a construir e explorar refinarias de petró-leo no Brasil.

Moyses Israel assumiu a responsabi-lidade de fazer contato com bancos ame-ricanos para obter carta de crédito para efetivar as compras dos equipamentos da refinaria.

E o jovem empresário conseguiu o crédito para a Sweeco, empresa contra-

tada para construir os equipamentos da refi-naria, com o Chemical Bank, que por não ter agências no Brasil fez uma transação com o Banco da America que possuía filiais em São Paulo e no Rio de Janeiro, para dar início ao maior investimen-to de Isaac Sabbá no Amazonas.

Fartamente ilus-trado com fotos, de-

senhos, recortes de jornais e fac-símiles de documentos importantes, o livro, de 186 páginas, é uma homenagem da FIE-AM aos 90 anos, completados este ano, do seu fundador. Moyses Israel ocupou o cargo de 1º vice-presidente da primei-ra diretoria aclamada em 3 de agosto de 1960, da qual o empresário Abrahão Sa-bbá era presidente. Desde então, Israel esteve presente na maioria das compo-sições de diretoria da FIEAM, onde ocu-pa, atualmente, o cargo de presidente do Conselho Fiscal.

Refinaria de Manaus.“Relatei a biogra-

fia dos meus 53 anos nesta casa (FIEAM), mas tomei a liberda-de de incluir a his-tória do meu tio e meu mentor, Isaac Benayon Sabbá, do qual fui sócio aos 18 anos de idade. Ele foi um gran-

de industrial do Amazonas, homem de grande influência no desenvol-vimento econômico deste Estado e na mi-nha vida também”, lembrou o empresário Moyses Israel.

Na análise do secretário Lourenço Bra-ga, o homenageado é símbolo do Amazo-nas. “O Estado deve a este homem, bem como muitos de nós e as academias, pois Moyses nos doou generosidade, visão ex-traordinariamente amazônida, sabedoria e bens para que pudéssemos sustentar nos-sos tentáculos aqui nesta terra”, avaliou.

O secretário Robério Braga buscou ins-piração na poesia para falar do amigo ho-menageado: “Sobre sua vida não haverá silêncio jamais, o sol não há de se por, a luz será permanente pela grandeza do seu espírito, pela beleza do seu coração, pela singeleza da sua conduta e, sobretudo, pela dignidade do seu trabalho”.

Ainda como parte das comemorações pelos 54 anos da FIEAM, o presidente An-tonio Silva conduziu os presentes às insta-lações reformadas e revitalizadas do Edifí-cio Albano Franco, sede da entidade.

O secretário Robério Braga disse que a intervenção da administração do presi-dente Antonio Silva na modernização da infraestrutura, do funcionamento, da men-talidade e da dinamização das ações da FIEAM são de grande importância. “Tais iniciativas são verdadeiramente traços ca-racterísticos da personalidade de Antonio porque em outras missões se comportou com a mesma conduta”, avaliou o secretá-rio de Cultura.•

Foi neste período que comecei a ir

para Itacoatiara em navios e lá conheci pessoas que marcaram minha história

MOYSES ISRAEL

Moysés Israel com os filhos David e Paulo, a sobrinha Mirrian e a irmã Esther

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Alongamento e aquecimento são os primeiros passos para quem busca qualquer atividade física. Na dança do ventre não é

diferente: para fazer aquela movimentação contínua e ondulante dessa dança oriental voltada basicamente para as mulheres, é necessário, primeiro, aquecer e alongar, para depois aplicar a técnica. E não é tão fácil quanto se pensa.

Foi o que ensinaram as professoras do SESI Amazonas, Sarah Masulo e Rafaela Nascimento, na Oficina de Dança do Ventre, oferecida em agosto, no Clube do Trabalhador. A oficina foi direcionada a iniciantes, principalmente às mulheres de várias faixas-etárias.

De acordo com a professora Rafaela, a corrida pela igualdade no mercado de trabalho faz com que as mulheres busquem também qualidade de vida, autoestima e tranquilidade para resistirem à pressão do dia a dia. “Além de buscarem os benefícios que a dança traz, especialmente aquelas mulheres que desejam ser mães, pois a dança provoca um aumento dos hormônios”, explica Rafaela.

Para a professora, a dança hoje é considerada um exercício completo, por trabalhar a mente e o corpo, oferecendo

bem-estar e saúde, seja para criança ou adulto, homem ou mulher.

Famoso ‘bendito é o fruto’, o industriário Pedro Paulo da Silva, 22, funcionário da Magnum Indústria da Amazônia S/A, e acadêmico de dança na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não se intimidou no meio da mulherada reunida na oficina. Junto com a mulher, Estelita de Jesus, 31, ele disse que fez a oficina para romper as barreiras do preconceito e ficou satisfeito com a experiência.

“Já participamos (ele e a mulher) de um grupo de dança de salão e um de balé, e hoje estou aqui para participar da oficina de dança do ventre, pois nunca praticamos essa modalidade. Sei que não é para homem, mas eu acompanhei e gostei muito”, disse Pedro.

A oficina teve duração de duas horas e apresentou variações desta dança que concentra repetições no ventre com movimentos de encaixe, desencaixe e ondulações pélvicas, bem como de todo o corpo.•

A professora Sarah Masulo orienta a série de alongamentos durante a oficina de dança

Dança do ventre para todosSESI promove Oficina de Dança do Ventre direcionada a iniciantes, principalmente às mulheres da indúystria e seus dependentes

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