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POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS NEGATIVOS NA SAÚDE

Autora: Dilene Oelke Alexandre1

Orientador: João Roberto Barros Maceno Silva2

Resumo

A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera as

condições normais da audição humana. Estamos acostumados a viver em

ambientes de qualidade acústica inadequada sem percebermos as consequências

negativas à saúde. Este estudo de caráter exploratório e descritivo, foi desenvolvido

com a finalidade de verificar a intensidade sonora nos diferentes ambientes do

colégio Estadual “Marcílio Dias”, Ensino Fundamental e Médio no município de

Guaraqueçaba e a influencia da poluição sonora neste ambiente para os alunos e

professores. Os dados foram obtidos através de questionário com perguntas

fechadas que, de forma voluntária foram respondidas por alunos e professores. A

entrevista foi realizada com 303 alunos e 21 professores do Ensino Fundamental e

Médio. Nos resultados obtidos ficou comprovado que professores e alunos estão

convivendo diariamente com níveis de ruído acima daqueles recomendados pelas

normas (NBR 10.151) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A

incidência de poluição sonora no ambiente escolar foi manifestada por 86% dos

alunos entrevistados, entre os professores 33% afirmaram que já precisaram se

afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelo excesso de ruído e 74% dos

entrevistados acreditam que o excesso de ruído pode comprometer a audição.

Entre as causas da poluição sonora estão: número excessivos de alunos por turma,

concentração de alunos no período da manhã e falta de planejamento na estrutura

física do prédio da escola.

Palavras-chave: Poluição sonora; ruído; audição; ambiente escolar.

1 Graduada em Ciências com habilitação em Biologia . Pós-Graduada em Sociedade, Ecologia e Meio Ambiente. Professora de Ciências do Colégio Estadual “Marcilio Dias” Ensino Fundamental e Médio –Guaraqueçaba – Pr. [email protected] Mestre em Ciências Biológicas, Professor Assistente – FAFIPAR – Paranaguá - Pr. [email protected]

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1 INTRODUÇÃO

A poluição sonora é uma realidade da vida moderna. Além dos prejuízos ao

desempenho humano, o ambiente ruidoso também acarreta danos á saúde, como

fadiga, nervosismo, reações de estresse, ansiedade, falta de memória, cansaço,

irritação, problemas com as relações humanas, são efeitos observados nos seres

humanos, segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (WHO, 1999).

O ruído é, na maioria dos países, o agente nocivo mais prevalente no

ambiente de trabalho. Moraes e Regazzoni (2002) relatam que nenhum dos riscos

existentes no ambiente de trabalho se faz tão presente como o ruído. Os autores

relatam ainda que um trabalhador gasta em média 20% a mais de energia em

ambientes ruidosos. As estatísticas do INSS comprovam que o ruído tem sido um

agente causador de doenças, estresse ocupacional e acidentes.

A consciência de que a poluição sonora já faz parte do ambiente escolar e

que seus efeitos intervêm de forma negativa também no processo ensino-

aprendizagem, nos faz por em conformidade com o pensamento freireano, quando

ao abordar a questão dos terremotos afirma:” Não podemos eliminá-los, mas

podemos diminuir os danos que nos causam. Constatando, nos tornamos capazes

de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de

novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela.” (FREIRE,2004, p.77).

Mudanças de comportamento e quebra de paradigmas dão trabalho, mas são

necessárias. Portanto, neste projeto é destacada a importância de tratar o tema

poluição sonora na escola com rigor científico, visto que os adolescentes e jovens

dão pouca importância para o fato.

Fazer parte de um grupo que possua as mesmas características, faz parte do

modo de ser dos jovens. O uso de aparelhos sonoros com fones de ouvidos ou não,

podem, por exemplo, prejudicar o sistema auditivo, dependendo da frequência de

uso e do volume, isso atinge todas as camadas sociais.

É grande a preocupação dos profissionais da educação quanto às

consequências do uso de aparelhos de som com volume excessivos em todas as

faixas etárias, tanto crianças, adolescentes, jovens e adultos. Desta forma, ao

extrapolar o limite aceitável pelo sistema auditivo podem lesionar estruturas do

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ouvido interno como a cóclea e o tímpano por exemplo. Estas lesões podem ser

irreversíveis, causando desorganização dos neurônios que transmitem as

informações auditivas ao cérebro e gerando zumbido (PEREIRA, 2008).

Entre os sinais e sintomas que vêm sendo relacionados com a exposição ao

ruído, segundo Menezes e Paulino (2000) são os seguintes:

Aumento de batimentos cardíacos , hipertensão arterial leve ou

moderada com consequente aumento de risco de doenças cardíaca,

alterações digestivas, irritabilidade, insônia, ansiedade, nervosismo,

redução da libido, aumento do tônus muscular, dificuldade de repouso do

corpo, tendência à apresentação de espasmos musculares reflexos,

aumento da frequência respiratória, vertigem, cefaleia. ( MENEZES &

PAULINO, 2000, p.75)

Neste artigo, a autora na condição de mãe e professora de adolescentes e

jovens, relata o resultado do seu estudo motivado pela vivência com a problemática

da poluição sonora no ambiente escolar, observando constantes queixas de colegas

de profissão como sintomas de zumbido nos ouvidos, crises de labirintite, surdez e

até mesmo afastamento do trabalho pelo excesso de ruído. Considerando que nos

conteúdos curriculares este assunto é tratado de forma superficial dentro dos temas

estruturantes dos sistemas biológicos, o professor se depara frequentemente com

livros didáticos que tratam estes conteúdos de forma resumida e conhecimento

científico simplificado.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Alguns sons como a música, o canto dos pássaros, as ondas do mar, o tilintar

do telefone e outros sons característicos, fazem parte da vida diária que a sociedade

aceita, mas também existem sons desagradáveis e indesejáveis, que homem

interpreta como ruído. Segundo Menezes e Paulino (2000), embora os técnicos

apontem uma distinção entre “ruído” (mistura de sons) e “barulho” (qualquer som

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que incomoda), a representação social não faz qualquer distinção: denomina de

“barulho” qualquer som incomodativo.

Celani et al (1999) abordam que no ambiente escolar o ruído não é apenas

um incômodo, mas interfere no rendimento das atividades de ensino. Gerges (2000)

refere que as medições de ruído e vibrações permitem quantificações e análises

precisas de condições ambientais incômodas.

2.1 CONHECENDO O SOM

Costa (2007), define som como as ondas sonoras que podem ser detectadas

pela audição humana. Para que isso aconteça, as ondas sonoras devem ter

frequência entre 20 e 20.000 Hertz (Hz). Podemos então concluir que, nem todo som

pode ser percebido pela nossa audição. Os sons de frequência inferior a 20 Hz

(infrassom) e os de frequência superior a 20.000 Hz (ultrassom) não podem ser

ouvido por nós. A frequência dos sons que o ouvido humano percebe está entre 20

Hz e 20 Khz, são os sons audíveis ( 1Khz = 1.000 Hz)

O ser humano é capaz de obter diferentes tipos de sons utilizando uma

grande variedade de instrumentos. Moraes e Regazzoni (2002) relatam que o som

consiste em um fenômeno físico causado por qualquer vibração ou onda mecânica

que se propague em meio elástico, capaz de produzir excitações auditivas ao

homem. Ruído é uma mistura de sons cujas frequências não seguem qualquer lei

precisa e que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano,

considerando como um som indesejável.

O som sempre se propaga num meio material seja ele sólido, líquido ou

gasoso e como toda onda o som transporta energia. O som pode surgir de diferentes

tipos de energia como a elétrica, nas buzinas de carros ou de telefone e a

cinemática, como o som dos pneus de uma bicicleta em uma freada seca. O som é

sempre produzido pela vibração de algum objeto (matéria). A velocidade do som

está diretamente relacionada ao meio no qual ela se propaga. Nos sólidos o som

transmite mais facilmente. Nos líquidos o som atinge uma velocidade menor. Nos

gases a velocidade é ainda menor (Quadro 1).

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Meio Velocidade do som (m/s) nível do mar (15º C)

Ar 340

Álcool 1200Água 1450

Cobre 3560Vidro 4540

Alumínio 5000Ferro 5200

Quadro 1 – Velocidade do som em alguns meios.Fonte: BARROS, 2006

Sons com frequência abaixo de 20 Hz são chamados de infrassons; acima de

20 Khz são chamados ultrassons. O infrassom e o ultrassom são inaudíveis para o

ser humano.

Os morcegos, por exemplo, emitem e captam sons entre 20 Hz e 160 Khz. Já

os cães conseguem perceber sons na faixa de 20Hz a 30 Khz.

A faixa de frequência auditiva humana é a referência na classificação dos sons,

conforme apresentado no Quadro 2.

Elefante 20 Hz – 10 Khz

Pássaro 100 Hz – 15 Khz

Gato 30 Hz – 45 KhzCão 20 Hz – 30 Khz

Chimpanzé 20 Hz – 20 KhzBaleia 40 Hz – 80 KhzAranha 20 Hz – 45 Hz

Morcego 20 Hz – 160 HzQuadro 2 – Faixas de frequência auditiva de alguns animais.

Fonte: BARROS, 2006

Dependendo da intensidade, como música alta ou ruído de máquinas, o som

pode provocar problemas de audição. Sons ainda mais intensos podem provocar

danos nas orelhas e, até mesmo, danos permanentes ao ouvido.

De acordo com a NRB 10.151 (ABNT, 2000), o nível desejável de avaliação

para área restrita residencial urbana, hospitais ou de escolas é 50 dB para o período

diurno.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que nossos ouvidos

suportam com segurança até 85 dB.

O nível de intensidade de um som é medido pela unidade chamada de bel.

Geralmente, utiliza-se um submúltiplo dessa unidade: 1 decibel = 1 dB = 0,1 bel.

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O quadro 3 abaixo mostra a intensidade de alguns sons que ouvimos e sua

frequência:

Som Nível do som (dB) CaracterísticaFolhas de árvores agitadas pelo vento 20 Muito FracoBater das horas em um relógio 30 FracoRádio em volume baixo 40 ModeradoConversa em voz normal 50 ModeradoAspirador de pó 70 a 80 ForteBuzina de carro 80 Limite de segurançaAviões 110 ExcessivoAviões a jato a decolar 120 ExcessivoExplosões 130 Perigoso e doloroso

Quadro 3 – Intensidade de alguns sons que ouvimos com frequência.Fonte: MARQUES e PORTO, 1994.

As qualidades fisiológicas do som são três: a altura que permite distinguir

sons graves de agudos; a intensidade que permite distinguir sons fortes de fracos

e o timbre que permite identificar fonte sonora.

2.2 AS ONDAS SONORAS E A FISIOLOGIA DO OUVIDO

Conseguimos perceber a localização da fonte sonora porque temos duas

orelhas. O som emitido chega primeiro à orelha direita e depois à esquerda e

nosso cérebro percebe esta diferença no tempo mínimo de 0,1 s, desta forma

conseguimos localizar de onde partem os sons.

O formato das orelhas permite captar as ondas sonoras e concentrá-las no

canal auditivo. Elas passam pelo canal auditivo até chegar ao tímpano, membrana

muito fina que vibra pela ação das ondas sonoras. Atrás do tímpano estão três

ossos articulados entre si (os menores do corpo humano): martelo, bigorna e

estribo. A vibração do tímpano faz esses ossos se movimentarem, transmitindo

esse movimento para a janela oval, uma membrana que se liga ao estribo. Isso faz

vibrar um líquido no interior de um tubo em forma de caracol, a cóclea. Essa

vibração excita células no interior do ouvido, originando impulsos elétricos que são

enviados ao cérebro por meio do nervo auditivo. As informações são processadas

em uma área específica ( área do lobo temporal) do cérebro e a pessoa tem noção

do que ouve, reconhecendo e identificando o som.

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Qualquer problema que interrompa esse processo pode causar deficiência

auditiva desde a diminuição da capacidade de ouvir até a perda da audição

(surdez).

2.3 POLUIÇÃO SONORA E O AMBIENTE ESCOLAR

No Brasil, os problemas sobre o ambiente escolar referente aos aspectos

físicos e ambientais como luminosidade, temperatura, circulação de ar, ambiente

arquitetônico e sonoro ainda são tratados com pouco interesse. Todos são

relevantes para o conforto ambiental de uma escola, principalmente o aspecto

sonoro.

A falta de especificidade na construção dos prédios escolares e o pouco

conhecimento por parte dos gestores das escolas, professores e alunos sobre a

poluição sonora no ambiente escolar evidencia uma realidade preocupante. Há

necessidade de que os últimos possam, efetivamente, pelo conhecimento, auxiliar

na identificação, minimização e separação das interferências negativas que um

ambiente acusticamente inadequado possa trazer ao processo de ensino

aprendizagem e a saúde de professores e alunos.

De acordo com Pinto & Furck (1988, p.12), as disfonias profissionais

preocupam quem tem a voz como instrumento de trabalho e a incidência tem

atingido níveis alarmantes. Os sintomas do cansaço e fadiga vocal, perda da

intensidade, ensurdecimento do timbre, que os indivíduos tentam superar

provocando um esforço ainda maior na musculatura faríngea, aliados ao fator

psicológico, causam rouquidões e até as afonias. Com o decorrer do tempo, os

exames otorrinolaringológicos revelam frequentes módulos, edemas e pólipos.

Dentre os problemas causados pelo ruído, ressaltam-se a falta de

concentração, baixa produtividade, interferências na comunicação e dificuldade na

aprendizagem. Segundo Schick et al (2000), as crianças e adolescentes são

excluídos de grande parte dos estudos realizados em larga escala sobre os efeitos

do ruído nos seres humanos. Como consequência o conhecimento dos possíveis

males que estes indivíduos podem sofrer devido à exposição a este tipo de

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poluição ainda é pequena.

Numa escola, as crianças e adolescentes em processo de aquisição de

linguagem e escrita são particularmente os mais vulneráveis aos efeitos da

poluição sonora, pois em fase de aquisição de vocabulário e leitura, nem sempre

compreendem com exatidão as palavras proferidas por seus professores.

Quick e Lapertosa (1981) afirmam que “o problema do ruído deve ser

encarado seriamente, não só no ambiente industrial, mas também na comunidade

em geral, pois afeta as pessoas na sua individualidade e na coletividade, alterando

seu comportamento e relacionamento”. Para Souza (2000), milhões de cidadãos

passivos do terceiro mundo estão ficando perturbados física, mental e

psicologicamente, perdendo sua capacidade intelectual em função da exposição

ao ruído. Compromete-se o raciocínio, a comunicação oral, a educação e o bem

estar, limitando-se as potencialidades humanas.

Outros fatores que ficam evidenciados em crianças e adolescentes são a

perda de concentração, desinteresse, mudança de comportamento, decréscimo da

capacidade de trabalho, dores de cabeça e aumento significativo no tom de voz

durante a comunicação verbal. Nos professores, além desses efeitos, constam-se

dores de garganta, rouquidão, calos nas cordas vocais entre outros males (PINTO

e FURCK, 1988).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo, de caráter exploratório e descritivo, teve a finalidade de

verificar a intensidade sonora no ambiente escolar e seu comprometimento na

saúde dos alunos e professores. Os alunos à época matriculados na 7ª série (8º

ano) noturno realizaram a aplicação dos questionários e levantamentos de dados.

Os dados foram coletados através de um questionário com perguntas fechadas,

respondido por 303 (trezentos e três) alunos e 21 ( vinte e um ) professores do

Ensino Fundamental e Médio. Para medir a intensidade sonora do ambiente foi

utilizado um aparelho decibelímetro tipo SL-814 DIGITAL SOUND LEVEL METER

com alcance de 40 dB~130 dB. As medições foram realizadas dentro das salas de

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aula, no pátio, na quadra de esporte, nos corredores e também na biblioteca. Para

obter uma estimativa mais próxima da realidade foi feita a média dos níveis de

pressão sonora, respeitando as recomendações de norma técnica NBR 10.151,

com distância mínima do piso e de obstáculos como paredes e outros objetos. O

nível de pressão sonora foi medido em decibéis em intervalos de 5s. Os alunos

participantes da pesquisa estavam regularmente matriculados em colégio da rede

pública estadual, onde os professores participantes da pesquisa também atuam no

mesmo estabelecimento de ensino, Colégio “ Marcilio Dias”, Ensino Fundamental e

Médio, localizado na cidade de Guaraqueçaba.

Optou-se pela metodologia qualitativa, em virtude do objetivo da pesquisa

ser o de investigar diferentes áreas do ambiente escolar, envolvendo alunos e

professores para levantar informações sobre a problemática, a relevância do tema

na rotina escolar e os seus efeitos na saúde humana.

Na primeira etapa, os alunos foram convocados a observar a rotina do

ambiente e registrar sistematicamente a origem dos ruídos internos vivenciados

por eles, todos os dados foram registrados para fazer comparação entre os

registros coletados.

Na segunda etapa da pesquisa mediu-se o nível da pressão sonora do

interior das salas de aula e também de setores exteriores como corredores, pátio,

refeitório, quadra de esporte e biblioteca, durante o horário regular de

funcionamento da escola.

Na terceira fase foi aplicado um questionário fechado para alunos e

professores, com finalidade de investigar a problemática da poluição sonora em

sala de aula e ainda levantar outras informações acerca das condições de saúde

dos mesmos. Nesta fase foi possível relacionar a questão dos ruídos com alguns

sintomas manifestadas por este tipo de agressão.

Na quarta e última fase foi realizado um debate com os alunos do 8º ano

noturno afim de comparar os níveis de pressão e os resultados da pesquisa com

os alunos e professores entrevistados.

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4 RESULTADOS

4.1 ENTREVISTA COM ALUNOS

Através dos resultados obtidos nos questionários investigativos, foi possível

observar que 74% dos sujeitos participantes da pesquisa acreditam que o ruído

pode comprometer sua saúde, 60% costumam ouvir som em alto volume e 84%

tem consciência que ouvir som em alto volume pode comprometer a audição.

Entre os entrevistados, 24% conhecem as leis sobre poluição sonora e 60%

já tinham o conhecimento que produzir barulho excessivo pode ser considerado

crime ambiental.

Quanto a verificação do uso de fones de ouvido e o comprometimento do

sentido da audição, 56% afirmaram utilizar com frequência fones de ouvido , 87%

responderam saber que o uso de fones de ouvido pode comprometer a audição e

até provocar a surdez que será percebida no decorrer dos anos.

Na verificação dos sintomas, 48% conhecem pessoas que já sofreram ou

sofrem com algum sintoma relacionado com o excesso de ruído como: insônia,

estresse, dor de cabeça, labirintite, falta de concentração, entre outros.

Paralelamente, 16% afirmaram ter feito exame audiométrico para verificar algum

problema na audição.

Quanto ao local mais barulhento do colégio, 37,95% dos entrevistados

apontaram a quadra de esporte, 17,16% as salas de aula, 15,51% o pátio, 13,20%

corredor, 8,58% o colégio todo e 7,59% afirmaram ser o refeitório.

4.2 ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

Os resultados obtidos demonstram que 100% dos professores participantes

da pesquisa afirmam que existe poluição sonora na escola e que o barulho

excessivo compromete sua saúde.

Quanto à verificação das situações de saúde em relação a insônia, 52%

dos pesquisados responderam ter problemas relacionados a insônia em

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consequência do excesso de barulho.

Quanto a possíveis afastamentos em decorrência da qualidade acústica das

salas de aula, 33% dos entrevistados afirmaram ter se afastado do trabalho em

algum momento da profissão em decorrência do estresse.

Na verificação de aspectos relacionados aos cuidados com o sentido da

audição, 38% afirmaram ter consultado o otorrinolaringologista e realizado exame

de audiometria.

Quanto às alterações no sentido da audição, 71% dos entrevistados

relataram perceber alguns sinais de anormalidade na sua audição.

Em relação à estrutura física do ambiente escolar, levando em

consideração a luminosidade, a ventilação e principalmente a qualidade acústica,

100% dos professores entrevistados concordam que o ambiente arquitetônico

escolar deveriam ter sido melhor planejados para contemplar todas essas

qualidades.

Quanto ao local mais barulhento do colégio, 52,38% dos professores

entrevistados apontaram o pátio da escola, 23,81% as salas de aula, 14,29% o

refeitório e 9,52% a quadra de esportes.

4.3 AS MEDIÇÕES

As medições foram realizadas no período da manhã que apresenta maior

concentração de alunos. A escola é de pequeno porte oferecendo apenas o turno

da manhã com 552 alunos e o turno da noite com 138 alunos distribuídos no

Ensino Fundamental e Médio.

As medições foram realizadas no decorrer de quatro semanas, no período

compreendido entre 01 e 30 de novembro. Após levantamento de dados dos níveis

de pressão sonora, constatou-se que a intensidade sonora do Colégio Estadual

“Marcílio Dias”, Ensino Fundamental e Médio encontra-se muito elevada, conforme

mostram as tabelas a seguir.

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A análise da TABELA 1 nos revela turmas com índice de intensidade sonora

acima dos limites estabelecidos pela norma técnica NBR 10.151.

Turma - Manhã Intensidade ( dB)

5ª A 76,6 dB

5ª B 80,1 dB

5ª C 80,5 dB

6ª A 83,0 dB

6ª B 90,0 dB

6ª C 76,0 dB

7ª A 86,7 dB

7ª B 80,0 dB

8ª A 71,0 dB

8ª B 74,0 dB

Tabela 1: Intensidade sonora nas salas de aula das turmas de Ensino Fundamental.

FONTE: OELKE ALEXANDRE, 2012

A análise da TABELA 2, evidência que mesmo se tratando de Ensino médio, com turmas menos numerosas e alunos com maior maturidade, a intensidade sonora ainda é preocupante diminuindo nos anos finais.

Ensino Médio – Manhã Intensidade (dB)

1ªA 87,3 dB

2ª A 77,6 dB

3ª A 65,2 dB

Tabela 2: Intensidade sonora nas salas de aula das turmas do Ensino Médio.

FONTE: OELKE ALEXANDRE, 2012

O exame da TABELA 3, evidência que a intensidade sonora no horário do

recreio do turno da manhã está muito elevado. Neste turno existe uma grande

concentração de alunos porque existe a dualidade de espaço físico da escola no

turno da tarde, sendo o mesmo ocupado também pelo município onde funcionam

as séries iniciais do Ensino Fundamental (pré-escola e 1ª à 4ª séries).

Ambiente interno Intensidade (dB)

Área Coberta 99,8 dB

Refeitório 88 dB

Quadra de esporte 88,8 dB

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Ala superior (corredor) 86,8 dB

Ala inferior (corredor) 99,5 dB

Ala inferior (ao lado da quadra) 101,5 dB

Ala inferior (ao lado do refeitório) 83,3 dB

Tabela 03: Intensidade sonora no período de intervalo (recreio).FONTE: OELKE ALEXANDRE, 2012

5 DISCUSSÃO

Neste estudo, os resultados encontrados mostram que a comunidade

escolar do Colégio “Marcílio Dias” sofre diariamente com os efeitos da poluição

sonora provocado pelos próprios alunos. Essas fontes de ruídos são geradas pela

conversa entre alunos, deslocamentos dos mesmos dentro da sala de aula, objetos

derrubados no chão, carteiras e cadeiras arrastadas, som originados de aparelhos

celulares fazendo com que o professor eleve o tom de voz a fim de superar os

níveis de ruído criando um ambiente desmotivado e agitado tanto para o professor

quanto para os alunos.

Os dados obtidos a partir das análises realizadas comprovam as más

condições do espaço físico da escola quanto à questão da acústica das salas de

aula e também quanto à disposição das salas de aula em relação à quadra de

esportes. A localização da área coberta e a concentração de um número muito

elevado de alunos no turno da manhã tem contribuído negativamente com a

problemática em questão, originando um ambiente incômodo e desconfortável

acusticamente.

Quanto aos sujeitos mais exposto aos efeitos do ruído, a maior reclamação

foi por parte dos professores, classificando o ambiente escolar como “estressante”

e “irritante”. Percebe-se que os problemas relacionados à qualidade acústica na

vida profissional dos educadores vem acarretando excesso de afastamento ,

pedidos de licença médica e até mesmo desinteresse pela profissão.

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5.1 GRÁFICOS

Os gráficos apresentados a seguir ilustram a parte descritiva e tem como

objetivo demonstrar o resultado das entrevistas com alunos e professores.

Levantamento de dados com os alunos

Gráfico 1 – Número de perguntas no questionário respondidas pelos alunos.

1) Você acha que na sua escola existe poluição sonora?

2) Você acredita que o ruído pode comprometer sua saúde?

3) Você costuma ouvir som em alto volume?

4) Você acha que ouvir som em alto volume faz mal?

5) Conhece as leis sobre a poluição sonora?

6) Você sabia que produzir barulho excessivo pode ser considerado crime previsto em Lei?

7) Você costuma ouvir música com fones de ouvidos?

8) Você sabia que o uso de fones de ouvido compromete a audição, provocando a surdez que será percebida no decorrer dos anos?9) Já consultou um otorrinolaringologista e já fez exame audiométrico?

10) Alguns dos sintomas do excesso de ruídos são: insônia, estresse, dor de cabeça, labirinte, irritabilidade, falta de concentração entre outros. Você conhece alguém que sofreu ou sofre com algum desses sintomas?

Tabela 1 – Perguntas respondidas pelos alunos.Fonte: OELKE ALEXANDRE, 2012.

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1900ral

1900ral

Sim

Não

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Gráfico 2 –

Levantamento

Gráfico 3 – Número de perguntas no questionário respondidas pelos

016%

013%

017%

Local mais "barulhento" do Colégio (%)

1900ral 1900ral

1900ral 1900ral1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral 1900ral

– Local mais barulhento do colégio indicado pelos alunos.

Levantamento de dados com os professores

Número de perguntas no questionário respondidas pelos professores.

038%

009%008%

017% Quadra de Esportes

Todo o Colégio

Refeitório

Pátio

Corredor

Sala de Aula

Local mais "barulhento" do Colégio (%)

1900ral

1900ral1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral1900ral

1900ral

1900ral

1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral

15

Local mais barulhento do colégio indicado pelos alunos.

professores.

Quadra de Esportes

Todo o Colégio

1900ral

1900ral

Sim

Não

Page 17: POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS … · Quadro 3 – Intensidade de alguns sons que ouvimos com frequência. Fonte: MARQUES e PORTO, 1994. As qualidades fisiológicas do

1) Acha que na escola existe p

2) Acredita que o barulho excessivo compromete sua saúde?

3) Já teve insônia por causa da exposição ao

4) Já precisou se afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelos ruídos no ambiente

de trabalho?

5) Já consultou um otorrinolaringologista e já fez exame audiométrico?

6) O professor(a) tem percebido alguma alteração na sua audição?

7) Concorda que as salas de aula deveriam ser bem planejadas levando em

consideração a luminosidade, ventilação e principalmente a qualidade acústica?

Tabela 2

Gráfico 4 – Local mais barulhento do colégio indicado pelos professores.

024%

014%

Local mais "barulhento"

1) Acha que na escola existe poluição sonora?

2) Acredita que o barulho excessivo compromete sua saúde?

) Já teve insônia por causa da exposição ao ruído do ambiente escolar?

4) Já precisou se afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelos ruídos no ambiente

Já consultou um otorrinolaringologista e já fez exame audiométrico?

professor(a) tem percebido alguma alteração na sua audição?

7) Concorda que as salas de aula deveriam ser bem planejadas levando em

consideração a luminosidade, ventilação e principalmente a qualidade acústica?

Tabela 2 – Perguntas respondidas pelos professores.Fonte: OELKE ALEXANDRE, 2012.

Local mais barulhento do colégio indicado pelos professores.

052%

010%

Pátio

Sala de Aula

Refeitório

Quadra de Esportes

Local mais "barulhento" do Colégio (%)

16

4) Já precisou se afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelos ruídos no ambiente

Local mais barulhento do colégio indicado pelos professores.

Quadra de Esportes

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ruído como um fator estressante, vem provocando manifestações

neurovegetativas e psicossomáticas, comprovadas e especificados em numerosos

trabalhos. Estudos informam da aceleração cardíaca, hipertensão arterial, danos ao

aparelho digestivo, nervosismo, tendência agressiva, cefaleia, cansaço e desânimo

(QUICK e LAPERTOSA, 1981).

Sabendo-se que a poluição sonora já faz parte do ambiente escolar e que

seus efeitos negativos intervêm de forma negativa na saúde dos alunos,

professores e comunidade em geral, quais seriam afinal os efeitos sobre o

organismo humano? Para Menezes e Paulino (2000 p.65):

Apenas didática e resumidamente, podemos dividir esses efeitos

auditivos e efeitos extra auditivos do ruído. Os efeitos auditivos podem

ser divididos em traumas acústicos, efeitos transitórios e efeitos

permanentes. Há sons que, de tão tênues, nem são ouvidos dentro de

uma faixa que temos como “normal” e sem potencial de agravos. Outros

sons, ainda, são ouvidos em frequência e intensidade suficientes para

provocar lesões temporárias ou permanentes: esses sons podem estar

presentes no trabalho, no lar, na escola, nas ruas, em atividade de lazer

etc. (MENEZES & PAULINO, 2000 p.65).

Todos os fatores acima mencionados comprovam que o ruído em excesso

traz uma serie de consequências perturbadoras para o organismo humano,

afetando o bem estar físico e mental das pessoas. Milhares de trabalhadores estão

expostos diariamente a fontes de ruídos diversos. E o professor que convive

diariamente em ambiente inadequado acusticamente, deve cuidar da sua saúde. E

ao perceber os primeiros sintomas de esgotamento físico e mental deve procurar a

ajuda de especialistas como otorrinolaringologistas, psicólogos, neurologistas e

outros profissionais, antes que os sintomas evoluam para doenças crônicas,

comprometendo sua vida profissional e também familiar.

Levando em consideração a qualidade de vida dos educandos e

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educadores, uma sugestão para amenizar o barulho seria diminuir o numero de

turmas no período da manhã, usando o período da tarde.

Para que haja maior conscientização por parte da comunidade escolar em

relação a problemática, sugere-se durante a realização da semana de integração

escola/comunidade a promoção de programas de Educação Ambiental e palestras

com especialista da área, a fim de promover o esclarecimento dos efeitos nocivos

do excesso de ruído no ambiente escolar. Havendo possibilidade do colégio ofertar

um turno alternativo (tarde), sugere-se que seja realizadas novas medições para

comparação de dados das medias sonoras nos ambientes escolares, a fim de

verificar possíveis melhorias.

Essas medidas podem reduzir os níveis de pressão sonora nas edificações

escolares, proporcionando a alunos e professores, melhores condições de trabalho,

produtividade e saúde.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira de normas Técnicas... NBR 10.151: Acústica: Avaliação do

ruído em áreas habitadas, visando conforto da comunidade: Procedimento. Rio de

Janeiro,2000.

BRASIL. Decreto no. 6286, de 5 de Dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde

na Escola, e dá outras providências.

BRASIL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ciências. Curitiba,

2008.

BARROS, Carlos; Paulino, Wilson Roberto. Ciências: Química e Física. Ed.

Reform. São Paulo: Ática,2006. p. 110 – 133.

CELANI, A . C.; BEVILACQUA, M. C. ; RAMOS, C. R. Ruído em escolas. Pró fono,

1994; 6:1-4.

COSTA, Alice. Ciências e interação. Curitiba: Positivo,2006 . p. 160- 172.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. saberes necessários à prática educativa.

29ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERGES, S. N. Y. RUIDO: fundamentos e controle. 2 ed. Florianópolis: 2000.

MARQUES, Jenny de Lourdes; PORTO; Dinorah Poletto. Ciências: química e

física. 2. ed. São Paulo: 1994.p. 109 – 113.

MENEZES, João Salvador Reis; PAULINO, Naray Jesimar A . Efeitos do ruido no

organismo . In: SALIBA, Tuffi Messias. Manual pratico de Avaliação e controle de

ruido_PPRA. São Paulo:Ltr,2000.

Page 21: POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS … · Quadro 3 – Intensidade de alguns sons que ouvimos com frequência. Fonte: MARQUES e PORTO, 1994. As qualidades fisiológicas do

20

MORAES, A.G. ; REGAZZONI, R.D. Perícia e avaliação de ruído e calor passo a

passo _ Teoria e pratica. Rio de Janeiro, 2002.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Noise, environmental Health criteria.

Geneva, SWZ, 1980. Disponível em :

http://www.inchem.org/documents/ehc/ehc/ehc012.htm . Acesso: 09/11/2010.

PEREIRA FILHO, Edson. Um tormento chamado zumbido. Folha de Londrina,

Londrina,28 abr.2008.

PINTO, A.M.M; FURCK, M. A. E. Projeto saúde vocal do professor. In:

QUICK, T. C. ;LAPERTOSA, J. B. Contribuição ao estudos das alterações auditivas

e de ordem neurovegetativas atribuídas ao ruído. Revista Brasileira de Saúde

Ocupacional, Belo Horizonte, v.9, n.36, p.50-56, 1981.

SOUZA, Fernando Pimentel. Efeitos do ruído no homem dormindo e acordado.

Acústica e Vibrações. Florianópolis. v.1 , n.25, 2000.

SCHICK, A. ; KLATTE, M. ; MEIS, M. Noise stress in classrooms. Disponível em:

<http://www.psychologie.uni_oldemburg.de/mub/schick.pdif> . Acesso: 09/11/2010.

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ANEXOS

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Questionário de caráter exploratório a ser realizado com os alunos.

Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/clipping/cuidado-o-barulho-faz-mala-saude.php

1) Você acha que na sua escola existe poluição sonora?

( ) sim ( ) não

2) Você acredita que o ruído pode comprometer sua saúde?

( ) sim ( ) não

3) Você costuma ouvir som em alto volume?

( ) sim ( ) não

4) Você acha que ouvir som em alto volume faz mal?

( ) sim ( ) não

5) Conhece as leis sobre a poluição sonora?

( ) sim ( ) não

6) Você sabia que produzir barulho excessivo pode ser considerado crime

previsto em Lei?

( ) sim ( ) não

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7) Você costuma ouvir música com fones de ouvidos?

( ) sim ( ) não

8) Você sabia que o uso de fones de ouvido compromete a audição, provocando

a surdez que será percebida no decorrer dos anos?

( ) sim ( ) não

9) Já consultou um otorrinolaringologista e já fez exame audiométrico?

( ) sim ( ) não

10) Alguns dos sintomas do excesso de ruídos são: insônia, estresse, dor de

cabeça, labirinte, irritabilidade, falta de concentração entre outros. Você

conhece alguém que sofreu ou sofre com algum desses sintomas?

( ) sim ( ) não

11) Qual setor você considera o mais barulhento?

….........................................................................................................................

Page 25: POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS … · Quadro 3 – Intensidade de alguns sons que ouvimos com frequência. Fonte: MARQUES e PORTO, 1994. As qualidades fisiológicas do

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Questionário de caráter exploratório a ser realizado com os professores.

Fonte: http://aprendizesdanatureza.blogspot.com/2010/02/apreciacoes-sobrepoluicao-sonora.html.

1) Acha que na sua escola existe poluição sonora?

( ) sim ( ) não

2) Acredita que o barulho excessivo compromete sua saúde?

( ) sim ( ) não

3) Já teve insônia por causa da exposição ao ruído do ambiente escolar?

( ) sim ( ) não

4) Já precisou se afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelos ruídos

no ambiente de trabalho?

( ) sim ( ) não

5) Já consultou um otorrinolaringologista e já fez exame audiométrico?

( ) sim ( ) não

6) O professor(a) tem percebido alguma alteração na sua audição?

( ) sim ( ) não

Page 26: POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS … · Quadro 3 – Intensidade de alguns sons que ouvimos com frequência. Fonte: MARQUES e PORTO, 1994. As qualidades fisiológicas do

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7) Concorda que as salas de aula deveriam ser bem planejadas levando em

consideração a luminosidade, ventilação e principalmente a qualidade

acústica?

( ) sim ( ) não

8) Qual setor você considera o mais barulhento?

...........….........................................................................................................................