28
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO JULLIANA CARNEIRO DE OLIVERA PAPEL DO GESTOR DO SUS NA PROVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS CURITIBA 2013

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁtcconline.utp.br/media/tcc/2014/11/PAPEL-GESTOR-DO-SUS-NA-PROVIS... · da administração que possam colaborar para o provimento dos recursos

  • Upload
    lamhanh

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO

JULLIANA CARNEIRO DE OLIVERA

PAPEL DO GESTOR DO SUS NA PROVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS

CURITIBA

2013

JULLIANA CARNEIRO DE OLIVEIRA

PAPEL DO GESTOR DO SUS NA PROVISÃO DE RECURSOS MATERIAIS

CURITIBA

2013

Trabalho apresentado como Conclusão de

Curso, no curso de Pós Graduação em

Auditoria e Gestão em Saúde, da Universidade

Tuiuti do Paraná, para obtenção do título de

especialista em Auditoria e Gestão em Saúde,

Sob Supervisão e orientação da Profª

Mestranda Izabel G. de Camargo.

RESUMO

Sabe-se das dificuldades enfrentadas diariamente nos serviços de saúde com a falta

de materiais e medicamentos, principalmente quando se trata de serviço público. As

reclamações por parte dos beneficiários do sistema são comumente ouvidas nos

meios de comunicação, muitas vezes até deturpando a imagem do sistema publico

de saúde. Conhecer a criação e a metodologia do processo de trabalho no SUS

pode colaborar positivamente para o sucesso dentro dos serviços de saúde, ainda

mais quando agregados os conhecimentos sobre a administração, e administração

de materiais/medicamentos. Com este estudo busca-se então, detalhar o

funcionamento e o financiamento dos serviços públicos de saúde, relatar princípios

da administração que possam colaborar para o provimento dos recursos e ainda

definir o papel do gestor nestes serviços,com o intuito de acrescentar conhecimento

e facilitar o processo de trabalho e a provisão de recursos dentro das unidades

públicas.

Palavras Chave: Gestão Pública, Gestão de Recursos Materiais, Recursos

Materiais em Serviços Públicos de Saúde e Sistema Único de Saúde (SUS)

ABSTRACT

The difficulties faced daily in healthcare public services with lack of supplies and

medicines are well known. Complaints by beneficiaries of the system are commonly

heard in the media, often misrepresenting the image to the public health system.

Knowing the creation and methodology of work process in SUS can contribute

positively to the success within the health services, even more when aggregated with

knowledge about management and administration materials / medications. This study

seeks to detail the operation and financing of public health services, report

management principles that can contribute to the provision of resources and still

define the role of the manager in these services, in order to increase knowledge and

facilitate the work process and the provision of resources within public units.

Keywords: Public Management, Materials Resource Management, Material

Resources in Public Health System and Unified Health System (SUS)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 6

1. 1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 8

1. 2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................. 8

1.3 METODOLOGIA................................................................................................ 9

2. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO.................................................................... 10

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS................................................................. 11

3 O SURGIMENTO DO SUS ................................................................................. 13

3.1 SUS E A GESTÃO FINANCEIRA.................................................................... 15

3.2 GESTOR DE RECURSOS NO SUS................................................................ 18

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 23

REFERENCIAS.................................................................................................... 22

6

1 INTRODUÇÃO

Percebe-se que, atualmente, a gestão é amplamente discutida dentro dos

serviços de saúde, sejam eles privados, públicos ou filantrópicos, devido ao seu

reflexo dentro da instituição. A gestão pública, que hoje é colocada a prova, envolve

a administração direta e indireta dos serviços, as funções de governo, provisão e

andamento dos serviços públicos, atividades regulatórias descentralizadas e ainda o

controle dos resultados. (MARTINS, 2005).

Gerir serviços envolve muito mais do que conhecer não somente aquilo em

que se esta trabalhando, mas o processo como um todo. É preciso que haja uma

visão abrangente da gestão como um processo de trabalho, com vistas aos seus

diversos fins. (SCHRAIBER; PEDUZZI; ET AL, 1999)

Problemáticas do cotidiano surgem diariamente para gestores como desafios,

não só técnicos como políticos e éticos, que interferem no andamento do serviço e

podem fugir da alçada de resolução de alguém que, por exemplo, atua em um

serviço de ponta, como em Unidades Básicas de Saúde (UBS). As UBS fazem parte

de um amplo sistema de serviço de saúde que é controlado e regido pelo Ministério

da Saúde – Sistema Único de Saúde (SUS), e que, por outro lado, também é

fragmentado na sua esfera de gestão e subdividido com o governo estadual e

municipal, onde cada qual tem autonomia dentro da pactuação acordada diante das

políticas nacionais de saúde. (FEUERWERKER, 2005)

“O pacto de gestão SUS refere-se ao compartilhamento de responsabilidades no

desenvolvimento de ações e serviços de saúde, de maneira solidária, entre as esferas de governo, e

ao compromisso com o cumprimento de metas e diretrizes, previamente definidas.” (GUERREIRO,

BRANCO, 2011.)

No que se refere ao relacionamento entre as esferas de governo, percebe-se

melhora no espaço de disputa e negociação pelas partes envolvidas, através de

conferências, encontros e discussões abertas entre os gestores sobre as

necessidades e prioridades relatadas pela população. Tais relatos ocorrem através

dos Conselhos de Saúde, Locais, Municipais e Estaduais que servem como espécie

de fiscalização do serviço pela população, sendo assim repassados por superiores

até que se chegue à esfera federal para que metas sejam traçadas. (CUNHA,

MAGAJEWSKI, 2012)

7

Embora existam coerência e fluxos pré-estabelecidos entre os governos, é

pouco valorizado o serviço público prestado em unidades de saúde. Usuários

insatisfeitos pela falta de organização, estrutura, falta de remédios, médicos e até

mesmo de profissionais de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e ouros

trabalhadores da saúde, são comumente ouvidas.

O planejamento do local do ambiente de trabalho deve ser traçado por aquele

que é responsável pelo serviço, juntamente com aqueles que são envolvidos no

processo, como os membros na equipe. Porém, na atenção básica as metas são

pactuadas pela esfera nacional, e devem ser cumpridas num calendário central

anual. Apesar do esforço da equipe de do gestor na coleta dos dados e no

cumprimento das metas, muitas vezes o retorno desses dados é nulo, dificultando a

avaliação do serviço. (FEUERWERKER, 2005)

Já quanto à provisão de recursos, existem influencias políticas que podem

interferir diretamente no processo. O levantamento de tais recursos exige manejo na

condução e conhecimento do processo de trabalho. O gestor deve ter claro qual a

capacidade de funcionamento, de estoque de material e medicamento e ainda

conhecer a sua média de consumo, e mesmo assim, escuta-se sobre a falta de

medicamentos, materiais ou profissionais nas unidades de saúde. (JUNIOR, 2005)

Toda essa situação, além de deixar o usuário de sistema em desvantagem,

pela falta de remédios ou da atenção desejada por parte dos profissionais, ainda

gera conflito entre a própria equipe, que muitas vezes acaba sendo a porta de

entrada de reclamações por parte dos beneficiários, sentindo- se inútil dentro do

processo e de mãos atadas frente ao problema, o que acarreta em estresse para

ambos os lados.

Diante disso, vê-se então o repasse de tais dificuldades, esbarrando no

questionamento de qual deve ser o papel do gestor na provisão de recursos em

serviços de saúde, dentro de uma unidade de saúde.

8

1. 1 OBJETIVO GERAL

- Compreender a provisão de recursos em serviços de saúde em sua complexidade

nas políticas públicas de saúde.

1. 2 OBJETIVO ESPECÍFICO

- Relatar brevemente sobre história da administração e administração de recursos;

- Pontuar o funcionamento do SUS, no que diz respeito à administração financeira;

- Analisar a provisão de recursos no SUS;

- Detalhar o papel do gestor de recursos em saúde.

9

1.3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, que visa aproximar o autor

com o tema proposto, através da análise de materiais já elaborados. Considera-se

também uma pesquisa qualitativa, que se baseia na relação dinâmica entre o sujeito

e o mundo em que vive, e que foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),

nas bases de dados Scielo, LILACS e BDENF, e material on line.

Foram utilizados os descritores: Gestão Pública, Gestão de Recursos

Materiais, Recursos Materiais em Serviços Públicos de Saúde e Sistema Único de

Saúde (SUS). Como critério de inclusão foi selecionado apenas artigos em

português pesquisados no Brasil, cujo resumo esteja relacionado com o tema

proposto. Foram excluídos aqueles que estavam em outra língua e/ou cujos

resumos fugiram do tema. O universo da pesquisa foram artigos, teses,

dissertações, manuais e revistas publicadas entre 1970 a 2013. Foram encontrados

setenta artigos relacionados ao tema e selecionados trinta para leitura completa,

pois correspondiam ao tema proposto pelo projeto.

10

2. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

Dentro deste capítulo, será abordada de forma simples e sucinta o

surgimento e a história da administração ao longo dos tempos.

Tem-se histórico que a administração era exercida logo pelos

primórdios de forma simples, como troca ou caça de utensílios, com o fim de

proteger e controlar seus rebanhos. Já com a Revolução Industrial, as

barganhas de negociação foram acirradas e crescentes, ganhando maiores

destaques. Percebe-se desde então uma ênfase maior na administração de

empresas. (LODI, 1971)

Originalmente, a palavra administração vem do latim: ad (direção) e

minister (obediência; subordinação). Uma definição moderna feita por

diversos autores coloca que administração é o ato de trabalhar com e através

de pessoas, a fim de realizar tanto o objetivo da organização quanto de seus

membros. Outra pontuação revela que administrar é planejar, organizar, dirigir

e controlar o uso dos recursos, com o fim de alcançar objetivos. (UFPR, 2013)

A administração era exercida muito frequentemente de forma

mecânica, utilizando somente os artefatos aprendidos durante a academia

(planos, organogramas, mapas, registros e etc), o que acarretava em

insucesso muitas vezes. Hoje, coloca-se a importância do gerente estar

envolvido com todos os setores, e ter o conhecimento do funcionamento da

sua empresa como um todo, somando as suas habilidades técnicas, com as

conceituais e características daquele estabelecimento, proporcionando uma

ampla visão do processo administrativo. (UFPR, 2013)

Percebe-se então que a administração deixa de ser uma tarefa única e

exclusivamente para consumo/usufruto próprio e passa, nos dias atuais a

deixar de ser motivado somente por bens físicos ou capital financeiro,

estando o sucesso vinculado agora, a bens intelectuais e capital humano.

11

Uma administração quando bem feita, gera impacto sobre a vida dos

colaboradores de da própria sociedade. (HOPE, 2007)

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Como já foi revelada no capítulo anterior a definição de administração, agrega-se

aqui a definição de Materiais como todos os itens contabilizados e que fazem parte

de uma linha de produção de uma empresa/instituição e outros produtos específicos,

além do material de escritório, limpeza e etc.(CESARIO, 2008)

A administração de materiais não se relaciona única e exclusivamente com controle

de estoques, e sim com um amplo leque de materiais e financeiras, que precisam

ser bem administradas, para que assim possam evitar ou diminuir custos e

desperdícios. Para a compra da matéria prima, são selecionados os melhores

fornecedores, desde que, estes estejam em conformidade com as necessidades da

empresa, e assim, posteriormente analisados o custo-benefício da matéria prima

para a empresa. A compra é realizada então, pensando na demanda do

estabelecimento e na capacidade de estoque, pois a produção não deve ser

interrompida. (BENFICA, 2013)

Considera-se RECURSO, tudo aquilo que tem capacidade de gerar riqueza, no

sentido econômico da palavra. Para que se faça uma administração de materiais de

forma moderna e avançada, sem desperdícios, é preciso se pensar em organização,

tempo oportuno, quantidade necessária, e claro, como já dito, custos reduzidos. A

oportunidade trata-se do momento certo para o suprimento dos materiais, evitando

grandes estoques, que implicam em dinheiro parado. Já por outro lado, se esse

provimento for falho ou em hora oportuna, acarretará em interrupção da produção.

Da mesma forma, se a quantidade requerida for demasiada ou escassa, os mesmo

erros podem acontecer, influenciando diretamente no consumidor, que pode ficar

insatisfeito com o produtor/fornecedor. (MARTINS, 2009)

A gestão de estoques se preocupa em gerir recursos ociosos com valores

econômicos e que se destinam ao suprimento de necessidades futuras, buscando

um equilíbrio entre os estoques e a demanda. Influencias políticas, sazonais,

conjunturais, de comportamento do cliente, de inovações tecnológicas, de alterações

12

na produção ou de recolhimento de produto e de concorrência financeira podem

alterar a produção e a estocagem. Com relação aos estoques, estes podem ser

classificados como:

-Estoques de matéria prima: insumos e materiais básicos que ingressam o processo

produtivo da empresa e tem a finalidade de regular as taxas de suprimento.

- De material de processamento: são materiais que não são mais matérias prima e

ainda não se tornaram produtos finais, estando ainda em processo de

transformação. Servem para regular os dois estágios subsequentes.

- De materiais semi-acabados: São materiais que estão em processo mais avançado

do processamento, estando parcialmente acabados.

- De produtos acabados: São aqueles que já passaram por todas as fases do

processo e estão prontos para o consumo, seja ele interno ou externo (vendas).

Regula a taxa de produção e o consumo.

- Estoque de segurança: Abriga produtos acabados, com a finalidade de garantir o

suprimento em caso de falta de matéria prima e/ou consumo intensificado.

(MARTINS, 2009)

Estudos de Klipel et al (2007) revelam que a classificação ABC, criada por

Pareto, é uma forma simples de gerenciar o estoque com eficácia, dando atenção

aos produtos que merecem ênfase maior, chamados de grupo A, cuja estrutura de

compra envolve grandes custos (20% dos itens desta categoria referem-se a 80%

dos custos). Na categoria B, classificada como intermediária, tanto nas

necessidades como nos custos que eles representam (30% dos estoques, 15% dos

custos), e a categoria C, tida como produtos de menor custo, e com maior saída

(50% do estoque e 5 % dos custos).

13

3 O SURGIMENTO DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil ressurge logo após uma longa crise

financeira e política do país. A crise econômica de 1980 favoreceu o início de um

debate na área da saúde, que se encontrava precária e fragilizada, que acabou por

refletir nos avanços da Constituição de 1988. Tais mudanças, concretizaram em

1990 os princípios que regem o SUS, mesmo sob contínuas tensões estruturais e

conjunturais. Até então, a saúde era fragilizada, sendo privilégio de

poucos.(CONASS, 2003)

Com 8º Conferência Nacional de Saúde, foi sistematizada a construção de um

modelo reformador para a saúde da população, visando condições de alimentação,

habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,

liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde, os quais devem

ser pensados, pois podem gerar desigualdades nos níveis de vida. Em paralelo a

este processo de elaboração da Constituição Federal, outra iniciativa de

reformulação do sistema foi proposto: o Sistema Unificado e Descentralizado de

Saúde (SUDS). Criado como estratégia de transição em direção ao SUS, solicitava a

transferência dos serviços do INAMPS para estados e municípios. O SUDS pode ser

percebido como uma estadualização de serviços. Seu principal ganho foi a

incorporação dos governadores de estado no processo de disputa por recursos

previdenciários. (CUNHA e CUNHA, 2004)

Contudo, a estadualização, em alguns casos, levou à retração de recursos

estaduais para a saúde e à apropriação de recursos federais para outras ações,

além de possibilitar a negociação clientelista com os municípios. Como resultante

dos embates, a Constituição Federal de 1988 aprovou a criação do SUS,

reconhecendo a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado e pautado

pelos princípios de universalidade, eqüidade, integralidade e organizado de maneira

descentralizada, hierarquizada e com participação da população. (CUNHA e

14

CUNHA, 2004)

A primeira e maior modificação do SUS é o conceito de saúde, muito mais

abrangente que somente ausência de doença, considerando para a definição

aspectos socioculturais, meio físico e acesso a saúde, retratando assim, toda a

historia de saúde do país. Sendo assim, o SUS deve abraçar o cidadão, e ir o

encontro de todas as forças políticas, para que todos trabalhem na mesma direção,

pressupondo ainda a democratização dos serviços e dos sistemas de saúde.

“Ao lado do conceito ampliado de saúde, o SUS traz dois outros conceitos importantes: o de

sistema e a idéia de unicidade. A noção de sistema significa que não estamos falando de um novo

serviço ou órgão público, mas de um conjunto de várias instituições, dos três níveis de governo e do

setor privado contratado e conveniado, que interagem para um fim comum. Na lógica do sistema

público, os serviços contratados e conveniados são seguidores dos mesmos princípios e das mesmas

normas do serviço público. Os elementos integrantes do sistema referem-se, ao mesmo tempo, às

atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde” (CUNHA E CUNHA, 2004)

Por fim, alem de todas as ações e políticas públicas voltadas ao bem estar da

população, agrega-se serviço, o núcleo privado contratado, que passa a seguir as

determinações do sistema público, em termos de regras de funcionamento,

organização e articulação com o restante da rede. Para a contratação de serviços,

os gestores deverão proceder a licitação, de acordo com a Lei Federal nº 8.666/93.

A criação do SUS, pela Constituição Federal, foi depois regulamentada através das

Leis nº 8.080/90, conhecida como Lei Orgânica da Saúde, e nº 8.142/ 90. Estas leis

definem as atribuições dos diferentes níveis de governo com a saúde; estabelecem

responsabilidades nas áreas de vigilância sanitária, epidemiológica e saúde do

trabalhador; regulamentam o financiamento e os espaços de participação popular;

formalizam o entendimento da saúde como área de "relevância pública" e a relação

do poder público com as entidades privadas com base nas normas do direito

público, dentre outros vários princípios fundamentais do SUS. Outros instrumentos

têm sido utilizados para possibilitar a operacionalização do Sistema, dentre eles as

Normas Operacionais Básicas do Sistema Único de Saúde, publicadas pelo

Ministério da Saúde, sob a forma de portaria. (CUNHA e CUNHA, 2004.)

Sendo a

15

3.1 SUS E A GESTÃO FINANCEIRA

Conforme dados do Ministério da Saúde, as diferentes situações de vida dos

vários grupos populacionais geram problemas de saúde específicos, bem como

riscos e/ou exposição maior ou menor a determinadas doenças, acidentes e

violências. Isto significa, portanto, necessidades diferenciadas, exigindo que as

ações da gestão do sistema e dos serviços de saúde sejam orientadas para atender

a essas especificidades. Entretanto, como o SUS oferece o mesmo atendimento a

todas as pessoas, algumas não recebem o que necessitam, enquanto outras têm

além do satisfatório, o que aumenta as desigualdades. No SUS, situações desiguais

devem ser tratadas desigualmente. Baseia-se, portanto, no princípio da equidade.

O SUS, criado no Brasil em 1988 com a promulgação da nova Constituição

Federal, tornou o acesso à saúde direito de todo cidadão. Até então, o modelo de

atendimento dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por

serviços de saúde privados, os que tinham direito à saúde pública por serem

segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada) e os que

não possuíam direito algum. (CONASS, 2011).

A implantação do SUS unificou o sistema, já que antes de 1988 a saúde era

responsabilidade de vários ministérios, e descentralizou sua gestão. Ela deixou de

ser exclusiva do Poder Executivo Federal e passou a ser administrada por Estados e

municípios. (CONASS, 2011)

Lembra-se que as ações dos gestores devem ser tomadas com base nas

resoluções e portarias do Ministério da Saúde, conforme a pactuação e portarias pré

- estabelecidas e pactuadas (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).

Segundo a portaria N.º1101/GM de 12 de junho de 2002, fica estabelecido

que a gestão de financiamento requer a elaboração de um planejamento

ascendente, através da Programação Pactuada e Integrada entre os

gestores.(MINISTERIO DA SAÚDE, 2002).

16

As ações e serviços de Saúde, implementados pelos estados, municípios e

Distrito Federal são financiados com recursos próprios da União, estados e

municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente

contemplados no orçamento da seguridade social. Cada esfera governamental deve

assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com

a Emenda Constitucional nº 29, de 2000. As transferências, regulares ou eventuais,

da União para estados, municípios e Distrito Federal estão condicionadas à

contrapartida destes níveis de governo, em conformidade com as normas legais

vigentes (Lei de Diretrizes Orçamentárias e outras). (CONASS, 2003)

Esses repasses ocorrem por meio de transferências "fundo a fundo",

realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente para os estados,

Distrito Federal e municípios, ou pelo Fundo Estadual de Saúde aos municípios, de

forma regular e automática, propiciando que gestores estaduais e municipais contem

com recursos previamente pactuados, no devido tempo, para o cumprimento de sua

programação de ações e serviços de Saúde. (CONASS, 2011)

As transferências regulares e automáticas constituem a principal modalidade

de transferência de recursos federais para os estados, municípios e Distrito Federal,

para financiamento das ações e serviços de saúde, contemplando as transferências

"fundo a fundo" e os pagamentos diretos aos prestadores de serviços e beneficiários

cadastrados de acordo com os valores e condições estabelecidas em portarias do

Ministério da Saúde. As transferências voluntárias são, por sua vez, entregas de

recursos correntes ou de capital a outra esfera da federação para cooperação,

auxílio ou assistência financeira não decorrente de determinação constitucional,

legal, ou que se destine ao SUS. (CONASS, 2003)

Um sistema de gestão de recursos públicos é algo complexo, estruturado, que

envolve regras e outras atividades essenciais aliadas, como: planejamento,

prospecção e provisão, aplicação e manutenção e controle, cada qual com a sua

particularidade e, podendo ou não ser sequenciais.

Há duas formas de gestão que variam no tipo de financiamento e repasses: a

Plena e a Semi - Plena.

A condição de Gestão Plena do Sistema Estadual de Saúde concede ao

gestor estadual uma maior autonomia para a condução do sistema estadual de

saúde e, de modo particular, altera a forma de participação do Ministério da Saúde

17

no financiamento do SUS. Nesse caso, os recursos relativos à assistência de media

e alta complexidade sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde, são

automaticamente transferidos do Fundo Nacional para o Fundo Estadual de Saúde.

Já aqueles referentes à Atenção Básica e aqueles relativos à assistência de média e

alta complexidade sob gestão do Município em Gestão Plena do Sistema, são

transferidos do Fundo Nacional para os Fundos Municipais de Saúde (CONASS,

2003)

Já para a gestão semi- plena, pauta-se da municipalização, que é um processo que

deverá se completar quando cada município estiver exercendo plenamente a gestão

do sistema local de saúde. E isso significa, na perspectiva do SUS, que o município

deve identificar, monitorar e inferir os riscos e agravos à saúde da sua população e

garantir o seu acesso a ações e serviços de prevenção, promoção e recuperação da

saúde. Para planejar, o município precisa conhecer e acompanhar os indicadores de

saúde e os riscos a que está exposta sua população. Deve também ter o poder de

alocar recursos financeiros que viabilizem a implantação do planejado. Os repasses

serão feitos de acordo com as ações e serviços baseados no PIB e de acordo com o

número de habitantes daquele município. (JUNQUEIRA, INOJOSA, 2013)

18

3.2 GESTOR DE RECURSOS NO SUS

Para dar inicio as discussões sobre a gestão no SUS, seria fundamental

primeiramente definir o que é Gestão e o que é Gerência:

- Gestão: Atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde

(municipal, estadual ou nacional) exercendo as funções de coordenação,

articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e

auditoria.

- Gerência: Administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital,

instituto, fundação, etc.) que se caracterizam como prestadores de serviços do SUS.

(CONASS, 2003)

A partir do conhecimento diferencial entre gestão e gerência, dá-se

continuidade nas discussões sobre competências e habilidades necessárias ao

gestor de saúde no âmbito do SUS.

A administração no setor público compreende o planejamento, organização,

controle dos serviços do governo, em todas as esferas (Federal, Estadual e

Municipal), visando o bem comum da sociedade. (CONASS, 2011)

As complexidades dos processos de gestão próprias de um sistema de saúde

descentralizado, num cenário federativo como o brasileiro, e o processo de

reorientação do modelo de atenção no SUS exigem dos gestores constante

desenvolvimento não só de conhecimentos, mas também de atualização nas

ferramentas de gestão, a fim de que possam responder às novas exigências

conjunturais. (MISTERIO DA SAÚDE, 2003).

A administração pública norteia-se pelos princípios da Constituição Federal,

art. 37, sendo eles: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

19

Tratando-se da legalidade, o administrador esta sujeito a todos os mandamentos da

lei, podendo ser punido civil e criminalmente, caso infrinja as leis e exigências.

Quanto à moralidade, prescreve-se como conjunto de regras e conduta da disciplina

administrativa, respeitando não somente a legislação, mas também os princípios

éticos, morais e sociais aceitos na sociedade, visando sempre o bem comum.

(CONASS, 2011).

Prosseguindo nos nortes da administração, tem-se ainda a impessoalidade,

que impede o administrador de agir conforme seus interesses pessoais ou de

terceiros, ou ainda procurar outros objetivos que não sejam os de interesse da

comunidade.

Por meio da publicidade, faz-se a divulgação dos atos do governo, para

conhecimento publico das ações. É o requisito de eficácia e moralidade dos atos do

governo. Por fim, a eficiência sugere a utilização dos recursos disponíveis, de modo

econômico e que mesmo assim alcance os objetivos propostos, dentro dos custos

planejados, com o maior numero de benefícios possíveis. (CONASS, 2011)

O quadro sanitário e a diversidade de contextos vivenciados pelos municípios,

regiões e estados brasileiros conferem à gestão do SUS uma complexidade notável,

desafiadora para aqueles que dela se ocupam imbuídos da tarefa de construir uma

sociedade mais justa e igualitária. Assim, qualificar a gestão pública é, para todas as

esferas e setores governamentais, uma necessidade permanente. O Ministério da

Saúde tem avançado na construção de estratégias que visam a desenvolver os

sistemas e as organizações públicas da área, produzindo ações que possam

impactar positivamente o perfil da saúde e a qualidade de vida das populações.

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

O gestor de saúde precisa ter conhecimento sobre todas as vertentes que

interagem e compõe o sistema público de saúde, assim como os sujeitos

participativos do processo e tudo aquilo que envolve o prosseguimento do trabalho

dentro de um serviço de saúde, como medicamentos, materiais e recursos humanos.

(DANTAS; ANDRIOLO, 1998 )

O objetivo básico da administração de materiais consiste em colocar os

recursos necessários ao processo produtivo com qualidade, em quantidades

adequadas, no tempo correto e com o menor custo. Os Materiais são produtos que

podem ser armazenados ou que serão consumidos imediatamente após a sua

20

chegada. Baseados nesse conceito estão excluídos os materiais considerados

permanentes, como equipamentos médico-hospitalares, mobiliário, veículos e

semelhantes, e incluídos, portanto, os demais produtos, como medicamentos,

alimentos, material de escritório, de limpeza, de conservação e reparos, de uso

cirúrgico, de radiologia, de laboratório, reagentes químicos, vidraria, etc. (NETO;

FILHO, 1998).

Um dos grandes problemas enfrentados na administração de materiais

encontra - se na falta de ligação entre os sistemas de apoio e o processo produtivo,

o qual ocorre também na administração dos recursos humanos e em outros sistemas

que também atuam nas unidades. (NETO; FILHO, 1998).

As compras realizadas por todo e qualquer serviço público, devem ser

realizadas por processo licitatório, qual a definição é: processo formal que permite à

Administração Pública contratar com terceiros e, segundo o artigo 3º da Lei 8666,

destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a

selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e

julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da

impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade

administrativa. Todo o processo está fundado no art. 37, XXI da Constituição Federal

(CF) que fixou obrigatório o procedimento para contratação de obras, serviços,

compras e alienações, salvo aqueles especificados na legislação.

(CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO, 2011)

Em se tratando de materiais e medicamentos, que são os principais

instrumentos a serem gerenciados, e pela importância que exercem dentro das

unidades de saúde, percebe-se que muitas vezes o gestor não reconhece as

dificuldades que podem vir a ser enfrentadas nos processos licitatórios, ou no seu

próprio consumo mensal ou até mesmo no estoque. Sabemos que estoque é

sinônimo de dinheiro parado, que poderia estar sendo aplicado em outras coisas

mais compensatórias para o sistema, como a construção de novas unidades de

saúde, equipamentos, etc. Enfim, podemos dizer que os objetivos do gerenciamento

de materiais e medicamentos visam garantir a continuidade da oferta, assegurar

continuidade nos processos de trabalho, garantir o controle nos pedidos e estoques,

manter a qualidade no atendimento e a satisfação do usuário do sistema. (JUNIOR,

2005)

21

Como instrumento auxiliar na provisão de materiais ou medicamentos,

podemos contar com a classificação ABC, que nada mais é que classificar os

materiais por ordem de importância econômica e maior ou menor giro dentro do

estoque. Isso permite um controle mais rigoroso dos itens com maior valor e uma

margem de erros/desperdícios menor.

Na classificação, o grupo A representa uma parcela de itens de alto valor,

devendo somente corresponder a 20%; os do grupo B de 20 a 30%, sendo este

também o representativo em valor/custo e os do grupo C 50% do estoque, com

custos de até 10%. (JUNIOR, 2005).

O estoque pode ser mínimo, de segurança ou máximo, lembrando sempre

que estoque parado é dinheiro que não gira. Para calcularmos estoque é de extrema

importância que se conheça o consumo médio mensal. O estoque mínimo é o ponto

de partida para o pedido, e deve ser conhecido o estoque atual e a data de entrega

do pedido. Já o de segurança, deve corresponder ao estoque com base no consumo

mensal, com previsão de possíveis atrasos ou faltas, visando compensar essas

incertezas sem causar danos aos usuários. Aquele que chamamos de estoque

máximo, é a soma do estoque necessário para o suprimento do mês e do estoque

de segurança. (OLIVEIRA, 2011)

Sabe-se que o despreparo ou desconhecimento do gestor sobre o processo

de financiamento e compras nos serviços públicos influencia diretamente no modo

de operacionalização das estratégias e dinâmicas de funcionamento dentro das

unidades de saúde, acarretando muitas vezes em desabastecimento de itens

necessários ao bom andamento do serviço. (ANDRÉ, CIAMPONE, 2007)

No que diz respeito aos gerentes, destaca-se a importância de adquirir um

perfil situacional do local, para que este possa compreender e dirigir o seu papel de

desenvolver pessoas e coordenar as atividades, realizando a contento suas

responsabilidades no atendimento à população, ao paciente e à família. Aliado a

todos os conhecimentos já citados, deverá trazer consigo ou desenvolver um perfil

de liderança e conhecer bem os pressupostos do Sistema Único de Saúde (SUS),

bem como alcançá-los junto aos seus funcionários e à população. Estes sim são

requisitos mínimos para obter um ambiente de trabalho humanizado para alcançar a

eficiência e eficácia desejada. (RAMOS, 2008)

22

Como toda gestão deve ser avaliada, não só no setor privado, mas também

no ambiente público e em seus diversos níveis hierárquicos, a auditoria da gestão

veio com o papel de identificar as ações, através de indicadores de avaliação. A

aplicação destes indicadores pode ser enfocada de formas diferentes: pelo olhar do

gestor ou pelo olhar e satisfação dos usuários. De qualquer forma, os indicadores

devem capazes de mensurar atividades realizadas, resultados obtidos e recursos

utilizados, e comparados a valores pré-estabelecidos e pactuados, a fim de

identificar mudanças importantes e o norte a ser seguido. As principais qualidades

de um indicador são: relevância, pertinência, objetividade, sensibilidade, precisão e

custo - benefício. (GRATERON, 1999)

Portanto, de nada valem as ações tomadas pelos gestores se saúde, se

avaliações não forem feitas para mensurar a qualidade, eficiência e eficácia dos

trabalhos desenvolvidos e ainda para fiscalizar a rentabilidade e os custos do

sistema de saúde no país.

23

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, ainda há quem critique todo o processo de funcionamento dos

serviços de saúde, sem se quer conhecer os princípios de funcionamento e os

processos de repasses financeiros.

Os serviços públicos possuem um agravante necessário em todo este

processo de abastecimento de insumos, que são os processos licitatórios exigidos

por lei, que são burocráticos e demorados na maioria das vezes. Quando se trata do

controle de muitos itens em estoque, como ocorrem nas unidades de saúde, e

lembrando que as inadimplências e atrasos em processos de compra ocorrem

frequentemente, fica difícil para gestor prever e garantir a entrega de todos os itens

solicitados.

Lembra-se que a gerencia de materiais e medicamentos dentro dos serviços,

estão entrelaçadas ao conhecimento das leis funcionais do Sistema Único de Saúde

e dos financiamentos públicos. Não basta ao gestor conhecer tão somente as leis

que regem o sistema, mas também todo o processo de trabalho interno da sua

unidade. A falta dos materiais e medicamentos causa repulsa aos usuários quando

não funcionam bem, porém quando tudo esta sob controle do gestor, funcionando na

mais perfeita ordem, qualquer percepção é relatada/exaltada.

A informatização e a padronização são aliadas do gestor neste processo de

previsão e pedido, estoque e consumo diário ou mensal. Uma unidade que possui

este tipo de sistema, onde o colaborador se dispõe a usá-lo de forma correta, de

acordo com os protocolos de dispensação, sofre menos com a falta destes.

24

Para finalizar, ainda coloca-se a importância do perfil do gestor, o

planejamento das ações, a capacidade para administrar, gerenciar, coordenar e

ainda incentivar os profissionais com o compromisso da proposta da atenção básica.

Um gestor de ponta, que atua diretamente para os usuários, como no caso

das unidades de saúde, deve ser capaz de alinhar o seu pensamento na provisão

dos insumos ao gestor do nível central, ou seja, aquele que atua na provisão dos

materiais de uso no município, para que consonância, possa realizar o seu pedido

mensal e o gerenciamento do seu estoque sabendo das dificuldades e processos na

compra do nível central, não prejudicando assim, o consumidor final do sistema que

é o usuário.

REFERENCIAS

ANDRÉ, Adriana M; CIAMPONE, Maria Helena T. Competências para a gestão de Unidades básicas de Saúde: percepção do gestor. São Paulo: Revista da escola de Enfermagem da USP, v. 41, 2007.

BENFICA, Denio. Administração de Materiais. Brasil, 2013. Disponível em:<

http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/administracao-de-materiais/68866/>. Acesso em: 08 jun. 2013.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 1101 GM de 12 de junho de 2002. Brasília, Distrito Federal, 2002. Disponível em:< http://pnass.datasus.gov.br/documentos/normas/48.pdf>. Acesso em : 12 abr. 2013.

______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS.

CONASS, Brasília, 2003. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários da Saúde. Para entender a gestão do SUS - Brasília : CONASS, 2003.

______. Ministério da Saúde. Portaria nº 399/GM de 22 de Fevereiro de 2006. Pacto pela Saúde, Brasília, 2006.

______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para Entender a Gestão do Sus. O Financiamento da Saúde: CONASS, vol. 2, Brasília: 2011. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao_sus_v.2.pdff. Acesso em 10 abr. 2013.

______. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para Entender a Gestão do Sus. Gestão administrativa e financeira no SUS: CONASS, vol. 8, Brasília, 2011.

25

Disponível em: http://www.conass.org.br/colecao2011/livro_8.pdf. Acesso em 01 jun. 2013.

______. Ministério da Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=497. Acesso em 10 abr. 2013.

______. Curso de Qualificação dos Gestores do SUS; FioCruz, Rio de Janeiro,

Brasil. Disponível em : http://extranet.redefiocruz.fiocruz.br/sites_cursos/gestores/. Acesso em: 09 abr. 2013.

CESÁRIO, Jorge L. R; Administração de Materiais. Curso de Gestão Empresarial;

Colégio Santa Joana D’arc. Rio Grande do Sul, Brasil, 2008. Disponível em: http://gestaodemateriais.blogspot.com.br/2008/11/i-administrao-de-materiais-conceitos.html. Acesso em: 08 jun. 2013.

CONTROLADORIA GERAL DA UNIAO; Licitações e contratos Administrativos - Perguntas e Respostas; Brasília, Distrito Federal, Brasil, 2011. Disponível em: http://www.cgu.gov.br/publicacoes/CartilhaGestaoRecursosFederais/Arquivos/LicitacoesContratos.pdf. Acesso em 11 jun. 2006.

CUNHA, Penha. F; MAGAJEWSKI, Flavio. Gestão participativa e Valorização dos trabalhadores: Avanços no âmbito do SUS. Saúde, v. 21 supl.1, São Paulo, Brasil,

2012. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v21s1/06.pdf.> Acesso em: 12 nov. 2012.

CUNHA, João Paulo Pinto da; CUNHA, Rosani Evangelista da. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS). Disponível em:

http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:hnjMNi74h7sJ:scholar.google.com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 02 jun. 2013.

DANTAS, Anselmo; ANDRIOLO, Marcia. Gestão de Atualização em Gestão do trabalho no SUS. Núcleo de Gestão no Trabalho e Educação na Saúde do

CONASEMS. Brasil. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/apresmarciaandriologestao.pdf. Acesso em 03 mar. 2013.

FEUERWERKER, Laura M.; Modelos tecnoassistencias, gestão e organização do trabalho em saúde: nada é indiferente no processo de luta para a consolidação do SUS. Interface- Comunicação, Saúde e Educação, v. 9, n. 18, set / dez 2005. Rio de Janeiro, Brasil, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n18/a03v9n18.pdf. Acesso em 12 dez. 2012.

GRATERON, Ivan Ricardo Guevara. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Caderno de estudos, n. 21, p. 01-18, 1999.

26

GUERREIRO, Joria. V; BRANCO, Maria A. F.; Dos pactos políticos à política dos pactos na saúde. Ciência e Saúde Coletiva, vol. 16, n. 3, Rio de Janeiro, Brasil,

2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n3/06.pdf. Acesso em 08 jan. 2013.

HOPE, Jeremy. Gestão Financeira Moderna. Elsevier, Brasil, 2007.

Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=YoQ1J0H9TywC&oi=fnd&pg=PA1&dq=administra%C3%A7%C3%A3o+antiga+e+moderna&ots=7rVgFnVrFn&sig=oWmuU9kp7FoKj_mEAyerAGbeF7A#v=onepage&q=administra%C3%A7%C3%A3o%20antiga%20e%20moderna&f=false Acesso em : 02 jun. 2012.

JUNQUEIRA, Luciano A. Prates; INOJOSA, Rose Marie. "O processo de

municipalização na política de saúde em São Paulo." Revista de Administração

Pública 31.5 (2013): 130-a. Brasil, 2013.

PAULUS JUNIOR, Aylton; Gerenciamento de Recursos Materiais em Unidades de Saúde. Revista Espaço para a Saúde, v. 7, n.1. Londrina, 2005. Disponível em: http://www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v7n1/Gerenciamento.pdf. Acesso em 20 fev. 2013.

KLIPPEL, Marcelo; JÚNIOR, Antunes; VACCARO, Guilherme Luís Roehe. Matriz de posicionamento estratégico de materiais: conceito, método e estudo de caso. Gestão e Produção, v. 14, n. 1, p. 181-192, 2007.

LODI, JOÃO B.; Historia da Administração; Thomson, Pioneira, 1971. Disponível

em : http://www.aec-tea.org/fabio/Lodi_Historia_Administracao.pdf. Acesso em 01 jun. 2013.

MARTINS, Humberto Falcão. Gestão de Recursos Públicos: Orientação para Resultados e Accountability. Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado, Instituto de Direito Público da Bahia, nº. 3, setembro/outubro/novembro. Salvador, 2005. Disponível em http://www.direitodoestado.com.br. Acesso em: 01 out. 2012.

MARTINS, P. E. Administração de Materiais. Gestão de Estoques. Brasil, 2009.

Disponível em: http://www.administracao.ufcg.edu.br/adm_rec_mat_pat/Apostila%20Gestao%20de%20Estoques%202009.2.pdf Acesso em: 01 jun. 2013.

NETO, Gonzalo Vecina; FILHO, Wilson Reinhardt. Gestão de recursos materiais e medicamentos: Saúde e Cidadania, v. 12. São Paulo, 1998.

27

OLIVEIRA, Carla M. de; Curva ABC na gestão de estoque. III Encontro Científico e Simpósio de Educação UNISALESIANO. Lins, Brasil, 2011. Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0075.pdf. Acesso em 01 jun. 2013.

RAMOS, Lais H. Gestão dos Serviços de Saúde: Módulo Político Gestor; Especialização em Saúde da Familia, UNASUS, Brasil, 2008. Disponível em: http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_11.pdf Acesso em 30 mai. 2013.

SCHRAIBER, Lilia B; PEDUZZI, Marina, SALA, Arnaldo, et al. Planejamento, gestão e avaliação em saúde: identificando problemas. Ciência e Saúde Coletiva, v. 4 n. 2: p. 221-242. Rio de Janeiro, Brasil, 1999. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/csc/v4n2/7110.pdf . Acesso em 01 out. 2012.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR <Disponível em: http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasgarzel/CONC1.pdf.> Acesso em 02 jun. 2013.