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SAÚDE | BEM-ESTAR | ESTILO DE VIDA | CULTURA | GASTRONOMIA | BELEZA ISSN 1982-1433 Esta é uma publicação oficial da Drogaria São Paulo distribuída gratuitamente com exclusividade para seus clientes A REVISTA DA DROGARIA SÃO PAULO EDIÇÃO 45 AGO/SET 2013 9 771982 214303 5 4 0 0 0 FÁBIO PORCHAT Do Brasil para o mundo, com muita irreverência SORRIA A boa saúde começa pela boca MELHOR IDADE Volta às aulas em grande estilo LEITURA NA INFÂNCIA Faz bem para a mente e o coração

Ponto de encontro Ed 45

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A Ponto de Encontro é uma revista especial, produzida para levar aos clientes da Drogaria São Paulo conteúdo de qualidade a respeito de saúde, beleza, qualidade de vida, melhor idade, universo infantil e tantos assuntos que fazem parte do dia a dia da família brasileira, sempre projetando o nome da marca e com destaque para os produtos vendidos na rede. Com a fantástica tiragem de 300 mil exemplares, que se esgotam em poucos dias, seu número foi dobrado e agora são 600 mil exemplares, a cada dois meses, para dar conta da demanda. Com esse expressivo número para uma revista customizada, e distribuição 100% garantida, o tempo de espera para anunciar nessa publicação já dá a dimensão exata da importância dessa publicação para o segmento: são dois anos na fila, que só faz crescer. DADOS GERAIS Periodicidade: Bimestral Tiragem: 600 mil exemplares ANUNCIE: [email protected]

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A REVISTA DA DROGARIA SãO PAulO EDIçãO 45 AGO/SET 2013

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Fábio Porchat

Do brasil para o mundo, com muita

irreverência

SorriaA boa saúde

começa pela bocamelhor

iDaDeVolta àsaulas em grande estilo

leitura na inFânciaFaz bem para a mente e o coração

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“És um senhor tão bonitoQuanto a cara do meu filhoTempo tempo tempo tempo

Vou te fazer um pedido”(Caetano Veloso)

Sandra TeSchnerPubliSher

[email protected]

www.profashional.com

www.blogprofashional.com

Sandra Teschner

@SandraTeschner

ediTorial

O tempo é de celebrarmos a emoção da chegada de novos ares, novas cores, novos aromas, novas flores, pois a estação que aporta por aqui repre-senta vida nova e nos inspira a cuidar melhor dos detalhes, daquilo que é realmente importante para cada um.

A boa nova está nos campos e chega de mãos dadas com uma nova geração recém-saída da internet. O nosso personagem de capa é total-mente do bem e trouxe uma charmosa alegria para as páginas da sua Ponto de Encontro. Fábio Porchat nos conta um pouquinho do sucesso que alcançou aos 30 anos, dos desafios que surgem a todo instante, da família e, é claro, do portal que foi reconhecido como o mais acessado do universo virtual – “Porta dos Fundos”. Uma entrevista para rir e se emocionar.

E sempre é tempo de cuidar um pouco mais da beleza. Para isso, preparamos uma matéria que explica como tratar a acne em pele adulta. E para toda a família, temos o mundo imaginário em destaque com super-heróis e outros seres que habitam esse espaço infantil e ensinamos como

ajudar a criança a passar superbem por essa fase. E tem muito mais: para os que estão na melhor idade, que tal voltar a estudar? Damos todas as dicas para você aprender um novo idioma ou mesmo voltar a frequentar a universidade – faz bem para a mente e para o coração.

Você encontra nesta edição o momento exato de valorizar cada sentimento como parte impres-cindível do nosso cenário cotidiano, uma vez que deixa os dias mais floridos com um lugar muito melhor para se viver.

Você é parte importante e fundamental da nossa história.

Boa leitura!

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sumário

expediente

Publisher Sandra Teschner

Diretor Executivo Gabriel Sales

Diretora de Projetos EspeciaisDio Jaguarível

Gerente do Núcleo de Jornalismo Adriana Rosa – MTB 47.337

Gerente de DesignAlice Hecker

Departamento Comercial Márcia [email protected]

WebRicardo Cerdan

Atendimento ao Leitor [email protected] Av. Jandira, 843 – Moema – São Paulo/SP Fone/Fax: (11) 5051-4084 www.profashional.com

Conselho EditorialAdriana Rosa, André Elias Gonçalves, Cátia Alves, Fabiana Oliveira, Karina Oliveira, Lilian Travaglioni Nezi, Lu-anda Silva, Rafael Medeiros, Sandra Teschner e Tuca Sardinha

Editora InterinaMaria Helena Bellini

Direção de Arte Claudia Carvalho

DesignersAnalu Ferreira, Danielle Lima, Kathe-rine Gomes

Jornalistas Ana Carolina Contri, Fernanda Men-donça e Mirella Stivani

RevisãoTatiana Lopes

ColaboradoresAna Eduarda, Arthur Castilho, Bruno

Siqueira, Carlos Antonio da Silveira, Fernanda Andrade de Oliveira, Flavio Razuk, Gustavo Neves Abade, Lei-la Martins, Paulo Leal, Rodrigo Poli, Rogério Pavan, Sara Velloso, Silvio Gabor, Tiago Lupoli, Vanderlei Carlos Severiano, Vanessa Pik Quen Lee e Vivilaine Campelo

[email protected]

A revista Ponto de Encontro é uma pu-blicação da Profashional Editora Ltda., sob licença da Drogaria São Paulo, di-rigida aos seus clientes e distribuída em suas filiais. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da revista, da Editora ou da Drogaria São Paulo. Não é permitida a reprodu-ção das matérias nem dos artigos.

PublicidadeDrogaria São Paulo

Sac 0800 015 2070

Tiragem: 600.000 exemplares

espaço do leitorCríticas, sugestões e depoimentos

HomenagemUm advogado e seus ideias

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criança na áreaIncentivo à leitura é tudo de bom

velHos costumes O universo imaginário na infância

de frente para o espelHoAcne em mulheres adultas

vida simplesCorrida e ciclismo para mudar de vida

melHor idadeCursos para manter a mente ativa

positivoA saúde começa na boca

20fábio porcHatO humor irreverente desse jovem ator

34curtas e QuentesDicas divertidas para toda a família

36água na bocaBacalhau com salada de Wakame ao molho Ponzu

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final felizFrases inspiradoras de nossos leitores

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16nutre+açãoGlúten – saiba tudo sobre essa proteína

espaço conscienteAmizade Positiva

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espaço do leitor Aqui é o espaço para você enviar comentários, sugestões e perguntas.Participe e faça com que a nossa Ponto de Encontro fique cada vez melhor. Estamos aguardando o seu e-mail: [email protected]

Gostaria de deixar registrado o meu elogio em relação à matéria “O valor das coisas simples”, da seção Velhos Costumes. Foi-me muito útil! O bem-estar que senti quan-do me desfiz de coisas sem utilidade foi incrível! Para-béns pelo conteúdo sempre de qualidade que é oferecido aos clientes!Yuri WillmersdorfPor e-mail

Caros amigos da Ponto de encon-tro. Venho por meio deste contato, parabenizar a excelente iniciativa da revista em informar aos clientes sobre a importância da manuten-ção da saúde e longevidade, des-mistificando os segredos da mente

e do corpo, bem como a aborda-gem de outros temas, os mais variados. Desejo muito sucesso a vocês!edson rosaPor e-mail

Sou cliente da Drogaria São Paulo e acho essa publicação muito inte-ressante. Encontro arti-gos bem informativos e importantes para o nos-so dia a dia. Parabéns!TaTiana PaTTiPor e-mail

Olá, pessoal!Todas as boas iniciativas, so-bretudo as construtivas, de-vem ser elogiadas; assim, parabenizo essa revista, como uma das mais louvá-veis. O conteúdo enfocado é muito bom.Sucesso!Vera leira ParenTePor e-mail

Parabéns pela Ponto de encontro. Sou cliente da Droga-ria São Paulo e leitora assídua da revista. Há sempre conteúdo exce-lente, com matérias interessantes e inteligentes.Saudações!andréa Curi BauaBPor e-mail

Considero a revista Ponto de en-contro uma das mídias impressas

mais conceituadas, pois passa informa-ções de interesse pú-blico, inclusive pelo incentivo dado às ações culturais na se-ção “Curtas e Quen-tes”. Parabéns!Gerson loPes PalharesPor e-mail

Olá, turma da Ponto de encontro. Quero parabe-nizá-los pela megaedição

que traz a atriz Paloma Bernardi na capa! Adorei os assuntos abor-dados, principalmente os de artes marciais e o espaço de trabalho vo-luntário! Temas atuais e de suma relevância para o nosso meio so-cial. Adorei, e mais uma vez meus parabéns! Continuem sempre as-sim, enchendo nossas mentes de assuntos interessantíssimos e nos-sos espíritos de paz e acalanto...níVia maTosPor e-mail

Gostei muito das matérias publica-das e também do projeto gráfico. Está excelente, principalmente pelo fato de o público ter acesso a uma revista de qualidade, e de gra-ça! Parabéns! hosana leonorPor e-mail O

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homenagem

rofissional competente e reconhecido em todo o Brasil, o advogado Dr. Roberto Opice poderia ter sua existência definida em três palavras: coragem, confiança e disciplina.

Ainda na infância, vivida em Araraquara, soube enfrentar a perda prematura do pai, e tomou o seu lugar junto aos irmãos e à mãe para ajudá-los dentro de suas possibilidades. Aos 18 anos, veio so-zinho para São Paulo e em 1940 formou-se em Direito na Universidade de São Paulo, no Largo de São Fran-cisco. Abraçou a capital paulista e dela se tornou um cidadão exemplar.

Enfrentou nos tribunais as causas que lhe eram con-fiadas pela sua clientela, que enxergava nele, além de um profissional competente, um amigo e conselheiro para os mais delicados assuntos.

Casado com Antonieta, sua única amada, formou fa-mília, a quem dedicou sua vida. Nas horas de lazer, promovia em sua casa sessões de cinema em um salão construído especialmente para essa finalidade.

Os convidados de honra eram os familiares, amigos e vizinhos, que lotavam o lugar para assistir aos fil-mes que um distribuidor de películas, seu amigo, lhe emprestava.

O Dr. Roberto atendeu a Drogaria São Paulo como advogado desde 1953, tendo se tornado sócio nesse mesmo ano, inclusive após a fusão com a Drogarias Pacheco, quando a empresa passou a ser denomina-da DPSP. Com sua visão estratégica de negócio, ele foi uma das pessoas que incentivaram Ronaldo José Neves de Carvalho a ingressar, em 1971, na Drogaria São Paulo.

Recentemente, Dr. Roberto Opice nos deixou. Mas sua disciplina, aliada à coragem e à confiança que sempre teve quanto ao futuro, é o seu legado de bons exemplos aos descendentes, parentes e amigos.

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a perda de um ente querido é sempre uma experiência devastadora. as diversas manifestações dos familiares e amigos ajudam a superar esse momento e propõem reflexões positivas

um advogado de muitas ideias e ideais

O advogado Dr. Roberto Opice poderia ter sua existência definida em três palavras:

coragem, confiança e disciplina

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studos comprovam que a saúde começa mes-mo é pela boca. A falta de um dente, por exemplo, pode desencadear um desequilíbrio que compromete muitas vezes a boa postura, causa dores e desconfortos no corpo. Para

o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxi-lofacial e membro da Sociedade Brasileira e também Latin0-Americana do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, do International Sto-matopedic e do Institute Wisbaden, na Alemanha, Dr. Paulo Leal, a mastigação e a deglutição são parte de

positivo

ESer saudável é parte fundamental

para uma vida feliz

Por Maria Helena Bellini

Sorria com

vontadeuma complexa engrenagem que envolve músculos fa-ciais, ossos, dentes e língua. Portanto, qualquer dese-quilíbrio pode causar dor de cabeça, articulação tem-poromandibular (ATM) comprometida, apneia do sono, entre outros distúrbios. “Por consequência, a pessoa dorme mal, acorda cansada, passa o dia estressada pelas dores, respira apenas pela boca. Daí a importân-cia de uma boa avaliação feita sempre por uma equipe multidisciplinar”, explica Dr. Paulo Leal, que também é diretor do Instituto Face a Face, em São Paulo. “Os resultados são tão recompensadores como a elevação

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“Todo recomeço começa com um sorriso”. esse é o lema do Projeto Face a Face, que ao longo de sua trajetória vem lutando con-tra o câncer de cabeça e pescoço de ma-neira incansável para prevenir e controlar a doença. Criado em 2007, o projeto conta com profissionais que trabalham para ofe-recer condições de cidadania, sociabilidade e direito à vida para pacientes que apresen-tam sérios comprometimentos físicos e psi-cológicos por serem portadores de tumores craniofaciais. Dr. Paulo leal está à frente do projeto e conta que os pacientes são atendi-dos gratuitamente, após triagem detalhada, e são tratados cuidadosamente nesse am-biente clínico-hospitalar.

Para saber mais: www.institutofaceaface.com.br

Um novo sorriso, Uma nova vida

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Estes produtos podem ser adquiridos pelo www.drogariasaopaulo.com.br

da autoestima. Quando vejo que os pacientes retornam ao consultório, ao longo do tratamento, já com aquele sorrisão, me faz um afago na alma”, conta.

Outro detalhe importante é passar por consultas perió-dicas com o seu dentista para que ele avalie como anda sua boca e também para prevenir doenças, como o câncer, e detectar lesões bucais, problemas de gengiva, hipersen-sibilidade, cáries, entre outros.

O especialista afirma que cuidar bem dessa importante parte do seu corpo é bem mais barato do que a maioria das pessoas imagina: começa com uma consulta, e em casa você segue com os cuidados diários, com uma es-cova de dentes de qualidade, um bom creme dental, fio dental e um enxaguante. Use esse “kit do sucesso bucal” sempre após as refeições e abra um sorriso, sempre.

BiorrEprogramação BUcaL, o qUE é isso?Uma revolucionária técnica da odontologia que tem

como principal intenção tratar de problemas da saúde de todo o corpo pela boca está muito em pauta atualmente. “Por meio desse tratamento é possível ampliar o fluxo res-piratório, diminuir a acidez bucal e gástrica, bem como au-mentar o equilíbrio da coluna vertebral, por intermédio de dispositivos especiais, como o sistema DARAA (dispositivo antirronco e antiapneia), sistema POLIS (placas oclusivas lisas) ou mesmo com tratamentos ortodônticos sem extra-ções que ampliam os espaços da boca, a fim de conseguir esses resultados”, explica o cirurgião-dentista que utiliza a técnica chamada biorreprogramação bucal, Dr. Rogério Pavan, da clínica Odontobalance, em São Paulo.

Ele explica a importância desse atendimento para pa-cientes com os mais diversos problemas de saúde. “A boca serve para muito mais do que sorrir, mastigar e falar. É fundamental passar por uma consulta de diagnóstico caso se perceba o surgimento de algumas indicações ou mesmo de suspeitas de problemas. Afinal de contas, é sempre melhor prevenir”, diz.

A diferença entre o tratamento odontológico convencio-nal é que ele trata a boca, já a biocibernética bucal cuida do corpo por meio da boca. “Dessa forma, modificamos muitos métodos odontológicos para atender as necessi-dades funcionais e fundamentais para a boa saúde. Estou muito contente em perceber que o mesmo vem aconte-cendo com meus colegas, que hoje previnem endocardites bacterinas por meio de uma odontologia de excelência. Vejo que a odontologia está se voltando para onde sempre deve estar, ou seja, bem próxima e atrelada à medicina”, ressalta Dr. Rogério, que complementa: “Hoje sabemos de coisas que nem poderíamos sonhar no passado. Imaginar que a boca estaria relacionada aos problemas da coluna nem passava pela minha mente quando mais jovem. A possibilidade real de ampliar a capacidade respiratória de um indivíduo pela boca é simplesmente fantástica e abre maravilhosas possibilidades. Portanto, diria que tudo faz parte, e é claro que, com esses novos conhecimentos, a atenção com a boca deve ser, e muito, ampliada”.

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melhor idade

nvelhecer faz parte da vida. E segundo espe-cialistas, esse pode ser o momento mais pleno de sua trajetória por aqui. Portanto, que tal se dedicar a novas atividades para se manter ativo física e mentalmente?

Segundo a psicóloga do Hospital Santa Cruz, de São Paulo, Vanessa Pik Quen Lee, com os avanços na cura ou no controle de doenças, houve aumento na ex-pectativa de vida e na longevidade. As pessoas estão vivendo mais, e o desafio é não somente acrescentar anos à vida, mas sobretudo vida aos anos. “É neces-sário que as pessoas se preparem para a melhor ida-de: fazer planos para depois da aposentadoria ajuda a não sucumbir à ociosidade. Uma das opções mais comuns é frequentar cursos, pois não se depende tan-to do vigor físico, que pode ser condição limitante para alguns. O melhor de tudo é que se aproveita a sabedoria acumulada pela vivência. É um modo de sentir-se útil”.

Bancos escolaresAs opções de cursos para quem tem mais de 60 anos

são inúmeras, e das mais variadas áreas do saber. As universidades nunca estiveram tão lotadas dessa turma ávida por conhecimento, seja como porta de retorno à vida profissional ou apenas pelo prazer de aprender.

A psicoterapeuta de Belo Horizonte Leila Martins lembra que cada pessoa deve escolher os cursos de acordo com seu gosto, buscar atividades que lhe sejam prazerosas. Há pessoas que, depois de se aposenta-rem, dedicam-se a cursar uma segunda faculdade e aprendem uma nova profissão.

As turmas para a terceira idade visam criar uma identidade de grupo, para que os participantes ex-plorem melhor suas potencialidades pela identidade com semelhantes. “Os cursos podem se basear em

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Por AnA CArolinA Contri

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ensino pedagógico, estimulação cognitiva e pela arte, atividades sociais, físicas e recreativas. Os benefícios resultates são os mais diversos: ampliação de conhe-cimentos intelectuais, aquisição de novas habilidades, aprendizagem de cuidados com a saúde, estimulação da memória, da atenção e do raciocínio. Porém o be-nefício maior e comum é o suporte psicossocial e afe-tivo; proporcionar vivências, promover a autonomia, isto é, manter uma vida social ativa, em contraposição à perda de contatos sociais, consequente da aposen-tadoria”, conta Vanessa.

Benefícios intelectuaisOs estudos trazem benefícios intelectuais, tanto de

preservação quanto de ampliação e desenvolvimento cognitivos. “Nos cursos, todos têm a oportunidade de recuperar e aprender habilidades e adquirir novos co-nhecimentos. Além disso, há os benefícios sociais, de se relacionar com outras pessoas, ter compromissos, manter-se ocupado. Sobretudo, há os benefícios psico-lógicos, como melhora da autoestima e da autoconfian-ça, apresentação de novas perspectivas e renovação de esperanças, prevenindo problemas psicológicos, como a depressão”, comenta Leila.

Como consequência de todos esses benefícios, há a promoção e melhora da saúde como um todo. Os estí-mulos cognitivos, sociais e afetivos auxiliam na melho-ra ou controle de problemas de memória ou doenças como o mal de Alzheimer, mesmo que o programa de estudos não seja voltado especialmente para esse fim. “Mas é importante que, no caso de haver diagnóstico de alguma doença, a pessoa tenha um acompanha-mento multiprofissional (médico, psicólogo, fisiotera-peuta, terapeuta ocupacional), pois simplesmente fre-quentar um curso não substitui outros tratamentos”, alerta Vanessa.

Mente ativavoltar aos estudos na terceira idade pode ser tão interessante quanto era na juventude

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Volta às aulas Há 20 anos a Universidade

Aberta à terceira idade funciona na Universidade de São Paulo. Ali os idosos podem cursar algumas disciplinas junto com os alunos de graduação, com o objetivo de aprofundar conhecimentos em al-guma área de seu interesse e ao mesmo tempo trocar informações e experiências com os jovens. A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo também disponibi-liza vários cursos por meio da Uni-versidade Aberta à Maturidade. A Universidade federal de São Paulo também tem cursos desti-nados à melhor idade.

Se a opção for pelo aprendizado de outras línguas, a escola Compa-nhia de idiomas é o destino perfei-to, pois possui cursos adequados às necessidades de seus alunos mais experientes. Saiba mais em www.companhiadeidiomas.com.br.

e para facilitar acesse o site www.portaldaterceiraidade.org.br que traz notícias e cursos disponí-veis em todo o Brasil.

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nutre+ação

O glúten está presente na composição de vá-rios alimentos feitos com trigo, centeio, ce-vada e aveia. Ou seja, em grande parte da alimentação consumida pela população. Mas

há quem sofra com a doença celíaca, ou intolerância ao glúten, um problema alimentar que pode causar sinto-mas variados e prejudicar a qualidade de vida.

De acordo com a gastroenterologista Dra. Fernanda Andrade de Oliveira, do Hospital Santa Luzia, em Bra-sília, ela é autoimune (desencadeada pelo sistema imunológico) e pode causar sintomas como: diarreia, dor abdominal, gases, perda de peso, cansaço e ane-mia. “Contudo, esses sinais variam de pessoa para pessoa, sendo que alguns apresentam os sintomas com menor intensidade, o que pode dificultar o diag-nóstico. Antigamente era diagnosticada na infância”, relata a especialista.

Para o gastroenterologista Dr. Silvio Gabor, de São Paulo, muitos questionam se essa é uma “nova doen-ça”, surgida recentemente. “Na verdade, ela foi des-crita, pela primeira vez, no século 2, pelo grego Ara-taeus da Capadócia, que informou a existência de uma diarreia que aparecia em crianças, após a ingestão de farináceos e que se revertia com sua suspensão. A essa ocorrência ele chamou de “koliakos” (aquele que sofre do intestino). Em 1888, Samuel Gre descreveu o proble-ma com mais detalhes e aproveitou o termo grego para chamá-la de “afecção celíaca”, e concluiu também que a única maneira de tratá-la seria pela não ingestão de certos alimentos”, explica. fo

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por mirella stivani

não contém glútena doença celíaca impede a pessoa de consumir alimentos

com essa proteína. saiba mais e viva melhor

SintomaSA doença celíaca pode apresentar diferentes sintomas,

que inclusive podem ser confundidos com outros pro-blemas. Por isso, uma avaliação médica é indispensável.

Entre os principais, estão: diarreia em decorrência da ingestão de trigo, emagrecimento, falta de apeti-te, desnutrição, déficit de crescimento e de ganho de peso, anemia por deficiência de ferro e/ou vitamina B12, distensão abdominal, glúteos atrofiados, braços e pernas finos e apatia. Os adultos podem apresentar esterilidade ou abortos de repetição, osteoporose, he-morragias e câncer de intestino delgado.

DiagnóStico Pode ser feito por meio de exames laboratoriais,

como o teste da absorção da D-xilose e da dosagem de gordura nas fezes, que, mesmo sendo inespecíficos, são bastante úteis diante da suspeita clínica. “Outros exames, como a dosagem de anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase, são mais especí-ficos e podem chegar a quase 100% dos diagnósticos, com poucos casos de falso positivo ou falso negativo. A biopsia endoscópica do intestino delgado entre a terceira porção do duodeno e o jejuno proximal rea-lizada com pelo menos quatro fragmentos fornece o diagnóstico certeiro da doença celíaca”, explica Gabor.

A intolerância ao glúten tem sido cada vez mais asso-ciada a distúrbios intestinais na prática clínica. “Deve ser analisada e tratada de forma individualizada, para obter-mos o melhor resultado possível”, alerta a Dra. Fernanda.

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GRUPOS PERMITIDOS PROIBIDOS

Farinhas e féculas (cereais, tubérculos e seus subprodutos, que encontramos em forma de pó)

As mais indicadas: arroz, batata, milho e mandioca.Arroz = farinha de arroz, creme de arroz, arrozina, arroz integral em pó e seus derivados.O creme de arroz não é um creme ou pasta, e sim um pó.Milho = fubá, farinha, amido de milho, flocos, can-jica e pipoca.Batata = fécula ou farinha.Mandioca ou aipim = fécula ou farinha, como a tapioca, polvilho doce ou azedo.Macarrão de cereais = arroz, milho e mandioca.Cará, inhame, araruta, sagu, trigo sarraceno.

Trigo = farinha, semolina, gérmen e farelo.Aveia = flocos e farinha.Cevada = farinha.Malte. Todos os produtos elaborados com os cereais citados acima.

Bebidas Sucos de frutas e vegetais naturais, refrigerantes e chás. Vinhos, champanhes, aguardentes e saquê. Cafés com selo ABIC.

Cerveja, uísque, vodca, gim, e ginger-ale. Ovomaltine, bebidas contendo malte, cafés mistura-dos com cevada. Outras bebidas cuja composição não esteja clara no rótulo.

Leites e derivados

Leite em pó, leites integrais, desnatados e semi-desnatados (em caixa). Leite condensado, creme de leite, leite fermentado. Queijos frescos, tipo minas, ricota, parmesão. Pães de queijo. Para iogurte e requeijão, verifique observações nas embalagens.

Leites achocolatados que conte-nham malte ou extrato de malte, queijos fundidos, queijos prepa-rados com cereais proibidos. Na dúvida ou ausência das informa-ções corretas nas embalagens, não adquira o produto.

AçúcaresDocesAchocolatados

Açúcar de cana, mel, melado, rapadura, glucose de milho, maltodextrina, dextrose, glicose. Geleias de fruta e de mocotó, doces e sorvetes caseiros pre-parados com alimentos permitidos. Achocolatados de cacau, balas e caramelos.

Para todos os casos, verifique as embalagens.

Carnes (boi, aves, porco, cabrito, rãs etc.), peixes e produtos do mar, ovos e vísceras (fígado, coração)

Todas, incluindo presunto e linguiça caseira. Patês enlatados, embutidos (sa-lame, salaminho e algumas salsi-chas). Carnes à milanesa.

Gorduras e óleos Manteiga, margarina, banha de porco, gordura ve-getal hidrogenada, óleos vegetais, azeite.

Grãos Feijão, broto de feijão, ervilha seca, lentilha, amen-doim, grão-de-bico, soja (extrato proteico de soja, extrato hidrossolúvel de soja).

Extrato proteico vegetal.Proteína vegetal hidrolisada.

Hortaliças Legumes e verduras: todas.

Condimentos Sal, pimenta, cheiro-verde, ervas, temperos ca-seiros, maionese caseira, vinagre fermentado de vinhos tinto e de arroz, glutamato monossódico (Aji-No-Moto®)

Mainoese, ketchup, mostarda e temperos industrializados podem conter glúten. Leia o rótulo com muita atenção.

Informações fornecidas pela Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA): www.acelbra.org.br

cuiDaDoS com a alimentaçãoEm 2003, foi promulgada a Lei 10.674, que obriga

que os produtos alimentícios comercializados infor-mem sobre a presença de glúten, já que o tratamento

disponível é feito com a suspensão completa e perma-nente da proteína da dieta.

A seguir, confira uma lista de alguns alimentos que po-dem ou não ser consumidos por quem sofre da doença.

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velhos costumes Por Maria Helena Bellini

Era uma vEz...a criança cria seu próprio mundo

de fantasia a partir dos dois anos de idade. nele vivem seres imaginários

com poderes especiais

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ntender a realidade em que vivem e aprender a lidar com questões co-tidianas muitas vezes não é tarefa fácil para os pequenos. Então eles criam o seu universo, onde tudo é

possível, e nele podem conviver com os seus pensamentos e soltar a imaginação. Normal-mente surge um amigo imaginário com quem a criança conversa o dia todo e, por volta dos 6 anos, ela vem buscar o dentinho que caiu. Existem também alguns monstros que per-meiam os cantos mais obscuros do quarto e que lhe causam medo. Porém o mais impor-tante de tudo: sejam boazinhas ou maldosi-nhas, essas criações do imaginário infantil estão presentes para ajudá-las a desenvolver seus sentimentos e relacionamentos nessa fase tão bacana da vida.

Especialmente para pais, mães e cuidadores saberem lidar melhor com as emoções das crian-ças, o psicólogo de São Paulo Tiago Lupoli, pós-graduado em clínica psicanalítica, inte-grante do Grupo de Estudos em Psicanálise e também colaborador da equipe APREHENDERE – Tecnologias em Desenvolvimento Humano, responde às principais questões com exclusi-vidade para a Ponto de Encontro.

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Ponto de Encontro: De que maneira podemos definir esse mundo em que a criança cria super-heróis, fadas e monstros?

Tiago Lupoli: Trata-se do universo lúdico. Se dá de acordo com a capacidade da criança em lidar com suas emoções e angústias. Muitos viram mitos populares, outros são frutos dos desenhos animados. Surge na maioria das crianças como forma de explorar o que elas sentem e de expressar aos que o rodeiam aquilo que estão vivendo: medos, angústias, tristezas, dificul-dades e fantasias.

P.E.: Por que ele é tão importante para o desenvolvi-mento emocional e cognitivo dos pequenos?

T.L.: Porque o campo lúdico possui portas abertas para a criança entrar. Ela se sente à vontade ali, pois ele “fala sua língua” e lhe traz segurança para enfrentar as dificuldades da constituição de sua personalidade, no âmbito daquilo que lhe causa temor. É o caminho mais adaptado e convergente com o amadurecimento da criança.

P.E.: Quando uma criança diz que tem um amigo ima-ginário, qual deve ser a atitude dos pais?

T.L.: Entender a demanda desse amigo imaginário: quando o seu surgimento se deu e o que ocorria no mundo dela e da família naquele momento, quando ele se faz presente e qual a sua interferência na vida desse pequeno. Caso esse comportamento não impeça o filho de manter as atividades de vida diária (comer, dormir, brincar, ir à escola etc.), não é algo para se preocupar, pois provavelmente irá desaparecer com o amadurecimento.

P.E.: Podemos incentivar “criaturas imaginárias” como a fada do dente, por exemplo, quando os denti-nhos começam a cair? Por quê?

T.L.: A maioria das famílias incentivam tais criaturas em nossa cultura. Os pais devem usá-las para a edu-cação infantil, para descrever limites, comportamentos adequados, fases da vida que estão por vir. Não é fácil para a criança lidar com mudança corporal e com o que poderá enfrentar com os dentes que caem (dor, sangue, “janelinhas” na boca, provocações dos colegas etc.). É importante que os pais possam caminhar ao lado dos filhos, dando-lhes segurança no enfrentamen-to dessas dificuldades.

P.E.: Como ensinar as crianças a lidar com os medos: escuro, trovões, palhaços e outros “seres” visíveis ou invisíveis?

T.L.: Com presença e parceria. Trocando e comparti-lhando experiências. Isso conforta e lhes traz seguran-ça. Os fenômenos da natureza, do corpo humano e da vida social, as fantasias e seres imaginários assustam, principalmente nas primeiras aparições. Quanto mais

Presença, não Presente

Para tiago lupoli, vivemos em um tempo em que os brinquedos e equipamentos eletrônicos modernos garantem a distração das crianças. “Mas nada equivale à presença, ao respeito e ao carinho dos pais. as crianças não dão a devida relevância a um sMs. Por vezes, nem os adultos conseguem tal proeza”, explica. a comunicação deve ser constante, pessoal e repleta de troca, e transbordante de paciência e escuta. o ensinamento acontece mais pelo ouvir do que pela imposição de regras e limites. “escutar o que as crianças dizem com as suas fantasias é uma chave importante no processo de desenvolvimento emocional, educacional e dos valores rumo a constituição da personalida-de delas”, finaliza o especialista.

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esse novo for traumatizante, mais difícil será de se li-dar. Sozinha, a criança dificilmente conseguirá superar o medo e a angústia. Os pais podem colaborar com suas experiências, explorando a realidade de cada fato vivido que gerou medo.

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O humorista Fábio Porchat é um artista completo. Por onde passa, ele vê as pessoas chegarem perto já querendo ouvir uma piada ou rindo a cada palavra

que ele diz. Para ele, não tem tempo ruim: “Melhor rir do que chorar, é o que eu digo, né?”

comediante nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu até os 19 anos em São Paulo. Em 2002, quando era aluno de Administração da ESPM, foi a uma gravação do programa do Jô Soares e pediu para apresentar um

esquete (peça de curta duração) de sua autoria, base-ado no seriado “Os Normais”. Aplaudido e incentivado, decidiu seguir a carreira de ator. Mudou-se para a Cida-de Maravilhosa e formou-se na Casa de Artes das La-ranjeiras (CAL). Foi roteirista do “Zorra Total”, “Junto e Misturado”, “Cilada” e tantos outros programas humo-rísticos que acabou se tornando figurinha carimbada na televisão. Atualmente interpreta o personagem gay Everaldo Pontes Júnior no programa “A Grande Família” e acaba de lançar no cinema “O Concurso” (só nes-te ano protagonizou também “Totalmente Inocentes” e “Vai que Dá Certo”). Além disso, a série de humor que ele faz no Multishow, ao lado de Miá Mello, “Meu Passado Me Condena”, virou filme e estreia em outubro em circuito nacional.

É autor de diversas peças teatrais – “Olho de Bo-neca”, “Elas Morrem no Fim”, “Calabouço”, “Velha é a Mãe”, esta última encenada por Louise Cardoso e Ana Baird em diversas cidades do Brasil. De 2006 a 2011, integrou o primeiro grupo de comédia stand-up do Bra-sil, o “Comédia em Pé”, juntamente com Cláudio Torres Gonzaga, Fernando Caruso, Léo Lins e Paulo Carvalho. Segundo ele, a comédia brasileira passa por mudan-ças, as mais positivas.

Mas foi a internet, com os vídeos do canal “Porta dos Fundos”, criado por ele, Antonio Pedro Tabet, Ian SBF, Gregório Duvivier e João Vicente de Castro, que trouxe

Fora do normal

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Por Maria Helena Bellini

enorme repercussão ao seu trabalho. Esse trabalho na web é um fenômeno de audiência em um ano de existência: são mais de 4,8 milhões de inscritos e mais de 400 milhões de visualizações. Fábio abriu uma pro-dutora juntamente com os amigos, e juntos criaram o canal “Fundos da Porta”, para exibição do “making of” dos vídeos. Recentemente lançaram o “Backdoor Channel”, o mesmo formato produzido exclusivamente para o mercado internacional.

O vídeo de maior repercussão, satirizando o atendi-mento de uma rede de fast food em que o balconista atende a cliente indecisa sem nenhuma paciência fez tanto sucesso que a própria empresa gostou e contra-tou a equipe para fazer duas continuações. Outra ação que gerou milhões de visualizações foi “Na Lata”. Fábio é Uelerson, funcionário de um supermercado que ofe-rece ajuda à cliente para encontrar a latinha de refrige-rante com seu nome: “Kellen”. A partir dessa exibição, a Coca-Cola colocou em sua página oficial no Facebook as imagens de novas latas, para as quais denominou de “Nomes caprichados”. Uma operadora de celular e uma companhia aérea também inspiraram alguns víde-os do portal. Porchat conta que não fica pensando em qual empresa vai focar sua ira cômica. “Eu gosto de es-crever sobre coisas que me irritam, e o tratamento que elas dispensam aos clientes me irrita muito”, explica.

Em setembro, Fábio Porchat estreia o seu show “Fora do Normal”, no teatro Frei Caneca, em São Paulo. An-tes de embarcar para Portugal, onde participou do The Famous Humour Fest, no dia 5 de julho, Fábio Porchat conversou em alto e bom tom com a revista Ponto de Encontro. Divirta-se, querido leitor! F

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“Acredito que esses shows de humor atraem o jovem para o teatro, lugar bastante novo para essa geração internet”Fábio porchat

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Ponto de Encontro: Você está vivendo uma nova fase em sua vida. Tinha ideia de chegar aos 30 anos com tanto sucesso?

Fábio Porchat: Estou feliz por ter conseguido chegar aos 30 (risos). As coisas aconteceram de maneira muito doida na minha vida. Apesar de já trabalhar em teatro há anos, o “Porta dos Fundos” foi o grande ‘escancara-dor’ da porta da frente da minha carreira. É muito legal o carinho das pessoas, todos são muito afetuosos co-migo, e normalmente as pessoas chegam perto de mim e já estão rindo, querem um abraço ou tirar uma foto. É bastante prazeroso.

P.E.: Como é sua rotina de trabalho?F.P.: Costumo cumprir os compromissos no decorrer

do dia e gosto mais de escrever à noite. Nessa hora eu digo para mim mesmo: “É a hora daquela ideia genial”. Aí paro tudo, sento e escrevo. Quem fica esperando a inspiração chegar não sai do lugar.

P.E.: O “Backdoor Channel” já foi oficialmente lançado?

F.P.: Sim. Hoje em dia é preciso pensar de maneira macro, mais global. Como estamos sendo muito vistos lá fora, é um ótimo momento para fazermos uma divul-gação maciça. Com a minha ida a Portugal, aproveito para falar com o mercado externo, até nos estabele-cermos definitivamente com essa plataforma interna-cional, criada a princípio para americanos, ingleses, canadenses e australianos.

P.E.: Como foi sua infância? Como é a relação com a sua família?

F.P.: Sou o único homem e tenho mais três irmãs. Imagine o quanto eu zoei e fui zoado. Meu pai sem-pre foi, antes de tudo, meu amigo. Ele é muito inte-ligente, muito culto. Temos o mesmo nome, só que o ‘Fábio Porchat pai’ é um profundo conhecedor de arte, é presidente da Academia Latino-Americana de Arte, é curador, possui sólida reputação como empreendedor cultural. Nós saíamos juntos, ele sempre foi amigo dos meus amigos. Eu tenho um sonho de ser um pai tão maravilhoso quanto ele é, ou até melhor, por causa da escola que tive em casa. Não sei se conseguirei!

P.E.: Com uma agenda tão intensa, como faz para cuidar do corpo? Tem algum segredinho de beleza?

F.P.: Ichhh... (muitos risos)... sou um péssimo exem-plo. Pense em uma pessoa que tem uma vida louca, sem horário para nada. Não consigo malhar, como o que aparece, sem escolher nada de muito nutritivo. Além de tudo, tenho tendência a engordar. Portanto, deveria sim tomar algum cuidado, mas não dá tempo. Por isso eu faço o básico: tomo banho, escovo os den-tes, corto o cabelo e vou pra vida! (risos)

Com o espetáculo solo “Fora do Normal”, o ator já percorreu todo o Brasil e agora chega a São Paulo

O personagem Júnior do programa “A Grande Família”, da Rede Globo

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Fábio Porchat vive o travesti Rogério Carlos na telona

“Ela [Marieta Severo], o Marco Nanini e todos do elenco são muito generosos comigo. É um superprazer fazer parte dessa grande família!”Fábio porchat

situações cotidianas, críticas políticas, observações que qualquer um de nós poderia fazer. Traz temas tão diversos como telemarketing, avião e tecnologia em banheiros, por exemplo. Acredito que esses shows de humor atraem o jovem para o teatro, lugar bas-tante novo para essa geração internet. Esta é, aliás, a principal divulgadora dos comediantes. Trechos do show são disponibilizados na rede, e com isso, o grande público passa a tomar conhecimento do nosso trabalho. Quero ver todo mundo no teatro do Shopping Frei Caneca, na estreia do dia 6 de setem-bro. Venha se divertir e aprender a levar a vida de maneira mais leve!

P.E.: Como você se sente de fazer parte do elenco de “A Grande Família”?

F.P.: É sensacional. Imagine só que honra ter como dupla ninguém menos que Marieta Severo, a grande dama do teatro, do cinema e da televisão? Ela, o Marco Nanini e todos do elenco são muito generosos comigo. É um superprazer fazer parte dessa grande família!

P.E.: O seu solo de stand-up, “Fora do Normal”, já foi apresentado em diversas cidades do país e agora chega a São Paulo. O que o público pode esperar dessa temporada paulistana?

F.P.: São textos que trazem o humor focado em

Cena do filme “O Concurso”, com Rodrigo Pandolfo, Anderson Di Rizzi, Fábio Porchat e Danton Mello

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prática diária de uma atividade física é super-recomendada pelos especialistas, mas nem sempre o corre-corre deixa bre-chas para incluí-la em meio às inúmeras tarefas pré-programadas. Algumas vezes, a

pessoa escolhe um esporte apenas para começar a se exercitar; em outras, uma mudança radical se faz ne-cessária devido ao estilo de vida que ela levava. Seja qual for a trajetória que o levou a mexer o esqueleto, os benefícios (e os parabéns) são todos seus.

Conheça duas histórias de vida que mostram por que vale a pena investir em si mesmo quando o as-sunto é saúde!

AsAs nos pésSara Velloso, administradora e diretora financeira de

um jornal de circulação diária, era fumante, sedentária e tinha como único esporte jogar dardos, de preferên-cia em um bar ao lado dos amigos. Sua alimentação

vidA simples

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Livre pArA voAr

a sensação de liberdade que a corrida e o

ciclismo proporcionam são indescritíveis e

podem mudar uma vida

sempre foi toda desregrada e fora de hora. Mas em julho de 2008 tudo começou a mudar. Um convite de seu irmão e de sua cunhada para conhecer uma as-sessoria de corrida mudaria sua vida para sempre. Ela começou devagar, caminhando com pequenos interva-los de trote e se apaixonou pelo esporte. Quando se deu conta, já estava pensando em competições pelo mundo e treinando diariamente. “Costumo brincar que sou uma pessoa normal. Adoro bistrôs franceses e um bom vinho, viu?”.

Para auxiliá-la nessa jornada, ela encontrou pelo ca-minho algumas pessoas que se tornaram fundamentais para que ela conseguisse seguir em frente. “Consultei um ótimo nutricionista e também um fisioterapeuta de renome, e a principal condição para que trabalhásse-mos juntos era que também fossem esportistas. Afinal, eles conhecem a sua rotina, sabem o que te move e o que você está sentindo”, diz.

Ela conta que, na Maratona de Berlim, só comia.

Sara Velloso em Foz do Iguaçu

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o importAnte é ser felizFlavio Razuk é um atleta completo. Com patrocínio

da Sollo 4WD, ele participa de competições ao redor do planeta, com sua equipe de duatlo, ao lado de Da-niela Patto e Leandro Amaral. “Eu tinha um personal, e nos primeiros treinos ele fazia os famosos tiros de corrida na esteira, e isso começou a me incentivar. Eu vinha de uma recuperação após um período internado no hospital, e não era fácil não”.

O antigo homem sedentário e fumante de dois ma-ços de cigarro por dia viu em 2011 aquela famosa luz. “Estava em casa à noite, após o expediente (trabalha-va com informática), e minha mãe não tinha ninguém para limpar a piscina. Resolvi ajudá-la e misturei todos os produtos em um balde. A reação química se formou, e dali subiu um odor de ácido. Eu não conseguia res-pirar direito, e ela, muito assustada, me levou para o hospital”.

Uma semana inteira na unidade intensiva fez com que Flavio ficasse íntimo de todas as máscaras de oxigênio conhecidas. Mais sete dias no quarto, para só então poder voltar à vida com o pulmão funcionando de novo. “Tive de fazer mui-ta fisioterapia respiratória, pois a sensação de tentar puxar o ar e ele não vir é agonizante. Por isso, hoje dou mais valor às pequenas coisas, que antes passavam despercebidas”, conta.

A decisão de parar de fu-mar contou com a ajuda de adesivos de nicotina com o teor máximo colados no corpo, e na cabeça a ideia de se dedicar a um esporte.

Em dias normais, Flavio corre e pedala, no máximo uma hora e meia por dia, no Parque Villa-Lobos. Vez ou outra vai para o interior ou pega o caminho do mar para fazer ciclismo, normalmente acompanhado da equipe.

“Minha maior vitória não foi em nenhuma das provas que disputei, mas sim ter conseguido parar com esse vício que é realmente avassalador”, diz.

Seu cardiologista recebe sua visita constantemente, e ele está agora em busca de um nutricionista para chegar aos 80 kg. “Para quem estiver lendo esta maté-ria agora, a minha dica é: faça sua vida realmente valer a pena. Você só tem uma chance de ser feliz de corpo e alma, portanto invista no melhor!”.

“Sou tão ‘caxias’, porque levo muito a sério as recomendações e até nos passeios parava para fazer um lanchinho”. Para essa única maratona de sua vida, como costuma explicar, ela treinou muito duro, incluiu a musculação no roteiro, pois o corpo é feito de mús-culos, e eles precisam estar fortalecidos para se ter um bom desempenho, e a alimentação passou a ser ex-tremamente regrada. “Colocava despertador para cada momento do dia em que precisasse comer ou beber algo. Ainda hoje ando com uma mochila térmica na qual levo café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, até chegar novamente em casa e jantar”.

Nos momentos de lazer, até mesmo antes de se de-dicar à corrida, fazia cicloviagem com sua mountain bike. “Fiz o Caminho do Sol (saindo de Elias Fausto até Águas de São Pedro, interior de São Paulo) de bike, em três dias. Se fizesse esse percurso hoje, não passaria tanta fome, saberia preparar um alforje com alimentos indispensáveis e sem ter de carregar tanto peso. Não tinha expertise e tinha mesmo um baita preconceito com a bicicleta modelo Speed”, relembra.

Quando uma lesão – fratura por estresse – a fez parar tudo, de abril a outubro de 2012, ela iniciou um treino de natação com flutuadores nas pernas. Era “um es-porte muito solitário, mas para tudo nesta vida existe uma técnica, uma maneira correta de fazer aquilo. O professor criava métodos para nos incentivar, e a cada aula eu me superava e garantia a parte aeróbia”.

Em outubro, começou o retorno à pista de corrida de maneira bem paulatina. Por recomendação do fi-sioterapeuta, resolveu investir no ciclismo e comprou sua primeira Speed. “Os músculos utilizados na corrida eram relaxados no ciclismo, e vice-versa”.

Treinava no Parque do Ibirapuera e na ciclovia da Universidade de São Paulo, mas as dores ainda eram sentidas. Resolveu fazer uma avaliação mais apurada e ajustou a palmilha por recomendação do especialista. Após cinco semanas de treino com a bicicleta, concluiu o Audax Randonneurs São Paulo. “Fiz o percurso no dia 29 de junho, em Holambra (interior de São Paulo) – 105,37 km de superação e autossuficiência –, e ter-minei com o melhor tempo feminino. Foi então que me dei conta de que eu tinha voltado a voar”.

Sara conta que o melhor de acordar todos os dias às 5h45 é que ela está sempre em outra vibração. “Quan-do chego para trabalhar, acabei e sair do meu happy hour: já corri ou pedalei, já tomei café da manhã na padaria, já encontrei com os amigos pra batermos papo, estou de banho tomado e chego à empresa para começar outra parte importante da jornada”.

Atualmente, ela treina para o Le Etape du Tour, que acontecerá em 2014, na França: são aproximadamente 130 km pedalando pelos Alpes, em estradas montanho-sas. “Falo que a competição é sempre comigo mesma. Quero saber se fiz tudo que podia entregar. Para ser a melhor hoje, é preciso superar desafios”.

Flavio Razuk

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equipe drogAriA são pAuloO gerente distrital da Drogaria São Paulo,

Carlos Antonio da Silveira, começou a correr em 1990. Morador da cidade de Atibaia, no inte-rior de São Paulo, seu dia se inicia às 4 horas, quando pega a estrada em direção à capital. Chega à academia às 6h30 e faz musculação até as 8h e pratica corrida no período da tarde.

Carlinhos, como é conhecido, pertence à seleta equipe de corrida da Drogaria São Paulo. “A importância desse incentivo que a empresa nos oferece é colocar a qualida-de de vida em primeiro lugar. Além disso, fazemos novas amizades”, destaca.

A equipe, formada em 2011, está atual-mente sob a orientação dos profissionais da Branca Esportes, o treinamento acon-tece de quarta a sábado. O próprio Bran-ca (Vanderlei Carlos Severiano) e Gustavo Neves Abade são os professores da equi-pe, que possui 10 atletas. Os treinos são intercalados com fisioterapia e orientação nutricional. “Treinamos tanto para manter forma quanto para participar de competi-ções. Porém nosso objetivo maior é inspi-rar outras pessoas a cuidarem da saúde. Queremos mostrar que atletas amadores podem se destacar nas provas de rua mais importantes do Brasil. Cada um tem a sua história e sabe o que superou para estar onde está. O mérito é da própria pessoa, a minha missão é ajudá-la nesse processo de autoconhecimento”, finaliza Branca.

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para quem quer começar a praticar uma atividade fí-sica, como corrida, ciclismo, skate, surfe ou qualquer outra modalidade, Rodrigo Poli, educador físico, instru-tor no Centro de qualidade de vida e especialista em fisiologia do exercício e treinamento resistido pela uni-versidade de são paulo, ensina o passo a passo.

Consulte um médico e também um educador físico, para realizar os exames e programas de treino adequa-dos, para se obter o conhecimento de sua aptidão física.

alimentar-se antes da atividade física é essencial, pois não se deve treinar em jejum. isso pode prejudicar consideravelmente o desempenho. Consuma alimen-tos leves, como frutas e/ou barras de cereais, pois são ricas em carboidratos, que são transformados em ener-gia. doces e comidas gordurosas, nem de longe!

Água é imprescindível ao longo do dia. Água de coco e bebidas isotônicas, antes, durante e após as ativida-des, são também excelentes alternativas.

atletas que buscam um maior rendimento devem realizar exames periódicos, treinos de fortalecimento (musculação) e alongamento, para ganhos de flexibili-dade e evitar lesões, pois para se obter uma atividade duradoura e um resultado consistente, deve-se prepa-rar o corpo para tal. em alguns casos, o acompanha-mento psicológico pode ser interessante, para otimiza-ção da performance.

além de ser uma excelente opção de lazer, praticar um esporte alivia o estresse e auxilia no bom funciona-mento do sistema musculoesquelético. ajuda a manter o peso corporal, promove um melhor sono, reduz do-res, ajuda a combater doenças como diabetes, osteo-porose e hipertensão, traz benefícios para o coração e também aumenta a capacidade pulmonar.

portanto, o sedentarismo deve ser evitado, pois é si-lencioso. seus sintomas não são sentidos na juventu-de, mas podem trazer sérios fatores de risco à saúde, como aumento do colesterol, hipertensão arterial, dia-betes e obesidade. Mexa-se!

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Jairo de Souza Martins, Roselly Araújo Macedo, Carlos Antonio da Silveira, Jefferson Assis de Souza, Naython Ney Brito da Silva, Fábio de Oliveira Chagas, Valdemir da Silva Oliveira, Robson dos Santos Conceição, Alexandro Santos Matos e Fábio Alessandro de Oliveira

“Foi então que me dei conta de que eu tinha voltado a voar”

sara velloso

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criança na área

leitura é uma porta aberta ao conhecimento, mas não é só isso. Ela ensina as crianças a se familiarizarem com o alfabeto, as ima-gens e os números, envolve seus corações e mentes em histórias repletas de seres

imaginários e outros bem reais. Atualiza o vocabulá-rio, horizontaliza os pensamentos, expande as ideias e promove o encontro com novos amigos.

Os primeiros anos de vida são decisivos na forma-ção da personalidade das pessoas. “Muitos aspectos da educação são fundamentais aqui. Com relação ao desenvolvimento cognitivo, a introdução à leitura deve

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Por Maria Helena Bellini

começar antes da alfabetização propriamente dita, pois é nesse período de formação que os livros são impor-tantes para ajudar a criança a interpretar as informa-ções e associar as figuras”, destaca a escritora Ana Eduarda, autora da trilogia “Enigmas das Fronteiras”. Incluir os livros na vida dos pequenos é ensiná-los por meio do lúdico, do divertido. Na hora de tomar banho e também na hora de dormir, é preciso ter sempre à mão uma boa história para contar. É aquele momento mágico das descobertas, do compartilhar, do descortinar de novas possibilidades que não se encerram na contracapa.

ler é sempre uma aventura. Você anda por castelos, viaja para o mundo encantado e aprende a viver mais feliz no aqui e agora

o maravilhoso universo das letras

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atualmente, é bastante comum vermos as pessoas com fones de ouvido para escutar música, um audiolivro ou qualquer outro con-teúdo disponível na rede. Com essa interativi-dade sempre à disposição, pais, mães e cui-dadores precisam estar atentos ao volume do som que entra pelos ouvidos dos pequenos, pois o tempo de exposição aos ruídos e a in-tensidade à qual ficam expostos poderão levar a uma lesão do aparelho auditivo.

Segundo o otorrinolaringologista Dr. Arthur Castilho, por ser uma atividade prazerosa, crianças e adolescentes dedicam horas a ela. “Para saber se seu filho já apresenta algum grau de perda de audição, perceba se, ao fa-lar com ele, ele te escuta, mas não entende o que você disse (perda da discriminação). e sempre que houver suspeita, procure um médico especialista”, ressalta.

Fique bem

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O OutrO ladO dessa históriaEm 2012, um estudo realizado pelo Indicador do

Analfabetismo Funcional (INAF) apontou que 75% dos brasileiros não sabem ler e/ou escrever. Deles, 68% são analfabetos funcionais, e os outros 7% são consi-derados analfabetos absolutos, os quais não possuem qualquer habilidade para com as letras.

Segundo Ana Eduarda, essa triste realidade revela nú-meros alarmantes e se deve à falta de um plano diretor rígido e soberano para a educação brasileira, além de investimentos em diversos projetos de incentivo à cul-tura e leitura que já deram certo ao redor do mundo.

Livros paradidáticos e didáticos possuem um valor incontestável e contribuem não só para o crescimento, mas também para incentivar o hábito, mostrando as maravilhas que podem estar guardadas no interior de suas páginas. “Além de ser essencial para o aprendiza-do, a leitura é uma das formas para as pessoas melho-rarem a capacidade de interpretação, além de estimular o raciocínio”, afirma a escritora.

Às vezes as pessoas não têm paciência para ler um livro, mas para Ana Eduarda, isso se deve ao fato de ainda não terem encontrado o tema certo, que irá cau-sar aquela vontade incontrolável de saber o fim da história. Além disso, se esse hábito for algo rotineiro na família, é certo que os filhos terão mais facilidade na hora de escrever, formular melhor o conteúdo que querem comunicar por escrito e melhorar substancial-mente a fixação das informações.

mundO virtualCrianças, adolescentes e adultos já se renderam à

leitura em plataformas digitais. Porém é preciso que os pais fiquem atentos ao tempo de permanência de seus filhos em frente ao computador, tablet e até mesmo do celular. “O segredo é saber dosar, é o equilíbrio”, reve-la. Nada que é demais ou de menos é bom. O segredo é o caminho do meio”.

Muito melhor do que ficar em casa diante de um equipamento eletrônico é sair com toda a família em busca de aventuras pelo universo mágico das livrarias. Ali encontramos livros em todos os formatos, mate-riais, cores e cheiros. “Alguns exemplares ensinam ou-tros idiomas, tocam música e são tão interessantes que ninguém consegue resistir”, lembra Ana Eduarda.

Para ela, o prejuízo maior para aquele que não co-nhece os livros é que seu mundo fica extremamente reduzido. “Se você estiver plugado, conectado ou com uma publicação nas mãos, suas chances de crescimen-to interior são imensas. Você conhece coisas novas que o instigam a buscar sempre mais”, finaliza.

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acne não é um problema apenas de adolescentes. A doença pode prosse-guir até a fase adulta, chegando a afetar 20% das mulheres na faixa entre 26 e 45 anos. Como afeta diretamente a estética

do rosto e de algumas partes do corpo, pode gerar problemas emocionais como baixa autoestima.

Para que ela ocorra, é preciso ter predisposição ge-nética, ou seja, quando ambos os pais tiveram um quadro semelhante, a chance de o filho também de-senvolver é de 50%. As manifestações da acne depen-dem da presença dos hormônios sexuais. Por isso, as lesões começam a surgir na puberdade. Já nos adul-tos, as causas também podem ser outras.

A seguir, a dermatologista Dra. Vivilaine Campelo, do Instituto da Pelle do Rio de Janeiro, responde às principais dúvidas sobre esse assunto tão delicado.

Ponto de encontro: Qual a diferença entre a acne na adolescência e na fase adulta?

Vivilaine Campelo: A principal diferença é a localiza-ção. Na adolescência, é comum a forma difusa – em toda a face ou nas áreas com mais oleosidade, no queixo, nariz e testa –, enquanto que na fase adulta, as áreas mais atingidas são o queixo, mandíbulas e pescoço.

P.E.: Quais as principais razões para o seu apareci-mento na mulher madura?

V.C.: Pode surgir em decorrência de alterações hor-monais, como o hiperandrogenismo, que tem como principal causa a síndrome dos ovários micropolicís-ticos. Na maioria dos casos de acne na mulher adul-ta, não há uma doença endócrina associada. A causa mais comum é um aumento da sensibilidade da pele

de frente para o espelho

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Coisa de peleVocê sabia que a acne também atinge os adultos, principalmente as mulheres? Saiba como ter uma pele linda nesta matéria exclusiva

Por Mirella StiVani

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aos hormônios androgênicos (masculinos), responsáveis pelas manifesta-ções da doença (lesões inflamatórias e aumento de seborreia). Porém é importante salientar que, mesmo com essas alterações, muitas vezes os exames laboratoriais estão dentro de níveis normais. O uso de cosméticos inadequados é um fator relevante no agravamento da acne. Alguns estudos apontam o estresse, a hereditariedade e o tabagismo como fatores relacio-nados à piora do problema.

P.E.: Como se forma a espinha?V.C.: São lesões que costumam ser mais profundas, formando pequenos

nódulos avermelhados e doloridos, com inflamação moderada.

P.E.: Quem sofre mais: as mulheres ou os homens? Por quê?V.C.: A acne adulta é comum em mulheres de 20, 30 e até 40 anos, porque,

além do componente hormonal, elas são mais suscetíveis ao uso de produtos inadequados para seu tipo de pele, o que pode agravar as lesões.

P.E.: A alimentação pode influenciar o aparecimento de espinhas?V.C.: Alguns estudos comprovam que a alimentação tem influência na

piora da acne. Mas isso não é regra. Nem toda mulher com acne tem esse problema porque come chocolate ou alimentos gordurosos. Mas algumas pessoas notam piora com a ingestão de certos alimentos. Nesse caso, é só evitá-los.

P.E.: Quando é necessário procurar outros especialistas (como endocrino-logista e ginecologista) para tratar o problema?

V.C.: Sempre que temos uma condição hormonal envolvida, o tratamento tem que ser multidisciplinar. É o caso do hiperandrogenismo, por exemplo.

P.E.: Quais são os tratamentos mais indicados?V.C.: Medicações de uso local, oral e procedimentos dermatológicos,

como peelings e fotomodulação, também são importantes no combate à doença. Podemos também utilizar o tratamento Fraxel, com o intuito de diminuir o tamanho dos poros (acumulando assim menos oleosidade) e as possíveis cicatrizes formadas. A escolha do tratamento ideal vai depender de cada caso e da fase em que a acne está, sendo importante uma avalia-ção detalhada, feita pelo dermatologista.

1 - cuidado diário. Kit Clean&Clear com sabonete líquido, adstringente e gel secati-vo. 2 - remoção da oleosidade exces-siva da pele. Sabonete líquido Actine Dar-row. 3 - limpeza suave, sem aGressão; ajuda a reduzir o excesso de oleosi-dade. Effaclar gel de limpeza para a pele La Roche-Posay. 4 - reGulariza a secreção sebácea, diminui a irritação e limita a proliferação de acne. Cleanance Gel – Eau Thermale Avène. 5 - elimina a oleo-sidade e remove as células mortas. Asepxia Sabonete Fórmula Forte.

Mulher Maravilha

Estes produtos podem ser adquiridos pelo www.drogariasaopaulo.com.br

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espaço consciente Por Fernanda Mendonça

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São Paulo

abraça esta

causa

AmizAde sem preconceito

Conheça o primeiro site brasileiro de relacionamento voltado aos portadores de doenças crônicas. nele é possível fazer

amigos e se manter informado

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atualmente a maioria dos usuários é de pessoas vivendo com HIV. “Porém, também temos muitos usuários que não possuem do-ença nenhuma, mas se interessam em trocar experiências e conhecer outras pessoas”, co-menta o idealizador. Também há usuários com diabetes, Parkinson, depressão, lúpus etc.

apesar de ter como foco a amizade, o site também promove o início de alguns namo-ros. “a intenção é permitir que as pessoas encontrem apoio e construam relacionamen-tos sinceros. Se eles se tornarão amizades ou evoluirão para relacionamentos amorosos, só depende de cada um”, diz o voluntário.

namoro também pode!

os amigos são nosso maior tesouro, e ninguém tem dúvidas de que uma boa amizade faz bem ao coração e ao corpo. Por isso, a Universidade de Harvard ouviu voluntários de todas as idades e perfis para a reali-

zação de um estudo sobre o tema. Eles tiveram de responder à seguinte pergunta: “O que faz uma pessoa ser saudável?”.

Os entrevistados disseram que o que mais influi no nível de saúde não é o dinheiro, a genética ou a roti-na, tampouco a alimentação. Segundo eles, ter amigos torna as pessoas mais saudáveis. E atenção: se as amizades forem recentes, melhor ainda.

Com foco nesse segmento, surgiu o Amizade Positi-va, um site de relacionamento recém-lançado no Bra-sil, cujo objetivo é proporcionar o surgimento de novas amizades e a troca de informações entre portadores de doenças crônicas.

Para saber mais sobre esse assunto tão bacana, conversamos com Bruno Siqueira, um dos criadores do site.

Um bom começoA inspiração para o projeto surgiu de uma ami-

zade. Bruno e seus parceiros, Guilherme Bello e Rodnei Couto, se comoveram com o problema de um amigo em comum: o Rafael Sanches, que é soropositivo.

Rafael concluiu que conviver com o estigma da doença dificultava os seus relacionamentos, e foi a partir desse relato que surgiu a ideia de criar um espaço que, além de promover as relações huma-nas, proporcionasse a troca de experiência e a di-vulgação de notícias confiáveis sobre o tratamento de doenças, tais como hepatite, depressão, câncer e diabetes, por exemplo.

O autônomo Renato Bello, de 56 anos, por exemplo, descobriu pelo bate-papo do site a verdadeira causa de suas frequentes dores de cabeça, que ele tratava como enxaqueca. “Me falaram que o problema poderia ser provocado por uma rinite. Fui ao médico, e ele con-firmou. Agora, faço o tratamento correto, e as dores diminuíram”, comemora.

Os artigos publicados na rede são retirados de gran-des portais de notícias, nacionais e internacionais. “Também pesquisamos em sites especializados”, ga-rante o idealizador.

para todosO site é gratuito, e pessoas que não estão enfren-

tando nenhum problema de saúde no momento tam-bém podem participar. “Para se cadastrar, as pessoas devem fornecer informações básicas, como idade, ci-dade, orientação sexual, profissão etc.”, explica Bru-no. Só existe uma regra: “Deixar de lado o preconcei-to!”, salienta.Fo

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Os três criadores são voluntários e, atualmente, man-têm a rede com recursos próprios e de colaboradores. “Estamos começando a buscar investimentos para me-lhorar o serviço para os usuários”, afirma Siqueira.

centenas de amizades novasO portal foi lançado há pouco mais de seis meses e

já conta com mais de 700 usuários, como a dona de casa Maria de Fátima Silva, de 65 anos.

Ela sofria com uma depressão causada pelo vício em jogo e não tinha coragem de assumir seu problema nem mesmo para a família. No site, encontrou pessoas com transtornos semelhantes ao seu. “Quando entrei, não tinha mais razão de viver. Mas a gente passa espe-rança um para o outro”, conta.

Há quatro meses Maria de Fátima está em tratamen-to. “Me sinto bem melhor e procuro nos amigos do portal a inspiração para continuar lutando”, revela a dona de casa.

Para conhecer o Amizade Positiva, acesse: www.amizadepositiva.com.br.

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livro • música • filme • teatro CURTAS E QUENTES

FloRES RARASglória pires protago-

niza romance ao lado da atriz australiana Mi-randa otto em novo fil-me de Bruno Barreto que conta essa histó-ria de amor vivida pela paisagista brasileira lo-ta de Macedo soares e a poeta norte-america-na elizabeth Bishop. imagem Filmes.

o SAmbA QUE EU SEio primeiro cd da sam-

bista lu carvalho, sobri-nha de Beth carvalho, traz participações primo-rosas de arlindo cruz, diogo nogueira e da própria Beth carvalho. com raízes na história do samba, lu equilibra o seu trabalho no sam-ba romântico. gravadora saladesom records.

o QUE FAzER pARA mEU Filho ComER bEm?

as chefs e consultoras em gastro-nomia Mayra abbondanza abucham e patrícia abbondanza, da dedo de Moça, lançaram esse livro para ajudar os pais no preparo de pratos com di-versidade de ingredientes saudáveis e muitas dicas. editora dBa.

oS 39 DEgRAUSMisture uma obra-prima do cineas-

ta consagrado alfred Hitchcock com um saboroso romance de espiona-

gem, acrescente uma pitada de “Monty python” (série cômica britânica). o resultado é essa diverti-da peça, escrita por patrick Barlow. o elenco reú-ne danton Mello, paulo goulart Filho, rosanne Mu-lholland e Henri-que stroeter. no Brasil, a direção é de alexandre rei-necke, que tam-bém assina a tra-dução e adaptação brasileira, juntamen-te com clara carva-lho. em cartaz no teatro sergio car-doso, em são pau-lo, até setembro.

liNgUAgEm Do CoRpoa nova edição do primeiro bestseller da

autora cristina cairo, baseado em estudos da linguagem do corpo, ensina a compreensão das

doenças geradas pela própria pessoa por meio de emoções, pensamen-tos e crenças. a obra traz um cd de relaxamen-to específico para dor de cabeça. essa obra mos-tra como ter autoconhe-cimento por meio da ci-ência, da cultura milenar egípcia e da psicologia profunda. Barany editora.

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água na boca

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Rendimento: 1 pessoa

Bacalhau com salada de Wakame ao molho Ponzu

ingRedientes• 120 g de bacalhau fresco• 30 g de salada de wakame

(alga)• 30 g de farinha de pão• 1 dente de alho picadinho• 40 g de nabo ralado• 30 ml de molho ponzu (à

base de limão)• 15 g de farinha de trigo• Azeite a gosto• Salsinha a gosto• Sal a gosto• Pimenta do reino a gosto

Receita gentilmente oferecida pelo restaurante Koji

modo de fazeR• Tempere a posta de bacalhau com sal e pimenta do reino a gosto. Passe na

farinha de trigo e retire o excesso. Aqueça o azeite em uma frigideira e colo-que o bacalhau para grelhar em fogo médio por aproximadamente 5 minutos, até formar uma película crocante por fora. Reserve. Doure o alho no azeite em fogo brando, em seguida coloque a salsinha e a farinha de pão, mexa até ficar crocante e dourado. Reserve. Misture o molho ponzu com o nabo ralado.

finalização• Pegue um prato raso e forre o fundo com a salada

de wakame, sobre ela coloque a posta do bacalhau. Regue com o molho ponzu e finalize colocando a fari-nha de pão crocante sobre a posta. Sirva a seguir.

DicasA salada de wakame

e o molho ponzu po-dem ser comprados prontos em lojas de produtos orientais.

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final feliz

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AlbAtrozAssim!Plena visão de todas as alegrias!Meu corpo voa, plana,Leve e solto sem reticências.Lá vou por esse céu de brigadeiro,Planando livres de pesares,De medos e remorsos.

Com a alma azul,Estou inoculada pela vida inteirada mais fina festa que me proponho,que se expande aquém e alémdo que vivi e posso viver.Quem chega perto se contagia.

O som do mar me entrega espumasbrancas das ondas que vême levam pretensas melodias.Nas ondas que se vão esticadas,vagas que voltam com o deslumbre do mar de albatroz.

Me dou conta que aqui já estouconversando com este céu “horizontino”,entregando para as ondas segredos silenciosos,que me trazem a serenidade de nada devere nada ansioso esperar.É só o prazer que me pousa aqui,de me saber alegre todos os dias. Alegria de vivertoda a suavidade do voo de um albatroz.Edir lEitE – lEitorA dA Ponto dE Encontro

SAudAdE dE mimA vida é assimMe entreguei a vocêAgora me perdi

Você me fez sofrerCom esse seu jeito de serAchei que o amorIria superar toda a dor

Mas me enganeiDe cabeça mergulheiNuma relação em que só você dominavaEntão eu nunca me achava

Hoje rendo minha homenagem Ao majestoso jacarandáCom suas belíssimas floresDe onde cantam sabiásTambém serve de pau da bandeiraNas festas juninas do Ceará.

Falando agora do jacarandáLembrei-me da cajaranaPrecisaria escrever poesiaMeia dúzia por semanaPra falar da riqueza que são Nossa flora e nossa fauna.

Jacarandás não são apenas floresSão também madeira de qualidadePara móveis e construções São valiosos de verdadeEstão sendo dizimados Por causa da impunidade.João tErciAno – lEitor dA Ponto dE Encontro

ExEmPlAr fAmíliAAlegrias divididas,tristezas repartidas.

Socorro urgente,amparo permanente.

Conquistas incentivadas.vitorias conquistadas.

Carências aniquiladas,afeto fez morada.

Partir, triste comovente,retorno, feliz contente.

Aconchego iluminado,um lar abençoado.

Componentes, eterna confraria,Um exemplo de família.HEnriquE AlfrEdo PAz SAboiA lEitor dA Ponto dE Encontro

Acabei me anulandoMinha identidade perdiAgora estou com saudade de mim

Hoje vivo a procurarAquela pessoa alegre e felizSem preconceito ou pudorMas só encontrei a dor

Se você me vir por aíDiga que estou com saudade de mim

Mas como encontrar?Em algum lugar eu devo estar láSozinha e com frioÀ espera de alguémQue me diga também:

Eu me achei em vocêAgora não vou mais me perderEsqueça toda a dor e viva o amor

Se você me vir por aíDiga que estou com saudade de mim.lúciA SAmPAio – lEitorA dA Ponto dE Encontro

o mAJEStoSo JAcArAndáJá falei bastante sobre nossa flora E ainda há muito que falarFiz poesias da quaresmeiraTambém da flor do cambaráDas flores da primaveraDos ipês e do maracujá.

Das flores dos cafezais Lembro com muita emoçãoNão consigo também esquecerDa florada do algodãoNem das orquídeas nativasNas margens do ribeirão.

Escreva para: [email protected]

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