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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS SECRETARIA ADJUNTA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA POP - GERAL MANUAL DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DE MATO GROSSO Cuiabá – MT 2014

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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOSSECRETARIA ADJUNTA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

POP - GERALMANUAL DE PROCEDIMENTO

OPERACIONAL PADRÃO DO SISTEMAPENITENCIÁRIO DE MATO GROSSO

Cuiabá – MT2014

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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOSSECRETARIA ADJUNTA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

POP – GERAL

MANUAL DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DE MATO GROSSO

Nº DA VERSÃO: 001 REVISTA EM: 31/07/2014UNIDADE RESPONSÁVEL: SAAP/SEJUDH

Cuiabá – MT2014

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

Silval da Cunha BarbosaGovernador do Estado de Mato Grosso

Luiz Antônio Pôssas de Carvalho

Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos

Clarindo Alves de Castro - Cel. PMMT

Secretário Adjunto de Administração Penitenciária

Equipe Técnica

Altair Vicente Camilo JúniorEdson Cassimiro da Silva Filho

Gilberto Valias Rondon Carvalho Diretores dos Estabelecimentos Penais

ColaboradoresFlávio Augusto de Amorim

Vitor Fernando Massanori SakataMayra Moraes Rosa

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PALAVRA DO SECRETÁRIO

O Procedimento Operacional Padrão (POP) é umadescrição detalhada de todas as operações necessárias paraa realização de uma atividade e tem como objetivo manter oprocesso em funcionamento, através da padronização dasatividades e minimização de ocorrência de desvios naexecução da atividade, facilitando o trabalho de todos queutilizarão esse procedimento no dia a dia, ondeproporcionará mais segurança, eficácia, qualidade eeconomia.

Diante da complexa missão dos servidores do SistemaPenitenciário de custodiar a pessoa privada de liberdade e,principalmente, de manter a ordem nos momentos de crise,fez-se necessária a padronização dos procedimentosoperacionais aplicados nos estabelecimentos penitenciáriosde Mato Grosso. Sendo assim, o POP na sua composição depadronização de conduta pública legal a ser seguida,fortalece tanto a segurança no agir dos servidores, nocomportamento dos recuperandos e seus visitantes, bemcomo no processo de ressocialização. Segundo Aristóteles:“Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.”

Luiz Antônio Pôssas de CarvalhoSecretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 11FUNDAMENTOS LEGAIS 13

MÓDULO I 151. NORMAS GERAIS E PROCEDIMENTO DE REVISTAS 15

1.1 NORMAS INTERNAS GERAIS 151.2PROCEDIMENTOS DE REVISTA NA ENTRADA E INCLUSÃO DO RECUPERANDO 191.3REVISTA DOS PERTENCES DO RECUPERANDO 201.4INGRESSO DO RECUPERANDO 211.5 VISITA AO RECUPERANDO 231.6 DAS COMPETÊNCIAS, DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E DO PODER DE CAUTELA 281.7RITO PROCEDIMENTAL DE REVISTA 291.8 PROCEDIMENTOS DE REVISTA NOS VISITANTES E AUTORIDADES EM VISITA 321.9 AS NORMAS PARA OS PROCEDIMENTOS DE REVISTA AOS VISITANTES 321.10DAS CONDUTAS VEDADAS AOS SERVIDORES 351.11 DAS VEDAÇÕES E PROIBIÇÕES 351.12DOS PROCEDIMENTOS DURANTE A REVISTA 371.13REVISTA PESSOAL EM SERVIDORES PENITENCIÁRIOS 371.14REVISTA NA SAÍDA CASO SEJA LEVANTADA ALGUMA SUSPEITA 381.15REVISTA EM AUTORIDADES EM VISITA A RECUPERANDOS 401.16REVISTA EM VEÍCULOS 401.17DAS INFRAÇÕES E DAS SANÇOES 411.18SAÍDA E DESLIGAMENTO DO RECUPERANDO 421.19TRÂNSITO EXTERNO DO RECUPERANDO 441.20PARA SEGURANÇA GERAL DO ESTABELECIMENTO PENAL 44

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MÓDULO II 472. ROTINAS DE BUSCA E CARCERAGEM 472.1 ATIVIDADES CRÍTICAS 472.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES 472.3 RESULTADOS ESPERADOS 502.4 AÇÕES CORRETIVAS 502.5 SITUAÇÕES DE ERRO 512.6 PROCEDIMENTO DE BUSCA PESSOAL 512.7 PROCEDIMENTO DE REVISTAS EM CELAS 532.8 PROCEDIMENTO DE CHAMADAS (CONFERÊNCIA 552.9 PROCEDIMENTO DE CONFERÊNCIA DE ALVARÁ DE SOLTURA E ADMONITÓRIA 562.10 PROCEDIMENTO DE TÉCNICAS DE ALGEMAMETO NORECUPERANDO 592.11 CUIDADOS NECESSÁRIOS 602.12AÇÃO IMEDIATA EM CASO DE IRREGULARIDADE 61

MÓDULO III 623. TRANSPORTE E ESCOLTA DE RECUPERANDOS 62

3.1. PROCEDI

MENTO DE VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS DA MISSÃO E DO RECUPERANDO. 62

3.2. PRO

CEDIMENTO AO EMBARQUE DE RECUPERANDO 663.3 PROCEDIMENTO PARA TRANSPORTE DE RECUPERANDO 693.4.PROCEDIMENTO PARA DESEMBARQUE DE RECUPERANDO 723.5 PROCEDIMENTO PARA APRESENTAÇÃO DE RECUPERANDO EM JUÍZO 743.6 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DE RECUPERANDOS PARA HOSPITAL 773.7 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DE RECUPERANDO EM VELÓRIO 803.8 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DE RECUPERANDO 84

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EM CARTÓRIO.

MÓDULO IV 874. OCORRÊNCIAS DE MENOR GRAVIDADE 87

4.1 PROCEDIMENTO DE ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS 874.2 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM SITUAÇÕES DE NORMALIDADE 894.3 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM SITUAÇÃO DECRISE 90

MÓDULO V 955. AVERIGUAÇÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL 95

5.1 PROCEDIMENTO DE LOCALIZAÇÃO E APREENSÃODE SUBSTÂNCIA ILEGAL. 955.2. PROCEDIMENTO DE ARROLAMENTO DE TESTEMUNHAS 985.3. PROCEDIMENTO DE APREENSÃO DA SUBSTÂNCIA 99

MÓDULO VI 1016. PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME 101

6.1 PROCEDIMENTO DE PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME. 1016.2 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO VEICULAR 1056.3 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 1056.4 LEMBRE-SE QUE 106

REFERÊNCIAS

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APRESENTAÇÃO

Resultado de um trabalho sinérgico entre os gestores eservidores penitenciários, após sequioso trabalho, pesquisae comprometimento, o POP representa um importantepasso, da SEJUDH, na consagração da dignidade da pessoahumana, no fortalecimento da segurança dos servidores,autoridades e recuperandos e, na edificação de um ambienteque estimule ações profissionais e altruístas ao tempo emque impede e rechaça ações arbitrárias de toda ordem.

O POP é um conjunto de valores, normas, métodos,procedimentos, ações e técnicas que orientam e disciplinama atividade dos agentes penitenciários de Mato Grosso.Indica uma linguagem especializada entre os servidores,propiciando que as atividades de custódia e ressocializaçãoocorram da maneira mais profissional, segura e humanapossível. Nesse diapasão, o POP deve ser capaz depadronizar a atuação dos servidores penitenciários em todasas unidades penais da SEJUDH, com o desiderato demaximizar os seus padrões de eficácia, eficiência eefetividade, acarretando numa melhor segurança.

Nessa direção, Nelson Mandela dissertou que: Asegurança das prisões é indispensável para converter nossosistema de justiça em uma arma eficaz contra acriminalidade. Quando as pessoas presas – que foramcondenadas ou que aguardam julgamento – são confiadasaos seus cuidados, elas devem saber e a população tambémdeve saber que elas permanecerão na prisão até que sejamlegalmente dispensadas. A contribuição plena que nossaspenitenciárias podem dar para uma redução definitiva do

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índice de criminalidade no país também reside no modocomo elas tratam as pessoas presas.

Por fim, a publicação do POP constitui relevanteconquista para a correta execução penal a pessoa emsituação de privação de liberdade, razão pela qual deve serobservada, cumprida e seguida por todos os servidorespenitenciário do Estado de Mato Grosso.

Clarindo Alves de Castro - Cel. PMMTSecretário Adjunto de Administração Penitenciária

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FUNDAMENTOS LEGAIS

Lei Federal n. 7.210, de 11 de julho de 1984, queinstitui a Lei de Execução Penal;

Lei n. 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contémnormas de execução penal.

Art. 21 do Decreto Lei nº. 3688/41 (Lei dasContravenções Penais); Lei Federal nº. 9.099/95 c.c. LeiFederal nº. 10259/01; art. 163 do Código Penal;

Resolução nº 01, de 27 de março de 2000 doconselho nacional de política criminal e penitenciário, querecomenda a adoção de procedimentos quanto à revista;

Artigos 113 a 117, capítulo – III do título – VIII dodecreto nº 5.683 de 13 de dezembro de 2002 – RegimentoInterno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estadode Mato Grosso;

Art. 3º da lei federal nº 10.792 de 1º de dezembro de2003, que alterou a lei de execuções penais e código deprocesso penal, onde determina que todos os visitantes queingressam nas unidades prisionais, deverão se submeter àrevista mecânica, ainda que exerça cargo ou função pública;

Resolução nº 01, de 27 de março de 2000 doConselho Nacional de política criminal e penitenciária, querecomenda a adoção de procedimentos quanto à revista;

Artigos 113 a 117, capítulo – III do título – VIII dodecreto nº 5.683 de 13 de dezembro de 2002 – RegimentoInterno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estadode Mato Grosso;

Art. 3º da lei federal nº 10.792 de 1º de dezembro de2003, que alterou a lei de execuções penais e código de

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processo penal, onde determina que todos os visitantes queingressam nas unidades prisionais, deverão se submeter árevista mecânica, ainda que exerça cargo ou função pública;

Lei nº 8.906 de 04 de julho de 1994, que dispõesobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados doBrasil – OAB;

Art.169 do Código de Processo Penal.

Instrução Normativa nº. 002/GAB/Sejudh, de 16 dejulho de 2014, onde dispõe sobre a regulamentação do ritoprocedimental de revista, dos visitantes de recuperandos, noâmbito do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grossoe da outras providências

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MÓDULO I

1.NORMAS GERAIS E PROCEDIMENTO DE REVISTAS

1.1.NORMAS INTERNAS GERAIS

Devido às peculiaridades de cada EstabelecimentoPenal, as Normas Específicas, desde que homologadaspela secretaria adjunta de administração penitenciária,prevalecem sobre as Normas Gerais.

20.1 Se a norma interna do EstabelecimentoPenal não regular de forma diversa, o recuperando poderámanter em sua cela os objetos dos Itens 1.1.2 e 1.1.3;

20.2 Ao adentrar no Estabelecimento será fornecido,sempre que possível, um kit pessoal ao recuperando compostode:

a) um tubo de pasta de dentes;

b) uma escova de dentes;

c) um rolo de papel higiênico;

d) uma barra de sabão;

e) um lençol;

f) uma fronha;

g) uma toalha de banho;

h) um cobertor.

20.3 Caso não seja disponibilizado pelo Estado o kit aorecuperando, quando ele adentrar ao Estabelecimento, seráautorizado a entrada dos materiais abaixo relacionados emuma única vez a cada 6 (seis) meses na forma de substituição:

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a)02 (duas) escova de dente;

b)06 (seis) tubos de 90g de pasta de dente;

c)12 (doze) sabonetes;

d)Um par de tênis na cor clara;

e)Um par de chinelos de dedos;

f) 01 (uma) peça de agasalho de cor clara;

g)Duas peças (camiseta e/ou camisa) na cor branca semnenhum detalhe;

h)Roupa de cama: 01 (um) lençol, 01 (um) cobertor dotipo cobre leito, 01 (uma) fronha, 01 (uma) toalhaobrigatoriamente de tonalidade clara;

i) Roupas íntimas: para as recuperandas será autorizadaa entrada de 05 (cinco) calcinhas sem acessórios, 05 (cinco)sutiãs sem acessórios e no caso de recuperandos seráautorizado 05 (cinco) cuecas.

20.4 Excepcionalmente, caso os EstabelecimentosPenais não forneçam o uniforme ao recuperando, este poderáutilizar diariamente as peças de vestuário que lhe são permitidosmanter em sua cela, sendo duas peças (calça e/ou bermudae/ou saia de cor clara sem nenhum detalhe ou estampa):

a) A bermuda e/ou saia deverão ser na altura do joelho enão será autorizada a entrada de nenhuma vestimenta do tipojeans.

20.5 Nas celas coletivas – será permitida apermanência de apenas um aparelho de televisão, de até 14polegadas, e um aparelho de rádio, de até 60 watts, devendoser acompanhado de nota fiscal no momento da entrada dosmesmos qual ficará retida e anexada na pasta dorecuperando;

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20.6 A quantidade de ventiladores de até 30 cm, emmaterial plástico, a ser disponibilizado em cada cela coletivaserá autorizada pelo diretor do Estabelecimento Penal, nãopodendo exceder ao número de recuperandos da respectivacela;

20.7 Não será permitido: a entrada de cartões de créditoe/ou débito ou qualquer valor (dinheiro, cheque, moedaestrangeira e etc.) em espécie. Caso o estabelecimento penalpossuir economato, o familiar ou visitante poderá deixar umvalor em crédito ao recuperando, sendo devidamente registradoem caixa e mediante recibo em três vias (estabelecimento penal,recuperando e quem efetuar o depósito). Caso o recuperandotenha direito a receber algum benefício social, o cartão deveráser retido pelo setor de serviço social e na falta deste ficará naresponsabilidade da direção do Estabelecimento Penal.Quando for realizada a retirada de valor em espécie deverá serrepassado mediante recibo ao setor de serviço social e na faltadeste, ao diretor do Estabelecimento Penal. Após orecebimento do valor em espécie, o responsável deverárepassar à pessoa indicada pelo recuperando através deautorização por escrito e mediante recibo;

20.8 Não será permitida qualquer negociação oucomercialização entre recuperandos no interior doEstabelecimento Penal;

20.9 Cuidados Necessários:

a) Alimentos como bolos, biscoitos e similares sópoderão entrar fatiados no estabelecimento penal;

b) As embalagens de produtos de higiene poderãoentrar no estabelecimento penal após serem vistoriadas;

c) O medicamento de uso pessoal do recuperandopoderá entrar nos estabelecimento penal somente comautorização da direção e devidamente acompanhado comreceita médica;

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d) Não permitir a entrada de vestimentas acolchoadas,com enchimentos ou com ombreiras, após a devida vistoria.

e)Objetos e materiais cuja entrada não é permitida,ficarão sob custódia da direção do estabelecimento penal,até que a pessoa autorizada pelo recuperando os recolhamediante recibo.

1.1.10. Qualquer movimentação de recuperando nasdependências do estabelecimento penal (cela, ala, raio,corredores e demais dependências) deverá ser sempreacompanhada por um número superior de agentespenitenciários ou um número suficiente de servidores paragarantir a efetiva segurança da operação, devendo ainda osrecuperandos permanecerem algemados (sempre algemadoscom as mãos para trás e quando necessário algemado o seutornozelo) durante todo o deslocamento;

1.1.11. No período das 22:00 (vinte e duas) horas às06:00 (seis) horas, será obedecido e mantido por todos ohorário de silêncio no estabelecimento penal;

1.1.12. Durante atendimentos realizado aosrecuperandos por profissional da área técnica, casoseja necessário a retirada das algemas de mãos pararealização de algum procedimento, o agenteresponsável pela condução do recuperando aoatendimento, deverá orientar o técnico sobre o grau depericulosidade e a necessidade de manter algemado.Permanecendo a solicitação, o profissional deveráconfeccionar uma justificativa por escrito, podendo serde próprio punho, devidamente assinado. Somenteapós o recebimento do documento, o agente procederáà retirada da algema de mão, ressaltando que, orecuperando deverá permanecer com a algema detornozelo;

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1.1.13. Nos casos de atendimento à saúde em que orecuperando não puder ter as mãos algemadas, o agenteresponsável pela segurança deverá adotar medidas adicionaisa manutenção da segurança com o intuito de impedir possívelfuga e sempre que possível utilizar algema de tornozelo;

1.1.14. No local onde o recuperando for atendido, oagente penitenciário deverá fazer vistoria atentandosempre sobre a segurança, bem como da presença dealgum material ofensivo. Caso haja a presença de algummaterial, solicitar melhor acondicionamento deste paraque o recuperando não tenha alcance. Após essa medidade prevenção, liberar a devida entrada ao recinto paraatendimento;

1.1.15. Sempre que possível, as alas/setores ou seçõesdeverão ter horário diferenciado para atendimento aorecuperando;

1.1.16. A assistência ao recuperando será realizada nohorário de expediente, de 9h (nove horas) à 11h (onze horas) ede 13h (treze horas) à 16h (dezesseis horas), salvo em caso deexcepcionalidade. A descrição deste item não implica nocumprimento da carga horária de cada servidor;

Não se aplica em casos emergenciais e devidamenteautorizado pelo diretor ou seu representante;

1.1.17. Nos casos de assistência educacional seráprestada de acordo com a autorização judicial competentequando se tratar de aula externa.

1.2.PROCEDIMENTOS DE REVISTA NA ENTRADAE INCLUSÃO DO RECUPERANDO

1.2.1. Este procedimento tem como objetivo, eliminar aentrada de objetos ilícito e/ou proibidos dentro dapenitenciária durante o ingresso do recuperando.

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1.2.2.O agente penitenciário deverá proceder daseguinte forma:

a) Vestir a máscara e as calçar as luvas;

b) Realizar revista manual e mecânica, se atentandopara os cabelos, barba, mãos, entre os dedos, boca, ouvido,nariz, umbigo, sola dos pés, próteses dentárias e etc.

1.3.REVISTA NOS PERTENCES DORECUPERANDO (A)

1.3.1 Manusear os pertences do recuperando em suapresença;

1.3.2 Realizar vistoria manual minuciosa e, quandopossível, com o detector de metais nos objetos dorecuperando (sacolas, livros, roupas, sapatos, caixas, etc.);

1.3.3 Havendo receitas e resultados de examesmédicos e medicamentos, identificá-los e encaminhar aosetor de saúde ou responsável pelo estabelecimento penal;

1.3.4 Recolher e contar a quantidade de dinheiro queestiver em sua presença, registrando em sua ficha, bemcomo colher sua assinatura e entregar recibo no valorrecolhido ao mesmo;

1.3.5 Caso seja verificada a existência de hematomas,escoriações, ferimentos, fraturas ou outros tipos deirregularidades físicas, encaminhar o recuperandoimediatamente para a execução do exame de corpo dedelito, não descuidando do imediato registro em livro deocorrência do estabelecimento penal;

1.3.6 Caso sejam encontrados materiais ilícitos emposse do recuperando, encaminhá-lo a autoridadecompetente para lavratura de Boletim de Ocorrência (BO)e/ou flagrante;

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1.3.7 Não havendo irregularidades na revista,encaminhar o recuperando para o setor responsável parasua qualificação, fotos e outras providências.

1.3.8 Cuidados Necessários:

a) O recuperando deverá sempre ser algemado comas mãos para trás; caso haja necessidade de transportaralgum objeto, o recuperando poderá ser algemado com asmãos para frente;

b) A revista feminina deverá ser feita apenas poragentes femininas.

1.3.9 Ação Imediata em Caso de Irregularidade:

a) Caso seja apurada alguma irregularidade durantea revista, o material deverá ser apreendido, deverá serrealizada uma comunicação interna ao superior imediato,registro no livro de ocorrência e, caso necessário, registrarBoletim de Ocorrência.

1.4.INGRESSO DO RECUPERANDO

1.4.1 No ato de ingresso do recuperando noestabelecimento penal, deverá ser observada a sequência deações abaixo relacionadas:

a) Ao chegar ao estabelecimento penal a escolta policiale/ou autoridade deverá ser orientada a encaminhar aoresponsável pelo estabelecimento penal para asprovidências de praxe;

b) Comprovada a regularidade e a veracidade dadocumentação apresentada pela autoridade policial, orecuperando deverá ser submetido à avaliação da integridadefísica pelo agente responsável pelo recebimento;

c) Antes de efetivar o recebimento do recuperando, oagente penitenciário deverá realizar o procedimento de revista

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pessoal/mecânica e em seus pertences conforme descritonesse POP;

d) Constatadas lesões físicas, o servidor não deveráreceber o recuperando sem a devida realização do exame decorpo de delito e constar em livro de ocorrência os motivos da nãoaceitação do mesmo;

e) Não constatada lesão física aparente, o servidorencaminhará o recuperando ao setor competente paraproceder a devida identificação, executando buscas nosarquivos da secretaria de estado de segurança pública (SESP) eSEJUDH, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC),instituto de identificação criminal da Polícia Federal, dentreoutros, através da coleta da impressão digital, fotografiadigital, características físicas e dados pessoais;

f) A avaliação indevida da integridade física (malrealizada) transferirá a responsabilidade ao servidorpenitenciário que a realizou;

g) Na central de triagem, cartório e ou similar, seráconferida a documentação de transferência para o sistemapenitenciário, que deverá conter:

i. Se recuperando provisório: guia de recolhimento,mandado de prisão, nota de culpa, ofício de encaminhamento eoutros;

ii. Se condenado definitivo: guia de recolhimento(nos termos dos arts. 105/109 da LEP), ofício deencaminhamento e outros;

iii. Transferência entre estabelecimentos penais:prontuário, anuência das superintendências (penitenciárias ecadeias), anuência judicial da comarca de origem e destino eoutros documentos.

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h) Após a identificação será realizado o cadastro nosistema de controle da SEJUDH (SISDEPEN/MJ), para controleda Execução Penal;

i) O recuperando deverá ser incluído de imediato no mapade alimentação;

j) Sempre que possível as equipes de assistência social,psicológica, da saúde e judiciária farão a triagem inicial dasituação do recuperando em suas respectivas áreas;

k)Finalizado o procedimento de triagem inicial, orecuperando será encaminhado à cela adequada à suasituação processual ou regime, onde deverá receber asinstruções a serem cumpridas, sobre as normas doestabelecimento, principalmente com relação aos seusdireitos e deveres e das naturezas das sanções disciplinares,constantes na lei de execuções penais (LEP), bem como noregimento interno padrão dos estabelecimentos prisionais(RIP) do Estado de Mato Grosso.

1.5 VISITA AO RECUPERANDO

1.5.1 A visita ao recuperando poderá ser familiar, íntimaou social:

a) Visita familiar compreende a visita de: pais, filhos,cônjuge, companheira, parentes e amigos;

b) Visita íntima compreende a visita do cônjuge sendo estaunião estável devidamente comprovado;

c) Visita social compreende quando na falta da carteiraindividual de visitante (CIV) o diretor do estabelecimento penal,em casos excepcionais, poderá autorizar por escrito a visita aorecuperando por tempo pré determinado.

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1.5.2 As pessoas interessadas em visitar orecuperando devem requerer prévio cadastramento noestabelecimento penal onde se encontra o recuperando;

1.5.3 Cabe à administração do estabelecimentopenal a elaboração da carteira individual de visitante(CIV);

1.5.4 O recuperando deverá listar um rol de 5 (cinco)nomes para realização de visita, sendo que destes nomessomente 2 (duas) pessoas poderão visitá-lo por dia de visita.Este rol de nomes só poderá ser alterado a cada 6 (seis)meses;

1.5.5 Os procedimentos para cadastramento de visitasdevem ser precedidos de pelo menos uma semana antesdo dia previsto para a primeira visita;

1.5.6 É vedado o ingresso no estabelecimento penal,de visitantes não credenciados previamente, salvo quandoautorizado por escrito pelo diretor;

1.5.7 A visitação social ao recuperando será permitida nonúmero limitado de 2 (duas) pessoas, excluindo-se os filhosmenores de doze anos que serão permitidos em qualquernúmero, desde que acompanhado com documento oficial quecomprove a paternidade. O horário para visitação social seráde 09h à 10h no período matutino e das 14h à 15h no períodovespertino, devendo o Diretor respeitar o mínimo de duas horaspara visitação;

1.5.8 As crianças e os adolescentes deverão estaracompanhados por um adulto, caso o adulto/acompanhante não seja pai/mãe ou representante legalserá necessário competente autorização judicial;

1.5.9 É proibida a visita íntima por menor de 18 anos,salvo se o(a) visitante for casado(a) ou constitui com o(a)recuperando(a) uma união estável. O casamento ou a união

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estável deverão ser comprovadas de acordo com os preceitosprevistos no Código Civil Brasileiro, no momento docadastramento;

1.5.10 Para o credenciamento e a efetiva visita doadvogado somente será exigida Carteira da OAB, sendo seusdados cadastrados mediante declaração do mesmo. O horáriopara visita do advogado será das 8:00h às 17:00 horas, em diasúteis;

1.5.11Será garantida a preferência de ingresso aosvisitantes: gestantes, com mais de 65 anos, portadores dedeficiência e pessoas com crianças de colo;

1.5.12 Os recuperandos que estiverem cumprindoalguma sanção disciplinar serão impedidos de receber visita,exceto a visita de seu advogado;

1.5.13 Se o visitante possuir alguma pendênciareferente à documentação ou por solicitação dorecuperando, será impedido de adentrar no estabelecimentopenal até que cessem as referidas pendências;

1.5.14 Os visitantes não podem adentrar noestabelecimento penal trajando roupas das forças armadas,das polícias militar e civil, bem como, coletes de agentespenitenciários ou de segurança em geral, mini-saia, shorts,decotes acentuados e roupas de cores escuras, transparentes,sob efeito de álcool ou drogas ilícitas;

1.5.15 O visitante deverá adentrar no estabelecimentopenal com calçado adequado e que não levante suspeita,apesar de todos serem revistados. As vestimentas não devemter detalhes em ferro, aço e outros que atrapalhem a detecçãode metais;

1.5.16 Irregularidades cometidas pelos visitantesensejarão o descredenciamento de até 6 (seis) meses

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conforme RIP. Esta informação constará no prontuário dorecuperando;

1.5.17 Todos os visitantes devem passar por revista,incluindo os menores, e serão vistoriados todos os objetosque portarem. O visitante que se recusar ao procedimento derevista não poderá adentrar no estabelecimento penal, devendoser lançado em livro de ocorrência;

1.5.18 Em se tratando de advogado constituído, omesmo passará por revista mecânica, porém, caso queiraentrar no dia de visitas, como visitante comum, deverá submeteràs mesmas normas de revista dos visitantes;

1.5.19 Recomenda a Resolução nº. 08, de 30 de maio de2006 - CNPCP, em obediência às garantias e princípiosconstitucionais, que a inviolabilidade da privacidade nasentrevistas do preso com o seu advogado seja assegurada. Oparlatório ou ambiente equivalente onde se der a entrevista, nãopoderá ser monitorado por meio eletrônico ou de qualquernatureza;

1.5.20 Os objetos e materiais destinados aosrecuperandos serão vistoriados e após devolvidos aovisitante;

1.5.21 Os visitantes não podem portar:

Equipamentos eletrônicos, tais como: Máquina fotográfica,filmadoras e gravadores, etc; armas, munições e explosivos;ferramentas, serras, combustíveis; bebidas alcoólicas e drogasilícitas; valores em dinheiro, cheque, cartões bancários ou outrostítulos; joias, bijuterias e relógios; cartas, bilhetes ou outrascomunicações para os recuperandos (ou produtos do gêneros).

1.5.22 Os visitantes podem trazer para osrecuperandos:

a) Xampu e condicionador em embalagens transparentes;

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b) Tintura de cabelo em embalagens lacradas; c) Biscoito e pães de queijo em embalagens transparentes;d) Presunto e queijo fatiados em embalagens

transparentes; e) Bolo, sem recheio e sem cobertura e devidamente

fatiados; f) Frutas fatiadas (as cítricas devem estar descascadas); g) Doces acondicionados em embalagens transparentes;h) Vestuário e calçados de uso pessoal (cor clara); i) Livros e revistas sem conteúdo pornográfico; j) Um aparelho de barbear descartável plástico; k) Cinco maços de cigarros e 1 (um) caderno do tipo

brochura;l) Achocolatado (embalagem transparente);m) Açúcar somente cristal 02 kg (embalagem

transparente);n) Bolacha doce (exceto as recheadas) embalagem

transparente;o) Bolacha salgada (embalagem transparente);p) Café em pó (embalagem transparente);q) Margarina 250 g;r) Miojo e o tempero (embalagem transparente);s) Pão de forma fatiado e no máximo 2 (dois) pacotes;t) Refrigerante sabor guaraná ou água mineral sem

gás 1,5l em embalagem transparente;u) Sucos em pó (exceto frutas vermelhas e pó

branco) 05 (cinco) unidades em embalagem transparente).1.5.23 Os itens acima especificados não poderão

ultrapassar o volume correspondente a duas sacolas de plásticocomum com capacidade de 5 (cinco) quilos cada;

1.5.24 Os materiais e os objetos fornecidos peloestabelecimento penal devem ser substituídos pelos seuscorrespondentes, quando trazidos pelos visitantes, desde quejustificado e autorizado pelo diretor;

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1.5.25 Nos estabelecimentos penais em que não épermitido o uso de geladeira e fogão não serão entreguesao recuperando alimentos que necessitem de refrigeração,cozimento ou outra forma de conservação ou preparo;

1.5.26 Os visitantes não poderão permanecer nasdependências dos estabelecimentos penais antes ou depois dohorário destinadas à visita.

1.6 DAS COMPETÊNCIAS, DAS MEDIDASADMINISTRATIVAS E DO PODER DE CAUTELA

1.6.1 Das competências

Aos diretores dos estabelecimentos penais:

a) Coordenar e fiscalizar as atividades dos servidoresno dia da visita;

b) Adotar as providências necessárias à manutençãoda ordem nos dias de visitação;

c) Proferir decisões motivadas e fundamentadassobre questões relativas à visitação, limitações de acessoaos estabelecimentos penais, providências cautelares,providências administrativas e aplicação pelo conselhodisciplinar de sanções cominadas contra a prática deinfrações;

d) Ao Superintendente do respectivo estabelecimentopenal conhecer, processar e julgar os recursos interpostoscontra decisões dos diretores.

1.6.2 Das medidas administrativas:

a) Constatado o porte, uso ou vestimenta quecontrarie as especificações deste ato, o visitante poderá serimpedido de ingressar no estabelecimento penal, sendodevidamente registrado em livro de ocorrência;

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b) Os produtos, materiais e coisas ilícitas serãoretidos e encaminhados à autoridade competente;

c) Em caso de flagrante pela prática de fato tipificadocomo crime, caberá aos servidores informar o fato à unidadecompetente e registrar o fato delituoso na Polícia JudiciáriaCivil (PJC).

1.7 RITO PROCEDIMENTAL DE REVISTA

1.7.1 Da visita e medidas administrativas:

a) As visitas têm a finalidade de preservar e estreitaras relações da pessoa aprisionada com a sociedade,principalmente com sua família, parentes e companheiros;

b)O recuperando poderá receber visitas conformeprevisto neste POP;

c)O recuperando recolhido ao pavilhão hospitalar ouenfermaria e, impossibilitado de se locomover, ou emtratamento psiquiátrico, poderá receber visita no própriolocal, a critério da autoridade médica, e com anuência doDiretor do estabelecimento penal;

d)As crianças e adolescentes somente ingressarão noestabelecimento penal quando filho (a) do recuperando eacompanhadas do pai ou mãe ou ainda, na falta deste, depessoa legalmente responsável, ficando a cargo desta aguarda e acompanhamento durante o período de visitação;

e)As crianças e adolescentes somente ingressarão noestabelecimento penal depois de identificadas, na forma dalei e após expedição da CIV.

f) Compete ao diretor do estabelecimento penal, fixar osdias e horários de visitação;

g)A revista é a inspeção que se efetua, com fins desegurança, por meios mecânicos e/ou manuais, em pessoas

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que na qualidade de visitante, servidores ou prestadores deserviço que ingressam nos estabelecimentos penais.

1.7.2 Os Objetivos:

a)Padronizar os procedimentos de revista aos visitantesque adentrarem nos estabelecimentos penais;

b)Resguardar a segurança dos servidores doestabelecimento penal e para um melhor desempenho desuas funções;

c)Preservar a dignidade pessoal do cidadão livre, cujoingresso no estabelecimento penal obedecerá um rígidocontrole;

d)Regulamentar entrada da assistência religiosa nosestabelecimentos penais;

e)Atender o que determina o disposto na resolução nº01, de 27 de março de 2.000 do Conselho Nacional de PolíticaCriminal e Penitenciária (CNPCP), que recomenda a adoçãode procedimentos quanto à revista; o disposto nos artigos 113a 117, capítulo – III do título – VIII do decreto nº 5.683 de 13 dedezembro de 2002 – Regimento Interno Padrão dosEstabelecimentos Penitenciários do Estado de Mato Grosso; odisposto no art. 3º da lei federal nº 10.792 de 1º de dezembrode 2003, que alterou a lei de execuções penais e código deprocesso penal, onde determina que todos os visitantes queingressam nos estabelecimentos penitenciário, deverão sesubmeter à revista mecânica, ainda que exerça cargo oufunção pública.

1.7.3 Da revista e da busca:

a) A revista, procedimento padronizado que precedero ingresso de pessoas nos estabelecimentos penais, seráfeita mediante busca pessoal manual ou com utilização deequipamentos que permitam identificar objetos portados;

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b) A revista em mulheres será feita exclusivamentepor mulheres;

c) A revista em homens será feita exclusivamente porhomens;

d) A revista em crianças será feita exclusivamentepelos pais ou responsáveis, sob supervisão de servidor daadministração penal e em caso de meninas, por servidorasmulheres;

e) A revista em adolescentes será feitaexclusivamente na presença dos pais ou responsáveis, porservidor do mesmo sexo do revistado;

f) Portadores de marca-passo ou pessoas que nãopossam se submeter à revista por meio de aparelhos serãorevistadas apenas manualmente;

g) As revistas serão feitas em locais reservados eindividualizados onde apenas permanecerão, o revistando eo revistado;

h) Em caso de suspeita de que a pessoa esteja naposse de coisa, material, instrumento ou acessório deingresso proibido e/ou ilícito no estabelecimento penal,poderá ser feita busca pessoal, devendo tal fato serregistrado em livro apropriado;

i) Para realização de busca pessoal é imprescindívelà concordância da pessoa que se submeterá aoprocedimento ou seu representante legal e, em caso derecusa, deverá ser registrado por escrito o motivo dasuspeita e a decisão de proibição de entrada;

j) Recusando-se a se submeter à busca e aindaassim tento interesse de ingressar no estabelecimento penal,o interessado poderá ser encaminhado a unidade hospitalar,para se submeter a exame de raio-x, após, o que, eliminadaa suspeita, poderá ingressar novamente no estabelecimento;

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k) Será realizada busca em veículos, containeres,caixas, invólucros, e quaisquer outros tipos de recipientes nosquais possam ser armazenadas coisas, objetos, produtos oubens de ingresso proibido nos estabelecimentos penais.

1.8 PROCEDIMENTOS DE REVISTA NOSVISITANTES E AUTORIDADES EM VISITA

1.8.1 As pessoas que entrarem no estabelecimentopenitenciário, sejam elas servidores da SEJUDH, servidoresde outros órgãos do Estado, prestadores de serviço, dentreoutros, deverão ser devidamente cadastradas ecredenciadas, constando a data e horário da entrada esaída;

1.8.2 Quando a assistência religiosa for dispensada atodo estabelecimento penitenciário, os documentos exigidos,assim como o credenciamento serão iguais ao estabelecidopara o atendimento religioso individual;

1.8.3 As pessoas descritas no item anterior queentrarem na área interna do estabelecimento penitenciáriodeverão submeter-se à revista corporal e em seus pertences,podendo sofrer revista minuciosa.

1.9 AS NORMAS PARA OS PROCEDIMENTOS DEREVISTA AOS VISITANTES:

1.9.1 Modalidades da revista:

Fica definido, conforme se segue as formas de revistas,pertinentes, a ser realizada nos visitantes, toda vez queingressar em estabelecimento penal do Estado, com afinalidade de identificar objetos não permitidos no ambienteprisional:

a) Mecânica: realizada no revistado através de

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detectores de metais, aparelhos de raios-X e outros meiosassemelhados existentes no estabelecimento penal;

b) Pessoal: realizada no revistado através de ordemverbal, sendo que o mesmo deverá mostrar partes do corpo elocais das suas vestes;

c) Manual: realizada no revistado e nas suas vestespor servidor competente;

d) Revista em veículos: todo veículo que adentrar ousair do estabelecimento penal será revistado.

1.9.2 Aplicações da revista:

a)Será aplicada a revista mecânica e nos seuspertences nas seguintes autoridades no exercício de suasfunções:

b)Chefes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário;

c)Ministros e Secretários de Estado;

d)Magistrados;

e)Membros do Ministério Público e Defensoria Pública,

f) Procuradores Federais, Estaduais e Municipais;

g)Advogados;

h)Policiais Civis, Militares, Federais, Bombeiros Militarese Peritos Oficiais.

i) Membros do Conselho Penitenciário;

j) Serventuários da Justiça;

k)Representantes de Instituição Religiosa, devidamentecredenciado;

l) Todas as pessoas que adentrarem aoestabelecimento penal deverá no mínimo passar por revistamecânica.

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1.9.3 Será realizada a revista pessoal:

a) As revistas serão feitas em locais reservadas eindividualizados, onde apenas permaneceram o revistando e orevisado;

b) Em casos de suspeita de que a pessoa esteja depossa de coisas, materiais, instrumentos e acessórios deingressos proibidos e/ou ilícito poderá ser feita a buscapessoal. Sendo constatado deverá ser registrado em livroapropriado;

c) Para a realização de busca pessoal é imprescindívela concordância da pessoa que se submeterá ao procedimentoou seu representante legal e, em caso de recusa, deverá serregistrado por escrito o motivo da suspeita e a decisão deproibição da entrada;

d) Recusando-se a se submeter a busca e ainda simter interesse de ingressar no estabelecimento Penal, ointeressado poderá ser encaminhado ao Instituto de MedicinaLegal – IML e/ou Hospital Público, para se submeter a examesclínicos, após, e eliminado a suspeita, poderá ingressar noestabelecimento penal;

e) Será realizada busca em veículos, contêineres,caixas, invólucros, e quaisquer outros tipos de recipientes nosquais possam ser armazenadas coisas, objetos, produtos oubens de ingresso proibido nos estabelecimentos penais.

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1.10 DAS CONDUTAS VEDADAS AOSSERVIDORES

1.10.1 É vedado qualquer ato que vise a fazer comque os visitantes:

a) Fiquem despidos;

b) Façam agachamentos ou deem saltos;

1.10.2 Utilizem equipamentos como espelho paravisualização das partes intima;

1.10.3 Submetam-se a exames clínicos invasivos, taiscomo de toque íntimo;

1.10.4 Tirem roupas íntimas, ou seja, calcinhas,sutiãs, biquínis, cuecas, shorts de banho e similares;

1.10.5 Qualquer atitude ofensiva à sua dignidadehumana ou à sua hora;

1.10.6 É proibido aos servidores, independente dovínculo mantido com a administração, guardar, receber emdepósito, ou atuar como mediadores na entrega de produtos,mercadorias, dinheiro ou qualquer outro produto levado pelasfamílias e amigos, ou terceiros, às pessoas aprisionadas;

1.11 DAS VEDAÇÕES E PROIBIÇÕES

1.11.1 É proibido ingressar no estabelecimento penalportando ou usando:

1.11.2 Fardas, vestimentas operacionais, trajes ouroupas idênticos ou assemelhados aos dos integrantes dosórgãos de segurança pública, inclusive de uso dos agentespenitenciário ou seguranças privados;

1.11.3 Roupas de cama, vestimentas ou acessórioscontendo emblemas, bandeiras símbolos ou sinais deequipes desportivas ou torcidas organizadas;

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1.11.4 Roupas coladas ao corpo ou com decotes,roupas transparentes, roupas com strass, apliques,lantejoulas, roupas de coloração preta ou escura, mini-saias,shorts, sutiã com bojo e/ou enchimentos, jaquetasacolchoadas;

1.11.5 Acessórios ou adereços metálicos, tais comorelógios, correntes, pulseiras, brincos, tornozeleiras e jóiasem geral;

1.11.6 Tênis acolchoados ou emborrachado tipoamortecimento em plataforma, sandálias de salto,plataformas, botas, cintas, cintos, suspensórios, grampos,prendedores de cabelo, batons, esmalte, bolsas, mochilas,travesseiros, almofadas, edredons, bonés, óculos escuros,tintura para cabelo, perucas, material para maquiagem ousimilares;

1.11.7 Máquinas fotográficas, pen drive, Hard Discportátil, cartões de memória, notebook, aparelhos detelefonia móvel e outros equipamentos eletrônicos;

1.11.8 Ferramentas de qualquer espécie, fósforo ouqualquer material explosivo, lâmina de barbear, espelhos,marmitas, garrafas térmicas, objetos metálicos e de vidro,perfuro-cortantes ou pontiagudos;

1.11.9 Produtos congelados, enlatados,envidraçados;

1.11.10 Produtos tóxicos, inseticidas, entorpecente;

1.11.11 Animais vivos;

1.11.12 Lista telefônicas, guias de ruas, mapas,catálogos de nomes e endereços;

1.11.13 Qualquer produto, material ou objeto nãoguardará e não se responsabilizará pelos objetos cuja entrada

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no estabelecimento penal seja proibida, mesmo durante operíodo de visitação.

1.12 DOS PROCEDIMENTOS DURANTE AREVISTA

1.12.1 Todos os pertences pessoais dos revistadosdeverão ser restituído ao término da revista, observando aorientação que todo visitante que for ingressar noestabelecimento Penal, deverá portar o mínimo necessáriopara a sua identificação;

1.12.2 O visitante deverá deixar na parte externa doestabelecimento penal, os objetos com entrada proibida;

1.12.3 A revista em menores realizar-se-á na presençados pais ou responsáveis legais;

1.12.4 Os produtos permitidos quando não oferecidospelo sistema penitenciário poderão ser trazidos pelosvisitantes em dia diferenciado da visita, salvo em casos emque a família resida em outra localidade, e serão entregues nosetor de revista, para que seja realizado minucioso exame(revista) na presença do portador conforme descrito no POP.Após, os produtos serão encaminhados ao destinatário.

1.13 REVISTA PESSOAL EM SERVIDORESPENITENCIÁRIOS

1.13.1 A revista em agentes penitenciários e demaisservidores que trabalham em estabelecimento penais serãoobservados os seguintes pontos:

a) Verificam-se seus objetos pessoais e solicita-se queguardem em local apropriado, objetos como: aparelhoscelulares, e outros que não sejam permitidos a entrada noestabelecimento penal;

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b) Somente será permitida a entrada desses materiaisonde a direção justifique e emita autorização. Contudo, caso o(a) servidor (a) tenha contato com recuperando, objetos comocelulares ou outros que possam prejudicar a segurança doestabelecimento penal não será permitida a entrada.

1.13.2 O agente penitenciário e/ou servidores deverãopassar pelo detector de metais;

1.13.3 Caso sejam encontrados objetos ilícitos:

a) Deter o servidor;

b) Acionar a chefia imediata para os procedimentos depraxe quanto ao encaminhamento a autoridade para lavraturade Boletim de Ocorrência/flagrante;

c) Registrar em livro de ocorrência do estabelecimentopenal comunicando o fato ocorrido e informar de imediato asuperintendência.

1.13.4 Será realizada a revista manual no (a) servidor(a), com autorização da direção do estabelecimento penal, emcaráter excepcional, ou seja, quando houver fundada suspeitade denúncia de que o revistado é portador de objeto ousubstâncias proibidas em lei ou pela administração, que venhapôr em risco a segurança do estabelecimento penal, sendodevidamente registrado em livro de ocorrência.

1.14 REVISTA NA SAÍDA CASO SEJALEVANTADA ALGUMA SUSPEITA (se aplica: ao visitante,recuperando e servidores)

1.14.1 A revista deverá proceder da seguinte forma:

a) Calçar as luvas;

b) Verificar se a pessoa possui algum objeto;

c) Caso a pessoa possua algum objeto, vistoriá-lo;

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d) Caso haja alguma irregularidade grave, deter apessoa;

e) Acionar a chefia imediata para os procedimentos depraxe quanto ao encaminhamento a autoridade para lavraturade Boletim de Ocorrência/flagrante;

f) Registrar em livro de ocorrência do estabelecimentopenal comunicando o fato ocorrido e informar de imediato achefia imediata para as providências de praxe;

g) Caso não haja irregularidade, verificar se a pessoapossui algum objeto da no estabelecimento penal;

h) Caso possua, verificar se há nota fiscal ouautorização por escrito emitida pelo setor responsável na noestabelecimento penitenciário;

i) Não havendo nota fiscal ou autorização, impedir asaída do objeto do estabelecimento penal e orientar a pessoaa apresentar o comprovante de compra;

j) Não havendo irregularidade no objeto, realizar avistoria pessoal: visual e com detector de metais nas roupas ecalçados da pessoa;

k)Caso haja irregularidade encaminhar a pessoa ao líderdo plantão;

l) O chefe imediato deverá encaminhar a autoridadepara a lavratura de Boletim de Ocorrência/flagrante;

m) Caso não exista irregularidade, entregar ospertences retidos;

n) Liberar a pessoa;

o) Retirar as luvas.

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1.15 REVISTA EM AUTORIDADES EM VISITA ARECUPERANDOS

1.15.1 As autoridades que estiverem visitandorecuperandos no estabelecimento penal deverão obedeceraos seguintes procedimentos:

a) Quando uma autoridade estiver no estabelecimentopenal como visitante, deverão ser verificados seus objetospessoais e deverá solicitar que a autoridade guarde seusobjetos, como: aparelhos celulares e outros que não sejampermitidas a entrada, em local apropriado;

b) Após passar pelo detector de metal, a autoridadevisitante será encaminhada ao setor de revista onde deveráser realizada uma revista nos moldes da revista feita a agentespenitenciários e demais servidores.

1.15.2 A direção do estabelecimento penal poderásolicitar a dispensa da revista nas autoridades que visitemrecuperandos constantemente, com a devida justificativa edesde que: as mesmas não tenham acesso as celas dosrecuperandos e estes recuperandos passem por uma revistano seu retorno para a respectiva cela.

1.16 REVISTA EM VEÍCULOS

1.16.1 Será de responsabilidade dos agentespenitenciários realizar a vistoria nos veículos que por venturaadentrarem interior dos estabelecimentos, bem como naquelessob fundada suspeita estiverem em torno do estabelecimentopenal;

1.16.2 Em todo veículo a ser revistado, deverá arevista ser acompanhada pelo motorista ou alguém indicadopor ele;

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1.16.3 Os veículos deverão ser vistoriados antes desaírem do estabelecimento penal, verificando-se a boléia, acarroceria, a parte inferior (embaixo de veículo) e o portamalas, a fim de evitar surpresas com recuperandos que seutilizem desse artifício para empreenderem fuga;

1.16.4 Os veículos de servidores da administração dano estabelecimento penal, bem como dos agentespenitenciários de serviço, deverão permanecer no pátioexterno em frente ao estabelecimento penal, ou em localpreviamente destinado para tal;

1.16.5 A entrada de veículos de transporte dealimentação, limpeza e demais veículos que prestem serviçosjunto à administração só se dará com a prévia autorização doresponsável pelo estabelecimento penal, devendo proceder àrevista e observando e vistoriando o que estejamtransportando;

1.16.6 Os veículos que adentrarem no estabelecimentopenal para descarga de qualquer material, após seremrevistados, quando houver necessidade, pelo menos umagente penitenciário irá acompanhá-lo até o local de descargae até saída do veículo do estabelecimento penal;

1.16.7 Só serão permitidas a entrada de veículos, coma autorização do responsável do estabelecimento penal,observando os procedimentos estabelecidos;

1.16.8 Só será permitida a saída de agentespenitenciários com o veículo do sistema penitenciário à noite,somente com autorização por escrito da direção ou chefe deequipe.

1.17 DAS INFRAÇÕES E DAS SANÇOES

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1.17.1 Constitui infração, o visitante que ingressar outentar ingressar no estabelecimento penal portando produtosproibidos e/ou ilícitas.

1.17.2 As sanções pela prática de infrações são:

a) Impedimento de ingresso em estabelecimentospenais pelo prazo de até 6 (seis) meses, conforme RIP;

b) Em caso de o visitante ser autuado em flagrantedelito pela pratica de ato no ingresso ao estabelecimentopenal, terá seu nome excluído do rol de visitantes e estaráproibido de adentrar a qualquer estabelecimento penal até acomprovação de absolvição em processo criminal ou depoisde decorrido 06 (seis) meses do cumprimento integral dapena.

1.18 SAÍDA E DESLIGAMENTO DORECUPERANDO

1.18.1 O recuperando somente sairá doestabelecimento penal em que se encontra nos casos deautorização de saída prevista em lei ou mediante ordemjudicial;

1.18.2 São casos de autorização de saída dorecuperandos:

a) Mediante autorização do diretor do estabelecimentoe com escolta nos casos de falecimento (mediante atestadode óbito) ou doença grave (em estágio terminal comapresentação do laudo médico) do conjugue, companheira,ascendente, descendente, irmão, ou necessidade detratamento médico;

b) Mediante autorização do Juiz de Direito daExecução Penal competente, sem escolta nos casos de saídatemporária para visita à família; frequência a curso supletivo

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profissionalizante, instrução no ensino médio ou superior e/ouparticipação em atividade que concorram para o processo dereintegração social do recuperando;

c) Mediante determinação judicial, requisição doMinistério Público ou pela autoridade policial, com escolta,para comparecimento a procedimento, no qual é necessáriaa presença do recuperandos.

1.18.3Todas as saídas dos recuperandos deverão serlançadas no livro de alterações, livro o qual deverá conter o nomedo recuperando, data, horário de saída, destino e motivo;

1.18.4 O recuperando que não retornar aoestabelecimento após a concessão da autorização constanteno item "b" (sem escolta), transcorridas 48 (quarenta e oito) horasdo término do prazo indicado para o retorno, será consideradoforagido;

1.18.5 O desligamento do recuperando doestabelecimento penal em que se encontra somente poderáocorrer: nos casos de transferência autorizada pelo Juiz deDireito competente da comarca; (nos casos de emergênciaspara salvaguardar a integridade física do recuperando); noscasos de expedição de Alvará de Soltura expedido porautorização judicial competente; ou por óbito;

1.18.6 O desligamento mediante alvará de soltura seráefetivado somente após consulta, ao cartório da Comarca;

1.18.7O alvará de soltura deverá conter qualificaçãocompleta de beneficiado, a data e a natureza da prisão, anatureza da infração cometida, a pena imposta, o motivo dasoltura, o nome da vítima, o horário de expedição do mandato; ecláusula informando que o recuperando não poderá serliberado se houver motivo pelo qual deva permanecermantido.

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1.19 TRÂNSITO EXTERNO DO RECUPERANDO

1.19.1 A escolta de recuperando entreestabelecimentos penais do Estado, bem como em algumdos casos indicados, em que seja obrigatória a escolta, serárealizada por agentes penitenciários, que poderá solicitar apresença do setor de operações especiais ou forças policiaisnos casos em que julgar necessário;

1.19.2 A condução de recuperando será feita emveículos oficiais da SEJUDH;

1.19.3 Os agentes penitenciários escalados para arealização de escolta são responsáveis pelo equipamentoque utilizam e pelos recuperandos que transportam,submetendo-se às sanções administrativas e penais cabíveis noscasos de irregularidades;

1.19.4Os estabelecimentos penais não estão autorizadasa criar símbolos, marcas ou insígnias, bem como denominaçõespara qualquer que seja a equipe.

1.20 PARA SEGURANÇA GERAL DOESTABELECIMENTO PENAL

1.20.1 Após a revista, a pessoa não poderá mantercontato com quem ainda não passou pelo procedimento;

1.20.2 A mudança do recuperando de cela somentepoderá ocorrer por decisão do superior imediato, nos casosem que a segurança do estabelecimento penal ou dorecuperando indicar a medida;

1.20.3 É proibido estender lençóis e cobertores nasgrades da cela ou do pátio, bem como ao redor das camas,impedindo a visualização por parte dos agentespenitenciários;

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1.20.4 Poderá ser credenciado em cadaestabelecimento penal um servidor para administrar compraspreviamente definida e autorizada pela direção nosestabelecimentos que contenham economato;

1.20.5 Não será reconhecida, no âmbito doestabelecimento penal, qualquer liderança exercida porpreso, haja vista que todos têm acesso à direção paraformular pleitos;

1.20.6 A comunicação escrita será permitida com omundo exterior, e será submetida a vistoria prévia, quandohouver(ou não) suspeita, para correspondências expedidas erecebidas;

1.20.7 Somente a Assistente social (ou outro servidordesignado pelo diretor na ausência deste) poderá fazercomunicação via telefone para o recuperando quando julgarpertinente;

1.20.8 O servidor não estará autorizado a entrar comobjetos e alimentos para os recuperandos salvo se estivercomo visitante, e não estando de serviço;

1.20.9 Pessoas não envolvidas com a atividade doagente penitenciário, estão proibidas de adentrarem na áreainterna do estabelecimento penal, portando armas dequalquer espécie, aparelhos celulares ou outros objetos nãoautorizados pela direção;

1.20.10 Qualquer veículo ou carga destinado a entrarou sair da área interna do estabelecimento penal deverá serminuciosamente vistoriado;

1.20.11 A direção do estabelecimento penal deveráacordar com os fornecedores ou prestadores de serviços,que toda a entrega feita no estabelecimento penal, a mesmaseja o último local de descarregamento. Quando do

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recolhimento de qualquer material ou objeto, oestabelecimento penal seja o primeiro local de recolhimento;

1.20.12 Se for encontrado objeto ou material ilícito, oresponsável e ocupantes do veículo serão detidos, devendoa direção ou responsável encaminhar a autoridade policialpara a lavratura de Boletim de Ocorrência/flagrante;

1.20.13 Todos os servidores que estiverem emserviço no estabelecimento penal deverão estar sempretrajando uniformes ou vestimentas adequadas que oidentifique como servidor do sistema penitenciário;

1.20.14 Toda irregularidade cometida pelosrecuperandos deverá ser encaminhada à direção, através deregistro no livro ata de ocorrências, que, caso necessário,remeterá ao conselho disciplinar para julgamento, emconsonância com o regimento disciplinar.

1.20.15 Todas as informações relativas aorecuperando, aos visitantes e ao estabelecimento penal,dentre outros, deverão ser registradas na pasta dorecuperando;

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MÓDULO II

2 ROTINAS DE BUSCA E CARCERAGEM

2.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a)Abertura e fechamento de alas e celas para o banho desol;

b)Abertura e fechamento de alas e celas para atendimentode recuperandos.

2.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES QUANDO OESTABELECIMENTO PENAL NÃO CONTAR COM EQUIPE DECONTENÇÃO

2.2.1 Abertura de ala e celas para a retirada derecuperandos para o banho de sol:

a) Posicionar um ou dois agentes penitenciários de forado portão da ALA, para fazer a cobertura do agente quedestrancará os cadeados. Este agente deverá manter aportão fechado e travado com o cadeado em condições deser trancado;

b) O agente que está dentro da ALA deverádestrancar e retirar os cadeados, deixando as portas dascelas travadas;

c) Determinar que todos os recuperandos da primeiracela do corredor vão para o fundo da cela, escalando um delespara sair e destravar as demais celas após ter ouvido a“autorização” do agente;

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d) O agente determinará que o recuperando saia,estando de fora do corredor, com o portão travado e em posiçãode fechar o cadeado caso seja necessário;

e) O agente entrará novamente no corredor e trancará ascelas e o portão do pátio de banho de sol;

f) O Agente Penitenciário deverá ficar observandoos recuperandos durante o tempo que estiverem no banho desol;

g) Caso o(s) agente(s) que esteja(m) destravandoas celas seja(m) pego(s) de refém(ns) os que estiveremapoiando deverão trancar os portões, acionar o alarme ebuscar reforços.

2.2.2 Abertura e fechamento de Ala e Celas para oretorno de recuperandos do banho de sol:

a) Posicionar um ou dois agentes penitenciários de forado portão da ALA, para fazer a cobertura do agente quedestrancará os cadeados. Este agente penitenciário deverámanter a portão fechado e travado com o cadeado em condiçõesde ser trancado;

b) O agente que está dentro do corredor deverádeterminar que os recuperando se posicionem no fundo do pátioe, somente após observar que todos estejam neste local, deverádestrancar o cadeado do portão que interliga o pátio a ALAdevendo deixá-lo travado;

c) O referido agente deverá sair do corredor e, forado portão, onde esteja posicionado o outro agentepenitenciário, determinar que os recuperandos voltem parasuas respectivas celas;

d) O agente entrará no corredor e trancará com oscadeados as portas. (MUITA ATENÇÃO NESTA HORA);

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e) Caso o agente(s) que esteja(m) trancando ascelas seja(m) pego(s) de refém(ns), os que estiveremapoiando, deverão trancar os portões, acionar o alarme e buscarreforços de imediato;

2.2.3 Abertura de Ala e Celas para a retirada derecuperando para atendimentos:

a) Posicionar um ou dois agentes penitenciários de forado portão da ALA, para fazer a cobertura do agente que abriráa cela. Este agente penitenciário deverá manter a portãofechado e travado com o cadeado em condições de ser trancado;

b) O agente responsável pela retirada do recuperandoentrará na ala e próximo à porta da cela determinará que osrecuperandos se posicionem no fundo da cela;

c) Após conferir que todos os recuperandos estejam nolocal determinado, chamará o(s) recuperando (s) que irá(ão) sairda cela e algemá-lo(s) com as mãos para trás;

d) Destrancar, destravar o ferrolho da porta e retirar orecuperando (algemado), colocando-o a uma distância de trêsmetros com a frente voltada para a parede;

e) Travar o ferrolho, trancar a cela e deixar que osrecuperandos do interior da cela voltem à condição normal;

f) Realizar a busca pessoal ligeira no(s) recuperando(s) ese necessário realizar uma busca minuciosa conformeprocedimento da busca pessoal e depois conduzi-lo para oobjetivo desejado.

2.2.4. Abertura e fechamento de ala e celas para oretorno de recuperando após atendimentos:

a) Posicionar um ou dois agentes penitenciários de forado portão da ala, para fazer a cobertura do agente queconduzirá o recuperando até a cela. Este agente

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penitenciário deverá manter a portão fechado e travadocom o cadeado em condições de ser trancado;

b) O agente responsável pela condução do recuperandoentrará na ala com o mesmo algemado e já passado pela revistaminuciosa;

c) Ao chegar na porta da cela, determinar que osrecuperandos se posicionem no fundo da cela;

d) Após conferir que todos os recuperandos estejam nolocal determinado, abrir o cadeado, destravar a porta, colocar orecuperando para dentro, travar e trancar a porta. Retirar as algemas do recuperando e deixar que osrecuperandos da cela voltem à condição normal.

2.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Tenha ciência da importância de realizar osprocedimentos corretos com objetivo de evitar fugas erebeliões;

b) Abra e feche os portões das Alas e as celas usando osprocedimentos corretos;

c) Tenha a maior atenção durante a abertura efechamento de Alas e Celas e saiba como proceder em caso deinícios de crises.

2.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Caso os recuperandos se recusem ir para o fundo dacela, não abrir a porta e chamar apoio;

b) Caso o agente seja pego de refém, o outro agentepenitenciário deverá trancar o portão e buscar reforço e não tentarajudar o refém.

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2.5 SITUAÇÕES DE ERRO

2.5.1 Não posicionar o agente penitenciário, para darcobertura durante a abertura das celas;

2.5.2 Não determinar que os recuperandos seposicionem no fundo da cela quando da retirada ou retorno dealgum deles;

2.5.3 Não conferir se todos os recuperandos estão nofundo da cela, antes de abrir a cela;

2.5.4 Não algemar o recuperando antes de sair da cela;

2.5.5 Esquecer de tirar as algemas do recuperando,depois de conduzi-lo à cela;

2.5.6 Não conferir o recuperando a ser retirado da cela;

2.5.7 Permitir que o recuperando conduzido tenhacontato com outros recuperandos;

2.5.8 Não manter a discrição com o recuperando (evitarconversas).

2.6. PROCEDIMENTO DE BUSCA PESSOAL

2.6.1 SEQUÊNCIAS DE ACÕES

I Busca pessoal ligeira:

a)É procedida no mínimo por dois agentes, sendo um paraapoio e outro para busca propriamente dito, devendo os doisestarem atentos;

b)O agente de apoio deverá posicionar-se a 90º(noventa graus) em relação ao encarregado da buscapessoal, mantendo-se a uma distância de aproximadamentede dois metros;

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c) O agente encarregado da busca determinará aorecuperando ainda algemado para trás: “Fique de costas paramim e afaste os pés” (aproximadamente um metro);

d)O agente adotará uma sequência lógica para executara busca pessoal, ou seja, da cabeça aos pés, priorizar a regiãodo tronco (peito e abdômen) para depois verificar os membrosinferiores. É muito comum fazê-lo aleatoriamente e algum pontoou região do corpo passar em despercebido. Evitar apalpações,pois objetos podem deixar de ser detectados. Não deve introduzira mão no bolso do revistado, mas sim apalpá-lo externamente,pois pode conter agulhas ou objetos cortantes contaminados;

e)Caso encontre algum objeto ilícito, passar para a buscaminuciosa.

II Busca minuciosa:

a) É procedida no mínimo por dois agentes, sendo umpara apoio e outro para busca propriamente dita, devendo osdois estar em alerta;

b) O agente de apoio deverá posicionar-se a 90º(noventa graus) em relação ao encarregado da busca pessoal,mantendo-se a uma distância de aproximadamente dois metros;

c) O recuperando poderá sair da cela com suas vestesna mão ou tirá-la após sair da cela;

d) O agente, encarregado da busca, determinará aorecuperando que vire de frente para a parede e após sua algemaser retirada, ordena que o mesmo jogue suas vestes para trás epermaneça com a mão na nuca e os dedos entrelaçados, ondeprocederá a verificação minuciosa nas mesmas;

e) Após a verificação das vestes determinará que orecuperando agache por três vezes com as pernas abertas (oagente deverá observar o recuperando pela frente, por trás edos lados), pois poderá ter alguma arma branca ou celular coladoem seu corpo;

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f) Após o recuperando vestir suas vestes, verificar tambémos cabelos, sola dos pés e boca.

2.6.2 RESULTADOS ESPERADOS

a)Que o procedimento de busca pessoal seja realizado deforma correta, a fim de detectar armas, objetos ou drogas ilícitas.

2.6.3 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Realizar a busca pessoal sem apoio de outro agente;

b) Não manter a distância mínima de segurança durantea realização da busca pessoal;

c) Fazer a buscar pessoal de forma aleatória,desprezando a sequência indicada;

d) Não observar os detalhes nas vestes dorecuperando deixando que alguns objetos, arma ou drogapasse despercebido.

2.7. PROCEDIMENTO DE REVISTAS EM CELAS

2.7.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Abertura de alas das celas;

b) Retirada dos recuperandos;

c) Retorno dos recuperandos às celas.

2.7.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

a)A revista deverá ser realizada com no mínimo 03(três) agentes penitenciários distribuídos da seguinte forma:01 (um) no portão que dá acesso a ALA (arma na posição sul),01 (um) destinado a vigiar o recuperando que já passou pelarevista e está no local determinado pelo agente responsável(arma na posição sul), e 01 (um) agente penitenciário quefará os procedimentos de abertura da cela, retirada dorecuperando, busca pessoal e revista da cela (desarmados);

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b) Caso se disponha de mais servidores, os mesmodeverão ser empregados nos procedimentos de aberturada cela, retirada do recuperando, busca pessoal e revista dacela (desarmados);

c) Determinar que os recuperandos vão para o fundo dacela e permaneçam com a frente voltada para parede, ficandode costas para a porta de saída;

d) Destrancar e destravar a porta da cela, chamando osrecuperandos um por um, passando-os na revista minuciosae colocando-os em local determinado sob vigilância (oagente deverá manter uma distância mínima de trêsmetros dos recuperandos);

e) Após retirar todos os recuperandos da cela, fazer arevista olhando detalhes: o piso, o teto, marcas nas paredes,caixas e mangueiras de instalações elétricas, pias e vasossanitários;

f) Fazer as revistas nos objetos e pertences dorecuperando;

g) Retornar os recuperandos para a cela de um por um.

Observações:

1. Após retirar os recuperandos da cela, perguntar seexiste alguma quantia em dinheiro na cela, em caso afirmativoconduzir o mesmo para que pegue o montante;

2. Fica a critério de cada estabelecimento penal econforme a necessidade e quantidade de recuperandos realizar arevista inopinada;

2.7.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Realize a revista de cela da forma correta e usando osprocedimentos mais eficazes para a segurança;

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b) Encontre os objetos, armas e drogas não permitidas nointerior da cela, e etc;

c) Que seja encontrado qualquer indício de perfuraçãona parede, piso ou teto e tomadas as providênciasdisciplinares.

2.7.4 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Realizar o procedimento com o efetivo de agentesabaixo do indicado;

b) Posicionar os agentes de forma errada;

c) Realizar os procedimentos de busca pessoal de formadisplicente e sem observar as normas de segurança;

d) Não observar os detalhes (possíveis camuflagens)durante a verificação das paredes, teto, piso, chinelos, bíblias ecreme dental;

e) Não perguntar ao recuperando se esqueceu de algummontante em dinheiro na cela dando condições de acusá-lo dodesaparecimento do mesmo após a revista.

2.8. PROCEDIMENTO DE CHAMADAS(CONFERÊNCIA DAS ALAS)

2.8.1 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES:

a) Deslocar para as portas das celas de posse dareferida lista de chamada de recuperandos;

b) Realizar chamadas (anotações) e conferências(visualização) dos recuperandos antes da liberação para o banhode sol;

c) Realizar chamadas (anotações) e conferências(visualização) dos recuperandos após o recolhimento dosrecuperandos do banho de sol em suas respectivas celas;

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d)Após realizar as chamadas e conferências dosrecuperandos, verificar se quantidade que está na cela é amesma que está na lista de chamada;

e)Caso haja a falta de algum recuperando doregime fechado, comunicar imediatamente ao diretor ouresponsável do estabelecimento para as providências cabíveis;

f) Em se tratando de faltas de recuperandos do regimesemiaberto ou aberto, comunicar no livro de registro diáriode ocorrências e informar ao diretor na passagem do serviço.

2.8.2 RESULTADOS ESPERADOS

a) Realize o procedimento correto de chamada, a fimde detectar tentativa ou fugas;

b) Com o passar do tempo possa reconhecer orecuperando tanto pelo nome quanto pela fisionomia;

c) Saiba identificar e averiguar os motivos dastransferências de recuperando de celas;

2.8.3 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não visualizar o recuperando que está respondendo achamada e outro responder em seu lugar;

b) Não realizar a contagem dos recuperandosconfrontando com a quantidade existente na lista de chamada.

2.9. PROCEDIMENTO DE CONFERÊNCIA DE ALVARÁDE SOLTURA E ADMONITÓRIA

2.9.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Confirmação da veracidade do documento;

b) Verificação de eventuais pendências em outras VarasCriminais, sejam elas estaduais e/ou federais, mandados de prisãoem aberto;

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c) Procedimento de Cumprimento do Alvará.

2.9.2 SEQUÊNCIAS DE ACÕES

a) Receber o alvará de soltura diretamente do oficial dejustiça exceto quando prisão temporária;

b) Verificar a veracidade do documento através daidentificação de oficial de justiça, selo de autenticidade ouautenticação do Juiz (a), exceto Alvará da Justiça Federalsendo confirmada sua veracidade através de ligação ao Juiz (a)expedidor;

c) Buscar no arquivo o Prontuário do recuperando everificar se possui outros processos, bem como checar juntoao site www.cnj.jus.br/bnmp, www.tjmt.jus.br ou no site doTribunal de Justiça do Estado que localiza-se a comarca dedecretação da prisão, se prisão temporária ou preventiva deautoridade/juiz federal, ou flagrante da Polícia Federal, checarno site www.trf1.jus.br e pesquisar a seção ou subseçãojudiciária correspondente, caso seja de outro Estado ver nosite www.trf.jus.br. Caso apareça mais um registro deprocesso crime, deve-se ligar em todos os juízos e proceder achecagem se este encontra-se respondendo o processo nacondição de réu preso ou solto, ou se tem decreto de prisãono respectivo processo criminal;

d) Pesquisar junto a rede INFOSEG no sitewww.infoseg.gov.br, para verificar se encontra algum outromandado de prisão em aberto;

e) Ao conferir o Alvará de Soltura, o agente deverácomparar a foto do recuperando constante na ficha deidentificação com a pessoa do próprio recuperando(observando qualificação pessoal, fisionomia, estatura, datade nascimento, data de prisão, Artigo (motivo da prisão),tatuagem, cicatrizes ou deficiência física), confrontar asassinaturas da referida ficha com a assinatura constante

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no horário da saída do recuperando constante no Alvará deSoltura(observar os detalhes);

f) Caso haja dúvida na comparação da foto e dasassinaturas ou de alguma outra informação, solicitar apoioao chefe imediato até que seja sanada qualquer dúvidapara cumprimento do mesmo;

g) Recuperando não apto a ser liberado (esteja comdecreto de prisão em outros processos/situação réupreso, devidamente cumprido e com cópia na sua pasta),emitir a devida Certidão (em duas vias), mencionando omotivo da não liberação deste, e colher ciência do Oficialde Justiça que proceder o cumprimento da ordem desoltura, para conhecimento do juízo sobre o motivo da nãoliberação deste;

h)Caso o recuperando esteja apto a ser liberado,deverá ser emitido a devida autorização de saída,mencionado o número do alvará de soltura, o nome daautoridade judicial, lotação/juízo eminente da ordem desoltura, número do processo, se for de outra comarca,mencionar que está sendo devidamente cumprido viacarta precatória e proceder da mesma forma, informandoqual juízo esta cumprindo a respectiva carta precatória;

i) Durante o cumprimento do alvará caso não constainformação em seu prontuário que o mesmo é réu preso emoutro processo e ainda não constar Mandado de Prisão emaberto, e o sistema de checagem CNJ, TJ, TRF, INFOSEGse encontrar inoperante ou impossibilitado por força maior dechecar as informações, neste caso devemos: darcumprimento ao alvará cientificando da impossibilidade dachecagem ou retirar o recuperando do convívio deixando emum setor separado dos demais até que seja realizado asdevidas checagens para sua liberação.

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2.10. PROCEDIMENTO DE TÉCNICAS DEALGEMAMENTO NO RECUPERANDO

O procedimento tem como objetivo garantir asegurança do estabelecimento penal algemando orecuperando de forma confiável e segura, preservando a suaintegridade física;

2.10.1. Durante o processo de ingresso, caso hajanecessidade de transportar algum objeto:

a) Determinar que o recuperando coloque as mãospara frente do corpo, para facilitar o transporte do kit básico;

b) Segurar a mão de ação do recuperando e algemá-la colocando a abertura da fechadura sempre virado paracima;

c) Algemar a outra mão do recuperando, de modoque as palmas das mãos do mesmo fiquem unidas;

d) Ajustar as algemas para que não fiquem folgadasnem apertadas;

e) Travar as algemas.

2.10.2Para os outros processos:

a) Determinar que o recuperando coloque as mãospara trás do corpo;

b) Segurar a mão de ação do recuperando e algemá-la colocando a abertura da fechadura sempre virado paracima;

c) Algemar a outra mão do recuperando, de modoque as costas das mãos do mesmo fiquem unidas;

d) Ajustar as algemas para que não fiquem folgadasnem apertadas;

e) Travar as algemas;

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2.10.1.3 Caso o recuperando não possua um dosbraços:

a) Determinar que o recuperando coloque a mão paratrás do corpo;

b) Segurar no antebraço do recuperando com a mãoque não for a de ação;

c) Caso o recuperando esteja com um dos braçosengessados e tenha possibilidade de algemar, seguir osprocedimentos 2.10.3 descritos nos itens a e b

2.10.4 Caso o sentenciado esteja com um dos braçosengessados e não havendo possibilidade de algemá-lo:

)a Determinar que o sentenciado coloque os braçospara trás do corpo;

)b Segurar no antebraço do recuperando com a mãoque não for a de ação;

)c Caso o recuperando esteja engessado até o ombroe tenha possibilidade de ser algemado, seguir oprocedimento 2.10.1. itens letra a) à e);

2..51 Caso o recuperando esteja engessado até oombro e não tenha possibilidade de ser algemado:

)a Determinar que o recuperando coloque o braçoque não esteja engessado para trás do corpo, caso haja;

)b Segurar no antebraço do recuperando com a mãoque não for a de ação.

2.11.CUIDADOS NECESSÁRIOS

a) O agente deverá manter a discrição com orecuperando (evitar conversas);

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b) O agente não deverá bater a algema no braço dorecuperando para algemá-lo;

c) Caso o recuperando que será algemado estejaesboçando alguma reação, solicitar reforço e algemá-lo;

2.12 AÇÃO IMEDIATA EM CASO DEIRREGULARIDADE

Caso ocorra alguma irregularidade utilizar o rádio HTpara comunicar com o Líder de Equipe, para que sejamtomadas as devidas providências.

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MÓDULO III

3. TRANSPORTE E ESCOLTA DE RECUPERANDOS

3.1 PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DASCONDIÇÕES GERAIS DA MISSÃO E DORECUPERANDO.

3.1.1. DOUTRINA OPERACIONAL:

ETAPAS PROCEDIMENTOS

1. Preparação da missão.

1.Verificação das condições gerais damissão e do recuperando.2.Processo de algemamento.3.Busca Pessoal.4.Procedimentos operacionaisindividuais.

2. Execução da missão.

5.Embarque do Recuperando.6.Transporte do Recuperando.7.Desembarque do Recuperando.

3. Apresentação do recuperando no local determinado.

8.Apresentação de Recuperando emjuízo.9.Escolta de Recuperandos parahospitais.10.Escolta de Recuperandos em velório.11.Escolta de Recuperandos paracartórios/Agências bancárias.12.Escolta de Recuperandos emAeronaves.

4. Dos Crimes 1. Lei nº. 9.455/97 (Crimes de tortura).

2. Lei nº. 4.898/65 (Abuso de Autoridade).Art. 3º, alínea i: “Constitui abuso deautoridade qualquer atentado aincolumidade física do individuo”. Art. 4º,

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alínea b: “Constitui também abuso deautoridade submeter pessoa sob suaguarda, custódia a vexame ouconstrangimento não autorizado em lei”.

5. Dos direitos do recuperando

1. Art. 5º, III, C.F./88: “ninguém serásubmetido a tortura nem a tratamentodesumano ou degradante”

2. Art. 5º, XLIX, C.F./88:”É asseguradoaos recuperandos o respeito aintegridade física e moral”.

3. Art. 38, CPB: “O recuperando conservatodos os direitos não atingidos pela perdada liberdade, impondo-se a todas asautoridades o respeito a sua integridadefísica e moral” (vide art. 3º e 40 a 43, Leinº. 7.210/84 LEP).

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3.1.2. ATIVIDADES CRÍTICAS

a)Conferência da documentação referente aorecuperando e ao seu destino;

b) Busca pessoal minuciosa;

3.1.3. SEQUÊNCIAS DE ACÕES

a) Checagem de toda a documentação (ofíciorequisitório e outros) pertinente ao recuperando, na qualconstem seus dados pessoais (nome, dados gerais,periculosidade, etc.) e o destino a ser tomado pela escolta;

b) Em local discreto e seguro, informar aorecuperando sobre o procedimento de busca pessoalminuciosa ao qual será submetido, bem como, dosprocedimentos que serão adotados a partir de então;

c) Colocar luvas descartáveis antes de iniciar as açõesseguintes;

d) Algemar o recuperando, nas mãos com posiçõesvoltadas para trás antes de retirá-lo da cela ou ala;

e) Colocar o recuperando, na posição para o processode algemamento nos pés defronte a uma parede;

f) Com a presença da escolta armada, retirar as algemas edeterminar ao recuperando, que retire todas as suas vestes;

g) Em estabelecimentos penais sem a presença deescolta armada, retirar as algemas parcialmente e determinar aorecuperando que retire todas as suas vestes;

h) Iniciar a busca pessoal minuciosa seguindorigorosamente ao prescrito naquele procedimento.

i) O recuperando deverá passar por revista manual emecânica, vistoriando a boca do recuperando, entre os dedos

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dos pés, bem como os cabelos, a fim de que seja verificada aexistência de materiais proibidos e/ou ilícitos;

j) Determinar ao recuperando, para que fique junto àparede, a fim de que suas vestes sejam verificadas a umadistância de 2m (dois metros) e ao final devolvê-las;

k) Na posição inicial de busca pessoal algeme orecuperando para trás e defronte a uma parede.

3.1.4. RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando, recebido seja, de fato e dedireito, o indicado pela documentação requisitória;

b) Que não ocorra contaminação do agente penitenciáriopor doença infectocontagiosa;

c) Que seja detectado qualquer objeto ou arma que orecuperando, venha a portar ilegalmente;

d) Que a busca pessoal minuciosa seja realizada emtotal segurança tanto para o agente penitenciário como para orecuperando;

e) Que a integridade física do recuperando seja mantida;

f) Que o recuperando seja algemado corretamente.

3.1.5. AÇÕES CORRETIVAS

a) Se houver discordância entre a documentaçãorequisitória e o recuperando, recebido, obter a confirmação dosdados e do mesmo;

b) Se houver esquecimento da colocação das luvasdescartáveis, faça antes do início da busca pessoal;

c) Se houver dúvidas após a busca pessoal minuciosa,refazê-la;

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d) Se o recuperando tiver sido algemadoincorretamente, proceder novamente o processo dealgemamento;

3.1.6. SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não verificar a documentação corretamente e recebero recuperando, errado;

b) Não colocar luvas descartáveis antes dosprocedimentos de algemamento e busca pessoal;

c) Proceder à busca pessoal em local inadequado, deforma incorreta e de forma insegura;

d) Não aumentar o nível de atenção e segurançaao constatar que se trata de recuperando de altapericulosidade;

e) Não manter a integridade física do recuperando;

f) Algemá-lo incorretamente.

3.2 PROCEDIMENTO AO EMBARQUE DERECUPERANDO

3.2.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Embarque propriamente dito.

3.2.2 SEQUÊNCIAS DE ACÕES

a) Antes do embarque do recuperando, revistar a(s)viatura(s) envolvida(s) na escolta, a fim retirar objetos comos quais o recuperando possa cometer qualquer ato ilícito,como tentar a fuga ou causar lesões corporais, etc;

b) Somente após a conclusão da ação anterior eda certeza das condições reais do recuperando, é quedeve ser iniciado o embarque do mesmo na viatura;

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c) Em hipótese alguma algemar o recuperando, empeças ou equipamentos da viatura;

d) Em todas as viaturas o recuperando, deve estaralgemado;

e) O recuperando, devera ser embarcadodevidamente algemado no camburão conformecaracterística do veículo;

f) Em viaturas do tipo ducato, o número derecuperandos não deve exceder ao prescrito para oveículo, dependendo de seu tamanho e modelo;

g) Em viaturas de médio porte, não havendo prescriçãocontrária, não deve exceder ao número de 04 (quatro)recuperandos;

h) Em viaturas pequenas, não havendo prescriçãocontrária, não deve exceder ao número de 02 (dois)recuperandos. (desde que possua compartimento próprio);

i) O embarque deverá ser feito recuperando arecuperando, de forma que estejam separados por umadistância de segurança mínima de 01 (um) metro.

3.2.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que a(s) viatura(s) sejam inspecionadas antes doembarque do recuperando;

b) Que o recuperando seja embarcado de formaque se possibilite a maior segurança possível para odeslocamento;

c) Que o recuperando não se lesione durante o seuembarque na viatura;

d) Que capacidade de recuperando para cada tipo deviatura seja respeitada;

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e) Que o recuperando permaneça na viatura emcondições seguras para si e para os agentes penitenciáriosenvolvidos na missão;

f) Que o encaminhamento do recuperando para aviatura seja feito com segurança de Agentes armados;

3.2.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Caso a viatura apresente qualquer irregularidade,saná-la antes do embarque do recuperando;

b) Constatar a real capacidade de recuperandos para aviatura a ser utilizada;

c) Não permitir a redução da segurança durante oembarque propriamente dito;

d) Caso algum recuperando esteja algemadoincorretamente no interior da viatura, efetuar a imediatacorreção.

3.2.3 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não observar normas de segurança para o embarque;

b) Deixar de inspecionar a viatura antes do embarque;

c) Deixar de algemar o recuperando em qualquersituação;

d) Algemar o recuperando em peças ou equipamentosdo veículo;

e) Embarcar número excessivo de recuperando;

f) Afrouxamento dos níveis de segurança e atençãodurante o embarque do recuperando;

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3.3 PROCEDIMENTO PARA TRANSPORTE DERECUPERANDO

3.3.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Programação dos itinerários alternativos;

b) Observância das leis e normas de trânsito;

c) Deslocamento propriamente dito;

3.3.2 SEQUÊNCIA DE AÇÕES

a) O transporte e a escolta devem ser feitos sempreque possível por 02 (duas) viaturas;

b) Montar o comboio, de forma que a viatura que faz aescolta fique a uma distância de segurança (técnica dos “2segundos”), estando todos os agentes atentos ao deslocamentoe preparados para qualquer eventualidade;

d) Programar itinerários com alternativas a seremutilizadas quando necessário;

e) Caso seja necessária a passagem em locaiscongestionados, deverá ligar dispositivos sonoros eluminosos do veículo a fim de que as viaturas tenhamprioridade de passagem;

f) Manter a velocidade compatível com o tipo de viadurante o deslocamento;

g) Quando houver lombadas ou depressões avelocidade deverá ser compatível para a transposição dessestipos de obstáculos;

h) O deslocamento deverá ser feito, prioritariamente, nafaixa de segurança da via, ou seja, faixa da esquerda;

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i) Em cruzamentos e/ou semáforos, a atenção deveráser redobrada, tendo em vista haver maior a incidência deacidentes e interceptações, nesses locais;

j) Manter a formação em comboio até a chegada aodestino;

k) Desembarcar o recuperando, observando as regrasde segurança, bem como as características locais, quepreviamente deverão ser avaliadas;

l) Não parar a viatura em locais distintos aestabelecimentos penais, quartéis, delegacias de polícia, etc;

m) Quando o transporte do recuperando for feito emuma viatura distinta da frota do sistema penitenciário, deveráser contatada a autoridade solicitante e o motorista da viatura,para se obter informações sobre o recuperando, itinerário elocal de apresentação, sendo que no embarque a guarniçãodeverá ter o cuidado de deixar um agente penitenciário, nomínimo, do lado do motorista;

n) Neste tipo de escolta, manter a atenção redobradapara a segurança durante o deslocamento, tendo em vista omaior grau de vulnerabilidade, pois não se pode contar comnenhum apoio imediato.

3.3.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando e as guarnições cheguem aodestino em segurança;

b) Que os agentes estejam preparados para assituações adversas;

c) Que os itinerários alternativos estejam à disposiçãoquando necessário;

d) Que ao longo do trajeto, cruzamentos e sinaissemafóricos sejam respeitados e atentamente atravessados;

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e) Que o recuperando seja conduzido conformeofício de requisição de escolta e entregue ao estabelecimentopenal em segurança.

3.3.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Tão logo se perceba que o itinerário deve seralterado, fazê-lo criteriosamente;

b) Corrigir prontamente, eventuais falhas durante odeslocamento;

c) Substituir equipamentos defeituosos;

f) Interar-se com o motorista da viatura diferente dafrota do sistema penitenciário, sobre procedimentos eitinerários;

g) Caso haja necessidade de paradas durante odeslocamento, fazer busca pessoal sempre que perder contatovisual com o recuperando, como por exemplo, após uso dosanitário;

h) A viatura de apoio deverá sempre estaracompanhando o comboio.

3.3.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não observar normas de segurança nodeslocamento;

b) Desrespeitar leis de trânsito durante o deslocamento;

c) Não compor ou manter o comboio durante odeslocamento;

d) Não considerar as possibilidades de tentativade resgate do recuperando transportado;

e) Deixar de trafegar em velocidade compatível com olocal e característica da via;

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f) Não verificar as condições de segurança durante osmomentos de parada.

3.4. PROCEDIMENTO PARA DESEMBARQUE DERECUPERANDO

3.4.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Avaliação do local antes do desembarque;

b) Desembarque propriamente dito.

3.4.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

a) Chegando ao local de destino, observar os arredoresno intuito de verificar se não há indivíduos ou veículos emsituação suspeita;

b) A viatura deverá estar estacionada de forma quepossa deixar o local rapidamente se necessário;

c) Antes do desembarque a guarnição deverá estardisposta de forma que se tenha uma total segurança, estandosempre que possível, coberta ou abrigada, aproveitando osanteparos locais (prédios, árvores, etc.) ou mesmo as viaturas,estando preparada para enfrentar situações adversas;

d) Assim que a guarnição estiver posicionada, ocompartimento de recuperandos deverá ser aberto por umagente, tendo outro agente do lado e na segurança, enquantoos demais agentes penitenciários ou policiais se ocupam dosaspectos de segurança mediatos e imediatos;

e) Abrir a primeira porta, bem como, a porta do cubículoatento aos procedimentos de segurança;

f) Desembarcar recuperando por recuperando, deforma que fiquem a uma distância mínima um do outro edevidamente algemados;

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3.4.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando seja desembarcado de forma quese possibilite a maior segurança possível para ele e os agentese policiais envolvidos no desembarque;

b) Que o recuperando, após o desembarque da viatura,esteja algemado e controlado, para ser conduzido ao seudestino;

c) Que todos os agentes envolvidos desempenhemseus papéis sem qualquer diminuição do nível de segurança nodesembarque.

3.4.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Antes da chegada ao local cada agente componenteda escolta deverá saber o que fará quando no momento dodesembarque;

b) Caso haja suspeita sobre as condições locais noponto de desembarque, quando possível e necessário, a viaturade apoio deverá proceder a abordagem a pessoas e veículosconforme os padrões respectivos ou, se for o caso, solicitarapoio do policiamento local;

Observação: Em estabelecimentos penais com efetivoreduzido de agentes a escolta será composta por no mínimo 2(dois) agentes, sendo 01 (um) motorista e 01 (um) componente.

c) O componente da escolta deverá descer da viaturaobservando o local e posteriormente sinalizar positivamentepara o motorista;

d) O motorista desarmado, após receber o sinal positivo,descerá da viatura e procederá a abertura do camburão e darásuporte ao agente que levar o recuperando ao seu devidodestino;

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Observação: Somente um componente da escolta deveráter a autoridade da verbalização com os recuperandos.

3.4.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Posicionar a viatura de maneira a não oferecersegurança aos agentes envolvidos;

b) Posicionar a viatura de forma a não permitir umasaída rápida se for necessário;

c) Deixar de algemar o recuperando quando dodesembarque;

d) Deixar de fazer o correto posicionamento dos agentesenvolvidos;

e) Deixar de executar o que deve ser feito no momentoespecífico;

f) Mesmo sob condição de suspeita, parar a viatura,sem adotar qualquer procedimento no sentido de redução deriscos;

g) Deixar de solicitar apoio ao policiamento local, quandopossível e necessário.

3.5 PROCEDIMENTO PARA APRESENTAÇÃO DERECUPERANDO EM JUÍZO

3.5.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Verificação do trajeto a ser percorrido atéapresentação do recuperando à autoridade competente;

b) Apresentação do recuperando a autoridadecompetente;

3.5.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

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a) Verificar anteriormente o trajeto que será percorridopela escolta a pé;

b) Após o desembarque do recuperando, dirigi-lorapidamente ao local já previamente determinado pelaautoridade competente;

c) Não permitir contatos ou aproximações de pessoasjunto ao recuperando, exceto com autorização do Juiz;

d) Manter o recuperando constantemente algemado,exceto se houver determinação do MM. Juiz, em contrário, nolocal da audiência. Dependendo da periculosidade dorecuperando, tal informação deverá ser repassada aquele Juiz;

e) O recuperando deverá ser conduzido pelo lado opostoao do armamento do agente, que procede a sua escolta a pé;

f) Se houver mais de um recuperando a ser escoltado,deverão ser adotados os procedimentos de segurança de formaque se impossibilite qualquer reação por parte dosrecuperandos.

g) O agente deverá estar com sua atenção voltada parao recuperando durante a audiência, não sendo permitida suaausência do recinto;

h) Se a audiência for prolongada, deverá serprovidenciada substituição do agente que se encontra na salade audiência;

i) O agente não deve intervir em situações surgidasdurante uma audiência, a não ser por solicitação da autoridadecompetente ou em situação emergencial;

j) O recuperando estará acompanhado por no mínimo01 (um) agente, quando no interior da sala de audiência.

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3.5.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando seja conduzido ao local e noshorários previamente determinados;

b) Que a atuação do agente atenda às necessidades desegurança durante a audiência;

c) Que qualquer intervenção seja procedida medianteabsoluta necessidade.

3.5.4 AÇÕES CORRETIVAS:

a) Caso ocorra algum imprevisto ou atraso para aaudiência, procurar um local seguro e determinado para oaguardo da mesma;

b) Caso alguma pessoa se aproxime do recuperando,sem autorização da autoridade competente, procurar afastá-laeducadamente;

c) Antes de qualquer intervenção durante uma audiência,procurar consultar anteriormente a autoridade competente.

3.5.5 SITUAÇÕES DE ERRO:

a) Não apresentar o recuperando no recinto correto eem horário diferente do determinado;

b) Permitir o contato do recuperando com pessoasestranhas à escolta e à autoridade competente;

c) Interromper a audiência desnecessariamente ou sema solicitação da autoridade competente;

d) Aguardar por longo período o início da audiência, emlocal inseguro que ofereça risco à escolta e ao recuperando;

e) Deixar de verificar as condições de funcionamentodos equipamentos;

f) Deixar de observar a rotina dos procedimentos;

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g) Falta de planejamento quanto ao local.

3.6 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DERECUPERANDOS PARA HOSPITAL

3.6.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Verificação do local onde o recuperando serárealizado o atendimento médico;

b) Permanência no local de atendimento médico;

c) Circulação pelo local do atendimento médico.

3.6.2 SEQUÊNCIAS DE ACÕES

a) Recuperandos deficientes físicos ou com doençasinfectocontagiosas e com distúrbios psicológicos deverão serlevados em veículos apropriados, acompanhados por umprofissional de saúde;

b) Atentar para os procedimentos de segurança nodeslocamento, desembarque, permanência e apresentaçãono local onde será prestado o atendimento médico;

c) Os agentes envolvidos diretamente na condução apé do recuperando devem fazer uso de E.P.Is;

d) Verificar onde o recuperando será atendido, fazendouma prévia vistoria no local;

e) Desembarcar o recuperando;

f) Não permitir contatos ou aproximação de pessoasjunto ao recuperando;

g) Um dos agentes deverá acompanhar a consulta,outro agente ficará junto à porta do recinto onde orecuperando está sendo atendido, enquanto outros fazem asegurança nos arredores, de acordo as características no

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local. Porem se o médico solicitar o atendimento individualque seja assinado um termo de responsabilidade pelomédico;

h) Orientar o corpo clínico quanto às ações de agentesou policiais de segurança a serem desenvolvidasminimamente devido à periculosidade do recuperandoconduzido ao hospital e a possibilidade de resgate;

i) O recuperando permanecerá algemado, exceto emcasos de extrema necessidade e por orientação médica;

j) A posição do recuperando deve ser oposta aoarmamento do agente que procede a escolta a pé;

k) Quando houver mais de um recuperando a serescoltado, deverão ser adotados os procedimentos desegurança de forma que impossibilite qualquer reação porparte dos recuperandos;

l) Em internações, quando for o caso, o recuperandopermanecerá sob a guarda do agente de segurança, doestabelecimento penal a que o recuperando estiverrecolhido, elaborando-se um recibo de passagem e entregado recuperando;

m) As escoltas deverão ser feitas, sempre quepossível, com no mínimo três agentes em relação ao númerode recuperando, e que possibilite a segurança necessária, deacordo com as características da situação e do local.

3.6.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando seja conduzido de acordo como prescrito pra o atendimento médico;

b) Que o recuperando seja atendido de acordo comsuas necessidades clínicas, respeitando-se o grau deurgência para o seu atendimento médico;

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c) Que durante a permanência do recuperando nohospital ele esteja devidamente acompanhado por umagente, enquanto outros agentes fazem a segurançamediata e imediata de ambos;

d) Que qualquer intervenção do agente durante oatendimento médico seja precedido de solicitação do médicoatendente;

e) Que não haja aproximações desnecessárias depessoa(s) estranhas junto ao recuperando ou ao agente daescolta a pé;

f) Que o tempo de permanência no hospital seja orestritamente ao necessário para o atendimento médico;

g) Que durante este tipo de escolta os agentesenvolvidos na condução direta do recuperando estejamfazendo uso de EPIs.

3.6.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Se não for sabido onde o recuperando deverá sersubmetido ao atendimento médico, verificar antes dodesembarque, respeitando-se o grau de urgência para esteatendimento, contudo levando-se também em consideraçãoo grau de periculosidade da situação;

b) Caso o agente não tenha equipamentos de EPIs,providenciá-las na primeira oportunidade, evitando-secontágio de doenças infecciosas;

c) Se o recuperando estiver sendo conduzido emmaca, que ele esteja algemado e na presença de agentesobservar sua segurança tendo no seu acompanhamentooutro agente;

d) Providenciar para que sempre haja um agente oupolicial acompanhando o recuperando na sala de

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atendimento médico, enquanto outro faz a segurança deambos.

3.6.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não verificar as condições de segurança do localonde o recuperando será submetido ao atendimento médico;

b) Não haver cobertura de segurança junto à portaonde se encontra o agente que acompanha o recuperandodurante o atendimento médico;

c) O agente que estiver em contato físico com orecuperando, não fazer uso de EPIs;

d) Não ser respeitada a urgência do atendimentomédico, ensejando o agravamento do estado do recuperandoou até mesmo sua morte;

e) Não observar o grau de periculosidade dorecuperando, não cumprindo os procedimentos de segurançadurante o atendimento médico;

f) Permanecer no hospital desnecessariamente após oatendimento e liberação médico atendente.

3.7 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DERECUPERANDO EM VELÓRIO

Que o recuperando seja recambiado apenas quando ofalecido for: pai, mãe, conjugue, filhos e irmãos, devidamentecomprovado seu parentesco, através de documentos oficiais.

3.7.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Verificação do local onde está ocorrendo o velório;

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b) Desocupação do local onde está ocorrendo ovelório, para que o recuperando possa prestar sua presençae homenagem;

c) Controle da aproximação de familiares, amigos eoutros ao recuperando.

3.7.2 SEQUÊNCIA DE AÇÕES

a) Conferir autorização judicial para ocomparecimento do recuperando ao velório, ou autorizaçãoda gerência do estabelecimento penal pertinente;

b) Efetuar a escolta do recuperando ao velório noperíodo das 6h às 16h;

c) Recuperando será conduzido com a roupacaracterística do estabelecimento penal ao qual pertence;

d) As escoltas destinadas a velórios deverão contarcom um número maior de agentes, que as escoltas normais,no mínimo 3 (três) por recuperando;

e) Estacionar em condições de sair a qualquermomento, caso haja alguma emergência;

f) Encarregado da escolta deverá fazer contato comos familiares, explicando a necessidade de se desocupar asala do velório;

g) Antes do desembarque do recuperando, o localonde se encontra o caixão, deverá ser totalmentedesocupado;

h) Levar sempre em consideração o número depessoas no local, observando atitudes suspeitas, queefetivamente coloque em risco a segurança da escolta;

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i) Sempre deverá ser efetuada uma varreduraminuciosa, principalmente na sala onde se encontra ocaixão;

j) Desembarcar o recuperando algemado;

k) Nunca permitir que o recuperando venha adebruçar sobre o caixão;

l) Ter em conta que o risco de resgate dorecuperando é extremamente alto, pois todos saberão queele estará no local, em determinada data e inclusive ohorário;

m) O comandante da escolta diante de situaçõessuspeitas, de alto risco, plenamente justificável, nãodesembarcará o recuperando, cancelando a escolta para oretorno ao estabelecimento penal;

n) Durante a permanência no velório o recuperandoestará sempre algemado;

o) O tempo de permanência do recuperando novelório, não poderá exceder 15 (quinze) minutos;

p) Não será permitido fornecer bebida ou alimentaçãoao recuperando, durante o velório;

q) Retorno ao estabelecimento penal.

3.7.2 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando seja conduzido ao local e dataespecificada no ofício de requisição de escolta e devolvidoao estabelecimento penal em segurança;

b) Que sejam mantidas as condições de segurançapara que a escolta esteja pronta para agir em caso denecessidade;

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c) Que a permanência da escolta no velório respeiteo procedimento integralmente e logo após o retorno aoestabelecimento penal;

d) Que não haja tumulto durante a permanência dorecuperando no velório;

e) Que ao sinal de risco à escolta a segurança evigilância sejam aumentadas.

3.7.3 AÇÕES CORRETIVAS

a) Caso o local do velório não esteja desocupado,providenciar para que seja, antes do desembarque dorecuperando;

b) Reafirmar aos familiares tal necessidade dedesocupação, caso não tenha sido realizada;

c) Verificar toda situação que seja alvo de suspeita;

d) Caso o tempo de permanência tenha sidoultrapassado, providenciar imediatamente o retorno dorecuperando à viatura;

e) Caso haja aproximação de pessoas aorecuperando, afastá-las educadamente.

3.7.4 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não observar a autorização para a ida dorecuperando ao velório, durante o horário prescrito;

b) O recuperando não estar vestido com o uniformede seu estabelecimento penal;

c) Não posicionar a viatura corretamente;

d) Não providenciar a desocupação da sala de velóriopara que o recuperando se faça presente;

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e) Deixar de verificar as condições de funcionamentoe segurança;

f) Deixar pessoas se aproximarem do recuperando;

g) Não manter o recuperando algemado durante suapresença no velório;

h) Exceder o tempo de permanência no velório.

3.8 PROCEDIMENTO DE ESCOLTA DERECUPERANDO EM CARTÓRIO.

3.8.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Conferência da documentação pertinente aorecuperando e ao seu destino (autorização de saídaconcedida pela gerência do estabelecimento penal ondecumpre sentença / recolhido);

b) Verificação do local para onde será conduzido orecuperando (entradas, saídas, fluxo de pessoas, horário de“rush”);

c) Permanência no local pelo tempo necessário aocumprimento da missão.

3.8.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

a) Se for possível procurar entrada de acesso quenão chame a atenção das outras pessoas presentes no local(locais para estacionamento da viatura, inclusive);

b) Nas agências bancárias, evitar a fila dos caixas,para tanto, o comandante do grupo, se dirigirá ao gerentepara que este indique qual dos caixas poderá atender orecuperando; enquanto isto a equipe aguarda(desembarcada) na segurança do recuperando que estádentro da viatura;

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c) O recuperando permanecerá algemado o tempotodo;

d) Os agentes que participam da escolta devempermanecer cobertos e abrigados, evitando incidentes(emboscadas); Manter a atenção, desconfiar de tudo e detodos;

e) Existem possibilidades de tentativa de resgate dorecuperando nos cartórios, haja vista, a possibilidade doevento estar marcado com antecedência (data e hora); Assaídas para agências bancárias não precisa ser informadocom antecedência ao recuperando. Tal atitude impede queele acione comparsas;

f) Retorno ao Estabelecimento Penal.

3.8.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que o recuperando seja conduzido ao localespecificado na requisição da escolta (data e hora) e logoapós seu retorno em segurança ao estabelecimento penal;

b) Que durante sua permanência naqueles locais,esteja devidamente vigiado pela escolta (evitardispersão/desatenção dos agentes);

c) Que não haja aproximações desnecessárias deestranhos junto ao recuperando ou da escolta, momento emque educadamente serão orientados a permaneceremafastados (+/- 3 m);

d) Que sejam mantidos as condições de segurançapara que a escolta esteja pronta para agir em caso denecessidade.

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3.8.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Se para o deslocamento até agência bancária,verificando que a mesma esteja muito lotada, procurar outra,ou então retornar ao estabelecimento penal;

b) Tumultos e movimentações estranhas de pessoassão motivos para retorno imediato ao estabelecimento penal(pode haver possibilidade de interesse de terceiros em atraira atenção dos agentes ou policias, desviando-a dorecuperando).

3.8.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Falta de planejamento quanto ao local;

b) Deixar de observar a rotina de procedimentos;

c) Permitir o contato do recuperando com pessoasestranhas sem necessidade para tal;

d) Permitir que o recuperando retire a algema;

e) Desatenção durante a missão pode provocar umatragédia.

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MÓDULO IV

4.OCORRÊNCIAS DE MENOR GRAVIDADE

4.1.PROCEDIMENTO DE ATENDIMENTO DEOCORRÊNCIAS: VIAS DE FATO, AMEAÇA, LESÃOCORPORAL, DANOS, USO DE ENTORPECENTE ENÃO CUMPRIMENTO DE NORMAS INTERNAS.

DOUTRINA OPERACIONAL:

Art. 21 do Decreto Lei nº. 3688/41 (Lei dasContravenções Penais); Lei Federal nº. 9.099/95 c.c. Lei Federalnº. 10259/01; art. 163 do Código Penal.

4.1.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Medidas de segurança na aproximação;

b) Análise visual e psicológica da causa da desordem;

c) Avaliação do número de pessoas envolvidas.

4.1.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

a) Avaliação da natureza da ocorrência;

b) Identificação das partes envolvidas;

c) Solicitação de apoio de outros agentes e policiais, senecessário;

d) Em caso de DANO observar e avaliar a extensão econstatar os autores, providenciando o registro do boletim deocorrência;

e) Chegando ao local da ocorrência de vias de fatoseparar os envolvidos, utilizando os meios não letaisdisponíveis, como: bastão tonfa e produtos químicos (taisdispositivos somente deverão ser usados em último caso), osagentes penitenciários com o bastão tonfa na cintura;

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f) Em caso de Lesões Corporais, prestar socorro deimediato à(s) vítima (s) conforme procedimento noestabelecimento penal;

g) Em caso de uso de entorpecente agir comsegurança e agilidade para não dar tempo do recuperandodesfazer a prova (engolir, jogar no lixo ou passar a outro);

h) Realizar busca pessoal em todos envolvidos, paraverificar se estão armadas “conforme procedimento padrão”;

i) Conduzir de imediato o(s) envolvido(s) para a cela detriagem se houver, colocando-os em locais separados senecessário;

j) Agir sempre com imparcialidade;

k) Relatar minuciosamente o fato, fazendo constarno livro de registro de ocorrência, data, hora, local, nomecompleto dos envolvidos (vítima e autores) e testemunhas se foro caso;

l) Comunicar o fato ao diretor do estabelecimento penalpara as providências cabíveis.

4.1.3 RESULTADOS ESPERADOS

a)Resolver a ocorrência da melhor maneira possível;

b)Conquistar a confiança dos envolvidos e dapopulação carcerária, demonstrando imparcialidade;

c) Que o(s) autor(es) seja(m) identificado(s) e isolado(s)para as providências administrativas e criminais.

4.1.4 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Não avaliar corretamente a ocorrência;

b) Não solicitar apoio diante de uma necessidade;

c) Não identificar algum(ns) do(s) envolvido(s);

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d) Não agir com imparcialidade, envolvendo-se naocorrência;

e) Permitir que pessoas armadas, envolvidas naocorrência, assim permaneçam durante seu atendimento;

f) Ocorrência vir a tornar-se um tumulto generalizadocontra os agentes;

g) Não efetuar, de início, a separação dos envolvidos,não atentando para a busca pessoal nos mesmos;

h) Permitir que outros recuperandos interfiram noatendimento da ocorrência, dificultando o trabalho;

i) Deixar de apaziguar os ânimos, passando a agirde forma inflexível e com truculência;

j) Não registrar a ocorrência, sendo omisso nas açõespertinentes.

4.2 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EMSITUAÇÕES DE NORMALIDADE

4.2.1 Em qualquer remanejamento no interior doestabelecimento penal, obrigatoriamente deverá ser mantidocontato com a equipe de apoio, para análise das condiçõesde segurança com estrita observância da periculosidade dorecuperando e princípios básicos de superioridade numéricae de poder de fogo;

4.2.2 Somente um agente penitenciário ficará, duranteum espaço de tempo, num mesmo ambiente que osrecuperandos, uma vez que a estrutura dosestabelecimentos penais não oferecerem alternativas;

4.2.3 Em hipótese alguma o agente penitenciário queestiver em contato com os recuperandos portará chaves deoutro ambiente senão aquele onde se encontra;

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4.2.4 Exceto na tranca e destranca, todo recuperandoque for conduzido para fora do interior da ala terá que serrevistado pelo agente penitenciário que teve o primeirocontato com este, sendo que tal procedimento deverá serfeito antes que o recuperando passe para o próximoambiente;

4.2.5 Os demais agentes penitenciários ficarãoisolados no ambiente anterior ao do primeiro agente, e segueesta ordem até a saída do interior do estabelecimento penal;

4.2.6 A entrada no período noturno no interior dacarceragem somente será em caso de emergência e emoutras situações se for solicitado com antecedência paraplanejamento, será verificado a possibilidade e em casoslegais como advogado e oficial de justiça, o chefe de equipepedirá reforço para a devida realização do procedimento comsegurança.

4.3 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EMSITUAÇÃO DE CRISE

Quando do início de crises ou ocorrências provocadaspelos próprios recuperandos há que se obedecer aosseguintes procedimentos de segurança.

4.3.1 Ações:

a) A primeira pessoa que tomar conhecimento da crisedeverá, com os meios que dispor no momento (apito ourádio), avisar ao maior número de profissionais de serviço doestabelecimento penal;

b) Em caso de ocorrência com refém, os agentespenitenciários deverão evacuar o local o quanto antes,levando sempre consigo as chaves do claviculário;

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c) Sempre que possível, o agente deverá, ao deixar olocal, trancar tantas portas que puder;

d) O agente jamais deverá correr para o interior dasdependências do estabelecimento penal;

e) Estando na condição de refém manter a calma, pois,o recuperando sabe que o refém é a sua garantia. Osprimeiros minutos são fundamentais e medidas serãotomadas por profissionais especializados em negociação quegerenciarão a crise;

f) Em caso de incêndio, o chefe de equipe deveráprovidenciar rapidamente local para remanejo dosrecuperandos vítimas do sinistro.

4.3.2. Ações que podem colaborar com os objetivospropostos:

a) A responsabilidade pela remoção de internos e suamovimentação, será realizada pelo agente penitenciário,como buscas nas celas;

b) A proporção de agentes penitenciários para amovimentação de recuperandos deverá ser de 1x1. Quandofor necessário e pela escassez de efetivo, será usada aalgema para a imobilização ou restrição de movimento dorecuperando;

c) Toda movimentação de recuperando, ainda queseja apenas um, deverá ser feita com o uso de algemas,(SEMPRE COM AS MÃOS PARA TRÁS). O recuperandoserá algemado em sua cela, antes de acessar os outrosambientes. As algemas deverão estar sempre com aabertura das chaves voltadas para cima;

d) Sempre que houver transferências derecuperandos (bondes) de um estabelecimento penal paraoutro, a direção deverá informar aos agentes penitenciários arelação de recuperandos que serão transferidos o mais cedo

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possível para que o procedimento de retirada destes nãocomprometa o procedimento de tranca do estabelecimentopenal;

e) Recomenda-se que periodicamente seja feita aoperação "Bate Grade";

f) Na realização de ronda além da percepção deatitudes estranhas deve ser dada atenção especial quantoàs grades cerradas e princípio de túnel;

g) Registrar ocorrências para resguardo, comodesobediência e outras, com o auto de resistência a prisão;

h) Não tenha pressa nos procedimentos desegurança dentro dos estabelecimentos penais e tenha acerteza que cada um tenha a clareza de sua função;

i) Como maneira preventiva o diretor doestabelecimento penal deverá programar junto com osservidores, revistas inopinadas de acordo com a demandaoperacional e condições de segurança, principalmente emcasos de denúncias sobre a existência de materiais proibidose/ou ilícitos, qualquer tipo de arma, ou planos de fugas erebeliões;

j) Todo material suspeito ou proibido encontradopelos agentes penitenciários de serviço deverá serencaminhado à direção. Exceto o material produto de crimeque será encaminhado à delegacia competente e lavrado oboletim de ocorrência;

k) Antes de cada banho de sol os agentespenitenciários realizarão uma busca rápida no pátio,fiscalizando, observando e procurando qualquer objetosuspeito para posterior liberação dos internos;

l) Serão definidos horário inicial e final paracirculação de presos, para atendimento geral, com ressalva

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os casos especiais que necessitará de análise da segurançapara realização do procedimento;

m) O encaminhamento para o isolamento deverá estardiretamente ligado à administração do estabelecimento penal;

n) Toda ocorrência que enseje na prisão dorecuperando, haverá o seu encaminhamento a delegaciacompetente, exceto se houver autorização legal ou nãohouver necessidade da apresentação do recuperando nadelegacia. Dependendo da gravidade do fato cometido(s)pelo(s) recuperando(s), os agentes penitenciários poderãoprovidenciar o encaminhamento imediato ao raio decumprimento de sanção disciplinar (isolamento);

o) Em casos de eclosão de crises como rebeliões,motins e outros, a direção do estabelecimento penal deveráconvocar a quantidade de servidores necessários paraconter a crise, bem como caso necessário solicitar apoio aPJC, CBM/MT e PM/MT;

p) Em casos de eclosão de crise em umestabelecimento penal da capital, as demais ficarão emestado de prontidão, ou seja, ficam suspensos os serviçosdiários do estabelecimento penal, exceto os procedimentospara atenderem as determinações judiciais, alimentação dosrecuperandos e emergências médicas;

q) A liberação de recuperandos para trabalharem naparte interna, é de responsabilidade da administração doestabelecimento penal;

r) Será autorizado somente pelo diretor doestabelecimento penal, quando devidamente justificado, oacesso do servidor que não estiver em horário de trabalho aosetor administrativo;

s) Fica terminantemente proibido o acesso deservidores do sistema penitenciário de outro estabelecimento

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penal, salvo se na qualidade de visitante a parente recluso,devendo para tanto, solicitar a direção do estabelecimento,visita em dia diferenciado, a fim de resguardar a integridadefísica do servidor e do recuperando. Caso o servidor queiraentrar nos dias de visitas, o mesmo deverá confeccionar umtermo de responsabilidade referente sua integridade física,bem como terá que cumprir todos os procedimentos derevista realizado nos outros visitantes;

t) Aos agentes penitenciários serão aplicadas asnormas regulamentares e disciplinares previstas no estatutodos servidores públicos estaduais;

u) Todo e qualquer servidor do Sistema Penitenciáriodeve ater-se ao cumprimento da Lei de Execuções Penais(L.E.P.) (do decreto N.º4.683, Regimento Interno Padrão),com estrito cumprimento aos preceitos legais;

v) Observar sempre os princípios norteadores dosdireitos humanos, quais sejam: a proporcionalidade, anecessidade, e legalidade;

w) Devem ser discutidas outras ações conjuntas quevisem à melhoria dos serviços prestados;

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MÓDULO V

5 AVERIGUAÇÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL

5.1 PROCEDIMENTO DE LOCALIZAÇÃO EAPREENSÃO DE SUBSTÂNCIA ILEGAL.

DOUTRINA OPERACIONAL:

- LEI nº. 11.343/06;

- Art.33 (Tráfico de Entorpecentes);

- Art.16 (Uso ou Porte de Entorpecentes).

5.1.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Busca pessoal;

b) Vistoria em local de ocorrência dessa natureza;

c) Reconhecimento da ilicitude da substância;

d) Quando disponível, implantação de uso detecnologia eletrônica capaz de identificar substânciasentorpecentes.

5.1.2 SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

a) Realizar abordagem e revista no recuperando(s) que,supostamente, porta(m) a substância ilegal e vistoria dolocal, onde se desenvolve a ocorrência desta natureza,identificando a possível substância ilícita;

b) Para tanto observar: vestes, halitose, cheiro nasmãos, cicatrizes, vermelhidão nos olhos, picadas nos braços,nariz com coriza, lábios feridos, pontas dos dedos queimadase amarelas, linguajar e forma de expressão do recuperandosupostamente sob efeito de substância ilícita, etc;

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c) Observar ainda, o porte de seringas, apetrechos defabricação caseira, pequenos papéis de seda em grandequantidade, etc;

d) Quando da verificação dos bolsos das vestes doabordado, JAMAIS, introduzir as mãos, pois podem conterobjetos perfuro cortantes, que venham a infectar o agentepenitenciário;

e) Identificação da(s) pessoa(s) portadora(s) oudetentora(s), através dos seus documentos no caso devisitantes ou fichas de identificação no caso de recuperando;

f) Vistoriar o(s) local(is) com a preocupação deverificar se alguma substância ilegal foi jogada nas imediaçõesou a existência de materiais que indiquem a sintetização ilegaldas substâncias, como: razoável quantidade de saquinhosplásticos, balança de precisão para laboratório, recipientes deéter, etc;

g) Constatar se a substância encontrada é passível deser uma substância ilegal pelo seu aspecto;

h) Atentar para possíveis medicamentos que possam serutilizadas de forma combinada, o qual propicia característicasalucinógenas;

i) Se alguma substância ilegal for encontrada,apreendê-la, arrolando testemunhas no local, se possível;

j) Conduzir as partes e substância apreendida àrepartição policial competente, para elaboração de perícia deconstatação da substância e demais providências junto apolícia judiciária civil.

5.1.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Localização e apreensão da substância ilegal;

b) Identificação e detenção do(s) portador(es) outraficante(s);

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c) Adoção de providências de polícia judiciáriacompetente;

d) Inibição por parte dos apenados quanto a práticaou vício de possíveis investiduras de substâncias ilícitas.

5.1.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Em caso de dúvidas quanto à ilicitude dasubstância, conduzi-la, juntamente com as partes, à repartiçãopública competente, considerando-a como sendo supostamenteilícita;

b) Sempre manter diálogo com o averiguado no sentidode constatar sua condição de portador ou de traficante dasubstância ilegal;

c) Em caso de esquecimento retornar e realizar a vistorianovamente.

5.1.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Abordagem e revista mal feita, sem êxito nalocalização da substância ilegal;

b) Não identificar o(s) portador(es) e/outraficante(s) da substância ilegal, permitindo impunidade doresponsável;

c) Deixar de observar o ambiente ao redor do local dosfatos;

d) Não recolher os objetos que venhamcaracterizar a situação ilegal da substância ou fabricação;

e) Não arrolar testemunhas quando possível;

f) Deixar de realizar os encaminhamentos legais junto apolícia judiciária, quando necessários;

g) Liberação das partes devido ao fato de ter sidoencontrada pouca quantidade de substância ilegal;

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5.2. PROCEDIMENTO DE ARROLAMENTO DETESTEMUNHAS

5.2.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Escolha da testemunha (imparcial, tenhaconhecimento do fato);

b) Qualificação da testemunha;

c) Registro correto no livro diário de ocorrência.

5.2.2 SEQUÊNCIAS DAS AÇÕES

a) Identificar as testemunhas;

b) Classificar as testemunhas;

c) Escolher a mais adequada;

d) Qualificar a testemunha;

e) Esclarecê-la sobre sua condição de testemunha;

f) Separá-la das partes envolvidas;

g) Lançamento no livro diário de ocorrência;

h) Se necessário, proceder documento formal, sobreo fato em questão, às autoridades competentes.

5.2.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que a testemunha seja imparcial e tenhaconhecimento do fato e testemunhe perante a autoridadecompetente;

b) Que possa auxiliar o agente penitenciário na conduçãoda ocorrência;

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c) Que a testemunha seja devidamente qualificada;

d) Registro formal que resguarde as partesenvolvidas, amparando-as futuramente como medida desegurança;

5.2.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Checar todo o procedimento dos fatos na ação;

b) Não permitir que se envolva com as partes;

c) Supervisão constante.

5.2.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Escolha inadequada da testemunha;

b) Não a qualificar corretamente;

d) Não a informar sobre sua condição de testemunha;

e) Testemunha fornecer dados incorretos, inverídicos,parciais ou incompletos, e ainda não sendo checados peloagente/policial.

5.3. PROCEDIMENTO DE APREENSÃO DASUBSTÂNCIA

5.3.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Reconhecimento do material supostamente ilícito;

b) Qualificação da substância aparentemente ilícita;

c) Separar os diferentes tipos de supostas substânciasilegais.

5.3.2 SEQUÊNCIAS DAS AÇÕES

a) Identificar a suposta substância entorpecente;

b) Separar os diferentes tipos encontrados;

c) Qualificar o suposto entorpecente por tipo;

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d) Acondicioná-lo separadamente por tipo;

e) Relacionar todo material encontrado;

f) Efetivar constatação do suposto entorpecente,perante as autoridades competentes.

5.3.4 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que todo o material seja relacionado e identificadoantes da apresentação no DP;

b) Que haja diferenciação entre os supostos tipos deentorpecentes encontrados.

5.3.5 SITUAÇÕES DE ERROS

a) Extravio do material;

c) Mistura dos produtos encontrados;

d) Não acondicioná-lo corretamente;

b) O agente penitenciário constatar a substânciacolocando-a na boca.

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MÓDULO VI

6 PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME

6.1 PROCEDIMENTO DE PRESERVAÇÃO DELOCAL DE CRIME.

DOUTRINA OPERACIONAL:

Art.169 do Código de Processo Penal

6.1.1 ATIVIDADES CRÍTICAS

a) Manutenção do isolamento do local de crime (éimportante destacar que antes mesmo de se tomar àsprovidências quanto a preservação do local de crime, teremos porordem de prioridade: o socorro á vítima e a prisão do criminosocaso possível);

b) Avaliar o local e verificar se trata de local de crime;

c) Indicar os meios necessários (faixas, cordas,cavaletes, lonas, tábuas, arames, estacas, e outros) ao seucompleto isolamento;

d) Suspender a preservação mediante autorizaçãoda autoridade de polícia judiciária competente.

6.1.2 SEQUÊNCIA DE AÇÕES

a) Contato com o solicitante ou visualização por parte doagente penitenciário;

b) Dimensionamento das proporções do campo pericial aser preservado;

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c) Aproximar-se do local de crime e observá-lo,avaliando-o, sem que seja alterado seu estado, disposição ecampo para o exame de corpo de delito, enquanto necessário;

d) Relacionar os meios necessários (faixas, cordas,cavaletes, lonas, tábuas, arames, estacas, e outros) ao seucompleto isolamento;

e) O agente penitenciário deverá inicialmente manterum perímetro para o local de crime, impedindo o acesso depessoas estranhas ao campo pericial, inclusive outros agentespenitenciários;

f) Solicitar apoio policial, se necessário;

g) Informar de imediato ao diretor doestabelecimento penal e acionar a polícia judiciária civil, paraque a perícia técnica seja solicitada e realize a perícia o maisrápido possível;

h) Aguardar a polícia judiciária civil, ficando a cargo destatodo o procedimento de perícia técnica (POLITEC);

i) Passar à polícia judiciária civil informações sobre o localde crime;

j) Registrar as pessoas que realizaram olevantamento do local de crime e daqueles que ficaramcom a responsabilidade pelas coisas objetos do crime(cadáver, armas, objetos, etc);

k) Arrolar testemunhas, quando possível;

l) Cessar a preservação do local, mediante autorizaçãoda autoridade competente;

m) Realizar os registros complementares se houvernecessidade;

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n) Caberá a direção informar oficialmente sobre os fatosdecorridos às autoridades responsáveis (superintendência, poderjudiciário, etc.).

6.1.3 RESULTADOS ESPERADOS

a) Que saiba avaliar quando um local de crime tem ounão campo para perícia técnica;

b) Que saiba avaliar qual o material mais adequadopara o isolamento do local, de forma que não prejudique a suaperícia;

c) Que faça corretamente o isolamento do local, semtocar ou alterar as coisas;

d) Que não permita que pessoas não autorizadasalterem ou toquem nas coisas;

e) Que arrole testemunhas, se houver;

f) Que efetue a comunicação com a autoridadecompetente;

g) Que relacione dados, objetos e vítimas com precisão;

h) Que cesse a preservação, mediante autorização daautoridade policial;

i) Que solicite a reposição dos materiais descartados.

6.1.4 AÇÕES CORRETIVAS

a) Se for crime contra pessoa, a vítima deve ser socorridacom prioridade;

b) Caso haja dificuldade de verificação da extensãodo campo pericial, pedir auxílio ao diretor;

c) Caso alguma pessoa desvinculada daatividade de preservação queira permanecer dentro docampo pericial, retirá-la imediatamente, bem como registrar os

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dados pessoais em livro de ocorrência e informar a autoridadecompetente;

d) Esforçar-se para que os envolvidos no levantamentotécnico tenham todos os dados possíveis para um melhorconhecimento do fato delituoso e abreviem a ida ao local decrime;

e) Caso o agente penitenciário necessite adentrar nolocal a ser preservado, deverá comunicá-lo tão logo dachegada do perito ou autoridade competente.

6.1.5 SITUAÇÕES DE ERRO

a) Delimitar irregularmente a área, por falha naobservação e na análise preliminar;

b) Não relacionar os meios, dificultando o isolamento;

c) Tocar ou alterar coisas no local de crime;

d) Agir precipitadamente e não realizar a avaliação dolocal;

e) Revistar os bolsos das vestes da vítima;

f) Recolher pertences;

g) Deixar resíduos pessoais durante a preservação,como: papéis de bala, cigarro, isqueiro, copos plásticos, etc;

h) Realizar registro irregular ou deixar de fazê-lo;

i) Cessar a preservação do local antes do levantamentotécnico e liberação da autoridade competente;

j) Passar informações incompletas ou até mesmoincorretas sobre os fatos;

k) Depois da perícia não jogar em lixo adequado osresíduos pessoais.

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6.2 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃOVEICULAR

6.2.1 Todo condutor terá que portar CarteiraNacional de Habilitação (CNH), com categoria específicapara o veículo;

6.2.2 O condutor terá que realizar o check-list doveículo a ser recebido, e se constatar qualquer alteração noveículo ou falta de equipamentos, deverá de imediatoinformar a direção do estabelecimento penal, ao não informarficará este responsável pelo fato podendo responder civil,criminal e administrativamente;

6.2.3 O condutor deverá cumprir rigorosamente asleis de trânsito, observando ainda velocidade em rodovias eem áreas urbanas;

6.2.4 O condutor deverá preencher e assinar termode responsabilidade sob o veículo, devendo este estar cientedo decreto governamental de n° 2067/2009, onde regula ouso de veículos pertencentes à frota do Estado de MatoGrosso;

6.2.5 Em caso de acidente deve-se de imediatoacionar as autoridades competentes (polícia militar e políciacivil), para que estas procedam à segurança do local e aindaboletim de acidente ou boletim de ocorrência, e ainda teráque ser realizado perícia para constatar danos.

6.3 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

6.3.1 Conforme regulamento, quando dorecebimento de alguma orientação, ordem ou procedimentoa serem adotados, havendo dúvida solicite esclarecimentocom seu superior;

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6.3.2 Seja um colaborador com participação efetivaapontando sugestões e falhas a serem corrigidas paramelhorar o ambiente de trabalho e trazer mais segurança;

6.3.3 Respeite a dignidade da pessoa humanainclusive a do preso;

6.4 LEMBRE-SE QUE:

6.4.1 Vários recuperandos possuem penas altas,alto grau de periculosidade e alguns já cometeramhomicídios, portanto não tem nada a perder;

6.4.2 Muitos recuperandos têm como objetivoprincipal tentar fuga, desconfie de qualquer outra intenção,pois tal atitude pode ser uma simulação;

6.4.3 Vidas dependem de seu profissionalismo,inclusive a nossa;

6.4.4 A ação do mal profissional coloca a sua vida e ade terceiros em risco, denuncie quem quer que seja, mesmoque de maneira anônima.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. [Leis, etc.] Código Penal; Processo Penal eConstituição Federal. São Paulo: Saraiva, 2008.

BRASIL. Leis, etc. Lei de execução. São Paulo:Saraiva,1997.

COYLE, Andrew. Internecional Center for Prision Studies.Manual Para Servidores do Sistema Penitenciário.Tradução Ministério da Justiça. Ed. Brasileira. 2002.

GOIAS. Gerência de Ensino da Administração Prisional.Curso de Formação Profissional: Agente de SegurançaPrisional.

MATO GROSSO, Policia Militar . Manual do Procedimento Operacional Padrão da Policia Militar do Estado de Mato Grosso. 2010

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social.Normatização do Sistema Prisional de Minas Gerais. BeloHorizonte, 2012.

SÃO PAULO. Secretaria de Administração Penitenciária.Manual de Procedimentos, Regime Interno Padrão doEstado de São Paulo.

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HINO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DE MATO GROSSO

Letra: Valdir Rozeno (Agente Penitenciário)Melodia, Voz e Direção Artística: Benedito Donizete de Moraes (Pescuma)

Direção-executiva e Produção: Juarez Figueiredo de Benevides

O Sistema Penitenciário de Mato GrossoDiante dos desafios da ressocializaçãoBusca humanizar o universo carcerárioEmpunhando a bandeira da reeducação

Já escreveu na história de Mato GrossoO Resgate da dignidade de seres humanos...

e hoje é referência por justiçaDe homens e mulheres de passados profanos

(Refrão)É um sistema inserido na pujança

Alimentando o sonho e a esperançaAcreditando que todo ser humanoLutando a vitória sempre alcança

O Sistema Penitenciário de Mato GrossoÉ formado por cidadãos de firme ideal

Heróis que dedicam suas vidasEm prol da almejada inserção social

As leis que regem a essência da vida socialDisciplinam o caminho da humanização

São rígidas, mas trazem no seu bojoQue o arrependimento sempre leva ao perdão

(Refrão)É um sistema inserido na pujança

Alimentando o sonho e a esperançaAcreditando que todo ser humanoLutando a vitória sempre alcança