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População jovem sergipana cresceu 5,5% entre 2011 e 2012

A população jovem de Sergipe, com idade compreendida entre 15 e 24 anos, cresceu 5,5% entre 2012. É o que mostra um levantamento da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão de Sergipe – Seplag, através do Observatório de Sergipe, com base nos dados da última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Em 2012, havia 401,1mil jovens no estado, 21 mil a mais que em 2011 – um salto de 5,5%. A faixa entre 20 e 24 anos na distribuição dos jovens por grupo de idade foi a única que apontou queda, 6,6%. A faixa entre 18 e 19 anos cresceu 19,5% e entre 15 e 17 anos 17,6%.

A participação dos jovens em relação à população total de Sergipe foi de 18,7% em 2012, frente a 17,9% em 2011. Ao longo da série histórica da pesquisa, 2006 a 2012, constata-se que 2009 foi o ano que apresentou maior representação, 20,1%.

População jovem residente rural cresceu 10,8%

O levantamento revelou também que o número de jovens residentes na área rural aumentou de 91,7 mil para 101,6 mil entre 2011 e 2012, correspondendo a um crescimento de 10,8%. Comparado ao ano de 2006, quando a população jovem rural era 65,4 mil, o aumento foi de 55,4%.

Em termos de distribuição total, no ano de 2006, 83,3% da população jovem residia na área urbana e 16,7% na área rural; seis anos depois, houve um aumento a favor dos residentes rurais em 8,7 pontos percentuais. Os programas sociais, bem como a promoção de políticas de inclusão produtiva do governo voltadas ao campo, contribuíram para esse resultado, mantendo os jovens em suas cidades de origem.

Contingente feminino ainda supera masculino

No tocante à variável sexo, a pesquisa apontou que as mulheres ainda são maioria. Em 2007, as mulheres representavam 48,7% da população juvenil, aumentando para 50,1%, em 2008. Entre 2009 e 2011, a proporção passou de 50,3% para 51,6%, respectivamente. Fechando o ano de 2012, as mulheres responderam por 50,4% da população total jovem.

Pardos representam parcela maior na população jovem sergipana

As categorias relativas à raça ou cor das pessoas, contempladas na pesquisa, foram parda, branca, preta e outras (que inclui indígena e amarelo). A análise dos dados apontou que os jovens de raça ou cor parda continuam sendo a maioria. De 2006 para 2012, os declarados pardos aumentaram sua representação na população total jovem sergipana, ao passar de 66,9% para 69,2%. Os jovens de raça ou cor preta também apresentaram crescimento, saltando de 5,6%, em 2006, para 10,6%, em 2012. Em contrapartida, a população jovem declarada branca perdeu participação, cujos percentuais foram 26,4% e 20%, respectivamente, em 2006 e 2012. Os jovens de outras raças ou cor, nesse período, reduziram sua representação de 1,1% para 0,2% no mesmo período.

Número de jovens analfabetos caiu 14,7% em um ano.

O contingente de jovens analfabetos em Sergipe passou de 11,6 mil para 9,9 mil pessoas entre 2011 e 2012, apresentando uma queda de 14,7%. Com isso, a taxa de analfabetismo dos jovens entre 15 e 24 anos, que, em 2011, era de 3% caiu para 2,5%, em 2012.

A análise da série histórica da pesquisa realizada pelo Observatório de Sergipe, com base nos dados da PNAD, indica que, em 2006, havia aproximadamente 19,4 mil jovens analfabetos no estado, 9,5 mil a mais que 2012. Ou seja, uma queda de quase 49,1% em seis anos. Esse resultado é explicado, principalmente, pela implementação de políticas educacionais do Governo do Estado. O programa Sergipe Alfabetizado, por exemplo, busca iniciar o processo de alfabetização da população acima de 15 anos para erradicar o analfabetismo no estado.

Percentual de jovens sem instrução ou com menos de um ano de estudo alcançou 1,9% em 2012

A pesquisa revelou que a proporção de jovens sem instrução ou com menos de um ano de estudo registrou 1,9% em 2012, 0,3 ponto percentual acima da proporção do ano anterior (1,6%), variação que não é estatisticamente significativa. Frente a 2009 (4,4%), a proporção caiu 2,5 pontos percentuais.

O percentual de jovens com oito a dez anos de estudo subiu de 31,6% para 34,1% entre 2011 e 2012. Já a proporção daqueles que possuíam 11 ou mais passou de 31,5% para 31,4% no mesmo período. Isso significa que a parcela de jovens com mais de oito anos de estudo saltou de 63,1% para 65,5% entre 2011 e 2012. Esse resultado positivo deve-se, em parte, pela implementação de políticas e ações públicas de inclusão de jovens no sistema educacional, a exemplo, dos programas Projovem Urbano e Projovem Campo.

63,7% da população jovem eram economicamente ativos em 2012

Com relação à condição de atividade, os economicamente ativos somaram 255.640 pessoas. Em termos proporcionais, representaram 63,7% do conjunto de jovens entre 15 e 24 anos. Em relação a 2011, quando a proporção era 65,9%, contabilizou-se uma queda 2,2 pontos percentuais em um ano. O maior acesso dos jovens à educação, deixando de procurar trabalho e se dedicando mais tempo ao estudo, está associado, principalmente, aos esforços do governo para ampliar o tempo de permanência desse público na escola, atravéns da promção de política pública de educação integral, por exemplo, como é caso do programa Mais Educação.

Nível de ocupação dos jovens subiu de 82,3% para 87,8% em 2012

A pesquisa indicou que, entre 2011 e 2012, a taxa de ocupação da população que compreende de 15 a 24 anos de idade passou de 82,3% para 87,8%. Uma variação positiva de 5,5 pontos percentuais em um ano. Em relação a 2006, quando a taxa era 77,9%, a variação foi de 9,9 pontos percentuais.

No que tange à condição de ocupação, o número de jovens ocupados passou de 206.234 para 224.363 pessoas, entre 2011 e 2012, o que equivale a um aumento de 8,8%. Já o número de jovens não economicamente ativos, ou seja, aqueles que não trabalham e nem estão procurando emprego, que, em 2011, era de 129.663 pessoas, subiu para 145.495 pessoas, em 2012, correspondendo a um aumento 12,2% em um ano. A elevação da parcela dos não economicamente ativos é, em parte, reflexo do maior tempo de permanência dos jovens nos estudos.

Taxa de desocupação dos jovens caiu para 12,2% em 2012

O contingente de jovens desocupados caiu 29,6% - passou de 44.421 para 31.277 pessoas -, entre 2011 e 2012. Isso significa que menos 13,1 pessoas procuraram trabalho em 2012.

Nesse mesmo período, a taxa de desocupação caiu de 17,7% para 12,2%. A queda da taxa está relacionada ao fato de mais jovens terem desistido de procurar trabalho, em parte, para dedicar mais tempo aos estudos.

Setor de comércio é a principal fonte de empregos para os jovens

O levantamento apontou que a maioria dos jovens se encontram ocupadas nos setores comércio (24%), agrícola (21,7%) e indústria de transformação (10,8%). O destaque para o setor comércio como principal fonte de empregos para a população de 15 a 24 anos deve-se, em parte, pela maior concentração desse público em micro e pequenas empresas.

Cresce número de jovens que não recebe nenhum tipo de rendimento

O levantamento apontou também que jovens sem rendimento ainda é predominante. De 2006 a 2012, o conjunto de jovens foi maior na classe ‘sem rendimento’. O número de jovens que não recebe nenhum tipo de rendimento passou de 210.770 pessoas para 196.119 – um salto de 7,5%. Em relação a 2006, quando os jovens com essa característica somavam 202.169 pessoas, o aumento foi de 4,3%.

Com relação à população entre 15 e 24 anos ocupada, a pesquisa indicou que a parcela de jovens que não recebe rendimento, registrada em 2012, foi de 26,5%. Frente a 2011, houve um aumento de 5,8 pontos percentuais.