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Jornal 84 / Novembro de 2012 Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar CEP 80.010-150 acesse www.sismuc.org.br página 8 páginas 9 Entrevista: Emir Sader analisa conjuntura na América página 10 Aposentados sindicalizados participam de passeio O que esperar ? Sismuc questiona regras do crescimento vertical Depois de sabatinar os candidatos e de atestar a assinatura da Carta Compromisso, os servidores agora devem se perguntar o que o prefeito eleito Gustavo Fruet tem em mente para a nova gestão. Confira nesta edição os compromissos assumidos pelo grupo que está chegando. Páginas 4, 5 e 6.

Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

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Page 1: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

Jornal 84 / Novembro de 2012Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar

CEP 80.010-150

acesse www.sismuc.org.br

página 8

páginas 9

Entrevista: Emir Sader analisaconjuntura na América

página 10

Aposentadossindicalizados

participamde passeio

O que esperar ?

Sinopse: Revisandopreconceitos

Resenha: Evangelhosegundo Saramago

/// CALENDARIO

12 Novembro de 2012AGENDA

Um filme feito a cinco mãos.Assim é “Circular” (lançado no dia 18de outubro, em salas de cinema deCuritiba) , filme independente,roteirizado e dirigido pelos jovens eex-colegas do curso de cinema daFaculdade de Artes do Paraná (FAP)Adriano Esturilho, Aly Muritiba, Brunode Oliveira, Diego Florentino e FábioAllon. Com mais este trabalhoproduzido em terras curitibanas, acidade ganha ares de um novo pólo cinematográfico (recentemente tiveram desta-que “Curitiba Zero Grau” e “Nervo craniano zero”).

Produzido com apoio do Governo Federal, por meio do edital de longa-metragemde baixo orçamento do Ministério da Cultura, “Circular” traz um elenco consistente,ainda que em sua maioria desconhecido do público médio. Destaques para a“curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o atoruruguaio César Trancoso, que assume o papel de Carlos.

O tratamento realístico e descomprometido politicamente dado às históriasretira qualquer pretensão dos diretores em reorientar o pensamento do público, o

que permite liberdade de imaginação e de interpretação.

Foto: Reprodução internet

06/11 - Grupo deEstudos ManifestoComunistaHorário: 19hLocal: Sismuc

07 /11 - Coletivo dosTrabalhadores deEscolaHorário: 19hLocal: Sismuc

08/11 - Coletivo daFASHorário: 19hLocal: Sismuc

09/11 - Coletivo daCMCHorário: 19hLocal: Sismuc

12/11 - Coletivo daSaúdeHorário: 19hLocal: Sismuc

14/11 - Coletivo dosGuardasHorário: 19hLocal: Sismuc

16 /11 - Coletivo doICSHorário: 19hLocal: Sismuc

19/11 - ColetivoSMOP/SMMA/SGM/SMADHorário: 18hLocal: Sismuc

21/11 - Coletivo dosEducadoresHorário: 19hLocal: Sismuc

22/11 - Coletivo dosFiscaisHorário: 19hLocal: Sismuc

26/11 - Coletivo dosAposentadosHorário: 14hLocal: Sismuc

27/11 - Reunião dosRepresentantesHorário: 09h e 14 hLocal: Sismuc

28 /11 - Coletivo deFinançasHorário: 19hLocal: Sismuc

29/11 - Coletivo dosExcluídosHorário: 19hLocal: Sismuc

30/11 - Cine ClubeHorário: 19hLocal: Sismuc

05 /12 - Assembleiados EducadoresHorário: 19hLocal: Sismuc

06/12 - A ssembleiade aprovação da pau-ta geralHorário: 19hLocal: Sismuc

Por Guilherme Carvalho

Não é difícil notar que os absurdos da religião fascinavam o ateu JoséSaramago. Em dois dos livros mais importantes do autor português – “Caim” e “O“Evangelho Segundo Jesus Cristo” – ele reescreveu os livros sagrados da Bíblia deum ponto de vista, pode-se dizer, um pouco mais crítico.

Neste último, o vencedor do Prêmio Nobel deLiteratura não poupa críticas ao Deus retratado nosevangelhos originais.

Ao ironizar o tratamento de servidão renegadoàs mulheres, a crueldade de Deus e outros aspec-tos presentes na Bíblia, o autor reescreve a históriade uma maneira extremamente humana. Afinal, noevangelho, segundo Saramago, Jesus foi concebidonão pelo Espírito Santo, mas da forma como oshumanos costumam ser concebidos: através do atosexual de seus pais.

Ficha bibliográfica:SARAMAGO, José. O Evangelho Segundo Jesus.São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Por Bruno Zermiani

Ficha técnica:Título original: Circular / Direção e roteiro: Fábio Allon, Bruno de Oliveira, AdrianoEsturilho, Diego Florentino, Aly Muritiba / Gênero: Drama / Ano: 2011 / País deorigem: Brasil / Distribuidora: Independente / Estúdio: Grafo Audiovisual e ProcessoMultiartes

Foto: Divulgação

Sismuc questiona regrasdo crescimento vertical

Depois de sabatinar os candidatos e de atestar a assinatura daCarta Compromisso, os servidores agora devem se perguntar o que o prefeito

eleito Gustavo Fruet tem em mente para a nova gestão.Confira nesta edição os compromissos assumidos

pelo grupo que está chegando.Páginas 4, 5 e 6.

Page 2: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

EXPEDIENTE

Esta ediçãofoi fechada

às 18 horas,de 05/11/2012.

/// INTOLERÃNCIA/// CURTAS/// EDITORIAL

/// INFORMAÇÃO AO ALCANCE

2 Novembro de 2012ORGANIZAÇÃO 11Novembro de 2012 CONJUNTURA

Muda a gestão,permanece aautonomia sindical

Acesse o perfil do Sismuc no Facebook e confira vídeos e fotos da distribuição do

jornal nos locais de trabalho e no centro da cidade. O conteúdo pode ser visualizado

em http://www.facebook.com/sismuc.sindicato.

Conteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídia

Coordenação GeralAna Paula Cozzolino

Coordenação de AdministraçãoEverson Roberto Schiessel

Coordenação de FinançasEdilson Aurélio Melo

Coordenação de EstruturaCarla Vanessa Alves Lopes

Coordenação Comunic. InformáticaMarcela Alves Bomfim

Sindicato dos ServidoresPúblicos Municipais de Curitiba.Endereço: Rua Monsenhor Celso,225 - 9º andar - Centro - 80.010-150Curitiba/PR.Fone/Fax: 3322-2475Email: [email protected]: www.sismuc.org.br

Jornalista Resp.: Guilherme Carvalho (MTb 4492)Jornalista: Manoel Ramires (DRT-PR 4673)Estagiário: Bruno ZermianiCharges e ilustração: Simon Taylor e Bruno SchierDiagramação: Guilherme Carvalho e Manoel RamiresRevisão: Marcela BomfimImpressão: Folha de LondrinaTiragem: 20.000 exemplares

Coordenação de Assuntos JurídicosIrene Rodrigues dos Santos

Coordenação Formação e Est.Socioeconômicos

Eduardo Recker Neto

Coordenação de Políticas SociaisPatrícia de Souza Lima

Coordenação Organizaçãopor Local de Trabalho

Cathia Regina Pinto de Almeida

Coordenação Políticas Sindicais eRelações de TrabalhoDiogo Rodrigo Monteiro

Coordenação de Saúde do Trabalhadore Meio Ambiente

Vera Lucia Armstrong

Coordenação AposentadosSalvelina Borges

Coordenação Gênero, Juventude,Etnia e Diversidade SexualJoão Guilherme Bernardes

Conselho Fiscal (titular)Augusto Luis da Silva

Icléa Aparecida Alves MateusLaurindo Corte Filho

Paulo GomesSoraya Cristina Zgoda

Conselho Fiscal (suplente)Arno Emilio Gerstenberger Jr

Isaias Rufino BezerraOsni Narestki

Odilon Adriano de OliveiraRenato Alves Ferreira

DireçãoAdriana Claudia Kalckmann, Alessandra Claudia de Oliveira, Alice da Silva, Andrea

da Silva Sampaio, Ari Junior de Miranda, Carmem Lucia Amaral Reichdal, DanielAugusto Simões, Demerval Ferreira da Silva, Diana Paula Leão Guérios, Elaine

Cristina Borba dos Santos, Eliane Cristina C. G. de Lima, Giuliano Marcelo Gomes,Henrique Ramos Santana, Ilma Alves Bomfim, Jeferson Corradini, José Ezael Pott

Ferrando, Juliano Rodrigo Marques Soares, Leandro Francel Alves Servilha, Leilados Santos, Linda Alice Góes Gregorczuk, Lurdes Farias, Marcos André da Luz,

Marcos Aurélio Fernandes Jesus, Maria Aparecida Martins Santos, Mario Barbosa,Marlene Aparecida S. Cazura, Marlene Camargo Melo, Mauro Scarmocin, NatelCardoso dos Santos, Paula Regina Jardim Campos, Paulo Canova Filho, Rita

Choinski Kloster, Rosimeire Aparecida Barbieri, Sebastião Rodrigues Alves, SoniaMaria Barbosa Campos, Suely Terezinha Araújo, Vera Lucia Martins Pio

Nestes últimos dias o Sismuc promoveu de forma inéditaum importante diálogo com o servidor e os candidatos a pre-feito de Curitiba. A intenção era oferecer a possibilidade dequestionamentos e dúvidas, ao mesmo tempo que pudésse-mos comprometer os candidatos com nossas pautas. Estemomento foi oportunizado para que o futuro prefeito tivessea humildade de reconhecer que esta cidade só se constróiporque tem seus servidores. Fato desconsiderado pela ges-tão que se despede.

Muitos servidores terão a partir do dia 1º de janeiro achance de vivenciar um novo grupo político comandando acidade. Não temos respostas para muitas das nossas per-guntas neste momento. Quem serão os secretários, quaisserão as mudanças? Como serão as negociações?

Por outro lado, nós, servidores, temos uma série de mu-danças urgentes. Processo de trabalhos desgastados, faltade valorização salarial e mesmo motivacional. Por isto nossocaminho é construir nossa campanha de lutas, participar doscoletivos, das assembleias e das atividades propostas pelosindicato.

Independente de quem está no poder, só há uma coisaque permite avanços: a organização dos trabalhadores.Acreditamos na autonomia e liberdade do movimento sindi-cal. Não vamos esperar por nenhum salvador. Vamos parti-cipar e intervir de forma independente e sempre ao lado dosinteresses da categoria. Fique de olho nas agendas das ati-vidades do sindicato e vamos mostrar a força da nossa or-ganização.

Diretoria do Sismuc

Jornal do Sismuc é distribuídoaos servidores e à população

Por Guilherme Carvalho

A edição 83 do jornal do Sismuc foi dis-

tribuída aos servidores públicos e à popula-

ção de Curitiba. O ICS (Instituto Curitiba de

Saúde), os edifícios Laucas e Delta e a sede

da Prefeitura são pontos fixos de distribui-

ção. Além disso, o jornal também foi entregue

em terminais de ônibus e na praça Rui Barbo-

sa. O jornal destacava a assinatura da Carta

Compromisso por candidatos a prefeito e a

vereador com reivindicações dos servidores.

Cerca de 20 mil exemplares foram distribuí-

dos.

Uruguai descriminaliza o abortoO presidente do Uruguai José Mujica promulgou lei que descriminaliza o aborto

no país. A Lei entra em vigor ainda em 2012. O Uruguai se transforma no

segundo país da América do Sul (depois de Cuba) a permitir a prática até a

décima segunda semana de gestação. A lei não legaliza o aborto, mas impede

que a interrupção da gravidez por parte de cidadãs uruguaias seja tratada

como crime. Segundo a lei, pós cinco dias de “reflexão”, a paciente deve

expressar sua decisão final, e então o aborto deve ser feito de forma imediata

e sem obstáculos, em hospitais públicos e privados. O foco principal da lei são

mulheres vítimas de aborto, má formação do feto e quando expõe a vida da

mãe.

A lei uruguaia não permite que mulheres estrangeiras se beneficiem deste

novo direito. No Brasil, o artigo 2, da Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002,

trata do assunto. O aborto no país é considerado crime. Já o Estatuto do

Nascituro visa acabar com qualquer hipótese da descriminalização. De acordo

com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), por ano são realizados cerca de

um milhão de abortos clandestinos no Brasil. Parte disso resulta do impedi-

mento da realização do procedimento de forma segura. (MR, com informações

da Agência Ansa)

Governo Federal suspende liminarque determinava saída dosGuarani-Kaiowá de território no MSA presidente Dilma Roussef vetou a liminar que obrigava a expulsão dos índios

Guarani-Kaiowá de suas terras no Mato Grosso do Sul. O caso teve grande

repercussão tanto na imprensa quanto nas redes sociais após os índios

divulgarem uma carta afirmando que preferiam morrer a sair do acampamen-

to Pyeito Kue.

Os índios se refugiaram no local depois de ataque de pistoleiros em agosto de

2011. Crianças e idosos ficaram feridos e o acampamento, montado à beira

de estrada vicinal, foi destruído. No começo de outubro, a Justiça Federal do

Tribunal Regional da 3ª região (TRF-3) de São Paulo determinou a reintegração

de posse das terras reivindicadas pelos indígenas a fazendeiros locais.

Após o apelo da população e do Ministério Público Federal, a liminar foi

suspensa. Segundo a Ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos,

Maria do Rosário, o objetivo agora é agilizar o processo de estudos para a

demarcação do território. (BZ, com informações do Brasil de Fato)

Conselho de Saúde rejeita‘empréstimo’ de servidoresPor 13 votos a 10, o Conselho Estadual de Saúde rejeitou no fim de outubroparecer do Governo Paraná para que servidores fossem emprestados entregovernos durante o período de greve. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) sebaseava no Decreto 7.777/2012, apresentado pela presidente DilmaRousseff, que prevê a substituição dos grevistas dos órgãos federais portrabalhadores das redes públicas estaduais e municipais.Segundo resolução do Conselho, o ‘empréstimo’ de servidores não deveocorrer porque as “22 Regionais de Saúde e o nível central da Sesa não têmequipe de vigilância em saúde completa”, que a o Plano Estadual de Saúde“prevê apenas reorganização e reestruturação das vigilâncias” no âmbitoregional, que qualquer “convênio devem ser submetidos a apreciação eaprovação do Conselho Estadual de Saúde do Paraná(sic)” e que a iniciativatenta ameaçar o direito de greve. Com o impasse, o tema deve ser encaminha-do ao Ministério Público Estadual. (MR)

Por Manoel Ramires

A Aliança Paranaense pela Cidadania

LGBT registrou no última dia 26 Boletim

de Ocorrência contra recentes ameaças de

agressão física e morte feitas em Curitiba.

Pelo menos 15 pessoas diferentes rece-

beram ligações homofóbicas em 18 dias.

Além do 1º Distrito Policial, o caso também

foi encaminhado para a Ouvidoria de Direi-

tos Humanos e para o Programa Nacio-

nal de Proteção aos defensores de Direi-

tos da SDH (Secretaria de Direitos Huma-

nos da Presidência da República).

A suspeita da comunidade é que as

ameaça estejam partindo de uma mesma

pessoa. Segundo as vítimas, as mulheres

são ameaçadas com estupro e os homens

Comunidade LGBTdenuncia ameaças

Ligações homofóbicaspodem ter partido de uma

mesma pessoa

são ofendidos com palavrões e até com

ameaças de morte. Para Márcio Marins,

membro do Conselho Nacional de Segu-

rança Pública, há um comportamento pa-

drão nos telefonemas. “São diversas cha-

madas e quase padronizadas. A pessoa

diz que se o pai ou a mãe não teve cora-

gem de matá-los, ele faria isso”, denun-

cia.

O Paraná é um dos estados que mais

tem registros de homicídios e outras viola-

ções dos direitos humanos LGBT, segundo

Marins. Para denunciar homofobia, ligue

para o Disque 100. O serviço funciona 24

horas, todos os dias da semana, inclusive

domingos e feriados. A ligação é gratuita e

atende ligações de todo o território nacio-

nal.

Por Bruno Zermiani, com informações de Gibran Mendes/CUT-PR

Caravana da Anistia criaMarcos da Memória em Curitiba

/// NOS ARQUIVOS DA DITADURA

Foto: Manoel Ramires

Foto

: G

uilh

erm

e C

arva

lho

A 63ª edição da Caravana da Anistia

passou por Curitiba nos dias 25 e 26 de

outubro. No caminho pela cidade, o even-

to criou quatro dos sete ‘Marcos da Me-

mória’ que apontarão lugares de luta e re-

sistência à ditadura na capital. Neste pri-

meiro momento, os marcos no prédio his-

tórico e na reitoria da UFPR, assim como

na Boca Maldita e no Presídio do Ahú fo-

ram inaugurados.

A Caravana também contou com uma

sessão da Comissão da Anistia, que teve a

determinação de veredicto de 42 casos

de pedidos de anistia. Para Marcio Kieller,

vice-presidente da CUT, esse resgate tem

importância principalmente para as famí-

lias prejudicadas durante o período. “É

onde o Estado Brasileiro se desculpa com

aqueles que lutavam pela democracia e

tiveram de alguma forma suas vidas inter-

rompidas ou mudadas, pela ausência físi-

ca, pela perda dos empregos, pela bagun-

ça que a vida familiar se transformou”,

enfatiza.

/// ANDERSON LEANDRO/// NOVIDADES/// GUARDAS MUNICIPAIS

10 Novembro de 2012COLETIVOS 3Novembro de 2012 SINDICALISMOEntidades cobram

informações das autoridadespara responder lacunas da

versão apresentada

Diretoria ampliaatividadesvisando a

formação dacategoria

Grupo de Estudoe Cine Clube sãonovidades naFormação doSismuc

Confetam discute regulamentação

/// COLETIVO EDUCADORES

/// COLETIVO DOS APOSENTADOS

Faltam respostas noassassinato de jornalistaPor Guilherme Carvalho

O assassinato do jornalista Anderson Le-

andro da Silva, 38 anos, continua a ser uma

incógnita para muitas pessoas. Entidades sin-

dicais e de movimentos sociais cobram lau-

dos da polícia para obter informações sobre

as circunstâncias da morte. O corpo de

Anderson foi encontro no último dia 18, em

Quatro Barras, e o assassinato foi assumido

por Henrique Weslley Oliveira Woiski, de 20

anos. A versão da polícia é de que o motivo do

crime seria passional.

No mesmo dia em que a polícia anun-

ciou a prisão de Woiski, militantes de movi-

mentos sociais e sindicais, inclusive do Sismuc,

participaram de uma passeata no centro de

Curitiba. A atividade “Cadê Anderson Leandro”

percorreu o centro da cidade e cobrou agilida-

de nas buscas.

Por Guilherme Carvalho

O Sismuc prepara para este mês o início de duas atividades

de formação política e sindical de longo prazo. A primeira é o

Grupo de Estudos do Sismuc que inicia no dia 6 de novembro. O

programa prevê o estudo do “Manifesto Comunista” de Karl Marx

e Friedrich Engels, livro que ficou famoso como instrumento de

organização dos trabalhadores em todo o mundo. A atividade ocor-

rerá quinzenalmente, sempre às 19 horas, no Sismuc, e não há

previsão de quantos encontros serão realizados ao total.

A outra atividade de formação é o Cine Clube do Sismuc, que

inicia dia 30 de novembro. O objetivo é realizar a apresentação de

filmes que permitam uma reflexão sobre questões políticas e sin-

dicais e o debate em grupo após a exibição. A apresentação de

filmes também será realizada a cada 15 dias.

Inscrições

Estão inclusos material didático e certificados aos partici-

pantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipada-

mente pelo telefone 3322-2475. Ainda este ano o Sismuc preten-

de retomar também o curso de formação sindical, com abertura

de nova turma. Informações em breve.

Anderson Leandro prestava serviços ao

Sismuc por meio de sua produtora “Quem TV”.

Ele deixa um dos maiores acervos em vídeo

do movimento sindical e social e uma partici-

pação assídua como militante da comunica-

ção popular.

/// EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Sismuc é representado emencontro nacional de conselhosPor Guilherme Carvalho

Os trabalhadores em educação da Pre-feitura de Curitiba estiveram representados noXXII Encontro Nacional dos Conselhos Munici-pais de Educação. A coordenadora de comuni-cação do Sismuc e educadora Marcela Bomfimparticipou da atividade que ocorreu entre osdias 17 e 19 de outubro, em Gramado (RS).Ela foi indicada por ser membro do ConselhoMunicipal de Educação de Curitiba. Cerca demil pessoas estiveram presentes.

Dentre os principais debates estavam oPlano Nacional de Educação e documentosnormatizadores da educação. As diretrizes daeducação infantil, em fase de homologação,também fizeram parte das apresentações derepresentantes do Ministério da Educação,bem como a normatização sobre funciona-mento dos cmei’s.

“Foi um espaço importante que o Sismuc

ainda não havia participado. Debatemos aconstrução dos conselhos, defendendo a par-ticipação da comunidade escolar nanormatização”, aponta Marcela.

De Curitiba foi levado o debatesobre a modificação do calendárioescolar por conta da Copa do Mundoem 2014. Dentre as principais críti-cas está o fato de que não foram re-alizadas audiências para discutir oassunto e não houve consulta aosprincipais interessados.

O ponto negativo, segundoMarcela, ficou por conta da Prefeitu-ra que não liberou a suplente doSismuc Ana Paula Wonce para parti-cipar do encontro. Apesar de já tertodas as despesas pagas peloSismuc, Wonce acabou tendo sua ida dificul-tada pela administração, que só financiou aida de gestores.

Por Manoel Ramires

O Sismuc realizou no dia 27 de outubro o último Seminário da Educação da série iniciada em junho.

O tema foi “Aposentadoria especial para os educadores”. O advogado do Sismuc Ludimar Rafanhim

(foto) mostrou as diferenças entre os educadores e os professores no momento da aposentadoria.

Para o sindicato, a reformulação do tempo de exercício de trabalho deve ser um dos principais

pontos para valorizar a carreira do educador. Por isso, o sindicato realiza em 5 de dezembro assembleia

com o intuito de organizar as mobilizações e a pauta.

A apresentação do seminário mostrou que a equiparação dos educadores com os professores não

deve ser apenas salarial, mas também de direitos. Um deles é a possibilidade de os educadores se

aposentarem nas mesmas regras do magistério. Atualmente uma professora pode se aposentar com 25

anos e um professor com 30 anos de exercício. Enquanto isso, os educadores seguem as regras gerais

de previdência dos demais servidores: 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Para o Sismuc, o resultado dessa diferença é maior desgaste para o educador infantil. “O desgaste

físico e mental dos educadores é muito maior e isso não é previsto na aposentadoria”, ressalta Marcela

Bomfim, coordenadora de comunicação.

Próximo seminário

Em 5 de dezembro, às 19

horas, o Sismuc realiza

assembleia específica para os

educadores. O encontro deve

fazer um balanço dos cinco

seminários realizados: Sistema

de educação, Financiamento,

Plano de Carreira e Jornada de

Trabalho, Formação e

Capacitação e Aposentadoria

Especial. O objetivo é aprovar a

pauta específica dos educadores

e mobilizações para 2013.

Seminários da Educação pautammobilizações da categoria

Por Manoel Ramires

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam)

realizou no fim de outubro o Seminário Nacional de Segurança Pública. O tema principal

questionou se a regulamentação das guardas municipais é a solução para melhorar o

desempenho da função. O principal ponto de análise foi a Proposta de Emenda Constitu-

cional 1.332/2003. A PEC está parada no Congresso Nacional. Pelo Sismuc, participa-

ram os diretores Diogo Monteiro, Edilson Melo e Irene Rodrigues.

A avaliação do seminário é de que os problemas na atividade de guarda municipal

se repetem em todos os municípios. Principalmente a falta de amparo legal nas ações

preventivas e os diversos casos de desvio de função preocupam os trabalhadores. “A

população entende que a Guarda faz o papel de polícia do bairro ou comunitária. No

entanto, não podemos exercer o poder de polícia porque falta empenho dos legislado-

res em regulamentar essa situação”, explica Edilson Melo.

Ao final do encontro, os participantes do seminário encaminharam a necessidade

de se criar um departamento dentro da Confetam de segurança pública durante o

Congresso de maio de 2013.

Foto: Manoel Ramires

Foto

: Arq

uivo

fam

ília

Por Bruno Zermiani, supervisionado por Guilherme Carvalho

Um dia de confraternização, descanso e alegria. Esse foi o

clima do passeio dos aposentados desse ano promovido

pelo Sismuc. Um momento que representou, para alguns,

uma volta à infância. “Dizem que a partir dos 60 começa

tudo de novo, não é? É bom ter um dia assim pra gente

passear, se divertir, sair um pouco da rotina”, celebra a

aposentada Izaura da Silva Borges. As quase cinquenta

pessoas que participaram da viagem tiveram a chance de

conhecer Colombo, cidade que fica na região metropolitana

de Curitiba, mas podia facilmente ser confundida com uma

localidade completamente interiorana.

Só uma parada do roteiro foi no centro do município. Na

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, os aposentados

puderam apreciar as belas imagens sagradas do templo,

réplica exata da Igreja de Vicenza, na Itália. As outras

atrações foram todas ao pé da estrada. Bom para o Seu

José Castorino, que teve a chance de voltar a pescar

durante visita a um pesque e pague da região. “Já estou

ganhando de todos vocês”, brincou ao pescar o primeiro

peixe da manhã, logo devolvido à água.

Quem preferiu visitar a horta do lugar, voltou de sacolas

cheias de verduras e legumes para o ônibus. Depois do

almoço e de uma pausa para o descanso, foi a hora de

visitar as vinícolas da cidade. Entre uma degustação e

outra, os turistas levaram vinhos, sucos e doces para

Curitiba. “A gente trabalhou e lutou bastante pra poder ter

esses momentos”, comemorou Lidinalva Malikoski, 21

anos de vida dedicados ao trabalho na prefeitura.

Entre uma visita e outra, não faltou oportunidade pra

colocar a conversa em dia. Bom pra falar sobre os netos,

sobre a vida e sobre as memórias. “Eu lembro quando o

sindicato não tinha uma sede e a gente fazia as reuniões

numa sala nos fundos da Câmara Municipal, ou na Igreja

Bom Jesus. Que bom que hoje nós temos a oportunidade

de promover eventos como esse”, saudou Dona Lidi antes

de ir ao café da tarde que fechou o passeio.

Aposentados fazempasseio por ladobucólico de Colombo

Foto: Bruno Zermiani

Page 3: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// ANDERSON LEANDRO/// NOVIDADES/// GUARDAS MUNICIPAIS

10 Novembro de 2012COLETIVOS 3Novembro de 2012 SINDICALISMOEntidades cobram

informações das autoridadespara responder lacunas da

versão apresentada

Diretoria ampliaatividadesvisando a

formação dacategoria

Grupo de Estudoe Cine Clube sãonovidades naFormação doSismuc

Confetam discute regulamentação

/// COLETIVO EDUCADORES

/// COLETIVO DOS APOSENTADOS

Faltam respostas noassassinato de jornalistaPor Guilherme Carvalho

O assassinato do jornalista Anderson Le-

andro da Silva, 38 anos, continua a ser uma

incógnita para muitas pessoas. Entidades sin-

dicais e de movimentos sociais cobram lau-

dos da polícia para obter informações sobre

as circunstâncias da morte. O corpo de

Anderson foi encontro no último dia 18, em

Quatro Barras, e o assassinato foi assumido

por Henrique Weslley Oliveira Woiski, de 20

anos. A versão da polícia é de que o motivo do

crime seria passional.

No mesmo dia em que a polícia anun-

ciou a prisão de Woiski, militantes de movi-

mentos sociais e sindicais, inclusive do Sismuc,

participaram de uma passeata no centro de

Curitiba. A atividade “Cadê Anderson Leandro”

percorreu o centro da cidade e cobrou agilida-

de nas buscas.

Por Guilherme Carvalho

O Sismuc prepara para este mês o início de duas atividades

de formação política e sindical de longo prazo. A primeira é o

Grupo de Estudos do Sismuc que inicia no dia 6 de novembro. O

programa prevê o estudo do “Manifesto Comunista” de Karl Marx

e Friedrich Engels, livro que ficou famoso como instrumento de

organização dos trabalhadores em todo o mundo. A atividade ocor-

rerá quinzenalmente, sempre às 19 horas, no Sismuc, e não há

previsão de quantos encontros serão realizados ao total.

A outra atividade de formação é o Cine Clube do Sismuc, que

inicia dia 30 de novembro. O objetivo é realizar a apresentação de

filmes que permitam uma reflexão sobre questões políticas e sin-

dicais e o debate em grupo após a exibição. A apresentação de

filmes também será realizada a cada 15 dias.

Inscrições

Estão inclusos material didático e certificados aos partici-

pantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipada-

mente pelo telefone 3322-2475. Ainda este ano o Sismuc preten-

de retomar também o curso de formação sindical, com abertura

de nova turma. Informações em breve.

Anderson Leandro prestava serviços ao

Sismuc por meio de sua produtora “Quem TV”.

Ele deixa um dos maiores acervos em vídeo

do movimento sindical e social e uma partici-

pação assídua como militante da comunica-

ção popular.

/// EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Sismuc é representado emencontro nacional de conselhosPor Guilherme Carvalho

Os trabalhadores em educação da Pre-feitura de Curitiba estiveram representados noXXII Encontro Nacional dos Conselhos Munici-pais de Educação. A coordenadora de comuni-cação do Sismuc e educadora Marcela Bomfimparticipou da atividade que ocorreu entre osdias 17 e 19 de outubro, em Gramado (RS).Ela foi indicada por ser membro do ConselhoMunicipal de Educação de Curitiba. Cerca demil pessoas estiveram presentes.

Dentre os principais debates estavam oPlano Nacional de Educação e documentosnormatizadores da educação. As diretrizes daeducação infantil, em fase de homologação,também fizeram parte das apresentações derepresentantes do Ministério da Educação,bem como a normatização sobre funciona-mento dos cmei’s.

“Foi um espaço importante que o Sismuc

ainda não havia participado. Debatemos aconstrução dos conselhos, defendendo a par-ticipação da comunidade escolar nanormatização”, aponta Marcela.

De Curitiba foi levado o debatesobre a modificação do calendárioescolar por conta da Copa do Mundoem 2014. Dentre as principais críti-cas está o fato de que não foram re-alizadas audiências para discutir oassunto e não houve consulta aosprincipais interessados.

O ponto negativo, segundoMarcela, ficou por conta da Prefeitu-ra que não liberou a suplente doSismuc Ana Paula Wonce para parti-cipar do encontro. Apesar de já tertodas as despesas pagas peloSismuc, Wonce acabou tendo sua ida dificul-tada pela administração, que só financiou aida de gestores.

Por Manoel Ramires

O Sismuc realizou no dia 27 de outubro o último Seminário da Educação da série iniciada em junho.

O tema foi “Aposentadoria especial para os educadores”. O advogado do Sismuc Ludimar Rafanhim

(foto) mostrou as diferenças entre os educadores e os professores no momento da aposentadoria.

Para o sindicato, a reformulação do tempo de exercício de trabalho deve ser um dos principais

pontos para valorizar a carreira do educador. Por isso, o sindicato realiza em 5 de dezembro assembleia

com o intuito de organizar as mobilizações e a pauta.

A apresentação do seminário mostrou que a equiparação dos educadores com os professores não

deve ser apenas salarial, mas também de direitos. Um deles é a possibilidade de os educadores se

aposentarem nas mesmas regras do magistério. Atualmente uma professora pode se aposentar com 25

anos e um professor com 30 anos de exercício. Enquanto isso, os educadores seguem as regras gerais

de previdência dos demais servidores: 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Para o Sismuc, o resultado dessa diferença é maior desgaste para o educador infantil. “O desgaste

físico e mental dos educadores é muito maior e isso não é previsto na aposentadoria”, ressalta Marcela

Bomfim, coordenadora de comunicação.

Próximo seminário

Em 5 de dezembro, às 19

horas, o Sismuc realiza

assembleia específica para os

educadores. O encontro deve

fazer um balanço dos cinco

seminários realizados: Sistema

de educação, Financiamento,

Plano de Carreira e Jornada de

Trabalho, Formação e

Capacitação e Aposentadoria

Especial. O objetivo é aprovar a

pauta específica dos educadores

e mobilizações para 2013.

Seminários da Educação pautammobilizações da categoria

Por Manoel Ramires

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam)

realizou no fim de outubro o Seminário Nacional de Segurança Pública. O tema principal

questionou se a regulamentação das guardas municipais é a solução para melhorar o

desempenho da função. O principal ponto de análise foi a Proposta de Emenda Constitu-

cional 1.332/2003. A PEC está parada no Congresso Nacional. Pelo Sismuc, participa-

ram os diretores Diogo Monteiro, Edilson Melo e Irene Rodrigues.

A avaliação do seminário é de que os problemas na atividade de guarda municipal

se repetem em todos os municípios. Principalmente a falta de amparo legal nas ações

preventivas e os diversos casos de desvio de função preocupam os trabalhadores. “A

população entende que a Guarda faz o papel de polícia do bairro ou comunitária. No

entanto, não podemos exercer o poder de polícia porque falta empenho dos legislado-

res em regulamentar essa situação”, explica Edilson Melo.

Ao final do encontro, os participantes do seminário encaminharam a necessidade

de se criar um departamento dentro da Confetam de segurança pública durante o

Congresso de maio de 2013.

Foto: Manoel Ramires

Foto

: Arq

uivo

fam

ília

Por Bruno Zermiani, supervisionado por Guilherme Carvalho

Um dia de confraternização, descanso e alegria. Esse foi o

clima do passeio dos aposentados desse ano promovido

pelo Sismuc. Um momento que representou, para alguns,

uma volta à infância. “Dizem que a partir dos 60 começa

tudo de novo, não é? É bom ter um dia assim pra gente

passear, se divertir, sair um pouco da rotina”, celebra a

aposentada Izaura da Silva Borges. As quase cinquenta

pessoas que participaram da viagem tiveram a chance de

conhecer Colombo, cidade que fica na região metropolitana

de Curitiba, mas podia facilmente ser confundida com uma

localidade completamente interiorana.

Só uma parada do roteiro foi no centro do município. Na

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, os aposentados

puderam apreciar as belas imagens sagradas do templo,

réplica exata da Igreja de Vicenza, na Itália. As outras

atrações foram todas ao pé da estrada. Bom para o Seu

José Castorino, que teve a chance de voltar a pescar

durante visita a um pesque e pague da região. “Já estou

ganhando de todos vocês”, brincou ao pescar o primeiro

peixe da manhã, logo devolvido à água.

Quem preferiu visitar a horta do lugar, voltou de sacolas

cheias de verduras e legumes para o ônibus. Depois do

almoço e de uma pausa para o descanso, foi a hora de

visitar as vinícolas da cidade. Entre uma degustação e

outra, os turistas levaram vinhos, sucos e doces para

Curitiba. “A gente trabalhou e lutou bastante pra poder ter

esses momentos”, comemorou Lidinalva Malikoski, 21

anos de vida dedicados ao trabalho na prefeitura.

Entre uma visita e outra, não faltou oportunidade pra

colocar a conversa em dia. Bom pra falar sobre os netos,

sobre a vida e sobre as memórias. “Eu lembro quando o

sindicato não tinha uma sede e a gente fazia as reuniões

numa sala nos fundos da Câmara Municipal, ou na Igreja

Bom Jesus. Que bom que hoje nós temos a oportunidade

de promover eventos como esse”, saudou Dona Lidi antes

de ir ao café da tarde que fechou o passeio.

Aposentados fazempasseio por ladobucólico de Colombo

Foto: Bruno Zermiani

Page 4: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// TRANSIÇÃO DE GOVERNO

Ela conhece a pauta dos servidores

4 Novembro de 2012MOBILIZAÇÃOUma a uma, vice-prefeita eleita Mirian Gonçalves respondeu as dúvidas da

base sobre carreira, salário e prometeu ser aliada dos trabalhadores

Por Manoel Ramires

Com a vitória de Gustavo Fruet, o Sismuc

publica os principais pontos discutidos com sua

vice-prefeita Mirian Gonçalves, uma vez que o

prefeito eleito não pôde participar do encontro

por causa de conflito de agenda. Atualmente

como advogada do Sindicato dos Bancários, já

tendo advogado para o Sismuc e APP-Sindicato,

Os servidores apontaram que um dos seus

principais problemas é a baixa valorização

salarial. O Sismuc apontou perdas salariais

de 14% nos últimos anos e criticou os progra-

mas de remuneração variável como instru-

mento de chantagem. A candidata disse que

um objetivo é recuperar o salário dos servido-

res e também questionou aquilo que ela cha-

ma de penduricalhos no contracheque: “As

remunerações variáveis parecem um cabide.

Tem o salário e várias coisas penduradas

nele”, ressaltou.

Miriam é uma das fundadoras do Partido dos Tra-

balhadores e da Central Única dos Trabalhadores.

Anotando nomes dos servidores e temas, du-

rante a sabatina realizada no dia 25 de outubro,

no Sismuc, ela destacou a necessidade de rever

os ‘penduricalhos’ provocados pelas remunera-

ções variáveis, que ocorre através da análise das

incorporações. Confira a seguir o resumo dos prin-

cipais pontos da sabatina.

Uma das prioridades do plano de governo, segundo Mirian Gon-

çalves. Comprometeu-se com 30% do orçamento para a educa-

ção e de discutir a eleição de direção escolar. Ela observou que a

educação da população não melhora apenas com mais vagas

em cmei’s: “A gente não quer apenas mais vagas. A gente quer

mais vagas com qualidade”, destacou. A candidata ainda garantiu

a equiparação da carreira dos educadores com a de professores.

A pauta dos excluídos das 30 horas da saúde já é de co-

nhecimento de Gustavo Fruet, segundo a sua vice. Ela

comentou que houve reunião entre o Gustavo e represen-

tantes dos excluídos. A redução de jornada será analisada

e o diálogo já está aberto. Portanto, para os excluídos e

outros segmentos, a redução de jornada tem que ser con-

quistada no diálogo.

A opinião da candidata a vice é

de que a Fundação de Ação

Social deve ser reestruturada.

Para ela, a FAS concentra mui-

tas atividades e tem sido utili-

zada de maneira equivocada.

Mirian ressaltou o trabalho dos

servidores e educadores soci-

ais, mostrou conhecer a pauta

da gratificação de 30%e defen-

deu a criação de uma Secreta-

ria da Assistência Social, sem

que isso signifique demissão de

servidores, nem corte de direi-

tos.

Os servidores da cultura teceram duras críticas a política atual que

desvaloriza o setor em Curitiba com a redução dos trabalhadores

e a terceirização do setor ou o fechamento de espaços culturais

como cinemas. Mirian destacou 1% do orçamento apenas para a

cultura. “Cultura é um termo amplo e diversificado. Nós iremos

lidar com isso”, disse. Há a possibilidade da FFC e a FAS virarem

secretarias.

A saúde pública e dos servidores municipais está falida, na ava-

liação da candidata a vice. Esse é outro ponto que o próximo

governo deve se debruçar bastante. “Isso é inaceitável em uma

cidade com uma renda tão grande”, se indigna. O compromisso

é de investir na área e rever os salários e plano de carreira.

O modelo adotado nos Institutos foi alvo de crítica da candidata. Para

ela, houve sucateamento de ambos. A candidata foi informada da

falta de médicos e serviços. “O ICS está sucateado e tem que ser

revisto. Isso é um comprometimento nosso”, destacou.

Ela defendeu o direito dos servidores fazerem greve e até achou exagerada a

quantidade de serviços considerados essenciais (o que enfraquece o movimen-

to). Mirian ressaltou a importância da organização dos servidores e prometeu

bastante diálogo. Mirian brincou: “Eu digo pro Gustavo pra não deixar eu negociar

com o Sismuc porque eu concedo tudo”.

A representante de Gustavo Fruet prometeu a criação da Corregedoria da Guar-

da Municipal, além da Academia, com capacitação e treinamento. O estatuto

da Guarda também será discutido. Quanto à equiparação com PM e Civil ou

Polícia Federal, a candidata a vice explicou que isso não é possível, pois são

esferas de governos com arrecadações e obrigações diferentes, mas que a

valorização salarial está nos planos.

Remunerações variáveis

Fundação Cultural de Curitiba

Práticas antissindicais e defesa dos Trabalhadores

Saúde: Excluídos das 30 horas

Saúde

FAS

ICS e IPMC

Educação InfantilGuarda Municipal

Fotos: Manoel Ramires

O que se pode su-gerir é que o movi-

mento popular elejasuas bancadas para

o Congresso.

/// PARA REFLETIR

9Novembro de 2012 ENTREVISTA

Por Manoel Ramires

Jornal do Sismuc: Por que o capitalismo e o neoliberalismose encontram em crise?Emir Sader: A crise pertence ao capitalismo. Karl Marx reco-nheceu, no “Manifesto Comunista”, uma ex-traordinária capacidade de transformação darealidade, mas sem distribuir renda para con-sumir o que ele produz. Alguns chamam issode superprodução e outros de subconsumo,ou seja, a produção cresce, mas falta consu-mo. Sobra mercadoria nas estantes. Ao in-vés de distribuir renda para consumir, man-da (o patrão) embora o trabalhador e aumenta a crise. Isso éconsiderado normal, pois a empresa fragilizada quebra e ocapitalismo retoma seu ciclo de desenvolvimento de um nívelmais baixo e “mais saudável”. No entanto, no neoliberalismo,o que é hegemônico não é a produção, mas a especulação. Ocapital não é feito para produzir, mas para acumular. Se ele

Arme-se de argumentos

O sociólogo Emir Sader esteve em Curitiba para lançamento do livro “As armas da crítica”.A obra, também organizado por Ivana Jinkings, traz textos de Karl Marx, Friedrich Engels,Vladimir Lenin, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci. Para os organizadores,“ser de esquerda é lutar pela igualdade contra a fonte maior de desigualdades, o capita-

lismo”. Durante a coletiva, o Jornal do Sismuc esteve presente para saber como Saderavalia a organização sindical e a disputa de forças no Brasil e na América Latina. Confira:

consegue acumular na especulação, vai por esse cami-nho. Atualmente mais de 90% das trocas do mundo nãosão de bens de consumo, mas compra e venda de papéis.

JS: Como sair desse ciclo perverso?ES: É seguir como a América do Sulestá fazendo. Na crise, você investemais em política social, distribui maisrenda para aumentar a demanda e for-talecer o mercado interno. Isso foi fei-to em 2008 (quebra da Bolsa nos EUA)e continua sendo feito. Outro caminhofoi o intercâmbio Sul-Sul com a China

e a integração regional da América do Sul. O problemadesse modelo é ser uma solução defensiva. Por isso, énecessária a mudança de estruturas econômicas de po-der. Nós precisamos de um novo processo de integraçãoregional e buscar novos setores industriais e ter uma es-trutura produtiva diversificada.

Foto: Manoel Ramires

JS: A ascensão das classes sociais bra-sileiras é composta apenas deconsumismo ou é acompanhada de umamassa crítica?ES: Essa é a maior disputa no mundo atual. OEUA está decadente como potência militar eeconômica, mas mantêm a força ideológica. Omodo de vida deles é uma mercadoria que pe-netra em todos os continentes. O Brasil estápassando por um profundo processo de demo-cratização econômica e social, mas não é acom-panhado de valores. O processo de ascensãosó se consolida quando as pessoas tiveremconsciência, por exemplo, que elas não estãorepresentadas no Congresso Nacional, que nãotem peso na ‘Opinião Pública’, não tem mídiaprópria. Ou seja, não percebemos que aindavivemos nas ditaduras do dinheiro, doagronegócio e da palavra, que é o monopólioda mídia.

JS: Como que os sindicatos podem con-tribuir para a formação de uma socieda-de mais crítica?ES: As políticas constantes de flexibilização dotrabalho fazem com que as pessoas não se en-xerguem enquanto trabalhadores. Por exemplo,nas novelas da Globo, que forjam o imagináriopopular, o trabalhador não existe. Um ou outroaparecem trabalhando, mas não mostram o tra-balho como produção de riqueza. Para o mar-xismo, o trabalho é o fio condutor da compre-ensão e da transformação do mundo. Portanto,não se pode pedir muito dos sindicatos. O quese pode sugerir é que o movimento popular ele-ja suas bancadas para o Congresso. Oagronegócio tem bancada enorme. Agora,quantos representantes têm dos educadores?Se tiver, não atuam como bancadas. Se a gentearticular a luta sindical à política, haverá maisdensidade. Há uma nova maioria política no país,mas ela ainda não se faz representar.

JS: Como o livro “As armas da crítica”pode contribuir para a formação sindi-cal?ES: O livro coloca as bases sobre o pensamen-to da esquerda. Os textos foram escritos pordirigentes ou intelectuais revolucionários. É uminstrumento de compreensão da realidade.Análise econômica do Marx, cultural do Gramscietc. Para a formação é indispensável. São trêslivros: “As armas da crítica”, depois “O Marxis-mo Ocidental” e o “Marxismo contemporâneo”.

/// MOBILIZAÇÃO SINDICAL/// MODELO PRIVADO

/// NA ESCOLA

8 Novembro de 2012CONDIÇÕES DE TRABALHO

5

Novembro de 2012 MOBILIZAÇÃOServidores pautaram políticas públicas dos candidatos nos dois turnos

Eleição para Prefeitura passou pelo Sismuc

Por Manoel Ramires

A eleição para prefeito de Curitiba teve dois

aspectos inéditos muito importantes para o deba-

te sobre o serviço público. No primeiro turno, na

última semana de campanha, o Sismuc recebeu

os candidatos a prefeito e a vereador para assina-

rem Carta Compromisso com resumo dos princi-

pais pontos de reivindicação da base. Já no se-

gundo turno, também na última semana, o sindi-

cato realizou sabatinas com o candidato a prefei-

to Ratinho Jr. e a vice-prefeita Mirian Gonçalves

(Gustavo Fruet foi convidado, mas não pôde com-

parecer). O objetivo foi discutir mais a fundo a pau-

ta dos servidores e de como as propostas dos can-

didatos para a população se encaixam na rotina

de trabalho dos servidores.

Para Ana Paula Cozzolino, a forte atuação do

sindicato no processo político pautou os candida-

tos em ambos os turnos. “Nós vimos os candida-

tos discutirem a cidade do ponto de vista do servi-

ço público. Trocaram as privatizações pelo fortale-

cimento dos equipamentos públicos, em redução

de jornada, reformulação da saúde, valorização

da Guarda Municipal, investimento em cultura. Ou

seja, todas pautas que os servidores discutem”,

salienta.

Os servidores também perceberam a forte

atuação do sindicato na organização dos traba-

lhadores. A educadora do Cmei Vila Fanny, Andreia

Madsen Rodrigues, que participou da sabatina com

Ratinho Jr., destacou a animação dos servidores

nos eventos. “Achei a iniciativa muito válida (sa-

batina), pois eu comentei na minha unidade e isso

fez com que o pessoal se inteirasse do assunto”,

completa.

Já o agente administrativo Diogo Rodrigues

destacou que daqui para frente os políticos que

quiserem se eleger devem antes conversar fran-

camente com os servidores e o sindicato. “(Ducci)

nunca veio aqui debater com a gente ou sequer

nos escutava”, dá o recado.

Por Guilherme Carvalho

O modelo de crescimento vertical por merecimento,

promovido anualmente pela Prefeitura de Curitiba, cons-

titui uma das principais ferramentas de gestão de pesso-

al da administração municipal. Trata-se da avaliação das

atividades que estabelece regras para que os servidores

avancem nos níveis hierárquicos em suas carreiras. O

problema, segundo a diretoria do Sismuc, está nas nor-

mas para pontuação no crescimento e na lógica compe-

titiva imposta aos servidores pela disputa de vagas.

“A grande maioria dos servidores fica de fora desse

processo. Por mais que façam cursos e procurem se es-

pecializar, não há garantia de crescimento”, aponta a

coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino. Se-

gundo ela, “esse modelo de crescimento culpabiliza o

servidor, como se ele não tivesse se empenhado para o

crescimento, e gera conflito com servi-

dor ao lado, no local de trabalho. É um

dos fatores que gera o clima de traba-

lho tenso e desarmonioso”. Problemas

de saúde como estresse e distúrbios psi-

cológicos estariam entre as

consequências da promoção de

competitividade no serviço público.

Os novos editais para inscrições ao

crescimento vertical, aberto até o dia

20 de novembro, garantem o cresci-

mento para uma parcela pequena de

servidores. Dos 4.485 educadores in-

fantis dos centros municipais de ensi-

no, apenas 731 poderão ascender na

carreira, o que representa a disputa de

6 servidores por uma vaga. Essa é a

mesma relação de candidatos por vaga

para os agentes administrativos. No

caso dos educadores sociais (843), a

concorrência sobe para 8 por vaga.

Já os critérios de pontuação trazem

a participação em conselhos, em ban-

ca de concurso público, comissões, em

programas de capacitação e cursos de

aperfeiçoamento. O problema é que o

desempenho nessas atividades depen-

de da indicação dos próprios gestores.

Nesse caso, nem todos os servidores

têm condições de pontuar igualmente.

Penalização em faltas

Outro problema diz respeito ao des-

conto de pontos em caso de faltas. O

edital não especifica em quais condi-

ções estas faltas serão consideradas

para redução na pontuação. Assim, os

Punição para os que participaram de atividades sindicais são avaliadas pela diretoria

Crescimento vertical éprejudicial ao serviço público

que participam de atividade sindical como greve e parali-

sação ou que se ausentaram por problemas de saúde

acabam sendo penalizados duplamente pelo desconto

do dia parado e pela redução de pontos no crescimento.

Recursos

O crescimento vertical na Prefeitura de Curitiba é

regulamentado por duas leis: a 12.083/2009, que rege

apenas os educadores, e a lei 11.000/2004, que rege

os servidores municipais de forma geral, 11.001/04

dos procuradores, e a 13.770/2011, dos auditores

fiscais. O resultado do Crescimento Vertical será di-

vulgado no dia 20 de dezembro de 2012, no Portal RH

24 horas. O servidor tem o direito de discordar da pon-

tuação dada por meio de recurso e solicitar a revisão

da avaliação. Para estes casos, o Sismuc oferece apoio

aos sindicalizados. O prazo previsto é 10 e 11 de de-

zembro. Por Manoel Ramires

O Sismuc se reuniu no último dia 23 com os

atuais gestores da educação para discutir as “ori-

entações para reposição de horas e dias letivos

decorrentes de paralisação em 2012 na rede mu-

nicipal”. As paralisações ocorreram nos dias 14 e

15 de março para que os servidores conquistas-

sem reajuste salarial durante o calendário de lu-

tas. Além disso, o sindicato também questionou

sobre a reposição do dia 26 de março.

Durante a mesa, a gestão ressaltou a necessi-

dade de se repor os dias letivos. No entanto, os

gestores não sinalizaram para uma negociação em

relação aos impactos provocados pela falta (reper-

cussão nos pontos para crescimento) e pelos des-

contos nas gratificações.

O Sismuc criticou essa decisão. Para o sindica-

to, se os dias forem repostos não há porque tentar

penalizar o servidor. “Se o calendário letivo está

sendo contemplado, qualquer iniciativa de descon-

to seja na folha ou na vida funcional é perseguição

ao direito de greve e de mobilização do servidor”,

explica Ana Paula, coordenadora geral.

Mesmo assim, a Secretaria de Educação não

discutiu os reflexos da vida funcional. Em virtude

disso, o Sismuc orienta que tantos os educadores

quanto os trabalhadores de escola façam a reposi-

ção referente aos dias 14 e 15 de março. Aqueles

que participaram da paralisação ganham o dia nor-

mal. Já aqueles que não participaram da paralisa-

ção devem receber hora extra. Por outro lado, o

sindicato afirma que buscará todos os caminhos

para que os trabalhadores não sejam prejudicados

pela atual gestão na sua vida funcional e financei-

ra.

Sismuc orientaservidores a

reporem diasparados

Sindicato vaibuscar

caminhos paradiscutir os

reflexos daparalisação

Durante as sabatinas, o sindicato fez suas duas primeiras trans-

missões ao vivo. Tanto a sabatina com Ratinho Jr. quanto Mirian Gon-

çalves foram vistas via twitcam. As transmissões foram gravadas e

estão disponíveis no site do sindicato, sessão vídeos. Além disso, ao

longo das entrevistas, as perguntas e respostas eram compartilhadas

nas redes sociais, dando a oportunidade dos servidores interagirem

sobre os assuntos abordados. Confira em www.sismuc.org.br.

InteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividade

Foto

: Man

oel R

amire

s

Foto: Manoel Ramires

Foto

s: M

anoe

l Ram

ires

Servidorespuderam fazerperguntas aos

candidatos(esq. ) .Out ros

aproveitarampara gravar oque foi ditopara poder

cobrar depois(dir. ) .

Ratinho Jr.também

enfrentou acategoria em

1h30 desabatina(abaixo).

5

Page 5: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// TRANSIÇÃO DE GOVERNO

Ela conhece a pauta dos servidores

4 Novembro de 2012MOBILIZAÇÃOUma a uma, vice-prefeita eleita Mirian Gonçalves respondeu as dúvidas da

base sobre carreira, salário e prometeu ser aliada dos trabalhadores

Por Manoel Ramires

Com a vitória de Gustavo Fruet, o Sismuc

publica os principais pontos discutidos com sua

vice-prefeita Mirian Gonçalves, uma vez que o

prefeito eleito não pôde participar do encontro

por causa de conflito de agenda. Atualmente

como advogada do Sindicato dos Bancários, já

tendo advogado para o Sismuc e APP-Sindicato,

Os servidores apontaram que um dos seus

principais problemas é a baixa valorização

salarial. O Sismuc apontou perdas salariais

de 14% nos últimos anos e criticou os progra-

mas de remuneração variável como instru-

mento de chantagem. A candidata disse que

um objetivo é recuperar o salário dos servido-

res e também questionou aquilo que ela cha-

ma de penduricalhos no contracheque: “As

remunerações variáveis parecem um cabide.

Tem o salário e várias coisas penduradas

nele”, ressaltou.

Miriam é uma das fundadoras do Partido dos Tra-

balhadores e da Central Única dos Trabalhadores.

Anotando nomes dos servidores e temas, du-

rante a sabatina realizada no dia 25 de outubro,

no Sismuc, ela destacou a necessidade de rever

os ‘penduricalhos’ provocados pelas remunera-

ções variáveis, que ocorre através da análise das

incorporações. Confira a seguir o resumo dos prin-

cipais pontos da sabatina.

Uma das prioridades do plano de governo, segundo Mirian Gon-

çalves. Comprometeu-se com 30% do orçamento para a educa-

ção e de discutir a eleição de direção escolar. Ela observou que a

educação da população não melhora apenas com mais vagas

em cmei’s: “A gente não quer apenas mais vagas. A gente quer

mais vagas com qualidade”, destacou. A candidata ainda garantiu

a equiparação da carreira dos educadores com a de professores.

A pauta dos excluídos das 30 horas da saúde já é de co-

nhecimento de Gustavo Fruet, segundo a sua vice. Ela

comentou que houve reunião entre o Gustavo e represen-

tantes dos excluídos. A redução de jornada será analisada

e o diálogo já está aberto. Portanto, para os excluídos e

outros segmentos, a redução de jornada tem que ser con-

quistada no diálogo.

A opinião da candidata a vice é

de que a Fundação de Ação

Social deve ser reestruturada.

Para ela, a FAS concentra mui-

tas atividades e tem sido utili-

zada de maneira equivocada.

Mirian ressaltou o trabalho dos

servidores e educadores soci-

ais, mostrou conhecer a pauta

da gratificação de 30%e defen-

deu a criação de uma Secreta-

ria da Assistência Social, sem

que isso signifique demissão de

servidores, nem corte de direi-

tos.

Os servidores da cultura teceram duras críticas a política atual que

desvaloriza o setor em Curitiba com a redução dos trabalhadores

e a terceirização do setor ou o fechamento de espaços culturais

como cinemas. Mirian destacou 1% do orçamento apenas para a

cultura. “Cultura é um termo amplo e diversificado. Nós iremos

lidar com isso”, disse. Há a possibilidade da FFC e a FAS virarem

secretarias.

A saúde pública e dos servidores municipais está falida, na ava-

liação da candidata a vice. Esse é outro ponto que o próximo

governo deve se debruçar bastante. “Isso é inaceitável em uma

cidade com uma renda tão grande”, se indigna. O compromisso

é de investir na área e rever os salários e plano de carreira.

O modelo adotado nos Institutos foi alvo de crítica da candidata. Para

ela, houve sucateamento de ambos. A candidata foi informada da

falta de médicos e serviços. “O ICS está sucateado e tem que ser

revisto. Isso é um comprometimento nosso”, destacou.

Ela defendeu o direito dos servidores fazerem greve e até achou exagerada a

quantidade de serviços considerados essenciais (o que enfraquece o movimen-

to). Mirian ressaltou a importância da organização dos servidores e prometeu

bastante diálogo. Mirian brincou: “Eu digo pro Gustavo pra não deixar eu negociar

com o Sismuc porque eu concedo tudo”.

A representante de Gustavo Fruet prometeu a criação da Corregedoria da Guar-

da Municipal, além da Academia, com capacitação e treinamento. O estatuto

da Guarda também será discutido. Quanto à equiparação com PM e Civil ou

Polícia Federal, a candidata a vice explicou que isso não é possível, pois são

esferas de governos com arrecadações e obrigações diferentes, mas que a

valorização salarial está nos planos.

Remunerações variáveis

Fundação Cultural de Curitiba

Práticas antissindicais e defesa dos Trabalhadores

Saúde: Excluídos das 30 horas

Saúde

FAS

ICS e IPMC

Educação InfantilGuarda Municipal

Fotos: Manoel Ramires

O que se pode su-gerir é que o movi-

mento popular elejasuas bancadas para

o Congresso.

/// PARA REFLETIR

9Novembro de 2012 ENTREVISTA

Por Manoel Ramires

Jornal do Sismuc: Por que o capitalismo e o neoliberalismose encontram em crise?Emir Sader: A crise pertence ao capitalismo. Karl Marx reco-nheceu, no “Manifesto Comunista”, uma ex-traordinária capacidade de transformação darealidade, mas sem distribuir renda para con-sumir o que ele produz. Alguns chamam issode superprodução e outros de subconsumo,ou seja, a produção cresce, mas falta consu-mo. Sobra mercadoria nas estantes. Ao in-vés de distribuir renda para consumir, man-da (o patrão) embora o trabalhador e aumenta a crise. Isso éconsiderado normal, pois a empresa fragilizada quebra e ocapitalismo retoma seu ciclo de desenvolvimento de um nívelmais baixo e “mais saudável”. No entanto, no neoliberalismo,o que é hegemônico não é a produção, mas a especulação. Ocapital não é feito para produzir, mas para acumular. Se ele

Arme-se de argumentos

O sociólogo Emir Sader esteve em Curitiba para lançamento do livro “As armas da crítica”.A obra, também organizado por Ivana Jinkings, traz textos de Karl Marx, Friedrich Engels,Vladimir Lenin, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci. Para os organizadores,“ser de esquerda é lutar pela igualdade contra a fonte maior de desigualdades, o capita-

lismo”. Durante a coletiva, o Jornal do Sismuc esteve presente para saber como Saderavalia a organização sindical e a disputa de forças no Brasil e na América Latina. Confira:

consegue acumular na especulação, vai por esse cami-nho. Atualmente mais de 90% das trocas do mundo nãosão de bens de consumo, mas compra e venda de papéis.

JS: Como sair desse ciclo perverso?ES: É seguir como a América do Sulestá fazendo. Na crise, você investemais em política social, distribui maisrenda para aumentar a demanda e for-talecer o mercado interno. Isso foi fei-to em 2008 (quebra da Bolsa nos EUA)e continua sendo feito. Outro caminhofoi o intercâmbio Sul-Sul com a China

e a integração regional da América do Sul. O problemadesse modelo é ser uma solução defensiva. Por isso, énecessária a mudança de estruturas econômicas de po-der. Nós precisamos de um novo processo de integraçãoregional e buscar novos setores industriais e ter uma es-trutura produtiva diversificada.

Foto: Manoel Ramires

JS: A ascensão das classes sociais bra-sileiras é composta apenas deconsumismo ou é acompanhada de umamassa crítica?ES: Essa é a maior disputa no mundo atual. OEUA está decadente como potência militar eeconômica, mas mantêm a força ideológica. Omodo de vida deles é uma mercadoria que pe-netra em todos os continentes. O Brasil estápassando por um profundo processo de demo-cratização econômica e social, mas não é acom-panhado de valores. O processo de ascensãosó se consolida quando as pessoas tiveremconsciência, por exemplo, que elas não estãorepresentadas no Congresso Nacional, que nãotem peso na ‘Opinião Pública’, não tem mídiaprópria. Ou seja, não percebemos que aindavivemos nas ditaduras do dinheiro, doagronegócio e da palavra, que é o monopólioda mídia.

JS: Como que os sindicatos podem con-tribuir para a formação de uma socieda-de mais crítica?ES: As políticas constantes de flexibilização dotrabalho fazem com que as pessoas não se en-xerguem enquanto trabalhadores. Por exemplo,nas novelas da Globo, que forjam o imagináriopopular, o trabalhador não existe. Um ou outroaparecem trabalhando, mas não mostram o tra-balho como produção de riqueza. Para o mar-xismo, o trabalho é o fio condutor da compre-ensão e da transformação do mundo. Portanto,não se pode pedir muito dos sindicatos. O quese pode sugerir é que o movimento popular ele-ja suas bancadas para o Congresso. Oagronegócio tem bancada enorme. Agora,quantos representantes têm dos educadores?Se tiver, não atuam como bancadas. Se a gentearticular a luta sindical à política, haverá maisdensidade. Há uma nova maioria política no país,mas ela ainda não se faz representar.

JS: Como o livro “As armas da crítica”pode contribuir para a formação sindi-cal?ES: O livro coloca as bases sobre o pensamen-to da esquerda. Os textos foram escritos pordirigentes ou intelectuais revolucionários. É uminstrumento de compreensão da realidade.Análise econômica do Marx, cultural do Gramscietc. Para a formação é indispensável. São trêslivros: “As armas da crítica”, depois “O Marxis-mo Ocidental” e o “Marxismo contemporâneo”.

/// MOBILIZAÇÃO SINDICAL/// MODELO PRIVADO

/// NA ESCOLA

8 Novembro de 2012CONDIÇÕES DE TRABALHO

5

Novembro de 2012 MOBILIZAÇÃOServidores pautaram políticas públicas dos candidatos nos dois turnos

Eleição para Prefeitura passou pelo Sismuc

Por Manoel Ramires

A eleição para prefeito de Curitiba teve dois

aspectos inéditos muito importantes para o deba-

te sobre o serviço público. No primeiro turno, na

última semana de campanha, o Sismuc recebeu

os candidatos a prefeito e a vereador para assina-

rem Carta Compromisso com resumo dos princi-

pais pontos de reivindicação da base. Já no se-

gundo turno, também na última semana, o sindi-

cato realizou sabatinas com o candidato a prefei-

to Ratinho Jr. e a vice-prefeita Mirian Gonçalves

(Gustavo Fruet foi convidado, mas não pôde com-

parecer). O objetivo foi discutir mais a fundo a pau-

ta dos servidores e de como as propostas dos can-

didatos para a população se encaixam na rotina

de trabalho dos servidores.

Para Ana Paula Cozzolino, a forte atuação do

sindicato no processo político pautou os candida-

tos em ambos os turnos. “Nós vimos os candida-

tos discutirem a cidade do ponto de vista do servi-

ço público. Trocaram as privatizações pelo fortale-

cimento dos equipamentos públicos, em redução

de jornada, reformulação da saúde, valorização

da Guarda Municipal, investimento em cultura. Ou

seja, todas pautas que os servidores discutem”,

salienta.

Os servidores também perceberam a forte

atuação do sindicato na organização dos traba-

lhadores. A educadora do Cmei Vila Fanny, Andreia

Madsen Rodrigues, que participou da sabatina com

Ratinho Jr., destacou a animação dos servidores

nos eventos. “Achei a iniciativa muito válida (sa-

batina), pois eu comentei na minha unidade e isso

fez com que o pessoal se inteirasse do assunto”,

completa.

Já o agente administrativo Diogo Rodrigues

destacou que daqui para frente os políticos que

quiserem se eleger devem antes conversar fran-

camente com os servidores e o sindicato. “(Ducci)

nunca veio aqui debater com a gente ou sequer

nos escutava”, dá o recado.

Por Guilherme Carvalho

O modelo de crescimento vertical por merecimento,

promovido anualmente pela Prefeitura de Curitiba, cons-

titui uma das principais ferramentas de gestão de pesso-

al da administração municipal. Trata-se da avaliação das

atividades que estabelece regras para que os servidores

avancem nos níveis hierárquicos em suas carreiras. O

problema, segundo a diretoria do Sismuc, está nas nor-

mas para pontuação no crescimento e na lógica compe-

titiva imposta aos servidores pela disputa de vagas.

“A grande maioria dos servidores fica de fora desse

processo. Por mais que façam cursos e procurem se es-

pecializar, não há garantia de crescimento”, aponta a

coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino. Se-

gundo ela, “esse modelo de crescimento culpabiliza o

servidor, como se ele não tivesse se empenhado para o

crescimento, e gera conflito com servi-

dor ao lado, no local de trabalho. É um

dos fatores que gera o clima de traba-

lho tenso e desarmonioso”. Problemas

de saúde como estresse e distúrbios psi-

cológicos estariam entre as

consequências da promoção de

competitividade no serviço público.

Os novos editais para inscrições ao

crescimento vertical, aberto até o dia

20 de novembro, garantem o cresci-

mento para uma parcela pequena de

servidores. Dos 4.485 educadores in-

fantis dos centros municipais de ensi-

no, apenas 731 poderão ascender na

carreira, o que representa a disputa de

6 servidores por uma vaga. Essa é a

mesma relação de candidatos por vaga

para os agentes administrativos. No

caso dos educadores sociais (843), a

concorrência sobe para 8 por vaga.

Já os critérios de pontuação trazem

a participação em conselhos, em ban-

ca de concurso público, comissões, em

programas de capacitação e cursos de

aperfeiçoamento. O problema é que o

desempenho nessas atividades depen-

de da indicação dos próprios gestores.

Nesse caso, nem todos os servidores

têm condições de pontuar igualmente.

Penalização em faltas

Outro problema diz respeito ao des-

conto de pontos em caso de faltas. O

edital não especifica em quais condi-

ções estas faltas serão consideradas

para redução na pontuação. Assim, os

Punição para os que participaram de atividades sindicais são avaliadas pela diretoria

Crescimento vertical éprejudicial ao serviço público

que participam de atividade sindical como greve e parali-

sação ou que se ausentaram por problemas de saúde

acabam sendo penalizados duplamente pelo desconto

do dia parado e pela redução de pontos no crescimento.

Recursos

O crescimento vertical na Prefeitura de Curitiba é

regulamentado por duas leis: a 12.083/2009, que rege

apenas os educadores, e a lei 11.000/2004, que rege

os servidores municipais de forma geral, 11.001/04

dos procuradores, e a 13.770/2011, dos auditores

fiscais. O resultado do Crescimento Vertical será di-

vulgado no dia 20 de dezembro de 2012, no Portal RH

24 horas. O servidor tem o direito de discordar da pon-

tuação dada por meio de recurso e solicitar a revisão

da avaliação. Para estes casos, o Sismuc oferece apoio

aos sindicalizados. O prazo previsto é 10 e 11 de de-

zembro. Por Manoel Ramires

O Sismuc se reuniu no último dia 23 com os

atuais gestores da educação para discutir as “ori-

entações para reposição de horas e dias letivos

decorrentes de paralisação em 2012 na rede mu-

nicipal”. As paralisações ocorreram nos dias 14 e

15 de março para que os servidores conquistas-

sem reajuste salarial durante o calendário de lu-

tas. Além disso, o sindicato também questionou

sobre a reposição do dia 26 de março.

Durante a mesa, a gestão ressaltou a necessi-

dade de se repor os dias letivos. No entanto, os

gestores não sinalizaram para uma negociação em

relação aos impactos provocados pela falta (reper-

cussão nos pontos para crescimento) e pelos des-

contos nas gratificações.

O Sismuc criticou essa decisão. Para o sindica-

to, se os dias forem repostos não há porque tentar

penalizar o servidor. “Se o calendário letivo está

sendo contemplado, qualquer iniciativa de descon-

to seja na folha ou na vida funcional é perseguição

ao direito de greve e de mobilização do servidor”,

explica Ana Paula, coordenadora geral.

Mesmo assim, a Secretaria de Educação não

discutiu os reflexos da vida funcional. Em virtude

disso, o Sismuc orienta que tantos os educadores

quanto os trabalhadores de escola façam a reposi-

ção referente aos dias 14 e 15 de março. Aqueles

que participaram da paralisação ganham o dia nor-

mal. Já aqueles que não participaram da paralisa-

ção devem receber hora extra. Por outro lado, o

sindicato afirma que buscará todos os caminhos

para que os trabalhadores não sejam prejudicados

pela atual gestão na sua vida funcional e financei-

ra.

Sismuc orientaservidores a

reporem diasparados

Sindicato vaibuscar

caminhos paradiscutir os

reflexos daparalisação

Durante as sabatinas, o sindicato fez suas duas primeiras trans-

missões ao vivo. Tanto a sabatina com Ratinho Jr. quanto Mirian Gon-

çalves foram vistas via twitcam. As transmissões foram gravadas e

estão disponíveis no site do sindicato, sessão vídeos. Além disso, ao

longo das entrevistas, as perguntas e respostas eram compartilhadas

nas redes sociais, dando a oportunidade dos servidores interagirem

sobre os assuntos abordados. Confira em www.sismuc.org.br.

InteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividade

Foto

: Man

oel R

amire

s

Foto: Manoel Ramires

Foto

s: M

anoe

l Ram

ires

Servidorespuderam fazerperguntas aos

candidatos(esq. ) .Out ros

aproveitarampara gravar oque foi ditopara poder

cobrar depois(dir. ) .

Ratinho Jr.também

enfrentou acategoria em

1h30 desabatina(abaixo).

5

Page 6: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

6 Novembro de 2012

/// REIVINDICAÇÕES /// DESGUARNECIDOS

MOBILIZAÇÃO DENÚNCIAS 7Novembro de 2012

Sindicato se prepara parainiciar campanha

dos servidores

Assembleia geral dia 6 inicia

Campanha de Lutas 2013Por Guilherme Carvalho

Os servidores municipais da Prefeitura de

Curitiba têm um compromisso marcado dia 6 de

dezembro. Nesta data ocorre a assembleia geral

da categoria para debate e aprovação da pauta

de reivindicações para a Campanha de Lutas

2013. O objetivo é definir quais serão os itens a

serem inclusos na pauta e os eixos prioritários da

campanha.

Dentre as questões a serem levantadas, se-

gundo a diretoria do Sismuc, estão o aumento dos

pisos salariais e a incorporação das remunerações

variáveis. Estes temas fizeram parte da campa-

nha anterior e têm por objetivo corrigir uma defa-

sagem salarial no município, tendo em vista o com-

parativo com cidades da região metropolitana.

Assim como o aumento salarial, outras ques-

tões também devem fazem parte da pauta. Den-

tre os pontos estão aqueles relacionados ao com-

promisso de campanha assumido pelo futuro

novo prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (ver ma-

téria ao lado).

“Será a hora de cobrar aquilo que foi prome-

tido. Precisamos manter nosso grau de organiza-

ção para mostrar que estamos dispostos a nos

mobilizar novamente, caso não hajam avanços”,

aponta Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral

do Sismuc.

Agenda

A assembleia geral ocorre no dia 6 de de-

zembro, com primeira chamada às 19 horas, na

sede do Sismuc (rua Monsenhor Celso, 225, 9º

andar).

Por Guilherme Carvalho

A maioria dos membros do Conselho Municipal de Educação de

Curitiba aprovou, dia 10 de outubro, as “Normas e Princípios para a

Educação Infantil no Sistema Municipal de Ensino de Curitiba”. O

documento substitui a normatização estadual e prevê critérios para o

trabalho em toda a rede municipal pública e privada que atende crianças

de 0 a 5 anos.

O único voto contrário veio da coordenadora de comunicação do

Sismuc e educadora Marcela Bomfim. Em sua justificativa de voto ela

questiona parte do conteúdo da proposta. Dentre as principais críticas

está a relacionada com a quantidade de alunos por profissional. O

documento aprovado prevê um educador para cada 5 crianças na faixa

etária de 0 a 1 ano, um a cada 8 crianças de 1 a 2 anos, um a cada 10

crianças de 2 a 3 anos, e assim sucessivamente. A proposta do sindicato

é que houvesse um educador para cada 5 crianças até 3 anos.

“É uma questão de condição de trabalho do profissional que está

ficando doente por conta do volume de atividades. Além disso, hoje

para acompanhar o processo pedagógico da criança é preciso que tenha

mais profissionais por crianças nos cmei’s para garantir qualidade de

educação. O educador consegue desempenhar melhor suas funções

quando é responsável por um número menor de crianças”, aponta

Bomfim. A questão também se relaciona com a segurança, uma vez

que mais servidores têm melhores condições de cuidar das crianças.

Divisão injusta

O problema, segundo ela, é a forma como o conselho está

estruturado. As vagas para os membros não garantem paridade para os

trabalhadores e por isso seria necessária a revisão da divisão de vagas.

Além do Sismuc, também é assegurada apenas uma vaga ao Sismmac,

que não esteve presente à reunião. As instituições de ensino superior,

associações de pais e empresários também têm acento. As demais

vagas são ocupadas por gestores. “A Prefeitura consegue aprovar tudo

que quiser, porque detém maioria no conselho”, alerta Bomfim.

Ausência de seguroem viaturas chega aoMinistério Público

Secretário de defesa socialdiz “não” para negociação

com sindicato

Por Guilherme Carvalho

A Prefeitura de Curitiba foi denunciada no

dia 15 de outubro no Ministério Público (MP)

do Paraná por não estar realizando o seguro de

viaturas da Guarda Municipal. O ofício encami-

nhado pelo Sismuc pede a intervenção do pro-

curador Gilberto Giacoya na situação dos veícu-

los adquiridos com recursos do Pronasci. O do-

cumento também questiona a responsabi-

lização de guardas em casos de acidentes e

multas. A ação foi motivada pela série de ma-

térias “Desguarnecidos”, publicada durante o

mês de outubro, na página do Sismuc na

internet.

“Levamos o caso para o Ministério Públi-

co porque acreditamos que se trata de um as-

sunto que interessa à sociedade. É inadmissí-

vel que as viaturas não tenham seguro, ainda

mais em uma atividade de risco como a que é

executada pelos guardas municipais. Isso inte-

ressa também aos terceiros que podem ser en-

volvidos em acidentes, porque terão a garantia

de seguro”, afirma Edilson Melo (foto), guarda

municipal e diretor do Sismuc. Ele também de-

fende a revisão dos procedimentos de

responsabilização dos guardas. Dentre as pro-

postas a serem negociadas está a constituição

de uma comissão de apuração dos fatos com-

posta também por guardas municipais indica-

dos pelos servidores.

O sindicato também tentou uma reunião

/// SEM PARIDADE

Conselho aprovanormas para

educação infantil

com o secretário de defesa social Nazir Chain. O

objetivo era debater mudanças na Instrução

Normativa 005/12, que responsabiliza os guar-

das em casos de acidentes ou multas de trânsi-

to. Por meio de telefonema o sindicato foi infor-

mado de que, por estarem em final de gestão, o

secretário não pretende negociar mudanças.

Exemplos

Em Florianópolis, por exemplo, os acidentes

com viaturas implicam em um processo

administrativo para averiguar os fatos. Caso o

guarda seja responsabilizado, ele deve pagar o

prejuízo em prestações descontadas direta-

mente em folha de pagamento. Os veículos são

adquiridos com recursos públicos do município

e estão todos segurados. Segundo informações

da Guarda Municipal da cidade, os seguros são

pagos com dinheiro das multas de trânsito.

Polícia Militar

A situação é parecida com o que ocorre na

Polícia Militar do Paraná. A assessoria de

imprensa da PM explica que existem viaturas

patrimoniais e locadas na corporação, porém,

todas estão seguradas. Nos casos de acidente,

abre-se um inquérito técnico para averiguar os

culpados. Se ficar comprovado que a

responsabilidade não foi do policial, não há

custos para ele. O mesmo ocorre em caso de

multas. Quando a viatura é flagrada por um dos

radares andando acima da velocidade permitida,

o policial deve comprovar que estava atendendo

alguma ocorrência.

Vagas no Conselho de Educação

/// GESTÃO NOVA

O que esperar?

Por Manoel Ramires

“Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe

faz a hora e não espera acontecer”. O trecho da canção de

Geraldo Vandré se encaixa perfeitamente para o momento de

transição política em Curitiba. Mais do que criar expectativas

sobre o governo Gustavo Fruet, os servidores municipais que-

rem participar da transição e dialogar sobre o que pode ser

melhorado nos próximos anos.

Para o sindicato, embora o novo prefeito diga que é um

ano de transição, a pauta dos servidores é histórica, tem sido

debatida com a atual gestão e com a população há algum

tempo. Além disso, tanto a Carta Compromisso, como a saba-

tina e a Carta de Transição já dão um norte para as principais

reivindicações do serviço municipal.

A Carta de Transição, por exemplo, destaca oito pontos

prioritários para os servidores (veja www.sismuc.org.br). São

eles Profuncionários, reflexos e pendências de greves para o

crescimento, redução de jornada para servidores da saúde,

educação e assistência social, combate ao assédio moral, apo-

sentadoria especial e revisão do estatuto.

A coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino de-

fende que a mudança e a valorização dos servidores nos pró-

ximos quatro anos passa pelo diálogo já neste momento: “Os

servidores gostariam de participar deste momento para que

não se perca ou se demore sobre o que foi conquistado ou

discutido até agora”, declara.

Sindicato propõeque processo de

transição e ospróximos quatro

anos sejammarcados por

diálogo e avanço naspautas dos

trabalhadores

Foto

: Man

oel R

amire

s

Foto

: G

uilh

erm

e C

arva

lho

Page 7: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

6 Novembro de 2012

/// REIVINDICAÇÕES /// DESGUARNECIDOS

MOBILIZAÇÃO DENÚNCIAS 7Novembro de 2012

Sindicato se prepara parainiciar campanha

dos servidores

Assembleia geral dia 6 inicia

Campanha de Lutas 2013Por Guilherme Carvalho

Os servidores municipais da Prefeitura de

Curitiba têm um compromisso marcado dia 6 de

dezembro. Nesta data ocorre a assembleia geral

da categoria para debate e aprovação da pauta

de reivindicações para a Campanha de Lutas

2013. O objetivo é definir quais serão os itens a

serem inclusos na pauta e os eixos prioritários da

campanha.

Dentre as questões a serem levantadas, se-

gundo a diretoria do Sismuc, estão o aumento dos

pisos salariais e a incorporação das remunerações

variáveis. Estes temas fizeram parte da campa-

nha anterior e têm por objetivo corrigir uma defa-

sagem salarial no município, tendo em vista o com-

parativo com cidades da região metropolitana.

Assim como o aumento salarial, outras ques-

tões também devem fazem parte da pauta. Den-

tre os pontos estão aqueles relacionados ao com-

promisso de campanha assumido pelo futuro

novo prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (ver ma-

téria ao lado).

“Será a hora de cobrar aquilo que foi prome-

tido. Precisamos manter nosso grau de organiza-

ção para mostrar que estamos dispostos a nos

mobilizar novamente, caso não hajam avanços”,

aponta Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral

do Sismuc.

Agenda

A assembleia geral ocorre no dia 6 de de-

zembro, com primeira chamada às 19 horas, na

sede do Sismuc (rua Monsenhor Celso, 225, 9º

andar).

Por Guilherme Carvalho

A maioria dos membros do Conselho Municipal de Educação de

Curitiba aprovou, dia 10 de outubro, as “Normas e Princípios para a

Educação Infantil no Sistema Municipal de Ensino de Curitiba”. O

documento substitui a normatização estadual e prevê critérios para o

trabalho em toda a rede municipal pública e privada que atende crianças

de 0 a 5 anos.

O único voto contrário veio da coordenadora de comunicação do

Sismuc e educadora Marcela Bomfim. Em sua justificativa de voto ela

questiona parte do conteúdo da proposta. Dentre as principais críticas

está a relacionada com a quantidade de alunos por profissional. O

documento aprovado prevê um educador para cada 5 crianças na faixa

etária de 0 a 1 ano, um a cada 8 crianças de 1 a 2 anos, um a cada 10

crianças de 2 a 3 anos, e assim sucessivamente. A proposta do sindicato

é que houvesse um educador para cada 5 crianças até 3 anos.

“É uma questão de condição de trabalho do profissional que está

ficando doente por conta do volume de atividades. Além disso, hoje

para acompanhar o processo pedagógico da criança é preciso que tenha

mais profissionais por crianças nos cmei’s para garantir qualidade de

educação. O educador consegue desempenhar melhor suas funções

quando é responsável por um número menor de crianças”, aponta

Bomfim. A questão também se relaciona com a segurança, uma vez

que mais servidores têm melhores condições de cuidar das crianças.

Divisão injusta

O problema, segundo ela, é a forma como o conselho está

estruturado. As vagas para os membros não garantem paridade para os

trabalhadores e por isso seria necessária a revisão da divisão de vagas.

Além do Sismuc, também é assegurada apenas uma vaga ao Sismmac,

que não esteve presente à reunião. As instituições de ensino superior,

associações de pais e empresários também têm acento. As demais

vagas são ocupadas por gestores. “A Prefeitura consegue aprovar tudo

que quiser, porque detém maioria no conselho”, alerta Bomfim.

Ausência de seguroem viaturas chega aoMinistério Público

Secretário de defesa socialdiz “não” para negociação

com sindicato

Por Guilherme Carvalho

A Prefeitura de Curitiba foi denunciada no

dia 15 de outubro no Ministério Público (MP)

do Paraná por não estar realizando o seguro de

viaturas da Guarda Municipal. O ofício encami-

nhado pelo Sismuc pede a intervenção do pro-

curador Gilberto Giacoya na situação dos veícu-

los adquiridos com recursos do Pronasci. O do-

cumento também questiona a responsabi-

lização de guardas em casos de acidentes e

multas. A ação foi motivada pela série de ma-

térias “Desguarnecidos”, publicada durante o

mês de outubro, na página do Sismuc na

internet.

“Levamos o caso para o Ministério Públi-

co porque acreditamos que se trata de um as-

sunto que interessa à sociedade. É inadmissí-

vel que as viaturas não tenham seguro, ainda

mais em uma atividade de risco como a que é

executada pelos guardas municipais. Isso inte-

ressa também aos terceiros que podem ser en-

volvidos em acidentes, porque terão a garantia

de seguro”, afirma Edilson Melo (foto), guarda

municipal e diretor do Sismuc. Ele também de-

fende a revisão dos procedimentos de

responsabilização dos guardas. Dentre as pro-

postas a serem negociadas está a constituição

de uma comissão de apuração dos fatos com-

posta também por guardas municipais indica-

dos pelos servidores.

O sindicato também tentou uma reunião

/// SEM PARIDADE

Conselho aprovanormas para

educação infantil

com o secretário de defesa social Nazir Chain. O

objetivo era debater mudanças na Instrução

Normativa 005/12, que responsabiliza os guar-

das em casos de acidentes ou multas de trânsi-

to. Por meio de telefonema o sindicato foi infor-

mado de que, por estarem em final de gestão, o

secretário não pretende negociar mudanças.

Exemplos

Em Florianópolis, por exemplo, os acidentes

com viaturas implicam em um processo

administrativo para averiguar os fatos. Caso o

guarda seja responsabilizado, ele deve pagar o

prejuízo em prestações descontadas direta-

mente em folha de pagamento. Os veículos são

adquiridos com recursos públicos do município

e estão todos segurados. Segundo informações

da Guarda Municipal da cidade, os seguros são

pagos com dinheiro das multas de trânsito.

Polícia Militar

A situação é parecida com o que ocorre na

Polícia Militar do Paraná. A assessoria de

imprensa da PM explica que existem viaturas

patrimoniais e locadas na corporação, porém,

todas estão seguradas. Nos casos de acidente,

abre-se um inquérito técnico para averiguar os

culpados. Se ficar comprovado que a

responsabilidade não foi do policial, não há

custos para ele. O mesmo ocorre em caso de

multas. Quando a viatura é flagrada por um dos

radares andando acima da velocidade permitida,

o policial deve comprovar que estava atendendo

alguma ocorrência.

Vagas no Conselho de Educação

/// GESTÃO NOVA

O que esperar?

Por Manoel Ramires

“Vem vamos embora que esperar não é saber/Quem sabe

faz a hora e não espera acontecer”. O trecho da canção de

Geraldo Vandré se encaixa perfeitamente para o momento de

transição política em Curitiba. Mais do que criar expectativas

sobre o governo Gustavo Fruet, os servidores municipais que-

rem participar da transição e dialogar sobre o que pode ser

melhorado nos próximos anos.

Para o sindicato, embora o novo prefeito diga que é um

ano de transição, a pauta dos servidores é histórica, tem sido

debatida com a atual gestão e com a população há algum

tempo. Além disso, tanto a Carta Compromisso, como a saba-

tina e a Carta de Transição já dão um norte para as principais

reivindicações do serviço municipal.

A Carta de Transição, por exemplo, destaca oito pontos

prioritários para os servidores (veja www.sismuc.org.br). São

eles Profuncionários, reflexos e pendências de greves para o

crescimento, redução de jornada para servidores da saúde,

educação e assistência social, combate ao assédio moral, apo-

sentadoria especial e revisão do estatuto.

A coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino de-

fende que a mudança e a valorização dos servidores nos pró-

ximos quatro anos passa pelo diálogo já neste momento: “Os

servidores gostariam de participar deste momento para que

não se perca ou se demore sobre o que foi conquistado ou

discutido até agora”, declara.

Sindicato propõeque processo de

transição e ospróximos quatro

anos sejammarcados por

diálogo e avanço naspautas dos

trabalhadores

Foto

: Man

oel R

amire

s

Foto

: G

uilh

erm

e C

arva

lho

Page 8: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// MOBILIZAÇÃO SINDICAL/// MODELO PRIVADO

/// NA ESCOLA

8 Novembro de 2012CONDIÇÕES DE TRABALHO

5

Novembro de 2012 MOBILIZAÇÃOServidores pautaram políticas públicas dos candidatos nos dois turnos

Eleição para Prefeitura passou pelo Sismuc

Por Manoel Ramires

A eleição para prefeito de Curitiba teve dois

aspectos inéditos muito importantes para o deba-

te sobre o serviço público. No primeiro turno, na

última semana de campanha, o Sismuc recebeu

os candidatos a prefeito e a vereador para assina-

rem Carta Compromisso com resumo dos princi-

pais pontos de reivindicação da base. Já no se-

gundo turno, também na última semana, o sindi-

cato realizou sabatinas com o candidato a prefei-

to Ratinho Jr. e a vice-prefeita Mirian Gonçalves

(Gustavo Fruet foi convidado, mas não pôde com-

parecer). O objetivo foi discutir mais a fundo a pau-

ta dos servidores e de como as propostas dos can-

didatos para a população se encaixam na rotina

de trabalho dos servidores.

Para Ana Paula Cozzolino, a forte atuação do

sindicato no processo político pautou os candida-

tos em ambos os turnos. “Nós vimos os candida-

tos discutirem a cidade do ponto de vista do servi-

ço público. Trocaram as privatizações pelo fortale-

cimento dos equipamentos públicos, em redução

de jornada, reformulação da saúde, valorização

da Guarda Municipal, investimento em cultura. Ou

seja, todas pautas que os servidores discutem”,

salienta.

Os servidores também perceberam a forte

atuação do sindicato na organização dos traba-

lhadores. A educadora do Cmei Vila Fanny, Andreia

Madsen Rodrigues, que participou da sabatina com

Ratinho Jr., destacou a animação dos servidores

nos eventos. “Achei a iniciativa muito válida (sa-

batina), pois eu comentei na minha unidade e isso

fez com que o pessoal se inteirasse do assunto”,

completa.

Já o agente administrativo Diogo Rodrigues

destacou que daqui para frente os políticos que

quiserem se eleger devem antes conversar fran-

camente com os servidores e o sindicato. “(Ducci)

nunca veio aqui debater com a gente ou sequer

nos escutava”, dá o recado.

Por Guilherme Carvalho

O modelo de crescimento vertical por merecimento,

promovido anualmente pela Prefeitura de Curitiba, cons-

titui uma das principais ferramentas de gestão de pesso-

al da administração municipal. Trata-se da avaliação das

atividades que estabelece regras para que os servidores

avancem nos níveis hierárquicos em suas carreiras. O

problema, segundo a diretoria do Sismuc, está nas nor-

mas para pontuação no crescimento e na lógica compe-

titiva imposta aos servidores pela disputa de vagas.

“A grande maioria dos servidores fica de fora desse

processo. Por mais que façam cursos e procurem se es-

pecializar, não há garantia de crescimento”, aponta a

coordenadora geral do Sismuc Ana Paula Cozzolino. Se-

gundo ela, “esse modelo de crescimento culpabiliza o

servidor, como se ele não tivesse se empenhado para o

crescimento, e gera conflito com servi-

dor ao lado, no local de trabalho. É um

dos fatores que gera o clima de traba-

lho tenso e desarmonioso”. Problemas

de saúde como estresse e distúrbios psi-

cológicos estariam entre as

consequências da promoção de

competitividade no serviço público.

Os novos editais para inscrições ao

crescimento vertical, aberto até o dia

20 de novembro, garantem o cresci-

mento para uma parcela pequena de

servidores. Dos 4.485 educadores in-

fantis dos centros municipais de ensi-

no, apenas 731 poderão ascender na

carreira, o que representa a disputa de

6 servidores por uma vaga. Essa é a

mesma relação de candidatos por vaga

para os agentes administrativos. No

caso dos educadores sociais (843), a

concorrência sobe para 8 por vaga.

Já os critérios de pontuação trazem

a participação em conselhos, em ban-

ca de concurso público, comissões, em

programas de capacitação e cursos de

aperfeiçoamento. O problema é que o

desempenho nessas atividades depen-

de da indicação dos próprios gestores.

Nesse caso, nem todos os servidores

têm condições de pontuar igualmente.

Penalização em faltas

Outro problema diz respeito ao des-

conto de pontos em caso de faltas. O

edital não especifica em quais condi-

ções estas faltas serão consideradas

para redução na pontuação. Assim, os

Punição para os que participaram de atividades sindicais são avaliadas pela diretoria

Crescimento vertical éprejudicial ao serviço público

que participam de atividade sindical como greve e parali-

sação ou que se ausentaram por problemas de saúde

acabam sendo penalizados duplamente pelo desconto

do dia parado e pela redução de pontos no crescimento.

Recursos

O crescimento vertical na Prefeitura de Curitiba é

regulamentado por duas leis: a 12.083/2009, que rege

apenas os educadores, e a lei 11.000/2004, que rege

os servidores municipais de forma geral, 11.001/04

dos procuradores, e a 13.770/2011, dos auditores

fiscais. O resultado do Crescimento Vertical será di-

vulgado no dia 20 de dezembro de 2012, no Portal RH

24 horas. O servidor tem o direito de discordar da pon-

tuação dada por meio de recurso e solicitar a revisão

da avaliação. Para estes casos, o Sismuc oferece apoio

aos sindicalizados. O prazo previsto é 10 e 11 de de-

zembro. Por Manoel Ramires

O Sismuc se reuniu no último dia 23 com os

atuais gestores da educação para discutir as “ori-

entações para reposição de horas e dias letivos

decorrentes de paralisação em 2012 na rede mu-

nicipal”. As paralisações ocorreram nos dias 14 e

15 de março para que os servidores conquistas-

sem reajuste salarial durante o calendário de lu-

tas. Além disso, o sindicato também questionou

sobre a reposição do dia 26 de março.

Durante a mesa, a gestão ressaltou a necessi-

dade de se repor os dias letivos. No entanto, os

gestores não sinalizaram para uma negociação em

relação aos impactos provocados pela falta (reper-

cussão nos pontos para crescimento) e pelos des-

contos nas gratificações.

O Sismuc criticou essa decisão. Para o sindica-

to, se os dias forem repostos não há porque tentar

penalizar o servidor. “Se o calendário letivo está

sendo contemplado, qualquer iniciativa de descon-

to seja na folha ou na vida funcional é perseguição

ao direito de greve e de mobilização do servidor”,

explica Ana Paula, coordenadora geral.

Mesmo assim, a Secretaria de Educação não

discutiu os reflexos da vida funcional. Em virtude

disso, o Sismuc orienta que tantos os educadores

quanto os trabalhadores de escola façam a reposi-

ção referente aos dias 14 e 15 de março. Aqueles

que participaram da paralisação ganham o dia nor-

mal. Já aqueles que não participaram da paralisa-

ção devem receber hora extra. Por outro lado, o

sindicato afirma que buscará todos os caminhos

para que os trabalhadores não sejam prejudicados

pela atual gestão na sua vida funcional e financei-

ra.

Sismuc orientaservidores a

reporem diasparados

Sindicato vaibuscar

caminhos paradiscutir os

reflexos daparalisação

Durante as sabatinas, o sindicato fez suas duas primeiras trans-

missões ao vivo. Tanto a sabatina com Ratinho Jr. quanto Mirian Gon-

çalves foram vistas via twitcam. As transmissões foram gravadas e

estão disponíveis no site do sindicato, sessão vídeos. Além disso, ao

longo das entrevistas, as perguntas e respostas eram compartilhadas

nas redes sociais, dando a oportunidade dos servidores interagirem

sobre os assuntos abordados. Confira em www.sismuc.org.br.

InteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividadeInteratividade

Foto

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Foto: Manoel Ramires

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Servidorespuderam fazerperguntas aos

candidatos(esq. ) .Out ros

aproveitarampara gravar oque foi ditopara poder

cobrar depois(dir. ) .

Ratinho Jr.também

enfrentou acategoria em

1h30 desabatina(abaixo).

5

Page 9: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// TRANSIÇÃO DE GOVERNO

Ela conhece a pauta dos servidores

4 Novembro de 2012MOBILIZAÇÃOUma a uma, vice-prefeita eleita Mirian Gonçalves respondeu as dúvidas da

base sobre carreira, salário e prometeu ser aliada dos trabalhadores

Por Manoel Ramires

Com a vitória de Gustavo Fruet, o Sismuc

publica os principais pontos discutidos com sua

vice-prefeita Mirian Gonçalves, uma vez que o

prefeito eleito não pôde participar do encontro

por causa de conflito de agenda. Atualmente

como advogada do Sindicato dos Bancários, já

tendo advogado para o Sismuc e APP-Sindicato,

Os servidores apontaram que um dos seus

principais problemas é a baixa valorização

salarial. O Sismuc apontou perdas salariais

de 14% nos últimos anos e criticou os progra-

mas de remuneração variável como instru-

mento de chantagem. A candidata disse que

um objetivo é recuperar o salário dos servido-

res e também questionou aquilo que ela cha-

ma de penduricalhos no contracheque: “As

remunerações variáveis parecem um cabide.

Tem o salário e várias coisas penduradas

nele”, ressaltou.

Miriam é uma das fundadoras do Partido dos Tra-

balhadores e da Central Única dos Trabalhadores.

Anotando nomes dos servidores e temas, du-

rante a sabatina realizada no dia 25 de outubro,

no Sismuc, ela destacou a necessidade de rever

os ‘penduricalhos’ provocados pelas remunera-

ções variáveis, que ocorre através da análise das

incorporações. Confira a seguir o resumo dos prin-

cipais pontos da sabatina.

Uma das prioridades do plano de governo, segundo Mirian Gon-

çalves. Comprometeu-se com 30% do orçamento para a educa-

ção e de discutir a eleição de direção escolar. Ela observou que a

educação da população não melhora apenas com mais vagas

em cmei’s: “A gente não quer apenas mais vagas. A gente quer

mais vagas com qualidade”, destacou. A candidata ainda garantiu

a equiparação da carreira dos educadores com a de professores.

A pauta dos excluídos das 30 horas da saúde já é de co-

nhecimento de Gustavo Fruet, segundo a sua vice. Ela

comentou que houve reunião entre o Gustavo e represen-

tantes dos excluídos. A redução de jornada será analisada

e o diálogo já está aberto. Portanto, para os excluídos e

outros segmentos, a redução de jornada tem que ser con-

quistada no diálogo.

A opinião da candidata a vice é

de que a Fundação de Ação

Social deve ser reestruturada.

Para ela, a FAS concentra mui-

tas atividades e tem sido utili-

zada de maneira equivocada.

Mirian ressaltou o trabalho dos

servidores e educadores soci-

ais, mostrou conhecer a pauta

da gratificação de 30%e defen-

deu a criação de uma Secreta-

ria da Assistência Social, sem

que isso signifique demissão de

servidores, nem corte de direi-

tos.

Os servidores da cultura teceram duras críticas a política atual que

desvaloriza o setor em Curitiba com a redução dos trabalhadores

e a terceirização do setor ou o fechamento de espaços culturais

como cinemas. Mirian destacou 1% do orçamento apenas para a

cultura. “Cultura é um termo amplo e diversificado. Nós iremos

lidar com isso”, disse. Há a possibilidade da FFC e a FAS virarem

secretarias.

A saúde pública e dos servidores municipais está falida, na ava-

liação da candidata a vice. Esse é outro ponto que o próximo

governo deve se debruçar bastante. “Isso é inaceitável em uma

cidade com uma renda tão grande”, se indigna. O compromisso

é de investir na área e rever os salários e plano de carreira.

O modelo adotado nos Institutos foi alvo de crítica da candidata. Para

ela, houve sucateamento de ambos. A candidata foi informada da

falta de médicos e serviços. “O ICS está sucateado e tem que ser

revisto. Isso é um comprometimento nosso”, destacou.

Ela defendeu o direito dos servidores fazerem greve e até achou exagerada a

quantidade de serviços considerados essenciais (o que enfraquece o movimen-

to). Mirian ressaltou a importância da organização dos servidores e prometeu

bastante diálogo. Mirian brincou: “Eu digo pro Gustavo pra não deixar eu negociar

com o Sismuc porque eu concedo tudo”.

A representante de Gustavo Fruet prometeu a criação da Corregedoria da Guar-

da Municipal, além da Academia, com capacitação e treinamento. O estatuto

da Guarda também será discutido. Quanto à equiparação com PM e Civil ou

Polícia Federal, a candidata a vice explicou que isso não é possível, pois são

esferas de governos com arrecadações e obrigações diferentes, mas que a

valorização salarial está nos planos.

Remunerações variáveis

Fundação Cultural de Curitiba

Práticas antissindicais e defesa dos Trabalhadores

Saúde: Excluídos das 30 horas

Saúde

FAS

ICS e IPMC

Educação InfantilGuarda Municipal

Fotos: Manoel Ramires

O que se pode su-gerir é que o movi-

mento popular elejasuas bancadas para

o Congresso.

/// PARA REFLETIR

9Novembro de 2012 ENTREVISTA

Por Manoel Ramires

Jornal do Sismuc: Por que o capitalismo e o neoliberalismose encontram em crise?Emir Sader: A crise pertence ao capitalismo. Karl Marx reco-nheceu, no “Manifesto Comunista”, uma ex-traordinária capacidade de transformação darealidade, mas sem distribuir renda para con-sumir o que ele produz. Alguns chamam issode superprodução e outros de subconsumo,ou seja, a produção cresce, mas falta consu-mo. Sobra mercadoria nas estantes. Ao in-vés de distribuir renda para consumir, man-da (o patrão) embora o trabalhador e aumenta a crise. Isso éconsiderado normal, pois a empresa fragilizada quebra e ocapitalismo retoma seu ciclo de desenvolvimento de um nívelmais baixo e “mais saudável”. No entanto, no neoliberalismo,o que é hegemônico não é a produção, mas a especulação. Ocapital não é feito para produzir, mas para acumular. Se ele

Arme-se de argumentos

O sociólogo Emir Sader esteve em Curitiba para lançamento do livro “As armas da crítica”.A obra, também organizado por Ivana Jinkings, traz textos de Karl Marx, Friedrich Engels,Vladimir Lenin, Leon Trotski, Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci. Para os organizadores,“ser de esquerda é lutar pela igualdade contra a fonte maior de desigualdades, o capita-

lismo”. Durante a coletiva, o Jornal do Sismuc esteve presente para saber como Saderavalia a organização sindical e a disputa de forças no Brasil e na América Latina. Confira:

consegue acumular na especulação, vai por esse cami-nho. Atualmente mais de 90% das trocas do mundo nãosão de bens de consumo, mas compra e venda de papéis.

JS: Como sair desse ciclo perverso?ES: É seguir como a América do Sulestá fazendo. Na crise, você investemais em política social, distribui maisrenda para aumentar a demanda e for-talecer o mercado interno. Isso foi fei-to em 2008 (quebra da Bolsa nos EUA)e continua sendo feito. Outro caminhofoi o intercâmbio Sul-Sul com a China

e a integração regional da América do Sul. O problemadesse modelo é ser uma solução defensiva. Por isso, énecessária a mudança de estruturas econômicas de po-der. Nós precisamos de um novo processo de integraçãoregional e buscar novos setores industriais e ter uma es-trutura produtiva diversificada.

Foto: Manoel Ramires

JS: A ascensão das classes sociais bra-sileiras é composta apenas deconsumismo ou é acompanhada de umamassa crítica?ES: Essa é a maior disputa no mundo atual. OEUA está decadente como potência militar eeconômica, mas mantêm a força ideológica. Omodo de vida deles é uma mercadoria que pe-netra em todos os continentes. O Brasil estápassando por um profundo processo de demo-cratização econômica e social, mas não é acom-panhado de valores. O processo de ascensãosó se consolida quando as pessoas tiveremconsciência, por exemplo, que elas não estãorepresentadas no Congresso Nacional, que nãotem peso na ‘Opinião Pública’, não tem mídiaprópria. Ou seja, não percebemos que aindavivemos nas ditaduras do dinheiro, doagronegócio e da palavra, que é o monopólioda mídia.

JS: Como que os sindicatos podem con-tribuir para a formação de uma socieda-de mais crítica?ES: As políticas constantes de flexibilização dotrabalho fazem com que as pessoas não se en-xerguem enquanto trabalhadores. Por exemplo,nas novelas da Globo, que forjam o imagináriopopular, o trabalhador não existe. Um ou outroaparecem trabalhando, mas não mostram o tra-balho como produção de riqueza. Para o mar-xismo, o trabalho é o fio condutor da compre-ensão e da transformação do mundo. Portanto,não se pode pedir muito dos sindicatos. O quese pode sugerir é que o movimento popular ele-ja suas bancadas para o Congresso. Oagronegócio tem bancada enorme. Agora,quantos representantes têm dos educadores?Se tiver, não atuam como bancadas. Se a gentearticular a luta sindical à política, haverá maisdensidade. Há uma nova maioria política no país,mas ela ainda não se faz representar.

JS: Como o livro “As armas da crítica”pode contribuir para a formação sindi-cal?ES: O livro coloca as bases sobre o pensamen-to da esquerda. Os textos foram escritos pordirigentes ou intelectuais revolucionários. É uminstrumento de compreensão da realidade.Análise econômica do Marx, cultural do Gramscietc. Para a formação é indispensável. São trêslivros: “As armas da crítica”, depois “O Marxis-mo Ocidental” e o “Marxismo contemporâneo”.

Page 10: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

/// ANDERSON LEANDRO/// NOVIDADES/// GUARDAS MUNICIPAIS

10 Novembro de 2012COLETIVOS 3Novembro de 2012 SINDICALISMOEntidades cobram

informações das autoridadespara responder lacunas da

versão apresentada

Diretoria ampliaatividadesvisando a

formação dacategoria

Grupo de Estudoe Cine Clube sãonovidades naFormação doSismuc

Confetam discute regulamentação

/// COLETIVO EDUCADORES

/// COLETIVO DOS APOSENTADOS

Faltam respostas noassassinato de jornalistaPor Guilherme Carvalho

O assassinato do jornalista Anderson Le-

andro da Silva, 38 anos, continua a ser uma

incógnita para muitas pessoas. Entidades sin-

dicais e de movimentos sociais cobram lau-

dos da polícia para obter informações sobre

as circunstâncias da morte. O corpo de

Anderson foi encontro no último dia 18, em

Quatro Barras, e o assassinato foi assumido

por Henrique Weslley Oliveira Woiski, de 20

anos. A versão da polícia é de que o motivo do

crime seria passional.

No mesmo dia em que a polícia anun-

ciou a prisão de Woiski, militantes de movi-

mentos sociais e sindicais, inclusive do Sismuc,

participaram de uma passeata no centro de

Curitiba. A atividade “Cadê Anderson Leandro”

percorreu o centro da cidade e cobrou agilida-

de nas buscas.

Por Guilherme Carvalho

O Sismuc prepara para este mês o início de duas atividades

de formação política e sindical de longo prazo. A primeira é o

Grupo de Estudos do Sismuc que inicia no dia 6 de novembro. O

programa prevê o estudo do “Manifesto Comunista” de Karl Marx

e Friedrich Engels, livro que ficou famoso como instrumento de

organização dos trabalhadores em todo o mundo. A atividade ocor-

rerá quinzenalmente, sempre às 19 horas, no Sismuc, e não há

previsão de quantos encontros serão realizados ao total.

A outra atividade de formação é o Cine Clube do Sismuc, que

inicia dia 30 de novembro. O objetivo é realizar a apresentação de

filmes que permitam uma reflexão sobre questões políticas e sin-

dicais e o debate em grupo após a exibição. A apresentação de

filmes também será realizada a cada 15 dias.

Inscrições

Estão inclusos material didático e certificados aos partici-

pantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipada-

mente pelo telefone 3322-2475. Ainda este ano o Sismuc preten-

de retomar também o curso de formação sindical, com abertura

de nova turma. Informações em breve.

Anderson Leandro prestava serviços ao

Sismuc por meio de sua produtora “Quem TV”.

Ele deixa um dos maiores acervos em vídeo

do movimento sindical e social e uma partici-

pação assídua como militante da comunica-

ção popular.

/// EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Sismuc é representado emencontro nacional de conselhosPor Guilherme Carvalho

Os trabalhadores em educação da Pre-feitura de Curitiba estiveram representados noXXII Encontro Nacional dos Conselhos Munici-pais de Educação. A coordenadora de comuni-cação do Sismuc e educadora Marcela Bomfimparticipou da atividade que ocorreu entre osdias 17 e 19 de outubro, em Gramado (RS).Ela foi indicada por ser membro do ConselhoMunicipal de Educação de Curitiba. Cerca demil pessoas estiveram presentes.

Dentre os principais debates estavam oPlano Nacional de Educação e documentosnormatizadores da educação. As diretrizes daeducação infantil, em fase de homologação,também fizeram parte das apresentações derepresentantes do Ministério da Educação,bem como a normatização sobre funciona-mento dos cmei’s.

“Foi um espaço importante que o Sismuc

ainda não havia participado. Debatemos aconstrução dos conselhos, defendendo a par-ticipação da comunidade escolar nanormatização”, aponta Marcela.

De Curitiba foi levado o debatesobre a modificação do calendárioescolar por conta da Copa do Mundoem 2014. Dentre as principais críti-cas está o fato de que não foram re-alizadas audiências para discutir oassunto e não houve consulta aosprincipais interessados.

O ponto negativo, segundoMarcela, ficou por conta da Prefeitu-ra que não liberou a suplente doSismuc Ana Paula Wonce para parti-cipar do encontro. Apesar de já tertodas as despesas pagas peloSismuc, Wonce acabou tendo sua ida dificul-tada pela administração, que só financiou aida de gestores.

Por Manoel Ramires

O Sismuc realizou no dia 27 de outubro o último Seminário da Educação da série iniciada em junho.

O tema foi “Aposentadoria especial para os educadores”. O advogado do Sismuc Ludimar Rafanhim

(foto) mostrou as diferenças entre os educadores e os professores no momento da aposentadoria.

Para o sindicato, a reformulação do tempo de exercício de trabalho deve ser um dos principais

pontos para valorizar a carreira do educador. Por isso, o sindicato realiza em 5 de dezembro assembleia

com o intuito de organizar as mobilizações e a pauta.

A apresentação do seminário mostrou que a equiparação dos educadores com os professores não

deve ser apenas salarial, mas também de direitos. Um deles é a possibilidade de os educadores se

aposentarem nas mesmas regras do magistério. Atualmente uma professora pode se aposentar com 25

anos e um professor com 30 anos de exercício. Enquanto isso, os educadores seguem as regras gerais

de previdência dos demais servidores: 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Para o Sismuc, o resultado dessa diferença é maior desgaste para o educador infantil. “O desgaste

físico e mental dos educadores é muito maior e isso não é previsto na aposentadoria”, ressalta Marcela

Bomfim, coordenadora de comunicação.

Próximo seminário

Em 5 de dezembro, às 19

horas, o Sismuc realiza

assembleia específica para os

educadores. O encontro deve

fazer um balanço dos cinco

seminários realizados: Sistema

de educação, Financiamento,

Plano de Carreira e Jornada de

Trabalho, Formação e

Capacitação e Aposentadoria

Especial. O objetivo é aprovar a

pauta específica dos educadores

e mobilizações para 2013.

Seminários da Educação pautammobilizações da categoria

Por Manoel Ramires

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam)

realizou no fim de outubro o Seminário Nacional de Segurança Pública. O tema principal

questionou se a regulamentação das guardas municipais é a solução para melhorar o

desempenho da função. O principal ponto de análise foi a Proposta de Emenda Constitu-

cional 1.332/2003. A PEC está parada no Congresso Nacional. Pelo Sismuc, participa-

ram os diretores Diogo Monteiro, Edilson Melo e Irene Rodrigues.

A avaliação do seminário é de que os problemas na atividade de guarda municipal

se repetem em todos os municípios. Principalmente a falta de amparo legal nas ações

preventivas e os diversos casos de desvio de função preocupam os trabalhadores. “A

população entende que a Guarda faz o papel de polícia do bairro ou comunitária. No

entanto, não podemos exercer o poder de polícia porque falta empenho dos legislado-

res em regulamentar essa situação”, explica Edilson Melo.

Ao final do encontro, os participantes do seminário encaminharam a necessidade

de se criar um departamento dentro da Confetam de segurança pública durante o

Congresso de maio de 2013.

Foto: Manoel Ramires

Foto

: Arq

uivo

fam

ília

Por Bruno Zermiani, supervisionado por Guilherme Carvalho

Um dia de confraternização, descanso e alegria. Esse foi o

clima do passeio dos aposentados desse ano promovido

pelo Sismuc. Um momento que representou, para alguns,

uma volta à infância. “Dizem que a partir dos 60 começa

tudo de novo, não é? É bom ter um dia assim pra gente

passear, se divertir, sair um pouco da rotina”, celebra a

aposentada Izaura da Silva Borges. As quase cinquenta

pessoas que participaram da viagem tiveram a chance de

conhecer Colombo, cidade que fica na região metropolitana

de Curitiba, mas podia facilmente ser confundida com uma

localidade completamente interiorana.

Só uma parada do roteiro foi no centro do município. Na

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, os aposentados

puderam apreciar as belas imagens sagradas do templo,

réplica exata da Igreja de Vicenza, na Itália. As outras

atrações foram todas ao pé da estrada. Bom para o Seu

José Castorino, que teve a chance de voltar a pescar

durante visita a um pesque e pague da região. “Já estou

ganhando de todos vocês”, brincou ao pescar o primeiro

peixe da manhã, logo devolvido à água.

Quem preferiu visitar a horta do lugar, voltou de sacolas

cheias de verduras e legumes para o ônibus. Depois do

almoço e de uma pausa para o descanso, foi a hora de

visitar as vinícolas da cidade. Entre uma degustação e

outra, os turistas levaram vinhos, sucos e doces para

Curitiba. “A gente trabalhou e lutou bastante pra poder ter

esses momentos”, comemorou Lidinalva Malikoski, 21

anos de vida dedicados ao trabalho na prefeitura.

Entre uma visita e outra, não faltou oportunidade pra

colocar a conversa em dia. Bom pra falar sobre os netos,

sobre a vida e sobre as memórias. “Eu lembro quando o

sindicato não tinha uma sede e a gente fazia as reuniões

numa sala nos fundos da Câmara Municipal, ou na Igreja

Bom Jesus. Que bom que hoje nós temos a oportunidade

de promover eventos como esse”, saudou Dona Lidi antes

de ir ao café da tarde que fechou o passeio.

Aposentados fazempasseio por ladobucólico de Colombo

Foto: Bruno Zermiani

Page 11: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

EXPEDIENTE

Esta ediçãofoi fechada

às 18 horas,de 05/11/2012.

/// INTOLERÃNCIA/// CURTAS/// EDITORIAL

/// INFORMAÇÃO AO ALCANCE

2 Novembro de 2012ORGANIZAÇÃO 11Novembro de 2012 CONJUNTURA

Muda a gestão,permanece aautonomia sindical

Acesse o perfil do Sismuc no Facebook e confira vídeos e fotos da distribuição do

jornal nos locais de trabalho e no centro da cidade. O conteúdo pode ser visualizado

em http://www.facebook.com/sismuc.sindicato.

Conteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídiaConteúdo multimídia

Coordenação GeralAna Paula Cozzolino

Coordenação de AdministraçãoEverson Roberto Schiessel

Coordenação de FinançasEdilson Aurélio Melo

Coordenação de EstruturaCarla Vanessa Alves Lopes

Coordenação Comunic. InformáticaMarcela Alves Bomfim

Sindicato dos ServidoresPúblicos Municipais de Curitiba.Endereço: Rua Monsenhor Celso,225 - 9º andar - Centro - 80.010-150Curitiba/PR.Fone/Fax: 3322-2475Email: [email protected]: www.sismuc.org.br

Jornalista Resp.: Guilherme Carvalho (MTb 4492)Jornalista: Manoel Ramires (DRT-PR 4673)Estagiário: Bruno ZermianiCharges e ilustração: Simon Taylor e Bruno SchierDiagramação: Guilherme Carvalho e Manoel RamiresRevisão: Marcela BomfimImpressão: Folha de LondrinaTiragem: 20.000 exemplares

Coordenação de Assuntos JurídicosIrene Rodrigues dos Santos

Coordenação Formação e Est.Socioeconômicos

Eduardo Recker Neto

Coordenação de Políticas SociaisPatrícia de Souza Lima

Coordenação Organizaçãopor Local de Trabalho

Cathia Regina Pinto de Almeida

Coordenação Políticas Sindicais eRelações de TrabalhoDiogo Rodrigo Monteiro

Coordenação de Saúde do Trabalhadore Meio Ambiente

Vera Lucia Armstrong

Coordenação AposentadosSalvelina Borges

Coordenação Gênero, Juventude,Etnia e Diversidade SexualJoão Guilherme Bernardes

Conselho Fiscal (titular)Augusto Luis da Silva

Icléa Aparecida Alves MateusLaurindo Corte Filho

Paulo GomesSoraya Cristina Zgoda

Conselho Fiscal (suplente)Arno Emilio Gerstenberger Jr

Isaias Rufino BezerraOsni Narestki

Odilon Adriano de OliveiraRenato Alves Ferreira

DireçãoAdriana Claudia Kalckmann, Alessandra Claudia de Oliveira, Alice da Silva, Andrea

da Silva Sampaio, Ari Junior de Miranda, Carmem Lucia Amaral Reichdal, DanielAugusto Simões, Demerval Ferreira da Silva, Diana Paula Leão Guérios, Elaine

Cristina Borba dos Santos, Eliane Cristina C. G. de Lima, Giuliano Marcelo Gomes,Henrique Ramos Santana, Ilma Alves Bomfim, Jeferson Corradini, José Ezael Pott

Ferrando, Juliano Rodrigo Marques Soares, Leandro Francel Alves Servilha, Leilados Santos, Linda Alice Góes Gregorczuk, Lurdes Farias, Marcos André da Luz,

Marcos Aurélio Fernandes Jesus, Maria Aparecida Martins Santos, Mario Barbosa,Marlene Aparecida S. Cazura, Marlene Camargo Melo, Mauro Scarmocin, NatelCardoso dos Santos, Paula Regina Jardim Campos, Paulo Canova Filho, Rita

Choinski Kloster, Rosimeire Aparecida Barbieri, Sebastião Rodrigues Alves, SoniaMaria Barbosa Campos, Suely Terezinha Araújo, Vera Lucia Martins Pio

Nestes últimos dias o Sismuc promoveu de forma inéditaum importante diálogo com o servidor e os candidatos a pre-feito de Curitiba. A intenção era oferecer a possibilidade dequestionamentos e dúvidas, ao mesmo tempo que pudésse-mos comprometer os candidatos com nossas pautas. Estemomento foi oportunizado para que o futuro prefeito tivessea humildade de reconhecer que esta cidade só se constróiporque tem seus servidores. Fato desconsiderado pela ges-tão que se despede.

Muitos servidores terão a partir do dia 1º de janeiro achance de vivenciar um novo grupo político comandando acidade. Não temos respostas para muitas das nossas per-guntas neste momento. Quem serão os secretários, quaisserão as mudanças? Como serão as negociações?

Por outro lado, nós, servidores, temos uma série de mu-danças urgentes. Processo de trabalhos desgastados, faltade valorização salarial e mesmo motivacional. Por isto nossocaminho é construir nossa campanha de lutas, participar doscoletivos, das assembleias e das atividades propostas pelosindicato.

Independente de quem está no poder, só há uma coisaque permite avanços: a organização dos trabalhadores.Acreditamos na autonomia e liberdade do movimento sindi-cal. Não vamos esperar por nenhum salvador. Vamos parti-cipar e intervir de forma independente e sempre ao lado dosinteresses da categoria. Fique de olho nas agendas das ati-vidades do sindicato e vamos mostrar a força da nossa or-ganização.

Diretoria do Sismuc

Jornal do Sismuc é distribuídoaos servidores e à população

Por Guilherme Carvalho

A edição 83 do jornal do Sismuc foi dis-

tribuída aos servidores públicos e à popula-

ção de Curitiba. O ICS (Instituto Curitiba de

Saúde), os edifícios Laucas e Delta e a sede

da Prefeitura são pontos fixos de distribui-

ção. Além disso, o jornal também foi entregue

em terminais de ônibus e na praça Rui Barbo-

sa. O jornal destacava a assinatura da Carta

Compromisso por candidatos a prefeito e a

vereador com reivindicações dos servidores.

Cerca de 20 mil exemplares foram distribuí-

dos.

Uruguai descriminaliza o abortoO presidente do Uruguai José Mujica promulgou lei que descriminaliza o aborto

no país. A Lei entra em vigor ainda em 2012. O Uruguai se transforma no

segundo país da América do Sul (depois de Cuba) a permitir a prática até a

décima segunda semana de gestação. A lei não legaliza o aborto, mas impede

que a interrupção da gravidez por parte de cidadãs uruguaias seja tratada

como crime. Segundo a lei, pós cinco dias de “reflexão”, a paciente deve

expressar sua decisão final, e então o aborto deve ser feito de forma imediata

e sem obstáculos, em hospitais públicos e privados. O foco principal da lei são

mulheres vítimas de aborto, má formação do feto e quando expõe a vida da

mãe.

A lei uruguaia não permite que mulheres estrangeiras se beneficiem deste

novo direito. No Brasil, o artigo 2, da Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002,

trata do assunto. O aborto no país é considerado crime. Já o Estatuto do

Nascituro visa acabar com qualquer hipótese da descriminalização. De acordo

com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), por ano são realizados cerca de

um milhão de abortos clandestinos no Brasil. Parte disso resulta do impedi-

mento da realização do procedimento de forma segura. (MR, com informações

da Agência Ansa)

Governo Federal suspende liminarque determinava saída dosGuarani-Kaiowá de território no MSA presidente Dilma Roussef vetou a liminar que obrigava a expulsão dos índios

Guarani-Kaiowá de suas terras no Mato Grosso do Sul. O caso teve grande

repercussão tanto na imprensa quanto nas redes sociais após os índios

divulgarem uma carta afirmando que preferiam morrer a sair do acampamen-

to Pyeito Kue.

Os índios se refugiaram no local depois de ataque de pistoleiros em agosto de

2011. Crianças e idosos ficaram feridos e o acampamento, montado à beira

de estrada vicinal, foi destruído. No começo de outubro, a Justiça Federal do

Tribunal Regional da 3ª região (TRF-3) de São Paulo determinou a reintegração

de posse das terras reivindicadas pelos indígenas a fazendeiros locais.

Após o apelo da população e do Ministério Público Federal, a liminar foi

suspensa. Segundo a Ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos,

Maria do Rosário, o objetivo agora é agilizar o processo de estudos para a

demarcação do território. (BZ, com informações do Brasil de Fato)

Conselho de Saúde rejeita‘empréstimo’ de servidoresPor 13 votos a 10, o Conselho Estadual de Saúde rejeitou no fim de outubroparecer do Governo Paraná para que servidores fossem emprestados entregovernos durante o período de greve. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) sebaseava no Decreto 7.777/2012, apresentado pela presidente DilmaRousseff, que prevê a substituição dos grevistas dos órgãos federais portrabalhadores das redes públicas estaduais e municipais.Segundo resolução do Conselho, o ‘empréstimo’ de servidores não deveocorrer porque as “22 Regionais de Saúde e o nível central da Sesa não têmequipe de vigilância em saúde completa”, que a o Plano Estadual de Saúde“prevê apenas reorganização e reestruturação das vigilâncias” no âmbitoregional, que qualquer “convênio devem ser submetidos a apreciação eaprovação do Conselho Estadual de Saúde do Paraná(sic)” e que a iniciativatenta ameaçar o direito de greve. Com o impasse, o tema deve ser encaminha-do ao Ministério Público Estadual. (MR)

Por Manoel Ramires

A Aliança Paranaense pela Cidadania

LGBT registrou no última dia 26 Boletim

de Ocorrência contra recentes ameaças de

agressão física e morte feitas em Curitiba.

Pelo menos 15 pessoas diferentes rece-

beram ligações homofóbicas em 18 dias.

Além do 1º Distrito Policial, o caso também

foi encaminhado para a Ouvidoria de Direi-

tos Humanos e para o Programa Nacio-

nal de Proteção aos defensores de Direi-

tos da SDH (Secretaria de Direitos Huma-

nos da Presidência da República).

A suspeita da comunidade é que as

ameaça estejam partindo de uma mesma

pessoa. Segundo as vítimas, as mulheres

são ameaçadas com estupro e os homens

Comunidade LGBTdenuncia ameaças

Ligações homofóbicaspodem ter partido de uma

mesma pessoa

são ofendidos com palavrões e até com

ameaças de morte. Para Márcio Marins,

membro do Conselho Nacional de Segu-

rança Pública, há um comportamento pa-

drão nos telefonemas. “São diversas cha-

madas e quase padronizadas. A pessoa

diz que se o pai ou a mãe não teve cora-

gem de matá-los, ele faria isso”, denun-

cia.

O Paraná é um dos estados que mais

tem registros de homicídios e outras viola-

ções dos direitos humanos LGBT, segundo

Marins. Para denunciar homofobia, ligue

para o Disque 100. O serviço funciona 24

horas, todos os dias da semana, inclusive

domingos e feriados. A ligação é gratuita e

atende ligações de todo o território nacio-

nal.

Por Bruno Zermiani, com informações de Gibran Mendes/CUT-PR

Caravana da Anistia criaMarcos da Memória em Curitiba

/// NOS ARQUIVOS DA DITADURA

Foto: Manoel Ramires

Foto

: G

uilh

erm

e C

arva

lho

A 63ª edição da Caravana da Anistia

passou por Curitiba nos dias 25 e 26 de

outubro. No caminho pela cidade, o even-

to criou quatro dos sete ‘Marcos da Me-

mória’ que apontarão lugares de luta e re-

sistência à ditadura na capital. Neste pri-

meiro momento, os marcos no prédio his-

tórico e na reitoria da UFPR, assim como

na Boca Maldita e no Presídio do Ahú fo-

ram inaugurados.

A Caravana também contou com uma

sessão da Comissão da Anistia, que teve a

determinação de veredicto de 42 casos

de pedidos de anistia. Para Marcio Kieller,

vice-presidente da CUT, esse resgate tem

importância principalmente para as famí-

lias prejudicadas durante o período. “É

onde o Estado Brasileiro se desculpa com

aqueles que lutavam pela democracia e

tiveram de alguma forma suas vidas inter-

rompidas ou mudadas, pela ausência físi-

ca, pela perda dos empregos, pela bagun-

ça que a vida familiar se transformou”,

enfatiza.

Page 12: Por Guilherme Carvalho O que esperar · “curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o ator uruguaio César Trancoso, que assume o papel de

Jornal 84 / Novembro de 2012Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar

CEP 80.010-150

acesse www.sismuc.org.br

página 8

páginas 9

Entrevista: Emir Sader analisaconjuntura na América

página 10

Aposentadossindicalizados

participamde passeio

O que esperar ?

Sinopse: Revisandopreconceitos

Resenha: Evangelhosegundo Saramago

/// CALENDARIO

12 Novembro de 2012AGENDA

Um filme feito a cinco mãos.Assim é “Circular” (lançado no dia 18de outubro, em salas de cinema deCuritiba) , filme independente,roteirizado e dirigido pelos jovens eex-colegas do curso de cinema daFaculdade de Artes do Paraná (FAP)Adriano Esturilho, Aly Muritiba, Brunode Oliveira, Diego Florentino e FábioAllon. Com mais este trabalhoproduzido em terras curitibanas, acidade ganha ares de um novo pólo cinematográfico (recentemente tiveram desta-que “Curitiba Zero Grau” e “Nervo craniano zero”).

Produzido com apoio do Governo Federal, por meio do edital de longa-metragemde baixo orçamento do Ministério da Cultura, “Circular” traz um elenco consistente,ainda que em sua maioria desconhecido do público médio. Destaques para a“curitibana” Letícia Sabatella, que interpreta a artista plástica Cristina, e o atoruruguaio César Trancoso, que assume o papel de Carlos.

O tratamento realístico e descomprometido politicamente dado às históriasretira qualquer pretensão dos diretores em reorientar o pensamento do público, o

que permite liberdade de imaginação e de interpretação.

Foto: Reprodução internet

06/11 - Grupo deEstudos ManifestoComunistaHorário: 19hLocal: Sismuc

07 /11 - Coletivo dosTrabalhadores deEscolaHorário: 19hLocal: Sismuc

08/11 - Coletivo daFASHorário: 19hLocal: Sismuc

09/11 - Coletivo daCMCHorário: 19hLocal: Sismuc

12/11 - Coletivo daSaúdeHorário: 19hLocal: Sismuc

14/11 - Coletivo dosGuardasHorário: 19hLocal: Sismuc

16 /11 - Coletivo doICSHorário: 19hLocal: Sismuc

19/11 - ColetivoSMOP/SMMA/SGM/SMADHorário: 18hLocal: Sismuc

21/11 - Coletivo dosEducadoresHorário: 19hLocal: Sismuc

22/11 - Coletivo dosFiscaisHorário: 19hLocal: Sismuc

26/11 - Coletivo dosAposentadosHorário: 14hLocal: Sismuc

27/11 - Reunião dosRepresentantesHorário: 09h e 14 hLocal: Sismuc

28 /11 - Coletivo deFinançasHorário: 19hLocal: Sismuc

29/11 - Coletivo dosExcluídosHorário: 19hLocal: Sismuc

30/11 - Cine ClubeHorário: 19hLocal: Sismuc

05 /12 - Assembleiados EducadoresHorário: 19hLocal: Sismuc

06/12 - A ssembleiade aprovação da pau-ta geralHorário: 19hLocal: Sismuc

Por Guilherme Carvalho

Não é difícil notar que os absurdos da religião fascinavam o ateu JoséSaramago. Em dois dos livros mais importantes do autor português – “Caim” e “O“Evangelho Segundo Jesus Cristo” – ele reescreveu os livros sagrados da Bíblia deum ponto de vista, pode-se dizer, um pouco mais crítico.

Neste último, o vencedor do Prêmio Nobel deLiteratura não poupa críticas ao Deus retratado nosevangelhos originais.

Ao ironizar o tratamento de servidão renegadoàs mulheres, a crueldade de Deus e outros aspec-tos presentes na Bíblia, o autor reescreve a históriade uma maneira extremamente humana. Afinal, noevangelho, segundo Saramago, Jesus foi concebidonão pelo Espírito Santo, mas da forma como oshumanos costumam ser concebidos: através do atosexual de seus pais.

Ficha bibliográfica:SARAMAGO, José. O Evangelho Segundo Jesus.São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Por Bruno Zermiani

Ficha técnica:Título original: Circular / Direção e roteiro: Fábio Allon, Bruno de Oliveira, AdrianoEsturilho, Diego Florentino, Aly Muritiba / Gênero: Drama / Ano: 2011 / País deorigem: Brasil / Distribuidora: Independente / Estúdio: Grafo Audiovisual e ProcessoMultiartes

Foto: Divulgação

Sismuc questiona regrasdo crescimento vertical

Depois de sabatinar os candidatos e de atestar a assinatura daCarta Compromisso, os servidores agora devem se perguntar o que o prefeito

eleito Gustavo Fruet tem em mente para a nova gestão.Confira nesta edição os compromissos assumidos

pelo grupo que está chegando.Páginas 4, 5 e 6.