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Por que defender questões relativas à água, ao saneamento e à higiene? “Em nenhuma outra questão há tanta disparidade entre a sua importância humana e a sua prioridade política.” KOFI ANNAN, SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS “O saneamento é mais importante do que a independência.” NELSON MANDELA, EX-PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL

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Por que defender questões relativas à água, ao saneamento e à higiene?

“Em nenhuma outra questão há tanta disparidade entre a sua importância humana e a sua prioridade política.”KOFI ANNAN, SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS

“O saneamento é mais importante do que a independência.”NELSON MANDELA, EX-PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL

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P O R Q U E D E F E N D E R Q U E S T Õ E S R E L AT I VA S À Á G U A , A O S A N E A M E N T O E À H I G I E N E ?2

Por que defender questões relativas à água, ao saneamento e à higiene?O que é a defesa de direitos? 3

Uma visão global 4

A água é um direito humano 5

Os governos são responsáveis 6

Os governos devem estar envolvidos 7

O papel da sociedade civil 8

Próximos passos 9

Redes e organizações úteis 10

Leitura adicional 11

Glossário 11

Escritora: Joanne Green

Com agradecimentos às seguintes pessoas pelos seus comentários: Dra. Isabel Carter, Gladys Wathanga, Nick Burn, Paul Cook, Rachel Blackman, Rachel Roach.

Traduzido por: Miriam Machado, Wanderley de Mattos Jr., Roger Collinson

Foto da capa: Jim Loring

Ilustrações: Bill Crooks, Gamos; Rod Mill, Sancton Drawing Services

© Tearfund 2005

A Tearfund é uma agência cristã evangélica de assistência e desenvolvimento, que trabalha com parceiros locais a fim de levar esperança e ajuda às comunidades necessitadas ao redor do mundo.

Tearfund, 100 Church Road, Teddington, Middlesex, TW11 8QE, Reino Unido

Instituição beneficente registrada sob o N° 265464

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O que é a defesa de direitos?

A Tearfund define a defesa de direitos como…

“procurar, com as pessoas pobres e em nome delas, resolver as causas fundamentais da pobreza, trazer justiça e apoiar o bom desenvolvimento, por meio da influência sobre as políticas e as práticas dos poderosos.”

A defesa de direitos está firmemente fundamentada na Bíblia e está baseada no compromisso de Deus com a justiça:

A defesa de direitos complementa outras abordagens para o desenvolvimento, porque:

■ trata das causas fundamentais da pobreza e da injustiça e traz uma mudança de longo prazo

■ vê as pessoas como agentes de mudança nas suas próprias comunidades

■ pode mudar as estruturas de poder e os sistemas de injustiça

■ pode ajudar a gerar mais recursos para outros trabalhos de desenvolvimento.

A defesa de direitos pode envolver várias atividades, inclusive a pesquisa, o lobby, as campanhas, a oração, o trabalho em rede, a conscientização das pessoas e o trabalho com a mídia.

A água, o saneamento e a higiene são questões sobre as quais o trabalho de defesa de direitos pode causar um grande impacto.

“Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o

defensor de todos os desamparados. Erga a voz e julgue com justiça; defenda os direitos

dos pobres e dos necessitados.”PROVÉRBIOS 31:8-9

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Uma visão global

Há muitos anos, grupos eclesiásticos, OBCs e ONGs têm trabalhado com comunidades pobres, para prover o acesso à água e o saneamento e promover uma higiene segura.

No ano 2000, na Cúpula do Milênio das Nações Unidas, em Nova York, todos os Estados-membros das Nações Unidas assinaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). Os ODMs são uma série de objetivos, alvos e indicadores que visam cortar pela metade a pobreza mundial até 2015. O Objetivo 7, Alvo 10, visa “cortar pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem um acesso sustentável à água potável e ao saneamento básico.”

Alcançar este objetivo é a responsabilidade tanto dos governos do Norte e do Sul quanto das Instituições Financeiras Internacionais, tais como o Banco Mundial. Entretanto, muitos governos não estão cumprindo a promessa. A maioria dos países mais pobres provavelmente não alcançarão este alvo.

Na Tearfund Reino Unido, estamos defendendo direitos, pedindo aos governos do Norte que gastem mais dinheiro, com mais eficácia, nos países pobres, a fim de aumentar o acesso à água e ao saneamento e alcançar este alvo. Estamos progredindo lentamente, mas ainda há muito a ser feito.

Entretanto, esta defesa de direitos e esta ação voltadas para o Norte não são suficientes. Muitas das mudanças necessárias para alcançar este alvo precisam ocorrer no Sul, nos próprios países pobres.

Neste pequeno guia, examinamos os quatro motivos pelos quais a defesa de direito no que diz respeito à água, ao saneamento e à higiene é necessária:

■ A provisão de serviços de água e saneamento é um direito humano básico. A falta destes causa pobreza e sofrimento.

■ Os governos são responsáveis pela provisão de serviços de água e saneamento e devem ser passíveis de prestação de contas.

■ As organizações baseadas na comunidade (OBCs) e as organizações não governamentais (ONGs) não são capazes de alcançar o que é necessário sem a ajuda do governo.

■ As OBCs e as ONGs precisam tomar parte nos processos de tomada de decisões.

Finalmente, examinamos brevemente como começar o trabalho de defesa de direitos no que diz respeito à água, ao saneamento e à promoção da higiene e recomendações sobre outros recursos e contatos.

ALVOS PARA O DESENVOL-VIMENTO INTERNACIONAL

até 2015

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A água é um direito humano

A provisão de serviços de água e saneamento é um direito humano básico. A falta destes causa pobreza e sofrimento.

■ É injusto que 2,6 bilhões de pessoas não tenham saneamento, e 1,1 bilhão não tenha água limpa.

■ 6.000 crianças morrem a cada dia, como conseqüência da diarréia, a qual está intimamente ligada à inadequação dos suprimentos de água e do saneamento.

■ Calcula-se que a metade dos leitos hospitalares do mundo estejam constantemente ocupados por pacientes com doenças transmitidas pela água. Contudo, muito poucos governos priorizam a água, o saneamento e a higiene nos seus planos e orçamentos.

■ A distância média que as mulheres da África e da Ásia caminham para buscar água é de 6km.

■ Os governos não serão capazes de reduzir a pobreza e progredir em outras áreas, tais como a saúde, a educação e o crescimento econômico, a menos que as questões da água, do saneamento e da higiene sejam resolvidas.

“Era difícil antes por causa da doença, especialmente com cinco filhos! As mulheres tinham

vergonha de defecar durante o dia, mas, para os homens, isto não era problema: eles podiam

defecar quando quisessem. Nós tínhamos que esperar até escurecer, e eu tinha medo de ser

atacada por animais selvagens ou bêbados.”

Brahani, Gawada, Etiópia.

“A água e o saneamento estão entre as principais forças motrizes da saúde pública. Muitas

vezes, refiro-me a eles como Saúde 101 (um alicerce básico), o que significa que, uma vez que

assegurarmos o acesso a água limpa e instalações de saneamento adequadas para todas as

pessoas, independente da diferença das suas condições de vida, uma batalha enorme contra todos

os tipos de doenças será vencida.”

Dr. Lee Jong-wook, Diretor-Geral, Organização Mundial da Saúde

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Os governos são responsáveis

Os governos (locais e nacionais) são responsáveis e devem ser passíveis de prestação de contas.

■ A má governança é um dos principais motivos pelos quais as pessoas não têm acesso à água e ao saneamento. A má governança é quando um governo não é eficaz, aberto e transparente ou não presta contas aos seus cidadãos.

■ Os governos são responsáveis por assegurar que as pessoas tenham acesso à água segura e ao saneamento e conheçam os bons hábitos de higiene.

■ Embora os governos sejam responsáveis por garantir que estas necessidades sejam satisfeitas, muitos deles não assumiram a sua responsabilidade, deixando o fardo para as pessoas pobres e as comunidades.

■ Nos seus planos nacionais de redução da pobreza, a maioria dos governos não estão alocando verbas adequadas para a água, o saneamento e a promoção da higiene.

Recentemente, a parceira da Tearfund ASJ (Associación para una Sociedad más Justa), uma ONG

hondurenha, convenceu o serviço nacional de água (SANAA) a fornecer água duas vezes por

semana a uma comunidade urbana pobre. Antes, a comunidade de Nueva Suyapa recebia água

somente uma vez a cada 30 ou 40 dias. A ASJ comparou-a com comunidades mais ricas, tais

como Lomas Del Guijarro. Estas recebiam água diariamente, por 15 horas em média.

A ASJ convenceu a Comissão dos Direitos Humanos de Honduras a fazer uma declaração

condenando esta desigualdade horrível. A ASJ também trabalhou com a comunidade de Nueva

Suyapa, a fim de formar um comitê de moradores para se reunir com o SANAA. Além de organizar

encontros de lobby entre o SANAA e a comunidade, a ASJ fez publicidade sobre o caso na mídia

e conscientizou as pessoas nas igrejas através de apresentações e distribuição de folhetos.

Finalmente, depois de um ano de lobby e pressão, o SANAA concordou com quase todas as

propostas da comunidade e da ASJ.

“Os governos possuem o papel principal na promoção do acesso melhor à água potável segura,

ao saneamento básico... através de uma melhor governança em todos os âmbitos, ambientes

habilitadores apropriados e estruturas reguladoras, adotando uma abordagem em favor dos

pobres, com o envolvimento ativo de todas as partes interessadas.”

Palavras acordadas em abril de 2005, pelos Estados-membros das Nações Unidas, na Comissão de

Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas

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■ Muitos governos não reconhecem, nem compreendem a importância do saneamento e da higiene para a prevenção das doenças.

■ Os governos precisam ser passíveis de prestação de contas pelas promessas que fizeram e pelo fato de não garantirem o fornecimento destes serviços.

■ Defendendo direitos em questões como a água, o saneamento e a higiene, podemos ajudar os nossos governos a incentivar a transparência, a participação, a abertura e a prestação de contas.

Os governos devem estar envolvidos

As OBCs e as ONGs não são capazes de alcançar o que é necessário sem a ajuda do governo.

■ A política do governo pode afetar, tanto de forma negativa quanto positiva, o trabalho das ONGs e as comunidades com que elas trabalham.

■ Sem o envolvimento do governo, a maior parte do suprimento de água e da mudança de comportamento não é sustentável.

■ As ONGs e as OBCs não possuem a escala de recursos financeiros e humanos necessários para que todos tenham acesso à água e ao saneamento.

■ Ao proverem estes serviços elas próprias, as OBCs e as ONGs precisam ter o cuidado de não permitir que o governo abandone a sua responsabilidade de assegurar que as necessidades sejam atendidas.

Na Etiópia, o plano de redução da pobreza não inclui alvos para o saneamento, e a estratégia

nacional para a água tem apenas uma linha escrita sobre o saneamento. Os gastos com o

saneamento e a promoção da higiene geralmente não são monitorados. Recentemente, o governo

produziu uma estratégia de saneamento. Assim, espera-se que a situação melhore.

Calcula-se que, a fim de alcançar o alvo dos ODMs relativo à água e ao saneamento, o

financiamento terá de dobrar. Atualmente, 15 bilhões de dólares, provenientes de inúmeras

fontes, são gastos anualmente com a água e o saneamento nos países em desenvolvimento. Para

que a Etiópia corte pela metade o número de pessoas sem acesso ao saneamento, terão de ser

construídas 65 latrinas por hora a partir de agora até 2015!

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O papel da sociedade civil

As OBCs e as ONGs precisam tomar parte nos processos de tomada de decisões.

■ As boas políticas governamentais são as que se baseiam na experiência real e no conhecimento do que funciona.

■ As OBCs e as ONGs possuem uma vasta experiência com a implementação de projetos e o trabalho com as comunidades, a qual deveria ser compartilhada.

■ Os governos devem consultar os seus cidadãos sobre as decisões quanto às políticas. As experiências e opiniões da sociedade civil devem influenciar as suas decisões.

■ Os países desenvolvidos estão fazendo cada vez mais pressão sobre os governos dos países em desenvolvimento, para que consultem os seus cidadãos sobre questões de desenvolvimento.

■ As OBCs e as ONGs podem ajudar a fazer com que a voz das pessoas pobres seja ouvida pelas pessoas no poder.

■ Todas as partes interessadas, inclusive o governo e a sociedade civil, precisam trabalhar juntas para que os objetivos e os alvos sejam alcançados.

Nos últimos anos, foi muito animador ver o governo de Uganda priorizar a água e o saneamento

e construir muitos pontos de abastecimento de água no país. Entretanto, é importante que

os pontos de abastecimento de água não estraguem, para que este bom trabalho possa ser

sustentável. O Kigezi Diocese Water and Sanitation Programme (KDWSP – Programa de Água e

Saneamento da Diocese de Kigezi), um parceiro da Tearfund em Uganda, possui muita experiência

em assegurar que os seus projetos sejam sustentáveis. Eles reconheceram que a sua experiência

deve ser compartilhada com outros, especialmente com o Governo de Uganda, cuja política para a

operação e a manutenção de bombas de água está sendo decidida no momento. Assim, o KDWSP

realizou um projeto de pesquisa para documentar as suas experiências e estudar as experiências

de outros em Uganda, a fim de compartilhar as lições aprendidas e fazer recomendações para o

governo ugandense.

DEPARTAMENTO de PLANEJAMENTO

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Próximos passos

■ Descubra mais sobre em que consiste a defesa de direitos, lendo o Kit de Ferramentas para a Defesa de Direitos da Tearfund (Guias ROOTS 1 e 2) antes de decidir se devemos elaborar uma estratégia de defesa de direitos.

■ É importante ver se temos a capacidade organizacional e o apoio necessário para o trabalho de defesa de direitos. Talvez precisemos pensar sobre como aumentarmos a nossa capacidade em primeiro lugar. Peça aconselhamento ao Facilitador/Conselheiro Regional da Tearfund ou mande um e-mail para Joanne Green, Oficial de Políticas Públicas da Tearfund.

■ Se formos começar a dizer aos outros o que achamos que eles deveriam estar fazendo, precisamos estar preparados para que o nosso próprio trabalho seja inspecionado. Devemos ter certeza de que o que pedirmos para que os outros façam não vá contra o que fazemos.

■ Precisamos garantir que o trabalho de defesa de direitos esteja integrado nos nossos processos de planejamento e no nosso trabalho de desenvolvimento em andamento.

■ Se decidirmos ir adiante com o trabalho de defesa de direitos relativo à água, ao saneamento e à promoção de higiene, as seguintes perguntas podem ser úteis para analisar o problema:

• Quem se beneficia com a água, o saneamento e a promoção da higiene? Quem não se beneficia? E que fardos adicionais são colocados sobre os que não se beneficiam?

• Por que as pessoas pobres não se beneficiam? É por causa do preconceito na comunidade, ou porque este é um problema legal ou de governança?

• Quanto custa o serviço, e quanto os usuários pagam? Quanto as pessoas que não se beneficiam com o serviço pagam por ele? Quem deveria pagar?

• A quem o governo deu a responsabilidade de fornecer os serviços de abastecimento de água? Os fornecedores são o governo local, o governo nacional ou outros?

• Qual é a política ou estratégia do governo para o fornecimento de água e saneamento?

• Como as decisões sobre as políticas e as práticas relativas à água e ao saneamento são tomadas, e quem as toma?

• Que sistemas de monitoramento existem para garantir que o governo faça o que diz que vai fazer?

George Bagamuhunda, da Diocese de Kigezi, parceira da Tearfund, recentemente compareceu a

uma conferência internacional das Nações Unidas, em que os governos de várias partes do mundo

estavam entrando em acordo quanto às políticas sobre a água e o saneamento. Mais tarde, ele refletiu

sobre a experiência, “Fiquei surpreso ao ver que quando eu falava sobre o nosso trabalho com as

comunidades pobres de Uganda, as pessoas realmente se interessavam, e muitas me procuravam

depois para saber mais. Percebi como é importante documentar a nossa experiência, para que os

outros possam aprender com ela, e, assim, possamos influenciar as políticas do governo.”

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Redes e organizações úteis

MUNDIAIS

Freshwater Action Network (FAN)

7th FloorPrince Consort House27–29 Albert EmbankmentLondonSE1 7UBReino Unido

Tel: +44 20 7793 4522

Email: [email protected]

Website: www.freshwateraction.net

Water Supply and Sanitation Collaborative Council (WSSCC)

International Environment House9 Chemin des Anemones1219 ChatelineGenèveSuíça

Tel: +41 22 917 8657

Email: [email protected]

Website: www.wsscc.org

The Water Page

Website: www.thewaterpage.com

WaterAid

Prince Consort House27–29 Albert EmbankmentLondonSE1 7UBReino Unido

Tel: +44 20 7793 4500

Email: [email protected]

Website: www.wateraid.org

ÁFRICA

African Civil Society Network for Water (ANEW)

C/o Environmental Liaison Centre International (ELCI) PO Box 72461 00200 Nairobi Quênia

Tel: +254 2 576114 / 576119

Fax: +254 2 576125

Email: [email protected]

Website: www.freshwateraction.net/anew

AMÉRICA CENTRAL

Freshwater Action Network – Central America (FAN-CA)

Fundación para el Desarrollo Urbano (FUDEU)1852-2050 San José Costa Rica

Tel: +506 280 1530

Fax: +506 281 3290

Email: [email protected]

Website: www.freshwateraction.net/fan-ca

Não temos conhecimento de nenhuma rede de defesa de direitos regional ou sub-regional para questões relativas à água na Ásia ou na América do Sul. Para obter informações sobre eventos, encontros e informações regionais nestas áreas, entre para a Freshwater Action Network (veja acima).

NACIONAISHá muitas redes nacionais realizando a defesa de direitos em questões relativas à água. Não há espaço para colocá-las todas aqui. Para obter informações sobre redes nacionais, solicite-as a outras ONGs que trabalhem com questões relativas à água.

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Leitura adicional

■ ROOTS 1 e 2 Kit de Ferramentas para a Defesa de Direitos. Tearfund 2002

■ Defesa de Direitos e a Água: um guia prático. Tearfund 2001

■ Advocacy guide to private sector involvement in water services. Tearfund 2004

Glossário

defesa de direitos Procurar, com as pessoas pobres e em nome delas, resolver as causas fundamentais da pobreza, trazer justiça e apoiar o bom desenvolvimento, por meio da influência sobre as políticas e as práticas dos poderosos

governança A tarefa de administrar um governo, especialmente a relação entre o estado e os seus cidadãos

Saúde 101 O alicerce básico da saúde

higiene Hábitos limpos e saudáveis que mantêm a boa saúde

lobby Influenciar as pessoas no poder para mudar uma política ou prática específica

má governança Quando um governo é ineficaz, e não há prestação de contas, abertura, transparência e respeito pela lei

OBC Organizações baseadas na comunidade

ONG Organizações não governamentais

saneamento Um local seguro e privativo para defecar e a eliminação segura das fezes

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Por que defender questões relativas

à água, ao saneamento e à higiene?

Joanne Green

© Tearfund 2005

Para obter mais informações ou aconselhamento, por favor, entre em contato com Joanne Green,

Oficial Sênior de Políticas Públicas, pelo e-mail [email protected]

P100 Church Road, Teddington, TW11 8QE, Reino Unido

E-mail: [email protected] Website: www.tearfund.org