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“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
INTRODUÇÃO
A direção que hoje se apresenta para continuar a servir o Remo Português no ciclo olímpico de 2016-2020 , tem plena
consciência das responsabilidades acrescidas neste novo momento de oportunidade para Remo o Nacional.
Dessa forma, e tomada a decisão de continuarmos a servir o Remo Português, vimos deste modo apresentar o nosso
programa para o ciclo de 2016 a 2020.
Estamos conscientes dos progressos obtidos e dos erros cometidos no ciclo que agora termina, pelo que o programa que
hoje apresentamos é, em grande parte, uma continuação dos processos desenvolvidos e uma melhoria das reformas
efetuadas.
A Federação Portuguesa de Remo (FPR) ainda não chegou a meio do período da sua recuperação financeira e da
execução do plano de pagamentos aprovado no Processo de Insolvência pelo tribunal em março de 2013. As verbas para
o desenvolvimento desportivo continuam a ser baixas. O contexto do desporto nacional nem sempre é claro, é carente de
uma estratégia a longo prazo, esperando-se resultados com pouco investimento.
Nestas circunstâncias, o programa a apresentar tem que ser muito claro, objetivo e simultaneamente ambicioso e realista,
nunca prometendo sonhos impossíveis e exigindo de todos nós um envolvimento forte e um esforço conjunto. Durante o
ciclo que agora termina foram vários os exemplos de que, quando trabalhamos juntos e com espirito de missão, podemos
levar mais longe o nosso desporto.
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
Ainda antes da apresentação do programa e da sua equipa julgamos relevante recordar algumas das reformas
efetuadas e alguns outros pontos para que melhor se possa enquadrar o estado atual da FPR e a sua realidade.
Assim sendo convém informar que, por exemplo, ainda na semana passada, a FPR teve que pagar cerca de 900€ a
advogados referente ao processo judicial que a opõe à Portugal Telecom desde o Campeonato da Europa em 2010,
realizado em Montemor-o-Velho.
Que ainda antes do Verão a FPR acabou finalmente de liquidar as quotas em atraso à Coupe de La Jeunesse referentes
ao período de 2008 a 2012. Tudo um conjunto de encargos inesperados que não correspondem ao período de nossa
responsabilidade mas que em nome e pela credibilidade do Remo Português temos vindo a assumir e a resolver. Como
certamente se compreende este tipo responsabilidades sobre uma Federação já de si muito frágil financeiramente obriga
a um esforço complementar, um realismo muito forte e a um pragmatismo exigente.
É insofismável que, com o empenho e inestimável ajuda de muitos agentes do Remo Nacional, a direção que agora se
propõe prosseguir a missão iniciada em 2013 alcançou o seu principal objetivo que foi assegurar a continuidade da
Federação Portuguesa de Remo.
Mesmo com os constrangimentos permanentes e que em muito oneram a Federação, gostaríamos de relembrar alguns
dos passos mais importantes que o Remo Nacional efetuou nos últimos três anos e meio:
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
A credibilização da FPR e do desporto do Remo
É hoje conhecido e reconhecido este novo momento do nosso desporto. A credibilização conquistada nos órgãos da
tutela e nos atuais e possíveis futuros parceiros teve como base uma honestidade em todos os processos desenvolvidos,
tendo esta direção admitido sempre perante o exterior as suas fragilidades e nunca tentando ocultar ou manipular
resultados, números e ações. O Remo e a sua Federação gozam hoje de uma credibilidade forte no contexto nacional e
internacional que beneficiará a futura direção. É necessário não destruir este ativo conquistado e continuar o seu reforço.
• A informatização da FPR
Apesar de ainda não estar ao nível pretendido e exigido pelos nossos associados e do que a própria FPR necessita, este
passo, aparentemente óbvio e simples, foi pioneiro, nunca tendo sido avançado por direções anteriores, apesar de terem
recolhido em determinadas épocas orçamentos muito avultados para a modernização da FPR.
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A Formação
Os Referenciais de Formação, a elaborar no quadro do novo quadro legal de formação de treinadores, para os quais
haviam sido disponibilizadas verbas da Administração Pública Desportiva, estava, em 2013, na estaca zero. Chegados à
Federação, nem um papel ou ficheiro havia sobre a matéria, obrigando a Direção a dirigir-se ao IPDJ para se inteirar do
“estado da arte”.
Apesar das dificuldades financeiras já referidas e do conhecimento geral, foi possível, com recurso a muito trabalho
voluntário de alguns treinadores, elaborar e ver aprovados os referenciais para o Nível 1. Na sequência foi possível realizar
o primeiro curso deste grau onde participaram cerca de 40 formandos.
Estão já em preparação os referenciais de formação para o Nível 2 por forma a ser possível a realização de um curso
deste grau já em 2017.
Ainda na área de formação de treinadores, a FPR ofereceu com regularidade ações de formação no âmbito da
formação contínua, necessária para a obtenção de IC’s para a revalidação das cédulas profissionais.
Na área da arbitragem, setor praticamente “desertificado”, fez-se um enorme esforço para levar a cabo várias ações de
formação de novos árbitros por forma a aumentar o seu número, apostando-se na juventude.
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O novo patrocinador da FPR
Numa Federação quase centenária foi esta direção que, pela primeira vez na história da nossa modalidade, conseguiu
um parceiro que apostou na nossa modalidade quantias financeiras nunca antes investidas, olhou para o nosso desporto
como forma de se afirmar na sociedade. Ainda com dificuldades conhecidas e poucos resultados desportivos de relevo
esta direção firmou em julho passado mais um ano de parceria.
Depende de todos nós a continuação da mesma.
Os eventos
Desde o ano da tomada de posse, em 2013, e época em que a FPR ainda nem de conta bancária dispunha, foi aposta
desta direção uma melhoria qualitativa dos nossos campeonatos. Os clubes reconheceram o esforço, apoiaram,
sugeriram e motivaram. Os resultados, foram patentes nos dois últimos anos, em que os nossos campeonatos de
velocidade atingiram níveis de qualidade elevados, foram transmitidos em direto para a televisão e motivaram atletas
dos vários escalões. Os clubes corresponderam a este aumento de qualidade e o calendário nacional está hoje mais
recheado de melhores eventos, organizados quer por clubes quer em parcerias de clubes com a Federação.
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O Remo de Mar
Numa aposta clara da direção, o Remo de Mar começa hoje a ser uma realidade no nosso país. Passo a passo, temos
vindo a construir uma cultura num tipo de realizações que, quer a nível nacional quer a nível internacional, tem um
enorme potencial de desenvolvimento. O mar representa para o Remo um larguíssimo horizonte de desenvolvimento e de
captação de novos aderentes e de novos apoios.
E assim, o Remo faz hoje parte de um dos maiores eventos desportivos realizados no mar português, o Berlengas Ocean
Challenge, em que vários remadores de diversas idades tiveram já oportunidade de experimentar esta sua nova vertente.
A compra de embarcações e a sua disponibilização aos clubes tem sido fundamental para o desenvolvimento deste
segmento.
O Remo Adaptado
Com uma postura simples e de plena cooperação com os clubes, a FPR “apenas” disponibilizou aos clubes os materiais
que tinha em armazém e que em tempos idos eram exclusivos de minorias. Adicionalmente incentivou os clubes, deu
destaque aos remadores e eventos às suas provas e, com isso, conseguiu não só criar o primeiro nacional de velocidade
para Remo Adaptado, mas também que este se tornasse numa presença permanente, habitual e indiscutível nos nossos
nacionais.
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O Remo Escolar
Também neste campo a FPR investiu e alargou a prática do Remo, promovendo de uma forma regular o Remo em regiões
até à data não habituais na nossa modalidade. Nos últimos nacionais tivemos, pela primeira vez, a participação de atletas
provenientes e representantes de agrupamentos escolares.
As Equipas Nacionais
Provavelmente numa das áreas sempre mais polémicas da nossa modalidade, não temos medo de afirmar que nunca
uma direção tinha dado tanto apoio como esta deu aos atletas que integram a Seleção Nacional. Centros Regionais com
apoio técnico. Uma equipa completa e transversal que inclui treinadores, médico, fisiologista, fisioterapeuta e nutricionista
acompanham de forma consistente os atletas. As embarcações e meios disponibilizados, apesar de para alguns “saber a
pouco”, não encontram paralelo em anos anteriores. A mudança de mentalidades e abordagem ao alto rendimento
começa a mostrar evolução, apesar de muitas vezes incompreendida e desvalorizada.
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A Equipa
Tendo em conta aquilo que nos parecem ser as necessidades do Remo Nacional, apresentamos uma equipa originada no
Remo Português, totalmente isenta, voluntária e com um enorme espirito de missão e de serviço ao Remo. São todos
elementos de enorme credibilidade nas profissões que desenvolvem ou desenvolveram, de diversos escalões etários e
experiências diversificadas, portadores de valências que se complementam. A isenção apresentada é comprovada pelo
percurso de vida dos seus membros e a sua independência profissional. Desta forma julgamos estar garantida uma equipa
credível, séria, atualizada e de grande ambição, para dar sem querer receber.
PRESIDENTE – Luís Ahrens Teixeira
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
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Direção
Álvaro Branco – Barreiro
Amílcar Estrela – Barreiro
Letícia Gonçalves – Porto
João Pedro Fernandes – Caminha
João Diogo Manteigas – Lisboa
João Oliveira – Lisboa
Nuno Cerqueira – Porto
Estêvão Pape
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A nossa missão
Continuar a devolver ao Remo Nacional o estatuto e a credibilidade que este desporto merece e que lhe é reconhecido
mundialmente.
Promover a modalidade com base nos princípios éticos do desporto e do movimento olímpico.
Dotar a nossa modalidade com um conjunto de fatores atrativos de forma a que esta seja capaz de captar e fidelizar os
praticantes, sejam eles de lazer, de qualquer outra vertente ou nível competitivo.
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
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A nossa estratégia
Dando continuidade ao trabalho iniciado em abril de 2013, a nossa equipa apresenta os principais vetores para
desenvolver a missão a que se propõe, lembrando mais uma vez que o estado e a realidade da FPR obrigam a um
grande pragmatismo e a uma aposta na qualidade e não na quantidade. Preferimos a apresentação de propostas
concretizáveis em detrimento de um conjunto de muitas ideias vagas e de pouca probabilidade de execução.
1. Modernização e renovação dos recursos humanos da FPR e dos seus métodos de trabalho
2. Aprofundamento dos programas de formação de treinadores e árbitros
3. Aposta na qualidade dos eventos nacionais
4. Remo Jovem
5. Remo Feminino
6. Remo de Mar
7. Remo Adaptado
8. Alta Competição e Seleções Nacionais
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A modernização e renovação dos recursos humanos da FPR e dos seus métodos de trabalho
No último mandato foi feito um grande esforço para dotar a Federação de meios técnicos que lhe permitisse ser mais
eficiente nas suas rotinas e, por conseguinte melhorar o serviço prestado aos clubes.
Como qualquer novo sistema, este revelou algumas fraquezas iniciais bem como dificuldades de adaptação por parte de
todos os seus utilizadores e até algumas resistências.
Ultrapassados os seus primeiros anos, é agora tempo de o complementar com novas ferramentas, não só para colmatar
falhas identificadas por todos, mas também de forma a permitir uma melhor e mais rápida prestação de serviços, controle
do relacionamento financeiro com todos os seus associados, controle de inscrições e filiações e tornar os serviços da
Federação “user friendly”, modernos e ao nível das melhores práticas de gestão desportiva.
De forma a acompanhar a evolução tecnológica ao serviço de qualquer instituição a nossa equipa identifica uma
necessidade grande de continuar a renovar os seus recursos humanos.
“Por todos, pelo Remo, com perseverança, rigor e credibilidade”
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A FPR já dispõe hoje em dia de pessoal mais jovem, com mais ambição, com mais formação e conhecimento das
realidades do desporto Mundial e das ferramentas tecnológicas. É imperativo que prossiga a renovação dos seus
colaboradores. Apenas desta forma, com uma equipa jovem, motivada e multidisciplinar podemos continuar a evoluir e a
corresponder às necessidades e exigências dos nossos associados. Os constrangimentos orçamentais conhecidos não
permitem hoje em dia um elevado número de funcionários, devendo recair a nossa aposta em quadros de elevada
qualidade e, como já referido, multidisciplinares e altamente motivados para fazer melhor e inovar.
Mesmo em final de mandato a direção que agora cessa, continua a renovação dos seus métodos e do seu pessoal. Deverá
ser apresentado em breve aos clubes um novo sistema de pagamentos por referência Multibanco e está em andamento
uma melhoria significativa da sua plataforma de inscrições e de procedimentos internos de forma a corresponder
atempadamente e eficazmente a toda a carga burocrática imposta pelo IPDJ e COP. As medidas atualmente em estudo
permitirão também um melhor controlo orçamental que beneficiará também o relacionamento financeiro com Clubes e
Associações.
Reforçamos aqui a grande importância que tem tido, e terá sempre, a aceitação destas medidas pelos clubes bem como a
sua colaboração e sugestões para a melhoria de procedimentos atuais ou a implementar.
Sem pessoas não se executam ideias e projetos. A necessidade de renovação dos nossos recursos humanos vai muito além
do staff administrativo da FPR. É necessário dar novas oportunidades a novos treinadores e dirigentes.
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Aprofundamento dos programas de formação de treinadores e árbitros
A área da formação é, provavelmente, a área com mais inércia em avançar. Em 2013 não havia rigorosamente nada na
FPR que permitisse uma implementação mais rápida dos Referenciais de Formação. Os antigos responsáveis por esta área
recusaram-se a entregar qualquer documento anteriormente desenvolvido. Assim, e com 1/3 dos orçamentos anteriormente
disponíveis para a formação, apenas foi possível a implementação dos cursos de Nível 1.
Compreendemos a extrema importância que este assunto tem para todos os clubes, sem exceção. A modernização e
renovação dos Recursos Humanos assume também aqui um papel determinante. Está já em desenvolvimento uma avença
mensal com o responsável da formação, de forma, a que até ao final do mandato, o Remo disponha de cursos para todos
os níveis de formação e para que os cursos sejam ministrados de forma regular e em todas as épocas desportivas.
O bom relacionamento com técnicos estrangeiros deverá continuar a ser aproveitado de forma a valorizar a formação
contínua de treinadores nacionais. Será realizado, ainda este mês, um estágio em Portugal com o mais conceituado
treinador de Remo do Mundo. Uma oportunidade única e pioneira que deverá criar raízes para o desenvolvimento de mais
e melhores parcerias na área da formação. A futura direção da FPR deverá privilegiar o intercâmbio de experiências com
diferentes realidades.
Na área de formação de árbitros a ainda muito pequena renovação realizada no último ano terá que ser intensificada. Mais
uma vez aqui se afirma que nenhuma Federação poderá efetuar as mudanças vitais da nossa modalidade sem a
colaboração de todos.
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São necessários mais árbitros
Renovar Recursos Humanos também neste segmento. A orientação a seguir na formação de treinadores deverá ser
espelhada também com os árbitros. As parcerias e trocas de experiências com árbitros internacionais deverá ser sistemática
e consistente. Assumimos que as inércias demonstradas terão que ser substituídas por planos anuais de formação e a sua
devida implementação.
A participação de árbitros em testes de seleção deverá também ser uma forma de providenciar mais experiência aos
mesmos e de os treinar com novas rotinas e hábitos de orientação de provas num ambiente mais calmo com menor
pressão.
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Aposta na qualidade dos eventos nacionais
Hoje em dia os praticantes de desporto, os consumidores de desporto, escolhem muitas vezes a modalidade a praticar pelo
desafio que este lhes apresenta e pela qualidade dos seus eventos. Ao mesmo tempo, os parceiros e patrocinadores,
quando apostam em determinada modalidade, exigem eventos que vão de encontro à sua forma de estar e a forma
como se querem diferenciar numa sociedade altamente competitiva e com uma enorme oferta desportiva.
Quantos de nós não escolhemos já determinadas participações em eventos desportivos pela sua qualidade organizativa e
pelo desafio apresentado?
As regatas de Remo, os nossos eventos, são a forma como nos manifestamos perante os nossos atletas, parceiros, público e
potenciais praticantes. Temos que saber adequar os nossos eventos às expectativas de praticantes mais exigentes, mais
conhecedores e que dispõem de uma enorme oferta de eventos desportivos.
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Por esses motivos, não devemos abdicar de investir na qualidade dos mesmos. Neste sentido é necessário dedicar uma
maior parte do orçamento de forma a modernizar o Remo nesta vertente.
Um bom evento é uma boa janela de promoção da modalidade e dos seus parceiros. A nossa proposta vai no sentido da
afirmação de um certo conjunto de eventos de referência nacional e um plano financeiro para apoiar a sua
implementação. A FPR deverá definir critérios de financiamento muito claros de forma motivar e potenciar a elevação do
nível dos nossos eventos.
Defendemos também a elaboração de um calendário nacional a 4 anos. Desta forma todos os clubes e associações
poderão atempadamente planear, promover, executar e angariar apoios. Acreditamos que com planeamento bastante
antecipado estamos a facilitar as organizações e a melhorar o seu potencial de qualidade.
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Remo Jovem
Pretendemos continuar a considerar as Associações Regionais como parceiros privilegiados para o desenvolvimento do
Remo Jovem, em colaboração com os clubes e o com Desporto Escolar - Centros de Formação Desportiva (CFD) e Grupos
Equipa (GE).
A nossa visão continua a ter como preocupação a captação de mais atletas nas camadas jovens e a fidelização dos
mesmos à modalidade, reduzindo a taxa de abandonos – mais elevada durante os meses de Inverno - sem sobrecarregar os
clubes com um elevado número de deslocações a regatas.
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Com esse objetivo em mente, a nossa estratégia passa por:
1. Continuar a apoiar a organização do Torneio 1as Remadas (T1asR) – máximo 4 a 5 eventos em cada AR + final nacional
- e o Torneio de Remo Jovem e Adaptado (TRJA) – máximo 4 a 5 eventos em cada região, em concomitância com os
T1asR;
2. Incentivar os CFD e GE a participar nos T1asR, com o apoio logístico dos clubes com quem aqueles estabeleceram
protocolo;
3. Apetrechar as AR’s com meios para organização de regatas, para que esses meios possam contribuir não só para essas
organizações mas também como meio para a divulgação da modalidade;
4. Preparar suportes comunicacionais para distribuir pelas AR’s, para utilização em acções de promoção e de captação,
regatas, etc.;
5. Ponderar o apoio a uma participação internacional interassociações no escalão juvenil, caso a situação financeira da
FPR o permita.
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Remo Feminino
É facilmente percetível que o número de atletas masculinos é em muito superior ao número de atletas femininas.
Já todos sabemos que um dos resultados que virá do Congresso da Federação Internacional a realizar em fevereiro de 2017,
será o aumento do número de remadoras a participar no programa Olímpico.
É importante criar iniciativas que captem e mantenham as atletas no remo. O investimento em pequenas ações já
desenvolvidas deverá ser reforçado e ganhar o estatuto de permanente.
A Regata Women’s Head realizada na época de 2015/2016, teve uma grande aceitação e adesão por parte de clubes e
atletas. Este evento deverá ser uma âncora e modelo do trabalho e protagonismo que as nossas atletas deverão ter.
Estender este conceito a um evento maior, “Women’s Fest”, é um desafio e proposta que queremos agarrar. Será também
bom princípio e ideia aproveitar o bom ambiente que normalmente abunda entre as nossas atletas, como um exemplo de
cooperação e trabalho de equipa entre atletas e clubes.
Propomos também a integração em pleno das nossas atletas no Circuito Nacional de Remo de Mar.
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Remo de Mar
As experiências dos últimos anos dão indicadores bastante positivos sobre o potencial desta vertente da nossa modalidade.
Potencial esse que se manifesta na oferta aos atuais, futuros e ex-atletas, a novos mercados, organizadores e
patrocinadores.
O desenvolvimento desta vertente do Remo é o alinhar da nossa modalidade com as políticas nacionais do mar, no
desenvolvimento de eventos altamente desafiantes e disputados em cenários pouco prováveis, que oferecem aos seus
praticantes experiências únicas, memoráveis e de intenso relacionamento humano com a natureza.
A direção que aqui se propõe, aposta na implementação de um circuito alargado de Remo de Mar, pondera a sua
inserção no Ranking Nacional de clubes e defende a realização de um evento internacional por ano desta vertente.
Deverá a futura direção procurar um patrocinador que dê nome ao circuito nacional de Remo de Mar que leve, no prazo
do mandato de 2016/2020, à candidatura e organização do Campeonato do Mundo de Remo de Mar em Portugal.
Tal não aconteceu no mandato anterior apenas e só pela falta de Recursos Humanos da nossa Federação.
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Remo Adaptado
Os esforços desenvolvidos no último mandato comprovam que a melhor forma de desenvolvimento do Remo Adaptado é a
sua perfeita e total integração nas rotinas diárias dos tradicionais clubes de Remo.
O entusiasmo e adesão dos nossos remadores de Remo Adaptado, são indicadores que nos conduzem para a organização
e introdução de mais provas para este escalão no calendário nacional. Defendemos por isso que é nos tradicionais clubes
de Remo que se deve acentuar o desenvolvimento do Remo Adaptado.
Esta aposta é benéfica tanto para atletas como para os próprios clubes. Os primeiros beneficiam de uma total integração e
os segundos da possibilidade de se afirmarem inclusivos e aumentarem, também, o seu leque de oferta de prática.
A exemplo do que aconteceu no ciclo anterior, propomos ser a ponte entre associações de apoio ao desporto adaptado e
os clubes, como forma de facilitar a aquisição de equipamentos e melhoria de infraestruturas.
Nunca esquecendo as limitações já enunciadas e a atual realidade do Remo Nacional, seria uma grande vitória para todos
nós, o regresso às competições internacionais de Remo Adaptado. Tal só será possível com um desenvolvimento sustentado
e maior implementação nos clubes e um maior número de eventos nacionais de Remo Adaptado.
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Alta Competição e Seleções Nacionais
Como já referido este é um dos pontos mais polémicos e discutidos entre a comunidade do Remo Nacional.
Muitos dizem que tem atenções a mais e investimento em excesso, mas no fim, todos exigem e esperam resultados e
avaliam mandatos em função dos resultados internacionais. Todas estas aspirações e expectativas são válidas e
respeitáveis.
As nossas orientações têm sido claras, matéria de diversas reuniões e esclarecimentos entre clubes, atletas e seus familiares,
e sempre enunciadas no Documento Orientador das Seleções Nacionais que é, e continuará a ser, emitido anualmente.
Temos que assumir que a Alta Competição não é para todos. Apenas para aqueles que querem, podem e são capazes.
Não basta afirmar que queremos mudar. Temos que aceitar e saber viver com processos de mudança.
Ao contrário do nosso desporto, cada vez mais competitivo, exigente e duro, os jovens dos nossos tempos estão habituados
a resultados rápidos e de pouco esforço. Apenas uma muito reduzida percentagem da população Mundial está
simultaneamente apta e predisposta a viver em processos competitivos de longo prazo e altamente exigentes.
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Observando as equipas mundiais com destaque nos últimos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, podemos observar que é
possível o desenvolvimento de carreiras académicas e profissionais, bem como uma vida familiar sustentável e compatível
com processos de Alta Competição.
Por isso, o caminho da exigência deverá ser continuado e terá inevitavelmente que se tornar numa cultura e marca dos
nossos atletas, treinadores e dirigentes.
Os princípios anteriormente definidos deverão ser continuados. Mínimos físicos e técnicos para pertencer a um
determinado grupo serão cada vez mais exigentes. Os centros regionais deverão ser ainda mais reforçados e a
dedicação dos atletas às equipas nacionais será cada vez maior. Poderá não ser o caminho de maior consenso mas é o
único que nos poderá levar a diminuir um enorme fosso que nos separa dos melhores do Mundo.
No último ciclo foram os próprios atletas que demonstraram interesse e necessidade da FPR criar um centro de habitação
em Coimbra para todos aqueles que queiram lutar por objetivos internacionais. Está então criado o momento para
avançar com uma residência do Remo Nacional, de modo a que os nossos remadores e remadoras possam estudar e
treinar, desenvolvendo desta forma a sua carreira académica e desportiva.
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O objetivo máximo a que nos propomos é o de dotar o Remo Nacional de um sistema de seleção que gere remadores
todos os anos e que não dependa da sorte e do aparecimento na nossa modalidade de atletas súperdotados, que por
definição são raros e espaçados no tempo.
No seguimento daquilo que tem sido feito, a aposta nos escalões Juniores e Sub23 tem que continuar, como forma de
promover desde cedo nestes atletas os comportamentos e culturas adequadas.
O trabalho junto dos clubes e dos seus treinadores deverá aumentar, por isso, a necessidade de mais e melhores recursos
humanos. Ao contrário do que foi feito no passado o Diretor Técnico Nacional terá que efetuar visitas regulares aos clubes
como forma de melhor a comunicação e interação com os mesmos.
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Incentivo Final
Caros e Caras atletas, treinadores, dirigentes, árbitros, apoiantes e parceiros.
Mudar exige cooperação, tolerância e desconforto. Apenas com espirito de missão, com um trabalho em equipa e com a
colaboração de todos podemos lograr levar o Remo para um patamar superior. Mudar exige realismo e humildade para
reconhecer o lugar que ocupamos.
A equipa que hoje se propõe tem na sua génese a ética, seriedade, espirito de missão e acima de tudo uma vontade
intrínseca de servir. É uma equipa que não se conforta com o medíocre e com faltas de ambição.
É de senso comum que quantos mais formos, e mais unidos, mais forte seremos. O Remo é mundialmente conhecido como o
grande desporto de Equipa. Tem que partir de todos nós esse exemplo, dia a dia, entre atletas, clubes, dirigentes e árbitros.
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Todos os dias das nossas vidas somos confrontados com opções. Hoje temos a opção de contribuir para melhorar o desporto
que nos une. Que privilégio o nosso!
Está nas nossas mãos. Apenas depende de nós o futuro do Remo Nacional. Em tempos outros escolheram o caminho errado,
aparentemente mais fácil, que muito nos pesa e continuará a pesar.
Estamos certos de que se todos nos unirmos em torno do objetivo comum que é melhorar o Remo Nacional, daremos um
exemplo à atual e futuras gerações que permanecerá durante muitos anos, não só como um exemplo de sucesso mas
acima de tudo um exemplo de serviço aos outros, ao Remo, ao Desporto e a Portugal.
Um forte abraço,
A equipa
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