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7/23/2019 Por Uma Postura Exemplar http://slidepdf.com/reader/full/por-uma-postura-exemplar 1/9 CLÍNICA Por uma postura exemplar Programas de TV, internet, interdisciplinaridade e modernidade não mudam em nada a ética do psicólogo, esteja ele onde estiver. Conheça algumas das questões mais polmicas da atualidade Em tempos de tragédias valorizadas por vários programas de TV, crimes hediondos mostrados em novelas, algumas questões éticas, relativas à postura do profIssional psi, têm sido levantadas em salas de deates virtuais! " importante saer mais sore o #$digo de "tica que rege a profIss%o e deater, com ase em situa&ões práticas, para melhorar cada vez mais a atua&%o, prezando sempre pelo 'uramento e traalho pautado na ética! (uando o discurso onito passa para a prática profIssional, fIca a d)vida se todos os profIssionais tiveram o mesmo entendimento de um te*to +'urdico+! Todos os profIssionais têm a mesma leitura e colocam em prática a&ões iguais- .or que n%o recorrer ao conhecimento de advogados, de 'uristas para ter a certeza de que a classe está no caminho de uma padroniza&%o correta- .ara aordar o assunto, dez situa&ões hipotéticas s%o colocadas para que a ética se'a discutida e esclarecida de uma maneira mais o'etiva e clara!  /lgumas s%o comuns e outras nem tanto, mas todas geram d)vidas entre alunos e profIssionais! .ara o leigo, é importante acompanhar minuciosamente este deate para n%o se sentir enganado e entender mais um pouco sore os princpios ásicos que norteiam a profIss%o do psic$logo! ANÁLISE EM PROGRAMA DE TV 0 psic$logo aparece na televis%o falando sore o criminoso da atualidade e sore casos de violência e rela&ões familiares! " permitido a este profIssional analisar o perfIl deste ou daquele caso- .ode dar conselhos em programas de qualquer mdia- 1egundo o #$digo de "tica que rege a profIss%o2 /rt! 34 5 /o psic$logo é vedado2 q6 7ealizar diagn$sticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de servi&os psicol$gicos em meios de comunica&%o, de forma a e*por pessoas, grupos ou organiza&ões!  /rt! 89 5 0 psic$logo, ao participar de atividade em veculos de comunica&%o, zelará para que as informa&ões prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atriui&ões, da ase cientfIca e do papel social da profIss%o! /rt! 3: 5 0 psic$logo, ao promover pulicamente seus servi&os, por quaisquer meios, individual ou coletivamente2 a6 Informará o seu nome completo, o #7. e seu n)mero de registro; 6 <ará referência apenas a ttulos ou qualifIca&ões profIssionais que possua; c6 =ivulgará somente qualifIca&ões, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que este'am reconhecidas ou regulamentadas pela profIss%o; d6 >%o utilizará o pre&o do servi&o como forma de propaganda; e6 >%o fará previs%o ta*ativa de resultados; f 6 >%o fará autopromo&%o em detrimento de outros profIssionais; g6 >%o proporá atividades que se'am atriui&ões privativas de outras categorias profIssionais; h6 >%o fará divulga&%o sensacionalista das atividades profIssionais!

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CLÍNICAPor uma postura exemplar  Programas de TV, internet, interdisciplinaridade e modernidade não mudam em

nada a ética do psicólogo, esteja ele onde estiver. Conheça algumas das

questões mais polmicas da atualidade

Em tempos de tragédias valorizadas por vários programas de TV, crimeshediondos mostrados em novelas, algumas questões éticas, relativas à posturado profIssional psi, têm sido levantadas em salas de deates virtuais! "importante saer mais sore o #$digo de "tica que rege a profIss%o e deater,com ase em situa&ões práticas, para melhorar cada vez mais a atua&%o,prezando sempre pelo 'uramento e traalho pautado na ética! (uando odiscurso onito passa para a prática profIssional, fIca a d)vida se todos os

profIssionais tiveram o mesmo entendimento de um te*to +'urdico+! Todos osprofIssionais têm a mesma leitura e colocam em prática a&ões iguais- .or quen%o recorrer ao conhecimento de advogados, de 'uristas para ter a certeza deque a classe está no caminho de uma padroniza&%o correta-

.ara aordar o assunto, dez situa&ões hipotéticas s%o colocadas para que aética se'a discutida e esclarecida de uma maneira mais o'etiva e clara! /lgumas s%o comuns e outras nem tanto, mas todas geram d)vidas entrealunos e profIssionais! .ara o leigo, é importante acompanhar minuciosamenteeste deate para n%o se sentir enganado e entender mais um pouco sore osprincpios ásicos que norteiam a profIss%o do psic$logo!

ANÁLISE EM PROGRAMA DE TV0 psic$logo aparece na televis%o falando sore o criminoso da atualidade esore casos de violência e rela&ões familiares! " permitido a este profIssionalanalisar o perfIl deste ou daquele caso- .ode dar conselhos em programas dequalquer mdia- 1egundo o #$digo de "tica que rege a profIss%o2 /rt! 34 5 /opsic$logo é vedado2 q6 7ealizar diagn$sticos, divulgar procedimentos ouapresentar resultados de servi&os psicol$gicos em meios de comunica&%o, deforma a e*por pessoas, grupos ou organiza&ões!

 /rt! 89 5 0 psic$logo, ao participar de atividade em veculos de comunica&%o,

zelará para que as informa&ões prestadas disseminem o conhecimento arespeito das atriui&ões, da ase cientfIca e do papel social da profIss%o! /rt!3: 5 0 psic$logo, ao promover pulicamente seus servi&os, por quaisquer meios, individual ou coletivamente2 a6 Informará o seu nome completo, o #7. eseu n)mero de registro; 6 <ará referência apenas a ttulos ou qualifIca&õesprofIssionais que possua; c6 =ivulgará somente qualifIca&ões, atividades erecursos relativos a técnicas e práticas que este'am reconhecidas ouregulamentadas pela profIss%o; d6 >%o utilizará o pre&o do servi&o como formade propaganda; e6 >%o fará previs%o ta*ativa de resultados; f 6 >%o faráautopromo&%o em detrimento de outros profIssionais; g6 >%o proporáatividades que se'am atriui&ões privativas de outras categorias profIssionais;h6 >%o fará divulga&%o sensacionalista das atividades profIssionais!

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"NÃO PERMITIDO COMENTÁRIOS SO!RE A PERSONALIDADE DEALGM !ASEADO EM VÍDEOS O !REVES RELATOS# ISSO NÃO +

#om ase nesses primeiros fragmentos do #$digo de "tica, um casohipotético, mas prático e atualssimo! >a televis%o, depois de vários vdeos

apresentados pelo apresentador, o profIs5sional dá o diagn$stico da pessoa emquest%o! +" portador de dist)rio ipolar pelo seu quadro de constanteinstailidade emocional!+ Esse tipo de diagn$stico é completamente errado,porque a pessoa em quest%o n%o é paciente do psic$logo e n%o háinforma&ões sufi5 cientes para analisar o caso! E, mesmo que fosse pacientedeste profIssional, n%o poderia e*p?5lo dessa maneira! >%o é permitidocomentários sore a personalidade de alguém aseado em vdeos ou revesrelatos! Isso n%o é .sicologia!

0utra situa&%o em comum é aapresenta&%o do profIssional como

doutor! >%o se intitule doutor oupermita ser chamado como tal!=outor é quem tem titula&%o dedoutorado e isto está e*plcito noc$digo de ética @/rt! 3: 5 6! 1e vocêé terapeuta, analista, psicanalista,psicopedagogo, neuropsic$logo ouespecialista em qualquer área, éorigat$rio informar a forma&%ooriginal e o n)mero de registro noconselho, o #7.! " isto que dálegalidade e respeito ao profissionale valoriza a veracidade do traalho!

(uanto mais correta for a postura, menos oportunistas agir%o na sociedade emnome da .sicologia!

 /o psic$logo n%o é permitido se apresentar se utilizando de recursosalternativos como florais, energiza&ões, pêndulos ou cren&as pessoais, denada do que n%o se'a instrumento da .sicologia, autorizado e reconhecido pelo#onselho <ederal de .sicologia! " permitido ao profissional que ele tenha suaspr$prias cren&as, mas elas s%o suas, pessoais e intransferveis, e n%o da

profiss%o!0 psic$logo é um representante da classe! 1$ é permitida a utiliza&%oe a divulga&%o de instrumentos autorizados pelo #onselho <ederal de.sicologia @#<.6!

>%o está sendo discutida a validade ou cientifIcidade destes instrumentos, massim, a neutralidade e*igida pela postura profIssional! / quest%o é que, no papelde .sic$logo, s$ é permitido utilizar instrumentos autorizados e reconhecidospelo #<.! E estes instrumentos, n%o o s%o! /o se apresentar comopsic$logo@a6, o profIssional indiretamente informa ao seu cliente que seutraalho será pautado na "tica e na .sicologia! 1er neutro é dei*ar que osetting psicoterápico se'a preenchido apenas com informa&ões, valores,

conte)dos, pensamentos, sentimentos do cliente, e n%o o pessoal! Tudo o maisé oriundo da cren&a pessoal do profIssional e deve fIcar fora do setting!

$alar %a te&'( so)re *asos +e &,ol'%*,a

e rela-.es /am,l,ares( %0o est1autor,2a+o pelo C3+,4o +e t,*a

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1e a prática profIssional é pautada neste tipo de instrumento, ela n%o éconsiderada .sicologia! .ara isso, n%o é preciso se apresentar como psic$logoe nem utilizar o n)mero de #7.! /tue e se apresente como profIssional destaoutra área @terapeuta, holoterapeuta, natur$logo, etc!6, com registro nacategoria e*istente! >%o é permitida propaganda do consult$rio com

promessas de resultados fantásticos em um n)mero fI*o de sessões nemqualquer tipo de avalia&%o da vida de determinadas pessoas em talA shoBs deTV! Esse perfIl n%o passa seriedade e nem é permitido pelo #$digo de "tica!>inguém pode prometer o que a.sicologia e seus instrumentosofIciais n%o podem garantir eatriuir!

RELIGIÃO NO CONSLT5RIO /rt! 34 5 /o psic$logo é vedado2 6Induzir a convic&ões polticas,

fIlos$fIcas, morais, ideol$gicas,religiosas, de orienta&%o se*ual oua qualquer tipo de preconceito,quando do e*erccio de suasfun&ões profIssionais; " complicadoquando o tema é religi%o e é umdos que mais aparecem emdeates virtuais! (uase diariamentes%o apresentadas situa&ões queenvolvem o tema! <alar sore issodentro de um conte*to psicol$gico esocial é uma coisa, mesclar religi%ocom .sicologia é outra! .rometer curas atreladas à religiosidade, por meio de teorias psicol$gicas, n%ofaz parte das atriui&ões do profIssional psic$logo! / religi%o entra no estudo da .sicologia como um evento coletivo, umfen?meno, uma cren&a, uma necessidade! E*istem mil possiilidades deentendimento deste o'eto de estudo, mas 'amais como um pressupostote$rico, porque n%o é .sicologia! / religi%o participa do setting apenas de umamaneira! " uma m%o )nica que vem somente do cliente! / religi%o do

profIssional fIca do lado de fora do consult$rio e n%o faz parte de nenhumpressuposto te$rico de nenhuma escola da .sicologia!

.romessas de forma&%o em .sicologia 7eligiosa precisam ser vistas commuito cuidado! Esses cursos n%o têm o reconhecimento do CE#! 1empreverifIque se o curso é reconhecido e, se houver d)vidas, entre em contato como conselho que rege a profIss%o! Dá muita promessa de institui&%o comforma&ões diversas, mas que n%o s%o aceitas ou reconhecidas pelos $rg%oscompetentes! <ique sempre atento a isso

IDENTIDADE SE6AL E O PSIC5LOGO

>%o importa o que o profIssional pense, ache ou acredite! " impensável umprocesso de cura! 0 que diz o #$digo de "tica no artigo 342 6 Induzir a

A rel,4,0o %0o po+e ser e%te%+,+a *omoum pressuposto te3r,*o +a Ps,*olo4,a#Ape%as um o)7eto +e estu+o &,%+o +o*l,e%te

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convic&ões polticas, fIlos$fIcas, morais, ideol$gicas, religiosas, de orienta&%ose*ual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do e*erccio de suas fun&õesprofIssionais! E o que complementa isso é a resolu&%o#<. n4:8F99, que proe a patologiza&%o da homosse*ualidade e que deveráser respeitada por todos!

0u se'a, o indivduo,independentemente de quem se'a,querendo ou n%o, n%o muda! 1er homosse*ual n%o é uma doen&a e,por isso, n%o tem cura ou algumprocesso de remo&%o!" possvel au*iliar a pessoa soreas conseqGências sociais, com avitimiza&%o, em questões familiares,nos conflitos decorrentes, mas

 'amais impor, achar ou afIrmar que épossvel mudar aquela pessoa,como promessa ou parte docontrato!

"NO PAPEL DE PSIC5LOGO( S5 PERMITIDO TILI8AR INSTRMENTOSATORI8ADOS E RECON9ECIDOS PELO CONSEL9O $EDERAL DEPSICOLOGIA"

 Tanto é verdade que o CFP tem uma cartilha de orientações para adoção decrianças por casais homossexuais. Se existe uma cartilha para adoção decrianças e resoluções que proíbem a patoloi!ação da sexualidadehomoer"tica# como um pro$ssional pode divular a cura ou mudança dasexualidade%&o caso do pro'(ssional ser contratado para dar um parecer em um caso dediv"rcio ou em um caso de questionamento de exame psicotécnico deconcursos p)blicos# a *ei di!+

,rt. - / São deveres 'undamentais dos psic"loos+ a0 Conhecer# divular#cumprir e 'a!er cumprir este C"dio1 b0 ,ssumir responsabilidadespro'(ssionais somente por atividades 2exclusivas da pro'(ssão do psic"loo01

h0 3rientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados# apartir da prestação de serviços psicol"icos# e 'ornecer# sempre quesolicitado# os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho1 456 / 3psic"loo responsabili!ar/se/7 pelos encaminhamentos que se '(!eremnecess7rios para arantir a proteção interal do atendido.,rt. 5 / ,o psic"loo é vedado+ 0 8mitir documentos sem 'undamentação equalidade técnico/cientí'(ca1Se o psic"loo não é especialista da 7rea e não tem pr7tica# o que deve ser'eito é um encaminhamento para um especialista. 8xistem procedimentosem psicodian"stico e Psicoloia 9urídica que devem ser seuidos e h7muitos pro'(ssionais mais preparados para isso. , prioridade é o bem/estar

do S8: paciente.

9omosexual,+a+e %0o : uma +oe%-a# ,rre&ers;&el( e a *ura : al4o ,lus3r,o# pro,),+o ao ps,*3lo4o prometer tal /e,to

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ValoresHidar com as mudan&as constantes de comportamento e de háhumanidade origa o homem a se equilirar entre a sorevivência e algu

itens, quase que totalmente esquecidos, como a rela&%o afetiva e valore0 sucesso a qualquer pre&o é um filme sore uma equipe que traavenda de im$veis! 0s tempos est%o difceis e os vendedores est%o so upress%o2 uma premia&%o, na qual, o prêmio para a J coloca&%o é a d(uem tiver desempenho mais satisfat$rio vai receer as oas dicconseguir ir em nas vendas, mas o sumi&o @ou o rouo6 dessas dicassitua&%o muito mais tensa!

ATENDIMENTO A MENORES

 /rt! K4 5 .ara realizar atendimento n%o eventual de crian&a, adolescente ouinterdito, o psic$logo deverá oter autoriza&%o de ao menos um de seusresponsáveis, oservadas as determina&ões da legisla&%o vigente2 L8M 5 >ocaso de n%o se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades competentes; L3M 5 0 psic$logoresponsailizar5se5á pelos encaminhamentos que se fIzerem necessários paragarantir a prote&%o integral do atendido! Independentemente de o atendimentoser em estágio ou em um consult$rio particular, nos dois casos é recomendávelque o psic$logo otenha autoriza&%o 5 por escrito 5 de um dos pais ouresponsáveis!

0 psic$logo pode estar entre uma riga con'ugal e sair pre'udicado! "importante se proteger como profIssional! 0 resguardo legal tamém faz partedas atitudes de um profIssional ético! " imprescindvel que o psic$logo tenhauma c$pia do Estatuto da #rian&a e do /dolescente em seu consult$rio e,impreterivelmente, que 'á o tenha lido, que conhe&a as orienta&ões do#onselho <ederal de .sicologia e que conhe&a a #artilha de =ireitos Dumanosna .rática .rofIssional do .sic$logo!

"TODO PRO$ISSIONAL ACARA DE SA PRO$ISSÃO ETODOS OS ATOS T<M

RE$LE6OS EM TODA MACATEGORIA"

Todos esses documentos est%odisponveis no sitehttp2FFBBB!pol!org! r e s%o de fácilacesso! 0 cliente questiona oprofIssional sore determinadoteste psicol$gico de um concurso ee*ige informa&ões para passar noe*ame! 0 #$digo diz2 /rt! 84 5 i6Nelar para que a comercializa&%o,aquisi&%o, doa&%o, empréstimo,

Dar +,*as +e *omo se sa,r )em em um

exame ps,*ot:*%,*o( al:m +e ser a%t,:t,*o( : ,le4al e se *o%/I4ura *omo*r,me

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guarda e forma de divulga&%o do material privativo do psic$logo se'a feitaconforme os princpios deste #$digo; Você n%o pode treinar ou dar dicas paraque alguém possa fazer um psicotécnico! Isso é ser c)mplice de alguém compretensões em fraudar um e*ame p)lico! /lém de antiético é crime! Todo omprofIssional sae que mesmo em treinado há grandes possiilidades de o

candidato ser reprovado por incongruência nas respostas! 1e'a honesto e n%ovenda um produto que n%o tem garantias!

ATENDIMENTO NA INTERNET.or mais asurdo que possa parecer, essa é uma das situa&ões mais comunse recorrentes em comunidades virtuais de .sicologia sem a devida modera&%o!Em alguma comunidade do 0rAut alguém resolve pedir a'uda e escreve2 +0iEstou atendendo em estágio @ou no consult$rio6 uma crian&a de sete anosvtima de auso se*ual e com prolemas na fala! /lguém tem alguma dica dematerial para indicar-+ Temos que retornar ao /rt! 3: supracitado!(uando um profIssional age dessa forma, age errado! E*põe um cliente em um

amiente virtual e p)lico! (ualquer pessoa pode ler aquela informa&%o e, por menor que se'a a possiilidade de identifIca&%o, há uma mnima possiilidadede o cliente vir a ser identifi5 cado! /s d)vidas de um profIssional devem ser tiradas na supervis%o e n%o na internet! =icas de internet podem n%o ser confIáveis e muito menos cientfIcas!

SICÍDIO E O SIGILOPRO$ISSIONAL0 que fazer quando um pacienteveraliza constantemente que vai sematar ou que vai fazer alguma coisaque pre'udique sua pr$pria sa)de-.odem ser s$ amea&as e talvez 'amais ele realmente conclua demaneira concreta o pensamento! /rt! 94 5 " dever do psic$logorespeitar o sigilo profIssional a fImde proteger, por meio daconfIdencialidade, a intimidade daspessoas, grupos ou organiza&ões, aque tenha acesso no e*erccio

profIssional! /rt! 8: 5 >as situa&õesem que se confIgure conflito entreas e*igências decorrentes dodisposto no /rt! 94 e as afIrma&õesdos princpios fundamentais deste#$digo, e*cetuando5se os casosprevistos em lei, o psic$logo poderádecidir pela quera de sigilo,aseando sua decis%o na usca do

menor pre'uzo! .arágrafo )nico 5 Em caso de quera do sigilo previsto nocaput deste artigo, o psic$logo deverá restringir5se a prestar as informa&ões

estritamente necessárias!.or mais diversa que se'a a aordagem, procure manter um diálogo com um

A =ue)ra +e s,4,lo( %o *aso em =ue o*l,e%te *o4,tar poss,),l,+a+e +esu,*;+,o( : perm,t,+a

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supervisor! 1e você é um profIssional com muitos anos de carreira, a conversacom um colega pode ser mais apropriada e, em seguida, fa&a uma revis%o desua avalia&%o! .or mais e*periente que você se'a, é importante uma segundaopini%o! 0 que está em 'ogo é uma vida! Dá sempre uma possiilidade de outro+olhar+, mesmo dentro das aordagens mais positivistas! 1e houver uma

possiilidade, mesmo que pequena e irreal, comunique o conselho e fale comos conselheiros! Eles est%o ali para a'udar e aconselhar! >%o se'a tamémpego de surpresa e preze pelo em5estar do cliente!

EM CASOS MAIS ESPECÍ$ICOS" possvel que e*istam outras leituras 5 o que será apresentado daqui emdiante é apenas uma entre tantas 5 para outras situa&ões e o #onselho7egional de .sicologia deve ser sempre acionado e questionado! (uando o háum relato de crime pelo cliente, em um passado recente ou n%o! 0 profIs5sionalfIca em d)vida se comunica ou n%o a polcia! 7ecorre a um colega de profIss%oe tem uma opini%o, pergunta para outro e tem uma segunda! 0 que fazer-

 /rt! 94 5 " dever do psic$logo respeitar o sigilo profIssional a fIm de proteger,por meio da confIdencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ouorganiza&ões, a que tenha acesso no e*erccio profIssional! /rt! 8: 5 >as situa&ões em que se confIgure conflito entre as e*igênciasdecorrentes do disposto no /rt! 94 e as afIrma&ões dos princpios fundamentaisdeste #$digo, e*cetuando5se os casos previstos em lei, o psic$logo poderádecidir pela quera de sigilo, aseando sua decis%o na usca do menor pre'uzo!na usca do menor pre'uzo! .arágrafo )nico 5 Em caso de quera do sigiloprevisto no caput deste artigo, o psic$logo deverá restringir5se a prestar asinforma&ões estritamente necessárias!

 /ntes de comunicar ou n%o apolcia sore o crime, ligue paraum conselheiro! E*istem in)merasvariáveis em uma tomada dedecis%o como esta e pode haver dois entendimentos distintos2 8! 0crime 'á ocorreu e ninguém estáem risco ou em agress%o iminente,e você n%o precisa relatar à polcia

porque seu papel n%o é de for&apolicial! 3! /lguém pode ter sigo atingido,agredido ou uma terceira pessoapode pagar por este crimeinocentemente! / você estariaprezando pela seguran&a de um

terceiro!>esta ou em qualquer outra situa&%o, o #onselho deve ser acionado! .or meiodele haverá uma orienta&%o especfIca sore como proceder em cada caso! /note sempre e protocole as liga&ões!

ONo *aso +e um relato +e *r,me( :,%+,*a+o )us*ar uma se4u%+a &,s0oa%al;t,*a

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"O SIGILO S5 PODE O DEVE SER >E!RADO >ANDO O PACIENTECOLOCA SA VIDA EM RISCO O AMEA?A A DE TERCEIROS( EM

CASOS DE ATO@AGRESSÃO( POR E6EMPLO"

0utra situa&%o em comum é quando uma cliente apresenta uma vontade decometer o aorto! / cliente afIrma que está grávida e n%o vai levar em frenteessa gesta&%o! 0 profIssional pode considerar que essa clnica é clandestina evai colocar sua vida em risco ou vai recorrer a uma clnica com profIssionaisformados e em cara!Pm crime deve ser comunicado às autoridades- /ntes de responder a estapergunta é om que se pense nas mais variadas infra&ões! Todos,tecnicamente, s%o infratores! Pltrapassar um sinal fechado, parar em fIla duplaou estacionar em local proiido s%o tamém coiidos por lei! 1e for preciso

relatar a inten&%o de cometer um tipo de infra&%o, qual é passvel de quera desigilo- (uem separa isso- Todos os crimes devem ser reportados ou s$alguns- " o tipo de decis%o que implica em 'uzo de valores, o que n%o écorreto, em nenhuma escola de .sicologia!

0 sigilo s$ pode ou deve ser querado quando o paciente coloca sua vida emrisco ou amea&a a de terceiros, em casos de auto5agress%o @suicdio, por e*emplo6 ou heteroagress%o @terceiros6! #omo classifIcar o aorto- 1e feito emuma clnica e a mulher estiver consciente e fIrme sore seu dese'o, que direitotem o psic$logo em decidir o que é certo, querar o sigilo e comunicar pulicamente sua vontade- 1ore a crian&a dessa gesta&%o, segundo o =ireito#ivil, o feto n%o é considerado pessoa, apenas uma e*pectativa! >o =ireito.enal, o feto é entendido como pessoa e, assim, dotado de vida, com direitos!1endo assim, o o'eto da tutela é a vida humana!

1eguindo essa linha de pensamento, o aorto seria um crime contra a vida etamém, doloso @salvo alguns casos e*cepcionais6! / partir do #$digo de "ticado psic$logo, na quest%o heteroagress%o, so o ponto de vista do =ireito #ivil,o su'eito feto é um terceiro, pelo =ireito .enal, n%o! .ara responder a isto épreciso ater em como o sigilo é descrito no #$digo de "tica2 @!!!6 pelo respeitoao su'eito humano e seus direitos fundamentais; por constituir a e*press%o de

valores universais, tais como os constantes na =eclara&%o Pniversal dos=ireitos Dumanos; socioculturais, que refletem a realidade do .as; e devalores que estruturam uma profIss%o, um c$digo de ética n%o pode ser vistocomo um con'unto fI*o de normas e imutável no tempo! /s sociedades mudam,as profIssões transformam5se e isso e*ige, tamém, uma refle*%o contnuasore o pr$prio c$digo de ética que nos orienta!

"NÃO SE INTITLE DOTOR O PERMITA SER C9AMADO COMO TAL#DOTOR >EM TEM TITLA?ÃO DE DOTORADO"

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 / =eclara&%o Pniversal dos =ireitos Dumanos diz2 /rtigo I 5 Todas as pessoasnascem livres e iguais em dignidade e direitos! 1%o dotadas de raz%o econsciência e devem agir em rela&%o umas às outras com esprito defraternidade! /rtigo III 5 Toda pessoa tem direito à vida, à lierdade e àseguran&a pessoal!

Para o ps,>o dia 3Q de agosto, de 3::R, entrou em vigor o novo #$digo de "tica .rofissional do .sic$logo,refletindo seu percurso, enquanto profiss%o, ao longo de décadas! Três #$digos de "tica, a evolu&%o e aconte*tualiza&%o deles é a proposta do livro, "tica na .sicologia @Editora Vozes6, da psic$loga clnica7ita /parecida 7omaro! 1e o o'etivo é ser um profissional ciente e cioso de seu lugar social, queparticipa da constru&%o do rumo de sua profiss%o na sociedade, o deate sore essa legisla&%o ée*tremamente importante!

 /rtigo SII 5 >inguém será su'eito a interferências na sua vida privada, na suafamlia, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra ereputa&%o! Toda pessoa tem direito à prote&%o da lei contra tais interferênciasou ataques! Isso é o que diz a HEI que rege a atua&%o profIssional! /s maisfeministas podem achar um auso, pois o corpo é da mulher! 0s religiosospodem se asear nos conceitos licos e se apoiarem na vis%o do =ireito.enal, alegando que por ser um crime contra a vida, o sigilo deve ser querado!" om lemrar que toda cren&a religiosa é pessoal e n%o tem liga&%oalguma com a .sicologia!

1e a paciente estiver em resolvida e sem riscos, é o em5estar dela que deveser preservado! 1eria saudável para essa cliente passar por mais essetranstorno- 0 profIssional tem o direito de entrar em análises te$ricas dedese'os inconscientes, causas vetoriais, pensamentos distorcidos ou qualquer outra concep&%o te$rica e*istente- 0utro fator importante a ser enumerado,nesse caso, é o .acto pela 7edu&%o da Cortalidade >eonatal e Caterna, doCinistério da 1a)de! 0s psic$logos aderiram a este pacto que relata o aortocomo uma das maiores causas da mortalidade materna no .as!

Vale ainda ressaltar que o seminário 1a)de, =ireitos 1e*uais e 7eprodutivos2susdios para as polticas p)licas, realizado no 7io de aneiro, em 3::Q,

produziu uma carta, com men&ões de apoio ao pro'eto de Hei que visarediscutir a quest%o da criminalidade do aorto! /fIrma que este é um caso desa)de p)lica e cita que +n%o há como assegurar a promo&%o dos direitosse*uais e reprodutivos sem o acesso ao aorto legal e seguro+!