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www.revistaport.com SEMANA SANTA VOOS LUXUOSOS DA CASA FERREIRINHA MUSEUS DA GASTRONOMIA Marca duriense selecionada pela Emirates Airlines Do azeite ao vinho, a dieta portuguesa em exposição Portugueses depois Os no anos 515 Braga abençoada por portugueses e estrangeiros Conjunto de reportagens sobre a influência do legado português no “país irmão”, no assinalar da chegada de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro Brasil 2015 . Nº 6 . ABRIL . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€ Visite o site www.revistaport.com e fique mais perto de Portugal + MUNDIAIS DE AUTOMOBILISMO Milhões de olhos postos em Portugal

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SEMANA SANTA VOOS LUXUOSOS DA CASA FERREIRINHA

MUSEUS DA GASTRONOMIA

Marca duriense selecionada pela Emirates Airlines

Do azeite ao vinho, a dieta portuguesa em exposição

Portugueses

depois

Os

no

anos515

Braga abençoada por portugueses e estrangeiros

Conjunto de reportagens sobre

a influência do legado português no “país irmão”, no assinalar da chegada de

Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro

Brasil

2015 . Nº 6 . ABRIL . REVISTA MENSAL . PREÇO: 2,50€

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SUMÁRIO4 EDITORIAL

5 DESTAQUE PORTUGAL E BRASIL

Povos irmãos ligados há 515 anos

10 TESTEMUNHOS

Saudades de Portugal? Sim. Voltar? Ainda não.

12 ITAJAÍ

Embaixada açoriana no Brasil

16 PARÁ

O estado que se confunde com Portugal

20 PRODUTOS PORTUGUESES

Comer e beber Portugal no Brasil

22 RECENSEAMENTO ELEITORAL Tenha uma participação ativa no futuro de Portugal

24 PÁSCOA

Semana Santa de Braga - Abençoada por portugueses e estrangeiros 28. Sugestões de Prendas para afilhados

30 NEGÓCIOS Os novos voos luxuosos da Casa Ferreirinha

34 GASTRONOMIA Museus onde se come e bebe com os olhos

38 . Receita de Bacalhau à Zé do Pipo

40 CULTURA Atores que emigraram com sucesso

44 DESPORTO Automobilismo - Olhos do mundo postos em Portugal

48 . Sporting de Paris torce pelo título europeu do Sporting de Portugal

50 DISCURSO DIRETO Ser português na Dinamarca é…

AUTOMOBILISMODE REGRESSOA PORTUGAL

Alter do Chão, a incrível praia de Santarém... no Brasil

BACALHAU À ZÉ

DO PIPO

38

44

19

Daniela Ruah

Sporting de Paris

40

48

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES4

ARevista PORT.COM de abril leva os leitores portugueses es-palhados por 108 países ao 515º aniversário da descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Ca-

bral. Porto Seguro, a localidade onde o na-vegador português desembarcou em 1500, é o primeiro ponto de passagem da viagem de um conjunto de textos sobre a relação por-tuguesa com o “país irmão”, que segue ainda para norte do território brasileiro, concreta-mente para o estado do Pará, e também para sul, para o estado de Santa Catarina.

A Páscoa dá início ao mês de abril, com a Revista PORT.COM a contar ou a relembrar às comunidades portuguesas como é que Braga, a tão religiosa “Cidade dos arcebispos”, continua a ser o principal centro português de celebração de fé católica durante a Semana Santa.

A grande velocidade, nesta edição contamos ainda como é que vários campeonatos mundiais de automobilismo vão colocar em Portugal os olhos de milhões de telespetadores, nos quais se incluem milhares e milhares de emigrantes nacionais. Depois de, este mês, inaugurar a temporada do Mundial de Rallycross, em Montalegre, o norte do país vai voltar a receber o Rally de Portugal, depois de uma década sediado no Algarve.

Os principais atores do cinema português, o embarque de um vinho duriense de topo nos voos da Emirates Airlines, um roteiro pelos principais museus da gastronomia portuguesa e muito mais, constam entre as propostas que lhe oferecemos nesta edição de abril da Revista PORT.COM.

Não deixe de nos acompanhar também no site (www.revistaport.com) e no Facebook (www.facebook.com/revistaportcom), espaços onde continuamos a registar cada vez mais leitores, mais visualizações e públicos das mais diferentes comunidades portuguesas pelo mundo.

EDITORIAL

LUÍS CARLOS SOARESCoordenador Editorial

A AJBBNETWORK não é responsável pelo conteúdo dos anúncios nem pela exatidão

das características e propriedades dos produtos e/ou bens anunciados. A respetiva veracidade e conformidade com a realidade são da integral e exclusiva responsabilidade

dos anunciantes e agências ou empresas publicitárias. Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações, - sob quaisquer meios e para quaisquer fins,

inclusive comerciais.

FICHA TÉCNICA

REVISTA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES

Edição Mensal - Abril 2015www.revistaport.com

Nº de registo na ERC: 126526

Rua João de Ruão, nº 12 – 8º3000-299 Coimbra (Portugal)

Tel: (+351) 239 820 688

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EDITOR E PROPRIETÁRIO

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NIF: 510 475 353

DIREÇÃO Abílio Bebiano

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COORDENAÇÃO EDITORIALLuís Carlos Soares (CP-9959)[email protected]

REDAÇÃO Luís Carlos Soares, Márcia de Oliveira,

Filipa Marques Colaboradores: Cristina Amaro

PLATAFORMA ONLINE Márcia de Oliveira - Edição de conteúdos

[email protected] Carlos Gouveia

DESIGN E PAGINAÇÃO BDMP, LDA

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EDIÇÃO PAPEL: Abril 2015

Tiragem: 20.000 Exemplares Impressão: StudioPrint

Depósito Legal: 376930/14Distrib. nacional e internacional: CTT

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www.revistaport.com 5

destaqueD

Desde que Pedro Álvares Cabral desembarcou em Porto Se-guro, a relação entre portugueses e brasileiros cresceu em di-versas vertentes. Para além da partilha da língua e da religião, subsistem ligações culturais, negociais, entre outras. A data 22 de abril, que assinala a histórica descoberta, está oficial-

mente instituída como o Dia da Comunidade Luso-Brasileira, efeméride louvada nos dois lados do Atlântico.

POVOS IRMÃOS LIGADOS HÁ 515 ANOS

TEXTOS DE LUÍS CARLOS SOARES

Portugal e Brasil

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES6

DESTAQUE

A metrópole São Paulo descende de uma aldeia fundada por portugueses, chamada Piratininga

O continente eu ropeu era considera-do o centro do mu ndo qua ndo Por t ug a l descobr iu o

Brasil, a 22 de abr il de 150 0. O no -bre Pedro Á lva res Cabra l, nascido em Belmonte por volta de 1 4 67 ou 1 468, liderava uma tr ipu lação de aprox imada mente 120 0 naveg ado -res, div ididos por 13 nav ios. O des-tino da v iagem ser ia , suposta mente a Índia , mas ta l foi a impor tâ ncia da descober ta que já não cheg a r ia m a sa ir das á g uas do Ocea no Atlâ n-tico. Tin ha assim início u ma long a coex istência entre por t ug ueses e brasileiros, relação que se ma ntém até aos dias de hoje.

Não faltam fatores que atualmente criam identificação entre as duas na-cionalidades, a começar pelo idioma, e com continuidade em vertentes como a religião, a gastronomia, o en-tretenimento, o folclore, o desporto, a arquitetura ou o mundo dos negócios. Apesar de haver alguns quadrantes da sociedade brasileira que criticam a colonização europeia, à imagem do que acontece noutros países, sobretu-do sul-americanos, norte-americanos e africanos, as inf luências são bastan-tes e mútuas.

Os brasileiros são dos povos mais católicos do mundo, fé que lhes foi transmitida pelos portugueses. Não há cidade no Brasil que não tenha uma padaria portuguesa, assim como os rodízios de picanha brasileira estão espalhados de norte a sul de

Portugal. Os portugueses habitua-ram-se a ver telenovelas e a ouvir músicas produzidas no Brasil, os bra-sileiros adotaram e adaptaram várias danças típicas do folclore. Não faltam exemplos.

No século passado tornou-se habi-tual a referência à expressão “povos irmãos”, com a data 22 de abril a ser oficialmente reconhecida, em ato pú-blico assinado em 1967, como o Dia da Comunidade Luso-Brasileira. Todos os anos, este dia marca celebrações nos dois países, com encontros de ambas as comunidades em jantares, concertos e danças, em localida-des como São Paulo e Lisboa, por reunirem as maiores comunidades, Belmonte e Porto Seguro, locais onde nasceu e desembarcou Pedro Álvares Cabral.

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Descoberta ocasional ou intencional?

Nas últimas décadas há uma questão relativa ao descobrimento do Brasil que tem levantado muita discussão, em torno do caráter deste feito, se terá sido ocasional ou intencional. Discute-se até se os portugueses não teriam já conhe-cimento da existência do continente sul-americano.

Ao longo dos anos, nas aulas de Histó-ria lecionadas nos dois países ensinou-se que os portugueses teriam partido de Lisboa, a 8 de março, com o objetivo de seguir uma rota aproximadamente igual à que Vasco da Gama havia navegado dois anos antes, até à Índia. Depois de atingirem Cabo Verde, os navios teriam feito rumo ao ocidente, para aí apanha-

rem os ventos propícios à passagem do cabo da Boa Esperança, antigo cabo das Tormentas, mas teriam avistado “um monte muito alto e redondo”, segundo descreve o escriturário Pêro Vaz de Caminha, ao qual chamariam monte Pascoal, por se estar no tempo da Pás-coa. Dois dias depois, encontraram um ancoradouro abrigado, ao qual chama-ram Porto Seguro.

A tese a favor da intencionalidade da descoberta tem como um dos argumen-tos mais fortes o facto de os represen-tantes portugueses se terem esforçado, na assinatura do Tratado de Tordesi-lhas, em 1494, por fixar o meridiano divisório em 370 léguas a oeste de Cabo Verde, e não a 100 léguas, como estava previsto pelos representantes do papa Alexandre VI.

Intencional ou ocasional, o certo é que esta descoberta seria fulcral para aquilo que seria o futuro das terras a que os descobridores primeiro chama-ram Vera Cruz, nome que rapidamente seria substituído pela designação do principal produto que inicialmente do Brasil se levava para Portugal, o pau-brasil.

AS NEGOCIAÇÕES DO TRATADO DE TORDESILHAS PARECEM INDICAR QUE OS PORTUGUESES JÁ SABIAM DA EXISTÊNCIA DO CONTINENTE SUL-AMERICANO

Vista de Porto Seguro, cinco séculos após o desembarque dos portugueses

Estátua de Pedro Álvares Cabral, em Porto Seguro

O Brasil exporta cada vez mais açaí, um fruto com propriedades antioxidantes

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DESTAQUE

A inf luência portuguesa estendeu-se de norte a sul do território que atualmente faz parte do Brasil. O Tratado de Tordesilhas delineava di-reitos portugueses desde o atual Pará, a norte, até ao agora estado de Santa Catarina, a sul. Ambos mantêm traços culturais portugueses bem evidentes, co-mo vai ter oportunidade de testemunhar em páginas mais à frente nesta revista.

Cana-de-açúcar e açaí para um lado, azeite para o outro

Para além do pau-brasil, cuja madeira resistente era usada na construção de móveis e navios, para Lisboa passaram a viajar macacos e papagaios. Alguns anos mais tarde, por volta de 1530, os portu-gueses começaram a fixar-se permanen-temente no Brasil, em cujos terrenos ala-gadiços começaram a fazer as primeiras plantações de cana-de-açúcar.

Uma das aldeias instaladas pelos portugueses, a algumas léguas da costa, foi Piratininga, que veio mais tarde a

transformar-se na cidade de São Paulo. Em 1548 já existiam ao longo da costa 16 povoações portuguesas que viviam do comércio com Portugal, para onde mandavam, além dos produtos da f loresta, açúcar, algodão e tabaco.

Atualmente, o petróleo é o grande dominador das exportações brasi-leiras para Portugal, bem à frente de produtos alimentares como grãos de soja, milho e café. O açúcar e a madeira continuam a fazer um trajeto semelhante ao praticado no século XVI. Espaço ainda para produtos com um mercado crescente, como é o caso

do açaí, pequeno fruto tropical cujas propriedades antioxidantes o tornam cada vez mais procurado para a confe-ção de bebidas e refrigerantes.

O produto que mais viaja de Por-tugal para o Brasil é o azeite, sem ponto de comparação possível com outros ainda assim populares, como são os casos do bacalhau e do vinho, que atestam a inf luência da gastro-nomia lusitana. Algumas empresas portuguesas começaram a produzir recentemente no Brasil, como é o caso da Unicer, através da marca de cerveja Super Bock.

O mercado do Oriente começou por ser, na época dos Descobrimentos, bastante mais atrativo para Portugal. Mas se no Índico os portugueses se limitavam a colher ou a disputar, no Brasil tiveram que estabelecer formas de organização para utilizar as riquezas já existentes, principalmente a madeira e a cana-de-açúcar, tornando-se em-presários e produtores.

Os portugueses acabaram por esta-belecer a sua vida familiar (os homens viajavam sozinhos, mas cruzavam-se com mulheres nativas), social e económica no Brasil, que passaram a considerar uma segunda pátria, o que nunca aconteceu no Oriente.

Tudo isto tornou possível que a minoria étnica portuguesa marcasse profundamente a população local, que saiu do estado silvícola e seguiu o mo-delo europeu. Atualmente, uma grande percentagem de famílias brasileiras, de norte a sul do país, são descendentes de algum português. Mais do que uma relação de amizade, prevalecem laços familiares entre os “povos irmãos”.

PETRÓLEO LIDERA AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA PORTUGAL, À FRENTE DE SOJA, MILHO E CAFÉ

Celebrações do Dia da Comunidade Luso-Brasileira, em São Paulo

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DESTAQUE

SAUDADES DE PORTUGAL? SIMVOLTAR? AINDA NÃO

Rita Miranda nasceu na Figueira da Foz há 27 anos, frequentou o Ensino Superior em Lisboa, de onde partiu há três anos e meio para o Rio de Janeiro, para trabalhar como designer gráfica. Caetano Nascimento nasceu no Rio de Janeiro há 31 anos, cresceu no norte de Portugal, em Chaves, e voltou para o Brasil há quatro anos e meio, onde é piloto de aviões em São Paulo. Ambos encontraram no Brasil condições profissionais que não encontrariam em Portugal.

A jovem designer nem chegou a procurar emprego no país. Antes de se fixar no Brasil, tinha feito um estágio de quatro meses na China, “experiên-cia que aumentou a minha vontade de conhecer novos horizontes e alargar os meus conhecimentos fora do meu país, fora da zona de conforto”. Contactou vários amigos espalhados pelo mundo, também portugueses e da mesma área profissional, enviou currículos para os escritórios que lhe foram sugerindo, “e a primeira resposta positiva veio do Rio de Janeiro, onde cheguei menos de um mês depois”, recorda.

Apesar de não ter escolhido o país, “a ambientação foi fácil”, tanto dentro como fora do trabalho. “Sou a terceira portuguesa a passar pelo escritório, que é pequeno, e todos foram muito bem-su-cedidos por lá”, explica. A ambientação à Favela do Vidigal, onde reside, também foi pacífica: “Fora uns assaltos ou ques-tões menores, não costumo ouvir falar de grandes problemas”.

Não gosta de calor, e tem saudades da comida portuguesa, porque apesar de encontrar produtos nacionais, “são bas-tante caros, considerados de luxo”. Cos-tuma voltar a Portugal duas vezes por ano, mas acha que “foi mais fácil sair, do que ganhar coragem para voltar”. Ainda assim, tenciona fazê-lo.

Feliz mesmo sem a “melhor gastronomia do mundo”

Caetano considera-se uma mistura de português com brasileiro, por “ter sido educado e crescido em Portugal, uma sociedade diferente da brasileira, mas sem nunca perder contacto com a famí-lia e cultura do Brasil”, o que ajudou à

adaptação no regresso. Tal como Rita, também fez Erasmus, mas em Itália. Viveu ainda um ano nos Estados Uni-dos, onde tirou o curso de piloto.

Da nova realidade, lamenta “as piadas constantes que os brasileiros fazem sobre portugueses” e nota a ausência de vários aspetos que deixou para trás: “Tenho saudades da famí-lia, dos amigos, da cidade de Chaves, de ir ver jogos do Desportivo de Cha-ves e da gastronomia portuguesa, que é a melhor do mundo”, classifica.

Mas pesados os prós e os contras, sente-se “feliz no Brasil, e sem inten-ções de voltar a Portugal”, onde há “falta de oportunidades para pilotos recém-formados”. Confortável com as malas às costas, tem “curiosidade por viver noutros países”.

Caetano e Rita nunca se viram, mas mostram à Revista PORT.COM uma visão partilhada por vários jovens emigrantes, no Brasil ou noutra comunidade: “Saudades sim, voltar ainda não”.

Ela vive no Rio de Janeiro, ele em São Paulo. Não se conhecem, mas partilham um sentimento:

Pouca vontade de trabalhar num país que oferece condições precárias aos jovens. Estão a falar,

logicamente, de Portugal.

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Começou por levar a sua “inter-pretação de tasca” para São Paulo e João Pessoa, com a Tasca da Esquina. Agora, Vítor Sobral, um dos chefs de cozinha mais reputa-dos de Portugal, renova a aposta e abre uma “irmã” da primeira casa, a Taberna da Esquina. Também na

cidade paulista, conta com uma

carta rica em vinhos e petis-cos portugue-ses, conser-vas e outros

acepipes.

Leonor de Sá Machado tornou-se a primeira estrangeira a receber a medalha Ruth Cardoso, que premeia o trabalho em prol das mulheres, numa cerimónia do Conselho Estadual da Condição Feminina, ligado ao Governo de São Paulo. A portuguesa é fun-dadora da TheBridge, empresa de responsabilidade social que desenvolveu, em São Paulo, um projeto para facilitar a realização de cirurgias plásticas reparadoras para mulheres vítimas de violência doméstica. Para além do Brasil, a empresa também atua em Angola.

A cantora brasileira Adriana Calca-nhotto, o escritor português Gonçalo M. Tavares e Gregorio Duvivier (na foto), elemento do grupo come-diante brasileiro Porta dos Fundos, são alguns dos rostos que vão conversar sobre literatura escrita na língua portuguesa, entre os dias 10 e 15 de abril, na Livraria Cultura, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Eça de Queirós e Fernando Pessoa estão entre os autores em destaque. A entrada é gratuita e a organiza-ção pertence ao jornal português Público, em parceria com o Instituto Camões de Brasília.

São Paulo é a nova casa da Taberna da Esquina

Portuguesa recebe medalha por trabalho em prol das mulheres

Debatessobre literatura escrita em português

Breves

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12 PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES

DESTAQUE

O território ocupado pela cidade mais rica do estado de Santa Catarina, no sul do país, começou por ser povoado por navegadores provenientes dos Açores.

Para além de terem feito perdurar diversos costumes portugueses, criaram as bases para o atual maior porto de pescas

de todo o Brasil e América Latina.

ItajaíEMBAIXADA AÇORIANA NO BRASIL

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www.revistaport.com 13

O traçado definido no Tratado de Torde-silhas, pelo qual Portugal e Espanha dividiram as terras descobertas e por

descobrir fora da Europa, indicava que era no território agora pertencente ao estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, que ficava o ponto sul-americano mais distante sobre o qual os portugue-ses detinham direitos. Atualmente po-de-se concluir que os colonos lusitanos aproveitaram até ao último quilómetro do traçado, tal é a influência portuguesa que persiste em muitos locais catarinen-ses, com expoente máximo em Itajaí.

Localizada a aproximadamente 100 km a norte da capital do estado Floria-nópolis, a cidade de Itajaí é a sede do

maior porto de pescas de todo o Brasil e América Latina, estrutura essencial para que seja o concelho com maior PIB e rendimento médio por habitante em toda Santa Catarina. Para esta forte ligação de proximidade com o mar, em muito contribui a forte presença de aço-rianos, colonos que começaram a chegar à região no século XVI, e acabaram por criar e fazer crescer a cidade e o porto.

Atualmente estima-se que cerca de 80% dos 180 mil habitantes do municí-pio tenham ascendência portuguesa, sobretudo açoriana, apesar de a única cidade-irmã portuguesa não ser Ponta Delgada ou Angra do Heroísmo, mas sim Viana do Castelo. Apesar de haver outras comunidades com forte implementação em Itajaí, como a alemã (que na cidade de Blumenau, a 60 km a oeste, até recria a Oktoberfest de Munique), a herança aço-riana faz-se sentir nas festas e tradições populares, na gastronomia, no artesana-to e até na maneira das pessoas falarem, com semelhanças ao sotaque micaelense.

Festa anual com sardinha e bolinhos de bacalhau

A maior festa social em Itajaí chama-se “Marejada - Aventura pelos mares do

ESTIMA-SE QUE CERCA DE 80% DOS 180 MIL HABITANTES DE ITAJAÍ TENHAM ASCENDÊNCIA PORTUGUESA, SOBRETUDO AÇORIANA

A Marejada intitula-se de “maior festa do peixe português em todo o Brasil”, na qual também são recriadas danças

e outros costumes

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES14

DESTAQUE

mundo”, evento que celebra a amizade histórica e cultural entre portugueses e brasileiros. “É a maior festa do peixe português em todo o Brasil, com co-midas típicas portuguesas, principal-mente pratos de peixe, marisco e frutos do mar, e a realização de concertos de fado, danças folclóricas portuguesas e outros espetáculos”, conta Sónia Pimentel, catarinense que trabalha na promoção turística do Parque Uni-praias, no Balneário Camboriú, outra cidade com uma comunidade portu-guesa significativa.

Desde 1987 que a Marejada se realiza todos os anos, durante cinco dias, entre o final de outubro e o início de novembro, época em que a primavera se prepara para dar lugar ao verão. As celebrações não se restringem ao pavilhão onde são comercializados, por exemplo, milhares de bolinhos

de bacalhau e mais de uma tonelada de sardinhas, mas também às ruas da cidade, que em edições anteriores já chegaram a ser percorridas por desfiles de trajes tradicionais portugueses e até de cabeçudos.

Nalgumas edições é até organizado um concurso de histórias contadas por pescadores, com as melhores a serem distinguidas com prémios monetá-rios. Todos os anos são homenageadas localidades portuguesas de onde par-tiram colonos que contribuíram para o desenvolvimento de Itajaí. Para além das principais cidades e vilas açorianas, também já foram lembradas Porto, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde, Braga, Guimarães, Peso da Régua, Lamego, Peniche ou Cascais.

Atualmente os portugueses já não chegam ao estado de Santa Catarina

por via marítima, como aconteceu com tantos e tantos açorianos a partir do século XVI. A TAP voa entre Lisboa e Porto Alegre, a capital do vizinho estado de Rio Grande do Sul. Encur-taram-se assim as horas de viagem entre Portugal e Itajaí, duas realidades unidas histórica e culturalmente há meio milénio.

ITAJAÍ É O CONCELHO DE SANTA CATARINA COM MAIOR PIB, PARA O QUAL MUITO CONTRIBUI UM PORTO DE PESCAS ONDE ABUNDAM TRABALHADORES DESCENDENTES DE AÇORIANOS

Desfiles de trajes portugueses e até de cabeçudos costumam fazer parte da programação da Marejada

Porto de Itajaí

Page 15: PORT.COM - Edição nº 6 - Abril de 2015

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Page 16: PORT.COM - Edição nº 6 - Abril de 2015

PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES16

DESTAQUE

O terceiro estado brasileiro com maior número de emigrantes portugueses, depois de Rio de Janeiro e São Paulo, é aquele que alberga

cidades com nomes como Belém, Bragança, Faro e Viseu. Descendam ou não de portugueses, no quotidiano de paraenses existem costumes como

a devoção à Nossa Senhora da Nazaré ou equipar à Benfica.

ParáO ESTADO QUE SE CONFUNDE COM PORTUGAL

JOÃ

O R

AM

ID

Santarém

Page 17: PORT.COM - Edição nº 6 - Abril de 2015

www.revistaport.com 17

Existem mapas de um estado do Brasil que identificam cidades como Alenquer, Almeirim, Aveiro, Baião, Barcarena, Bragança, Cha-

ves, Faro, Melgaço, Óbidos, Oeiras, Ou-rém, Portel, Santarém, Soure e Viseu. Se algum dia encontrar um assim, não pense que se trata de um erro tipográ-fico, mas sim de um mapa do Pará. Este é um dos motivos para que não faltem paraenses a dizer que o seu estado é o “mais português do Brasil”, mas há muitos outros.

O território do Pará é 13 vezes maior do que o de Portugal, inclusivamente até mais extenso do que Angola, mas a população portuguesa é em maior nú-mero do que a paraense, que se fica por pouco mais de oito milhões de pessoas.

Apesar de não ser dos estados estatis-ticamente mais relevantes dentro da demografia brasileira, é o terceiro com maior número de emigrantes portu-gueses, depois dos tão populosos Rio de Janeiro e São Paulo.

Oeiras do Pará é um município rural, no qual predomina a natureza em es-tado selvagem, uma realidade bem dis-tinta da portuguesa Oeiras, dentro da área metropolitana da Grande Lisboa. Os habitantes da cidade paraense de Chaves, nas margens do rio Amazonas, chamam-se chavienses, enquanto os da homónima cidade portuguesa, ba-nhada pelo bem menos extenso rio Tâ-mega, se chamam flavienses. Mas em municípios como Bragança, Santarém ou na capital Belém, não faltam pontos de contacto entre Portugal e o Pará.

Dois milhões de devotos a Nossa Senhora da Nazaré

Belém do Pará, a capital do Estado, foi fundada por um português, chamado Francisco Caldeira Castelo Branco, a 12 de janeiro de 1616. Nossa Senhora da Nazaré é “Padroeira do Pará” e “Rainha da Amazónia”, títulos oficializados em 1971, mas remonta há mais de 200 anos a devoção à figura que salvou o português D. Fuas Roupinho de cair de um preci-pício (pedaço da história de Portugal sobejamente conhecido por muitos paraenses).

Conta a lenda que, por volta de 1700, o mestiço Plácido José Souza, filho de um português e de uma indígena local, encontrou uma figura da santa junto a um ribeiro, e a levou para a barraca onde

A praia do Pesqueiro, em Soure, é um dos vários pontos paradisíacos do Pará

GER

ALD

O R

AM

OS Círio de Nazaré, a maior

procissão católica do Brasil

Page 18: PORT.COM - Edição nº 6 - Abril de 2015

PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES18

DESTAQUE

morava, mas que misteriosamente de-saparecia para voltar ao local onde havia sido encontrada. A figura não tardaria a tornar-se objeto de veneração de muitas pessoas que rumavam a Belém, para agradecer promessas alcançadas.

Atualmente, a veneração a Nossa Se-nhora da Nazaré tem expoente máximo no Círio de Nazaré, a maior procissão católica do Brasil, que todos os anos reú-ne mais de dois milhões de pessoas na capital de um município com 1,4 milhões de habitantes.

Calçada à portuguesa e festivais da sardinha

Para além da Basílica de Nazaré, onde termina a procissão, entre os maiores atrativos turísticos de Belém do Pará constam o Mercado Ver-o-peso (a maior

feira ao ar livre da América Latina) e o Forte do Presépio, construído pelo referido português que fundou a cidade, para proteger a Amazónia dos invasores holandeses e franceses, no século XVII.

Ao circular entre estes locais, os transeuntes “caminham por várias ruas e praças cujo solo é revestido a calçada portuguesa, com pedras que viajaram de Portugal para Belém”, descreve Alex Flávio da Silva, paraense que organiza roteiros turísticos por todo o estado, e

falou com a Revista PORT.COM na feira de turismo BTL, em Lisboa.

Um dos atrativos culturais do Pará é o carimbó, “dança que começou a ser praticada pelos indígenas, passou pelos escravos africanos e teve adap-tações por parte dos portugueses, com o homem a dançar de braços erguidos com a mulher”, acrescenta o represen-tante da empresa Brazil Amazon Tour.

A gastronomia local também é maio-ritariamente inspirada em costumes indígenas, mas conta com algumas inf luências portuguesas, “especial-mente na forma como se confeciona o peixe”, conta Alex Flávio. Alguns paraenses têm até oportunidade de participar todos os anos num festival da sardinha, no qual nem faltam caldo verde e vinho português.

EXISTEM LIGAÇÕES A PORTUGAL EM LOCALIDADES DO PARÁ COMO BELÉM, SOURE, FARO OU ÓBIDOS

Associados do Grémio vestidos à FC Porto

Forte do Presépio, Belém

Bragança

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www.revistaport.com 19

Paraenses equipados à Benfica, Porto e Sporting

O festival da sardinha é organizado pelo Grêmio Literário e Recreati-vo Português, a maior associação recreativa e cultural do estado do Pará, e uma das três maiores do Brasil. Fundada por portugueses, “tem mais de nove mil sócios pagantes, entre portugueses, descendentes de portu-gueses e brasileiros”, descreve Alírio José Duarte, um dos administradores da coletividade, que em março esteve Lisboa num curso de formação para dirigentes associativos da diáspora portuguesa.

O complexo ocupado por esta asso-ciação luso-brasileira tem aproxima-damente 350 mil metros quadrados, “sendo a entidade que organiza mais espetáculos em Belém, como concer-tos de vários artistas da música popu-lar brasileira, como Caetano Veloso e Gal Costa”, acrescenta o dirigente associativo.

Quando os associados disputam tor-neios de futebol entre si, com escalões para praticantes amadores dos oito aos 60 anos, dividem-se em equipas com nomes, símbolos e equipamen-tos semelhantes aos de alguns clubes portugueses, como Benfica, Porto, Sporting, Braga, Belenenses, Académi-ca, Beira-Mar ou Naval.

Seja na cultura, na religião, na arquitetura, na gastronomia ou no desporto, as inf luências portuguesas estão bem presentes no quotidiano de milhares de paraenses, sejam ou não descendentes de portugueses, sejam ou não nascidos numa localidade com nome português.

Alter do Chão A INCRÍVEL PRAIA DE SANTARÉM

O terceiro município mais popu-loso do Pará, e também um dos três mais visitados pelos turis-

tas, é Santarém, no norte do estado e do país. Nos seus arredores há mais de 100 quilómetros de praias, com a principal atração turística a ficar a aproximadamente 30 km. Trata-se da vila de Alter do Chão, com a respeti-va Ilha do Amor, conjunto conhecido como “Caraíbas da Amazónia”. O jor-nal de referência inglês The Guardian considerou este destino turístico nas margens do rio Tapajós, cercado pela floresta amazónica, como a melhor praia fluvial do mundo. A Ilha do Amor conta com a particularidade de “não existir no primeiro semestre

do ano, por estar debaixo de água. Só a partir de julho é que as águas vão baixando, o que acontece até dezem-bro, permitindo o aparecimento da praia”, explica Alex Flávio, da Brazil Amazon Turismo. “A água é tão lím-pida que mesmo estando acima do peito, dá para ver os pés”, acrescenta o paraense, ciente de estar a descre-ver um cenário paradisíaco.

“A ÁGUA É TÃO LÍMPIDA QUE MESMO ESTANDO ACIMA DO PEITO, DÁ PARA VER OS PÉS”

A melhor praia fluvialdo mundo, para o jornal

The Guardian

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES20

DESTAQUE

Gallo vende mais no Brasil do que em Portugal

A empresa especializada em azeites, com fábrica

em Abrantes, exporta 32% dos seus produtos para o mercado brasileiro, sendo que 75% das suas receitas anuais são para fora da Eu-ropa. Portugal segue o Brasil na lista de maiores consumidores, à frente da Venezuela. A Gallo é a terceira marca de azeite mais vendida no mundo, atrás da italiana Bertolli e da espanho-la Carbonell.

“Fiel amigo” Riberalves perto das comunidades portuguesas

Os brasileiros são cada vez mais apreciadores de pratos de bacalhau, tendência para a qual contribui a influência da populosa comunidade portuguesa. A Riberalves, com sede em Torres Vedras, é uma das marcas que exportam bacalhau para vários estados brasileiros. O “fiel amigo dos portugueses” pode ser encontrado,

por exemplo, na Casa dos Frios, no Recife, a poucos metros do Clube Português.

CARM cada vez mais conceituada

A revista “Prazeres da Mesa”, um dos principais meios de comunicação brasilei-ros especializados em gastronomia, distinguiu um vinho português como o “Melhor vinho branco do ano”. O vinho em causa é o CARM SO2 Free Branco 2011, da CARM (Casa Agrícola Roboredo Madeira), produtora vitiviní-cola localizada no Douro Superior, em Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. A menção surge num guia para 2015, com vinhos de todo o mundo, intitulado “Os melhores do ano - 300”. O Brasil é um mercado em crescimento para a CARM, que atualmente representa apenas 5% das exportações da marca.

Adega Mayor prepara entrada no Brasil

A produtora vitivinícola de Campo Maior (Alentejo) pretende entrar no mercado brasileiro ainda no primeiro

semestre deste ano, de acordo com declarações recentes da administra-dora Rita Nabeiro. A empresa do Gru-po Nabeiro tenciona começar pelas ci-dades de São Paulo e Vitória (Espírito Santo), onde a Delta Cafés (do mesmo grupo) já tem negócios montados, para comercializar as gamas Monte Mayor e Caiado. Atualmente, 30% das vendas da Adega Mayor são para mercados de exportação.

Super Bock disponível em cerca de 2500 supermercados

A principal marca de cervejas da Unicer, sedeada em Leça do Bailio (Porto), começou a ser produzida no Brasil em março de 2014, tendo atin-gido cerca de um milhão de litros no primeiro ano. Atualmente a Super Bo-ck é comercializada em mais de 2500 pontos de venda, como lojas de con-veniências e cadeias supermercados, com destaque para as regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizon-te. Entre as campa-nhas publicitárias da marca no Brasil, destaque para a “Acade-mia do Dedo”.

As vendas portuguesas para o mercado brasileiro em 2014 cresceram apenas 0,8%, mas foi o suficiente para alcançarem um novo recorde histórico, superior a 1,006 mil milhões de euros.

Azeite foi o líder destas exportações, com uma percentagem aproximada de 20%. Destaque ainda para outros produtos alimentares, como o bacalhau (7%) e o vinho (3%).

COMER E BEBER PORTUGAL NO BRASIL

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Limiano faz parte das famílias portuguesas há mais de 50 anos. O seu sabor delicioso e textura amanteigada fazem parte das nossas memórias. E em tempo de reunir a família, Limiano faz-nos

sentir em casa, no nosso Portugal.

ESTA PÁSCOASINTA-SE EM CASA.

LIMIANO. O QUEIJO QUE FAZ PARTE DA FAMÍLIA.Encontre a loja mais perto de si em www.limiano.ch - www.facebook.com/limiano

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES22

DESTAQUE

Todos os portugueses têm o dever de contribuir para a eleição dos principais órgãos políticos do país. Os cargos na Assembleia da República,

com destaque para o primeiro-ministro, vão a votos em outubro deste ano, poucos meses antes da eleição do Presidente da República. Recenseie-se na embaixada ou consulado da sua área de residência.

Não há distância que dissipe o dever da participação ativa dos portugueses no futuro de Portugal. Faltam poucos meses para a eleição do primeiro-ministro e do Presidente da República, cargos que atualmente pertencem a Pedro Passos Coelho e Aníbal Cavaco Silva, e só vota quem estiver inscrito no recenseamento eleitoral.

Se não está inscrito ou mudou a mora-da desde o último ato eleitoral, dirija-se à embaixada ou consulado da área da sua residência. Convém marcar com antece-dência, para evitar ter de se deslocar duas vezes.

Leve consigo o seu documento de identificação. Se o país onde mora for diferente do que consta no documento, leve também autorização de residência ou equivalente.

As eleições para a Assembleia da Repú-blica, nas quais se elegem o primeiro-mi-nistro e os deputados portugueses, são já em outubro deste ano, num dia ainda por definir. A Presidência da República vai a votos no início do próximo ano, logo em janeiro.

No que toca ao Conselho das Comuni-dades Portuguesas, o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à Emigração e às Comunidades Portugue-sas, pela primeira vez só pode votar quem estiver inscrito no recenseamento para a Assembleia da República.

Não perca tempo, recenseie-se para votar. Tenha uma participação ativa no futuro de Portugal.

RECENSEIE-SE PARA VOTAR

Tenha uma participação ativa no futuro de Portugal

O início de abril traz a abertura do Consulado Honorário de Portugal em Palm Coast, no estado norte--americano da Florida. Esta nova estrutura honorária estará aberta ao público todos os dias úteis, entre as 9h e as 13h, e substitui a representação que Portugal tinha em Orlando. Entre as suas funções consta praticar atos de registo civil e notariado, emissão de car-tões do cidadão e documentos de viagem, assim como operações de recenseamento eleitoral. O novo Cônsul Honorário é César do Paço, um empresário açoriano da indús-tria das matérias-primas nutricio-nais, residente nos Estados Unidos há 23 anos.

Consulado Honorário de Portugal em Palm Coast - EUAHonorary Consulate of Portugal in Palm Coast - USA

145 City Place - Suite 300Palm Coast, Florida 32164 - USATele: +1-386-742-0370Fax: +1-386-742-0371

Novo consulado honorário abre em Palm Coast, Florida

Os lugares na Assembleia da República vão a votos em outubro deste ano

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ONDE QUER QUE ESTEJA,TENHA PORTUGAL

SEMPRE À MÃO.

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Saudade é o nome da aplicação que a Super Bock criou para quem está fora de Portugal ficar mais perto de casa. Esteja onde

estiver, basta consultar a app Saudade, no seu smartphone, para ficar a conhecer os restaurantes, os cafés, os bares ou as

associações culturais portuguesas mais próximos. A aplicação está disponível através da App Store ou do Google Play.

Para mais informações, veja o vídeo em www.superbock.pt. Descarregue a aplicação e encontre Portugal no mundo.

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Seja responsável. Beba com moderação.

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES24

DESTAQUE

SEMANA SANTA DE BRAGA

ABENÇOADA POR PORTUGUESES

E ESTRANGEIROSTodos os anos, nos dias que antecedem a Páscoa, todos os caminhos vão dar à

capital minhota. As procissões noturnas e os concertos alusivos à época são dos momentos que atraem mais pessoas, principalmente do norte de Portugal, Galiza e,

cada vez mais, dos países europeus com maiores comunidades portuguesas.

Braga é uma das cidades portuguesas onde a religião católica é vivida com mais intensidade. A devoção nota-se na arqui-

tetura, nos habitantes e nos costumes da capital do Minho, também conhe-cida como “Cidade dos Arcebispos”. O apogeu de religiosidade está marcado, todos os anos, para a Semana Santa, na qual as inúmeras igrejas e santuá-rios são engalanados a preceito, para receberem as várias manifestações de fé marcadas para os dias que precedem a Páscoa.

Os momentos que costumam gerar

mais expetativa junto dos visitantes são as procissões, que têm início no Domingo de Ramos, com a Procissão dos Ramos e a Procissão dos Passos. Iniciam-se, assim, as cerimónias que envolvem milhares de pessoas, pro-venientes de todo o norte do país e da vizinha Galiza, com continuidade nas procissões noturnas de quarta, quinta e sexta-feira.

A Procissão de Nossa Senhora da “burrinha”, na quarta-feira antes da Páscoa, ref lete a história que antecede o mistério pascal, com destaque para a infância de Jesus. O ponto alto deste momento é a recriação da fuga de José

e Maria para o Egito, com o Menino montado numa “burrinha”.

Na noite seguinte, da Igreja da Misericórdia para as ruas do cen-tro de Braga parte a Procissão do Senhor, mais conhecida por “Ecce Homo”, a frase em latim com que Pilatos apresentou Cristo à multidão, que significa “Eis o Homem”. Esta procissão evoca o julgamento de Jesus, com destaque para a presença dos farricocos, homens vestidos de negro que agitam ruidosas matracas e erguem taças com pinhas a arder, simbolizando os penitentes públicos da Idade Média. Também é neste dia

Fotos de Comissão da Semana Santa de Braga / WAPA PhotO

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www.revistaport.com 25

A imagem de Jesus com a cruz às cos-tas, tal como che-gou a Jerusalém, percorre as ruas de Braga no Domingo de Ramos

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES26

DESTAQUE

que o Arcebispo da Arquidiocese de Braga lava os pés a doze pessoas, que simbolizam os doze apóstolos a quem Jesus também lavou os pés.

A Procissão do Enterro do Senhor é a última das três, ao apontar obviamen-te para a noite da Sexta-Feira Santa. Esta imponente procissão, de todas a mais solene e comovente, leva pelas ruas da cidade o esquife do Senhor morto. Em sinal de luto, os Capitula-res e os membros das Confrarias vão de cabeça coberta, as figuras alegó-ricas ostentam um véu de luto e as bandeiras e estandartes arrastam-se pelo chão.

Esta última procissão tem início e fim na Sé Catedral, um dos núcleos do extenso programa, que também inclui várias missas, exposições e até concer-tos, com coros e orquestras que repro-duzem a obra de compositores como

Wolfgang Amadeus Mozart e Frank Martin. Estes momentos, muitos deles marcados para as semanas anteriores à Semana Santa em si, contam invaria-velmente com lotação esgotada.

Melhor época para comércio, hotelaria e restauração

A multidão, em movimento, faz da Semana Santa “o maior evento da ci-dade e aquele em que a população mais participa, com Braga a ser positiva-mente inundada de turistas, vindos das mais diferentes proveniências”, indica Marco Sousa, responsável pela delega-ção bracarense da entidade Turismo do Porto e Norte de Portugal. Para além dos já referidos galegos, estas celebra-ções levam à cidade minhota “cada vez mais emigrantes nesta altura do ano”.

Para além dos atrativos propostos pela programação da Semana Santa, “a

melhoria nas acessibilidades e o preço dos voos têm sido fatores decisivos para que aconteça este aumento”, justi-fica o responsável. Os países europeus com maiores comunidades portugue-sas, como França, Suíça, Luxemburgo e cada vez mais Inglaterra, são a origem principal destes visitantes.

Tudo isto faz com que a Semana Santa seja “a altura do ano mais im-portante para a hotelaria e restaura-ção local, assim como para o comércio, que regista um volume de vendas muito alto, só comparável ao período do Natal”, explica Marco Sousa.

A Semana Santa de Braga é assim uma época abençoada por todos, desde o arcebispo D. Jorge Ortiga aos bracarenses em geral, dos turistas portugueses aos galegos, dos comer-ciantes aos empresários ligados a atividades turísticas. Louvado seja.

As cerimónias na Sé Catedral, como concertos com música clássica e coros, têm sempre lotação esgotada

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INSCREVA-SEATUALIZE A SUA INSCRIÇÃO

ESTOU RECENSEADOVOTO

NOS PRÓXIMOS MESES VAMOS ELEGER

Presidência da República Portuguesa CONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Pela primeira vez, só pode votar para o Conselho das Comunidades Portuguesas quem estiver inscrito no recenseamento para a Assembleia da República

SE NÃO ESTÁ INSCRITO OU MUDOU A MORADADIRIJA-SE À EMBAIXADA OU CONSULADO DA ÁREA DA SUA RESIDÊNCIA(de preferência marque antecipadamente)LEVE O SEU DOCUMENTO DE IDENTIFICACÃOSe o país onde mora for diferente do que consta no documento, leve também autorização de residência ou equivalente

SÓ VOTA QUEM ESTIVER INSCRITO NO RECENSEAMENTO ELEITORAL

RECENSEAMENTO ELEITORAL

INSCREVA-SEATUALIZE A SUA INSCRIÇÃO

ESTOU RECENSEADOVOTO

NOS PRÓXIMOS MESES VAMOS ELEGER

Presidência da República PortuguesaCONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Pela primeira vez, só pode votar para o Conselho das Comunidades Portuguesas quem estiver inscrito no recenseamento para a Assembleia da República

SE NÃO ESTÁ INSCRITO OU MUDOU A MORADADIRIJA-SE À EMBAIXADA OU CONSULADO DA ÁREA DA SUA RESIDÊNCIA(de preferência marque antecipadamente)LEVE O SEU DOCUMENTO DE IDENTIFICACÃOSe o país onde mora for diferente do que consta no documento, leve também autorização de residência ou equivalente

SÓ VOTA QUEM ESTIVER INSCRITO NO RECENSEAMENTO ELEITORAL

RECENSEAMENTO ELEITORAL

O arcebispo da Arquidiocese de Braga participa ativamente em vários momentos da programação

A Procissão do Enterro do Senhor é a mais solene e comovente

O esquife do Senhor morto percorre as ruas da cidade na Sexta-Feira Santa

Os ruidosos farricocos são dos principais símbolos da procissão “Ecce Homo”

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES28

DESTAQUE

A Science4you é uma empresa 100% portuguesa que produz e comercializa brinquedos educativos

e científicos. Vai ser todo um mundo novo de descobertas para o seu pequeno afilhado.

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KIT DE MEDICINA SCIENCE4YOU

Para o afilhado curioso

Na Bagera, além das carteiras inspiradas na união do geométrico com o orgânico, com cores vivas

e padrões diversos, pode encontrar igualmente jo-alharia. É a prenda perfeita para quem quer estar

sempre na moda.

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CLUTCH BAGERAPara a afilhada fashion

Esqueça as amêndoas e os ovos de chocolate. Se já come-çou a pensar na Páscoa, aqui vai encontrar boas sugestões de prendas para afilhados e afilhadas, sejam miúdos ou

graúdos.

Sugestões prendas

Surpresas para uma

Páscoa bem portuguesa

É difícil encontrar um vinho português que não seja bom. De qualquer forma deixamos aqui a sugestão de um especial: o vinho Crochet, do Douro, cujo rótulo original venceu um prémio

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VINHO PORTUGUÊS

Para a afilhada que aprecia o “lado bom da vida”

Page 29: PORT.COM - Edição nº 6 - Abril de 2015

www.revistaport.com 29

Estas bicicletas são clássicas, são lindas e são portuguesas. A Órbita fabrica bicicletas em

Águeda há 44 anos e exporta mais de 70% da sua produção. Este é um modelo vintage.

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Para o afilhado criativo

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LÁPIS PERSONALIZADOSPara a afilhada estudiosa

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30

NEGÓCIOS

A Emirates Airlines, uma das companhias aéreas mais prestigiadas do mundo, acaba de integrar na sua carta de vinhos um Reserva Especial da emblemática

marca vitivinícola do Douro. Os emigrantes portugueses no Dubai podem encontrá-lo

nos voos de regresso ao país.

OS NOVOS VOOS

LUXUOSOS DA CASA

FERREIRINHA

O Aeroporto Internacional do Dubai é atualmente conhecido como a Meca dos voos internacionais, por onde passam 57

milhões de passageiros todos os anos. O Terminal 3 é o maior edifício da Terra a nível de espaço, ao medir aproxima-damente 359 campos de futebol em extensão, e destina-se exclusivamente a voos da Emirates Airlines. Entre Lisboa e este espaço majestoso circulam agora garrafas da 16ª edição do vinho tinto

Reserva Especial da Casa Ferreirinha, uma colheita de 2007.

A parceria entre a Emirates Airlines, que diariamente faz voos entre Lisboa e o Dubai (onde todas as semanas chegam novos emigrantes portugueses), e a So-grape teve início há dois anos. Contacta-da pela Revista PORT.COM, a empresa que detém a Casa Ferreirinha indicou que “a importância da associação entre ambas se estende muito para além da questão dos números, ao elevar a noto-

POR LUÍS CARLOS SOARES

O colheita de 2007

é a 16ª edição do Reserva

Especial

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www.revistaport.com 31

OS NOVOS VOOS

LUXUOSOS DA CASA

FERREIRINHA

O Terminal 3 é o edifício mais ex-tenso do planeta. É de lá que agora partem garrafas do vinho duriense

riedade e prestígio das duas marcas”. Por muito que estes valores não lhes estejam em falta.

Convém salientar que é da Casa Ferreirinha que em anos com colhei-tas extremamente especiais, passe a hipérbole, sai o icónico Barca Velha, geralmente partilhado por aprecia-dores de vinho com contas bancárias bem generosas. A título de exemplo, na recente autobiografia de Sir Alex Ferguson, o lendário antigo treinador do Manchester United recorda que a segunda vez que enfrentou José Mou-rinho em Old Trafford, o português apareceu com uma garrafa de Barca Velha, o que ajudou a criar empatia entre ambos.

Antes desse momento, o escocês chegou a considerar Mourinho “um jovem arrogante de m…”, lê-se no

livro, escaldado pela eliminação da Champions League aos pés do FC Porto e pelo célebre discurso em que o português se apresentou aos adeptos do Chelsea a dizer “I’m the Special One”.

“Um dos melhores Reserva Especial de sempre”

O vinho que é agora comercializado em voos da Emirates Airlines, o Casa

Ferreirinha Reserva Especial 2007, é nascido e vinificado na Quinta da Leda, no Douro Superior, tal como o Barca Velha. Até o enólogo que lhe dá origem é o mesmo, o tão reputado Luís Sottomayor, elemento responsável por decidir se os vinhos merecem ser congratulados com os rótulos Barca Velha ou Reserva Especial.

Quando, em outubro de 2013, foi lançada esta 16ª edição do Reserva Especial, Luís Sottomayor acumulava 25 anos na Casa Ferreirinha, da qual se tornou enólogo chefe em 2007. Num comunicado lançado pela marca, o enólogo especificou o quão especial considerava ser o lançamento deste vi-nho, por ser “o primeiro a nascer e ser anunciado sob a minha supervisão”.

O ano 2007 foi quase unanimemen-te considerado um ano de excelentes

COM ESTA PARCERIA NÃO É SÓ A CASA FERREIRINHA QUE VOA MAIS ALTO, MAS TAMBÉM O DOURO E PORTUGAL

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES32

NEGÓCIOS

colheitas no Douro, o que gerou a expetativa de ser um dos raros e tão especiais anos de Barca Velha. Sotto-mayor admitiu que havia motivos para estas previsões, ao descrever o limbo por que passou a sua decisão: “Se por um lado tenho pena de não anunciar um Barca Velha, por outro estou seguro que 2007 é um dos melhores Reserva Especial de sempre”.

Barca Velha ou Reserva Especial são dois vinhos que exponenciam os argumentos que atribuíram carisma e notoriedade à Casa Ferreirinha. Aliada à Emirates Airlines, a marca duriense atinge novos patamares de reconhe-cimento internacional, mostra no ar o que se produz em terras portuguesas. Com esta parceria não é só a Casa Ferreirinha que voa mais alto, mas também o Douro e Portugal.

Vinhos tão emblemáticos como o Barca Velha e o Reserva Espe-cial nascem na Quinta da Leda, no Douro Superior

Longa história de sucessoNão faltam críticos de vinhos que con-cedem todas as honras a várias edições do Casa Ferreirinha Reserva Especial, chegando até a lamentar que acabem por viver à sombra do mais famoso tinto do país, o Barca Velha. A colheita 2007 foi lançada sete anos após a vin-dima na Quinta da Leda, o que é cada vez mais raro no universo do vinho. Mas também é disso que se trata, de um vi-nho raro, com um historial de sucesso.

Desta edição foram produzidas 33 000 garrafas, que podem ser encontradas nas prateleiras de lojas e garrafeiras de eleição em vários países. Através de pesquisas online, rapidamente se pode confirmar que os preços de venda, ao consumidor, variam entre os 120€ e os

165€. Também é fácil encontrar, por exemplo, uma garrafeira em Londres que se dispõe a vender um conjunto de 12 garrafas por aproximadamente 1500€.

Desde que Fernando Nicolau de Almeida (na foto), o icónico antigo enólogo da Casa Ferreirinha, criou o primeiro Reserva Especial de 1960, as colheitas que o sucederam respeita-ram aos anos de 1962, 1974, 1977, 1980, 1984, 1986, 1989, 1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 2001, 2003. A 16ª edição, de 2007, é o primeiro vinho desta ca-tegoria que Luís Sottomayor acompa-nha como enólogo chefe.

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www.revistaport.com 33

Call Center português da Altice prestes a abrir

BPI apoia internacionalização do calçado português

Grupo Os Mosqueteiros investe 280 milhões em Portugal

BMW escolheu Lisboa para apresentar

dois novos carros

Abre em finais de maio ou inícios de junho o call center que a gigante multinacional francesa do setor das te-lecomunicações vai instalar em Vieira do Minho, concelho de onde é natural o fundador e acionista Armando Pereira (na foto), emigrante em França. Na primeira fase, vai empregar entre 120 a 150 pessoas, algumas das quais já se encontram a receber formação em francês e em técnicas de informática.

O BPI e a APICCAPS (Associação Por-tuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos) celebraram um proto-colo de cooperação que visa apoiar as empresas portuguesas do setor do calçado, sobretudo no que toca à internacionalização.

A primeira marca a nível mundial a comercializar compotas em bisnagas chama-se meia.dúzia e é portugue-sa. O conceito e o design inovador da embalagem, semelhante a tubos de tinta para pintura, valeram a esta pequena empresa de Famalicão um lugar na eleição dos 100 melhores novos produtos gastronómicos, na feira The International Food&Drink Event (IFE), que no final de março teve lugar em Londres.

A multinacional francesa de supermer-cados prevê a abertura de mais 106 lojas (63 Intermarché, 15 Bricomarché e 28 Roady) em solo português nos próximos cinco anos, o que significa um investimento de 280 milhões de euros e a criação de cerca de 3 000 postos de trabalho.

A capital portuguesa foi es-colhida pela marca alemã de

automóveis para a apresentação internacional dos novos modelos Série 1 e Série 6. O clima, a ofer-ta hoteleira e as infraestruturas

disponíveis motivaram a escolha de Lisboa em detrimento de ou-tras cidades mundiais, à imagem do que já havia acontecido em

2011 e 2013.

Empresa portuguesa de compotas distinguida no Reino Unido

Breves

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES34

GASTRONOMIA

Portugal tem visto aumentar, nos últimos anos, a oferta de espaços onde se retrata a tradição e o conhecimento relacionados com produtos que fazem parte da alimentação dos portugueses,

dentro ou fora do país. Conheça os museus, oficinas e centros de ciência dedicados a ingredientes como pão, azeite, café, vinho, cerveja e até ovos moles…

ONDE SE COME E BEBE COM OS OLHOS

AVEIRO Os ovos moles são feitos em três dias, período que é recriado numa visita de 45 minutos a este espaço, localizado bem no centro de Aveiro, junto à tão famosa Ria. As visitas, sempre acompanhadas por uma guia, começam pela visualização de um pequeno filme alusivo à criação e produção dos Ovos Moles de Aveiro IGP. Depois, todos os visitantes têm oportunidade de pôr à prova a sua ha-bilidade como doceiros à moda antiga, numa demonstração do que corres-ponde ao segundo dia de produção: enchimento e corte. A visita termina com a degustação desses ovos moles trabalhados pelos participantes. Durante o percurso, as simpáticas guias explicam algumas curiosidades relativas ao produto. Fica-se a saber,

por exemplo, que os ovos moles, que já são comercializados em lojas portuguesas em países como França

e Alemanha, não devem ser colocados no frigorífico, mas sempre à tempera-tura ambiente.

MUSEUS

CORTAR E ENCHER OVOS MOLES

Oficina do Doce

Preço: 2€Aberto todos os

dias (convém fazer marcação)

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ANADIA Existem museus do vinho um pouco por todo país, e um dos maiores fica em Anadia, concelho que integra a região vitivinícola da Bairrada, onde se destacam os espu-mantes. O museu, gerido pela autar-quia local, expõe um vasto espólio cedido por produtores da região, maioritariamente datado do último quartel do século XIX e primeira metade do século XX. A exposição permanente inclui seis salas, cada uma dedicada a uma diferente etapa da produção de vinho. A visita passa ainda por uma das mais completas coleções de saca-rolhas do mundo e

pode terminar numa loja de vinhos da região. Um complemento interes-

sante para um bom almoço de leitão regado a espumante da Bairrada.

SEIA Apesar de fazer parte do dia--a-dia da maioria dos portugueses, estejam ou não a residir no país, é possível criar momentos memorá-veis com o pão como protagonista, como acontece neste museu. Os mais idosos ficam com nostalgia de outros tempos e os mais novos com vontade aprender e brincar mais. Em plena Serra da Estrela, o Museu do Pão recolhe, preserva e exibe os objetos e o património deste alimento nas suas vertentes etnográfica, política, social, histó-rica, religiosa e artística. Para além

do museu em si, neste complexo de iniciativa privada cabem ainda um restaurante (com uma ementa onde abundam pratos que utilizam pão), bar (com biblioteca incluída), mer-

cearia antiga (onde se pode comprar pães típicos de diferentes regiões portuguesas) e um ateliê de arte de pão (onde os mais novos metem a mão na massa).

SOBREMESA APÓS LEITÃO E ESPUMANTE

TODOS SE DIVERTEM, TODOS APRENDEM

Museu do Vinho da Bairrada

Museu do Pão

Bilhete: 1€Encerra à

segunda-feira

Bilhete: 5€ (inclui descontos

para crianças e reformados)

Encerra à segunda-feira

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PORT.COM PORTUGAL E AS COMUNIDADES36

GASTRONOMIA

CAMPO MAIOR Não há outro semelhante em toda a Europa. A difusão da cultura científica e social do café é um dos principais objetivos deste espaço no Alto Alentejo, que proporciona uma viagem interativa ao mundo de um produto consumido pela maior parte dos portugueses. Dispositivos tecnológicos mostram o percurso do café do momento do cultivo à torra, das plantações aos pontos de venda. A visita começa por uma estufa com exemplos de plantas cafeeiras de todo o mundo. Tam-bém passa, por exemplo, por vários momentos e histórias que envol-vem o café, desde o transporte nas antigas naus portuguesas, à época do

contrabando entre Portugal e Espanha. A última das cinco áreas é alusiva ao consumo, mostrando as diferentes formas como este é feito

por consumido por todo o mundo. Os portugueses, a viver no país ou no estrangeiro, costumam preferir a bica.

O CAFÉ NO MUNDO, DA PLANTAÇÃO AO CONSUMO

Centro da Ciência do Café

Bilhete: 6€ (inclui descontos

para crianças, jovens e idosos)

Encerra à segunda-feira

LISBOA Em plena Praça do Comér-cio existe uma cervejaria com um núcleo museológico, espaço onde se celebra o património da cerveja dos Países de Língua e Expressão Portu-guesa. No núcleo museológico, o vi-sitante fica a conhecer a história da produção de cerveja, desde os povos à volta da Mesopotâmia que há 6 mil anos a começaram a produzir, até à chegada, no século I a.C, ao territó-rio onde agora é Portugal. A história

das principais marcas de cerveja dos países lusófonos também é nar-rada, como as portuguesas Super Bock e Sagres, a brasileira Brahma, a angolana Cuca ou a moçambi-cana Laurentina. A visita passa ainda pela recriação de uma adega monástica do século XVI, onde são

explicados os principais aspetos da produção cervejeira na época. Quando regressa ao século XXI, cabe-lhe a si decidir se quer ou não fazer uma refeição na cervejaria, onde previsivelmente não falta uma vasta panóplia de bifes, mariscos e… cervejas lusófonas.

DA BRAHMA À SUPER BOCK, A HISTÓRIA DA CERVEJA

Museu da CervejaBilhete: 3,5€

(Inclui degustação de cerveja, acesso gratuito a menores de 16 anos). Aberto

todos os dias

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37 www.revistaport.com

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Bife à Portugália chega a Macau

A rede de cervejarias Portugália inau-gurou um restaurante na Taipa, em Macau. Tal como nos estabelecimen-tos em solo português, a gastronomia portuguesa destaca-se na ementa, com os conhecidos “Bifes à Portu-gália”, assim como bacalhau à Brás, marisco, carne de porco à alentejana, salada de polvo, arroz doce ou leite-creme. Atualmente trata-se da única cervejaria Portugália no estrangeiro.

Várias marcas portuguesas de azeite foram distinguidas no concurso Mário Solinas, um dos mais prestigia-dos do setor à escala global. Azeites da Gallo e da Casa de Santo Amaro (Mirandela) receberam medalhas de ouro nas categorias frutado maduro e frutado verde médio, respetiva-mente. Um azeite da Lameira de Ci-ma (Ferreira do Alentejo) conquistou uma medalha de prata na categoria frutado verde médio, prémio que foi também atribuído à Quinta da Lagoalva de Cima (Alpiarça), na categoria frutado maduro.

Três vinhos da produtora vitivinícola do Alentejo foram distinguidos no con-curso CSWA Best Value (China Wine & Spirits Awards), um dos mais prestigia-dos concursos de vinhos e destilados da China, mercado que representa 15% do volume de exportação da marca. Entre empresas de mais de 30 países de todo o mundo, a Ervideira teve três vinhos premiados: o Lusitano Reserva Tinto 2013 e o Conde D’Ervideira Re-serva Tinto 2012 (ambos com medalha de Duplo Ouro); e o Vinha D’Ervideira Tinto 2012 (medalha de Ouro).

Azeite português distinguido internacionalmente

Ervideira premiada na China

Vinho alentejano considerado o melhor “branco” do mundo

O vinho branco de 2013 da companhia alentejana Cor-tes de Cima, na Vidigueira,

foi considerado o melhor branco seco do mundo, no Vinalies Internatio-nales, concurso inter-nacional de vinhos que recentemente teve

lugar em Paris. O concurso avaliou cerca de 3 500 vinhos, oriundos de 40 países. Portugal foi o segundo país mais premiado do concurso (com 25 medalhas de ouro e 54 de prata), fican-do apenas atrás da França.

Breves

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GASTRONOMIA

Reza a história que o Baca-lhau à Zé do Pipo se tornou conhecido na década de 60 do século passado, quando alcançou o primeiro lugar

num concurso denominado “A Melhor Refeição ao Melhor Preço”.

Zé do Pipo era o nome por que era co-nhecido o proprietário (ou talvez sócio) de uma casa de pasto no Porto e, conta a lenda, foi o responsável por esta original criação que se celebrizou um pouco por todo o país.

Esta receita diferente, algo sofistica-da, tem a particularidade de o bacalhau, em posta, ir ao forno a gratinar, coberto em maionese. Apesar de levar maionese, esta receita faz parte da culinária tradi-cional do Porto.

RECEITA

BACALHAU À ZÉ DO PIPO

Ingredientes para quatro pessoas:

• 1 lombo de bacalhau; • 1 l de leite; • 2 cebolas médias; • 4 colheres, das de sopa, de

azeite; • 1 folha de louro; • sal e pimenta; • 1 tigela de maionese (feita com

duas gemas e 4 dl de azeite); • 750 g de batatas em puré; • azeitonas pretas • salsa.

Preparação:

Depois de bem demolhado, corta-se o bacalhau em postas e leva-se a cozer com leite. Picam-se as cebolas e levam-se a estalar com o azeite, o louro, o sal e a pimenta, e um pouco de leite de cozer o bacalhau. A cebola deve ficar branca e macia, e nunca loura. Depois de cozido, escorre-se o bacalhau e coloca-se num recipiente. Deita-se a cebola sobre as postas de bacalhau, que depois se cobrem completa-mente com a maionese. Contorna-se com o puré de batata, passado pela seringa ou saco, e leva-se a gratinar. Se possível, enfeita-se com azeitonas pretas e salsa.

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CULTURA

ATORES QUE EMIGRARAM

COM SUCESSOA série que tem tornado Daniela Ruah na mais mediática atriz

portuguesa da história, chega, este mês, ao fim da sexta temporada. Entretanto tem início uma produção televisiva hollywoodesca com

Diogo Morgado num dos papéis principais. O mais experiente Joaquim de Almeida também está a preparar novidades.

Saiba mais sobre o percurso dos atores portugueses que dão que falar por todo o mundo.

Há um par de anos que o leque de estrelas de Hollywood não é composto exclusivamente por figuras do cinema, o que se deve à massificação das séries televisivas, fenómeno catapultado no início deste século. Com argumentos de drama ou de comédia, de ficção histó-rica ou científica, não falta variedade. Mas se há um género que se destaca em quantidade, esse é o das séries policiais. E foi aqui que Daniela Ruah ganhou o seu espaço como atriz de gabarito interna-cional.

Nasceu em Boston em 1983 e teria que esperar seis anos para se mudar para Portugal, onde os seus pais já haviam morado. A árvore genealógica desta luso-americana é uma autêntica Torre de Babel, que inclui familiares que nasceram ou viveram em países como Alemanha, Polónia, Inglaterra, Argen-tina ou Marrocos. Não fosse esta uma família judaica.

Depois de ter despontado profissio-nalmente em telenovelas portuguesas e

Daniela RuahEm Hollywood proveniente de uma Torre de Babel

Daniela Ruah no papel de Kensi Blyena série “Investigação Criminal: Los Angeles”

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Diogo MorgadoO único português entrevistado por Oprah Winfrey

Quando com 18 anos deu nas vistas em “Amo-te Teresa” (2000), telefilme no qual interpretou um miúdo de 15, não faltaram vozes a vaticinar uma carreira de sucesso a este lisboeta, mas poucos imaginariam que um dia o seu rosto correria o mundo por causa de uma fotografia com Oprah Win-frey, partilhada no Instagram, que a mulher mais mediática do mundo des-creveria assim: “A partilhar um hot dog com o “hot Jesus”. A vida é deliciosa”.

Jesus Cristo, perdão, Diogo Mor-gado vive nos Estados Unidos desde meados do ano passado, onde antes do famoso momento gastronómico, interpretou o redentor, e consequente-mente o papel principal, numa minis-série chamada “A Bíblia” (2013) e num filme intitulado “O Filho de Deus” (2014). A minissérie foi vista por mais de 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos, sendo recorde de audiên-

Diogo Morgado no papel de Jesus na minissérie “A Bíblia”

ter estudado representação em Inglater-ra, há mais de meia década que é um dos principais rostos da série “Investigação Criminal: Los Angeles”, que este mês en-cerra a sexta temporada. Daniela Ruah segue assim os passos de outras estrelas televisivas judaicas como Jerry Seinfeld ou Sarah Jessica Parker, enquanto serve de modelo inspirador a portugueses que ambicionem sucesso semelhante.

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CULTURA

cias, liderança que também alcançou noutros países, como em Espanha. O filme foi o segundo mais visto nos Es-tados Unidos no fim de semana após a estreia, e acabou por valer ao lisboeta o prémio para a Melhor Interpretação na 23ª edição dos MovieGuide Grace Awards, em Los Angeles.

Atualmente com 34 anos, está prestes a voltar a dar que falar. Depois de ter representado o filho de Deus, interpreta uma personagem que tem sido apresentada como “o homem mais maléfico do mundo”. A série The Messengers tem estreia marcada, nos Estados Unidos e outros países, para o dia 10 de abril.

Joaquim de AlmeidaO crónico vilão latino

O mais internacional dos atores portugueses cumpriu 58 anos no mês passado, durante os quais acumula aproximadamente quatro décadas como ator. Com um ar sério e voz grave (f luente em português, inglês, francês, italiano, espanhol e alemão), o papel para o qual é requisitado com maior frequência é o de vilão, princi-palmente estadista ditador ou líder de um cartel de narcotráfico, natural de um país da América Latina, como o México, a Colômbia ou o Brasil.

Atualmente vive na costa oeste dos Estados Unidos, na californiana cidade de Santa Monica, perto de Los Angeles, mas a vida de emigrante começou em Viena, onde chegou a ser

jardineiro na Embaixada do Zaire, atual República Democrática do Congo. Depois de um ano na capital austríaca, mudou-se em 1976 para os Estados Unidos, primeiro para a costa este (Nova Iorque), onde deu início à carreira de ator profissional.

Desde o início da década de 80 já participou em mais de 50 filmes, de produção norte-americana, sul-ame-ricana ou europeia, com destaque para

“Bom dia, Babilónia” (1987), “Despe-rado” (1995), “O Último Combatente” (1999), “Capitães de Abril” (2000), “O Xangô de Baker Street” (2001), “Che - Guerrilha” (2008), “Contraluz” (2010), “Velocidade Furiosa 5” (2011) ou “Gaiola Dourada” (2013). Um dos projetos que atualmente tem em mãos é “Our Brand Is Crisis” (filme que também conta Sandra Bullock), no qual se consta que interpreta o papel de… um autocrata boliviano.

O português prepara o papel de um autocrata boliviano

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Peter Pereira volta a ser fotógrafodo ano nos EUA

O português nascido na Figueira da Foz, que há 37 anos vive na cidade norte-americana de New Bedford, foi distinguido pela sétima vez como Fotógrafo do Ano da Nova Inglater-ra, região que inclui seis estados dos EUA. O prémio é atribuído anualmente pela National Press Photographers Association, que representa todos os fotojornalistas do país. As fotografias do figueirense costumam ser publica-das no jornal The Standard Times.

Dois temas dos Dead Com-bo, uma banda composta por dois lisboetas, fazem parte da banda sonora de “Focus”, filme que estreou recentemente por todo o mundo, com o tão conhe-cido Will Smith como ator principal. As duas músicas dos portugueses que entram no filme chamam-se “Lisboa Mulata” e “Rumbero”.

O fadista lisboeta é um dos qua-tro finalistas para “Melhor artista” nos prémios anuais atribuídos pela Songlines, uma revista ingle-sa especializada em world music. O português foi nomeado pelos leitores da publicação devido a “Largo da Memória”, um disco de 2013. Cabe agora aos jornalis-tas da revista decidir o nome do vencedor, que será anunciado a 1 de maio.

Filme com Will Smith tem duas músicas portuguesas

Ricardo Ribeiro nomeado para prémio “Melhor artista”em Inglaterra

Dead Combo

Breves

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DESPORTO

AUTOMOBILISMOOLHOS DO MUNDO

POSTOS EM PORTUGALO norte do país recebe este mês o Mundial de Rallycross, poucas semanas antes do Rally de Portugal. Provas como estas reúnem os carros e pilotos mais destacados do panorama internacional, atraem atenções em dezenas de países e em milhões de adeptos. Portugueses por todo o mundo podem acom-

panhar estas provas através de diversas transmissões televisivas.

POR LUÍS CARLOS SOARES

Os potentes motores que agitam provas de campeonatos do mundo de automobilismo começam a roncar no

norte de Portugal já este mês. Mon-talegre recebe a prova inaugural do segundo Mundial de Rallycross (RX) da história, entre os dias 24 e 26. A vila transmontana abre o precedente, com continuidade no Rally de Portugal (WRC), que em maio regressa ao norte do país, depois de quase uma década no Algarve. Em julho é a vez de Vila Real receber os melhores pilotos mundiais de turismos (WTCC). Os três eventos somados irão colocar Portugal nos olhos e nas bocas de milhões de pes-soas, espalhadas por todo o mundo.

Praticamente só faltam a Fórmula 1 e o Mundial de Endurance para o norte do país receber todas as principais provas internacionais. Ter os olhos do mundo do automobilismo focados nas localida-des que recebem estas provas significa, segundo vários estudos realizados, um retorno económico gigantesco, tanto imediato como a médio prazo.

Montalegre, Vila Real e os vários concelhos por onde passa o Rally de Por-tugal reúnem vários atrativos turísticos que assim podem ser dados a conhecer por todo o mundo. De resto, a vila que acolhe o Mundial de Rallycross não tem deixado por mãos alheias a aposta em eventos que levam multidões à capital do Barroso, como são os casos da Feira

do Fumeiro, das Sextas-Feiras 13 e dos Congressos de Medicina Popular, para além dos atrativos que constituem a neve e o Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Todo este dinamismo serve também para aproximar Montalegre dos bar-rosões emigrados. Simão Alves nasceu há 26 anos em Suresnes, nos arredores de Paris, onde sempre viveu, o que não impede que cultive devoção às raízes, as quais visita pelo menos duas vezes por ano: “Temos inúmeros emigran-tes que voltam de propósito na altura destes eventos, e eu sou um deles. Ainda não tive oportunidade de ir ao Rallycross, mas obviamente faz parte dos meus planos. Receber uma prova desta importância, equipas do mundo

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inteiro, pilotos famosos e televisões internacionais, é uma mais-valia para a imagem do município e um motivo de orgulho para todos nós”, explica Simão.

De Montalegre para 38 países

O impacto internacional destas provas é indesmentível. Segundo a or-ganização do campeonato do mundo de Rally, cada prova do circuito WRC gera uma audiência global de 607 mi-lhões em canais televisivos e superior a 13 600 milhões em formato online, em média.

No que toca ao Rallycross, quando

Montalegre acolheu a primeira prova da história dos campeonatos do mun-do desta modalidade, no ano passado, passaram mais de 100 jornalistas pelo circuito automóvel local, que permiti-ram garantir “informação oficial em 38 países, o que significa uma grande visibilidade, especialmente durante a transmissão televisiva em direto”, conta o vice-presidente do município montalegrense, David Teixeira.

A vitória de Petter Solberg, campeão do mundo de Rally em 2003 e que acabaria 2014 como o primeiro vence-dor de um Mundial de Rallycross, foi tema de capa em algumas publicações internacionais, que utilizaram uma imagem do norueguês a dar um salto

MAIS 13 MIL ADEPTOS DA MODALIDADE, SOBRETUDO PORTUGUESES E GALEGOS, LOTARAM O CIRCUITO NORTENHO, MUITOS MAIS ASSISTIRAM EM DIRETO PELA TELEVISÃO

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DESPORTO

RALLYCROSS APURA A ASTÚCIA DOS PILOTOS E A POTÊNCIA DOS MOTORES EM CIRCUITOS QUE COMBINAM PARTES EM GRAVILHA COM OUTRAS EM ASFALTO

radiante em cima do seu carro, peran-te o olhar atento da multidão que lotou as bancadas.

Só no domingo, dia da corrida, estive-ram no circuito mais de 13 mil espetado-res, metade dos quais da vizinha Galiza: “A principal vantagem de se atrair muito público galego é a de que a maior parte destes vêm na sexta-feira à noite e ficam até domingo à tarde, esgotando a hote-laria de Montalegre, Boticas e Chaves durante esses três dias”, revela David Tei-xeira, que também sabe que “há muitos emigrantes barrosões que marcam férias para esta altura, para se sentirem parte da organização do evento”.

Promover a prova, potenciar a região

De acordo com um estudo feito pela Unidade de Investigação de Marke-ting e Consumo do IPAM (instituição ligada ao ensino superior), em Aveiro, “o montante gasto pelos não residen-tes devido ao Rallycross, na região de Montalegre, terá sido superior a 1, 4 milhões de euros”, valor que exclui as despesas de deslocação. Este valor significa “um gasto médio por espetador de 123€, que no caso dos re-sidentes em Portugal é 79€ e nos dos residentes no estrangeiro é 209€”, acrescenta o estudo.

Para a autarquia de Montalegre, “o esforço estratégico de promoção destes eventos não é apenas para o evento em si, mas sobretudo para a região, para que Montalegre seja um sítio onde é bom voltar”, conta ainda David Teixeira. Quem também repete presença este mês é Petter Solberg, para começar a defender o título ganho na temporada passada: “E que lugar fantástico para começar, tenho memórias incríveis do ano passado”, exclamou recentemente.

Numa entrevista ao site da autar-quia de Montalegre, o piloto justifi-cou alguns dos motivos que alimen-

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A imagem de Soldberg a

celebrar em cima do carro correu mundo

tam esta expetativa: “Competi em Portugal no Campeonato do Mundo de Rally algumas vezes - tanto no nor-te como no sul do país - e sempre foi uma das provas em destaque da tem-porada. Os fãs aqui são muito apai-xonados e entusiastas. Gosto muito disso em Portugal. Estou ansioso para voltar para a pista e começar o novo campeonato de Rallycross”.

Os seguidores de Petter Solberg por todo o mundo também anseiam pela primeira prova oficial do piloto em 2015. Quando este e outros ases do volante deixarem Montalegre, será a vez de estrelas como Sebastien Ogier, Jari-Matti Latvala, Thierry Neuville ou Robert Kubica começarem a pre-

parar o Rally de Portugal. Um pouco mais tarde, chegarão Sebastien Loeb, José María López, Tiago Monteiro ou Yvan Muller a Vila Real, por causa da única prova em circuito urbano do calendário anual WTCC.

Os carros que tanto se destacam no mundo do automobilismo estão prestes a encher o norte de Portugal de público e de grandes emoções, so-bre gravilha ou sobre asfalto. Milhões de telespetadores estarão atentos a estes desenvolvimentos. Adeptos ou não destas modalidades, portugueses por todo o mundo têm assim várias oportunidades para testemunharem o seu país a ser divulgado internacio-nalmente a grande velocidade.

“ESTOU ANSIOSO PARA VOLTAR PARA A PISTA E COMEÇAR O NOVO CAMPEONATO DE RALLYCROSS”PETTER SOLBERG

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DESPORTO

A filial nº 143 do Sporting Clube de Portugal foi fundada em Paris, no ano 1983, pelo emi-grante português José

Lopes de Sousa. Depois de ter somado vitórias na Europa, feito incomum num emblema francês de futsal, o Sporting Club de Paris torce pelo clube português na UEFA Futsal Cup, cuja final four vai ser disputada entre os dias 24 e 26 de abril, no Meo Arena, em Lisboa.

Na presente edição da máxima competição europeia de clubes de futsal participaram 49 equipas. O Sporting Club de Paris, que disputa o quinto título francês consecutivo, derrotou os campeões da Repúbli-ca Checa (Chrudim), Bielorrússia (Minsk) e Macedónia (KMF Zeleza-rec), no grupo 1 da Ronda Principal, o que lhe valeu o tal feito inédito no futsal, passar à Ronda de Elite.

“Atingir a Ronda de Elite era um objetivo importante para nós, porque um clube francês que fica nos 16 melhores da Europa, é um sinal que o futsal francês merece de ser conhecido”, conta o porta-voz do clube, o luso-francês Rudy Matias.

“O futsal francês tem a ambição de cres-cer ao nível das outras grandes nações europeias do futsal. Em poucos anos, o campeonato mudou muito e os dirigentes dos clubes trabalham nessa direção”, acrescenta, para traçar a evolução.

SPORTING DE PARIS TORCE PELO TÍTULO EUROPEU DO SPORTING DE PORTUGAL

Os tetracampeões de França em futsal conseguiram, este ano, um lugar entre os 16 melhores da Europa, algo que nenhum emblema

gaulês alguma vez havia alcançado. Depois de terem ficado a uma vitória de Lisboa, onde este mês vai ser disputado o título

continental, vão torcer pelos congéneres portugueses.

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www.revistaport.com 49

Portugueses podem “vingar” amigos franceses

O Sporting de Paris não se limitou a desfrutar da estreia na Ronda de Elite. Colocado no grupo C, derrotou nos cam-peões da Sérvia (Ekonomac) e da Letónia (FK Nikars). O percurso vencedor apenas foi interrompido pelos campeões do Ca-zaquistão (Kairat Almaty), país que tem somado vitórias na modalidade devido à importação de jogadores brasileiros.

O Kairat, o Dínamo de Moscovo e o Barcelona (detentor do título) são os três clubes que vão tentar impedir o Sporting Clube de Portugal de se sagrar campeão europeu na Meo Arena, para a qual já estão esgotados os mais de 10 mil bilhetes colocados à venda.

Na eventualidade de uma final entre portugueses e cazaques, Rudy Matias acredita que “apesar de o Kairat ter craques, o Nuno Dias [treinador do Sporting] é capaz de montar uma boa estratégia para os derrotar”. O porta-voz do Sporting de Paris vai deslocar-se propositadamente a Lisboa para ser mais um a puxar pela equipa portuguesa.

Apesar de se ter habituado a comemo-rar os seus próprios triunfos, o Sporting de Paris mantém o propósito com que abriu portas, o de juntar portugueses a torcer pelo Sporting Clube de Portugal.

Breves

A claque Juve Leo acompanha os jogos da equipa parisiense

FC Porto defronta Bayern nos “quartos” da ChampionsOs portistas têm de eliminar os cam-peões alemães se quiserem continuar a sonhar com o 3º título europeu de clubes. Os azuis e brancos jogam primeiro no Estádio do Dragão, a 15 de abril, deslocando-se a Munique no dia 21 do mesmo mês. Recorde-se que o FC Porto derrotou o Bayern na final da competição na temporada 1986/87, em Viena.

O presidente do clube leonino, Bruno de Carvalho, inaugurou uma acade-mia de formação de jovens futebo-listas em Rustemburgo, na África do Sul. Apesar da inauguração formal ter acontecido apenas no final de março, a escola de futebol já existe desde julho do ano passado, na qual evoluem cerca de 200 jovens. O clube leonino conta agora com academias no Canadá, África do Sul e Guiné Equatorial, sendo que um projeto semelhante está a ser cons-truído em Angola.

O médio português do Sevilha igua-lou Óscar Cardozo como jogador com mais jogos (44) na segunda maior competição europeia de clubes de futebol, desde que esta assumiu os atuais moldes, em 2009. Carriço pode destacar-se do antigo avançado do Benfica já em abril, nos “quartos” da competição, nos quais vai defron-tar o Zenit do compatriota André Villas-Boas.

Sporting inaugura academia na África do Sul

Daniel Carriço recordista na Liga Europa

Benfica campeão europeu de hóquei feminino

O conjunto encarnado conquistou pela primeira vez a Taça Europeia feminina de hóquei em patins, ao derrotar na final a equipa francesa do Coutras, por 5-2, em jogo disputado em Manlleu, Espanha. Em nove edições da compe-tição, o Benfica tornou-se a primeira equipa não-espanhola a erguer o troféu.

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DISCURSO DIRETO

Ser tratado e tratar todos por TU e não por VOCÊ;

Ter uma vida equili-brada: 8 horas para dormir, 8 horas para trabalhar e 8 horas de tempo livre;

Sermos valorizados pelo que somos enquanto pessoas e não pelo que fazemos em termos de trabalho;

Pagar muitos impostos mas em troca usufruirmos de um sistema de saúde e de educa-ção gratuito;

Não nos preocuparmos com a inscrição escolar dos nossos filhos porque é feita automati-camente de ano para ano e não comprar material escolar por-que é fornecido pela escola;

Ter os filhos a trabalhar desde os 13 anos aprendendo assim o que custa a vida e a dar valor a todas as profissões;

Saber que, se os meus filhos resolverem ir para a univer-sidade, o Estado garante a educação gratuita e ainda lhe garante um subsídio mensal;

Viver num país onde a taxa de abstenção é reduzida, onde as pessoas veem com atenção o que se passa na política e se interessam com os problemas atuais;

Tirar os sapatos sempre que se entra em casa, mesmo alheia;

Andar de bicicleta para todo o lado, a ouvir “As Manhãs da Comercial” a sorrir e sentir-me mais perto dos outros;

Não ver televisão durante as refeições;

Ter a casa cheia de velas a iluminar as noites longas de Inverno;

Não passar o sinal vermelho nem que a rua esteja deserta;

Ir para a praia de cobertor, almofadas e grelhador e ficar até ao fim do dia para jantar;

Andar sempre à procura de produtos portugueses e assim ajudar a economia do nosso país;

Sermos embaixadores do nosso país com cada estra-geiro que conhecemos;

Sentir que mesmo com saudades de Portugal aqui é a nossa casa.

Cristina Amaro tem 42 anos e é natural de Lisboa, de onde partiu há nove anos para Copenhaga. Atualmente trabalha num restaurante espanhol e nos tempos livres dedica-se a unir os compatriotas

no país escandinavo, através da página www.portuguesesnadinamarca.com e do grupo Facebook “Portugueses em Copenhaga”

SER PORTUGUÊS NA DINAMARCA É…

Cristina circula de bicicleta pelas ruas de Copenhaga

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