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CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E EXATAS CAMPUS VI – POETA PINTO DO MONTEIRO Relatório das atividades desenvolvidas na E. E. E. M. Inovador Integrado a Educação Profissional Jose Leite de Souza na cidade de Monteiro – PB, no ano de 2015. HUMBERTO CARNEIRO MONTE JUNIOR

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CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E EXATASCAMPUS VI – POETA PINTO DO MONTEIRO

Relatório das atividades desenvolvidas na E. E. E. M. Inovador Integrado a Educação Profissional Jose Leite de Souza na cidade de

Monteiro – PB, no ano de 2015.HUMBERTO CARNEIRO MONTE JUNIOR

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA SUBPROJETO DE LICENCIATURA EM LETRAS

LÍNGUA PORTUGUESA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRASCOORD. DE ÁREA: PROF. DR. MARCELO MEDEIROS DA SILVA PROF. SUP.: FÁGNER DE OLIVEIRA SANTOSBOLSISTA: HUMBERTO CARNEIRO MONTE JUNIORMAT.: 131740016

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APRESENTAÇÃO

• O presente relatório apresenta as ações desenvolvidas na turma 3º Ano A da E. E. E. M. Inovador Integrado à Educação Profissional Jose Leite de Souza no período de Março a Novembro de 2015 por Humberto Carneiro Monte Junior, aluno do curso de Licenciatura Plena em Letras – Língua Portuguesa do Camus VI da UEPB.

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OBJETIVO

• Nas ações do PIBID na escola José Leite de Souza no ano de 2015, objetivamos trazer para a sala de aula uma forma de linguagem diferente da tradicionalmente apresentada em sala de aula: a obscenidade. A reflexão baseada no cordel “Adão e Eva na sacanagem” incluiu em sua discussão as diversas concepções de sex(o)ualidades (pré)existentes para alunos bem como aquilo que os próprios alunos conheciam sobre os assuntos. Nossa proposta diferencia-se de algumas experiências com este gênero (cordel), porque escolhemos textos cuja linguagem está assentada em um discurso marcado por expressões que giravam em torno do campo semântico da sacanagem e da sexualidade, em especial o das sexualidades dissidentes.

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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MEDIO INOVADOR INTEGRADO A EDUCACAO PROFISSIONAL JOSE LEITE DE SOUZA

A Escola João de Oliveira Chaves localiza-se na Rua Wagner A. B. Japiassu, Centro, na cidade de Monteiro – PB e a 3 anos já recebe os bolsistas do Pibid para que realizem seus trabalhos. A turma trabalhada por mim foi a do 3º Ano A, com 25 (vinte e cinco) alunos, a maioria proveniente da cidade de Monteiro.

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PRIMEIRA ETAPAQUESTIONÁRIO PARA SONDAGEM E AVALIAÇÃO

DA TURMA

• A participação na sala de aula iniciou-se a partir de um breve momento de sondagem mediante a aplicação de um questionário para que, logo após, pudéssemos efetivar de maneira mais segura e adequada as nossas intervenções durante as aulas de Língua Portuguesa. O questionário contemplava questões de ordem socioeconômica assim como outras voltadas para a investigação da realidade de leitura dos alunos, visando, assim, identificar quais textos liam, que temas preferiam, qual a relação que estabeleciam com a leitura e como deveriam ser as aulas de Língua Portuguesa.

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A turma fez um círculo na sala para que a discussão do questionário fosse mais proveitosa.

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Discussão do questionário: alunos escutam atentamente enquanto os outros respondem.

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SEGUNDA ETAPAESTUDO DE IMAGENS E VÍDEOS SOBRE LEITURA

• Depois de aplicar o questionário, e refletir sobre inúmeras imagens que traziam aspectos relacionados à leitura e escrita, partimos para a leitura de poemas e outros cordéis que foram citados anteriormente. A partir de tal leitura, foi feita uma sondagem para saber o que eles entendiam como poesia e cordel para, em seguida, abordar alguns aspectos do gênero cordel.

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Alunos escrevem em seus cadernos aquilo que viram nas imagens e aquilo que elas podem representar, para depois socializar com toda a turma.

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Alunos assistem ao vídeo “A menina que odiava livros”.

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Atentos, os alunos assistem ao vídeo “Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore”.

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TERCEIRA ETAPALEITURA DE CORDÉIS

• Foram lidos em sala os cordéis O casamento do boiola de J. Borges, Um marido duvidoso ou um casamento interesseiro de Maria Goldelivie e Horóscopo das Bichas de Franklin Machado. O casamento do boiola conta a história de Sofia, transexual, filho de um político muito famoso, que queria se casar com um homem e enfrenta as interdições da família e da sociedade, mas termina de uma forma cômica se casando na Igreja mediante o pagamento de um dote ao padre. Em Um marido duvidoso ou um casamento interesseiro, a autora apresenta a história de Paula que era pobre, mas queria se casar com um homem rico de modo a também adquirir fortuna. Em uma festa, ela encanta-se por Ricardo, um moço rico da região com quem veio a se casar sem saber que ele era gay, o que só é descoberto depois do casamento. Por isso, ela o abandona e se junta com um rapaz pobre da região.

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• No cordel Horóscopo das Bichas, Machado apresenta de forma jocosa o horóscopo destinado apenas para gays, descrevendo como era a personalidade de cada gay a partir do signo ao qual correspondia. Em todos eles verificamos, não ostensivamente, aspectos relacionados à métrica (para fixação do conteúdo) e posteriormente uma reflexão sobre o tema e as histórias narradas nos cordéis.

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QUARTA ETAPALEITURA DO CORDEL

“ADÃO E EVA NA SACANAGEM”• A partir das discussões geradas em sala de aula sobre esse tema e norteados

pelos textos teóricos, objetivamos levar a discussão para outro viés: o do erotismo. E, para não dissociar a base dos cordéis, achamos por bem levar para a sala de aula o cordel Adão e Eva na Sacanagem de H. Romeu. O texto presente no cordel narra a história da criação do homem e da mulher de uma maneira diferente daquela vista na bíblia: como Adão e Eva garantiram a posteridade das gerações

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CORDEL ADÃO E EVA NA SACANAGEM

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CORDEL ADÃO E EVA NA SACANAGEM

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QUINTA ETAPAESTUDO DO CORDEL

• Passamos à análise do cordel que foi feita tanto escrita – mediante um questionário – quanto oralmente. No primeiro caso, as questões pediam dos alunos uma reflexão mais verticalizada do texto do cordel. O uso das palavras obscenas, o emprego de eufemismos para a designação de partes do corpo e de possíveis “cômodos”, as formas do casal ter suas relações sexuais, a visão de mulher presente no cordel, o modo de como a história é construída no tempo diverso do cordel, bem como discussões de pecado, prazer e polêmica, foram temas discutidos no questionário que teve, no total, 27 perguntas.

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Em grupos, os alunos estudam o cordel a partir das questões propostas.

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Em grupos, os alunos estudam o cordel a partir das questões propostas.

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Em grupos, os alunos estudam o cordel a partir das questões propostas.

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O uso das palavras obscenas, o emprego de eufemismos para a designação de partes do corpo e de possíveis “cômodos”, as formas do casal ter suas relações sexuais, a visão de mulher presente no cordel, o modo de como a história é construída no tempo diverso do cordel, bem como discussões de pecado, prazer e polêmica, foram temas discutidos no questionário que teve, no total, 27 perguntas.

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PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

Como bolsistas do PIBID da UEPB, também nos fizemos presentes em alguns eventos da área ao decorrer do ano de 2015, nos quais ministramos oficinas, bem como apresentamos trabalhos e participamos de mesa-redonda:

• V ENID - Campina Grande/PB• XIII FETECH – Campina Grande/PB• I SEMANA DE LEITURA – Juazeirinho/PB• IV CELL – Monteiro/PB

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Participação no V ENID, em Campina Grande.

Oficina ministrada:“Unidade de

Poesia Intensiva”

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Participação na XIII FETECH em Campina Grande.

Apresentação do Subprojeto do PIBID de Letras no Campus VI da UEPB:

“A leitura literária em sala de aula: do sabor ao saber sobre a língua(gem)”

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Participação na I SEMANA DE LEITURA de Juazeirinho/PB.

Palestra em Mesa Redonda:“Linguagem e obscenidade

em sala de aula: uma experiência com o cordel.”

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Participação no IV CELLMonteiro/PB

Comunicação oral:“Linguagem e obscenidade

em sala de aula: uma experiência com o cordel.”

Oficina ministrada:“Unidade de

Poesia Intensiva”

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CONSIDERAÇÕES FINAISA participação no PIBID deste ano foi de suma importância por três aspectos. Primeiro por nos favorecer uma visão mais real da sala de aula; depois por contribuir de todos os modos para a ressignificação das práticas em sala de aula não abandonando os métodos tradicionais, mas aperfeiçoando-os com outros métodos que favorecem a participação dos alunos; e terceiro por que nós podemos entender a realidade na qual se encontra a educação literária nas escolas públicas. De inusitado a criativo, os alunos reconheceram que o texto erótico também merece ser trabalhado em sala de aula pois faz parte do seu cotidiano e, mesmo que veladamente, é também uma forma de expressão da literatura pela qual o sexo é apresentado de forma poética. A apresentação de cordéis que tratassem da temática da homossexualidade mostrou o eu se concebe como lacuna na abordagem da diversidade sexual na escola. O incômodo despertado em alguns alunos apresenta uma falta de políticas educacionais não de inclusão de alunos com orientações sexuais diferentes, mas de exclusão do preconceito contra tais pessoas, uma vez que não adianta incluir essas pessoas se a própria escola não trabalha a “erradicação” do preconceito, evitando que os alunos tenham uma visão fechada sobre esse assunto. O trabalho com textos relacionados ao sexo em sala de aula precisa ser mais difundido, principalmente pelo fato de tal tema ser importante para a vida dos alunos tanto dentro como fora da escola. Falar de sexualidade na escola de maneira mais geral e não apenas para divulgação de projetos ou movimentos de prevenção de doenças, além disso, tratar tal assunto na escola serve para entender quais sentidos e quais implicações essas discussões podem gerar em indivíduos capazes de discernir entre o que seja necessário à sua vivência sexual, social e pessoal.