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Índice
Capítulo I — Apresentação ............................................. 7
Capítulo II — Diagnóstico da situação económica, financeiraesocial ..................................................... 11 2.1 — Produto interno bruto (PIB) ................................. 11 2.2 — Evolução dos sectores .......................................... 12 2.3 — Rendimento nacional Bruto (RNB) ..................... 13 2.4 — Balança comercial ................................................ 14 2.5—Déficesexternos ................................................... 16 2.5.1—Déficealimentar ..................................... 16 2.5.2—Déficeenergético ................................... 17 2.5.3—Déficetecnológico ................................. 18 2.6—Dívidasexternaepública ..................................... 19 2.7 — Investimento ........................................................ 21 2.8—Emprego .............................................................. 22 2.9 — Salários e distribuição de rendimentos ................ 24 2.10—Micro,pequenasemédiasempresas(MPME)..... 26
Capítulo III — A degradação do aparelho produtivo ... 27 3.1—Contornosdadestruiçãodoaparelhoprodutivo .. 27 3.2—Mistificaçõesdocapitaledopoderpolítico de direita .............................................................. 36 3.3—Causaseresponsáveis .......................................... 38 3.4—Opapeldosgruposeconómicosefinanceiros ..... 41
PoRtugal a PRoduzIR2.a edição
Capa:JoséMonginho© Editorial «avante!», Sa — lisboa, 2011
Tiragem:250exemplaresImpressãoeacabamento:DPS—DigitalPrintingServices,Lda.
Datadeimpressão:Outubrode2011Depósitolegaln.o 332362/11
ISBN 978-972-550-395-9
www.editorial-avante.pcp.pt
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Índice
Capítulo I — Apresentação ............................................. 7
Capítulo II — Diagnóstico da situação económica, financeiraesocial ..................................................... 11 2.1 — Produto interno bruto (PIB) ................................. 11 2.2 — Evolução dos sectores .......................................... 12 2.3 — Rendimento nacional Bruto (RNB) ..................... 13 2.4 — Balança comercial ................................................ 14 2.5—Déficesexternos ................................................... 16 2.5.1—Déficealimentar ..................................... 16 2.5.2—Déficeenergético ................................... 17 2.5.3—Déficetecnológico ................................. 18 2.6—Dívidasexternaepública ..................................... 19 2.7 — Investimento ........................................................ 21 2.8—Emprego .............................................................. 22 2.9 — Salários e distribuição de rendimentos ................ 24 2.10—Micro,pequenasemédiasempresas(MPME)..... 26
Capítulo III — A degradação do aparelho produtivo ... 27 3.1—Contornosdadestruiçãodoaparelhoprodutivo .. 27 3.2—Mistificaçõesdocapitaledopoderpolítico de direita .............................................................. 36 3.3—Causaseresponsáveis .......................................... 38 3.4—Opapeldosgruposeconómicosefinanceiros ..... 41
PoRtugal a PRoduzIR2.a edição
Capa:JoséMonginho© Editorial «avante!», Sa — lisboa, 2011
Tiragem:250exemplaresImpressãoeacabamento:DPS—DigitalPrintingServices,Lda.
Datadeimpressão:Outubrode2011Depósitolegaln.o 332362/11
ISBN 978-972-550-395-9
www.editorial-avante.pcp.pt
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CapítuloIApresentação
3.5—Capitalestrangeiro ............................................... 45 3.6—UniãoEuropeia:políticasecondicionantes ......... 47 Capítulo IV — Recursos nacionais ................................. 51 4.1—Recursoshumanos ............................................... 51 4.2 — Recursos naturais ................................................. 53
Capítulo V — Política alternativa ................................... 57 5.1 — Papel do Estado.................................................... 57 5.2 — Política de desenvolvimento agrícola eflorestal .............................................................. 60 5.3 — Política de desenvolvimento das pescas .............. 63 5.4 — Política de desenvolvimento industrial ................ 64 5.5 — Produção, salários e justiça social ........................ 67 5.6 — Factores e meios de produção .............................. 72 5.7 — Política de apoio às MPME.................................. 73
Capítulo VI — Resumo de orientações e medidas ......... 75
Capítulo VII — Texto de encerramento ......................... 83
Apresentação da Campanha Nacional do PCP em defesa da produção nacional e do aparelho produtivo .......................................... 91
Referências bibliográficas................................................ 97
AcampanhaPortugalaProduzir,lançadapeloPCPnaFestadoAvante!de2010,destina-seaafirmarovalorestratégicodaproduçãonacionaleoaproveitamentodaspotencialidadesdopaís,paraacriaçãodeemprego,ocombateàdependênciaexternaeaafirmaçãodeumaviasoberanadedesenvolvimento.
Acampanhapartiudaconstataçãodaprolongadafragilizaçãoedegradaçãodeimportantessectoresprodutivosdopaís,queagravamasdificuldadesdocrescimentoeconómico,dodesen-volvimentosocialedoexercíciodasoberania,aníveisquecom-prometemseriamenteaconstruçãodeumfuturocolectivoquecorrespondamaissatisfatoriamenteaosinteresseseaosanseiosdostrabalhadoresedopovoportuguês.
Pontuadapordiversasenumerosasiniciativas,dequesedestacamosencontrosnasempresaselocaisdetrabalhocomostrabalhadoresdediferentesramosdeactividade,mastambémcomespecialistas,pequenosprodutores,micro,pequenosemédiosempresários,acampanhapropôs-secontribuirparaumconheci-mentomaisaprofundadodarealidadeedasdificuldadesdapro-duçãonacional,paraumadenúnciadascausaseresponsáveisdasuaestagnaçãoedegradação,paraumaconsciencializaçãodasuaimportânciaecentralidadenaviabilidadedequalquerprojectodedesenvolvimentoeparaapropostademedidasesoluçõesparaoseuvigorosocrescimento,modernizaçãoearticulaçãocomasnecessidadessociaisdapopulaçãoededesenvolvimentodopaís.
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CapítuloIApresentação
3.5—Capitalestrangeiro ............................................... 45 3.6—UniãoEuropeia:políticasecondicionantes ......... 47 Capítulo IV — Recursos nacionais ................................. 51 4.1—Recursoshumanos ............................................... 51 4.2 — Recursos naturais ................................................. 53
Capítulo V — Política alternativa ................................... 57 5.1 — Papel do Estado.................................................... 57 5.2 — Política de desenvolvimento agrícola eflorestal .............................................................. 60 5.3 — Política de desenvolvimento das pescas .............. 63 5.4 — Política de desenvolvimento industrial ................ 64 5.5 — Produção, salários e justiça social ........................ 67 5.6 — Factores e meios de produção .............................. 72 5.7 — Política de apoio às MPME.................................. 73
Capítulo VI — Resumo de orientações e medidas ......... 75
Capítulo VII — Texto de encerramento ......................... 83
Apresentação da Campanha Nacional do PCP em defesa da produção nacional e do aparelho produtivo .......................................... 91
Referências bibliográficas................................................ 97
AcampanhaPortugalaProduzir,lançadapeloPCPnaFestadoAvante!de2010,destina-seaafirmarovalorestratégicodaproduçãonacionaleoaproveitamentodaspotencialidadesdopaís,paraacriaçãodeemprego,ocombateàdependênciaexternaeaafirmaçãodeumaviasoberanadedesenvolvimento.
Acampanhapartiudaconstataçãodaprolongadafragilizaçãoedegradaçãodeimportantessectoresprodutivosdopaís,queagravamasdificuldadesdocrescimentoeconómico,dodesen-volvimentosocialedoexercíciodasoberania,aníveisquecom-prometemseriamenteaconstruçãodeumfuturocolectivoquecorrespondamaissatisfatoriamenteaosinteresseseaosanseiosdostrabalhadoresedopovoportuguês.
Pontuadapordiversasenumerosasiniciativas,dequesedestacamosencontrosnasempresaselocaisdetrabalhocomostrabalhadoresdediferentesramosdeactividade,mastambémcomespecialistas,pequenosprodutores,micro,pequenosemédiosempresários,acampanhapropôs-secontribuirparaumconheci-mentomaisaprofundadodarealidadeedasdificuldadesdapro-duçãonacional,paraumadenúnciadascausaseresponsáveisdasuaestagnaçãoedegradação,paraumaconsciencializaçãodasuaimportânciaecentralidadenaviabilidadedequalquerprojectodedesenvolvimentoeparaapropostademedidasesoluçõesparaoseuvigorosocrescimento,modernizaçãoearticulaçãocomasnecessidadessociaisdapopulaçãoededesenvolvimentodopaís.
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Oreconhecimentoóbviodequeosectordosserviçoscresceudesmesuradamentefaceaosoutrossectores,queestagnaramoupoucoprogrediram,enalgunscasosdefinharam,levouacentraracampanhanaagricultura,silviculturaepescas,naindústriaextractivaetransformadoraenaproduçãoenergética.Issonãosignificaquesemenosprezamoutrossectoresprodutivosintegra-dosnosserviços,quandosesabequenosectorterciáriocresceramacimadetudoactividadesnãoprodutivascomoasfinanceiraseimobiliárias,masdecidiu-sedarumaênfaseespecialàproduçãodebenstransaccionáveisedeenergia,emqueoatrasosetornouparticularmenteexpressivo(é,porexemplo,arazãoporquesetratamaisaprofundadamenteabalançacomercialdoqueabalançacorrente).
Nestecontexto,expressõescomoa«destruição»ou«liquidaçãodoaparelhoprodutivo»(ou«daprodução»)nãopretendemobvia-menteafirmarqueopaísperdeuaagriculturaouaindústria.Nemsequerquenecessariamentediminuíramasquantidadesfísicasglobaisproduzidasporestessectores,embora,emcertosanos,issotenhasucedido.Oquesequerexpressar,relativoaestessectores,éaverdadeiraextinçãoouquaseextinçãodeunidadesesegmentosdoaparelhoprodutivodopaís,aextinçãoouquaseextinçãodeváriasactividades,adegradaçãoedesinvestimentoameaçadoresdasobrevivênciadenumerosasoutras,aperdadepotencialidadesdedesenvolvimento,aquebradopesoerepresentatividadenaeconomiadopaís,aestagnaçãoprolongadae,emalgunsperíodos,odecréscimodovolumedeprodução,apossibilidadesombriadosseusdeclíniosnãosórelativoscomoabsolutos.
AcampanhaPortugalaProduzirdesenvolveu-seaolongodeváriosmeseseacompanhouaevoluçãodasituaçãodopaís,sejanoplanoeconómicoesocial,sejanoplanopolítico.Umarealidadeemmovimento,emquesereflectiramoconjuntodasmedidasditasdeausteridade,emqueseacentuouaespiralespeculativaemtornodadívidapúblicanacionaleocorrespondentesaquepelograndecapitalaosrecursosdopaís,emquesedegradouoquadromacro-económicocomareentradaemrecessão,emqueseprecipitouademissãodogovernoPS,arealizaçãodeeleiçõeslegislativaseaformaçãodonovogovernoPSD/CDS,emqueseabriuaportaa
umailegítimaintervençãoexternadoFMI/BCE/UEeàimposiçãodeumprogramadesubmissãoeagressãoaopovoeaopaís.
Masaevoluçãodessamesmarealidade,opróprioaprofun-damentodapolíticadedireitaquandoprossegueacrisedocapi-talismo,reforçouaoportunidadeeopapeldestacampanhaque,emboahora,oPCPdecidiulevaracabo.Adefesadaproduçãonacional—quandosetornarammaisevidentesasfragilidadesestruturaisdopaís—passouaserinvocadamesmopormuitosdaquelesqueantessecandidataramaseuscoveiros.Masmaisimportantedoqueisso,elaafirmou-secomoumaquestãocentralnavidadopaís,umfactordemobilizaçãodemuitosdemocratasepatriotasqueaspiramaumpaísdeprogressoejustiçasocial,aumPortugalsoberanoeindependente.
Entendeu-seserdeutilidadeproporcionaraosactivistasepar-ticipantesdestacampanhaumdocumentodeapoio,quefornecesseummínimodeelementosdeanálise,diagnósticoediscussãosobrearealidadeeconómicaesocialdossectoresqueforamoseuob-jecto.Odocumentoacabouporsetornarumpouconumasúmuladacampanhaereflectirnassuaspáginasainformaçãoedebatesuscitados,achegasparaaconsideraçãodeumapolíticaalternativaediversaspropostas,comosurgiram,vivas,dosencontros,dasiniciativasedareflexãocolectiva.Excedendoaintençãoinicial,nuncapretendeuserexaustivo,nemsequerequilibrado,desdelogoporquealgumasáreasforamacompanhadasmaisdeperto.Masacabouporsermaisdoqueumapanhadodepropostas,quedevemserponderadasevalorizadas,epodeserlidocomoumacontribuição,parcialmasfundamentada,paraaconstruçãodeumapolíticaalternativa,patrióticaedeesquerda,emlinhacomaintervençãopolíticaqueoPCPprotagonizouaolongodedécadas,emdefesadaproduçãonacionalederupturacomorumodede-sastrenacional,aqueonovogovernoPSD/CDSsepreparaparadaragravadacontinuidade.
OcapítuloIIfazumbrevediagnósticodasituaçãoeconómicaefinanceira,nosseustraçosmacroeconómicos,esocialdopaís,nomomentopresenteenasuaevoluçãonasúltimasdécadas. OcapítuloIIItiraoretratodadegradaçãodoaparelhoprodutivodaagricultura,pescaseindústriaediscuteascausas,condicionantese
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Oreconhecimentoóbviodequeosectordosserviçoscresceudesmesuradamentefaceaosoutrossectores,queestagnaramoupoucoprogrediram,enalgunscasosdefinharam,levouacentraracampanhanaagricultura,silviculturaepescas,naindústriaextractivaetransformadoraenaproduçãoenergética.Issonãosignificaquesemenosprezamoutrossectoresprodutivosintegra-dosnosserviços,quandosesabequenosectorterciáriocresceramacimadetudoactividadesnãoprodutivascomoasfinanceiraseimobiliárias,masdecidiu-sedarumaênfaseespecialàproduçãodebenstransaccionáveisedeenergia,emqueoatrasosetornouparticularmenteexpressivo(é,porexemplo,arazãoporquesetratamaisaprofundadamenteabalançacomercialdoqueabalançacorrente).
Nestecontexto,expressõescomoa«destruição»ou«liquidaçãodoaparelhoprodutivo»(ou«daprodução»)nãopretendemobvia-menteafirmarqueopaísperdeuaagriculturaouaindústria.Nemsequerquenecessariamentediminuíramasquantidadesfísicasglobaisproduzidasporestessectores,embora,emcertosanos,issotenhasucedido.Oquesequerexpressar,relativoaestessectores,éaverdadeiraextinçãoouquaseextinçãodeunidadesesegmentosdoaparelhoprodutivodopaís,aextinçãoouquaseextinçãodeváriasactividades,adegradaçãoedesinvestimentoameaçadoresdasobrevivênciadenumerosasoutras,aperdadepotencialidadesdedesenvolvimento,aquebradopesoerepresentatividadenaeconomiadopaís,aestagnaçãoprolongadae,emalgunsperíodos,odecréscimodovolumedeprodução,apossibilidadesombriadosseusdeclíniosnãosórelativoscomoabsolutos.
AcampanhaPortugalaProduzirdesenvolveu-seaolongodeváriosmeseseacompanhouaevoluçãodasituaçãodopaís,sejanoplanoeconómicoesocial,sejanoplanopolítico.Umarealidadeemmovimento,emquesereflectiramoconjuntodasmedidasditasdeausteridade,emqueseacentuouaespiralespeculativaemtornodadívidapúblicanacionaleocorrespondentesaquepelograndecapitalaosrecursosdopaís,emquesedegradouoquadromacro-económicocomareentradaemrecessão,emqueseprecipitouademissãodogovernoPS,arealizaçãodeeleiçõeslegislativaseaformaçãodonovogovernoPSD/CDS,emqueseabriuaportaa
umailegítimaintervençãoexternadoFMI/BCE/UEeàimposiçãodeumprogramadesubmissãoeagressãoaopovoeaopaís.
Masaevoluçãodessamesmarealidade,opróprioaprofun-damentodapolíticadedireitaquandoprossegueacrisedocapi-talismo,reforçouaoportunidadeeopapeldestacampanhaque,emboahora,oPCPdecidiulevaracabo.Adefesadaproduçãonacional—quandosetornarammaisevidentesasfragilidadesestruturaisdopaís—passouaserinvocadamesmopormuitosdaquelesqueantessecandidataramaseuscoveiros.Masmaisimportantedoqueisso,elaafirmou-secomoumaquestãocentralnavidadopaís,umfactordemobilizaçãodemuitosdemocratasepatriotasqueaspiramaumpaísdeprogressoejustiçasocial,aumPortugalsoberanoeindependente.
Entendeu-seserdeutilidadeproporcionaraosactivistasepar-ticipantesdestacampanhaumdocumentodeapoio,quefornecesseummínimodeelementosdeanálise,diagnósticoediscussãosobrearealidadeeconómicaesocialdossectoresqueforamoseuob-jecto.Odocumentoacabouporsetornarumpouconumasúmuladacampanhaereflectirnassuaspáginasainformaçãoedebatesuscitados,achegasparaaconsideraçãodeumapolíticaalternativaediversaspropostas,comosurgiram,vivas,dosencontros,dasiniciativasedareflexãocolectiva.Excedendoaintençãoinicial,nuncapretendeuserexaustivo,nemsequerequilibrado,desdelogoporquealgumasáreasforamacompanhadasmaisdeperto.Masacabouporsermaisdoqueumapanhadodepropostas,quedevemserponderadasevalorizadas,epodeserlidocomoumacontribuição,parcialmasfundamentada,paraaconstruçãodeumapolíticaalternativa,patrióticaedeesquerda,emlinhacomaintervençãopolíticaqueoPCPprotagonizouaolongodedécadas,emdefesadaproduçãonacionalederupturacomorumodede-sastrenacional,aqueonovogovernoPSD/CDSsepreparaparadaragravadacontinuidade.
OcapítuloIIfazumbrevediagnósticodasituaçãoeconómicaefinanceira,nosseustraçosmacroeconómicos,esocialdopaís,nomomentopresenteenasuaevoluçãonasúltimasdécadas. OcapítuloIIItiraoretratodadegradaçãodoaparelhoprodutivodaagricultura,pescaseindústriaediscuteascausas,condicionantese
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responsabilidades.OcapítuloIVincidesobreosrecursos,humanosenaturais,comqueopaíspodecontarpararevitalizaraproduçãonestessectores.OcapítuloVpreocupa-secomaconstruçãodeumapolíticaalternativamultifacetadanestasáreas.OcapítuloVI,semapreocupaçãodeserexaustivo,fazumapanhadodepropostasreferidasnodocumento.OcapítuloVIIencerra.
CapítuloIIDiagnósticodasituaçãoeconómica
2.1 — Produto interno bruto (PIB)
Apolíticadedireitaedeabdicaçãonacional,aoserviçodosgruposeconómicosefinanceiros,conduziuaumagravecrisequeoseuprosseguimentoagravará.
Nosdezanosanteriores,entre2001e2010,oPIBterminoucom172699,4milhõesdeeurosnoúltimoano,masemtermosreaisocrescimentomédioanualfoiapenasde0,7%.EstasituaçãodeestagnaçãoeatrasorelativamenteaospaísesdaUEnãosedeveusimplesmenteaoagravamentodacrisedocapitalismo,poisantesdoseuinício,entre2001e2007,ocrescimentomédiojátinhacaídopara1,1%aoano.OgovernoPSnadaresolveuetudoagravouaomanterorumodaspolíticasdedireita.Nosprimeiroscincoanosdoseumandato,entre2006e2010,ocrescimentomédioreduziupara0,5%aoano.
Emfinaisdoanopassado,opaísvoltouacairemrecessão,tendooPIBcontraídoemcadeia0,6%noúltimotrimestrede2010enovamentenoprimeirotrimestrede2011.Asprevisões,reconhecidasoficialmente,apontamparaumaquedarealde–2,2%em2011ede–1,8%em2012.
Aúltimadécadafoiverdadeiramenteumadécadaperdida.Devidoapolíticastotalmenteerradasparalisou-seocrescimentoeatrasou-seopaísemrelaçãoàmédiadaUniãoEuropeia.Terãodecorridováriosanosdesdeaacentuaçãodacrisedocapitalismo
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responsabilidades.OcapítuloIVincidesobreosrecursos,humanosenaturais,comqueopaíspodecontarpararevitalizaraproduçãonestessectores.OcapítuloVpreocupa-secomaconstruçãodeumapolíticaalternativamultifacetadanestasáreas.OcapítuloVI,semapreocupaçãodeserexaustivo,fazumapanhadodepropostasreferidasnodocumento.OcapítuloVIIencerra.
CapítuloIIDiagnósticodasituaçãoeconómica
2.1 — Produto interno bruto (PIB)
Apolíticadedireitaedeabdicaçãonacional,aoserviçodosgruposeconómicosefinanceiros,conduziuaumagravecrisequeoseuprosseguimentoagravará.
Nosdezanosanteriores,entre2001e2010,oPIBterminoucom172699,4milhõesdeeurosnoúltimoano,masemtermosreaisocrescimentomédioanualfoiapenasde0,7%.EstasituaçãodeestagnaçãoeatrasorelativamenteaospaísesdaUEnãosedeveusimplesmenteaoagravamentodacrisedocapitalismo,poisantesdoseuinício,entre2001e2007,ocrescimentomédiojátinhacaídopara1,1%aoano.OgovernoPSnadaresolveuetudoagravouaomanterorumodaspolíticasdedireita.Nosprimeiroscincoanosdoseumandato,entre2006e2010,ocrescimentomédioreduziupara0,5%aoano.
Emfinaisdoanopassado,opaísvoltouacairemrecessão,tendooPIBcontraídoemcadeia0,6%noúltimotrimestrede2010enovamentenoprimeirotrimestrede2011.Asprevisões,reconhecidasoficialmente,apontamparaumaquedarealde–2,2%em2011ede–1,8%em2012.
Aúltimadécadafoiverdadeiramenteumadécadaperdida.Devidoapolíticastotalmenteerradasparalisou-seocrescimentoeatrasou-seopaísemrelaçãoàmédiadaUniãoEuropeia.Terãodecorridováriosanosdesdeaacentuaçãodacrisedocapitalismo
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antesqueserecuperemosníveisdeactividadeeconómicaante-riores,comtodasasimplicaçõesdaídecorrentesparaasituaçãosocial,especialmentedosníveisdeemprego.Corre-semesmooriscodeterminarestanovadécadacomumaproduçãoderiquezainferioràdoseucomeço;entãosepoderiafalaremdeclínionacional,nãoapenasemsentidorelativo,emcomparaçãocomamédia comunitária ou mundial, mas em sentido absoluto. a não inverter-seorumodaspolíticasgovernamentais,omáximoaqueopaíspodeaspiraréacontinuaçãodeumaprolongadaestagnação.Maisumadécadaperdida.
2.2 — Evolução dos sectores
Emmeadosdadécadade70,oconjuntodaagriculturaedaindústriavaliamaisde60%dovaloracrescentadobrutonacional.Em1974,aagricultura,silvicultura,caçaepescarepresentavamcercade15,5%easindústriasextractivas,transformadoras,electri-cidade,gás,água,construçãoeobraspúblicasrepresentavamcercade46%;osserviços,incluindoocomércio,ostransporteseasacti-vidadesfinanceiras,entreoutras,representavamcercade38,5%.
Opesodoaglomeradodaagriculturaedaindústriatemvindogradualmenteadiminuirnaeconomia;inversamente,odosservi-çostemvindoaaumentar.Porexemplo,em1995(1),oconjuntodaagricultura,silviculturaepesca,daindústria,daenergia,águaesaneamentoedaconstruçãojásórepresentavacercadeumterço(34,4%);oconjuntodosserviçosrepresentavacercadedoisterços(65,6%).
Masem2010,asituaçãotinha-seagravadoaindamais. Aagricultura,silviculturaepescaestavarestringidaaapenas2,4%,aindústria,incluindoaenergia,águaesaneamentoeaconstrução,a23,5%;inversamente,osserviçostinhamaumentadopara74,1%.Istoé,opesodaagriculturamaisaindústrianaeconomiatinha-se
reduzidoacercadeumquarto,odosserviçostinha-seelevadoacercadetrêsquartos.
o desenvolvimento dos serviços é uma característica intrín-secadosestadoscapitalistasmodernos,especialmentedosmaisavançados.Aelevaçãomaisrápidadaprodutividadenaproduçãodebens,aextensãodasatisfaçãodenecessidadespessoaiseco-lectivas,aadministração,manutençãoedefesadaordemsocial,asdificuldadesderealizaçãodamais-valia(devenderaproduçãoerepartiroslucrospelaclassecapitalista),afugadosinvestimen-tosparaaespeculação,hipertrofiamosector,particularmenteasactividadescomerciaisefinanceiras(adesafectaçãodaindústriadeactividadesnelaorganicamenteinseridastambémempolaarti-ficialmenteosserviços).
MasemPortugal,ocrescimentodopesorelativodosserviçostraduz,apardetudoisso,aestagnação,obloqueamentoemesmoadestruiçãodoaparelhoprodutivodossectoresprimárioesecun-dário.
Aevoluçãodovaloracrescentadobrutoemvolume(apreçosconstantesemvezdepreçoscorrentes)mostra-obemnaúltimadécadaemeia,paraaqualhádadosuniformizados.Aagricultura,silviculturaepesca,depoisdeumadiminuição,estáperfeita-menteestagnadadesde1998,comcurtasoscilações.Aindústria,incluindoaenergia,águaesaneamentoeaconstrução,aumentourazoavelmentede1995a2001,estagnouaté2007efoiduramenteatingidapelacriseem2008-09,dequepraticamenterecuperoumuitopouco.Oaglomeradodosdoissectores,dadoomuitomaiorpesodaindústria,teveumaevoluçãosemelhanteaesta,acabandoarecuarparaosníveisdehácatorzeanos.Porcontraste,osserviçosaumentaramcontinuamentedesde1995,tendoapenasacusadootoquedacriseem2009,anoemquediminuírammuitoligeiramente.
2.3 — Rendimento nacional bruto (RNB)
Adiferençaentreosrendimentospagoserecebidosdoex-terior,desfavorávelaonossopaís,tem-sereflectido,nascontas
(1)Apartirdesteanoavalorizaçãofaz-seapreçosdebaseemvezdepreçosnoprodutor.Alteraumpoucoadistribuiçãodopesodossectores,peloquenãoéinteiramentecomparávelcomacomposiçãoanterior.
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antesqueserecuperemosníveisdeactividadeeconómicaante-riores,comtodasasimplicaçõesdaídecorrentesparaasituaçãosocial,especialmentedosníveisdeemprego.Corre-semesmooriscodeterminarestanovadécadacomumaproduçãoderiquezainferioràdoseucomeço;entãosepoderiafalaremdeclínionacional,nãoapenasemsentidorelativo,emcomparaçãocomamédia comunitária ou mundial, mas em sentido absoluto. a não inverter-seorumodaspolíticasgovernamentais,omáximoaqueopaíspodeaspiraréacontinuaçãodeumaprolongadaestagnação.Maisumadécadaperdida.
2.2 — Evolução dos sectores
Emmeadosdadécadade70,oconjuntodaagriculturaedaindústriavaliamaisde60%dovaloracrescentadobrutonacional.Em1974,aagricultura,silvicultura,caçaepescarepresentavamcercade15,5%easindústriasextractivas,transformadoras,electri-cidade,gás,água,construçãoeobraspúblicasrepresentavamcercade46%;osserviços,incluindoocomércio,ostransporteseasacti-vidadesfinanceiras,entreoutras,representavamcercade38,5%.
Opesodoaglomeradodaagriculturaedaindústriatemvindogradualmenteadiminuirnaeconomia;inversamente,odosservi-çostemvindoaaumentar.Porexemplo,em1995(1),oconjuntodaagricultura,silviculturaepesca,daindústria,daenergia,águaesaneamentoedaconstruçãojásórepresentavacercadeumterço(34,4%);oconjuntodosserviçosrepresentavacercadedoisterços(65,6%).
Masem2010,asituaçãotinha-seagravadoaindamais. Aagricultura,silviculturaepescaestavarestringidaaapenas2,4%,aindústria,incluindoaenergia,águaesaneamentoeaconstrução,a23,5%;inversamente,osserviçostinhamaumentadopara74,1%.Istoé,opesodaagriculturamaisaindústrianaeconomiatinha-se
reduzidoacercadeumquarto,odosserviçostinha-seelevadoacercadetrêsquartos.
o desenvolvimento dos serviços é uma característica intrín-secadosestadoscapitalistasmodernos,especialmentedosmaisavançados.Aelevaçãomaisrápidadaprodutividadenaproduçãodebens,aextensãodasatisfaçãodenecessidadespessoaiseco-lectivas,aadministração,manutençãoedefesadaordemsocial,asdificuldadesderealizaçãodamais-valia(devenderaproduçãoerepartiroslucrospelaclassecapitalista),afugadosinvestimen-tosparaaespeculação,hipertrofiamosector,particularmenteasactividadescomerciaisefinanceiras(adesafectaçãodaindústriadeactividadesnelaorganicamenteinseridastambémempolaarti-ficialmenteosserviços).
MasemPortugal,ocrescimentodopesorelativodosserviçostraduz,apardetudoisso,aestagnação,obloqueamentoemesmoadestruiçãodoaparelhoprodutivodossectoresprimárioesecun-dário.
Aevoluçãodovaloracrescentadobrutoemvolume(apreçosconstantesemvezdepreçoscorrentes)mostra-obemnaúltimadécadaemeia,paraaqualhádadosuniformizados.Aagricultura,silviculturaepesca,depoisdeumadiminuição,estáperfeita-menteestagnadadesde1998,comcurtasoscilações.Aindústria,incluindoaenergia,águaesaneamentoeaconstrução,aumentourazoavelmentede1995a2001,estagnouaté2007efoiduramenteatingidapelacriseem2008-09,dequepraticamenterecuperoumuitopouco.Oaglomeradodosdoissectores,dadoomuitomaiorpesodaindústria,teveumaevoluçãosemelhanteaesta,acabandoarecuarparaosníveisdehácatorzeanos.Porcontraste,osserviçosaumentaramcontinuamentedesde1995,tendoapenasacusadootoquedacriseem2009,anoemquediminuírammuitoligeiramente.
2.3 — Rendimento nacional bruto (RNB)
Adiferençaentreosrendimentospagoserecebidosdoex-terior,desfavorávelaonossopaís,tem-sereflectido,nascontas
(1)Apartirdesteanoavalorizaçãofaz-seapreçosdebaseemvezdepreçosnoprodutor.Alteraumpoucoadistribuiçãodopesodossectores,peloquenãoéinteiramentecomparávelcomacomposiçãoanterior.
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nacionaisdosúltimosanos,numpersistentedesviodoRNBabaixodoPIB,que,deacordocomdadospreliminares,em2010foidemenos3,4%.Estadiferença,quefechaaevoluçãogradualmentedivergenteaolongodadécada,justificaquenãosenegligencieoRNB,dadoquemedemaisacertadamentequeoPIBariquezaqueficanopaís.
Ofracorendimentonacional,constringindoeassociando-seaumafracapoupançainternaeànecessidadederecorreraoexteriorparafinanciaraeconomia,queagravaoinsustentávelendivida-mentodopaís,impossibilitaqueaeconomianacionalgalgueparapatamaresdeinvestimentosuperioreseconstituiumpoderosobloqueiodoseuprogresso.
Defacto,apoupançanacional,jásubstancialmentemaisbaixaqueamédiacomunitária,temmostradoumatendênciaparaasuadiminuição,reduzindo-seapoupançabrutaem2010aominguadovalorde9,2%doPIB.
Opaísprecisadecrescer.OPIBeoRNBtêmqueaumentarataxasanuaissignificativas.Aestagnaçãoeconómicaéumcolete- -de-forçasquemanietaodesenvolvimentosocial,amelhoriadospadrõesdevidadostrabalhadoresedaspopulações.
2.4 — Balança comercial
Entre1993e2010,períodocobertopelasestatísticasmaisrecentesdoINE,abalançacomercialdebensregistousempresaldosdeficitários,quegeralmenteacentuou,comumagravamentoparticularmentenítidoentre2004e2008.Em2010,odéficefoide20291milhõesdeeuros.
Emtodosestesanos,ataxadecoberturadasimportaçõespelasexportaçõesnuncaatingiuos70%(64,4%em2010).
Ossaldoscomerciaisnegativososcilaramnumabandaequi-valentea9–15%doPIB(11,7%em2010).
Alémdisso,ocomérciointernacionalportuguêsdebens,sejanosmovimentosdesaídasejadeentrada,temestadoafuniladonaUniãoEuropeia,muitoparaalémdoqueserianaturaleine-vitáveldadaasituaçãogeográfica.Desde1993atéhoje,opeso
dospaísesdaCEE/UEfoi,emmédia,aproximadamente,de80%relativamenteàssaídasede77%relativamenteàsentradasdocomércioexternonacional.Apartirde1995,oestreitamentodosfluxoscomerciaisacentuou-seesóapartirde2006severificaumareduçãodopesodomercadointracomunitárionasexportaçõesdebens.AUEconstituíaem2010odestinode75,0%dassaídaseaorigemde75,7%dosbensadquiridosporPortugal(ataxadecober-turaparaestemercadofoide63,8%).Semsurpresas,aEspanhaéoprincipalparceirocomercial,com26,6%dasexportaçõese31,2%dasimportações;seguem-seaAlemanhaeaFrança,com,respectivamente,13,0%e11,8%dasexportaçõese13,9%e7,3%dasimportações(dadosde2010).
Ospersistentesdéficesdabalançacomercialagravaramoendividamentodopaísetornaram-seinsustentáveis.Apanaceiadogovernoconsisteemcombateressesdéficescomapromoçãodasexportações.Semdúvidaqueasexportaçõesdevemserpro-movidasehápotencialidadesquedevemserexploradaseapro-veitadas,atéporquePortugaltemumpesodasexportaçõesnoPIBrelativamentereduzidoparaumpaíseuropeucomasuadimensãodemográfica.Masabalançacomercialtemdoislados,odassaídaseodasentradas,eodéficetemqueseratacadopelosdois,numaestratégiaequilibradaquenãosubalternizenenhum.
Nãohápossibilidadedeatenuarsubstancialmenteodese-quilíbrioemuitomenosdetornaropaísexcedentáriose,dadaagrandedesproporçãoentreosdoissectores,oincrementodasexportaçõesnãoforacompanhadodeumareduçãodonívelou,nomínimo,deumincrementoemproporçãobastantemenordasimportações,semoqueabalançacomercialsetornaverdadeira-menteincomportável.
Incrementarasexportaçõesdiminuindooscustosdotraba-lho,atravésdeviolentasmedidasdeausteridade,queagravamapolarizaçãosocialeempobrecemaindamaisostrabalhadoreseaspopulações,talvezpossamelhorartransitoriamenteaposi- çãocompetitivadopaís,oquejádesiépoucoplausívelcom acrescenteconcorrênciadepaísesdesaláriosmuitíssimoinfe-riores,masesseefeitoesgota-serapidamentequandoaeconomianacional,emresultadodaerradaapostanosbaixossalários,se
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nacionaisdosúltimosanos,numpersistentedesviodoRNBabaixodoPIB,que,deacordocomdadospreliminares,em2010foidemenos3,4%.Estadiferença,quefechaaevoluçãogradualmentedivergenteaolongodadécada,justificaquenãosenegligencieoRNB,dadoquemedemaisacertadamentequeoPIBariquezaqueficanopaís.
Ofracorendimentonacional,constringindoeassociando-seaumafracapoupançainternaeànecessidadederecorreraoexteriorparafinanciaraeconomia,queagravaoinsustentávelendivida-mentodopaís,impossibilitaqueaeconomianacionalgalgueparapatamaresdeinvestimentosuperioreseconstituiumpoderosobloqueiodoseuprogresso.
Defacto,apoupançanacional,jásubstancialmentemaisbaixaqueamédiacomunitária,temmostradoumatendênciaparaasuadiminuição,reduzindo-seapoupançabrutaem2010aominguadovalorde9,2%doPIB.
Opaísprecisadecrescer.OPIBeoRNBtêmqueaumentarataxasanuaissignificativas.Aestagnaçãoeconómicaéumcolete- -de-forçasquemanietaodesenvolvimentosocial,amelhoriadospadrõesdevidadostrabalhadoresedaspopulações.
2.4 — Balança comercial
Entre1993e2010,períodocobertopelasestatísticasmaisrecentesdoINE,abalançacomercialdebensregistousempresaldosdeficitários,quegeralmenteacentuou,comumagravamentoparticularmentenítidoentre2004e2008.Em2010,odéficefoide20291milhõesdeeuros.
Emtodosestesanos,ataxadecoberturadasimportaçõespelasexportaçõesnuncaatingiuos70%(64,4%em2010).
Ossaldoscomerciaisnegativososcilaramnumabandaequi-valentea9–15%doPIB(11,7%em2010).
Alémdisso,ocomérciointernacionalportuguêsdebens,sejanosmovimentosdesaídasejadeentrada,temestadoafuniladonaUniãoEuropeia,muitoparaalémdoqueserianaturaleine-vitáveldadaasituaçãogeográfica.Desde1993atéhoje,opeso
dospaísesdaCEE/UEfoi,emmédia,aproximadamente,de80%relativamenteàssaídasede77%relativamenteàsentradasdocomércioexternonacional.Apartirde1995,oestreitamentodosfluxoscomerciaisacentuou-seesóapartirde2006severificaumareduçãodopesodomercadointracomunitárionasexportaçõesdebens.AUEconstituíaem2010odestinode75,0%dassaídaseaorigemde75,7%dosbensadquiridosporPortugal(ataxadecober-turaparaestemercadofoide63,8%).Semsurpresas,aEspanhaéoprincipalparceirocomercial,com26,6%dasexportaçõese31,2%dasimportações;seguem-seaAlemanhaeaFrança,com,respectivamente,13,0%e11,8%dasexportaçõese13,9%e7,3%dasimportações(dadosde2010).
Ospersistentesdéficesdabalançacomercialagravaramoendividamentodopaísetornaram-seinsustentáveis.Apanaceiadogovernoconsisteemcombateressesdéficescomapromoçãodasexportações.Semdúvidaqueasexportaçõesdevemserpro-movidasehápotencialidadesquedevemserexploradaseapro-veitadas,atéporquePortugaltemumpesodasexportaçõesnoPIBrelativamentereduzidoparaumpaíseuropeucomasuadimensãodemográfica.Masabalançacomercialtemdoislados,odassaídaseodasentradas,eodéficetemqueseratacadopelosdois,numaestratégiaequilibradaquenãosubalternizenenhum.
Nãohápossibilidadedeatenuarsubstancialmenteodese-quilíbrioemuitomenosdetornaropaísexcedentáriose,dadaagrandedesproporçãoentreosdoissectores,oincrementodasexportaçõesnãoforacompanhadodeumareduçãodonívelou,nomínimo,deumincrementoemproporçãobastantemenordasimportações,semoqueabalançacomercialsetornaverdadeira-menteincomportável.
Incrementarasexportaçõesdiminuindooscustosdotraba-lho,atravésdeviolentasmedidasdeausteridade,queagravamapolarizaçãosocialeempobrecemaindamaisostrabalhadoreseaspopulações,talvezpossamelhorartransitoriamenteaposi- çãocompetitivadopaís,oquejádesiépoucoplausívelcom acrescenteconcorrênciadepaísesdesaláriosmuitíssimoinfe-riores,masesseefeitoesgota-serapidamentequandoaeconomianacional,emresultadodaerradaapostanosbaixossalários,se
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distanciadosoutrospaísesnosritmosdecrescimentodaprodu-tividade.
Oproblemacrónicododéficedabalançacomercial,bemcomoodabalançacorrente(queincluiosserviços),nãopodeenãodeveresolver-seàcustadarestriçãodoconsumopopular,aliásdemenorpropensãoparaosprodutosdeimportaçãoquandocomparadocomodaselitesquebeneficiamdasmedidasdeausteridade.
2.5—Déficesexternos
Portugalédeficitárioemalgumasáreasparticularmentesensí-veisparaasuasoberania,queafectamasuacapacidadedeconstruirumprojectonacionalautónomo,quesirvamelhorosinteressesdoseupovo.Essesdéficesconstituemimportantescomponentesdodesequilíbriodasuabalançacomercial.
2.5.1—Déficealimentar
Asexportaçõesdaagricultura(vegetaleanimal),caçaepescaedasindústriasalimentaresnãocompensamasimportaçõesdames-maárea.Ataxadecobertura,de34,3%em1993,oscilouaté2001edesdeentãotemvindoaaumentargradualmente,até50,2%em2010.Aindaassim,opaís,nodomínioalimentar,importaodobro doqueexporta.Osaldonegativo,em2010,erade–2,2%doPIB,cercadeumquintododéficedetodaabalançacomercialde bens.
Emboraglobalmenteamaioriadoconsumoalimentardapopulaçãosejasatisfeitapelaproduçãonacional,Portugalestálongedaauto-suficiência,importandopertodeumterçodassuasnecessidadesagroalimentares,épersistentementedeficitárioemnumerosasproduçõese,nalgunscasosimportantes,comoodoscereaisoudacarnedebovino,amaioriadoconsumoéimportadadoestrangeiro.
Mereceespecialatençãoocasodotrigo.Pelarelevânciageraldoscereaisetubérculosnospadrõesalimentaresrecomendados,
massobretudopelagrandecapitaçãonoconsumoalimentarportu-guês(112,5kgporhabitante/ano,em2009/10)eobaixíssimograudeauto-aprovisionamento(5,7%,nomesmoano).Omilhoéoutrocasodefracograudeauto-aprovisionamento(31,9%,em2009/10);embora,aocontráriodotrigo,sedestinenasuaesmagadoramaio-riaaoconsumoanimal,aselevadasquantidadesimportadaspesamnodéficedabalançacomercialalimentar.Ambasasproduçõesse ressentiram muito da enorme redução das áreas de cultivo nas últimastrêsdécadas,emboraomilhotenhaconseguidocompensarcomaumentosdeprodutividade.
Oacentuadoaumentodospreçosinternacionaisdoscereais(omilhojábateurecordeshistóricos,otrigoparalácaminha),bemcomodosalimentosemgeral,apardaincapacidadedeincrementarsubstancialmenteaproduçãoagrícolaepesqueira,nãoauguranadadebomparaasatisfaçãodasnecessidadesalimentaresnemparaacorrecçãododéficecomercialdopaís.
2.5.2—Déficeenergético
Portugaltemumaelevadadependênciaenergética,muitoacimadamédiadaUE.Nastrêsdécadas,terminadasem2008,paraquehádadosdisponíveis,tevequeimportarcadaanocercade84%daenergiaqueforneciaàsuaeconomia.Em2008,estapercentagemfoide81,2%.
Opaísnãoproduzpetróleo,nemgásnatural,nemcarvão(des-de1994,quandoencerrouaúltimamina).Aproduçãodomésticadeenergiaprimária,inteiramentebaseadanasenergiasrenováveis,cobreapenasumapequenaparceladoconsumofinal:18,8%doabastecimento em 2008.
OpetróleopermanececomoaprincipalfonteprimáriadeenergiaemPortugal,emboraasuaproporçãotenhavindoadimi-nuirnasúltimasquatrodécadas,de75,5%em1973,para64,2%em2001e52,9%em2008.Nãosurpreendeporissoqueassuasimportações(maisasdegásnaturalecarvão)pesemduramentenosaldonegativodocomércioexterno.Odéficedabalançaener-géticadopaís,comoscilações,subiuaolongodadécadaanterior,
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distanciadosoutrospaísesnosritmosdecrescimentodaprodu-tividade.
Oproblemacrónicododéficedabalançacomercial,bemcomoodabalançacorrente(queincluiosserviços),nãopodeenãodeveresolver-seàcustadarestriçãodoconsumopopular,aliásdemenorpropensãoparaosprodutosdeimportaçãoquandocomparadocomodaselitesquebeneficiamdasmedidasdeausteridade.
2.5—Déficesexternos
Portugalédeficitárioemalgumasáreasparticularmentesensí-veisparaasuasoberania,queafectamasuacapacidadedeconstruirumprojectonacionalautónomo,quesirvamelhorosinteressesdoseupovo.Essesdéficesconstituemimportantescomponentesdodesequilíbriodasuabalançacomercial.
2.5.1—Déficealimentar
Asexportaçõesdaagricultura(vegetaleanimal),caçaepescaedasindústriasalimentaresnãocompensamasimportaçõesdames-maárea.Ataxadecobertura,de34,3%em1993,oscilouaté2001edesdeentãotemvindoaaumentargradualmente,até50,2%em2010.Aindaassim,opaís,nodomínioalimentar,importaodobro doqueexporta.Osaldonegativo,em2010,erade–2,2%doPIB,cercadeumquintododéficedetodaabalançacomercialde bens.
Emboraglobalmenteamaioriadoconsumoalimentardapopulaçãosejasatisfeitapelaproduçãonacional,Portugalestálongedaauto-suficiência,importandopertodeumterçodassuasnecessidadesagroalimentares,épersistentementedeficitárioemnumerosasproduçõese,nalgunscasosimportantes,comoodoscereaisoudacarnedebovino,amaioriadoconsumoéimportadadoestrangeiro.
Mereceespecialatençãoocasodotrigo.Pelarelevânciageraldoscereaisetubérculosnospadrõesalimentaresrecomendados,
massobretudopelagrandecapitaçãonoconsumoalimentarportu-guês(112,5kgporhabitante/ano,em2009/10)eobaixíssimograudeauto-aprovisionamento(5,7%,nomesmoano).Omilhoéoutrocasodefracograudeauto-aprovisionamento(31,9%,em2009/10);embora,aocontráriodotrigo,sedestinenasuaesmagadoramaio-riaaoconsumoanimal,aselevadasquantidadesimportadaspesamnodéficedabalançacomercialalimentar.Ambasasproduçõesse ressentiram muito da enorme redução das áreas de cultivo nas últimastrêsdécadas,emboraomilhotenhaconseguidocompensarcomaumentosdeprodutividade.
Oacentuadoaumentodospreçosinternacionaisdoscereais(omilhojábateurecordeshistóricos,otrigoparalácaminha),bemcomodosalimentosemgeral,apardaincapacidadedeincrementarsubstancialmenteaproduçãoagrícolaepesqueira,nãoauguranadadebomparaasatisfaçãodasnecessidadesalimentaresnemparaacorrecçãododéficecomercialdopaís.
2.5.2—Déficeenergético
Portugaltemumaelevadadependênciaenergética,muitoacimadamédiadaUE.Nastrêsdécadas,terminadasem2008,paraquehádadosdisponíveis,tevequeimportarcadaanocercade84%daenergiaqueforneciaàsuaeconomia.Em2008,estapercentagemfoide81,2%.
Opaísnãoproduzpetróleo,nemgásnatural,nemcarvão(des-de1994,quandoencerrouaúltimamina).Aproduçãodomésticadeenergiaprimária,inteiramentebaseadanasenergiasrenováveis,cobreapenasumapequenaparceladoconsumofinal:18,8%doabastecimento em 2008.
OpetróleopermanececomoaprincipalfonteprimáriadeenergiaemPortugal,emboraasuaproporçãotenhavindoadimi-nuirnasúltimasquatrodécadas,de75,5%em1973,para64,2%em2001e52,9%em2008.Nãosurpreendeporissoqueassuasimportações(maisasdegásnaturalecarvão)pesemduramentenosaldonegativodocomércioexterno.Odéficedabalançaener-géticadopaís,comoscilações,subiuaolongodadécadaanterior,
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de2,9%doPIBem2001para4,9%em2008,pertodeumterçododéficedabalançacomercialdebens.
Aincapacidadeestruturaldaproduçãomundialdepetróleo,queseabeiroudonívelmáximo,emsatisfazeraprocuraqueosactuaispadrõesdeconsumoexigemeprevisivelmenteexigirãonofuturopressionaospreçosparacima.Mesmoantesdosrecentesacontecimentosnomundoárabe,ocustodobarrildeBrent(refe-rênciaeuropeia)játinhaultrapassadoos$100e,emprincípiosdeAbril,ultrapassouos$120.
Odéficeenergéticoé,tambémporisso,umdosmaiorescons-trangimentosaodesenvolvimentodopaís.
2.5.3—Déficetecnológico
Aclassificaçãodosprodutosdaindústriatransformadorase-gundoograudeintensidadetecnológicabaseia-senaproporçãodedespesasdeinvestigaçãoedesenvolvimentonovaloracrescentadoounaprodução.Asproduçõesdealtaemédia-altatecnologiaapanhamossectoresditosdepontaeosqueusamtecnologiasmais avançadas.
Masasexportaçõesportuguesasdaindústriatransformadoraapoiam-semaioritariamenteemproduçõesdefracasofisticação.Portugalespecializou-seemprodutosdebaixaintensidadetec-nológica,comoasmadeiras,cortiçaesuasobrasouostêxteis,vestuáriosecalçado,edemédia-baixaintensidadetecnológica,comoosprodutosmineraisnãometálicos.
Oresultadoéumenormeepersistentedéficenocomércioexternodeprodutosindustriaisdealtaintensidadetecnológica,comoosprodutosfarmacêuticos,osequipamentosderádio,TVecomunicaçõesouosequipamentosdeescritórioecomputação,edemédia-altaintensidadetecnológica,comoosprodutosquímicos,osveículosamotor,reboquesesemi-reboquesouasmáquinaseequipamentos.
Em2010,odéficedeprodutosdaindústriatransformadoradealtaemédia-altatecnologiaconstituía57,2%dodéficedetodaabalançacomercialdebens(6,7%doPIB).Mesmoqueconside-
rássemosapenasosbensdealtatecnologia,aindaassimconstituía22,4%dodéficecomercial(2,6%doPIB).
Masosignificadoqualitativodestedéficeétalvezaindamaisnegativo,porquetraduzoatrasonamodernizaçãodaindústriaportuguesa,oseuacantonamentoemproduçõestradicionais,deequipamentosetécnicasatrasados,mão-de-obrabarataebaixaprodutividade.Adesindustrializaçãoquesedeucomaprivatizaçãoeliquidaçãodeimportantesunidadesindustriaisdosectorempre-sarialdoEstado,quepertenciamasectorestecnologicamentemaisavançadosequetinhamsidoobjectodeumsignificativoesforçomodernizador,influenciounegativamenteograudeintensidadetecnológicaeodéficeindustrialexterno.
2.6—Dívidasexternaepública
Adívidaexternalíquidanacional(públicaeprivada,indicadanasestatísticaspelaposiçãodeinvestimentointernacional)temvindoaaumentargradualmentedesde1996emrelaçãoàriquezaproduzidanopaís.Em2009ultrapassouos100%doPIB.Diminuiupelaprimeiravezem2010,quandofechouoanocomumpassivode107,7%doPIB(nofinalde2009erade110,9%).Éelucidativorecordarqueem1996eraapenasde10,3%doPIB,masaliberali-zaçãodesvantajosadosfluxoscomerciaisefinanceirosexteriores,nomeadamentecomaadesãoàCEEeacontinuadapolíticadedireita,nãopoderiadeixardeconduziraoagravamento.
Eacapacidadedefinanciamentodaeconomia,dadapelosaldoconjuntodasbalançascorrenteedecapital,épersistentementenegativahámuitosanos,maisexpressivamentenaúltimadécadaeespecialmentenoúltimolustro,comovalorem2010de–8,8%do PIB.
Adependênciadofinanciamentoexternoanualmenterepro-duzidaeovalordadívidaexternatornam-seinsuportáveisparaotamanhodaeconomiaportuguesa.Oendividamentoacumu-ladoemrelaçãoaoestrangeiro,cujascausasestruturaisforamagravadascomamoedaúnica,adquiriuumataldimensãoquesetransformounumdosprincipaisgarrotesdodesenvolvimentodo
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de2,9%doPIBem2001para4,9%em2008,pertodeumterçododéficedabalançacomercialdebens.
Aincapacidadeestruturaldaproduçãomundialdepetróleo,queseabeiroudonívelmáximo,emsatisfazeraprocuraqueosactuaispadrõesdeconsumoexigemeprevisivelmenteexigirãonofuturopressionaospreçosparacima.Mesmoantesdosrecentesacontecimentosnomundoárabe,ocustodobarrildeBrent(refe-rênciaeuropeia)játinhaultrapassadoos$100e,emprincípiosdeAbril,ultrapassouos$120.
Odéficeenergéticoé,tambémporisso,umdosmaiorescons-trangimentosaodesenvolvimentodopaís.
2.5.3—Déficetecnológico
Aclassificaçãodosprodutosdaindústriatransformadorase-gundoograudeintensidadetecnológicabaseia-senaproporçãodedespesasdeinvestigaçãoedesenvolvimentonovaloracrescentadoounaprodução.Asproduçõesdealtaemédia-altatecnologiaapanhamossectoresditosdepontaeosqueusamtecnologiasmais avançadas.
Masasexportaçõesportuguesasdaindústriatransformadoraapoiam-semaioritariamenteemproduçõesdefracasofisticação.Portugalespecializou-seemprodutosdebaixaintensidadetec-nológica,comoasmadeiras,cortiçaesuasobrasouostêxteis,vestuáriosecalçado,edemédia-baixaintensidadetecnológica,comoosprodutosmineraisnãometálicos.
Oresultadoéumenormeepersistentedéficenocomércioexternodeprodutosindustriaisdealtaintensidadetecnológica,comoosprodutosfarmacêuticos,osequipamentosderádio,TVecomunicaçõesouosequipamentosdeescritórioecomputação,edemédia-altaintensidadetecnológica,comoosprodutosquímicos,osveículosamotor,reboquesesemi-reboquesouasmáquinaseequipamentos.
Em2010,odéficedeprodutosdaindústriatransformadoradealtaemédia-altatecnologiaconstituía57,2%dodéficedetodaabalançacomercialdebens(6,7%doPIB).Mesmoqueconside-
rássemosapenasosbensdealtatecnologia,aindaassimconstituía22,4%dodéficecomercial(2,6%doPIB).
Masosignificadoqualitativodestedéficeétalvezaindamaisnegativo,porquetraduzoatrasonamodernizaçãodaindústriaportuguesa,oseuacantonamentoemproduçõestradicionais,deequipamentosetécnicasatrasados,mão-de-obrabarataebaixaprodutividade.Adesindustrializaçãoquesedeucomaprivatizaçãoeliquidaçãodeimportantesunidadesindustriaisdosectorempre-sarialdoEstado,quepertenciamasectorestecnologicamentemaisavançadosequetinhamsidoobjectodeumsignificativoesforçomodernizador,influenciounegativamenteograudeintensidadetecnológicaeodéficeindustrialexterno.
2.6—Dívidasexternaepública
Adívidaexternalíquidanacional(públicaeprivada,indicadanasestatísticaspelaposiçãodeinvestimentointernacional)temvindoaaumentargradualmentedesde1996emrelaçãoàriquezaproduzidanopaís.Em2009ultrapassouos100%doPIB.Diminuiupelaprimeiravezem2010,quandofechouoanocomumpassivode107,7%doPIB(nofinalde2009erade110,9%).Éelucidativorecordarqueem1996eraapenasde10,3%doPIB,masaliberali-zaçãodesvantajosadosfluxoscomerciaisefinanceirosexteriores,nomeadamentecomaadesãoàCEEeacontinuadapolíticadedireita,nãopoderiadeixardeconduziraoagravamento.
Eacapacidadedefinanciamentodaeconomia,dadapelosaldoconjuntodasbalançascorrenteedecapital,épersistentementenegativahámuitosanos,maisexpressivamentenaúltimadécadaeespecialmentenoúltimolustro,comovalorem2010de–8,8%do PIB.
Adependênciadofinanciamentoexternoanualmenterepro-duzidaeovalordadívidaexternatornam-seinsuportáveisparaotamanhodaeconomiaportuguesa.Oendividamentoacumu-ladoemrelaçãoaoestrangeiro,cujascausasestruturaisforamagravadascomamoedaúnica,adquiriuumataldimensãoquesetransformounumdosprincipaisgarrotesdodesenvolvimentodo
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país,coarctando-lheaautonomia,sujeitando-oàchantagemdosespeculadoresinternacionais,fragilizandoadefesadasoberania,restringindooinvestimentoefornecendoaconvenientejustifica-çãoparaaschamadaspolíticasdeausteridade.
Adívidapúblicaportuguesa,emrelaçãoaoPIB,foide93,0%em2010,prevê-seoficialmentequefiqueem106,4%em2011eprojecta-se,comtotalirrealismo,queatinjaummáximode115,3%em2013equedeclineapartirdaí.Naverdade,sobretudocomoselevadosjurosestipuladosparaoempréstimoacordadorecen-tementecomoFMI/BCE/UE,oEstadoportuguêsentrounumadinâmicadeinsolvênciaenãoconseguirásusterocrescimentodadívidapúblicaemrelaçãoaoPIB,quesetornouimpossíveldepagarsemumanecessáriarenegociação.
OsjurosdestadívidaatingiramnomercadosecundárioemJulhode2011valoressuperioresa20%,20%,17%e13%,res-pectivamenteparaasobrigaçõesdotesouroadois,três,cincoedezanos,masostítulosforamempartecompradoscomcréditosobtidosnoBancoCentralEuropeuajurosmuitoinferiores,oqueevidenciaosenormeslucrosrealizadospelaespeculaçãofinanceiraeoirrealismodascondiçõesedosprazosprogramadosparaoEstadosevoltarafinanciarnormalmentenosmercadosdecapitais.OOrçamentodoEstadode2011contemplamaisde6300milhõesdeeurosparaopagamentodejuroseoutrosencargoscomofinanciamentodoEstado.
Odéficepúblicoem2010foide9,1%doPIB.Asmetasacor-dadaspelogovernoparaosanosseguintessãode–5,9%em2011,–4,5%em2012,–3,0%em2013,–2,3%em2014,–1,9%em2015e–1,8%em2016.
Énecessáriobaixarodéficeorçamental,masaumritmoquenãosobreponhaesseobjectivoànecessidadedecrescimentodaeconomia.Nãosedefendeodesperdício,odespesismo,odes-controloeadesregraorçamental.Temquehaverponderação,racionalizaçãoecontroloseveronogastoeinvestimentopúblico.Hádispêndiosdeverbaseperdasdereceitasquepodemserencur-tadosoumesmoeliminados,comoéocasodasparceriaspúblicoprivadasoudosbenefíciosfiscaisconcedidosaograndecapital.Mas,globalmente,adespesapúblicanãodevediminuir,asreceitas
équetêmqueaumentar.Sóassimserápossívelsuportarodesen-volvimentodaacçãodoEstado,nocumprimentodosseusdeveressociais(queaConstituição,apesardedesfigurada,lhecontinuaaatribuir)edassuasresponsabilidadesnoinvestimentopúblico.Nota-seumadivisãoentreaqueles(àdireita)quequerematacarodéficeorçamentalpeloladodasdespesaseaqueles(àesquerda)quequerematacá-lopeloladodasreceitas.
Éigualmentenecessárioprocederàrenegociaçãodadívidapú-blica,noquedizrespeitoajuros,prazosemontantes.Umarenego-ciaçãosemcondiçõespolíticascomoaquelasaquequeremsujeitaropaís,quepermitacortarogarroteimpostopelosespeculadores,pelaUEeoFMI,edestinarverbasquegarantamoinvestimentopúblico,ocrescimentoeconómicoeacriaçãodeemprego.Umarenegociaçãoacompanhadadadiversificaçãodasfontesdefinan-ciamentodoEstado,dasustentabilidadedascontaspúblicasedeumaintervençãoconvergentecomoutrospaísestambématingidospelaespeculaçãoepeloimpactodamoedaúnica.
2.7 — Investimento
Oinvestimento,públicoeprivado,incluindoaformaçãobrutadecapitalfixo(FBCF)easvariaçõesdeexistênciasdematérias- -primaseprodutos,voltouacair,peloterceiroanoconsecutivo,em2010(–5,3%,depoisdagrandequedade–13,7%em2009),atingindonovomínimohistóricoempercentagemdoPIB,dequerepresentaapenas19,0%.
Nadécadade2000a2010,aformaçãobrutadecapitalfixo,quefornecemaisrigorosamenteoinvestimentoembensdecapital(em-boraincluindoaindaoinvestimentoemhabitaçãodasfamílias),passoude27,7%para19,0%doPIB,comumcomportamentodasadministraçõespúblicasaindamaisnefastoqueodasempresas.Prevê-sequevolteacairem2011e2012.Serianecessáriorecuaraosanos50doséculopassadoparaencontrarníveistãobaixos.Exactamenteaocontráriodoqueseriapreciso.
Semumenormeesforçoinvestidornãoépossívelmoderni-zaraeconomiaportuguesa,recuperardeatrasostecnológicos,
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país,coarctando-lheaautonomia,sujeitando-oàchantagemdosespeculadoresinternacionais,fragilizandoadefesadasoberania,restringindooinvestimentoefornecendoaconvenientejustifica-çãoparaaschamadaspolíticasdeausteridade.
Adívidapúblicaportuguesa,emrelaçãoaoPIB,foide93,0%em2010,prevê-seoficialmentequefiqueem106,4%em2011eprojecta-se,comtotalirrealismo,queatinjaummáximode115,3%em2013equedeclineapartirdaí.Naverdade,sobretudocomoselevadosjurosestipuladosparaoempréstimoacordadorecen-tementecomoFMI/BCE/UE,oEstadoportuguêsentrounumadinâmicadeinsolvênciaenãoconseguirásusterocrescimentodadívidapúblicaemrelaçãoaoPIB,quesetornouimpossíveldepagarsemumanecessáriarenegociação.
OsjurosdestadívidaatingiramnomercadosecundárioemJulhode2011valoressuperioresa20%,20%,17%e13%,res-pectivamenteparaasobrigaçõesdotesouroadois,três,cincoedezanos,masostítulosforamempartecompradoscomcréditosobtidosnoBancoCentralEuropeuajurosmuitoinferiores,oqueevidenciaosenormeslucrosrealizadospelaespeculaçãofinanceiraeoirrealismodascondiçõesedosprazosprogramadosparaoEstadosevoltarafinanciarnormalmentenosmercadosdecapitais.OOrçamentodoEstadode2011contemplamaisde6300milhõesdeeurosparaopagamentodejuroseoutrosencargoscomofinanciamentodoEstado.
Odéficepúblicoem2010foide9,1%doPIB.Asmetasacor-dadaspelogovernoparaosanosseguintessãode–5,9%em2011,–4,5%em2012,–3,0%em2013,–2,3%em2014,–1,9%em2015e–1,8%em2016.
Énecessáriobaixarodéficeorçamental,masaumritmoquenãosobreponhaesseobjectivoànecessidadedecrescimentodaeconomia.Nãosedefendeodesperdício,odespesismo,odes-controloeadesregraorçamental.Temquehaverponderação,racionalizaçãoecontroloseveronogastoeinvestimentopúblico.Hádispêndiosdeverbaseperdasdereceitasquepodemserencur-tadosoumesmoeliminados,comoéocasodasparceriaspúblicoprivadasoudosbenefíciosfiscaisconcedidosaograndecapital.Mas,globalmente,adespesapúblicanãodevediminuir,asreceitas
équetêmqueaumentar.Sóassimserápossívelsuportarodesen-volvimentodaacçãodoEstado,nocumprimentodosseusdeveressociais(queaConstituição,apesardedesfigurada,lhecontinuaaatribuir)edassuasresponsabilidadesnoinvestimentopúblico.Nota-seumadivisãoentreaqueles(àdireita)quequerematacarodéficeorçamentalpeloladodasdespesaseaqueles(àesquerda)quequerematacá-lopeloladodasreceitas.
Éigualmentenecessárioprocederàrenegociaçãodadívidapú-blica,noquedizrespeitoajuros,prazosemontantes.Umarenego-ciaçãosemcondiçõespolíticascomoaquelasaquequeremsujeitaropaís,quepermitacortarogarroteimpostopelosespeculadores,pelaUEeoFMI,edestinarverbasquegarantamoinvestimentopúblico,ocrescimentoeconómicoeacriaçãodeemprego.Umarenegociaçãoacompanhadadadiversificaçãodasfontesdefinan-ciamentodoEstado,dasustentabilidadedascontaspúblicasedeumaintervençãoconvergentecomoutrospaísestambématingidospelaespeculaçãoepeloimpactodamoedaúnica.
2.7 — Investimento
Oinvestimento,públicoeprivado,incluindoaformaçãobrutadecapitalfixo(FBCF)easvariaçõesdeexistênciasdematérias- -primaseprodutos,voltouacair,peloterceiroanoconsecutivo,em2010(–5,3%,depoisdagrandequedade–13,7%em2009),atingindonovomínimohistóricoempercentagemdoPIB,dequerepresentaapenas19,0%.
Nadécadade2000a2010,aformaçãobrutadecapitalfixo,quefornecemaisrigorosamenteoinvestimentoembensdecapital(em-boraincluindoaindaoinvestimentoemhabitaçãodasfamílias),passoude27,7%para19,0%doPIB,comumcomportamentodasadministraçõespúblicasaindamaisnefastoqueodasempresas.Prevê-sequevolteacairem2011e2012.Serianecessáriorecuaraosanos50doséculopassadoparaencontrarníveistãobaixos.Exactamenteaocontráriodoqueseriapreciso.
Semumenormeesforçoinvestidornãoépossívelmoderni-zaraeconomiaportuguesa,recuperardeatrasostecnológicos,
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acelerarocrescimentodaprodutividade,aumentaraeficiênciadasempresas,melhoraraposiçãocompetitivadopaís,atenuarofossoparaasnaçõesmaisdesenvolvidas,promoverodesenvol-vimentosocial.Oinvestimentopúblicotemaquiumpapelincon-tornável,estruturanteedecisivo.AoEstadonãolhecabeapenasdaroexemplonasempresaspúblicas;cabe-lheatravésdaacçãolegislativa,institucionalefinanceira,definir,promover,apoiar,orientar,coordenaredirigirumaestratégiacontinuada,equilibrada,integradora,animadoraemodernizadoradoconjuntodoaparelhoprodutivodopaís.
2.8—Emprego
Desde2000,aestruturadoempregoemPortugalmodificou- -sesensivelmente.Demodoaproximado,emrelaçãoaototal,oempregonaagricultura,produçãoanimal,caça,florestaepescadiminuiude12,6%para10,0%,naindústria,construção,energiaeáguadiminuiude35,0%para27,5%enosserviçosaumentoude52,4%para62,5%.Aquebradoempregonaagriculturaeindús-tria,naordemdos500milpostosdetrabalho,bemreveladoradadestruiçãodoaparelhoprodutivonacional,nãofoiinteiramentecompensadapeloaumentodeempregonosserviços.Apopulaçãoempregadanoprimeirotrimestrede2011erade4866,0mil.
Oaumentocontinuadododesempregodesde2000(comumapequenaquebraem2008,logocompensadanoanoseguinte)traduzsocialmenteolongoperíododeestagnaçãoqueopaísatravessa.Ataxadedesemprego,quepartiude3,9%em2000,agravou-seabruptamentecomarecessãooriginadapeloagravamentodacrisedocapitalismoeatingiu,noquartotrimestredoanopassado,11,1%,onívelmaisaltodesdequeoinstitutodeestatísticaeuropeucomeçaraarecolherosdadosem1983.Noprimeirotrimestrede2011,comumanovametodologiadeinquérito,ataxadedesempregoalcançouos12,4%.Nestetrimestre,oshomenstinhamumataxadedesem-pregode12,0%,asmulheresde12,8%eosjovensdos15aos24anosde27,8%.Apopulaçãodesempregadaascendiaa688,9mil,incluindo84,5milcomníveldeescolaridadesuperiorcompleto.
Masaestatísticanãocontabilizacomodesempregadosaquelesquetrabalhaminvoluntariamenteabaixodaduraçãonormaldetrabalho(subempregovisível;bastatrabalharumahoranasema-nadereferênciadoinquéritoparaserconsideradoempregado)eaquelesquenãotêmtrabalho,queriammasnãoprocurarameestãodisponíveis(inactivosdisponíveis)oudesistiramdefazerdiligências(inactivosdesencorajados).Seacrescentarmosestascategoriastemosumapopulaçãodesempregadade1066,9mil,correspondendoaumataxadedesempregoefectivadecercade18,5%paraoprimeirotrimestrede2011,calculadaporexcessomas mais realista.
Mesmoconsiderandoapenasnosentidorestritodasestatísticasoficiais,onúmerodedesempregadosdelongaduração,àprocuradeempregopelomenosháumano,temaumentadomuito,reflec-tindoobloqueamentodacriaçãodenovospostosdetrabalho.Noprimeirotrimestredesteano,ataxadedesempregodelongaduraçãojáerade6,6%,maisdemetadedosdesempregadospro-curavatrabalhohámaisdeumanoepertodeumterçoprocuravahámaisdedois.Sãomuitosostrabalhadoreseasfamíliasqueficamcompletamentedesamparadoscomaperdadossubsídiosdedesemprego.
Desde2000queaumenta(aindaquecomligeirasirregulari-dades)aproporçãodostrabalhadorescomcontratosaprazonototaldosassalariados.De14,1%em2000passoupara18,7%noprimeirotrimestrede2011,afectandoumamédiade713,8miltrabalhadores(masexistiammais129,1milcomsituaçãoesta-tisticamenteindefinida).Onúmerodetrabalhadoresporcontapróprianãoempregadoresfoide766,3milnoprimeirotrimestrede2011;ostrabalhadoresarecibosverdes,nasuaesmagadoramaioriadefactoaprestarserviçocomotrabalhadoresporcontadeoutremsemoscorrespondentesdireitos(«falsosrecibosver-des»),representaria,grossomodo,cercademetadedessenúmero. Ostrabalhadorescomvínculoprecário,acontratoaprazoouafalsoreciboverde,ultrapassamlargamenteummilhão.
NofinaldeAbrildesteano,apenas294194desempregados,poucomaisdemetadedosregistados,recebiaalgumaespéciedesubsídiodedesemprego(seexcluirmosossubsídiossociais,ini-
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acelerarocrescimentodaprodutividade,aumentaraeficiênciadasempresas,melhoraraposiçãocompetitivadopaís,atenuarofossoparaasnaçõesmaisdesenvolvidas,promoverodesenvol-vimentosocial.Oinvestimentopúblicotemaquiumpapelincon-tornável,estruturanteedecisivo.AoEstadonãolhecabeapenasdaroexemplonasempresaspúblicas;cabe-lheatravésdaacçãolegislativa,institucionalefinanceira,definir,promover,apoiar,orientar,coordenaredirigirumaestratégiacontinuada,equilibrada,integradora,animadoraemodernizadoradoconjuntodoaparelhoprodutivodopaís.
2.8—Emprego
Desde2000,aestruturadoempregoemPortugalmodificou- -sesensivelmente.Demodoaproximado,emrelaçãoaototal,oempregonaagricultura,produçãoanimal,caça,florestaepescadiminuiude12,6%para10,0%,naindústria,construção,energiaeáguadiminuiude35,0%para27,5%enosserviçosaumentoude52,4%para62,5%.Aquebradoempregonaagriculturaeindús-tria,naordemdos500milpostosdetrabalho,bemreveladoradadestruiçãodoaparelhoprodutivonacional,nãofoiinteiramentecompensadapeloaumentodeempregonosserviços.Apopulaçãoempregadanoprimeirotrimestrede2011erade4866,0mil.
Oaumentocontinuadododesempregodesde2000(comumapequenaquebraem2008,logocompensadanoanoseguinte)traduzsocialmenteolongoperíododeestagnaçãoqueopaísatravessa.Ataxadedesemprego,quepartiude3,9%em2000,agravou-seabruptamentecomarecessãooriginadapeloagravamentodacrisedocapitalismoeatingiu,noquartotrimestredoanopassado,11,1%,onívelmaisaltodesdequeoinstitutodeestatísticaeuropeucomeçaraarecolherosdadosem1983.Noprimeirotrimestrede2011,comumanovametodologiadeinquérito,ataxadedesempregoalcançouos12,4%.Nestetrimestre,oshomenstinhamumataxadedesem-pregode12,0%,asmulheresde12,8%eosjovensdos15aos24anosde27,8%.Apopulaçãodesempregadaascendiaa688,9mil,incluindo84,5milcomníveldeescolaridadesuperiorcompleto.
Masaestatísticanãocontabilizacomodesempregadosaquelesquetrabalhaminvoluntariamenteabaixodaduraçãonormaldetrabalho(subempregovisível;bastatrabalharumahoranasema-nadereferênciadoinquéritoparaserconsideradoempregado)eaquelesquenãotêmtrabalho,queriammasnãoprocurarameestãodisponíveis(inactivosdisponíveis)oudesistiramdefazerdiligências(inactivosdesencorajados).Seacrescentarmosestascategoriastemosumapopulaçãodesempregadade1066,9mil,correspondendoaumataxadedesempregoefectivadecercade18,5%paraoprimeirotrimestrede2011,calculadaporexcessomas mais realista.
Mesmoconsiderandoapenasnosentidorestritodasestatísticasoficiais,onúmerodedesempregadosdelongaduração,àprocuradeempregopelomenosháumano,temaumentadomuito,reflec-tindoobloqueamentodacriaçãodenovospostosdetrabalho.Noprimeirotrimestredesteano,ataxadedesempregodelongaduraçãojáerade6,6%,maisdemetadedosdesempregadospro-curavatrabalhohámaisdeumanoepertodeumterçoprocuravahámaisdedois.Sãomuitosostrabalhadoreseasfamíliasqueficamcompletamentedesamparadoscomaperdadossubsídiosdedesemprego.
Desde2000queaumenta(aindaquecomligeirasirregulari-dades)aproporçãodostrabalhadorescomcontratosaprazonototaldosassalariados.De14,1%em2000passoupara18,7%noprimeirotrimestrede2011,afectandoumamédiade713,8miltrabalhadores(masexistiammais129,1milcomsituaçãoesta-tisticamenteindefinida).Onúmerodetrabalhadoresporcontapróprianãoempregadoresfoide766,3milnoprimeirotrimestrede2011;ostrabalhadoresarecibosverdes,nasuaesmagadoramaioriadefactoaprestarserviçocomotrabalhadoresporcontadeoutremsemoscorrespondentesdireitos(«falsosrecibosver-des»),representaria,grossomodo,cercademetadedessenúmero. Ostrabalhadorescomvínculoprecário,acontratoaprazoouafalsoreciboverde,ultrapassamlargamenteummilhão.
NofinaldeAbrildesteano,apenas294194desempregados,poucomaisdemetadedosregistados,recebiaalgumaespéciedesubsídiodedesemprego(seexcluirmosossubsídiossociais,ini-
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cialesubsequente,apenas236529recebiamsubsídiodedesem-prego),situaçãoqueseagravarácomapersistênciaeoaumentododesempregodelongaduração.Ovalormédiodossubsídioserade 493,42 euros.
Comasperspectivasderecessãoeestagnaçãoparaapróximadécada,odesempregoeaprecariedadepoderãooscilar,masatendênciaserádeaumento.Nãoseráfácilrecuperarosníveis,maisbaixos,doiníciodadécadapassadaemuitomenosaproxi-mardoplenoemprego,seguroecomdireitos.Odesempregoeaprecariedadesãoestruturaisnocapitalismoe,deformamassiva,tornaram-seendémicosnasociedadeportuguesa.Apolíticadedi-reita,nomeadamentenodomíniodalegislaçãolaboral,contribuiudecisivamenteparaisso.
2.9 — Salários e distribuição de rendimentos
Em2008,oganhomédiomensalilíquido(antesdequaisquerdescontos)dostrabalhadoresdasempresasatempocompletoerade1008euros(aremuneraçãomédiamensaldebase,ilíquida,erade843euros).Masdestestrabalhadores,cercade29%auferiaumsaláriobasemensalinferiora500euroseapenascercade21%recebiaigualousuperiora1000euros.
Em2009,oganhomédiomensaldosassalariadosatempointeironasempresaserade1034euros.EmOutubrodesseano,8,7%delesrecebiaosaláriomínimo(450euros);proporçãoquesubiu,emAbrilde2010,para9,4%(comonovosaláriomínimode 475 euros).
Em2010,segundoasprevisõesdoBancodePortugal,ocres-cimentodasremuneraçõesdostrabalhadoresdeveter-sesituadoem2,2%,abaixodos3,2%de2009(considerandoapenasosectorprivado,ocrescimentoem2010deveserde2,7%,abaixodos3,1%de2009).
Globalmente,ossaláriosdostrabalhadoressãomuitobaixosemPortugal.Porexemplo,aremuneraçãoilíquidadosassalariadosatempointeironaindústriaeserviçosera,em2007,menosdemetadedamédiadaUE.OBancodePortugalregistavanoOutono
passadouma«fortedesaceleraçãodoscustosunitáriosdotrabalho,nocontextodeumcrescimentosignificativodaprodutividadeportrabalhador»,masograndepatronatonãodeixaqueestesganhosdeprodutividadeaproveitemtambémaostrabalhadores.
Opaístemcercade2milhõesdepobres.Em2009,17,9%dapopulaçãodopaís,cercade1900milhabitantes,encontrava-seemriscodepobreza,ouseja,oseurendimentoanualerainferioraolimiardepobreza,estabelecidonesseanoem5207eurosanuais(434eurospormês).Em2010,22,5%dapopulação,cercade2393milresidentes,viviaemagregadoscomdificuldadesmateriais(definidascombasenumconjuntodeindicadoresdeprivaçãomaterial)pormotivoseconómicos.
Portugalédospaísesdesenvolvidoscommaiordesigualdadenadistribuiçãodorendimentodasfamílias.Medindocomoscoe-ficientesdeGini(cujaescalavariadezero,quandotodososindi-víduostêmomesmorendimento,a100,quandoumsóindivíduoconcentraorendimentotodo),Portugaltinhaem2007oelevadovalorde35,8,sóultrapassadonaUEpelaLetónia,aBulgáriaeaRoménia.Em2009esteíndicetinhadiminuídopara33,7,masos20%maisricostinhamumrendimentocercadeseisvezessuperioraos20%maispobreseos10%maisricostinhamumrendimentocercadenovevezessuperioraos10%maispobres.
Em1974-77,comoconsequênciadirectadoprocessorevolu-cionárioiniciadopelo25deAbril,apartedotrabalhonadistribui-çãodorendimentonacionalatingiuasuaexpressãomaiselevadadesempre.Nesteperíodo,opesodasremuneraçõesdotrabalhoempercentagemdoPIBestevesempreacimados60%e,em1975,chegoumesmoaatingiros69,4%.Desde1992,comligeirasosci-lações,estáestabilizadopróximodos49,5%,abaixodoverificadonosúltimosdezanosdofascismo.Em2010foide51,1%,artificial-menteempolado,comosucedeunoanoanterior,comaquedadoPIBverificadanacrise.Apesardenãodescontarasdepreciaçõesdocapital,éumindicador,grosseiromasválido,dograndeaumentodataxadeexploraçãoqueresultoudoprocessodereconstituiçãodocapitalismomonopolista,começandooseudeclíniopraticamentecomoiníciodoprocessocontra-revolucionário.
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cialesubsequente,apenas236529recebiamsubsídiodedesem-prego),situaçãoqueseagravarácomapersistênciaeoaumentododesempregodelongaduração.Ovalormédiodossubsídioserade 493,42 euros.
Comasperspectivasderecessãoeestagnaçãoparaapróximadécada,odesempregoeaprecariedadepoderãooscilar,masatendênciaserádeaumento.Nãoseráfácilrecuperarosníveis,maisbaixos,doiníciodadécadapassadaemuitomenosaproxi-mardoplenoemprego,seguroecomdireitos.Odesempregoeaprecariedadesãoestruturaisnocapitalismoe,deformamassiva,tornaram-seendémicosnasociedadeportuguesa.Apolíticadedi-reita,nomeadamentenodomíniodalegislaçãolaboral,contribuiudecisivamenteparaisso.
2.9 — Salários e distribuição de rendimentos
Em2008,oganhomédiomensalilíquido(antesdequaisquerdescontos)dostrabalhadoresdasempresasatempocompletoerade1008euros(aremuneraçãomédiamensaldebase,ilíquida,erade843euros).Masdestestrabalhadores,cercade29%auferiaumsaláriobasemensalinferiora500euroseapenascercade21%recebiaigualousuperiora1000euros.
Em2009,oganhomédiomensaldosassalariadosatempointeironasempresaserade1034euros.EmOutubrodesseano,8,7%delesrecebiaosaláriomínimo(450euros);proporçãoquesubiu,emAbrilde2010,para9,4%(comonovosaláriomínimode 475 euros).
Em2010,segundoasprevisõesdoBancodePortugal,ocres-cimentodasremuneraçõesdostrabalhadoresdeveter-sesituadoem2,2%,abaixodos3,2%de2009(considerandoapenasosectorprivado,ocrescimentoem2010deveserde2,7%,abaixodos3,1%de2009).
Globalmente,ossaláriosdostrabalhadoressãomuitobaixosemPortugal.Porexemplo,aremuneraçãoilíquidadosassalariadosatempointeironaindústriaeserviçosera,em2007,menosdemetadedamédiadaUE.OBancodePortugalregistavanoOutono
passadouma«fortedesaceleraçãodoscustosunitáriosdotrabalho,nocontextodeumcrescimentosignificativodaprodutividadeportrabalhador»,masograndepatronatonãodeixaqueestesganhosdeprodutividadeaproveitemtambémaostrabalhadores.
Opaístemcercade2milhõesdepobres.Em2009,17,9%dapopulaçãodopaís,cercade1900milhabitantes,encontrava-seemriscodepobreza,ouseja,oseurendimentoanualerainferioraolimiardepobreza,estabelecidonesseanoem5207eurosanuais(434eurospormês).Em2010,22,5%dapopulação,cercade2393milresidentes,viviaemagregadoscomdificuldadesmateriais(definidascombasenumconjuntodeindicadoresdeprivaçãomaterial)pormotivoseconómicos.
Portugalédospaísesdesenvolvidoscommaiordesigualdadenadistribuiçãodorendimentodasfamílias.Medindocomoscoe-ficientesdeGini(cujaescalavariadezero,quandotodososindi-víduostêmomesmorendimento,a100,quandoumsóindivíduoconcentraorendimentotodo),Portugaltinhaem2007oelevadovalorde35,8,sóultrapassadonaUEpelaLetónia,aBulgáriaeaRoménia.Em2009esteíndicetinhadiminuídopara33,7,masos20%maisricostinhamumrendimentocercadeseisvezessuperioraos20%maispobreseos10%maisricostinhamumrendimentocercadenovevezessuperioraos10%maispobres.
Em1974-77,comoconsequênciadirectadoprocessorevolu-cionárioiniciadopelo25deAbril,apartedotrabalhonadistribui-çãodorendimentonacionalatingiuasuaexpressãomaiselevadadesempre.Nesteperíodo,opesodasremuneraçõesdotrabalhoempercentagemdoPIBestevesempreacimados60%e,em1975,chegoumesmoaatingiros69,4%.Desde1992,comligeirasosci-lações,estáestabilizadopróximodos49,5%,abaixodoverificadonosúltimosdezanosdofascismo.Em2010foide51,1%,artificial-menteempolado,comosucedeunoanoanterior,comaquedadoPIBverificadanacrise.Apesardenãodescontarasdepreciaçõesdocapital,éumindicador,grosseiromasválido,dograndeaumentodataxadeexploraçãoqueresultoudoprocessodereconstituiçãodocapitalismomonopolista,começandooseudeclíniopraticamentecomoiníciodoprocessocontra-revolucionário.
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2.10—Micro,pequenasemédiasempresas(MPME)
AsMPMEtêmumpapelfundamentalnaeconomianacional,poissãoasprincipaisresponsáveispelacriaçãodoempregoedariqueza.Seconsiderarmos,daquiparaafrente,associedadesnãofinanceiras,excluindoaagricultura,caçaesilvicultura,existiamemPortugal,em2008,cercade350milMPME,99,7%detodasassociedades,querepresentavam72,5%doemprego,59,8%dovaloracrescentadobruto(aocustodefactores,VABcf)e60,9%doinvestimento(FBCF)dototaldassociedades(nãofinanceiras).
Asmicroempresasconstituíam85,6%detodasassociedadesmasrepresentavam26,9%doemprego,15,2%dovaloracrescen-tadobrutoe21,7%doinvestimentodototaldassociedades.
Em2008,emmédia,asmicroempresastinham2,7pessoas,aspequenas18,3,asmédias88,9easgrandes741,4(amédiadetodasassociedadeserade8,6),eumpesodoscustoscomopessoalnoVABcf,respectivamente,de70,4%,66,6%,62,3%e54,7%(amé-diadetodasassociedadeserade61,5%),umasucessãodecrescentebemreveladoradamaiorprodutividadedasempresasmaiores.
Nomesmoano,poucomaisdeumquartodasMPMEla-boravamnapescaeaquicultura,nasindústriasextractivas,nasindústriastransformadoras,naelectricidade,naáguaenacons-trução,ondeconcentravamquatroquintosdopessoalaoserviçoetrêsquintosdoVABcfdetodasassociedadesdoconjuntodestessectores.
CapítuloIIIAdegradaçãodoaparelhoprodutivo
3.1—Contornosdadestruiçãodoaparelhoprodutivo
Umabreveincursãoporalgumasáreasimportantesdasactivi-dadesprodutivasdopaísrevelaaextensãodosdanos,económicosesociais,dodesaproveitamentoedafragilizaçãodoaparelhoprodutivo.
a agricultura portuguesa,noquerespeitaaovolumeglobaldeprodução,teveumcrescimentoténueaolongodadécadade80,até1991,eestáfundamentalmenteestagnadahácercade20anos(comasinevitáveisirregularidadesdevidasàvariabilidademeteorológica).Apresentaumasubstituiçãocrescentedaproduçãovegetal,aindabastantemaioritária,pelaproduçãoanimal,minori-tária mas em crescimento.
Onúmerodasexploraçõesagrícolasteveumadiminuiçãobrutal.Sónosúltimosvinteanosperderam-sepertode300milexplorações;passaramde599milem1989para305milem2009,cercademetade.Nesseperíodo,asuperfícieagrícolautilizada(SAU)tambémteveumagranderedução,menoscercade337milhectares,aindaqueinferioràdonúmerodasexplorações,sinaliniludíveldoemparcelamentoedaprogressivaconcentração fundiária.Comefeito,aSAUmédiaporexploraçãoaumentoude6,7para12,0hectareseasgrandesexplorações,compelomenos
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2.10—Micro,pequenasemédiasempresas(MPME)
AsMPMEtêmumpapelfundamentalnaeconomianacional,poissãoasprincipaisresponsáveispelacriaçãodoempregoedariqueza.Seconsiderarmos,daquiparaafrente,associedadesnãofinanceiras,excluindoaagricultura,caçaesilvicultura,existiamemPortugal,em2008,cercade350milMPME,99,7%detodasassociedades,querepresentavam72,5%doemprego,59,8%dovaloracrescentadobruto(aocustodefactores,VABcf)e60,9%doinvestimento(FBCF)dototaldassociedades(nãofinanceiras).
Asmicroempresasconstituíam85,6%detodasassociedadesmasrepresentavam26,9%doemprego,15,2%dovaloracrescen-tadobrutoe21,7%doinvestimentodototaldassociedades.
Em2008,emmédia,asmicroempresastinham2,7pessoas,aspequenas18,3,asmédias88,9easgrandes741,4(amédiadetodasassociedadeserade8,6),eumpesodoscustoscomopessoalnoVABcf,respectivamente,de70,4%,66,6%,62,3%e54,7%(amé-diadetodasassociedadeserade61,5%),umasucessãodecrescentebemreveladoradamaiorprodutividadedasempresasmaiores.
Nomesmoano,poucomaisdeumquartodasMPMEla-boravamnapescaeaquicultura,nasindústriasextractivas,nasindústriastransformadoras,naelectricidade,naáguaenacons-trução,ondeconcentravamquatroquintosdopessoalaoserviçoetrêsquintosdoVABcfdetodasassociedadesdoconjuntodestessectores.
CapítuloIIIAdegradaçãodoaparelhoprodutivo
3.1—Contornosdadestruiçãodoaparelhoprodutivo
Umabreveincursãoporalgumasáreasimportantesdasactivi-dadesprodutivasdopaísrevelaaextensãodosdanos,económicosesociais,dodesaproveitamentoedafragilizaçãodoaparelhoprodutivo.
a agricultura portuguesa,noquerespeitaaovolumeglobaldeprodução,teveumcrescimentoténueaolongodadécadade80,até1991,eestáfundamentalmenteestagnadahácercade20anos(comasinevitáveisirregularidadesdevidasàvariabilidademeteorológica).Apresentaumasubstituiçãocrescentedaproduçãovegetal,aindabastantemaioritária,pelaproduçãoanimal,minori-tária mas em crescimento.
Onúmerodasexploraçõesagrícolasteveumadiminuiçãobrutal.Sónosúltimosvinteanosperderam-sepertode300milexplorações;passaramde599milem1989para305milem2009,cercademetade.Nesseperíodo,asuperfícieagrícolautilizada(SAU)tambémteveumagranderedução,menoscercade337milhectares,aindaqueinferioràdonúmerodasexplorações,sinaliniludíveldoemparcelamentoedaprogressivaconcentração fundiária.Comefeito,aSAUmédiaporexploraçãoaumentoude6,7para12,0hectareseasgrandesexplorações,compelomenos
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50hectares,aumentaramasuaproporçãonaocupaçãodatotali-dadedaSAUdecercademetadeparadoisterços.
Ograndedecréscimodasterrasaráveisteveoseureversonograndeacréscimodaspastagenspermanentes,queconstituíampertodeumquinto,em1989,masjápertodemetade,em2009,dototaldasuperfícieagricultada.Areduçãodasáreasdecultivolevouàquedadeváriasproduçõesimportantes,comoadabatataoudotrigo.
Aconcentraçãoeconómicaprossegue,apardafundiária. Em2009,asgrandesexplorações,compelomenos100mileurosdevalordeproduçãototal,queconstituíammenosde3%dasexplorações,geravam55%dovalordaproduçãototaldopaís;seincluíssemosascompelomenos25mileurosdevalordeproduçãototal,entãoaproximadamente9%dasexploraçõesforneciammaisdetrêsquartosdovalordetodaaprodução.
AprodutividademédiadotrabalhoagrícolaemPortugal,noâmbitodaUE,ébaixa,especialmentesecomparadacomadospaísesmaisdesenvolvidos.Issoéparticularmentesentidonasexploraçõesdepequenaemuitopequenadimensãoeconómica,queconstituemmaisdenovedécimosdototal.
Outragrandepreocupaçãoéoenormeenvelhecimentodosagricultores,queseacentuaimplacavelmente.Portugaltem,quasecertamente,ocampesinatomaisenvelhecidodaUE.Em2009,aidademédiadosresponsáveisdasexploraçõesjáatingiaos63anosdeidade,48%delestinhapelomenos65anos.
Aspequenasemédiasexploraçõesagrícolasnãoaguentamaconcorrênciacomunitáriaedeoutrospaíses,aliberalizaçãodosmercados,adesigualdadedosapoios,adescidarealdospreçosaoprodutoreasubidadoscustosdeprodução,assucessivasversõesdaPolíticaAgrícolaComum(PAC),potenciadasnosseusaspectosmaisnegativospelaspolíticasnacionais,incluindoodesapro- veitamentoedelapidaçãodefundoserecursos.Oresultadoéoabandonodaactividade,odespovoamentodointerioreaemi-gração.
Umbomexemplo,quevalepormuitos,éodoleite.De1980a1999,aproduçãodoleitedevacamaisdoqueduplicou;desdeentão,maisoumenosestabilizou,dadoquebateunotectodaquota
leiteiraatribuídaaPortugal,quechegoumesmoaultrapassarnascampanhasde2002/03e2005/06.Nãoobstante,onúmerodeexploraçõescomvacasleiteiraseonúmerodestesefectivosdimi-nuírammuito:onúmerodeexplorações,porexemplo,passoude107,9mil,em1987,paraapenas10,4mil,em2009;onúmerodevacasleiteiraspassoude424mil,em1980,para278mil,em2009.Apassagemdeumamédiade3,9vacasleiteirasporexploração,em1987,para26,7,em2009,ilustrabemoprocessodeconcentração.Oprocessoemcursodeliquidaçãodasquotasleiteiras,atravésdachamada«aterragemsuave»,comaumentosanuaisdasquotasdecadaEstado-membro,atéaoseufimem2015,estáaprovocarainundaçãodomercadointernoeameaçadaraestocadafinalnumagrandepartedaproduçãoleiteiranacionaleconstituiumexemploparadigmáticodosconstrangimentoseinfluênciaquepodemteroenquadramentoepolíticadaUEnaproduçãoedesenvolvimentonacionais.Porsuavez,aopçãodagrandedistribuiçãopelaimpor-taçãodeprodutoslácteosparaassuasmarcasbrancas,éexemplodecomoograndecapitalnãoseembaraçacomointeressenacio-nal.Eanãoconsideração,sórecentementecorrigida,dosectorcomoestratégiconoâmbitodoPlanodeDesenvolvimentoRural(PRODER)eosencargosadicionaisnolicenciamentoemanuten-çãodasexploraçõesleiteirasimplicadospelarecenteaplicaçãodoregimedeexercíciodaactividadepecuáriasãoexemplosdecomoapolíticadeEstadoagravaasituaçãodospequenosemédiosprodutoreseempresários.
Defacto,asajudasàagricultura,noâmbitodaaplicaçãodasregrasdaPAC,privilegiamosprodutoresdemaiordimensãoeasculturastípicasdospaísesdoNortedaEuropa,cereaisecarne.Asajudasaorendimentosãoatribuídascombasenoshistóricosdeproduçãoenãoporaquiloquerealmenteseproduz.Odesliga-mentodasajudasdaprodução(nareformade2001/2003)agravoua«nãoprodução»emtodasasculturascujoscustosexcedemospreçosdemercado.Recebem-semilharesemilharesdeeurossemquesetenhadeproduzirumgramadealimentos.Adistribuiçãodasverbaséinjustaeinverteasprioridades.Noquerespeitaàsajudasaoinvestimentoeaodesenvolvimentorural,aobsessãopelacompetitividadeeaopçãodogovernoemapoiarpreferencialmente
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50hectares,aumentaramasuaproporçãonaocupaçãodatotali-dadedaSAUdecercademetadeparadoisterços.
Ograndedecréscimodasterrasaráveisteveoseureversonograndeacréscimodaspastagenspermanentes,queconstituíampertodeumquinto,em1989,masjápertodemetade,em2009,dototaldasuperfícieagricultada.Areduçãodasáreasdecultivolevouàquedadeváriasproduçõesimportantes,comoadabatataoudotrigo.
Aconcentraçãoeconómicaprossegue,apardafundiária. Em2009,asgrandesexplorações,compelomenos100mileurosdevalordeproduçãototal,queconstituíammenosde3%dasexplorações,geravam55%dovalordaproduçãototaldopaís;seincluíssemosascompelomenos25mileurosdevalordeproduçãototal,entãoaproximadamente9%dasexploraçõesforneciammaisdetrêsquartosdovalordetodaaprodução.
AprodutividademédiadotrabalhoagrícolaemPortugal,noâmbitodaUE,ébaixa,especialmentesecomparadacomadospaísesmaisdesenvolvidos.Issoéparticularmentesentidonasexploraçõesdepequenaemuitopequenadimensãoeconómica,queconstituemmaisdenovedécimosdototal.
Outragrandepreocupaçãoéoenormeenvelhecimentodosagricultores,queseacentuaimplacavelmente.Portugaltem,quasecertamente,ocampesinatomaisenvelhecidodaUE.Em2009,aidademédiadosresponsáveisdasexploraçõesjáatingiaos63anosdeidade,48%delestinhapelomenos65anos.
Aspequenasemédiasexploraçõesagrícolasnãoaguentamaconcorrênciacomunitáriaedeoutrospaíses,aliberalizaçãodosmercados,adesigualdadedosapoios,adescidarealdospreçosaoprodutoreasubidadoscustosdeprodução,assucessivasversõesdaPolíticaAgrícolaComum(PAC),potenciadasnosseusaspectosmaisnegativospelaspolíticasnacionais,incluindoodesapro- veitamentoedelapidaçãodefundoserecursos.Oresultadoéoabandonodaactividade,odespovoamentodointerioreaemi-gração.
Umbomexemplo,quevalepormuitos,éodoleite.De1980a1999,aproduçãodoleitedevacamaisdoqueduplicou;desdeentão,maisoumenosestabilizou,dadoquebateunotectodaquota
leiteiraatribuídaaPortugal,quechegoumesmoaultrapassarnascampanhasde2002/03e2005/06.Nãoobstante,onúmerodeexploraçõescomvacasleiteiraseonúmerodestesefectivosdimi-nuírammuito:onúmerodeexplorações,porexemplo,passoude107,9mil,em1987,paraapenas10,4mil,em2009;onúmerodevacasleiteiraspassoude424mil,em1980,para278mil,em2009.Apassagemdeumamédiade3,9vacasleiteirasporexploração,em1987,para26,7,em2009,ilustrabemoprocessodeconcentração.Oprocessoemcursodeliquidaçãodasquotasleiteiras,atravésdachamada«aterragemsuave»,comaumentosanuaisdasquotasdecadaEstado-membro,atéaoseufimem2015,estáaprovocarainundaçãodomercadointernoeameaçadaraestocadafinalnumagrandepartedaproduçãoleiteiranacionaleconstituiumexemploparadigmáticodosconstrangimentoseinfluênciaquepodemteroenquadramentoepolíticadaUEnaproduçãoedesenvolvimentonacionais.Porsuavez,aopçãodagrandedistribuiçãopelaimpor-taçãodeprodutoslácteosparaassuasmarcasbrancas,éexemplodecomoograndecapitalnãoseembaraçacomointeressenacio-nal.Eanãoconsideração,sórecentementecorrigida,dosectorcomoestratégiconoâmbitodoPlanodeDesenvolvimentoRural(PRODER)eosencargosadicionaisnolicenciamentoemanuten-çãodasexploraçõesleiteirasimplicadospelarecenteaplicaçãodoregimedeexercíciodaactividadepecuáriasãoexemplosdecomoapolíticadeEstadoagravaasituaçãodospequenosemédiosprodutoreseempresários.
Defacto,asajudasàagricultura,noâmbitodaaplicaçãodasregrasdaPAC,privilegiamosprodutoresdemaiordimensãoeasculturastípicasdospaísesdoNortedaEuropa,cereaisecarne.Asajudasaorendimentosãoatribuídascombasenoshistóricosdeproduçãoenãoporaquiloquerealmenteseproduz.Odesliga-mentodasajudasdaprodução(nareformade2001/2003)agravoua«nãoprodução»emtodasasculturascujoscustosexcedemospreçosdemercado.Recebem-semilharesemilharesdeeurossemquesetenhadeproduzirumgramadealimentos.Adistribuiçãodasverbaséinjustaeinverteasprioridades.Noquerespeitaàsajudasaoinvestimentoeaodesenvolvimentorural,aobsessãopelacompetitividadeeaopçãodogovernoemapoiarpreferencialmente
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osintituladosagricultorescompetitivos,afastouaquasetotalidadedaspequenasemédiasexploraçõesdasajudasaoinvestimento;foiestabelecidoumPRODERquepoucotemavercomarealidadedopaíseque,nosseusprimeirosanosdeexecução,praticamentesópagoudeinvestimentooschamadosprojectosdeimpactorelevantedograndecapital.
Opaísdepara-secomumgrandebloqueio.Osminguadosrendimentos,agravadospelaspolíticasnacionaiseeuropeiasdis-criminatórias,aexcessivafragmentaçãoeisolamento,asfraquís-simasprodutividadesdotrabalhoeotremendoenvelhecimentodosseusmembros,condenamaspequenasexploraçõesagrícolasaoprosseguimentodasuaextinção.Masaagriculturacapitalistaqueselhetemsubstituído,tambémelaameaçadapelaeventualmaiordesregulamentaçãodocomérciointraeextracomunitário,desenvolve-seemcondiçõesdesustentabilidadesocialeambientalquetalveznãotenhammostradoaindaosseuslimites,masquedesacreditamasuacapacidadedeanular,oureduzirsignificativa-mente,odéficeexternoagrícolaederesponderàsnecessidadesalimentaresdapopulação.
a produção silvícolaemvolumenãotemprogredidodesde1986,sebemque,nesteintervalo,tenhatidograndesvariações. Domáximoatingidoem2000,perdeuumquintologonoanoseguintee,desdeentão,basicamenteestagnou.
Osseusprincipaisprodutossãoamadeiraeacortiça.Emvalordaprodução,àexcepçãodocurtoperíodode1999a2003,emquefoiultrapassadapelacortiça,opesorelativodamadeiratemsidosempremaioritário.
Aproduçãofísicademadeiraparatriturar,principalmatéria- -primadasindústriasdecelulose,constituídaprincipalmente poreucalipto,progrediucomoaumentosubstancialdosdezanosqueterminaramem2008(atéondevãoosdados);teveoseumáximoem2004,nasequênciadosgrandesincêndiosde2003,queprovocaramoaumentodasvendasàsfábricasdepastadepapel. Aproduçãofísicademadeiraparaserrar,destinadaprincipalmenteàindústriademobiliário,compostasobretudoporpinheiro-bravo,diminuiuglobalmentecomirregularidades.
Aproduçãofísicadecortiça,muitooscilanteaté2000,declinoudesdeentãoexpressivamente.Oenvelhecimentodosmontadoseaspatologiasdosobreiroafectaramaproduçãodecortiçadequalidade.
Deacordocomoúltimoinventárioflorestalnacional,em2005-06,aflorestaocupava38%dasuperfíciedopaís(incluindoasilhas).Aocupaçãoflorestalnocontinenteeradominadapelopinheiro-bravo(27%),oseucaliptos(23%),osobreiro(23%)eaazinheira(13%).
Na década decorrida desde o anterior inventário, de 1995-98, a ocupaçãoflorestaldopaísaumentou5,4%;nocontinenteaumen-tou3,3%.Opinheiro-bravoeaazinheiradiminuírampróximode10%,osobreiromanteveeoeucaliptoaumentoupertode10%asuaocupação.Emnúmeromuitoredondos,emcercadeduasdécadas,entreosinventáriosde1980-89e2005-06,pode-sedizerqueopinheiro-bravoperdeupertodeumterçodasuaárea,prosse-guindooseudeclínio,equeoeucalipto,quealimentaasfábricasdecelulose,aumentouparapertododobro,prosseguindoasuaascensão,emboradesaceleradanoúltimodecénio.
Entreosdoisúltimosinventários,reduziu-seovolumedemadeiraempédafloresta.Contribuiuparaissoofactodeopaístersidobastanteflageladocomincêndios.Emtermosmédios,arderamanualmente57920hectaresdepovoamentosflorestaisentre 1980 e 2010.
Hágrandespossibilidadesdeutilizaçãomultifuncionaldafloresta.Masovolumefinanceirodisponibilizadonãosetemtradu-zidonaeficáciaesperada.Osbaldioseapequenapropriedadesãomarginalizados.OactualprogramadoPRODERparaafloresta,talcomoosanteriores,édesajustado,irrealistanasexigênciasexageradasdeco-financiamentoparapequenasexploraçõespri-vadasebaldiosetinhaumataxadeexecução,nofinalde2010,próximadezero.
Oenormepotencialdaproduçãoflorestalpodeseridentificadopelatransversalidadedosseusprodutos—quevãodaproduçãodemadeira,cortiça,resinaatéaopapelecartão—epelaimportânciaecológicanaprotecçãodesolos,regularizaçãodossistemashídri-cos,valorizaçãodosecossistemasearmazenamentodocarbono.
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osintituladosagricultorescompetitivos,afastouaquasetotalidadedaspequenasemédiasexploraçõesdasajudasaoinvestimento;foiestabelecidoumPRODERquepoucotemavercomarealidadedopaíseque,nosseusprimeirosanosdeexecução,praticamentesópagoudeinvestimentooschamadosprojectosdeimpactorelevantedograndecapital.
Opaísdepara-secomumgrandebloqueio.Osminguadosrendimentos,agravadospelaspolíticasnacionaiseeuropeiasdis-criminatórias,aexcessivafragmentaçãoeisolamento,asfraquís-simasprodutividadesdotrabalhoeotremendoenvelhecimentodosseusmembros,condenamaspequenasexploraçõesagrícolasaoprosseguimentodasuaextinção.Masaagriculturacapitalistaqueselhetemsubstituído,tambémelaameaçadapelaeventualmaiordesregulamentaçãodocomérciointraeextracomunitário,desenvolve-seemcondiçõesdesustentabilidadesocialeambientalquetalveznãotenhammostradoaindaosseuslimites,masquedesacreditamasuacapacidadedeanular,oureduzirsignificativa-mente,odéficeexternoagrícolaederesponderàsnecessidadesalimentaresdapopulação.
a produção silvícolaemvolumenãotemprogredidodesde1986,sebemque,nesteintervalo,tenhatidograndesvariações. Domáximoatingidoem2000,perdeuumquintologonoanoseguintee,desdeentão,basicamenteestagnou.
Osseusprincipaisprodutossãoamadeiraeacortiça.Emvalordaprodução,àexcepçãodocurtoperíodode1999a2003,emquefoiultrapassadapelacortiça,opesorelativodamadeiratemsidosempremaioritário.
Aproduçãofísicademadeiraparatriturar,principalmatéria- -primadasindústriasdecelulose,constituídaprincipalmente poreucalipto,progrediucomoaumentosubstancialdosdezanosqueterminaramem2008(atéondevãoosdados);teveoseumáximoem2004,nasequênciadosgrandesincêndiosde2003,queprovocaramoaumentodasvendasàsfábricasdepastadepapel. Aproduçãofísicademadeiraparaserrar,destinadaprincipalmenteàindústriademobiliário,compostasobretudoporpinheiro-bravo,diminuiuglobalmentecomirregularidades.
Aproduçãofísicadecortiça,muitooscilanteaté2000,declinoudesdeentãoexpressivamente.Oenvelhecimentodosmontadoseaspatologiasdosobreiroafectaramaproduçãodecortiçadequalidade.
Deacordocomoúltimoinventárioflorestalnacional,em2005-06,aflorestaocupava38%dasuperfíciedopaís(incluindoasilhas).Aocupaçãoflorestalnocontinenteeradominadapelopinheiro-bravo(27%),oseucaliptos(23%),osobreiro(23%)eaazinheira(13%).
Na década decorrida desde o anterior inventário, de 1995-98, a ocupaçãoflorestaldopaísaumentou5,4%;nocontinenteaumen-tou3,3%.Opinheiro-bravoeaazinheiradiminuírampróximode10%,osobreiromanteveeoeucaliptoaumentoupertode10%asuaocupação.Emnúmeromuitoredondos,emcercadeduasdécadas,entreosinventáriosde1980-89e2005-06,pode-sedizerqueopinheiro-bravoperdeupertodeumterçodasuaárea,prosse-guindooseudeclínio,equeoeucalipto,quealimentaasfábricasdecelulose,aumentouparapertododobro,prosseguindoasuaascensão,emboradesaceleradanoúltimodecénio.
Entreosdoisúltimosinventários,reduziu-seovolumedemadeiraempédafloresta.Contribuiuparaissoofactodeopaístersidobastanteflageladocomincêndios.Emtermosmédios,arderamanualmente57920hectaresdepovoamentosflorestaisentre 1980 e 2010.
Hágrandespossibilidadesdeutilizaçãomultifuncionaldafloresta.Masovolumefinanceirodisponibilizadonãosetemtradu-zidonaeficáciaesperada.Osbaldioseapequenapropriedadesãomarginalizados.OactualprogramadoPRODERparaafloresta,talcomoosanteriores,édesajustado,irrealistanasexigênciasexageradasdeco-financiamentoparapequenasexploraçõespri-vadasebaldiosetinhaumataxadeexecução,nofinalde2010,próximadezero.
Oenormepotencialdaproduçãoflorestalpodeseridentificadopelatransversalidadedosseusprodutos—quevãodaproduçãodemadeira,cortiça,resinaatéaopapelecartão—epelaimportânciaecológicanaprotecçãodesolos,regularizaçãodossistemashídri-cos,valorizaçãodosecossistemasearmazenamentodocarbono.
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Nas pescas,areduçãoacentuadadopescadocapturado—queentre1985,últimoanoantesdaadesãoàCEE,e2010diminuiucercade40%—aumentaadependênciaexternadeumpaíscomelevadoconsumodepeixee,paramaiorabsurdo,defortíssimatradiçãopesqueiraemarítima.
Emtrêsdécadasemeia,de1985a2010,onúmerototaldeembarcaçõesdiminuiuparamenosdemetade.Onúmerodepes-cadoresmatriculados,nasváriasmodalidades,reduziuparamenosde metade.
Globalmente,aproduçãodoramodaspescasosciloude1986a 1992, declinou acentuadamente até 1997, subiu em 1998 e desde entãoestagnoucompequenasvariações.Odeclínio,seguidodaestagnação,deixouaproduçãonacionalcapazderesponderapenasacercadedoisquintosdoconsumo,pessoaleprodutivo,dopaísnesta área.
Abaixadramáticadaactividadepesqueiraradica,essencial-mente,narelativaescassezderecursosdealgumaspescariasenaperdadeoportunidadesdepescaemáguasexteriores,nadiminui-çãorealdospreçosdapescadescarregadaenodesproporcionadoaumentodoscustosdeprodução,sobretudodoscombustíveis,enaspolíticasquetêmsidoseguidas,designadamentenoapoioaoabatedeembarcações,emalgunscasosperfeitamentedesneces-sário.AatitudedesubserviênciaaosinteresseseobjectivosdaUEtem-se revelado desastrosa.
Oimpedimentodemodernizaçãodosectortambémcontribuiparaasuaparalisia,reflectindo-senoenvelhecimentodasembarca-çõesenadegradaçãodascondiçõesdevidaedetrabalhoabordo.Que,conjugadoscomasbaixasremunerações,afastamosjovenseconduzemaumacentuadoenvelhecimentodastripulações.
Aestagnaçãodaindústriaconserveira,comnegativasimpli-caçõesparaapescadecerco,tambémnãooferecesaídas.Aten-dência,aindaquemuitoirregular,dediminuiçãodaproduçãodeembarcaçõesdepescaéumindicadordodeclíniodasfrotasedafaltadeinvestimentonosector.
Oquasedesaparecimentodasfrotasqueoperavamemáguasdistantes,asdificuldadesacrescidasdafrotadecerco,avulnera-bilidadedapequenapesca,adiminuiçãodoempregoedosren-
dimentosdospescadores,agravamainstabilidadeeconómicaesocial.
Ataxadecoberturadasimportaçõespelasexportaçõesdetodoosectordapesca—maisgeralqueoramodaspescas,incluindoascapturas,aaquiculturaeaindústriatransformadoraassociada,entre outras actividades menores relacionadas — aumentou, com grandesoscilaçõesaoinício,de25%,em1996,para52%,em2010.Masopaíscontinuaaexportartodososanoscercademetadedoqueprecisadeimportar.
a indústria,englobandoconjuntamenteaextractivaetrans-formadora,emtermosreaiscresceugeralmente,emboraaritmosvariáveis e acusando as crises, de 1975 a 2001, mas encontra-se desdeentãoverdadeiramenteestagnada,tendodeclinadosensivel-menteem2008eexpressivamenteem2009,fortementegolpeadapeloagravamentodacrisedocapitalismo,erecuperadoumpoucoem2010.Desde1995cresceuemmédia1,1%aoano.
Naindústriaextractiva, particularmentenasuacomponentemineira,osaspectosmaisrelevantesprendem-secomaentregaaocapitalestrangeirodeimportantesreservasdeminériosdemetais—cobre,zinco,chumbo,estanho,tungsténioeoutros—,ades-truiçãodaEmpresaNacionaldeUrânio,quandoopaísaindatemporexplorarumjazigoderazoáveldimensão,eaquaseparagemdaexploraçãomineiraedainstalaçãodeconcentraçãodeminériosdemetaisbásicosemAljustrel.
Naindústriatransformadora,tevelugaraaplicação,sobretudoapartirdemeadosdadécadade80,deumapolíticaverdadeira-menteanti-industrial.Manifestou-se,desdelogo,peladestrui- çãoouesvaziamentodosorganismosdaadministraçãopúblicadeapoioàindústria,acomeçarpelopróprioministério.Masmani-festou-se,sobretudo,pelodesaparecimentoouretraimentodeimportantessectoreseempresasdeproduçõesbásicaseestraté-gicas,taiscomoasiderurgiaemetalurgiasnãoferrosas,fundiçõesdiversas,aindústriaquímicainorgânicadebase,aindústriadeconstruçãoereparaçãonaval,asindústriasmetalomecânicasdeproduçãodematerialdetransportesobrecarrisedeequipamentosenergéticos,ouaindústriadovidroplano.Sectoreseproduções
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Nas pescas,areduçãoacentuadadopescadocapturado—queentre1985,últimoanoantesdaadesãoàCEE,e2010diminuiucercade40%—aumentaadependênciaexternadeumpaíscomelevadoconsumodepeixee,paramaiorabsurdo,defortíssimatradiçãopesqueiraemarítima.
Emtrêsdécadasemeia,de1985a2010,onúmerototaldeembarcaçõesdiminuiuparamenosdemetade.Onúmerodepes-cadoresmatriculados,nasváriasmodalidades,reduziuparamenosde metade.
Globalmente,aproduçãodoramodaspescasosciloude1986a 1992, declinou acentuadamente até 1997, subiu em 1998 e desde entãoestagnoucompequenasvariações.Odeclínio,seguidodaestagnação,deixouaproduçãonacionalcapazderesponderapenasacercadedoisquintosdoconsumo,pessoaleprodutivo,dopaísnesta área.
Abaixadramáticadaactividadepesqueiraradica,essencial-mente,narelativaescassezderecursosdealgumaspescariasenaperdadeoportunidadesdepescaemáguasexteriores,nadiminui-çãorealdospreçosdapescadescarregadaenodesproporcionadoaumentodoscustosdeprodução,sobretudodoscombustíveis,enaspolíticasquetêmsidoseguidas,designadamentenoapoioaoabatedeembarcações,emalgunscasosperfeitamentedesneces-sário.AatitudedesubserviênciaaosinteresseseobjectivosdaUEtem-se revelado desastrosa.
Oimpedimentodemodernizaçãodosectortambémcontribuiparaasuaparalisia,reflectindo-senoenvelhecimentodasembarca-çõesenadegradaçãodascondiçõesdevidaedetrabalhoabordo.Que,conjugadoscomasbaixasremunerações,afastamosjovenseconduzemaumacentuadoenvelhecimentodastripulações.
Aestagnaçãodaindústriaconserveira,comnegativasimpli-caçõesparaapescadecerco,tambémnãooferecesaídas.Aten-dência,aindaquemuitoirregular,dediminuiçãodaproduçãodeembarcaçõesdepescaéumindicadordodeclíniodasfrotasedafaltadeinvestimentonosector.
Oquasedesaparecimentodasfrotasqueoperavamemáguasdistantes,asdificuldadesacrescidasdafrotadecerco,avulnera-bilidadedapequenapesca,adiminuiçãodoempregoedosren-
dimentosdospescadores,agravamainstabilidadeeconómicaesocial.
Ataxadecoberturadasimportaçõespelasexportaçõesdetodoosectordapesca—maisgeralqueoramodaspescas,incluindoascapturas,aaquiculturaeaindústriatransformadoraassociada,entre outras actividades menores relacionadas — aumentou, com grandesoscilaçõesaoinício,de25%,em1996,para52%,em2010.Masopaíscontinuaaexportartodososanoscercademetadedoqueprecisadeimportar.
a indústria,englobandoconjuntamenteaextractivaetrans-formadora,emtermosreaiscresceugeralmente,emboraaritmosvariáveis e acusando as crises, de 1975 a 2001, mas encontra-se desdeentãoverdadeiramenteestagnada,tendodeclinadosensivel-menteem2008eexpressivamenteem2009,fortementegolpeadapeloagravamentodacrisedocapitalismo,erecuperadoumpoucoem2010.Desde1995cresceuemmédia1,1%aoano.
Naindústriaextractiva, particularmentenasuacomponentemineira,osaspectosmaisrelevantesprendem-secomaentregaaocapitalestrangeirodeimportantesreservasdeminériosdemetais—cobre,zinco,chumbo,estanho,tungsténioeoutros—,ades-truiçãodaEmpresaNacionaldeUrânio,quandoopaísaindatemporexplorarumjazigoderazoáveldimensão,eaquaseparagemdaexploraçãomineiraedainstalaçãodeconcentraçãodeminériosdemetaisbásicosemAljustrel.
Naindústriatransformadora,tevelugaraaplicação,sobretudoapartirdemeadosdadécadade80,deumapolíticaverdadeira-menteanti-industrial.Manifestou-se,desdelogo,peladestrui- çãoouesvaziamentodosorganismosdaadministraçãopúblicadeapoioàindústria,acomeçarpelopróprioministério.Masmani-festou-se,sobretudo,pelodesaparecimentoouretraimentodeimportantessectoreseempresasdeproduçõesbásicaseestraté-gicas,taiscomoasiderurgiaemetalurgiasnãoferrosas,fundiçõesdiversas,aindústriaquímicainorgânicadebase,aindústriadeconstruçãoereparaçãonaval,asindústriasmetalomecânicasdeproduçãodematerialdetransportesobrecarrisedeequipamentosenergéticos,ouaindústriadovidroplano.Sectoreseproduções
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estruturantesdediversasinfra-estruturasedodesenvolvimentoindustrial.
Emboratenhamsurgidoousedesenvolvido,commaiorex-pressãonasduasúltimasdécadas,novasactividadesindustriais—noessencialassociadasaocapitalestrangeiro,comoaindús-triaautomóvelouasindústriaselectrónicas,ounasuaorigemassociadasacapitalnacional,como,entreoutras,aquímicafina,aindústriadenovosmateriaisoudebensrelacionadoscomapro-duçãoenergética—,essasnovasactividadesnãocompensaram,nemquantitativanemqualitativamente,asperdassucintamentereferidas.Empobreceu-seoperfilindustrialdopaís.
Épostoemcausaoparadigmade«fileiraprodutiva».Oquelevaaabandonarodesenvolvimentodefileiras,comoadocobre,paraaqualexistemespeciaiscondições.Nãosedefendeainte-gridadedefileirasverticais,comonotêxtil,comaliquidaçãodeinúmerasunidadesdefiaçãoetecelagem,decapitalmaisintensivo,enquantoseexpandemaconfecçãoeovestuário,assentesnamão- -de-obrabarataeemgrandepartesubcontratada.
Multiplicam-se,comforteapoioestatal,asunidadesdemulti-nacionaisespecializadasemsegmentoscurtosdacadeiadevalor,comoéocasoparadigmáticodaelectrónicaemuitoespecialmentedascablagens,altamentesensíveisàinstabilidadedepreçosnomercadomundialeàsestratégiasdascasas-mãe,queàmínimaaragemdeslocalizamparaoutrasparagens.ÉcasodeestudoexemplaraQimonda,nascidacomouminvestimentodaSiemens,emqueforamdespejadosmilhõesdeeurosdefundospúblicos,equedeixoucomoherançacentenasdedesempregadosàscustasdasegurançasocial.
Aintensidadetecnológicadaindústriatransformadorapor-tuguesanãoconseguedescolar,tendo-segoradoasexpectativasgeradaspelaevoluçãoligeiramentepositivadapercentagemdebensdemédia-altaealtatecnologianasexportaçõesportuguesasqueculminouemmeadosdadécada.Naverdade,poucosealterarae,doisoutrêsanosantesdoagravamentodacrisedocapitalismo,apercentagemvoltouadescer,sendode37,7%em2010.Aindamaispreocupante,deteve-sesimultaneamenteareduçãodapercentagemdaexportaçãodebensdebaixatecnologia.
Aolongodadécada,restou,emtraçosgerais,ofracoconsolodeumasignificativasubstituiçãodapercentagemdeexportaçãodebensdebaixaporbensdemédia-baixatecnologia,aindaassiminterrompidapeloagravamentodacrise,queconfirmariaafragili-dadedamelhorianaintensidadetecnológica.Opaísestáamarradoaumadivisãointernacionaldotrabalhoquefundamentalmenteoconfinaàexportaçãodebensmaioritariamentebaseadosnosbaixossaláriosenabaixaintensidadedecapital.
ComparadacomamédiadaUE,aindústriaportuguesatemfracoconteúdotecnológico,époucodinâmicaenãotemcon-seguidoinserir-senossectoresmundiaisdemaiorcrescimento. Aproporçãodasdespesasdeinvestigaçãoedesenvolvimento,empercentagemdoPIB,estavaem2007longedamédiaeuropeia(1,18%paraPortugal,1,85%paraaUE),apesardarecuperaçãonosanosqueprecederamessadata.Ospedidosdepatentes,namaioriaparaaindústria,pormilhãodehabitantes,eramem2005de11paraPortugale112paraaUE.
Nãoserápossíveldiversificarasproduçõesindustriaisesobre-tudomelhorarsubstancialmenteoseuconteúdotecnológico,semumgrandeesforçoinvestidor,emqueoEstadotemumpapelincon-tornável.Oinvestimentoestrangeirotambémtemoseulugar,espe-cialmentebem-vindosefordeelevadaintensidadetecnológicaemsectoresinsuficientementedesenvolvidos,massócontribuiráparaumdesenvolvimentoeconómicorealeumareduçãonãoilusóriadodéficeexternodopaísserepresentarumaefectivatransferên-ciadetecnologia(comformaçãoprofissional,implementaçãodeequipamentosedetécnicas)enãosecingiràcriaçãodeenclavesdeestruturasdependentesqueseesboroamquandoseretira.
o sector energéticoédosmelhoresexemplosdecomoainter-vençãodoEstado,quedeveriaconstituirumapoderosaalavancadedesenvolvimentoeconómico,decorrecçãodeinjustiçassociaisededefesadasoberania,sefaz,emdetrimentodosconsumido-res,daspopulações,daeconomianacionaledopaís,aoserviçodosinteressesexclusivosdeumpunhadodegrandescapitalistas,particularmentedosgrandesaccionistas,nacionaiseestrangeiros,dasempresaspúblicasprivatizadas.
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estruturantesdediversasinfra-estruturasedodesenvolvimentoindustrial.
Emboratenhamsurgidoousedesenvolvido,commaiorex-pressãonasduasúltimasdécadas,novasactividadesindustriais—noessencialassociadasaocapitalestrangeiro,comoaindús-triaautomóvelouasindústriaselectrónicas,ounasuaorigemassociadasacapitalnacional,como,entreoutras,aquímicafina,aindústriadenovosmateriaisoudebensrelacionadoscomapro-duçãoenergética—,essasnovasactividadesnãocompensaram,nemquantitativanemqualitativamente,asperdassucintamentereferidas.Empobreceu-seoperfilindustrialdopaís.
Épostoemcausaoparadigmade«fileiraprodutiva».Oquelevaaabandonarodesenvolvimentodefileiras,comoadocobre,paraaqualexistemespeciaiscondições.Nãosedefendeainte-gridadedefileirasverticais,comonotêxtil,comaliquidaçãodeinúmerasunidadesdefiaçãoetecelagem,decapitalmaisintensivo,enquantoseexpandemaconfecçãoeovestuário,assentesnamão- -de-obrabarataeemgrandepartesubcontratada.
Multiplicam-se,comforteapoioestatal,asunidadesdemulti-nacionaisespecializadasemsegmentoscurtosdacadeiadevalor,comoéocasoparadigmáticodaelectrónicaemuitoespecialmentedascablagens,altamentesensíveisàinstabilidadedepreçosnomercadomundialeàsestratégiasdascasas-mãe,queàmínimaaragemdeslocalizamparaoutrasparagens.ÉcasodeestudoexemplaraQimonda,nascidacomouminvestimentodaSiemens,emqueforamdespejadosmilhõesdeeurosdefundospúblicos,equedeixoucomoherançacentenasdedesempregadosàscustasdasegurançasocial.
Aintensidadetecnológicadaindústriatransformadorapor-tuguesanãoconseguedescolar,tendo-segoradoasexpectativasgeradaspelaevoluçãoligeiramentepositivadapercentagemdebensdemédia-altaealtatecnologianasexportaçõesportuguesasqueculminouemmeadosdadécada.Naverdade,poucosealterarae,doisoutrêsanosantesdoagravamentodacrisedocapitalismo,apercentagemvoltouadescer,sendode37,7%em2010.Aindamaispreocupante,deteve-sesimultaneamenteareduçãodapercentagemdaexportaçãodebensdebaixatecnologia.
Aolongodadécada,restou,emtraçosgerais,ofracoconsolodeumasignificativasubstituiçãodapercentagemdeexportaçãodebensdebaixaporbensdemédia-baixatecnologia,aindaassiminterrompidapeloagravamentodacrise,queconfirmariaafragili-dadedamelhorianaintensidadetecnológica.Opaísestáamarradoaumadivisãointernacionaldotrabalhoquefundamentalmenteoconfinaàexportaçãodebensmaioritariamentebaseadosnosbaixossaláriosenabaixaintensidadedecapital.
ComparadacomamédiadaUE,aindústriaportuguesatemfracoconteúdotecnológico,époucodinâmicaenãotemcon-seguidoinserir-senossectoresmundiaisdemaiorcrescimento. Aproporçãodasdespesasdeinvestigaçãoedesenvolvimento,empercentagemdoPIB,estavaem2007longedamédiaeuropeia(1,18%paraPortugal,1,85%paraaUE),apesardarecuperaçãonosanosqueprecederamessadata.Ospedidosdepatentes,namaioriaparaaindústria,pormilhãodehabitantes,eramem2005de11paraPortugale112paraaUE.
Nãoserápossíveldiversificarasproduçõesindustriaisesobre-tudomelhorarsubstancialmenteoseuconteúdotecnológico,semumgrandeesforçoinvestidor,emqueoEstadotemumpapelincon-tornável.Oinvestimentoestrangeirotambémtemoseulugar,espe-cialmentebem-vindosefordeelevadaintensidadetecnológicaemsectoresinsuficientementedesenvolvidos,massócontribuiráparaumdesenvolvimentoeconómicorealeumareduçãonãoilusóriadodéficeexternodopaísserepresentarumaefectivatransferên-ciadetecnologia(comformaçãoprofissional,implementaçãodeequipamentosedetécnicas)enãosecingiràcriaçãodeenclavesdeestruturasdependentesqueseesboroamquandoseretira.
o sector energéticoédosmelhoresexemplosdecomoainter-vençãodoEstado,quedeveriaconstituirumapoderosaalavancadedesenvolvimentoeconómico,decorrecçãodeinjustiçassociaisededefesadasoberania,sefaz,emdetrimentodosconsumido-res,daspopulações,daeconomianacionaledopaís,aoserviçodosinteressesexclusivosdeumpunhadodegrandescapitalistas,particularmentedosgrandesaccionistas,nacionaiseestrangeiros,dasempresaspúblicasprivatizadas.
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Estasprivatizaçõesealiberalizaçãoforçadadosmercadosprovocaramumaenormeinstabilidadenosector,traduzida,nomea-damente,emgrandesatrasosnosinvestimentosnasrefinarias,nodesenvolvimentodautilizaçãodogásnaturalenoaproveitamentoderecursosenergéticosendógenos,comoohídrico.
Opaíscontinuafortementedependentedopetróleo,eemgeraldoscombustíveisdeorigemfóssil,quenãoproduzeprecisadeimportar.Asituaçãoémaisgraveporque,aocontráriodaUE,quedesdeiníciosdosanos70reduziusustentadamenteasuaintensi-dadeenergética(aquantidadedeenergianecessáriaparaproduzirumaunidadederiqueza),Portugalelevou-aatépraticamente aosfinaisdosanos90,estabilizourelativamenteesódiminuiunasegundametadedadécadapassada,aliásdeformaincerta. Osprincipaisatingidoscomoaumentodopreçodopetróleoserão,antesdemais,aindústriaeosectordostransportes,quetêmrela-tivamentebaixaeficiênciaenergéticaeemconjuntorepresentammaisde70%doconsumofinaldeenergiadopaís.
3.2—Mistificaçõesdocapital edopoderpolíticodedireita
AliquidaçãodesectoresprodutivosemPortugalaolongodasúltimastrêsdécadasemeia,apartirdoiníciodarecuperaçãocapitalistaelatifundista,eaceleradacomaintegraçãonaCEE/ /UniãoEuropeia,desenvolveu-secomumenormeemistificatórioarsenaldeargumentos,tesesediscursos,tendoporobjectivoajustificaçãodasopçõesedecisõespolíticasestratégicas,emesmomuitasdasmedidas,desucessivosgovernos(comparticipaçãodoPS,PSDouCDS).Oarsenalideológico,queganhounopensa-mentodominante(ditoúnico)aqualidadedeverdadeindiscutível,teveassentonasuniversidadeseprogramaseleitoraisedegoverno(daquelespartidos)eassumiuumapresençahegemónica,quaseabsoluta,nageneralidadenacomunicaçãosocial.Tratou-sedejustificarprivatizaçõeseliberalizações,aadesãoàCEE/UEeàUniãoEconómicaeMonetáriaeaoeuro,oapoioàspolíticascomuns(PAC,PCP,PEC,etc.)eàssuasdiversasrevisões,eaté
mesmodedarsuporteaoscritériosquepresidiramàaplicaçãodosfundoscomunitários.
Entreasmistificaçõesdignasdeanotaçãoparamemóriafutura,estáada«desmaterialização»daeconomia.Reflexodograndecrescimentodosectordeserviços,especialmentedoquesedeunosligadosàsnovastecnologiasatéaocrash da bolsa americana NASDAQemMarçode2000.Nestaabordagem,referia-seejustificava-seafaltadesentidodopaísproduziraço,produtosquímicosbásicos(porexemplo,ácidosulfúrico)emesmobensdeequipamento.
Outratese,hojesubmergidaperanteospicosdepreçosatin-gidosporprodutosalimentaresestratégicosem2008eagorano-vamenteem2011,éque,faceànossaintegraçãonaUE/MercadoÚnico,nãofariasentidoporrazõesde«competitividade»—de-correntedeelevadoscustosdeprodução—oudimensãodonossomercadointernoproduzi-losemPortugal,podendoserimportadosapreçosmaisbaixosdaEuropa(casodoscereais).Acabandoporsepôremcausa,inclusivenadefiniçãodoconceitoestratégicodedefesanacional,anecessidadedopaísterreservasestratégicasdealimentos.
AocontráriodoPCP,ospartidosdapolíticadedireita,PS,PSDeCDS/PP,sempreolharamparaomercado«único»europeu,fortementelubrificadonazonaeurocomacriaçãodestamoedaapartirde2002,comosusceptíveldeproduzirumadivisãoeuropeiadotrabalhoequilibradaesolidária.Nemabrutalargumentaçãodesenvolvidapelacomissãoeuropeiaemdefesadacriaçãodoeuro,esclarecendoqueamoedaúnicairiadividiroseuropeusentre«picassos»,produtoresdealtovaloracrescentado,epintoresdaconstruçãocivil,debaixovaloracrescentadoemão-de-obrabarata,osfezacordardosonhofederalista.
Nãodeixadeserrisívelque,sóquandooaprofundamentodacriseinternacionaldocapitalismopõeanuosbrutaisdesequilí-brios,algunstenhamdescobertoosdéficesprodutivos,osdéficesdabalançadebenseserviços.Osmesmosqueforamesãores-ponsáveispelaspolíticasqueconduziramopaísaodescalabroemqueseencontra.
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Estasprivatizaçõesealiberalizaçãoforçadadosmercadosprovocaramumaenormeinstabilidadenosector,traduzida,nomea-damente,emgrandesatrasosnosinvestimentosnasrefinarias,nodesenvolvimentodautilizaçãodogásnaturalenoaproveitamentoderecursosenergéticosendógenos,comoohídrico.
Opaíscontinuafortementedependentedopetróleo,eemgeraldoscombustíveisdeorigemfóssil,quenãoproduzeprecisadeimportar.Asituaçãoémaisgraveporque,aocontráriodaUE,quedesdeiníciosdosanos70reduziusustentadamenteasuaintensi-dadeenergética(aquantidadedeenergianecessáriaparaproduzirumaunidadederiqueza),Portugalelevou-aatépraticamente aosfinaisdosanos90,estabilizourelativamenteesódiminuiunasegundametadedadécadapassada,aliásdeformaincerta. Osprincipaisatingidoscomoaumentodopreçodopetróleoserão,antesdemais,aindústriaeosectordostransportes,quetêmrela-tivamentebaixaeficiênciaenergéticaeemconjuntorepresentammaisde70%doconsumofinaldeenergiadopaís.
3.2—Mistificaçõesdocapital edopoderpolíticodedireita
AliquidaçãodesectoresprodutivosemPortugalaolongodasúltimastrêsdécadasemeia,apartirdoiníciodarecuperaçãocapitalistaelatifundista,eaceleradacomaintegraçãonaCEE/ /UniãoEuropeia,desenvolveu-secomumenormeemistificatórioarsenaldeargumentos,tesesediscursos,tendoporobjectivoajustificaçãodasopçõesedecisõespolíticasestratégicas,emesmomuitasdasmedidas,desucessivosgovernos(comparticipaçãodoPS,PSDouCDS).Oarsenalideológico,queganhounopensa-mentodominante(ditoúnico)aqualidadedeverdadeindiscutível,teveassentonasuniversidadeseprogramaseleitoraisedegoverno(daquelespartidos)eassumiuumapresençahegemónica,quaseabsoluta,nageneralidadenacomunicaçãosocial.Tratou-sedejustificarprivatizaçõeseliberalizações,aadesãoàCEE/UEeàUniãoEconómicaeMonetáriaeaoeuro,oapoioàspolíticascomuns(PAC,PCP,PEC,etc.)eàssuasdiversasrevisões,eaté
mesmodedarsuporteaoscritériosquepresidiramàaplicaçãodosfundoscomunitários.
Entreasmistificaçõesdignasdeanotaçãoparamemóriafutura,estáada«desmaterialização»daeconomia.Reflexodograndecrescimentodosectordeserviços,especialmentedoquesedeunosligadosàsnovastecnologiasatéaocrash da bolsa americana NASDAQemMarçode2000.Nestaabordagem,referia-seejustificava-seafaltadesentidodopaísproduziraço,produtosquímicosbásicos(porexemplo,ácidosulfúrico)emesmobensdeequipamento.
Outratese,hojesubmergidaperanteospicosdepreçosatin-gidosporprodutosalimentaresestratégicosem2008eagorano-vamenteem2011,éque,faceànossaintegraçãonaUE/MercadoÚnico,nãofariasentidoporrazõesde«competitividade»—de-correntedeelevadoscustosdeprodução—oudimensãodonossomercadointernoproduzi-losemPortugal,podendoserimportadosapreçosmaisbaixosdaEuropa(casodoscereais).Acabandoporsepôremcausa,inclusivenadefiniçãodoconceitoestratégicodedefesanacional,anecessidadedopaísterreservasestratégicasdealimentos.
AocontráriodoPCP,ospartidosdapolíticadedireita,PS,PSDeCDS/PP,sempreolharamparaomercado«único»europeu,fortementelubrificadonazonaeurocomacriaçãodestamoedaapartirde2002,comosusceptíveldeproduzirumadivisãoeuropeiadotrabalhoequilibradaesolidária.Nemabrutalargumentaçãodesenvolvidapelacomissãoeuropeiaemdefesadacriaçãodoeuro,esclarecendoqueamoedaúnicairiadividiroseuropeusentre«picassos»,produtoresdealtovaloracrescentado,epintoresdaconstruçãocivil,debaixovaloracrescentadoemão-de-obrabarata,osfezacordardosonhofederalista.
Nãodeixadeserrisívelque,sóquandooaprofundamentodacriseinternacionaldocapitalismopõeanuosbrutaisdesequilí-brios,algunstenhamdescobertoosdéficesprodutivos,osdéficesdabalançadebenseserviços.Osmesmosqueforamesãores-ponsáveispelaspolíticasqueconduziramopaísaodescalabroemqueseencontra.
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3.3—Causaseresponsáveis
Nodecorrerdoprocessorevolucionárioiniciadocomo25deAbrilforamnacionalizadospeloEstadoosgrandesmonopóliosdecapitalprivadonacionalnossectoreschavedaeconomia,comonabanca,seguros,petróleos,electricidade,água,gás,petroquímica,adubos,celulose,cimentos,siderurgia,construçãoereparaçãonaval,transportesmarítimos,camionagem,transportesaéreos,transportesferroviários,transportescolectivosurbanosesubur-banosdeLisboaePorto,tabacos,cervejas,radiotelevisão,entreoutros,aquesesomaramasempresasnacionalizadasemsectoressóparcialmentenacionalizados,comoasminasouostransportespúblicos,easgrandesempresasjáanteriormentepúblicas,comoosCTTouosTLP,naconstituiçãodeumpoderososectorempresarialdoEstado,aindareforçadopelaparticipaçãonocapitaldenumero-sassociedadesqueresultouindirectamentedanacionalizaçãodasempresas,especialmentedosbancos,quenelasdetinhamquotaseacções.Vultuososinvestimentos,particularmentenasempresaspúblicasnãofinanceiras,eacriaçãodealgumasnovasempresaspúblicasaumentaramgeralmenteopesodosectorempresarialdoEstado até meados da década de 80.
Componentefundamentaldoprocessorevolucionárioedassuasconquistasfoitambémareformaagrária.OstrabalhadoresruraisdoAlentejoeRibatejoedealgunsconcelhoslimítrofes,emacçõesqueseriamposteriormentereconhecidaselegalizadaspelopoderpolítico,ocuparamasterrasdosgrandeslatifúndios,quepoucoounadaproduziam,organizaramunidadescolectivasdeprodução(UCP/cooperativas)paraasexploraremcomum,aumentaramoem-prego,aprodução,aprodutividade,diversificarameintroduziramnovasculturas,promoveramoinvestimentoeminfra-estruturas,equipamentosegado,realizaram,articuladascomasautarquiasprogressistas,umagrandiosaobrasocial,nomeadamentecomacriaçãodecrechesejardinsdeinfância,escolas,centrosdedia,postosdesaúde,cantinas,armazéns,vendas,viasdecomunicação,queestancouaemigração,trouxedevoltamuitosmilharesdeemi-grantes,reduziuodesemprego,combateudiscriminações,elevouossaláriosdostrabalhadoreseascondiçõesdevidadaspopulações.
Procurou-se,naaltura,promoverumapolíticacomercialex-ternaindependenteeconformeaosinteressesnacionais.
Aliquidaçãodosmonopólioscomanacionalizaçãodemocrá-ticaporpartedoEstado,aprofundatransformaçãodasrelaçõesdepropriedadecomareformaagrárianoscamposdoSuleasmedidasparaapequenaemédiaagriculturacomoasleisdoarrendamentoruraledosbaldios,aintervençãoampliadadoEstadonocomércioexternoenavidaeconómicaemgeral,aquebradeisolamentointernacionalcomoreconhecimentodonovoregime,ofimdaguerracolonialeaindependênciadasex-colónias,forneciamabaseobjectivaparacomeçaraconstruirumsistemadeplanea-mentoqueorientasseoaparelhoprodutivoeeconómiconacionalparaumasatisfaçãomaiscompletadasnecessidadescrescentesdapopulaçãoedopaís.
Arecuperaçãomonopolistaelatifundistainterrompeuoesboçodeconstruçãoderelaçõesdeproduçãomaisavançadas.Maisdoqueisso,váriosfactores,componentesdesseprocessoderecupe-ração,impulsionados,potenciadosoucomandadospelapolíticadedireita,danificaramedebilitaramseriamenteoaparelhopro-dutivodopaís.SãodereferiraadesãoàCEE,asprivatizações,adestruiçãodareformaagrária,asorientaçõesestratégicasdograndecapitaleoinvestimentoestrangeiro.
AadesãoàCEEtrouxeproblemasàagricultura,àspescaseàindústriatransformadoranacionais;sejapeladesprotecçãodomercadointernoeaimpreparaçãoparacompetircomproduçõesestrangeirasmuitomaiseficientes;sejapelascondicionantesdeixa-dasnoplanodotratadodeadesãoasectorescomoasiderurgiaeaindústriatêxtil;sejapelasconsequênciasparaaagriculturaeaspescasportuguesasdaspolíticasagrícolaedepescascomuns(PACePCP);sejafinalmentepelosacordoscomerciaisestabelecidosentreaUEepaísesterceiros,quenãoprotegemimportantesacti-vidadesnacionaiscomoaspescaseostêxteis.OrientaçõessemprecentradasnadefesadosinteressesestratégicosdaseconomiasmaispoderosasdaUE.Acresce,comopanodefundo,aperdadecom-petitividadeemtodosossectoresresultantedaadopçãodoeuro.
Asprivatizações,apassagemparaasmãosdeprivados,pri-meironacionaisedepoisestrangeiros,deimportantesactivida-
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3.3—Causaseresponsáveis
Nodecorrerdoprocessorevolucionárioiniciadocomo25deAbrilforamnacionalizadospeloEstadoosgrandesmonopóliosdecapitalprivadonacionalnossectoreschavedaeconomia,comonabanca,seguros,petróleos,electricidade,água,gás,petroquímica,adubos,celulose,cimentos,siderurgia,construçãoereparaçãonaval,transportesmarítimos,camionagem,transportesaéreos,transportesferroviários,transportescolectivosurbanosesubur-banosdeLisboaePorto,tabacos,cervejas,radiotelevisão,entreoutros,aquesesomaramasempresasnacionalizadasemsectoressóparcialmentenacionalizados,comoasminasouostransportespúblicos,easgrandesempresasjáanteriormentepúblicas,comoosCTTouosTLP,naconstituiçãodeumpoderososectorempresarialdoEstado,aindareforçadopelaparticipaçãonocapitaldenumero-sassociedadesqueresultouindirectamentedanacionalizaçãodasempresas,especialmentedosbancos,quenelasdetinhamquotaseacções.Vultuososinvestimentos,particularmentenasempresaspúblicasnãofinanceiras,eacriaçãodealgumasnovasempresaspúblicasaumentaramgeralmenteopesodosectorempresarialdoEstado até meados da década de 80.
Componentefundamentaldoprocessorevolucionárioedassuasconquistasfoitambémareformaagrária.OstrabalhadoresruraisdoAlentejoeRibatejoedealgunsconcelhoslimítrofes,emacçõesqueseriamposteriormentereconhecidaselegalizadaspelopoderpolítico,ocuparamasterrasdosgrandeslatifúndios,quepoucoounadaproduziam,organizaramunidadescolectivasdeprodução(UCP/cooperativas)paraasexploraremcomum,aumentaramoem-prego,aprodução,aprodutividade,diversificarameintroduziramnovasculturas,promoveramoinvestimentoeminfra-estruturas,equipamentosegado,realizaram,articuladascomasautarquiasprogressistas,umagrandiosaobrasocial,nomeadamentecomacriaçãodecrechesejardinsdeinfância,escolas,centrosdedia,postosdesaúde,cantinas,armazéns,vendas,viasdecomunicação,queestancouaemigração,trouxedevoltamuitosmilharesdeemi-grantes,reduziuodesemprego,combateudiscriminações,elevouossaláriosdostrabalhadoreseascondiçõesdevidadaspopulações.
Procurou-se,naaltura,promoverumapolíticacomercialex-ternaindependenteeconformeaosinteressesnacionais.
Aliquidaçãodosmonopólioscomanacionalizaçãodemocrá-ticaporpartedoEstado,aprofundatransformaçãodasrelaçõesdepropriedadecomareformaagrárianoscamposdoSuleasmedidasparaapequenaemédiaagriculturacomoasleisdoarrendamentoruraledosbaldios,aintervençãoampliadadoEstadonocomércioexternoenavidaeconómicaemgeral,aquebradeisolamentointernacionalcomoreconhecimentodonovoregime,ofimdaguerracolonialeaindependênciadasex-colónias,forneciamabaseobjectivaparacomeçaraconstruirumsistemadeplanea-mentoqueorientasseoaparelhoprodutivoeeconómiconacionalparaumasatisfaçãomaiscompletadasnecessidadescrescentesdapopulaçãoedopaís.
Arecuperaçãomonopolistaelatifundistainterrompeuoesboçodeconstruçãoderelaçõesdeproduçãomaisavançadas.Maisdoqueisso,váriosfactores,componentesdesseprocessoderecupe-ração,impulsionados,potenciadosoucomandadospelapolíticadedireita,danificaramedebilitaramseriamenteoaparelhopro-dutivodopaís.SãodereferiraadesãoàCEE,asprivatizações,adestruiçãodareformaagrária,asorientaçõesestratégicasdograndecapitaleoinvestimentoestrangeiro.
AadesãoàCEEtrouxeproblemasàagricultura,àspescaseàindústriatransformadoranacionais;sejapeladesprotecçãodomercadointernoeaimpreparaçãoparacompetircomproduçõesestrangeirasmuitomaiseficientes;sejapelascondicionantesdeixa-dasnoplanodotratadodeadesãoasectorescomoasiderurgiaeaindústriatêxtil;sejapelasconsequênciasparaaagriculturaeaspescasportuguesasdaspolíticasagrícolaedepescascomuns(PACePCP);sejafinalmentepelosacordoscomerciaisestabelecidosentreaUEepaísesterceiros,quenãoprotegemimportantesacti-vidadesnacionaiscomoaspescaseostêxteis.OrientaçõessemprecentradasnadefesadosinteressesestratégicosdaseconomiasmaispoderosasdaUE.Acresce,comopanodefundo,aperdadecom-petitividadeemtodosossectoresresultantedaadopçãodoeuro.
Asprivatizações,apassagemparaasmãosdeprivados,pri-meironacionaisedepoisestrangeiros,deimportantesactivida-
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des,comominas,siderurgia,indústrianaval,químicaspesadas,metalomecânicapesada,entreoutras,levouaoseudefinhamento,empobrecimentoeemvárioscasosmesmodesaparecimento,enfraquecendooperfilindustrialeretardandoapossibilidadedevalorizaçãointernadeimportantesrecursosnacionais.
Adestruiçãodareformaagrárialevouàdiminuiçãodasuper-fícieagrícolautilizada,àperdadeproduçõesagrícolas,àdestrui-çãodemúltiplasinfra-estruturaseequipamentoseaumabrutaldestruiçãodeempregoagrícolanoscamposdoSul.
Alógicadeinvestimentodograndecapitalnacional,associadaounãoaoprocessodeprivatizações,comaperspectivadeobten-çãoderápidoseelevadosretornos,conduziuàconcentraçãodoinvestimentonabanca,seguros,especulaçãobolsista,imobiliário,grandedistribuição,saúde,exploraçãodeinfra-estruturas(comoauto-estradasouactividadesportuárias),deixandoemgeralaproduçãodebenstransaccionáveissujeitosamaiorconcorrênciaparaaspequenasemédiasempresas.
Eoinvestimentoestrangeiro,contrariamenteàimagemtrans-mitidapelapropaganda,investepredominantementeemactivida-desnãoindustriais.Mesmoexcluindoosinvestimentosdecarteira,orientadosparaaespeculaçãobolsista,partemuitosignificativacorrespondeaumfalsoinvestimento,dadoqueselimitaàaquisi-çãodeunidadesjáexistentes.
Sãoclarososresponsáveispolíticosedeclassepeladestruiçãoefragilizaçãodoaparelhoprodutivodopaís.
Socialmente,osgrandesmonopolistaselatifundistas,quearevoluçãodeAbrilfundamentalmenteexpropriara.Associados,comoauxiliares,numerososdirigentes,altosfuncionáriosequa-drosdasgrandesempresasedirigentesdetopodaadministraçãopública.Ideologicamentecomprometidos,académicosepersonali-dadespúblicasquefizeramaapologiadarecuperaçãomonopolistaelatifundista.
Politicamente,oPS,oPSD,oCDS/PP,quealternaramnopoderparagarantiracontinuidadedapolíticadedireita,queapartirdeposiçõesgovernamentaisemaioritáriasnaAssembleiadaRepúblicaseencarregaramdeasseguraraintervençãodoEstadoafavordosgrandesgruposeconómicosefinanceiros,financiaram
aacumulaçãodograndecapitaleasseguraramasuadominaçãosobreostrabalhadores.
3.4—Opapeldosgruposeconómicosefinanceiros
Oaparecimentoedesenvolvimentodegruposeconómicosefinanceirosprivadosapósorefluxodoprocessorevolucionário,assumindoumanaturezaeumdomíniomonopolistas,constituemotraçoessencialdoprocessoderecuperaçãocapitalistaemPor-tugal.
Asuagéneseconstituiueconstituiumprocessocomplexo,comcomponentespolíticas,económicasefinanceirasquesein-terpenetram,equeseescorounosapoiosdosgovernos,nosapoiospolíticosefinanceirosdosectorpúblicoempresarial,sobretudodabanca.Combasedirectaouindirectaemantigosgruposmonopo-listasouapartirdeempresasesectoresemgrandeexpansão(comoagrandedistribuição),afirmaram-seapartirdaaprovaçãododecreto-lei n.o406/83,quealteroualeidedelimitaçãodesectores(lei n.o46/77)eabriuaocapitalprivadoabanca,osseguroseaproduçãoecomercializaçãodosadubosedocimento.Apermissãodeactividadesprivadasnabancaeseguros,eosubsequentepro-cessodeprivatizações,permitiram-lhesapropriar-seabaixocustodasempresasesectoresmaisrentáveisdosectorempresarialdoEstadoeaabsorçãodepartesignificativadosfundoscomunitários,numimparávelebrutalprocessodecentralizaçãoeconcentraçãodecapitais.
Sónosúltimosseisanos,enquantoopaísseafundavanacriseeconómicaesocial,oslucrosobtidospelosseguintesgrandesgru-pos:PT,EDP,REN,Galp,Zon,BCP,BES,BPI,Santander/Totta,Cimpor,Secil,Portucel,Brisa;equivaleramaovalorqueoEstadoarrecadoucomtodasasprivatizaçõesefectuadasdesde1989.
Osnovosgruposreconstituídoseemergentesdesembaraça-ram-se,compoucasexcepções,deempresasindustriaisquelhesforampararàmãopelasprivatizações,querliquidando-aspuraesimplesmente(construçãonaval,químicadebase,metalomecâ-nicapesada),quervendendo-ascomgrossosproventosaocapital
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des,comominas,siderurgia,indústrianaval,químicaspesadas,metalomecânicapesada,entreoutras,levouaoseudefinhamento,empobrecimentoeemvárioscasosmesmodesaparecimento,enfraquecendooperfilindustrialeretardandoapossibilidadedevalorizaçãointernadeimportantesrecursosnacionais.
Adestruiçãodareformaagrárialevouàdiminuiçãodasuper-fícieagrícolautilizada,àperdadeproduçõesagrícolas,àdestrui-çãodemúltiplasinfra-estruturaseequipamentoseaumabrutaldestruiçãodeempregoagrícolanoscamposdoSul.
Alógicadeinvestimentodograndecapitalnacional,associadaounãoaoprocessodeprivatizações,comaperspectivadeobten-çãoderápidoseelevadosretornos,conduziuàconcentraçãodoinvestimentonabanca,seguros,especulaçãobolsista,imobiliário,grandedistribuição,saúde,exploraçãodeinfra-estruturas(comoauto-estradasouactividadesportuárias),deixandoemgeralaproduçãodebenstransaccionáveissujeitosamaiorconcorrênciaparaaspequenasemédiasempresas.
Eoinvestimentoestrangeiro,contrariamenteàimagemtrans-mitidapelapropaganda,investepredominantementeemactivida-desnãoindustriais.Mesmoexcluindoosinvestimentosdecarteira,orientadosparaaespeculaçãobolsista,partemuitosignificativacorrespondeaumfalsoinvestimento,dadoqueselimitaàaquisi-çãodeunidadesjáexistentes.
Sãoclarososresponsáveispolíticosedeclassepeladestruiçãoefragilizaçãodoaparelhoprodutivodopaís.
Socialmente,osgrandesmonopolistaselatifundistas,quearevoluçãodeAbrilfundamentalmenteexpropriara.Associados,comoauxiliares,numerososdirigentes,altosfuncionáriosequa-drosdasgrandesempresasedirigentesdetopodaadministraçãopública.Ideologicamentecomprometidos,académicosepersonali-dadespúblicasquefizeramaapologiadarecuperaçãomonopolistaelatifundista.
Politicamente,oPS,oPSD,oCDS/PP,quealternaramnopoderparagarantiracontinuidadedapolíticadedireita,queapartirdeposiçõesgovernamentaisemaioritáriasnaAssembleiadaRepúblicaseencarregaramdeasseguraraintervençãodoEstadoafavordosgrandesgruposeconómicosefinanceiros,financiaram
aacumulaçãodograndecapitaleasseguraramasuadominaçãosobreostrabalhadores.
3.4—Opapeldosgruposeconómicosefinanceiros
Oaparecimentoedesenvolvimentodegruposeconómicosefinanceirosprivadosapósorefluxodoprocessorevolucionário,assumindoumanaturezaeumdomíniomonopolistas,constituemotraçoessencialdoprocessoderecuperaçãocapitalistaemPor-tugal.
Asuagéneseconstituiueconstituiumprocessocomplexo,comcomponentespolíticas,económicasefinanceirasquesein-terpenetram,equeseescorounosapoiosdosgovernos,nosapoiospolíticosefinanceirosdosectorpúblicoempresarial,sobretudodabanca.Combasedirectaouindirectaemantigosgruposmonopo-listasouapartirdeempresasesectoresemgrandeexpansão(comoagrandedistribuição),afirmaram-seapartirdaaprovaçãododecreto-lei n.o406/83,quealteroualeidedelimitaçãodesectores(lei n.o46/77)eabriuaocapitalprivadoabanca,osseguroseaproduçãoecomercializaçãodosadubosedocimento.Apermissãodeactividadesprivadasnabancaeseguros,eosubsequentepro-cessodeprivatizações,permitiram-lhesapropriar-seabaixocustodasempresasesectoresmaisrentáveisdosectorempresarialdoEstadoeaabsorçãodepartesignificativadosfundoscomunitários,numimparávelebrutalprocessodecentralizaçãoeconcentraçãodecapitais.
Sónosúltimosseisanos,enquantoopaísseafundavanacriseeconómicaesocial,oslucrosobtidospelosseguintesgrandesgru-pos:PT,EDP,REN,Galp,Zon,BCP,BES,BPI,Santander/Totta,Cimpor,Secil,Portucel,Brisa;equivaleramaovalorqueoEstadoarrecadoucomtodasasprivatizaçõesefectuadasdesde1989.
Osnovosgruposreconstituídoseemergentesdesembaraça-ram-se,compoucasexcepções,deempresasindustriaisquelhesforampararàmãopelasprivatizações,querliquidando-aspuraesimplesmente(construçãonaval,químicadebase,metalomecâ-nicapesada),quervendendo-ascomgrossosproventosaocapital
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estrangeiro(Tabaqueira,Sorefame,entreoutras).Emmedidasignificativa,desindustrializaramopaís.
Esta«especialização»económica,comorefúgioemáreasinicialmentemenosexpostasaoriscoeàconcorrênciaexterior,comênfaseemactividadescomerciaisefinanceiras,permitiu-lhesprosseguirdeformaseguraaacumulaçãodecapital,àcustadasclasseslaboriosas,dasmicro,pequenasemédiasempresas(MPME)edossectoresprodutivos.
Osgruposeconómicosmonopolistas,profundamenteancora-dosnosectorfinanceiro,constituemobjectivamenteumobstáculoaocrescimentoeconómicoeàcapacidadeprodutivanacional.Pelasuanaturezaedomíniomonopolistasobreosmercadosprovocamestrangulamentosecondicionamentosdiversossobreaproduçãoe as MPME.
Pelo seu domínio e absorção, deslocam e subtraem ao sector produtivoeàsMPMEgrandepartedasdisponibilidadesnacionaisparainvestimento.
Peloseupesodeterminantenosectorfinanceiroenasorien-taçõesestratégicasdocrédito,pelasprópriaspolíticasdeinvesti-mentoexigindoaltasrendibilidades,pelasuainfluênciadecisivanafixaçãopelopoderpolíticodasgrandesdirecçõesdoinvestimentopúblico,constituemumelementodeterminantenoníveleorien-taçãodoinvestimentoemPortugal.Quecanalizamparaaespecu-laçãobolsistaeimobiliária,colocando-onoexterior(off-shores) eprivilegiandoocapitalmultinacional.Ouque,pordiversasecomplementaresvias,retiramdocircuitodoinvestimentopúbli-co,eespecialmentedoinvestimentoprodutivo,comonocasodefundoscomunitários.
a banca, comercial e de investimento, tem constituído, não um factordedinamizaçãodaproduçãonacionaledaeconomia,masumfactordeestrangulamentoedefinhamentodemuitasMPME,praticamentedesdemeadosdadécadade80doséculopassado,quandocomeçouaserprivatizada.Pelasdificuldadesdeacessoaocrédito,aselevadíssimastaxasdejuroparaasmicroemesmopequenasempresas,osabusosdoscustosdosserviçosbancários,entre vários outros condicionalismos. Por outro lado, com o arrimo dosgovernos,abancaé,emcertassituações,umdestacadoagente
doapoioatentativasdemonopolizaçãodeactividadesindustriais,comonocasodasproduçõesparaalgumasenergiasrenováveis.
Naactividadeseguradora,sãoconhecidas,entreoutras,asdificuldadessentidaspormuitasPMEnaobtençãodeseguros decréditoàexportação,paraalémdospreçosdossegurosemgeral.
Nodomíniodeutilizaçãodaenergia,sãoparticularmenteospreçosdasdiversasformasdeenergiaqueretiramcompetitividadeàsempresasdealgunssectoresindustriais.Noscasosdaelectri-cidadeedogásnatural,emborapresentementeestejamabaixodamédiaeuropeia,ospreçoscontinuamaapresentarproblemasdecompetitividade,emconfrontocomalgunspaísescomoaEspanha.Noscombustíveislíquidos,osacréscimosdepreçoemrelaçãoamuitospaísesdaUE,decorrentesdaexistênciadeuminiludíveloligopólio,tornam-seintoleráveisparaamanutençãodacompetiti-vidade,nomeadamentedossistemasdetransportesacimaeabaixodemuitasactividadesprodutivas.
Nastelecomunicaçõesfixasemóveis,sãoospróprioslucrosdesmesuradosdasempresasconcessionadasqueasseguramqueoutrastarifasmaisacessíveispoderiamserpraticadasparaasempresasefamílias.
Notransportedemercadorias,osmaioresproblemasão,nomeadamente,atotaldependênciadeempresasestrangeirasnotransportemarítimodemercadoriasdeeparaopaís,noquadrodeumareduzidacapacidadenegocialrelativamenteaopreçodosfretes,eamuitoinsuficientecapacidadedotransporteferroviáriodemercadorias,queoneraafracçãotransportesnosgastosdasempresas,dadososcustosmaisaltosdomodorodoviário.
Aestruturamonopolistadosmercadosedotecidoeconómico,resultadodapresençadosgruposeconómicos,temconsequênciasparticularmentedevastadorasparaasMPME.Aimposiçãodepreçosmonopolistasdebenseserviços(factoresdeprodução).Aimposiçãodecondiçõesruinosas(prazosdepagamento,ex-torsãoeesmagamentodemargens,exigênciaadiversostítulosdefornecimentosgratuitos,etc.)epreçosoligopsónicosaosseusfornecedores(preçosimpostospeloreduzidonúmerodegrandescompradoresàmassadefornecedores).Abusosdeposiçãodomi-
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estrangeiro(Tabaqueira,Sorefame,entreoutras).Emmedidasignificativa,desindustrializaramopaís.
Esta«especialização»económica,comorefúgioemáreasinicialmentemenosexpostasaoriscoeàconcorrênciaexterior,comênfaseemactividadescomerciaisefinanceiras,permitiu-lhesprosseguirdeformaseguraaacumulaçãodecapital,àcustadasclasseslaboriosas,dasmicro,pequenasemédiasempresas(MPME)edossectoresprodutivos.
Osgruposeconómicosmonopolistas,profundamenteancora-dosnosectorfinanceiro,constituemobjectivamenteumobstáculoaocrescimentoeconómicoeàcapacidadeprodutivanacional.Pelasuanaturezaedomíniomonopolistasobreosmercadosprovocamestrangulamentosecondicionamentosdiversossobreaproduçãoe as MPME.
Pelo seu domínio e absorção, deslocam e subtraem ao sector produtivoeàsMPMEgrandepartedasdisponibilidadesnacionaisparainvestimento.
Peloseupesodeterminantenosectorfinanceiroenasorien-taçõesestratégicasdocrédito,pelasprópriaspolíticasdeinvesti-mentoexigindoaltasrendibilidades,pelasuainfluênciadecisivanafixaçãopelopoderpolíticodasgrandesdirecçõesdoinvestimentopúblico,constituemumelementodeterminantenoníveleorien-taçãodoinvestimentoemPortugal.Quecanalizamparaaespecu-laçãobolsistaeimobiliária,colocando-onoexterior(off-shores) eprivilegiandoocapitalmultinacional.Ouque,pordiversasecomplementaresvias,retiramdocircuitodoinvestimentopúbli-co,eespecialmentedoinvestimentoprodutivo,comonocasodefundoscomunitários.
a banca, comercial e de investimento, tem constituído, não um factordedinamizaçãodaproduçãonacionaledaeconomia,masumfactordeestrangulamentoedefinhamentodemuitasMPME,praticamentedesdemeadosdadécadade80doséculopassado,quandocomeçouaserprivatizada.Pelasdificuldadesdeacessoaocrédito,aselevadíssimastaxasdejuroparaasmicroemesmopequenasempresas,osabusosdoscustosdosserviçosbancários,entre vários outros condicionalismos. Por outro lado, com o arrimo dosgovernos,abancaé,emcertassituações,umdestacadoagente
doapoioatentativasdemonopolizaçãodeactividadesindustriais,comonocasodasproduçõesparaalgumasenergiasrenováveis.
Naactividadeseguradora,sãoconhecidas,entreoutras,asdificuldadessentidaspormuitasPMEnaobtençãodeseguros decréditoàexportação,paraalémdospreçosdossegurosemgeral.
Nodomíniodeutilizaçãodaenergia,sãoparticularmenteospreçosdasdiversasformasdeenergiaqueretiramcompetitividadeàsempresasdealgunssectoresindustriais.Noscasosdaelectri-cidadeedogásnatural,emborapresentementeestejamabaixodamédiaeuropeia,ospreçoscontinuamaapresentarproblemasdecompetitividade,emconfrontocomalgunspaísescomoaEspanha.Noscombustíveislíquidos,osacréscimosdepreçoemrelaçãoamuitospaísesdaUE,decorrentesdaexistênciadeuminiludíveloligopólio,tornam-seintoleráveisparaamanutençãodacompetiti-vidade,nomeadamentedossistemasdetransportesacimaeabaixodemuitasactividadesprodutivas.
Nastelecomunicaçõesfixasemóveis,sãoospróprioslucrosdesmesuradosdasempresasconcessionadasqueasseguramqueoutrastarifasmaisacessíveispoderiamserpraticadasparaasempresasefamílias.
Notransportedemercadorias,osmaioresproblemasão,nomeadamente,atotaldependênciadeempresasestrangeirasnotransportemarítimodemercadoriasdeeparaopaís,noquadrodeumareduzidacapacidadenegocialrelativamenteaopreçodosfretes,eamuitoinsuficientecapacidadedotransporteferroviáriodemercadorias,queoneraafracçãotransportesnosgastosdasempresas,dadososcustosmaisaltosdomodorodoviário.
Aestruturamonopolistadosmercadosedotecidoeconómico,resultadodapresençadosgruposeconómicos,temconsequênciasparticularmentedevastadorasparaasMPME.Aimposiçãodepreçosmonopolistasdebenseserviços(factoresdeprodução).Aimposiçãodecondiçõesruinosas(prazosdepagamento,ex-torsãoeesmagamentodemargens,exigênciaadiversostítulosdefornecimentosgratuitos,etc.)epreçosoligopsónicosaosseusfornecedores(preçosimpostospeloreduzidonúmerodegrandescompradoresàmassadefornecedores).Abusosdeposiçãodomi-
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nanteededependênciaeconómica,totalmenteàmargemdasleisdaconcorrênciaemvigor,semqueaautoridadedaconcorrêncialhesponhacobro.Exclusãoediscriminaçõesfaceaoscanaisprivilegiadosdeimportaçãodeprodutosestrangeiros,comonagrandedistribuição.
Agravidadedasituaçãoeopapelpredadordosgruposmono-polistassobreariquezacriadanaspequenasempresasenossectoresprodutivossãohojebemconhecidos.Conhece-sebemoesbulhodastaxasdejuroecomissõesimpostaspelosmonopolistasdabancaedosseguros.Osproprietáriosdeoficinasdereparaçãoautomóvelouaspequenasempresasdereboqueedesempana-gemconhecembemasimposiçõesdascompanhiasdeseguros.Ocomérciodeproximidadeconhecebemopodermonopolistaavassalador,económicoepolítico,dasgrandescadeiasdedistri-buição,sejamelasportuguesas(SonaeouJerónimoMartins)ouestrangeiras(Auchaneoutras).Osfornecedoresdaagriculturaeindústriaaessesgrupostambémconhecembemascondições«leoninas»quelhessãoimpostasnavendadasuaprodução. Ospequenosemédiosprodutoresflorestaissabemopreçoquetemcustadoàflorestaportuguesaaexistênciadetrês,eagoradois,grandesgruposdecelulose,quedominamomercadodasmadeirasedeterminamosseuspreços.Ospequenosempresáriosdaconstruçãocivilconhecemopesodosgruposdocimentonasuaactividade.Ospostosindependentesdecombustíveisconhecemoesmagamentodemargenseascondiçõesimpostaspelostrêsgros-sistasdosector(Galp,BPeRepsol).EtodasasempresassuportamoscustosdafortemonopolizaçãodosectordaenergiapelaEDP,dogásecombustíveispelaGalp,dastelecomunicaçõespelaPT,OptimuseVodafone,edotransporteporauto-estrada(portagens)pelaBrisaeAscendi(ex-Aenor).
Mesmoempresasdosectorpúblico,comoaCaixaGeraldeDepósitos,ouqueaindatêmforteinfluênciadoEstadofuncionamemplágiodasempresasprivadas,alinhandonumaintervençãomonopolística,impondopreços,sonegandomargens,açambar-candoemanipulandomercados,violandoasregrasdeconcor-rência,usandooseupesoeconómicoepolíticoparaesmagaremeobteremleisemeiosfinanceirosdoEstado,queassimabdica
dopoderreguladorepedagógicoqueessasempresaspoderiamter,incluindonamelhoriadacompetitividadedasempresasnacionais.
Osgruposmonopolistastambémbloqueiamodesenvolvimentonacionalpelasualigaçãoesubordinaçãoaocapitalestrangeiro.Umacaracterísticaestruturaldasuagéneseeevolução,talcomoemgeraldograndecapitalnacional,nascondiçõesdarecuperaçãocapitalistaeimperialistafoieéasuaestreitaassociaçãoaograndecapitalestrangeiro,aocapitaltransnacional.
3.5—Capitalestrangeiro
Ocapitalestrangeirotem,nosanosrecentes,de2005a2007(últimosdadosdisponíveis),umapresençasignificativaecrescenteemPortugal,nomeadamentenaindústria.Em2007,existiamnopaís5075filiaisdeempresasestrangeiras,querepresentavamapenas0,5%donúmerototaldasempresasnãofinanceiras(1,4%dassociedadesnãofinanceiras),masqueeramresponsáveispor17,5%dovaloracrescentadobruto,15,4%doinvestimentoembenscorpóreos,29,8%dasdespesasinternaseminvestigaçãoedesenvolvimento,19,5%dovolumedenegóciose7,6%doem-pregogeradosportodasestasempresas.Naindústriacontribuíamcomcercadeumquarto(23,9%)paraoproduto.Estasfiliaistêmdimensãoeprodutividadebastantesuperioresàsmédiasdasso-ciedadesportuguesas.Em2007,doisterçostinhamoscentrosdedecisãonaUE,masgeravamtrêsquartosdovaloracrescentadobrutodetodasasfiliaisnãofinanceiras,comaEspanhaalideraraorigemdoscapitaisinvestidos,seguidadaHolanda,Alemanha,EUAeFrança.
Masocapitalestrangeironãosereduzapenasàsuaexpres-sãoabertadefiliaisdeempresasestrangeiras.Estáescondidoeencostadoaosgruposportuguesesnocapitalsocialdasgrandesempresasdesectoresestratégicos,aparentementedebasenacio-nal,como,entreoutros,abanca,aenergiaeastelecomunicações,avaliandoalgunsespecialistasquedeterájácercademetadedosseus activos.
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nanteededependênciaeconómica,totalmenteàmargemdasleisdaconcorrênciaemvigor,semqueaautoridadedaconcorrêncialhesponhacobro.Exclusãoediscriminaçõesfaceaoscanaisprivilegiadosdeimportaçãodeprodutosestrangeiros,comonagrandedistribuição.
Agravidadedasituaçãoeopapelpredadordosgruposmono-polistassobreariquezacriadanaspequenasempresasenossectoresprodutivossãohojebemconhecidos.Conhece-sebemoesbulhodastaxasdejuroecomissõesimpostaspelosmonopolistasdabancaedosseguros.Osproprietáriosdeoficinasdereparaçãoautomóvelouaspequenasempresasdereboqueedesempana-gemconhecembemasimposiçõesdascompanhiasdeseguros.Ocomérciodeproximidadeconhecebemopodermonopolistaavassalador,económicoepolítico,dasgrandescadeiasdedistri-buição,sejamelasportuguesas(SonaeouJerónimoMartins)ouestrangeiras(Auchaneoutras).Osfornecedoresdaagriculturaeindústriaaessesgrupostambémconhecembemascondições«leoninas»quelhessãoimpostasnavendadasuaprodução. Ospequenosemédiosprodutoresflorestaissabemopreçoquetemcustadoàflorestaportuguesaaexistênciadetrês,eagoradois,grandesgruposdecelulose,quedominamomercadodasmadeirasedeterminamosseuspreços.Ospequenosempresáriosdaconstruçãocivilconhecemopesodosgruposdocimentonasuaactividade.Ospostosindependentesdecombustíveisconhecemoesmagamentodemargenseascondiçõesimpostaspelostrêsgros-sistasdosector(Galp,BPeRepsol).EtodasasempresassuportamoscustosdafortemonopolizaçãodosectordaenergiapelaEDP,dogásecombustíveispelaGalp,dastelecomunicaçõespelaPT,OptimuseVodafone,edotransporteporauto-estrada(portagens)pelaBrisaeAscendi(ex-Aenor).
Mesmoempresasdosectorpúblico,comoaCaixaGeraldeDepósitos,ouqueaindatêmforteinfluênciadoEstadofuncionamemplágiodasempresasprivadas,alinhandonumaintervençãomonopolística,impondopreços,sonegandomargens,açambar-candoemanipulandomercados,violandoasregrasdeconcor-rência,usandooseupesoeconómicoepolíticoparaesmagaremeobteremleisemeiosfinanceirosdoEstado,queassimabdica
dopoderreguladorepedagógicoqueessasempresaspoderiamter,incluindonamelhoriadacompetitividadedasempresasnacionais.
Osgruposmonopolistastambémbloqueiamodesenvolvimentonacionalpelasualigaçãoesubordinaçãoaocapitalestrangeiro.Umacaracterísticaestruturaldasuagéneseeevolução,talcomoemgeraldograndecapitalnacional,nascondiçõesdarecuperaçãocapitalistaeimperialistafoieéasuaestreitaassociaçãoaograndecapitalestrangeiro,aocapitaltransnacional.
3.5—Capitalestrangeiro
Ocapitalestrangeirotem,nosanosrecentes,de2005a2007(últimosdadosdisponíveis),umapresençasignificativaecrescenteemPortugal,nomeadamentenaindústria.Em2007,existiamnopaís5075filiaisdeempresasestrangeiras,querepresentavamapenas0,5%donúmerototaldasempresasnãofinanceiras(1,4%dassociedadesnãofinanceiras),masqueeramresponsáveispor17,5%dovaloracrescentadobruto,15,4%doinvestimentoembenscorpóreos,29,8%dasdespesasinternaseminvestigaçãoedesenvolvimento,19,5%dovolumedenegóciose7,6%doem-pregogeradosportodasestasempresas.Naindústriacontribuíamcomcercadeumquarto(23,9%)paraoproduto.Estasfiliaistêmdimensãoeprodutividadebastantesuperioresàsmédiasdasso-ciedadesportuguesas.Em2007,doisterçostinhamoscentrosdedecisãonaUE,masgeravamtrêsquartosdovaloracrescentadobrutodetodasasfiliaisnãofinanceiras,comaEspanhaalideraraorigemdoscapitaisinvestidos,seguidadaHolanda,Alemanha,EUAeFrança.
Masocapitalestrangeironãosereduzapenasàsuaexpres-sãoabertadefiliaisdeempresasestrangeiras.Estáescondidoeencostadoaosgruposportuguesesnocapitalsocialdasgrandesempresasdesectoresestratégicos,aparentementedebasenacio-nal,como,entreoutros,abanca,aenergiaeastelecomunicações,avaliandoalgunsespecialistasquedeterájácercademetadedosseus activos.
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Arelevantepresença,autónomaouarticuladacomocapitalnacional,docapitalestrangeirooriginainevitavelmenteumaelevadadrenagemparaoexteriorderiquezacáproduzida,malcompensadapelosrendimentosdecapitalprovenientesdoin-vestimentoportuguêsnoestrangeiro.OcapitalestrangeiroemPortugalreduzorendimentonacionaldisponível,omercadodecapitaisparainvestimentoereinvestimento,fogedoinvestimentoderaiz,chegaadestruiractividadesprodutivas,interessando-seapenaspelaclientela,acarteiradeencomendaseoscircuitosdecomercialização,assentademasiadamentenamão-de-obrabarataenosapoiospúblicos,modelandonegativamenteoperfildees-pecializaçãodopaísesubvertendoagestãodefundos,transfereparaforacentrosdedecisão,favorecendoocomandodesectoreseempresasestratégicassegundoosplanoseasconveniênciasdas«empresasmãe»,dassociedadesgestorasdeparticipaçõessociaisdocapitalmultinacional.AsdeslocalizaçõesdeempresasmultinacionaisdePortugaltêmconstituídoumelementocentraldeperdadeunidadesesectoresindustriais,apardoaltodesem-pregoprovocadoedoselevadoscustostransferidosparaosistemapúblicodasegurançasocial.
Nãosepodedizerqueoinvestimentodirectoestrangeiro tenhacontribuídodecisivamenteparaadifusãoegeneralizaçãodetecnologiasedetécnicasdeorganizaçãoegestãomaisavançadas,ouparaaincorporaçãodeterminantedeinvestigaçãoedesen-volvimentonaactividadeprodutivanacional,semnegarqueasfiliaisestrangeirastenham,nestescampos,umpapelemgeralmaisdestacadocomparadocomamédiadassociedadesportuguesas.Masoefeitodedemonstraçãoéescasso,muitosegmentadodentrodascadeiasdeproduçãodasmultinacionais,poucoassimiladopeloconjuntodaindústrianacionalefrequentementeperdidocomaliquidaçãoeretiradadoinvestimento.Oefeitonasexportaçõesenabalançacomercialéconsiderável,bastandorepararnaAuto-europa,comumpesoexcessivonasexportaçõesebeneficiada comapoiospúblicosnuncarevelados.Mas,numaapreciaçãoglobal,boapartedoinvestimentodirectoestrangeiropoderia sersubstituídocomvantagenspeloinvestimentonacional.Oinvestimentoestrangeiroéespecialmentenefastoquando,em
vezdeatenuar,agravadependênciaseatrasosestruturaisdopaís.
3.6—UniãoEuropeia:políticasecondicionantes
AUEtemtidodesdeoinícioumpapelabsolutamentedeter-minantenafragilizaçãoedestruiçãodeimportantessegmentosdotecidoprodutivonacional.
AintegraçãocomunitáriainiciadacomaadesãoàCEEem1986eprosseguidacomsucessivossaltosqualitativosdeapro-fundamentoealargamento,configuradoseconsolidadosemsu-cessivasrevisõesdostratados,determinaumadivisãocomunitáriadotrabalhointeiramentedesfavorávelaPortugal,queaspolíticasinternasderecuperaçãocapitalistaelatifundistaagravam.
Aintegraçãodomercadonacionalnomercadoúnico,aqueoeuroveiodarfluidez,podeserdescritacomooembatedapaneladebarrodanossaprodução,comapaneladeferrodeeconomiascompoderosasestruturasprodutivaseelevadasprodutividades.Nãofoiomercadode300milhõesdeconsumidores(hojecercade500milhões)queosadvogadosdaadesãoprometiamàproduçãonacional,masainvasãodomercadonacionalpelaproduçãodaseconomiasmaisfortesoumaispróximas,comoasdeEspanha,AlemanhaeFrança.Opaísficourestringidoaproduçõesdebaixovaloracrescentadoouaproduçõesmarginais.
Aspolíticascomunsnaspescas,naagriculturaenocomércioexterioreassuasreformas,noarticuladoenasconsequênciaspráticas,foramsemprecontráriasaointeressenacional.
AconduçãodapolíticadocomércioexternodaUEsegundoosinteressesdasgrandespotências,naorganizaçãomundialdocomércio ou em acordos multilaterais (como no caso do acordo multifibras,ruinosoparaostêxteisevestuárionacionais),sempreutilizandoascedênciasnossectoresdaspescas,agricultura,têxteiseoutrosanálogoscomomoedadetroca,agravouasobrevivênciaatédossectoresdebaixaeficiênciaemqueopaísseaquartelara.
Auniãoeconómicaemonetária,oeuroeopactodeestabilida-devieramnaprimeiradécadadesteséculoampliareintensificaros
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Arelevantepresença,autónomaouarticuladacomocapitalnacional,docapitalestrangeirooriginainevitavelmenteumaelevadadrenagemparaoexteriorderiquezacáproduzida,malcompensadapelosrendimentosdecapitalprovenientesdoin-vestimentoportuguêsnoestrangeiro.OcapitalestrangeiroemPortugalreduzorendimentonacionaldisponível,omercadodecapitaisparainvestimentoereinvestimento,fogedoinvestimentoderaiz,chegaadestruiractividadesprodutivas,interessando-seapenaspelaclientela,acarteiradeencomendaseoscircuitosdecomercialização,assentademasiadamentenamão-de-obrabarataenosapoiospúblicos,modelandonegativamenteoperfildees-pecializaçãodopaísesubvertendoagestãodefundos,transfereparaforacentrosdedecisão,favorecendoocomandodesectoreseempresasestratégicassegundoosplanoseasconveniênciasdas«empresasmãe»,dassociedadesgestorasdeparticipaçõessociaisdocapitalmultinacional.AsdeslocalizaçõesdeempresasmultinacionaisdePortugaltêmconstituídoumelementocentraldeperdadeunidadesesectoresindustriais,apardoaltodesem-pregoprovocadoedoselevadoscustostransferidosparaosistemapúblicodasegurançasocial.
Nãosepodedizerqueoinvestimentodirectoestrangeiro tenhacontribuídodecisivamenteparaadifusãoegeneralizaçãodetecnologiasedetécnicasdeorganizaçãoegestãomaisavançadas,ouparaaincorporaçãodeterminantedeinvestigaçãoedesen-volvimentonaactividadeprodutivanacional,semnegarqueasfiliaisestrangeirastenham,nestescampos,umpapelemgeralmaisdestacadocomparadocomamédiadassociedadesportuguesas.Masoefeitodedemonstraçãoéescasso,muitosegmentadodentrodascadeiasdeproduçãodasmultinacionais,poucoassimiladopeloconjuntodaindústrianacionalefrequentementeperdidocomaliquidaçãoeretiradadoinvestimento.Oefeitonasexportaçõesenabalançacomercialéconsiderável,bastandorepararnaAuto-europa,comumpesoexcessivonasexportaçõesebeneficiada comapoiospúblicosnuncarevelados.Mas,numaapreciaçãoglobal,boapartedoinvestimentodirectoestrangeiropoderia sersubstituídocomvantagenspeloinvestimentonacional.Oinvestimentoestrangeiroéespecialmentenefastoquando,em
vezdeatenuar,agravadependênciaseatrasosestruturaisdopaís.
3.6—UniãoEuropeia:políticasecondicionantes
AUEtemtidodesdeoinícioumpapelabsolutamentedeter-minantenafragilizaçãoedestruiçãodeimportantessegmentosdotecidoprodutivonacional.
AintegraçãocomunitáriainiciadacomaadesãoàCEEem1986eprosseguidacomsucessivossaltosqualitativosdeapro-fundamentoealargamento,configuradoseconsolidadosemsu-cessivasrevisõesdostratados,determinaumadivisãocomunitáriadotrabalhointeiramentedesfavorávelaPortugal,queaspolíticasinternasderecuperaçãocapitalistaelatifundistaagravam.
Aintegraçãodomercadonacionalnomercadoúnico,aqueoeuroveiodarfluidez,podeserdescritacomooembatedapaneladebarrodanossaprodução,comapaneladeferrodeeconomiascompoderosasestruturasprodutivaseelevadasprodutividades.Nãofoiomercadode300milhõesdeconsumidores(hojecercade500milhões)queosadvogadosdaadesãoprometiamàproduçãonacional,masainvasãodomercadonacionalpelaproduçãodaseconomiasmaisfortesoumaispróximas,comoasdeEspanha,AlemanhaeFrança.Opaísficourestringidoaproduçõesdebaixovaloracrescentadoouaproduçõesmarginais.
Aspolíticascomunsnaspescas,naagriculturaenocomércioexterioreassuasreformas,noarticuladoenasconsequênciaspráticas,foramsemprecontráriasaointeressenacional.
AconduçãodapolíticadocomércioexternodaUEsegundoosinteressesdasgrandespotências,naorganizaçãomundialdocomércio ou em acordos multilaterais (como no caso do acordo multifibras,ruinosoparaostêxteisevestuárionacionais),sempreutilizandoascedênciasnossectoresdaspescas,agricultura,têxteiseoutrosanálogoscomomoedadetroca,agravouasobrevivênciaatédossectoresdebaixaeficiênciaemqueopaísseaquartelara.
Auniãoeconómicaemonetária,oeuroeopactodeestabilida-devieramnaprimeiradécadadesteséculoampliareintensificaros
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problemasexistentesnossectoresprodutivos,conduzindoaanosconsecutivosdedivergêncianaevoluçãodoPIBfaceàmédiadauE.
Oeuro,umamoedafortementevalorizadaesemqualquercor-respondênciacomaprodutividadedotecidoeconómicoportuguês,traduziu-senumfactordeperdasistemáticadecompetitividadedasnossasexportaçõesemesmonaconcorrênciadentrodonossomercado interno. Constituiu, simultaneamente, um instrumento de domíniodasgrandespotênciasdentrodaUE,impulsionadordoseuprópriocrescimentoeconómico,comonocasodaAlemanha,queatrelouàsustentaçãodosseusexcedentescomerciaisosdéficesdospaísesdaperiferia,nomeadamentedePortugal.
Opactodeestabilidade,pelaimposiçãodoschamadoscritériosdeconvergêncianominaldeMaastricht(ráciosdéficeorçamental/ /PIB,dívidapública/PIBetaxadeinflação),limitouecondicio-noufortementeoinstrumentoeconómicoefinanceirodagestãoorçamental,comnegativasconsequênciasaoníveldoinvestimen-topúblico(porexemploeminfra-estruturas,equipamentos,naeducação,formaçãoeinvestigação),eimpulsionouapolíticadeprivatizaçõesparaaobtençãodereceitasnavãtentativadeatenuaroburacosemfundodadívidapública.
Oreforçodosmecanismosfederalistas—especialmenteapartirdoTratadodeNiceesignificativamentefortalecidos noTratadodeLisboa(queentrouemvigora1deDezembrode2009)—entregaramosprocessosdedecisãocomunitáriaintei-ramentenasmãosdaAlemanhaeoutrasgrandespotências,nasalteraçõesdasregrasdevoto(possibilidadedaschamadasminoriasdebloqueioeperdadodireitodevetoporinvocaçãodeinteressevital),consolidaramapolíticacomercialexternacomopolíticacomumesobrevalorizaramasregrasdemercadoemdesfavordasolidariedadeedacoesãoeuropeias.
Osvolumesfinanceirosdosfundosestruturaiscomunitáriosforamimportantes,masnãosetrataramdeajudasdesinteressadas,nemdelongecompensaramasperdasnacionaiscomaintegraçãoirrestritanomercadoeuropeu,comossucessivosaprofundamen-tosdadesregulamentaçãoeliberalizaçãodestemercadoecomaintroduçãodoeuro.Paraalémdainjustaedesajustadautilização
pelossucessivosgovernos,boapartedosfundosretornaramaospaísesmaisricos,sejapelofinanciamentodirectoamultinacionaisaquipresentes,sejanaformadeimportaçõesdebenseserviçosqueofragilizadotecidoprodutivoportuguês,incapazdesuportaroembatedaconcorrênciaabertaeespezinhadopelaspolíticasnacionais,deixoudefornecer.
OsavançosqueesporadicamenteaUEproporcionouforamemmuitoscasosdestruídospelaprópriapolíticacomunitária. Éelucidativooexemplodabeterrabasacarina.CultivadahámuitonosAçores,sóemmeadosdosanos90seiniciouocultivonocontinente,quecresceuenormemente.Noentanto,comoresultadodaúltimareformadaorganizaçãocomumdemercadodoaçúcar(duranteoprimeirogovernoPS/Sócrates),Portugalviureduzidasubstancialmenteaquota,inviabilizandoaactividadeeatransfor-maçãodebeterrabanafábrica,hojereduzidaarefinarramasdecana-de-açúcarimportada.
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problemasexistentesnossectoresprodutivos,conduzindoaanosconsecutivosdedivergêncianaevoluçãodoPIBfaceàmédiadauE.
Oeuro,umamoedafortementevalorizadaesemqualquercor-respondênciacomaprodutividadedotecidoeconómicoportuguês,traduziu-senumfactordeperdasistemáticadecompetitividadedasnossasexportaçõesemesmonaconcorrênciadentrodonossomercado interno. Constituiu, simultaneamente, um instrumento de domíniodasgrandespotênciasdentrodaUE,impulsionadordoseuprópriocrescimentoeconómico,comonocasodaAlemanha,queatrelouàsustentaçãodosseusexcedentescomerciaisosdéficesdospaísesdaperiferia,nomeadamentedePortugal.
Opactodeestabilidade,pelaimposiçãodoschamadoscritériosdeconvergêncianominaldeMaastricht(ráciosdéficeorçamental/ /PIB,dívidapública/PIBetaxadeinflação),limitouecondicio-noufortementeoinstrumentoeconómicoefinanceirodagestãoorçamental,comnegativasconsequênciasaoníveldoinvestimen-topúblico(porexemploeminfra-estruturas,equipamentos,naeducação,formaçãoeinvestigação),eimpulsionouapolíticadeprivatizaçõesparaaobtençãodereceitasnavãtentativadeatenuaroburacosemfundodadívidapública.
Oreforçodosmecanismosfederalistas—especialmenteapartirdoTratadodeNiceesignificativamentefortalecidos noTratadodeLisboa(queentrouemvigora1deDezembrode2009)—entregaramosprocessosdedecisãocomunitáriaintei-ramentenasmãosdaAlemanhaeoutrasgrandespotências,nasalteraçõesdasregrasdevoto(possibilidadedaschamadasminoriasdebloqueioeperdadodireitodevetoporinvocaçãodeinteressevital),consolidaramapolíticacomercialexternacomopolíticacomumesobrevalorizaramasregrasdemercadoemdesfavordasolidariedadeedacoesãoeuropeias.
Osvolumesfinanceirosdosfundosestruturaiscomunitáriosforamimportantes,masnãosetrataramdeajudasdesinteressadas,nemdelongecompensaramasperdasnacionaiscomaintegraçãoirrestritanomercadoeuropeu,comossucessivosaprofundamen-tosdadesregulamentaçãoeliberalizaçãodestemercadoecomaintroduçãodoeuro.Paraalémdainjustaedesajustadautilização
pelossucessivosgovernos,boapartedosfundosretornaramaospaísesmaisricos,sejapelofinanciamentodirectoamultinacionaisaquipresentes,sejanaformadeimportaçõesdebenseserviçosqueofragilizadotecidoprodutivoportuguês,incapazdesuportaroembatedaconcorrênciaabertaeespezinhadopelaspolíticasnacionais,deixoudefornecer.
OsavançosqueesporadicamenteaUEproporcionouforamemmuitoscasosdestruídospelaprópriapolíticacomunitária. Éelucidativooexemplodabeterrabasacarina.CultivadahámuitonosAçores,sóemmeadosdosanos90seiniciouocultivonocontinente,quecresceuenormemente.Noentanto,comoresultadodaúltimareformadaorganizaçãocomumdemercadodoaçúcar(duranteoprimeirogovernoPS/Sócrates),Portugalviureduzidasubstancialmenteaquota,inviabilizandoaactividadeeatransfor-maçãodebeterrabanafábrica,hojereduzidaarefinarramasdecana-de-açúcarimportada.
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CapítuloIVRecursos nacionais
Portugalnãoéumpaíspobre.Temrecursoshumanosemate-riaiscomosquaispoderáenfrentarasdificuldades.
4.1—Recursoshumanos
Oelevadoníveldedesempregoconstituiumgigantescodes-perdíciodamaiorriquezanacional:ascapacidadesintelectuaisefísicasdosseustrabalhadores.Chegaaserrisívelouvirosrepre-sentantesdagrandeburguesia,naconfusãotípicaentreosseusinte-ressespróprioseointeressenacional,fazeremascontasàriquezaperdidapelopaísnosdiasdegrevesdostrabalhadoresepassarememsilêncioariquezaqueopaísperdepormanterparadosmaisdeummilhãodetrabalhadoresaolongodoano(incluindoinactivosdisponíveisedesencorajadoseosubempregovisível).
Aescolaridadeeasqualificaçõesdostrabalhadoresportugue-sestêmmelhorado,massãofracascomparadascomamédiadauE.
Porexemplo,em2010,ostrabalhadoresassalariadosemprega-dos,dos25aos64anos,quecompletaramnomáximoo3.o ciclo, eramemPortugal60,3%dototaldosassalariadosempregados,enquantoamédianaUEerade19,5%;inversamente,osquecompletaramosecundário(incluindoaquelesquecompletaramensinopós-secundárionãosuperior)eramemPortugal19,9%do
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CapítuloIVRecursos nacionais
Portugalnãoéumpaíspobre.Temrecursoshumanosemate-riaiscomosquaispoderáenfrentarasdificuldades.
4.1—Recursoshumanos
Oelevadoníveldedesempregoconstituiumgigantescodes-perdíciodamaiorriquezanacional:ascapacidadesintelectuaisefísicasdosseustrabalhadores.Chegaaserrisívelouvirosrepre-sentantesdagrandeburguesia,naconfusãotípicaentreosseusinte-ressespróprioseointeressenacional,fazeremascontasàriquezaperdidapelopaísnosdiasdegrevesdostrabalhadoresepassarememsilêncioariquezaqueopaísperdepormanterparadosmaisdeummilhãodetrabalhadoresaolongodoano(incluindoinactivosdisponíveisedesencorajadoseosubempregovisível).
Aescolaridadeeasqualificaçõesdostrabalhadoresportugue-sestêmmelhorado,massãofracascomparadascomamédiadauE.
Porexemplo,em2010,ostrabalhadoresassalariadosemprega-dos,dos25aos64anos,quecompletaramnomáximoo3.o ciclo, eramemPortugal60,3%dototaldosassalariadosempregados,enquantoamédianaUEerade19,5%;inversamente,osquecompletaramosecundário(incluindoaquelesquecompletaramensinopós-secundárionãosuperior)eramemPortugal19,9%do
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total,enquantoamédianaUEerade48,9%;eosquecompletaramoensinosuperioreramemPortugal19,9%dototal,enquantoamédianaUEerade31,4%.
Masasituaçãoébempiornocasodopatronato.Nosfinaisde2009,ospatrõesemPortugalquetinhamnomáximoo3.o ciclo eram71,7%dototal,osquetinhamcompletadoosecundário(masnãoosuperior)eramapenas12,2%eosquetinhamcompletadoosuperior16,0%.
AcomparaçãodasituaçãodaeducaçãoentrePortugaleaUEdáumaideiadoesforçodemelhoriadascompetênciasnecessáriasaodesenvolvimentoeconómicoesocialqueoensinopúblicoéchamadoaconcretizar.
Porexemplo,em2010,aspercentagensdapopulação,dos15aos74anos,quetinhacompletadooensinosecundário(masnãoosuperior)eoensinosuperior,eram,respectivamente,de17,1%e12,7%emPortugalede44,4%e21,5%naUE.Comamaiorescolaridadedasnovasgerações,ofossotemdiminuído:noanode2009,aspercentagensdejovens,dos25aos34anos,quetinhamcompletadoosecundário(masnãoosuperior)eoensinosuperior,eram,respectivamente,de24,9%e23,3%emPortugalede47,9%e32,3%naUE.
Masaqualificaçãonãochega.Éprecisoquepossaserutilizada.Acadavezmaiorquantidadedediplomadosdoensinosuperiordesempregados,subempregadosouatrabalharinvoluntariamenteemáreassemqualquerrelaçãocomaformaçãorecebida,paraalémdomassivodesaproveitamentodevocações,formações,qualifica-çõesesaberes,éumsintomadedesajustesedisfuncionalidadesdeumsistemaeducativo,públicoeprivado,orientadoparaabastecerummercadodetrabalhoprofundamentemoldadoeremodeladoàmedidadasnecessidadesdeacumulaçãodograndecapital(quetambémprecisa,parareduzircustossalariaiseaumentaroslucros,dedesempregodeforçadetrabalhoqualificada),emvezdenortea-dopelasatisfaçãodasnecessidadesdedesenvolvimentodopaís.
Várioscursosdepós-graduaçãoedeformaçãoprofissionalnãosãomaisdoqueatentativainglóriadecorrigiratravésdaescolaedosinstitutososerrosdeorientaçãoeducativaeformadoradaprópriaescolaeinstitutos.
Naáreadaciênciaetecnologia,crucialparaamelhoriadaprodutividadenaindústriaenaeconomia,apesardosprogressos,Portugaltambémnãosaifavorecidonacomparaçãocomamédiadoespaçoeconómicoemqueestáintegrado.
Apercentagemdetrabalhadoresdaciênciaetecnologia,simul-taneamentecomeducaçãosuperioreocupaçãoprofissionalnaárea,nototaldoempregoera,em2008,de19,0%naUE,masapenas12,6%emPortugal.Nãoobstante,Portugaltemvindoarecuperardoatraso:de2003a2008,ataxadecrescimentoanualmédiodosseusrecursoshumanosnestaáreafoide6,3%,bemacimadocres-cimentomédiodaUE,de3,3%.Nesteperíodo,PortugalfoiumdospaísesdaUEemquemaiscresceuopesodostrabalhadoresdoconhecimentoaltamentequalificadosnototaldaforçadetrabalho,masháquelevaremcontaomuitofracopontodepartida.
4.2 — Recursos naturais
Emboranãosejacondiçãonecessáriaparaaprodução,aexis-têncianoterritórioderecursosnaturaisutilizáveisconstituiumavantagemestratégicaque,devidamenteaproveitada,podegarantiraprovisionamentos,diminuirencargoscomtransportesepromovero desenvolvimento.
Portugaltemdiversificadosrecursosnaturais,designadamentedomar,rios,estuáriosealbufeiras—pesqueiros,minerais,ener-géticos,entreoutros;dosolo—agrícolaseflorestais;dosub- solo—minerais,rochasornamentaiseindustriais,águas;eener-géticos.Queruns,queroutros,apresentamcaracterísticasquan-titativasequalitativasqueostornamcapazesdeabastecerumavastagamadeactividadestransformadorascriadorasderiqueza,paraalémdacriadanosprópriosprocessosdeexploraçãodessesrecursos.
Anívelagrícola,Portugalapresenta,mesmonasactuaiscir-cunstâncias,excelentescondiçõesparaasproduçõeshortícola,devinho,frutícola,deazeitona,dearroz,deleite,deovosedediver-sascarnes,entreoutrasmenosimportantes.Paraalémdestas,compolíticasadequadas,podemserincrementadasasproduçõesde
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total,enquantoamédianaUEerade48,9%;eosquecompletaramoensinosuperioreramemPortugal19,9%dototal,enquantoamédianaUEerade31,4%.
Masasituaçãoébempiornocasodopatronato.Nosfinaisde2009,ospatrõesemPortugalquetinhamnomáximoo3.o ciclo eram71,7%dototal,osquetinhamcompletadoosecundário(masnãoosuperior)eramapenas12,2%eosquetinhamcompletadoosuperior16,0%.
AcomparaçãodasituaçãodaeducaçãoentrePortugaleaUEdáumaideiadoesforçodemelhoriadascompetênciasnecessáriasaodesenvolvimentoeconómicoesocialqueoensinopúblicoéchamadoaconcretizar.
Porexemplo,em2010,aspercentagensdapopulação,dos15aos74anos,quetinhacompletadooensinosecundário(masnãoosuperior)eoensinosuperior,eram,respectivamente,de17,1%e12,7%emPortugalede44,4%e21,5%naUE.Comamaiorescolaridadedasnovasgerações,ofossotemdiminuído:noanode2009,aspercentagensdejovens,dos25aos34anos,quetinhamcompletadoosecundário(masnãoosuperior)eoensinosuperior,eram,respectivamente,de24,9%e23,3%emPortugalede47,9%e32,3%naUE.
Masaqualificaçãonãochega.Éprecisoquepossaserutilizada.Acadavezmaiorquantidadedediplomadosdoensinosuperiordesempregados,subempregadosouatrabalharinvoluntariamenteemáreassemqualquerrelaçãocomaformaçãorecebida,paraalémdomassivodesaproveitamentodevocações,formações,qualifica-çõesesaberes,éumsintomadedesajustesedisfuncionalidadesdeumsistemaeducativo,públicoeprivado,orientadoparaabastecerummercadodetrabalhoprofundamentemoldadoeremodeladoàmedidadasnecessidadesdeacumulaçãodograndecapital(quetambémprecisa,parareduzircustossalariaiseaumentaroslucros,dedesempregodeforçadetrabalhoqualificada),emvezdenortea-dopelasatisfaçãodasnecessidadesdedesenvolvimentodopaís.
Várioscursosdepós-graduaçãoedeformaçãoprofissionalnãosãomaisdoqueatentativainglóriadecorrigiratravésdaescolaedosinstitutososerrosdeorientaçãoeducativaeformadoradaprópriaescolaeinstitutos.
Naáreadaciênciaetecnologia,crucialparaamelhoriadaprodutividadenaindústriaenaeconomia,apesardosprogressos,Portugaltambémnãosaifavorecidonacomparaçãocomamédiadoespaçoeconómicoemqueestáintegrado.
Apercentagemdetrabalhadoresdaciênciaetecnologia,simul-taneamentecomeducaçãosuperioreocupaçãoprofissionalnaárea,nototaldoempregoera,em2008,de19,0%naUE,masapenas12,6%emPortugal.Nãoobstante,Portugaltemvindoarecuperardoatraso:de2003a2008,ataxadecrescimentoanualmédiodosseusrecursoshumanosnestaáreafoide6,3%,bemacimadocres-cimentomédiodaUE,de3,3%.Nesteperíodo,PortugalfoiumdospaísesdaUEemquemaiscresceuopesodostrabalhadoresdoconhecimentoaltamentequalificadosnototaldaforçadetrabalho,masháquelevaremcontaomuitofracopontodepartida.
4.2 — Recursos naturais
Emboranãosejacondiçãonecessáriaparaaprodução,aexis-têncianoterritórioderecursosnaturaisutilizáveisconstituiumavantagemestratégicaque,devidamenteaproveitada,podegarantiraprovisionamentos,diminuirencargoscomtransportesepromovero desenvolvimento.
Portugaltemdiversificadosrecursosnaturais,designadamentedomar,rios,estuáriosealbufeiras—pesqueiros,minerais,ener-géticos,entreoutros;dosolo—agrícolaseflorestais;dosub- solo—minerais,rochasornamentaiseindustriais,águas;eener-géticos.Queruns,queroutros,apresentamcaracterísticasquan-titativasequalitativasqueostornamcapazesdeabastecerumavastagamadeactividadestransformadorascriadorasderiqueza,paraalémdacriadanosprópriosprocessosdeexploraçãodessesrecursos.
Anívelagrícola,Portugalapresenta,mesmonasactuaiscir-cunstâncias,excelentescondiçõesparaasproduçõeshortícola,devinho,frutícola,deazeitona,dearroz,deleite,deovosedediver-sascarnes,entreoutrasmenosimportantes.Paraalémdestas,compolíticasadequadas,podemserincrementadasasproduçõesde
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azeite,decereais,debatata,deleguminosassecas,deoleaginosasedecarnedevaca,entreoutras,comvistaaoaumentodosgrausdeauto-aprovisionamentoeàauto-suficiênciaglobaldopaísnodomínio alimentar.
Pelassuascaracterísticasclimatéricasedossolos,Portugaltemumelevadopotencialdeproduçãoflorestal,designadamenteemespéciescomoosobreiro(comcercadeumterçodaáreamundial),ospinheirosbravoemanso,oeucalipto,eespéciesau-tóctonesactualmentemaisrarascomoocarvalho,ocastanheiroouanogueira,todascapazesdealimentarimportantesindústriastransformadoras,taiscomoadapastaedopapel,adatransfor-maçãodacortiça,afileiradamadeiraedomobiliário,eindústriasdiversasdequímicafina.
PortugalpossuiamaiorzonaeconómicaexclusivadaUE,sejanaplataformacontinental—quepodevirasersubstancialmenteampliadacomapropostadeextensãoapresentadaàsNaçõesUnidas—,sejanaságuasprofundas,comumelevadopotencialpesqueiro(peixe,marisco,moluscos),capaz,segeridonointeressenacional,desatisfazerasnecessidadesalimentaresempescadoe,porventura,atédepermitirexportações.Umazonatambémcompotencialnaproduçãodeenergiaeléctrica,emrecursosvegetais(comoasalgas)egeológicosdosfundosmarinhos.
PortugaltemdosmaisimportantesrecursosmineirosdaEuropa,possuindovastasediversificadasreservasdeminériosederochasornamentaiseindustriaiseáguasminerais,capazesdeabastecercomsegurançaequalidadeumamploconjuntodefileirastransformadorasajusante.
Possuiimportantesreservasdeminériosdemetaisbásicosestratégicoscomooferro,ocobre,ozinco,oestanho,ochumbo,oalumínio,entreoutros,capazesdeabastecermetalurgiaseou-trasindústrias.Pelasuaimportância,destacam-seosminériosdecobreezincoemesmoosdeferro,maugradoalgunsproblemasinerentesàcomposiçãoquímicadosúltimos,tecnicamenteultra-passáveis.Possuitambémsignificativasreservasdemineraisdeoutroselementosmetálicosdeutilizaçãomaisrecente,queassu-memactualmenteumcarácterestratégico,comoolítio,oíndio,otântalo,otungsténioealgumasterrasraras.Existemtambém,a
níveiscominteresseeconómico,minériosdeoucomouroeprata,emdiversasregiõesdopaís.
Possuirochasindustriaisemquantidadeediversidadecapazesdealimentar,entreoutras,asindústriascimenteira,cerâmica,edovidro,bemcomoasactividadesdeconstruçãocivileobraspúbli-cas.Temtambéminteressantesreservasderochasornamentais,designadamentemármores,granitos,sienítosnefelínicos,calcáreosdiversos,brechas,conglomerados,entreoutros.
Possuiaindarecursoshidromineraisdegrandediversidade,comenormepotencialeconómico,sejaemáguasmineraisedemesa,sejaemestabelecimentostermais.
Noquerespeitaaosrecursosenergéticos,Portugalnãotematéàdatareservasprovadasminimamentesignificativasdepetróleoougásnatural.
Masnoqueconcerneàsenergiasrenováveis,possuisignificati-vosrecursoshidroeléctricos,capazesdeatingiremanodeproduti-bilidademédiacercade20TWhesomenteaproveitadosa50%doseupotencialemtermosdepotênciaedeenergia;recursoseólicoscapazesdeatingiremanodeprodutibilidademédiaos19TWh;recursosresultantesdaradiaçãosolar,nastecnologiastérmicaefotovoltaica,dosmaiselevadosdomundo;recursosembiomassaflorestalcapazesdeproduzir1,0TWhporano,praticamenteinex-plorados;erecursosgeotérmicosdebaixaemédiaentalpia,comcapacidadedefornecimentosignificativodecalorparaedifícioseagriculturaintensiva.Estesrecursos,setotalmenteaproveitados,permitemaauto-suficiêncianaproduçãodeenergiaeléctricaatécercade60-70%emtermosdeanomédio,epoupançasdegáseelectricidadenoaquecimentoenaproduçãodeáguasquentessanitáriasaté30-40%.
Nos recursos não renováveis, são de destacar as reservas de lenhitedeRioMaior,comcapacidadeparaabastecerumacentraltérmica de 250 MW durante anos, reservas de cerca de 8 mil tone-ladasdeurânioemNisa,possíveisreservasdegásnaturalnooff-shore dosotaventoalgarvioealgumasexpectativasdeexistênciadepetróleonooff-shore,designadamentenaregiãodePeniche.
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azeite,decereais,debatata,deleguminosassecas,deoleaginosasedecarnedevaca,entreoutras,comvistaaoaumentodosgrausdeauto-aprovisionamentoeàauto-suficiênciaglobaldopaísnodomínio alimentar.
Pelassuascaracterísticasclimatéricasedossolos,Portugaltemumelevadopotencialdeproduçãoflorestal,designadamenteemespéciescomoosobreiro(comcercadeumterçodaáreamundial),ospinheirosbravoemanso,oeucalipto,eespéciesau-tóctonesactualmentemaisrarascomoocarvalho,ocastanheiroouanogueira,todascapazesdealimentarimportantesindústriastransformadoras,taiscomoadapastaedopapel,adatransfor-maçãodacortiça,afileiradamadeiraedomobiliário,eindústriasdiversasdequímicafina.
PortugalpossuiamaiorzonaeconómicaexclusivadaUE,sejanaplataformacontinental—quepodevirasersubstancialmenteampliadacomapropostadeextensãoapresentadaàsNaçõesUnidas—,sejanaságuasprofundas,comumelevadopotencialpesqueiro(peixe,marisco,moluscos),capaz,segeridonointeressenacional,desatisfazerasnecessidadesalimentaresempescadoe,porventura,atédepermitirexportações.Umazonatambémcompotencialnaproduçãodeenergiaeléctrica,emrecursosvegetais(comoasalgas)egeológicosdosfundosmarinhos.
PortugaltemdosmaisimportantesrecursosmineirosdaEuropa,possuindovastasediversificadasreservasdeminériosederochasornamentaiseindustriaiseáguasminerais,capazesdeabastecercomsegurançaequalidadeumamploconjuntodefileirastransformadorasajusante.
Possuiimportantesreservasdeminériosdemetaisbásicosestratégicoscomooferro,ocobre,ozinco,oestanho,ochumbo,oalumínio,entreoutros,capazesdeabastecermetalurgiaseou-trasindústrias.Pelasuaimportância,destacam-seosminériosdecobreezincoemesmoosdeferro,maugradoalgunsproblemasinerentesàcomposiçãoquímicadosúltimos,tecnicamenteultra-passáveis.Possuitambémsignificativasreservasdemineraisdeoutroselementosmetálicosdeutilizaçãomaisrecente,queassu-memactualmenteumcarácterestratégico,comoolítio,oíndio,otântalo,otungsténioealgumasterrasraras.Existemtambém,a
níveiscominteresseeconómico,minériosdeoucomouroeprata,emdiversasregiõesdopaís.
Possuirochasindustriaisemquantidadeediversidadecapazesdealimentar,entreoutras,asindústriascimenteira,cerâmica,edovidro,bemcomoasactividadesdeconstruçãocivileobraspúbli-cas.Temtambéminteressantesreservasderochasornamentais,designadamentemármores,granitos,sienítosnefelínicos,calcáreosdiversos,brechas,conglomerados,entreoutros.
Possuiaindarecursoshidromineraisdegrandediversidade,comenormepotencialeconómico,sejaemáguasmineraisedemesa,sejaemestabelecimentostermais.
Noquerespeitaaosrecursosenergéticos,Portugalnãotematéàdatareservasprovadasminimamentesignificativasdepetróleoougásnatural.
Masnoqueconcerneàsenergiasrenováveis,possuisignificati-vosrecursoshidroeléctricos,capazesdeatingiremanodeproduti-bilidademédiacercade20TWhesomenteaproveitadosa50%doseupotencialemtermosdepotênciaedeenergia;recursoseólicoscapazesdeatingiremanodeprodutibilidademédiaos19TWh;recursosresultantesdaradiaçãosolar,nastecnologiastérmicaefotovoltaica,dosmaiselevadosdomundo;recursosembiomassaflorestalcapazesdeproduzir1,0TWhporano,praticamenteinex-plorados;erecursosgeotérmicosdebaixaemédiaentalpia,comcapacidadedefornecimentosignificativodecalorparaedifícioseagriculturaintensiva.Estesrecursos,setotalmenteaproveitados,permitemaauto-suficiêncianaproduçãodeenergiaeléctricaatécercade60-70%emtermosdeanomédio,epoupançasdegáseelectricidadenoaquecimentoenaproduçãodeáguasquentessanitáriasaté30-40%.
Nos recursos não renováveis, são de destacar as reservas de lenhitedeRioMaior,comcapacidadeparaabastecerumacentraltérmica de 250 MW durante anos, reservas de cerca de 8 mil tone-ladasdeurânioemNisa,possíveisreservasdegásnaturalnooff-shore dosotaventoalgarvioealgumasexpectativasdeexistênciadepetróleonooff-shore,designadamentenaregiãodePeniche.
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CapítuloVPolítica alternativa
5.1—PapeldoEstado
AintervençãodoEstadonadefesa,promoçãoedesenvolvi-mentodaproduçãonacionalévitaleinadiável.Aintervenção,dealcanceprofundonaagricultura,naspescasenasindústriasextractivaetransformadora,necessariamentemultifacetadaepro-longadanotempo,deveassumiroobjectivodaatenuaçãoemesmodasuperaçãodosdéficesestruturaisdaeconomiaportuguesa.
OEstadopodeedeveintervirnagestãodirectadeactividadesprodutivas,noaproveitamentoderecursosnacionais,napromoçãodaproduçãonacional.Aadministraçãopúblicadeveserreorgani-zadanaáreaeconómicaparaconstituiruminstrumentonãoapenasdeumEstadoreguladormastambémdeumEstadoprodutor.
Numprocessojálongodedécadas,adesvalorizaçãodapro-duçãonaagricultura,silvicultura,pescas,indústriaextractivaetransformadora,foisempreprecedida,simultâneaouseguidadealteraçõesnaorgânicadaadministraçãopública,nosen-tidodeextinguirouesvaziarorganismosquedinamizavamouacompanhavamasactividadesprodutivas,desdelogoaoníveldosministérios(comosucedeunasupressãodosministériosdaindústria),dassecretariasdeEstadoedeorganismosestatísticosedeplaneamento.
Adefesaedinamizaçãodaproduçãonacionalpassa,então,porumanovaorganizaçãodaadministraçãopública,cujadigni-
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CapítuloVPolítica alternativa
5.1—PapeldoEstado
AintervençãodoEstadonadefesa,promoçãoedesenvolvi-mentodaproduçãonacionalévitaleinadiável.Aintervenção,dealcanceprofundonaagricultura,naspescasenasindústriasextractivaetransformadora,necessariamentemultifacetadaepro-longadanotempo,deveassumiroobjectivodaatenuaçãoemesmodasuperaçãodosdéficesestruturaisdaeconomiaportuguesa.
OEstadopodeedeveintervirnagestãodirectadeactividadesprodutivas,noaproveitamentoderecursosnacionais,napromoçãodaproduçãonacional.Aadministraçãopúblicadeveserreorgani-zadanaáreaeconómicaparaconstituiruminstrumentonãoapenasdeumEstadoreguladormastambémdeumEstadoprodutor.
Numprocessojálongodedécadas,adesvalorizaçãodapro-duçãonaagricultura,silvicultura,pescas,indústriaextractivaetransformadora,foisempreprecedida,simultâneaouseguidadealteraçõesnaorgânicadaadministraçãopública,nosen-tidodeextinguirouesvaziarorganismosquedinamizavamouacompanhavamasactividadesprodutivas,desdelogoaoníveldosministérios(comosucedeunasupressãodosministériosdaindústria),dassecretariasdeEstadoedeorganismosestatísticosedeplaneamento.
Adefesaedinamizaçãodaproduçãonacionalpassa,então,porumanovaorganizaçãodaadministraçãopública,cujadigni-
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dadedeveriacomeçarlogoaoníveldosministérios,secretariasdeEstadoedirecções-gerais,concebidaparadefinirpolíticas,estabelecer,planearecontrolarobjectivosparaasdiferentesesfe-rasprodutivasedotadademeioshumanos,técnicosefinanceirosadequadosparaessamissão.
Nãoháeconomiamodernasemplaneamento:ouéfeito,demodointegrado,peloEstadoaoserviçodasnecessidadesdapopu-laçãoedopaísouéfeito,demodoparcelado,pelograndecapitalaoserviçodamaximizaçãodosseuslucrosindependentementedasconsequênciasparaapopulaçãoeopaís.Apolíticapatrióticaedeesquerdadefendeoprimeiro,apolíticadedireitaedeabdicaçãonacionalconcretizaosegundo,comassuascampanhasdemagó-gicasanti-Estadoeasuapráticadeusartodoopesodesteparafavorecerograndecapital.
Pararelançaraproduçãoereduzirodéficecomercial,oEs-tadodeveterumpapeldecisivonoplaneamento,noapoioenavalorização,culturaleinclusivamentepromocional,daproduçãonacional.Temobviamentedesermodificadaapráticaactualemváriosministérios,quemaisparecemsecretariasdosdirectóriosda uE.
Asituaçãocríticadaproduçãonacional,emtermosquan-titativosequalitativos,exigequeoEstadoportuguêstenhaummaiorprotagonismodirecto.Aintervençãodeveterlugaremdoisdomínioscomplementares.Aconstrução,manutençãoegestãodeinfra-estruturasdesuporteàagriculturaeàspescaseactividademarítima.Eaposseegestãodeempresasextractivase industriais.
Aconstrução,manutençãoegestãodeinfra-estruturasasso-ciadasàactividadeagrícolaincluidiversasinfra-estruturasligadasaoaumentodaprodução,daprodutividadeedaqualidade,comoointegralaproveitamentodoAlquevaouaconclusãodasobrasdoBaixoMondegoedoBaixoVouga,eoapoioàconstruçãoerequalificaçãodasredespúblicasecooperativasdeinfra-estruturasabaixodaproduçãoagro-pecuária.
Nasassociadasàactividadepesqueiraemarítimaincluiportos,arenovaçãodasfrotas,odesenvolvimentodaaquaculturaedalaboraçãoconserveira,escolasespecializadasparaaspescasea
marinhamercante,bemcomooutrasinfra-estruturasdeapoioàspescaseaocomérciomarítimodemercadoriasedeturismo.
Relativamenteàindústriaextractiva,éfundamentaloEstadovoltaradominareadeterminardecisivamenteaexploraçãoepri-meiratransformaçãodosminériosdosubsolonacional.
Relativamenteàindústriatransformadora,oEstadodevereassumirouassumirpelaprimeiravezposiçõesdeterminantesemindústriasbásicas,comoasiderurgiaealgumasmetalurgiasnãoferrosas,dequesedestacaadocobre,eemindústriasestratégicas,comoanaval(grandesemédiosestaleiros),asmetalomecânicas,electromecânicaseelectrónicasassociadasàproduçãodematerialdetransportesobrecarris(comboios,metropolitanos,eléctricos,etc.)oudestinadasàproduçãodeequipamentosparaaproduçãodeelectricidade,detecnologiaclássicaoumoderna.Noquadrodadefesadaproduçãonacional,oEstadodeveapoiarepromoveractividadesprivadaseasempresasqueassuportam,comoporexemplonaproduçãodegrandesestruturasmetálicas,equipamen-tosdemovimentaçãoeelevaçãodegrandescargas.
Adefesadaproduçãonacional,queinteressavivamenteaospequenos,médiosemesmoagrandesprodutoresdaagricultura,pescaseindústriatransformadora,implicatambémaintervençãodoEstadonocomércioexternoenocomércioaretalhoemgrandeescalaquetemlugarnasgrandessuperfícies.Paraumenormegru-podeprodutosdapescaedaagricultura,bemcomodeprodutosindustriaisdegrandeconsumo,sãodeterminantesaspolíticasdeaprovisionamentodasgrandessuperfícies,cujaspráticasestãoobjectivamentecontraaproduçãonacional.
Adefesaepromoçãodaproduçãonacionalexigeaindaumapolíticaquenãosóponhafimàsprivatizações,comovisearecu-peraçãoparaasmãosdoEstadodesectoresbásicoseestratégicosdaeconomia,nomeadamentedabanca,seguros,energia,comu-nicaçõesetelecomunicações,pelopapelcentralquedesempe-nhamnoestímuloàprodução,noplaneamentoeconómico,naredistribuiçãodariqueza,nadefesadosinteressespopularesedasoberania nacional.
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dadedeveriacomeçarlogoaoníveldosministérios,secretariasdeEstadoedirecções-gerais,concebidaparadefinirpolíticas,estabelecer,planearecontrolarobjectivosparaasdiferentesesfe-rasprodutivasedotadademeioshumanos,técnicosefinanceirosadequadosparaessamissão.
Nãoháeconomiamodernasemplaneamento:ouéfeito,demodointegrado,peloEstadoaoserviçodasnecessidadesdapopu-laçãoedopaísouéfeito,demodoparcelado,pelograndecapitalaoserviçodamaximizaçãodosseuslucrosindependentementedasconsequênciasparaapopulaçãoeopaís.Apolíticapatrióticaedeesquerdadefendeoprimeiro,apolíticadedireitaedeabdicaçãonacionalconcretizaosegundo,comassuascampanhasdemagó-gicasanti-Estadoeasuapráticadeusartodoopesodesteparafavorecerograndecapital.
Pararelançaraproduçãoereduzirodéficecomercial,oEs-tadodeveterumpapeldecisivonoplaneamento,noapoioenavalorização,culturaleinclusivamentepromocional,daproduçãonacional.Temobviamentedesermodificadaapráticaactualemváriosministérios,quemaisparecemsecretariasdosdirectóriosda uE.
Asituaçãocríticadaproduçãonacional,emtermosquan-titativosequalitativos,exigequeoEstadoportuguêstenhaummaiorprotagonismodirecto.Aintervençãodeveterlugaremdoisdomínioscomplementares.Aconstrução,manutençãoegestãodeinfra-estruturasdesuporteàagriculturaeàspescaseactividademarítima.Eaposseegestãodeempresasextractivase industriais.
Aconstrução,manutençãoegestãodeinfra-estruturasasso-ciadasàactividadeagrícolaincluidiversasinfra-estruturasligadasaoaumentodaprodução,daprodutividadeedaqualidade,comoointegralaproveitamentodoAlquevaouaconclusãodasobrasdoBaixoMondegoedoBaixoVouga,eoapoioàconstruçãoerequalificaçãodasredespúblicasecooperativasdeinfra-estruturasabaixodaproduçãoagro-pecuária.
Nasassociadasàactividadepesqueiraemarítimaincluiportos,arenovaçãodasfrotas,odesenvolvimentodaaquaculturaedalaboraçãoconserveira,escolasespecializadasparaaspescasea
marinhamercante,bemcomooutrasinfra-estruturasdeapoioàspescaseaocomérciomarítimodemercadoriasedeturismo.
Relativamenteàindústriaextractiva,éfundamentaloEstadovoltaradominareadeterminardecisivamenteaexploraçãoepri-meiratransformaçãodosminériosdosubsolonacional.
Relativamenteàindústriatransformadora,oEstadodevereassumirouassumirpelaprimeiravezposiçõesdeterminantesemindústriasbásicas,comoasiderurgiaealgumasmetalurgiasnãoferrosas,dequesedestacaadocobre,eemindústriasestratégicas,comoanaval(grandesemédiosestaleiros),asmetalomecânicas,electromecânicaseelectrónicasassociadasàproduçãodematerialdetransportesobrecarris(comboios,metropolitanos,eléctricos,etc.)oudestinadasàproduçãodeequipamentosparaaproduçãodeelectricidade,detecnologiaclássicaoumoderna.Noquadrodadefesadaproduçãonacional,oEstadodeveapoiarepromoveractividadesprivadaseasempresasqueassuportam,comoporexemplonaproduçãodegrandesestruturasmetálicas,equipamen-tosdemovimentaçãoeelevaçãodegrandescargas.
Adefesadaproduçãonacional,queinteressavivamenteaospequenos,médiosemesmoagrandesprodutoresdaagricultura,pescaseindústriatransformadora,implicatambémaintervençãodoEstadonocomércioexternoenocomércioaretalhoemgrandeescalaquetemlugarnasgrandessuperfícies.Paraumenormegru-podeprodutosdapescaedaagricultura,bemcomodeprodutosindustriaisdegrandeconsumo,sãodeterminantesaspolíticasdeaprovisionamentodasgrandessuperfícies,cujaspráticasestãoobjectivamentecontraaproduçãonacional.
Adefesaepromoçãodaproduçãonacionalexigeaindaumapolíticaquenãosóponhafimàsprivatizações,comovisearecu-peraçãoparaasmãosdoEstadodesectoresbásicoseestratégicosdaeconomia,nomeadamentedabanca,seguros,energia,comu-nicaçõesetelecomunicações,pelopapelcentralquedesempe-nhamnoestímuloàprodução,noplaneamentoeconómico,naredistribuiçãodariqueza,nadefesadosinteressespopularesedasoberania nacional.
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5.2—Políticadedesenvolvimentoagrícolaeflorestal
Dadasascondiçõesedafoclimáticas,écertoqueopaísnãopodeproduziremenosaindaserauto-suficienteemtodosospro-dutosalimentares.Maspodesê-loemnumerosaseimportantesproduçõesagrícolas(epesqueiras)epodecompensarcomexpor-taçõesalimentaresasimportaçõesquetenhaquefazernestaárea,ouseja,podeterumabalançaagroalimentarequilibrada.
Énecessárioparatalumainversãodepolítica,oestabeleci-mentodaproduçãoprimáriacomoprioritáriaparaofuturodopaís.Sópossívelgarantindoaosagricultoresetrabalhadoresagrícolasremuneraçõescondignaspeloseutrabalho.
Portugalprecisa,nomeadamente,derecuperarnasproduçõesdecereais,especialmentedetrigo,debatata,debeterrabasacarina,decarnedebovino,deaumentaraproduçãodeoutrascarnes,deapostarfortementenosectorhortofrutícolaededesenvolverasenormespotencialidadesdasuavitivinicultura.
Emboraoleitesejaumsectorcomgrandecapacidadedeprodução,énecessáriopreservá-loedesenvolvê-lo,assegurandoasobrevivênciadassuasexplorações.Paraissoéprecisogarantirospreçosaoprodutor,manterosistemadequotasemvigornaUE,agilizarosprocessosdelicenciamentodasexploraçõesjáexistentes,apoiartécnicaefinanceiramenteosinvestimentosnasexplorações,sobretudodaspequenasemédias,efiscalizareficaz-menteasimportações,asmarcasbrancaseoutrosprocedimentosdagrandedistribuiçãoqueprejudicamaproduçãonacional.
Apersistêncianocaminhodaliberalizaçãodosmercados,deseguidismodalógicadesregulamentadoradaorganizaçãomundialdocomércio(OMC)edaPAC,equivaleapassaracertidãodeóbitoàagriculturacamponesaemPortugal.
OeixoprincipaldaalternativaécontraporàspressõesdaOMCodireitoàsoberaniaalimentar,entendidacomoodireitodopovoportuguêsadecidir,semingerênciaseimposiçõesexternas,nomeadamentedaPACcomunitária,dasuaprópriapolíticaagro-alimentar,nosseusaspectosprodutivosecomerciais,doquesepodeedeveproduziredoquesepodeedeveimportar,deacederplenamenteaosseusrecursosnaturais,antesdemaisaesseque
éomeiodeproduçãomaisimportantedaagricultura,aterra,edepô-laaproduzir,deformasustentável,demodoaassegurarmatéria-primadequalidadeàindústriaagroalimentareumanu-triçãosaudávelaopovoportuguês,quenãoestejadependente,comoemmedidasignificativasucedeactualmente,deproduçõesestrangeirase,aindamaisgrave,dascadeiasdedistribuiçãodosgrandesmonopóliosdoagronegócio.
Agoraemalturaderevisão,aPACdevegarantiraosagricul-toreseassalariadosruraisodireitoaproduzireaumrendimen-toestáveleadequado,combatendoassimoêxodorural.Devepreservaraidentidadeculturaleaespecificidadedosprodutosalimentareseuropeus,garantindoassimadisponibilizaçãodepro-dutosagrícolassaudáveisesegurosapreçosacessíveis.UmaPAC paratodososagricultores,quesirvaosinteressesdetodososcidadãoseuropeusenãoapenasasgrandesempresasmultinacio-nais.
Devemsermantidosereforçadostodososmecanismosderegulaçãoquegarantamvolumesdeproduçãoepreçosapropriadosaoprodutor,comoasquotasleiteiraseosdireitosdeplantionovinho.OsapoiosdevemestarligadosàproduçãoeseridênticosemtodososEstados-membros.Adistribuiçãodasajudastemdesermaisjustaentreagricultores,culturasepaíses;asajudasdevemserescalonadas,discriminandopositivamenteasmenoresexplorações,eplafonadas.
OescoamentodaproduçãoéumaquestãofulcralemqueoEstadotemqueintervir.Osmercadoslocaisdevemserrevitali-zadosparaqueosprodutorespossamvenderdirectamenteasuaprodução.Noaprovisionamentodealimentosdaadministraçãopública(comonascantinasehospitais)devem-seprivilegiarasproduçõesnacionais.Éprecisoimporàgrandedistribuiçãomínimoslegaisdevendadeprodutosnacionaisemcadasector. Acapacidadeexportadoradeveserdesenvolvida,masaprioridadeéproduzirparaalimentaropaís.
OProgramadeDesenvolvimentoRural(PRODER),arefor-mularesteano,deveabandonaracompetitividadecomoeixofulcraldasuaimplementação.Deveapostarnaviabilidadedaspequenasemédiasexplorações,nasuacapacidadedeproduzir
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5.2—Políticadedesenvolvimentoagrícolaeflorestal
Dadasascondiçõesedafoclimáticas,écertoqueopaísnãopodeproduziremenosaindaserauto-suficienteemtodosospro-dutosalimentares.Maspodesê-loemnumerosaseimportantesproduçõesagrícolas(epesqueiras)epodecompensarcomexpor-taçõesalimentaresasimportaçõesquetenhaquefazernestaárea,ouseja,podeterumabalançaagroalimentarequilibrada.
Énecessárioparatalumainversãodepolítica,oestabeleci-mentodaproduçãoprimáriacomoprioritáriaparaofuturodopaís.Sópossívelgarantindoaosagricultoresetrabalhadoresagrícolasremuneraçõescondignaspeloseutrabalho.
Portugalprecisa,nomeadamente,derecuperarnasproduçõesdecereais,especialmentedetrigo,debatata,debeterrabasacarina,decarnedebovino,deaumentaraproduçãodeoutrascarnes,deapostarfortementenosectorhortofrutícolaededesenvolverasenormespotencialidadesdasuavitivinicultura.
Emboraoleitesejaumsectorcomgrandecapacidadedeprodução,énecessáriopreservá-loedesenvolvê-lo,assegurandoasobrevivênciadassuasexplorações.Paraissoéprecisogarantirospreçosaoprodutor,manterosistemadequotasemvigornaUE,agilizarosprocessosdelicenciamentodasexploraçõesjáexistentes,apoiartécnicaefinanceiramenteosinvestimentosnasexplorações,sobretudodaspequenasemédias,efiscalizareficaz-menteasimportações,asmarcasbrancaseoutrosprocedimentosdagrandedistribuiçãoqueprejudicamaproduçãonacional.
Apersistêncianocaminhodaliberalizaçãodosmercados,deseguidismodalógicadesregulamentadoradaorganizaçãomundialdocomércio(OMC)edaPAC,equivaleapassaracertidãodeóbitoàagriculturacamponesaemPortugal.
OeixoprincipaldaalternativaécontraporàspressõesdaOMCodireitoàsoberaniaalimentar,entendidacomoodireitodopovoportuguêsadecidir,semingerênciaseimposiçõesexternas,nomeadamentedaPACcomunitária,dasuaprópriapolíticaagro-alimentar,nosseusaspectosprodutivosecomerciais,doquesepodeedeveproduziredoquesepodeedeveimportar,deacederplenamenteaosseusrecursosnaturais,antesdemaisaesseque
éomeiodeproduçãomaisimportantedaagricultura,aterra,edepô-laaproduzir,deformasustentável,demodoaassegurarmatéria-primadequalidadeàindústriaagroalimentareumanu-triçãosaudávelaopovoportuguês,quenãoestejadependente,comoemmedidasignificativasucedeactualmente,deproduçõesestrangeirase,aindamaisgrave,dascadeiasdedistribuiçãodosgrandesmonopóliosdoagronegócio.
Agoraemalturaderevisão,aPACdevegarantiraosagricul-toreseassalariadosruraisodireitoaproduzireaumrendimen-toestáveleadequado,combatendoassimoêxodorural.Devepreservaraidentidadeculturaleaespecificidadedosprodutosalimentareseuropeus,garantindoassimadisponibilizaçãodepro-dutosagrícolassaudáveisesegurosapreçosacessíveis.UmaPAC paratodososagricultores,quesirvaosinteressesdetodososcidadãoseuropeusenãoapenasasgrandesempresasmultinacio-nais.
Devemsermantidosereforçadostodososmecanismosderegulaçãoquegarantamvolumesdeproduçãoepreçosapropriadosaoprodutor,comoasquotasleiteiraseosdireitosdeplantionovinho.OsapoiosdevemestarligadosàproduçãoeseridênticosemtodososEstados-membros.Adistribuiçãodasajudastemdesermaisjustaentreagricultores,culturasepaíses;asajudasdevemserescalonadas,discriminandopositivamenteasmenoresexplorações,eplafonadas.
OescoamentodaproduçãoéumaquestãofulcralemqueoEstadotemqueintervir.Osmercadoslocaisdevemserrevitali-zadosparaqueosprodutorespossamvenderdirectamenteasuaprodução.Noaprovisionamentodealimentosdaadministraçãopública(comonascantinasehospitais)devem-seprivilegiarasproduçõesnacionais.Éprecisoimporàgrandedistribuiçãomínimoslegaisdevendadeprodutosnacionaisemcadasector. Acapacidadeexportadoradeveserdesenvolvida,masaprioridadeéproduzirparaalimentaropaís.
OProgramadeDesenvolvimentoRural(PRODER),arefor-mularesteano,deveabandonaracompetitividadecomoeixofulcraldasuaimplementação.Deveapostarnaviabilidadedaspequenasemédiasexplorações,nasuacapacidadedeproduzir
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alimentos,eosapoiosaoinvestimentodevemserconcebidosparaapoiaressesagricultores.
Deve-seapostarnoregadio,concluindoasobrasemcurso,disponibilizandoverbasparaamodernizaçãodosregadiostra-dicionaisegarantindopreçosdaáguaacessíveisaospequenosemédiosagricultores.Criarlinhasdecréditobonificadoalongoprazodeajudaaodesendividamentodasexploraçõesagrícolas.Apoiarverdadeiramenteomovimentocooperativo,possibili-tandoasuaviabilidadeedesenvolvimento;aconcentraçãodecooperativasnãoéaúnicasolução.Einvestirnainvestigaçãoeexperimentação,complementadascomarevitalizaçãodosserviçosdeextensãorural.
Orejuvenescimentodotecidoagrícola,eporconsequênciadomundorural,éoutraprioridadeessencial.Alémdosapoiosdirectosàinstalaçãodejovensagricultores,devemserfornecidascondiçõesparaquesemantenhamnaszonasrurais,oquenãoseconseguecomoencerramentodeserviçosdaadministração,escolasoucentrosdesaúde.
Sãoaindanecessáriasoutrasmedidasquegarantamavia-bilidadeeodesenvolvimentodosectoragrícola,entreasquaissedestaca,cadavezmaisimperiosa,umaprofundaalteraçãofundiárianoterritóriocontinental,aconcretizar-se,levandoemcontaascondiçõesactuais,atravésdeumareformaagrárianoscamposdoSulqueliquideapropriedadelatifundiáriaeatravésdeumaracionalizaçãofundiárianoNorteeCentroporviadolivreassociativismo.
Oterritórionacionalpodeedeveserrecuperadoparaapro-duçãoflorestaldelenhodequalidade,nomeadamenteatravésdeespéciesautóctonesquecontrabalancemoincrementodasáreasocupadasporespéciesdecrescimentorápido.
Énecessário,institucionalmente,acriaçãodeumplanonacio-naldeflorestação,comaproveitamentodossoloscomaptidãoflo-restalecomvalorizaçãodasespéciesnativas,quetenhaematençãoaspectoseconómicos,ambientaiseosinteressesdascomunidadeslocais.Realizarocadastroflorestal,condiçãobásicaparaacon-cretizaçãodetodasaspolíticasflorestais.Simplificaralegislaçãoflorestal,melhorandoaarticulaçãoentreosorganismospúblicos
comresponsabilidadesnosector.Promoveroinvestimentodospequenosemédiosproprietáriosnafloresta,porexemploatravésdeacréscimosàcomparticipaçãonesseinvestimento.
Noterreno,prevenirosincêndiosevigiarafloresta,emarticu-laçãocomasorganizaçõesdeprodutoresflorestaiseosconcelhosdirectivosdosbaldios.Combaterasdoençasepragasqueestãoadizimaraflorestanacional,comoonemátododopinheiroeatintadocastanheiro.Einstalarurgentementeascentraisdebio-massaprevistas,entendidassobretudocomouminstrumentodecombateaosincêndiosesupletivamentecomocentrosprodutoresdeenergiaeléctrica.
5.3—Políticadedesenvolvimentodaspescas
Portugaltemreconhecidaspotencialidadespesqueiras,masissonãosignificaquesepossammenosprezarasameaçasàconti-nuidade e sustentabilidade do sector.
Aoinvésdaspolíticasquetêmvindoaserseguidas,devepromover-seamodernizaçãodosector,demodoaabastecerdepescadoeadesenvolveraeconomiadopaís,amanteroempregoeascondiçõesdevidaetrabalhodospescadores.Simultaneamente,devepromover-seumdesenvolvimentosustentável,respeitan-doaconservaçãodomeioambienteeoequilíbriodosrecursoshaliêuticos.
Énecessárioaccionarumprogramadeapoioespecíficoàpequenapesca.Asseguraroacessoacustoreduzidonosváriostiposdecombustíveisatodosossegmentosdafrota.Promoveravalorizaçãodopescadonaprimeiravenda.Desenvolveraaqua-cultura,independentedasmultinacionaisestrangeiras.Apoiaraindústriaconserveiraeoconsumodeconservasportuguesas.Valorizaramão-de-obra,melhorandoascondiçõesremunerató-riasdospescadores,ascondiçõesdesegurançadasuaactividadeegarantindoapoionocasodeimpactosnegativosdasmedidasdeconservação dos recursos.
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alimentos,eosapoiosaoinvestimentodevemserconcebidosparaapoiaressesagricultores.
Deve-seapostarnoregadio,concluindoasobrasemcurso,disponibilizandoverbasparaamodernizaçãodosregadiostra-dicionaisegarantindopreçosdaáguaacessíveisaospequenosemédiosagricultores.Criarlinhasdecréditobonificadoalongoprazodeajudaaodesendividamentodasexploraçõesagrícolas.Apoiarverdadeiramenteomovimentocooperativo,possibili-tandoasuaviabilidadeedesenvolvimento;aconcentraçãodecooperativasnãoéaúnicasolução.Einvestirnainvestigaçãoeexperimentação,complementadascomarevitalizaçãodosserviçosdeextensãorural.
Orejuvenescimentodotecidoagrícola,eporconsequênciadomundorural,éoutraprioridadeessencial.Alémdosapoiosdirectosàinstalaçãodejovensagricultores,devemserfornecidascondiçõesparaquesemantenhamnaszonasrurais,oquenãoseconseguecomoencerramentodeserviçosdaadministração,escolasoucentrosdesaúde.
Sãoaindanecessáriasoutrasmedidasquegarantamavia-bilidadeeodesenvolvimentodosectoragrícola,entreasquaissedestaca,cadavezmaisimperiosa,umaprofundaalteraçãofundiárianoterritóriocontinental,aconcretizar-se,levandoemcontaascondiçõesactuais,atravésdeumareformaagrárianoscamposdoSulqueliquideapropriedadelatifundiáriaeatravésdeumaracionalizaçãofundiárianoNorteeCentroporviadolivreassociativismo.
Oterritórionacionalpodeedeveserrecuperadoparaapro-duçãoflorestaldelenhodequalidade,nomeadamenteatravésdeespéciesautóctonesquecontrabalancemoincrementodasáreasocupadasporespéciesdecrescimentorápido.
Énecessário,institucionalmente,acriaçãodeumplanonacio-naldeflorestação,comaproveitamentodossoloscomaptidãoflo-restalecomvalorizaçãodasespéciesnativas,quetenhaematençãoaspectoseconómicos,ambientaiseosinteressesdascomunidadeslocais.Realizarocadastroflorestal,condiçãobásicaparaacon-cretizaçãodetodasaspolíticasflorestais.Simplificaralegislaçãoflorestal,melhorandoaarticulaçãoentreosorganismospúblicos
comresponsabilidadesnosector.Promoveroinvestimentodospequenosemédiosproprietáriosnafloresta,porexemploatravésdeacréscimosàcomparticipaçãonesseinvestimento.
Noterreno,prevenirosincêndiosevigiarafloresta,emarticu-laçãocomasorganizaçõesdeprodutoresflorestaiseosconcelhosdirectivosdosbaldios.Combaterasdoençasepragasqueestãoadizimaraflorestanacional,comoonemátododopinheiroeatintadocastanheiro.Einstalarurgentementeascentraisdebio-massaprevistas,entendidassobretudocomouminstrumentodecombateaosincêndiosesupletivamentecomocentrosprodutoresdeenergiaeléctrica.
5.3—Políticadedesenvolvimentodaspescas
Portugaltemreconhecidaspotencialidadespesqueiras,masissonãosignificaquesepossammenosprezarasameaçasàconti-nuidade e sustentabilidade do sector.
Aoinvésdaspolíticasquetêmvindoaserseguidas,devepromover-seamodernizaçãodosector,demodoaabastecerdepescadoeadesenvolveraeconomiadopaís,amanteroempregoeascondiçõesdevidaetrabalhodospescadores.Simultaneamente,devepromover-seumdesenvolvimentosustentável,respeitan-doaconservaçãodomeioambienteeoequilíbriodosrecursoshaliêuticos.
Énecessárioaccionarumprogramadeapoioespecíficoàpequenapesca.Asseguraroacessoacustoreduzidonosváriostiposdecombustíveisatodosossegmentosdafrota.Promoveravalorizaçãodopescadonaprimeiravenda.Desenvolveraaqua-cultura,independentedasmultinacionaisestrangeiras.Apoiaraindústriaconserveiraeoconsumodeconservasportuguesas.Valorizaramão-de-obra,melhorandoascondiçõesremunerató-riasdospescadores,ascondiçõesdesegurançadasuaactividadeegarantindoapoionocasodeimpactosnegativosdasmedidasdeconservação dos recursos.
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5.4 — Política de desenvolvimento industrial
Noâmbitodeumaumentodaproduçãonacional,devecons-tituirumobjectivomaiordacriaçãosustentávelderiqueza,capaztambémdedinamizarosoutrosgrandessectoresdeactividade,incrementaraproduçãoindustriale,emsimultâneo,avançarnascadeiasdevaloremtermossectoriais,adensaramalhaindustrial,particularmentenasconcentraçõesdeempresaseactividades(clusters)quejátenhamrazoáveiscompetitividadeenotoriedadeinternacionais,promoveravalorizaçãodosrecursosmateriaisnacionaisesubstituirimportaçõesporproduçãonacional.
Noquerespeitaàindústriaextractiva,sobretudonoquecon-cerneàexploraçãodesubstânciasdodomíniopúblicodoEstado,estedeverevertercompletamenteaactualsituaçãodedomíniodocapitalprivado,particularmentedocapitalestrangeiro,iniciandoprocessosquevisemacurtoprazooreassumirdeposiçõesdomi-nantesedeterminantesnapesquisa,exploraçãoeprimeirastransfor-maçõesemterritórionacional,nomeadamentedeminériosdemetaisbásicos—ferro,cobre,zinco,chumbo,estanhoeoutros;deminériosourecursosenergéticos—urânio,petróleo,gásnatural,carvão;dosminériosdemetaisnobres—ouroeprata;edealgunsminérioscon-tendoelementosdegrandevalorestratégico—lítio,índio,tântalo,tungsténioealgumasterrasraras.Écondiçãonecessáriaparasubirnasrespectivascadeiasdevalor,designadamentenodomíniodasmetalurgiasedeoutrosprocessosdeselecçãoepurificação.Aindanestavertente,évitalareanimação,reorientaçãoefortalecimentodaEDM—EmpresadeDesenvolvimentoMineiro.
Quantoàindústriatransformadora,oseudesenvolvimentopassa,deformaarticulada,peloaumentodaprodução,edaspro-dutividadeecompetitividadequelhedevemestarassociadas,epelacriaçãodecondiçõesnoplanocomercialparaoescoamentodaprodução,nomercadointernoeexterno,poisasduascomponentes,acomercialeaprodutiva,estãoindissociavelmenteligadas.
Noplanointerno,adefesadaproduçãonacionaldasindústrias,tradicionaisoumodernas,deveconstituirumobjectivoperma-nente,multifacetadoeenvolversimultaneamenteaadministraçãopúblicaeosconsumidores,sejamempresasoufamílias.
Noplanoexterno,asexportações,especialmentedeprodutostecnologicamentemaisavançados,devemconstituirumobjectivoimportantedoEstadoedasempresas,prosseguindoeincremen-tando-seosapoiossérioseeficazesàexportação.
Apesardasinevitáveisalterações,porvezesprofundas,quesedãonoaparelhoindustrial,nomeadamenteemprodutoseengenha-riasdeprodutosenosprocessosdefabrico,mantêmcontudoasuapertinênciasectoreseproduçõesanteriores,faceàcontinuidadeemuitasvezesaoagravamentodasdebilidadesexistentes.
Aschamadasindústriastradicionais,comootêxtilevestuário,ocalçado,afileiradamadeiraedomobiliário,afileiradacortiça,acerâmica,ovidroeocristal,entreoutras,quetêmvindoasofrergrandeseporvezessocialmentedramáticosprocessosderees-truturação,queemváriassituações,numaperspectivaexclusiva-menteeconómica,constituíramnotáveissucessosemtermosdecompetitividade,devemprosseguir,comrespeitopelosdireitosdostrabalhadores,osprocessosdemodernização,porquetêmedevemcontinuaraterumimportantepapelnonossoperfilindustrial.
Pelograndepotencialdeintegraçãosectorialqueencerraeacapacidademultiplicadoraeestruturantesobreoutrossectores,devemterumacompanhamentoeprotecçãoespeciaisasdiversasfileirasdaindústriaalimentar.
Em todos estes sectores tradicionais, deve insistir-se no au-mentodaprodutividadeedacompetitividade,atravésdenovospassosnaadopçãodetecnologiasmaisavançadas.
Simultaneamente,évitalareanimação,fortalecimentooulan-çamentodeumvastoconjuntodeindústriasbásicaseestratégicas,asassociadasàtransformaçãodeimportantesmatérias-primasmi-neraisnacionais,comoasmetalurgiasferrosas(siderurgiaeoutras)enãoferrosas,asmetaloeelectromecânicaspesadas,aindústriadeconstruçãoereparaçãonaval,aspetroquímicasdeolefinasearomáticos,parasócitarmosasprincipais.
Estasindústriaspermitirãoestruturarerobusteceraproduçãonacional,paraalémdaprópriaproduçãoindustrial,atenuar,enalgunscasosresolver,debilidadesajusanteeapoiarodesen-volvimento,comelevadaautonomia,deimportantesinfra-estru-turas,nasáreasdaproduçãoenergética,dostransportesterrestres
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5.4 — Política de desenvolvimento industrial
Noâmbitodeumaumentodaproduçãonacional,devecons-tituirumobjectivomaiordacriaçãosustentávelderiqueza,capaztambémdedinamizarosoutrosgrandessectoresdeactividade,incrementaraproduçãoindustriale,emsimultâneo,avançarnascadeiasdevaloremtermossectoriais,adensaramalhaindustrial,particularmentenasconcentraçõesdeempresaseactividades(clusters)quejátenhamrazoáveiscompetitividadeenotoriedadeinternacionais,promoveravalorizaçãodosrecursosmateriaisnacionaisesubstituirimportaçõesporproduçãonacional.
Noquerespeitaàindústriaextractiva,sobretudonoquecon-cerneàexploraçãodesubstânciasdodomíniopúblicodoEstado,estedeverevertercompletamenteaactualsituaçãodedomíniodocapitalprivado,particularmentedocapitalestrangeiro,iniciandoprocessosquevisemacurtoprazooreassumirdeposiçõesdomi-nantesedeterminantesnapesquisa,exploraçãoeprimeirastransfor-maçõesemterritórionacional,nomeadamentedeminériosdemetaisbásicos—ferro,cobre,zinco,chumbo,estanhoeoutros;deminériosourecursosenergéticos—urânio,petróleo,gásnatural,carvão;dosminériosdemetaisnobres—ouroeprata;edealgunsminérioscon-tendoelementosdegrandevalorestratégico—lítio,índio,tântalo,tungsténioealgumasterrasraras.Écondiçãonecessáriaparasubirnasrespectivascadeiasdevalor,designadamentenodomíniodasmetalurgiasedeoutrosprocessosdeselecçãoepurificação.Aindanestavertente,évitalareanimação,reorientaçãoefortalecimentodaEDM—EmpresadeDesenvolvimentoMineiro.
Quantoàindústriatransformadora,oseudesenvolvimentopassa,deformaarticulada,peloaumentodaprodução,edaspro-dutividadeecompetitividadequelhedevemestarassociadas,epelacriaçãodecondiçõesnoplanocomercialparaoescoamentodaprodução,nomercadointernoeexterno,poisasduascomponentes,acomercialeaprodutiva,estãoindissociavelmenteligadas.
Noplanointerno,adefesadaproduçãonacionaldasindústrias,tradicionaisoumodernas,deveconstituirumobjectivoperma-nente,multifacetadoeenvolversimultaneamenteaadministraçãopúblicaeosconsumidores,sejamempresasoufamílias.
Noplanoexterno,asexportações,especialmentedeprodutostecnologicamentemaisavançados,devemconstituirumobjectivoimportantedoEstadoedasempresas,prosseguindoeincremen-tando-seosapoiossérioseeficazesàexportação.
Apesardasinevitáveisalterações,porvezesprofundas,quesedãonoaparelhoindustrial,nomeadamenteemprodutoseengenha-riasdeprodutosenosprocessosdefabrico,mantêmcontudoasuapertinênciasectoreseproduçõesanteriores,faceàcontinuidadeemuitasvezesaoagravamentodasdebilidadesexistentes.
Aschamadasindústriastradicionais,comootêxtilevestuário,ocalçado,afileiradamadeiraedomobiliário,afileiradacortiça,acerâmica,ovidroeocristal,entreoutras,quetêmvindoasofrergrandeseporvezessocialmentedramáticosprocessosderees-truturação,queemváriassituações,numaperspectivaexclusiva-menteeconómica,constituíramnotáveissucessosemtermosdecompetitividade,devemprosseguir,comrespeitopelosdireitosdostrabalhadores,osprocessosdemodernização,porquetêmedevemcontinuaraterumimportantepapelnonossoperfilindustrial.
Pelograndepotencialdeintegraçãosectorialqueencerraeacapacidademultiplicadoraeestruturantesobreoutrossectores,devemterumacompanhamentoeprotecçãoespeciaisasdiversasfileirasdaindústriaalimentar.
Em todos estes sectores tradicionais, deve insistir-se no au-mentodaprodutividadeedacompetitividade,atravésdenovospassosnaadopçãodetecnologiasmaisavançadas.
Simultaneamente,évitalareanimação,fortalecimentooulan-çamentodeumvastoconjuntodeindústriasbásicaseestratégicas,asassociadasàtransformaçãodeimportantesmatérias-primasmi-neraisnacionais,comoasmetalurgiasferrosas(siderurgiaeoutras)enãoferrosas,asmetaloeelectromecânicaspesadas,aindústriadeconstruçãoereparaçãonaval,aspetroquímicasdeolefinasearomáticos,parasócitarmosasprincipais.
Estasindústriaspermitirãoestruturarerobusteceraproduçãonacional,paraalémdaprópriaproduçãoindustrial,atenuar,enalgunscasosresolver,debilidadesajusanteeapoiarodesen-volvimento,comelevadaautonomia,deimportantesinfra-estru-turas,nasáreasdaproduçãoenergética,dostransportesterrestres
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emarítimos,daindústriaquímicaorgânica,daspescas,entreoutras.
Noquadrodasmudançasoperadasnosdomíniosdaciênciaetecnologia,apareceuumconjuntodenovasindústrias,tecnologiaseprodutos,regrageraldealtaintensidadetecnológica,muitasdasvezesresultadodefrutuosasligaçõesentreoensinosuperioreaesferaprodutiva,comoasbiotecnológicas,comespecialdestaqueparaaindústriafarmacêutica(produçãodeprincípiosactivosemedicamentos,nomeadamentegenéricos),aselectrónicas,nomeadamenteasassociadasàscomunicaçõesouasprodutorasdesistemasdeautomaçãoedecontrolo(eoutrosequipamentosmuitoespecializados),asrelacionadascomastecnologiasdeinformaçãoecomunicação,asprodutorasdeequipamentosligeirosparaaproduçãoenergética,asdosnovosmateriais,entreoutras.
Algumasempresasdepequenaemédiadimensãodestasindústriastêmconstituídonúcleosdegrandesucessonacionaleinternacional,devemsereficazmenteapoiadasereplicadasas suasexperiências,designadamentenoqueconcerneàdisponibili-zaçãodeconsistentesapoiospúblicos.Devevigiar-seatentamenteagulasistemáticaqueasmultinacionaistêmporestasempresasnascentes,criadascomoesforço,oinvestimentoeosabernacio-nais.
Indústriasdealtoníveltecnológico,queexistememPortugalnadependênciaquasetotaldocapitalestrangeiro,comoaindústriaautomóveleasindústriasdecomponentesparaautomóvel,emboranaexpectativadegrandesmudanças,associadasnofundamentalàcrescenteescassezdematérias-primas,devemserrepensadascomvistaaumamaiorincorporaçãonacionalaosdiferentesníveisdaconcepçãoeprodução.
Devemtambémserprotegidas,apoiadasedesenvolvidasasexigentesetecnologicamentemuitoevoluídasactividadesassociadasàsindústriasaeronáuticaeaeroespacial,sejanasuacomponentedefabrico,sejanademanutenção.
Devemaindasermuitoacompanhadaseapoiadasasindústriasdereciclagem—demetais,vidro,plásticos,papelecartão,óleosmineraisevegetais—,queacrescenteescassezderecursoseaprotecçãoambientaltêmvindoafazercrescer,emboraaníveise
comorganizaçãomuitoaquémdasnecessidades,eaatribuirumaimportânciacadavezmaior.
Finalmente,umapolíticaindustrialequilibradanãopodemenorizaraprotecçãoeoapoiopúblicos,particularmentetécnicoefinanceiro,aumamiríadedeactividadesartesanais,económicaeculturalmenteimportantes,criadorasdeempregoeriqueza,nomeadamenteemregiõesdeprimidasedesertificadas.
UmimportanteacréscimodoprotagonismodoEstadoéabsolutamentevitalparaadinamização,renovaçãoedefesadaindústriatransformadoranacional.Esseprotagonismodeveterlugarenquantodefinidoreorientadordaslinhasmestrasdeumaautênticapolíticadedesenvolvimentoindustrial,continuamentearticuladaentreossectorespúblicoeprivado,enquantogestordefundospúblicosdeapoioàindústrianosplanosdacompetitividadeedasexportaçõeseenquantotitularegestordeactivosestratégicosnaesferaprodutiva.
Écrucialparaadinamizaçãodaindústriatransformadoraaexistênciaderecursoshumanosqualificadosatodososníveisdasempresas.Apreparaçãoescolarepós-escolar,orientadaparaaindústria,eapromoçãodetrabalhadores,gestoreseempresárioscomformaçãocrescentementeelevadaemtecnologiasegestãosãocondiçõesnecessáriasparaumaindústriatransformadoramodernizadaecompetitiva.
5.5—Produção,saláriosejustiçasocial
ParaoPCP,adefesadaproduçãonacionaléinseparáveldavalorizaçãodossaláriosedosrendimentosdostrabalhadoresedopovo.Aocontráriodeoutros,quedefendeminteresseiramenteoaumentodaproduçãonacionalmasatravésdoagravamentodaexploração,oobjectivodeproduzirmaisune-seaoobjectivodedistribuirmelhor.
Aelevaçãodossaláriosedasremunerações(bemcomoaele-vaçãodaspensõesereformas),demodoacompensarainflação,arecuperaropoderdecompraperdido,acompartilhardosganhosdeprodutividadeeaaproximardasremuneraçõesmédiasdaUnião
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emarítimos,daindústriaquímicaorgânica,daspescas,entreoutras.
Noquadrodasmudançasoperadasnosdomíniosdaciênciaetecnologia,apareceuumconjuntodenovasindústrias,tecnologiaseprodutos,regrageraldealtaintensidadetecnológica,muitasdasvezesresultadodefrutuosasligaçõesentreoensinosuperioreaesferaprodutiva,comoasbiotecnológicas,comespecialdestaqueparaaindústriafarmacêutica(produçãodeprincípiosactivosemedicamentos,nomeadamentegenéricos),aselectrónicas,nomeadamenteasassociadasàscomunicaçõesouasprodutorasdesistemasdeautomaçãoedecontrolo(eoutrosequipamentosmuitoespecializados),asrelacionadascomastecnologiasdeinformaçãoecomunicação,asprodutorasdeequipamentosligeirosparaaproduçãoenergética,asdosnovosmateriais,entreoutras.
Algumasempresasdepequenaemédiadimensãodestasindústriastêmconstituídonúcleosdegrandesucessonacionaleinternacional,devemsereficazmenteapoiadasereplicadasas suasexperiências,designadamentenoqueconcerneàdisponibili-zaçãodeconsistentesapoiospúblicos.Devevigiar-seatentamenteagulasistemáticaqueasmultinacionaistêmporestasempresasnascentes,criadascomoesforço,oinvestimentoeosabernacio-nais.
Indústriasdealtoníveltecnológico,queexistememPortugalnadependênciaquasetotaldocapitalestrangeiro,comoaindústriaautomóveleasindústriasdecomponentesparaautomóvel,emboranaexpectativadegrandesmudanças,associadasnofundamentalàcrescenteescassezdematérias-primas,devemserrepensadascomvistaaumamaiorincorporaçãonacionalaosdiferentesníveisdaconcepçãoeprodução.
Devemtambémserprotegidas,apoiadasedesenvolvidasasexigentesetecnologicamentemuitoevoluídasactividadesassociadasàsindústriasaeronáuticaeaeroespacial,sejanasuacomponentedefabrico,sejanademanutenção.
Devemaindasermuitoacompanhadaseapoiadasasindústriasdereciclagem—demetais,vidro,plásticos,papelecartão,óleosmineraisevegetais—,queacrescenteescassezderecursoseaprotecçãoambientaltêmvindoafazercrescer,emboraaníveise
comorganizaçãomuitoaquémdasnecessidades,eaatribuirumaimportânciacadavezmaior.
Finalmente,umapolíticaindustrialequilibradanãopodemenorizaraprotecçãoeoapoiopúblicos,particularmentetécnicoefinanceiro,aumamiríadedeactividadesartesanais,económicaeculturalmenteimportantes,criadorasdeempregoeriqueza,nomeadamenteemregiõesdeprimidasedesertificadas.
UmimportanteacréscimodoprotagonismodoEstadoéabsolutamentevitalparaadinamização,renovaçãoedefesadaindústriatransformadoranacional.Esseprotagonismodeveterlugarenquantodefinidoreorientadordaslinhasmestrasdeumaautênticapolíticadedesenvolvimentoindustrial,continuamentearticuladaentreossectorespúblicoeprivado,enquantogestordefundospúblicosdeapoioàindústrianosplanosdacompetitividadeedasexportaçõeseenquantotitularegestordeactivosestratégicosnaesferaprodutiva.
Écrucialparaadinamizaçãodaindústriatransformadoraaexistênciaderecursoshumanosqualificadosatodososníveisdasempresas.Apreparaçãoescolarepós-escolar,orientadaparaaindústria,eapromoçãodetrabalhadores,gestoreseempresárioscomformaçãocrescentementeelevadaemtecnologiasegestãosãocondiçõesnecessáriasparaumaindústriatransformadoramodernizadaecompetitiva.
5.5—Produção,saláriosejustiçasocial
ParaoPCP,adefesadaproduçãonacionaléinseparáveldavalorizaçãodossaláriosedosrendimentosdostrabalhadoresedopovo.Aocontráriodeoutros,quedefendeminteresseiramenteoaumentodaproduçãonacionalmasatravésdoagravamentodaexploração,oobjectivodeproduzirmaisune-seaoobjectivodedistribuirmelhor.
Aelevaçãodossaláriosedasremunerações(bemcomoaele-vaçãodaspensõesereformas),demodoacompensarainflação,arecuperaropoderdecompraperdido,acompartilhardosganhosdeprodutividadeeaaproximardasremuneraçõesmédiasdaUnião
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Europeia,éumobjectivodamaiselementarjustiçasocialeumacondiçãoparaamelhoriadoníveldevidadostrabalhadores,dospadrõesdebem-estardapopulaçãoeparaadiminuiçãodofossosocialqueseparaPortugaldospaísesmaisdesenvolvidosdaEu-ropa.Oobjectivodejustiçaeprogressosocialéasuaprimeiraemaiorjustificação.
Mas,apardisso,aelevaçãodasremuneraçõesdostrabalha-dores(bemcomodospensionistasereformados)podeconstituirummotordedesenvolvimentoeconómicodopaís.Aopermitiraelevaçãodopoderdecompra,proporcionaoaumentodaprocura,oincrementodoconsumo,oalargamentodomercadointerno,oescoamentodeinventáriosacumulados,oalíviodepequenasemédiasempresasemdificuldades,umestímuloàprodução,amaiorutilizaçãodacapacidadeprodutivainstalada.Ecomisso,emefeitomultiplicador,oaumentodoemprego,dosrendimentos,doconsumo,deredobradosestímulosàprodução,sejadirectamentedemeiosdeconsumo,sejademeiosdeproduçãorequeridospelalaboração desses meios de consumo.
Noentanto,desligadodapreocupaçãodeelevaraprodutivi-dade,qualidadeecompetitividadedaproduçãonacional,desa-companhadodaimprescindívelintervençãoamontantenaofertanacional,oefeitomultiplicadordaelevaçãodoconsumoperde-se,pelomenosemgrandemedida,noaumentodaimportaçãodeprodutosestrangeiros,comomostrouasubidaartificialdadespesaalimentadaacréditofácilnasduasúltimasdécadas.Emvezdeestímuloàproduçãonacional,desequilibra-seaindamaisodéficecomercialeagrava-seoendividamentoexternodopaís.
Umacondiçãonecessáriaparaaproveitareusufruir,maiscom-pletamente,doacréscimodaprocurasuscitadopelocrescimentodosrendimentos,paratraduzi-lo(esustentá-lo)nareanimaçãodaeconomia,édesenvolverumaindústriaeumaproduçãonacionaiscapazesdesebatercomasagressivasproduçõesestrangeirasque,mesmocomadesvantagemdoscustosdotransporte,vêmcompetirnoprópriomercadoportuguês.Oqueexigetambémadefesadomercadointerno,comaadequadafiscalizaçãodasimportações,quedevemcumprirasregrasecondicionamentosimpostosàproduçãonacional.
Outracondiçãoéprivilegiarosaumentosdossaláriosedosrendimentosmaisbaixosdostrabalhadoresedaspopulações,porque,alémdoquesignificaenquantoactodejustiçasocial,sãoestascamadassociaismaisempobrecidasquetêmumconsumocommenorpropensãoparaosprodutosimportados.Nessesentido,écrime,quelesanãoapenasajustiçasocialmasoprópriodesen-volvimentoeconómico,travar,emvezdeacelerar,ocrescimentodosaláriomínimonacional(edaspensõesereformasqueaeledeveriamestarindexadas).
Demodogeral,ocombateàsdesigualdades,alutacontraapolarizaçãodariqueza,temoefeitoeconómicobenéficodeincrementaraprocurae,guarnecidocomumaproduçãocapazdecorresponder,ocrescimentoeconómico.Produzirmaisriqueza,permitedistribuirmaisriqueza;mas,inversamente,distribuirmelhorariquezatambémpermiteproduzirmaisriqueza.DaíanecessidadedeatacaremPortugalestaeconomiadasdesigualda-des,quecontribuiparaasuaestagnação,bloqueioedependênciaexterna.
Ocrescimentodossaláriosedasprestaçõessociais,nascon-diçõesindicadas,animandoacurtoprazoaprocura,aproduçãoeoemprego,éumamedidafundamentalparacombaterarecessãoeaestagnaçãoesairdacrise.Mastemqueseracompanhadaporumenquadramento,intervençãoeesforçoinvestidordoEstado,paraevitarqueareduçãodapartedoprodutosocialdisponívelparaoinvestimentoeaacumulaçãoqueresultadoaumentodaproporçãodoconsumo(dadiminuiçãodapropensãoparapoupar)possacomprometermaisadianteoritmoentretantoestimuladodecrescimentoeconómico.Etem,sobretudo,queserprolongadoemverdadeirasmedidasderupturaqueretiremfundamentalmentedaalçadacapitalistaumconjuntodesectoreseconómicosbásicoseestratégicos,quepermitamirintroduzindonavidasocialelemen-tosderacionalidadeeconómica,socialeambiental,diferentesdalógicadamaximizaçãodolucro,aprisionadoradasopçõessociaisebloqueadoradodesenvolvimentonacional.
Em2009,noaugedacriseeconómica,queprosseguenopaíssobaformadeumaprolongadaestagnaçãoentremeadadereces-sões,comonomomentopresente,ogovernoPSdisponibilizou
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Europeia,éumobjectivodamaiselementarjustiçasocialeumacondiçãoparaamelhoriadoníveldevidadostrabalhadores,dospadrõesdebem-estardapopulaçãoeparaadiminuiçãodofossosocialqueseparaPortugaldospaísesmaisdesenvolvidosdaEu-ropa.Oobjectivodejustiçaeprogressosocialéasuaprimeiraemaiorjustificação.
Mas,apardisso,aelevaçãodasremuneraçõesdostrabalha-dores(bemcomodospensionistasereformados)podeconstituirummotordedesenvolvimentoeconómicodopaís.Aopermitiraelevaçãodopoderdecompra,proporcionaoaumentodaprocura,oincrementodoconsumo,oalargamentodomercadointerno,oescoamentodeinventáriosacumulados,oalíviodepequenasemédiasempresasemdificuldades,umestímuloàprodução,amaiorutilizaçãodacapacidadeprodutivainstalada.Ecomisso,emefeitomultiplicador,oaumentodoemprego,dosrendimentos,doconsumo,deredobradosestímulosàprodução,sejadirectamentedemeiosdeconsumo,sejademeiosdeproduçãorequeridospelalaboração desses meios de consumo.
Noentanto,desligadodapreocupaçãodeelevaraprodutivi-dade,qualidadeecompetitividadedaproduçãonacional,desa-companhadodaimprescindívelintervençãoamontantenaofertanacional,oefeitomultiplicadordaelevaçãodoconsumoperde-se,pelomenosemgrandemedida,noaumentodaimportaçãodeprodutosestrangeiros,comomostrouasubidaartificialdadespesaalimentadaacréditofácilnasduasúltimasdécadas.Emvezdeestímuloàproduçãonacional,desequilibra-seaindamaisodéficecomercialeagrava-seoendividamentoexternodopaís.
Umacondiçãonecessáriaparaaproveitareusufruir,maiscom-pletamente,doacréscimodaprocurasuscitadopelocrescimentodosrendimentos,paratraduzi-lo(esustentá-lo)nareanimaçãodaeconomia,édesenvolverumaindústriaeumaproduçãonacionaiscapazesdesebatercomasagressivasproduçõesestrangeirasque,mesmocomadesvantagemdoscustosdotransporte,vêmcompetirnoprópriomercadoportuguês.Oqueexigetambémadefesadomercadointerno,comaadequadafiscalizaçãodasimportações,quedevemcumprirasregrasecondicionamentosimpostosàproduçãonacional.
Outracondiçãoéprivilegiarosaumentosdossaláriosedosrendimentosmaisbaixosdostrabalhadoresedaspopulações,porque,alémdoquesignificaenquantoactodejustiçasocial,sãoestascamadassociaismaisempobrecidasquetêmumconsumocommenorpropensãoparaosprodutosimportados.Nessesentido,écrime,quelesanãoapenasajustiçasocialmasoprópriodesen-volvimentoeconómico,travar,emvezdeacelerar,ocrescimentodosaláriomínimonacional(edaspensõesereformasqueaeledeveriamestarindexadas).
Demodogeral,ocombateàsdesigualdades,alutacontraapolarizaçãodariqueza,temoefeitoeconómicobenéficodeincrementaraprocurae,guarnecidocomumaproduçãocapazdecorresponder,ocrescimentoeconómico.Produzirmaisriqueza,permitedistribuirmaisriqueza;mas,inversamente,distribuirmelhorariquezatambémpermiteproduzirmaisriqueza.DaíanecessidadedeatacaremPortugalestaeconomiadasdesigualda-des,quecontribuiparaasuaestagnação,bloqueioedependênciaexterna.
Ocrescimentodossaláriosedasprestaçõessociais,nascon-diçõesindicadas,animandoacurtoprazoaprocura,aproduçãoeoemprego,éumamedidafundamentalparacombaterarecessãoeaestagnaçãoesairdacrise.Mastemqueseracompanhadaporumenquadramento,intervençãoeesforçoinvestidordoEstado,paraevitarqueareduçãodapartedoprodutosocialdisponívelparaoinvestimentoeaacumulaçãoqueresultadoaumentodaproporçãodoconsumo(dadiminuiçãodapropensãoparapoupar)possacomprometermaisadianteoritmoentretantoestimuladodecrescimentoeconómico.Etem,sobretudo,queserprolongadoemverdadeirasmedidasderupturaqueretiremfundamentalmentedaalçadacapitalistaumconjuntodesectoreseconómicosbásicoseestratégicos,quepermitamirintroduzindonavidasocialelemen-tosderacionalidadeeconómica,socialeambiental,diferentesdalógicadamaximizaçãodolucro,aprisionadoradasopçõessociaisebloqueadoradodesenvolvimentonacional.
Em2009,noaugedacriseeconómica,queprosseguenopaíssobaformadeumaprolongadaestagnaçãoentremeadadereces-sões,comonomomentopresente,ogovernoPSdisponibilizou
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umpacotesignificativo,emboramuitoinsuficiente,desupostasajudasàreanimaçãoeconómica.Mas,numaopçãodeclasseevi-dente,bemilustradapelamalfadadanacionalizaçãodoBPN(quetantopesaaoeráriopúblico),optoubasicamenteporgarantir,emprestaroudardinheiroaosbancoseàsempresas,emvezdedá-loaostrabalhadoreseàspopulaçõescarenciadas.Paraalémdainversãodaspreocupaçõessociais,ignoroudesdenhosamentequeogastopúblicopararevigorarumaeconomia,aprodução,oempregoeorendimento,emsituaçõesdegranderecessãoqueameaçamtransformar-seemdepressãoeconómica,temeficácianulaoureduzidaseaplicadoaocontráriodoqueexigeoaumentodaprocura(emborapossalibertardeapertoseaumentarospro-ventosdequemjátemmuito).
Nestesperíodosdecriseprofunda,garantiroudardinheiroaosbancosnãoserveparanada,porqueosbancosguardam-noparasienãoemprestam,ousóofazememcondiçõesmuitorestritivas,àsempresas(eaosparticulares),quenemsequerlhespagamtudooquejádevem.Emprestaroudardinheiroàsempresas,sendoobrigatórioparaapoiaresalvardafalêncianumerosasMPME,ajuda-asapagarasdívidasquetêm,especialmenteaosbancos,masdificilmenteaslevaaaumentaraproduçãoeascontratações,dadoquenemsequerconseguemvendereescoarosstocks acu-mulados.Istoé,descritocomesquematismo,umcomportamentoracionalporpartedosbancosedasempresas.Nãoseemprestadinheironemseinvestedinheiro,nãoseaumentaaactividadenemsecontratagente,seasperspectivasdelucratividadesãonegativas.Aboasoluçãopassaporentregarodinheiroprimordialmenteaostrabalhadores,nomeadamentecomoaumentodoempregoedossalários,eàspopulaçõesmaiscarenciadas(relativamentemaisviradasparaoconsumodaproduçãonacional).Nãosóporquesãoquemmaisprecisa,mastambémporquesãoosectorqueovaiefectivamentedespender,comprandomeiosdesubsistência,adquirindoprodutoseserviçosdequenecessitamàsempresas,queporsuavezpodemaumentaraprodução,asvendasepagarentãoas dívidas aos bancos.
Emresumo,ogovernoPSfezexactamentetudoaocontrário(eogovernoPSD/CDSprepara-separafazeromesmo).Voltouas
ajudasdecabeçaparabaixo.Emvezdeapoiarvigorosamenteostrabalhadoreseaspopulações,quecomoseuconsumoestimula-riamaproduçãonacionaleestaaliquidaçãodoscompromissosdocrédito,disponibilizouasajudaspreferencialmenteaosbancoseàsgrandesempresas,quebasicamenteasguardaramoudistribuíramerepartiram,deacordocomoscompromissosrecíprocos,entresi.Cáembaixo,paraostrabalhadoreseaspopulações,sobroumuitopouco.Comaagravantedeseteravultadooendividamentopúbli-coeseremagoraestesosquesãochamadosapagaremcortesdesalários,dereformas,depensõesedeprestaçõessociaisassupostasajudasdequetantonecessitavamequenuncalheschegaram.
Comoresultadodacrise,eapretextodela,nãosãoapenasasremunerações,directas(comoossalários)eindirectas(comoascontribuiçõesdasempresasparaasegurançasocial),dostraba-lhadoresquesãopostasdebaixodofogodograndepatronatoedosgovernos.Osequipamentoscolectivoseosserviçospúblicos,gratuitos,subsidiadosou,dealgumamaneira,apoiadospeloEs-tado,dequebeneficiamostrabalhadoresesuasfamílias—quesatisfazemnecessidadesdareproduçãodaforçadetrabalhoecujatomadadeencargoporpartedoEstadorepresentaumasocializaçãodefracçõesdocustodessareprodução—tambémsãopostosemcausa.Esteautêntico«saláriosocial»dostrabalhadores,apesardosretrocessosnadadesprezável(bastapensarnaeducaçãoesaúdepúblicasgratuitas),éalvodamesmasanhaedomesmoencarni-çamentodocapitaledosseusrepresentantespolíticos.
Porqueaumentaroqueostrabalhadoresesuasfamíliaspagamàsautoridadespúblicas,osimpostos,osdescontosparaasegurançasocialeasnumerosíssimastaxasportudoepornada(desdeoestacionamentourbanoàspropinasnoensinosuperior)esimul-taneamentediminuiroretornoqueobtêmdoEstadosocial(comoasocial-democraciagostadelhechamar),aumentaroscustosdaforçadetrabalhoindividualmenteasseguradospelostrabalhadoresesimultaneamentediminuiroscustossociaisdequeoEstadoseencarrega,significadiminuiroencargodocapitalcomestecus-teio,aumentarograudeexploraçãodotrabalhoebeneficiarmaisosgrandesmonopólios,oseufinanciamento,osseuslucrosouamanutenção da ordem social ao seu serviço.
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umpacotesignificativo,emboramuitoinsuficiente,desupostasajudasàreanimaçãoeconómica.Mas,numaopçãodeclasseevi-dente,bemilustradapelamalfadadanacionalizaçãodoBPN(quetantopesaaoeráriopúblico),optoubasicamenteporgarantir,emprestaroudardinheiroaosbancoseàsempresas,emvezdedá-loaostrabalhadoreseàspopulaçõescarenciadas.Paraalémdainversãodaspreocupaçõessociais,ignoroudesdenhosamentequeogastopúblicopararevigorarumaeconomia,aprodução,oempregoeorendimento,emsituaçõesdegranderecessãoqueameaçamtransformar-seemdepressãoeconómica,temeficácianulaoureduzidaseaplicadoaocontráriodoqueexigeoaumentodaprocura(emborapossalibertardeapertoseaumentarospro-ventosdequemjátemmuito).
Nestesperíodosdecriseprofunda,garantiroudardinheiroaosbancosnãoserveparanada,porqueosbancosguardam-noparasienãoemprestam,ousóofazememcondiçõesmuitorestritivas,àsempresas(eaosparticulares),quenemsequerlhespagamtudooquejádevem.Emprestaroudardinheiroàsempresas,sendoobrigatórioparaapoiaresalvardafalêncianumerosasMPME,ajuda-asapagarasdívidasquetêm,especialmenteaosbancos,masdificilmenteaslevaaaumentaraproduçãoeascontratações,dadoquenemsequerconseguemvendereescoarosstocks acu-mulados.Istoé,descritocomesquematismo,umcomportamentoracionalporpartedosbancosedasempresas.Nãoseemprestadinheironemseinvestedinheiro,nãoseaumentaaactividadenemsecontratagente,seasperspectivasdelucratividadesãonegativas.Aboasoluçãopassaporentregarodinheiroprimordialmenteaostrabalhadores,nomeadamentecomoaumentodoempregoedossalários,eàspopulaçõesmaiscarenciadas(relativamentemaisviradasparaoconsumodaproduçãonacional).Nãosóporquesãoquemmaisprecisa,mastambémporquesãoosectorqueovaiefectivamentedespender,comprandomeiosdesubsistência,adquirindoprodutoseserviçosdequenecessitamàsempresas,queporsuavezpodemaumentaraprodução,asvendasepagarentãoas dívidas aos bancos.
Emresumo,ogovernoPSfezexactamentetudoaocontrário(eogovernoPSD/CDSprepara-separafazeromesmo).Voltouas
ajudasdecabeçaparabaixo.Emvezdeapoiarvigorosamenteostrabalhadoreseaspopulações,quecomoseuconsumoestimula-riamaproduçãonacionaleestaaliquidaçãodoscompromissosdocrédito,disponibilizouasajudaspreferencialmenteaosbancoseàsgrandesempresas,quebasicamenteasguardaramoudistribuíramerepartiram,deacordocomoscompromissosrecíprocos,entresi.Cáembaixo,paraostrabalhadoreseaspopulações,sobroumuitopouco.Comaagravantedeseteravultadooendividamentopúbli-coeseremagoraestesosquesãochamadosapagaremcortesdesalários,dereformas,depensõesedeprestaçõessociaisassupostasajudasdequetantonecessitavamequenuncalheschegaram.
Comoresultadodacrise,eapretextodela,nãosãoapenasasremunerações,directas(comoossalários)eindirectas(comoascontribuiçõesdasempresasparaasegurançasocial),dostraba-lhadoresquesãopostasdebaixodofogodograndepatronatoedosgovernos.Osequipamentoscolectivoseosserviçospúblicos,gratuitos,subsidiadosou,dealgumamaneira,apoiadospeloEs-tado,dequebeneficiamostrabalhadoresesuasfamílias—quesatisfazemnecessidadesdareproduçãodaforçadetrabalhoecujatomadadeencargoporpartedoEstadorepresentaumasocializaçãodefracçõesdocustodessareprodução—tambémsãopostosemcausa.Esteautêntico«saláriosocial»dostrabalhadores,apesardosretrocessosnadadesprezável(bastapensarnaeducaçãoesaúdepúblicasgratuitas),éalvodamesmasanhaedomesmoencarni-çamentodocapitaledosseusrepresentantespolíticos.
Porqueaumentaroqueostrabalhadoresesuasfamíliaspagamàsautoridadespúblicas,osimpostos,osdescontosparaasegurançasocialeasnumerosíssimastaxasportudoepornada(desdeoestacionamentourbanoàspropinasnoensinosuperior)esimul-taneamentediminuiroretornoqueobtêmdoEstadosocial(comoasocial-democraciagostadelhechamar),aumentaroscustosdaforçadetrabalhoindividualmenteasseguradospelostrabalhadoresesimultaneamentediminuiroscustossociaisdequeoEstadoseencarrega,significadiminuiroencargodocapitalcomestecus-teio,aumentarograudeexploraçãodotrabalhoebeneficiarmaisosgrandesmonopólios,oseufinanciamento,osseuslucrosouamanutenção da ordem social ao seu serviço.
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Éporissoquealutadosutentesedaspopulaçõescontraadegradaçãodosserviçospúblicosétambémumalutacontraaexploraçãodotrabalho,convergentecomalutageraldostraba-lhadoresqueenfrentaabertamenteocapital.
5.6—Factoresemeiosdeprodução
Emboraalaboraçãonaagricultura,nasilvicultura,naspescas,nasindústriasextractivaetransformadoraenaconstruçãocivilsejasemprecondicionadapelaenvolventepolítica,económica,financeira,cultural,social,institucionaleambientaldasempresas,existemcondicionantesque,mesmoemsituaçõesdecrescimentoeconómico,afectam,porvezesmuitonegativamente,aactividadedestasunidadesdaesferaprodutiva.
Ossectoresdeactividadequemaiscondicionamacompe-titividadedasempresasprodutivas,particularmentedasmicro,pequenasemédiasempresas,sejanomercadointerno,sejanosmercadosinternacionais,sãoosfornecedoresdefactores(benseserviços)deproduçãoestratégicos,comoosistemafinanceiro,bancaeseguros,osdiversossubsistemasenergéticos,electricidade,gásnaturalecombustíveislíquidos,astelecomunicações,osdiver-sossubsistemasdetransporteeasinfra-estruturaslogísticas.
Noutraperspectiva,adoescoamentodaprodução,deveacrescentar-se,enquantofactordeestrangulamentodasMPME,agrandedistribuição.
Contrariamenteàleituraneoliberal,enviesadapelasuaestreitaperspectivadeclasse,queenfatiza,naquiloquedesignaporcustosdecontexto,osdireitosdostrabalhadoreseofuncionamentodaadministraçãopública,sobressaidarealidadequeosverdadeirosecríticoscustosdecontextoparaasempresasprodutivassãoosrelacionadoscomosfactoresemeiosdeproduçãodisponibilizadospelossectoresatrásmencionados.
Partemuitoimportantedessessectoressãoverdadeirosmono-póliosnaturais,enquantooutros,pelasuaestruturaempresarial,constituemefectivosoligopólios.Oprocessodeprivatizaçõestransformou-osemimportantesnúcleosdoprocessodeacumula-
çãoecentralizaçãodecapital,levadoacabopelograndecapitalnacionalemíntimaassociaçãocomocapitalestrangeiro.Acumula-çãoconseguidadesignadamentecomapráticadepreçosdemono-pólio,preçosdescarregadosemcimadasfamíliasedasempresasprodutivas,queaindaporcimaenfrentamquotidianamenteaferozconcorrênciaestrangeira.
EmPortugal,ocaráctermonopolistademuitasdasactividadesdeterminantesnofornecimentodefactoresdeprodução,bemcomoosapoiosdosgovernosedassuasagênciasespecializadasaosmonopólios,impedemobjectivamenteaatenuaçãoeporventuraresoluçãodoproblemadoselevados«custosdecontexto»dasempresasprodutivas.
Defacto,ocorreumacontradiçãoinsanávelentreointeressedodesenvolvimentodaeconomianacionaleointeressedosgran-desaccionistas,muitasdasvezesestrangeiros,destasempresas,sobretudonabanca,seguros,energiaetelecomunicações.
Asuperaçãodetalcontradição,comvistaacolocarestecon-juntodeactividadesestratégicasaoserviçoefectivododesenvol-vimentodaeconomianacional,podeconseguir-seporviadeumaforteintervençãodoEstadoportuguês,designadamenteatravésdenacionalizações(democráticasedefinitivas,paradistingui-lasdasquesedestinamtransitoriamenteasocializarosprejuízosdosmonopólios,atéquevoltemadarlucros).
5.7—PolíticadeapoioàsMPME
SãoasMPMEquesofrem,simultaneamente,oembatedacon-corrênciainternacionalnosmercadosinternoeexterno,ospreçosdemonopóliodeváriosfactoresdeproduçãoestratégicos,oapertodosgrandesgruposdedistribuiçãonacionaiseainsuficiênciaediscriminaçãodosapoiospúblicosnacionaisecomunitários,par-ticularmentenoqueconcerneàsmicroepequenasempresas.
Estetipodeempresas,especialmenteasmicroepequenas,apre-sentagrandesinsuficiênciasnaorganizaçãoegestão,naestruturafinanceiraenopotencialhumano,apardeumainsuficientedimen-sãomédia,oqueasinferiorizarelativamenteàsempresasdosmes-
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Éporissoquealutadosutentesedaspopulaçõescontraadegradaçãodosserviçospúblicosétambémumalutacontraaexploraçãodotrabalho,convergentecomalutageraldostraba-lhadoresqueenfrentaabertamenteocapital.
5.6—Factoresemeiosdeprodução
Emboraalaboraçãonaagricultura,nasilvicultura,naspescas,nasindústriasextractivaetransformadoraenaconstruçãocivilsejasemprecondicionadapelaenvolventepolítica,económica,financeira,cultural,social,institucionaleambientaldasempresas,existemcondicionantesque,mesmoemsituaçõesdecrescimentoeconómico,afectam,porvezesmuitonegativamente,aactividadedestasunidadesdaesferaprodutiva.
Ossectoresdeactividadequemaiscondicionamacompe-titividadedasempresasprodutivas,particularmentedasmicro,pequenasemédiasempresas,sejanomercadointerno,sejanosmercadosinternacionais,sãoosfornecedoresdefactores(benseserviços)deproduçãoestratégicos,comoosistemafinanceiro,bancaeseguros,osdiversossubsistemasenergéticos,electricidade,gásnaturalecombustíveislíquidos,astelecomunicações,osdiver-sossubsistemasdetransporteeasinfra-estruturaslogísticas.
Noutraperspectiva,adoescoamentodaprodução,deveacrescentar-se,enquantofactordeestrangulamentodasMPME,agrandedistribuição.
Contrariamenteàleituraneoliberal,enviesadapelasuaestreitaperspectivadeclasse,queenfatiza,naquiloquedesignaporcustosdecontexto,osdireitosdostrabalhadoreseofuncionamentodaadministraçãopública,sobressaidarealidadequeosverdadeirosecríticoscustosdecontextoparaasempresasprodutivassãoosrelacionadoscomosfactoresemeiosdeproduçãodisponibilizadospelossectoresatrásmencionados.
Partemuitoimportantedessessectoressãoverdadeirosmono-póliosnaturais,enquantooutros,pelasuaestruturaempresarial,constituemefectivosoligopólios.Oprocessodeprivatizaçõestransformou-osemimportantesnúcleosdoprocessodeacumula-
çãoecentralizaçãodecapital,levadoacabopelograndecapitalnacionalemíntimaassociaçãocomocapitalestrangeiro.Acumula-çãoconseguidadesignadamentecomapráticadepreçosdemono-pólio,preçosdescarregadosemcimadasfamíliasedasempresasprodutivas,queaindaporcimaenfrentamquotidianamenteaferozconcorrênciaestrangeira.
EmPortugal,ocaráctermonopolistademuitasdasactividadesdeterminantesnofornecimentodefactoresdeprodução,bemcomoosapoiosdosgovernosedassuasagênciasespecializadasaosmonopólios,impedemobjectivamenteaatenuaçãoeporventuraresoluçãodoproblemadoselevados«custosdecontexto»dasempresasprodutivas.
Defacto,ocorreumacontradiçãoinsanávelentreointeressedodesenvolvimentodaeconomianacionaleointeressedosgran-desaccionistas,muitasdasvezesestrangeiros,destasempresas,sobretudonabanca,seguros,energiaetelecomunicações.
Asuperaçãodetalcontradição,comvistaacolocarestecon-juntodeactividadesestratégicasaoserviçoefectivododesenvol-vimentodaeconomianacional,podeconseguir-seporviadeumaforteintervençãodoEstadoportuguês,designadamenteatravésdenacionalizações(democráticasedefinitivas,paradistingui-lasdasquesedestinamtransitoriamenteasocializarosprejuízosdosmonopólios,atéquevoltemadarlucros).
5.7—PolíticadeapoioàsMPME
SãoasMPMEquesofrem,simultaneamente,oembatedacon-corrênciainternacionalnosmercadosinternoeexterno,ospreçosdemonopóliodeváriosfactoresdeproduçãoestratégicos,oapertodosgrandesgruposdedistribuiçãonacionaiseainsuficiênciaediscriminaçãodosapoiospúblicosnacionaisecomunitários,par-ticularmentenoqueconcerneàsmicroepequenasempresas.
Estetipodeempresas,especialmenteasmicroepequenas,apre-sentagrandesinsuficiênciasnaorganizaçãoegestão,naestruturafinanceiraenopotencialhumano,apardeumainsuficientedimen-sãomédia,oqueasinferiorizarelativamenteàsempresasdosmes-
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mosescalõesdimensionaisdospaísesmaisdesenvolvidosdaUEesetraduzemproblemasdeprodutividadeecompetitividade.
Aspotencialidadesquetambémapresentam,decorrentesdaflexibilidadeeadaptabilidadeàsmudançasdeconjunturaeconó-micaedaalteraçãodeparadigmastecnológicosedemercados,queintroduzemnotecidoprodutivo,nãobastamparasuperarfragilida-des,insuficiênciaseapequenadimensãodeescala,nomeadamenteasuaenormedependênciaestruturaleestratégicadasgrandesempresasedocapitalmultinacional,paraosquaistrabalhamemregimedesubcontrataçãoesoboutrasformasmaisoumenosin-formais.Refira-se,atítulodeexemplos,adependênciadecentenasdePMEdovestuáriodeumsógrandegrupo(Inditex)ouaenormesegmentaçãodacadeiadevalornaconstruçãocivil,comdezenasdeempresasdependentesdealgunspoucosgrandesgrupos.
Contudo,tememergidonosúltimosanosumnúmerocadavezmaiordeempresas,sejaemáreastradicionais,sejaemáreasmaismodernas,queapresentamelevadospadrõesdeinovação,investigação,produtividadeecompetitividade,mesmoemmer-cadosinternacionaisdeelevadaconcorrência.Trata-seaindadeilhas,emboranalgunssectoresjácomrelevância,cujosefeitosdedemonstraçãoederéplicarelativamenteamuitasdasoutrasempresasdeveseracompanhadoeacarinhadoaescalascadavezmais maiores.
ÉnecessárioqueoEstadointervenhaparaauxiliarasMPMEasuperarassuasdificuldadesintrínsecas,nomeadamenteapoiandoasuamodernizaçãotecnológicaeorganizacional,parapôrfimaosabusosdasuadependênciaeconómica,nomeadamentegarantindo- -lhesoacessoaomercadopúblicoebeneficiando-asnocréditoeinvestimentopúblicos,massobretudoparacontrariarosufoco eapredaçãodequesãoalvodosgrandesmonopólios,nacionaiseestrangeiros.Anacionalizaçãodosectorenergéticoefinanceiro,acompanhadadeumapolíticadediscriminaçãopositivadasMPME,contribuindoparalhesdiminuiroscustosdosfactoresdeprodução,constituiriaparaestasempresasumenormebalãodeoxigénio. Demodogeral,cadapassodadonalutacontraopoderdosmonopó-liosenoreforçodeumreconstituídoerenovadosectorempresarialdoEstadoéumpassodadonaprotecçãoeauxílioàsMPME.
CapítuloVIResumodeorientaçõesemedidas
Semoutrapreocupaçãodoqueadereunir,apresentam-seportemasumconjuntodeorientaçõesemedidasrelevantes,sejamdecarácterestruturante(demédioelongoprazo),sejamdeapli-caçãoquaseimediata,abordadasoumencionadasnoscapítulosprecedentes.
Umapolíticaalternativaparaoaumentodaproduçãonacionaleodesenvolvimentoeconómicorequer:
No domínio do planeamento económico
•Lançamentoeimplementaçãoacurtoprazodeumplanoeconómico,dandoplenocumprimentoaopreceitoconstitu-cional(alíneae)doartigo80.oeartigo90.o da Constituição daRepública),querelanceopapeldinamizadordoEstadonasactividadeseconómicas,especialmentenaesferapro-dutiva.•Traduçãodoplaneamentoeconómicoemobjectivoscon-cretosdeaumentodaproduçãoereduçãodadependênciaexternanossectoresprodutivos,eemprogramasdeapoiotecnológico,financeiroedegestão,especialmenteàsMPMEecooperativas.
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mosescalõesdimensionaisdospaísesmaisdesenvolvidosdaUEesetraduzemproblemasdeprodutividadeecompetitividade.
Aspotencialidadesquetambémapresentam,decorrentesdaflexibilidadeeadaptabilidadeàsmudançasdeconjunturaeconó-micaedaalteraçãodeparadigmastecnológicosedemercados,queintroduzemnotecidoprodutivo,nãobastamparasuperarfragilida-des,insuficiênciaseapequenadimensãodeescala,nomeadamenteasuaenormedependênciaestruturaleestratégicadasgrandesempresasedocapitalmultinacional,paraosquaistrabalhamemregimedesubcontrataçãoesoboutrasformasmaisoumenosin-formais.Refira-se,atítulodeexemplos,adependênciadecentenasdePMEdovestuáriodeumsógrandegrupo(Inditex)ouaenormesegmentaçãodacadeiadevalornaconstruçãocivil,comdezenasdeempresasdependentesdealgunspoucosgrandesgrupos.
Contudo,tememergidonosúltimosanosumnúmerocadavezmaiordeempresas,sejaemáreastradicionais,sejaemáreasmaismodernas,queapresentamelevadospadrõesdeinovação,investigação,produtividadeecompetitividade,mesmoemmer-cadosinternacionaisdeelevadaconcorrência.Trata-seaindadeilhas,emboranalgunssectoresjácomrelevância,cujosefeitosdedemonstraçãoederéplicarelativamenteamuitasdasoutrasempresasdeveseracompanhadoeacarinhadoaescalascadavezmais maiores.
ÉnecessárioqueoEstadointervenhaparaauxiliarasMPMEasuperarassuasdificuldadesintrínsecas,nomeadamenteapoiandoasuamodernizaçãotecnológicaeorganizacional,parapôrfimaosabusosdasuadependênciaeconómica,nomeadamentegarantindo- -lhesoacessoaomercadopúblicoebeneficiando-asnocréditoeinvestimentopúblicos,massobretudoparacontrariarosufoco eapredaçãodequesãoalvodosgrandesmonopólios,nacionaiseestrangeiros.Anacionalizaçãodosectorenergéticoefinanceiro,acompanhadadeumapolíticadediscriminaçãopositivadasMPME,contribuindoparalhesdiminuiroscustosdosfactoresdeprodução,constituiriaparaestasempresasumenormebalãodeoxigénio. Demodogeral,cadapassodadonalutacontraopoderdosmonopó-liosenoreforçodeumreconstituídoerenovadosectorempresarialdoEstadoéumpassodadonaprotecçãoeauxílioàsMPME.
CapítuloVIResumodeorientaçõesemedidas
Semoutrapreocupaçãodoqueadereunir,apresentam-seportemasumconjuntodeorientaçõesemedidasrelevantes,sejamdecarácterestruturante(demédioelongoprazo),sejamdeapli-caçãoquaseimediata,abordadasoumencionadasnoscapítulosprecedentes.
Umapolíticaalternativaparaoaumentodaproduçãonacionaleodesenvolvimentoeconómicorequer:
No domínio do planeamento económico
•Lançamentoeimplementaçãoacurtoprazodeumplanoeconómico,dandoplenocumprimentoaopreceitoconstitu-cional(alíneae)doartigo80.oeartigo90.o da Constituição daRepública),querelanceopapeldinamizadordoEstadonasactividadeseconómicas,especialmentenaesferapro-dutiva.•Traduçãodoplaneamentoeconómicoemobjectivoscon-cretosdeaumentodaproduçãoereduçãodadependênciaexternanossectoresprodutivos,eemprogramasdeapoiotecnológico,financeiroedegestão,especialmenteàsMPMEecooperativas.
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Nopapelda administração pública
•IntervençãodinamizadoradoEstadonaagricultura,pescas,indústriaextractivaetransformadoraeproduçãoenergética,atravésdoplaneamentoedareorganizaçãodaadministraçãopública.•Coordenaçãosectorial,definiçãodepolíticas,estabeleci-mentoecontrolodeobjectivosparaasdiferentesesferasprodutivas.•Dotaçãodemeioshumanos,técnicosefinanceirosadequa-dosàdinamizaçãodaactividadeeconómica.•Apoioàsempresas,especialmenteàsMPME,eàscoope-
rativas.•Valorizaçãodostrabalhadores,dosseusdireitoseremune-rações,promoçãodamotivaçãoeincentivoàparticipaçãodostrabalhadoresdoEstado,designadamentedosseusqua-drostécnicos,naconcretizaçãodosobjectivosdaspolíticaspúblicas.
Nadefesadaprodução nacional
•Concepçãoeconcretizaçãodeumprogramapúblicodeapoioàproduçãonacionaldeprodutosimportados,quecon-temple,entreoutrasmedidasdedefesadomercadointerno,oaccionamentodecláusulasdesalvaguardadelimitaçãodasimportações.•CriaçãodeumGabineteDinamizadordaProduçãoNacionalparaosNovosProjectos,parafomentaregeriraincorpo-raçãodeprodutosdaindústriatransformadoranacionalnodesenvolvimentodosgrandesprojectoseoutrosempreendi-mentos,nodomíniodotransporteferroviário,daproduçãoenergética,dasinfra-estruturaslogísticas,naproduçãoindustrial.•IntervençãodoEstadonacorrecçãodaspráticasdeaprovi-sionamentodasgrandessuperfícies,objectivamentecontraaproduçãonacional.
•Promoçãodepolíticasquevalorizemanecessidadedein-corporarnosprojectosenoscadernosdeencargosprodutosecomponentesdefabriconacional.
Para aumentar a produção
•Aproveitamentodosrecursosnaturais,designadamentedomar,rios,estuáriosealbufeiras(pesqueiros,minerais,biológicos,energéticos),dosolo(agrícolaseflorestais),dosubsolo(minerais,rochasornamentaiseindustriais,águas)eenergéticos.•Máximoaproveitamentodosefeitosmultiplicadoresdasfileirasprodutivasemquehajapotencialidadeseexperiênciacapazesdeproduziremefeitosacurtoprazo,designada-mentenossectoresagroalimentar,mineiro,florestaledaindústrianaval.•Adequação,atravésdaintervençãodaCaixaGeraldeDe-pósitos,deumapolíticadecréditoedefinanciamentoàsnecessidadesdaprodução.•Reduçãodoscustosenergéticosedascomunicações,de-signadamenteatravésdafixaçãodepreçosmáximosnoscombustíveis,electricidadeegásnatural.•Racionalizaçãoefiscalizaçãodoscircuitosdedistribuiçãoecomercialização,defendendoprodutoreseconsumi- doresdocontrolodospreçospelosagentesintermediá-rios.•Reestruturaçãodarededetransportes,comaadopçãodeumplanonacionaldetransporteselogísticaqueintegreotransportedepassageirosedemercadorias.•Valorizaçãoeinvestimentonoensinopúblico,visandoamelhoriadasqualificaçõescientíficasetécnicasdapopu-lação.•Aprofundamentodasligaçõesentreoensinosuperioreaesferaprodutiva,emsectorescomoabiotecnologiaeindús-triafarmacêutica,asindústriaselectrónicas,asindústriasdeequipamentosparaaproduçãoenergética,asdosnovosmateriais, entre outras.
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Nopapelda administração pública
•IntervençãodinamizadoradoEstadonaagricultura,pescas,indústriaextractivaetransformadoraeproduçãoenergética,atravésdoplaneamentoedareorganizaçãodaadministraçãopública.•Coordenaçãosectorial,definiçãodepolíticas,estabeleci-mentoecontrolodeobjectivosparaasdiferentesesferasprodutivas.•Dotaçãodemeioshumanos,técnicosefinanceirosadequa-dosàdinamizaçãodaactividadeeconómica.•Apoioàsempresas,especialmenteàsMPME,eàscoope-
rativas.•Valorizaçãodostrabalhadores,dosseusdireitoseremune-rações,promoçãodamotivaçãoeincentivoàparticipaçãodostrabalhadoresdoEstado,designadamentedosseusqua-drostécnicos,naconcretizaçãodosobjectivosdaspolíticaspúblicas.
Nadefesadaprodução nacional
•Concepçãoeconcretizaçãodeumprogramapúblicodeapoioàproduçãonacionaldeprodutosimportados,quecon-temple,entreoutrasmedidasdedefesadomercadointerno,oaccionamentodecláusulasdesalvaguardadelimitaçãodasimportações.•CriaçãodeumGabineteDinamizadordaProduçãoNacionalparaosNovosProjectos,parafomentaregeriraincorpo-raçãodeprodutosdaindústriatransformadoranacionalnodesenvolvimentodosgrandesprojectoseoutrosempreendi-mentos,nodomíniodotransporteferroviário,daproduçãoenergética,dasinfra-estruturaslogísticas,naproduçãoindustrial.•IntervençãodoEstadonacorrecçãodaspráticasdeaprovi-sionamentodasgrandessuperfícies,objectivamentecontraaproduçãonacional.
•Promoçãodepolíticasquevalorizemanecessidadedein-corporarnosprojectosenoscadernosdeencargosprodutosecomponentesdefabriconacional.
Para aumentar a produção
•Aproveitamentodosrecursosnaturais,designadamentedomar,rios,estuáriosealbufeiras(pesqueiros,minerais,biológicos,energéticos),dosolo(agrícolaseflorestais),dosubsolo(minerais,rochasornamentaiseindustriais,águas)eenergéticos.•Máximoaproveitamentodosefeitosmultiplicadoresdasfileirasprodutivasemquehajapotencialidadeseexperiênciacapazesdeproduziremefeitosacurtoprazo,designada-mentenossectoresagroalimentar,mineiro,florestaledaindústrianaval.•Adequação,atravésdaintervençãodaCaixaGeraldeDe-pósitos,deumapolíticadecréditoedefinanciamentoàsnecessidadesdaprodução.•Reduçãodoscustosenergéticosedascomunicações,de-signadamenteatravésdafixaçãodepreçosmáximosnoscombustíveis,electricidadeegásnatural.•Racionalizaçãoefiscalizaçãodoscircuitosdedistribuiçãoecomercialização,defendendoprodutoreseconsumi- doresdocontrolodospreçospelosagentesintermediá-rios.•Reestruturaçãodarededetransportes,comaadopçãodeumplanonacionaldetransporteselogísticaqueintegreotransportedepassageirosedemercadorias.•Valorizaçãoeinvestimentonoensinopúblico,visandoamelhoriadasqualificaçõescientíficasetécnicasdapopu-lação.•Aprofundamentodasligaçõesentreoensinosuperioreaesferaprodutiva,emsectorescomoabiotecnologiaeindús-triafarmacêutica,asindústriaselectrónicas,asindústriasdeequipamentosparaaproduçãoenergética,asdosnovosmateriais, entre outras.
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•Medidaspúblicasparaacolocaçãodediplomadosdesem-pregadosousubempregados(especialmentedeengenharia,gestão,economia,gestãoderecursoshumanos)nossectoresprodutivos,sobretudonasMPME.•Promoçãodeencomendasediscriminaçãopositivadocré-ditoeinvestimentopúblicoàsMPME.•Gestãopúblicadasgrandesinfra-estruturasdetransportesnacionais,incluindoosgrandesportos.•Criaçãodeumaempresapúblicadetransportemarítimodemercadorias,relançamentodeumafrotanacionaldes-tesnaviosedinamizaçãodeescolasespecializadasparaamarinhamercante.•Aumentodossalários,comumaprogressãodamédiasalarialclaramenteacimadainflaçãoedosaláriomínimonacional visando os 600€ em 2013.
No desenvolvimento da agricultura
•Defesaereforçodaregulamentaçãoquegarantaodireitoaproduzir,comoasquotasleiteiraseosdireitosdeplantionovinho.•Recuperaçãoereforçodasquotasdeproduçãodebeterrabasacarina,comvistaaassegurarumabastecimentode25%do consumo nacional.•Reforçodosprogramasdeapoioedesenvolvimentodasraçasautóctonesnacionais.•ReavaliaçãodomodeloseguidoereformulaçãodoPRO-DERaoserviçodaspequenasemédiasexplorações.•Apoioàactividadedasexploraçõesdemenordimensãoefavorecimentodocooperativismoedoassociativismo.•Criaçãodelinhasdecréditobonificadoalongoprazo deauxílioaodesendividamentodasexploraçõesagríco-las.•Revitalizaçãodosmercadoslocaisparaavendadirectadosprodutores.•Favorecimentodadistribuiçãodasproduçõesnacionaisparaoscentrosurbanosegrandessuperfíciescomerciaise
imposiçãoàgrandedistribuiçãodemínimoslegaisdevendadecertasproduçõesnacionais.•Privilégiodasproduçõesnacionaisnoaprovisionamentodealimentosdaadministraçãopública(comocantinasehospitais).•Conclusãodasobrasemcursodoregadioemodernizaçãodosregadiostradicionais.•Garantiadepreçosdaáguanoregadioacessíveisaospeque-nosemédiosagricultores.•AproveitamentointegraldoAlquevaerespectivasinfra-estruturasedeoutrosperímetrosderega.•ConclusãodasobrasdoBaixoMondegoedoBaixoVouga.•Apoioàconstruçãoerequalificaçãodasredespúblicasecooperativasdeinfra-estruturasajusantedaproduçãoagro-pecuária.•Prioridadeàinvestigaçãoeexperimentação,revitalizaçãodosserviçosdeextensãorural.•Apoioàinstalaçãodejovensagricultores.Travagemdoen-
cerramento de serviços da administração, escolas ou centros desaúde,naszonasrurais.•Apoio,paragarantirviabilidadeedesenvolvimento,aomovimentocooperativo.
No desenvolvimento da silvicultura
•Criaçãodeumplanonacionaldeflorestação,aconcretizarem10anos,comreordenamentoemelhorutilizaçãodafloresta,quetenhaematençãoaspectoseconómicos,am-bientais e os interesses das comunidades locais.•Simplificaçãodalegislaçãoflorestal,melhorandoaarticu-laçãoentreosorganismospúblicoscomresponsabilidadesno sector.•Realizaçãodocadastroflorestal(eactualizaçãodocadastrodapropriedaderústica).•Promoçãodoinvestimentodospequenosemédiosproprie-táriosnafloresta,incrementandoacomparticipaçãonesseinvestimento.
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•Medidaspúblicasparaacolocaçãodediplomadosdesem-pregadosousubempregados(especialmentedeengenharia,gestão,economia,gestãoderecursoshumanos)nossectoresprodutivos,sobretudonasMPME.•Promoçãodeencomendasediscriminaçãopositivadocré-ditoeinvestimentopúblicoàsMPME.•Gestãopúblicadasgrandesinfra-estruturasdetransportesnacionais,incluindoosgrandesportos.•Criaçãodeumaempresapúblicadetransportemarítimodemercadorias,relançamentodeumafrotanacionaldes-tesnaviosedinamizaçãodeescolasespecializadasparaamarinhamercante.•Aumentodossalários,comumaprogressãodamédiasalarialclaramenteacimadainflaçãoedosaláriomínimonacional visando os 600€ em 2013.
No desenvolvimento da agricultura
•Defesaereforçodaregulamentaçãoquegarantaodireitoaproduzir,comoasquotasleiteiraseosdireitosdeplantionovinho.•Recuperaçãoereforçodasquotasdeproduçãodebeterrabasacarina,comvistaaassegurarumabastecimentode25%do consumo nacional.•Reforçodosprogramasdeapoioedesenvolvimentodasraçasautóctonesnacionais.•ReavaliaçãodomodeloseguidoereformulaçãodoPRO-DERaoserviçodaspequenasemédiasexplorações.•Apoioàactividadedasexploraçõesdemenordimensãoefavorecimentodocooperativismoedoassociativismo.•Criaçãodelinhasdecréditobonificadoalongoprazo deauxílioaodesendividamentodasexploraçõesagríco-las.•Revitalizaçãodosmercadoslocaisparaavendadirectadosprodutores.•Favorecimentodadistribuiçãodasproduçõesnacionaisparaoscentrosurbanosegrandessuperfíciescomerciaise
imposiçãoàgrandedistribuiçãodemínimoslegaisdevendadecertasproduçõesnacionais.•Privilégiodasproduçõesnacionaisnoaprovisionamentodealimentosdaadministraçãopública(comocantinasehospitais).•Conclusãodasobrasemcursodoregadioemodernizaçãodosregadiostradicionais.•Garantiadepreçosdaáguanoregadioacessíveisaospeque-nosemédiosagricultores.•AproveitamentointegraldoAlquevaerespectivasinfra-estruturasedeoutrosperímetrosderega.•ConclusãodasobrasdoBaixoMondegoedoBaixoVouga.•Apoioàconstruçãoerequalificaçãodasredespúblicasecooperativasdeinfra-estruturasajusantedaproduçãoagro-pecuária.•Prioridadeàinvestigaçãoeexperimentação,revitalizaçãodosserviçosdeextensãorural.•Apoioàinstalaçãodejovensagricultores.Travagemdoen-
cerramento de serviços da administração, escolas ou centros desaúde,naszonasrurais.•Apoio,paragarantirviabilidadeedesenvolvimento,aomovimentocooperativo.
No desenvolvimento da silvicultura
•Criaçãodeumplanonacionaldeflorestação,aconcretizarem10anos,comreordenamentoemelhorutilizaçãodafloresta,quetenhaematençãoaspectoseconómicos,am-bientais e os interesses das comunidades locais.•Simplificaçãodalegislaçãoflorestal,melhorandoaarticu-laçãoentreosorganismospúblicoscomresponsabilidadesno sector.•Realizaçãodocadastroflorestal(eactualizaçãodocadastrodapropriedaderústica).•Promoçãodoinvestimentodospequenosemédiosproprie-táriosnafloresta,incrementandoacomparticipaçãonesseinvestimento.
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•Recuperaçãodaproduçãoflorestaldelenhodequalidade.•Prevençãodeincêndiosevigilânciadafloresta,emarti-culaçãocomasorganizaçõesdeprodutoresflorestaiseosconcelhosdirectivosdosbaldios.•Planodeintervençãourgentedecombateàsdoençasepragas,comoonemátododopinheiroeatintadocastanheiro.•Instalaçãodascentraisdebiomassajáprevistas,compos-
sível reestruturação da rede e modelo.•Promoçãodaindústriaquímicaligadaàsresinas,aprovei-tamentodasespéciessilvestresparaaproduçãodeessên-cias,condimentos,produtosfarmacêuticosecosméticos.
No desenvolvimento das pescas
•Estabelecimentodeprogramadedinamizaçãodaspescasnacionais,comreduçãodopreçodefactoresdeproduçãoemelhoriadascadeiasdecomercialização.•Accionamentodeprogramaespecíficodeapoioàpequenapesca.•Incentivoàrenovaçãodasfrotasdepesca.•Alargamentodoacessoacustoreduzidoemtodosostiposdecombustíveisatodosossegmentosdafrota.•Promoçãodavalorizaçãodopescadonaprimeiravenda.•Desenvolvimentodaaquacultura.•Apoioàindústriaconserveiraeaoconsumodeconservasportuguesas.•Valorizaçãodaactividadedospescadores,melhorandoascondiçõesremuneratóriasedesegurançadasuaactividade.
No desenvolvimento das indústrias extractivas
•Reversãododomíniodocapitalprivado,particularmenteestrangeiro,comassunçãodeposiçõesdominantesnapes-quisa,exploraçãoeprimeirastransformaçõesemterritórionacionaldoferro,cobre,zinco,chumbo,estanho,urânio,petróleo,gásnatural,carvão,ouro,prata,lítio,tungsténio,entre outros.
•Aproveitamentointegraldosrecursos,começandopelosdemelhorescondiçõesdeexploraçãoerendibilidadesocial,fornecendoàindústriaeexportandoprodutosomaisela-boradospossível.•Reanimação,reorientaçãoefortalecimentodaEDM—EmpresadeDesenvolvimentoMineiro.•ReconstituiçãodaEmpresaNacionaldeUrânio(ENU).•DinamizaçãodaexploraçãomineiraedainstalaçãodeconcentraçãodeminériosdemetaisbásicosemAljus- trel.
No desenvolvimento da indústria transformadora
•AssunçãopeloEstadodeposiçõesdeterminantesemindús-triasbásicas,comoasiderurgiaealgumasmetalurgiasnãoferrosas(cobre),eemindústriasestratégicas,comoanaval(grandesemédiosestaleiros)easmetalo,electromecânicaseelectrónicasdeproduçãodematerialdetransportesobrecarrisoudeequipamentosparaaproduçãodeelectrici-dade. •Estruturaçãodenúcleosdeintegraçãovertical,baseadosnosrecursosnaturaisnacionais,desdeasindústriasextractivasàsprimeirastransformações(comoasiderurgia,metalurgiae cimenteira).•Ampliaçãodapetroquímica,daproduçãodeolefinase
aromáticos.•Recriaçãodeumsectordeadubos.•Recuperaçãodeposiçõespúblicasnapropriedadeegestãodaindústriadepastadepapelepapel.•IntervençãopúblicanaEMEFenaex-Sorefame,recupe-raçãodaproduçãonacionaldematerialdetransportesobrecarris(comboios,metropolitanos,eléctricos).•IntervençãodoEstadoparaassegurararetomaoupromoçãodaproduçãodevidroplano,deamoníaco,deexplosivosindustriais,degrandesestruturasmetálicas,equipamentosdemovimentaçãoeelevaçãodegrandescargas,entreoutrasproduções.
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•Recuperaçãodaproduçãoflorestaldelenhodequalidade.•Prevençãodeincêndiosevigilânciadafloresta,emarti-culaçãocomasorganizaçõesdeprodutoresflorestaiseosconcelhosdirectivosdosbaldios.•Planodeintervençãourgentedecombateàsdoençasepragas,comoonemátododopinheiroeatintadocastanheiro.•Instalaçãodascentraisdebiomassajáprevistas,compos-
sível reestruturação da rede e modelo.•Promoçãodaindústriaquímicaligadaàsresinas,aprovei-tamentodasespéciessilvestresparaaproduçãodeessên-cias,condimentos,produtosfarmacêuticosecosméticos.
No desenvolvimento das pescas
•Estabelecimentodeprogramadedinamizaçãodaspescasnacionais,comreduçãodopreçodefactoresdeproduçãoemelhoriadascadeiasdecomercialização.•Accionamentodeprogramaespecíficodeapoioàpequenapesca.•Incentivoàrenovaçãodasfrotasdepesca.•Alargamentodoacessoacustoreduzidoemtodosostiposdecombustíveisatodosossegmentosdafrota.•Promoçãodavalorizaçãodopescadonaprimeiravenda.•Desenvolvimentodaaquacultura.•Apoioàindústriaconserveiraeaoconsumodeconservasportuguesas.•Valorizaçãodaactividadedospescadores,melhorandoascondiçõesremuneratóriasedesegurançadasuaactividade.
No desenvolvimento das indústrias extractivas
•Reversãododomíniodocapitalprivado,particularmenteestrangeiro,comassunçãodeposiçõesdominantesnapes-quisa,exploraçãoeprimeirastransformaçõesemterritórionacionaldoferro,cobre,zinco,chumbo,estanho,urânio,petróleo,gásnatural,carvão,ouro,prata,lítio,tungsténio,entre outros.
•Aproveitamentointegraldosrecursos,começandopelosdemelhorescondiçõesdeexploraçãoerendibilidadesocial,fornecendoàindústriaeexportandoprodutosomaisela-boradospossível.•Reanimação,reorientaçãoefortalecimentodaEDM—EmpresadeDesenvolvimentoMineiro.•ReconstituiçãodaEmpresaNacionaldeUrânio(ENU).•DinamizaçãodaexploraçãomineiraedainstalaçãodeconcentraçãodeminériosdemetaisbásicosemAljus- trel.
No desenvolvimento da indústria transformadora
•AssunçãopeloEstadodeposiçõesdeterminantesemindús-triasbásicas,comoasiderurgiaealgumasmetalurgiasnãoferrosas(cobre),eemindústriasestratégicas,comoanaval(grandesemédiosestaleiros)easmetalo,electromecânicaseelectrónicasdeproduçãodematerialdetransportesobrecarrisoudeequipamentosparaaproduçãodeelectrici-dade. •Estruturaçãodenúcleosdeintegraçãovertical,baseadosnosrecursosnaturaisnacionais,desdeasindústriasextractivasàsprimeirastransformações(comoasiderurgia,metalurgiae cimenteira).•Ampliaçãodapetroquímica,daproduçãodeolefinase
aromáticos.•Recriaçãodeumsectordeadubos.•Recuperaçãodeposiçõespúblicasnapropriedadeegestãodaindústriadepastadepapelepapel.•IntervençãopúblicanaEMEFenaex-Sorefame,recupe-raçãodaproduçãonacionaldematerialdetransportesobrecarris(comboios,metropolitanos,eléctricos).•IntervençãodoEstadoparaassegurararetomaoupromoçãodaproduçãodevidroplano,deamoníaco,deexplosivosindustriais,degrandesestruturasmetálicas,equipamentosdemovimentaçãoeelevaçãodegrandescargas,entreoutrasproduções.
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•Adensamentodamalhaindustrial,particularmentenosclustersmaiscompetitivosereconhecidosinternacional-mente.•Apoioàsindústriasdereciclagem,paracorresponderàsnecessidadesdeprotecçãodoambienteedapoupançaderecursos.•Apoioàreabilitaçãourbanaeàpoupançaenergéticaaníveldosedifícios,nomeadamenteàproduçãonacionaldejanelastermicamenteeficientes.•Dinamizaçãodaproduçãodeequipamentosnaáreaener-gética.•Alargamentodabasenacionaldaindústriadecomponentesparaautomóvel.•Protecçãoedesenvolvimentodasindústriasaeronáuticaeaeroespacial.•Criaçãodeumlaboratórionacionalpúblicodemedicamen-tos,visandoasubstituiçãodeimportaçõeseadiminuiçãodoscustosparaoEstado.
Especificamenterelacionadascoma indústria alimentar
•Produçãodemáquinasealfaias,aproveitandoascapacida-desdametalomecânica,deequipamentosparaacriaçãodeanimaiseparaaindústriadelacticínios.•Consideraçãourgenteeestudodaproduçãodemáquinasagrícolasmaiscomplexas.•Produçãoderaçõesealimentosparaanimais,aproveitandoosrecursosnacionais,incluindodapesca.•Produçãodeadubos,insecticidaseherbicidas.•Realizaçãoouincentivodeinfra-estruturasnaagricultura,comoestradas,irrigação,barragenshidroagrícolas,arma-zénseinstalaçõesdecriaçãodeanimais,enaspescas,comoconstruçãoereparaçãodeembarcações,aprestosnavais.•Desenvolvimentoregionaldaproduçãodealimentosebebi-das,visandoacriaçãodecomplexosagroindustriais.
Adefesadaproduçãoedoaparelhoprodutivonacional,quefazpartedopatrimóniodeintervençãoelutadoPCPaolongodedécadas,éumanecessidadeincontornáveleinadiávelpararespon-deraosproblemasestruturaiscomqueopaíssedefronta.Nãohásaídaparaosproblemasdocrescimentoeconómico,doemprego,doordenamentodoterritório,doendividamentoexternoemesmodasfinançaspúblicassemumapolíticaqueinvertadeformasus-tentadaorumodedestruiçãodabaseprodutivadopaís.
Opaísnãopodeviversemproduçãodebenstransaccionáveis.Porqueapopulaçãoprecisadealimentar-se,vestir-se,alojar-se,deslocar-se,detodoumconjuntodemeiosdevida,queassegu-ramasuasubsistência,asuaocupaçãoeoseubem-estar,quesãoprodutodasactividadesagrícolas(edaspescas)oudasactivida-desindustriais(extractivaetransformadora,incluindotambémaproduçãodeenergia).
Seaproduçãodopaísnãoésuficiente,paraasseguraraexis-tênciaouoníveldevidaalmejadoparaasuapopulação,osbensnecessáriostêmqueserimportados,istoé,temqueserecorreràproduçãoestrangeira.Masentãoénecessárioforneceralgoemtroca,pagá-los.Aproduçãodeserviçoseocomérciointernoentreosresidentesnãoresolvem,exactamenteporquesãointernos,anecessidadedascontrapartidasaofereceraoexterior.Ocomérciocomoestrangeiropressupõeteralgoqueselhepossavender. Avendadeserviçosaoestrangeiro,tem,porumlado,alimitação
CapítuloVIITextodeencerramento
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•Adensamentodamalhaindustrial,particularmentenosclustersmaiscompetitivosereconhecidosinternacional-mente.•Apoioàsindústriasdereciclagem,paracorresponderàsnecessidadesdeprotecçãodoambienteedapoupançaderecursos.•Apoioàreabilitaçãourbanaeàpoupançaenergéticaaníveldosedifícios,nomeadamenteàproduçãonacionaldejanelastermicamenteeficientes.•Dinamizaçãodaproduçãodeequipamentosnaáreaener-gética.•Alargamentodabasenacionaldaindústriadecomponentesparaautomóvel.•Protecçãoedesenvolvimentodasindústriasaeronáuticaeaeroespacial.•Criaçãodeumlaboratórionacionalpúblicodemedicamen-tos,visandoasubstituiçãodeimportaçõeseadiminuiçãodoscustosparaoEstado.
Especificamenterelacionadascoma indústria alimentar
•Produçãodemáquinasealfaias,aproveitandoascapacida-desdametalomecânica,deequipamentosparaacriaçãodeanimaiseparaaindústriadelacticínios.•Consideraçãourgenteeestudodaproduçãodemáquinasagrícolasmaiscomplexas.•Produçãoderaçõesealimentosparaanimais,aproveitandoosrecursosnacionais,incluindodapesca.•Produçãodeadubos,insecticidaseherbicidas.•Realizaçãoouincentivodeinfra-estruturasnaagricultura,comoestradas,irrigação,barragenshidroagrícolas,arma-zénseinstalaçõesdecriaçãodeanimais,enaspescas,comoconstruçãoereparaçãodeembarcações,aprestosnavais.•Desenvolvimentoregionaldaproduçãodealimentosebebi-das,visandoacriaçãodecomplexosagroindustriais.
Adefesadaproduçãoedoaparelhoprodutivonacional,quefazpartedopatrimóniodeintervençãoelutadoPCPaolongodedécadas,éumanecessidadeincontornáveleinadiávelpararespon-deraosproblemasestruturaiscomqueopaíssedefronta.Nãohásaídaparaosproblemasdocrescimentoeconómico,doemprego,doordenamentodoterritório,doendividamentoexternoemesmodasfinançaspúblicassemumapolíticaqueinvertadeformasus-tentadaorumodedestruiçãodabaseprodutivadopaís.
Opaísnãopodeviversemproduçãodebenstransaccionáveis.Porqueapopulaçãoprecisadealimentar-se,vestir-se,alojar-se,deslocar-se,detodoumconjuntodemeiosdevida,queassegu-ramasuasubsistência,asuaocupaçãoeoseubem-estar,quesãoprodutodasactividadesagrícolas(edaspescas)oudasactivida-desindustriais(extractivaetransformadora,incluindotambémaproduçãodeenergia).
Seaproduçãodopaísnãoésuficiente,paraasseguraraexis-tênciaouoníveldevidaalmejadoparaasuapopulação,osbensnecessáriostêmqueserimportados,istoé,temqueserecorreràproduçãoestrangeira.Masentãoénecessárioforneceralgoemtroca,pagá-los.Aproduçãodeserviçoseocomérciointernoentreosresidentesnãoresolvem,exactamenteporquesãointernos,anecessidadedascontrapartidasaofereceraoexterior.Ocomérciocomoestrangeiropressupõeteralgoqueselhepossavender. Avendadeserviçosaoestrangeiro,tem,porumlado,alimitação
CapítuloVIITextodeencerramento
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característicadeboapartedassuasactividades,quediferentementedosbenstransaccionáveisexigemapresençafísicadaquelesaquemoserviçoéprestado,ou,poroutro,especificidadesnacio-nais(comoalíngua)eumadimensãoquetornaminverosímilquesuscitasseumaprocuraexternaquepudessecompensaroqueseteriadeimportar.
Écertoqueoturismo(comoexemplodeserviçosvendidosaoestrangeiro)podecontrabalançarparcialmente,comofazactual-mente,odéficecomercialdopaís.Maspormuitoquesepossadesenvolver,eédesejávelqueissosuceda,temalimitaçãodoscus-tosdetransportes,acadavezmaiorconcorrênciadeoutrosdestinosturísticosaliciantesnomundoe,comumadeficienteproduçãodebensnacionais,acontrariedadedeexigirmaisimportações.
Écertoqueasremessasdosemigrantesportuguesestambémcompensamemparteoqueseadquirenoexterior.Masamenosqueaemigraçãoesvaziasseemgrandemedidaopaís,enquantofossemmaisoscádentrodoqueossaídosláparafora,dificilmenteche-gariam.Alémdequemuitadadiásporaportuguesaenvelheceu,sereformaráevoltaráouseintegrou,comosdescendentes,nospaísesqueosacolheram;emambososcasosasremessasdiminuem.
Éevidentequeopaísnãopodeviversó,oufundamentalmente,doturismoedasremessasdosquepartiram.Ocrescimentodoturismoedasremessasdosemigrantessãoincertosetêmlimitesestreitos.
Nãoháalternativa.Opaísprecisadeproduzir.Eprecisadeproduzirmaisbenstransaccionáveis,emqueprogrediupouco,seatrasoueperdeumuito.
Noentanto,aproduçãodaagriculturaeindústriaportuguesasé,comparativamenteàdeoutrospaíses,emesmoàmédiadoes-paçoeconómicoemqueopaísseinsere,bastantemenoseficiente. Asproduçõesportuguesastêmdificuldadeemcompetirnoestran-geiroenoprópriomercadointernoportuguês.Esseéumdosgrandesmotivosporqueaagriculturaepescasestagnarameaindústriaserefugiouemproduçõesdefracaintensidadetecnoló-gicabaseadasnamão-de-obramalpaga.
Aprodutividadeéumaquestãocentral.Portugalprecisaur-gentementedeaumentaraprodutividadedassuasproduções(bem
como,evidentemente,asuaqualidadeediversidade).Masissoéimpossívelsemumfortíssimoinvestimentonamodernizaçãotecnológica(alémdoinvestimentonarecuperaçãoelançamentodenovasproduçõeseindústrias).Especialmenteemsituaçãodeestagnaçãoerecessãoprolongadas,massobretudopelohistóricodassuasactuações,nãoéexpectávelqueesteinvestimento,pelomenosnosvolumesrequeridos,partadainiciativadosgruposeconómicosefinanceirosedosbancosprivados,nacionaisouestrangeiros.Oexemplo,oimpulso,oestímulo,osuporteeumapartesignificativadoesforço,nofinanciamentoenocréditoaofinanciamento,têmquevirdoEstado(comimportantepapeldaCaixaGeraldeDepósitos)edeummelhoraproveitamentodosfundoscomunitários.Qualqueratrasonestaorientação,nomeada-menteapretextodapoupançadadespesaparaequilibrarascontaspúblicas,pagar-se-áduramentemaisàfrente,acomeçardesdelogopeloagravamentodosprópriosdesequilíbriosfinanceiros
Aindamaisimportante.Abuscadomáximodelucrosemmer-cadoscadavezmaisglobalizadosporpartedosgruposmonopolis-tasportugueseseestrangeiros,comexcepçõesquedevemsertidasemconta,cujoinvestimentofogedaindústria(edaagricultura),quesedesfazemdeunidadesprodutivasedeixamdescapitalizadasaquelasdequenãoseconseguemdesfazer,quepelasuaactuação,podereinfluênciaprejudicamoexercíciodaactividadeprodutiva(quecriariqueza)embenefíciodasactividadesfinanceiraseespe-culativas(queseapropriamdariqueza),exigequeoEstadotomefundamentalmenteaseucargo,emtermosdepropriedadeegestão,algunssectoresestratégicosparaaestruturaçãodaproduçãoedaeconomianacionais,acomeçarpelanacionalizaçãodefinitivadossectoresfinanceiroeenergético,equenumprocessoponderadomasdeterminado,atravésdanacionalização,danegociaçãooudoinvestimento,assumaprogressivamenteumafortepresençapúblicanaproduçãoindustrialdopaís.
Masoinvestimento,sobretudonolançamentodenovosprojec-tos,eaconstituiçãodefortesnúcleosindustriaispúblicosdemoramadarfrutoseaconcorrênciadasexportaçõesestrangeiras,inclusi-vamentenonossoprópriomercadointerno,nãoespera.Énecessá-rioaadopçãodemedidasexcepcionais,nomeadamenteforçando
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característicadeboapartedassuasactividades,quediferentementedosbenstransaccionáveisexigemapresençafísicadaquelesaquemoserviçoéprestado,ou,poroutro,especificidadesnacio-nais(comoalíngua)eumadimensãoquetornaminverosímilquesuscitasseumaprocuraexternaquepudessecompensaroqueseteriadeimportar.
Écertoqueoturismo(comoexemplodeserviçosvendidosaoestrangeiro)podecontrabalançarparcialmente,comofazactual-mente,odéficecomercialdopaís.Maspormuitoquesepossadesenvolver,eédesejávelqueissosuceda,temalimitaçãodoscus-tosdetransportes,acadavezmaiorconcorrênciadeoutrosdestinosturísticosaliciantesnomundoe,comumadeficienteproduçãodebensnacionais,acontrariedadedeexigirmaisimportações.
Écertoqueasremessasdosemigrantesportuguesestambémcompensamemparteoqueseadquirenoexterior.Masamenosqueaemigraçãoesvaziasseemgrandemedidaopaís,enquantofossemmaisoscádentrodoqueossaídosláparafora,dificilmenteche-gariam.Alémdequemuitadadiásporaportuguesaenvelheceu,sereformaráevoltaráouseintegrou,comosdescendentes,nospaísesqueosacolheram;emambososcasosasremessasdiminuem.
Éevidentequeopaísnãopodeviversó,oufundamentalmente,doturismoedasremessasdosquepartiram.Ocrescimentodoturismoedasremessasdosemigrantessãoincertosetêmlimitesestreitos.
Nãoháalternativa.Opaísprecisadeproduzir.Eprecisadeproduzirmaisbenstransaccionáveis,emqueprogrediupouco,seatrasoueperdeumuito.
Noentanto,aproduçãodaagriculturaeindústriaportuguesasé,comparativamenteàdeoutrospaíses,emesmoàmédiadoes-paçoeconómicoemqueopaísseinsere,bastantemenoseficiente. Asproduçõesportuguesastêmdificuldadeemcompetirnoestran-geiroenoprópriomercadointernoportuguês.Esseéumdosgrandesmotivosporqueaagriculturaepescasestagnarameaindústriaserefugiouemproduçõesdefracaintensidadetecnoló-gicabaseadasnamão-de-obramalpaga.
Aprodutividadeéumaquestãocentral.Portugalprecisaur-gentementedeaumentaraprodutividadedassuasproduções(bem
como,evidentemente,asuaqualidadeediversidade).Masissoéimpossívelsemumfortíssimoinvestimentonamodernizaçãotecnológica(alémdoinvestimentonarecuperaçãoelançamentodenovasproduçõeseindústrias).Especialmenteemsituaçãodeestagnaçãoerecessãoprolongadas,massobretudopelohistóricodassuasactuações,nãoéexpectávelqueesteinvestimento,pelomenosnosvolumesrequeridos,partadainiciativadosgruposeconómicosefinanceirosedosbancosprivados,nacionaisouestrangeiros.Oexemplo,oimpulso,oestímulo,osuporteeumapartesignificativadoesforço,nofinanciamentoenocréditoaofinanciamento,têmquevirdoEstado(comimportantepapeldaCaixaGeraldeDepósitos)edeummelhoraproveitamentodosfundoscomunitários.Qualqueratrasonestaorientação,nomeada-menteapretextodapoupançadadespesaparaequilibrarascontaspúblicas,pagar-se-áduramentemaisàfrente,acomeçardesdelogopeloagravamentodosprópriosdesequilíbriosfinanceiros
Aindamaisimportante.Abuscadomáximodelucrosemmer-cadoscadavezmaisglobalizadosporpartedosgruposmonopolis-tasportugueseseestrangeiros,comexcepçõesquedevemsertidasemconta,cujoinvestimentofogedaindústria(edaagricultura),quesedesfazemdeunidadesprodutivasedeixamdescapitalizadasaquelasdequenãoseconseguemdesfazer,quepelasuaactuação,podereinfluênciaprejudicamoexercíciodaactividadeprodutiva(quecriariqueza)embenefíciodasactividadesfinanceiraseespe-culativas(queseapropriamdariqueza),exigequeoEstadotomefundamentalmenteaseucargo,emtermosdepropriedadeegestão,algunssectoresestratégicosparaaestruturaçãodaproduçãoedaeconomianacionais,acomeçarpelanacionalizaçãodefinitivadossectoresfinanceiroeenergético,equenumprocessoponderadomasdeterminado,atravésdanacionalização,danegociaçãooudoinvestimento,assumaprogressivamenteumafortepresençapúblicanaproduçãoindustrialdopaís.
Masoinvestimento,sobretudonolançamentodenovosprojec-tos,eaconstituiçãodefortesnúcleosindustriaispúblicosdemoramadarfrutoseaconcorrênciadasexportaçõesestrangeiras,inclusi-vamentenonossoprópriomercadointerno,nãoespera.Énecessá-rioaadopçãodemedidasexcepcionais,nomeadamenteforçando
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aolimitetodososmecanismospermitidospeloenquadramentocomunitário,para,dealgumamaneira,conseguirdefenderosprocessosdemodernizaçãoeosnasciturosindustriais,queprevi-sivelmenteabortariamnumaconcorrênciaaberta,edeslealporquedesproporcionada,comasagressivasproduçõesestrangeiras.Pormaioriaderazão,devemsercombatidasenãopodemseraceitesamaiordesregulamentaçãodaproduçãoeamaiorliberalizaçãodocomércioexternoeinternodaUE.
Aadopçãodemedidas,transitóriaseselectivas,dedefesadoprocessodemodernizaçãoediversificaçãodaproduçãodebensimpulsionadopeloEstadopodeserinvocadacomoumarepara-çãoparcialdosestragoscausadospelainserçãodescontroladaedesvantajosadePortugalnaUE.Masalibertaçãodetodasaspotencialidadesdedesenvolvimentoexige,maisgeralmente,umarupturacomoprocessodeintegraçãosubordinadaedependente,comocoletedeforçasdaEuropacapitalistaealutaporumaoutraEuropa,deestadossoberanos,depazecooperação,aoserviçodostrabalhadores,dospovosedodesenvolvimentoharmoniosodocontinente,emvezdosgrandesmonopóliosedasgrandespotências.
Oagravamentodacrisedocapitalismoexpôsmaisclaramenteafragilidadedotecidoprodutivoportuguês.Ospersistentesdéficescomerciaisfazem-sesentiragoranobrutalendividamentoexternoenaincapacidade,mesmoaceitandopagarotributoàagiotageminternacional,definanciaronormal(masdistorcido)funciona-mento da vida nacional.
Nãohásoluçãoparaesteproblemasematacarfrontalmenteacausaprimordialdeasimportaçõesdebensexcederemsistemati-camenteasexportações.Nãohásoluçãosemaumentaraproduçãonacional.Enãoapenasparaaumentarasexportações,comodefen-deumacertalinhadepensamentoligadaàsambiçõeseconómicasdealgunsgrupos,quenofundoemvezdepôrasexportaçõesaserviremopaísgostariamdepôropaísaservirassuasexportações.Aumentaraproduçãotambémparareduzirasimportações:emvezde,comosucedeuduranteanos,asimportaçõessubstituíremaproduçãonacional,temqueseragoraaproduçãonacionalasubstituirasimportações.
Osdéficesindustrialealimentarexternospodemseratacadosdeprontoaumentandoautilizaçãodacapacidadeinstaladanasfábricasedaterradesaproveitadanaagricultura.Areduçãododéficetecnológico,queexigeasuperaçãodegrandesatrasoseoinvestimentoinovador,emnovasáreas,incluindonaeducação,for-maçãoeinvestigação,naturalmentemorosas,serámaisdemorada,maspodeserconseguidapaulatinamente.Amaiorpreocupaçãonoimediatoenospróximostemposéodéficeenergético,dedi-fícilresolução,dadaagrandeinsuficiênciadasfontesenergéticasexploradasnopaís.
Porconstrangimentosfísicosligadosàprogressivaescassezderecursonãorenovável,aofertadepetróleodeixoudepoderacompanharaprocuramundial,estandoadiferençaasercobertaactualmentepelosinventárioscomerciais,queelevamospreçosàmedidaqueseesvaziam.Atéumnovoafloramentodacrise,quereduzaglobalmenteaprocura,estacontinuará,comirregularidadesdeconjuntura,afazersubirospreços,tornando-seinsustentávelparapaíses,comoPortugal,deelevadadependênciaenergética,sobretudodopetróleo.
Aaceleraçãodautilizaçãodegásnatural(maislongedoseupicohistórico),daproduçãodeenergiasrenováveis,comdestaqueparaahídricaeeólica,doaumentodaeficiênciaenergéticadopaísedaracionalizaçãodoconsumoenergético(senecessáriocomoracionamentodosderivadosdopetróleo)temacurtajaneladeoportunidade,depoucosanos,deaproduçãomundialaindanãoterdeclinadoeoconsumopermanecerrelativamentecontidopelacriselatente.ArecuperaçãodaGALPedaEDPparaodomíniopú-blicoeamanutençãodaRENnodomíniopúblicoéumaalavancaessencialparaatravessarcommenosdanosostemposconturbadosqueseavizinham.
Paraasempresasproduzireméprecisoquevendamou,vistopelooutrolado,quelhescomprem.Masparaissoénecessárioqueapopulaçãotenhameiosdeofazer.Aelevaçãodopoderdecompradostrabalhadoresedaspopulações,sobretudoasmaiscarenciadas,queconsumirãorelativamentemaisdaproduçãonacional,éumacondiçãobásicaparacombaterapobrezapersistente,defenderemelhorarosníveisdevida,corrigirinjustiçasedesigualdades,mas
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aolimitetodososmecanismospermitidospeloenquadramentocomunitário,para,dealgumamaneira,conseguirdefenderosprocessosdemodernizaçãoeosnasciturosindustriais,queprevi-sivelmenteabortariamnumaconcorrênciaaberta,edeslealporquedesproporcionada,comasagressivasproduçõesestrangeiras.Pormaioriaderazão,devemsercombatidasenãopodemseraceitesamaiordesregulamentaçãodaproduçãoeamaiorliberalizaçãodocomércioexternoeinternodaUE.
Aadopçãodemedidas,transitóriaseselectivas,dedefesadoprocessodemodernizaçãoediversificaçãodaproduçãodebensimpulsionadopeloEstadopodeserinvocadacomoumarepara-çãoparcialdosestragoscausadospelainserçãodescontroladaedesvantajosadePortugalnaUE.Masalibertaçãodetodasaspotencialidadesdedesenvolvimentoexige,maisgeralmente,umarupturacomoprocessodeintegraçãosubordinadaedependente,comocoletedeforçasdaEuropacapitalistaealutaporumaoutraEuropa,deestadossoberanos,depazecooperação,aoserviçodostrabalhadores,dospovosedodesenvolvimentoharmoniosodocontinente,emvezdosgrandesmonopóliosedasgrandespotências.
Oagravamentodacrisedocapitalismoexpôsmaisclaramenteafragilidadedotecidoprodutivoportuguês.Ospersistentesdéficescomerciaisfazem-sesentiragoranobrutalendividamentoexternoenaincapacidade,mesmoaceitandopagarotributoàagiotageminternacional,definanciaronormal(masdistorcido)funciona-mento da vida nacional.
Nãohásoluçãoparaesteproblemasematacarfrontalmenteacausaprimordialdeasimportaçõesdebensexcederemsistemati-camenteasexportações.Nãohásoluçãosemaumentaraproduçãonacional.Enãoapenasparaaumentarasexportações,comodefen-deumacertalinhadepensamentoligadaàsambiçõeseconómicasdealgunsgrupos,quenofundoemvezdepôrasexportaçõesaserviremopaísgostariamdepôropaísaservirassuasexportações.Aumentaraproduçãotambémparareduzirasimportações:emvezde,comosucedeuduranteanos,asimportaçõessubstituíremaproduçãonacional,temqueseragoraaproduçãonacionalasubstituirasimportações.
Osdéficesindustrialealimentarexternospodemseratacadosdeprontoaumentandoautilizaçãodacapacidadeinstaladanasfábricasedaterradesaproveitadanaagricultura.Areduçãododéficetecnológico,queexigeasuperaçãodegrandesatrasoseoinvestimentoinovador,emnovasáreas,incluindonaeducação,for-maçãoeinvestigação,naturalmentemorosas,serámaisdemorada,maspodeserconseguidapaulatinamente.Amaiorpreocupaçãonoimediatoenospróximostemposéodéficeenergético,dedi-fícilresolução,dadaagrandeinsuficiênciadasfontesenergéticasexploradasnopaís.
Porconstrangimentosfísicosligadosàprogressivaescassezderecursonãorenovável,aofertadepetróleodeixoudepoderacompanharaprocuramundial,estandoadiferençaasercobertaactualmentepelosinventárioscomerciais,queelevamospreçosàmedidaqueseesvaziam.Atéumnovoafloramentodacrise,quereduzaglobalmenteaprocura,estacontinuará,comirregularidadesdeconjuntura,afazersubirospreços,tornando-seinsustentávelparapaíses,comoPortugal,deelevadadependênciaenergética,sobretudodopetróleo.
Aaceleraçãodautilizaçãodegásnatural(maislongedoseupicohistórico),daproduçãodeenergiasrenováveis,comdestaqueparaahídricaeeólica,doaumentodaeficiênciaenergéticadopaísedaracionalizaçãodoconsumoenergético(senecessáriocomoracionamentodosderivadosdopetróleo)temacurtajaneladeoportunidade,depoucosanos,deaproduçãomundialaindanãoterdeclinadoeoconsumopermanecerrelativamentecontidopelacriselatente.ArecuperaçãodaGALPedaEDPparaodomíniopú-blicoeamanutençãodaRENnodomíniopúblicoéumaalavancaessencialparaatravessarcommenosdanosostemposconturbadosqueseavizinham.
Paraasempresasproduzireméprecisoquevendamou,vistopelooutrolado,quelhescomprem.Masparaissoénecessárioqueapopulaçãotenhameiosdeofazer.Aelevaçãodopoderdecompradostrabalhadoresedaspopulações,sobretudoasmaiscarenciadas,queconsumirãorelativamentemaisdaproduçãonacional,éumacondiçãobásicaparacombaterapobrezapersistente,defenderemelhorarosníveisdevida,corrigirinjustiçasedesigualdades,mas
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tambémumacondiçãoimediatanecessáriaparasalvarnumerosaspequenasemédiasempresas,paratravararecessãoeempreenderocaminhodevoltaaocrescimentoeconómico.Oaumentodosaláriomínimoemvezderefreadodeveseracelerado(talcomoasbaixaspensões).
VaiemsentidocontrárioapolíticadoFMI,doBancoCentralEuropeuedaUniãoEuropeia,trazidosaopaíspelamãodoPS,doPSDedoCDS/PP.Oobjectivodesaneamentodasfinançasecorrecçãosustentadadosdesequilíbriosexternosdificilmenteserá alcançado com esta intervenção. diversamente da anterior intervençãodoFMIemPortugal(Outubrode1983),opaísnãotemmoedaprópriaquepossasernacionalmenteemitidaoudesva-lorizada;nãotemumbancocentralquepossafinanciaraactividadeeadívidadoEstado;nãotemummercadointernominimamenteresguardado;nãocontacomumarecuperaçãoeconómicacertanospaísesparaondeexporta;nãovêospreçosdopetróleoabaixar;temmontantesdasdívidasexternaepúblicamaisincomportá-veis;defronta-secomumacompetiçãomaisagressivanassuasexportações;enfrentaumaespeculaçãofinanceirainternacionalincomparavelmentemaisdesenvolvidaeexacerbada;deixoudeterumsectorempresarialpúblicoquesustenhaoempregoeaactividadeeconómica;etemasoberaniaerespectivamargemdemanobramuitomaismanietada.Asituaçãodopaísestámuitomaisfragilizada,nãoéassemelhávelàdaúltimaintervençãodoFMIeosexemplosdasdesgraças,gregaeirlandesa,aíestão,aolado,paramostrá-lo.
Oquesimécerto,absolutamentecerto,éque,anãosertravadaestaingerêncianavidadopaíseestaverdadeiraagressãoaopovoportuguês,haverámaisrecessão,maisexploração,maiscortesnosrendimentosdostrabalhadores,dosreformados,dosdesem-pregadosedasfamílias,maisdificuldades,maisinsegurança,maispobreza.Sãoosmonopólios,enãoopovoportuguês,quemdeveriapagaracrise.Masfoiparaevitá-loquePS,PSDeCDSseconcertarameimpuseramavindadoFMI,doBCEedaUE.
Portugaleomundovivemumagigantescacrisesistémicaque,deformamaisescondidaoumaisaberta,duraráaindavá-riosanos.Tornou-secorrenteafirmarqueosperíodosdecrise
comportamgrandesperigosmastambémgrandesoportunidades. Aimpossibilidadedecontinuarcomodantesimpõeanecessidade,eaagudizaçãodasdificuldadesimpõeapremência,degrandesalteraçõesnaorganizaçãoefuncionamentodasociedade.Cabeàsforçasprogressistasaproveitaraconsciênciadestainevitabilidadeparareunirforçasocialepolíticacapazdegolpearprofundamenteopoderdosmonopólios,derrotarapolíticadedireitaedeabdi-caçãonacionalaoseuserviço,derrotarasintervençõesexternasqueospoupamebeneficiam,efixarumnovorumoparaavidadopaís(edomundo).
ÉpossívelPortugalminorarosefeitosdestacrise,épossívelpassarsemdescarrilarestacurvaapertadadasuahistória,produ-zindomaisemelhor,aproveitandointegralmenteosseusrecur-sosnaturaisehumanos,racionalizandoaactividadeeconómica,investindonossectoresprodutivos,massobretudocontandocomamobilização,aenergiaeacriatividadedoseupovo,capazdeafrontaresuperarconstrangimentosebloqueios,deromperdepen-dênciasesubordinações,deconcretizarumapolíticadedefesadosinteressesnacionais,voltadaparaasatisfaçãodasnecessidadesdostrabalhadoresedaspopulações,paraaresoluçãodosproblemasdopaís.
OconjuntodeiniciativaseintervençõesqueoPCPlevoupordianteaolongodacampanhaPortugalaProduzir—daqualresultaestetexto—foiumcontributoparaaafirmaçãodadefesadaprodu-çãonacionalcomoumeixoestruturantedapolíticapatrióticaedeesquerdaquepropõeaostrabalhadoreseaopovoportuguês.UmapolíticacujaconcretizaçãoreclamaumaurgenterupturaemudançacomapolíticadedesastrenacionalequeseinserenocaminhodeumademocraciaavançadaedosocialismoparaPortugal.
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tambémumacondiçãoimediatanecessáriaparasalvarnumerosaspequenasemédiasempresas,paratravararecessãoeempreenderocaminhodevoltaaocrescimentoeconómico.Oaumentodosaláriomínimoemvezderefreadodeveseracelerado(talcomoasbaixaspensões).
VaiemsentidocontrárioapolíticadoFMI,doBancoCentralEuropeuedaUniãoEuropeia,trazidosaopaíspelamãodoPS,doPSDedoCDS/PP.Oobjectivodesaneamentodasfinançasecorrecçãosustentadadosdesequilíbriosexternosdificilmenteserá alcançado com esta intervenção. diversamente da anterior intervençãodoFMIemPortugal(Outubrode1983),opaísnãotemmoedaprópriaquepossasernacionalmenteemitidaoudesva-lorizada;nãotemumbancocentralquepossafinanciaraactividadeeadívidadoEstado;nãotemummercadointernominimamenteresguardado;nãocontacomumarecuperaçãoeconómicacertanospaísesparaondeexporta;nãovêospreçosdopetróleoabaixar;temmontantesdasdívidasexternaepúblicamaisincomportá-veis;defronta-secomumacompetiçãomaisagressivanassuasexportações;enfrentaumaespeculaçãofinanceirainternacionalincomparavelmentemaisdesenvolvidaeexacerbada;deixoudeterumsectorempresarialpúblicoquesustenhaoempregoeaactividadeeconómica;etemasoberaniaerespectivamargemdemanobramuitomaismanietada.Asituaçãodopaísestámuitomaisfragilizada,nãoéassemelhávelàdaúltimaintervençãodoFMIeosexemplosdasdesgraças,gregaeirlandesa,aíestão,aolado,paramostrá-lo.
Oquesimécerto,absolutamentecerto,éque,anãosertravadaestaingerêncianavidadopaíseestaverdadeiraagressãoaopovoportuguês,haverámaisrecessão,maisexploração,maiscortesnosrendimentosdostrabalhadores,dosreformados,dosdesem-pregadosedasfamílias,maisdificuldades,maisinsegurança,maispobreza.Sãoosmonopólios,enãoopovoportuguês,quemdeveriapagaracrise.Masfoiparaevitá-loquePS,PSDeCDSseconcertarameimpuseramavindadoFMI,doBCEedaUE.
Portugaleomundovivemumagigantescacrisesistémicaque,deformamaisescondidaoumaisaberta,duraráaindavá-riosanos.Tornou-secorrenteafirmarqueosperíodosdecrise
comportamgrandesperigosmastambémgrandesoportunidades. Aimpossibilidadedecontinuarcomodantesimpõeanecessidade,eaagudizaçãodasdificuldadesimpõeapremência,degrandesalteraçõesnaorganizaçãoefuncionamentodasociedade.Cabeàsforçasprogressistasaproveitaraconsciênciadestainevitabilidadeparareunirforçasocialepolíticacapazdegolpearprofundamenteopoderdosmonopólios,derrotarapolíticadedireitaedeabdi-caçãonacionalaoseuserviço,derrotarasintervençõesexternasqueospoupamebeneficiam,efixarumnovorumoparaavidadopaís(edomundo).
ÉpossívelPortugalminorarosefeitosdestacrise,épossívelpassarsemdescarrilarestacurvaapertadadasuahistória,produ-zindomaisemelhor,aproveitandointegralmenteosseusrecur-sosnaturaisehumanos,racionalizandoaactividadeeconómica,investindonossectoresprodutivos,massobretudocontandocomamobilização,aenergiaeacriatividadedoseupovo,capazdeafrontaresuperarconstrangimentosebloqueios,deromperdepen-dênciasesubordinações,deconcretizarumapolíticadedefesadosinteressesnacionais,voltadaparaasatisfaçãodasnecessidadesdostrabalhadoresedaspopulações,paraaresoluçãodosproblemasdopaís.
OconjuntodeiniciativaseintervençõesqueoPCPlevoupordianteaolongodacampanhaPortugalaProduzir—daqualresultaestetexto—foiumcontributoparaaafirmaçãodadefesadaprodu-çãonacionalcomoumeixoestruturantedapolíticapatrióticaedeesquerdaquepropõeaostrabalhadoreseaopovoportuguês.UmapolíticacujaconcretizaçãoreclamaumaurgenterupturaemudançacomapolíticadedesastrenacionalequeseinserenocaminhodeumademocraciaavançadaedosocialismoparaPortugal.
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1—Opaísestáconfrontadocomumadasmaisgravescrisesdasúltimasdécadas.Apersistêncianumapolíticavinculadaaosinteressesdosgruposeconómicosefinanceiros,deabdicaçãodosinteressesnacionais,dedesaproveitamentodosseusrecursosepotencialidadesestá,nãosónaorigemdosgravíssimosproblemasqueopaísenfrenta—estagnaçãoerecessãoeconómica,aumentodadívidaexternaedadependência,desempregoedéficesestrutu-rais(alimentar;energético;industrial;tecnológico)—comoéumfactordeagravamentodaactualsituaçãoedecondicionamentodofuturodopaís.
Ocontextodeaprofundamentodacrisedocapitalismo,queétambémacrisedosprincípioseorientaçõesepráticasdosrespon-sáveispormaisde30anosdepolíticadedireita,pôsemevidênciaasconsequênciasdeumapolíticadeconstanteataqueaosdireitosdostrabalhadoresecontráriaaosinteressesnacionais.Umapolíticaque,liquidandoimportantesconquistasdeAbrileemconfrontocomaConstituiçãodaRepública,constituiumcrimepremeditadocontraosinteressesfundamentaisdopaísedopovoportuguês.Umapolíticaqueaoserviçodograndecapitalevoluntariamentesubme-tidaaditamesdaUniãoEuropeia—cujanaturezaeorientaçõescolidecomosinteressesnacionais—conduziuaoagravamentodaexploraçãodostrabalhadores,aassinaláveisquebrasnaproduçãonacional,aodesmantelamentoeliquidaçãodeimportantessectoresindustriais,àsemprecrescentesubstituiçãodaproduçãonacional
ApresentaçãodaCampanhaNacionaldoPCPemdefesadaproduçãonacionaledoaparelho
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1—Opaísestáconfrontadocomumadasmaisgravescrisesdasúltimasdécadas.Apersistêncianumapolíticavinculadaaosinteressesdosgruposeconómicosefinanceiros,deabdicaçãodosinteressesnacionais,dedesaproveitamentodosseusrecursosepotencialidadesestá,nãosónaorigemdosgravíssimosproblemasqueopaísenfrenta—estagnaçãoerecessãoeconómica,aumentodadívidaexternaedadependência,desempregoedéficesestrutu-rais(alimentar;energético;industrial;tecnológico)—comoéumfactordeagravamentodaactualsituaçãoedecondicionamentodofuturodopaís.
Ocontextodeaprofundamentodacrisedocapitalismo,queétambémacrisedosprincípioseorientaçõesepráticasdosrespon-sáveispormaisde30anosdepolíticadedireita,pôsemevidênciaasconsequênciasdeumapolíticadeconstanteataqueaosdireitosdostrabalhadoresecontráriaaosinteressesnacionais.Umapolíticaque,liquidandoimportantesconquistasdeAbrileemconfrontocomaConstituiçãodaRepública,constituiumcrimepremeditadocontraosinteressesfundamentaisdopaísedopovoportuguês.Umapolíticaqueaoserviçodograndecapitalevoluntariamentesubme-tidaaditamesdaUniãoEuropeia—cujanaturezaeorientaçõescolidecomosinteressesnacionais—conduziuaoagravamentodaexploraçãodostrabalhadores,aassinaláveisquebrasnaproduçãonacional,aodesmantelamentoeliquidaçãodeimportantessectoresindustriais,àsemprecrescentesubstituiçãodaproduçãonacional
ApresentaçãodaCampanhaNacionaldoPCPemdefesadaproduçãonacionaledoaparelho
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porimportações,aumdesprezopelosproblemasdaeconomiarealemfavordasactividadesfinanceirasespeculativas.
Portugalnãoéumpaíspobre.Opaís,ostrabalhadoreseopovoportuguês,nãoaguentammaisestapolíticadedesastrenacional.Adefesadaproduçãoedoaparelhoprodutivonacionalemergemcomoumaincontornávelrespostaaoactualprocessodedeclínioeconómicoequeéinseparáveldamelhoriadascondiçõesdevidadapopulação,doaumentodossaláriosepensões,doalargamentodosdireitosdostrabalhadores,docombateàprecariedadeeaodesemprego.
ÉnestequadroqueoPCPirárealizarnospróximosmesesumacampanhaemdefesadaproduçãonacionalsobolema—Portugalaproduzir.Umaimportanteiniciativapolítica,destinadaaafirmarovalorestratégicodaproduçãonacionalparaoaproveitamentodetodasaspotencialidadeserecursosdopaís,paraacriaçãodeemprego,paraocombateàdependênciaexterna,paraaafirmaçãode uma via soberana de desenvolvimento.
2—Apretextodo«défice»eagorada«dívidaexterna»tem-sedesenvolvidoumaautênticachantagemsobreostrabalhadoreseopovoportuguêsdestinadaareduzirovalordossalários,encerrareprivatizarserviços,agravaraexploração.
ComooPCPhámuitovemalertando,oproblemacentraldopaísnãoéodéficepúblicoouadívidapúblicacomoPS,PSDeCDSqueremfazercrer,massimadívidaexternaglobal(públicaeprivada)emconsequênciadeumprocessodedesindustrialização,dedegradaçãoedoabandonodoaparelhoprodutivo,dasprivatiza-ções,dodomíniodocapitalestrangeirosobreaeconomianacionaledeumapolíticamonetáriaecambialconduzidapeloBancoCentralEuropeu,altamentepenalizantedasnossasexportaçõeseactividadesprodutivas.
Contrariandoodiscursodominante,mentirasemistificaçõesqueduranteanosforamlançadasparajustificaroabandonodaproduçãonacional,oPCPsempreafirmouquenãosóerapossívelcomoabsolutamentenecessárioinvestirnaproduçãoenoaparelhoprodutivo,comocondiçãoparaadefesadanossasoberania,paraacriaçãodeempregoeodesenvolvimentodopaís.
3—OPCPpropõeaadopçãodeumapolíticadeEstadoemdefesaepromoçãodaproduçãonacionalquecontribuaparacon-cretizarummodelodesubstituiçãodeimportaçõesporproduçãonacional,promovaumprogramadeindustrializaçãodopaís,aproveiteepotencietodososrecursosnacionais,tenhacomoobjectivogarantirasoberaniaalimentar,oplenoempregoeoempregocomdireitos,aposteprioritariamentenadinamizaçãodomercadointernosemdesguarnecerasexportaçõesnumquadrodealargamentoediversificaçãoderelaçõesexternasequetenhacomoeixosessenciais:
•Reforçodoinvestimentopúblicovoltadoparaaindústria,aagriculturaeaspescas,comacriaçãoerecuperaçãodeinfra-estruturasnecessáriasàprodução,àrededetransporteselogística,eacriaçãodenovasempresaseáreasdeinter-vençãopúblicas;•Aproveitamentointegradodetodososrecursosnacionaiscomumapolíticaque,concretizandomedidasdecombateaodesemprego,aotrabalhoprecário,àdesvalorizaçãodossalários,potencieoaproveitamentodomaisimportanterecursonacional—acapacidadecriativaeprodutivademilhõesdetrabalhadorese,simultâneamente,promovaosimportantesrecursosnaturaisdosubsoloeenergéticos,agrí-colaseflorestais,osrecursosdecorrentesdomarassimcomodetodaacapacidadeprodutivaaindainstaladanonossopaís—designadamentenoplanoindustrial—,potenciando- -aeimpedindoasualiquidação.•DefesaereconstituiçãodeumforteedinâmicosectorempresarialdoEstado,recuperandoparaosectorpúblico—porviadenacionalizaçãoounegociaçãoadequada—sectoresbásicoseestratégicosdanossaeconomiadesig-nadamentenabanca,naenergia,nastelecomunicaçõesetransportes.Edinamizandosectoresestratégicosparaavidaeconómicadopaísqueestãohojeouprofundamentefragilizadosousujeitosalógicasfinanceirasdecurtoprazo,nasmãosdecapitalnacionale/ouestrangeiro,oumesmoabandonados;
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porimportações,aumdesprezopelosproblemasdaeconomiarealemfavordasactividadesfinanceirasespeculativas.
Portugalnãoéumpaíspobre.Opaís,ostrabalhadoreseopovoportuguês,nãoaguentammaisestapolíticadedesastrenacional.Adefesadaproduçãoedoaparelhoprodutivonacionalemergemcomoumaincontornávelrespostaaoactualprocessodedeclínioeconómicoequeéinseparáveldamelhoriadascondiçõesdevidadapopulação,doaumentodossaláriosepensões,doalargamentodosdireitosdostrabalhadores,docombateàprecariedadeeaodesemprego.
ÉnestequadroqueoPCPirárealizarnospróximosmesesumacampanhaemdefesadaproduçãonacionalsobolema—Portugalaproduzir.Umaimportanteiniciativapolítica,destinadaaafirmarovalorestratégicodaproduçãonacionalparaoaproveitamentodetodasaspotencialidadeserecursosdopaís,paraacriaçãodeemprego,paraocombateàdependênciaexterna,paraaafirmaçãode uma via soberana de desenvolvimento.
2—Apretextodo«défice»eagorada«dívidaexterna»tem-sedesenvolvidoumaautênticachantagemsobreostrabalhadoreseopovoportuguêsdestinadaareduzirovalordossalários,encerrareprivatizarserviços,agravaraexploração.
ComooPCPhámuitovemalertando,oproblemacentraldopaísnãoéodéficepúblicoouadívidapúblicacomoPS,PSDeCDSqueremfazercrer,massimadívidaexternaglobal(públicaeprivada)emconsequênciadeumprocessodedesindustrialização,dedegradaçãoedoabandonodoaparelhoprodutivo,dasprivatiza-ções,dodomíniodocapitalestrangeirosobreaeconomianacionaledeumapolíticamonetáriaecambialconduzidapeloBancoCentralEuropeu,altamentepenalizantedasnossasexportaçõeseactividadesprodutivas.
Contrariandoodiscursodominante,mentirasemistificaçõesqueduranteanosforamlançadasparajustificaroabandonodaproduçãonacional,oPCPsempreafirmouquenãosóerapossívelcomoabsolutamentenecessárioinvestirnaproduçãoenoaparelhoprodutivo,comocondiçãoparaadefesadanossasoberania,paraacriaçãodeempregoeodesenvolvimentodopaís.
3—OPCPpropõeaadopçãodeumapolíticadeEstadoemdefesaepromoçãodaproduçãonacionalquecontribuaparacon-cretizarummodelodesubstituiçãodeimportaçõesporproduçãonacional,promovaumprogramadeindustrializaçãodopaís,aproveiteepotencietodososrecursosnacionais,tenhacomoobjectivogarantirasoberaniaalimentar,oplenoempregoeoempregocomdireitos,aposteprioritariamentenadinamizaçãodomercadointernosemdesguarnecerasexportaçõesnumquadrodealargamentoediversificaçãoderelaçõesexternasequetenhacomoeixosessenciais:
•Reforçodoinvestimentopúblicovoltadoparaaindústria,aagriculturaeaspescas,comacriaçãoerecuperaçãodeinfra-estruturasnecessáriasàprodução,àrededetransporteselogística,eacriaçãodenovasempresaseáreasdeinter-vençãopúblicas;•Aproveitamentointegradodetodososrecursosnacionaiscomumapolíticaque,concretizandomedidasdecombateaodesemprego,aotrabalhoprecário,àdesvalorizaçãodossalários,potencieoaproveitamentodomaisimportanterecursonacional—acapacidadecriativaeprodutivademilhõesdetrabalhadorese,simultâneamente,promovaosimportantesrecursosnaturaisdosubsoloeenergéticos,agrí-colaseflorestais,osrecursosdecorrentesdomarassimcomodetodaacapacidadeprodutivaaindainstaladanonossopaís—designadamentenoplanoindustrial—,potenciando- -aeimpedindoasualiquidação.•DefesaereconstituiçãodeumforteedinâmicosectorempresarialdoEstado,recuperandoparaosectorpúblico—porviadenacionalizaçãoounegociaçãoadequada—sectoresbásicoseestratégicosdanossaeconomiadesig-nadamentenabanca,naenergia,nastelecomunicaçõesetransportes.Edinamizandosectoresestratégicosparaavidaeconómicadopaísqueestãohojeouprofundamentefragilizadosousujeitosalógicasfinanceirasdecurtoprazo,nasmãosdecapitalnacionale/ouestrangeiro,oumesmoabandonados;
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•Planeamentoeconómico,talcomoaConstituiçãodaRepú-blicaprevêesemoqualnãoserápossívelreestruturarotecidoeconómicodopaís.Planeamentoondeserealizeumaavaliaçãodosrecursoshumanos,dosmeiosdepro-duçãonecessários,dosrecursostecnológicos,dacompo-nenteimportadaedosrecursosfinanceirosnecessáriosaumapolíticadeEstadonadefesaepromoçãodaproduçãonacional.
4—AconcretizaçãodeumapolíticadeEstadoemdefesaepromoçãodaproduçãonacional,pressupõeumconjuntodemedidasconcretasdirigidasacadaumdossectoresdaactividadeeconómica.
Aindústriatransformadoraéabaseinsubstituíveldocres-cimentoeconómicoedodesenvolvimento.Noquadrodeactualprocessodedesindustrialização,foramdesmanteladas,oudimi-nuídasnassuascapacidadesprodutivas,importantesunidadesindustriais,queseriamimprescindíveispararesponderaosprin-cipaisdéficesdopaís.IntegradosnumplanodeindustrializaçãodopaísqueoPCPpropõe,ondeoEstadoassumaumpapeldeter-minanteimpõe-seodesenvolvimentodasindústriassiderúrgicas,metalomecânicas,electromecânicas,eléctricas,químicapesada,reparaçãoeconstruçãonavaledealtatecnologiaassimcomodaindústriaextractiva,dotandoopaísdealavancasfundamentaisparaorelançamentoindustrialdopaís.
Noâmbitodeumaoutrapolíticaparaaagriculturaeomundorural,adefesadaagriculturaedaflorestadeveconstituirumaprioridadedaspolíticaspúblicasquepermitacombaterodéficeagro-alimentar(naordemdos4milmilhõesdeeurosporano),criaremprego,dinamizaraseconomiaslocaiserurais.
Asituaçãoactualreclamamedidasurgentesnoapoioàpro-duçãoeaorendimentodosagricultores,naconcretizaçãodeimportantesobraspúblicasenointegralaproveitamentodeoutrascomooAlqueva,naconcretizaçãodeumPlanoNacionalde(re)Florestação,medidaquetenhamtambémcomoobjectivoacon-cretizaçãodeumanovaReformaAgrárianoscamposdoSulcomaliquidaçãodapropriedadelatifundiáriaearacionalizaçãofundiária
pelolivreassociativismonoNorteeCentrodopaís,respondendoassimàsquestõesdoemprego,dasoberaniaesegurançaalimentardopaís.
Nopolíticadepescascontrariandoatendênciadepersistenteedramáticareduçãodeefectivoseembarcaçõesimpõe-seumincrementoefectivodopescadocapturadoedescarregado,acon-cretizaçãodeinvestimentoseunidadesindustriaispúblicasligadasàexploração,investigaçãoedesenvolvimentodaaquaculturaedasconservaseoefectivoaumentoerenovaçãodasnossasdiferentesfrotasdepesca—longínqua,costeiraeartesanal—associadasaoreforçodainiciativadoEstadoportuguês(sejanoplanodaUEsejanasrelaçõesbilaterais)queassegureodesenvolvimentodeste sector.
5—Nasituaçãodesastrosaemqueseencontraaeconomianacional,peranteosdramáticosproblemassociais,odesemprego,aprecariedadeeosbaixossalários,arespostanãopodeseradacontinuaçãodapolíticadedireita,masadeumarupturacomoactualrumo,deumamudançanavidanacionalqueimponhaumapolíticapatrióticaedeesquerda.
AcampanhaqueoPCPirárealizarduranteospróximosmesessobolema«Portugalaproduzir»destina-seapermitirumamaislargatomadadeconsciênciadequeestevelhoearrastadocaminhoparaodesastreeodeclíniodasactividadesprodutivasnacionaistemdeserurgentementetravadoeque,numaperspectivasólidadedesenvolvimentoeconómicoeprogressosocial,emesmoasoluçãodosactuaisproblemasfinanceiros,sóserápossívelcomumanovapolíticadeapoio,revitalizaçãoemodernizaçãodoaparelhoedotecidoprodutivosnacionais,nasmaisvariadasáreasesectores. «Portugalaproduzir»seráumacampanhaque,apresentandopropostasesoluções,iráaoencontrodetrabalhadores,pequenosprodutores,PME,deinstituiçõeseempresas,ouvindoosseusproblemaseaspirações.
UmacampanhaqueteráinícionaFestadoAvante!comaapresentaçãodeumaimportanteexposiçãonoPavilhãoCentralcomomesmolemaequeteráduranteospróximosseismesesumplanodeacçãovisandodarexpressãopúblicaeinstitucionalaum
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•Planeamentoeconómico,talcomoaConstituiçãodaRepú-blicaprevêesemoqualnãoserápossívelreestruturarotecidoeconómicodopaís.Planeamentoondeserealizeumaavaliaçãodosrecursoshumanos,dosmeiosdepro-duçãonecessários,dosrecursostecnológicos,dacompo-nenteimportadaedosrecursosfinanceirosnecessáriosaumapolíticadeEstadonadefesaepromoçãodaproduçãonacional.
4—AconcretizaçãodeumapolíticadeEstadoemdefesaepromoçãodaproduçãonacional,pressupõeumconjuntodemedidasconcretasdirigidasacadaumdossectoresdaactividadeeconómica.
Aindústriatransformadoraéabaseinsubstituíveldocres-cimentoeconómicoedodesenvolvimento.Noquadrodeactualprocessodedesindustrialização,foramdesmanteladas,oudimi-nuídasnassuascapacidadesprodutivas,importantesunidadesindustriais,queseriamimprescindíveispararesponderaosprin-cipaisdéficesdopaís.IntegradosnumplanodeindustrializaçãodopaísqueoPCPpropõe,ondeoEstadoassumaumpapeldeter-minanteimpõe-seodesenvolvimentodasindústriassiderúrgicas,metalomecânicas,electromecânicas,eléctricas,químicapesada,reparaçãoeconstruçãonavaledealtatecnologiaassimcomodaindústriaextractiva,dotandoopaísdealavancasfundamentaisparaorelançamentoindustrialdopaís.
Noâmbitodeumaoutrapolíticaparaaagriculturaeomundorural,adefesadaagriculturaedaflorestadeveconstituirumaprioridadedaspolíticaspúblicasquepermitacombaterodéficeagro-alimentar(naordemdos4milmilhõesdeeurosporano),criaremprego,dinamizaraseconomiaslocaiserurais.
Asituaçãoactualreclamamedidasurgentesnoapoioàpro-duçãoeaorendimentodosagricultores,naconcretizaçãodeimportantesobraspúblicasenointegralaproveitamentodeoutrascomooAlqueva,naconcretizaçãodeumPlanoNacionalde(re)Florestação,medidaquetenhamtambémcomoobjectivoacon-cretizaçãodeumanovaReformaAgrárianoscamposdoSulcomaliquidaçãodapropriedadelatifundiáriaearacionalizaçãofundiária
pelolivreassociativismonoNorteeCentrodopaís,respondendoassimàsquestõesdoemprego,dasoberaniaesegurançaalimentardopaís.
Nopolíticadepescascontrariandoatendênciadepersistenteedramáticareduçãodeefectivoseembarcaçõesimpõe-seumincrementoefectivodopescadocapturadoedescarregado,acon-cretizaçãodeinvestimentoseunidadesindustriaispúblicasligadasàexploração,investigaçãoedesenvolvimentodaaquaculturaedasconservaseoefectivoaumentoerenovaçãodasnossasdiferentesfrotasdepesca—longínqua,costeiraeartesanal—associadasaoreforçodainiciativadoEstadoportuguês(sejanoplanodaUEsejanasrelaçõesbilaterais)queassegureodesenvolvimentodeste sector.
5—Nasituaçãodesastrosaemqueseencontraaeconomianacional,peranteosdramáticosproblemassociais,odesemprego,aprecariedadeeosbaixossalários,arespostanãopodeseradacontinuaçãodapolíticadedireita,masadeumarupturacomoactualrumo,deumamudançanavidanacionalqueimponhaumapolíticapatrióticaedeesquerda.
AcampanhaqueoPCPirárealizarduranteospróximosmesessobolema«Portugalaproduzir»destina-seapermitirumamaislargatomadadeconsciênciadequeestevelhoearrastadocaminhoparaodesastreeodeclíniodasactividadesprodutivasnacionaistemdeserurgentementetravadoeque,numaperspectivasólidadedesenvolvimentoeconómicoeprogressosocial,emesmoasoluçãodosactuaisproblemasfinanceiros,sóserápossívelcomumanovapolíticadeapoio,revitalizaçãoemodernizaçãodoaparelhoedotecidoprodutivosnacionais,nasmaisvariadasáreasesectores. «Portugalaproduzir»seráumacampanhaque,apresentandopropostasesoluções,iráaoencontrodetrabalhadores,pequenosprodutores,PME,deinstituiçõeseempresas,ouvindoosseusproblemaseaspirações.
UmacampanhaqueteráinícionaFestadoAvante!comaapresentaçãodeumaimportanteexposiçãonoPavilhãoCentralcomomesmolemaequeteráduranteospróximosseismesesumplanodeacçãovisandodarexpressãopúblicaeinstitucionalaum
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programademedidasque,sejadopontodevistasectorial,sejadopontodevistalocalouregional,dinamizemoaparelhoprodutivoeafirmemumoutrorumoparaopaís.
Umacampanhaquefalarádosproblemasconcretosdavidanacional,longedasinsignificantesquerelascomquePS,PSDeCDS,procuramiludiraactualsituação,maspróximadopaíspro-fundo,darealidadeconcretacomqueestamosconfrontados.
«Portugalaproduzir»éassimadefiniçãodeumrumoinversoaodapolíticadedireitaque,correspondendoàslegítimasaspira-çõesdostrabalhadoresedopovoportuguêsaumavidamelhor,seafirmacomoumagrandepropostadoPCPparaopresenteeofuturodePortugal.
Ameco,Annualmacro-economicdatabase,quadroGross value added at 2000 prices: industry excluding building and construction,datadaúltimaactua-lização29-11-2010.
AnuárioEstatístico–Portugal–ContinenteAçoreseMadeira,1979,INE.AnuárioEstatísticodePortugal2009,INE,edição2010.AssociaçãoPortuguesadeCortiça,artigoO Montadonorespectivosite,acedido
em2011,www.apcor.pt/artigo/271.htm.
Bloomberg,valordasobrigaçõesdetesouroportuguesasadois,três,cincoedezanos:http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT2YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT3YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT5YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND#chart.
BoletimEconómicodoBancodePortugal,Verão2010,Volume16,Número2, Produção e consumo de energia em Portugal: factos estilizados,Joãoamador.
BoletimEconómicodoBancodePortugal,Verão2011,Volume17,Número2.BoletimEconómicodoBancodePortugal,Outono2010,Volume16,Número3.BoletimEstatísticodoBancodePortugal,Maiode2011.BoletimEstatísticodoGabinetedeEstratégiaePlaneamentodoMinistériodo
TrabalhoedaSolidariedadeSocial,Maiode2011.BoletimMensaldeEconomiaPortuguesa,n.o 5, Maio de 2009, gabinete de
EstratégiaeEstudosdoMinistériodaEconomiaedaInovação.BoletimMensaldeEconomiaPortuguesa,n.o 3, Março de 2011, gabinete de
EstratégiaeEstudosdoMinistériodaEconomia,daInovaçãoedoDesen-volvimentoeGabinetedePlaneamento,Estratégia,AvaliaçãoeRelaçõesInternacionaisdoMinistériodasFinançasedaAdministraçãoPública.
Referênciasbibliográficas
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programademedidasque,sejadopontodevistasectorial,sejadopontodevistalocalouregional,dinamizemoaparelhoprodutivoeafirmemumoutrorumoparaopaís.
Umacampanhaquefalarádosproblemasconcretosdavidanacional,longedasinsignificantesquerelascomquePS,PSDeCDS,procuramiludiraactualsituação,maspróximadopaíspro-fundo,darealidadeconcretacomqueestamosconfrontados.
«Portugalaproduzir»éassimadefiniçãodeumrumoinversoaodapolíticadedireitaque,correspondendoàslegítimasaspira-çõesdostrabalhadoresedopovoportuguêsaumavidamelhor,seafirmacomoumagrandepropostadoPCPparaopresenteeofuturodePortugal.
Ameco,Annualmacro-economicdatabase,quadroGross value added at 2000 prices: industry excluding building and construction,datadaúltimaactua-lização29-11-2010.
AnuárioEstatístico–Portugal–ContinenteAçoreseMadeira,1979,INE.AnuárioEstatísticodePortugal2009,INE,edição2010.AssociaçãoPortuguesadeCortiça,artigoO Montadonorespectivosite,acedido
em2011,www.apcor.pt/artigo/271.htm.
Bloomberg,valordasobrigaçõesdetesouroportuguesasadois,três,cincoedezanos:http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT2YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT3YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT5YR:IND#chart,http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND#chart.
BoletimEconómicodoBancodePortugal,Verão2010,Volume16,Número2, Produção e consumo de energia em Portugal: factos estilizados,Joãoamador.
BoletimEconómicodoBancodePortugal,Verão2011,Volume17,Número2.BoletimEconómicodoBancodePortugal,Outono2010,Volume16,Número3.BoletimEstatísticodoBancodePortugal,Maiode2011.BoletimEstatísticodoGabinetedeEstratégiaePlaneamentodoMinistériodo
TrabalhoedaSolidariedadeSocial,Maiode2011.BoletimMensaldeEconomiaPortuguesa,n.o 5, Maio de 2009, gabinete de
EstratégiaeEstudosdoMinistériodaEconomiaedaInovação.BoletimMensaldeEconomiaPortuguesa,n.o 3, Março de 2011, gabinete de
EstratégiaeEstudosdoMinistériodaEconomia,daInovaçãoedoDesen-volvimentoeGabinetedePlaneamento,Estratégia,AvaliaçãoeRelaçõesInternacionaisdoMinistériodasFinançasedaAdministraçãoPública.
Referênciasbibliográficas
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Censos2001/XIVRecenseamentoGeraldaPopulação/IVRecenseamentoGeraldaHabitação–ResultadosDefinitivos—Portugal,2002,INE.
ContasEconómicasdaAgricultura1980-2009,edição2010,INE.ContasNacionais,AgregadosMacroeconómicos,INE,InformaçãoEstatística
(disponibilizadanosite),datadaúltimaactualização09-06-2011.ContasNacionais,ContasSatélites,INE,InformaçãoEstatística(disponibilizada
nosite),datadaúltimaactualização30-09-2010.
DesenvolvimentoRural—PlanoEstratégicoNacional2007-2013—Portugal,RevisãoNovembro2009,MinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRural e das Pescas.
DestaqueINE,Balança Alimentar Portuguesa 2003-2008, 30 de Novembro de 2010.
DestaqueINE,Contas Económicas da Silvicultura — Base 2006 / 1986-2008, 14deJulhode2010.
DestaqueINE,Contas Nacionais Trimestrais (Base 2006) — 1.o trimestre de 2011,9deJunhode2011.
DestaqueINE,Estatísticas das Filiais de Empresas Estrangeiras — 2005-2007, 30 de outubro de 2009, revisto em 2 de Novembro de 2009.
DestaqueINE,Estimativas de População Residente — 2010,7deJunhode2010.
DestaqueINE,Estudos sobre Estatísticas Estruturais das Empresas — 2008, Micro, Pequenas e Médias Empresas em Portugal,28deJunhode 2010.
DestaqueINE,Procedimento dos Défices Excessivos — 1.a Notificação de 2011, 31 de Março de 2011.
DestaqueINE,Rendimento e Condições de Vida — 2010 (Dados Provisórios), 11deJulhode2011.
Emprego,contrataçãocolectivadetrabalhoeprotecçãodamobilidadeprofis-sionalemPortugal—EstudoelaboradoporsolicitaçãodaMinistradoTra-balhoedaSolidariedadeSocial,AntónioDornelas(Coordenador),AntonietaMinistro,FernandoRibeiroLopes,JoséLuísAlbuquerque,MariaManuelaPaixão,NunoCostaSantos,Maiode2010.
EnergyPoliciesofIEACountries—Portugal2009Review.EstatísticasAgrícolas2009,edição2010,INE.EstatísticasAgrícolas2010,edição2011,INE.EstatísticasdeBolso,13deSetembrode2010,GabinetedeEstratégiaeEstudos
do Ministério da Economia, da Inovação e do desenvolvimento.Estatísticas do Comércio Internacional 1993-2009, edição 2010, INE.Estatísticas do Comércio Internacional 2010, edição 2011, INE.EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2001, edição 2002, INE.EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2002, edição 2003, INE.
EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2010, edição 2011 (e não 2010, como erradamentesereferenacapa),INE.
EstatísticasdoEmprego—1.o trimestre 2011, edição 2011, INE.Estatísticas da Pesca 1986 — Continente, açores e Madeira, edição 1987, INE.Estatísticas da Pesca 1990, INE.Estatísticas da Pesca 1997, edição 1998, INE.Estatísticas da Pesca 1998, edição 1999, INE.Estatísticas da Pesca 1999, edição 2000, INE.Estatísticas da Pesca 2000, edição 2001, INE.Estatísticas da Pesca 2001, edição 2002, INE.Estatísticas da Pesca 2002, edição 2003, INE.Estatísticas da Pesca 2003, edição 2004, INE.Estatísticas da Pesca 2004, edição 2005, INE.Estatísticas da Pesca 2005, edição 2006, INE.Estatísticas da Pesca 2006, edição 2007, INE.Estatísticas da Pesca 2007, edição 2008, INE.Estatísticas da Pesca 2008, edição 2009, INE.Estatísticas da Pesca 2009, edição 2010, INE.Estatísticas da Pesca 2010, edição 2011, INE.Estatísticas da Produção Industrial 1999, edição 2001, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2000, edição 2002, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2001, edição 2002, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2002, edição 2003, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2003, edição 2004, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2004, edição 2005, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2005, edição 2007, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2006, edição 2008, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2007, edição 2009, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2008, edição 2010, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2009, edição 2010, INE.Eurostat, Table Average gross annual earnings in industry and services, by gen-
der/Of full-time employees in enterprises with 10 or more employees (ECU/EUR), 2.1.2-r1627-2011-03-11 (PRod).
Eurostat, Employees by sex, age groups and highest level of education attained (from 25 to 64 years),lastupdate:15-04-2011.
Eurostat, Persons with tertiary education attainment by age and sex (%) (from 25 to 34 years),lastupdate:20-01-2011.
Eurostat, Persons with upper secondary education attainment by age and sex (%) (from 25 to 34 years),lastupdate:20-01-2011.
Eurostat, Population, aged 15 to 74 years, by sex, age groups and highest level of education attained (from 15 to 74 years),lastupdate:15-04-2011.
EurostatPocketbooks,Agricultural Statistics / Main results — 2008-09, 2010 edition, Eurostat.
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Censos2001/XIVRecenseamentoGeraldaPopulação/IVRecenseamentoGeraldaHabitação–ResultadosDefinitivos—Portugal,2002,INE.
ContasEconómicasdaAgricultura1980-2009,edição2010,INE.ContasNacionais,AgregadosMacroeconómicos,INE,InformaçãoEstatística
(disponibilizadanosite),datadaúltimaactualização09-06-2011.ContasNacionais,ContasSatélites,INE,InformaçãoEstatística(disponibilizada
nosite),datadaúltimaactualização30-09-2010.
DesenvolvimentoRural—PlanoEstratégicoNacional2007-2013—Portugal,RevisãoNovembro2009,MinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRural e das Pescas.
DestaqueINE,Balança Alimentar Portuguesa 2003-2008, 30 de Novembro de 2010.
DestaqueINE,Contas Económicas da Silvicultura — Base 2006 / 1986-2008, 14deJulhode2010.
DestaqueINE,Contas Nacionais Trimestrais (Base 2006) — 1.o trimestre de 2011,9deJunhode2011.
DestaqueINE,Estatísticas das Filiais de Empresas Estrangeiras — 2005-2007, 30 de outubro de 2009, revisto em 2 de Novembro de 2009.
DestaqueINE,Estimativas de População Residente — 2010,7deJunhode2010.
DestaqueINE,Estudos sobre Estatísticas Estruturais das Empresas — 2008, Micro, Pequenas e Médias Empresas em Portugal,28deJunhode 2010.
DestaqueINE,Procedimento dos Défices Excessivos — 1.a Notificação de 2011, 31 de Março de 2011.
DestaqueINE,Rendimento e Condições de Vida — 2010 (Dados Provisórios), 11deJulhode2011.
Emprego,contrataçãocolectivadetrabalhoeprotecçãodamobilidadeprofis-sionalemPortugal—EstudoelaboradoporsolicitaçãodaMinistradoTra-balhoedaSolidariedadeSocial,AntónioDornelas(Coordenador),AntonietaMinistro,FernandoRibeiroLopes,JoséLuísAlbuquerque,MariaManuelaPaixão,NunoCostaSantos,Maiode2010.
EnergyPoliciesofIEACountries—Portugal2009Review.EstatísticasAgrícolas2009,edição2010,INE.EstatísticasAgrícolas2010,edição2011,INE.EstatísticasdeBolso,13deSetembrode2010,GabinetedeEstratégiaeEstudos
do Ministério da Economia, da Inovação e do desenvolvimento.Estatísticas do Comércio Internacional 1993-2009, edição 2010, INE.Estatísticas do Comércio Internacional 2010, edição 2011, INE.EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2001, edição 2002, INE.EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2002, edição 2003, INE.
EstatísticasdoEmprego—4.o trimestre 2010, edição 2011 (e não 2010, como erradamentesereferenacapa),INE.
EstatísticasdoEmprego—1.o trimestre 2011, edição 2011, INE.Estatísticas da Pesca 1986 — Continente, açores e Madeira, edição 1987, INE.Estatísticas da Pesca 1990, INE.Estatísticas da Pesca 1997, edição 1998, INE.Estatísticas da Pesca 1998, edição 1999, INE.Estatísticas da Pesca 1999, edição 2000, INE.Estatísticas da Pesca 2000, edição 2001, INE.Estatísticas da Pesca 2001, edição 2002, INE.Estatísticas da Pesca 2002, edição 2003, INE.Estatísticas da Pesca 2003, edição 2004, INE.Estatísticas da Pesca 2004, edição 2005, INE.Estatísticas da Pesca 2005, edição 2006, INE.Estatísticas da Pesca 2006, edição 2007, INE.Estatísticas da Pesca 2007, edição 2008, INE.Estatísticas da Pesca 2008, edição 2009, INE.Estatísticas da Pesca 2009, edição 2010, INE.Estatísticas da Pesca 2010, edição 2011, INE.Estatísticas da Produção Industrial 1999, edição 2001, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2000, edição 2002, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2001, edição 2002, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2002, edição 2003, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2003, edição 2004, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2004, edição 2005, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2005, edição 2007, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2006, edição 2008, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2007, edição 2009, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2008, edição 2010, INE.Estatísticas da Produção Industrial 2009, edição 2010, INE.Eurostat, Table Average gross annual earnings in industry and services, by gen-
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Eurostat, Employees by sex, age groups and highest level of education attained (from 25 to 64 years),lastupdate:15-04-2011.
Eurostat, Persons with tertiary education attainment by age and sex (%) (from 25 to 34 years),lastupdate:20-01-2011.
Eurostat, Persons with upper secondary education attainment by age and sex (%) (from 25 to 34 years),lastupdate:20-01-2011.
Eurostat, Population, aged 15 to 74 years, by sex, age groups and highest level of education attained (from 15 to 74 years),lastupdate:15-04-2011.
EurostatPocketbooks,Agricultural Statistics / Main results — 2008-09, 2010 edition, Eurostat.
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EurostatPocketbooks,Science, tecnhology and innovation in Europe, 2010 edition, Eurostat.
IMFWorkingPaper,WP/08/112,CompetitivenessintheSouthernEuroArea:France,Greece,Italy,Portugal,andSpain,2008,III. Southern Euro Area Five Countries: Trends in Value_Added,byIrynaIvaschenko.
IncêndiosFlorestais—Portugal/TotaisNacionais,Direcção-GeraldosRecursosFlorestaisdoMinistériodaAgricultura,PescaseFloresta(semdata,comdadosaté2006,consultadonositedaAutoridadeFlorestalNacionalem4de abril de 2011).
Indexmundi,http://www.indexmundi.com/commodities/.Indicadores2009—Agricultura,SilviculturaePesca,GabinetedePlaneamento
ePolíticasdoMinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRuraledasPescas.
InquéritoàEstruturadasExploraçõesAgrícolas2005,anodeedição2006,INE.
InternationalMonetaryFund—Portugal—RequestforaThree-YearAr-rangementUndertheExtendedFundFacility,PreparedbytheEuropeanDepartmentinConsultationwithOtherDepartments,ApprovedbyPoulM.ThomsenandMartinMühleisen,May17,2011.
5.oInventárioFlorestalNacional—ApresentaçãodoRelatórioFinal,7deSe-tembrode2010,DirecçãoGeraldeGestãoFlorestal.
Jornal de Negócios,24deAbrilde2008,p.23,quadro,fontemencionada:Insti-tutodeSegurançaSocial;EstatísticasdaSegurançaSocial;Remuneraçõesdeclaradas no 1.o semestre.
Mamede, Ricardo Paes, Uma parte menos falada da crise de competitividade, LadrõesdeBicicletas,17deDezembrode2010,http://ladroesdebicicle- tas.blogspot.com/2010/12/uma-parte-menos-falada-da-crise-de.html,gráfico.
NotadeInformaçãoEstatísticadoBancodePortugal,21deFevereirode2011.
OrçamentodoEstadopara2011,Lein.o55-A/2010,DiáriodaRepública,1.ªsérie—N.º253—31deDezembrode2010.
Pinho,Ivo,«Sectorpúblicoempresarialantesedepoisdo11deMarço»,inAnálise Social, vol. XII (47), 1976 — 3.º, 733-747.
PoRdata, Remessas de emigrantes, imigrantes e saldo em % do PIB,últimaactualização:2011-04-26,15:45:43.Fontededados:BP—EstatísticasdeBalançadePagamentos,INE–BP—ContasNacionaisAnuais(Base
2006).PoRdata, Rendimento nacional e remunerações do trabalho em % do PIB,úl-
timaactualização:2011-04-26,15:45:44.Fontededados:INE–BP–ContasNacionais anuais (Base 2006).
PoRdata, Taxa de desemprego: total e por nível de escolaridade completo (%), última actualização:2011-02-17,10:16:44.Fontededados:INE–InquéritoaoEmprego.
PortugalAgrícola1980-2006,edição2007,INE.Público,28deMarçode2011,Economia,JoãoRamosdeAlmeida,Quantos“fal-
sosrecibosverdes”existemaocerto»,http://economia.publico.pt/Noticia/quantos-falsos-recibos-verdes-existem-ao-certo_1487046.
QuadrosdePessoal2008,GabinetedeEstratégiaePlaneamentodoMinistériodoTrabalhoedaSolidariedadeSocial.
RecenseamentoAgrícola2009—AnálisedosPrincipaisResultados,edição2011, INE.
Regulamento(CE)n.o 1214/2007 da Comissão, de 20 de Setembro de 2007, AnexoI—NomenclaturaCombinada,JornalOficialdaUniãoEuropeia–31de outubro de 2007.
RelatórioAnualdeÁreasArdidaseOcorrências2010—1deJaneiroa31deDezembro,DirecçãodeUnidadedeDefesadaFloresta,editadopelaAutori-dadeFlorestalNacional/MinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRural e das Pescas.
SobreaPobreza,asDesigualdadeseaPrivaçãoMaterialemPortugal,2010,INE.
TribunaldeContas—ParecersobreaContaGeraldoEstado,Anoeconómicode2009,VolumeI.
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EurostatPocketbooks,Science, tecnhology and innovation in Europe, 2010 edition, Eurostat.
IMFWorkingPaper,WP/08/112,CompetitivenessintheSouthernEuroArea:France,Greece,Italy,Portugal,andSpain,2008,III. Southern Euro Area Five Countries: Trends in Value_Added,byIrynaIvaschenko.
IncêndiosFlorestais—Portugal/TotaisNacionais,Direcção-GeraldosRecursosFlorestaisdoMinistériodaAgricultura,PescaseFloresta(semdata,comdadosaté2006,consultadonositedaAutoridadeFlorestalNacionalem4de abril de 2011).
Indexmundi,http://www.indexmundi.com/commodities/.Indicadores2009—Agricultura,SilviculturaePesca,GabinetedePlaneamento
ePolíticasdoMinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRuraledasPescas.
InquéritoàEstruturadasExploraçõesAgrícolas2005,anodeedição2006,INE.
InternationalMonetaryFund—Portugal—RequestforaThree-YearAr-rangementUndertheExtendedFundFacility,PreparedbytheEuropeanDepartmentinConsultationwithOtherDepartments,ApprovedbyPoulM.ThomsenandMartinMühleisen,May17,2011.
5.oInventárioFlorestalNacional—ApresentaçãodoRelatórioFinal,7deSe-tembrode2010,DirecçãoGeraldeGestãoFlorestal.
Jornal de Negócios,24deAbrilde2008,p.23,quadro,fontemencionada:Insti-tutodeSegurançaSocial;EstatísticasdaSegurançaSocial;Remuneraçõesdeclaradas no 1.o semestre.
Mamede, Ricardo Paes, Uma parte menos falada da crise de competitividade, LadrõesdeBicicletas,17deDezembrode2010,http://ladroesdebicicle- tas.blogspot.com/2010/12/uma-parte-menos-falada-da-crise-de.html,gráfico.
NotadeInformaçãoEstatísticadoBancodePortugal,21deFevereirode2011.
OrçamentodoEstadopara2011,Lein.o55-A/2010,DiáriodaRepública,1.ªsérie—N.º253—31deDezembrode2010.
Pinho,Ivo,«Sectorpúblicoempresarialantesedepoisdo11deMarço»,inAnálise Social, vol. XII (47), 1976 — 3.º, 733-747.
PoRdata, Remessas de emigrantes, imigrantes e saldo em % do PIB,últimaactualização:2011-04-26,15:45:43.Fontededados:BP—EstatísticasdeBalançadePagamentos,INE–BP—ContasNacionaisAnuais(Base
2006).PoRdata, Rendimento nacional e remunerações do trabalho em % do PIB,úl-
timaactualização:2011-04-26,15:45:44.Fontededados:INE–BP–ContasNacionais anuais (Base 2006).
PoRdata, Taxa de desemprego: total e por nível de escolaridade completo (%), última actualização:2011-02-17,10:16:44.Fontededados:INE–InquéritoaoEmprego.
PortugalAgrícola1980-2006,edição2007,INE.Público,28deMarçode2011,Economia,JoãoRamosdeAlmeida,Quantos“fal-
sosrecibosverdes”existemaocerto»,http://economia.publico.pt/Noticia/quantos-falsos-recibos-verdes-existem-ao-certo_1487046.
QuadrosdePessoal2008,GabinetedeEstratégiaePlaneamentodoMinistériodoTrabalhoedaSolidariedadeSocial.
RecenseamentoAgrícola2009—AnálisedosPrincipaisResultados,edição2011, INE.
Regulamento(CE)n.o 1214/2007 da Comissão, de 20 de Setembro de 2007, AnexoI—NomenclaturaCombinada,JornalOficialdaUniãoEuropeia–31de outubro de 2007.
RelatórioAnualdeÁreasArdidaseOcorrências2010—1deJaneiroa31deDezembro,DirecçãodeUnidadedeDefesadaFloresta,editadopelaAutori-dadeFlorestalNacional/MinistériodaAgricultura,doDesenvolvimentoRural e das Pescas.
SobreaPobreza,asDesigualdadeseaPrivaçãoMaterialemPortugal,2010,INE.
TribunaldeContas—ParecersobreaContaGeraldoEstado,Anoeconómicode2009,VolumeI.
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