PORTUGAL.. Leis, decretos, etc. Ordenações Filipinas Regimento do escrivam da almotaceria conforme a nova reformação das Ordenações do Reino

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Leis, decretos e ordenações de portugal

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  • REGIMENTO DO ESCR1VAM

    DA ALMOTACER1A

    AVTOGRAFADO POR

    GABRIEL PEREIRA DE CASTRO

    FIDALGO DA CASA DEL-REY

    CORREGEDOR DO CRIME EM SVA CORTE

    12 DE DEZEMBRO DE 1630

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    IRm, ic ha abfaluiam de inftancia do juy,atentada no quaderna

    if hesvde Ma appcllao entre partes pari o Iuiz,ou caster few rets. I * - *

    Icem, de ku tertcmunta feisrei*. Itero, de hua fcntcnca oito reis ^ lccm,dchua pena porta entre partes oito reis.

    Item, do prouimento pela villi ou cidade aos mrceiros, mercadores de panno de la,t de linho,& regate.ras, quatro re.s de qua- rat ando os acharem e'mculpa. E dos que no achatem em culpa,

    cao lcuar coufa alga

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  • A DE CASTRO (Gabriel). Poeta e juris- consulto. n. em Braga a 7-II-I57I e m. em Lisboa a I8-X-1632. Doutorou-se, com muita distino, em C- nones. na Universidade de Coimbra, e em 1600 obteve, por concurso, uma beca no colgio de S. Paulo e passou a reger diversas cadeiras na Universidade. Foi sucessi- vamente nomeado desembargador da Relao do Porto (1606), da Casa da Suplicao (1615) e dos Agravos (1617); corregedor do crime na corte (1623) e, por fim, procurador geral das ordens militares e chanceler-mor do reino. Mostrou-se fiel ao domnio espanhol, como tantos do seu tempo, e o conde-duque de Olivares cncar- regou-o de misses de confiana. Uma dessas misses foi a devassa no Porto, provocada por um motim popular em que fora apedrejado o ministro Francisco de Casena. Contra as ordens que tinha, no praticou violncias e regressou a Lisboa sem fazer vtimas. Outra foi a sen- tena, lavrada na Relao de Lisboa, em 1631, que condenou iniquamente a morte afrontosa Simo Pires Solis, pretendido autor do roubo e desacato praticados na igreja de Santa Engrcia, em 15-1-1630, e que mais tarde foi plenamente reconhecido como inocente. A sen- tena foi inserta no Tratado Histrico c Jurdico do Desa- cato dc Odivelas, de Manuel lvares Pega, Lisboa, 1710. Alm dc notvel jurisconsulto, Pereira de Castro foi poeta de excepcional merecimento. Lope de Vega dedi- cou-lhe um soneto, intitulado El docto Gabriel, na sua obra El siglo de oro, e Antonino Diana, na sua De immu- nitate Ecclcsiarum, afirmou no haver outro igual entre os poetas portugueses. A obra do poeta foi muito divul- gada em Espanha e a sua lama alcanou Roma. O seu melhor poema, Ulisseia ou Lisboa Edijicada, publicou-sc em 1636, j depois da morte do autor; constava de dez cantos, em oitava rima. precedidos de poesias compostas em sua honra por vrios poetas contemporneos; um Discurso Potico, composto em prosa por Manuel de Galhegos, e argumentos em verso, no comeo de cada canto, por Bernarda Ferreira de Lacerda. Esta obra teve 2.* edio em 1642 ou 1643, por iniciativa do irmo do poeta, Lus Pereira de Castro, que omitiu a data e o lugar da edio, bem como o nome do impressor; o Dis- curso e uma cano de Manuel de Calhegos. Alm disso, o texto foi profundamente alterado, quer com a elimi- nao completa de numerosas estncias, quer com a

    modificao, substituio e acrescento doutras. E em lugar da Dedicatria a Filipe III de Espanha, vista na I." edio, vem a Dedicatria ao prncipe D. Teodsio; esta segunda Dedicatria apenas diferia da outra nas passagens que no seriam aplicveis a D. Teodsio. O poema, embora de apurado estilo clssico, fica muito aqum dos Lusadas, embora se lhe atribua o segundo lugar no valor dos poemas portugueses. Teve mais trs edies: a 3.*, Lisboa, 1743, com o texto original inteira- mente restitudo; a 4.*, Lisboa, 1827, com a supresso do Discurso de Manuel de Calhegos e de todas as poe- sias laudatrias do poeta, contidas nas edies de 1636 e 1745; finalmente, a 5.* ed., Lisboa, 1827, apenas contm o texto integral do poema. Como jurisconsulto. Pereira de Castro deixou uma obra em latim: De Manu Regia Tractatus in quo omnium chegum Regiarum uibus Regi Portugaliae in causis ecclesiasticis cogniti est ex jure, em 2 tomos: I, Olysipone, 1622; II, 1625; Ludgune, 1672; Olysipone, 1742. Esta obra foi proibida em Roma, por decreto da Congregao do Index, em 26-X-I640, e por isso est includa a p. 201 no Index Librorum prohibi- torum SS. D. N. Pii Sexti jussu editus, Romae, 1787. Outra sua obra notvel foi a Monomaquia sobre as concir- dias que Jizeram os reis com os prelados de Portugal, nas dvidas da jurisdio eclesistica e temporal. Ficaria in- dita ou manuscrita, se uma sugesto do governo de D. Joo V, se no ordem, levou Jos Francisco Mendes Moreira a promover a I.* edio em Lisboa (1738), quando era muito agitada a controvrsia entre D. Joo V e a Santa S. Logo que se restabeleceu a harmonia, o rei ordenou a recolha da obra publicada. H notcia de ter escrito, em 1611, outra obra de jurisprudncia: Decis- sionum suprenis tenatus Portugaliae Liber. Alguns dos seus crticos afirmam que o autor se orientava pelas ideias, vindas de Frana, acerca do poder supremo da realeza, e se deixou influenciar pela doutrina de Bossuet, que reivindicava para os reis a plenitude dos poderes, sem exceptuar o direito de nomear os bispos. Pereira de Castro escreveu ainda: Obras poticas em diversas lnguas, que se no imprimiram. Apareceram tambm poesias suas nas seguintes obras: Giganlomaquia, de Manuel de Calhegos; Obras, de Francisco de Figueiredo; Augus- tissimo Hispaniaram Principi rccens nato Philippo Domi- nico, Coimbra, 1606, e Anagrama de la vida humana, de Henrique Visrio. Lisboa, 1590.

    I r GAJRIr PEREIRA DE CASTRO, Cavalleiro da Qrdem de Christo, I. wutor era Direito Canonico, e Lente na yniversida.de de Coimbra, Desem- J r?ador da Relao do Porto, e da Casa da Suppltcao de Lisboa, Lorre- I ?rr crime da Crte e Casa, Procurador geral das Ordens militares, e

    ' 'rim-.monte nomeado Chanceller-mr do'Reino,' et.N. em Braga a 7 de i ev*n... J . . r - . . ^ J. moo Jaz no extin-

    ? j . vy. ue Jiaruosa, ujcmu ue yr,. r, . lo do tempo em que foi escripto. Afii mesmo s achar a enumerao [nyhia. (prm que de Gabriel Pereira) foi. SO v., principia?Afiando mais bello Abril amnhecet, etc. ...

    No livro Anhgramma de la Vida Iluman de Heiirique Visorio, Lisbo 1590, 8. vem tarilbem titii epigrmma, e.uma elegia, etc., tc.

    Pereira de Castro pertence como poeta eschola hespanhola, e coitoo tal incluiu Cosia e Silva no tomo ix do seu Ensaio Riogr. A opinio mais seguida dos nossos crticos assigna-lhe entre os picos portugiiezes o logar immediato a Cames. Tal 6 o voto do P. Francisco Jos Freire, e de outros. Comtudo alguns, como Jos Agostinho, Ribeiro dos Sanctos, cl Manuei de Galhegos, chegaram a collocar a Ulyssa em primeiro logar, jul-l gand-a superior aos Lusadas! Jos Maria da Costa e Silva de voto que apoz os Lusadas deve dar-se a preferencia Malaca Conquistada, ficando a Ulyssa abaixo d'esta, e por consequncia em segundo logar a respeito d'aquelles.

    No este O competente para discutir e apreciar os fundamentos com que cada rri dos referidos tracta de justificar asua opinio. Para conciliar entre si estes diversos pareceres, cumprir que primeiro vejamos o que , e o que por si pde valer Gabriel Pereira. Ningum melhor que elle.soube observar coni lodo o rigor os preceitos da epopa: a sua fabula na ver- dade pica, e seria perfeita, se no apresentasse o heroe ocioso por to largo

    cao harmbniosa e variada, dfcscripes pittorescas; riqueza de compar- es, quasi semjire frisantes, e bepi adequadas, etc., etc. Mas, por fim, carece absolutamente de Originalidade. A erudio o levou a querer intro- duzir no seu poema tudo o que disseram Homero, Virgilio, Estcio, Ovidio, Ariosto, Tasso, Cames, e Gongora, de modo que a melhor parte compe- se de materiaes emprestados, e apenas de longe em longe pparece cousa, que possa julgar-se produco da sua lavra. Quanto linguagem e estrio, tainbem no podemos tomal-o por modelo de pureza e.correco. O P. Fran- cisco Jos Freire nas Reflexes sobre a Lingua' Portuguesa, parte 3.*, faz uma anatomia critica Ulyssa, na qual mostra copiosos e notveis exem- plos de redundncias, impropriedade e m escolha de epithetos, erros d concordncia e de regencia grammatical, e outros muitos defeitos, que p- dem e devem achar indulgncia; mas que, juntos ao mais que fica obser- vado, i-ebaixatn at berto ponto o pierito do poeta, descehdo-o da altura sti-

    Iblime a que cgos admiradores pretenderam eleval-o.

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