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Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Augusto Correia – Tavira Portugal Projecto eTwinning: «Partilha de Referências Literárias e Culturais» Autor e Obra seleccionada : Eça de Queirós, Os Maias Turma: 11º A1 2006/2007 Coordenação – Ana Cristina Matias Disciplinas: Português – Prof.ª Ana Cristina Matias Inglês – Prof. Serafim Gonçalves

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Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Augusto Correia – Tavira

Portugal

Projecto eTwinning:

«Partilha de Referências Literárias e Culturais»

Autor e Obra seleccionada : Eça de Queirós, Os Maias

Turma: 11º A1 2006/2007

Coordenação – Ana Cristina Matias

Disciplinas:

Português – Prof.ª Ana Cristina MatiasInglês – Prof. Serafim Gonçalves

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Vida e obra de EVida e obra de EVida e obra de EVida e obra de Eçççça de Queira de Queira de Queira de Queiróóóóssss

(1845(1845(1845(1845----1900)1900)1900)1900)

1. O autor

Retrato de Eça de Queirós

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BiografiaBiografiaBiografiaBiografia

• José Maria Eça de Queirós nasceuna Póvoa de Varzim, a 25 de Novembro de 1845.

• Em 1861 matriculou-se na faculdade de Coimbra em Direito, vindo a conhecer Antero de Quental e Teófi lo Braga.

• No fim do curso, estreia-se como escritor, em folhetins intitulados “Notas Marginais”, na Gazeta de Portugal, que pela novidade literária não foram mui to bem aceites pelo público.

Foto de Eça de Queirós

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• Concluído o seu curso, vai residir em Évora onde funda e dirige o “Jornal da Oposição”.

• Regressa a Lisboa e forma o Cenáculo com Ramalho de Ortigão e Oliveira Martins, entre outros.

• Em 1870 torna-se cônsul e administrador de Leiria.

• Um ano mais tarde, publica As Farpas e realiza as célebres Conferências Democráticas do Casino Lisbonense.

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• Eça foi o orador da 4ª conferência, subordinada ao t ema: “A Literatura Nova – O Realismo como nova expressão de arte”.

• Em 1888 publica Os Maias, a obra mais famosa deste autor.

• Defendia o Realismo em oposição ao Romantismo da al tura. O Realismo critica o Homem e o carácter das pessoas , tendo em vista o intuito da verdade, da justiça e d a moral.

• Faleceu em 16 de Agosto de 1900 em Neuilly, França.

Alunos: Frederico Fonseca e Gonçalo Mestre

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Os Maias , de Eça de Queirós, é um romance realista do século XIX cujo a acção se desenvolve em difere ntes níveis:

•Intriga secundária,

•Intriga principal,

•Crónica de costumes.

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2.1 Pelo recurso à analepse, tomamosconhecimento da INTRIGA SECUNDINTRIGA SECUNDINTRIGA SECUNDINTRIGA SECUNDÁÁÁÁRIARIARIARIA:

Pedro da Maia apaixona-se loucamente por Maria Monforte, com quem se vem a casar, apesar de contrariar a vontade do pai, Afonso da Maia.

Têm uma rapariga, Maria Eduarda, e um rapaz, Carlos da Maia.

O casamento de Pedro e Maria Monforte acaba mal, pois esta foge com um italiano, levando Maria Eduarda consigo.

Pedro, perante tal catástrofe, procura refúgio em casa de seu pai.

Vendo que o seu filho, Carlos, fica bem entregue aos cuidados do avô, suicida-se.

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Anos mais tarde, desconhecendo a sua relação familiar, Carlos e Maria Eduarda frequentam os mesmos locais em Lisboa.

Assim, a intriga principal retrata o amor incestuoso de Carlos da Maia e Maria Eduarda.

Carlos apaixona-se logo àprimeira vista por Maria Eduarda. Procura-a, louco de paixão e não descansa até a conhecer. Tornam-se amantes e quando decidem ficar juntos para sempre descobrem que são irmãos.

Maria Eduarda e Carlos suicidam-se psicologicamente, perdendo a capacidade de amar .

2.2 INTRIGA PRINCIPAL2.2 INTRIGA PRINCIPAL2.2 INTRIGA PRINCIPAL2.2 INTRIGA PRINCIPAL

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• Em paralelo com a intriga, temos a crónica de costumes que retrata a vida dos portugueses no século XIX, mais propriamente das classes altas.

• Eça de Queirós utiliza personagens para caricaturar a alta sociedade através da ironia e do humor. Critica, também, a política, a literatura, as finanças, os costumes e a mentalidade da alta sociedade portuguesa.

Alunas: Sara Almeida e Sara Carvalho

2.3 A CR2.3 A CR2.3 A CR2.3 A CRÓÓÓÓNICA DE COSTUMESNICA DE COSTUMESNICA DE COSTUMESNICA DE COSTUMES

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Afonso da Maia, homem culto e com gostos requintados, viveu Afonso da Maia, homem culto e com gostos requintados, viveu Afonso da Maia, homem culto e com gostos requintados, viveu Afonso da Maia, homem culto e com gostos requintados, viveu durante o sdurante o sdurante o sdurante o sééééculo XIX. culo XIX. culo XIX. culo XIX.

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Afonso, filho de Caetano da Maia, um defensor do absolutismo, é expulso de casa pelas suas ideias liberais.

Pouco depois vai para Inglaterra, mas quando o pai morre volta para Lisboa. Conhece Maria Eduarda Runa com quem casa e tem um filho, Pedro.

A sua casa é revistada pelos partidários do absolutismo e Afonso da Maia parte novamente para Inglaterra, país que muito admira.

Maria Eduarda Runa era uma beata e, como tal, Pedro foi educado segundo as regras mais tradicionais da igreja católica, tornando-se muito instável emocionalmente.

Como Maria Eduarda Runa nunca se adaptou ao estilo de vida inglês, Afonso acaba por voltar para Lisboa.

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Anos mais tarde, quando sóresta ele e o seu neto Carlos, educa-o àmoda inglesa, ou seja, de forma rígida de maneira a tornar-se um homem forte e equilibrado.

Já idoso, Afonso acaba por morrer de apoplexia quando descobre que os netos, Maria e Carlos, têm um relacionamento amoroso.

Afinal, a sua convicção de que uma educação para a ciência e os valores eram suficientes para o triunfo do homem acabou por sair derrotada.

Alunos: Pedro Bispo e Susana

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4 4 4 4 ––––As personagensAs personagensAs personagensAs personagensPedro da Maia e Maria MonfortePedro da Maia e Maria MonfortePedro da Maia e Maria MonfortePedro da Maia e Maria Monforte

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• PEDRO da MAIA,PEDRO da MAIA,PEDRO da MAIA,PEDRO da MAIA, homem de temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional apaixonou-se por Maria Monforte, mulher linda, sensual e excessivamente excêntrica.

• O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe, até se apaixonar por Maria Monforte.

• Esta paixão deu-lhe força atépara contrariar o pai e fugir com esta. Casaram-se, surgindo dessa união dois filhos, Carlos e Maria Eduarda.

Maria Monforte

MariaEduarda

Carlos da

Maia

Pedro da Maia

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MARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTEMARIA MONFORTE ééuma mulher linduma mulher lind ííssima que ssima que se impõe pelo seu porte se impõe pelo seu porte altivo e as suas jaltivo e as suas j óóias. ias. ÉÉ filha filha de um homem que de um homem que enriquecera enriquecera àà custa do custa do comcom éércio de escravos, por rcio de escravos, por isso era conhecida em isso era conhecida em Lisboa pela Lisboa pela ““ negreiranegreira ”” ..

Esta mulher Esta mulher dominadora deixadominadora deixa --se se influenciar pela literatura influenciar pela literatura romântica e vive uma romântica e vive uma intensa histintensa hist óória de amor ria de amor com Tancredo, um italiano com Tancredo, um italiano que Pedro decide acolher. que Pedro decide acolher.

Tancredo e Maria Tancredo e Maria Monforte acabam por Monforte acabam por fugir para Itfugir para It áália levando lia levando consigo a sua filha, consigo a sua filha, Maria Eduarda , e Maria Eduarda , e deixando o filho, Carlos deixando o filho, Carlos da Maia.da Maia.

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• Após este triste acontecimento, Pedro da Maia volta para a casa de seu pai, Afonso da Maia, e suicida-se com o desgosto da partida da mulher e os seus destinos cruéis.

• Passados alguns anos, Tancredo morre e Maria Monforte fica falida e com a sua filha nos braços.

• Maria Monforte é acusada de todas as desgraças da família Maia por nunca ter revelado as origens à filha e ter traído e abandonado o seu marido, Pedro.

Alunas: Cláudia Pestana e Verónica Martins

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• Carlos passa a sua infância na Quinta de Santa Olávia junto do seu avô.

• A Quinta de Santa Olávia situava-se no Douro, no lugar de Resende, e era propriedade da família Maia.

• A região do Douro, situa-se no Nordeste de Portugal com uma área que ronda os 250 mil hectares.

• Esta região oferece-nos Invernos frios mas Estios muito quentes e secos, salientando-se a seguinte citação:

“9 meses de Inverno, 3 meses de Inferno”.

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• A região do Douro divide-se em três sub-regiões – Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro superior, produzindo cada uma delas vinhos com especificidade própria.

• Uma das suas variedades mais famosas a nível mundial éconhecida como “ Vinho do Porto”.

• A agricultura e a pecuária ocupam a maior parte da população activa, sem esquecer o artesanato.

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• Afonso da Maia opta por dar uma educação à maneira inglesa ao seu neto , Carlos . Esta educação écompletamente diferente da que tinha recebido o seu filho Pedro da Maia.

• Carlos da Maia revela ser corajoso e frontal, amigo e generoso, sem formação religiosa mas adepto dos val ores da honra e da solidariedade, com espírito crítico e com curiosidade científica.

Alunos: Mariana Daniel e Tiago Gonçalves

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6 -A cidade de CoimbraA cidade de CoimbraA cidade de CoimbraA cidade de Coimbra

Coimbra foi capital de Portugal de 1139 a 1385. Reconhecida pelas suas tradições culturais e

artísticas, foi durante muito tempo capital intelec tual de Portugal e ainda hoje é uma das maispitorescas cidades do país.

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Apesar de a vida da cidade estar ligada àuniversidade, Coimbra possuí vários monumentos que l he conferem uma beleza e riqueza cultural única:

• Museu de História Natural e Museu de Arqueologia,• Jardim Botânico,• Sé Velha e Convento de Santa Clara, por exemplo.

Jardim BotânicoSé Velha

Convento de Santa Clara

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• Tal como nas Universidades Medievais, os estudantes usam trajes típicos com faixas coloridas que identi ficam a sua Universidade.

• A Universidade foi fundada em 1290 e é uma das mais antigas da Europa.

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• Carlos matriculou-se com entusiasmo na Faculdade de Medicina. No entanto, nos primeiros tempos, não se dedicou muito e arriscou-se a perder o ano. Por isso, pensou no avô e no desgosto que teria caso tal sucedesse e resolveu moderar a dissipação intelectual e dedicar-se mais à ciência que escolhera.

• A vida de Carlos em Coimbra, em termos amorosos, foi um pouco atribulada, visto que se sentia atraído por algumas mulheres, como por exemplo Hermengarda e Encarnacion, mas nenhuns desses casos chegou a dar certo.

A vida universitA vida universitA vida universitA vida universitáááária de Carlos em Coimbraria de Carlos em Coimbraria de Carlos em Coimbraria de Carlos em Coimbra

Alunos: Joana Soares e Raquel Piloto

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A cidade de Lisboa é uma grande referência histórica, não só por ser a capital de Portugal, mas também pelo s grandes feitos dos navegadores portugueses que dela p artiam à descoberta marítima elevando o nome de Portugal. A Lisboa que hoje nos é apresentada foi reconstruída e desenvolv ida após o terramoto de 1755, que destruiu quase na tota lidade a velha capital.

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A localização geográfica de Lisboa é propícia a um clima ameno, o que a torna uma cidade que dágosto conhecer, daí ser bastante visitada, desenvolvendo-se o turismo português.

Praça do Comércio, Lisboa

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A sua diversidade comercial, torna-a uma grande potência europeia e os pintores são unânimes quanto àsua espantosa luminosidade. É a cidade com mais população, PIB per capita e número de habitações, em Portugal.

Pintura de Abel Manta

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Nesta obra, Os Maias , Carlos da Maia é a personagem mais importante, que se fixa em Lisboa, com seu avô Afonso da Maia, no Outono de 1875, após uma longa viagem p ela Europa. É nesta cidade que inicia a sua profissão, p or exclusivo prazer e não por obrigação. Apesar de ter tirado o curso de medicina na cidade de Coimbra, acabou por abrir um consultório na capital.

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• Carlos participa em diversos acontecimentos muito r elevantes na cidade de Lisboa, como o jantar no Hotel Central, o nde vê pela primeira vez a sua deusa, Maria Eduarda, a presença na corrida de cavalos, o jantar na casa do conde de Gouvarinho, p articipação no episódio do jornal A Tarde, onde se vinga de Dâmaso de Salcede, o sarau literário no Teatro da Trindade e após dez an os de ausência da cidade de Lisboa, Carlos regressa e é confrontado co m a novidade do casamento de Maria Eduarda com o fidalgo Orleães. C arlos e o seu amigo Ega comentam então o falhanço das suas vidas, não deixando fugir o “americano”.

Alunos: André Pires e Ricardo Salvé-Rainha

Foto tirada pelos alunos

Eça segurando a Verdade

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8 8 8 8 ––––A personagem Maria EduardaA personagem Maria EduardaA personagem Maria EduardaA personagem Maria EduardaMaria Eduarda apresenta-se na história como uma

das personagens principais.A acção trágica tem início com a relação que se

estabelece entre ela e Carlos da Maia ....Carlos da Maia fica

deslumbrado e completamente embevecido pela imagem e presença de Maria Eduarda, uma mulher:

• bela, • elegante, • culta, • maravilhosamente

bem feita.

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No desenrolar da acção, Maria Eduarda envolve-se amorosamente com Carlos. Revela-lhe o seu passado atribulado, a sua educação, o seu modo de vida e o ambiente social em que estava inserida.

Maria Eduarda narra-lhe também que casara com Mac Green de quem tem uma filha, Rosa. Este morrera na batalha de Saint – Privatequando do rebentamento da guerra Franco – Prussiana.

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� Conta-lhe, ainda, que vive com o brasileiro rico (Castro Gomes) e que foi ele que a trouxe para Lisboa. � Esta personagem é fulcral na acção, afasta-se da fonte do pecado e evidencia possuir uma personalidade forte. �Maria Eduarda é sensata e tem um forte sentido de dignidade. É, também, apologista da Republica por lhe parecer o regime em que há mais solicitude pelos humildes.

Alunos: Joel e Tiago Rodrigues

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9 9 9 9 9 9 9 9 -------- SintraSintraSintraSintraSintraSintraSintraSintra• Sintra é uma vila portuguesa no Distrito de

Lisboa, com cerca de 410.000 habitantes.

• No século XIX, Sintra tornou-se o primeiro centro da arquitectura romântica da Europa.

• Outros locais próximos de Sintra oferecem combinações únicas de parques e jardins que muito influenciaram a arquitectura paisagista europeia.

• A Serra de Sintra é o prolongamento da cordilheira da Serra da Estrela, que termina no Cabo da Roca, assinalando o limite ocidental europeu.

• Sintra tinha um papel muito importante para a burguesia lisboeta do século XIX.A vila histórica era cenário de fugas campestres ao cosmopolitismo de Lisboa.

Foto tirada pelos alunos

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• No presente, Sintra continua a atrair muitos turistas nacionais e estrangeiros pela sua encantadora paisagem e os seus locais históricos: – o Palácio Nacional de Sintra, – o Palácio da Pena, – o Palácio de Seteais – O Palácio da Regaleira.

Fotos tiradas pelos alunos

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O Palácio Nacional de Sintra foi palácio real e é ho je propriedade do Estado português. É um palácio urbano, cuja construção se iniciou no século XVI, sendo o autor desconhecido. Apresenta traços de arquitectura medi eval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. Na coz inha, são visíveis as monumentais chaminés octogonais.

Palácio Nacional de Sintra, foto tirada pelos aluno s

Foto tirada pelos alunos

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• O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o no me mais comum Quinta da Regaleira. O palácio estásituado na encosta da serra e a escassa distância d o Centro Histórico de Sintra, classificado como Património Mundial. A quinta de 4 hectares, tem traçados que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina.Esta diversidade é ainda enriquecida com simbolismo de temas esotéricos.

Foto tirada pelos alunos

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Jardim do Palácio da Regaleira, foto tirada pelos a lunos

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São ainda muito apreciadosos doces de Sintra.Especialmente as queijadasde Sintra e os travesseiros.

Jardim do Palácio da Regaleira, fotos tirada pelos alunos

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Carlos em SintraCarlos em SintraCarlos em SintraCarlos em SintraCarlos em SintraCarlos em SintraCarlos em SintraCarlos em Sintra

• Carlos parte para Sintra com o Cruges, com objectiv o de encontrar a misteriosa dama do Hotel Central. Ia hospedar-se na Lawrence, mas, à última hora, decide ir para o Nunes.

• Cruges viera a Sintra uma única vez, e deleita-se co m as maravilhas da paisagem.

• É no desenrolar de um passeio, com Carlos sempre àprocura da senhora do Hotel Central, que se cruzam com Alencar. Este acompanha-os a Seteais, e explica -lhes o sítio, que para ele não tem segredos.

Fotos tirada pelos alunos

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• Os planos de passeio de Carlos vão ajustando-se às suposições que faz sobre a localização da dama. Até que, finalm ente, na Lawrence, sabe pelo criado que o casal Castro Gomes partira para Mafra e iria dali para Lisboa. Da mesma con versa com o criado tira algumas informações sobre a mulher, e o s pormenores que consegue acendem ainda mais a sua pa ixão.

• Agora que sabia que não estava ali a deusa dos seus sonhos, Sintra deixara de ter interesse para ele.

• Carlos regressa a Lisboa e traz consigo Cruges e Ale ncar.

Alunos: Cristiano Falcão, Gonçalo Guerreiro e Tiago Guerreiro

Foto tirada pelos alunos

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10 10 10 10 ––––A personagem João da A personagem João da A personagem João da A personagem João da EgaEgaEgaEga• Ega é uma das mais importantes personagens da história, pois tem grande influência sobre Carlos desde os tempos da Universidade de Coimbra, onde estudava Direito.

• Considera as críticas ao seu ateísmo um elogio e representa a vida boémia e despreocupada.

• Embora tenha depois muitos objectivos, como por exemplo, uma autobiografia, intitulada Memórias de um átomo , e conseguir a mudança de Portugal, nunca os chega a concluir.

• É um homem romântico, pois corre graves riscos pelo amor, excêntrico, imoral e revolucionário.

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• Representa a geração de 70, defensora dos valores da escola realista em oposição à romântica.

• É leal a Carlos e um bom defensor deste.

• É considerado uma personagem –retrato do autor, Eça de Queirós, visto que as parecenças físicas são imensas e as psicológicas, supostamente, também.

• Tinha uma figura “esgrouviada e seca”e usava “um vidro entalado no olho”, tinha “nariz adunco, pescoço esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha”.

Eça de Queirós

Alunos: Joana Estêvão e Pedro Faleiro

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11 11 11 11 ---- O Jantar no Hotel CentralO Jantar no Hotel CentralO Jantar no Hotel CentralO Jantar no Hotel CentralCom o objectivo de homenagear o seu amigo Cohen, de

cuja mulher é amante, Ega organiza um jantar no Hotel Central para o qual convida alguns dos seus amigos, inclusi ve Carlos.

Para Carlos, o jantar serve também para alargar o s eu conhecimento acerca dos aspectos políticos, literár ios e culturais que caracterizam o meio social lisboeta d o final do séc. XIX.

Terreiro do Paço, Lisboa

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Ao entrar no Hotel acompanhado por Craft, Carlos vê pela primeira vez Maria Eduarda, a mulher que despe rta nele uma imediata atracção e a responsável pelo co meço de uma paixão desmedida ao longo da obra.

Estação de Caminhos de Ferro do Cais do Sodré, Lisboa

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Ao longo do jantar no Hotel Central são discutidos diversos temas: • literatura e crítica literária, • finanças, • História • Política.

Verifica-se um permanente contraste de opiniões entre:• realistas, naturalistas

e• ultra-românticos.O patriotismo de cada um éassim, posto à prova.

Travessia do Tejo, Lisboa

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Verifica-se neste jantar uma persistente :

• falta de personalidade

•incoerênciae acima de tudo

• falta de cultura e de civismo.

Só Carlos e Craftsão excepção.

Alunas: Joana Roberto e Margarida Gomes

Lisboa

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12 12 12 12 ---- O Sarau no Teatro da TrindadeO Sarau no Teatro da TrindadeO Sarau no Teatro da TrindadeO Sarau no Teatro da TrindadeUm sarau é uma reunião

festiva com oratória, música e poesia.

N’Os Maias, o sarau realizou-se no Teatro da Trindade e teve actuações a todos estes níveis:

• Rufino fez um discurso sentimentalista,

• Cruges tocou a sonata “Patétique” de Beethoven.

• Alencar declamou um poemaseu.

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O sarau no Teatro da Trindade foi de beneficência, para ajudar as vítimas da inundação no Ribatejo.

Verificou-se bastante adesão, principalmente por parte das classes mais altas e até da família real.

Eça de Queirós quis destacar com este evento:• a ignorância de muitos dos

presentes, • as conversas desinteressantes

e• os excessos líricos do

ultra-romantismo.

A crA crA crA críííítica socialtica socialtica socialtica social

Teatro da Trindade

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Associado ao sarau no Teatro da Trindade, surge a tragédia, ou seja, Eça quis provocar um grande impacto, contrastando a festa com a desgraça.

João da Ega é a chave de tudo. Ao contrário dos outros capítulos, é a personagem principal, porque é ele que inesperadamente descobre que Carlos e Maria Eduarda são irmãos, através do tio de Dâmaso, Guimarães, que, sem máintenção, revelou o segredo, que julgava desenterrado há muito.

É assim que Carlos e Maria, pensando que nada os poderia separar, acabam mesmo separados.

A A A A anagnanagnanagnanagnóóóóriseriseriserise da tragtragtragtragéééédiadiadiadia

Alunas: Márcia Santos, Micaela Silva

Teatro da Trindade, no presente

Foto tirada pelas alunas

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Carlos, apesar de conhecer a verdade, ainda comete o incesto de forma consciente, fazendo o seu avô morrer der desgosto.

Sentindo-se culpado e arrependido, separa-se de Maria Eduarda.

Ela parte para França, e este viaja para o estrangeiro com o seu amigo Ega.

Fica a residir em Paris, mas visita Portugal dez anos mais tarde, em 1887.

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Os vencidos da vidaOs vencidos da vidaOs vencidos da vidaOs vencidos da vida

No regresso a Portugal, depara-se com um país em desagregação. A geração de Carlos da Maia (Geração de 70) fora um fracasso. Chama-se, assim, à geração de Carlos da Maia «os vencidos da vida», pois não conseguiram implantar as suas ideias nem concretiza r os seus projectos, idealizados desde o início da obra.

Eça de Queirós

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Em suma, o desenlace da obra

dá-se com:• a descoberta do

incesto, • a morte de Afonso da

Maiae

• Carlos a admitir o fracasso da sua vida.

Alunas: Diogo Barros e Mariana Val

O eléctrico, no passado

Os eléctricos no presente.

( fotos tiradas pelos alunos)

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Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Augusto Correia – Tavira

Portugal

Turma: 11º A1 2006/2007

Coordenação – Ana Cristina Matias