ORTOGRAFIA

1-O que é ortografia?Grosso modo, é a parte da Gramática Normativa que, por meio de regras convencionais (nosso último acordo ortográfico é da década de 90, mas a sua vigência iniciou-se em 2009), estuda e orienta o correto emprego da grafia das palavras. Apesar de partir de critérios etimológicos (origem das palavras) e fonológicos (representação dos fonemas), fato é que o novo acordo ortográfico não conseguiu simplificar as regras de maneira satisfatória, razão pela qual diversos escritores, linguistas, etc. tecem duras críticas a esse acordo. Mas, em concurso, algumas regras estão absolutamente presentes, independente de celeumas. Por fim, quando o tema é ortografia (como se escrever), não há melhor caminho para se aprender a escrita “correta” senão escrevendo (o que por sua vez pressupõe ler muitooo).

2-Como se empregam as letras K, W e Y?Essas letras foram incorporadas pelo novo acordo, daí nosso alfabeto possuir 26 letras, e são utilizadas nos seguintes casos:

a) na transcrição de nomes próprios estrangeiros e derivados.Kant, kantismo. Taylor, taylorista.

b) em abreviaturas e nos símbolos de padrão internacional.K (Potássio), kg (quilograma), km (quilômetro), etc.

3-Quando utilizo "x" em vez de "ch"?a) Depois de ditongos: paixão, ameixa, frouxo.Exceções: recauchutar, guache.

b) Depois das iniciais me e en: mexer, mexicano, enxame, enxaqueca.Exceções: mecha, enchova, encher, encharcar.

ObservaçõesAs seguintes palavras também se grafam com x: - abacaxi, ameixa, baixo, bexiga, bruxa, caixa, caxumba, coaxar, enxada, enxaguar, enxame, enxaqueca, enxergar, enxerido, enxerto, enxofre, enxotar, enxoval, enxovalhar, enxugar, enxurrada, enxuto, faixa, faxina, feixe, frouxo, graxa, lagartixa, laxativo, lixa, lixo, maxixe, mexer, mexicano, orixá, oxalá, paixão, paxá, peixe, praxe, puxar, rixa, rouxinol, seixo, trouxa, vexame, xadrez, xale, xampu, etc. (com som de ch). - êxtase, extasiado, extensão, extinguir, extinto, extrair, extremo, pretexto, sexto, etc. (com som de s). - exibir, exílio, exímio, existir, êxito, exonerar, exorbitar, exorcizar, exótico, exuberante, etc. (com som de z).  - anexo, complexo, conexão, convexo, fixo, flexão, fluxo, látex, maxilar, nexo, etc.(com som de cs).

4-Jiboia e canjica estão escritas corretamente?Sim. As palavras de origem tupi e africana grafam-se com j e não com g. Também se grafam com j as formas dos verbos terminados em jar ou jear (viajar e esbanjar) e as palavras derivadas de outras que se grafam com j (varejo > varejista , brejo > brejeiro)

ObservaçõesUsa-se g em substantivos terminados em agem (barragem, ferrugem, fuligem – exceção: pajem e lambujem), ágio, égio, ígio, ógio e úgio (estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio).

5- Quando utilizo "s" em vez de "z"?

Após ditongos: deusa, poesia, lousa.

a) Nos sufixos ese, isa, oso, osa:  catequese, sacerdotisa, bondoso, gulosa.

b) Nos sufixos ês e esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem: burguês, francês, duquesa.

Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no radical: análise – analisar. Não se aplica

àcatequese – catequiZar.

6- Quando utilizo "z" em vez de "s"?

a) São escritos com “z” (=IZAR) os verbos derivados de palavras que não têm a letra “s”: ameno  > 

amenizar, civil  > civilizar, fértil > fertilizar. Observemos os seguintes verbos: analisar e frisar.

b) Quando os sufixos ez e eza formam substantivos abstratos a partir de adjetivos: limpo > limpeza,

pobre > pobreza, macio > maciez.

c) Nos derivados em zal, zeiro, zinho, zinha, zito, e zita:

cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita. (nos derivados, quando a palavra

primitiva contém “s”, esta permanecerá: rosa, rosinha).

7- “A pretenção era me tornar Presidente da República”.

A palavra em destaque está corretamente escrita?

Não. Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Nesse caso, substantivo

derivado de verbo terminado em "ender" (pretender), a grafia correta seria “pretensão”. Essa

regra se aplica a verbos terminados em "andir", "verter", "pelir": expandir > expansão,

converter > conversão, repelir> repulsão.

Observações1.  Substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer" grafam-se com “ç”: deter > detenção.

2. Substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir" são escritos com “ss”: agredir > agressão, demitir > demissão, ceder > cessão, discutir > discussão.

3. Grafam-se dígrafos “xc” e  “xs” quando soam como “ss”: excepcional, exsudar.

8- Qual a razão do uso do “h” no meio da palavra “bahia”?

Razões de uso, mas sem nenhum valor fonético. A letra “h” só tem valor fonético quando forma

dígrafo em alguns casos (aparelho, companhia). Ao iniciar palavras, “h” é etimológico, sem valor

fonético algum e só subsiste por razão de origem (hesitar e herbívoro, por exemplo).

ObservaçõesEm nomes compostos, o “h” etimológico também subsiste quando o processo de formação da palavra for por hifenização ok?! pré-histórico, super-homem, etc.

9- Quando utilizo hífen (-)?1. Em palavras compostas cujos elementos de composição têm tonicidade própria e formam uma unidade semântica: segunda-feira, mesa-redonda, guarda-costas, surdo-mudo, beija-flor. Em partícula denotativa de designação “eis” seguida de pronome átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo.2. Em topônimos compostos formados por “grã” e “grão”: Grã-Bretanha, Grão-Pará.3. Em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição: erva-doce, ervilha-de-cheiro.4. Em prefixos: são duas regras básicas para emprego do hífen com prefixos:a) quando o segundo elemento iniciar por “h”: pré-história, super-homem, etc.b) quando as letras no fim do prefixo e no início da palavra forem vogais iguais:  anti-inflamatório (antes era sem hífen), micro-ondas (antes era sem hífen). Exceção é o prefixo “co”, que permanece sem hífen:cooperação, coobrigar, coordenar.5. Nos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, se o segundo elemento for iniciado por “h” ou “r”: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, hiper-história, super-homem.

6. Em palavras formadas com prefixos “pré”, “pró”, “pós” (quando acentuadas), “ex” (denotando passado), “vice”, “soto”, “sota”, “além”, “aquém”, “recém” e “sem”: pré-venda, pró-europeu, pós-graduação, ex-presidente, vice-governador, soto-mestre, além-céu, aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto.7. Em palavras formadas por “circum” e “pan” + palavras iniciadas em vogal, “h”, “m” ou “n”: pan-americano, circum-navegação, circum-murado, circum-hospitalar.8. Em sufixos de origem tupi-guarani “açu", “guaçu” e “mirim”, que representam formas adjetivas:amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

Nos prefixos “sub”, “ab”, se o segundo elemento for iniciado por “b”, “h” ou “r”: sub-bilabial, sub-hepático, sub-rogar, ab-rogar.

CESGRANRIO - BNDES - Nível Superior - 2013No trecho “pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos.” a palavra destacada não apresenta o emprego do hífen, segundo as regras ortográficas da Língua Portuguesa. Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combinação dos seguintes elementos:        a)      mal + educado        b)      supra + atmosférico        c)      anti + higiênico        d)     anti + aéreo        e)      vice + reitor ALTERNATIVA D 

10- “Seu comportamento anti-social”.Na frase anterior há algum erro gramatical?

Sim! A escrita correta da palavra “anti-social”  é “antissocial”.O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por “r” ou “s”, sendo que essas letras devem ser dobradas: antessacristia, autorretrato, antirrugas, contrassenha, extrassístole, extrasseco, infrassom.

11- Mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque.As palavras acima elencadas estão corretamente escritas?

Não se usa mais hífen em compostos que perderam a noção de composição pelo uso corriqueiro... Mas, em que pese a  celeuma, uma vez que dicionários, como o Aurélio,  já trazem pararraios e paralama (em vez de para-raios e para-lama), a quinta edição do  Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, decorrente do novo acordo, alterou os vocábulos para-quedas e seus derivados para paraquedista emanda-chuva para mandachuva, permanecendo os outros vocábulos do questionamento da ficha acima inalterados.PALAVRAS CORRETAS, consoante VOLP: Mandachuva, paraquedas, paraquedista, para-lama, para-brisa, para-choque.

12- “Queria saber por que essa indiferença”.As palavras em destaque estão corretamente empregadas?

Sim! Fazemos confusão com o emprego desses dois vocábulos não é mesmo! Nesse caso, “por” (preposição) + “que” (pronome interrogativo) estão empregados em uma interrogativa indireta, equivalem a “por que razão” e a “por que motivo”. Ademais, “por que” (separado) pode ser empregado:a) em perguntas diretas (“por” (preposição) + “que” (pronome interrogativo)).por que não calas? ;

b) e com valor de “pelo qual” e variações, em que “por” (preposição) + “que” (pronome relativo).Estou consciente das tribulações por que passaste.

13- “Esnobou-me por quê?”As palavras em destaque estão corretamente empregadas?

Sim! Em interrogativas diretas ou indiretas, emprega-se “por quê” (separado e com acento) quando esse estiver posicionado em final de frase.

14- “As enchentes acontecem porque o poder público não é diligente”.A palavra sublinhada é uma conjunção subordinativa e o seu emprego está correto. Está correta a assertiva?

Correta pessoal! Quando “porque” for empregado como conjunção (subordinada ou coordenada), emprega-se junto e sem acento. No caso em tela, “porque” é uma conjunção subordinativa causal.

15- “Quero saber o porquê da sua desistência”.A palavra em destaque é um substantivo e está correto o seu emprego. Está correta a afirmação?

Exato! “porquê” junto e com acento, como no caso em tela, é empregado como substantivo, podendo ser substituído por “o motivo”, “a razão”.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1- “Você pára   em todos os pontos turísticos da cidade”.Há algum erro no tocante à palavra em destaque?

Galera, não se usa mais o acento diferencial em palavras homógrafas (escritas da mesma forma, mas com significado diferente); “para”, portanto, seria o emprego correto.Consoante ao novo acordo ortográfico, também não se utiliza diferencial para distinguir:

a)  “pela” e “pelo” (verbo pelar) de "pela” e “pelo”  (contração de preposição + artigo) e  de “pelo” (substantivo).b) “polo” (substantivo) de “polo” (combinação de “por” e “lo”).c) “pera” (fruta) de “pera” (preposição arcaica).O contexto será suficiente para fazer a distinção.

DICA DE APROVADO: o acento diferencial persiste em dois casos: em “pôr” (infinitivo do verbo "pôr"  para diferenciar da preposição “por”) e na forma verbal “pôde” (3ª  pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo "poder") para diferenciar de “pode” (presente do indicativo do mesmo verbo).

2- “Os alunos não vêem   mais aquele professor com bons olhos”.Há algum erro quanto à grafia da palavra em destaque?

Nitroglicerina pura! Galera, não é mais acentuada a primeira vogal dobrada “ee” e “oo” dos hiatos:veem, creem, deem, releem, voo, enjoo, perdoo, abençoo, etc.

1. Não confundamos com o plural dos verbos “ter” e “vir” e derivados:  esses plurais possuem acento circunflexo: ele tem / eles têm; ela vem / elas vêm; ele retém / eles retêm.2. Acentuam-se o “i” e “u” tônicos dos hiatos (baú, balaústre, país), exceto os precedidos de ditongos de palavras paroxítonas (feiura, bocaiuva).

CESPE - ANS - Analista Administrativo – 2013Os acentos gráficos empregados em “Agência” e em “Saúde” têm a mesma justificativa.ERRADO. (Justificativas diferentes: "agência" (paroxítona terminado em ditongo crescente “ia”), "saúde" (acentua “u” tônico de hiato, exceto se for precedido de ditongo  de palavra paroxítona)).

CEFET-MG  - CEFET-MG - Técnico de Laboratório - Informática – 2014Empregou-se um vocábulo fora do novo acordo ortográfico em:a) saída – vírus – pincéisb)  rainha – juiz – raízesc) abdômen – vêem – sótãod) consistência – exceção – Piauí

e) marcá-los – redimi-los – preenchê-los

ALTERNATIVA C

FUNCAB - PM-RO - Primeiro Tenente - Psiquiatra- 2014As palavras SAÍRA e POSSUÍA recebem acento porque, de acordo com a norma culta, deve-se acentuar:a) o ditongo, sempre que houver pronúncia aberta em palavras paroxítonas.b) o “i” tônico quando forma hiato com a vogal anterior.c)  toda proparoxítona terminada em “a”, seguida ou não de “s”.d) a paroxítona formada por ditongo crescente.e) a maioria das paroxítonas terminadas em -a, -e, -o, -em.  

ALTERNATIVA B

3- “Tive uma ideia...”A palavra em destaque  está corretamente escrita?

Sim. Não se usa mais acento agudo nos ditongos abertos “ei”, “oi” quando paroxítonas: “ideia” está corretinha, bem como jiboia, heroico, assembleia, geleia, boleia, joia, claraboia, etc. Utiliza-se acento agudo quando a palavra for oxítona, em ditongos abertos, e em monossílabos: chapéu, herói, céu, dói, etc.

4- Feiúra, bocaiúva.Essas palavras estão corretamente acentuadas?

Não são mais acentuadas de agudo as vogais tônicas “i” e “u” quando forem paroxítonas e precedidas de ditongo: feiura e bocaiuva estariam corretas.

Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (mesmo com marca de plural ao final “s”), o acento permanece: tuiuiú, tuiuiús, Piauí, Ipiaú.

5- Argúi, apazigúe, obliqúe.As formas verbais estão corretamente grafadas?

Não se deve mais acentuar o “u” tônico dos verbos dos grupos “gue, gui” e “que, qui”. Dessa maneira, as formas corretas seriam argui, apazigue e oblique.

6- Académico, anatómico, cómodo, cénico, económico, género, topónimo, tónico, fenómeno. Os nomes elencados estão acentuados conforme padrão culto?

Absolutamente SIM.

O Decreto 6.583/2008 (carinhosamente chamado de Novo Acordo Ortográfico) facultou-nos grafar essas palavras de duas maneiras: levam acento agudo ou circunflexo palavras proparoxítonas cujas vogais tônicas estejam no final da sílaba e sejam seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”. Em outras palavras, podemos grafar também da seguinte forma: acadêmico, anatômico, cênico... Agora, escrever uma dessas palavras, como económico, com agudo, em vez do corriqueiro circunflexo, é estranho né?! Mas é possível, embora a tendência no Brasil seja grafar com circunflexo, uma vez que fazemos a pronúncia com timbre fechado. Em síntese, permanece aquela regra que aprendemos lá na 5ª série ou sei lá, a de que todas as proparoxítonas são acentuadas; agora, resta escolhermos, nesses casos, qual tipo de acento.

O mesmo se aplica às palavras paroxítonas terminadas em ditongo quando as vogais tônicas são seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”: Amazônia / Amazónia; tênue / ténue; matrimônio / matrimónio.

CONSULPLAN - CBTU-METROREC - Analista de Gestão - Contador - 2014Considerando a acentuação gráfica das palavras, analise as afirmativas a seguir. I. As palavras “rápido” e “últimas” são acentuadas em decorrência de mesma regra gramatical. II. As palavras “décadas” e “fenômenos” são acentuadas em decorrência de diferentes regras gramaticais. III. O plural de “indiscutível” é acentuado em decorrência de mesma regra gramatical que justifica o acento gráfico em “sustentáveis”. 

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s).a) Ib) IIc) I e II. d) I e III.

ALTERNATIVA D  

CESPE - CBM-CE - Primeiro-Tenente - 2014Julgue os itens a seguir. As palavras “meteorológica”, “científico” e “contêineres” são acentuadas segundo diferentes regras de acentuação gráfica.

ERRADO. (todas são proparoxítonas, daí todas possuírem acento).

7- “Nós louvámos a Deus”.A forma verbal está corretamente escrita?

Sim. O novo acordo facultou o emprego do acento agudo na 1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo para distinguir das formas do presente do indicativo: amámos e amamos (pretérito...) /amamos (presente...);  falámos e falamos (pretérito...) / falamos (presente...). Osso né?! Mas é isso mesmo... DICA DE APROVADO: pessoal, aproveito o ensejo para trazer o caso do verbo “dar”: presente do subjuntivo (dêmos ou demos), presente do indicativo (demos). Cuidado! Faculta-se o uso do circunflexo diferencial só no presente do subjuntivo, no presente do indicativo não há acento.

8- O trema ainda existe?Só em nomes próprios e derivados: Müller, mülleriano. Já aguentar, frequente, eloquente, etc. (verbos, substantivos comuns, adjetivos e advérbios) não são mais acentuados com trema. O trema agoniza...

9- Armazens, armazém,  i tem, proven s , jovem, jovens, util, sutil.Quais  palavras acima estão grafadas corretamente? (obs: as sílabas tônicas estão em destaque).

Vejamos as regrinhas: 1ª paroxítonas terminadas em “ens” não são acentuadas, mas as oxítonas são acentuadas; 2ª paroxítonas terminadas em “m” não são acentuadas, mas as oxítonas são acentuadas; 3ª paroxítonas terminadas em “l” têm acento, mas as oxítonas não são acentuadas.PALAVRAS INCORRETAS: Armazens, provens, util.FORMAS REESCRITAS CORRETAMENTE: Armazéns, provéns, útil.Todas as outras estão corretas.

Estrutura e Formação de Palavras

1- Quais são os elementos que formam as palavras?Os elementos que compõem as palavras são denominados morfemas: radical, vogal temática, tema, desinências, afixos e vogais e consoantes de ligação.

2- O que é vogal temática?

Vogal temática é o elemento que serve de elo entre o radical e as desinências. Pode ser nominal (casa, prato) ou verbal (1ª conjugação cantar, cantaríamos; 2ª conjugação vender, vendeste; 3ª conjugaçãoproibir, proibimos).

3- O que é radical?Radical  é a base da palavra, o elemento ao qual outros morfemas se juntarão para formar a palavra; é, também, o elemento mínimo que contém o significado : pedra, pedreira, pedregulho.

4- O que é tema?Tema é o somatório do radical mais vogal temática: fala, vende, proibi.

5- Qual a função dos afixos?Afixos (prefixo e sufixo) são morfemas que se aderem ao radical para formar outras palavras. O prefixo agrega-se antes do radical (inconstitucional), já o sufixo agrega-se depois do radical (proibição).

6- Qual a diferença entre vogais e consoantes de ligação?Vogais e consoantes de ligação – essas fazem ligação entre a palavra primitiva e a formação de determinadas palavras, ao possibilitar a pronúncia delas. Não confundamos a vogal e a consoante de ligação com a vogal temática: esta faz elo com as desinências; aquelas têm função eufônica, ao permitir  que a palavra seja pronunciada de forma efetiva. Vejamos: mesa (o a, vogal temática, agrega-se ao radical para formar o tema, base a partir da qual se juntam as desinências: mesas); gasômetro (o ô, vogal de ligação, apenas possibilita a pronúncia da palavra que se forma a partir da palavra primitiva, não faz elo entre tema e desinências como a vogal temática); paulada (l, consoante de ligação, também apenas possibilita a pronúncia da palavra que se forma a partir da palavra primitiva).

7- incapaz, desleal, impróprio  são palavras que passaram pelo mesmo processo de formação.Se procede a assertiva, por qual processo de formação passaram essas palavras?Procede sim! Essas palavras foram formadas pelo processo de derivação prefixal. Em português, existem dois processos de formação de palavras, o de derivação e o de composição. Na derivação, em regra, afixo(s) (prefixo e/ou sufixo) juntam-se à palavra primitiva:a) derivação prefixal: um prefixo junta-se ao radical (incapaz, desleal, impróprio). b) derivação sufixal: um sufixo junta-se ao radical (poderoso, canibalismo,  sabiamente).c) derivação prefixal e sufixal: um prefixo e um sufixo agregam-se ao radical. Um adendo para confirmação desse tipo de derivação: se fizermos a supressão de um dos afixos (do sufixo ou do prefixo) e ainda assim nos restar uma palavra existente em português, estaremos diante da derivação prefixal e sufixal (infelicidade / (- in) felicidade , por exemplo); caso contrário, estaremos diante da derivação parassintética.d) derivação parassintética: necessariamente de forma simultânea, um prefixo e um sufixo se juntam ao radical... Necessariamente porque na parassintética a formação da palavra somente ocorre com a junção dos dois afixos ao mesmo tempo (anoitecer, desalmado, conterrâneo). Macete: quando suprimimos pelo menos um dos afixos dessas palavras e não obtemos outras, estamos diante de palavras parassintéticas (noitecer, almado, terrâneo, por exemplo, não são palavras do nosso léxico).e) derivação regressiva: nesse processo, diferente dos outros acima elencados, há um decréscimo na formação da palavra. Na verdade, é um processo de substantivação do verbo, através da troca da terminação do verbo no infinitivo (ar) por uma vogal (lutar > luta, errar > erro). Esse processo ainda pode acontecer com nomes, o que é muito corriqueiro na linguagem coloquial (reboliço > rebu, benção > bença, japonês > japa).f) derivação imprópria: esse é o único processo de derivação que não mexe na estrutura física da palavra, há apenas a mudança de classe gramatical conforme o contexto (o andar da carruagem; osbons vencem; o funcionário fantasma; o não foi dado; falávamos baixo, etc.). Nesses exemplos, em negrito, vimos, respectivamente, verbo tornar-se substantivo, adjetivo tornar-se substantivo, substantivo tornar-se adjetivo, advérbio tornar-se substantivo e adjetivo tornar-se advérbio.

UESPI - PC-PI - Escrivão de Polícia Civil - 2014A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a

arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder. Identificamos, no trecho acima, as seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:a) arma e formação.b)  combate e guerreiros.c)  combate e ataque.d) lanças e armas.e) ataque e situação.

ALTERNATIVA C

FEPESE- JUCESC - Analista Técnico em Gestão de Registro Mercantil - Analista de Informática - 2013Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de derivação parassintética.a) planalto, desalmado, luzeirob) saca-rolhas, riqueza, deslealdadec) bibliografa, passional, enriquecerd) entristecer, despedaçar, acorrentare) reacendeu, empalideceu, macieiras

ALTERNATIVA D

8- Quais são os tipos de processo de formação de palavras por composição?O processo de composição consiste na formação de palavras a partir da junção de dois ou mais radicais:a) justaposição: na formação da palavra, não se perdem elementos fonéticos dos radicais que a compõem (girassol, passatempo, paraquedas , rodapé, couve-flor, guarda-marinha, água-de-cheiro).b) aglutinação: pelo menos um dos radicais formadores da palavra perde elementos fonéticos originais (planalto (= plano + alto), fidalgo (= filho +  algo, refere-se à pessoa nobre)).

9- Sociologia  é uma palavra formada por meio do processo de composição por justaposição. Certo?Errado! Não confundamos alhos com bugalhos, galera! O processo de composição ocorre quando dois radicais diferentes (elemento mínimo de uma palavra) se juntam, como em guarda-marinha – e esse não é o caso da palavra “sociologia”. Então vamos lá: primeiro, “sociologia” é uma palavra primitiva, por conseguinte, não podemos falar em processo de derivação, e muito menos de composição pelas razões já expostas acima. Segundo, a formação dessa palavra ocorre através da junção de dois elementos originários de línguas diferentes (“sócio” (latim), “logia” (grego)); formação, essa, que é denominadahibridismo. Burocracia (Buro (francês) + cracia (grego)), automóvel (auto (grego) + móvel (latim)) também são exemplos de hibridismos.

FGV - Senado Federal - Consultor de Orçamento - 2008Assinale a alternativa em que a palavra indicada não tenha sido formada pelo mesmo processo que internacional .a) desrespeito b)  inequívoca c) democracia d) imediatoe) inexistente

ALTERNATIVA C

10- Pneu, reco-reco, zum-zum.Por qual (is) processo (s) de formação de palavras passaram esses vocábulos?

“Pneu” é uma redução vocabular ou abreviação, como “foto”, que é uma abreviação de “fotografia”.“reco-reco” e “zum-zum” são onomatopeias, cuja função é reproduzir sons ou ruídos.

CLASSES DE PALAVRAS

1- Quais são as classes de palavras variáveis?Substantivo, adjetivo, artigo, verbo, pronome e numeral. São denominadas variáveis, porquanto admitem flexão.

2- Quais são as classes de palavras invariáveis?Conjunção, preposição, advérbio, interjeição. São denominadas invariáveis, porquanto não admitem flexão.

3- Morfologicamente, qual a função do substantivo e como se dá a sua classificação?O substantivo é a palavra que nomeia os seres, em geral.Classificação dos substantivos: 1. Simples e Compostos. a) Simples. Possuem um só radical em sua formação:sereia, amor, casa, pedra, cama.b) Compostos. Possuem mais de um radical em sua formação.girassol, guarda-chuva, peixe-boi.

2. Comuns e Próprios.a) Comuns. Nomeiam seres da mesma espécie, de forma geral.cadeira, peça, armário, quadro.b) Próprios. Nomeiam um ser específico dentre todos de uma espécie.João, Suécia, Bahia, Lionel Messi.

3. Primitivos e Derivados.a) Primitivos. Não se originam de outra palavra.cachorro, pedra, árvore, caderno.b) Derivados. Originam-se de outro vocábulo.pedreira (de pedra), mangueira (de manga), arvoredo (de árvore).

4. Concretos e Abstratos.a) Concretos. Nomeiam seres do mundo real ou imaginário que sejam independentes (que não necessitem de outros para existência). mulher, sofá, fada, sereia, deus, mãe-d`água

b) Abstratos. Designam qualidade, estado, sentimento ou ação, portanto, nomeiam seres dependentes de outros seres.beleza (qualidade), paz (estado), saudade (sentimento), fuga (ação).

5. Coletivos. Designam um conjunto de seres.alcateia (de lobos), manada (de elefantes), molho (de chaves), elenco (de artistas).

CESGRANRIO - 2014 - Banco do Brasil - EscriturárioNo fragmento “fazer um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visitar um vulcão ativo”, são palavras de classes gramaticais diferentes:a) “praia” e “ativo”b) “venenoso” e “exótico"c) “baiacu” e “nudismo”d) “ativo” e “exótico"e) “safári” e “vulcão”

ALTERNATIVA A (“praia” (substantivo) e “ativo” (adjetivo), portanto, classes gramaticais diferentes).

4- Quando nos referimos à flexão do gênero do substantivo, estamos nos referindo à característica sexual do ser?Nem sempre! Quando o substantivo estiver se referindo a ser animado, a flexão de gênero poderá designar característica sexual: menino/menina, o poeta/a poetisa. Caso o substantivo se refira a ser inanimado, a flexão de gênero será puramente gramatical, fictícia, sem qualquer referência à característica sexual: o planeta, o céu, a poesia, a alma.

5- Qual a diferença entre os substantivos biformes e uniformes?Os biformes designam os seres conforme cada gênero - uma forma para masculino, outra para feminino: pato / pata; prefeito / prefeita. Ressalto ainda que, quando a oposição entre os gêneros for estabelecida por radicais diferentes, ocorre o substantivo heterônimo: cavalo / égua.Já os substantivos uniformes apresentam o mesmo vocábulo para designar os dois gêneros ou somente um

gênero e se classificam em:- Comuns de dois gêneros: a distinção entre gênero masculino e feminino é feita pelo artigo “o”: ocliente / a cliente, o artista / a artista.Recentemente, vimos uma, digamos, bizarrice: a Presidente da Republica, Dilma Roussef, por razões, acredito eu, filosóficas (feminismo na veia), declarou-se “Presidenta”... Acho que não a alertaram que “presidente” é comum de dois gêneros... Enfim, a prática reiterou de tal forma que parece já se tratar de um neologismo: presidenta.- Sobrecomuns: referem-se aos dois gêneros sem nenhuma marca de diferenciação gramatical: atestemunha (ele, ou ela), a criança (ele ou ela).- Epicenos: esses possuem um só gênero e nomeiam animais com a posposição dos adjetivos macho efêmea: a cobra macho / a cobra fêmea, o jacaré macho / o jacaré fêmea.

6- Os substantivos sempre possuem a mesma significação quando mudam de gênero?Não. Alguns substantivos mudam completamente o significado ao alterar o gênero, são os substantivos heterossêmicos. 

Vejamos:

o cura (pároco)                                                                                                  a cura (ato de curar)o moral (ânimo)                                                                                                a moral (honestidade,  ética)o pala (poncho)                                                                                                a pala (parte anterior do boné,)o rádio (aparelho receptor)                                                                         a rádio (estação emissora)o voga (remador)                                                                                              a voga (moda, popularidade)o grama (unidade de peso)                                                                          a grama (relva)o caixa (funcionário de caixa)                                                                  a caixa (recipiente)o lente (professor)                                                                                            a lente (vidro de aumento)o nascente (lado onde nasce o Sol)                                                          a nascente (a fonte)

7- látex, funil, míssil, retrós, lápis, contêiner, álcool, item.Como ficaria o plural dessas palavras?

os látex (substantivo terminado em “x” não varia e o plural se faz com o determinante – artigo ou pronome).funis (substantivo terminado em “il”, quando oxítono, faz plural com “is”).mísseis (substantivo terminado em “il”, quando paroxítono, faz plural com “eis”).retroses (substantivo terminado em “s”, quando oxítono, faz plural com “es”).os lápis (substantivo terminado em “s”, quando paroxítono ou proparoxítono, não varia e o plural se faz com o determinante – artigo ou pronome).contêineres (substantivo terminado em “r e z” faz plural com “es”).álcoois (substantivo terminado em “ al, el, ol, ul” faz plural com “is”).Itens (substantivo terminado em “m” faz plural com “ns”).

8- Como é feito o plural dos substantivos terminados em “ão”?Na verdade, de três formas: substituindo “ão” por “ões”, “ãos” ou “ães”; infelizmente, porém, não há uma regra específica, então concurseiro, o jeito é memorizar, sendo que a maioria dos substantivos, bem como adjetivos, terminados em “ão” fazem o plural com “ões”: balões, porões, visões, etc.Vejamos outros exemplos, uns com uma só forma, outros, com duas ou mais formas:alazão - alazães e alazõesaldeão – aldeões, aldeãos e aldeãesalemão- alemãesanão – anões e anãosancião – anciãos, anciães e anciõesartesão – artesães e artesãoscão – cãescapitão – capitãescastelão – castelãos e castelõescatalão – catalãescharlatão – charlatãescirurgião – cirurgiões e cirurgiãescorrimão – corrimãos e corrimõesdeão - deães e deões

ermitão – ermitãos, ermitães e ermitõesfaisão – faisães e faisõesguardião - guardiães e guardiõeshortelão – hortelãos e hortelões órfão – órfãospão – pães pagão – pagãosrefrão – refrães e refrãosrufião – rufiões e rufiãessacristão -sacristães e sacristãossótão – sótãossultão – sultões, sultãos e sultãestabelião – tabeliãesverão – verões e verãosvilão – vilãos e vilõeszangão – zangões e zangãos

9- "Os guardas-roupas estão quebrados".A flexão do plural da palavra em destaque está correta?

Não, não. Nesse caso, substantivo composto no plural formado por verbo + substantivo (como guarda-chuvas, porta-malas) flexiona-se somente o segundo elemento.  A mesma logica é aplicada à formação de substantivo composto de palavra invariável + palavra variável = vice-rei / vice-reis e à formação do substantivo composto por palavras repetidas ou onomatopeicas = mata-mata / mata-matas, reco-reco / reco-recos. Mas saliento que, no caso de verbos repetidos, admite-se o plural dos dois elementos: matas-matas     Em guarda-noturno variam os dois elementos: guardas-noturnos. Nesse caso, isso acontece porque o primeiro elemento (guarda) é substantivo e NÃO verbo. OK? Vejamos em detalhes os que variam:1. Variam os dois elementos:- quando os dois são palavras variáveis:amor-perfeito > amores-perefeitosterça-feira > terças-feirasexceções: terra-nova > terras-novas ou terra-novas                     padre-nosso > padres-nossos ou padre-

nossos                    guarda-marinha > guardas-marinhas ou guardas-marinha

2. Varia só o primeiro elemento:- quando houver preposição entre os dois elementos:água-de-colônia > águas-de-colôniaperoba-do-campo > perobas-do-campoexceção: os louva-a-deus- quando o segundo elemento, substantivo, funciona como determinante do primeiro, ou seja, indica afinalidade, a forma ou o tipo do termo anterior.caneta-tinteiro > canetas-tinteiropombo-correio > pombos-correioexceção: fruta-pão > frutas-pão ou frutas-pãesGalera, atenção redobrada (não confundamos esse item 2. com o caso do item 1. No item 1., o segundo elemento NÃO denota finalidade, forma ou tipo, daí os dois elementos flexionarem: quartas-feiras).

3. Varia só o segundo elemento quando o primeiro for advérbio, preposição ou prefixo:abaixo-assinado > abaixo-assinadosalto-falante > alto-falantes

IDECAN - DETRAN-RO - Administrador - 2014Esta semana, uma revista de automóveis trouxe o lançamento de um novo modelo de carro e publicou o seguinte comunicado: “Ele pode ser adquirido na cor verde-clara, já vem com porta-copo e alto-falante de série”. Marque a alternativa que apresenta corretamente o plural dos substantivos compostos.a) verde-claras / porta-copos / alto-falantesb)  verde-clara / portas-copos / alto-falantesc) verde-claras / porta-copos / altos-falantesd) verdes-claras / porta-copos / altos-falantese) verdes-claras / portas-copos / altos-falantes

ALTERNATIVA A (faço uma observação à palavra verde-claras, essa é adjetivo, e adjetivo composto, regra geral, só varia o segundo elemento. No que tange as outras

palavras da questão, substantivos, com essa ficha já estamos craques!!!)

10- Os perde-ganha.O plural do substantivo está correto?

Sim! São invariáveis:- quando os compostos são formados de verbos de significação diferente:o perde-ganha / os perde-ganha- quando os compostos são formados de verbo seguido de palavra no plural:o quebra-nozes / os quebra-nozes- quando os compostos são formados de verbo seguido de palavra invariável:o bota-fora / os bota-fora

11- O que é plural metafônico?O plural metafônico é a mudança de timbre quando se pluraliza determinados substantivos (passa-se do /o/ tônico fechado para o tônico aberto /o/).miolo (fechado) / miolos (aberto)corpo (fechado) / corpos (aberto)imposto (fechado) / impostos (aberto)forno (fechado) / fornos (aberto)

12- "Fomos a alguns barzinhos na noite passada".O diminutivo no plural, em destaque, está correto?

Vamos lá! Retiremos a letra "s" do substantivo pluralizado ("bares" -"s") e acrescentemos o sufixo +"zinhos". Qual palavra temos? "barezinhos". Esse é o plural correto, dentro da ótica tradicional da gramatica, e essa é a regra para o plural dos diminutivos.pastel / pastéis / pasteizinhosanimal / animais / animaizinhosbalão / balões / balõezinhoscolher / colheres / colherezinhasflor / flores / florezinhas

A regra tradicional é essa, mas, no caso de diminutivos de substantivos terminados em "r", o uso popular consagrou a formação do diminutivo pela junção direta do sufixo diminutivo no

plural ao substantivo primitivo: colherzinhas, florzinhas e até barzinhos são exemplos. E as bancas de concurso? Se me deparasse com as duas alternativas, marcaria a alternativa que contivesse a regra tradicional. Em falta de alternativa tradicional, assinalaria por essa "nova" regra.

13- O que é grau do substantivo?É a possibilidade de o substantivo flexionar-se para exprimir as variações de aumento ou diminuição dos seres.                       Grau aumentativo – indica o aumento do tamanho do ser.  Diminutivo – indica o menor tamanho do ser. Classifica-se em:a) processo analítico: o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica aumento ou diminuição.casa grande                  casa pequenaárvore grande             árvore minúscula

b) processo sintético: o substantivo tem um sufixo indicador de aumento ou diminuição.casarão                      casinha                arvorezona           arbusto

Ressalto que determinados diminutivos ou aumentativos trazem ao substantivo sentido de carinho, de depreciação, ou de ironia, a depender do contexto em que são empregados: amorzinho, moçoila, homenzarrão.

14- Morfologicamente, qual a função do adjetivo e como se dá a sua classificação?O adjetivo é o vocábulo que tem a função de se referir ao substantivo e atribuir-lhe qualidade,estado, aspecto ou origem.Joana é inteligente. (qualidade).                          Homem envelhecido. (aspecto).País pobre. (estado).                                                            Crianças brasileiras. (origem).

No que tange à classificação, o adjetivo pode ser, quanto à formação:simples: formado por um só radical.        

bela, fácil, baixo, calmocomposto: formado por mais de um radical.

afro-brasileiro, castanho-escuro, azul-claroprimitivo: dá origem a outros adjetivos.

fácil, bom, belo, calmo.

derivado: deriva de substantivos ou de verbos.anormal, escultor, formoso, insensato

UFMT - MPE-MT - Promotor de Justiça - 2014 (adaptada)A palavra certo (flexionada ou não) pode ser empregada de diversas maneiras. Assinale a ocorrência em que sua função NÃO é a de caracterizar um substantivo.a) Que sorte a nossa, pensaram todos — certo nesta hora, eis que nos aparece o grande Galeno.b) Consta que Galeno, o maior médico da Roma amiga, chegou certa vez a uma cidade atingida pela peste.c) Houve certo desapontamento: mas é só isso que o nosso grande doutor tem para dizer?d) Não há informações mais precisas nessa história, mas uma coisa é certa: ninguém que optou por obedecer à sua prescrição morreu.e)  Mas sabia certas coisas interessantes

ALTERNATIVA A (Questão massa!!! (como se diz aqui na Bahia. kkk)) “certo”, na alternativa “a”, está empregado com valor de advérbio de tempo (e não como adjetivo), com valor de “logo”, modificando o adjunto adverbial de tempo “nesta hora”, ok?! Isso nos demonstra que a morfologia é irmã siamesa da sintaxe – não é só decorar as classes de palavras, temos que verificar a função delas no contexto sintático).

15- O que é uma locução adjetiva?A locução adjetiva é uma expressão formada por dois vocábulos (preposição + substantivo ou + advérbio) que se equivale a um adjetivo.Amor de mãe (= materno)Porta de trás (= traseira)

16- Adjetivos pátrios referem-se à nacionalidade?Também, mas não somente. Os adjetivos pátrios são derivados de substantivos que indicam países, estados, municípios, regiões, províncias, povoados, raças e povos.João é brasileiro            Eu sou soteropolitano.            Povos nórdicos.

Eu sou baiano.              Plagas andinas.                      Povo luso-brasileiro.  

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