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Secretário de Diligências Português Prof. Carlos Zambeli

Português Prof. Carlos Zambeli · Vou confessar 01 Tenho um problema muito sério com o Natal — amo essa data. Adoraria ser amargo e intelectual, 02 dizer que o Natal virou uma

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Secretário de Diligências

Português

Prof. Carlos Zambeli

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Português

Professor Carlos Zambeli

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Edital

PORTUGUÊS: Convenções Ortográficas: sistema ortográfico vigente. Morfologia: estrutura e formação de palavras. Sintaxe e Morfossintaxe: identificação e emprego das classes gramaticais; flexão verbal; flexão nominal; concordância verbal e nominal; colocação pronominal; regência verbal e nominal (emprego do sinal de crase); frase, oração e período (a oração e seus termos; estrutura da oração e do período; colocação dos termos na oração e das orações no período); processos sintáticos: coordenação e subordinação; paralelismo sintático; equivalência e transformação de estruturas; discurso direto e indireto. Pontuação: ponto final, de interrogação e exclamação, dois-pontos, ponto e vírgula, vírgula, travessão e parênteses. Semântica: significado de palavras e expressões; relações de sinonímia e antonímia; denotação e conotação.

BANCA: MP-RS

CARGO: Secretário de Diligências

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Aula 1

CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA)

Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, geralmente se desconsiderando a

função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos

morfológicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes

de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome,

Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

1. Substantivo

A palavra que dá nome aos seres, coisas, lugares, ideias, sentimentos. O substantivo faz parte

da classe de palavras variáveis da língua portuguesa. Isso quer dizer que pode apresentar

flexões de gênero, número e grau.

• lugares: Itália, Porto Alegre...

• sentimentos: raiva, ciúmes...

• estados: alegria, tristeza...

• qualidades: honestidade, sinceridade...

• ações: corrida, leitura...

2. Artigo

É a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira

definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos

substantivos.

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Detalhe zambeliano 1Substantivação!

• O jantar foi servido às 20h30min.

• A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu.

Detalhe zambeliano 2 Artigo facultativo diante de nomes próprios.

• Sérgio chegou. / O Sérgio chegou.

Detalhe zambeliano 3 Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.

• Sua turma é pequena no curso.

• A sua turma é pequena no curso.

3. Adjetivo

Palavra variável que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito, estado, condição.

• Material bom, menino agitado, moça elegante.

O adjetivo pode aparecer antes ou depois do substantivo.

• Elegante senhora / Senhora elegante

Morfossintaxe do Adjetivo:

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto

adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

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• Você estava nervosa.

• A estudante nervosa foi mal na prova.

Locução adjetiva

• Noite de chuva (chuvosa)

• Atitudes de anjo (angelicais)

• Pneu de trás (traseiro)

• Seleção do Brasil (brasileira)

Detalhe zambeliano!

4. Advérbio

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio

advérbio.

Dica do Zambeli

• Aqui dormi nesta semana.

• Hoje eu estudei gramática no curso.

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Classificação dos advérbios:

Lugar – ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro...

Tempo – agora, amanhã, antes, ontem...

Modo – a pé, à toa, à vontade...

Dúvida – provavelmente, talvez, quiçá...

Afirmação – sim, certamente, realmente...

Negação – não, nunca, jamais...

Intensidade – bastante, demais, mais, menos...

5. Preposição

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo

ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.

Regência verbal: Assisti ao vídeo do curso.

Regência nominal: Estou alheio a tudo isso.

Zambeli, quais são as preposições?

a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por – sem – sob – sobre – trás.

6. Pronome

Indefinidos

• Não encontrei nenhum conhecido na aula do Zambeli.

• Não encontrei nem um conhecido na aula do Zambeli.

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Demonstrativos

Este, esta, isto – perto do falante.

ESPAÇO Esse, essa, isso – perto do ouvinte.

Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.

Este, esta, isto – presente/futuro

TEMPO Esse, essa, isso – passado breve

Aquele, aquela, aquilo – passado distante

DISCURSOEste, esta, isto – vai ser dito

Esse, essa, isso – já foi dito

RETOMADA

As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes

menos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.

E se fossem 3 elementos para retomar, Zambeli?

Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos:

Este: indica o que se referiu por último.

Esse: se refere ao penúltimo.

Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

Possessivos

• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?

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Pessoais – retos e oblíquos

Retos – eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

Oblíquos – Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que

não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.

Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

• Enviaram aquele material do curso para mim.

• Enviaram-me aquele material do curso.

• Enviaram aquele material do curso para eu usar na aula.

7. Numeral

Indicam quantidade ou posição – um, dois, vinte, primeiro, terceiro.

8. Interjeição

Expressam um sentimento, uma emoção...

9. Verbos

Indicam ação, estado, fato, fenômeno da natureza.

10. Conjunções

Ligam orações ou, eventualmente, termos. São divididas em:

Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.

Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,

temporais, finais, proporcionais.

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QUE – Pronome Relativo ou Conjunção Integrante?

“Eu rabisco o sol que a chuva apagou

Quero que saibas que me lembro

Queria até que pudesses me ver.” (Legião Urbana)

Exercício

1. Classifique a classe gramatical das palavras destacadas na reportagem abaixo retirada do site www.g1.com

Mulher toca spray de pimenta em consumidores!

Uma mulher(1) enfurecida usou spray de pimenta(2) para espantar outros(3) compradores em uma loja de Los Angeles para poder ter acesso às ofertas promocionais(4) – Black Friday (Sexta-feira Negra), a superliquidação posterior ao "Dia de Ação de Graças" dos americanos, informou o jornal local "Los Angeles Times".

A mulher, que não(5) teve a identidade revelada, jogou gás nos corredores de um(6) supermercado Wal-Mart no bairro(7) de Porter Ranch para conseguir chegar mais rápido aos produtos de beleza(8) que a interessavam, contou o chefe(9) de bombeiros, James Carson.

Em meio ao empurra-empurra dos consumidores, a mulher descontrolada(10) também jogou gás de pimenta em outros compradores(11) animados(12). Cerca de 20 pessoas, entre(13) eles várias crianças(14) pequenas(15), reclamaram de dor(16) de garganta e irritação(17) forte na(18) pele e(19) nos olhos(20).

1. 6. 11. 16.

2. 7. 12. 17.

3. 8. 13. 18.

4. 9. 14. 19.

5. 10. 15. 20.

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Questões

1. (38561) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

“Participar de grupos como família, vizinhança, turma do colégio e culto religioso serve como escola para o aprendizado de comportamentos sociais. Os ensinamentos dos pais sobre rituais, rotinas e práticas das organizações são vivenciados e transformados, proporcionando um aprendizado implícito das normas: papéis sexuais, expectativas culturais, ideias sobre a classe social e comportamento adequado em público.”

No fragmento acima, em relação às expressões sublinhadas, afirma-se que:

a) Todas se referem a substantivos. b) Apenas uma refere-se a adjetivo. c) Somente uma completa o sentido de um verbo.d) Nenhuma completa o sentido de um verbo. e) Duas completam o sentido de adjetivos.

2. (38512) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

Assinale a alternativa que apresenta classificação INCORRETA dos advérbios.

Vou confessar

01  Tenho um problema muito sério com o Natal — amo essa data. Adoraria ser amargo e intelectual, 02 dizer que o Natal virou uma festa pagã em que só se pensa em comer e dar presentes, que Papai Noel é 03 uma imposição imperialista, mas fato é que gosto de tudo isso, sem um pingo de vergonha. Acho incrível 04 reunir a família — mesmo que por imposição — e, se a ceia terminar em lágrimas, acontece: quem disse 05 que é preciso ser feliz o tempo inteiro? 06  Muita gente argumenta que a saudade dos entes queridos que já se foram aumenta nessa época do 07 ano, portanto o Natal seria uma festa triste, de ausências. Vamos tentar enxergar por outro lado: com o 08 corre-corre das nossas vidas, quando é que temos tempo de pensar neles, de evocar sua lembrança? De 09 vez em quando, me pego culpado por não pensar tanto em minha avó maravilhosa, que passava o mês 10 inteiro preparando os coscolovi (doces natalinos italianos) para nós, nos meus pais, que ralaram tanto para 11 me passar o mínimo de educação, nos amigos maravilhosos que nos deixaram tão precocemente. Eles 12 merecem ___ homenagem do nosso pensamento e dos nossos olhos úmidos. 13  No Natal, sou despudoradamente feliz, e poucas coisas me dão mais alegria do que sair ___ 14 procura de lembrancinhas para as pessoas de que eu gosto — só adoraria ser mais precavido e começar 15 as compras em março, quando os shoppings não estão lotados. Nos embrulhos, coloco cartões que preparo 16 com duas semanas de antecedência. Tento dizer tudo aquilo que não consegui dizer ao longo do ano, o 17 quanto as pessoas são importantes e o que elas representam para mim, e agradeço o carinho e a paciência 18 da convivência. E sou incapaz de abrir um presente que não venha com cartão; é o embrulho que 19 acompanha as palavras, não o contrário. 20  Muita gente diz que aquela orgia alimentar daria para matar a fome na África. E como presentear as 21 crianças quando tantas não ganham nada? É bom, sim, com tantos presentes na árvore, fazer uma faxina 22 geral nos armários e separar o que sobra para dar a quem não tem nada. Doar a um desconhecido, sem23 esperar retorno, agir como Papai Noel, que, francamente, passa o ano inteiro fabricando presentes sem 24 receber nenhum. E, mesmo gordo, velho e tendo que se enfiar em chaminés todas as noites, ele é feliz e ri 25 ___ toa. Fica a lição.

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26  Não me joguem pedras, mas eu tenho que assumir que gosto de Natal, de pinheiros e enfeites, de 27 presentes, daquelas comidas deliciosas, do ambiente religioso que se impõe mesmo aos ateus de pai e 28 mãe. E da o-bri-ga-ção de estar em família. Nem sempre tenho tempo para ela, o que faz de mim uma 29 pessoa eternamente culpada, portanto o Natal é uma excelente desculpa para estarmos todos juntos,30 falantes e cobrando maior presença uns dos outros — até o Natal seguinte, claro. 31  Virou chique declarar o ódio ao Natal. Quando divido com os outros minha alegria ___ respeito 32 dessa época do ano, sou chamado de bobo, capitalista e naïf; sou tratado como um ET e até com um certo 33 olhar de condescendência. Não me importa: faz tempos em que estou tentando me libertar das chiquerias 34 da vida em busca de uma cafonice autêntica, simples e genuína. 35  Em busca da alegria que a gente tinha quando era criança e inocente e acreditava em família unida 36 para sempre, na imortalidade das pessoas que a gente ama, na felicidade eterna e, por que não, em Papai 37 Noel.

Fonte: (Bruno Astuto – Revista Época – 18/12/2011 – disponível em http://www.revistaepoca.com.br – adaptação)

a) muito (l. 01) – intensidade. b) só (l. 02) – modo. c) mais (l. 13) – intensidade. d) sim (l. 21) – afirmação. e) sempre (l. 28) – tempo.

3. (85669) FUNDATEC – 2015 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

Esqueça o mito da multitarefa

01  Leia o texto todo de uma vez, sem interrupções. Não vale olhar mensagens no celular nem02 espiar as redes sociais.03 Ao cair na tentação de fazer outra coisa durante a leitura, você ___ como um multitarefa.04 Muita empresa gosta e até espera que seus empregados assumam esse comportamento de tocar05 várias atividades ao mesmo tempo.06  O problema é que o hábito não passa de um mito. Só 2,5% das pessoas são capazes de07 levar adiante mais de uma tarefa por vez, segundo pesquisa da Universidade Utah, nos Estados08 Unidos. Elas são chamadas de supertaskers. Os demais mortais só se atrapalham ao tentar ser09 multitarefa.10  Há um problema evidente, já que a maioria das empresas adora ________ quem acumula11 diversas funções, o que, na prática, é impossível. “Já tive brigas com gestores de RH que insistem12 em colocar nos anúncios: ‘Capacidade de ser multitarefa’”, afirma Christian Barbosa, especialista13 em gestão do tempo. “Isso não existe, não funciona, é irracional.”14  Tanto que o consultor criou um teste para verificar se os brasileiros são mesmo capazes15 de exercer atividades simultaneamente com eficiência. Em 2014, 4.000 profissionais participaram16 da prova e somente 1% conseguiu ser mais produtivo com um olho no gato e outro no peixe.17 Além de ser um tiro no pé da produtividade, tentar dar conta de todo o trabalho de uma18 vez causa enorme angústia. A pessoa trabalha o dia todo e termina com a sensação ....... nada19 foi concluído.20  Qual a solução para dar conta ..... todas as tarefas de maneira eficiente? Não existe milagre,21 apenas investimento em organização e concentração. “Cada pessoa se organiza de um _____ e22 precisa descobrir como é mais eficiente”, diz Paula Rizzo, especialista americana em organização.23 O primeiro movimento é a consciência de que o descontrole sobre as atividades só24 atrapalha os resultados. Diante do desafio de chefiar dois times, um no Brasil e outro nos Estados25 Unidos, José Roberto Pelegrini, de 39 anos, diretor financeiro da JDSU, multinacional especializada26 em redes de comunicação, decidiu reorganizar sua agenda.27  Esse período foi de muito trabalho e ele só conseguiu dar conta do recado porque reviu28 seu estilo de trabalhar e priorizar tarefas. A fórmula que encontrou passa por fazer listas das29 atividades semanais e diárias, manter a caixa de e-mail vazia e manter a calma.30 O segundo movimento é combater a distração, um desafio que fica mais complexo à31 medida que o mundo se torna mais conectado. Alternar continuamente a atenção entre várias

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32 tarefas prejudica a memória e o raciocínio, o que leva à queda de desempenho.33 A sensação de sobrecarga já começa a despertar em muita gente a vontade de viver uma34 vida menos caótica, mais organizada e produtiva. Segundo um relatório de tendências para 2015,35 feito pela agência Box 1824, de São Paulo, uma crescente maioria se convence ....... é36 impraticável levar uma vida tão conectada.37  Nesse cenário, surge um contramovimento batizado de quiet bliss, algo como “felicidade38 silenciosa”, que prega que façamos apenas uma atividade por vez .39 Logicamente, isso se aplica ao espaço do trabalho. “De maneira inconsciente, muita gente40 acha que não merece ter tempo para o descanso”, diz Brigid Schulte, jornalista americana. “Mas41 esses períodos são fundamentais para pensar sobre o que importa para você, onde você está,42 para onde está indo e como está gastando seu tempo.”43  Quem consegue organizar os horários para ter tempo livre consegue organizar o tempo44 para trabalhar melhor. É importante saber _____ quando já trabalhou o suficiente.45 Para isso, o consultor americano Stephen Lynch propõe três questionamentos: quantas46 horas você trabalha em média por semana? Você é capaz de se desligar completamente do47 trabalho um dia por semana? Como você tem melhorado a produtividade das horas que gasta48 trabalhando? Mudar as respostas a essas perguntas é o caminho para dar conta de tudo e ter49 uma vida melhor — dentro e fora do escritório.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/noticias/multitarefa – Março/2015 – Adaptação

A questão a seguir refere-se ao texto

Considerando a função que desempenham em cada um dos períodos, analise as afirmações que seguem a respeito da palavra que:

I – até espera que seus empregados assumam esse comportamento (l. 04) – conjunção integrante.

II – O problema é que o hábito não passa de um mito (l. 06) – pronome relativo.

III – A fórmula que encontrou passa por fazer listas (l. 28) – pronome relativo.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas I e III.

4. (79504) FUNDATEC – 2014 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

Regulação de Estado, Sustentabilidade e o Direito Fundamental à Boa Administração Pública

1  Mais do que nunca, a regulação deve ser vista como tarefa do Estado Constitucional (não contraposto2 à sociedade), mais do que governativa, no rumo de nova ordem regulatória que transcenda o episódico e3 o transitório, ou seja, o estritamente governamental ou o primado dos interesses partidários e dos4 manipuladores de mercado. As autarquias reguladoras são – ou deveriam ser, interdependentes e, a5 despeito de não poderem efetuar a definição da política setorial, podem corrigir falhas de mercado e de6 governo na execução ou conformação sistemática dessas políticas. Não há função mais significativa7 dessas autarquias reguladoras senão a de defender a preponderância dos princípios, objetivos e direitos8 fundamentais, nas relações atinentes à delegação de serviços universais ou nas atividades econômicas de9 relevância coletiva. Cumpre-lhes, pois, evitar o equívoco comum do facciosismo ou do unilateralismo, no10 exercício da discricionariedade administrativa. Ao se dar conta do seu papel sistêmico, resolverá com maior11 facilidade os potenciais conflitos e os custos associados, evitando (sem pretender sufocar) as demandas

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12 judiciais e o próprio recurso à arbitragem privada. Assim, a função mediadora e solvedora de conflitos13 assume feição precípua e inerentemente regulatória.14  Por todo o exposto, o “Estado Regulador” (que, na ótica esposada, disciplina, na esfera administrativa,15 os serviços públicos delegados e as atividades econômicas de relevante interesse coletivo) possuem o16 dever de cabal observância da rede de princípios, objetivos e direitos fundamentais, acima das regras,17 especialmente do princípio constitucional da sustentabilidade (social, ambiental, econômica, ética e18 jurídico-política). Somente desse modo, a regulação estatal alcançará a condição de redutora consciente19 (direta ou oblíqua) dos custos de transação. Quer dizer, as autarquias reguladoras precisam, vez por todas,20 começar a atuar como guardiãs sistemáticas dos interesses legítimos das gerações presentes e futuras,21 com prevenção e precaução. Com efeito, a regulação promotora do desenvolvimento sustentável, em suas22 várias dimensões, tem de incorporar parâmetros desse jaez – algo que acontece de maneira incipiente, mas23 que precisa ser francamente incentivado com a adoção de critérios mensuráveis de sustentabilidade.24 De fato, a regulação é indeclinável função tipicamente estatal que, acima de tudo, precisa cultuar a25 sustentabilidade, a eficácia, a eficiência e a probidade no âmbito do setor regulado, incorporando, em26 definitivo, a cultura do pleno respeito ao imperativo do desenvolvimento sustentável, que reclama o resoluto27 combate à falta de equidade intertemporal.28  Eis, em suma, as propostas vocacionadas a renovar o modelo brasileiro de regulação, de maneira a29 fazê-lo consentâneo com a consolidação do novo paradigma de Direito Administrativo, no intuito de fazer30 frente aos pleitos do Século XXI, às voltas com a preocupante crise (des)regulatória mundial. Força para já31 concretizar a regulação de Estado Constitucional, endereçada ao longo do prazo, cooperativa, sistêmica,32 autônoma, independente e em rede. Uma regulação para as presentes e futuras gerações. Sim, regulação33 intertemporal, que rompa os grilhões e os gargalos burocráticos, as redundâncias excessivas e as omissões34 sombrias. Não se trata de impor limites exacerbados à inovação ou à sofisticação dos mercados, mas de35 coibir a fraude, a desinformação e as manipulações espúrias. O certo é que nada se apresenta mais crucial,36 no curso da presente crise ético-jurídica mundial, do que redefinir material e formalmente, o modelo37 regulatório, sem o desatino ingênuo das mudanças abruptas, todavia sempre com o efetivo compromisso38 ético com a eficácia crescente do direito fundamental à boa administração pública.

Fonte: Texto Adaptado – Excerto de: FREITAS, J. Regulação de Estado, Sustentabilidade e o Direito Fundamental à Boa Administração Pública.

Revista de Direito da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, v. Especial, p. 173-185, 2012.

Analise as assertivas abaixo sobre frases do texto, atentando à questão morfológica.

I – Em “a regulação é indeclinável função tipicamente estatal” (l. 24), ‘indeclinável’ é classificado como adjetivo, assim como ‘estatal’, e ambos adjetivos qualificam o substantivo ‘função’.

II – Em “a cultura do pleno respeito ao imperativo do desenvolvimento sustentável” (l. 26), ‘respeito’ é um substantivo que necessita de um complemento indireto – ao imperativo’, classificado como complemento nominal.

III – No período “que reclama o resoluto combate à falta de equidade intertemporal” (l. 26-27), ‘que’ é uma conjunção, enquanto ‘resoluto’ funciona como adjetivo no período em que se insere.

Quais estão incorretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

5. (112017) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Semântica e Vocabulário, Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

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Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados quatro verbos do texto; na coluna da direita, sinônimos de três daqueles quatro verbos.

1 – manchar (l. 8) ( ) desaparecer

2 – apagar (l. 12) ( ) interceptar

3 – sumir (l. 14) ( ) macular

4 – grampear (l. 25)

Associe os verbos da coluna da direita aos verbos da coluna da esquerda de que são sinônimos.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 3 – 4 – 2. b) 2 – 1 – 3. c) 3 – 4 – 1. d) 2 – 1 – 4. e) 4 – 3 – 2.

6. (112019) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal, Elementos Referenciais , Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27 Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

Assinale a alternativa em que se estabelece uma relação correta entre um pronome ou expressão e o segmento a que se refere no texto.

a) ela (l. 9) – uma colega (l. 8) b) sua identidade (l. 20) – A identidade online (l. 17) c) delas (l. 23) – [d]as informações (l. 22) d) suas decisões (l. 33) – [as decisões dos] governos autoritários (l. 31) e) outros (l. 37) – grupos populares (l. 36)

7. (112849) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal, Elementos Referenciais , Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais

Analise as assertivas a seguir sobre pronomes no texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O pronome ‘-los’ (l. 12) retoma ‘sinais’ (l. 07).

( ) O pronome ‘aquelas’ (l. 09) retoma ‘alterações’ (l. 08).

( ) O ‘que’ da linha 31 é classificado como pronome relativo.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F. b) F – F – V. c) V – F – F. d) F – V – F. e) V – V – V.

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Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9247497

Gabarito: 1. (38561) C 2. (38512) B 3. (85669) E 4. (79504) C 5. (112017) C 6. (112019) C 7. (112849) C

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Aula 2

ANÁLISE SINTÁTICA

SUJEITO

Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, geralmente responsável

por realizar ou sofrer uma ação ou estado. Ele é o termo com o qual o verbo concorda.

1. Sujeito simples – é o sujeito determinado que possui um único núcleo, um único vocábulo

diretamente ligado com o verbo.

• Pastavam lindos cavalos neste campo.

• A revolta dos concurseiros foi com a banca organizadora.

• Existem graves problemas técnicos neste andar.

• Foste, alguma vez, enganado por mim?

2. Sujeito composto – é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo, isto é, mais de um vocábulo diretamente relacionado com o verbo.

• Ocorreram acidentes, assaltos e sequestros nesta comunidade.

• Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

3. Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem

o predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito; caso

contrário, teríamos uma oração sem sujeito.

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A língua portuguesa apresenta duas maneiras de identificar o sujeito:

a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado anteriormente.

• Dizem que a família está falindo.

• Sempre me perguntam sobre isso.

b) Com o verbo na 3ª pessoa do singular, acrescido do pronome se. Essa construção é típica dos verbos que não apresentam complemento direto.

• Precisa-se de mão de obra nesta construção.

• Vive-se intensamente na juventude.

• É-se muito ingênuo na juventude.

4. Orações sem sujeito – são formadas apenas pelo predicativo, articulam-se a partir de um verbo impessoal.

a) Verbos que indicam fenômeno da natureza

• Choveu na cidade e, na praia, fez sol!

• Deve nevar na Serra este ano.

b) Verbo haver – no sentido de existir ou ocorrer

• Houve um grave acidente neste local.

• “Quando há ferrugem, no meu coração de lata!

É quando a fé ruge, e o meu coração dilata!” (Teatro Mágico)

• Deve haver aprovações neste concurso.

• Devem existir aprovações neste concurso.

c) Verbo Fazer – indicando temperatura, fenômeno da natureza, tempo

• Faz 25ºC nesta época do ano.

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• Deve fazer 40ºC amanhã.

• Fez calor ontem na cidade.

• Fez 2 anos que nós nos conhecemos.

• Está fazendo 4 anos que você viajou para Londres.

d) Verbo ser – indicando hora, data, distância

• Do curso até lá são 5km.

• Hoje são 26 de julho.

• Hoje é dia 26 de julho.

• Agora são 9h da manhã.

5. Sujeito Oracional

• Fazer promessas é muito comprometedor.

• É necessário que você revise tudo em casa.

• Convém que nós nos dediquemos muito para este concurso.

TRANSITIVIDADE VERBAL

Verbo Intransitivo (VI)

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo

para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

• “O poeta pena, quando cai o pano e o pano cai.” (Teatro Mágico)

• “A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer.” (Arnaldo Antunes)

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Verbo Transitivo Direto (VTD)

Não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento (objeto). Esses

complementos (sem preposição) são chamados de objetos diretos.

• “Nem vem tirar meu riso frouxo com algum conselho.” (Mallu Magalhães)

• “Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois.” (Caetano)

• “Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito.” (Jota Quest)

Verbo Transitivo Indireto (VTI)

O complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória.

• “Eu gosto de você

E gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

O meu melhor amigo é o meu amor.” (Tribalistas)

• “Mentira se eu disser que não penso mais em você.” (Skank)

Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI)

Exige 2 complementos diferentes.

• “Ah, vai

Me diz o que é o sossego

Que eu te mostro alguém

A fim de te acompanhar.” (Los Hermanos)

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Verbo de Ligação (VL)

É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles

(sujeito e características) certos tipos de relações.

• “Tenho andado distraído,

Impaciente e indeciso

E ainda estou confuso.” (Legião Urbana)

• “E quando eu estiver triste

Simplesmente me abrace

Quando eu estiver louco” (Skank)

ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,

causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o

sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.

Advérbio X Adjunto Adverbial

Não quero estudar neste feriado, pois nunca consigo um lugar nesta sala!

APOSTO X VOCATIVO

Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto

adnominal, mas que sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de forma

isolada por pontuação.

ser, viver, acha, encontrar, fazer, parecer, estar, continuar, ficar, permanecer

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Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.

Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se

está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.

• André Vieira, o professor que encontramos antes, trabalha muito!

• Sempre cobram dois conteúdos nas provas: regência e pontuação.

• “Vamos fugir

Pra outro lugar, baby!

Vamos fugir

Pra onde haja um tobogã

Onde a gente escorregue.” (Shak)

ADJUNTO ADNOMINAL

Adjunto adnominal é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de

palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são artigos, adjetivos,

pronomes, numerais, locuções adjetivas. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que

modificar o nome ao qual se refere.

Artigo – A aula de português acabou.

Adjetivos – A aula zambeliana foi dada pelo professor de Português.

Pronome – Esta sala está lotada, mas a minha turma ficou unida!

Numeral – Cinco alunos fizeram aquele concurso.

Locução adjetiva – O problema da empresa foi avaliado pelo advogado do grupo.

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Exercício

1. Reescreva as orações seguintes, passando os termos destacados para o plural:

a) Precisa-se de fotógrafo.

b) Vende-se celular usado.

c) Arruma-se celular estragado.

d) Acredita-se em milagre.

e) Plastifica-se carteira de motorista.

f) Apela-se para o milagre.

g) Vende-se barraca na praia.

2. Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.

a) O candidato voltou do curso.

b) Histórias incríveis contou-nos aquele colega.

c) O professor Zambeli ofereceu-lhe um lugar melhor no curso.

d) Procurei-a por todos os lugares.

e) Gabaritaram a prova.

f) Talvez ainda haja concursos neste ano.

g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.

h) A prova foi fácil.

i) Site oferece promoções aos clientes na internet.

j) Contei-lhe o resultado da prova!

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Questões

1. (35213) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Na frase De nada adianta chamar os pais para reclamar que a criança é "terrível" ou tentar ensiná-los a educá-la. (l. 04 e 05), os pronomes negritados – los e la – exercem a função de __________________, tendo como referente, respectivamente, as expressões ________________ e ____________________.

As lacunas do trecho acima ficam correta e respectivamente preenchidas por:

Como agir quando os pais dos alunos considerados difíceis, mesmo sendo chamados pela escola, ficam indiferentes?

01  Inicialmente, cabe reforçar que nenhuma família está satisfeita diante de um filho "difícil", mesmo 02 que aparentemente pareça estar. Em geral, os pais já fizeram tudo que sabiam para modificar as coisas e03 se sentem _________. O melhor a fazer é ouvi-los e ampará-los. 04  De nada adianta chamar os pais para reclamar que a criança é "terrível" ou tentar ensiná-los a 05 educá-la. Esse tipo de conduta não resolverá, pois isso possivelmente já ocorreu e não trouxe resultados 06 efetivos. Portanto, é preciso procurar outros caminhos. Os pais devem, antes de mais nada, saber que 07 existe alguém que compreende o que eles estão passando. 08  É preciso ainda ter ________ com os que se mostrarem __________, pois, __________, eles se 09 sentem angustiados em relação a si mesmos, a seus filhos e aos profissionais e estão, portanto, numa 10 posição defensiva. 11  Quando os pais quiserem conselhos, eles mesmos solicitarão e, quando o professor os der, é 12 importante reconhecer que ninguém realmente tem todas as respostas. O que se pode fazer é apenas 13 concordar em experimentar diferentes estratégias mais coerentes com o desenvolvimento socioafetivo da 14 criança e que atendam às necessidades dela.

(Fonte:Telma Vinha, abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/como-agir-quando-pais-alunos-considerados- dificeis-mesmosendo-chamados-pela-escola-ficam-indiferentes-618147.shtml – adaptação)

a) complemento nominal – os pais – a criançab) complemento nominal – a criança – os paisc) objeto indireto – a criança – os paisd) adjunto adnominal – os pais – a criançae) objeto direto – os pais – a criança

2. (35259) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Considere a seguinte frase

“Os erros flagrados no livro não diminuem a importância desses gênios.”

Analise as assertivas que seguem.

I – O sujeito da frase é classificado como composto.

II – A palavra não classifica-se como um adjunto adverbial.

III – O verbo diminuir é transitivo direto, e está conjugado no presente do indicativo.

Quais estão corretas?

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a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.

3. (35277) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Considere a frase a seguir:

A verdade é que a maneira de se relacionar com o dinheiro traz impactos não só na conta bancária das pessoas, mas também em seus relacionamentos domésticos, afetivos e profissionais.

Observe as assertivas abaixo em relação à frase em destaque, assinalando V, para verdadeiro, e F, para falso.

( ) As palavras domésticos, afetivos e profissionais são classificadas como adjuntos adnominais.

( ) O objeto do verbo trazer é direto, representado pela expressão impactos.

( ) As expressões na conta bancária das pessoas e em seus relacionamentos domésticos, afetivos e profissionais são apostos.

( ) O período é composto por apenas duas orações coordenadas, uma assindética e uma sindética.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F – F.b) V – V – V – F. c) V – F – V – F. d) F – F – V – V. e) F – V – F – V.

4. (79498) FUNDATEC – 2014 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Evolução transforma fiscalização ‘in loco’ em controle por rastreamento e verificação de autenticidade1  Identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias, controles massivos dos mercados e2 contribuintes. Termos até há pouco vivenciados apenas no mundo dos filmes e no sonho de muitos3 auditores-fiscais da Receita Estadual, já são rotina no dia a dia da Secretaria da Fazenda do RS. A nova4 forma de atuação, ancorada no Posto Fiscal Virtual da Receita Estadual, ativado no final de 2012, utiliza5 ao máximo a tecnologia disponível hoje no mercado, possibilitando, com base em análise de risco de6 operações, um controle eficaz e econômico do trânsito de mercadorias no Estado. Com o sistema, a7 aleatoriedade da escolha de veículos que possam apresentar irregularidades está superada a partir da8 análise da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): a fiscalização é feita junto aos contribuintes que efetivamente9 apresentem risco de ter problemas reais.10  Entusiasta do sistema, o supervisor do Posto Fiscal Virtual, em Porto Alegre define o processo como11 seletivo, econômico e inteligente. “Esse é o futuro. No mundo, cada vez mais, a tecnologia substitui a ação12 humana, que, por mais atuante que possa ser, tem limitações de tempo, esforço e capacidade pessoal”,13 afirma o auditor-fiscal. O processamento eletrônico, destaca, veio para ficar, e isso está ocorrendo em todo14 o mundo. “No Chile, temos a fatura eletrônica, que é muito bem-sucedida. Aqui temos a Nota Fiscal15 Eletrônica, um sucesso crescente, que quase todos os Estados do país já adotam. É um rumo sem volta.16 Este é o caminho”, garante.

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17  Deve-se lembrar, ainda, que a fiscalização direta, física, no trânsito, sempre foi forte no Nordeste e em18 alguns pontos do país. Na atualidade, entretanto, o Rio de Janeiro já cortou os postos pela metade. No19 Espírito Santo, no Pará, em Santa Catarina e em São Paulo, eles foram fechados. “Manter essas estruturas20 é pesado, exige investimentos constantes na manutenção, e os valores das autuações não compensam os21 custos”, opina. Desde o início da década passada, os diversos governos que se alternaram no Estado vêm22 fechando postos fiscais, e nem por isso a arrecadação caiu; pelo contrário, vem aumentando23 consideravelmente. Em contrapartida, a tecnologia, o manifesto eletrônico de cargas e a visão24 computacional resultam em custos menores e uma visão mais abrangente da situação do contribuinte. A25 presença física nos postos de trânsito se torna necessária em alguns casos específicos, mas não como26 regra, como é o caso da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, que utiliza células de inteligência27 situadas em regiões determinadas do Estado para rastreamento e fiscalização. “A percepção de risco está28 mantida. Não há que se atacar esse ponto. Detectamos uma atividade, um veículo com erro na nota29 eletrônica e imediatamente o contribuinte é comunicado e deve se explicar”, explica o supervisor.30 Outro ponto relevante merece destaque quando se fala em fiscalização via monitoramento eletrônico31 do contribuinte: a segurança da operação. A velocidade dos movimentos econômicos e das empresas, que32 realizam operações com uma rapidez impensada tempos atrás, não pode conviver com uma fiscalização33 tímida, feita na era do papel. Identificar padrões de sonegação e, a partir daí, desencadear ações34 planificadas permite um gerenciamento com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e35 para o contribuinte. Segundo o auditor-fiscal, “a tecnologia está em todo lugar. Temos que utilizá-la”.36 Uma das tecnologias que impacta a fiscalização de trânsito de mercadorias no momento é o Sistema37 de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, nominado “Brasil-ID”. O sistema se baseia38 no emprego da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) e outros softwares para realizar,39 dentro de um padrão único, a identificação, o rastreamento e autenticação de mercadorias em produção e40 circulação pelo país. Criado através de um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Ciência e41 Tecnologia, a Receita Federal e Secretarias de Fazenda de vários Estados, o sistema visa padronizar,42 unificar, interagir, integrar, simplificar, desburocratizar e acelerar o processo de produção, logística e43 fiscalização de mercadorias pelo país.44  O Brasil-ID está sendo implantado no Posto Fiscal Virtual da Receita Estadual e representa o futuro da45 fiscalização de trânsito. “Da mesma forma que, através de um chip no sistema Sinal Verde, no qual o46 usuário coloca um pequeno circuito eletrônico no seu carro e passa por cancelas de pedágios sem se47 preocupar com os tickets e dinheiro, a fiscalização colocará esse equipamento em caminhões e produtos48 e poderá acompanhar a saída da carga da distribuidora, a sua chegada no ponto de venda e tudo o que49 estiver relacionado com essa atividade econômica que interesse à fiscalização”, visualiza o auditor-fiscal.

Fonte: texto adaptado – Disponível em< http://afisvec.org.br/downs/rev_enfoque/06_janeiro_2014.pdf >

Para responder à questão, considere o fragmento abaixo, retirado do texto, e outras informações textuais.

[...] desencadear ações planificadas permite um gerenciamento com custos reduzidos e com segurança jurídica para o Estado e para o contribuinte. (l.33-35)

Em relação à análise sintática, considere as assertivas que seguem.

I – A frase “a fiscalização colocará esse equipamento em caminhões e produtos” (l.47) possui exatamente a mesma estrutura sintática do fragmento acima.

II – No fragmento, o verbo ‘permitir’ exige um complemento direto, representado por ‘um gerenciamento’, e um indireto, representado por ‘com custos reduzidos e com segurança jurídica’.

III – ‘um gerenciamento com custos reduzidos’ é classificado como sujeito da oração principal.

Quais estão incorretas?

a) Apenas I. b) Apenas II.

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c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

5. (38603) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Vide Bula

1  A vida vem sem instruções, mas fiquei imaginando como seria se tivesse uma bula. Os detalhes 2 desta bula iriam variar para cada um de nós. Mas _______ algumas coisas que seriam universais, como por 3 exemplo: 4  Prazo de validade - Todos temos uma data de expiração. A maioria não (descobrir) qual é até que 5 chegue o momento, mas se existe uma certeza é que essa data vai chegar. Prestar atenção nesse fato nos6 ajuda a viver mais intensamente. O que você faria se soubesse que sua validade vence em um mês? 7  Posologia - Alguns (levar) a vida em pequenas doses, enquanto outros (viver) intensamente cada 8 minuto. Tem gente que gosta de um caminho mais Zen,enquanto outros preferem viver a mil por hora. Já 9 fiz os dois e escolhi o caminho do meio. O mais importante é ter consciência, poder escolher a dosagem. 10 Porque às vezes vivemos em um ritmo imposto por nosso ambiente ou momento na vida sem nos darmos 11 conta. E isso é fórmula certa para overdose. 12  Fórmula - Varia de acordo com o frasco. O que funcionou para você pode não funcionar para mim. 13 Com o tempo vamos descobrindo que ingredientes de nossa experiência nos dão melhor resultado. Ou não. 14  Garantias - A vida vem sem garantias. Não temos certeza se é predestinada ou vivemos a 15 consequência de nosso Karma. No final, a única garantia que temos é que viemos com prazo de validade. 16 Por isso, não busque garantias onde não existem. Simplesmente viva! 17 Contraindicações - Existem poucas contraindicações para nossa vida. Comer alimentos saudáveis, 18 fazer exercícios com frequência, ter uma conexão com seu lado espiritual ajudam? Pode ser que sim, mas19 não são garantias. A única forma de viver bem é usar (a vida) com frequência. Quando em dúvida, lembrese do item 20 "prazo de validade". Sua bula pode ser mais complexa ou mais simples. Tanto faz. Só lembre 21 sempre que a gente só leva desta vida a vida que a gente leva. A vida vai, e a bula, fica.

(Pierre Schürmann. Disponível em http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/colunista, 27-01-2012 – textoadaptado)

Em relação à frase Só lembre sempre que a gente só leva desta vida a vida que a gente leva (l. 20 e 21), afirma-se que:

I – As duas ocorrências da palavra vida exercem a mesma função sintática; entretanto, devido ao uso, têm classes gramaticais diferentes.

II – As duas ocorrências da palavra que são pronomes relativos.

III – As duas ocorrências da palavra só funcionam como adjunto adverbial.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.

6. (79531) FUNDATEC – 2014 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

Nova estrutura da Receita Estadual prioriza combate à sonegação

1  Aceleradas mudanças na Receita Estadual do Rio Grande do Sul, iniciadas com a aprovação da Lei2 Orgânica da Administração Tributária, em 2010, ainda não estão plenamente consolidadas, mas produzem3 significativos resultados positivos. Desenvolvidos após longo amadurecimento da categoria, os conceitos

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4 adotados hoje na Receita Estadual, órgão que existiu durante décadas apenas nos seus melhores sonhos,5 permitem que os conhecimentos técnicos e profissionais aperfeiçoados em estudos no exterior, no debate6 com especialistas nas universidades públicas e privadas e na discussão interna entre auditores -fiscais da7 Secretaria da Fazenda sejam implementados e produzam números favoráveis ao caixa do Tesouro do8 Estado.9  A Administração Tributária Setorial é uma das inovações adotadas pela Receita Estadual cuja resposta10 é extremamente positiva. Desenvolvida aqui, com base em experiências internacionais, a Administração11 Tributária Setorial parte das movimentações do mercado e acompanha o desenvolvimento das empresas12 para estabelecer parâmetros de crescimento e reconhecimento de tributos e indícios de sonegação em um13 determinado setor econômico. O conceito, no entender de um dos auditores-fiscais gaúcho, torna a atuação14 fiscal neutra e eficaz no acompanhamento dos movimentos do mundo econômico. Em seu trabalho, o15 auditor defendeu que a política tributária influencia o processo econômico, interferindo na renda, no volume16 da demanda e da poupança e nas expectativas de investimento, tornando a política fiscal uma das políticas17 econômicas relacionada com o gasto público e a geração de receita.18  “Assim, como desdobramento da política fiscal, a política tributária trata do nível e distribuição da carga19 de tributos e da estrutura e modelagem tributárias”, afirma no trabalho, que tratou em sua maior parte de20 demonstrar como a simplificação e harmonização da estrutura tributária pode e deve contribuir para o21 crescimento econômico, pela diminuição de sua complexidade e do custo com o cumprimento das22 obrigações acessórias e pela administração eficiente dos tributos.23  O foco nas atividades de fiscalização, arrecadação e cobrança tem caracterizado a atuação atual da24 Receita Estadual. Nesta nova cultura, que tem como substrato a busca da arrecadação suficiente para25 enfrentar as crescentes demandas sociais, ganhou espaço também a relação com o contribuinte. Hoje, o26 órgão age preventivamente na convergência de interesses e busca o cumprimento voluntário do pagamento27 do tributo como meta prioritária. Trabalha também para assegurar a justiça e a equidade fiscal, mantendo28 um diálogo cortês e ágil na resposta aos contribuintes e agilizando sempre que possível a solução de29 consultas.30  Também são pontos de destaque na atuação da Receita Estadual a racionalização do uso dos recursos31 públicos da Secretaria da Fazenda, o aperfeiçoamento dos sistemas de informação, serviços e processos32 voltados ao cumprimento das atribuições e competências dos auditores-fiscais e a gestão tecnológica dos33 recursos.

Fonte: texto adaptado – Revista Enfoque Fiscal n.06/Jan.2014. Disponível em<http://afisvec.org.br/downs/rev_enfoque/06_janeiro_2014.pdf >

Analise as relações entre verbos e sujeitos a seguir.

I – produzem (l. 02) – “Aceleradas mudanças na Receita Estadual do Rio Grande do Sul” (l. 01).

II – sejam (l. 07) – “especialistas nas universidades públicas e privadas” (l. 06).

III – Trabalha (l. 27) – “meta prioritária” (l. 27).

IV – são (l. 30) – “pontos de destaque na atuação da Receita Estadual” (l. 30).

Quais estão corretamente indicadas?

a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e IV. d) Apenas II e III. e) Apenas II, III e IV.

7. (112010) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por

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4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11 “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo, referentes a funções sintáticas de palavras e segmentos do texto.

( ) O segmento gradual (l. 9) exerce função de predicativo do sujeito.

( ) O segmento um escritório de contabilidade (l. 20) exerce a função de objeto direto.

( ) O segmento à matriz (l. 37) exerce função de objeto indireto.

( ) O segmento Kátia Abate (l. 40) desempenha a função de sujeito da oração em que se encontra.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

a) F – V – V – F. b) V –V – F – V. c) V – F – F – V. d) F – F – V – V. e) V – F – V – F.

8. (112035) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

Considere as seguintes afirmações a respeito da classificação sintática de palavra e segmentos do texto.

I – Na linha 1, o segmento a mesma coisa exerce a função sintática de predicativo do sujeito.

II – Na linha 5, a palavra civilidade exerce a função sintática de objeto direto.

III – Na linha 8, o segmento de família exerce a função sintática de adjunto adnominal.

Quais estão corretas?

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a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

9. (112047) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Sintaxe da Oração (Análise Sintática)

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo>.Acesso em: 24 mar. 2015.

Assinale a alternativa que identifica corretamente a função sintática que o segmento exerce no texto.

a) no exílio (l. 4): objeto indireto

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b) filha do comerciante Alexandre Roberto Mascarenhas (l. 11-12): adjunto adnominal c) de seus conhecimentos (l. 17): objeto indireto d) pelo governador (l. 18): agente da passiva e) da Provedoria da Real Fazenda (l. 27-28): complemento nominal

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Gabarito: 1. (35213) E 2. (35259) D 3. (35277) A 4. (79498) E 5. (38603) C 6. (79531) A 7. (112010) B 8. (112035) E 9. (112047) D

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Aula 3

CONCORDÂNCIA

Concordância verbal

Regra geral

“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou

parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas

parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.” (Freud)

Verbos impessoais

1. Verbo Haver

O verbo haver é impessoal (permanecendo na 3ª pessoa do singular) quando significa: existir,

acontecer, ocorrer. Formando locução com outro verbo, a impessoalidade a ele se estenderá.

• Comentam que vai haver questões anuladas na prova!

• Havia cinco pessoas na fila.

• Aqui houve modificações.

2. Verbo Fazer

Esse verbo é impessoal, mantendo-se na 3ª pessoa do singular e não apresentando sujeito,

quando indicar: tempo e temperatura. A impessoalidade será transmitida para o outro verbo,

quando houver locução.

• Está fazendo cinquenta anos que casei.

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• Já fez mais de cinco minutos que ela saiu.

3. Expressões de tratamento = verbo 3ª pessoa

• Vossa Excelência, seu aniversário foi ontem? Não vai comemorar com seus amigos?

4. Expressões fracionárias ou partitivas = o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural.

• "A maioria das pessoas, quando conversa, tem pressa em expressar sua opinião e por isso

só ouve o som da própria voz." (Tsai Chih Chung)

• Três quintos do teste foi de questões objetivas.

• Mais da metade dos professores utiliza o quadro-branco.

5. SE

Pronome Apassivador Índice de Indeterminação do Sujeito

A voz passiva sintética

Em expressões do tipo “vendem-se casas”, o ver-bo deve concordar com a palavra que o acompa-nha, porque ela é o sujeito.

Assim, na frase “vendem-se casas”, a palavra casa não é objeto direto, como se poderia pensar ao primeiro exame, mas sujeito. A frase deve ser en-tendida assim:

Casas são vendidas.

• Aluga-se uma bicicleta.

• Alugam-se duas bicicletas.

• Consertam-se motores.

• Ainda que se vejam as luzes e se ouçam os

berros dos alunos, não há sinais de negocia-

ção nas escolas invadidas.

Como o sujeito é indeterminado, o verbo não pode concordar com ninguém, devendo sempre permanecer na 3ª pessoa do singular.

• Naquele setor bagunçado, ainda se acredita

em milagres.

• Precisa-se de materiais sobre pontuação.

• Nunca se assistiu a tanta corrupção nos te-

lejornais.

• Vive-se melhor no litoral.

• Sempre se fica nervoso durante as provas.

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6. Sujeito posposto ao verbo (faltar, restar, sobrar, existir, ocorrer, acontecer, bastar, etc...)

• Faltam poucas vagas para o simulado.

• Existem pessoas desagradáveis nesta turma!

Exercícios

1. Passe para o plural os termos destacados em cada uma das frases seguintes. Faça as mudanças necessárias em cada caso.

a) Anunciou-se a reforma administrativa.

b) Definiu-se o objetivo da reforma fiscal.

c) Ele prefere não opinar quando se fala em eleição.

d) Houve problema durante a viagem.

e) Ocorreu um problema durante a viagem.

f) Não havia motivo para tanto.

g) Existia algum motivo para tanto?

h) Parece ter havido dúvida durante a realização da prova.

i) Ele acredita que deve ter ocorrido algum transtorno durante a viagem.

j) Faz mais de uma hora que ela saiu.

k) Faz um ano que ele viajou.

l) Deve fazer uma década que o país está nessa situação.

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Concordância Nominal

Regra geral

Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a

que eles se referem.

Casos especiais

1. Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.

• André Vieira conheceu belos caminhos e ruas em Roma.

• André Vieira conheceu belas ruas e caminhos em Roma.

2. Substantivos de gênero e número diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso do masculino plural.

• Aluno e aluna compreensivos.

• Aluno e aluna compreensiva.

3. ANEXO

Seguem anexos os contratos.

4. SÓ

• Joana ficou só em casa. (sozinha)

• Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)

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• Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas)

• Eles queriam ficar só na sala. (apenas)

Observação

A locução adverbial a sós é invariável.

5. OBRIGADO

• “Muito obrigada”, disse a aniversariante aos convidados!

6. BASTANTE

• Recebi bastantes flores.

• Estudei bastante.

7. TODO, TODA, TODO O , TODA A

• Todo aluno tem dificuldades nos estudos.

• Todo o clube comemorou a chegada do jogador.

8. É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO, É PERMITIDO

• Vitamina C é bom para saúde.

• É necessária muita paciência.

9. MEIO

• Tomou meia garrafa de champanhe.

• Isso pesa meio quilo.

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• A porta estava meio aberta.

• Ele anda meio cabisbaixo.

Exercícios

1. Complete as lacunas com o termo entre parênteses, fazendo a devida concordância nominal.

a) Esses alunos são ___________inteligentes. (bastante/bastantes)

b) Nossa discussão foi _______longa. (meio/meia)

c) Estamos _________com nossas obrigações. (quite/quites)

d) Calma é __________. (necessária/necessário)

e) Escolhemos _______hora e lugar. (má/más/mau)

f) As provas _________foram consideradas. (anexo/em anexo/anexas)

g) A professora ficou _______cansada. (meia/meio)

h) _________os reparos, fomos aproveitar. (Feito/Feitos)

i) É ______________ cautela a essa hora da noite, aqui no parque. (necessária/necessário)

j) Era a _________indicada para o cargo. (menas/menos)

k) É _____________a entrada de pessoas estranhas ao serviço. (proibido/proibida)

l) Eles _____________terminaram o serviço. (mesmo/mesmos)

m) _____________considerações foram feitas na reunião. (Bastante/Bastantes)

n) Elas ficaram __________satisfeitas com o resultado. (bastante/bastantes)

o) É ____________a sua presença. (necessário/necessária)

p) Não diga nada ao rapaz. É ______________cautela. (necessária/necessário)

q) Ela __________organizou a formatura. (mesmo/mesma)

r) Parecia ________perturbada depois de tudo. (meio/meia)

s) Eles __________disseram ao pai que ele _________teria de reconsiderar. (mesmo/mesmos)

t) Faz uma hora e _______que terminamos tudo. (meio/meia)

u) Estaremos lá ao meio-dia e _________. (meio/meia)

v) Estejamos todos __________ . (alerta/alertas)

x) Eles __________ serão os agraciados. (próprios/próprio)

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Questões

1. (26226) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

Um passeio carioca pelos cenários gaúchos

Patrícia Rocha

01  Depois de um curto trajeto em um carrinho elétrico, passando por portões e tapumes, é possível02 avistar Gramado. O estilo enxaimel do primeiro sobrado à vista, as floreiras coloridas, o relógio-termômetro03 e a placa “Rua das Hortênsias” não deixam dúvida. Mas, ao entrar na casa, a surpresa: no meio do que04 deveria ser a sala, há uma árvore. As paredes, que parecem de concreto, têm som oco à mais leve batida.05 E as ruas, a não ser por homens uniformizados carregando escadas, estão desertas.06  É Gramado, sim. Mas uma Gramado recriada em riqueza de detalhes no Projac, a Central Globo de07 Produções, no Rio de Janeiro, onde a rotina é dar verossimilhança à fantasia. A trama que vai movimentar08 as ruas que exalam a atmosfera serrana e, dobrando à direita, também as vias inspiradas no bairro Moinhos09 de Vento, da Capital, será narrada em A Vida da Gente, a primeira novela ambientada, do começo ao fim,10 no Estado.11  O passeio pela cidade cenográfica de mais de 85 mil metros quadrados impressiona pelas minúcias12 que talvez a câmera não flagre, mas que estão lá para dar realismo à cena aos olhos dos atores e dos13 diretores Fabrício Mamberti e Jayme Monjardim, que também assina a direção de núcleo. A pesquisa14 cuidadosa e um trabalho de cinco meses entre planejamento e execução resultaram em preciosismos como15 as mantas de pelego nas cadeiras da varanda, a guirlanda na porta de entrada de um sobrado e até as16 placas turísticas entalhadas em madeira.17  – Em Gramado, me impressionaram os detalhes. É uma cidade limpa, organizada, onde se vive bem,18 com uma vegetação bem cuidada, e isso a gente quis trazer para cá – diz Mamberti. – Nas últimas novelas19 que fizemos, tivemos o recurso de fazer uma externa mais complicada em uma locação real, por estar no20 Rio. Como praticamente não vamos mais a Porto Alegre, porque o tempo é curto, era importante que o21 acabamento dessa cidade fosse muito crível. Há muito tempo não fazia uma novela tão realista.22  A passagem dos paralelepípedos para o asfalto na rua sinaliza que agora, à direita da casa da23 personagem Iná, já se está na Capital. Essa licença poética, assim como morros, tapumes e andaimes à24 vista, não ............ problema na tela: não ................. tomadas gerais da cidade cenográfica, apenas planos25 mais fechados, intercalados com um extenso banco de imagens .................. nas locações reais, quando26 também foram gravadas cenas em cartões-postais gaúchos. Na Porto Alegre do Projac, você passa por27 ruas como a Fernando Gomes e desfila pela mistura do clássico e do arrojado nas fachadas da Padre28 Chagas. No bairro ficcional, ................... loja de vinhos, livraria, grifes descoladas, restaurantes sofisticados29 e até um botequim estilizado, moda que se popularizou no bairro Cidade Baixa e chegou ao Moinhos de30 Vento.31  Entre cruzamentos fictícios de ruas que existem de fato, algumas placas reproduzem esquinas reais,32 como Padre Chagas e Fernando Gomes. Mas o diretor-geral Fabrício Mamberti destaca que tudo o que se33 verá na tela são ambientes inspirados no Estado, e não uma cópia fiel de ruas ou estabelecimentos. É o34 que permite, por exemplo, a Casa de Cultura Mario Quintana situar-se na Rua Lucas de Oliveira. Mas, para35 não confundir realidade e ficção, na trama, o famoso prédio rosa antigo se chama Centro Cultural36 Quintanares.37  Findo o passeio, difícil não ter embarcado na fantasia. Mais ainda quando as ruas estiverem habitadas38 pelos personagens e seus dramas que, como anuncia o título, especialmente aos gaúchos, falarão da “vida39 da gente”.

(FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2011/09/um-passeio-carioca-peloscenarios-gauchos-3500876.html- Texto adaptado para esta prova)

Assinale a alternativa que completa – correta e respectivamente – as lacunas das linhas 24 (nas duas ocorrências), 25 e 28.

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a) será – haverá – registradas – encontram-seb) será – haverá – registrada – encontra-sec) seria – haverão – registrado – se encontrad) serão – houveram – registradas – se encontrame) seria – haverão – registrados – encontram-se

2. (35233) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e VerbalRir, um ótimo remédio

01  Rir é um dos mais prazerosos comportamentos humanos, mas, até a Idade Média, ______sérias 02 dúvidas a respeito de suas eventuais qualidades positivas. Embora o filósofo grego Aristóteles 03 reconhecesse que o riso é saudável – desde que originário de uma situação que não envergonhe outra 04 pessoa –, seu antecessor Platão considerava que ele distanciava o ser humano da verdadeira sabedoria. A 05 Igreja cristã medieval renegava o riso, alegando, tão somente, que Jesus não teria rido em sua vida terrena 06 – pelo menos segundo os evangelhos. 07  O tempo, contudo, foi diluindo essas resistências, e nas últimas décadas o riso começou a ganhar 08 importância em termos de saúde. Hoje em dia ele é considerado benéfico em mais de 20 condições 09 diferentes. Entre essas, é conhecida a história do professor e jornalista norte-americano Norman Cousins, 10 que __________ graves complicações cardíacas seguindo à risca um programa no qual um dos itens 11 fundamentais era assistir a comédias dos Irmãos Marx. 12  Havia, porém, uma dúvida científica complexa: como separar o ato de rir de uma sensação geral de 13 bem-estar na qual o riso estaria envolvido? O cientista inglês Robin Dunbar conseguiu esse feito 14 recentemente e comprovou que o ato físico de rir faz mesmo muito bem à saúde. 15  O riso – a resposta psicofisiológica ao humor ou a outros estímulos – exige bastante do corpo. Ele16 abrange contrações do diafragma, sons vocais repetitivos produzidos pelas câmaras de ressonância da 17 faringe, boca e cavidades nasais, o movimento de aproximadamente 50 músculos (sobretudo ao redor da 18 boca) e, em certos casos, até lágrimas. 19  “O riso é, na verdade, uma coisa muito estranha, e é por isso que me interessei por ele”, diz 20 Dunbar. Psicólogo evolucionário da Universidade de Oxford, ele se interessa sobretudo pelo riso social – 21 não a gargalhada sinistra de um vilão de ficção ou o “riso polido” induzido por uma situação em que outros 22 riem sem saber por que, mas aquela risada descontraída e contagiante como as deflagradas por comédias 23 clássicas.24  Durban comandou uma equipe de pesquisadores em seis experimentos, cinco em laboratório e um 25 em campo, nos quais era testada em voluntários a resistência à dor antes e depois de acessos de riso 26 social.27  A dor era provocada de três formas diferentes: passando-se uma garrafa de vinho congelada no 28 antebraço da pessoa, apertando-lhe muito o braço com um aparelho medidor de pressão arterial ou29 submetendo-a a extenuantes exercícios de esqui, até chegar a um ponto em que ela afirmava ser seu limite. 30 Depois os voluntários passavam por testes e, em seguida, assistiam a trechos de comédias (como Os 31 Simpsons e Friends), programas de conteúdo neutro (como um documentário sobre treinamento de animais 32 e um especial sobre golfe) e outros de conteúdo positivo, mas incapazes de provocar risos (como filmes 33 sobre a natureza). 34  No experimento de campo, os voluntários foram levados a ver apresentações de stand-up comedy. 35 Após essa etapa, os participantes eram novamente submetidos a testes. Em todos esses casos, foram 36 feitos vídeos que documentaram quanto tempo os participantes passaram rindo. 37  Publicados na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, os resultados 38 comprovaram que rir aumenta a resistência à dor. De acordo com Dunbar, o esforço muscular que ocorre 39 no ato de rir causa um aumento na concentração de endorfinas, neurotransmissores que deflagram um 40 efeito de bem-estar na pessoa.41   Para o psicólogo inglês, o riso social se coloca, dessa forma, ao lado de outras atividades42 favorecidas pela evolução, como a dança e o canto. 43  Todas elas ajudam a aproximar grupos, produzem endorfinas prazerosas e ___ na parte física um 44 componente importante. 45  “O riso é um mecanismo primitivo para unir grupos sociais”, explica Dunbar. Ele também está 46 presente entre os primatas e, tal como os cuidados individuais, as carícias e a retirada de piolhos, ajuda 47 esses animais a estabelecer e manter laços grupais. A pesquisa do cientista reforça ainda mais a ideia de 48 que rir é um fator de grande importância na recuperação e na manutenção da saúde.49  “A terapia do riso deveria ter seu lugar como uma medicina complementar na prevenção e no 50 tratamento de doenças”, confirma o médico espanhol Ramón Mora-Ripoll em um artigo recente na revista 51 Alternative Therapies in Health and Medicine. “Acrescente o riso ao seu trabalho e à sua vida diária, lembre-52 se de rir regularmente, partilhe suas risadas e ajude outros a rir também.”

(FONTE: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/472/artigo244952-1.htm – Texto Adaptado)

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Considerando o contexto, as lacunas tracejadas das linhas 01, 10 e 43, visando à correção gramatical, devem ser preenchidas por:

a) havia – superaram – têmb) haviam – superou – temc) havia – superaram – temd) haviam – superou – tême) havia – superou – têm

3. (85662) FUNDATEC – 2015 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

Esqueça o mito da multitarefa

01  Leia o texto todo de uma vez, sem interrupções. Não vale olhar mensagens no celular nem02 espiar as redes sociais.03 Ao cair na tentação de fazer outra coisa durante a leitura, você ___ como um multitarefa.04 Muita empresa gosta e até espera que seus empregados assumam esse comportamento de tocar05 várias atividades ao mesmo tempo.06  O problema é que o hábito não passa de um mito. Só 2,5% das pessoas são capazes de07 levar adiante mais de uma tarefa por vez, segundo pesquisa da Universidade Utah, nos Estados08 Unidos. Elas são chamadas de supertaskers. Os demais mortais só se atrapalham ao tentar ser09 multitarefa.10  Há um problema evidente, já que a maioria das empresas adora ________ quem acumula11 diversas funções, o que, na prática, é impossível. “Já tive brigas com gestores de RH que insistem12 em colocar nos anúncios: ‘Capacidade de ser multitarefa’”, afirma Christian Barbosa, especialista13 em gestão do tempo. “Isso não existe, não funciona, é irracional.”14  Tanto que o consultor criou um teste para verificar se os brasileiros são mesmo capazes15 de exercer atividades simultaneamente com eficiência. Em 2014, 4.000 profissionais participaram16 da prova e somente 1% conseguiu ser mais produtivo com um olho no gato e outro no peixe.17 Além de ser um tiro no pé da produtividade, tentar dar conta de todo o trabalho de uma18 vez causa enorme angústia. A pessoa trabalha o dia todo e termina com a sensação ....... nada19 foi concluído.20  Qual a solução para dar conta ..... todas as tarefas de maneira eficiente? Não existe milagre,21 apenas investimento em organização e concentração. “Cada pessoa se organiza de um _____ e22 precisa descobrir como é mais eficiente”, diz Paula Rizzo, especialista americana em organização.23 O primeiro movimento é a consciência de que o descontrole sobre as atividades só24 atrapalha os resultados. Diante do desafio de chefiar dois times, um no Brasil e outro nos Estados25 Unidos, José Roberto Pelegrini, de 39 anos, diretor financeiro da JDSU, multinacional especializada26 em redes de comunicação, decidiu reorganizar sua agenda.27  Esse período foi de muito trabalho e ele só conseguiu dar conta do recado porque reviu28 seu estilo de trabalhar e priorizar tarefas. A fórmula que encontrou passa por fazer listas das29 atividades semanais e diárias, manter a caixa de e-mail vazia e manter a calma.30 O segundo movimento é combater a distração, um desafio que fica mais complexo à31 medida que o mundo se torna mais conectado. Alternar continuamente a atenção entre várias32 tarefas prejudica a memória e o raciocínio, o que leva à queda de desempenho.33 A sensação de sobrecarga já começa a despertar em muita gente a vontade de viver uma34 vida menos caótica, mais organizada e produtiva. Segundo um relatório de tendências para 2015,35 feito pela agência Box 1824, de São Paulo, uma crescente maioria se convence ....... é36 impraticável levar uma vida tão conectada.37  Nesse cenário, surge um contramovimento batizado de quiet bliss, algo como “felicidade38 silenciosa”, que prega que façamos apenas uma atividade por vez .39 Logicamente, isso se aplica ao espaço do trabalho. “De maneira inconsciente, muita gente40 acha que não merece ter tempo para o descanso”, diz Brigid Schulte, jornalista americana. “Mas41 esses períodos são fundamentais para pensar sobre o que importa para você, onde você está,42 para onde está indo e como está gastando seu tempo.”43  Quem consegue organizar os horários para ter tempo livre consegue organizar o tempo

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44 para trabalhar melhor. É importante saber _____ quando já trabalhou o suficiente.45 Para isso, o consultor americano Stephen Lynch propõe três questionamentos: quantas46 horas você trabalha em média por semana? Você é capaz de se desligar completamente do47 trabalho um dia por semana? Como você tem melhorado a produtividade das horas que gasta48 trabalhando? Mudar as respostas a essas perguntas é o caminho para dar conta de tudo e ter49 uma vida melhor — dentro e fora do escritório.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/noticias/multitarefa – Março/2015 – Adaptação

A questão a seguir refere-se ao texto

Analise as assertivas abaixo levando em consideração a substituição do verbo existir pelo haver e a passagem da palavra milagre para o plural (l. 20):

I – O verbo haver deveria ser flexionado na 3ª pessoa do plural, visando a perfeita concordância.

II – Nenhuma alteração deveria ser feita, além das propostas.

III – O substantivo investimento deveria ser flexionado no plural, visando acompanhar a flexão do vocábulo milagre.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

4. (85670) FUNDATEC – 2015 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

Esqueça o mito da multitarefa

01  Leia o texto todo de uma vez, sem interrupções. Não vale olhar mensagens no celular nem02 espiar as redes sociais.03 Ao cair na tentação de fazer outra coisa durante a leitura, você ___ como um multitarefa.04 Muita empresa gosta e até espera que seus empregados assumam esse comportamento de tocar05 várias atividades ao mesmo tempo.06  O problema é que o hábito não passa de um mito. Só 2,5% das pessoas são capazes de07 levar adiante mais de uma tarefa por vez, segundo pesquisa da Universidade Utah, nos Estados08 Unidos. Elas são chamadas de supertaskers. Os demais mortais só se atrapalham ao tentar ser09 multitarefa.10  Há um problema evidente, já que a maioria das empresas adora ________ quem acumula11 diversas funções, o que, na prática, é impossível. “Já tive brigas com gestores de RH que insistem12 em colocar nos anúncios: ‘Capacidade de ser multitarefa’”, afirma Christian Barbosa, especialista13 em gestão do tempo. “Isso não existe, não funciona, é irracional.”14  Tanto que o consultor criou um teste para verificar se os brasileiros são mesmo capazes15 de exercer atividades simultaneamente com eficiência. Em 2014, 4.000 profissionais participaram16 da prova e somente 1% conseguiu ser mais produtivo com um olho no gato e outro no peixe.17 Além de ser um tiro no pé da produtividade, tentar dar conta de todo o trabalho de uma18 vez causa enorme angústia. A pessoa trabalha o dia todo e termina com a sensação ....... nada19 foi concluído.20  Qual a solução para dar conta ..... todas as tarefas de maneira eficiente? Não existe milagre,21 apenas investimento em organização e concentração. “Cada pessoa se organiza de um _____ e22 precisa descobrir como é mais eficiente”, diz Paula Rizzo, especialista americana em organização.23 O primeiro movimento é a consciência de que o descontrole sobre as atividades só24 atrapalha os resultados. Diante do desafio de chefiar dois times, um no Brasil e outro nos Estados

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25 Unidos, José Roberto Pelegrini, de 39 anos, diretor financeiro da JDSU, multinacional especializada26 em redes de comunicação, decidiu reorganizar sua agenda.27  Esse período foi de muito trabalho e ele só conseguiu dar conta do recado porque reviu28 seu estilo de trabalhar e priorizar tarefas. A fórmula que encontrou passa por fazer listas das29 atividades semanais e diárias, manter a caixa de e-mail vazia e manter a calma.30 O segundo movimento é combater a distração, um desafio que fica mais complexo à31 medida que o mundo se torna mais conectado. Alternar continuamente a atenção entre várias32 tarefas prejudica a memória e o raciocínio, o que leva à queda de desempenho.33 A sensação de sobrecarga já começa a despertar em muita gente a vontade de viver uma34 vida menos caótica, mais organizada e produtiva. Segundo um relatório de tendências para 2015,35 feito pela agência Box 1824, de São Paulo, uma crescente maioria se convence ....... é36 impraticável levar uma vida tão conectada.37  Nesse cenário, surge um contramovimento batizado de quiet bliss, algo como “felicidade38 silenciosa”, que prega que façamos apenas uma atividade por vez .39 Logicamente, isso se aplica ao espaço do trabalho. “De maneira inconsciente, muita gente40 acha que não merece ter tempo para o descanso”, diz Brigid Schulte, jornalista americana. “Mas41 esses períodos são fundamentais para pensar sobre o que importa para você, onde você está,42 para onde está indo e como está gastando seu tempo.”43  Quem consegue organizar os horários para ter tempo livre consegue organizar o tempo44 para trabalhar melhor. É importante saber _____ quando já trabalhou o suficiente.45 Para isso, o consultor americano Stephen Lynch propõe três questionamentos: quantas46 horas você trabalha em média por semana? Você é capaz de se desligar completamente do47 trabalho um dia por semana? Como você tem melhorado a produtividade das horas que gasta48 trabalhando? Mudar as respostas a essas perguntas é o caminho para dar conta de tudo e ter49 uma vida melhor — dentro e fora do escritório.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/noticias/multitarefa – Março/2015 – Adaptação

A questão a seguir refere-se ao texto

Caso a palavra gente (l. 39) fosse substituída por pessoas, quantas outras alterações deveriam ser feitas para manter a correção gramatical da frase em que está inserida?

a) Uma.b) Duas.c) Três.d) Quatro.e) Cinco.

5. (112009) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11 “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e

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15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

Considere as seguintes afirmações sobre ocorrências da palavra se no texto.

I – Na linha 7, a palavra se integra um verbo pronominal.

II – Na linha 30, a palavra Se introduz uma oração interrogativa indireta.

III – Na linha 32, no segmento se vê, o se exerce a função de índice de indeterminação do sujeito.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

6. (112028) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

1  O app de chamar táxi faz o motorista se materializar em minutos. E está quebrando as empresas de2 radiotáxi. No AirBnB, você entra, escolhe uma casa disponível para alugar por uma semana e já negocia3 esse minialuguel direto com o dono. Sai bem mais barato que hotel. Lindo, só que não para os hotéis, que4 estão perdendo hóspedes aos tufos.5  O desemprego causado por tecnologia não é exclusividade do nosso tempo. O medo de máquinas

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6 tomando o lugar das pessoas vem desde pelo menos 350 a.C., com Aristóteles perguntando o que seria7 dos servos quando a lira tocasse sozinha. Mas foi dois mil anos depois do filósofo, com a Revolução8 Industrial, que a coisa ficou séria. Na Inglaterra do século 19, os chamados luditas destruíram fábricas que9 substituíam trabalhadores braçais por máquinas a vapor.10  A maior parte dos economistas apontaria que não adianta se revoltar porque a história das “revoluções11 produtivas” é uma história de desemprego momentâneo. A introdução de máquinas deixou um monte de12 gente sem ter o que fazer no campo. Mas elas migraram para as cidades, e encontraram várias coisas para13 fazer. Quando as máquinas começaram a tomar os empregos em fábricas, essas pessoas foram para o14 campo dos serviços. E essa foi a receita de progresso econômico até aqui: a tecnologia tirava empregos15 num primeiro momento, porque aumentava a produtividade – uma pessoa passava a fazer o trabalho de16 várias pessoas. Depois, o aumento da produtividade criava mais riqueza. E essa riqueza dava à luz mais17 empregos. Pronto. Bom para todas as partes.18  Mas agora parece ser diferente. É o que mostra um cálculo dos pesquisadores Erik Brynjolfsson e19 Andrew McAfee, do MIT. Eles observaram o seguinte: quanto mais aumentou a produtividade ao longo do20 século passado, mais cresceu o número de empregos. Até aí, tudo em linha com a teoria econômica21 tradicional. Mas as coisas mudaram. Por volta do ano 2000, a produtividade começou a crescer num22 ________ bem mais acelerado que a criação de novas vagas. E a distância só aumentou: quanto mais23 produtividade (ou seja: quanto mais tecnologia), menos emprego. Os países do mundo desenvolvido estão24 de prova: boa parte deles sofre com taxas altíssimas de desemprego, que teimam em não voltar aos25 índices pré-crise de 2008.26  E talvez nunca voltem. “A raiz dos problemas não é estarmos em uma grande ________”, eles dizem.27 “Mas no início de uma grande ________”. O problema é que a inovação estaria acontecendo rápido28 demais. E não haveria tempo nem dinheiro suficiente para começar novas indústrias, que ainda não29 imaginamos.

Adaptado de: BURGOS, P. Disponível em:<http://super.abrill.com.br/cotidiano/fim-empregos-769788.shtml>. Acesso em: 23 mar. 2015.

No período que inicia com No AirBnB (l. 2) e termina com o dono (l. 3), a substituição do pronome você (l. 2) pelo pronome tu implicaria a modificação de quantas outras palavras do período?

a) Uma. b) Duas. c) Três. d) Quatro. e) Nenhuma.

7. (112831) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

Saúde na ponta dos dedos

1  O uso de aplicativos para tablets e celulares é uma realidade do mundo atual. E quando o2 assunto é saúde não poderia ser diferente. Há uma infinidade de programas voltados aos mais3 diversos fins.4  Um bom exemplo é o brasileiro Virtual Check Up, que, com o apoio do Ministério da Saúde5 e de outras instituições de renome internacional, transmite gratuitamente aos usuários dados6 ................ relativos a exames que devem ser feitos, assim como indicações de vacinas. Seu7 sistema funciona de acordo com a idade, o sexo e outras informações do paciente.8  A médica dermatologista Tatiana Gabbi, da Universidade de São Paulo (USP), considera9 esse aplicativo um aliado dos médicos. “O Virtual Check Up é uma ferramenta desenvolvida por10 médicos clínicos que atuam em um hospital universitário dos Estados Unidos e visa auxiliar outros11 médicos __ solicitarem, de acordo com o perfil do paciente que estiver diante deles, exames de12 check up”, explica.13  Gabbi ressalta que, para determinar a confiabilidade de um aplicativo voltado __ saúde, é

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14 necessário avaliar como ele foi desenvolvido. “É preciso saber quem esteve envolvido no projeto15 e quais são seus reais objetivos ao fazê-lo – geralmente essas informações estão disponíveis16 junto com o aplicativo”, comenta a médica. “No geral, há consulta de especialistas para o seu17 desenvolvimento.”18  Observados esses pontos, a médica dermatologista apoia o uso de aplicativos por seus19 pacientes. “Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem ser20 tratados como uma ameaça”, afirma. “Pode ocorrer de algumas dessas informações estarem21 erradas, mas isso também acontece com livros e até artigos científicos publicados; com aplicativos22 não é diferente”, completa.23  Outro aplicativo que Gabbi considera uma boa ferramenta para uso da população é o24 FotoSkin, gratuito e desenvolvido na Espanha. Ele auxilia na prevenção do câncer de pele,25 divulgando informações sobre pintas ou manchas suspeitas que podem aparecer no corpo (por26 exemplo, sinais que mudam de tamanho e de cor). Além disso, o sistema ajuda na identificação27 desse tipo de mancha por meio de fotos da pele do usuário, para que ele possa posteriormente28 procurar o dermatologista.29  Não é de hoje que o acesso ___ novas tecnologias está mudando a relação entre médicos30 e pacientes. A maior disponibilidade de informações tem levado a uma postura mais ativa dos31 doentes e a um diálogo mais embasado sobre os diagnósticos, acompanhados pela preocupação32 compreensível de que o papel do médico seja relegado.33  Nesse contexto, os aplicativos de saúde também não são unanimidade entre profissionais34 da área. O dermatologista Dolival Lobão, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), por exemplo, é35 contra o seu uso. “O exame clínico da pele visando diagnosticar câncer ou qualquer outra36 ............... é um ato médico; portanto, cabe somente a um profissional realizá-lo”, enfatiza ele37 sobre o emprego do FotoSkin.38  Muitos aplicativos, no entanto, pretendem ser parceiros dos médicos. É o caso do PA Kids,39 desenvolvido no Brasil e destinado __ auxiliar pediatras no diagnóstico de hipertensão infantil,40 problema que cresce atualmente. Por meio da .............. de informações como sexo, idade, altura41 e valor da pressão arterial, o sistema aponta qual o estágio de hipertensão da criança ou42 adolescente. Além disso, em função dos níveis de pressão arterial do paciente, o aplicativo – que43 é pago – indica atividades que ele pode ou não realizar.44  Segundo o cardiologista pediátrico Gustavo Foronda, do Hospital Israelita Albert Einstein,45 em São Paulo, o PA Kids pode se tornar um aliado, mas deve ser usado com cautela. “Com o46 aumento na taxa de obesidade infantil, o diagnóstico de hipertensão pediátrica tem crescido”,47 comenta. “O aplicativo alerta para situações de risco de saúde e, por isso, é muito bem-vindo48 quando não substitui o acompanhamento médico”, conclui.49  E você, usa algum aplicativo para ajudar a cuidar da sua saúde?

http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2015/05/saude-na-ponta-dosdedos/? searchterm=Sa%C3%BAde%20na%20ponta%20dos%20dedos – Adaptação

Caso na frase ‘Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem ser tratados como uma ameaça’ (l. 19-20) a palavra sublinhada fosse passada para o singular, quantas outras alterações deveriam ser realizadas para manter a correção do período?

a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Seis.

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8. (112848) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Concordância Nominal e Verbal

Hora de mudar01  Deixar para ....... algo ou mesmo alguém requer muito mais do que coragem. Para enfrentar02 a decisão numa boa e com menos risco de se arrepender, especialistas fazem coro ao dizer que03 o autoconhecimento é a peça fundamental para que essa engrenagem funcione. Eles são enfáticos04 ao recomendar que, antes de dar um basta em algo que não vai bem, é preciso analisar a situação05 ...... diversos aspectos e ter consciência de que uma escolha pode refletir na vida de outras06 pessoas, em sentimentos e até no bolso.07  Apesar de sutis, muitas vezes as pessoas emitem sinais que permitem perceber quando08 algo não vai bem. São alterações no comportamento, nos sentimentos e, inclusive, reações09 psicossomáticas – aquelas que ...... fundo emocional, mas mexem na condição física. Seja no10 trabalho, nos relacionamentos ou no uso das redes sociais, esses indicativos devem servir de11 alerta para que o indivíduo possa parar, repensar e considerar a possibilidade de mudanças. Saiba12 como identificá-los e como buscar orientação para bater o martelo com convicção.13  Sua produtividade no trabalho anda em baixa? Você conta os minutos para ir embora desde14 a hora em que põe os pés na empresa? A impaciência com os colegas faz parte do seu dia a dia?15 Se essas questões lhe soam familiares, talvez seja o momento de ________ a possibilidade de16 sair do emprego. “A pessoa acaba demonstrando esses sinais de desgaste, e os outros17 percebem. Às vezes, no ambiente organizacional, conta muito mais o que as pessoas percebem18 de você do que o trabalho que você realiza. Quando esse tipo de comportamento começa a19 aparecer, é preciso parar e avaliar” – recomenda a psicóloga Ana Carolina da Silva, coordenadora20 do Escritório de Carreiras da PUCRS.21  Falta de entusiasmo, estagnação e __________ são outros indícios de que é preciso pisar22 no freio e repensar a carreira. Sintomas físicos como febre, dores de cabeça e de barriga23 frequentes e outras reações psicossomáticas também devem ser considerados como alerta,24 afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques.25  O perfil dos empregados contemporâneos mudou. Atualmente, as cifras recebidas ao final26 do mês nem sempre são determinantes para seguir ou não em uma empresa. As motivações27 internas encabeçam a lista de prioridades da chamada geração Y. “Nas gerações dos nossos pais,28 o emprego tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas querem ser felizes e buscam29 isso no ambiente de trabalho” – aponta Ana Carolina. “A causa raiz sempre é estar feliz com o30 que eu estou fazendo, comigo mesmo e com a minha família. Quando isso não está acontecendo,31 eu tenho esse movimento de saída. O dinheiro é uma parte, e posso garantir que não é a maior.32 Pode ser por um tempo, mas depois isso se vai” – completa Marques.33  Embora a insatisfação no trabalho atinja 72% dos brasileiros, conforme pesquisa realizada34 pela International Stress Management Association (Isma-BR), largar uma carreira não é uma35 decisão fácil. Preparar-se para esse momento é o mais indicado pelos especialistas. Para começar36 uma transição, é preciso que a área financeira esteja equilibrada, o que garante o pagamento das37 despesas pelo período em que se busca uma recolocação no mercado. “Se a pessoa quer a38 mudança, mais indicado é que comece a se organizar para juntar dinheiro e poder pagar as contas39 por pelo menos seis meses” – indica Ana Carolina.40 Entender as próprias _________ e expectativas em relação ao emprego é fundamental para41 começar a trilhar um novo caminho dentro da profissão.

(Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2016/02/saiba-quando-e-a-hora-de-mudar-sua-vida-4973856.html – Texto adaptado)

Na linha 25, se a palavra ‘cifras’ fosse substituída por ‘dinheiro’, quantas outras alterações seriam necessárias para fins de concordância?

a) Uma. b) Duas. c) Três.

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d) Quatro. e) Cinco.

Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9247786

Gabarito: 1. (26226) A 2. (35233) E 3. (85662) B 4. (85670) C 5. (112009) A 6. (112028) C 7. (112831) C  8. (112848) D

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Aula 4

REGÊNCIA VERBAL

O que você precisa lembrar antes de estudar este conteúdo?

Transitividade

Transitivos Diretos – exigem um complemento sem preposição, chamado de objeto direto.

• André Vieira fará uma viagem em breve.

Transitivos Indiretos – exigem um complemento preposicionado, chamado de objeto indireto.

• Alguns alunos não se referem ao concurso.

Transitivos Direto e Indireto – exigem um objeto direto e um objetos indiretos.

• Aos alunos o material Dudan enviou.

Pronomes X sintática

Os pronomes oblíquos, quando completam um verbo funcionam assim: A, O, AS, OS = OD; LHE = OI

Pronomes Relativos

Uso dos pronomes relativos

Que: Refere-se a coisas ou a pessoas.

• Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma

receita para a vida que sirva para todos.” (Carl Jung)

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• “Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou.” (Lacan)

• As matérias de que eu preciso estão no site da Casa do Concurseiro.

Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito.

Exemplos:

• É esta a professora de quem você falou?

• As pessoas em quem tu acreditas sumiram!

• Este é o amigo a quem sempre amei.

Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Exemplos:

• Este é o curso onde estudei antes de passar.

• O hotel onde ficamos estava lotado.

Qual e suas flexões: Vem sempre precedido de um artigo.

• Pensei nisso naquela noite de estudo, durante a qual não consegui dormir.

• Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.

Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída.

• Escolheram os alunos cujas médias foram diferenciadas.

• A Casa prefere concurseiros cujo comprometimento seja total.

• O candidato de cujo nome me esqueci está naquela sala.

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Regência de alguns verbos:

1. Aspirar

a) = respirar – é VTD. Ele aspirou o gás.

b) = desejar, pretender – é VTI. Sérgio aspira ao sucesso!

2. Assistir

a) = ver – é VTI. Eu assisto, no cinema, ao filme.

b) = socorrer – é VTD. Assistimos o rapaz acidentado!

3. Esquecer / lembrar

a) quando desacompanhados de pronome oblíquo, são VTD

• Esqueceste os faróis acesos.

• Lembramos o recado do professor

b) quando acompanhado de pronome oblíquo, são VTI

• Tu te esqueceste do compromisso.

• Eu me lembrei de você ontem!

4. Implicar

a) = acarretar – é VTD. Esta medida implica novos sacrifícios.

b) = embirrar, ter implicância. É VTI. Ex.: Implicas muito com a corrupção no país?

5. Pagar/perdoar

a) Paga-se o que se deve. Perdoa-se alguma coisa.

• Paguei o empréstimo.

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• Perdoa nosso erros.

b) Paga-se a quem se deve. Perdoa-se a alguém.

• Ana jamais perdoará ao seu namorado!

• Edgar Abreu pagou ao banco sua dívida.

6. Obedecer/ desobedecer

VTI = prep. A – Ex.: Zambeli nunca obedece ao sinal de trânsito.

7. Preferir - VTDI

Prefere-se A a B

• Prefiro o chocolate quente à cerveja gelada.

8. Querer

a) VTD = no sentido de “desejar”

• Quero minha liberdade de expressão!

b) VTI = no sentido de “ gostar de, amar, querer bem”

• Eu quero muito ao amor da minha vida!

9. Usufruir

VTD- Usufrua os benefícios da fama!

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10. Visar –

a) VTD – quando significa “mirar”

• Meu colega visou a aprovação e foi com tudo!

b) VTI – quando significar “ almejar, ter por objetivo”

• Visamos ao sucesso neste concurso!

c) VTD – quando significa “assinar”

• Você já visou o recibo?

Exercício

1. Utilize o pronome oblíquo adequado (o, a, os, as, lhe, lhes), adaptando-o se necessário.

a) Ela não ___ amava, mas não ___ desobedecia.

b) Queremos convidar-___ para uma viagem inesquecível.

c) Desde que ___ vi, minha vida não é mais a mesma.

d) Perdoei-___ no mesmo dia, pois é meu grande amigo.

e) Informo-___ de que deve sair agora.

f) Informo-___ que deve sair agora.

g) Todos ___ odiavam.

h) Incumbi-____ de tarefas muito difíceis.

i) Quem ___ autorizou a entrada neste setor?

j) Quando ___ encontro, não ___ cumprimento.

l) Não desejava incomodar-___.

m) Cientifique-___ que os horários foram modificados.

n) Cientifique-___ de que os horários foram modificados.

o) A professora não ___ respondeu satisfatoriamente.

p) Todos ___ querem muito bem.

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2. Complete com a preposição adequada, se preciso.

a) Precisamos de um chefe ___ cujas ordens todos obedeçam.

b) Vou apresentar-lhe a pessoa ___ cuja casa me hospedei.

c) É pelo estudo que conquistarás o posto ___ que aspiras.

d) A fazenda ___ que fomos ontem pertence a um amigo.

e) Os livros ___ que preciso são estes.

f) O debate ___ que procedemos vai ser extenso.

g) O jogo ___ que assistimos foi movimentadíssimo.

h) Esta é a mulher _________ que acredito.

i) O colega ___ quem desconfio não veio à aula hoje.

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Questões

1. (38594) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS Regência Nominal e Verbal

Aceitando sua essência01  Desde que nascemos, somos guiados e influenciados pelas pessoas à nossa volta.02  Algumas pessoas, como nossos pais, se esforçam muito para nos passar o que aprenderam 03 em suas vidas, na esperança .......... isso torne a nossa mais fácil. Depois de algum tempo, começamos a 04 criar nossas próprias associações, valores e regras. E, com um pouco de sorte, conseguimos encontrar 05 nossa verdadeira essência.06  No lado pessoal isso significa aprender coisas simples. Desde descobrir se somos pessoas mais 07 produtivas pela manhã ou pela noite, até entender se nos sentimos mais ____ vontade na cidade, no campo 08 ou na praia. Profissionalmente, significa saber se preferimos ser um diretor financeiro, diretor de 09 cinema, surfista ou empreendedor. Eu diria que, de todos estes “encontros”, os mais difíceis ocorrem quando temos 10 que reconhecer e superar (ou aceitar) “partes” de nós ............ não gostamos. 11  Porém tudo na vida tem dois lados. O Yin e Yang, elétron e nêutron, dia e noite e assim por diante. 12 E você, como reflexo de tudo ao seu redor, também tem dois lados, que fazem parte de um 13 “todo”. Enquanto não conseguirmos entender e aceitar isso, iremos sofrer toda vez ......... nos deparamos 14 com esta “parte”.15  Aceite sua essência e verá que a vida flui. E nada vale mais ___ pena do que permitir que a vida flua. 16 Porque a gente só leva desta vida a vida que a gente leva.

(Pierre Schürmann, Revista ISTO É , novembro 2011)

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das linhas 03, 10 e 13.

a) que – que – que b) de que – de que – de que c) de que – que – de que d) que – de que – que e) de que – de que – que

2. (79509) FUNDATEC – 2014 – PORTUGUÊS – Crase, Regência Nominal e Verbal

Administração Tributária e Justiça Fiscal

1  Todos os órgãos ou agências tributárias têm a obrigação de assegurar o maior nível possível de2 cumprimento das diferentes leis e regulamentos dentro de sua área de atuação, pois isso é um elemento3 essencial para maximizar a arrecadação. Para assegurar o máximo cumprimento, a entidade arrecadadora4 deve buscar influenciar o comportamento do contribuinte.5  A ideia de mudar, ou pelo menos, influenciar significativamente o comportamento do contribuinte não é6 nova para as administrações tributárias. Quase todas dispõem de algum programa de atendimento ao7 contribuinte, além de atividades para evitar que este descumpra as normas tributárias. Mas, cada vez mais,8 as administrações tributárias buscam entender melhor o que motiva o cumprimento tributário, pois um maior9 conhecimento do comportamento do contribuinte permite desenhar melhores estratégias para aumentar a10 efetividade da tributação.11  Para o Fisco, a maneira como se administram os tributos tem implicações importantes sobre seu nível12 de eficiência e eficácia. O comportamento do contribuinte, que é o sujeito do imposto e, portanto, o13 oponente (mas não inimigo) do Fisco, deve orientar sua atuação. Alguns fatores são decisivos em uma14 estratégia de asseverar o comportamento do contribuinte em direção ao cumprimento da contribuição,15 quais sejam: a) dissuasão; b) valores; c) fatores econômicos; d) oportunidade; e e) justiça e confiança.16  A dissuasão, resultante de auditorias, multas, risco de prisão e outras formas mais ou menos severas

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17 de punição, constitui a primeira resposta quando se fala em maneiras de obrigar um contribuinte a pagar18 seus impostos. No entanto, a prática e os estudos acadêmicos, especialmente na área de psicologia e19 economia, apresentam evidências contraditórias sobre o verdadeiro poder da dissuasão. De fato, existem20 argumentos _____ medidas punitivas eventuais, como multas elevadas, podem até encorajar o contribuinte21 ____ não cumprimento em anos subsequentes. De qualquer forma, para os sonegadores contumazes, um22 trabalho de dissuasão permanente provavelmente é necessário.23  Os valores sociais, morais e éticos podem ter uma importância grande para dar maior ou menor24 dimensão às atividades de dissuasão. Penalidades não financeiras, mas que atingem ___ reputação ou __25 marca de uma empresa, podem ter efeito muito mais significativo _______ o custo pecuniário.26  O nível da atividade econômica, seja de uma maneira geral ou do segmento específico ______27 pertence uma empresa/contribuinte, certamente constitui fator que influencia o nível de cumprimento. O28 importante é que a administração tributária acompanhe isso e mantenha uma visão pragmática sobre a29 questão. Endurecer com empresas em clara dificuldade financeira dificilmente resultará em maior30 arrecadação, e a visão de longo prazo deve prevalecer, não apenas o que ocorre em um exercício em31 particular. Não se deve matar as “galinhas dos ovos de ouro”. Por outro lado, a evasão ou a inadimplência32 não podem tornar-se uma forma conveniente de financiamento das empresas em época de crise.33  Existe um dito popular que diz que a “ocasião é que faz o ladrão”. A administração tributária deve se34 esmerar em limitar as oportunidades que o contribuinte possa ter para evadir ou sonegar, mas também35 deve trabalhar intensamente para facilitar o cumprimento voluntário das obrigações tributárias. É claro que36 técnicas de retenção ou substituição tributária são importantes para minimizar o comportamento de não37 cumprimento, mas, na realidade, existem também muitos contribuintes “preguiçosos” que passam a38 contribuir de forma regular quando o processo de apuração e pagamento dos tributos é facilitado. Todo39 administrador tributário também sabe que existem muitos casos em que não há intenção de evasão,40 decorrentes do pouco conhecimento da legislação ou de normas mal escritas, pouco claras, por vezes,41 interpretadas de maneira variada. Facilitar o cumprimento das obrigações tributárias é tão importante como42 “fechar o cerco” para evitar possibilidades de evasão.43  Por último, mas não menos importante, alguns estudos acadêmicos, a prática e a história nos mostram44 que a equidade praticada pelo Fisco em representação do Estado tem papel fundamental no45 comportamento do contribuinte. A percepção de justiça por parte do contribuinte, seja na forma de pagar o46 tributo, seja na maneira como ele se relaciona com a administração tributária, é um elemento importante47 na aceitação do tributo e, portanto, na sua disposição de cumprir com a obrigação de pagá-lo. A percepção48 de justiça ou equidade é, sem dúvida, importante, mas não é o único elemento desejável, seja de um tributo49 ou da relação entre a administração tributária e o contribuinte.

Fonte: texto adaptado – Revista Enfoque Fiscal n.03/Jun.2012. Disponível em http://afisvec.org.br/downs/rev_enfoque/03_junho_2012.pdf

Analise as afirmações que são feitas sobre o preenchimento das lacunas das linhas 20, 21, 24 (duas ocorrências), 25 e 26 do texto.

I – As duas lacunas da linha 24 devem ser preenchidas por à, pois indicam a contração da preposição a, exigida pelo verbo ‘atingem’ (l. 24), com o artigo a.II – Tanto a lacuna da linha 20 como a da linha 26 devem ser preenchidas por de que, completando o sentido de um substantivo.III – A lacuna da linha 21 poderia ser preenchida por ao, iniciando o complemento indireto do verbo ‘encorajar’ (l. 20).IV – Na linha 25, dever-se-ia preencher a lacuna com o pronome relativo que.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas III e IV. e) Apenas I, II e III

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3. (112018) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19 O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

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Considere as seguintes afirmações sobre substituição de formas verbais do texto.

I – A substituição de queira (l. 6) por goste exigiria a inserção da preposição de antes de que (l. 6).

II – A substituição de autoriza (l. 25) por permite implicaria duas alterações adicionais na estrutura da frase.

III – A substituição da forma verbal se traduz (l. 43) por acarreta exigiria a supressão da preposição em (l. 43).

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

4. (112029) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

1  O app de chamar táxi faz o motorista se materializar em minutos. E está quebrando as empresas de2 radiotáxi. No AirBnB, você entra, escolhe uma casa disponível para alugar por uma semana e já negocia3 esse minialuguel direto com o dono. Sai bem mais barato que hotel. Lindo, só que não para os hotéis, que4 estão perdendo hóspedes aos tufos.5  O desemprego causado por tecnologia não é exclusividade do nosso tempo. O medo de máquinas6 tomando o lugar das pessoas vem desde pelo menos 350 a.C., com Aristóteles perguntando o que seria7 dos servos quando a lira tocasse sozinha. Mas foi dois mil anos depois do filósofo, com a Revolução8 Industrial, que a coisa ficou séria. Na Inglaterra do século 19, os chamados luditas destruíram fábricas que9 substituíam trabalhadores braçais por máquinas a vapor.10  A maior parte dos economistas apontaria que não adianta se revoltar porque a história das “revoluções11 produtivas” é uma história de desemprego momentâneo. A introdução de máquinas deixou um monte de12 gente sem ter o que fazer no campo. Mas elas migraram para as cidades, e encontraram várias coisas para13 fazer. Quando as máquinas começaram a tomar os empregos em fábricas, essas pessoas foram para o14 campo dos serviços. E essa foi a receita de progresso econômico até aqui: a tecnologia tirava empregos15 num primeiro momento, porque aumentava a produtividade – uma pessoa passava a fazer o trabalho de16 várias pessoas. Depois, o aumento da produtividade criava mais riqueza. E essa riqueza dava à luz mais17 empregos. Pronto. Bom para todas as partes.18  Mas agora parece ser diferente. É o que mostra um cálculo dos pesquisadores Erik Brynjolfsson e19 Andrew McAfee, do MIT. Eles observaram o seguinte: quanto mais aumentou a produtividade ao longo do20 século passado, mais cresceu o número de empregos. Até aí, tudo em linha com a teoria econômica21 tradicional. Mas as coisas mudaram. Por volta do ano 2000, a produtividade começou a crescer num22 ________ bem mais acelerado que a criação de novas vagas. E a distância só aumentou: quanto mais23 produtividade (ou seja: quanto mais tecnologia), menos emprego. Os países do mundo desenvolvido estão24 de prova: boa parte deles sofre com taxas altíssimas de desemprego, que teimam em não voltar aos25 índices pré-crise de 2008.26  E talvez nunca voltem. “A raiz dos problemas não é estarmos em uma grande ________”, eles dizem.27 “Mas no início de uma grande ________”. O problema é que a inovação estaria acontecendo rápido28 demais. E não haveria tempo nem dinheiro suficiente para começar novas indústrias, que ainda não29 imaginamos.

Adaptado de: BURGOS, P. Disponível em:<http://super.abrill.com.br/cotidiano/fim-empregos-769788.shtml>. Acesso em: 23 mar. 2015.

Considere as seguintes propostas de substituição de palavras do texto.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

1 – Substituir causado (l. 5) por decorrente.2 – Substituir parece (l. 18) por dá a impressão.3 – Substituir voltar (l. 24) por retroceder.

Quais propostas acarretariam outra alteração no enunciado?

a) Apenas 1. b) Apenas 2. c) Apenas 1 e 2. d) Apenas 1 e 3. e) Apenas 2 e 3.

5. (112054) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39  A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo>.Acesso em: 24 mar. 2015.

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Considere as seguintes propostas de alteração no uso de pronomes do texto.

1. O segmento lhe rendeu (l. 22) poderia ser substituído por rendeu a ele.

2. O segmento chamou-o (l. 33) poderia ser substituído por chamou ele.

3. O segmento lhe confiou (l. 34) poderia ser substituído por confiou nele.

Quais propostas são gramaticalmente corretas?

a) Apenas 1.b) Apenas 2.c) Apenas 3.d) Apenas 1 e 2.e) Apenas 2 e 3.

6. (115324) MP-RS – 2016 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

TEXTO 2

01  As plantas apresentam imensa diversidade sexual. São escandalosamente liberais. 02 Muitas só mantêm relações sexuais consigo mesmas. Outras o fazem com vários 03 vizinhos simultaneamente, ou com parceiros casuais que vivem .......... centenas de 04 quilômetros de distância. Em algumas espécies é possível distinguir claramente 05 machos ou fêmeas, mas na maioria os indivíduos exercem tanto o papel feminino 06 quanto o masculino. Há as que, sem nenhum pudor, trocam de sexo durante a vida. 07 Outras são ― “conservadoras” e se recusam a ter relações sexuais com indivíduos 08 aparentados, e há as que nunca fazem sexo. Muitas ostentam aparelhos reprodutores 09 exagerados e coloridos; por outro lado, também é verdade que existem plantas com 10 aparelhos minúsculos ou ocultos.11  A evolução dessa grande diversidade reprodutiva deve-se a intensas disputas 12 sexuais entre os indivíduos do mundo vegetal. Esses embates vêm sendo confirmados, 13 mas por muito tempo foram desconhecidos – até mesmo pelo maior evolucionista de 14 todos, Charles Darwin. Ao elaborar sua teoria da evolução por meio da seleção natural, 15 Darwin enfrentou uma grande dificuldade teórica: além de machos e fêmeas da mesma 16 espécie apresentarem diferenças em seus aparelhos reprodutores (características17 sexuais primárias), também exibem óbvias diferenças em outros aspectos de seus 18 corpos (características sexuais secundárias). O que pode explicar o fato de que os leões 19 são maiores que as leoas? .......... pavões machos exibem plumas longas e 20 ornamentadas, enquanto as fêmeas são basicamente cinzentas? A resposta, segundo 21 Darwin, reside no conceito de ― “seleção sexual”: a vantagem que certos indivíduos 22 obtêm sobre outros indivíduos do mesmo sexo e espécie quando adquirem traços que 23 salientam sua capacidade reprodutiva. 24  Em 1979, num artigo pioneiro intitulado ― “Seleção sexual em plantas”, a ecóloga 25 Mary Willson procurou mostrar que tanto a competição entre machos quanto a escolha 26 destes pelas fêmeas são importantes forças evolutivas também para as plantas. Ela 27 argumentou que a imensa diversidade de flores decorre desses processos. O trabalho 28 contrariava a visão ingênua de que plantas da mesma espécie colaboram entre si para 29 se reproduzir e competem apenas com as de outras espécies pelos polinizadores: 30 mostrava que a competição evolutivamente importante ocorre entre indivíduos 31 geneticamente diferentes da mesma espécie – em particular, entre os do mesmo sexo. 32 As outras espécies apenas modificam a arena ecológica onde .......... os embates 33 evolutivos.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

34  Ou seja: a ― “guerra do sexo” é intensa mesmo entre espécies que não se movem e 35 não têm comportamento sexual evidente, como as plantas.

Adaptado de: Carlos Roberto Fonseca, ―A intensa vida sexual das plantas‖, revista Ciências Hoje online, 13/02/2014.

Considere as seguintes propostas de alteração do texto e suas consequências para a regência dos termos da frase.

I – Substituição de deve-se (l. 11) por resulta: não exige outras alterações na frase.

II – Substituição de salientam (l. 23) por se manifesta: que (l. 22) deveria ser alterado para em que.

III – Substituição de procurou mostrar (l. 25) por apresentou evidências: não exige outras alterações a frase.

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.

7. (112829) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

Saúde na ponta dos dedos1  O uso de aplicativos para tablets e celulares é uma realidade do mundo atual. E quando o2 assunto é saúde não poderia ser diferente. Há uma infinidade de programas voltados aos mais3 diversos fins.4  Um bom exemplo é o brasileiro Virtual Check Up, que, com o apoio do Ministério da Saúde5 e de outras instituições de renome internacional, transmite gratuitamente aos usuários dados6 ................ relativos a exames que devem ser feitos, assim como indicações de vacinas. Seu7 sistema funciona de acordo com a idade, o sexo e outras informações do paciente.8  A médica dermatologista Tatiana Gabbi, da Universidade de São Paulo (USP), considera9 esse aplicativo um aliado dos médicos. “O Virtual Check Up é uma ferramenta desenvolvida por10 médicos clínicos que atuam em um hospital universitário dos Estados Unidos e visa auxiliar outros11 médicos __ solicitarem, de acordo com o perfil do paciente que estiver diante deles, exames de12 check up”, explica.13  Gabbi ressalta que, para determinar a confiabilidade de um aplicativo voltado __ saúde, é14 necessário avaliar como ele foi desenvolvido. “É preciso saber quem esteve envolvido no projeto15 e quais são seus reais objetivos ao fazê-lo – geralmente essas informações estão disponíveis16 junto com o aplicativo”, comenta a médica. “No geral, há consulta de especialistas para o seu17 desenvolvimento.”18  Observados esses pontos, a médica dermatologista apoia o uso de aplicativos por seus19 pacientes. “Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem ser20 tratados como uma ameaça”, afirma. “Pode ocorrer de algumas dessas informações estarem21 erradas, mas isso também acontece com livros e até artigos científicos publicados; com aplicativos22 não é diferente”, completa.23  Outro aplicativo que Gabbi considera uma boa ferramenta para uso da população é o24 FotoSkin, gratuito e desenvolvido na Espanha. Ele auxilia na prevenção do câncer de pele,25 divulgando informações sobre pintas ou manchas suspeitas que podem aparecer no corpo (por26 exemplo, sinais que mudam de tamanho e de cor). Além disso, o sistema ajuda na identificação27 desse tipo de mancha por meio de fotos da pele do usuário, para que ele possa posteriormente

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28 procurar o dermatologista.29  Não é de hoje que o acesso ___ novas tecnologias está mudando a relação entre médicos30 e pacientes. A maior disponibilidade de informações tem levado a uma postura mais ativa dos31 doentes e a um diálogo mais embasado sobre os diagnósticos, acompanhados pela preocupação32 compreensível de que o papel do médico seja relegado.33  Nesse contexto, os aplicativos de saúde também não são unanimidade entre profissionais34 da área. O dermatologista Dolival Lobão, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), por exemplo, é35 contra o seu uso. “O exame clínico da pele visando diagnosticar câncer ou qualquer outra36 ............... é um ato médico; portanto, cabe somente a um profissional realizá-lo”, enfatiza ele37 sobre o emprego do FotoSkin.38  Muitos aplicativos, no entanto, pretendem ser parceiros dos médicos. É o caso do PA Kids,39 desenvolvido no Brasil e destinado __ auxiliar pediatras no diagnóstico de hipertensão infantil,40 problema que cresce atualmente. Por meio da .............. de informações como sexo, idade, altura41 e valor da pressão arterial, o sistema aponta qual o estágio de hipertensão da criança ou42 adolescente. Além disso, em função dos níveis de pressão arterial do paciente, o aplicativo – que43 é pago – indica atividades que ele pode ou não realizar.44  Segundo o cardiologista pediátrico Gustavo Foronda, do Hospital Israelita Albert Einstein,45 em São Paulo, o PA Kids pode se tornar um aliado, mas deve ser usado com cautela. “Com o46 aumento na taxa de obesidade infantil, o diagnóstico de hipertensão pediátrica tem crescido”,47 comenta. “O aplicativo alerta para situações de risco de saúde e, por isso, é muito bem-vindo48 quando não substitui o acompanhamento médico”, conclui.49  E você, usa algum aplicativo para ajudar a cuidar da sua saúde?

http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2015/05/saude-na-ponta-dosdedos/? searchterm=Sa%C3%BAde%20na%20ponta%20dos%20dedos – Adaptação

Sobre a semântica e sintaxe de palavras e expressões do texto, assinale a alternativa correta.

a) Na linha 04, se a palavra ‘apoio’ fosse substituída por ‘fundamento’, o sentido da frase permaneceria o mesmo.

b) A substituição de ‘disseminam’ (l.19) por ‘propagam’ não causaria nenhuma alteração semântica na frase.

c) O vocábulo ‘tratados’ (l.20) apresenta uma ideia de ‘curar, aliviar ou prevenir (doença)’. d) Na linha 21, se substituirmos ‘acontece’ por ‘ocorre’, haverá alteração na estrutura da frase. e) Na linha 24, ‘auxilia na prevenção’ pode ser substituído por ‘previne’ sem que haja

nenhuma alteração na estrutura da frase.

8. (112844) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Regência Nominal e Verbal

Hora de mudar01  Deixar para ....... algo ou mesmo alguém requer muito mais do que coragem. Para enfrentar02 a decisão numa boa e com menos risco de se arrepender, especialistas fazem coro ao dizer que03 o autoconhecimento é a peça fundamental para que essa engrenagem funcione. Eles são enfáticos04 ao recomendar que, antes de dar um basta em algo que não vai bem, é preciso analisar a situação05 ...... diversos aspectos e ter consciência de que uma escolha pode refletir na vida de outras06 pessoas, em sentimentos e até no bolso.07  Apesar de sutis, muitas vezes as pessoas emitem sinais que permitem perceber quando08 algo não vai bem. São alterações no comportamento, nos sentimentos e, inclusive, reações09 psicossomáticas – aquelas que ...... fundo emocional, mas mexem na condição física. Seja no10 trabalho, nos relacionamentos ou no uso das redes sociais, esses indicativos devem servir de11 alerta para que o indivíduo possa parar, repensar e considerar a possibilidade de mudanças. Saiba12 como identificá-los e como buscar orientação para bater o martelo com convicção.13  Sua produtividade no trabalho anda em baixa? Você conta os minutos para ir embora desde

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

14 a hora em que põe os pés na empresa? A impaciência com os colegas faz parte do seu dia a dia?15 Se essas questões lhe soam familiares, talvez seja o momento de ________ a possibilidade de16 sair do emprego. “A pessoa acaba demonstrando esses sinais de desgaste, e os outros17 percebem. Às vezes, no ambiente organizacional, conta muito mais o que as pessoas percebem18 de você do que o trabalho que você realiza. Quando esse tipo de comportamento começa a19 aparecer, é preciso parar e avaliar” – recomenda a psicóloga Ana Carolina da Silva, coordenadora20 do Escritório de Carreiras da PUCRS.21  Falta de entusiasmo, estagnação e __________ são outros indícios de que é preciso pisar22 no freio e repensar a carreira. Sintomas físicos como febre, dores de cabeça e de barriga23 frequentes e outras reações psicossomáticas também devem ser considerados como alerta,24 afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques.25  O perfil dos empregados contemporâneos mudou. Atualmente, as cifras recebidas ao final26 do mês nem sempre são determinantes para seguir ou não em uma empresa. As motivações27 internas encabeçam a lista de prioridades da chamada geração Y. “Nas gerações dos nossos pais,28 o emprego tinha como objetivo sustentar a família. Hoje, as pessoas querem ser felizes e buscam29 isso no ambiente de trabalho” – aponta Ana Carolina. “A causa raiz sempre é estar feliz com o30 que eu estou fazendo, comigo mesmo e com a minha família. Quando isso não está acontecendo,31 eu tenho esse movimento de saída. O dinheiro é uma parte, e posso garantir que não é a maior.32 Pode ser por um tempo, mas depois isso se vai” – completa Marques.33  Embora a insatisfação no trabalho atinja 72% dos brasileiros, conforme pesquisa realizada34 pela International Stress Management Association (Isma-BR), largar uma carreira não é uma35 decisão fácil. Preparar-se para esse momento é o mais indicado pelos especialistas. Para começar36 uma transição, é preciso que a área financeira esteja equilibrada, o que garante o pagamento das37 despesas pelo período em que se busca uma recolocação no mercado. “Se a pessoa quer a38 mudança, mais indicado é que comece a se organizar para juntar dinheiro e poder pagar as contas39 por pelo menos seis meses” – indica Ana Carolina.40 Entender as próprias _________ e expectativas em relação ao emprego é fundamental para41 começar a trilhar um novo caminho dentro da profissão.

(Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2016/02/saiba-quando-e-a-hora-de-mudar-sua-vida-4973856.html – Texto adaptado)

Analise as seguintes propostas de alteração de expressões no texto:

I – ‘indícios’ (l. 21) por sinais.

II – ‘seguir’ (l. 26) por continuar.

III – ‘buscam’ (l. 28) por precisam.

Quais precisam de ajustes na estrutura da frase em que estão inseridas em vista da correta regência?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.

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http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9247821

Gabarito: 1. (38594) E 2. (79509) B 3. (112018) D 4. (112029) C 5. (112054) A 6. (115324) B 7. (112829) B 8. (112844) C

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Aula 5

CRASE

Ocorre Crase

Sempre assisti às novelas do SBT. (A prep. + AS artigo)

A questão à qual me refiro foi anulada. (A prep. + A do pronome relativo A Qual)

A minha dúvida é igual à do André Vieira. (A prep. + A pronome demonstrativo)

Sérgio fez referência àquele computador. (A prep. + A pronome demonstrativo Aquele).

1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO, haverá crase.

• Eles foram à praia.

• Estamos aptos às questões de Português.

2. Substitua os demonstrativos Aqueles(s), Aquela(s), Aquilo por A este(s), A esta(s), A isto; mantendo-se a lógica, haverá crase.

• Ele fez referência àquele aluno.

• Sempre nos referimos àquela pessoa com carinho.

3. Nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais:

à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.

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• Não vire à esquerda.

• Precisamos estudar à tarde.

• À medida que eu estudo, mais estressado fico.

4. Na indicação de horas determinadas.

• Ele saiu às duas horas e vinte minutos.

• A Casa fica aberta das 8h às 22h30min.

5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.

• Vou à Bahia. (volto da)

• Vou a São Paulo (volto de).

Obs.: se o nome do lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acento será obrigatório.

• Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.

6. Antes da palavra “casa”, haverá o acento indicativo de crase somente quando ela estiver especificada.

• Retornou a casa. Retornou à casa dos pais.

7. Antes da palavra “terra”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada.

• O navegador retornou a terra. Ele chegou à terra dos anões.

8. Antes da palavra “distância”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada.

• Ficou à distância de 10m. Ficou a distância.

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Crase Opcional

1. Antes de nomes próprios femininos.

• Entreguei o presente a Ana (ou à Ana).

2. Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.

• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.

3. Depois da preposição ATÉ.

• Fui até a escola (ou até à escola).

Não ocorre crase

1. Antes de palavras masculinas.

• Ele saiu a pé.

• Escrevi toda a redação a lápis.

2. Antes de verbos.

• Estou disposto a colaborar com ele.

3. Antes de artigo indefinido.

• Fomos a uma lanchonete no centro.

• Talvez estejamos aptos a uma prova mais complicada!

4. Antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos.

• Passamos os dados do projeto a ela.

• Eles podem ir a qualquer restaurante.

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• Refiro-me a esta aluna.

5. Antes de QUEM e CUJA.

• A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada.

• O restaurante a cuja dona me referi é ótimo.

6. Depois de preposição.

• Eles foram para a praia.

• Não adianta remar contra a maré.

7. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.

• Refiro-me a pessoas que são competentes.

8. Em locuções formadas pela mesma palavra.

• Conferiu as anotações uma a uma.

(cara a cara, lado a lado, face a face, passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc.)

Exercício

1. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário:

a) Enviarei a você as informações referentes as nossas atuais atividades.

b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase as que se referem a pintura.

c) Lançou um olhar satisfeito a terra que comprara e, a proporção que andava, sentia-se disposto a vencer.

d) Você vai a aula hoje?

e) Escreveram a ti antes de escreverem a mim!

f) Telefonei a ela, depois a você e a todas as nossas amigas.

g) A cena a qual assistimos foi lamentável.

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h) Prefiro maçã a pera.

i) Prefiro a maçã a pera.

j) Os preços continuam a subir, e a qualidade de vida a baixar.

k) Prefiro aquela maçã aquele mamão.

l) Entreguei a bolsa aquela que atendeu ao portão.

m) Refiro-me as exportações, e não as importações.

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Questões

1. (112001) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Crase, Concordância Nominal e Verbal

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11 “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 15, 20, 24 e 42, nesta ordem.

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a) a – à – ágeis – demanda b) à – a – ágeis – demandam c) à – a – ágil – demanda d) à – à – ágil – demandam e) a – a – ágeis – demandam

2. (112014) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Crase

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma

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45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 1, 22, 28 e 29, nesta ordem.

a) a – a – às – a b) à – à – as – à c) a – a – às – à d) à – à – as – a e) a – à – às – a

3. (112031) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Crase

Instrução: Considerando que a correção gramatical é um dos requisitos fundamentais da redação oficial, assinale na questão a alternativa em que o enunciado está de acordo com as normas do padrão culto da Língua Portuguesa.

a) Os informáticos recorreram à chefia para exigir seus direitos.b) A recusa dos programadores em concluir a tarefa acabou por prejudicar àquele setor de

informática. c) Os técnicos em informática não estavam dispostos a diminuir o tempo para à resolução das

questões. d) A atitude do chefe da seção desagradou à essa colega que estava terminando a tarefa. e) A determinação foi decisiva para que o técnico em informática obtivesse à promoção.

4. (112032) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Crase

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam

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23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 14, 16, 21 e 30.

a) a – as – a – haver b) à – às – à – a ver c) a – a – à – haver d) à – a – a – a ver e) a – às – a – a ver

5. (112046) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Crase

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo>.Acesso em: 24 mar. 2015.

Considere as seguintes afirmações sobre regência verbal e nominal.

I – O uso de crase em à África (l. 3) justifica-se porque o verbo chegar rege a preposição a, e o substantivo África é determinado por artigo definido feminino.

II – A ausência de crase em a Angola (l. 16) justifica-se porque, embora o verbo chegar reja a preposição a, o substantivo Angola rejeita o uso do artigo definido.

III – O uso de crase em à vida do país (l. 38) justificasse porque o adjetivo integrado (l. 38) rege a preposição a, e a expressão vida do país (l. 38) é determinada por artigo definido feminino.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

6. (110049) MP-RS – 2014 – PORTUGUÊS – Crase

01.  A literatura revela que são poucos os estudos que auxiliam na compreensão das maternidades como realidades 02. clínicas, ou seja, como espaços simbólicos de interações, poderes e saberes envolvidos nos processos terapêuticos 03. do cuidar em enfermagem. Especialmente, quando se coloca em relevo a compreensão da cultura como um 04. conceito antropológico que é inseparável da atenção ao processo do nascimento e, notadamente, quando se 05. analisa a influência que este conceito tem para a prática da enfermagem. 06.  Recortando a realidade a partir de uma tese de doutorado que resultou na elaboração de uma etnografia em 07. Alojamento Conjunto (AC) de uma instituição pública, procurou-se investigar as percepções que as trabalhadoras 08. de enfermagem dessa unidade têm sobre a cultura durante o processo de cuidar das famílias que vivenciam o 09. nascimento no hospital. O AC, considerado como uma realidade clínica, é interpretado, neste contexto, como um 10. espaço simbólico, onde vários atores sociais se relacionam e onde as práticas e os saberes da enfermagem 11. e das famílias relacionados ao nascimento são um campo fértil de aproximações e distanciamentos. O estudo 12. configurou-se como pesquisa de natureza qualitativa e foi desenvolvido em uma unidade de AC de uma 13. maternidade pública brasileira. Teve como informantes 19 trabalhadoras de enfermagem de nível médio. 14.  As trabalhadoras interpretam a rede de símbolos e significados das famílias como sendo "crenças", um termo 15. amplamente utilizado na cultura organizacional como referência a um conjunto de conhecimentos e práticas que 16 faz parte do sistema familiar ou popular de cuidado ________ saúde e que não mantém qualquer tipo de 17. aproximação com o modelo profissional. A definição se concentra na interpretação de que a cultura relaciona-se 18. com crenças, valores e práticas contrastados de modo evolucionista e fruto de tradições, feixes de hábitos ou 19. excentricidades ultrapassadas. 20.  Tal representação aparenta ligação com comunidades “ignorantes” (independente do nível de escolaridade), no 21. sentido que não têm acesso à “modernidade” e comumente distantes dos grandes centros urbanos, como as 22. rurais e indígenas, por exemplo, haja vista o depoimento de uma das trabalhadoras: “A índia, a mestiça e a

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23. lavradora têm crenças que são bem interessantes”. Várias trabalhadoras, ao interagirem com as famílias, além 24. de restringirem cultura à excentricidade e, em consequência, à arbitrariedade, ligam seus símbolos e significados 25. a respeito do nascimento com valores tradicionais, concebidos por elas como estando muito próximos de 26. adjetivos como “rígidos” e “estagnados”. Também há, na rede simbólica das trabalhadoras, uma forte tonalidade 27. direcionada ________ consolidação de identidades culturais. Não é raro, por exemplo, que alguns rituais 28. desenvolvidos pelas famílias sejam entendidos como “coisa de gente da roça” ou “as índias são assim mesmo”, 29. numa reação perigosa do ponto de vista antropológico, já que sujeita________ famílias quase que de imediato a 30. um rótulo comportamental. 31.  Os resultados principais da pesquisa mostram que a cultura das famílias é interpretada como algo residual, 32. irrelevante e como obstáculo a ser superado. Apresenta-se como um conhecimento que tem pouco ou nenhum 33. status, principalmente se equiparado com o conhecimento biomédico necessário para cuidar de mulheres e recém- 34. -nascidos durante o nascimento.

Adaptado de: MONTICELLI, M.; ELSEN, I. A cultura como obstáculo: percepções da enfermagem no cuidado às famílias em alojamento conjunto. Texto contexto – Enferm. vol. 15, n. 1 Florianópolis, jan./mar. 2006.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 16, 27 e 29, nesta ordem.

a) à – à – as b) a – à – às c) à – à – às d) a – a – as e) a – a – às

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Gabarito: 1. (112001) C 2. (112014) E 3. (112031) A 4. (112032) E 5. (112046) E 6. (110049) A

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Aula 6

ORAÇÕES COORDENADAS

Orações Coordenativas – ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações independentes. Subdividem-se:

1. Assindéticas – não se unem por meio de conjunção.

• “Ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi embora.”(Natiruts)

2. Sindéticas – unem-se por meio de conjunção. Classificam-se como

1. aditivas: expressam ideia de adição, soma, acréscimo.

São elas: e, nem, não só... mas também, mas ainda, etc.

• A corrupção atinge todas as camadas da sociedade e incide em alguns comportamentos.

• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)

• Não estudei Português, nem cheguei perto de Constitucional ainda.

2. adversativas: expressam ideia de oposição, contraste.

São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.

• “Vai ser difícil esquecer tudo o que passou, mas são as quedas que ensinam a cultivar o

nosso amor.” (Natirutis)

• “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental.” (Vinícius de Moraes)

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3. alternativas: expressam ideia de alternância ou exclusão.

São elas; ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja

• “A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer

para o pôr fora da porta.” (Charles Saint-Beuve)

• O que é o macaco para o homem? Uma risada ou uma dolorosa vergonha. (Friedrich Nietzsche)

4. conclusivas: expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista disso então, pois (depois do verbo) etc.

• “Nós nos transformamos naquilo que praticamos com frequência. A perfeição, portanto,

não é um ato isolado. É um hábito.” (Aristóteles)

• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se

chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente

viver.” (Dalai Lama)

5. explicativas: a segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira oração. São elas: pois, porque, que.

• “Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora

fique firme, pois tudo isso logo vai passar.” (Jeneci)

• “Socorro! Alguém me dê um coração, que esse já não bate, nem apanha.” (Arnaldo Antunes)

• DA DISCRIÇÃONão te abras com teu amigo

Que ele um outro amigo tem.

E o amigo do teu amigo

Possui amigos também... (Mário Quintana)

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ORAÇÕES SUBORDINADAS

Dependem de uma oração principal. Podem ser: adverbiais, substantivas ou adjetivas.

Orações Subordinadas Adverbiais – ligam duas orações sintaticamente dependentes. Introduzem as orações subordinadas adverbiais:

1. Causais (exprimem motivo, causa): porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, pois (anteposto ao verbo).

• A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos

da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos

diversos. (Mahatma Gandhi)

• “Visto que nossa vida começa e termina com a necessidade de afeto e cuidados, não seria

sensato praticarmos a compaixão e o amor ao próximo enquanto podemos?” (Dalai Lama)

2. Condicionais (exprimem circunstância, condição) – se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que, uma vez que (+ verbo no subjuntivo)

• ``Se você se sente só,

é porque ergueu muros

em vez de pontes´´(William Shakespeare)

• “O destino nada me perguntou em tirar você na minha vida, mas, caso você encontre com

ele, agradeça-o em meu nome.” (Caio Fernando Abreu)

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3. Consecutivas (exprimem conseqüência, resultado) – {tão, tal, tamanho, tanto} ...que, de modo que, de maneira que, de forma que

• “Tenho tanto sentimento

Que é frequente persuadir-me

De que sou sentimental,

Mas reconheço, ao medir-me,

Que tudo isso é pensamento,

Que não senti afinal.” (Fernando Pessoa)

• “O homem é um animal que adora tanto as novidades que se o rádio fosse inventado

depois da televisão haveria uma correria a esse maravilhoso aparelho completamente sem

imagem.” (Millôr Fernandes)

4. Comparativas (expressam semelhança, relações)- como, que (precedido de mais ou menos), assim como, tanto ...quanto

• “O amor é como o sol sabe como renascer.” (Natiruts)

• É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. (Friedrich Nietzsche)

• “Quantas vezes a gente, em busca de aventura,

Procede tal e qual o avozinho infeliz:

Em vão, por toda parte, os óculos procura,

Tendo-os na ponta do nariz!” (Mario Quintana)

5. Conformativas (expressam conformidade) – como, conforme, segundo, consoante, etc..

• “Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou

um castigo.” (J. Petit Senn)

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6. Concessivas (expressam um fato que poderia opor-se à realização do que se declara na oração principal.) – embora, se bem que, ainda que, apesar de que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que.

• “Ainda que sendo tarde e em vão,

perguntarei por que motivo

tudo quando eu quis de mais vivo

tinha por cima escrito: "Não"” (Cecília Meireles)

• “Ainda que eu falasse

A língua dos homens

E falasse a língua dos anjos

Sem amor eu nada seria.” (Renato Russo)

7. Temporais (exprimem o tempo de um acontecimento) – quando, logo que, assim que, mal, sempre que, antes que, enquanto, depois que, desde que, sempre que, cada vez que

• “Você é a vida da minha vida,

Enquanto eu tiver saúde,

Enquanto eu tiver de pé,

Enquanto a gente se amar,

Enquanto a gente ainda tiver

Um coração tão cheio,

Tão cheio de amanhã.” (Vanguart)

• Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que

suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo,

procuraram o remédio. (William Shakespeare)

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8. Finais (indicam a finalidade ou o objetivo de ação expressa na oração principal) – a fim de que, para que.

• O ser humano tem até de experimentar o amor, para que compreenda bem o que é a

amizade. (Sébastien-Roch Chamfort)

• “Você tem um segundo para aprender a me amar; você tem a vida inteira para me devorar.” (Cazuza)

9. Proporcionais (destacam a intensidade de um fato, da qual depende a intensidade do fato expresso na principal.) - à proporção que, à medida que, quanto mais ...., (tanto) mais, quanto menos...

• “O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém

que o arrastemos atrás de nós.” (Johann Goethe)

Semelhanças e Diferenças

POIS

a) Conclusivo – posposto ao verbo. • Dediquei-me bastante; alcançarei, pois, meus objetivos.

b) Explicativo – anteposto ao verbo. • Chegue cedo, pois há poucos lugares. (ordem, pedido)

• Meus amigos devem ter viajado, pois ainda não me telefonaram. (hipótese, suposição)

c) Causal – anteposto ao verbo. • O mandato do deputado foi cassado, pois se comprovou a irregularidade.

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COMO

a) Causal – ocorre em início de período (ou após adjunto adverbial em início de período). Não admite a inversão das orações.

• Como faltou vários dias ao trabalho, foi demitido.

b) Comparativo – une duas orações cujos verbos são iguais (o da 2ª oração pode ser omitido).

• O humor dela é instável como o tempo.

c) Conformativo – une duas orações cujos verbos são diferentes. • Como havíamos imaginado, ele é culpado.

Exercício

1. Classifique as orações subordinadas adverbiais em destaque.

a) O amor pode acabar, se ele der suas opiniões.

b) O namorado sumiu, visto que a briga foi tensa.

c) Acabou o namoro, conforme as sogras previam.

d) Ama com empenho, à medida que seu coração bate.

e) Posto que me peça de joelhos, não perdoarei a briga.

f) Tal era o seu amor, que logo quis casar.

g) Enquanto a mulher briga, o marido recolhe as roupas.

h) Caso diga a verdade, serei absolvido.

i) Como era eficiente, foi promovido a marido!

j) Apesar de ser fiel, reparava na vizinhança!

k) Cada vez que ela chega, meu coração dispara!

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l) Por mais que te esforces, não conseguirás esquecer o que passou!

m) Uma vez que acabasse, sumiria.

n) Uma vez que acabou, sumiu.

o) Minha namorada, assim que me viu, começou a sorrir!

p) Conforme era previsto, foram felizes até o casamento.

q) Amou tanto que ficou doida.

r) O noivo, como se esperava, foi muito feliz.

s) Seu amor ficou em minha vida como um símbolo de vitória.

t) Como nunca conseguiu enganar o namorado, desistiu do casamento.

u) Como a discussão dela não tinha motivo, sai para beber com os amigos.

v) Mesmo que com medo, quis casar com ele.

w) Assim que tiveres tempo, pede a senha dele.

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Questões

1. (112020) MP - RS - 2015 - PORTUGUÊS - Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real.

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44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

Assinale a alternativa que apresenta expressões contextualmente equivalentes aos nexos Inclusive (l. 10), pois (l. 13), Ademais (l. 27) e Ou seja (l. 28), nesta ordem.

a) Até mesmo – portanto – Além disso – Por outra b) De modo inclusivo – por isso – No máximo – Em suma c) Até – já que – Além do mais – Quer dizer d) Inclusivamente – porque – Por outro lado – Quem sabe e) Até mesmo – por conseguinte – Acima de tudo – Assim sendo

2. (112040) MP - RS - 2015 - PORTUGUÊS - Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal, Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

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Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.

Sem prejuízo da correção gramatical e do significado contextual, seria possível substituir

1. aquilo (l. 6) por o.

2. em que (l. 10) por nos quais.

3. ainda que (l. 27) por embora.

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas 2. b) Apenas 1 e 2. c) Apenas 1 e 3. d) Apenas 2 e 3. e) 1, 2 e 3.

3. (112049) MP - RS - 2015 - PORTUGUÊS - Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro

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36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo>.Acesso em: 24 mar. 2015.

Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo. Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, seria possível substituir

1. até (l. 6) por inclusive.

2. assim que (l. 8) por tão logo.

3. depois (l. 27) por seguidos.

Quais propostas estão corretas?

a) Apenas 1. b) Apenas 2. c) Apenas 1 e 2. d) Apenas 2 e 3. e) 1, 2 e 3.

4. (112038) MP - RS - 2014 - PORTUGUÊS - Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que

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29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

Considere as seguintes propostas de substituição de segmentos do texto e assinale com 1 aquelas que manteriam o significado contextual e com 2 aquelas que o alterariam.

( ) portanto (l. 3) por consequentemente.

( ) mesmo (l. 20) por até.

( ) Mesmo assim (l. 30) por Justo por isso.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1 – 1 – 2. b) 1 – 2 – 1. c) 2 – 2 – 2. d) 2 – 1 – 2. e) 2 – 2 – 1.

Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9247935

Gabarito: 1. (112020) C 1. (112040) E 1. (112049) C 1. (112038) A

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Aula 7

PONTUAÇÃO

Emprego da Vírgula

Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use

vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.

• “A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento

da civilização humana.” (Freud)

Dica zambeliana = Não se separam por vírgula:

• predicado de sujeito = Acontecerá, alguma coisa amanhã!

• objeto de verbo = Contamos, aos alunos, todos os detalhes.

• adjunto adnominal de nome = A questão, de Português, foi anulada facilmente!

Entre os termos da oração

1. para separar itens de uma série. (Enumeração)

• “A mão, a mente, o gatilho, a favela choram seus filhos. (Criolo)

• “Sem culpa católica, sem energia eólica, a morte rasga o véu.” (Criolo)

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2. para assinalar supressão de um verbo.

• Muitas vezes os professores fingem que ensinam, e os alunos, que aprendem.

• Eu preciso de uma ajuda em todo o Português; meu colega, de uma boa explicação só sobre crase.

3. para separar o adjunto adverbial deslocado.

• “Em última análise, precisamos amar para não adoecer” (Freud)

• “Na turma da Mônica do asfalto, Cascão é rei do morro e a chapa esquenta fácil” (Criolo)

• “O falso é, às vezes, a verdade de cabeça para baixo.”(Freud)

Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que

se queira enfatizar a informação nele contida.

• “Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito.” (Jota Quest)

4. para separar o aposto.

• Precisamos revisar sempre dois assuntos: morfologia e sintaxe.

• Yanis Varoufakis, ministro das Finanças grego, renuncia

5. para separar o vocativo.

• Caros alunos, vocês estão entendendo?

6. para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou enfáticas (aliás, além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor, por exemplo, etc).

• “É a culpa, e não a fé, que remove montanhas.” (Freud)

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• A dependência do celular, por exemplo, pode atrapalhar em muito os estudos.

• Dormir na aula, em suma, pode ser sinal de cansaço.

Entre as orações

1. para separar orações coordenadas assindéticas.

• ” Hoje não tem boca pra se beijar, não tem alma pra se lavar, não tem vida pra se viver,

mas tem dinheiro pra se contar.” (Criolo)

• “Diga a verdade, doa a quem doer, doe sangue e me dê seu telefone.” (Engenheiros do Hawaii)

2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são as que indicam adição ( nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois).

• “Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio.” (Freud)

• Sempre fui assim, portanto não vou mudar.

• “Seja humilde, pois até o sol com toda sua grandeza se põe e deixa a lua brilhar.” (Bob Marley)

3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam diferentes.

• “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.” (Bob Marley)

• “Se souberem onde ela está, digam-me e eu vou lá buscá-la.” (Tim Maia)

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4. para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.

• Em determinado momento, os políticos se apresentaram a CPI, apesar de negarem o

envolvimento.

• O fiscal conversava muito, enquanto eu escrevia a redação incomodado.

5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto desenvolvidas quanto reduzidas.

• Como queria deixar de ser solteira, estudava com afinco.

• Os criminosos, assim que percebem a aproximação da polícia, disfarçam seus movimentos.

• “A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte; quando existe a

morte, não existimos mais.” (Epicuro)

6. Orações Subordinadas Adjetivas

Podem ser:

a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma qualidade que não é inerente ao substantivo.

• Os políticos que são dedicados ao povo merecem nossa admiração.

• “Nin-Jitsu, Oxalá, Capoeira, Jiu-Jitsu, Shiva, Ganesh, Zé Pilin dai equilíbrio ao trabalhador que corre atrás do pão é humilhação demais que não cabe nesse refrão.” (Criolo)

• “Desata o nó que te prendeu a uma pessoa que nunca te mereceu.” (Humberto)

b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente (com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.

• A telefonia móvel, que facilitou a vida do homem moderno, provocou também situações

constrangedoras.

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• A questão, que era de fácil resolução, foi analisada em conjunto pela turma.

• As mulheres, que são sensíveis, sofrem pela falta de diálogo.

Emprego do Ponto-e-Vírgula

1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que encerrem comparações e contrastes.

• Durante a aula do Edgar, estudou-se largamente as taxas de juros; na aula do Zambeli, os

alunos aprenderam que essas taxas eram com “x”.

• O Brasil tem imensas potencialidades; não sabe aproveitá-las.

2. para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam deslocadas.

• Esperávamos encontrar todos os professores no local da prova; encontrei, porém, apenas

alguns.

• Sempre gostei de você; esperava, portanto, que me respeitasse um pouco!

3. para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula.

• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.

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Emprego dos Dois-Pontos

1. para anunciar uma citação.

Afirma Ana Luiza Mano: "Diferentemente do vício em drogas ou álcool, o vício em celular não é

tão fácil de detectar, até porque as suas implicações são mais psicológicas do que físicas".

2. para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência ou um esclarecimento.

• “O amor é como a criança: deseja tudo o que vê.” (Shakespeare)

• Algumas pesquisas realizadas apontam como causa dos vícios: a miséria social, o

analfabetismo, problemas políticos, econômicos, financeiros, culturais e de âmbito familiar.

Exercícios

1) “Consta que ao iniciar uma das palestras,(1) durante sua mítica visita ao Brasil,(1) Jaen-Paul Sartre encarou a platéia, vasculhou o recinto com os olhos incertos e disparou a pergunta: “onde estão os negros?”(...) “Ou melhor, fez a pergunta certa, (2) mas no local errado. Deveria tê-la feito mais adiante,(3) quando fosse jantar, no restaurante.”(...) “ Já no restaurante, ele perceberia, com muito mais surpresa, que igualmente não havia negros – e não entre os clientes, nisso não haveria nada de surpreendente, mas entre o próprio pessoal de serviço, (4)ou seja,(4) entre garçons.” (...) “Tudo o que se precisa ler é o cardápio. E no entanto,(5) salvo exceções,(5) não há negros entre os garçons no Brasil. Eis a discriminação no seu ponto mais cruel.”

As afirmativas abaixo referem-se ao emprego de vírgulas no texto. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.

( ) As vírgulas de número 1 isolam um adjunto adverbial.

( ) A vírgula de número 2 marca a separação de orações coordenadas.

( ) A vírgula de número 3 marcam a separação de orações subordinadas.

( ) As vírgulas de número 4 delimitam uma expressão explicativa.

( ) As vírgulas de número 5 sinalizam um aposto explicativo.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é

a) V – V – V – V – F

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b) F – F – V –V – F c) F – V – F – F – V d) V – F – V – V – V e) V – V – F – V – V

2. Assinale a seqüência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes.

a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgulab) O - O - dois pontos - vírgulac) vírgula, vírgula - O - dois pontosd) vírgula – dois pontos - O - dois pontose) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula

3. Assinale a seqüência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência. Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente.

a) O - O - vírgula - vírgulab) O - dois pontos - O - vírgulac) O - dois pontos - vírgula - vírgulad) vírgula - vírgula - O - Oe) vírgula - O - vírgula - vírgula

4. "Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade". Cabem no máximo:

a) 1 vírgula b) 2 vírgulas c) 3 vírgulas d) 4 vírgulas e) 5 vírgulas

Gabarito: 1. A 2. C 3. E 4. B

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Questões

1. (112013) MP-RS - 2015 - PORTUGUÊS - Pontuação

Considere as seguintes afirmações sobre o uso de sinais de pontuação no texto.

I - Os travessões colocados antes e depois da sequência “para pôr a casa em ordem” (l. 21-22) poderiam ser substituídos por vírgulas, sem prejuízo do significado e da correção do período.

II - A vírgula colocada depois de rapidamente (l. 24) poderia ser substituída por ponto final, iniciando-se o período seguinte com letra maiúscula, sem prejuízo do significado e da correção do período.

III - A vírgula colocada depois de país (l. 38) poderia ser suprimida, sem prejuízo do significado e da correção do período.

Quais estão corretas?

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11  “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o

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32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III.

2. (112016) MP-RS - 2015 - PORTUGUÊS - Pontuação

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de 28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

Considere as seguintes propostas de alterações no emprego de sinais de pontuação no texto.

1. supressão da vírgula da linha 5

2. inserção de vírgula depois de informação (linha 14)

3. substituição do ponto final depois de coisa (linha 19) por vírgula, iniciando com letra minúscula a conjunção Mas (linha 19)

4. supressão dos travessões da linha 21

A correção gramatical das respectivas frases seria mantida apenas com as alterações das propostas

a) 1 e 2. b) 2 e 3. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 3. e) 2, 3 e 4.

3. (112050) MP-RS - 2015 - PORTUGUÊS - Pontuação

Considere as seguintes propostas de mudanças no uso de sinais de pontuação no texto, assinalando com 1 as propostas gramaticalmente corretas e com 2 as incorretas.

( ) Suprimir a vírgula depois de Moçambique (l. 8).

( ) Substituir os dois-pontos após chegou (l. 8) por vírgula.

( ) Substituir por travessões as vírgulas que isolam o segmento como sucessor de Feijó (l. 27).

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( ) Substituir os travessões que isolam o segmento antiga capital de Cabo Verde (l. 29) por parênteses.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo> Acesso em: 24 mar. 2015

a) 2 – 2 – 1 – 1.b) 2 – 1 – 2 – 1.c) 1 – 1 – 2 – 2.d) 1 – 2 – 1 – 2.e) 2 – 1 – 1 – 2.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

4. (112030) MP-RS - 2015 - PORTUGUÊS - Pontuação

Considere as seguintes propostas de alteração nos sinais de pontuação do texto, desconsiderando o uso de iniciais maiúsculas ou minúsculas.

1. Na linha 12, suprimir a vírgula que antecede o segmento e encontraram.

2. Na linha 14, substituir os dois-pontos depois de até aqui por ponto-e-vírgula.

3. Na linha 17, substituir o ponto final depois de Pronto por vírgula.

4. Na linha 19, substituir o ponto final depois de MIT por ponto-e-vírgula.

Quais propostas manteriam a correção gramatical do texto?

1  O app de chamar táxi faz o motorista se materializar em minutos. E está quebrando as empresas de2 radiotáxi. No AirBnB, você entra, escolhe uma casa disponível para alugar por uma semana e já negocia3 esse minialuguel direto com o dono. Sai bem mais barato que hotel. Lindo, só que não para os hotéis, que4 estão perdendo hóspedes aos tufos.5  O desemprego causado por tecnologia não é exclusividade do nosso tempo. O medo de máquinas6 tomando o lugar das pessoas vem desde pelo menos 350 a.C., com Aristóteles perguntando o que seria7 dos servos quando a lira tocasse sozinha. Mas foi dois mil anos depois do filósofo, com a Revolução8 Industrial, que a coisa ficou séria. Na Inglaterra do século 19, os chamados luditas destruíram fábricas que9 substituíam trabalhadores braçais por máquinas a vapor.10  A maior parte dos economistas apontaria que não adianta se revoltar porque a história das “revoluções11 produtivas” é uma história de desemprego momentâneo. A introdução de máquinas deixou um monte de12 gente sem ter o que fazer no campo. Mas elas migraram para as cidades, e encontraram várias coisas para13 fazer. Quando as máquinas começaram a tomar os empregos em fábricas, essas pessoas foram para o14 campo dos serviços. E essa foi a receita de progresso econômico até aqui: a tecnologia tirava empregos15 num primeiro momento, porque aumentava a produtividade – uma pessoa passava a fazer o trabalho de16 várias pessoas. Depois, o aumento da produtividade criava mais riqueza. E essa riqueza dava à luz mais17 empregos. Pronto. Bom para todas as partes.18  Mas agora parece ser diferente. É o que mostra um cálculo dos pesquisadores Erik Brynjolfsson e19 Andrew McAfee, do MIT. Eles observaram o seguinte: quanto mais aumentou a produtividade ao longo do20 século passado, mais cresceu o número de empregos. Até aí, tudo em linha com a teoria econômica21 tradicional. Mas as coisas mudaram. Por volta do ano 2000, a produtividade começou a crescer num22 ________ bem mais acelerado que a criação de novas vagas. E a distância só aumentou: quanto mais23 produtividade (ou seja: quanto mais tecnologia), menos emprego. Os países do mundo desenvolvido estão24 de prova: boa parte deles sofre com taxas altíssimas de desemprego, que teimam em não voltar aos25 índices pré-crise de 2008.26  E talvez nunca voltem. “A raiz dos problemas não é estarmos em uma grande ________”, eles dizem.27 “Mas no início de uma grande ________”. O problema é que a inovação estaria acontecendo rápido28 demais. E não haveria tempo nem dinheiro suficiente para começar novas indústrias, que ainda não29 imaginamos.

Adaptado de: BURGOS, P. Disponível em: <http://super.abrill.com.br/cotidiano/fim-empregos-769788.shtml>. Acesso em: 23 mar. 2015.

a) Apenas 1 e 2. b) Apenas 2 e 3. c) Apenas 3 e 4. d) Apenas 1, 3 e 4. e) Apenas 2, 3 e 4.

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5. (112036) MP-RS - 2014 - PORTUGUÊS - Pontuação

Considere as seguintes afirmações sobre o uso de sinais de pontuação no texto.

I - A vírgula colocada depois da palavra parecidos (l. 1) poderia ser suprimida, sem acarretar erro ou alteração do significado da frase.

II - As vírgulas antes e depois de e sejam (l. 8) poderiam ser substituídas por travessões, sem acarretar erro ou alteração do significado.

III - O ponto final que ocorre após escolaridade (l. 26) poderia ser substituído por dois-pontos, iniciando-se a frase seguinte com letra minúscula.

Quais estão corretas?

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

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a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

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Gabarito: 1. (112013) A 2. (112016) C 3. (112050) A 4. (112030) D 5. (112036) D

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Aula 8

EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS

Tempos verbais do Indicativo

1. Presente – é empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala; para expressar algo frequente, habitual; para expressar um fato passado, geralmente nos textos jornalísticos e literários (nesse caso, trata-se de um presente que substitui o pretérito); pode indicar o futuro também.

• Em 1856 nasce Freud, pai da Psicanálise.

• “É só você fazer assim que eu volto.” (Luan Santana)

• “Todos ficam falando que eu não sirvo pra você

Dizem que eu não presto, só me meto em confusão

Querem nos afastar e acabar com nosso amor

Tirar você de mim

O nosso amor

Todos querem por um fim

Querem nos afastar

Tirar você de mim

Eu amo você

E não me importa o que vão dizer

Eu quero só você.” (Jorge e Mateus)

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2. Pretérito Perfeito – revela um fato concluído, iniciado e terminado no passado.

• “Foi bonito, foi, foi intenso

Foi verdadeiro, mas sincero

Sei que fui capaz, fiz até demais

Te quis do teu jeito

Te amei, te mostrei que o meu amor

Foi o mais profundo

Me doei, me entreguei, fui fiel

Chorei, chorei” (Gusttavo Lima)

3. Pretérito Imperfeito – pode expressar um fato no passado, mas não concluído ou uma ação que era habitual, que se repetia no passado.

• “Quando criança só pensava em ser bandido, ainda mais quando com um tiro de soldado o

pai morreu. Era o terror da sertania onde morava...” (Legião)

4. Pretérito mais-que-perfeito – expressa um fato ocorrido no passado, antes de outro também passado.

• “E se lembrou de quando era uma criança e de tudo o que vivera até ali.” (Legião)

• Eu já estudara a matéria, quando saiu o edital do concurso.

5. Futuro do presente – indica um fato que vai ou não ocorrer após o momento em que se fala.

• “POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão

Atravancando o meu caminho,

Eles passarão.

Eu passarinho!” (Mario Quintana)

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• “Sim, sei bem

Que nunca serei alguém.

Sei de sobra

Que nunca terei uma obra.

Sei, enfim,

Que nunca saberei de mim.

Sim, mas agora,

Enquanto dura esta hora,

Este luar, estes ramos,

Esta paz em que estamos,

Deixem-me crer

O que nunca poderei ser.”

(Fernando Pessoa)

6. Futuro do pretérito – expressa um fato futuro em relação a um fato passado, habitualmente apresentado como condição. Pode indicar também dúvida, incerteza. Cordialidade.

• “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” (Freud)

• "Eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no

inverno.” (Barão Vermelho)

• Você faria isso mesmo?

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Tempos verbais do Subjuntivo

1. Presente – expressa um fato atual exprimindo possibilidade, um fato hipotético.

• “Mesmo que você não caia na minha cantada, mesmo que você conheça outro cara, na fila

de um banco, um tal de Fernando. Um lance, assim, sem graça.” (Luan Santana)

• Talvez nós possamos estudar mais em casa depois dessa aula.

• Só quero que ela retorne para mim, que ela seja a minha namorada!

2. Pretérito imperfeito – expressa um fato passado dependente de outro fato passado.

• “Se namorar fosse bom, isso aqui tava vazio, a mulherada tava em casa. Se namorar fosse

bom, eu vivia no cinema e não tava na balada.” (Bruninho e Davi)

3. Futuro – indica uma ação hipotética que poderá ocorrer no futuro. Expressa um fato futuro relacionado a outro fato futuro.

• Se eu acertar todas as questões, passarei.

• Se vocês se concentrarem, a matéria fará mais sentido!

Imperativo

Presente do indicativo

IMPERATIVO AFIRMATIVO

Presente do subjuntivo

IMPERATIVO NEGATIVO

EUTUELENÓSVÓSELES

QUE EUQUE TUQUE ELEQUE NÓS QUE VÓSQUE ELES

NÃONÃONÃONÃONÃONAO

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DICAS ZAMBELIANAS

1. EU

2. Ele = você

Eles = vocês

3. Presente do indicativo = tu e vós – S = Imperativo Afirmativo

4. Presente do subjuntivo (Que) – completa o restante da tabela.

“Segue o teu destino...

Rega as tuas plantas;

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

de árvores alheias.”

(Fernando Pessoa)

“Presta atenção em tudo o que a gente faz

Já somos mais felizes que muitos casais

Desapega do medo e deixa acontecer

Eu tenho uma proposta para te fazer

Eu, você, dois filhos e um cachorro

Um edredom, um filme bom no frio de agosto

E aí, cê topa?”

(Luan Santana)

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Exercício

1. Preencha as lacunas

a) Ele ____________ no debate. No entanto, eu não _________________. (intervir – pretérito perfeito)

b) Se eles não ______________ o contrato, não haveria negócio. (manter)

c) Se o convite me _____________, aceitarei. (convir)

d) Se o convite me _____________, aceitaria. (convir)

e) Quando eles ________________ o convite, tomarei a decisão. (propor)

f) Se eu ____________ de tempo, aceitarei a proposta. (dispor)

g) Se eu ____________ de tempo, aceitaria a proposta. (dispor)

h) Se elas _______________ minhas pretensões, faremos o acordo. (satisfazer)

i) Ainda bem que tu ____________ a tempo. (intervir – pretérito perfeito)

j) Quem se ____________ de votar deverá comparecer ao TRE. (abster – futuro do subjuntivo)

k) Quando eles ____________ a conta, perceberão que está tudo perdido. (refazer)

l) Se eles _______________ a conta, perceberiam que está tudo perdido. (refazer)

m) Quando não te __________________, assinaremos o contrato. (opor)

n) Se eu _____ rico, haveria de ajudá-lo. (ser)

o) Espero que você ______________ mais atenção a nós. (dar – presente subjuntivo)

p) Se ele ________________ no caso, poderia resolver o problema. (intervir – pretérito imperfeito do subjuntivo)

q) Epa! Eu não __________________ nesta cadeirinha! (caber – presente indicativo)

r) Se nós ____________ sair, poderíamos. (querer – pretérito imperfeito do subjuntivo)

s) Quando ela ___________ o namorado com outra, vai ficar uma fera! (ver – futuro do subjuntivo)

t) Se ela _______________ aqui com o namorado, poderá se hospedar em casa. (vir – futuro do subjuntivo)

u) Se _____________ agora, talvez paguemos um bom preço. (comprar – futuro do subjuntivo)

v) Tu __________ bom! (ser – presente do indicativo)

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Questões

1. (35231) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Letra cursiva

01  O Estado de Indiana, nos Estados Unidos, adotou, em julho, o Common Core State Standard, uma 02 iniciativa de padronização do ensino básico que torna o ensino da letra cursiva opcional, passível de ser 03 abolido futuramente. Para os defensores do padrão, a letra de forma deve receber prioridade no ensino,04 uma vez que as crianças utilizam cada vez mais computadores. Também é mais fácil para o jovem associar 05 os símbolos das teclas às letras do que desenhar a palavra. A decisão trouxe novamente ........... tona a 06 discussão sobre o desaparecimento da letra de mão. 07  “Quando inventaram a máquina de escrever, também foi dito que ela acabaria com a escrita. Ao 08 contrário, o que acabou foi a máquina de escrever”, argumenta Antonio De Franco Neto, professor, há 45 09 anos, da Escola de Caligrafia De Franco. Para De Franco, o computador surgiu para auxiliar e não 10 substituir, pois escrever à mão, fazendo anotações em um papel, ainda é muito mais prático. 11  O professor encara a medida adotada nos Estados Unidos como um erro. “Todo mundo sabe12 escrever em Indiana. Mas, daqui ......... duas gerações, na hora em que acabar a luz, as pessoas não vão 13 conseguir fazer sequer a letra ‘o’. As invenções tecnológicas não foram feitas para diminuir a capacidade 14 humana e sim para acrescentar. Quando se substitui escrever à mão por teclar, perdemos a capacidade 15 intelectual e produtiva”, argumenta. 16  Em contrapartida, Marcelo E. K. Buzato, coordenador do projeto Letramento, Fronteiras e Cultura 17 Digital, do Instituto de Estudos da Linguagem, da Universidade de Campinas, vê a medida norte-americana 18 como natural, embora complicada. “Acho que não se deve encarar essa decisão como o ‘começo do fim da 19 escrita cursiva’, porque se trata, por enquanto, da abolição da obrigatoriedade, e não da tecnologia em si.” 20  Nesse sentido, é mais provável que haja a migração para outros suportes de escrita, como celulares e 21 tablets, em que há recursos para reconhecer esse tipo de letra. 22  Em 2005, Steve Jobs fez um discurso na Universidade Stanford no qual contou que frequentara um 23 curso de caligrafia quando estudante em Reed College. O Macintosh não seria o mesmo sem a noção de 24 estética aprendida naquelas aulas. O computador da Apple é conhecido por seu design inconfundível e por 25 ser o primeiro a adotar belas tipografias. A professora Diana Vidal, da Faculdade de Educação da 26 Universidade de São Paulo, assinala que a boa caligrafia contribui para formar o senso estético da criança. 27 O ensino da técnica de escrever proporciona hábitos de ordem, ______ e disciplina mental.28  Letra “bonita” significa letra clara, uniforme e legível. Segundo De Franco, quem estuda caligrafia29 aprende a se comunicar melhor e torna-se mais transparente. “Se você tem uma letra confusa e não sabe 30 se prezado é com s ou z, você pode desenhar alguma coisa que possa parecer os dois. Mas, se tem uma31 letra bem definida, é obrigado a saber escrever certo”, explica. Com foco na legibilidade, muitos dos alunos32 que procuram a escola de caligrafia são vestibulandos ou querem prestar concurso e provas em que ter boa 33 redação e caligrafia é o diferencial. 34  Claudemir Belintane, professor de língua portuguesa e alfabetização da Faculdade de Educação da 35 USP, argumenta que o traçado da letra e o manejo rápido contribuem para o fluxo da escrita, mesmo em 36 jovens que misturam a cursiva com a letra de forma. Para ele, é necessário discutir a falta de ensino de 37 técnicas caligráficas antes de refletir sobre qual tipo de letra é melhor. Se a criança achar que escrever é 38 penoso, isso pode levá-la a não desenvolver raciocínios mais longos por preguiça. 39  Belintane afirma que não existem dados conclusivos sobre perdas de habilidades ligadas 40 exclusivamente .......... escrita cursiva. “Essa suposição pressupõe uma concepção _________ do cérebro.41 Se a criança usar tablet, ou mesmo teclado, acredito que, com o tempo, haverá compensações. Outras 42 áreas serão ativadas e novas habilidades surgirão”, explica. Talvez ainda seja cedo demais para dizer o que 43 acontecerá com as habilidades motoras com o possível fim da prática da escrita. 44  Em relação à educação, não é possível concluir sobre facilidades ou dificuldades no aprendizado, 45 uma vez que digitar com fluência, desvinculando o olhar da ação das mãos para o monitor, também exige 46 coordenação motora. 47  A mudança de tecnologia da escrita tem __________ sociais, culturais e cognitivas. Por exemplo,48 a afetividade de uma carta manuscrita não pode ser transposta para meio eletrônico. No entanto, Buzato diz que o 49 uso de emoticons tem se tornado símbolo de afetividade entre os usuários eletrônicos. A caligrafia,50 por outro lado, está cada vez mais vinculada à arte, como em convites de eventos. No Japão, pouco se

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51 ensina escrever as letras do alfabeto ocidental com lápis e papel. No ensino de línguas estrangeiras, 52 prevalece o computador. No Líbano, os calígrafos do alfabeto árabe também são raros. 53  No Brasil, a alfabetização ainda se dá com lápis e papel, embora não exista treino motor para 54 promover uma caligrafia clara como havia no século passado. Ainda assim, Buzato nota que muitos jovens 55 têm retomado a escrita cursiva para enviar cartas em papel pelo correio e manter diários em cadernos e 56 scrapbooks. A escrita cursiva também migra de suporte. Tablets e celulares reconhecem a escrita à mão e 57 muitos tatuam manuscritos. “Acho mais fácil esse tipo de escrita se deslocar e se reespecializar em outros 58 espaços do que sumir”, reflete Buzato.

(FONTE: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/472/artigo245075-1.htm – Texto Adaptado)

Analise as afirmações que são feitas a respeito do fragmento retirado do texto:

Talvez ainda seja cedo demais para dizer o que acontecerá com as habilidades motoras com o possível fim da prática da escrita. (linhas 42 e 43)

I – O uso do advérbio Talvez imprime à frase ideia de incerteza.

II – A flexão do verbo acontecer no futuro do presente do indicativo introduz ideia de impossibilidade à frase.

III – Caso flexionássemos o verbo acontecer no pretérito perfeito do indicativo, nada se alteraria no período.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e II.d) Apenas I e III.e) I, II e III.

2. (35283) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Considere a frase a seguir: Tais investimentos geram benefícios mútuos, uma vez que, se por um lado o empregador se beneficiará com a redução dos custos, os empregados poderão levar para sua vida pessoal o aprendizado adquirido, tendo a chance de tornar suas próprias finanças mais saudáveis.

Os verbos sublinhados estão conjugados no ____________ do ___________.

Porém, caso eles estivessem conjugados no presente do indicativo, assumiriam a forma _________ e _________.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

a) pretérito perfeito – indicativo – beneficie – possamb) presente – subjuntivo – beneficiasse – pudessemc) pretérito mais-que-perfeito – subjuntivo – beneficie – possamd) futuro do pretérito – indicativo – beneficiaria – poderiame) futuro do presente – indicativo – beneficia – podem

3. (85659) FUNDATEC – 2015 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

A questão a seguir refere-se ao texto

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Na frase O problema é que o hábito não passa de um mito. (l. 06), caso os verbos é e passa fossem passados para o futuro do pretérito do indicativo, assumiriam, respectivamente, as formas

Esqueça o mito da multitarefa

01  Leia o texto todo de uma vez, sem interrupções. Não vale olhar mensagens no celular nem02 espiar as redes sociais.03  Ao cair na tentação de fazer outra coisa durante a leitura, você ___ como um multitarefa.04 Muita empresa gosta e até espera que seus empregados assumam esse comportamento de tocar05 várias atividades ao mesmo tempo.06  O problema é que o hábito não passa de um mito. Só 2,5% das pessoas são capazes de07 levar adiante mais de uma tarefa por vez, segundo pesquisa da Universidade Utah, nos Estados08 Unidos. Elas são chamadas de supertaskers. Os demais mortais só se atrapalham ao tentar ser09 multitarefa.10  Há um problema evidente, já que a maioria das empresas adora ________ quem acumula11 diversas funções, o que, na prática, é impossível. “Já tive brigas com gestores de RH que insistem12 em colocar nos anúncios: ‘Capacidade de ser multitarefa’”, afirma Christian Barbosa, especialista13 em gestão do tempo. “Isso não existe, não funciona, é irracional.”14  Tanto que o consultor criou um teste para verificar se os brasileiros são mesmo capazes15 de exercer atividades simultaneamente com eficiência. Em 2014, 4.000 profissionais participaram16 da prova e somente 1% conseguiu ser mais produtivo com um olho no gato e outro no peixe.17  Além de ser um tiro no pé da produtividade, tentar dar conta de todo o trabalho de uma18 vez causa enorme angústia. A pessoa trabalha o dia todo e termina com a sensação ....... nada19 foi concluído.20  Qual a solução para dar conta ..... todas as tarefas de maneira eficiente? Não existe milagre,21 apenas investimento em organização e concentração. “Cada pessoa se organiza de um _____ e22 precisa descobrir como é mais eficiente”, diz Paula Rizzo, especialista americana em organização.23  O primeiro movimento é a consciência de que o descontrole sobre as atividades só24 atrapalha os resultados. Diante do desafio de chefiar dois times, um no Brasil e outro nos Estados25 Unidos, José Roberto Pelegrini, de 39 anos, diretor financeiro da JDSU, multinacional especializada26 em redes de comunicação, decidiu reorganizar sua agenda.27  Esse período foi de muito trabalho e ele só conseguiu dar conta do recado porque reviu28 seu estilo de trabalhar e priorizar tarefas. A fórmula que encontrou passa por fazer listas das29 atividades semanais e diárias, manter a caixa de e-mail vazia e manter a calma.30  O segundo movimento é combater a distração, um desafio que fica mais complexo à31 medida que o mundo se torna mais conectado. Alternar continuamente a atenção entre várias32 tarefas prejudica a memória e o raciocínio, o que leva à queda de desempenho.33  A sensação de sobrecarga já começa a despertar em muita gente a vontade de viver uma34 vida menos caótica, mais organizada e produtiva. Segundo um relatório de tendências para 2015,35 feito pela agência Box 1824, de São Paulo, uma crescente maioria se convence ....... é36 impraticável levar uma vida tão conectada.37  Nesse cenário, surge um contramovimento batizado de quiet bliss, algo como “felicidade38 silenciosa”, que prega que façamos apenas uma atividade por vez .39  Logicamente, isso se aplica ao espaço do trabalho. “De maneira inconsciente, muita gente40 acha que não merece ter tempo para o descanso”, diz Brigid Schulte, jornalista americana. “Mas41 esses períodos são fundamentais para pensar sobre o que importa para você, onde você está,42 para onde está indo e como está gastando seu tempo.”43  Quem consegue organizar os horários para ter tempo livre consegue organizar o tempo44 para trabalhar melhor. É importante saber _____ quando já trabalhou o suficiente.45  Para isso, o consultor americano Stephen Lynch propõe três questionamentos: quantas46 horas você trabalha em média por semana? Você é capaz de se desligar completamente do47 trabalho um dia por semana? Como você tem melhorado a produtividade das horas que gasta48 trabalhando? Mudar as respostas a essas perguntas é o caminho para dar conta de tudo e ter49 uma vida melhor — dentro e fora do escritório.

Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/noticias/multitarefa – Março/2015 – Adaptação

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a) fosse – passasse.b) era – passou.c) foi – passou.d) fora – passaria.e) seria – passaria.

4. (79517) FUNDATEC – 2014 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Famintos por Tempo

1  Time Famine é uma expressão recente que diz muito sobre a rotina que vivemos hoje em dia. Trata-2 se da fome, quase desesperada, que temos, nos dias de hoje, por mais tempo.3  Queremos mais tempo para trabalhar e produzir. Mais tempo para socializar nas redes sociais. Para4 nossa vida pessoal. Tempo até para conseguir apreciar, de fato, o que conquistamos ou o que compramos5 com o dinheiro que ganhamos. Mas até para isso, paradoxalmente, também não temos tempo. Afinal, a6 conquista de hoje é quase que imediatamente sufocada por tudo o que temos que tentar entregar amanhã.7 Ou daqui __ pouco.8  Os dias viram horas. As semanas viram dias. Piscamos e meio ano já passou. Estamos sempre9 ocupados, trabalhando muito, respondendo a infinitos e-mails, fissurados por uma rotina de correria e10 afazeres táticos. Sempre correndo para lá e para cá, ansiando pelo dia de amanhã, quando poderemos,11 quem sabe, ter mais tempo e aproveitar a vida. Gertrude Stein tem uma frase maravilhosa sobre essa ilusão12 – There is no there there… Mas eis que o paradoxo aumenta: quanto mais tempo queremos, pior13 administramos o que temos, de fato.14  Quanto de nosso tempo no trabalho é usado para assuntos importantes, ligados __ estratégia e15 inovação? Estou falando de temas que podem gerar uma diferença significativa em t ermos de performance,16 competitividade e resultados para as empresas. Inúmeras pesquisas apontam para a frustração de CEOs e17 diretores de empresas sobre a falta de tempo adequado dedicado __ temas cujo impacto seria muito maior18 em seus negócios a longo prazo.19  Ao invés disso, estamos ocupados com as reuniões intermináveis, as centenas de e-mails que20 respondemos (ou não), diariamente. Com o celular que não para de tocar, ou com os relatórios cujos21 deadlines já passaram. O tático se sobrepõe ao estratégico. O relevante vira segundo plano. E como não22 temos todo o tempo que queremos, trabalhamos até mais tarde e nos finais de semana.23  De novo, o paradoxo. O tempo que não temos para todo o trabalho tático que devemos entregar24 invade nossa vida pessoal. E acabamos tendo ainda menos tempo para nossos maridos, mulheres,25 namorados, filhos e pais; justamente as pessoas que têm maior importância em nossas vidas. E mesmo26 quando conseguimos tempo com eles, estamos sempre com o celular na mão, checando assuntos do27 trabalho, ligados ___ assuntos táticos que não nos deixam resetar a cabeça, aproveitar momentos de28 qualidade real com a família e descansar de fato, para que, no dia seguinte, possamos ser mais produtivos29 e criativos no trabalho.30  O tempo individual é também muito escasso. Não temos tempo para cuidar de nós mesmos, para31 fazer exercícios, para planejar uma alimentação adequada. Não dormimos o suficiente. Perdemos a32 capacidade de reservar tempo para o silêncio interior, fundamental para buscarmos as respostas mais33 importantes em nossas vidas, ligadas à direção, propósito, razão de existência e legado, como alguns34 exemplos. Estamos, portanto, famintos por tempo.35  Mas se tivéssemos mais tempo, saberíamos distribuir, de fato, esse tempo extra da melhor forma?36 Ou somente trabalharíamos mais e mais? Teríamos mais equilíbrio ou reforçaríamos o modo piloto37 automático atual?38  Duas questões são fundamentais neste ponto. A primeira é que não temos e não teremos este39 tempo físico adicional. A forma como decidimos e alocamos o tempo para nossas rotinas é uma decisão40 individual. Mas é preciso trazer consciência para nossas escolhas. A segunda questão, ainda mais crítica, é41 que o tempo está passando, nós estamos passando. Passados alguns minutos, dias, semanas, meses ou42 anos, não estaremos mais aqui.

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43  Pense nisso. Seja no trabalho, na vida pessoal ou nas suas escolhas mais importantes, o que você44 está fazendo de relevante para melhor aproveitar o tempo que ainda __?

Fonte: texto adaptado disponível em http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/muito-trabalho-pouco-stress/2014/06/23/famintos-portempo/ – 23-6-2014.

Considere as assertivas sobre o emprego de tempos e modos verbais do texto.

I – Na linha 03, o verbo ‘querer’ está conjugado na primeira pessoa do plural imperativo afirmativo, expressando um desejo.

II – O verbo ‘ter’, na linha 35, está conjugado no pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, modo usado para enunciar um desejo atenuado, menos impositivo.

III – Na linha 39, o verbo ‘alocar’ está conjugado no presente do indicativo; entretanto, caso estivesse no futuro do pretérito, assumiria a forma alocaríamos.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

5. (79547) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Mundo moderno, cérebro antigo.

1  É tão fácil botar a culpa na internet, no mundo moderno, nas novas tecnologias, ou em tudo isso 2 junto. Falta de atenção é consequência de janelas demais piscando no monitor; abundância de informação3 é um convite à superficialidade; violência é resultado de videogames; falta de tempo é culpa de e-mails 4 demais por responder. O estresse da vida moderna, portanto, é culpa do mundo moderno. 5 Eu discordo. O problema não está no que o mundo moderno faz com nosso cérebro, e sim nas 6 limitações que nosso cérebro sempre teve – e em como nós nos deixamos sucumbir a tentações e 7 imposições que nos são apresentadas por meio das novas tecnologias. 8  Para começar, não entendo a queixa de que "a internet" reduziria nosso tempo de atenção 9 sustentada e tornaria nosso conhecimento superficial. Pelo contrário: jovens, hoje, são capazes de passar 10 horas ininterruptas em frente a videogames ou em sites de busca que permitem a qualquer um se tornar um 11 profundo conhecedor de política internacional ou de biologia das fossas abissais sem sair de casa. É uma 12 questão do uso que se escolhe fazer de um mundo inteiro agora acessível. 13  Falando de atenção, aliás: nós sempre fomos limitados a prestar atenção em apenas uma coisa de 14 cada vez. É uma restrição, de fato, mas tem enormes vantagens, já que a maior parte da informação 15 disponível a cada instante é irrelevante, mesmo. Por causa dessa limitação, sempre há mais informação 16 disponível do que conseguimos processar – e isso não é culpa da internet. Sabendo dela, quem tem 17 problemas para se manter focado pode se ajudar reduzindo o número de tarefas que disputam sua atenção 18 a cada instante. 19  O mesmo vale para o e-mail e o estresse associado __ demandas que nos fazem. Poder responder 20 imediatamente __ e-mails não significa ter que fazê-lo – embora seja fácil sucumbir __ pressão externa e __ 21 cobrança, no dia seguinte, por uma resposta que, poucos anos atrás, só chegaria pelo correio no prazo de 22 uma semana. Como hoje a maioria de nós não precisa se estressar sobre a disponibilidade de alimento ou23 teto, sobra espaço para nos cobrarmos respostas imediatas __ todas as demandas eletrônicas que nos 24 fazem. 25  O problema continua sendo o mesmo: gerenciar estresses. A dificuldade é convencer-se de que o

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26 mundo não acaba se você não responder a todos os e-mails ainda hoje – e, de preferência, não cobrar isso 27 dos outros.

(Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/1151111-mundo-moderno-cerebro-antigo.shtml> – texto adaptado).

Sobre as formas verbais e seus usos, considere as assertivas que seguem.

I – Em Eu discordo. (linha 05), o verbo está flexionado no modo indicativo, que exprime um fato hipotético.

II – Na frase O estresse da vida moderna, portanto, é culpa do mundo moderno. (linha 04), a forma verbal é, flexionada no presente do indicativo, introduz na frase ideia de desejo.

III – Na linha 17, na frase pode se ajudar reduzindo o número de tarefas, a forma verbal sublinhada, por estar flexionada no gerúndio, expressa ideia de continuidade.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

6. (112011) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Considere as seguintes formas verbais extraídas do texto.

1. retardaram (l. 10)

2. têm feito (l. 19)

3. seria (l. 25)

4. Notem (l. 32)

5. façamos (l. 42)

Dessas formas, estão no modo indicativo apenas

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11  “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

a) 1 e 2. b) 1, 2 e 3. c) 1, 3 e 4. d) 3, 4 e 5. e) 2, 3, 4 e 5.

7. (112055) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

Considere as seguintes afirmações acerca do emprego de formas verbais no texto.

I – A forma verbal assumiria (l. 27) expressa uma ação condicionada a outra a ser cumprida antes.

II – A forma verbal ficou (l. 28) expressa uma ação concluída no passado.

III – A forma verbal prova (l. 39) expressa uma ação iniciada e concluída no passado.

Quais estão corretas?

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas

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4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo> Acesso em: 24 mar. 2015.

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e III.e) I, II e III.

8. (114181) FUNDATEC – 2016 – PORTUGUÊS – Tempos e Modos Verbais/Verbos

As formas verbais Tente (l. 18), Quebre (l. 21), Determine (l. 25), Mantenha-se (l. 28) e Pare (l. 31) estão flexionadas no ______________ com o intuito de _______________ o interlocutor a cumprir uma ação indicada pelo verbo. Caso fossem passadas para o presente do indicativo, assumiriam, respectivamente, as formas: _____________________________________.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

5 formas de fazer o tempo andar mais devagar

Adriana Fonseca

01  O tempo parece estar passando rápido demais? Acredite: não é só para você. Isso02 acontece, principalmente, porque temos muita coisa para fazer. E, ao que parece, cada vez mais03 coisas.04  Só que, apesar do ............ de tarefas, boa parte da correria diária tem ......... com a05 percepção que temos do tempo. E isso a gente pode controlar! Já __ 24 horas do dia serão06 sempre essas, não tem jeito.07  Então, da próxima vez que o seu dia parecer estar passando rápido demais, recorra __08 listinha abaixo para fazer as horas andarem mais devagar.09  Estudos sugerem que há, pelo menos, sete áreas do cérebro responsáveis pela percepção10 do tempo. E a passagem das horas não é constante, depende do nosso humor, idade e do11 ambiente.12  Um exemplo? Em uma festa pra lá de animada, com gente divertida ao seu redor, o tempo13 voa. O mesmo tempo demoraria demais para passar caso só houvesse gente e música chatas14 perto de você.15  Se você ainda não está convencido ........... dá para fazer o relógio andar mais devagar,16 veja as dicas da consultoria de planejamento financeiro para aposentadoria Key Retirement para17 alcançar essa façanha.18  1. Tente uma ........... de concentração: Fechando as portas para a distração, a19 concentração cria um estado de “hiperconsciência”, em que prestar atenção a cada sensação20 resulta em um estado de contemplação.21  2. Quebre a rotina: Ao invés de passar o fim de semana assistindo TV ou se22 espreguiçando por aí, preencha seu tempo com novas experiências. Porque você estará23 aprendendo novas habilidades e prestando muita atenção nisso. Vai parecer que o tempo foi24 esticado!25  3. Determine metas diárias: Ser um defensor da organização pode ajudar o tempo __ ir26 mais devagar graças ao sentimento de cumprir as tarefas depois de um dia cheio. Defina metas27 realistas a cada dia e tempos adequados para realizá-las.28  4. Mantenha-se curioso intelectualmente: Você nunca é velho demais para aprender29 algo novo. Então faça um esforço para procurar novas atividades intelectuais. Focando no30 material à sua frente você traz a si mesmo para o momento presente.31  5. Pare de correr ....... do seu fôlego: Quando a gente toma consciência da nossa própria32 respiração, tomamos consciência da passagem do tempo. Fica mais f ácil fazer pausas e viver o33 momento atual.34  Só uma última observação. Quando o tempo parece passar rápido demais, costuma ser35 um sinal de que estamos gostando da vida. Então, por mais que a sensação de correria traga36 algum desconforto, pode ser sinal de uma vida feliz.

(Fonte: https://www.roberthalf.com.br/blog/5, publicado em 22/02/2016 – adaptação)

a) imperativo afirmativo – ordenar – Tentas, Quebras, Determinas, Mantém-se e Paras b) imperativo afirmativo – exortar – Tenta, Quebra, Determina, Mantém-se e Para c) presente do subjuntivo – obrigar – Tentes, Quebres, Determines, Mantenha-se e Paras d) presente do subjuntivo – conduzir – Tentai, Quebrai, Determinai, Mantem-se e Parai e) imperativo afirmativo – conduzir – Tentes, Quebrais, Determinais, Mantenham-se e Parais

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Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9247992

Gabarito: 1. (35231) A 2. (35283) E 3. (85659) E 4. (79517) C 5. (79547) C 6. (112011) B 7. (112055) B 8. (114181) B

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Aula 9

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

O que esperar deste conteúdo na prova da banca do MP-RS, Zambeli?Este conteúdo costuma ter, no máximo, 1 questão por prova, sempre contextualizada. Não é muito comum encontrarmos esse assunto! Entretanto, com uma prova extensa como essa do MP, Discurso ganha uma boa chance ser exigido.

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

Verbos

Presente do IndicativoTodos os professores disseram:– Não gostamos dele

Imperfeito do Indicativo ou PresenteTodos os professores disseram que não gostavam dele.Todos os professores disseram que não gostam dele.

Perfeito do IndicativoO André Vieira perguntou:– Ele não assinou o requerimento?

Mais-que-perfeito do IndicativoO André Vieira perguntou se ele não assinara (tinha assinado) o requerimento.

Futuro do PresenteEdgar Abreu garantiu:– Eu consertarei a apostila.

Futuro do PretéritoEdgar Abreu garantiu que consertaria a apostila.

Presente do Subjuntivo– Duvido que a banca aprove a proposta – disse-lhe o professor da Casa do Concurseiro.

Imperfeito do SubjuntivoO professor da Casa do Concurseiro disse-lhe que duvidava que a banca aprovasse a proposta.

Futuro do SubjuntivoA Maria Tereza disse: – Só sairei quando ele chegar.

Imperfeito do SubjuntivoA Maria Tereza disse que só sairia quando ele chegasse.

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Imperativo– Passe-me o computador – pediu-me ela.

Imperfeito do SubjuntivoEla pediu-me que lhe passasse o computador.

Pronomes

eu, nós, você(s), senhor(a)(s)A aluna afirmou:– Eu amo este curso.

ele(s), ela(s)A aluna afirmou que ela amava este/aquele curso.

meu(s), minha(s), nosso(a)(s)– Meus professores participarão da sua campanha – disse o concurseiro.

seu(s), sua(s) dele(a)(s)O concurseiro disse que seus professores participariam da campanha dele.

este(a)(s), isto, isso– Isso lhe pertence? – perguntou

aquele(a)(s), aquiloEle perguntou se aquilo lhe pertencia.

Advérbios

ontem, hoje, amanhã– Hoje posso ajudá-lo – disse Edgar Abreu.

no dia anterior, naquele dia, no dia seguinteEdgar Abreu disse que naquele dia podia ajudá-lo.

aqui, cá, aí– Não entro mais aqui! – afirmou Pedro Kuhn.

ali, láPedro Kuhn afirmou que não entrava mais ali.

Em resumo, no discurso direto, o personagem fala com as suas próprias palavras, podendo esse discurso vir expresso assim:

a) – Eu estou satisfeita com a sua decisão – disse a mãe, beijando o filho.

b) Beijando o filho, a mãe disse: “Estou satisfeita com a sua decisão”.

c) Beijando o filho, a mãe disse:– Estou satisfeita com a sua decisão.

No discurso indireto, o narrador transcreve a fala do personagem:

• Beijando o filho, a mãe disse que estava satisfeito com a sua decisão.

O discurso indireto livre é uma fusão da fala do narrador com a do personagem, sem verbo de elocução. Veja:

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• A mãe beijou o filho. Eu estou satisfeita com a sua decisão.

Observe o verbo em 3ª pessoa no passado, beijou, e estou em 1ª pessoa, no presente.

Esse tipo de discurso é muito usado pelos autores modernos em suas narrativas, porque confere maior ritmo e fluência ao texto, ao dispensar indicações gráficas.

Exercícios

1. Passe as frases abaixo do discurso direto para o indireto e vice-versa.

a) O cliente falou que denunciaria a descortesia do vendedor.

b) Caso eu tenha tempo, farei os exercícios hoje, afirmou o aluno.

c) Não faça afirmações impensadas, sugeriu-me o meu amigo.

d) O diretor afirmou que, neste ano de 2010, pretende reorganizar a escola.

e) O funcionário sempre afirmava que, no ano seguinte, não iria mais se atrasar.

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Questões

1. (26457) FAURGS – 2012 – PORTUGUÊS – Discurso Direto e Indireto

Considere o trecho abaixo.

Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro: – É o senhor o hóspede que se fantasiou de fantasma durante a festa?

Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição do trecho para o discurso indireto.

a Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro se é ele o senhor que se fantasiou de fantasma durante a festa.

b) Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro se era ele o hóspede que se fantasiara de fantasma durante a festa.

c) Dona Benta, indiscreta, perguntou se o forasteiro era o hóspede que se fantasiou de fantasma durante a festa.

d) Dona Benta perguntou indiscretamente ao forasteiro se tinha sido ele o hóspede que havia se fantasiado de fantasma durante a festa

e) Dona Benta, indiscreta, perguntou ao forasteiro quem teria sido o hóspede que havia se fantasiado de fantasma durante a festa?

2. (26489) FAURGS – 2010 – PORTUGUÊS – Discurso Direto e Indireto

01  Uma em cada 4 pessoas _____ usam a internet no 02 mundo tem uma conta no Facebook. Esse meio bilhão 03 de pessoas publicam 14 milhões de fotos diariamente. 04 Os 100 milhões de usuários do Twitter postam 2 05 bilhões de mensagens por mês. Dê um google no 06 nome de alguém e os tweets dele vão estar lá. 07 Pesquisadores cunham termos bonitos como a "era08 da hipertransparência" para tentar falar que há xeretas09 e exibicionistas demais hoje.10  E a maior rede social do planeta deu um passo11 grande rumo à tal hipertransparência: em maio, o12 Facebook mudou as regras sobre o quanto que estra-13 nhos podem saber da sua vida. "Estamos construindo 14 uma internet _____ padrão é ser sociável", decretou 15 Mark Zuckerberg, criador e presidente do site, ao 16 anunciar as mudanças. Utopia sociológica à parte, 17 interessa para ele que usuários de seu serviço 18 possam ser encontrados com mais facilidade. Se 19 você não está no Facebook e encontra aquele amor antigo20 da escola ali, tende a entrar para a rede social. 21 E, quanto mais gente lá, mais Zuckerberg pode faturar 22 com publicidade.23  As mudanças, de cara, parecem bem sutis. Antes, 24 não dava para ver a foto de perfil ou a idade de uma25 pessoa pesquisada, por exemplo. Agora, a não ser

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26 que o usuário mude as configurações no braço, um 27 resumo de sua ficha ficará exposto na internet. Não é 28 pouca coisa. Pense em quem teve um término de 29 relacionamento conturbado e quer manter distância 30 de namorados maníacos; ou em um adolescente que 31 mudou de escola por causa de bullying e corre o risco32 _____ tudo comece de novo se os novos colegas 33 descobrirem isso; em quem sofre de assédio moral 34 no trabalho ou foi testemunha de um crime; em quem 35 não quer que os pais descubram detalhes de sua vida 36 sexual. Para todos eles, qualquer detalhe que o 37 Facebook divulgue pode fazer uma grande diferença.38  Não fica nisso. Um dos maiores problemas é que a 39 internet não "esquece" nada. E agora que ela faz 40 parte da vida de praticamente todo mundo há uma 41 década, qualquer vacilo do passado pode causar um 42 problema no presente. Fotos ousadas num fotolog de 43 anos atrás vão complicar você na disputa por um emprego. 44 Uma troca infeliz de scraps no Orkut, como 45 uma discussão com um ex, pode estar ao alcance de 46 qualquer um. As redes sociais baseadas em GPS, 47 como a Fousquare, colocam mais pimenta nesse 48 molho, já que elas mostram num mapa onde os 49 usuários estão a cada momento. Em suma, nunca 50 existiram tantas possibilidades de exposição pública. 51 E sim: sempre vai ter alguém que você não esperava 52 bisbilhotando você.53  É natural. O desejo de cavucar a vida alheia existe 54 desde sempre. "Na maior parte da história humana, 55 as pessoas viveram em pequenas tribos _____ todas 56 as pessoas sabiam tudo o que todo mundo fazia. E de 57 alguma forma estamos nos tornando uma vila global.58 Pode ser que descobriremos que a privacidade, no fim 59 das contas, sempre foi uma anomalia", afirma o pro-60 fessor Thomas W. Malone, do Centro de Estudos de 61 Inteligência Coletiva do MIT.62  Seja como for, trata-se de uma anomalia de que63 todo mundo gosta. E por isso mesmo um movimento 64 ganha cada vez mais força: há uma preocupação 65 maior com a bisbilhotice. Na prática, está acontecendo66 o contrário do que Zuckerberg imagina. Estamos menos67 "sociais".68  Hoje, a quantidade de dados que as pessoas 69 deixam aberta na rede para todo mundo ver é, por70 cabeça, bem menor do que há 5, 6 anos. É raro 71 encontrar quem deixe suas fotos escancaradas numa 72 rede social. Scraps públicos no Orkut já são parte de 73 um passado remoto... Um estudo da Universidade da 74 Califórnia mostra essa mudança: os entrevistados dis-75 seram tomar mais cuidado com o que postam online76 hoje do que há 5 anos. Na mesma pesquisa, 88% dos 77 jovens de 18 a 24 anos manifestaram-se a favor de

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

78 uma lei que forçasse os sites a apagarem informações 79 pessoais depois de algum tempo.80  Enquanto não chegam leis concretas, as pessoas 81 reagem por conta própria. Trinta mil usuários cancela-82 ram suas contas no Facebook no dia 31 de maio, para 83 protestar contra aquela mudança na configuração de 84 privacidade. Compare isso com a reação que as 85 pessoas tiveram em 2006, quando o Orkut passou a86 identificar quem visitava o seu perfil. Não faltaram87 reações de indignação. "Qual é a graça se não dá88 mais para espionar a vida dos outros escondido?",89 perguntavam os usuários.90  É difícil imaginar algo assim hoje. Aprendemos a 91 nos comportar na rede como nos comportamos em 92 público. Porque, cada vez mais, estamos mesmo.

Adaptado de: BURGOS, Pedro. O fim do fim da privacidade. Revista Super Interessante - Edição 280, junho de 2010. Disponível em http://super.abril.com.br/tecnologia/fimfim- privacidade-580993.shtm.

Considere as seguintes propostas de reescrita para o seguinte trecho adaptado do texto.

"Qual é a graça de continuar usando o Orkut, se não dá mais para espionar a vida dos outros escondido?", perguntavam os usuários.

I – Os usuários se perguntavam sobre qual seria a graça de continuar usando o Orkut, uma vez que não poderiam mais espionar secretamente a vida dos outros.

II – Os usuários se perguntavam: qual será a graça de continuar usando o Orkut, considerando que não se poderá mais espionar a vida dos outros em segredo?

III – A indagação dos usuários era acerca de qual seria a graça de continuar usando o Orkut, já que não seria mais possível espionar em segredo a vida dos outros.

Quais propostas conservam o sentido original e estão em discurso indireto?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III.e) Apenas II e III.

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3. (39346) FGV – 2012 – PORTUGUÊS – Discurso Direto e Indireto

Assinale a alternativa em que se realizou corretamente a transposição das falas do segundo e terceiro quadrinhos do discurso direto para o indireto.

a) O peixe afirmou que alguém havia colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum motivo.

b) O peixe afirmou que alguém colocara aquela minhoca lá e que ela estaria lá por algum motivo.

c) O peixe afirmou que alguém houvera colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum motivo.

d) O peixe afirmou que alguém tinha colocado aquela minhoca lá e que ela está lá por algum motivo.

e) O peixe afirmou que alguém teria colocado aquela minhoca iá e que ela estaria lá por algum motivo.

4. (107831) IFTM – 2015 – PORTUGUÊS – Discurso Direto e Indireto

Leia o trecho:

“– Olá! Como vai?– Eu vou indo. E você, tudo bem?– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você?– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo...Quem sabe?– Quanto tempo!– Pois é, quanto tempo!– Me perdoe a pressa – é a alma dos nossos negócios!– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?– Quanto tempo!– Pois é...quanto tempo!– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas..[...]”

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

No trecho da música “Sinal Fechado”, Chico Buarque utiliza:

a) Discurso Direto; b) Discurso Indireto; c) Discurso Indireto Livre; d) Discurso alheio.

Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o código para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.

http://acasadasquestoes.com.br/prova-imprimir.php?prova=9248021

Gabarito: 1. (26457) B 2. (26489) D 3. (39346) A 4. (107831) A

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Aula 10

PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO

Emprego

Números Pessoas Pronomes Retos Pronomes Oblíquos

Singular primeira Eu Me, mim, comigo

segunda Tu Te, ti, contigo

terceira Ele/ela Se, si, consigo, o, a, lhe,

Plural primeira Nós Nos, conosco

segunda Vós Vos, convosco

terceira Eles/elas Se, si, consigo, os, as, lhes

Pronomes retos (morfologia) exercem a função de sujeito (sintática)

Pronomes oblíquos (morfologia) exercem a função de complemento.

Formas de tratamento

a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.

• Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.

b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.

• André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.

c) O/A X Lhe

• A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.

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Colocação

É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo na frase.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

PRÓCLISE

a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

• Nada me emociona.

• Ninguém te viu, Edgar.

b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que, caso

• Quando me perguntaram, respondi que te amava!

• Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.

c) Advérbios

• Aqui se estuda de verdade.

• Sempre me esforcei para passar no concurso.

Obs.: Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.

• Aqui, estuda-se muito!

d) Pronomes

• Alguém me perguntou isso? (indefinido)

• A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)

• Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)

e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

• Deus o abençoe.

• Macacos me mordam!

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f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

• Em se plantando tudo dá.

• Em se tratando de concurso, A Casa do Concurseiro é referência!

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito - Convidar-me-ão para a festa.

• Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.

• Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.

ÊNCLISE

a) Com o verbo no início da frase

• Entregaram-me as apostilas do curso.

b) Com o verbo no imperativo afirmativo.

• Edgar, retire-se daqui!

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

• Havia-lhe contado aquele segredo.

• Não lhe havia enviado os cheques.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo

• Quero-lhe dizer o que aconteceu.

• Quero dizer-lhe o que aconteceu.

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Gerúndio

• Estou lhe dizendo a verdade.

• Ia escrevendo-lhe o email.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo

• Não lhe vou dizer aquela história.

• Não quero dizer-lhe meu nome.

Gerúndio

• Não lhe ia dizendo a verdade.

• Não ia dizendo-lhe a verdade.

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Questões

1. (35224) FUNDATEC – 2013 – PORTUGUÊS – Elementos Referenciais , Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais, Pronome: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação

Letra cursiva

01  O Estado de Indiana, nos Estados Unidos, adotou, em julho, o Common Core State Standard, uma 02 iniciativa de padronização do ensino básico que torna o ensino da letra cursiva opcional, passível de ser 03 abolido futuramente. Para os defensores do padrão, a letra de forma deve receber prioridade no ensino,04 uma vez que as crianças utilizam cada vez mais computadores. Também é mais fácil para o jovem associar 05 os símbolos das teclas às letras do que desenhar a palavra. A decisão trouxe novamente ........... tona a 06 discussão sobre o desaparecimento da letra de mão. 07  “Quando inventaram a máquina de escrever, também foi dito que ela acabaria com a escrita. Ao 08 contrário, o que acabou foi a máquina de escrever”, argumenta Antonio De Franco Neto, professor, há 45 09 anos, da Escola de Caligrafia De Franco. Para De Franco, o computador surgiu para auxiliar e não 10 substituir, pois escrever à mão, fazendo anotações em um papel, ainda é muito mais prático. 11  O professor encara a medida adotada nos Estados Unidos como um erro. “Todo mundo sabe12 escrever em Indiana. Mas, daqui ......... duas gerações, na hora em que acabar a luz, as pessoas não vão 13 conseguir fazer sequer a letra ‘o’. As invenções tecnológicas não foram feitas para diminuir a capacidade 14 humana e sim para acrescentar. Quando se substitui escrever à mão por teclar, perdemos a capacidade 15 intelectual e produtiva”, argumenta. 16  Em contrapartida, Marcelo E. K. Buzato, coordenador do projeto Letramento, Fronteiras e Cultura 17 Digital, do Instituto de Estudos da Linguagem, da Universidade de Campinas, vê a medida norte-americana 18 como natural, embora complicada. “Acho que não se deve encarar essa decisão como o ‘começo do fim da 19 escrita cursiva’, porque se trata, por enquanto, da abolição da obrigatoriedade, e não da tecnologia em si.” 20  Nesse sentido, é mais provável que haja a migração para outros suportes de escrita, como celulares e 21 tablets, em que há recursos para reconhecer esse tipo de letra. 22  Em 2005, Steve Jobs fez um discurso na Universidade Stanford no qual contou que frequentara um 23 curso de caligrafia quando estudante em Reed College. O Macintosh não seria o mesmo sem a noção de 24 stética aprendida naquelas aulas. O computador da Apple é conhecido por seu design inconfundível e por 25 ser o primeiro a adotar belas tipografias. A professora Diana Vidal, da Faculdade de Educação da 26 Universidade de São Paulo, assinala que a boa caligrafia contribui para formar o senso estético da criança. 27 O ensino da técnica de escrever proporciona hábitos de ordem, ______ e disciplina mental.28  Letra “bonita” significa letra clara, uniforme e legível. Segundo De Franco, quem estuda caligrafia29 aprende a se comunicar melhor e torna-se mais transparente. “Se você tem uma letra confusa e não sabe 30 se prezado é com s ou z, você pode desenhar alguma coisa que possa parecer os dois. Mas, se tem uma31 letra bem definida, é obrigado a saber escrever certo”, explica. Com foco na legibilidade, muitos dos alunos32 que procuram a escola de caligrafia são vestibulandos ou querem prestar concurso e provas em que ter boa 33 redação e caligrafia é o diferencial. 34  Claudemir Belintane, professor de língua portuguesa e alfabetização da Faculdade de Educação da 35 USP, argumenta que o traçado da letra e o manejo rápido contribuem para o fluxo da escrita, mesmo em 36 jovens que misturam a cursiva com a letra de forma. Para ele, é necessário discutir a falta de ensino de 37 técnicas caligráficas antes de refletir sobre qual tipo de letra é melhor. Se a criança achar que escrever é 38 penoso, isso pode levá-la a não desenvolver raciocínios mais longos por preguiça. 39  Belintane afirma que não existem dados conclusivos sobre perdas de habilidades ligadas 40 exclusivamente .......... escrita cursiva. “Essa suposição pressupõe uma concepção _________ do cérebro.41 Se a criança usar tablet, ou mesmo teclado, acredito que, com o tempo, haverá compensações. Outras 42 áreas serão ativadas e novas habilidades surgirão”, explica. Talvez ainda seja cedo demais para dizer o que 43 acontecerá com as habilidades motoras com o possível fim da prática da escrita. 44  Em relação à educação, não é possível concluir sobre facilidades ou dificuldades no aprendizado, 45 uma vez que digitar com fluência, desvinculando o olhar da ação das mãos para o monitor, também exige 46 coordenação motora. 47  A mudança de tecnologia da escrita tem __________ sociais, culturais e cognitivas. Por exemplo,48 a afetividade de uma carta manuscrita não pode ser transposta para meio eletrônico. No entanto, Buzato diz que o

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49 uso de emoticons tem se tornado símbolo de afetividade entre os usuários eletrônicos. A caligrafia,50 por outro lado, está cada vez mais vinculada à arte, como em convites de eventos. No Japão, pouco se 51 ensina escrever as letras do alfabeto ocidental com lápis e papel. No ensino de línguas estrangeiras, 52 prevalece o computador. No Líbano, os calígrafos do alfabeto árabe também são raros. 53  No Brasil, a alfabetização ainda se dá com lápis e papel, embora não exista treino motor para 54 promover uma caligrafia clara como havia no século passado. Ainda assim, Buzato nota que muitos jovens 55 têm retomado a escrita cursiva para enviar cartas em papel pelo correio e manter diários em cadernos e 56 scrapbooks. A escrita cursiva também migra de suporte. Tablets e celulares reconhecem a escrita à mão e 57 muitos tatuam manuscritos. “Acho mais fácil esse tipo de escrita se deslocar e se reespecializar em outros 58 espaços do que sumir”, reflete Buzato.

(FONTE: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/472/artigo245075-1.htm – Texto Adaptado)

Assinale a alternativa cuja relação entre o pronome e o seu referente está INCORRETA.

a) ela (linha 07) – máquina de escrever (linha 07).b) (n)o qual (linha 22) – discurso (linha 22).c) você (linha 29) – De Franco (linha 28).d) ele (linha 36) – Claudemir Belintane (linha 34).e) la (linha 38) – criança (linha 37).

2. (79566) FUNDATEC – 2012 – PORTUGUÊS – Vozes Verbais, Pronome: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação

Alunos e professores amigos no Facebook?

1  Os professores são o novo alvo do Facebook, rede social que, com sete anos de vida, reúne pelo 2 menos 750 milhões de usuários em todo o mundo – no Brasil eram 6 milhões em 2010, data do último dado 3 oficial. De olho no universo escolar, a empresa de Mark Zuckerberg criou uma espécie de “manual de uso”. 4 Gratuito para download, o guia Facebook for Educators (disponível ainda apenas em língua inglesa) traz 18 5 páginas com orientações e possibilidades de uso em sala de aula elaboradas por dois consultores em 6 educação e tecnologia, Linda Fogg Phillips e Derek Baird, além do psicólogo BJ Fogg. A proposta chega no 7 momento ______ as questões ligadas ..... internet estão em efervescência na escola. Afinal, as redes 8 sociais devem ou não ser usadas para fins educativos? 9  A polêmica é grande. Inclusive, em países com altíssima difusão das redes sociais, _______ 10 Estados Unidos. Para se ter uma ideia do imbróglio,o estado norte-americano do Missouri aprovou uma 11 controversa lei que, em tese, restringe a interação entre professores e alunos em redes sociais. Apelidado 12 de “Ato Amy Hestir de Proteção ao Estudante”, a lei proíbe que professores mantenham conversas on-line13 não públicas com alunos, como acontece no chat do Facebook ou via Direct Message no Twitter, por 14 exemplo. 15  No Brasil, o terreno também é arenoso, já que ainda não existe uma legislação específica para .....16 internet. No caso das redes sociais, há um contrassenso. Embora seja comum professores “adicionarem” 17 seus alunos – e vice-versa –, na maioria das escolas Facebook, Orkut ou MSN são programas bloqueados. 18 É possível ignorar que essa comunicação exista e separá-la do ambiente escolar? “Vivemos em uma 19 sociedade ______ estar conectado é parte da vida de todas as pessoas. A aproximação entre alunos e 20 professores nesse contexto é possível e válida, mas é preciso pensar que tipo de relação estabelecer. 21 Afinal, a mediação da relação entre professores e alunos é profissional”, aponta Lilian Starobinas, 22 doutoranda da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora da Escola do Futuro. A especialista acredita23 que as redes sociais podem ser usadas como ferramentas pedagógicas. Além de ajudar os alunos .....fazer 24 uso consciente da rede, o professor poderia encontrar maneiras de agregar valor educacional ao uso da 25 rede social, como, por exemplo, a criação de um perfil de personagem. 26  REGRAS NA REDE 27  Conhecer melhor ferramentas como o Facebook é uma preocupação das escolas que estão 28 buscando se conectar com as novas tecnologias. Renata Americano, coordenadora pedagógica do 29 Fundamental I da Escola Viva, conta que, principalmente no caso dos alunos mais novos, a instituição

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

30 particular localizada em São Paulo recomenda ir com calma. “A gente não tem como gerenciar tudo isso”,31 explica. 32  A necessidade de se interar sobre as redes sociais levou a escola a buscar uma consultoria jurídica 33 no assunto. Além de conversar com os pais dos alunos, a recomendação estabelecida foi que os 34 professores não adicionassem alunos como “amigos” em seus perfis pessoais – para os que já haviam feito 35 isso, o pedido foi que removessem os alunos da rede de amizades virtuais. Segundo a coordenadora, a 36 medida é cautelar. “Não somos contra a tecnologia, mas o Facebook ainda é um espaço que estamos 37 tentando entender”, esclarece. 38  Também localizada em São Paulo, a escola Stance Dual optou por não restringir a interação de 39 professores e alunos via rede social. A escola trabalha com ferramentas da internet e costuma realizar 40 atividades com os estudantes nesses espaços há cinco anos. Apenas o MSN é bloqueado. No começo do 41 ano, foram comprados 26 laptops para serem usados também dentro da sala de aula. Por conta disso, a 42 escola realizou um treinamento com todos os professores, orientando-os sobre o uso das ferramentas 43 disponíveis na rede. “É uma forma de os professores também participarem dessa formação do aluno”, 44 defende Cláudia Mandaio, assistente de tecnologia de informação da instituição. 45 Apesar de não ser uma política oficial, a coordenação da Stance Dual apenas recomenda que os 46 professores criem perfis específicos para se comunicarem com os alunos no ambiente virtual, o que evitaria 47 a exposição da vida pessoal do educador. Foi o que fez a professora de Teatro, Barbara Araújo, ao adotar a 48 ferramenta como suporte para a construção do roteiro de uma peça teatral. A princípio, as duas turmas do 49 9º ano do Ensino Fundamental optaram por escrever o roteiro com a ferramenta de edição de texto 50 oferecida pelo Google – o Google Docs. Entretanto, como não tinham o costume de utilizar o Docs, os 51 estudantes acabavam não interagindo de forma habitual entre si ou com a professora. 52  A solução partiu de uma aluna, que sugeriu o Facebook. Depois de criar um perfil só para a função, 53 Barbara criou um grupo – para as classes. “Todo mundo pode escrever, participar e editar, vira um texto 54 realmente coletivo”, analisa. Além disso, a professora aponta que o uso do Facebook agilizou a produção: 55 “Antes precisava digitar, ler, imprimir. No Facebook eu tenho a resposta na hora, porque os alunos estão 56 sempre lá”. No entanto, a educadora admite que a experiência não teria sido tão positiva, casoela tivesse 57 compartilhado seu perfil pessoal. “O Facebook ainda é um jogo entre o público e o privado”, reflete.

Fonte: (Por Amanda Cieglinski – 14.09.2011 http://www.cartacapital.com.br/tecnologia –texto adaptado)

Em relação ao uso de pronomes no texto, considere as seguintes afirmações:

I – Na linha 17, o pronome seus estabelece relação de posse entre os vocábulos alunos (linha 17) e professores (linha 16).

II – Em separá-la (linha 18), o pronome la, que funciona como complemento do verbo separar, refere-se ao termo essa comunicação (linha 18).

III – Na linha 51, o pronome si funciona como pronome apassivador.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.

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3. (112008) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais, Elementos Referenciais, Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

Considere as seguintes afirmações sobre pronomes do texto e os segmentos a que eles se referem.

I – O pronome as (l. 4) refere-se à palavra áreas (l. 3).

II – O pronome seu (l. 8) refere-se ao segmento [o uso dos] padrões para as informações financeiras das empresas (l. 7).

III – O pronome ela (l. 42) refere-se ao segmento a IFRS (l. 41).

Quais estão corretas?

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11  “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

4. (112051) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Elementos Referenciais, Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais, Classes de Palavras (Morfologia) / Flexão Nominal e Verbal

Considere as seguintes afirmações sobre a relação de referência que se estabelece entre diferentes palavras e segmentos do texto.

I – O segmento naquela colônia portuguesa (l. 12) retoma Moçambique (l. 8).

II – O segmento seus últimos dias (l. 13) retoma [os últimos dias de] Alexandre Roberto Mascarenhas (l. 11 12).

III – O advérbio Ali (l. 35) refere-se a Rio de Janeiro (l. 34).

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de

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27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo>. Acesso em: 24 mar. 2015.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e III.e) I, II e III.

5. (115311) MP-RS – 2016 – PORTUGUÊS – Elementos Referenciais, Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais

Assinale a alternativa que contém uma relação de referência que NÃO está correta.

TEXTO 1

01  O casal chegou .......... cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela, 02 grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel, 03 hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro.04  Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem 05 de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da 06 recepção olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse 07 que não tinha, na pressa da viagem esquecera-os. ― “E como pretende o senhor conseguir 08 um lugar num hotel, se não tem documentos?” — disse o encarregado. ― “Sei lá se vai 09 pagar a conta!”10  O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No 11 terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta 12 hospedaria — havia, mas o dono também desconfiou e resolveu dizer que o 13 estabelecimento estava lotado, dando uma desculpa: ― “O senhor vê, se o governo nos 14 desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma.15 Poderia até receber delegações estrangeiras. Se eu conhecesse alguém influente... O 16 senhor não conhece ninguém nas altas esferas?”17  O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse alguém nas altas 18 esferas. ― “Pois então” — disse o dono da hospedaria ― “fale da minha hospedaria para 19 esse seu conhecido. Assim, da próxima vez que o senhor .........., talvez já possa lhe dar 20 um quarto de primeira classe, com banho e tudo” O viajante agradeceu, lamentando

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21 apenas que seu problema fosse mais urgente. 22  No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava esperando um casal de 23 conhecidos artistas, que viajavam incógnitos. Quando o homem e a mulher 24 apareceram, pensou que fossem eles e disse que sim, que o quarto já estava pronto. 25 Ainda fez um elogio: ― “O disfarce está muito bom.” ― “Que disfarce?” — perguntou o 26 viajante. ― “Essas roupas velhas que vocês estão usando”, disse o gerente. ― “Isso não é 27 disfarce”, disse o homem, ― “são as roupas que nós temos.” O gerente aí percebeu o 28 engano: ― “Sinto muito,” — desculpou-se — “eu pensei que tinha um quarto vago, mas 29 ele já foi ocupado.”30  No hotel seguinte, também não .......... vagas, e o gerente era metido a 31 engraçadinho. Ali perto havia uma manjedoura, disse, que tal hospedarem-se lá? Não 32 seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para surpresa dele, 33 o viajante achou a ideia boa, e até agradeceu. Para lá se dirigiram.34  Não demorou muito, apareceram três Reis, perguntando por um casal de 35 forasteiros. E foi aí que o gerente começou a achar que tinha perdido hóspedes 36 importantes – os mais importantes já chegados a Belém de Nazaré.

Adaptado de Moacyr Scliar, ―A noite em que os hotéis estavam cheios, in Contos para um Natal brasileiro. Rio de Janeiro: Relume/IBASE, 1996, p.9.

a) ela (l.01) – a mulher do casal.b) os (l.07) – os documentos.c) o estabelecimento (l.12-13) – a hospedaria.d) eles (l.24) – o homem e a mulher.e) lá (l.33) – a manjedoura.

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Gabarito: 1. (35224) C 2. (79566) D 3. (112008) C 4. (112051) D 5. (115311) D

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Aula 11

ORTOGRAFIA

Uso dos porquês

POR QUE → equivale a “pelo qual” ou as variações dessa expressão: pelos quais, pela qual e pelas quais. Também ocorre quando se pode acrescentar as palavras “razão” ou “motivo”.

• Não sei por que (razão) ela não veio.

• A situação por que (pela qual) passaste não foi fácil.

POR QUÊ → assim como o porquê acima, pode-se acrescentar a palavra “razão” ou “motivo”, o acento é justificado por anteceder um ponto (final ou de interrogação).

• Eles não foram ao jogo e não sabemos por quê. (motivo)

• Poucos estudam. Por quê? (razão)

PORQUE → é uma conjunção, equivalendo a “pois”.

• Não saiam da aula, porque o professor já vem.

PORQUÊ → é um substantivo, equivalendo a “razão”, “motivo” e normalmente aparece antecedida de palavra determinante (artigo, por exemplo).

• Dê-me ao menos um porquê para sua atitude.

• É importante o uso dos porquês.

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Exercícios

1. Complete com os porquês.

a) Esta é a pior fase ___________________ passei.

b) Não concluí o trabalho, ________________ tive um compromisso.

c) Filosofar é procurar os ________________ de tudo.

d) Ficou furiosa e ninguém entendeu ________________.

e) Não saíste comigo ___________________ estás zangado ?

f) Todos nos empenhamos _________________ queríamos a vitória.

g) Qual o ________________ da sua revolta ?

h) As cidades ______________ passamos eram muito pobres.

i) Ficaremos aqui _________________ ele precisa da nossa ajuda.

j) Um __________________ pode ser escrito de quatro modos.

l) Não há _________________ pensarmos nisso agora.

m) São grandes as transformações ______________ está passando a sociedade brasileira.

n) _____________ caminhos estávamos andando, ninguém sabe.

o) Pense bem, _______________ é fácil enganar-se.

p) O ministro explicou ___________________ concordava com a medida.

q) Eis a razão ________________ o progresso é pequeno.

r) Não há ________________ pensarmos nesse assunto agora.

s) A obra foi interrompida ________________?

t) Não importa saber ¬________________ brigaram as duas famílias.

u) Indaga-se, em vão, o ________________ de tantas experiências.

v) Estranhamos todos; ________________ não vieste?

x) Vá cedo ao teatro, ________________ há poucos lugares.

z) Estranhei a maneira ________________ ele reagiu.

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Homônimos

São palavras com escrita ou pronúncia iguais, com significado (sentido) diferente.

Acender: pôr fogoAscender: subir

Acerca de: a respeito de, sobreA cerca de: a aproximadamenteHá cerca de: faz aproximadamente

Cessão: cedênciaSeção ou secção: parte de um todoSessão: reunião de pessoas

Acento: sinal gráficoAssento: local para se sentar

Acidente: desgraçaIncidente: episódio

Censo: contagemSenso: juízo

Afim: semelhanteA fim de: para, com intuito de

Caçar: perseguir Cassar: anular

Concerto: sessão musicalConserto: ato de arrumar

Tachar: Acusar de defeito, censurar Taxar: regular o preço

Incipiente: inicianteInsipiente: ignorante

Mal: advérbioMau: adjetivo

Parônimos

São palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia ou na pronúncia.

A princípio: no inícioEm princípio: em tese

Ao encontro de: favorávelDe encontro a: contra

Emergir: vir à tonaImergir: afundar

Amoral: indiferente à moralImoral: contrário à moral

Delatar: denunciarDilatar: ampliar

Descrição: ato de descreverDiscrição: modéstia

Descriminar: inocentarDiscriminar: separar, segregar, discernir

Eminente: elevado, célebreIminente: próximo

Emigrar: sair da pátriaImigrar: entrar em país estranho

Flagrante: evidênciaFragrante: aromático

Ratificar: confirmarRetificar: corrigir

Tráfego: movimentação de veículosTráfico: negócio ilícito

Infligir: aplicar penaInfringir: transgredir

Mandado: ordem judicialMandato: delegação de poder

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Conotação e Denotação

Conotação: Sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação própria. Sentido figurado, metafórico.

Denotação: Significado de uma palavra ou expressão mais próximo do seu sentido literal. Sentido real, sentido do dicionário.

• Minha vizinha soltou os cachorros no síndico na reunião de condomínio.

• Soltei os cachorros para correrem no pátio.

Algumas palavras podem apresentar polissemia (vários sentidos no contexto), podemos criar neologismos (criações artísticas ou inovadoras), podemos empregar arcaísmos (palavras em desuso) ou gírias.

Sinônimos e Antônimos

Sinônimos

As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos.

• casa – lar – moradia – residência

• longe – distante

• morrer e falecer

• após e depois

Note que o sentido de algumas palavras é próximo, mas não exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.

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• Feliz, alegre

• Lindo, bonito

Pode existe uma diferença de significado entre palavras sinônimas.

• Comprei uma nova casa. / Comprei um novo lar.

Antônimos

São palavras que possuem significados opostos, contrários.

• mal / bem

• ausência / presença

• fraco / forte

• claro / escuro

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ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. FAMÍLIAS DE PALAVRAS

Os principais processos de formação são:

FAMÍLIA DE PALAVRAS = palavras que possuem o mesmo radical (cognatas).

RADICAL ou RAIZ = é o sentido básico de uma palavra.

AFIXOS = são acrescentados a um radical. São subdivididos em prefixos e sufixos.

Derivação

Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva. Classificamos em 6 maneiras:

1. Derivação Prefixal

Acréscimo de um prefixo à palavra já existente.

• desfazer, impaciente, prever

2. Derivação Sufixal

Acréscimo de um sufixo à palavra já existente.

• realmente, folhagem, amoroso, marítimo, dedilhar

3. Derivação Prefixal e Sufixal

A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

• deslealmente, descumprimento, infelizmente

4. Derivação Parassintética

A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

• anoitecer, acorrentado, desalmado, engordar

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5. Derivação Regressiva / deverbal

Perda de elemento de uma palavra já existente. Ocorre, geralmente, de um verbo para substantivo abstrato.

• Conversar – conversa

• Perder – perda

• Falar – fala

6. Derivação Imprópria

A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

• André Vieira queria uma camiseta laranja.

Composição

Justaposição Aglutinação

• Pode hífen

• Não há perda fonética

malmequer, beija-flor, segunda-feira, passatempo, maria-chuteira

• Não pode hífen

• Há perda fonética

Fidalgo (filho de algo), aguardente (água ardente), pernalta (perna alta)

Outros processos

1. Redução ou abreviação

Refrigerante – refri Cerveja – cevaPatrícia – Pati

2. Sigla

ONU OMS FUNAI

3. Estrangeirismo ou empréstimo linguístico

• Marketing • Shopping • Smartphone

4. Onomatopeia

• Toc , Toc – bater da porta • Hmm – pensamento • Ha Ha Ha! – riso • Atchim! – espirro

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Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes.

• automóvel (auto: grego; móvel: latim)

• sociologia (socio: latim; logia: grego)

• sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

Exemplos de questões de concurso

1. (CESGRANRIO) A palavra “picaretaço” é formada por:

a) aglutinaçãob) justaposiçãoc) parassíntesed) derivação sufixale) derivação prefixal

2. (FUNDATEC) Em relação à formação de palavras, analise as assertivas a seguir:

I – A palavra ininterruptas possui o mesmo prefixo que imposições, cujo significado é de negação.

II – Imediatamente é um vocábulo formado por parassíntese, enquanto disponibilidade é formado por derivação prefixal e sufixal.

III – A palavra biologia é formada por composição, contendo um sufixo grego bio-, que significa vida, e um radical latino -logia, cujo significado é estudo.

Quais estão INCORRETAS?

a) Apenas I.b) Apenas II. c) Apenas III.d) Apenas I e III.e) I, II e III.

Gabarito: 1. D 2. E

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Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos

PREFIXOS GREGOS

PREFIXOS LATINOS

SIGNIFICADO EXEMPLOS

a, an des, in privação, negação anarquia, desigual, inativo

anti contra oposição, ação contrária antibiótico, contraditório

anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno

anfiteatro, ambivalente

apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair

di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão

dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir

e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir, irromper

endo intra movimento para dentro, posição interior

endovenoso, intramuscular

e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudança de estado

êxodo, excêntrico, estender

epi, super, hiper supra posição superior, excesso epílogo, supervisão, hipérbole, supradito

eu bene excelência, perfeição, bondade

eufemismo, benéfico

hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo

hipo sub posição inferior hipodérmico, submarino

para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência

peri circum em torno de periferia, circunferência

cata de movimento para baixo cata-vento, derrubar

si(n)(m) cum simultaneidade, companhia sinfonia, cúmplice

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Questões

1. (112004) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Ortografia

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a divisão silábica da respectiva palavra.1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11  “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

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a) necessidade (l. 1) → ne – ce – ssi – da – de b) europeias (l. 2) → eu – ro – pe – ias c) terceirização (l. 21) → ter – ce – i – ri – za – ção d) adaptadas (l. 35) → a – da – pta – das e) incompreensível (l. 38) → in – com – pre – en – sí – vel

2. (112006) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Formação de Palavras

Na coluna da esquerda, abaixo, estão listadas quatro palavras retiradas do texto; na da direita, são apresentados quatro tipos de formação de palavras.

Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda.

1.interessadas (l. 03) ( ) adjetivo formado a partir de substantivo

2. embalagens (l. 14) ( ) adjetivo formado a partir de verbo

3. financeiras (l. 15) ( ) substantivo formado a partir de verbo

4. contabilidade (l. 17) ( ) substantivo formado a partir de adjetivo

1  A expansão da economia brasileira e a necessidade de investimentos no país têm trazido para o2 Brasil dezenas de empresas de várias partes do mundo. Entre as companhias europeias que aportam3 por aqui, interessadas em atuar como fornecedoras em áreas como infraestrutura e serviços, por4 exemplo, as de pequeno e médio porte começam a enfrentar um problema: a falta de pessoal5 qualificado para atender a norma contábil internacional.6  O Brasil aderiu e adotou rapidamente a norma IFRS (International Financial Reporting Standards),7 que fixa padrões para as informações financeiras das empresas, mas não se preparou para8 universalizar seu uso. A norma entrou em vigor em 2010. As empresas tiveram apenas dois anos9 para se familiarizar com ela. Na Europa, por exemplo, a adoção foi gradual. Países como Canadá, que10 está adotando agora, Estados Unidos e Japão retardaram a entrada da IFRS em vigor.11  “São dois os problemas das empresas de médio porte que chegam ao Brasil neste momento:12 entender a legislação fiscal e encontrar pessoas capacitadas para atender as normas internacionais”,13 aponta Marcello Lopes, diretor da LCC Auditores e Consultores. Nos últimos seis meses, Lopes conta14 ter atendido a 13 solicitações de empresas das áreas de health care, hotelaria, embalagens e15 alimentos ________ procura de soluções para suas demonstrações financeiras. O problema é que,16 apesar da adoção rápida, o conhecimento das novas normas IFRS no Brasil está limitado a grandes17 empresas e a grandes escritórios de contabilidade. Nem os escritórios menores nem as empresas de18 pequeno porte se prepararam.19  O que as empresas têm feito para sanar as dificuldades, em especial as de pequeno e médio porte,20 é procurar, no primeiro momento, um escritório de contabilidade para atender ________ suas21 necessidades mais urgentes. Essa terceirização deve levar no mínimo um ano – “para pôr a casa em22 ordem” – e no máximo três, diz Lopes. É o tempo necessário para preparar um departamento de23 contabilidade interno apto a atender a todas as normas. A contabilidade interna torna o acesso às24 informações mais ________ e permite que a empresa formule estratégias mais rapidamente, o que25 seria uma das vantagens da norma IFRS, comenta o diretor da LCC Auditores e Consultores.26  “As empresas ganham com uma contabilidade voltada para os grandes números, como a proposta27 pela IFRS. Podem administrar melhor seus custos, contas a pagar e a receber, e fluxo de caixa, entre28 outras informações importantes para a gestão”, diz Lopes.29  A complexidade das normas fiscais é apontada por consultores e executivos como o problema mais30 sério para as demonstrações financeiras no país. Se a falta de conhecimento sobre as normas IFRS31 representa dificuldade hoje, pode deixar de ser dificuldade em pouco tempo, na medida em que o32 mercado adotar as regras e a elas se adaptar. Notem que, para a complexidade fiscal, não se vê

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33 solução fácil no horizonte.34  Quando adotou a IFRS, o Brasil criou o RTT (Regime Tributário de Transição), pelo qual as35 demonstrações passaram a ser adaptadas às novas regras. Se, por um lado, o RTT facilitou as coisas,36 por outro, criou um problema. “Na prática, ficaram três contabilidades: a local, caminhando para a37 norma IFRS; a fiscal, com ajustes pelo RTT; e a global, que é usada nos reportes à matriz.”38  Para quem chega ao país, o cipoal fiscal é incompreensível. “Nós fazemos muitas aberturas de39 empresas que estão chegando ao Brasil. Praticamente todas já têm noção de IFRS, mas40 desconhecem a legislação brasileira”, revela Kátia Abade, diretora de outsourcing da Baker Tilly41 Brasil. “O problema, então, é conciliar a IFRS com as normas locais, que são complexas e exigem42 que façamos um esforço para familiarizar as empresas com ela. Explicar essas diferenças ________43 horas adicionais de dedicação.

Adaptado de: BELO, E. Disponível em:<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=7982>. Acesso em: 24 mar. 2015.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 2 – 4 – 1 – 1. b) 4 – 2 – 2 – 3. c) 2 – 4 – 1 – 3. d) 4 – 2 – 2 – 1. e) 3 – 1 – 2 – 4.

3. (112021) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Formação de Palavras

1  Daqui _____ dez ou vinte anos, a internet será muito diferente do que é hoje. Mas como? 2 Tentando responder a essa pergunta, Eric Schmidt, presidente do Conselho Administrativo do 3 Google, e Jared Cohen, diretor de ideias da empresa, escreveram o livro The New Digital Age,4 recentemente lançado nos EUA. Nele, fazem algumas previsões surpreendentes, e nem sempre5 otimistas, para o futuro. 6  "Nunca mais escreva na internet nada que você não queira ver estampado na capa de um7 jornal", advertem Cohen e Schmidt. A internet não esquece nada. E isso afetará a vida de todo8 mundo. Se uma criança chamar uma colega de "gorda" na rede, por exemplo, poderá manchar a 9 própria reputação pelo resto da vida – pois todo mundo saberá que, um dia, ela praticou bullying. 10 Inclusive potenciais empregadores poderão deixar de contratá-la. Uma foto, um comentário, um11 post infeliz poderá trazer consequências por muito tempo. 12  Schmidt diz que a internet deveria ter um botão "delete", que permitisse apagar para sempre 13 eventuais erros que cometamos online. Isso é muito difícil, pois alguém sempre poderá ter copiado14 a informação que queremos ver sumir. Mas surgirão empresas especializadas em gerenciar a nossa 15 reputação online, prometendo controlar ou eliminar informações de que não gostamos, e empresas 16 de seguro virtual, que vão oferecer proteção contra roubo de identidade virtual e difamação na 17 internet. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, onde as 18 pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", dizem os autores. 19  O Google já sabe muita coisa. Mas, no futuro, poderá saber ainda mais. Isso porque as 20 informações que hoje ficam em bancos de dados separados, como a sua identidade (RG), registros21 médicos e policiais e histórico de comunicações, serão unificadas em um único – e gigantesco – 22 arquivo. Com apenas uma busca, será possível localizar todas as informações referentes ________ vida23 de uma pessoa. Algumas delas só poderiam ser acessadas com autorização judicial, mas sempre24 existe a possibilidade (e o receio) de que isso acabe sendo desrespeitado. Um exemplo recente:25 em maio, vazou na internet um documento no qual o FBI autoriza seus agentes a grampear os e-26 mails de qualquer pessoa, mesmo sem permissão de um juiz. 27  Ademais, a internet permite que as pessoas se informem, se comuniquem e se organizem de

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28 forma livre e independente. Ou seja, ela dá poder ________ pessoas. Com o acesso 29 ________ novas ideias, populações vão questionar mais seus líderes. Imagine o que acontecerá 30 quando o habitante de uma tribo na África, por exemplo, descobrir que aquilo que o curandeiro 31 local diz ser um mau espírito na verdade não passa de uma gripe. "Os governos autoritários vão 32 perceber que suas populações serão mais difíceis de controlar e influenciar. E os Estados 33 democráticos serão forçados a incluir mais vozes em suas decisões", escrevem Jared Cohen e Eric34 Schmidt. 35  A Primavera Árabe é um bom exemplo disso. A internet teve um papel fundamental na 36 organização dos grupos populares que derrubaram os governos de quatro países (Tunísia, Egito,37 Líbia e Iêmen) e abalaram vários outros. No caso egípcio, o próprio Google acabou sendo envolvido38 – pois Wael Ghonim, executivo da empresa no Egito, entrou por conta própria em mobilizações38 online (e ficou 11 dias preso por causa disso). 40  Na era da internet, minorias antes reprimidas também passam a ter uma voz. Mas, na opinião 41 do Google, isso não terá necessariamente um grande efeito prático. É o chamado ativismo de sofá.42 A pessoa pode até curtir e compartilhar conteúdo relacionado a uma causa, mas, na hora de ir para 43 as ruas, a coisa fica diferente. A mobilização virtual nem sempre se traduz em engajamento real. 44 Além disso, a internet permite que os movimentos sociais surjam e cresçam muito rápido, de forma 45 descentralizada e diluindo o poder entre muitas pessoas. Isso acaba fazendo com que esses 46 movimentos tenham muitos líderes fracos, em vez de poucos líderes fortes. Em suma: a internet 47 distribui o poder, mas isso não necessariamente resulta na formação de grandes líderes.

Adaptado de: RODRIGUES, Anna Carolina. O futuro da internet (e do mundo) segundo o Google. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-internet-mundo-google-752917.shtml>. Acesso em: 10 jan. 2015.

Considere as seguintes afirmações sobre a palavra descentralizada (l. 45).

I – Seu prefixo tem o mesmo sentido que o prefixo da palavra desrespeitado (l. 24).

II – Seu sufixo forma adjetivos a partir de verbos.

III – Ela significa o mesmo que descentrada.

Quais estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III.

4. (112025) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais, Inferência, Polissemia e Figuras de Linguagem

Quanto ao uso de linguagem metafórica, considere os seguintes segmentos retirados do texto.

1. se materializar (l. 1)

2. aos tufos (l. 4)

3. dava à luz (l. 16)

4. novas vagas (l. 22)

Há emprego de linguagem metafórica apenas nos segmentos

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

1  O app de chamar táxi faz o motorista se materializar em minutos. E está quebrando as empresas de2 radiotáxi. No AirBnB, você entra, escolhe uma casa disponível para alugar por uma semana e já negocia3 esse minialuguel direto com o dono. Sai bem mais barato que hotel. Lindo, só que não para os hotéis, que4 estão perdendo hóspedes aos tufos.5  O desemprego causado por tecnologia não é exclusividade do nosso tempo. O medo de máquinas6 tomando o lugar das pessoas vem desde pelo menos 350 a.C., com Aristóteles perguntando o que seria7 dos servos quando a lira tocasse sozinha. Mas foi dois mil anos depois do filósofo, com a Revolução8 Industrial, que a coisa ficou séria. Na Inglaterra do século 19, os chamados luditas destruíram fábricas que9 substituíam trabalhadores braçais por máquinas a vapor.10  A maior parte dos economistas apontaria que não adianta se revoltar porque a história das “revoluções11 produtivas” é uma história de desemprego momentâneo. A introdução de máquinas deixou um monte de12 gente sem ter o que fazer no campo. Mas elas migraram para as cidades, e encontraram várias coisas para13 fazer. Quando as máquinas começaram a tomar os empregos em fábricas, essas pessoas foram para o14 campo dos serviços. E essa foi a receita de progresso econômico até aqui: a tecnologia tirava empregos15 num primeiro momento, porque aumentava a produtividade – uma pessoa passava a fazer o trabalho de16 várias pessoas. Depois, o aumento da produtividade criava mais riqueza. E essa riqueza dava à luz mais17 empregos. Pronto. Bom para todas as partes.18  Mas agora parece ser diferente. É o que mostra um cálculo dos pesquisadores Erik Brynjolfsson e19 Andrew McAfee, do MIT. Eles observaram o seguinte: quanto mais aumentou a produtividade ao longo do20 século passado, mais cresceu o número de empregos. Até aí, tudo em linha com a teoria econômica21 tradicional. Mas as coisas mudaram. Por volta do ano 2000, a produtividade começou a crescer num22 ________ bem mais acelerado que a criação de novas vagas. E a distância só aumentou: quanto mais23 produtividade (ou seja: quanto mais tecnologia), menos emprego. Os países do mundo desenvolvido estão24 de prova: boa parte deles sofre com taxas altíssimas de desemprego, que teimam em não voltar aos25 índices pré-crise de 2008.26  E talvez nunca voltem. “A raiz dos problemas não é estarmos em uma grande ________”, eles dizem.27 “Mas no início de uma grande ________”. O problema é que a inovação estaria acontecendo rápido28 demais. E não haveria tempo nem dinheiro suficiente para começar novas indústrias, que ainda não29 imaginamos.

Adaptado de: BURGOS, P. Disponível em: <http://super.abrill.com.br/cotidiano/fim-empregos-769788.shtml>. Acesso em: 23 mar. 2015.

a) 1 e 2. b) 2 e 3. c) 3 e 4. d) 1, 2 e 3. e) 2, 3 e 4.

5. (112027) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Formação de Palavras

Considere as três afirmações abaixo, sobre a formação de palavras do texto.

I – Na palavra radiotáxi (l. 2), radio- tem o mesmo sentido que radio- na palavra radioterapia.

II – A palavra pesquisadores (l. 18) apresenta sufixo que pode formar substantivos a partir de verbos.

III – A palavra tradicional (l. 21) contém sufixo que pode formar adjetivos a partir de substantivos.

Quais estão corretas?

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1  O app de chamar táxi faz o motorista se materializar em minutos. E está quebrando as empresas de2 radiotáxi. No AirBnB, você entra, escolhe uma casa disponível para alugar por uma semana e já negocia3 esse minialuguel direto com o dono. Sai bem mais barato que hotel. Lindo, só que não para os hotéis, que4 estão perdendo hóspedes aos tufos.5  O desemprego causado por tecnologia não é exclusividade do nosso tempo. O medo de máquinas6 tomando o lugar das pessoas vem desde pelo menos 350 a.C., com Aristóteles perguntando o que seria7 dos servos quando a lira tocasse sozinha. Mas foi dois mil anos depois do filósofo, com a Revolução8 Industrial, que a coisa ficou séria. Na Inglaterra do século 19, os chamados luditas destruíram fábricas que9 substituíam trabalhadores braçais por máquinas a vapor.10  A maior parte dos economistas apontaria que não adianta se revoltar porque a história das “revoluções11 produtivas” é uma história de desemprego momentâneo. A introdução de máquinas deixou um monte de12 gente sem ter o que fazer no campo. Mas elas migraram para as cidades, e encontraram várias coisas para13 fazer. Quando as máquinas começaram a tomar os empregos em fábricas, essas pessoas foram para o14 campo dos serviços. E essa foi a receita de progresso econômico até aqui: a tecnologia tirava empregos15 num primeiro momento, porque aumentava a produtividade – uma pessoa passava a fazer o trabalho de16 várias pessoas. Depois, o aumento da produtividade criava mais riqueza. E essa riqueza dava à luz mais17 empregos. Pronto. Bom para todas as partes.18  Mas agora parece ser diferente. É o que mostra um cálculo dos pesquisadores Erik Brynjolfsson e19 Andrew McAfee, do MIT. Eles observaram o seguinte: quanto mais aumentou a produtividade ao longo do20 século passado, mais cresceu o número de empregos. Até aí, tudo em linha com a teoria econômica21 tradicional. Mas as coisas mudaram. Por volta do ano 2000, a produtividade começou a crescer num22 ________ bem mais acelerado que a criação de novas vagas. E a distância só aumentou: quanto mais23 produtividade (ou seja: quanto mais tecnologia), menos emprego. Os países do mundo desenvolvido estão24 de prova: boa parte deles sofre com taxas altíssimas de desemprego, que teimam em não voltar aos25 índices pré-crise de 2008.26  E talvez nunca voltem. “A raiz dos problemas não é estarmos em uma grande ________”, eles dizem.27 “Mas no início de uma grande ________”. O problema é que a inovação estaria acontecendo rápido28 demais. E não haveria tempo nem dinheiro suficiente para começar novas indústrias, que ainda não29 imaginamos.

Adaptado de: BURGOS, P. Disponível em: <http://super.abrill.com.br/cotidiano/fim-empregos-769788.shtml>. Acesso em: 23 mar. 2015

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

6. (112037) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Semântica e Vocabulário

Assinale a alternativa que apresenta sinônimos adequados para as formas verbais descende (l. 3), estabelece (l. 13) e compartilho (l. 18), respectivamente, no contexto em que elas aparecem.

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

a) desponta – instaura – divido b) provém – entabula – comungo c) provém – fixa – adoto d) desponta – fixa – partilho e) emana – instaura – subscrevo

7. (112045) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Formação de Palavras

Acerca da formação estrutural da palavra Inconfidência (l. 2), é correto afirmar que

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.

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15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo> Acesso em: 24 mar. 2015.

a) ela tem como base a palavra confim. b) ela contém prefixo que significa ‘movimento para dentro’. c) ela é formada através do acréscimo do prefixo in- à palavra confidência. d) ela contém sufixo que significa ‘que pode ser’. e) seu sufixo é formador de substantivos abstratos oriundos de substantivos.

8. (112048) MP-RS – 2015 – PORTUGUÊS – Semântica e Vocabulário

Assinale a alternativa que indica o significado que a palavra tem no texto.

1  De acordo com a sentença proferida em abril de 1792, muitos dos principais envolvidos no2 movimento da Inconfidência Mineira foram condenados ao degredo na África, com ________ dos3 religiosos enviados para conventos em Portugal. Alguns morreram assim que chegaram à África, mas4 outros tiveram no exílio a chance de recomeçar suas vidas. Os demais sentenciados ao degredo5 conseguiram se reerguer trabalhando no comércio ou ocupando cargos importantes na administração6 local, e alguns até se reintegraram na vida política brasileira.7  O caso mais curioso ocorreu com o jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).8 Condenado ao degredo em Moçambique, ele recebeu tratamento especial assim que lá chegou: ficou9 hospedado na casa do ouvidor José da Costa Dias de Barros e foi nomeado Promotor do Juízo de10 Defuntos e Ausentes, cargo que exerceu de 1792 a 1805. Em 1793, antes de completar seu primeiro11 ano no exílio, Gonzaga se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha do comerciante Alexandre12 Roberto Mascarenhas. Por ser o único advogado habilitado naquela colônia portuguesa, militou na13 profissão até seus últimos dias, tendo sido reconhecido em 1800, num documento coletivo que traz a14 assinatura do próprio inconfidente, como “uma das principais pessoas da cidade de Moçambique”.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

15  Quem também prosperou no continente foi José Álvares Maciel (1761-1804), naturalista formado16 na Universidade de Coimbra. Assim que chegou a Angola, ele se tornou representante comercial dos17 negociantes da cidade de Luanda. Por conta de seus conhecimentos de ciências e mineração, foi18 designado pelo governador, em 1797, para descobrir jazidas e instalar uma fábrica de ferro em19 Golungo. Em março de 1800, com alguma improvisação e o auxílio de 134 escravos, a pequena20 siderúrgica começou a produzir ferro. Com os bons resultados obtidos, Maciel sugeriu que fossem21 recrutados trabalhadores em Minas Gerais para fazer o serviço de forma satisfatória. O empenho do22 inconfidente lhe rendeu elogios do próprio príncipe regente D. João.23  Outro sedicioso a receber recomendações reais foi José de Resende Costa Filho (1764-1841),24 acolhido em Cabo Verde pelo secretário de Governo, o naturalista fluminense João Diogo da Silva25 Feijó, para prestar serviços burocráticos. Nomeado ajudante da Secretaria do Governo e oficial de26 escrituração do Real Contrato da Urcela, Resende acabou sendo promovido ________ a secretário de27 Governo, como sucessor de Feijó, em 1795. Três anos depois, ele assumiria o cargo de escrivão da28 Provedoria da Real Fazenda, onde ficou até 1798, quando se tornou comandante da Praça de Vila da29 Praia – antiga capital de Cabo Verde –, tendo ostentado o título de capitão-mor do Forte de Santo30 Antônio até 1803.31  Depois de cumprir sua sentença de dez anos, em 1802 Resende Costa Filho pediu autorização32 para se instalar em Lisboa no ano seguinte. Em Portugal, ele foi nomeado escriturário do Erário Régio,33 cargo que exerceu até 1809. Nesse mesmo ano, o príncipe regente D. João, já no Brasil, chamou-o34 para vir ao Rio de Janeiro e lhe confiou o cargo de administrador da Fábrica de Lapidação de35 Diamantes. Ali também exerceu as funções de contador geral do Erário e escrivão da Mesa do Tesouro36 até 1827. Ainda na década de 1820, Resende foi nomeado procurador da Câmara de São João del-37 Rei, e passou a defender os interesses dos mineiros no Rio de Janeiro. Após a Independência, já38 totalmente integrado à vida do país, foi eleito deputado constituinte em 1823.39 A trajetória desses personagens prova que o degredo não foi drástico para todos os inconfidentes,40 como se conta nos livros. Para alguns, ele foi o ________ para uma retomada em suas vidas.

Adaptado de: RODRIGUES, A. F. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/exiliolucrativo> Acesso em: 24 mar. 2015.

a) degredo (l. 4) – aviltamento b) habilitado (l. 12) – competente c) empenho (l. 21) – iniciativa d) sedicioso (l. 23) – insurgente e) ostentado (l. 29) – alardeado

9. (112039) MP-RS – 2014 – PORTUGUÊS – Formação de Palavras, Acentuação Gráfica

Considere as seguintes afirmações sobre segmentos e palavras do texto.

( ) As palavras delicadeza (l. 3) e polidez (l. 5) apresentam sufixos que formam substantivos a partir de adjetivos.

( ) A palavra família (l. 8) recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua a acentuação da palavra circunstâncias (l. 35).

( ) A palavra possível (l. 12) é acentuada pela mesma regra que preceitua o uso do acento em gaúcho (l. 19).

( ) A palavra intransigente (l. 16) contém prefixo que acresce à base sentido de negação.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,

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3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36.

a) F – F – V – V. b) V – F – V – V. c) V – V – F – V. d) V – V – F – F. e) F – V – V – F.

10. (112041) MP-RS – 2014 – PORTUGUÊS – Semântica e Vocabulário

Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.

Sem prejuízo do significado contextual, seria possível substituir

1. simultaneamente (l. 10) por concomitantemente.

2. eventualmente (l. 11) por fortuitamente.

3. minimamente (l. 22) por diminutamente.

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MP-RS (Secretário de Diligências) – Português – Prof. Carlos Zambeli

Quais propostas estão corretas?

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36

a) Apenas 1. b) Apenas 2. c) Apenas 3. d) Apenas 1 e 2. e) Apenas 2 e 3.

11. (112042) MP-RS – 2014 – PORTUGUÊS – Semântica e Vocabulário

Considere as seguintes propostas de substituição de segmentos do texto.

1. Substituir com graça (l. 13) por graciosamente.

2. Substituir sem civilidade (l. 26) por incivis.

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3. Substituir se reflita (l. 34-35) por se pense.

Quais propostas manteriam o significado da frase no texto?

1  Em geral e para muitos, gentil e educado são a mesma coisa. Ainda que parecidos, são 2 conceitos distintos e não totalmente relacionados entre si. O adjetivo gentil, do latim gentilis,3 refere-se ao que descende de nobre linhagem; portanto, demonstra elegância, e pela delicadeza4 e graça desperta empatia, seja pelo encantamento, seja pelo requinte de seus comportamentos.5 Por educado, entende-se aquele que se educou e, portanto, tem polidez e civilidade. Lembrando 6 sempre aquilo que bem afirmou Albert Einstein: “Educação é aquilo que fica quando esquecemos 7 o que nos foi ensinado”. 8  Em uma festa de família, por exemplo, é natural que todos os primos nos pareçam, e sejam, 9 gentis e educados. Quando inseridos em ambientes hostis e inóspitos, todos podem nos parecer 10 simultaneamente não gentis e mal-educados. Interessante é observar contextos em que 11 eventualmente um conceito contradiz o outro. 12  Quando estamos em uma fila, por exemplo, é possível termos comportamentos gentis e mal-13 educados, bem como o oposto, não gentis, porém educados. Aquele que com graça estabelece 14 boas conversas pode ser o mesmo que fura ________ fila ou é conivente com tal 15 comportamento, sendo gentil ainda que sem ser educado. Da mesma forma, alguém mais 16 fechado e pouco dado ________ gentilezas, mas intransigente com qualquer má educação, pode17 demonstrar educação, mesmo sem ser necessariamente gentil. 18  Não compartilho o raciocínio, porque é generalizante e injusto, mas há quem diga que esta 19 distinção ajuda a entender duas regionalidades: o carioca e o gaúcho. Na visão de alguns, sem20 meu endosso, o carioca seria mais gentil, mesmo quando não de todo educado; o gaúcho, por 21 sua vez, propenso ________ ser não tão gentil, ainda que, em geral, mais educado. 22  Estabelecidas minimamente as diferenças, resta discutir os comportamentos que despertam 23 mais uma característica ou outra. É correto afirmar que gentileza gera gentileza. E o que gera 24 educação? O conceito “ser educado” é mais complexo do que aquilo que fica na esfera 25 comportamental. 26  Educação vai muito além da escolaridade. Há escolarizados sem civilidade, e há não 27 escolarizados com muita civilidade, ainda que escolaridade seja um dos ingredientes para28 definir o educado, mas longe de ser exclusivo, e talvez não seja o principal. Alguns afirmam que 29 educação vem de berço. Se assim fosse, os irmãos seriam idênticos, e sabemos bem quão30 diversos eles são ou podem ser. Mesmo assim, o ambiente doméstico tem ________ com 31 educação. 32  Em suma, parecer ou ser gentil é mais rápido de se perceber ou simular. Ser educado é mais 33 complexo de se mensurar. Educação vai além dos limites da escola, da família, do trabalho, das 34 ruas, dos amigos, ainda que contenha o todo. Educação é algo mais permanente, ainda que se 35 reflita nas circunstâncias e nas peculiaridades de cada um e de cada grupo social.

Adaptado de: MOTA, R. Zero Hora, 7 set. 2014. p. 36

a) Apenas 1. b) Apenas 1 e 2. c) Apenas 1 e 3. d) Apenas 2 e 2. e) 1, 2 e 3.

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Gabarito: 1. (112004) E 2. (112006) E 3. (112021) E 4. (112025) D 5. (112027) D 6. (112037) B 7. (112045) C  8. (112048) D 9. (112039) C 10. (112041) D 11. (112042) B