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Madrugada de do mingo. Domingueira mar ota, com voc tendo de distribuir sua inspirao malfadada nas pginas do Word, sua libi do ps-adolescente na timeline do Twitter e sua obrigao em ter que repousar mais ced o para mais um explosiv o comeo de semana no trabalho. Ainda sim, se v cativo de algumas boas msicas antes de se decidir sobre o que fazer. Na vel da dico de Caetano eu sigo e me deparo batucando dedos, mos e pernas nessa deliciosa verso de Gal Costa de Voc No Entende Nada , para seu Acstico MTV, em 1997. Aqui, a intrprete goza de boa orquestra e interpretao igualmente mpares, onde o sofisticado surpreendentement e encontra a malcia necessria da letra do prprio Ca. Impossvel no dar aquele sorriso s acana de canto de boca quando a msica chega no eu como, eu como, eu como, eu co mo voc... ou parar para refletir a rotina suburbana e insatisfeita do personag em. Vocs fiquem por a, entendendo ou no entendendo nada, enquanto eu vou aparando minhas arestas aqui para mais uma semana que nossa. E quero que vocs venham comigo!

* Ento. Ontem, um certo texto promovido por este blog tirou o sono de algumas pessoas. No por ter opinies contundentes, provas irrefutveis, comentrios embasados ou que proponha alguma rev oluo na sociedade. No. justamente o contrrio. O texto metricamente trabalhado para s er o oposto de tudo que eu e milhes de pessoas que se preocupam com coeso e coernci a abominamos rendeu algumas boas discusses quanto a um tema relevante, tendo como gancho um fato repercutido nas grandes mdias.

O texto "Fala srio!" foi publicado por este homem que vos escreve como um texto de reflexo sobre a qualidade da educao brasileira. O mote foram as reportagens que divulgavam redaes d

o Enem onde os estudantes utilizavam trechos inslitos para complementar suas argu mentaes, como o hino do Palmeiras e uma receita de macarro instantneo. O problema qu e o prprio texto era to inslito quanto uma redao sem preocupao com informaes, dados incipalmente, uma opinio formada. Pecava por frases de efeito distribudas entre co mentrios que reforavam o lugar-comum.

Ou seja, um tex to no qual estamos familiarizados desde que o tempo tempo e a informao de fcil aces so tanto para os receptores quanto para os emissores. O que vemos nos meios de c omunicao um festival de clichs e discursos inflamados, que at beiram um modelo de crn ica. Como dissertou muito bem o amigo Aruan nos comentrios de ontem:

"Uma crtica de q ualquer coisa". Essas palavras rodaram na minha mente, porque, em sua essncia, er a justamente isso em que o texto se baseava. Ou melhor sintetizado em sua ltima f rase: "por falar tanto sem dizer nada!". Isso refora a base dessa experimentao - ou "pea", como foi pregada no amigo: o quanto o jornalismo vulnervel a toadas vazias , reportagens que no dizem o nada-com-nada, circundam o senso comum e, o pior, in cutido na mente de quem apreende essa informao. Passa despercebida, como passou pe las outras pessoas que leram o texto. A ironia (a doc e e fina arte da ironia...) sobre o tema do texto: educao. Nas TVs, rdios, jornais impressos, portais on-line, enfim, toda forma de comunicao est sujeira a infeliz pr olixidade, onde o comuniclogo no... comunica, como se devia. As mdias se chafurdam em comentrios - faltam notcias! Jornalistas emitem opinies com falta de apoio em in formaes concretas (especialistas, profissionais do ramo a ser discutido) e os "per sonagens", as pessoas que ilustram a matria. As pautas prticas denotam chegam no nv el de argumentao desse texto, onde qualquer coisa se encaixa em qualquer coisa. O "jornalismo-opinio" confronta os fatores de noticiabilidade, em que apenas a pala vra do emissor se valida. Um exemplo evidente est na cobertura de matrias policiai s, onde h mais o espetculo do que a notcia. O "Fala srio!" s ai da fase de "experimentao social" para o que estava condicionado a ser: um alert a. Alerta tanto para consumidores da informao quanto os produtores desta. Estamos sujeitos a ideias de todas as formas, e at as que supostamente so carregadas de pr ovas podem ser uma armadilha intelectual. Uma importante forma de combater a pro lixidade justamente aferir essa ideia: conferir provas, comparar dados e outras matrias do mesmo contedo, analisar a agenda do jornalista e da empresa para qual t rabalha. um trabalho rduo, mas no so apenas os comuniclogos que precisam trabalhar a informao. No basta s compar tilhar montagens de pginas "anarquistas" nas redes sociais ou citar o quanto as e missoras so lixo em hashtags. Parem com os aplausos e faam como disse Gilbe rto Gil em uma clebre frase: "procure saber!".

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Seus olhos no vo s traram. No preciso ter um conhecimento mnimo do universo futebolstico para entende r que h algo destoante com a redao dessa pessoa. Para quem no sabe, as linhas assina ladas em amarelo so trechos soltos do hino do Palmeiras, como divulgado durante esta tera-feira (19) pelo G1 . O que eles fazem em uma redao oficial do Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem) 2012, eu no fao a mnim a ideia... A real inteno do escriba passa pelas mais diversas interpretaes, at mesmo pela "verso oficial" dada por ele mesmo, cuja inteno foi de "testar os av aliadores". No me atrevo a entender o mtodo emprico utilizado por esse rapaz pa ra testar profissionais que j foram testados para tal, e nem me interessa saber a gora. O que me preocu pa apenas o quanto a educao (no) levada a srio na nossa republiqueta. A semana mal c omeou, e j somos recebidos com notcias descabidas quanto s correes das redaes do Enem ue teria, a partir de sua ltima realizao em 2012, o espelho da redao divulgado para c orrees de notas. E o que se viu foi um verdadeiro show de horrores, no se restringi ndo a erros de portugus em redaes de no tas mximas, mas como outros " testadores" que anexaram receitas de macarro instantneo nas dissertaes. E a desculpa se mpre a mesma: ver o nvel de preocupao e segurana durante as correes. Tem como levar a srio um pas que abriga pequenos trolls que despontam na mdia como "paladinos da justia" para fazer pouco do nosso sistema educacional? Tem como levar a srio a organizao de um mtodo para ingressar na universidade pblica que vez ou outra envolv ido em escndalos? At quando a nossa educao vai ser espezinhada, calcinada por galhof as de todo o tipo? At quando vo levar a srio aquilo que deveria desde o comeo ter si do levado a srio? A formao de base to importante quanto formao profissional, mas ao que tudo indica, at o ensino (pblico e particular) est do outro lado do balco de negcios. Estudantes (ou "frequentadore s de aulas") perderam o mpeto de pesquisar, aprofundar seu conhecimento, esto pres os apenas s rotinas de seus estgios e sentem-se satisfeitos com o que os professor es descarregam nas salas. Alguns fingem que aprendem; alguns fingem que ensinam, diludos sob instituies de cursos prticos. E vo fazendo telhados. inadmissvel que um uturo acadmico se comporte dessa forma, sob o pretexto inadequado de "testar" a b anca avaliadora. No h como se especializar, ampliar sua viso, enfim, no h como APREND ER se estamos to desleixados assim com nossa formao. "A gente sem

pre escuta que o pessoal que corrige s l o primeiro pargrafo e a concluso", argu mentou pifiamente o pequeno troll. essa a imagem que temos dos nossos ava liadores, orientadores, mestres? Ser que os nossos trabalhos, exerccios, aulas prti cas sempre so avaliados dessa forma desleixada? O quanto a educao foi esmagada pela irresponsabilidade a ponto dela ser vista dessa forma? O quanto o poder pblico s e omitiu em fazer um bom trabalho, o quanto a sociedade deixou passar erros que seriam evitados ou, no mnimo, remediados? Ser que a educao no merece destaque tanto q uanto a sade, a infraestrutura, a mobilidade urbana? O que dificulta uma grande r eforma e ampliao nos ensinos pblico e privado no Brasil? Ser que MEC, SEDUC, SEMED d a vida so to mazelados quanto ns? A falta de comp romisso com setores bsicos da sociedade uma constante, e apenas se colocarmos os ps no cho e deixarmos de lado desculpinhas, notas de assessoria ou rixas polticas p oderemos SIM investir no desenvolvimento intelectual e na formao dos brasileiros. Pessoas e autoridades devem estar juntas para que o srio seja, enfim, levado srio. A ignorncia um veneno. E vai nos matar pouco a pouco se alimentarmos esse tipo d e impertinncia nas avaliaes afora. Essa uma piada de pssimo gosto. To ruim quanto um miojo estragado. ****

Cumprindo seu papel de levar informao e entretenimento aos seres inspitos q ue compem este inspito brao de galxia, a nossa Divina Comdia leva at voc uma e citante importante notcia. Ou melhor, uma DESEJVEL notcia. Acompanh em: Jennifer Lawrence foi eleita a Mulher Mais Desejvel do Mundo para 2 013, de acordo com a lista anual da revista masculina online, AskMen.< /span> A atriz de Jogos Vorazes subiu do 47 lugar, que ocupou no ano p assado, para o topo da lista este ano, vencendo Mila Kunis, que recenteme nte foi eleita a Mulher Mais Sexy do Mundo pela revista Esquire. A revista fez uma pesquisa com 2,4 milhes de leitores para elencar as mulheres que possuem uma mistura equilibrada de "beleza, inteligncia, ambio e c harme". Mm. Perceberam? Manjam a Jennifer Lawrence? A ninfetinha de "The Hunger Games" e de "X-Men: First Class" (a Mstica/Raven mais jovem) passou muitas e muit as e muitas outras mulheres to belas e atraentes, enfim, "desejveis" quanto ela. O medley ressaltado pelos leitores da AskMen tambm interessante de se notar, afina l, qual homem ou mulher no gosta de encontrar em uma parceira a beleza, a intelign cia, a ambio e o charme, todos juntos, em comunho? E o mais espantoso dela ter sido catapultada de um ano para outro ao primeiro lugar da lista! Linda, jovem (vinte e dois aninhos), loira, seja vestida com roupas de gladiadora, com silicone pintados de azuis ou com o mais belo vestido de festa nas premiaes, Jennifer Lawrence uma mulher bem... Err, gostosa. GostosINHA, devido a idade. Porm, vamos continuar torcendo para que ela continue mexendo com a libido dos cinfilos mais pervertidos como eu. Mas nossa observao no para por aqui, no! Vamos alguns nomes dignos da lista, expr a avaliao custica desse profano blo g e saber se nossa ninfa "voraz" mereceu o primeiro lugar. Go! 2 lugar: Mila Kunis Gostosa. No h outro nome que tome conta da minha cabea quando essa mulher aparece. Seja nas revistas, nas fotos e, claro, nos filmes, Mila Kunis uma mulher linda, deslumbra nte, esperta, carismtica e... gostosa, sim, gostosa de qualquer jeito. Seja dando uns amassos no Justin Timberlake ou chupando danando com a Nata lie Portman, ela nunca vai deixar de povoar nossos pensamentos, dos mais sincero s aos mais sujos possveis... Enfim, no sei se pela minha falta de familiaridade co m a Jennifer e uma verdadeira adorao pela Mil a, mas o primeiro lugar das minhas melhores listas sempre a ter no topo. 3 lugar: Kate Upton "Kate... quem?". Pois , eu tambm fiz essa mesma pergunta. Des culpem a minha falta de conhecimento intil, ento, apelei ao Pai Google para me aju dar. Uma zapeada de leve me deixou a par sobre a modelo Katherine Upton, cujo de staque foi ilustrar a "Novata do Ano" na Sports Illustrated Swimsuit Issue 2 011. E acabou. Bom, ela preenche todos os requisitos de uma modelo, acrescen tando sua beleza loira e seu olhar penetrante. Ah, e o fato de que seus pais inc haram "milagrosamente" do ano retrasado para c! 4 lugar: Rihanna Dispensa apresentaes. Outra mulher atraente, sensual, provocante e, como d iria o meu mecnico, "boazuda, s!". Mas essa "boazuda" j foi BEM MAIS "boazuda", ant es de cortar o cabelo demais, tingir o cabelo demais, fazer clips performticos de mais, emagrecer demais e apanhar do namorado demais. Sndromes fashionistas afastaram o frescor da ninfa do comeo da carreira, com cabelos longos, bundinha redonda, peitos comprimidos no decote, guarda-chuvas e por a vai... Por esses "de scuidos", ela bem que poderia descer algumas posies para tomar jeito. P, sua linda, vamos ver isso a, hein! 5 lugar: Emma Stone Linda! Linda, linda, linda, nada menos do que isso! A Gwen Stacy da nova srie de filmes do Spider-Man realmente uma mulher desejvel para mim. Jovem, bonit a, loira, olhos claros, sorriso encantador (e um jeitinho de falar que m e pirooooooooou). Alm de ser uma talentosa atriz e de sempre participar de filmes interessantes, do esquizifrnico "Zombieland" at ao sensvel "The Help". Se i que posso cometer algum sacrilgio, mas bem que ela podia ficar alguns espaos fre nte da Rihanna. Nada pessoal, apenas que loirinhas talentosas me cativam bem mai s do que popstars voluptuosas. A nora que mame pediu Deus! 7 lugar: Kristen Stewart A trollada Kristen Stewart pontua quase no fim da lista. Depois de purpu rinar com vampiros adolescentes e gritar que uma bomba de cereja para a me, e nes se meio-tempo ainda se envolver em adultrios magnnimos, a morena est mais calma. E mais bonita. Sim, sim, basta ver suas aparies em "Crepsculo" at os eventos sociais a tuais em que participa - aquela bela transio em que a menina "vira" mulher. E a "c ara de safada" que no muda! Ah, vai dizer que nunca suspeitou desse sorrizinho fa ceiro, hein? O que faltou para ela foi ser lanada mdia em uma produo mais... digna. Enfim, no quero incitar o dio nos fs da saga adolescente, porm, eu tenho certeza que ela seria mais bem vista pela grande parte da sociedade se j tivesse mordido mas e nvenenadas a mais tempo. Ah, e ela tambm merecia um lugar melhor nessa lista. ****

< /div> Amor fraternal. "Cosmopolis" relata a densa jornada do jovem bilionrio Eric Packer, um gni o do mercado financeiro que decide atravessar Nova York em sua limusine, em busc a de um simples corte de cabelo. Porm, diversos empecilhos transformam aquele dia em um verdadeiro caos, como a visita do presidente norte-americano cidade, a qu eda da bolsa asitica que afeta diretamente o seu imprio e a iminncia de uma ameaa su a segurana. Muito mais do que os caprichos de um playboy entediado, "Cosm opolis" expe a megalpole em questo com o seu terror cotidiano, seus problemas socia is, a efeverscncia dos efeitos do capitalismo (tanto para os magnatas quanto para o proletariado) e todas as nuances da mentalidade humana. Isso tudo, em grande parte do filme, dentro de uma limusine, onde Eric no s usa para trafegar pela cont urbada cidade, mas tambm faz dela o centro de sua vida excntrica, funcionando como sala de reunies, consultrio mdico, div e at mesmo quarto de motel. Cronenberg refora sua veia, j conhecida em outros trabalhos do autor como "A M osca" ("The Fly", 1986) e o recente "Um Mtodo Perigoso" ("A Dangerous Method", 20 11), para desnudar a ambientao depressiva e catica do romance de DeLillio. Transcre vendo dilogos inteiros do prprio livro, o diretor capta a inquietude dos personage ns, que observam na confuso da prpria cidade e do mercado financeiro um reflexo de suas vidas. O dia a dia, a sociedade, tudo retratado sob a tica do homem ps-moder no, capitalista, que abdicou das relaes humanas e enxerga apenas um mundo frio e s em esperanas. A questo da juventude debatida, o que ganha amplos aspectos na interpretao calculada de Robert Pattinson, outrora o vampiro "Edward Cullen" da saga juvenil "Crepsculo". Ele d vida ao bilionrio de vinte e seis anos que responde apenas aos impulsos intelectuais, no dando espao ao sentimentalismo, que busca na prpria sordi dez do mundo moderno a sua redeno. Digno de nota tambm so os coadjuvantes, como a be lssima Sarah Gadon, que interpreta a noiva fragilizada de Eric Packer; e o atorme

ntado Paul Giamatti, uma figura importante nos vinte minutos finais da pelcula, q ue trar essa to sonhada "redeno". Considerado como mestre do horror grotesco, David Cronenberg ganhou ares bem mais experimentalistas, transformando sua adaptao num baluarte psicolgico ao s istema econmico e da sociedade capitalista. Ali, percebemos que, seja com alguns bilhes a mais ou a menos na conta bancria, ainda somos engrenagens desse imenso si stema - e nossos universos particulares quebrariam junto com a bolsa de Nova Yor k. Bang!

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E eu achando que o Apocalipse era a pior coisa que poderia ter acontecid o. Estava toa na vida, quando me deparei com a mais bizarra das mais bizarr as das notcias. Sim, no advm de nenhum site de notcias humorsticas - okay, algumas no tcias so realmente dignadas de gargalhadas, mas a credibilidade do veculo de comuni cao ainda maior do que os "Sensacionalista" e "G17" da vida. Mas dessa vez, a real idade foi bem mais tragicmica do que o fictcio. E, fazendo minha as palavras do am igo que indicou a notcia, eu s consigo dizer: QUE PORRA DE NOTCIA ESSA? No quero entrar naquele discurso intolerante que por vezes rolam nas mdias sociais dos grandes portais de notcia, de que "notcia tal" irrelevante, "notcia is so" no acrescenta em nada, "notcia aquilo" alienao e no-sei-o-qu... Mas qualquer pess a em s conscincia s expressaria uma reao ao saber o drama que o animal de um senador qualquer sofreu durante os ltimos dias. E nessa pequena prola apocalptica, podemos

fazer ressalvas deveras interessantes. Como por exemplo, err, PORQUE CARALHOS VO ADORES UM SENADOR TEM UM PAVO DE ESTIMAO? Uma criao de bichos emplumados no quintal, alis. Ser que isso entrou em alguma pauta de discusso pela oposio? Olha a, prato cheio para trocas de farpas e indiretas bem diretas... Bom, mas no sejemos ignorantes: de acordo com uma breve pesquisa na Inter net, a criao de paves um excelente negcio. Os custos de produo so pequenos, o manejo l e a venda das aves adultas e jovens e dos ovos alcana um bom preo no mercado. Fa moso pela beleza e colorido de suas penas, o pavo criado, sobretudo, como ave orn amental, sendo utilizado para enfeitar chcaras, stios e jardins. Suas penas so muit o procuradas, principalmente antes do Carnaval. A carne saborosa, embora seu con sumo no Brasil ainda seja restrito. Talvez vossa excelncia desejasse expandir os seus dividendos alm do que recebe no Senado, no? Vai saber... Segunda ressalva o dono do animal ter ido at uma rdio para comunicar o fat o. Imagine voc, ouvinte assduo dos programinhas matinais da frequncia, saber que o senador que nunca ouviu falar est procurando por um pavo. O locutor mete aquele "C all Me Maybe" maroto, ao meio-dia, e, de repente, voc bate o carro de susto com t amanha bizarrice. Isso que levar os fatores de noticiabilidade srio, hein, produo! Terceira ressalva a situao inslita em que o pobre animal se envolveu: sequestrado, depenado e devolvido ao dono! Essa a nica parte que realmente me interessou na no tcia, j que no concordo com qualquer forma de agresso - sim, agresso, imagine ser tir ado de seu reduto e ter todas as suas belas plumagens arrancadas sem mais nem me nos? E sob suspeita de ser usadas em fantasias de Carnaval? Putaquepariu, e eu a chava que o trfico de mulheres em "Salve, Jorge" era preocupante! E a cereja do bolo? O assessor pensando que o sequestrado tinha sido o e x-governador quase homnimo! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA, bitch, please! Imagine f azer um furdncio louco na polcia, a equipe chegar no cativeiro e encontrar um bich o sem penas? Ou ser que o assessor queria dizer que o poltico abria seu rabo para qualquer um? Ah, meu Deus... Cabeas vo rolar nessa CPMI! por isso que eu digo: EU TE AMO, JORNALISMO! "Salve, Jorge". i nteressante - e importante - essa conjuno entre os veculos de comunicao com os trabal hos dos artistas, principalmente entre novelas e cantores iniciantes, pois aprox ima a audincia das msicas que ficam restritas apenas em rdios e paradas musicais da MTV. Tal qual o caso de Adele com a trilha da novela "Fina Estampa": da noite p ara o dia, ela, que j comeava a despontar nas rdios, foi catapultada ao status de s emideusa, graas ao seu "Someone Like You". Bom, Lana est a para quem quiser, para o que der e vier. Independente da t

rilha em que esteja, espero que ela continue produzindo e encantando fs em cada p onto do globo. Seja por sua voz, por seu rosto de princesa, sua capacidade de cr iao... ou sua "pussy" com gosto de Pepsi Cola. **** Ah, delivery... O que seria das vidas das pobres e enferrujadas engrenagens do sistema s e no fossem eles. Servios de delivery existem desde que o mundo mundo, impossvel no imaginar os soldados romanos pedindo as mais diversas bandejas de quitutes para seguirem em batalha, ou ento, os homens das cavernas fazendo pedidos no conforto das suas cavernas, no melhor estilo Flintstones de ver a vida. No mundo moderno - parece comeo de redao do Enem -, profis sionais das reas com cotidiano mais conturbado possvel so obrigados a se submeter s dores e delcias dos pratos prontos e entregues onde quer que seu c liente esteja. Mdicos, advogados, empresrios, pessoas com mais de um emprego, prof essores. E jornalistas. Os profissionais da rea de comunicao, em geral, vivem com h orrios (e salrios) apertados, logo, somente com uma desgraa muito grande para no enc aixar um tempinho para se deliciar com almoos prticos, sanduches, refrigerantes, ba tatinhas e outras mumunhas mais. Digo isso por experincia prpria. Sempre perdendo alguns minutos pela manh,

calculando mal o tempo de escrever, pesquisar, resenhar, assistir algum filme, e studar, masturbar, me arrumar para o trabalho, gastar combustvel e motor nos engarrafamentos, esquecendo a hora da "boia". O que me sobra? Pegar o primeiro telefone que encontro no newsroom e ligo para o nmero miraculo so. Nham, nham! E o importante variar o cardpio, afinal, no tem prazer nenhum gast ar dinheiro com algo que voc na sua casa, no? E tome fil, peixe, calabresa, massas diversas, saladas estramblicas. E batatinhas fritas, claro! Esse sinnimo de que vo c no trouxe comida na marmita.

Trabalhar em televiso tambm tem suas vantagens. Principalmente se o delive ry est patrocinando sua grade de programaes. Rola uma barganha aqui, uma poro extra a li, um refrigerante a mais. E quando sai de graa? festa da torcida brasileira! E no tem hora, pode ser no almoo mesmo, no jantar, aquele lanche arbitrrio durante a tarde ou antes da novela. E naqueles momentos em que voc no sabe se lancha ou se a lmoa/janta.

Ainda pouco, cheguei me tremendo mais do que uma Toyota em ponto morto. Era quase uma da tarde, e quem disse eu havia comido alguma coisa? Tirando uma o u duas rosquinhas de chocolate no meio do caminho, mas meu corpo carnvoro precisa va de algo mais... volvel. Confesso que, mesmo admirando os servios de delivery, a ideia de manter contato com algum que decidir o destino do que vai me alimentar n as prximas horas me deixa em pnico. muito bom ter sempre um amigo com melhor eloqun cia para anotar os pedidos, ligar, dar boa noite, pedir os pratos, fazer trocas quando h necessidade, dizer a forma de pagamento, dar boa noite.

Dessa vez, eu decidi ser o amigo eloquente. Um saco, mas valeu a pena ao menos, topei com uma atendente que teve um turno bom. Valeu a pena, comida go stosa, bem feita e por um preo digno. Salve o capitalismo, as pessoas que queimam as mos em leo quente, motoboys que quebram os para-brisas dos carros e s vezes esq uecem-se de um troco ou de uma bebida a mais. Salve, salve! S no continue salvando a taxa de entrega, porque ningum de ferro. **** De noite, embalamos seu sono. De manh, ns vamos te acordar .

Bom, quem me conhece deve saber com todas as letras o quanto sou apaixonado por MPB, Chico Buarque. Por cinema brasileiro. Pela valorizao dos sentimentos, do Amor, da amizade, da alegria. Por arte. Mas tambm sabe que minha displicncia amaldioada sempre me empurrou a fim de acompanhar o bom da vida tardiamente... E, qual foi a minha grata surpresa ao acompanhar, enfim, por completo, o delicioso Quando O Carnaval Chegar (Cac Diegues, 1972), em uma tarde modorrenta de tera-feira? Mesmo de posse da trilha sonora e de alguns vdeos pelo Youtube da vida, e do filme, algumas semanas atrs, s hoje que tive o deleite de acompanhar todos os detalhes do quarto longa-metragem do diretor alagoano. T me guardando pra quando o Carnaval chegar

O filme segue uma trama simples, com pequenos e deliciosos desdobramentos. Conta a histria de uma trupe mambembe de cantores de rdio, que batalham diariamente por um espao na mdia e reconhecimento por seus trabalhos. Uma equipe de pessoas com caractersticas prprias, cada um lidando com seus problemas e dificuldades de maneira diversa, uns mais ativos, de pulsos firmes, outros bem mais passivos, conformados. O nico ponto em comum a amizade que todos conservam, encontrando nos amigos a motivao para seguir em frente com suas metas e sonhos. E basicamente, a meu ver, do que se trata o filme. Essa motivao oculta, guardada dentro de ns mesmos e impulsionada pelos amigos, que nos toma de assalto e nos faz seguir em frente, sejam quaisquer as circunstncias. Um pouco Caravana Rolidei , de Bye, Bye, Brasil (1979), to estrelar quanto e bem mais radiante.

Uma turminha boa como posso definir. O elenco praticamente composto por monstros sagrados da Msica Popular Brasileira e cinema brasileiro. No tive outra expresso melhor, assim que assisti o clip final do filme, disponvel no

Youtube. Imagine que orgstico seria uma equipe mambembe formada por ningum menos que Chico Buarque, Maria Bethnia, Narinha Leo, Hugo Carvana, Antnio Pitanga, entre outros? Um sonho! Turminha feliz, criativa, levando o nome da arte e da diverso onde quer que ela esteja. Certamente, eu os estaria esperando em cada ponto de nibus.

Interessante tambm notar que, mesmo sem serem atores natos, a espontaneidade de cada ator foi captada. Cada trao de timidez, cada tentativa de emoo mais elevada, nada escapou aos olhos de Diegues, que transformou o simples em algo grandioso, bonito de se ver. A timidez de Chico, a rebeldia de Bethnia, a delicadeza de Nara, os quotes lingusticos e expresses de Carvana, a simplicidade de Pitanga, a sensualidade implcita de Ana Maria Magalhes. Cada detalhe do melhor da mocidade cada artista e at mesmo de um painel curioso do prprio ser humano como um todo pode ser apreciado. O frescor da juventude de cada um um espetculo a parte, sem exageros um impacto o reflexo que eles passam na tela, de que tambm foram assim como ns, jovens felizes, inseguros, esperando de peito aberto o futuro, com toda sua sorte de anseios e felicidades. Mediado por nmeros musicais cativantes, alguns autorais do prprio Chico Buarque e outras reverncias aos outros grandes compositores do Carnaval, dos musicais e chanchada.

Um dia ainda sou notcia

Os mambembes so Paulo (Buarque), Rosa (Bethnia), Mimi (Narinha), o empresrio Lourival (Carvana) e o motorista Cuca (Pitanga), um grupo que sobrevive realizando shows pequenos e luta por um espao no cruel e desigual show biss, enquanto enfrentam seus prprios problemas pessoais. Na iminncia da realizao de um grande show, diversos problemas pessoais vem tona, impedindo o bom andamento dos nmeros e, principalmente, do elo que os sustentavam. Um momento de reflexo de cada um, onde devem escolher priorizar a realizao de seus sonhos mais pueris ou manter-se ao lado dos seus nicos e verdadeiros companheiros.

Paulo a contraparte de Buarque. Admirado por diversas pessoas e que leva o nome (e fardo) da trupe, ele o arqutipo do jovem poeta, que v em sua vida a fonte de inspirao para escrever, observando cada sutileza que ela apresenta. Como todo bom poeta, valoriza os sentimentos, e deles retira a fora para seguir em frente um paradoxo, j que, mesmo se importando com seus prprios sentimentos, torna-se acidentalmente egosta por no conseguir captar os dos outro, como as pequenas armaes de seu empresrio e o amor recolhido de uma das integrantes. Enfim, literalmente, sempre se guarda para quando o Carnaval chegar , como prenunci a a msica-ttulo. Comea a transpor os sentimentos que tanto trabalha vida real, quando conhece uma moa que pouco a pouco modifica a vida da trupe,

perdidamente apaixonado por ela e a quem rende uma msica e um dos clipes mais espontneos que j vi.< /span>

Rosa representa a exploso emocional da jovem Bethnia. IMPAGVEL observar Maria Bethnia, diva reclusa da MPB, com roupas mais curtas, gestos mais firmes e precisos, fumando, meio rocker e dir igindo uma moto! Um choque cultural a quem se acostumou a v-la sempre simples, pacata, guardando essa rebeldia nas interpretaes musicais e no palco. Rosa oriunda do serto da Bahia, que mesmo de estilo e mentalidade mais moderna, jamais abandonou suas razes, recorrendo ao candombl e influncias baianas para prosseguir. Dividida entre pagar antigas promessas com seus orixs e seu desejo de manter sua pequena carreira musical, Rosa ser o pilar dos amigos, um divisor de guas, quem primeiro decidir se eles devem continuar unidos ou realizarem seu sonho longe um do outro.

Mimi extrai os sentimentos mais profundos da doce Nara. Um papel de carga dramtica e at complexo, diria eu, para algum sem uma formao teatral mais slida. Ento esposa do diretor, pode-se dizer que isso foi um pequeno mimo de seu marido. Mimi herdeira e descendente de uma famlia de bares, se apegando ao passado e ao velho casaro (e nos livros, um em especial, A Menina Morta , de Cornlio Pena), um arqutipo de menina moa , recatada, retrada, romntica. Tem um amor recolhido por Paulo, sentindo-se profundamente triste quando este se apaixona por outra e nem nota o seu sentimento. Mimi se fecha em seu casaro, praticamente de luto fechado, com sua depresso contagiando a todos, com a prpria menina morta dentro de si . Porm, em um golpe de conscincia, ela quem faz o levante para motivar os amigos com o propsito de levar o show onde quer que ele esteja .

Cuca o malandro carioca, nascido e criado nos morros, figura popular que carrega o Rio de Janeiro onde quer que v. Pitanga, em um dos seus momentos mais sorridentes, d a alma ao personagem, um sonhador tocador de cuca, que busca reconhecimento onde sua mente e olhos no podem alcanar. E seus sonhos tem toda possibilidade de virar realidade quando uma bela francesa (Elke Maravilha, em um momento quase irreconhecvel) se perde de amores por ele, lhe fazendo jura de viagens internacionais e de levar o som da cuca para longe dos morros cariocas. Encantado com o novo amor, o crioulo sonhador decide abandonar a trupe, quando o destino e os avisos de seu empresrio lhe do uma rasteira.

Lourival, por sua vez, uma velha raposa. Hugo Carvana segue quase stand-up com seu personagem, dono de uma malandragem mpar, seu Louro quem gerencia o grupo,

catando toda e qualquer oportunidade de vingar seus artistas, com mtodos nenhum pouco convencionais. Escravo do grande nome dos espetculos, Anjo (Jos Lewgoy, igualmente engraado, com esse quase mafioso do ramo musical), e do capanga dele, interpretado pelo supra-sumo da malandragem Wilson Grey. Lourival quer a todo custo emplacar seu grupo, sempre preso em artimanhas e trapaas, como as de Virgnia (Ana Maria Magalhes), a dbia namorada de Paulo, que observa nessa situao uma boa oportunidade de virar artista, percebendo gradualmente a fora da amizade dos cantores, passando at mesmo a lutar por isso.

Debaixo da terra, cantando .

Refletindo bem o perodo no qual a prpria histria brasileira passava, no caldeiro efervescente em que a cultura popular fervia e nos anos de chumbo da Ditadura Militar (impossvel no ligar a festa do Rei com alguma possvel farpa com os ento reis , poca, do Brasil), o sabor agridoce da nostalgia escorre em cada lbio de cada personagem da pelcula. A juventude de todos os presentes um momento eternizado por quem aprecia o bom trabalho da arte, no s na msica ou no cinema.

Atuaes, acordes, letras, ngulos e sorrisos, tudo gravado na retina e guardado no corao, por aqueles que tem um pouco de Paulo, um pouco de Rosa, um pouco de Mimi, dentro de si. Um pouco de Chico, um pouco de Maria, um pouco de Nara, de Hugo, de Antnio. Daqueles que entendem a vida como um grande Carnaval, um espetculo a parte, em que voc o protagonista e mestre-sala. Daqueles que ficam de olhos levemente marejados quando comeam a ouvir a flauta de Mambembe ou batem os dedos freneticamente na mesa com o teclado de Baioque . Daqueles que, mesmo dormindo na estrada, sabem que no nada e esse mundo todo nosso. ****

Jornalismo verdade so outros quinhentos.

**** Esse negcio de bi deve realmente mex

er com a cabea da gente, n? (Os Normais 2 A Noite Mais Maluca de Todas, 2008) Enquanto maquinava esse post, lembrei de um antigo colega de classe meu, que em um acesso, soltou a mxima: ser 'bi' ter dois coraes . Bom, com o passar dos ano s, essa pequena prola a falta de coerncia ganhou um espao a mais nas minhas observaes . By the way, fato que essa histria de sexualidade, opo sexual, preferncias e todo m imimi adquirido nunca foi um grande problema para muita gente. E para mim tambm. Como disse Miguel Fallabella certa vez, a opo sexual das pessoas nunca foi muito p roblema, apenas quando fosse determinar quem iria comer. Seja por farra ou ideol ogia, escolher o que voc vai ser quando crescer, em todos os sentidos, sempre foi um problema. Aparentemente, escolhemos mais para as outras pessoas do que para ns mesmos o poder do que determinamos afeta mais quem est ao nosso redor do que ns, os donos da deciso (e as nicas pessoas que deveriam passar por seus bnus e nus). Por experincia prpria, mais nus do que bnus. Digamos que as pesso as ao meu redor nunca engoliram muito bem o fato de eu ser uma pessoa que gosta d e se divertir . Sexualidade para mim s influencia os meus personagens que eu escrev o, e olhe l. Normalmente, esse tipo de comportamento encarado como luxurioso, per vertido, at demonaco. Bom, que seja. Ultimamente eu no tenho dado ateno s asneiras que tanta gente vomita (ou caga, tanto faz) por a. Ultimamente, eu tenho dado maior ateno aos meus sentimentos, instintos, sinais naturais do corpo martelando em minh a cabea, para lembrar que eu sou mais um animal racional caminhando pelo universo em busca de satisfao. Ultimamente, eu tenho amadurecido alguns porns e entretantos me s, algo que eu deveria ter feito BEM antes, mas que perdovel, tendo em vista poca em que algumas decises pareciam impossveis devido idade. Ultimamente, eu... ... tenho me flagrado to confuso... Acho que se eu pudesse reencontrar o meu colega de turma, eu lhe daria um tapinh a nas costas, e lhe diria: parabns, man, voc estava certo . Excluindo qualquer possibi lidade de frescura da frase, imagine o que voc, pessoa de mente aberta, esprito li vre, intelectualizada, bem relacionada, de bem consigo e com os outros, gostar d e duas pessoas ao mesmo tempo. De sexos diferentes. Sentir fogo por duas pessoas completamente diferentes de si, de personalidades completamente divergentes, at mesmo diferentes de voc. Voc se sente bem com elas, e nem percebe a ponte que os s epara, no dando importncia a tantas desigualdades, importando apenas o fato de que seu corao d suas aceleradas quando surgem seus status de Facebook ou chamadas no c elular. Interessante, no? Em uma sociedade calcada na liberdade (leia-se: hipocri sia), isso soaria mais como enredo de romance proibido para menores. Pois , senhores, mas a vida no um romance, e normalmente o dramaturgo por trs da hi stria nunca tem boas intenes. Mas interessante notar como o decorrer da vida nos pr ega peas. A gente cresce aprendendo que o homem nasce, criado por uma famlia feliz , vai Igreja nos fins de semana, conhece uma garota se relaciona com ela, consti tui famlia, trabalha certinho o resto de sua vida, at terminar os seus dias em um chal no exterior. Mas na primeira derrapada na curva adotado por uma famlia desest ruturada, esquece a religio (ou se entrega a uma completamente fora dos padres), c onhece todo tipo de aberrao social desse mundo e logo abandona os planos de propagar a linhagem. marginalizado, seja pelo seu estilo, seus pensamentos, como se expr essa, com quem se expressa. Ignoram a essncia da pessoa, no esperam nem se arrepen der de verdade antes de conhecer algum. Ficam remoendo o que ela supostamente faz , como os mais falhos dos detetives, remoendo pelos cantos, agindo nas sombras c omo os ratos que de fato so. Todo mundo quer saber com quem voc se deita, nada p ode prosperar. uma maldio. E uma beno. E retornamos ao nus e bnus. meio chato ter de definir tudo

ses tons de branco e preto, definir o que bom e o que ruim, a perda e a recompen sa. Alis, j chato ter de definir o que somos . A maldita necessidade dos mortais em n omear tudo, para no se sentirem menos estranhos do que o habitual. Rtulos so para g elias. Se eu pudesse resumir todo sentimento durante a construo do post, seria o de despreocupao. Feche mais os ouvidos e abra mais o corao ou as pernas, depend endo da ocasio. Se puder gostar de duas pessoas, goste. De trs, de quatro. Viva, t ranquilamente. Consequncias viro. At para respirar voc paga algum preo. Bata o mximo d e coraes que puder, todo trabalho ser do seu sangue, mesmo. **** Aprendemos desde cedo que todo homem nasce, se desenvolve, repro duz e morre no necessariamente nessa ordem, ocorrendo o risco de seu destino ence rrar-se antes mesmo do nascimento, enfim. Mas existem milhes e milhes de eventos o correndo antes, durante e depois desses famigerados estgios. Voc aprende tudo sobr e o mundo que lhe cerca, interage com os outros mortais, frequenta os ambientes sociais nos quais esses mesmos mortais esto inseridos, comea a galgar por sua inde pendncia. Aprende sentimentos, pessoas, faz descobertas, engendra planos, cria mu ndos... Contudo nada, absolutamente nada disso supera o maior sentimento de ind ependncia que o ser humano pode sentir. Experincia nica na vida de quem almeja a li berdade. Reafirma os colhes do homem, o forte, independente, verdadeiro guerreiro valoroso causa da liberdade. Esquea o primeiro beijo, esquea a primeira transa, a bandone o primeiro filho, qui a primeira ponte de safena O lance ir ao banco sacar seu primeiro cheque. Fazendo meninos virarem Deuses, enfrentar aquela odissia de cr iaturas de todos os tipos para receber o quinho do ms sempre dignificou o homem, d isposto a fazer qualquer coisa pelo reconhecimento do seu e$foro. Seja o homem qu e constri casas, projeta armas, comanda estagirios ou passa o dia no Facebook, tod os os assalariados e no-sujeitos a escambos s se sentem vivo$ de verdade em p, cerc ado de trabalhadores, gestantes, lactantes, deficientes fsicos e seguranas desconf iados. Primeiro momento aquela sensao de xtase que acontece justamente na tesouraria da em presa. O papel do cheque ganha um tom a mais, a textura de uma seda, o cheiro da vitria aumentando o nimo, a cor brilhando em suas ris. At a tiazinha do setor lhe p arece uma ninfa grega, oferecendo-lhe o pomo de ouro. Pensa em tudo que fez na e mpresa, sente-se satisfeito, comea a estourar fogos e se molhar com champagne ima ginrios. Comea a fazer planos com o dinheiro, calcular o quanto (no) vai gastar, se nte-se inseguro como vai fazer para retirar o salrio. Segue feliz, at descobrir qu e a princesa est em outro castelo. Ento, como bom Aquiles que , decide enfrentar o castelo mais perigoso: a instituio b ancria, normalmente um banco no qual voc nunca frequentou, nem sabe como a sua atu ao no mercado s sabe que eles contam com jingles toscos e bebs fofinhos que no rasgam papel. H milhares e milhares de cavalos de Tria a sua frente, sempre com seus pro blemas envolvendo nmeros, clculos, reclamaes sobre tempo, calor, e afins. Crianas cho rando no calor, idosos usando cartes do governo como leque. O gerente l atrs gritan do sobre o tempo ou a falta dele. Claro, d para encontrar um ou dois colegas de t rampo e comearem a medir a extenso de suas horas extras como dois tarados medindo seus pintos no banheiro pblico. Quando comeam a olhar demais para o monitor e para o cheque, ih, sinal de que o sistema exibe a sua trollface. Se no sistema fora do ar, algum no seu primeiro dia de emprego. E at assim, voc consegue exibir um sorrisinho faceiro de quem vai receber dinheiro.

E a fila segue. Quase uma dana no baile da saudade, so dois pra l, dois pra c. Um fl ertezinho com a neta do velho de casaco, uma risada para a atendente chubby < /i>do guich 3. Oh, wait!J se passaram quase trinta minutos. Bom, em todo caso, se o salrio no for recompensador, pelo menos d para tirar um sarro do gerente sobre a malfadada lei das filas de banco. Para quem no manjou, o artigo 1 da Lei n 7.806/20 02 prev que o tempo mximo dos servios prestados no guich no deve ultrapassar mais que trinta minutos, havendo at mesmo fiscalizao atravs da Operao Pacincia, em agncias ba as dos municpios de So Lus, Caxias e Balsas, atravs do Procon-MA. A operao seguir por m perodo indeterminado, com avaliao semestral do desempenho da agncia bancria. Vale, ento, seguir a mesma reza de milhares de milhares de pessoas: rigor nas apl icaes da referida lei e ateno para com as pessoas que amargam horas e horas espremid as do seu dia por um atende, no mnimo, respeitoso. Assim, eu teria ficado menos t empo na fila para descobrir que me comeram quase cinquenta contos de ris, por uma dvida que eu nem lembrava mais. , maluco, a gente nem d tanta importncia ao dinheir o, at saber a origem dele. De hoje em diante, vou pechinchar at sorvete de casquin ha. E fim de papo. **** Anjos e arcanjos no pousam neste de n infernal. - Ave Lcifer , Os Mutantes A coisa se processa mais ou menos da seguinte forma: Uma malfadada confraternizao de fim de ano, no jardim da infncia. Um pedido a contr agosto. Choros em ensaios constrangedores no sto. Uma bandeja fervendo de pes de qu eijo. Uma maquiagem escrota j prenunciando minha falta de barba e um figurino pio r ainda. E a guria mais linda da classe era a minha... Me! Era o apocalipse, e eu nem renasci no terceiro dia. Nunca fui um homem muito religioso. Mal li a Bblia mesmo tendo estudado em trs colgios de segmentos religiosos; ia missa uma vez ao ano, muito c omumente nas do aniversrio do meu amigo Marcos Lima ou nas celebraes de um desses c olgios religiosos; j fui catapultado para diversas religies, seitas, crenas e toda s orte de viagens que voc possa imaginar. E, mesmo assim, o Deus do cristianismo e seu compndio de histrias sempre me coaram o juzo, anulando com o passar dos anos o m eu interesse. Interesse, no o respeito. A velha premissa: respeitar, mas no concor dar plenamente com o pensamento alheio. No me considero um ateu propriamente dito , mas busco pontos de exclamao onde residem os de interrogao. Bom, experincias a part e, essa que leva o ttulo desse post foi a mais interessante e irnica. H uns 15 anos, provavelmente minha eterna pureza infantil estampada nesse rosto a ngelical motivou professorinhas a me convidarem para participar de uma encenao da velha conhecida saga do filho d O Criador apenas do nascimento at passagens important es de sua vida, afinal, no de bom tom colocar criancinhas para contracenar com im peradores sanguinrios, prostitutas e coroas de espinhos. Bom, sempre tive opinio f raca, logo, nem minha timidez patolgica me fez dizer um belo no as tias . Assim, tratei de arrumar um cobertor azul e a cara mais surrada do mundo para meu primeiro e at agora, nico papel de destaque.

A coisa ficaria completamente sob controle se o espetculo no fosse apresentado no di a da nossa pequena formatura, se no estivesse cheio de pais engravatados e famili ares de olhos grandes, se no fosse em um palco estrategicamente montado para me c onstranger e se meus colegas trolls no fossem meus parceiros de cena. S para vocs t erem uma ideia, a j citada guria era Maria, que de acordo com os registros era me de Jesus. Me, bicho. MINHA me. No bastasse o violento complexo de dipo em cena (prim eira paixonite a gente nunca esquece, n), eu ainda seria obrigado a me submeter a nascer em um curral com animais de madeira, em seus braos. A parada piora quando e u topo com o valento da turma, uma espcie de Caruso, que praticava bullying comigo bem antes do termo cir cular pelas escolas, sendo o meu pai. MEU pai! Carpinteiro, justo, correto, teme nte a Deus. Quanto paradoxo! Eu no via a hora do teto daquela escolinha se incend iar tal qual Sodoma e Gomorra com tanta heresia junta num lugar s. A loucura aflorava com um gauchinho de anjo Gabriel, um futuro stand-up comedian como Joo Batista, um outro bully como Pncio Pilatos, e por a vamos. A beleza da co isa, claro, estava nos ensaios. Frases curtas, aes mecnicas, risos infantis abafado s. Era engraado como tudo na infncia to simples, basta vestir um guri com uma roupa qualquer, dar meia-dzia de frases soltas e faz-lo acreditar que ele o Redentor, m esmo sem sequer ter sido batizado, ainda. E, claro, matando os pais de orgulho, propcio a piadas sobre seu futuro na dramaturgia. Sem contar as fotos com flash e m cada ensaio e no dia da apresentao a compensao divina foi terem perdido os negativ os desse pastiche, obrigado, obrigado! Dia da pea. Correria, empurra-empurra, organizao feita nas coxas . Lembro-me nitidamen te de estar passando o filme do Ducktales , no SBT. Cara, como eu praguejei por ter de sair de casa nesse dia, confesso que foi minha primeira heresia para com o D ivino. Mais correria, mais empurra-empurra. Aqueles olhos atentos, achando graa d e um monte de anes se debatendo em nervosismo no palco. Ah! No reparem naquele gur i que vomitou Coca-Cola no cantinho, as tias foram mais rpidas em eliminar um anj inho na encenao. Luz, cortinas. Um glido sorriso surgiu em cada rosto naquele momen to. Durou o qu, uns cinco minutos? Talvez. Metade do novo testamento resumido, re presentado pela pior companhia teatral dos ltimos tempos. Ah, mas que se dane. As palmas no final serviram at de consolo. E no se esqueam que tem po de queijo! Ah, m as j tava frio a essa hora. Ironia da porra. No final, deu tudo certo. Menos o caminho do qual a grande maio ria queria que eu seguisse. No fiz mais peas, no fui s missas, s orava quando achava necessrio. O instinto questionador do ser humano me fez enxergar a realidade com outros olhos. Cansei de desgnios divinos, de chorar no escuro com medo do juzo fin al, de fazer promessas apenas esperando o retorno, de ter a mente limpa e o corao sujo. Cansei de muitos dogmas, regrinhas, mimimis pragmticos, decidi que eu vou f azer o meu prprio destino. Mas se rolar um revelao no meio da saga, ainda t esperand o um anjo aparecer para me dizer o caminho. Nada to prximo desse, i hope. Deus me l ivre, eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz . **** Leia as primeiras partes: Filmografia "Batman" - Parte 1 (O Teatro Gtico de Ti m Burton) Filmografia "Batman" - Parte 2 (Santo Pastiche, Batman! ) Fase Nolan O heri tratado como merece Bom, fim da tetralogia. Mas Hollywood insatisfeita e, em alguns casos, f az justia prata da casa. Ento, fomentou-se um projeto mais realista e prximo do som brio que a saga merece, com Darren Aronofsky (pai de Black Swan , 2010), em roteiro conjunto com a lenda Frank Miller para Year One , mas que fora cancelado. Projetos diversos, e eis que a luz no final do tnel ou da caverna, que seja veio na forma de Christopher Nolan, particu larmente um dos meus cineastas preferidos. Ao lado de David S. Goyer, trabalharam em um projeto srio desde 2003 em cima da origem do personagem, arrastando desde o assassinato de seus pais no Beco da Morte, passando pelo seu treinamento ao redor do mundo e a primeira grande apario, fazendo o pblico se identificar com seus dramas, receios, trazendoo mais para perto da humanidade em si, sem exageros ou onipotncias desnecessrias. Escolha na medida certa, ento, para Christian Bale, que realizou um profundo estu do sobre o heri e sua identidade civil, buscando equilbrio PERFEITO entre os dois. Com o protagonista nos rumos certos, o resto da produo seguiu tranquilamen te. Merecem os louros Liam Neeson, como Ra s Al Ghul, escolha precisa a um persona gem ligado diretamente origem do Batman; Michael Caine e seu inenarrvel Alfred, e legante, sarcstico, paternal, a sustentao de seu patro Bruce em meio ao caos; Gary Oldman na pele perfeita do ento Tenente James Gordon, o nico paladino da justia e d os bons costumes em uma sociedade tremendamente corrupta, com fortes sensos de d ever e moral; Morgan Freeman como Lucius Fox, bem reaproveitado personagem, quem sustenta a identidade magnata de Bruce Wayne e dado a mentor intelectual, tambm; Cillian Murphy, queridinho meu e de Nolan, dando vida ao perigoso psicopata e m anipulador Espantalho, um psiclogo forense ligado ao Asilo Arkham, que produz uma toxina que induz medo nas vtimas; e as participaes importantes do mafioso Carmine Falcone (Tom Wilkinson), do esquecido serial killer Sr. Zsasz (Tim Booth) e Joe Chill (Richard Brake), o ponto FUNDAMENTAL na criao do Cavaleiro das Trevas. Cercado de referncias de graphics importantes, como The Man Who Falls (1989 ), Batman: The Long Halloween (1996-1997), sua sequncia, Dark Victory (1999-2000) e o j citado Year One (1987), Nolan foi responsvel pela criao de um mosaico muito intelig ente, transformando o incio de sua trilogia num pico de drama psicolgico. Vale ress altar tambm alteraes interessantes na mitologia como um todo, como a contemporaneid ade no desenvolvimento da histria, a sequncia final com Ra s, e incluso de uma outra pedra fundamental nesse universo, como Rachel Dawes (Katie Holmes), interesse ro mntico de Bruce Wayne, que, mesmo levantando algumas questes, conseguiu levar seu personagem de modo consideravelmente brando tendo dramtica importncia no futuro. Sucesso de pblico e crtica, Christopher Nolan comps um Batman maduro, firme , dramtico, fiel realidade, enchendo aos olhos de fs e meros expectadores por todo o mundo. O que se repetiria em 2008 com The Dark Night , uma jia na filmografia, cr iando mitologias prprias e transformando essa aventura em um novo pico nos filmes de super-heris. Bombardeada por uma brilhante campanha de marketing viral, at hoje possvel ouvir o eco do why s o serious pelo mundo. Aclamado pela crtica, lder em arrecadao e arrebatando indic aes at mesmo ao Oscar, incluindo uma sensvel premiao pstuma de Melhor Ator Coadjuvante Heath Ledger, pela sua magnfica construo como Coringa, um assassino frio, psicopata , doentio, demonaco, perfeito em sua loucura, suscitando comentrios diversos pelo

seu rduo estudo para a composio do personagem, uma vertente jamais esperada da criao espalhafatosa de Jack Nicholson. Falecendo logo aps a concluso das filmagens, o at or um exemplo at hoje de capacidade e determinao, mesclando diversos elementos para um papel que lhe rendeu status de semideus e referncia para a dramaturgia. Em conjunto, temos Aaron Eckhart dando vida a um merecido Harvey Dent, s ustentao para a filosofia pretendida desde segundo filme. O cavaleiro da luz de Goth am o contraponto de Batman, o vigilante implacvel, que sofre todos os reveses na sua cruzada contra o crime. Aqui, Harvey par romntico de Rachel Dawes (agora Magg ie Gyllenhaal, que conseguiu defender precisamente o papel), um homem ntegro, o e xemplo aos gothamitas que ainda acreditam na justia e que believ e in Harvey Dent , marcando um terrvel contraponto contra Batman, sempre sob vi stas grossas de todos. Uma tragdia marca a vida (e o rosto, r!) de Harvey, na reta final, explicitando os conceitos de luz e trevas nos quais a espinha dorsal da pe lcula se prope, repleta de simbolismos, ideais, enfim, um verdadeiro estudo sobre a dualidade nas relaes humanas, as escolhas e sacrifcios que cada coisa nos reserva . Mesmo com pequenos problemas na produo a parte, como locaes, assdio da mdia e o prpr o falecimento de Ledger, nada disso impediu o brilhantismo da obra. E ns agradece mos at hoje, por isso. E o futuro? Dizem que o futuro a Deus pertence, mas por enquanto, s o diretor pode no s responder. A produo de The D ark Knight Rises (Julho, de 2012), escrito por Christopher Nolan e seu irmo, J onathan Nolan, comeou hesitante, porm segue a todo vapor, na tentativa de encerrar magistralmente essa trilogia. Baseando-se no histrico Batman: Knightfall , em The Da rk Knight Returns (1997) e Terra de Ningum (1999), a trama far a insero de importantes personagens: Mulher Gato, longe do apelo pornochanchada do filme de 1992 e mais prxima da original, como uma ladra repleta de artimanhas, interpretada por Anne Hathaway uma surpresa p ara mim, diga-se de passagem ; Bane, por Tom Hardy, agora sim um h omicida perigoso, assustador, com sede de completa destruio, mais prximo dos quadri nhos; e as possibilidades dos brilhantes Marion Coitillard e Joseph Gordon-Levit t interpretarem, respectivamente, Thalia A l Ghul e Alberto Falcone, personagens de importncia em fases distintas do heri . Longe da enxurrada de simbologias do segundo filme, esse tem a pretenso de cont ar uma trgica histria, encerrando a saga do vigilante de maneira memorvel, preocupa ndo-se em juntar referncias dos quadrinhos mais antigos. Espero de todo o corao que seja uma histria bem contada, com um final satisfatrio e dilogos ferrenhos, daquel es de guardar na memria e, claro, uma cena de ao de perder o flego especialmente sem que nenhuma coluna inocente seja quebrada, n.

Bruce Wayne e companhia fez parte no s da minha infncia, mas a de milhes de pessoas que se identificaram essa histria de vigilncia, justia e determinao, vez por outra de pernas bambas por causa de algum diretor/produtor/escritor insano. Mas o que importa mesmo que a asa do morcego continue nos nossos telhados, sempre ala ndo voo contra o crime na cidade m . Hoje, agora e sempre. E voc, porque to srio ? *** Leia a primeira parte:Filmografi a "Batman" - Parte 1 (O Teatro Gtico de Tim Burton)

Fase Schumacher Como arrasar um heri em duas partes E o aventureiro atendeu pelo nome de Joel Schumacher, que dirigiu o vamprico The Lost Boys ("Garotos Perdidos", 1987), seguin do na tetralogia aps a retirada de Tim Burton, movido produo, marcando poca na direo o cruzado de capa. Marcando para pior, infelizmente. Na tentativa de amenizar o tom sombrio demais para os costumes americanos do filme anterior, Schumacher eng endra Batman Forever (1995) e retira Gotham City da era pulp para a new wave, transformando cada paraleleppedo da cidade em uma balinha de LSD. Cores berrantes saltavam tela, forte dose de humor camp herdado do seriado de Adam West, apetrechos tec nolgicos fora de srie, idias rasas e revolues de gaveta. Um filme com sorvete sabor pa stiche . Jogando a ltima p de cal no pouco de moral que o heri tinha nos fs mais xiita s, o novo diretor criou um estilo horroroso, que era um hbrido do antigo diretor com idias suas, na j citada tentativa de suavizar a densidade da atmosfera do univ erso de Batman e seus companheiros. Aproximou, sim, a famlia americana, mas deban dou um sem-nmero de fs que viam um intrpido heri virar um maricas nas mos de Val Kilm er e seu beicinho, sua narrativa estilizada cercada de cores quentes e closes CONSTRANGEDOR ES nos mamilos e ndegas do protagonista. E no para por a: alm do polmico protagonista, que arrumou desafetos at mesmo com os prprios produtores, surgiram prolas como os arrasa-quarteires Tommy Lee Jon es e Jim Carrey, aqui, os respectivos Duas-Caras e Charada, os mais filosficos da galeria de viles do Batman, que foram desconstrudos COMPLETAMENTE para e mbarcarem na loucura herdada pelos viles anteriores, caindo novamente no erro de suplantar a teatralidade exagerada na interpretao dos psicticos, herdada da era Bur ton, como o esquizofrnico Coringa e o sdico Pinguim; Dr. Chase Meridian, interpret ada por uma forada Nicole Kidman, falha tentativa de recriar uma Vicki Vale modern a (que mania essa de Bruce Wayne se encantar e coloca r em risco seu alter ego por qualquer boceta, eu hein...); e, a cereja mais constrangedora do bolo, Chris O Donnell como Dick Robin Grayson, velho demais para um garoto prodgio . Imersos na trama rasa sobre realidades virtuais e manipulao de mentes, o outrora teatro gtico virou teatro rebolado , com tan as invencionices para nada. Mas, enfim, tudo acabou bem, graas a forte campanha de marketing voltada para transformar o batverso em algo mais pop, da linha de brinqued os trilha sonora. Para mim, s mesmo a balada romntica Kiss From A Rose (Sea l) deu um pouco de flego sobre a continuao.

Ento, eis que o novo diretor tambm gostou da graa. E se Burton nos presenteou com um segundo ato, Joel Schumach er incendiou o teatro com platia e tudo e manda goela adentro Batman & Robin (1 997). Diabos! Demnios! A pgina negra na histria, no s do personagem, mas como do prpri o cinema, tem tantos furos que impossvel enumer-los. De incio, os personagens ttulos : George Clooney e Chris O Donnell, representando (muitas aspas nisso) a dupla dinmic a sem dinamismo nenhum, de maneira mais sofrvel que nem Bob Kane poderia imaginar . Fracos, sem expresso, sustentados apenas pelo arqutipo do charmoso playboy milio nrio e do garoto rebelde; Arnold Schwarzenegger e seu DE-SAS-TRO-SO Mr. Freeze, um vilo sem apelo nenhum, catapultado do quinto escalo para ser astro e encabear a vilania anormal da pelcul

a, salvo apenas pelos aparatos tecnolgicos; Uma Thurman e uma infeliz Hera Veneno sa, sensual, mas caindo no erro da teatralidade forada, com vestimenta e cenrios s ados de teatro infantil; Alicia Silverstone, a ninfeta gostosinha que bancou uma Batgirl gordinha, insustentvel na pele de uma rebelde sem causa nenhuma, mescland o poucos elementos da Barbara Gordon dos quadrinhos mas que ainda vale uma punheta, naquela r oupinha colada; Jeep Swenson, como Bane, que, para quem leu Batman: Knightfall (1993), entender o dio sobre o personagem; Elle Macpherson como a INEXP RESSIVA namorada de Bruce Wayne, Julie Madison, que no tem QUALQUER papel fundame ntal ou secundrio na trama, servindo apenas para demonstrar o nvel de insanidade d o diretor. S para citar os menos graves...

Acusada de sua abordagem leve e brega , o filme sofreu crticas de todas as partes. Da escalao ao enredo, tudo, abs olutamente tudo saiu descompassado. Roteiro pobre embasado no lego engano de afa star o protagonista de suas razes depressivas, expondo um Batman mais Bruce Wayne do que o sugerido propondo cenas desconcertantes, como o Batcard , a criao de Bane, uma subtrama com o mordomo Alfred, toda sorte POSSVEL de piadas, trocadilhos, sugestes e a porra tod a com o fato do vilo ser aficionado por baixas temperaturas ( o inferno congelante , m antenha o sangue frio , sou um homem de corao gelado , e afins...), e Gotham City, cada vez parecendo uma gigantesca feira mundial. Minando a ideia de uma continuao, o d iretor abandonou a tetralogia, levando para casa uma enxurrada de indicaes ao Framboesa de Ouro< /a>. Imagina o que no aconteceria se o projeto de adaptao de Batman: Year One pelas mos dele fosse realmente aprovado, hein? Cruzes...

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E amanh:< div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin -bottom: 0cm; text-align: justify;">A saga encontra o seu digno fina l (ou comeo, depende do seu ponto de vista)!O comeo do fim ou o fim do co meo? Mais ns na cabea nesse mesmo bat-canal!< span style="font-family: "Verdana", "sans-serif"; font-size:

10pt;"> ****

Em primeiro l ugar: Bob Kane, obrigado. No foi s apenas a vida de um jovem garoto de Gotham City que alterou avassaladoramente quando t iros irromperam em um beco escuro, assassinando seus pais. A vida de milhes e mil hes de nerds infernais por a tambm mudaram quando um milionrio com incrvel senso de j ustia resolveu vestir uma ameaadora fantasia de morcego e combater o crime. Sado di retamente de The Bat Whisper ( O Morcego , 1930) e da mente imaginativa do escritor Bo b Kane, o Cavaleiro das Trevas logo se tornou um imenso sucesso, revolucionando o mundo com seus enredos repletos de investigaes, um painel de personagens curioso s e inteligentes e muita ao.

Ento, eu, como um nerd infernal influenciado por Bruce Wayne, resolvi traar algumas observaes sob re as adaptaes cinematogrficas realizadas ao longo de anos sobre o personagem, j que recentemente o deus torrent me proporcionou o prazer de assistir esses clssicos como se no houvesse amanh. Bom, a histria do heri todo mundo conhece. Alguns detalhe s, tambm. Portanto, sem mais delongas, vamos entender um pouco do muito sobre a f ilmografia hollywoodiana do encapuzado. Fase Burton Gothic Gotham

A saga em Hol lywood comea com o histrico Batman (198 9), onde as rdeas da direo so assumidas pelo soturno Tim Burton, oriundo de seu bemsucedido Beetlejuice ( Os Fantasmas se Divertem, 1988). Burton foi o pequeno com o p erdo do trocadilho coringa da Warner na construo do universo cinematogrfico do cruzad de capa, redirecionando toda sua capacidade imaginativa de um mosaico gtico para a formao do heri, mesclando elementos originais dos quadrinhos com intuio prpria. Ass im, surgiu uma Gotham City sombria, sufocante, referenciando bem a atmosfera pulp da mesma Gotham de Bob Kane, com seus cidados marginais, polici ais canastres, mocinhas indefesas e um paladino espreita. O heri, aqui, interpreta do por um controverso Michael Keaton, mostra-se como o vigilante implacvel, temor dos criminosos e alvio incerto dos gothamitas, um tpico heri dos q uadrinhos da Era de Ouro, com salpicadas de Frank Miller e Neal Adams. Do outro

lado da balana, surge um arrasador Jack Nicholson, um Coringa de teatro, onde sua loucura mais de faz-de-conta, assim como seu sorriso plastificado. Como todo bo m pulp, h a mocinha do detetive, na forma da bela Kim Basinger, a intrpida jornalista oxigenada Vicki Vale, affair do playboy mili onrio Bruce Wayne pouco lembrada pelos mais jovens fs do morcego. Tudo est l: a c idade gtica (magistralmente retratada pelo inesquecvel Anton Furst), os coadjuvantes e viles pulp, a trama simples que concentra sua fluidez mais no desenrolar das aes dos pe rsonagens a que num mote concentrado, os romances impossveis, os efeitos especiais , tudo l. poca, uma trama que valia a pena, mas que, obviamente, no combina com o ri tmo de um blockbuster atual. Pecou por lanar um personagem com ba ckground j conhecido, preferindo criar subtramas no presente momento um pouco int ragvel aceitar uma origem detalhada do Coringa e, pasmem aliar com a morte dos pa is de Bruce Wayne, sigh a que contar uma trajetria, a origem do heri, como, por ex emplo, realizado em Superman (1982), para o personagem homnimo. A caricatura tambm s aiu ligeiramente do tom, com um vigilante que onipotentemente (leia-se: fakemente ) estava um passo a frente dos criminosos e um vilo que liberava sua esquizofrenia (leia-se: sua franga ) atravs de dancinhas ao som do extravagante Prince, jorrando c ido no rosto de quem sequestrava. Mas no h de se cobrar bom tom dos anos 80, e, s de ver que Nicholson era o Prncipe Palhao do Crime e como Danny Elfman brilhava na trilha incidental, j nos de ixavam satisfeitos, abrindo o caminho para o DC Animated Universe, influenciando Hollywood na mercadologia moderna e tcnicas do desenvolvimento do gnero de filmes de super-heris. Ento, Tim Burt on gostou da graa, e nos presenteou com o ato 2 de seu teatro gtico: Batman Returns (1992), meu tesourinho pe rdido nessa filmografia. Dessa vez, possvel notar a veia forte do diretor, que en cheu os olhos de muita gente subvertendo a poca mais reluzente do ano em um mood pesado, com direito a nevascas e dramas sanguinolentos. O Natal em Gotham foi pontuado com mais romances tempestuosos, maquinaes teatrais e vcios e virtudes por todos os lados. Keaton manteve sua postura de Cavaleiro das Trevas , indistinguindo cada vez mais Bruce Wayne de seu alter ego justiceiro; Danny DeVi to d luz ao dramtico Pinguim, mais um peo no teatro gtico de Tim Burton, que, com se us pesados erros e cruis acertos, foi uma interessante construo; Michelle Pfeiffer surpreendeu tambm, como o outro lado da moeda de Bruce Wayne na forma da inicialm ente introvertida Selina Kyle, mais uma adaptao da mente bisonha de Burton, que d v azo para uma irresistvel e mortal Mulher Gato; o (perdo mais uma vez pelo trocadilh o) coringa da histria aqui Christopher Walken, como o empecilho Max Shreck, notavel mente uma espcie de Lex Luthor de Gotham City. Vicki Vale foi sutilmente removida d o mote principal, sendo at referenciada na metade do filme, quando Bruce Wayne te m um telecoteco com Selina Kyle. Alterando ele mentos dos personagens, principalmente a origem dos viles (de um Pinguim mafioso para rfo rancoroso e de uma Mulher-Gato ladra profissional para ex-secretria-sdica-f emme-fatale-filha-da-me) e carter de alguns personagens (onde est o sarcasmo mordaz do mordomo fiel de Bruce Wayne que lhe de direito?), o diretor novamente vtima d e seus erros, como ausncia de maiores cenas de ao que deram lugar a cenas ainda mai s caricatas (this), paradoxalmente compensad as por bem apostadas cenas de certa sanguinolncia (this) e "sensualidade imprpria" (th is, le mbro nitidamente que fiquei chocado com essa cena quando criana, srio!), que chega ram a barbarizar a sucinta sociedade estadunidense. O ponto alto a famigerada du alidade nas tramas, onde Selina Kyle/Mulher Gato um catico ponto de equilbrio para Bruce Wayne/Batman, que v naquela chistosa ex-secretria um conforto romntico para sua vida conturbada, mesmo que ela por si s j seja conturbada... Em dados momentos , como na reta final, onde os personagens danam no baile e deixam suas identidades secretas bem evidente s, a trama nos envolve sensivelmente, fazendo acreditar que romances impossveis so , de fato, possveis (e at nos faz acreditar que Keaton e Pfeiffer sejam um belo ca sal, assim como um cruzamento de morcego com gata, omg). Assim, capota ndo sem brecar, Batman Returns bateu novos recordes de bilheteria, e expandiu aind a mais o universo cinematogrfico do vigilante encapuzado, espalhando ronronados e guarda-chuvas pelo mundo a fora. Mas o j fatigado Tim Burton no planeja mais cont inuao do universo criado, preferindo manter-se apenas na produo, enquanto algum aven tureiro toma conta da direo. _ E amanh!Entenda como um "cowboy" encerra uma te tralogia desconstruindo tudo o que se construiu? Ser o fim do nosso cruzado de ca pa? No perca nos prximos captulos, nesse mesmo bat-canal< span style="font-family: "Verdana",sans-serif;">! **** Nas ltimas semanas, fomos bombardeados com uma torrente de acontecimentos que me fizeram limpar as lentes dos meus culos para uma melhor observao. Tanto l, como c, d

eterminados grupos de pessoas decidiram tomar uma postura mais radical para tere m maior voz na grande sociedade. Um preo alto, perante a posio de milhares e milhar es de pessoas, que formaram um imenso camarote diante dos fatos e metralharam at gastar todo o tambor com comentrios diversos. Apoios, xingamentos, troas, nulidade s, praticamente tudo foi visto nesses ltimos dias. Eu mesmo, confesso, participei de dezenas de comentrios. Ri, comentei, brinquei, analisei, comprei desafetos, f iz vista grossa, calei pra muitos, consenti pra poucos. At que relutei bastante e m colocar o nariz para fora d gua, sendo at mesmo vtima de uma violenta brainstorming. Mas aquela ponta de agonia escondi da no fundo de cada pessoa me levou a juntar um pouco essas peas e participar, de modo bem mais brando. No custa nada avisar que isso uma anlise puramente emocional, instintiva, sem qualquer pret enso investigativa ou partidria. Ou seja, algo que ns fazemos diariamente, no? de conhecimento geral que pras bandas de l, o prdio da reitoria da Universidade de So Paulo fora ocupado durante a madrugada do dia 2 de Outubro por alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas (FFLCH). E, de uma hora pra outra, senti-me naquela dcada de revolues, transformaes sc io-culturais, de artistas com um pouco mais de requinte... E pessoas com fora de vontade por um ideal, pessoas de mente aberta para possibilidades, que se viam f ragilizadas por proposies adversas e enormes tentculos que manipulavam todos os eve ntos, causando um efeito colateral irreversvel. Na nossa dcada, nada mudou se mudo u, apenas as peas do tabuleiro foram remodeladas. Estudantes viram anarquistas, m ilitantes viram alienados, jornalistas viram referncia, polticos viram patronos. P ara melhor aprofundamento, o que se fortemente debatido a polmica e reforada total itria instaurao da Polcia Militar no campus da USP, justificada aps o assassinato de um aluno no estacionamento da FEA-USP. Nessa corda bamba, os rebeldes sem causa fo ram fortemente sufocados pela indstria jo rnalstica, que mais parecia ter sido tocada por Goebbels e rechaou as aes dos es tudantes, misturando fatos, forjando matrias, criando uma forte frente para evita r que todas as denncias e reclamaes realizadas pelos estudantes viessem a pblico. Lo go, era comum sair por a ouvindo um sem-nmero de detratores aplaudindo agresses a q uem aderisse aos movimentos estudantis. Apanhar pra engolir o choro, aceitvel. Um reitor acusado de corrupo, agindo em total impunidade sob a salvaguarda de padrin hos mais poderosos, tambm.

E se a (falta de) segurana entrou na roda viva das discusses, pra c, o princp io de uma greve promovida por Militares e membros do Corpo de Bombeiros, que rei vindicam melhores condies de trabalho, reposio de perdas salariais e benefcios consti tudos por lei, foi o ponto alto do ms. Reunies, contradies, ameaas, exoneraes, discur inflamados, um esforo em alinhar as atenes da opinio pblica para uma bola de neve ac umulada de anos e anos de submisses. E nem preciso dizer que o que consta n a pauta de reivindicao seria obrigao (eu no falo de favor, considerao ou qualquer outra coisa, de obrigao, obrigao mesmo!) do poder pblico para com todos. A todos, sejam eles dos rgos de segurana pblica, de educao, de sade. Todos. Todos, sem qualquer distino, algo que no parece o foco de u ma secretaria de segurana, cujo maior orgulho possuir em seu cerne a militarizao da segurana pblica, profissionais incapazes que assumem uma postura violenta contra inocentes esses sim, verdadeiramente e bater no peito em assumir que estamos na d eleitosa 7 posio entre os melhores salrios da PM do pas. Desculpe-me, senhores gestores do governo maranhense, mas isso no me honroso. Dev

e ser mais aprazvel torrar em fogo nada brando mais de 10 milhes em passagens areas com empresas sem licitao, no?< /span>

L, os heris parecem mais os viles; c, os viles escondem suas condies de heris. pan>

A culpa? No sei. No de bom tom julgar quem quer que seja, embora nossos ded os comecem a emitir contraes involuntrias para apontar no rosto de algum. H sua parce la de culpados, h a sua parcela de inocentes e... (Ah, meus dedos comearam a treme r...) Pode ser de um governo canalha, que insiste em assumir uma postura displic ente diante de casos que merecem total ateno, bem como colocar jornalistas, blogue iros, advogados e toda uma sorte de vboras na linha de frente (e na folha de paga mento) para revirar, tripudiar do decorrer dos fatos, jogando para debaixo do ta pete persa as falhas cometidas pela gesto inoperante. Pode ser dos comediantes , que se sentem confortveis em transformar tudo em um grande carnaval de memes sem graa e anarquia e que, pior, acreditam fielmente no teor de suas piadas e as usam co mo emisso de opinio particular. Pode ser dos confortveis crticos xiitas, alheios a q ualquer apurao da verdade (ou o mais prximo que se possa chegar a ela) e possuidore s de uma viso unilateral do que noticiado pela indstria jornalstica, cujo interesse nica e exclusivamente pegar elemento s isolados e subvert-los, visando enaltecer um baluarte do que correto e verdadei ro para eles, claro. Pode ser de uma parcela dos prprios grupos envolvidos, cujo n ico propsito aderir turba para manifestar o caos absoluto e sujar o nome de quem nunca conseguiu limp-lo, agindo de maneira truculenta e inconsequente para com a ideologia que nem deveria ter abraado. Comodismo, desinformao e intolerncia do um bel o coquetel molotov.

E a que balas de borracha e bombas de efeito moral doem bem menos do que a opinio pblica. doloroso saber que voc apenas exige o mnimo do Estado, e lhe do em tr oca retaliaes severas. Que voc precisa enfrentar os boletins de ocorrncia e as pauta s policiais para dar sua cara tapa e enfrentar o errado travestido de certo. Que voc precisa ocupar um espao de formao de ideias e senso crtico armado com sprays e p ulso firme contra um aparato de guerra. E o pior: calado. Abrir a boca um perigo irreparvel. preciso preencher certos requisitos para no sofrer represlias de todas as partes. preciso ser pobre, preto, ter passagens na polcia e ter um pai alcolat ra para pedir socorro? Ser que ser paulistano demais ou maranhense de menos denot a carter e opinio? Ser que todo estudante vagabundo e todo policial mafioso? Ser que to subversivo assim dar ouvidos a quem reclama ou passar por cima de quem as crui s evidncias apontam claramente?

como se condio social, ou marginalizada ou bem-sucedida, fosse pecado capit al, insatisfao scio-poltica fosse crime hediondo e opinio contrria Constituio Feder maior compndio de contos de fadas, depois da Bblia) fosse digno de exlio. Opinio agora subverso. O que antes era crimino so, virou comum. A corrupo est no DNA , afirma o medocre. E o mais triste justamente p rceber que pessoas ditas intelectualizadas ou se deixaram levar pela pior impres so ou foram s responsveis pelas tais impresses. E por ns, que testemunhamos tudo isso , impassveis, onde policiais gradativamente viram coronis balaios e estudantes que, num desespero miditicos,

so arremedos de Stuart Angel. So mos uns boais . Uma mocidade fodida, isolada, fecundada em uma gigantesca bolha de hipocrisia.

Em suma, os ponteiros passam ininterruptamente, sem que nada seja colocad o em prtica, enquanto temos tucanos com seus nojentos sorrisos plastificados usan do a mquina de segurana como escudo e arma e velhos demnios inaugurando hospitais n o interior. Enquanto alguns agentes da lei sem qualquer preparo seguem trabalhan do em um rgo falido, ameaando a vida de mais professores de msica e deixando de lado poucos verdadeiros profissionais, que aindam se submetem a trabalhar em condies de risco, equipamentos sucateados, salrios irrisrios e anseios tripudiados. Enquanto estudantes guardam seus sonhos de uma sociedade mais justa apenas para as notas de Facebook e seus pais folheiam a Veja com olhos semicerrados para o quarto trancado. Como se NADA tivesse acont ecido.

S resta essa vontade sbita de ouvir Alegria, Alegria , embora surja Axl Rose g ritando que welcome to the jungle, we got fun and games .

* Msicas durante o post: Aprendend o a Jogar (Elis Regina), Clice (Chico Buarque e Milton Nascimento), Welcome To The Jungle (Guns n Roses), Roda Viva (MPB-4), Podres Po deres (Caetano Veloso), Vaca Profana< /b> (Gal Costa).

* Dedicado : Aruan Drako , pelo incentivo, ainda que indireto, pela construo do texto. Obrigado p or bater de frente contra uma imensa mar de ignorncia (ou comodismo, que seja). Vo c tambm faz a diferena.

* Nmero de batidas na porta: 4, no trabalho; 2, em casa. **** Pois , eu esta va vindo pra c, quando de repente eu vi... Ah, isso no roteiro clich de stand-up c omedy (se bem que "stand-up" com "clich" vira pleonasmo, ento...). C estou para d

elinear o que se passa bem mais a fundo nessa minha cabea multicolorida. Mas tal qual uma nuvem de tags de um blog de quinta categoria, uma das milhes de coisas que voam por elaso os "esteretipos". No, no aquilo que seu filho retardado i njeta no brao pra ficar mais forte que os gals de asilo d' "Os Mercenrios".< !--more--> So aqueles conceitos chatinhos que a gente j estabelece pra determinado tipo de co isa. Por exemplo, uma moa loira, que justamente por ter esse tom de cabelo mais claro, j associada por ter baixo ndice intelectual. Ou um designer de moda (ou u m homem que exera alguma atividade notoriamente feminina) ser de sexualidade duv idosa. E com essa raa complicada de criaturas que gostam de ver ruivas se esfreg ando em travesseiros (-q) que eu vou traar um belo paralelo entre eles... e a minha singela e esquizofrnica pessoa.

Mas quem passa por esse belo blog e l esses trechos deve imaginar que no fao part e da raa masculina. E tal fato at verdadeiro, j que no me enquadro em muitas colocae /esteretipos que OS MACHOS esto sujeitos julgamento. O HOMEM, smbolo da virilidade , da rigidez, da firmeza - e de qualquer outro adjetivo que lembre um pau duro -, o foco principal da raa conhecida como espcie "humana", aqueles seres que habi tam o terceiro planeta, aps a estrela chamada Sol. Espcie fria, calculista, que t ende a reprimir sentimentos e extern-los apenas quando se veem diante de um cop o de cerveja bem gelada ou de duas pernas femininas bem abertas.

Pois bem, senhores. O HOMEM alvo de inmeras referncias, tal qual uma enciclopdia b ritnica (sem a parte da "enciclopdia"). Desde boatos plantados pela outra diviso d a raa, as FMEAS, OS MACHOS j nascem com juzes, jri e executores, prontos para peg-lo s no primeiro encontro com seus esteretipos. Reza a lenda social de que todos OS HOMENS giram seus mundos na rbita de determinados elementos, que definem perfei tamente a personalidade nica deles. E que provavelmente quem no girar em torno de les, acaba sendo excludo socialmente, excludo do gnero, tornando-se quase um pria conhecido nacionalmente como O VIADO. O VIADO uma raa confusa, do qual explica remos nunca um outro dia. Mas basta saber que, fazendo naturalmente part e ou no dos VIADOS, quem no seguir os esteretipos dos MACHOS, ser considerado um.

Mas seriam todos OS MACHOS vtimas de suas maldies sociais. Ser que no existe algum qu e quebre essa regra e no seja considerado um "pria social". E onde eu me encaixo nisso tudo? Bem, veremos mais adiante, seguindo uma paralela de linhas tortas das maldies sociais que OS MACHOS esto sujeitos e a minha participao nisto tudo:

1 -O primeiro sinal para ser considerado um HOMEM voc gostar de um idolatrado esporte, que tem como meta correr freneticamente atrs uma bola, segu ido por mais 10 homens que querem arrancar sou couro ou te ajudar a vencer (na maioria das vezes, apenas a primeira opo). O FUTEBOL. Esse esporte considerado ma nia nacional o primeiro passo para voc se tornar um membro exclusivo e seleto da subrraa dos MACHOS.O problema : euodeio futebol,&nbs p;odeio times, odeio hinos, odeio copa do mundo, odeio vuvuzelas, odeio estdio s, odeio torcedores, odeio tudo, TU-DOque seja relacionado com es se esporte filhadaputa. No conheo as regras, no conheo jogadores, no conheo times, no sei escalao, pontuao, seleo, masturbao, nada. Isso j tira 60% do meu cdigo gentic ino, j que falar de futebol como um batismo de fogo para te definir como homem d e verdade.

2 - lcool, a bebida que enaltece o homem, como diria o rei Salomo. Esse lqu ido bendito-amaldioado que une as massas, junta as naes, movimenta conversa, esti mula pessoas, fez a roda do mundo girar. Confesso que tenho minhas quedas pelo suco de cevada mais querido do multiverso, porm no devoto minha vida totalmente e le. OS MACHOS bebem esse elemento como se fosse o Santo Graal, fazendo rodas de adorao em mesas de plstico e ao provvel som de uma msica vagabunda pagode. A t porque t ficando caro, a j viu...

3 -Pra mim, um pedao de elstico sem gosto, gorduroso e que dizem ser da parte nobre dopoico. Pra eles, um alimento divino, que acompanh ado junto do Santo Graal de cevada, proporciona o xtase profundo. Qual , gente, q ual a graa de bacon, me diz? Um begcio salgado, nojento, que no d nem pra m order direito. Prefiro comer a perna de um defunto de The Walking Dead do que c olocar essa goma de mascar suna na minha boca, blergh!

4 -Aah, a porra mais engraada do mundo... O que seria da raa dos HOM ENS sem seu vcio por tecnologia? Mquinas velozes que eles montam apenas em busca da adrenalina, torrando seus mseros cruzados para transform-las em trofus para ex ibir aos outros HOMENS. Aparelhos eletrnicos nos quais dividem ateno com os outros amigos, se reunindo em campeonatinhos em suas residncias, com muitos falatrios e exibies de fora. , no h como negar: prefiro que tudo isso fique apenas nos catlogos de compra...

5 - Bem, voc no seria um digno MACHO se no fosse pela exibio. Eles gostam de se exibir em lugares que cultuam a perfeio fsica, passam horas suando a camisa pa ra eliminar gorduras infelizes, em um total exemplo de sequereopara outras pessoas. Considerando meu porte fsico e minha depresso com o mesmo, vamos pular esse tpico antes que eu corte meus pulsos com faca de manteiga, e seja ex ecrado totalmente da raa a qual acham que perteno...

6 - Beleza, enfim, algo se concordar. AS FMEAS, a raa querida, a raa que OS MACHOS perseguem o rastro. Dona de orbes fascinantes abaixo do pescoo, de almo fadinhas perfeitas na regio traseira e do "caminho da felicidade", bem l, onde os Deuses proporcionaram com toda exatido para encaixar o membro masculino. Boquin has perfeitas para fazer o que quiser, gemidos gostosos nos decibis completos, m entes perversas o suficiente para arrasar com nossos planos e com licena, porque eu vou bater uma bem ali depois dessa descrio. Conclui ndo essa tese fajuta, penso que sou uma espcie diferente da qual fui condicionad o. Uma evoluo ou uma involuo? No sabemos. Fica a cargo de quem ler esta bodega inte rpretar e analisar, me mandando uma lauda em trs vias e com firma reconhecida pa ra a Universidade Federal dos Estados Unidos de Lugar Nenhum. Enquanto isso, vo u ali assistir Passione, tomando Toddynho e jogando Pokemon Gold. Ah, ouvindo m uito Kate Bush, claro. **** WHOA! Ele est chegando! Saindo diretamente das barbas (e conseq uentemente da costela...) de um operrio presidencivel, usando photoshops e liftings como se no houvesse amanh, e sugando cada gota de dinheiro pblico e bem lavado com marketeiros de primeira grandeza (e ltima categoria), esse gru po mais secreto e influente do que o Priorado de Serro ou a Maomarina ataca com tudo. Esteja preparado, pois eles esto a solta e no tem ningum correndo atrs! Sem Edward Norton ou Brad Pitt no controle, eles so: o CLUBE DA D ILMA!

Influenciados pela literatura da ultrav iolncia, esse punhado de indivduos dispostos a quebrar um bom pau Ui!, surg em despretensiosamente e, de repente, j esto manipulando as mdias globais(ateno, co ntem mensagem subliminar sobre uma emissora carioca), controlando a economi a, usando o horrio dos Legendrios e do Zorra Total pra exibir suas lutas, fugindo

de debates, falando grosso e cuspindo no cho. E nem precisa se preocupar com re putao ou passado, deixa tudo a cargo do editor de vdeo e um bom diretor de arte.< div style="text-align: justify;"> Ma s alto l, seu fauno descarado, 'ts pensando que fcil entrar nesse clubinho de cab eudos com sotaque sulista? No, no, o lance aqui segue fielmente s tradies daquele fil me pra macho, de 1999. Segue a ficha pra voc se tornar um verdadeiro lutador pse udo-poltico. Dale!

A primeira regra do Clube da Dilma voc no fala sobre o Clube da Dilma; A segunda regrado Clube da Dilma voc no fala sobre o Clube da Dilma, caso a um singelo pagamento e algumas cuecas com alta resistncia...; Aterceira regrado Clube da Dilma quando algum gritar pra! , ficar no cho ou desmaiar, a luta acaba, isso, claro, se seu marketeiro souber vir ar o jogo e transformar um vampiro quarento em um desclassificado, a sim voc pode pisar em cima, usar crucifixo e at gua benta; Aquarta regrado Clube da Dilma somente duas pessoas por luta, e ntretanto, se voc for apadrinhado por um presidente ou no mnimo um governador, pod e sentar a ripa com mais de trs; Aquinta regrado Clube da Dilma uma luta de cada vez, tendo a p ossibilidade de fugir de uma luta, usando algum artifcio como "cancelamento de p assaporte" ou "nascimento de um rebento distante"; Asexta regrado Clube da Dilma sem camisa, sem sapatos, e sem sigilo tambm, esteja preparado para ter seus dados violados. Requer cuidado na posse de parasos fiscais ou caso com travecos ; Astima regrado Clube da Dilma as lutas duram o tempo que for necessrio, ou seja, at o dia 3 (trs) de Outubro, salvo se houver segundo turno DEUS NO PERMITA ISSO!; E aoitava regrado Clube da Dilma se for a sua primeira noite no Clube d a Dilma, voc tem que ser ministra da Casa Civil, portanto, mantenha seus dados sempre atualizados e muito cuidado com filhos exercendo cargos polticos, ou pode acabar saindo das pginas do Dirio Oficial pras pginas policiais. Enfim, creio eu que voc est pronto para tal. Ah, e use com moderao o leo de peroba: ele essencial para manter sua imagem de bom moo intacta aps as lutas. Que Deus se ja por ns, e lembre-se:pior que t, num fica... **** Boa noite, amadssimos! - oops, recada de @madalenapobre no vale...

< span class="Apple-style-span">* de novo, 1, 2, 3 , e

Ol, tudo bem, e tem a ltima tambm... - Paulo Henrique Amoringa to last week...

* Take 1, tomada 2 *

Boa noite senhores, senhoras, senhoritas, gays, lsbicas, simpat izantes, humoristas, probloggers, ditadores, compositores, pintores, ETs, demo nistas, parasitas, covers, atores, pees de obra, crentes, kardecistas, mafiosos, torturadores, dramaturgos, nipnicos, biscoitos da sorte, bebs, tartarugas voador as, jornalistas, mortos, bastardos, italianos, babacas, puritanos, sorvetes, te rroristas, comunistas, travestis, vesgos, sertanejos, indies, cariocas, nordest inos, ciganos, mdicos, advogados e pais-de-santo.

Ah, como bom estar de volta ao meu pequeno reduto de putaria informao, cultura e laser (sim, "laser", cuidado seno eu te corto com ele). Aps meses de cio nenhum pouco construtivo, c estou eu levantando a bandeira verme lho-azul-branco deste blog camalenico, quase um corel draw. Vermelho, da cor do sangue que damos para transformar isso aqui em um antro melhor; Azul, da cor do s cus que so a morada dos deuses que nos do inspirao; Branco, pois representa os sen timentos de paz que transmitimos em nossas postagens...

- Ih, s sobrou o pau da bandeira.- pra enfiar no cu da gente.

E eu sou o nico vagabundo disponvel, j que um est a trabalhar/estu dar freneticamente e o outro est enfiado l em Botucatu do Mato Dentro. Assim, me disponho a postar tarde, dormir tarde e acordar na hora do Vdeo Show. Bem, mas que se dane. Como diria o filsofo Tlio Dek: "o que se leva da vida a vida que se leva". E se Drummond estivesse vivo, ele pegaria a deixa pra responder: "e a vi da que se leva o que se leva da vida". T, eu sei que voc no riu disso. Ou seja, vo c s tem at a terceira srie fundamental, ri "rsrsrs" no Orkut (coisa que to "pochete " hoje em dia, foffys) e j me aos 15 - e ser av aos 30. Meu beijo pra voc. ;*

E sobre o que falaremos? Sobre nada. E sobre tudo. Calma, q ue isso no post do "[Des]contados", relax. Vou comentar meio que rapidamente sobre dvidas de meu cotidiano qu e pretendo dividir com vocs. Calma, que isso tambm no meu Twitter< /b>. E, acredite ou no, ele se resume em: SOA P-OPERAS. Sim, o produto tipo exportao que h tantos anos aliena... digo, entretm o povo brasileiro. E tal como Lost e seus mistrios, hoje vou trazer a luz para mu itos mistrios que rondam as soap-operas atuais.

Ou vai me dizer que voc sabia que do c ruzamento entre o Tot e a Bete Gouveia, nasceu o Chewbacca? Sim, de vital importncia pra vocs entenderem como esse clere nascimento ocorreu: Bete Gouveia andava gamada em "Star Wars", enquanto tirava umas frias em Paris ao lado do Cau Raimundo - cenal final de "Belssima", hello! Da, papo vai e papo ve m com George Lucas, e eis que a criatura peluda e mais monossilbica do cinema ar rebata o corao da diva do teatro. Pronto, no deu outra. Slvio de Abreu aproveitou e usou a cria, anos depois para estrear sua recente produo talo-paulista. E...

Ento, nossa eterna Ana Franci sca surge e bota tudo a perder< /b>. Separada do mecnico Pascoal, ainda de Belssima - que em vidas passada s foi Paco Lambretinha, de "Da Cor do Pecado", aquela novelinha que tinha um mo nte de parabas maranhenses -, ela aparece e d uma surra de cocota no Tot. Pront o, foi o suficiente para ela casar com ele, abocanhar a fortuna da famlia Gouve ia e esquentar a relao - literalmente. Mas nem s de Passione repousa os maiores mi strios da humanidade. O que diabos Juven al Antena fazia conversando com robs? A quele homem msculo, forte, viril e *Ui!* regressa de terno, gravata, falando mans o e com uma penca de filhas. S mesmo o Mr. Burns pra sal var aquele fracasso das sete horas que em algum momento se chamaria "Bom Dia, F rankenstein". Pra variar, cagou a reputao do filme do Charlie Chaplin. Triste, n?

E agora, pra confundir de vez nossas massas enceflicas, o que di

zer do neto da Maysa morrer e ficar pen telhando do "outro lado"? Gente, aonde est a Maysona pra cantar "Ne Me Quitte Pas" no p de ouvido desse menino? Alm de viver u m tringulo amoroso do caramba com a Sant inha, que tinha um caso com o "fi' do demo"e o Capito do Mato, de Sinh Moa , que por sinal pai dele! Ah, fala srio , demais para minha caixa craniana. Isso porque eu no falei doRaul Cadore brigando com o Arthur Fortuna , em Ti Ti Ti, e do Dante e seus sete pecados capitais regressarem no Vale A Pena "Verde" Novo (de novo < /span>o mecnico Pascoal, que por