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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 226 — Março de 2014 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 226 — Março de 2014 Foto: Mauri Azevedo/Acervo Embasa Integração ao sistema de Tucano melhora qualidade da água em Euclides da Cunha PÁGINA 7 PÁGINA 7 Entrou em operação, em março, a Adutora do Catolé, obra emergencial, no valor de R$ 33 milhões, construída em seis meses para suprir o déficit das barragens Água Fria I e II, que abastecem Vitória da Conquista e Belo Campo. A adutora garantiu um acréscimo de 45 mil metros cúbicos, por dia, na produção do sistema integrado de abastecimento que atende os dois municípios. PÁGINA 3 PÁGINA 3 Fraudes prejudicam abastecimento Fraudes prejudicam abastecimento em distrito de Feira - em distrito de Feira - PÁGINA 4 PÁGINA 4 t ã Ad t Adutora do Catolé entra em operação Povoados de Aurelino Povoados de Aurelino Leal e de Jacobina Leal e de Jacobina passam a ser atendidos passam a ser atendidos pela Embasa pela Embasa PÁGINAS 4 E 7 PÁGINAS 4 E 7

Povoados de Aurelino Leal e de Jacobina passam a ser ...€¦ · Março/2014 Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 226 — Março de 2014 Foto: Mauri Azevedo/Acervo

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 226 — Março de 2014Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 226 — Março de 2014

Foto: Mauri Azevedo/Acervo Embasa

Integração ao sistema de Tucano melhora qualidade da água em Euclides da Cunha

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Entrou em operação, em março, a Adutora do Catolé, obra emergencial, no valor de R$ 33 milhões, construída em seis meses para suprir o déficit das barragens Água Fria I e II, que abastecem Vitória da Conquista e Belo Campo. A adutora garantiu um acréscimo de 45 mil metros cúbicos, por dia, na produção do sistema integrado de abastecimento que atende os dois municípios. PÁGINA 3PÁGINA 3

Fraudes prejudicam abastecimento Fraudes prejudicam abastecimento em distrito de Feira - em distrito de Feira - PÁGINA 4PÁGINA 4

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Adutora do Catolé entra em operação

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Março/2014Março/2014

DIRETORIA EXECUTIVA

PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e ComercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão CorporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de Operação e Expansão RMSCarlos Ramirez Magalhães Brandão

Diretor de Operação e Expansão Norte Rita de Cássia Sarmento Bonfim

Diretor de Operação e Expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor Técnico e de SustentabilidadeCésar Silva Ramos

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

AssessorDaniel Menezes

EditorDaniel Menezes/Débora Ximenes

RedatoresDébora Ximenes, Fernanda Macedo,

Paula Janaína Araújo, Hebert Regis (UNB), Cássia Dias (UNF),

Patrícia Araújo (UNI), Adriano Aleixo (UNS), Benedito Simões (USI), Mauri Azevedo (USV)

Editoração GráficaPatrícia Resende

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. Rêgo

Publicação externaTiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

Tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

Impresso na Gráfica e Editora Pelicano Ltda

EXPEDIENTE

Termo de cooperação é assinado

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), a Casa Civil do governo do Esta-do e a Secretaria de Desenvolvimento Urba-

no (Sedur) assinaram, no dia 10 deste mês, após aprovação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), um termo de cooperação técnica e financeira que prevê a implantação e/ou ampliação de sistemas de abastecimento de água em localidades situadas fora das sedes municipais e com predominância de população de baixa renda. O recurso, no valor de R$ 50.094.383,96 virá do Fundo Estadual de Com-bate e Erradicação da Pobreza (Funcep).

O termo de cooperação tem vigência de um ano, ao longo do qual está programado que 133 lo-calidades de 43 municípios, a maioria localizada no semiárido baiano, vão passar a receber água tratada canalizada à medida que a Embasa for concluindo as ações. As ligações domiciliares be-neficiarão cerca de 65 mil habitantes, sendo que 70% dos moradores estão inscritos no CadÚnico.

“Essa é mais uma iniciativa do governo estadual no sentido de universalizar o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitá-rio na Bahia. Desta vez, o foco e o atendimento às populações de baixa renda que habitam longe dos centros urbanos. Isso resulta em mais saúde e qualidade de vida por meio do acesso a ser-viços públicos essenciais”, afirma Abelardo de Oliveira Filho, presidente da Embasa.

O termo também prevê que os moradores dos povoados beneficiados por este acordo estarão isentos do pagamento da ligação do imóvel à rede publica de abastecimento. Além disso, de acordo com Abelardo, estima-se que os consumidores ca-dastrados no CadÚnico preencherão os requisitos para serem beneficiados pela tarifa social aplicada pela Embasa, cujo valor para o consumo mínimo de 10 mil litros de água (10 m3) por mês é de R$ 8,70. “Seguindo as orientações do governo do es-tado, a Embasa vem priorizando a operacionaliza-ção de políticas públicas nas áreas de saneamento, meio ambiente e educação ambiental voltadas para o atendimento preferencial às áreas de interesse social”, explica o presidente da Embasa.

Pelo termo de cooperação, a Casa Civil vai re-passar os recursos do FUNCEP, com base no cum-primento do cronograma das ações, a Sedur vai fiscalizar a realização do plano de trabalho pela

Embasa que, por sua vez, vai executar as ações.

PROGRAMA ÁGUA PARA TODOSPROGRAMA ÁGUA PARA TODOSComo principal executora do Programa Água

para Todos, do governo estadual, a Embasa já investiu, nos últimos sete anos, mais de R$ 2,9 bilhões, com a conclusão de quase 550 obras. Esses recursos fazem parte dos R$ 6,9 bilhões já assegurados pela empresa para investimento em abastecimento de água e esgotamento sanitário, podendo chegar, em 2014, a R$ 8,5 bilhões.

Nesse período, 1.074 novas localidades foram beneficiadas com serviços de abastecimento e 127 com esgotamento sanitário. Essas ações possibili-taram que cerca de 3,2 milhões de baianos, que antes não tinham água na torneira, agora contem com o serviço, e mais de 1,7 milhão de pessoas, que descartavam o esgoto em fossas, na rua ou no meio ambiente, agora tenham coleta, tratamento e destinação adequada de seus efluentes.

Considerando o período de 2007 a 2013, foram executadas 832 mil ligações de água e 413 mil ligações de esgoto, o que equivale a mais de 1 milhão de imóveis conectados à rede de água e mais de 570 mil à rede de esgoto.

Mais 60 classificados são convocadosA Embasa publicou, no Diário Oficial do Estado

do dia 12 de março, a convocação de mais 60 candidatos classificados no último concurso pú-blico. Os convocados serão lotados em Salvador

e unidades regionais de Alagoinhas, Barreiras, Caetité, Feira de Santana, Irecê, Itabuna, Itama-raju, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Se-nhor do Bonfim e Vitória da Conquista.

CONCURSO PÚBLICOCONCURSO PÚBLICO

Água será levada a localidades rurais de 43 municípios da Bahia

Mais de 130 localidades receberão

água tratada

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Março/2014Março/2014

A Adutora do Catolé, obra emergencial con-cluída em dezembro pela Embasa, está em operação desde o início de março.

Construída em seis meses para suprir o déficit das barragens de Água Fria I e II, responsáveis pelo abastecimento de Vitória da Conquista e Belo Campo, a adutora garantiu um acréscimo de 45 mil metros cúbicos, por dia, na produção do sistema integrado de abastecimento de água (SIAA) que atende os dois municípios.

O investimento, de R$ 33 milhões (PAC e pró-prios), implantou 15,3 quilômetros (km) de tu-bulação, três estações de bombeamento, um barramento no rio Catolé Grande e um sistema de captação flutuante capazes de aduzir 300 litros de água por segundo até a barragem de Água Fria II.

“Esta obra é uma das ações do Programa Água para Todos, do governo do estado, e vai garan-tir a segurança hídrica para o SIAA de Vitória da Conquista pelos próximos cinco anos, período em que a barragem do Catolé, investimento de R$ 141,7 milhões, será construída”, explica o pre-sidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho. O empreendimento faz parte das ações da empre-sa para enfrentar os efeitos da seca que contam com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão.

ECONOMIA DE ÁGUAECONOMIA DE ÁGUAO gerente local da Embasa, Álvaro Aguiar,

explica que é importante que a população continue fazendo uso racional de água, pois a dificuldade para abastecer as cidades é um

fenômeno que vem ocorrendo em todo o país. “A cada dia, os mananciais estão mais distan-tes por causa da poluição dos rios. Vitória da Conquista consumia água do próprio rio Ver-ruga, dentro da cidade. Depois passou para os rios Monos e Água Fria e, agora, já esta-mos chegando no rio Catolé, a uma distância de quase 60 km da sede municipal”, ressalta.

NÍVEL DAS BARRAGENSNÍVEL DAS BARRAGENSOs reservatórios de Água Fria I e II acumula-

ram aproximadamente quatro milhões de me-tros cúbicos, ou seja, 60% de sua capacidade de acumulação durante o período de chuvas, que começou em novembro do ano passado e termina em março deste ano.

Adutora do Catolé entra em operaçãoVITÓRIA DA CONQUISTAVITÓRIA DA CONQUISTA

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As ações da Embasa para melhorar o fornecimento de água em áreas do subúrbio de Salvador continuam. Está em anda-mento a duplicação de mais um trecho da adutora que distribui a água tratada produzida na estação principal do sistema inte-grado de abastecimento que atende a capital baiana e algumas cidades da região metropolitana. O investimento, de R$ 55,6 milhões, com recursos próprios e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), consiste na implantação de mais 9,2 quilômetros de tubulação com 2,1 a 1,6 metros de diâmetro.

Embasa duplica mais um trecho da adutora principal

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Investimento foi de R$ 33 milhões

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Com o abastecimento alternado, devido ao aumento da demanda por água no período de verão, os moradores do distrito de Maria Quitéria estão sentindo os impactos negativos do furto de água na região. Em

uma operação realizada pela Embasa, com o apoio da Polícia Militar, foram encontradas e desativadas ligações clandestinas na área.

As equipes da Embasa estão percorrendo o distrito, buscando identificar ligações clandestinas. Só na localidade de Casa Nova, oito casos de fraude no consumo de água foram encontrados em dois dias. Um deles era praticado por uma fábrica de tijolos. Outro ponto irregular abastecia três imóveis com grandes reservatórios.

O gerente local da Embasa, José Neydson Eloy, estima que até 30% da água for-necida no distrito seja roubada. “As pessoas que furtam água desperdiçam muito e prejudicam o abastecimento dos usuários que cumprem suas obrigações legais. Nos distritos rurais, isso se torna ainda mais grave, já que as ligações ilegais difi-cultam que a água chegue em pontos mais altos e distantes”, disse.

Quem for flagrado furtando água de redes operadas pela Embasa pode respon-der criminalmente por furto e depredação do patrimônio público. O furto de água está previsto no artigo 155 do Código Penal e é considerado crime qualificado, com pena de reclusão prevista de dois a oito anos. As matrículas também sofrerão multa com o valor correspondente ao consumo gravado em 12 meses da conta de água.

Por meio de suas equipes técnicas, a empresa combate diariamente ligações irregulares. A população pode denunciar os furtos de água por meio do telefone 0800 0555 195 ou pela Central de Serviços Web no site www.embasa.ba.gov.br.

Comunidade de Jacutinga é

beneficiada

Furto de água compromete

abastecimento

FEIRA DE SANTANAFEIRA DE SANTANA AURELINO LEALAURELINO LEAL

Ligações clandestinas são desativadas em

Maria Quitéria

Água tratada chega em assentamento rural

Há cerca de dois meses, os moradores do assen-tamento rural de Jacutinga, no sul do estado, estão recebendo água tratada na torneira de casa, graças à extensão da rede distribuidora da sede municipal de Aurelino Leal até essa comunidade, situada próxima à estrada que vai para o distrito de Taboquinhas em Itacaré. A Embasa implantou dois quilômetros de tu-bulação e gastou R$ 48 mil (recursos próprios) para beneficiar 150 pessoas com acesso à água potável canalizada. Antes dessa ação do Programa Água para Todos, as pessoas da localidade andavam longas dis-tâncias para se abastecer de água potável num riacho.

A comunidade da Jacutinga começou a se formar há cinco anos, quando foi desapropriada uma área de 200 hectares da antiga fazenda Nova Vista. Atualmente, a comunidade é majoritariamente formada por idosos e crianças, que frequentemente são acometidos de do-enças de veiculação hídrica, a exemplo de verminoses e micoses. “A nossa esperança é que, agora, com água tratada na torneira, isso acabe”, diz a presidente da Associação de Moradores da Jacutinga, Ana Paula.

Para a líder comunitária, a chegada da água potável é comemorada como uma grande conquista, pois foi preciso muito empenho junto à prefeitura, que inter-mediou o contato com a Embasa, para viabilizar a ex-tensão de rede. “Já temos muito”, diz modestamente Ana Paula, “mas queremos avançar ainda mais para dar um futuro melhor aos nossos filhos”.

A água que abastece Aurelino Leal vem da estação de tratamento do município vizinho Ubaitaba, onde a água é captada no Rio de Contas. Isso foi tratado em duas reuniões promovidas pela Embasa na comunida-de para explicar como o serviço de abastecimento de água é prestado, sua importância para a saúde das pessoas, quais os direitos e obrigações na relação com a Embasa e o valor da tarifa.

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Aparelhagem identifica ocorrência de vazamentos

na rede

O aumento repentino do consumo de água em um imóvel da rua Amazonas, em Paripe, no subúr-bio ferroviário de Salvador, levou

uma equipe ao local para realizar uma pes-quisa acústica e verificar se isso tinha alguma relação com vazamento não aparente na rede pública de distribuição de água. Os técnicos utilizaram um sensor chamado geofone na vis-toria da tubulação que conduz água até o imó-vel e confirmaram que não havia fuga de água.

O morador foi orientado a investigar se havia vazamento dentro do imóvel, pois a manutenção da rede distribuidora interna de qualquer propriedade privada é de responsa-bilidade do seu proprietário ou inquilino.

Nem sempre os vazamentos de água são aparentes. Eles podem acontecer em trechos da rede que se encontram a alguns metros abaixo do solo. Na Embasa, equipes de geo-fonamento atuam diariamente para identificar essas situações. Em Salvador, o monitoramen-to é realizado por todas as unidades da Em-basa de forma preventiva ou para atender a chamados de suspeita de vazamento por con-ta da queda brusca de pressão em horários que não são de pico de consumo.

De acordo com José Moreira, superinten-dente de abastecimento de Salvador e re-gião metropolitana, o geofone é fundamen-tal para o trabalho de detecção de perda de água realizado pelos técnicos da Embasa. “Com ele, além de detectar vazamentos não aparentes, podemos identificar ligações clandestinas e solucionar problemas de falta de água”, declara.

Os geofones são instrumentos utilizados para escutar a superfície terrestre. Fixados à superfície do solo, captam vibrações do terreno, podendo registrar ondas sísmicas e identificar a iminência de terremotos, por exemplo. Existem vários tipos de geofone, que se diferenciam por seu grau de sensibilidade. A detecção de vazamentos por meio destes equipamentos, em redes de distribuição de água tratada, ocorre com a identificação de ruídos característicos de líquidos pressuriza-dos que escapam por um orifício.

Usando fones de ouvido, um operador ex-periente consegue identificar baixíssimos ní-veis de ruído de vazamento e, pelo indicador de intensidade do som, é capaz de determi-nar o local por onde a água está escapando. É durante a madrugada que normalmente se utiliza o geofone, quando há menos barulho externo e a pressão hidráulica é maior devi-do ao menor consumo de água à noite. Os modelos mais sofisticados possuem filtros eletrônicos para eliminar ruídos ambientais.

Combate a perdasPesquisa acústica é aliada na procura por vazamentos

Os vazamentos na rede interna de um imóvel são a principal causa do aumento repentino na marcação do hidrômetro. Na maioria das vezes, o aumento no consumo está associado a um vazamento não aparente ou a uma mudança de hábito na residência (vi-sitas, aumento do calor, reforma etc.).

Torneiras com defeito, válvulas de descargas e boias dos reservatórios desreguladas ou quebradas provo-cam os vazamentos mais fáceis de identificar, pois são visíveis. Para de-tectar os não visíveis, é importante observar o funcionamento do hidrô-metro e se há manchas de umidade na parede. Se o marcador do hidrô-metro continuar girando mesmo com todas as torneiras do imóvel fecha-das, significa que há vazamento.

Aumento do consumo

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Vila Rica é o primeiro dos seis bairros onde ocorre o trabalho de mobilização e vistoria dos imóveis para se ligarem à rede de esgoto.

Com o início da prestação oficial do serviço de esgotamen-to sanitário, em Barreiras, no oeste da Bahia, a Embasa deu início ao trabalho de mobilização de moradores e vistoria dos imóveis em cuja calçada já existe o ponto de ligação na rede pública de esgotamento sanitário. O trabalho, iniciado no bairro da Vila Rica, vai se estender por outros cinco bairros – Bela Vista, São Sebastião, Vila Amorim, Vila dos Funcionários, e par-te do São Pedro – e tem o objetivo de promover a ligação dos imóveis à rede coletora de esgotos.

A equipe de técnicos da Embasa está orientando os mora-dores a fazerem a ligação do imóvel, no prazo legal de 90 dias, assim como informando sobre a prestação do serviço e a cobrança da tarifa de esgoto, que passará a ser feita na conta referente ao mês de março. Cerca de 30 mil pessoas passarão a ser beneficiadas pela retirada de esgotos domésticos das vias públicas, o que vai propiciar uma melhoria da qualidade de vida e da saúde da população local.

Para o gerente da Embasa em Barreiras, Marcos Rogério Moreira, o mais importante do trabalho desenvolvido é retirar o esgoto a céu aberto destes bairros. “Estamos em campo verificando se ainda há imóveis que não foram ligados à rede de esgoto por seus proprietários ou moradores. Existe a pos-sibilidade de tirar os esgotos das ruas, mas é preciso que a população faça a sua parte”, afirma. O descumprimento à legislação ambiental, ao não se ligar à rede de esgoto, pode acarretar em multa por órgão ambiental competente.

Vistoria promove ligação na rede de esgoto

Embasa apoia criação de projeto ambiental

Em reunião no dia 6 de março, técni-cos da Embasa e da prefeitura de São Desidério se comprometeram com os moradores dos povoados de Ribeirão e Roçado Velho a apoiar as ações de recuperação e revitalização da vege-tação das margens do rio Grande, em área próxima à captação de água bru-ta para abastecimento do município. A cooperação consiste em dar suporte técnico à concepção de um projeto de recuperação da mata ciliar e educação ambiental dos ribeirinhos, que será apresentado para captação de recur-sos junto ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. Uma visita de campo para coleta de informações da área está

programada para o final deste mês. Embora a área da captação da Emba-

sa, em São Desidério, forneça água de qualidade para abastecimento, o biólo-go Wander do Nascimento acredita que o projeto vai ajudar a conscientizar os ribeirinhos sobre a importância de con-servar a vegetação de toda a margem do rio Grande, pois sem mata ciliar não é possível ter água com qualidade e em grande quantidade em um rio. “Por ser muito próximo de uma área pública de lazer onde há acesso dos moradores, é imprescindível que se promovam ações visando à preservação do rio e à ma-nutenção da qualidade da água para abastecimento”, afirma Nascimento.

Recuperação da mata ciliar é destaque

Técnicos trabalham no

bairro de Vila Rica

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EUCLIDES DA CUNHAEUCLIDES DA CUNHAJACOBINAJACOBINA

Intervenções melhoram a

qualidade da águaDuas intervenções da Embasa para

abastecer Euclides da Cunha a par-tir do aquífero de Tucano melhoraram a qualidade da água distribuída no municí-pio. Na localidade de Lagoa do Crú, a em-presa perfurou e montou mais um poço, que fornece uma vazão de 62,5 litros por segundo, e implantou uma adutora de 2,9 quilômetros (km) para conduzir essa água até a estação de tratamento do Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) de Tucano. Na localidade de Pinhões, a empresa implantou uma subadutora de 14,3 km e fez sua ligação com uma das adutoras do SIAA de Tu-cano para atender a sede do município. Juntos, esses empreendimentos somam mais de R$ 6,2 milhões e vão beneficiar quase 50 mil pessoas.

Até então, o SIAA de Euclides da Cunha fornecia água à sede do município, pro-veniente de três poços, dois com água doce e um com água apresentando alto teor de sal. As águas dos três poços eram misturadas e, após tratamento, a mistura era distribuída aos moradores da sede. Por causa disso, os habitantes do município recebiam água salobra, po-rém em conformidade com os padrões

de potabilidade previstos na Portaria 2.914/2011, do Ministério da Saúde.

De acordo com o gerente da Embasa, Vinícius Araújo, as obras vão permitir, além do acesso à água doce na residência dos euclidenses, uma oferta maior na quan-tidade de água ao município. “Sabíamos deste grande anseio da população em re-ceber a água proveniente do aquífero de Tucano, e, graças a estes empreendimen-tos, estamos atendendo a este desejo, tra-zendo mais qualidade de vida e segurança hídrica ao município”, destacou o gestor.

Com a perfuração de mais um poço para abastecer Euclides da Cunha, o poço que fornecia água com alto teor de sal foi desativado e o SIAA do município foi integrado ao SIAA de Tucano.

Para Sheila Macedo, diretora da Esco-la Municipal Naide Lima Campos, esta é uma grande conquista para mais de 250 alunos do ensino fundamental na institui-ção. “Nossos alunos esperavam por esta oportunidade de beber água doce aqui na escola. Muitos deles reclamavam por causa do gosto da água salobra, mas a partir de agora, todos eles estarão mais felizes em conviver com esta nova reali-dade”, acredita a diretora.

Em Lagoa do Crú, novo poço entra em operação

A Embasa concluiu, no final de fevereiro, a exten-são de rede distribuidora que está beneficiando mais de 400 moradores do povoado de Queimada Velha, no município de Jacobina, centro-norte da Bahia. Antes desta ação do Programa Água para Todos, eles eram abastecidos pela prefeitura, por meio de caminhões-pipa, e com água de chuva acumulada em cisternas.

Essa era a realidade da lavradora Anacléia de Je-sus, 25 anos, casada e mãe de dois filhos. “Graças a Deus, agora, temos água na torneira quase todos os dias. Isso é bom demais. Muito já melhorou em nossas vidas, com esta obra”, conta a moradora.

Para levar água da barragem de Cachoeira Grande aos moradores do povoado, a Embasa implantou 11,4 quilômetros de rede distribuidora, a partir da derivação de uma adutora existente no distrito de Cachoeira Gran-de, em Jacobina, instalou um booster (equipamento de bombeio) e fez 90 ligações domiciliares. O investimento foi de aproximadamente R$ 227 mil.

Para o gerente de Operação da unidade da Em-basa de Senhor do Bonfim, Silvio Murta, o principal benefício do empreendimento é a promoção de mais saúde e qualidade de vida para toda a população atendida. “Recebendo água tratada com regularida-de, estes moradores terão menos risco de contrair doenças de veiculação hídrica”, garantiu.

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Água de Cachoeira Grande passa a abastecer

Queimada Velha

Anacléia de Jesus, lavradora beneficiada com a extensão de rede

Mais de 400 moradores do povoado foram beneficiados com obra da Embasa

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Comunidade aprende sobre uso racional de água na agricultura em estação de tratamento da Embasa

possível criar peixes no tanque que fica no centro da mandala, além de galinha, cujos excrementos podem ser transformados em adubo”, informou Ricardo.

Este mês, cerca de 30 pessoas colocaram a mão na massa e, sob sol escaldante, formaram os canteiros cir-culares, impermeabilizaram o tanque de 12 mil litros utili-zado na irrigação e confeccionaram dosadores de irrigação por microaspersão reaproveitando 80 garrafas pet. No dia 22 de março, Dia Mundial da Água, plantaram as mudas de hortali-ças, espécies frutíferas e leguminosas.

As mudas são plantadas de fora para dentro da mandala de acordo com o tamanho da planta quando atinge seu desenvolvimento pleno. As maiores ficam na área externa do círculo, protegendo os vegetais menores do vento, de insetos e do sol forte. “Essa forma circular de plantio diminui a perda de umidade de uma espécie pra outra. Por isso, vamos utilizar uma bomba de baixo consumo para irrigar a área”, infor-mou Josué Dourado, agrônomo que também participa do projeto piloto.

“No primeiro mês, a partir do funcionamento da mandala, já teremos os frutos da plantação”, assegurou o engenheiro ambiental Leonardo Oliveira. E os frutos não serão apenas os produtos agrícolas. Alguns participantes já pensam em levar a experiência adiante. “Tenho uma horta doméstica em casa, e pretendo fazer uma mandala, principal-mente por ser tão econômica”, animou-se Eliene Batista, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Almas, em Ita-guaçu da Bahia. O produtor rural Lauro Rodrigues, de 63 anos, valori-zou a nova experiência. “Quero fazer uma assim na minha propriedade, é uma novidade pra mim”, disse.

uma área ociosa de 400 metros quadrados da estação de Rio Verde, no município de Itaguaçu da Bahia, onde a água do rio São Francisco é tratada para abastecer seis muni-cípios da microrregião de Irecê, técnicos do núcleo socio-

ambiental da unidade regional da Embasa firmaram parceria com agricultores, membros de associações comunitárias e educadores locais para realizar o plantio em mandala de culturas agrícolas irri-gadas com parte da água empregada para a lavagem dos filtros. O plantio em mandala é uma técnica apropriada para regiões de clima árido, pois exige pouca água para se desenvolver.

A estação de tratamento de Rio Verde é dotada de um sistema de reaproveitamento da água da lavagem dos filtros, cujo volume repre-senta 0,7% do total produzido diariamente pela estação. A iniciativa tem o objetivo de disseminar práticas sustentáveis de uso da água entre os trabalhadores da empresa e os membros da comunidade dessa localidade rural. De acordo com a assistente social da Embasa, em Irecê, Ana Karina Moitinho, essa experiência de aprendizagem comunitária será reproduzida em outras unidades operacionais na região e será mantida pelos próprios empregados da Embasa.

De acordo com o agrônomo Ricardo Vilela, o projeto piloto da

Embasa é uma inovação. “Esse sistema é autossustentável e

tem uma eficiência de 90% do uso da água, pois ele impede que

a água seja desperdiçada. Além do plantio de diversas espécies

de hortaliças, vegetais frutíferos, medicinais e ornamentais, é

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A palavra mandala tem origem no sânscrito, língua antiga da Índia, e significa “sagrado” ou “círculo mági-

co”. Na verdade, trata-se de um jardim de círculos concêntricos que respeitam a agri-

cultura ecológica. O tanque de irrigação fica localizado no centro, abaixo do nível do solo,

e, por meio de uma bomba, mangueiras de irri-gação e garrafas pet como dosadores, a água é

conduzida para as bordas da mandala.

Quanto maior a diversidade das espécies, maior

o equilíbrio ambiental e menor o índice de pragas

e a necessidade de intervenção. O objetivo do plantio

em sistema de mandala é fazer o manejo do solo em

harmonia com a natureza.

Princípios para trabalhar com a horta mandala:

1. Plantar o máximo que puder, utilizando o menor espaço;Plantar o máximo que puder, utilizando o menor espaço;

2. Usar o mínimo de energia, para a máxima produção;Usar o mínimo de energia, para a máxima produção;

3. Promover o envolvimento de toda a comunidade;Promover o envolvimento de toda a comunidade;

4. Nada se perde, tudo se aproveita;Nada se perde, tudo se aproveita;

5. Trabalhar com a natureza e não contra ela.Trabalhar com a natureza e não contra ela.

PLANTIO EM MANDALA PLANTIO EM MANDALA FACILITA A IRRIGAÇÃOFACILITA A IRRIGAÇÃO