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Povos Longevos e Saudáveis ao Redor do Mundo: o Fator Água José de Felippe Junior Abril de 2009 “Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.” Carl Gustav Jung "Viver a vida plenamente, aqui e agora, é o melhor caminho para a imortalidade." Renascedores "O presente é o portal para o Eterno." "O primeiro importante mandamento é: Não permita que o atemorizem." Elmer Davis "Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possa mudar o mundo. Sem dúvida, é a única coisa que ocorre de fato." Margaret Mead "Nós podemos tornar nossa vida feliz ou miserável. As duas coisas dão o mesmo trabalho." Carlos Castañeda "Ninguém chegou a ser sábio por acaso." Sêneca Sempre que procuramos saber sobre longevidade surgem as lendas das fontes da juventude: “quem tomar ou se banhar nesta água viverá por longos anos com saúde e feliz”. A referência mais antiga sobre fontes da juventude está nos livros hindus, 700 a.C. Aparecem também no Antigo e no Novo Testamento, no Corão e nos escritos romanos e gregos. Sempre o mesmo fascínio pela água. Este artigo mostra mais uma vez que devemos dar ouvidos aos povos antigos, aqueles que usavam a observação; não possuíam os aparelhos sofisticados que hoje dispomos, porém, eram portadores do aparelho principal, o cérebro. A longevidade sempre esteve envolvida com mitos e lendas. Muitas destas lendas envolvem regiões do Planeta onde se supõe que as pessoas vivam mais que o habitual. A idade verdadeira das pessoas nestes lugares geralmente longínquos e isolados é difícil de se documentar, entretanto, tudo leva a crer que realmente existem lugares isolados na Terra onde as pessoas não sofrem com tanta freqüência de doenças crônico-degenerativas e vivem mais tempo que o habitual e ainda com saúde. Essas populações são livres de cáries dentárias, reproduzem-se sem problemas de esterilidade, geram crianças saudáveis, e quase não conhecem doenças coronarianas, diabetes, reumatismo, hiperlipidemias, pressão alta e especificamente o câncer tem uma incidência muito baixa, quase nula.. Essas pessoas ultrapassam os 110 – 125 anos de idade com muita saúde, muita disposição, sem perda de memória e ativas tanto para o trabalho como sexualmente. Não é raro encontrarmos homens que tiveram filhos após completarem os 100 anos de vida. Estas pessoas envelhecem naturalmente e morrem com dignidade. Vasculhando a literatura conseguimos encontrar 5 culturas onde vivem povos longevos e saudáveis: o povo da cidade de Vilcabamba ao sul do Equador, o povo de Hunza que vive nas montanhas do Kush Hindu no norte do Paquistão, o povo de Abkhasia das montanhas do Cáucaso no sul da Rússia e certos lugares da China- Mongólia e do Peru. Em cada um desses lugares os pesquisadores estudaram a carga genética, o tipo de alimentação, os hábitos de vida, os graus de estresse, o clima ou alguma característica regional comum em busca de explicações. Nestas 5 regiões a genética é completamente diferente uma das outras e os alimentos também são muito diferentes, entretanto, todos esses povos ingerem alimentos locais, frescos ou pouco processados, provenientes do seu meio e de sua própria cultura alimentar. Vivem em contato com a natureza em ambiente sem estresse. Todos seguem a sazonalidade das suas colheitas e comem de forma equilibrada todos os alimentos disponíveis, que são orgânicos e sem agrotóxicos. Dependendo da situação geográfica, cultura e religião, ingerem carne, peixe e gordura animal, leite e ovos, assim como frutas, verduras, grãos integrais, leguminosas, nozes e sementes. Movimentavam-se regularmente, com atividades variadas. Vivem de forma rítmica e equilibrada, num contexto amplo de qualidade de vida. Todos esses fatores não são suficientes para explicar a longevidade exagerada encontrada nestas 5 regiões, porque existem muitas culturas que têm esses mesmos hábitos alimentares, estilo de vida, pleno contato com a natureza e que não são longevos e muito menos tão saudáveis, como acontece com as tribos indígenas da America do Sul e do Norte. Por outro lado no Brasil, em janeiro de 2000, o Professor Morigushi, respeitável gerontologista, descreve uma região entre a serra e o Vale de Taquari no Rio Grande do Sul onde a taxa de longevidade dos colonos descendentes de imigrantes italianos é maior que no resto do país. Nas suas palavras “A longevidade é atribuída ao padrão de qualidade de vida aliado à dieta. Estes habitantes vivem da agropecuária local, e têm como base alimentos frescos e processados artesanalmente como a carne de porco, o frango caipira, as verduras e frutas da época, a polenta, o leite integral, os queijos, a nata e os embutidos. Eles também consomem regularmente o vinho produzido na região, bebida com propriedades terapêuticas conhecidas. Apresentam baixo índice de doenças cardiovasculares, depressão e estresse. Permanecem lúcidos, movimentam-se e trabalham até idade avançada, além de participarem regularmente de atividades religiosas e sociais como jogos de bocha e festas. A relação familiar é bastante valorizada e sentem-se seguros na região em que vivem”. Os habitantes desta região vivem mais do que qualquer outra região do Brasil, entretanto, eles não descobriram o elixir da juventude, pois apesar de viverem em média até os 74 anos, o que significa 7 anos a mais que a expectativa média da população brasileira de 67 anos, eles não ultrapassam o centenário de vida que estamos aqui interessados. Esses dados por enquanto nos dão indicações que a nossa resposta não está na genética, nos hábitos alimentares, nos hábitos de vida ou no estresse cotidiano. Povo de Vilcabamba - Sul do Equador É um povoado de 4000 habitantes na cidade de Vilcabamba ao sul do Equador, distante 650 km de Quito e que recebeu o nome de “Vale da Eterna Juventude”. O médico argentino Ricardo Coler em seu livro “Eterna Juventud – Vivir 120 anos” descreve os hábitos de vida e a alimentação deste povo. Revela que as condições sanitárias do local são um desastre e na maioria das casas não há esgoto ou água encanada. Os habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café e até usam drogas. Nesta cidade é comum encontrar idosos de 110 – 120 anos. Eles lêem sem óculos, conservam os dentes originais e a maioria trabalha e tem vida sexual ativa. Ao contrário da maioria dos lugares do mundo, os homens vivem mais que as mulheres. As pessoas não sofrem durante anos com doenças, um dia sentem-se mal e morrem. Até os cachorros vivem mais, ao redor de 25 anos. Esses dados foram coletados de entrevista dada pelo Dr. Ricardo Coler à jornalista Adriana Küchler a respeito do seu livro. Para explicar fatos tão relevantes, cientistas americanos afirmaram que era a composição química da água que bebiam, os franceses atribuíram o fato ao clima da região e outros diziam que era o ar, a alimentação saudável à base de milho, batata, vegetais, pouca carne e vida tranqüila. Nenhuma explicação foi convincente. Coler estudou a composição química da água e concluiu que ela se parece muito com a que se bebe em Buenos Aires. Ele estudou a água do ponto de vista Químico e não Físico. Coler afirma também que exclui a possibilidade de a longevidade daquele povo ser genética. O intrigante é que Vilcabamba carrega uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e quase não ficar doentes, a conduta de seu povo está distante de ser regrada porque eles não se preocupam com a saúde, bebem cachaça, fumam tabaco e a maioria usa drogas, o chamico. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva do diabo. Ela provoca alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria e na pequena cidade a droga virou hábito diário. Segundo Coler: “Nada do que os habitantes fazem é recomendável” e “nesta região parece que existe uma espécie de antídoto que provoca uma melhora física e mental”. ca-0434.pdf http://www.medicinacomplementar.com.br/convertido/ca-0434.htm 1 de 10 4/10/2011 16:02

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Povos Longevos e Saudáveis ao Redor do Mundo: o Fator Água

José de Felippe Junior Abril de 2009“Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora,sonha. Quem olha para dentro, acorda.” Carl Gustav Jung"Viver a vida plenamente, aqui e agora, é o melhor caminho para a imortalidade." Renascedores"O presente é o portal para o Eterno.""O primeiro importante mandamento é: Não permita que o atemorizem." Elmer Davis"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possa mudar o mundo.Sem dúvida, é a única coisa que ocorre de fato." Margaret Mead"Nós podemos tornar nossa vida feliz ou miserável.As duas coisas dão o mesmo trabalho." Carlos Castañeda"Ninguém chegou a ser sábio por acaso." Sêneca

Sempre que procuramos saber sobre longevidade surgem as lendas das fontes da juventude: “quem tomar ou sebanhar nesta água viverá por longos anos com saúde e feliz”. A referência mais antiga sobre fontes da juventude estános livros hindus, 700 a.C. Aparecem também no Antigo e no Novo Testamento, no Corão e nos escritos romanos egregos. Sempre o mesmo fascínio pela água. Este artigo mostra mais uma vez que devemos dar ouvidos aos povosantigos, aqueles que usavam a observação; não possuíam os aparelhos sofisticados que hoje dispomos, porém, eramportadores do aparelho principal, o cérebro. A longevidade sempre esteve envolvida com mitos e lendas. Muitas destas lendas envolvem regiões do Planeta onde sesupõe que as pessoas vivam mais que o habitual. A idade verdadeira das pessoas nestes lugares geralmente longínquose isolados é difícil de se documentar, entretanto, tudo leva a crer que realmente existem lugares isolados na Terra ondeas pessoas não sofrem com tanta freqüência de doenças crônico-degenerativas e vivem mais tempo que o habitual eainda com saúde.Essas populações são livres de cáries dentárias, reproduzem-se sem problemas de esterilidade, geram criançassaudáveis, e quase não conhecem doenças coronarianas, diabetes, reumatismo, hiperlipidemias, pressão alta eespecificamente o câncer tem uma incidência muito baixa, quase nula.. Essas pessoas ultrapassam os 110 – 125 anosde idade com muita saúde, muita disposição, sem perda de memória e ativas tanto para o trabalho como sexualmente.Não é raro encontrarmos homens que tiveram filhos após completarem os 100 anos de vida. Estas pessoasenvelhecem naturalmente e morrem com dignidade.Vasculhando a literatura conseguimos encontrar 5 culturas onde vivem povos longevos e saudáveis: o povo da cidadede Vilcabamba ao sul do Equador, o povo de Hunza que vive nas montanhas do Kush Hindu no norte do Paquistão, opovo de Abkhasia das montanhas do Cáucaso no sul da Rússia e certos lugares da China- Mongólia e do Peru.Em cada um desses lugares os pesquisadores estudaram a carga genética, o tipo de alimentação, os hábitos de vida, osgraus de estresse, o clima ou alguma característica regional comum em busca de explicações. Nestas 5 regiões a genética é completamente diferente uma das outras e os alimentos também são muito diferentes,entretanto, todos esses povos ingerem alimentos locais, frescos ou pouco processados, provenientes do seu meio e desua própria cultura alimentar. Vivem em contato com a natureza em ambiente sem estresse. Todos seguem asazonalidade das suas colheitas e comem de forma equilibrada todos os alimentos disponíveis, que são orgânicos e semagrotóxicos. Dependendo da situação geográfica, cultura e religião, ingerem carne, peixe e gordura animal, leite e ovos,assim como frutas, verduras, grãos integrais, leguminosas, nozes e sementes. Movimentavam-se regularmente, comatividades variadas. Vivem de forma rítmica e equilibrada, num contexto amplo de qualidade de vida.Todos esses fatores não são suficientes para explicar a longevidade exagerada encontrada nestas 5 regiões, porqueexistem muitas culturas que têm esses mesmos hábitos alimentares, estilo de vida, pleno contato com a natureza e quenão são longevos e muito menos tão saudáveis, como acontece com as tribos indígenas da America do Sul e do Norte. Por outro lado no Brasil, em janeiro de 2000, o Professor Morigushi, respeitável gerontologista, descreve uma regiãoentre a serra e o Vale de Taquari no Rio Grande do Sul onde a taxa de longevidade dos colonos descendentes deimigrantes italianos é maior que no resto do país. Nas suas palavras “A longevidade é atribuída ao padrão de qualidadede vida aliado à dieta. Estes habitantes vivem da agropecuária local, e têm como base alimentos frescos e processadosartesanalmente como a carne de porco, o frango caipira, as verduras e frutas da época, a polenta, o leite integral, osqueijos, a nata e os embutidos. Eles também consomem regularmente o vinho produzido na região, bebida compropriedades terapêuticas conhecidas. Apresentam baixo índice de doenças cardiovasculares, depressão e estresse.Permanecem lúcidos, movimentam-se e trabalham até idade avançada, além de participarem regularmente deatividades religiosas e sociais como jogos de bocha e festas. A relação familiar é bastante valorizada e sentem-seseguros na região em que vivem”.Os habitantes desta região vivem mais do que qualquer outra região do Brasil, entretanto, eles não descobriram o elixirda juventude, pois apesar de viverem em média até os 74 anos, o que significa 7 anos a mais que a expectativa médiada população brasileira de 67 anos, eles não ultrapassam o centenário de vida que estamos aqui interessados. Esses dados por enquanto nos dão indicações que a nossa resposta não está na genética, nos hábitos alimentares, noshábitos de vida ou no estresse cotidiano.Povo de Vilcabamba - Sul do EquadorÉ um povoado de 4000 habitantes na cidade de Vilcabamba ao sul do Equador, distante 650 km de Quito e que recebeuo nome de “Vale da Eterna Juventude”.O médico argentino Ricardo Coler em seu livro “Eterna Juventud – Vivir 120 anos” descreve os hábitos de vida e aalimentação deste povo. Revela que as condições sanitárias do local são um desastre e na maioria das casas não háesgoto ou água encanada. Os habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café e até usamdrogas. Nesta cidade é comum encontrar idosos de 110 – 120 anos. Eles lêem sem óculos, conservam os dentesoriginais e a maioria trabalha e tem vida sexual ativa. Ao contrário da maioria dos lugares do mundo, os homens vivemmais que as mulheres. As pessoas não sofrem durante anos com doenças, um dia sentem-se mal e morrem. Até oscachorros vivem mais, ao redor de 25 anos. Esses dados foram coletados de entrevista dada pelo Dr. Ricardo Coler àjornalista Adriana Küchler a respeito do seu livro.Para explicar fatos tão relevantes, cientistas americanos afirmaram que era a composição química da água que bebiam,os franceses atribuíram o fato ao clima da região e outros diziam que era o ar, a alimentação saudável à base de milho,batata, vegetais, pouca carne e vida tranqüila. Nenhuma explicação foi convincente. Coler estudou a composiçãoquímica da água e concluiu que ela se parece muito com a que se bebe em Buenos Aires. Ele estudou a água do pontode vista Químico e não Físico. Coler afirma também que exclui a possibilidade de a longevidade daquele povo sergenética. O intrigante é que Vilcabamba carrega uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e quase não ficar doentes, aconduta de seu povo está distante de ser regrada porque eles não se preocupam com a saúde, bebem cachaça, fumamtabaco e a maioria usa drogas, o chamico. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva dodiabo. Ela provoca alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria e na pequena cidade adroga virou hábito diário. Segundo Coler: “Nada do que os habitantes fazem é recomendável” e “nesta região pareceque existe uma espécie de antídoto que provoca uma melhora física e mental”.

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Cidade de Vilcabamba no Equador (retirado de Wikipedia)

Em anexo, a fotografia de José Medina de 112 anos, que fumou pesado até os 70 anos e bebeu muita cachaça até os106 anos. Atualmente fuma bem menos, bebe aguardente não mais que uma vez ao dia, porém, não conseguiu largaro chamico.

José Medina, 112 anos, habitante de Vilcabamba (retirado do livro de Coler)

Não podemos confundir a cidade de Vilcabamba do Equador com aquela encontrada no Peru tambémdenominada Vilcapampa ou Vilcabamba. Esta foi fundada por Manco Inca em 1539 e foi a última cidadedo Império Inca que resistiu ao domínio espanhol caindo em 1572. Esta cidade ficava aos pés dacordilheira de Vilcabamba, mesma cordilheira do Equador, entretanto, não temos registro sobre alongevidade do povo naquela região.

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Cordilheira de Vilcabamba no Peru

Povo do Vale de HunzaEste povo está situado nas montanhas do Himalaia no extremo norte da Índia, onde se juntam os territórios deCaxemira, Índia e Paquistão. São apenas 30 mil habitantes em um vale paradisíaco com 2500 mil metros de altitude,

nas montanhas do Kush Hindu.

Vale de Hunza com as montanhas geladas e o córrego proveniente das geleiras

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Vista das montanhas de Hunza

A região onde vive os Hunza é chamada de “Oasis da Juventude”. Seus habitantes amigáveis e hospitaleiros quasenunca ficam doentes, eles aparentam serem muito mais jovens do que realmente são e lá processo de envelhecimentoparece caminhar mais lento. Inclusive pessoas com 100 anos disputam partidas a céu aberto. Não é raro os anciõesatingirem os 130 anos e alguns deles os 145 anos, segundo Chrisitan H Godefroy autor do livro ”Os Segredos de Saúdedos Hunzas”.Foi um médico escocês, Mac Carrisson que descobriu esse povo e com ele conviveu por 7 anos. Primeiramenteconstatou que os Hunzas eram dotados de uma saúde excepcional. Parece que eram imunizados contra as doençasmodernas principalmente o câncer e o infarto do miocárdio e que não conheciam a palavra, doença. De fato, eles estãoresguardados da artrite, varizes, obstipação intestinal, úlceras gástricas, apendicites e o mais surpreendente é que ascrianças não apresentam caxumba, sarampo ou varicela e a mortalidade infantil é muito baixa. Não é raro ver osHunzas de 90 anos procriarem e as mulheres com mais de 80 anos passarem por mulheres ocidentais com 40 anos,isto se estiverem em plena forma.O Dr. Mac Carrisson referiu ter encontrado mulheres Hunza “com mais de 80 anos que executavam, sem a menoraparência de fadiga, trabalhos físicos extremamente árduos durante horas. Vivendo nas montanhas, elas são obrigadasa subir desníveis consideráveis para realizar as suas tarefas quotidianas. Além disso, mesmo em idade avançada asmulheres Hunza permanecem esbeltas e têm um porte de rainha, caminhando com agilidade e elegância. Elas nãoconhecem a existência da palavra dieta e ainda menos a da obesidade. A celulite também não tem qualquer significadopara elas. Os homens são igualmente surpreendentes devido à resistência e vigor, apesar da idade”.Segundo o livro acima citado, a regra de base da alimentação desse povo é a frugalidade: “Uma frugalidade que nãoseria excessivo qualificar de extrema. Os Hunza só tomam duas refeições por dia. A primeira refeição é ao meio-dia. Oracomo os Hunza se levantam todas as manhãs por volta das cinco horas, isto pode surpreender-nos, a nós que estamoshabituados a tomar almoços copiosos, embora a nossa vida seja essencialmente sedentária. Os Hunza conseguemrealizar os seus trabalhos árduos de agricultura durante toda a manhã com o estômago vazio”.É interessante comentar que a atividade física ou exercício feito em jejum proporciona os maiores efeitos de induçãoenzimática das enzimas antioxidantes, SODCu-Zn citoplasmática e a SODMn mitocondrial, entretanto devemos salientarque o aumento da capacidade antioxidante não proporciona longevidade de 110- 120 anos. Já a frugalidade, com umarestrição calórica de 30% é a única maneira provada na literatura médica de bom nível de aumentar a expectativa devida de mamíferos.Ainda de acordo com o livro de Godefroy, “Os Hunza alimentam-se principalmente de cereais, incluindo a cevada, omilho miúdo, o trigo mourisco e o trigo candial (novo). Consomem igualmente, com regularidade, frutas e legumes que,de um modo geral, comem frescos e crus ou cozidos apenas muito ligeiramente. Entre os seus frutos e legumesprediletos, contam-se a batata, as ervilhas, o feijão, a cenoura, o nabo, a abóbora, o espinafre, a alface, a maçã, apêra, o pêssego, abricó (apricot), as cerejas e as amoras. O caroço do abricó é particularmente apreciado e semprepresente na mesa dos Hunza. Eles consomem a amêndoa do caroço do abricó ao natural ou extraem-lhe o óleoatravés de um processo transmitido de geração em geração. O leite e o queijo são para os Hunzas uma importantefonte de proteínas animais. Quanto à carne, não é completamente banida da mesa, mas só é consumida em ocasiõesraras, por exemplo, em casamentos ou em festas, e mesmo aí as porções são extremamente reduzidas. A carne écortada em pequenos bocados e cozida muito lentamente. É rara a carne de vaca e a de carneiro, já que a de criação émais acessível. Mas o que é mais importante reter é que, sem serem totalmente vegetarianos, os Hunzas, em grandeparte devido a razões exteriores, não concedem lugar à carne no seu menu quotidiano”.

Abricó

Abricó secando ao Sol

O iogurte ocupa, tal como os legumes, um lugarimportante na alimentação. Não foram somente osHunza que compreenderam as propriedades do

iogurte. Os Búlgaros, que são grandes adeptos do iogurte, contam na sua população mais de 1666 nonagenários pormilhão de habitantes. No ocidente, temos apenas nove nonagenários por milhão de habitantes. A diferença, que éconsiderável, dá o que pensar e incentiva certamente o consumo de iogurtes. Entretanto, nonagenários com doenças émuito diferente do que estamos tratando aqui.“As nozes, as amêndoas, as avelãs e os frutos ocupam um lugar importante no menu Hunza. Acompanhados de frutasou de verduras, por exemplo, na salada, constitui para eles uma refeição completa. Não se pode falar devidamente daalimentação do povo Hunza sem fazer referência a um alimento que é a sua base, ou seja, um pão especial chamadochapatti. Os Hunzas comem este pão em todas as refeições. Os especialistas acreditam que o consumo regular destepão especial tem influência no fato de um Hunza de 90 anos ainda conseguir fecundar uma mulher, o que, no Ocidente,não passaria de uma fantástica proeza. O chapatti contém realmente todos os elementos essenciais, pois na suacomposição entram a farinha de trigo integral, incluindo o gérmen da semente e as farinhas de cevada, de trigomourisco (sarraceno) e de milho miúdo”.

Pão Hunza: chapatti

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No livro de Godefroy encontramos a receitadeste pão, alimento indispensável na mesadeste povo. “As quantidades que indicamosdão para dez doses. A preparação não é

muito demorada, exigindo menos de uma hora. Em primeiro lugar, obtenha grãos de moagem recente. Uma mistura de250 gramas de trigo candial (novo) e de trigo sarraceno dá excelentes resultados nas seguintes proporções: 1/3 detrigo candial e 2/3 de trigo sarraceno, ou seja, no caso que apresentamos, cerca de 80 gramas de trigo candial e 170gramas de trigo sarraceno, meia colher das de café de sal grosso e 100 gramas de água. Comece por misturar o salcom a farinha. Acrescente lentamente a água, misturando bem para obter uma mistura homogênea, sem grumos. Logoque acabe de colocar toda a água, trabalhe a massa sobre uma superfície enfarinhada, até ela deixar de se colar aosdedos. Embrulhe-a num pano úmido e deixe-a em repouso durante meia hora. Em seguida faça bolas de cerca de 4 cmde diâmetro e calque-as de modo a formar uma espécie de bolachas muito finas. Coze-las em fogo brando, sobregrelha fina ligeiramente untada. Vire-as a meio da cozedura. O chapatti pode ser servido de diversas maneiras, comqueijo, compotas, mel...” “É importante ressaltar que para o povo Hunza não existe a aposentadoria, as pessoas mesmo com idade avançada,além do respeito com que são tratadas continuam as suas atividades com alegria e disposição. Os idosos são alvo deuma grande admiração por parte dos jovens. Em vez de interromperem bruscamente as suas atividades, eles optampor modificar gradualmente a natureza das mesmas, o que, de resto, não os dispensa sequer das atividades físicas àsquais se entregam até uma idade avançada”, segundo o livro referência.Infelizmente o autor não lança nenhuma hipótese para o que está acontecendo em Hunza, exceto o nobre convite paranós ocidentais imitarmos o quanto possível a alimentação e o estilo de vida deste povo. Como já ressaltamos dieta ouestilo de vida não explica a grande longevidade sem doenças encontradas nestas regiões, entretanto, esses preceitossão de enorme importância para uma vida com saúde.

Vale de Hunza com riacho vindo das montanhas geladas (retirado de Wikipedia)

Povo Abkhasia das montanhas do Cáucaso – Sul da RússiaO povo Abkhasia das montanhas do Cáucaso do sul da Rússia tem a reputação de viver muito e com saúde. O governoda União Soviética afirmava que as pessoas chegavam até os 150 anos, se casavam com 110 e eram pais com 136anos. Não há estudos internacionais epidemiológicos sobre estes dados, somente se conhece os estudos nacionaissoviéticos.Eles vivem em montanhas e sobem e descem para cima e para baixo respirando ar completamente puro, isto é,possuem atividade física bem razoável. A dieta é baseada em alimentos plantados na agricultura local, com alimentosfrescos, grãos integrais e vários tipos de nozes. O dia começa com uma salada de vegetais crus colhidos da hortadoméstica. Em toda refeição estão presentes diversos tipos de nozes. Apesar de viverem em ambiente muito frio adieta tem menos que 2000 calorias / dia o que significa na prática uma restrição calórica. Lá, idade proporciona “status”e respeito e os anciãos nunca se aposentam, permanecendo ativos e participantes das atividades da comunidade.Nesta região é típico a ingestão de Kefir, rico em lactobacilos e outros microorganismos benéficos para a flora intestinal,descoberto por Metchnikoff, prêmio Nobel de microbiologia. O Kefir de leite proporciona muitos efeitos benéficos para asaúde humana, incluindo a melhoria do sistema imunológico, a regularidade da função intestinal, a melhoria da texturada pele, a prevenção do câncer de mama, próstata e colo-retal ao lado de uma boa disposição geral.O Kefir é diferente do yogurt e da coalhada. Kefir é uma mistura de leveduras e bactérias, vivendo em simbiose em ummicro ambiente peculiar com uma matrix de polisacarídeos, que se reproduzem continuamente na dependência de umafonte de carbonos como o leite. Os grãos de Kefir são gerados unicamente usando os grãos pré-existentes; não seconsegue fabricá-los em laboratório. Os grãos são parecidos com couve-flor e cada um deles mede de 3 a 20 mm dediâmetro.

Grãos de Kefir

Modo de preparo: Em recipiente de vidro colocar 1 copo de leite integral, ou tipo B, ou tipo C junto com 1 a 2 colheresdas de sopa de grãos de Kefir e deixar descansando por 24 horas tampado com tule ou pano de prato comum. Após24 horas coar o líquido e beber. O que sobrou no coador colocar novamente no recipiente com 1 copo de leite repetindoo processo. Você pode beber o preparado puro, com mel ou aveia, etc... Observações: não usar nada metálico, ocoador deve ser de plástico, cada semana é conveniente lavar os grãos com água mineral, nunca use água com cloro,congele se for transportar ou estiver fora de uso, se ficar com gosto muito ácido diminua a quantidade de grãos ouaumente o leite, muito Kefir para pouco leite, em 12 horas já obtemos o produto, que alguns chamam de coalhada deKefir. Os grãos de Kefir se multiplicam e crescem, doe para os amigos e espalhe pelo mundo este alimento saudável.

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Deve-se usar coador de plástico ao manusear o KefirO Kefir de leite já foi implicado na longevidade do povo do Cáucaso, porém, apesar de ser um alimento muito saudável ede propriedades medicinais realmente surpreendentes, sozinho ele jamais conseguiria a proeza da longevidade comsaúde. Não devemos nos esquecer que o Kefir de leite, não o de água, constitui arma preventiva poderosa utilizada pormédicos do mundo inteiro no tratamento de várias condições patológicas, como aterosclerose, câncer, doençasgastrointestinais e diabetes mellitus.

Povos de certos lugares da China - Mongólia e do Peru.Foram citados por Henry Coanda nos seus estudos sobre os povos longevos e saudáveis. Não encontramos outrasreferências sobre eles na literatura consultada (Medline e PubMed).

A possível chave da longevidade saudávelFoi um engenheiro que ganhou o Prêmio Nobel com 78 anos de idade com o tema da dinâmica dos fluídos e queestudou a água do vale do Hunza durante quase 50 anos que mostrou um facho de luz para resolver o quebra-cabeça.Henri-Marie Coanda (1885-1972) grande inventor no campo da aeronáutica, prodigioso pesquisador e titular daAcademia de Ciências da Romênia descobriu que os habitantes das 5 regiões do Planeta com povos longevos esaudáveis apresentavam algo em comum: a água.

Henri-Marie Coanda

Estas pessoas vivem em planícies cercadas por cordilheiras e montanhas de formação recente e bebem uma águaproveniente das geleiras que resvalou e caminhou entre pedras da mesma característica rochosa, com a mesmacomposição geológica. Estas pessoas bebem o mesmo tipo de água, uma água de aspecto leitoso, “milk water”.

Para Hipocrates “Nós somos o que comemos” e para os pesquisadores modernos que estudam não somente oambiente químico das células, mas o físico-químico “Nós somos o que bebemos”. Sem alimentos podemos viver 30dias, sem água vivemos somente 7 dias.

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A água é a matéria, a matrix e a mãe da vida. A estrutura molecular da água é a essência da vida e sem água não hávida como a conhecemos. A água é a molécula mais abundante do nosso corpo e do Planeta e a mais desconhecida,mais extraordinária e mais anômala que se conhece. No Universo é a segunda mais abundante, atrás somente dohidrogênio (H2).

Água das montanhas geladas de aspecto leitoso

Entretanto, nem todas as águas são iguais. Existem de um modo geral e do ponto de vista físico, dois tipos de água, aestruturada e a não estruturada.A água estruturada é rica em pontes de hidrogênio, viscosa, osmoticamente inativa com densidade de 0,92 g/l sendochamada de baixa densidade, é a água tipo B. No citoplasma a água tipo B está na intimidade das estruturas vitais. É elaque mantém a estrutura das proteínas, das enzimas, das macromoléculas, da membrana citoplasmática, da membranamitocondrial, do RNA e do DNA. É com este tipo de água no citoplasma que as células diferenciadas diminuem a entropianegativa e aumentam o grau de ordem-informação do sistema termodinâmico celular e assim conseguem sintetizartodas as substancias necessárias para a vida do organismo, bastando haver: 1- matéria prima, 2- não interferência dexenobióticos (metais tóxicos, pesticidas, aditivos alimentares, excesso de ferro, excesso de cobre, substancias químicasestranhas) e 3- não interferência de campos eletromagnéticos prejudiciais (cabos de alta tensão, transformadores,zonas geopatogênicas, rede de Hartman, etc). Para Ilya Prigogine, Prêmio Nobel de Física, a saúde é mantida pelo altograu de ordem-informação do sistema termodinâmico aberto celular. A água desestruturada é a tipo A, de alta densidade, 1,12 g/l, fluída, osmoticamente ativa e pobre em pontes dehidrogênio. Esta água aumenta a entropia negativa e diminui o grau de ordem-informação do sistema termodinâmicocelular sendo a predominante nos tecidos doentes ou com câncer.As partículas dentro da água, isto é, os solutos ou osmolitos que se dissolvem na água possuem propriedades diferentesdependendo do tamanho molecular e da polaridade. Em geral os anions polivalentes pequenos, os cátions monovalentespequenos e alguns compostos hidrófobos conseguem estruturar a água e são chamados de kosmotropos. Ao contrárioos anions monovalentes grandes, os cátions polivalentes grandes e algumas substâncias hidrófilas têm a propriedade dedesestruturar a água, quebrar as pontes de hidrogênio, sendo denominadas de caotropos.

Ponte de hidrogênio entre duas moléculas de águaDesta maneira podemos compreender muito bem que a água em cada região da Terra possui características diferentes.Na região que vive o povo Hunza a água congela a temperaturas inferiores quando comparada a outras áreas da Terra.Henry Coanda descobriu outro fato relevante: quanto menor o ponto de congelação da água em determinada área daregião de Hunza maior era o tempo de vida dos habitantes que ali moravam. Agora começamos a compreender melhor o que está acontecendo. Estamos diante de uma das propriedadescoligativas da matéria: “quanto maior a concentração de solutos em um líquido menor é o tempo de congelação destelíquido”. Resta sabermos quais os minerais existentes nesta água que chega das montanhas geladas, que banham asplanícies e vales e são ingeridas pelos povos longevos e saudáveis.Existem vários tipos de minerais no degelo das águas das montanhas das várias regiões do mundo, entretanto,somente nas 5 regiões de povos longevos que citamos encontramos alta concentração de um mineral muito especial, asílica. E fato importante, a sílica é um forte agente kosmotropo, isto é, forte estruturador da água. A sílica na forma deSiO2 pode formar “clusters”de 3 moléculas – (SiO2)3 ou O-Si-O2-Si-O2-Si-O. A sílica durante muito tempo na águaforma ácido silícico, um ácido fraco, que se dissocia e produz radicais (H3O+), forte estruturador da água.Uma hipótese bem razoável é que a ingestão de água estruturada tipo B desde a tenra idade diminui a entropia negativae aumenta o grau de ordem-informação do sistema termodinâmico das células, tecidos e órgãos e desta formaproporciona as condições de viver muito e com saúde. A sílica é considerada mineral essencial para os seres humanos e muitos trabalhos na literatura médica discorrem sobreos seus efeitos benéficos: ação anti-aterosclerótica agindo em endotélio e diminuindo o colesterol, retarda oenvelhecimento, melhora a cognição em pacientes com doença de Alzheimer, impede os efeitos neurotóxicos doalumínio, aumenta a síntese de colágeno, acelera o tratamento da osteoporose, aumenta a cicatrização de úlcerasgastroduodenais, melhora o sistema imunológico e possui efeitos benéficos no câncer. Os banhos com água rica emsílica provocam efeitos terapêuticos em algumas doenças.O grande cientista francês Alexis Carrel, Prêmio Nobel de Medicina, manteve “vivas” durante 34 anos as células domiocárdio de galinha. Ele dizia “Uma célula por si mesma é imortal. O ponto está apenas no meio liquido em que ela seencontra (água e nutrientes) e na qual ela degenera. Renovando o meio periodicamente, dá à célula todo o necessáriopara sua nutrição e, tanto quanto eu sei, a vida pode durar para sempre”. Esse experimento não foi confirmado poroutros pesquisadores.As pontes de hidrogênio são as responsáveis pelo enrolar e o desenrolar das hélices em espiral do DNA e estas pontes

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são construídas e mantidas pela presença dos osmolitos construtores ou kosmotropos. No processo de envelhecimentofica cada vez mais difícil este processo de enrolar e desenrolar as hélices pela perda da flexibilidade e da elasticidade queas pontes de hidrogênio proporcionam. Existe a hipótese que tal dificuldade reduz o potencial de divisão celular. Oeminente biólogo celular Leonard Hayflick nos ensina que as células são capazes de se reproduzir somente 50 vezes;depois o processo de reprodução cessa o organismo não consegue repor as células em falta, o corpo envelhece emorre geralmente com algum tipo de doença.Se nós conseguirmos aumentar a água tipo B estruturada na intimidade do DNA podemos teoricamente reverter oprocesso de envelhecimento. Talvez, nestes povos longevos o aumento da água estruturada de baixa densidade e ricaem pontes de hidrogênio na intimidade do DNA favoreçam a continuidade da reprodução das células em número bemsuperior aos 50 normalmente encontrados na população mundial.Devemos dar valor a um dos grandes passos da Evolução do homem no Planeta. Refiro-me a passagem dos seresvivos do oceano para a terra, isto é, do ambiente líquido para o ambiente seco. Somente conseguiram dar esse grandepasso os seres que mantiveram em sua intimidade celular osmolitos kosmotropos que evitavam a dessecação dascélulas, osmolitos estruturadores da água intracelular capazes de manter as funções vitais em ambiente agora diferentee hostil.No envelhecimento acontece inexoravelmente uma desidratação das células. Enquanto os recém nascidos têm 80-85 %de água, os idosos apresentam somente 50-55%. Nos seres humanos os mecanismos de defesa que mantém ahidratação e o volume celular são potentes, e datam do grande passo da Evolução. Quando as células são colocadasem meio hipertônico e perdem água citoplasmática, imediatamente são ativados mecanismos de sobrevivência celularadquiridos nos tempos remotos. Ativa-se imediatamente a expressão do gene TonEBP/OREBP (NFAT5) e acontecemem conjunto dois eventos poderosos que aumentam a estruturação da água citoplasmática: 1- aumenta-se a sínteseintracelular de sorbitol e glícero-fosfocolina e 2- aumenta-se o transporte do interstício para dentro das células deimportantes osmolitos orgânicos kosmotropos: trimetilglicina, taurina e mio-inositol. Outros solutos kosmotropos sãoos poliois, metilaminas, aminoácidos hidrofobos, colina, creatina, açúcares não redutores, anions polivalentes pequenos,cátions univalentes pequenos, etc..

As células de leveduras, esporos de fungos, bactérias, certas espécies de invertebrados e insetos e algumas plantasinferiores apresentam a capacidade surpreendente de sobreviverem em condições de completa desidratação, aosextremos de frio e de calor e a altas doses de radiação ionizante e de radicais livres. Existem vegetais do deserto comoa Selaginella lepidophila que são chamados de plantas da ressurreição. São muito resistentes às secas demoradas e parasobreviver a planta se encarquilha em bola quase sem raízes sendo levada pelo vento. Ao chover elas absorvem água,reassumem prontamente suas funções vitais e crescem rapidamente. Alguns estudiosos crêem que foi esta plantaadocicada, citada no Velho Testamento no livro do Êxodus, que os Hebreus chamaram de “manna”. Segundo a Bíbliaalimentando-se desta planta o povo guiado por Moises conseguiu atravessar o deserto, pela força e vigor que elaproporcionou.Todos esses organismos chamados de anidrobióticos têm em comum o acúmulo no citoplasma de um dissacarídeo nãoredutor altamente estruturador (kosmotropo) da água, a trealose ou “ergot sugar” que protegem as suas células dosestresses do meio ambiente. O mel contém de 0,1 a 1,9% de trealose; o sakê doce (mirin) de 1,3 a 2,2%; os“sherries” de 10 a 391 mg/l ; a levedura de 0,01 a 5% ; o fermento de padaria de 15 a 20% e os cogumeloscomestíveis de 8 a 17%. A presença de forte estruturador da água no intracelular mantém a estrutura e a função dasproteínas, macromoléculas, RNA e DNA ao lado de assegurar que os lipídeos permaneçam na fase fluída e assim possamestabilizar a membrana citoplasmática e mitocondrial. Esses efeitos proporcionados pela água kosmotropa estruturadana intimidade das biomoléculas asseguram a manutenção da vida saudável das espécies inferiores nas condições maisadversas e hostis.A administração dos osmolitos orgânicos kosmotropos e de água kosmotropa estruturada para seres humanos nointuito de desacelerar o envelhecimento pode proporcionar efeitos potentes e seguros, sem qualquer tipo de efeitoscolaterais, sendo mais uma das estratégias antienvelhecimento que devemos estudar com afinco.O ambiente que a população mundial está vivendo no presente momento sofreu mudanças muito rápidas nos últimos50 anos. Estamos vivendo em ambiente adverso e hostil, respirando ar com baixa concentração de oxigênio e alta depoluentes; a nossa água além de ser morta contém flúor e hormônios; os legumes e as verduras estão ricos empesticidas e agrotóxicos tanto os permitidos pela legislação como os ilegais; a carne bovina e de ave estão repletas deantibióticos e hormônios; as torres de celular nos circundam; os cabos de alta tensão e transformadores estão aí paraquem quiser ver; e poucos sabem os males que provoca dormir ou trabalhar em zonas geopatogênicas e cruzamentosde rede de Hartman. O trânsito está cada vez pior, os jornais de tele-notícias cada vez mais sangrentos e odesemprego ameaça os mais velhos e os mais jovens. O estresse mora ao lado. Estas são razões mais do que suficientes do médico em seu consultório ou no Hospital não se preocupar apenas em“fazer diagnósticos”. É do médico o dever de cuidar do seu paciente de uma forma ampla, digamos ecológica, seja qualfor o diagnóstico. O paciente está vivendo em um mundo perverso e deve ser protegido.Nós temos a capacidade e o dever de ensinar (doutor = docere = ensinar) os pacientes e seus familiares, uma nutriçãoorgânica e sem agrotóxicos, a se livrar dos metais tóxicos e dos xenobióticos, a não dormir ou trabalhar em zonasgeopatogênicas, etc... de uma maneira objetiva e científica, sempre estudando muito bem o paciente que nos procuroue em nós depositou confiança.A ingestão de nutrientes estruturadores e de água kosmotropa estruturada concomitante ao tratamento ECOLÓGICO e BIOMOLECULAR vai aumentar a eficácia do tratamento CONVENCIONAL e proporcionar uma excelente qualidadede vida, acrescida da possibilidade teórica de viver muito mais. Com o progresso das pesquisas esperamos a retirada dapalavra “teórica” da frase anterior.

“Deixar de aprender, para o médico é omitir socorro; para o doente é perder a oportunidade de viver mais e melhor” JFJ A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... detanto rir, de surpresa, de êxtase, de felicidade. Poeta desconhecido“ Muitos ensinamentos estão descritos na Bíblia, não somente os espirituais” “Ninguém quer viver para sempre; todos querem amar para sempre”

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