Pp a pesca em portugal

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  • 1. Atividade piscatria Os recursos martimos

2. Atividade piscatria A frota portuguesa Embora atue em pesqueiros externos sobretudo do Atlntico Norte efetua a maior parte das suas capturas em guas nacionais destacando-se espcies como a sardinha, a cavala, o atum e similares e o carapau. Constituda por embarcaes de pesca local, costeira e do largo tem vindo a modernizar-se. 3. Atividade piscatria pelo envelhecimento, e por nveis de escolaridade e qualificao ainda baixos, A populao ativa na pesca caracteriza-se: apesar dos progressos na rea da formao profissional. 4. Atividade piscatria A pesca continua a ter alguma relevncia econmica O setor da pesca em Portugal sobretudo nas reas costeiras onde, por vezes, assume um papel importante principalmente se consideradas outras atividades que se lhe associam indstria transformadora do pescado; servios de apoio comercializao; formao profissional, etc. Fig.RecreaodaArteXvega Espinho(FACE) 5. Atividade piscatria Fig. Evoluo de alguns indicadores da pesca portuguesa e valor do desembarque de pescado, por portos de pesca (2011). 6. Atividade piscatria A contribuio da pesca para a economia nacional, tem decrescido incluindo as atividades da indstria transformadora tal como a populao diretamente empregada no setor. Fig.Pescadoresna praiadeEspinho 7. Simultaneamente, verifica-se: no sentido de fazer uma gesto adequada e sustentvel dos recursos pisccolas. a definio de regras e quotas, a nvel comunitrio, uma reestruturao da frota de pesca Atividade piscatria 8. Atividade piscatria A regularidade da linha de costa e a reduzida extenso da plataforma continental As principais reas de pesca em pesqueiros externos, em guas de soberania estrangeira, ou em guas internacionais. Fig.Plataformacontinental portuguesa(Continente). condicionantes que tm sido compensadas, pelas capturas: 9. Atividade piscatria geridas por Organizaes Regionais de Pesca e, nas guas europeias, pelos Conselhos Consultivos Regionais. Desde a adeso Unio Europeia: Portugal beneficia de diversos acordos de pesca com pases terceiros, Podendo usufruir das oportunidades de pesca em guas de alto-mar (Doc.1) 10. Atividade piscatria A frota portuguesa opera, principalmente, no Atlntico Nordeste Fig. Capturas totais da frota nacional nos principais pesqueiros externos e espcies mais pescadas (2011). reas regidas pelo ICES e pela CECAF. 11. Atividade piscatria ligeira tendncia crescente nos ltimos anos Capturas e principais espcies Volume de desembarque de pescado nos portos nacionais. com oscilaes que se devem variao das capturas; do valor comercial de certas espcies (Doc.2). 12. Atividade piscatria Sardinha principal espcie capturada (volume e valor); Cavala segundo lugar em quantidade; Atum e similares segundo lugar em valor; Carapau terceiro lugar em valor e quarto no volume de capturas. Fig. Volume e valor das capturas nominais, segundo as espcies, em Portugal e em % do total (2011). 13. Atividade piscatria Portos com maior volume de pescado descarregado em 2011: Fig. Portos de pesca com maior volume de desembarque, segundo as principais espcies (2011). predomnio da sardinha, exceo de Olho e Sesimbra (sobressaiu a cavala e o peixe- espada preto. Matosinhos, Sesimbra, Figueira da Foz, Peniche Olho, 14. Atividade piscatria Frota de pesca Fig. Composio da frota de pesca portuguesa, segundo o comprimento e a capacidade (2011). Fig. Capacidade da frota nacional por classes de arqueao bruta (2011). A frota de pesca nacional: quarta maior da UE, em nmero de embarcaes, sexta em arqueao bruta e potncia motriz. Em 2011, contava com 8380 embarcaes registadas, cerca de 90% de pequena dimenso e 80% de propulso a motor. 15. Atividade piscatria A frota nacional tem vindo a decrescer em nmero de embarcaes, arqueao bruta e potncia motriz, refletindo a reestruturao da frota (necessidade de adequao aos recursos atualmente disponveis) bem como o aumento das restries nas reas de pesca onde Portugal exerce esta atividade. dada a vulnerabilidade dos stocks, 16. Atividade piscatria Na caracterizao regional, as diferenas prendem-se: o Centro e o Algarve, com maior nmero de embarcaes; Fig. Caractersticas da frota de pesca, por NUTS II, em percentagem do total nacional (2011). Assim, salientam-se: nmero de portos de cada regio nvel tecnolgico das empresas de pesca. o Alentejo e a Madeira, pelos menores valores nos trs indicadores. o Centro e o Norte, pela maior arqueao bruta (GT) e potncia motriz (kW); 17. Atividade piscatria A frota nacional subdivide-se, de acordo com as guas em que opera, em: frota de pesca local; costeira; e do largo. 18. Atividade piscatria Opera em guas interiores e perto da costa; Utiliza diversas artes de pesca (muitas vezes ainda artesanais). Sai por curtos perodos de tempo (por vezes, opera apenas sazonalmente). Captura, sobretudo, espcies de maior valor (robalo, linguado, polvo, e choco). Ocupa maior nmero de pescadores. Usa embarcaes de pequena dimenso (inferior a 9 metros e na sua maioria de madeira). Frotadepescalocal 19. Atividade piscatria Atua para l das 6 milhas nuticas de distncia da costa, podendo operar em reas mais afastadas, alm da ZEE nacional. Usa alguns meios modernos de deteo de cardumes e conservao do pescado e tcnicas de captura como o cerco e o arrasto. Tem maior potncia motriz e autonomia de navegao. Embarcaes com mais de 9 metros e at 33 (as maiores podem permanecer no mar por duas ou trs semanas). Frotadepescacosteira 20. Atividade piscatria Opera para l das 12 milhas nuticas da linha de costa, nas guas internacionais ou em ZEE estrangeiras. Pode permanecer no mar durante longos perodos (podem ser de meses). Utiliza tcnicas modernas de deteo (sondas, satlite, etc.) e captura de cardumes (redes de cerco e arrasto, etc.). Equipada com meios de conservao e transformao do pescado (apoio de um navio congelador congelao do pescado, aps preparao, seguida de acondicionamento) ou de um navio-fbrica (transformao (filetagem, esfola, etc.), embalagem ou acondicionamento e refrigerao ou Congelao). Frotadepescadolargo 21. Atividade piscatria O nmero de pescadores matriculados tem continuado a decrescer: por abandono da atividade, reforma, ou devido modernizao funcional da frota. Mo de obra Fig. Evoluo do nmero de pescadores matriculados (1950-2011). Fig. Populao empregada na pesca nmero de ativos e sua percentagem no total regional, por NUTS II (2011). 22. Atividade piscatria Nas regies dos Aores, Norte e Centro encontrava-se, em 2011: Fig. Populao empregada na pesca nmero de ativos e sua percentagem no total regional, por NUTS II (2011). A maior representatividade da pesca no emprego registava-se nos Aores, Madeira e Algarve. o maior nmero de ativos na pesca devido ao predomnio da pesca local, nos Aores e ao maior nmero de portos e embarcaes, no Norte e Centro. 23. Atividade piscatria Fig. Estrutura etria da populao empregada na pesca, em Portugal e por regies (2011). Profissionais da pesca maioritariamente homens, idade mdia de 41,5 anos, grande proporo dos nveis etrios acima dos 45 anos. 24. Atividade piscatria Fig. Nveis de instruo da populao ativa na pesca, por NUTS II (2011). A estrutura etria ajuda a explicar: os reduzidos nveis de escolaridade largo predomnio dos que concluram apenas o ensino bsico, a maioria at ao 1. ciclo. 25. Atividade piscatria Elevar os nveis de escolaridade da mo de obra exigem maior qualificao profissional e capacidade de formao e aprendizagem ao longo da vida. Fonte:FOR-MAR importante para o desenvolvimento da pesca a evoluo tecnolgica das embarcaes, as longas permanncias no mar, a necessidade de aplicar normas comunitrias que visam a sustentabilidade do mar e a regulao da atividade 26. Atividade piscatriaFonte:FOR-MAR No mbito da Poltica Comum das Pescas para incentivar o rejuvenescimento e a qualificao profissional da populao ativa na pesca criados centros de formao nos principais portos do pas oferta de cursos relacionados com a pesca. 27. Atividade piscatria A adeso s ofertas de formao tem sido irregular. Fig. Evoluo do nmero de cursos e de inscritos no mbito do FOR-MAR Centro de Formao das Pescas e do Mar. e ainda insuficincia de apoios frequncia. A fraca procura poder dever-se: condies pouco aliciantes da atividade (perigosa e nem sempre bem remunerada), incertezas face concorrncia externa, fatores como o custo dos combustveis, 28. Atividade piscatria manter a coeso econmica e social das comunidades piscatrias. Programa Operacional da Pesca MARE - mais contempla medidas de apoio formao profissional de modo a cumprir os objetivos: melhorar as condies de trabalho e operacionalidade das embarcaes; adaptar os esforos de pesca aos recursos disponveis; 29. Atividade piscatria necessrio que existam infraestruturas em terra: As infraestruturas porturias e garantir a sua conservao e colocao no mercado. Para que a atividade piscatria se possa desenvolver: que permitam descarregar o pescado de forma rpida; em condies de higiene e frescura; Fig. Porto de Peniche Fig. Lota de Matosinhos 30. ao nvel das lotas. Atividade piscatria Fig. Lota de Matosinhos reas porturias nacionais esforo de modernizao e monitorizao do cumprimento das regras de desembarque tempo e condies de permanncia e escoamento do pescado, 31. Atividade piscatria Os apoios comunitrios tm-se revelado muito importantes, no que diz respeito: aos equipamentos de apoio nos principais portos, como entrepostos frigorficos, fbrica de gelo, mercados, etc. Fig. Lota de Matosinhos Processo da venda direta sistema eletrnico e informatizado garante maior rapidez e transparncia contribui para preservar a qualidade do pescado possvel aceder a este servio na internet. 32. Atividade piscatria Fig.Equipamentoseserviosdosportosdepescaquefazem partedarededelotasDocapesca,noContinente(2011). Muitos portos: disponibilizam instalaes para comerciantes e industriais os mais importantes detm tambm servios de apoio escritrios, armazns, abastecimento de combustveis, bancos e restaurantes. Porto de Matosinhos o que dispe de maior nmero de equipamentos. 33. Atividade piscatria alm de A aquicultura forma alternativa de obteno de pescado Aquicultura ajuda a reduzir a presso sobre os stocks marinhos permitir recuperar espcies em risco de extino e repovoar os habitats naturais. 34. Atividade piscatria Em Portugal: Fig. Evoluo do nmero de estabelecimentos de aquicultura, em Portugal e tipo de estabelecimentos (2010). a aquicultura tem vindo a crescer; predominam os estabelecimentos de gua salobra e marinha. 35. Atividade piscatria Predomina o regime de produo extensivo com tendncia para o aumento do regime intensivo e semi- intensivo. Fig. Produo de aquicultura, em Portugal, segundo o regime de produo e o tipo de estabelecimento (% do total) (2010). Em 2010: os estabelecimentos de gua doce situavam-se todos na regio Norte, os de guas salobras e marinhas ao longo da costa (reas lagunares do Centro e Algarve). 36. Atividade piscatria As espcies mais produzidas so: amijoa, pregado, dourada, ostras e robalo (guas marinhas e salobras) e a truta, em gua doce. Fig.Viveirosdeostras riaFormosa. Fig. Principais espcies aqucolas em Portugal (2010). 37. Atividade piscatria Regime extensivo Regime semi-intensivo Regime intensivo Utiliza apenas alimentao natural. Produo de bivalves (amijoa, ostra, mexilho berbigo), maioritariamente com mtodos tradicionais, em viveiros ou estruturas flutuantes, em guas salobras e marinhas. Associa alimentao natural e artificial. Criao de peixes como a dourada e o robalo, sobretudo em viveiros de guas marinhas. A alimentao sobretudo artificial. Produo em viveiros de espcies de gua doce, como a truta, a mais importante, e de guas marinhas, como o pregado. 38. Atividade piscatria Fig. Evoluo recente da produo e venda de produtos da indstria transformadora do pescado (2011). A indstria transformadora do pescado A indstria transformadora dos produtos da pesca e aquicultura tendncia de crescimento tanto ao nvel da produo como das vendas. 39. Atividade piscatria Fig. Balana comercial dos produtos da indstria transformadora da pesca e aquicultura (2011). Produo baseia-se na sardinha, atum e cavala Subsetor das conservas e preparados aposta fortemente na exportao importncia crescente no mercado nacional imagem de tradio e bem fazer peso na balana comercial dos produtos da pesca e aquicultura. 40. Atividade piscatria papel relevante na balana comercial. Subsetor da preparao e transformao de pescado congelado subsetor mais recente desta indstria transformadora produtos cada vez mais procurados (filetes, marisco, etc.) adequao forma de vida segurana alimentar que proporcionam absorve uma boa parte da matria-prima nacional, embora recorra importao. Fig.Filetesdepaloco congelados 41. Atividade piscatria Subsetor da salga e secagem: tradicional implantao no nosso pas depende quase exclusivamente do bacalhau quotas de pesca so reduzidas. Portugal o maior consumidor mundial de bacalhau salgado seco representa cerca de metade do consumo nacional de peixe e 40% das importaes. Fig. Praia da Nazar Fig. Bacalhau a secar ao sol 42. Fumagem sem tradio nos nossos hbitos alimentares afirma-se, em Portugal, com espcies como o espadarte e produtos da aquicultura. Fig. Espadarte Atividade piscatria 43. Atividade piscatria Em Portugal Continental, (costa atlntica, sobretudo no sul) Fig. Nmero de salinas e respetiva produo, por NUTS II e zona de salgado (% do total regional), em Portugal Continental (2011). Salicultura condies naturais favorveis produo de sal marinho por evaporao solar. 40 salinas ativas, em 2011. (22) localizava-se no Algarve, que detm 94% da produo nacional. 44. Atividade piscatria Trata-se de uma atividade com tradio no nosso pas, que decresceu com: encerramento de muitas salinas concorrncia de pases com mo de obra muito barata colocam o sal comum no mercado a preos com que Portugal no pode competir. 45. Atividade piscatria A obteno de sal e produtos de sal com caractersticas especficas de elevada qualidade, como a flor de sal forma de recuperao e revitalizao da salicultura, importncia ambiental para a avifauna de zonas hmidas, como a reserva natural de Castro Marim. Fig. Salinas na reserva natural de Castro Marim Algarve (2012). 46. Atividade piscatria 47. Fim da apresentao