PP Prisao e Liberdade Provi

Matéria: Direito Processual PenalProfessor: João BatistaData: 16/12/2014Este resumo foi elaborado por monitores a partir da aula ministrada em sala

Ementa da Aula:

DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA: PRISÃO CAUTELAR.

AULA 04

I. PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA

1. Prisão Cautelar/Processual/Provisóriaa) Prisão em flagrante – artigo 302, CPP

Espécies de Flagrante: Flagrante preparado/provocado: é aquele que tem a

figura do agente provocador. Súmula 145, STF.“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”O agente provocador torna o crime impossível. Exceção: crime permanente, exemplo: porte ilegal de armas.

Flagrante esperado: o policial apenas monitora o suspeito e se este cometer o crime, dá a voz de prisão. É válido,

Flagrante forjado: ocorre quando o autor da prisão simula uma situação de crime para prender o sujeito ilegalmente. Se ficar comprovado, o flagrante será anulado. Que crimes o agente comete? Denunciação caluniosa e abuse de autoridade.

Flagrante retardado/ ação controlada: ocorre quando a polícia deixa de dar a voz de prisão no ato (atrasa a voz de prisão) visando prender mais pessoas ou produzir mais provas. Artigo 8º, Lei 12.850/13.

Auto de Prisão em Flagrante:

É um documento que formaliza a prisão em flagrante ocorrida anteriormente e permite o juízo de legalidade. É atribuição do delegado de policial. Prazo de 24 horas contados da voz de prisão.

Etapas do auto de prisão em flagrante:

Apresentação do preso à autoridade. Oitiva do condutor.

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Oitiva das testemunhas. Interrogatório do conduzido. Colheita das assinaturas. Lavratura do auto (conclusão). Comunicação ao juiz competente, ao MP, à família do

preso ou pessoa por ele indicada, ao advogado do preso ou, na falta deste, a Defensoria Pública.

Entrega da nota de culpa para o preso (quem foi que o prendeu e o motivo que ele está preso).

Providências do Juiz ao receber o auto de prisão em flagrante:

Homologar o flagrante legal ou relaxar o flagrante ilegal; Converter a prisão em flagrante em prisão preventiva se

presentes os requisitos do artigo 312, CPP e não for possível a liberdade provisória.

Conceder a liberdade provisória.

Obs.: prazo de 48 horas. Decisões de ofício pelo juiz.

b) Prisão PreventivaÉ uma modalidade de prisão cautelar, cabível tanto na fase de inquérito quanto na fase do processo, quando presentes os requisitos do artigo 312, CPP.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Quem pode requerer: delegado, membros do MP, querelante e assistente da acusação. Atenção! Durante a fase de inquérito o juiz pode decretar a prisão desde que provocado. Na fase de processo poder ser de ofício. Será cabível:

Se o réu for primário, quando for crime doloso com pena máxima superior a 4 anos.

Reincidente em crime doloso qualquer que seja a pena.


Crimes contra vulneráveis para garantir a execução de medidas protetivas.

Quando houver dúvida sobre a identidade da pessoa.

Requisitos:

Fumus comissi delicti: prova da materialidade e indícios suficientes de autoria (justa causa).

Periculum libertatis: garantia da ordem pública, econômica, conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal.


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