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1 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE INFORMÁTICA E CIDADANIA Matinhos 2011

PPC - Bacharelado Em Informática e Cidadania

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  • 1 PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DEINFORMTICA E CIDADANIA

    Matinhos2011

  • 2Sumrio1- APRESENTAO...........................................................................................................................41.1 A Criao do Setor Litoral...........................................................................................................41.2 - O Setor Litoral..............................................................................................................................61.3 - Objetivos Estratgicos em Desenvolvimento na UFPR LITORAL.............................................81.4 - Orientaes fundamentais do PPP do setor litoral.......................................................................91.5 - Aes Poltico-Pedaggicas......................................................................................................111.6 - Concepes Poltico-Pedaggicas..............................................................................................121.7 - A Educao como Totalidade.....................................................................................................131.8 - Abordagens em perspectiva de totalidade orgnica...................................................................151.9 - Articulao entre Teoria e Prtica..............................................................................................151.10 - Flexibilidade Curricular...........................................................................................................162. Justificativa para a Implantao.....................................................................................................173. Dados do Curso..............................................................................................................................183.1 Formas de acesso..........................................................................................................................194. Perfil do Curso................................................................................................................................195. Perfil do Egresso.............................................................................................................................205.1 - O profissional ter como competncias e habilidades gerais:....................................................205.2 - O profissional ter como competncias e habilidades especificas:............................................206. Objetivos do curso..........................................................................................................................216.1 - 1 Fase Conhecer e Compreender Percepo Critica da Realidade.....................................216.2 - 2 Fase Compreender e Propor Fundamentao Terica......................................................226.3 - 3 Fase Propor e Agir...............................................................................................................237. Metodologia e avaliao da aprendizagem.....................................................................................237.1 Avaliao do processo de ensino-aprendizagem.........................................................................248. Sistema de Acompanhamento e Avaliao do PPC........................................................................249. Projeto de Orientao Acadmica..................................................................................................2610. Corpo docente e administrativo....................................................................................................2711. Infraestrutura.................................................................................................................................2911.1 Laboratrios e Equipamentos Didticos para Aulas Prticas.....................................................2911.2 Biblioteca....................................................................................................................................3012. Condies de acesso para pessoas com deficincia......................................................................3213.1 Contextualizao do Bacharel em Informtica e Cidadania.......................................................3313.2 Organizao Curricular e Ementa...............................................................................................33

  • 313.3 Fluxograma Curricular .............................................................................................................3713.4 Grfico Curricular......................................................................................................................3813.5 Matriz Curricular........................................................................................................................3913.6 Planos de Ensino Ficha n 1 (permanente)..............................................................................4213.6.1 Primeiro Semestre...................................................................................................................4213.6.2 Segundo Semestre...................................................................................................................4813.6.3 Terceiro Semestre....................................................................................................................5513.6.4 Quarto Semestre......................................................................................................................6213.6.5 Quinto Semestre......................................................................................................................6813.6.6 Sexto Semestre........................................................................................................................7413.6.7 Stimo Semestre......................................................................................................................8013.6.8 Oitavo Semestre.......................................................................................................................8513.6.9 Mdulos Optativos..................................................................................................................8814. Trabalho de Concluso do Curso..................................................................................................9614.1 Regulamento de Trabalho de Concluso do Curso.....................................................................9615. Atividades Formativas Complementares....................................................................................10215.1 Regulamento de Atividades Formativas Complementares.......................................................10216. Estgio Obrigatrio....................................................................................................................10416.1 Regulamento de Estgio Obrigatrio.......................................................................................105ANTEPROJETO RESOLUO N / 11 CEPE................................................................118Anexo I - Periodizao Recomendada..............................................................................................123

  • 41- APRESENTAO1.1 A Criao do Setor LitoralEste documento explicita e formaliza o Projeto Pedaggico do curso Superior em Informtica e Cidadania daUniversidade Federal do Paran UFPR Setor Litoral, que tem sua primeira turma com inicio em agostode 2009.

    Inserida no plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPR, e no Plano de DesenvolvimentoInstitucional 2007-2011 sendo que o a aval institucional que lanou oficialmente a implantao do ProjetoUFPR Litoral ocorreu em 1 de junho de 2004 quando, atravs da Resoluo n 39/04 COUN, o ConselhoUniversitrio da Universidade Federal do Paran cria o Campus do Litoral.

    Resoluo n 39/04 COUN - Em 1 de junho de 2004, atravs da Resoluo n 39/04 COUN, o ConselhoUniversitrio da Universidade Federal do Paran cria o Campus do Litoral, mediante as providncias queespecifica. Esta resoluo define que o Campus encontra-se vinculado ao Gabinete do Reitor.

    Criao da Comisso de Acompanhamento da Implantao - em 29 de julho de 2004, atravs da Portaria n1267, o Reitor da Universidade Federal do Paran, conforme determina o Art. 7 da Resoluo n 39/04 COUN designa os membros para comporem a comisso de acompanhamento da implantao do projeto daUniversidade do Litoral.

    O Termo de Cooperao Unio, Estado e Municpio, em 28 de maro de 2005, o Governo do Estado doParan, o Municpio de Matinhos e a Universidade Federal do Paran, celebram o Termo de Cooperao comvistas a implementao de aes para ampliao do acesso educao e o funcionamento da Universidadeno Litoral, conforme Extrato de Cooperao Tcnica n 2/05, publicado no Dirio Oficial da Unio em07/04/05.

    A solenidade de Abertura do Vestibular 2005 e incio das obras, em 16 de maio de 2005, com a presena dediversas autoridades, entre elas, o Ministro da Educao, o Governador do Estado do Paran, o Reitor daUFPR e o Prefeito de Matinhos, oficializaram-se o primeiro vestibular da UFPR Litoral, a reforma da sede ea construo de um bloco de salas de aula e laboratrios.

    A Direo do Campus Litoral ocorreu em 15 de maro de 2006, atravs da Portaria n 1885, o Reitor daUniversidade Federal do Paran, designa o Professor Valdo Jos Cavallet matrcula 069639, para responderinterinamente pela Universidade do Litoral, sem remunerao.

  • 5A criao da Unidade Setor Litoral ocorreu em 05 de dezembro de 2007 o Conselho Universitrio, no uso desuas atribuies regimentais e estatutrias, consubstanciado no processo n 021540/2007-33 cria a o SetorialLitoral como Unidade Universitria, estruturada na forma do respectivo Projeto Poltico Pedaggico.

    A eleio para Direo da Unidade Setor Litoral foi realizada no dia 11/03/2008, a eleio para a direo doSetor Litoral. Foi apresentada e eleita a chapa nica com o Professor Valdo Jos Cavallet para o cargo dediretor e a Professora Vera Lcia Israel para o cargo de vice-diretora. A posse da Direo da Unidade SetorLitoral ocorreu em 11 de abril de 2008, o Magnfico Reitor Prof. Dr. Carlos Moreira Jnior empossa para omandato de 2008-2012 o Prof. Dr. Valdo Jos Cavallet como diretor e a Prof. Dra. Vera Lcia Israel comovice-diretora, conforme a portaria n 1121 e 1122 respectivamente, de 07 de abril de 2008, publicada noD.O.U. de 11/04/2008, seo II, pg. 19.

    O parecer sobre o PPP do Setor Litoral Ncleo de Ensino de Graduao em 04 de junho de 2008 o Ncleode Ensino de Graduao / PROGRAD emite parecer favorvel ao Projeto Poltico Pedaggico do SetorLitoral.

    A aprovao do PPP do Setor Litoral no CEPE ocorreu em 16 de junho de 2008, com parecer do ConselheiroMarco Aurlio Visintin a 2 cmara do CEPE aprova por unanimidade o Projeto Poltico Pedaggico do SetorLitoral

    A Resoluo n 24/08 CEPE, em 16 de junho de 2008, a Reitora em exerccio, Mrcia Helena Mendona,Presidente do CEPE, homologa a Resoluo n 24/08 que aprova o Projeto Poltico Pedaggico dos Cursosde Educao Profissional e Tecnolgica e de Educao Superior do Setor Litoral.

    O presente PPC foi elaborado no perodo entre maio de 2009 e maio de 2011 durante a implantao dos doisprimeiros anos do curso. A proposta apresentada a seguir contempla os aspectos formais e legais do curso,dados do curso, a justificativa de sua implantao ligada ao Projeto Poltico Pedaggico do Setor Litoral.Apresenta-se a dinmica de funcionamento do Curso, nos itens: Perfil do Curso e do Egresso; Objetivos doCurso; Fundamentao terico-metodolgica, inovaes e flexibilidade curricular no Curso, processo deacompanhamento e avaliao do PPC, bem como a demonstrao da organizao curricular do CursoSuperior em Informtica e Cidadania, atendendo aos eixos do PPP do Setor Litoral.

    Consta ainda, neste projeto, dados relativos ao corpo docente atuante no curso, quadro tcnico-administrativodo Setor, infra-estrutura fsica edificaes, veculos -com destaque para o acervo e servios da Biblioteca econdies de acesso para pessoas com deficincia e/ou mobilidade reduzida.

  • 6Ao final encontram-se anexados documentos exigidos institucionalmente relativos s fichas permanentes dosmdulos, diretrizes de Trabalho de Concluso de Curso (TCC) denominado de Projeto Integrador, dasAtividades Formativas e das Complementares (AFC).

    1.2 - O Setor Litoral

    O Setor Litoral da UFPR se insere no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPR consolidadona gesto 2002-2006, sintetizando uma direo a ser seguida pela instituio. A partir da direo definida,foram elaborados planos das unidades meio e fim, resultando em uma carteira de projetos representantes dasdemandas da instituio.

    No seu planejamento estratgico a UFPR estabeleceu como MISSO: Fomentar, construir e disseminar oconhecimento, contribuindo para a formao do cidado e desenvolvimento humano sustentvel.

    No planejamento de 2002 a UFPR definiu entre os seus objetivos: buscar a eficincia acadmica; integrarproduo cientfica e disseminao do conhecimento; expandir a oferta de vagas no ensino profissional e nagraduao.

    A Universidade Federal do Paran declara, por meio do seu Plano de Desenvolvimento Institucional, suabusca em consolidar-se como um agente de desenvolvimento comunitrio atravs de aes educativas dequalidade social, tcnica, ambiental e humana.

    Quatro princpios norteiam a UFPR, segundo seu PDI: Universidade pblica, gratuita, de qualidade e comprometida socialmente Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso Liberdade na construo e autonomia na disseminao do conhecimento Respeito a todas as instncias da sociedade organizada.

    Destes princpios, desdobram-se suas reas estratgicas: indissociabilidade das atividades de ensino,pesquisa, extenso e cultura, gesto institucional e responsabilidade social.

    No Plano de Desenvolvimento Institucional 2007-2011 aprovado nas instncias colegiadas, a UFPR definecomo princpios: Comprometimento com a construo do saber e formao de profissionais competentes ecompromissados socialmente; Ambiente pluralista, onde o debate pblico instrumento da convivncia democrtica;

  • 7 Preservao e disseminao da cultura brasileira; Proposio de polticas pblicas; Comprometimento da comunidade universitria com a instituio; Gesto participativa, dinmica e transparente comprometida com melhores condies de trabalho equalidade de vida; Eficincia, eficcia e efetividade no desenvolvimento das atividades institucionais; Isonomia no tratamento dispensado s unidades da instituio; Respeito aos critrios institucionais usados na alocao interna de recursos; cultura de planejamentoe avaliao contnua da vida universitria.

    A UFPR Litoral foi incorporada neste PDI de forma especial, representando particularmente e de formadireta aspectos como: Insero e expanso da UFPR nas regies do estado, ampliando relaes e parcerias com acomunidade (PDI ; p.22 e 24 e outras); Responsabilidade social das IES (PDI p.25); Prticas pedaggicas inovadoras (PDI p.64).

    De forma indireta, a proposta pedaggica da UFPR LITORAL aparece sustentada por princpios, estratgiase objetivos apresentados no PDI, tais como: Indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extenso; Flexibilizao curricular e espao acadmico como lcus de construo e produo doconhecimento, no qual o discente atua como sujeito partcipe da aprendizagem, preocupado com seucontexto social (p.28); Programas especiais de formao pedaggica por meio da articulao de todos os nveiseducacionais; Conexo de saberes; Prioridade de pesquisa em reas de interesse regional e que envolvem um conjunto de pessoas(p.34); Aderncia entre a prtica e planos institucionais, marcada pela construo partilhada econstantemente reformulada, preconizada nas intenes do plano de auto-avaliao.

    A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso aparece no PDI da UFPR como princpio (item 1.1.4),como rea estratgica (1.1.5) e tambm encabea um eixo de objetivos e metas. Quando desdobrada emmetas, especifica a inteno de viabilizar condies para a sua implementao nos projetos pedaggicos doscursos e aliada articulao entre a Graduao, a Ps-Graduao e o Ensino Profissionalizante, com prazospara sua concretizao at 2011.

    A UFPR LITORAL neste contexto citada como exemplo e resultado de polticas educacionais inovadoras ede responsabilidade social, justificando-se desta forma pelos aspectos: Participao integrada de instncias governamentais nas esferas federal, estadual e municipal; Reconhecimento da necessidade de aes na regio do litoral do Paran viabilizando odesenvolvimento sustentvel; Respeito diversidade das pessoas e dos processo educacionais; Integrao dos nveis de escolarizao na educao pblica.

  • 8No item do PDI dedicado organizao acadmica, a UFPR LITORAL apresentada como uma conquistado povo paranaense, caracterizada pela misso de integrar regies, saberes, foras da comunidadeuniversitria e do conjunto da sociedade, ampliando o espao pblico de formao na regio. O objetivo daproposta pedaggica que est sendo desenvolvida na UFPR LITORAL apresentado no PDI pela unio dapesquisa, da extenso e do ensino-aprendizagem desde o incio do curso, como estratgia para a consolidaode aprendizagens associadas realidade e prxima das questes sociais vividas pela populao local.Objetivo este que marca o compromisso com a realidade de insero do campus, com a interao entre teoriae prtica, o carter interdisciplinar e multidisciplinar como eixos para sustentar a formao poltica,filosfica, humana e profissional. Registra uma perspectiva importante da proposta, que desafia a construodas atividades do campus cotidianamente, que a articulao entre os nveis educacionais, desde a educaobsica at a ps-graduao.

    A ao da UFPR LITORAL se desenvolve de forma integrada com os diferentes agentes e nveiseducacionais em um projeto educacional articulado em conjunto. A ao comunitria no pode serencampada por um nico agente comunitrio e em um nico nvel da ao educativa. fundamental queinterajam os diferentes agentes e nveis educacionais em projetos articulados.

    Com a implantao da UFPR LITORAL, os objetivos principais visaram propiciar regio litornea comextenso possvel at o Vale do Ribeira, qualidade de vida compatvel com a dignidade humana e a justiasocial, alm de qualidade de formao que contemple a formulao e a partilha de mltiplas leituras darealidade em que os projetos pessoais possam ser criados e inseridos em uma proposta de desenvolvimentosustentvel.

    A construo e atualizao permanente da organizao curricular pressupem a universidade como lcus deconstruo e disseminao de conhecimento, o discente como sujeito partcipe da aprendizagem, o docentecomo mediador do processo e a preocupao com o contexto social coloca a prioridade de atividadesformativas incluindo a pesquisa nas reas de interesse regional.

    1.3 - Objetivos Estratgicos em Desenvolvimento na UFPR LITORAL

    Participar na construo de um ciclo de desenvolvimento sustentvel, com aes imediatas, progressivas epermanentes; Contribuir para a articulao entre os diferentes nveis educacionais e a comunidade, proporcionandoespaos de integrao entre as diferentes fases da aprendizagem visando a formao interdisciplinar;Desenvolver a capacidade de diagnstico acerca dos limites e entraves de desenvolvimento no mbito defamlias e comunidades, buscando gerar conhecimentos para a sua superao;Aperfeioar a capacidade de auto gerenciamento das comunidades por meio da criao de novaspossibilidades de visualizao do prprio futuro.

  • 9Criar um movimento de aprimoramento contnuo de estudantes, de professores e da comunidade, com aessolidrias no qual todos estudam, aprendem, e geram alternativas de desenvolvimento.

    A implantao do novo Setor da UFPR no litoral do Estado do Paran uma das grandes conquistas dacomunidade acadmica e do povo paranaense nos ltimos anos. Tal iniciativa congrega parceriasgovernamentais das esferas federal, estadual e municipal, e tem como objetivo principal promover odesenvolvimento sustentvel desta regio do Estado, com extenso para a regio do Vale do Ribeira que, aomesmo tempo em que abriga um significativo patrimnio natural, histrico-cultural e potencial econmicocomo o Porto de Paranagu, tambm apresenta indicadores sociais alarmantes.

    O Projeto Poltico Pedaggico (PPP) da UFPR Litoral baseia-se na perspectiva interdisciplinar da construodo conhecimento, sem negligenciar a formao humana de seus estudantes. Tem por objetivo construir oprocesso ensino-aprendizagem associado realidade local, isto , aos sete municpios que formam a regiolitornea do Paran: Matinhos, Guaratuba, Paranagu, Morretes, Antonina, Pontal do Paran e Guaraqueabacom extenso aos municpios do Vale do Ribeira. Para tanto, busca situar o estudante, desde o incio doscursos, acerca das questes ambientais, culturais, polticas, econmicas e sociais dessas regies, unindo ateoria e a prtica profissional nas diversas aes didticas planejadas pela equipe docente e de servidorestcnico-administrativos.

    1.4 - Orientaes fundamentais do PPP do setor litoral

    O PPP considera o trabalho pedaggico, percebido na sua totalidade, e deve ser pautado pelos princpios queenvolvam:

    a) o comprometimento da Universidade com os interesses coletivos;b) a educao como totalidade;c) a formao discente pautada na crtica, na investigao, na pr-atividade e na tica, capaz de transformar arealidade.

    A proposta pedaggica desenvolvida no Setor Litoral apresenta um diferencial centrado na aprendizagem, apartir da estratgia de ensino por projetos. O desenho curricular que se fundamenta na educao por projetospermite que o estudante construa o conhecimento, integrando com diversas reas do conhecimento. Alm dosfundamentos terico-prticos, especficos de cada curso, o aluno organiza o seu cotidiano tendo tambmespaos semanais para as Interaes Culturais e Humansticas (ICH) e para dedicar-se ao projeto deaprendizagem.

    O estudante incentivado a perceber criticamente a realidade, compreender os diversos aspectos que aestruturam e a estabelecer aes onde a busca de conhecimento se encontra com situaes da realidade local,

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    configurando relaes entre pessoas, saberes e instituies, entre elas a UFPR e a comunidade da regiolitornea. Tais aes podem contemplar uma diversidade de possibilidades, desde que alie o aprofundamentometodolgico e cientfico. Contemplam tambm uma transio para o exerccio profissional. Na proposiodo projeto de aprendizagem, o aluno antecipa e vivencia de forma autnoma o exerccio profissional. Oaluno como sujeito co-responsvel de seu processo de aprendizagem, aprende a significar um cotidianobalizado por valores locais. E, sem perder a perspectiva da mundializao, respeita limites humanos, engaja-se em um processo de auto-organizao e auto-produtividade (PPP/UFPR LITORAL, 2008).

    O trabalho pedaggico mais intenso para fazer frente aos desafios de desenvolvimento sustentvel estfocado na formao continuada dos professores em todos os nveis educacionais (do ensino fundamental ps-graduao) e nas ICH Interaes Culturais e Humansticas. Essas aes pedaggicas, integradas naformao da UFPR Litoral, tm o compromisso com uma educao mais comprometida com a justia e aequidade social. Elementos Estruturantes do PPP Fases com focos orientadores:1. Percepo crtica da realidade2. Aprofundamento Metodolgico e Cientfico3. Transio para o exerccio Profissional

    Os Espaos Curriculares de Aprendizagem so os Projetos, As Interaes Culturais e Humansticas e osFundamentos Tericos Prticos. Na concepo do Projeto Poltico-Pedaggico os estudantes, docentes e ainstituio desenvolvem projetos que tm suas especificidades e focos diferenciados. No PPP, osfundamentos terico-prticos so meios e no fins no processo de formao. Com rigor cientfico econtextualizao com os demais desafios reais que o estudante vai enfrentando, os fundamentos soorganizados em consonncia com as diferentes etapas da proposta pedaggica, buscando atender tanto sdiretrizes curriculares de cada curso, como propiciar os saberes necessrios execuo dos projetos deaprendizagem. O como fazer e o que fazer tm intencionalidade e compromisso dos atos educativosconstrudos coletivamente e assumidos em planejamento criado interdisciplinarmente na diversidade tcnico-metodolgica das diversas instncias do Setor. O espao curricular de Interaes Culturais e Humansticas(ICH) consiste num dos pilares do Projeto Poltico Pedaggico da UFPR Litoral, representando, no mnimo,20% da carga horria curricular em todos os cursos. Atravs de encontros que ocorrem semanalmente,integrando estudantes dos diferentes cursos, o ICH constitui-se num espao de aprendizagem interdisciplinar.Possibilita a articulao de diversos saberes (cientficos, culturais, populares e pessoais) e busca um olharmais amplo para a problemtica cultural e humanstica contempornea.

    Desta forma, a UFPR Litoral, atravs das aes e atividades que promove e sustenta, visa sensibilizar edespertar a comunidade acadmica para compreenso da complexidade das questes scio-poltico-culturaise ambientais, fazendo interlocues com PESSOAS que fazem a diferena; colocando em discusso eaprofundamento TEMAS que instigam; preparando e desafiando competncias a cerca de

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    PROCEDIMENTOS que interrogam; ocupando e promovendo ESPAOS e MOMENTOS que envolvem earticulam EXPRESSES e DESEJOS humanos.

    A proposio do Projeto Poltico-Pedaggico do Setor Litoral da UFPR quer superar os pressupostos damodernidade e lanar-se na construo de um projeto inovador e emancipatrio. Para tal, toma comoprincpio a reflexo acerca da realidade concreta do lugar, como fonte primeira, para, em dilogo com oconhecimento sistematizado, tecer a organizao curricular e o desenvolvimento de projetos que devempartir dos alunos e envolver os professores e a comunidade.

    Diferentemente do entendimento de conhecimento que preponderou na modernidade, este Projeto seestrutura pedagogicamente concebendo o conhecimento como uma totalidade articulada, decorrente dareflexo e do posicionamento a respeito da sociedade e sua realidade concreta envolvendo a educao e ohomem. Obedecendo a esse princpio, o Projeto articulou seu currculo em trs grandes fases: 1- conhecer ecompreender; 2- compreender e propor e, 3- propor e agir. Essas fases so desenvolvidas dentro de trsgrandes mdulos que dialeticamente se constituem e organizam todos os cursos. O primeiro mdulo constitudo por Projetos de Aprendizagem, o segundo formado pelas Interaes Culturais e Humansticas e oterceiro mdulo organizado pelos Fundamentos Terico-prticos. Portanto, este Projeto pretende ser muitomais do que uma formalidade instituda: uma reflexo sobre a educao superior, sobre o ensino, a pesquisae a extenso, a produo e a socializao dos conhecimentos, sobre o aluno e o professor e a prticapedaggica que se realiza na universidade bem como nos demais espaos onde ela ocorrer.

    1.5 - Aes Poltico-Pedaggicas

    Para atingir a eficincia, a probidade e a racionalizao na gesto de recursos fundamental que as parceriasentre as esferas governamentais sejam eficientes e que periodicamente sejam reavaliadas as prioridadesinstitucionais para um adequado processo formativo. Tambm a integrao da gesto administrativa com osprocedimentos pedaggicos dever favorecer a adequada gesto de recursos.

    Na formao continuada de docentes e tcnicos administrativos faz-se necessria uma caminhada interativacom aes setoriais voltadas ao desenvolvimento local.

    Em todos os nveis educacionais, por processo seletivo pblico e diferenciado com sistema de aesafirmativas.

    Nesse sentido cabe mostrar que o acesso s vagas dos cursos do Setor Litoral obedecem a orientao de

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    implementao das polticas de cotas raciais e sociais no processo seletivo, fato que amplia a democratizaodo acesso a universidade. Outro movimento que cabe salientar a ocupao de vagas atravs do PROVAR,programa que visa possibilitar a permanncia discente na instituio, mesmo que em condies ou cursosdiferentes dos escolhidos no momento de ingresso via vestibular, alm de permitir o ingresso de alunos deoutras instituies e de diplomados.

    Para possibilitar que os alunos tenham um maior nvel de aproveitamento acadmico o perfil de atuaoinstitucional e dos cursos permitem a atuao comunidade acadmica construindo e direcionando projetosfocados para trabalhar as questes locais.

    Para fomentar e ampliar a atuao da universidade junto aos municpios do litoral, principalmente Educao Pblica em todos os nveis, foi criada a figura do Professor Articulador, que responsvel poragilizar o trnsito de demandas e possibilidades de ao conjunta entre as duas organizaes. Essaarticulao tambm funciona como elemento facilitador do reconhecimento das dimenses estruturais eculturais do litoral.

    O eixo curricular de Projetos de Aprendizagem indica aos estudantes a utilizao dos conhecimentostrabalhados no eixo de Fundamentos Terico-prticos no exerccio de elaborao de problemticas locais epossibilidades de superao das mesmas. Na realizao desse intento os estudantes do curso tambm entramem contato com escolas da rede de educao bsica, direcionando a elas as aes de muitos dos seus projetosde aprendizagem.

    Conforme o exposto fica evidente que o Projeto Poltico Pedaggico se constitui em um processo dinmicode constante construo, no qual a educao compreendida como totalidade e onde so valorizadas asrelaes dialgicas fomentadas pelo contato entre a universidade e a comunidade. Dessa forma o pluralismode idias e concepes pedaggicas se apresenta como elemento essencial de trabalho conforme descrito noprprio PPP que indica que o tensionamento dialtico entre o modelo epistemolgico dominante e o modeloepistemolgico emancipatrio entre o todo e a parte (PPP, p. 8) estabelece relaes terico-prticas entre oseixos curriculares e os atores envolvidos, o que agrega qualidade acadmica na articulao entre oselementos curriculares (FTP, ICH e PA) que so de fato os espaos de aprendizagem integrando aes deensino, pesquisa e extenso baseado em projetos.

    1.6 - Concepes Poltico-Pedaggicas

    A UFPR LITORAL na sua busca pela qualidade de aprendizagem compreende que h uma relao direta

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    entre suas intenes e o modo que se organiza para realiz-las, assim a forma de gesto institucional emimplementao visa efetivao de uma educao verdadeiramente democrtica. Dessa forma o espao paradeliberao das obrigaes regimentais, planejamento poltico-pedaggicos do Setor e debates dacomunidade acadmica so discutidos no Conselho Diretivo do Setor Litoral com participao aberta dedocentes, tcnicos, discentes e comunidade. As Cmaras dos Cursos so sub-unidades administrativas quecoordenam a integrao dos espaos curriculares (FTP, ICH, PA) bem como o acompanhamento e avaliaodiscente e o planejamento e avaliao do curso a qual est ligada.

    Essas esferas de gesto tambm so responsveis por fomentar a liberdade de aprender, ensinar, pesquisare divulgar o pensamento, a arte, a cultura e o saber como diretamente expresso no texto do PPP a seguir:

    A proposio do Projeto Poltico-Pedaggico do Setor Litoral da UFPR quer superar os pressupostos damodernidade e lanar-se na construo de um projeto inovador e emancipatrio. Para tal, toma comoprincpio a reflexo acerca da realidade concreta do lugar, como fonte primeira, para, em dilogo com oconhecimento sistematizado, tecer a organizao curricular e o desenvolvimento de projetos que devempartir dos alunos e envolver os professores e a comunidade.

    Diferentemente do entendimento de conhecimento que preponderou na modernidade, este Projeto seestrutura pedagogicamente concebendo o conhecimento como uma totalidade articulada, decorrente dareflexo e do posicionamento a respeito da sociedade e sua realidade concreta envolvendo a educao e ohomem. Obedecendo a esse princpio, o Projeto articulou seu currculo em trs grandes fases: 1- conhecer ecompreender; 2- compreender e propor e, 3- propor e agir. Essas fases temporais so desenvolvidas dentro detrs grandes mdulos que dialeticamente se constituem e organizam todos os cursos. O primeiro mdulo constitudo por Projetos de Aprendizagem, o segundo formado pelas Interaes Culturais e Humansticas e oterceiro mdulo organizado pelos Fundamentos Terico-prticos (PPP, p. 07).

    1.7 - A Educao como Totalidade

    A concepo de educao emana da compreenso do papel social da Universidade junto sociedade.Portanto, alm da intencionalidade das atuais polticas pblicas de interiorizar a educao superior, a UFPRLitoral tem o direito e o dever de explicitar a compreenso estruturante de seu processo educativo, ou seja,uma formao e uma prxis assentada no princpio epistemolgico da unicidade do ensino, pesquisa eextenso. Entende a formao educacional como uma totalidade concreta, que se d no conjunto das relaessociais e que se desenvolve a partir das contradies que lhe do movimento, portanto, no tem existnciaem si, mas somente a partir da produo social de seus sujeitos.

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    Ao compreender a formao como totalidade concreta, admite-se que sua constituio se d no conjunto dasrelaes sociais do mundo presente. Na atualidade, tais relaes assentam-se e desenvolvem-se inseridas nomodo de produo capitalista, que ao longo do tempo tem estabelecido estratgias e aes para reproduo eampliao do capital. As classes dominantes, atravs do Estado, tm utilizado histrica e sistematicamente aeducao formal para alcanar seus objetivos, fragmentando conhecimentos, relaes, sistemas e insistido naproposta individual e meritocrtica. Portanto, a formao como totalidade concreta aqui assumida, dar-se-no tencionamento com a proposta instituda pelo capitalismo.

    A inteno do processo educativo o desenvolvimento integral, no apenas no aspecto cognitivo, mastambm nos aspectos afetivos, cognitivos e sociais, em uma perspectiva emancipatria e de protagonismo deseus sujeitos e de suas coletividades. O papel dos contedos e tempos est intrinsecamente conectado com aparticipao dos indivduos como sujeitos de processos culturais, econmicos e acadmicos da sociedade edas instituies de educao. O grau de direo se restringe em criar as condies para que se operem asinteraes nos diferentes espaos curriculares e em sustentar o papel da crtica e da indissociabilidade entreensino, pesquisa e extenso.

    A concepo do processo educativo fundado na realidade social provoca a organizao de um currculoflexvel, de forma articulada e com mltiplas relaes. Rompe com a concepo disciplinar e fragmentadapara trabalhar com espaos de formao que tm como principal articulador os projetos de aprendizagens,originados na realidade concreta do meio em que esto inseridos. Esses projetos possibilitam o dilogo comos fundamentos tericos-prticos, que empiricamente j os constituem. Esse dilogo se expande ao abarcaras interaes culturais e humansticas que se apresenta como espao para a troca com pessoas da comunidadeexterna, de outros cursos, de outras realidades e tambm como possibilidade de sntese e reflexo de suaformao e de seu papel social. Dialeticamente, aqui tambm se fazem presentes e dialogam entre si, osprojetos e os fundamentos terico-prticos. Portanto, o currculo contempla em seus espaos a educaocomo totalidade, objetivando superar a proposta fragmentria, da pesquisa, do ensino e da extenso (PPP, p.11-12).

    Na formao em Informtica e Cidadania desde a primeira fase (conhecer e compreender) oportunizado aoestudante espaos de interao com a realidade que permitem vivenciar parcialmente a integrao entreensino, pesquisa e extenso. A segunda fase (compreender e propor) se prope a fundamentao terica etcnica para amadurecimento das informaes e reflexes reconhecidas em um primeiro momento; enquantoa terceira fase (propor e agir) se prope a atividades de insero profissional. No decorrer das fases osobjetivos devem ser articulados com os espaos curriculares do curso (Fundamentos tericos prticos,Interaes Culturais e Humansticas e Projetos de Aprendizagem). A existncia das fases no explicita a

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    necessidade de pr-requisitos, visto que a complexidade de compreenso e proposio das atividadesrealizadas pelos estudantes sero avaliadas enquanto desempenho no processo de aprendizado.

    1.8 - Abordagens em perspectiva de totalidade orgnica

    A concepo do processo educativo fundado na realidade social provoca a organizao de um currculoflexvel, de forma articulada e com mltiplas relaes. Rompe com a concepo disciplinar e fragmentadapara trabalhar com espaos de formao que tm como principal articulador os projetos de aprendizagens,originados na realidade concreta do meio em que esto inseridos. Esses projetos possibilitam o dilogo comos fundamentos terico-prticos, que empiricamente j os constituem. Esse dilogo se expande ao abarcar asinteraes culturais e humansticas que se apresenta como espao para a troca com pessoas da comunidadeexterna, de outros cursos, de outras realidades e tambm como possibilidade de sntese e reflexo de suaformao e de seu papel social. Dialeticamente, aqui tambm se fazem presentes e dialogam entre si, osprojetos e os fundamentos terico-prticos. Portanto, o currculo contempla em seus espaos a educaocomo totalidade, objetivando superar a proposta fragmentria, da pesquisa, do ensino e da extenso (PPP p.11).

    A proposta pedaggica desenvolvida no Setor Litoral apresenta um diferencial centrado na aprendizagem, apartir da estratgia de ensino por projetos. O desenho curricular permite que o estudante construa oconhecimento, integrando diversas reas do conhecimento. Alm dos fundamentos terico-prticos,especficos de cada curso, o aluno organiza o seu cotidiano tendo tambm espaos semanais para asInteraes Culturais e Humansticas (ICH) e para dedicar-se ao projeto de aprendizagem. O estudante incentivado a perceber criticamente a realidade, compreender os diversos aspectos que a estruturam e aestabelecer aes onde a busca de conhecimento se encontra com situaes da realidade local, configurandorelaes entre pessoas, saberes e instituies, entre elas a UFPR e a comunidade da regio litornea. Taisaes podem contemplar uma diversidade de possibilidades, desde que alie o aprofundamento metodolgicoe cientfico. Contemplam tambm uma transio para o exerccio profissional. Na proposio do projeto, oaluno antecipa e vivencia de forma autnoma o exerccio profissional. O aluno como sujeito co-responsvelde seu processo de aprendizagem, aprende a significar um cotidiano balizado por valores locais. E, semperder a perspectiva da mundializao, respeita limites humanos, engaja-se em um processo de auto-organizao e auto-produtividade (PPP p.25).

    1.9 - Articulao entre Teoria e Prtica

    O PPP do Litoral composto por eixos curriculares que criam espaos de formao que tm como principal

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    articulador os projetos de aprendizagens, originados na realidade concreta do meio em que esto inseridos.Esses projetos possibilitam o dilogo com os fundamentos terico-prticos, que empiricamente j osconstituem. Esse dilogo se expande ao abarcar as interaes culturais e humansticas que se apresenta comoespao para a troca com pessoas da comunidade externa, de outros cursos, de outras realidades e tambmcomo possibilidade de sntese e reflexo de sua formao e de seu papel social. Dialeticamente, aqui tambmse fazem presentes e dialogam entre si, os projetos e os fundamentos terico-prticos. Portanto, o currculocontempla em seus espaos a educao como totalidade, objetivando superar a proposta fragmentria, dapesquisa, do ensino e da extenso (PPP, p.11).

    O Curso Superior em Informtica e Cidadania da UFPR LITORAL parte de um novo modelo educacionalpossuindo um projeto poltico pedaggico diferenciado, no qual o estudante integra teoria e prtica,simultaneamente, desde o primeiro ano letivo.

    O curso baseado em mdulos interdisciplinares, com nfase na complexidade do ser humano, nasconstrues sociais, nas iniciativas coletivas, nas parcerias pblico-privadas, na gerao de trabalho e renda eno desenvolvimento territorial.

    So propostos projetos, utilizados como ferramentas de ensino, pesquisa e extenso, voltados para odesenvolvimento sustentvel local e global. O estudante, por meio de uma abordagem integrada e com umaorganizao curricular diferenciada, busca entender o ser humano como um complexo multidimensional bio-psico-social, inserido em uma formao humanstica e scio-cultural.

    1.10 - Flexibilidade Curricular

    O desenho curricular que se fundamenta na educao por projetos permite que o estudante construa oconhecimento, integrando diversas reas do conhecimento. Alm dos fundamentos terico-prticos,especficos de cada curso, o estudante organiza o seu cotidiano tendo tambm espaos semanais para asInteraes Culturais e Humansticas (ICH) e para dedicar-se ao projeto de aprendizagem. O estudante incentivado a perceber criticamente a realidade, compreender os diversos aspectos que a estruturam e aestabelecer aes onde a busca de conhecimento se encontra com situaes da realidade local, configurandorelaes entre pessoas, saberes e instituies, entre elas a UFPR e a comunidade da regio litornea (PPP,p.25).

    Adequao s condies de acesso dos alunos, sem prejuzo da extenso e qualidade dos contedos eatividades curriculares uma das condies diferenciadas na UFPR LITORAL, j que alm da acessibilidade

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    percorre-se a discusso nas atividades formativas quanto a pluralidade de concepes como expresso docarter de no neutralidade do conhecimento cientfico.

    Assim, o Setor Litoral atua como agente fomentador de leitura crtica da realidade e atravs dela tentaconstruir conhecimentos que viabilizem a interveno nessa realidade e possibilitem a construo de novasteorias, tendo os eixos curriculares (FTP, ICH e Projetos) como espaos em que a comunidade universitriavalorize a pluralidade de ideias e concepes do conhecimento. Deste modo h o interesse de que o estudanteesteja envolvido no seu processo de aprendizado e seja autor ativo nestes passos.

    2. Justificativa para a Implantao

    A Universidade Federal do Paran Setor Litoral instala-se em 2005 no litoral paranaense com o propsitode contribuir para desenvolvimento da regio litornea (com extenso no Vale do Ribeira), que apresentasrios problemas socioeconmicos. O curso superior em Informtica e Cidadania, por sua vez, foi criado emjulho de 2009 com o intuito de contribuir com os objetivos do Setor Litoral, pois busca formar agentes dedesenvolvimento capazes de intervir na transformao da realidade local.

    Os sete municpios que compem o litoral, podem ser agrupados em trs grupos: os porturios (Paranagu eAntonina), os rurais (Morretes e Guaraqueaba) e os praiano-tursticos (Matinhos, Pontal do Paran eGuaratuba).

    O litoral do Paran foi a primeira regio do Estado a ser colonizada. Porm, o fato de ter sido colonizada hsculos, no significa que a regio se desenvolveu. Pelo contrrio, o litoral paranaense tido como umaregio deprimida economicamente e que apresenta srios problemas econmicos, sociais e ambientais.Andriguetto Filho e Marchioro (2002) e Estades (2003) afirmam que o litoral do Paran uma das regiesmais pobres do Estado.

    A situao de pobreza est presente, com maior nfase, no municpio de Guaraqueaba. O municpio,eminentemente rural, apresenta um ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,583, ocupando a posio393 no ranking do Estado e apresenta uma taxa de pobreza de 49,05%, ou seja, quase a metade de suapopulao vive em precrias condies.

    Os problemas socioeconmicos decorrem, principalmente, pela ausncia de postos de trabalho formais nosmunicpios. Em 2007, a populao dos sete municpios totalizava 245.820 habitantes, conforme contagem doIBGE. No mesmo perodo, o litoral possua 46.961 postos de trabalho formais registrados no Ministrio do

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    Trabalho e Emprego. Estes dados mostram que somente 19% da populao possui emprego formal. Outrofator que chama a ateno o fato de 60% do emprego formal estar concentrado em Paranagu, tida comocidade plo.

    Atrelado ao reduzido nmero dos postos de trabalho formais e sua m distribuio entre os municpios, tem-se a forte caracterstica de sazonalidade que as atividades produtivas enfrentam. As cidades litorneas, quedependem quase que exclusivamente do turismo de sol e praia, tem sua economia aquecida por no mximotrs meses: dezembro, janeiro e fevereiro. Buscar alternativas de gerao de trabalho e renda para estesmunicpios um desafio e uma necessidade para o desenvolvimento da regio.

    Portanto, o curso superior em Informtica e Cidadania nasce do reconhecimento de que as atuais condiesde vida desemprego e desigualdade, degradao e riscos ambientais, padres insustentveis de consumo,entre outras colocam diversos desafios e impem a necessidade de buscar e implementar alternativas quepromovam o desenvolvimento no litoral do Paran (com extenso no Vale do Ribeira) em suas mltiplasdimenses: econmica, social, ambiental, cultural, poltica e institucional.

    O perfil do curso est focado na formao de um novo profissional, que desenvolva um pensamentoorientado para a viso de conjunto (o enfoque sistmico), com proatividade, com fortes referncias ticas edemocrticas, capaz de fomentar a articulao do local com o global e a cidadania, contribuindo por meio dainformtica para melhoria da qualidade de vida de uma populao que carece de alternativas baseadas na suadisponibilidade de recursos. Um bacharel em Informtica e Cidadania que entenda a importncia do serhumano, da cooperao, dos sistemas de rede, da democracia, da inovao tecnolgica, poder atuar comoum profissional, fomentando o desenvolvimento sustentvel da regio.

    Por fim, o curso tem foco nas regies de abrangncia da UFPR Litoral. nesse sentido que o estudante deInformtica e Cidadania desenvolver projetos de pesquisa e interveno que contribuam com a proposta dedesenvolvimento sustentvel local e a incluso social e digital pelo trabalho, por meio de atividadesacadmicas como pesquisa, ensino e extenso.

    3. Dados do Curso

    Denominao: Informtica e CidadaniaNatureza: BachareladoModalidade: PresencialSistema de Ingresso: Anual Regime de Matrcula: SemestralDurao Mnima: 4 anos

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    Turno: NoturnoNo. de Vagas: 35Carga horria Total: 3200 hIntegralizao curricular mnima: 8 semestresIntegralizao curricular mxima: 12 semestres

    O estudante egresso, aps cumprir todo o curso com conceito e frequncia suficientes, alcanando assimtodos os objetivos do Curso, receber o Diploma de Bacharel em Informtica e Cidadania.

    3.1 Formas de acesso

    A UFPR vem adotando diferentes estratgias de incluso educacional e social. Uma das aes afirmativas daUFPR o sistema de cotas no ingresso do vestibular. So oferecidas anualmente 35 vagas para o cursosuperior em Informtica e Cidadania com ingresso via vestibular. Do total de vagas, 20% so destinadas paraas denominadas cotas sociais, para quem estudou durante o ensino fundamental e mdio integralmente emescolas pblicas. Porcentagem idntica destinada s cotas de origem tnico-raciais, para candidatos afro-descendentes. Mais recentemente, a instituio aprovou uma vaga por curso destinada a pessoas comdeficincias e ainda realiza um vestibular indgena, que permite o acesso especfico deste grupo tnico. Almdo ingresso pelo vestibular, a universidade tambm promove a incluso e o acesso por meio da ocupao devagas ociosas, oriundas de acadmicos desistentes.A - Processo seletivo anual em duas fases;B - Programa de Ocupao de Vagas Remanescentes oriundas de desistncia e ou abandono de curso;C - Transferncia Independente de vaga;D - Mobilidade acadmica.

    4. Perfil do Curso

    A proposta educacional do curso se efetiva atravs dos fundamentos terico-prticos, dos projetos deaprendizagem e das interaes culturais e humansticas. Em todas as fases do curso o estudante tem contatodireto com a realidade local. Alm disso, colocado em situaes que propiciam o conhecimento e acompreenso tanto da rea das tecnologias quanto da cidadania e suas implicaes culturais, humanas eticas. A partir dessa experincia, o aluno prope e executa aes integradas da cidadania e informtica,transformando-se em agente emancipado e com possibilidades de contribuir com a melhoria da realidadelocal.

    Alm do mais o curso possibilita que o acadmico tenha leitura da realidade social e do uso das tecnologiasde informtica aplicadas s suas demandas, nas esferas pblicas, privadas e do terceiro setor, com nfase naimplementao das redes sociais.

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    Todo esse processo de formao para o comprometimento social permeado pelo protagonismo do alunopara a aquisio e uso do conhecimento das bases tcnicas e das implicaes ticas da rea de informtica ecidadania.

    5. Perfil do Egresso

    O profissional Bacharel em Informtica e Cidadania estar capacitado a conhecer e compreender oscontextos e necessidades sociais, propor alternativas de cooperao e democratizao tecnolgica-cientfica epara agir na melhoria da qualidade de vida coletiva. O curso contempla um profissional crtico com formaoplural, interdisciplinar e em sintonia com os desafios inerentes as sociedades democrticas. Pode realizaresses princpios atuando como gestor e ou profissional com conhecimentos e recursos em ambientes deTecnologia da Informao (TI) voltados para o desenvolvimento sustentvel.

    Em sua atividade profissional, o egresso leva em considerao a realidade e cultura locais e, por meio depropostas e aes, promove o desenvolvimento sustentvel regional. O papel desse profissional contribuirpara o desenvolvimento e gesto de sistemas informatizados considerando os aspectos educativos de inclusodigital e a contribuio da informtica para a qualidade de vida.

    5.1 - O profissional ter como competncias e habilidades gerais:

    Executar servios especializados relacionados Tecnologia da Informao no mbito da gesto sistmica eintegrada;Conceber sistemas de gerenciamento de documentao e rotinas da Tecnologia da Informao;Gerir sistemas da Tecnologia da Informao;Empreender novas propostas e aes para fomentar o desenvolvimento tecnolgico imbricado aodesenvolvimento humano do litoral paranaense e tambm extensivo a outras realidades;Assessorar e orientar, no mbito da Tecnologia da Informao, aes para elaborao, implementao eavaliao de projetos de desenvolvimento sustentvel em conjunto com outros atores sociais;Implementar, por meio da Tecnologia da Informao, prticas de gesto e organizao de redes favorveisao desenvolvimento do territrio. g) Planejar, orientar e realizar pesquisas para a produo de conhecimentoque subsidiem a formulao de polticas, planos, programas, projetos e servios no mbito da Tecnologia daInformao.

    5.2 - O profissional ter como competncias e habilidades especificas:

    Administrar sistemas operacionais, banco de dados e uso de linguagens e tcnicas de programao e dedesenvolvimento necessrias para a criao e utilizao de sistemas informatizados integrados;Aplicar conceitos e tcnicas para utilizao sistemtica de ferramentas gerenciais e de avaliao de custos e

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    riscos nos processos de gesto da tecnologia da informao;Elaborar, propor e gerir planos integrados de Tecnologia da Informao em diferentes organizaes pormeio de anlise sistmica de situaes problemas;Desenvolver colaborativamente processos de trabalho em equipe por projetos;Comunicar e promover dilogos que fomentem trabalhos colaborativos em equipe;Instrumentar nos processos de aprender a aprender.

    O profissional est capacitado a atender s diferentes demandas sociais e do mundo do trabalho eminformtica nas esferas pblica e privada, considerando as diferentes plataformas disponveis. Alm disso, oprofissional pode ingressar em cursos de ps-graduao lato sensu ou stricto sensu nas reas de informticaou afins, para se capacitar para a docncia no Ensino Superior. O profissional tambm est apto a integrarequipes multidisciplinares no planejamento e execuo de projetos de desenvolvimento educacional e scio-ambiental.

    O egresso tambm capaz de planejar e executar projetos cientficos e educacionais em instituies pblicas,privadas e de terceiro setor.

    Nesse contexto, a formao cidad do egresso do curso superior em Informtica e Cidadania promover aaproximao entre o estudante e seu contexto social, capacitando-o a atuar no mundo do trabalho de TIrealizando trabalhos profissionais tcnicos de qualidade e desenvolvidos a partir de atitudes ticas,colaborativas e socialmente responsveis.

    6. Objetivos do curso

    6.1 - 1 Fase Conhecer e Compreender Percepo Critica da Realidade

    Objetivo Geral

    Sensibilizar o acadmico sobre a importncia da Universidade, enquanto lcus privilegiado de discusso ereflexo sobre si mesma e com os desafios tecnolgicos, scio-culturais, ambientais, econmicos, cientficose polticos da sociedade contempornea, na perspectiva de despertar o pensamento, reflexo e raciocnio parao espao costeiro do Paran, buscando entender seus aspectos a atuao do profissional como agente dodesenvolvimento.

    Objetivos Especficos

    Expor, dialogar e refletir criticamente sobre o Projeto Poltico Institucional e o Projeto Poltico Pedaggico,

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    organizao administrativa e acadmica da UFPR Litoral;Estimular a reflexo crtica acerca das responsabilidades ticas que devem nortear a atuao do profissional;Sensibilizar os estudantes sobre as possibilidades de interao nas comunidades, atravs dos projetos deaprendizagem;Compreender os processos de construo do conhecimento;Apresentar, refletir e discutir conceitos de informtica e cidadania;Refletir sobre os diferentes significados de informtica e cidadania e suas diferentes interfaces com arealidade do litoral do Paran.

    6.2 - 2 Fase Compreender e Propor Fundamentao Terica

    Objetivo Geral

    Possibilitar ao estudante o conhecimento de elementos terico-prticos necessrios para a atuao na rea deinformtica e cidadania, capacitando-o a analisar e propor alternativas nas dimenses tecnolgicas,econmicas, sociais, ambientais, culturais, empreendedoras, polticas e institucionais, constituindo aidentidade do bacharel em Informtica e Cidadania, na perspectiva do desenvolvimento regional, bem comocapacit-lo para refletir sobre o significado das tecnologias de informao e suas implicaes sociais nasociedade contempornea.

    Objetivos Especficos

    Discutir o significado histrico da articulao entre Informtica e Cidadania, suas transformaes e comoessas mudanas impactam as dimenses da vida;Discutir conceitos e apresentar ferramentas de informtica que capacitem o estudante a propor alternativas dedesenvolvimento numa perspectiva multidimensional;Contextualizar o desenvolvimento local com noes de Informtica e Cidadania, desenvolvendometodologias de diagnstico e planejamento;Capacitar o estudante para entender os processos de gesto da informao, articulando a esfera pblica,privada e sociedade civil e propiciando a melhoria da qualidade de vida da populao local;Trabalhar conceitos que permitam compreender o ambiente tecnolgico e produtivo das organizaes;Possibilitar ao estudante a instrumentalizao necessria para a coordenao e viabilizao da unidadeprodutiva e sua articulao com o ambiente;Estimular a ao tecnolgica e empreendedora nas diferentes dimenses.

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    6.3 - 3 Fase Propor e Agir

    Objetivo Geral

    Propor e implementar aes coerentes com o desenvolvimento tecnolgico, fundamentadas na articulaodos conhecimentos adquiridos e demandas locais e globais.

    Objetivos Especficos

    Identificar alternativas tecnolgicas de desenvolvimento, compatveis com a disponibilidade de recursos e asdemandas das comunidades locais;Propor alternativas tecnolgicas nos mbitos da Informtica e Cidadania a partir da elaborao e implantaode projetos;Contextualizar as questes do mundo do trabalho e suas implicaes na gesto tecnolgica e da informao;Fomentar estratgias de incluso digital dimensionando seu potencial de transformao da realidade scio-produtiva do territrio;Articular e sistematizar a sntese do conhecimento terico-prtico (ICH, FTP e Projetos de aprendizagem)como forma de registro do desenvolvimento do estudante ao longo do Curso.

    7. Metodologia e avaliao da aprendizagem

    O curso superior em Informtica e Cidadania busca desenvolver uma formao ao acadmico aderente aproposta poltico pedaggica da Universidade Federal do Paran - Setor Litoral. A UFPR tem mais de 90anos. No entanto, o Setor Litoral um empreendimento novo, teve sua inaugurao em julho de 2005, comuma nova proposta pedaggica com a nfase nos projetos de aprendizagem desenvolvidos pelo prprioacadmico. Destaca-se ainda que o projeto diferenciado da UFPR Litoral permite uma interao estreita entrecomunidade universitria e populao litornea, pois tem como principio norteador o DesenvolvimentoSustentvel. , nesse ambiente que discute-se no Brasil o curso superior em Informtica e Cidadania, o qualteve seu inicio em julho de 2009.

    O curso tem, ainda, um foco nas regies de abrangncia da UFPR Litoral. nesse sentido que o estudante deInformtica e Cidadania desenvolve projetos de pesquisa e interveno que contribuam com a proposta dedesenvolvimento tecnolgico e sustentvel local e a incluso digital e social pelo trabalho por meio deatividades acadmicas como pesquisa, ensino e extenso.

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    7.1 Avaliao do processo de ensino-aprendizagem.

    A avaliao semestral da aprendizagem dos estudantes do Curso segue os princpios do Sistema de Avaliaodo Setor Litoral da UFPR, o qual se centra em processos com mltiplos objetivos, atravs de indicadoresprogressivos.

    O Processo de Avaliao coordenado por professores mediadores dos projetos de aprendizagem, pelaCmara do Curso, pelos mediadores das Interaes Culturais e Humansticas e pelos mediadores de projetosde estudos da turma.

    Durante o perodo de estudos os alunos tm seu desempenho acompanhado e conceituado como APL(Aprendizagem Plena), AS (Aprendizagem Suficiente), APS (Aprendizado parcialmente Suficiente), e AI(Aprendizagem Insuficiente). A conceituao APL (Aprendizagem plena) identifica que o estudante atendeuaos objetivos do curso com destaque no desempenho. O conceito AS (Aprendizagem suficiente) indica que oestudante atendeu satisfatoriamente aos objetivos do curso.

    O estudante com conceito APS (Aprendizagem parcialmente suficiente) identifica objetivos de aprendizagemno alcanados, e a necessidade de acompanhamento, portanto, o estudante ter um tempo de estudosampliado e acompanhado pelos docentes para alcanar os objetivos de aprendizagem ainda pendentes, esseperodo chamado de SEI (Semana de Estudos Intensivos).

    O estudante com conceito AI (Aprendizagem Insuficiente) identifica objetivos de aprendizagem noalcanados, e a necessidade de refazer o mdulo, portanto, o estudante ter de participar do mdulo na suatotalidade acompanhado pelos docentes para alcanar os objetivos de aprendizagem ainda pendentes, esseperodo chamado de PRAAE (Programa de Reforo e Acompanhamento da Aprendizagem Estudantil).

    O final da avaliao feito pelo Comit de Avaliao de Ensino-Aprendizagem (CAEA), momento em queocorre a integrao do processo avaliativo dos estudantes nos diferentes espaos de aprendizagem. Bemcomo o encaminhamento dos estudantes que no regularizaram suas pendncias para o Programa de Reforoe Acompanhamento da Aprendizagem Estudantil (PRAAE), o qual tem a cada perodo de avaliao um editalespecfico que regula seu funcionamento.

    8. Sistema de Acompanhamento e Avaliao do PPC

    A construo de um projeto que se concebe como democrtico, aberto diversidade e promotor de

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    formao multicultural necessita de prticas de aes referendadas em decises compartilhadas pelacomunidade acadmica. A gesto do Setor Litoral da UFPR possibilita ampla participao dosdocentes, servidores tcnico-administrativos e discentes em todas as instncias e nveis de deciso.O Conselho Setorial a instncia mxima de deliberao do Setor Litoral da UFPR, onde tmassento todos os docentes e representantes tcnicos e discentes, alm da Direo. Este conselho orgo regulador das aes da Cmara do Curso, e o rgo que ir aprovar o PPC e suasmodificaes em nvel setorial. Outra instncia de acompanhamento e avaliao a Cmara dosCoordenadores, onde se renem os coordenadores de cursos pertencentes ao Setor Litoral para adiscusso em unssono dos projetos de todos os cursos.

    De acordo com o calendrio acadmico institucional da universidade, h ainda uma semana destinada paraplanejamento pedaggico anual e uma semana para avaliao anual das atividades pedaggicas de cadacurso.

    J a Cmara do Curso acompanha e avalia os processos pedaggicos, reportando-se, entretanto, ao ConselhoSetorial para referendar suas decises. A Cmara composta pelo NDE (Ncleo de Docentes Estruturante),servidores tcnico-administrativos e representantes discentes de cada turma. O NDE composto pordocentes a quem compete a tarefa de elaborao e acompanhamento da proposta pedaggica. Abaixo arelao atual dos docentes do NDE.

    Nome Graduao Titulao Mxima Regime DeTrabalho

    Almir Carlos Andrade Processamento de Dados Ms. Engenharia da Produo DEAndreia Knaben Pedagogia Ms. Psicologia DEEmerson Joucoski Fsica Ms. Fsica DEIvan Jairo Junkes Psicologia Dr. Sociologia Politica DEJos Lannes de Melo Cincias Econmicas Dr. Economia Aplicada DELuciana Vieira Castilho Wernet Fisioterapia Dr Engenharia Eletrica e

    Informtica IndustrialDE

    Anualmente ainda, de acordo com o calendrio acadmico institucional da universidade, destinada umasemana para avaliao (em dezembro) e uma semana para planejamento (em fevereiro) das atividadespedaggicas dos cursos. Ressaltamos que no Setor Litoral se inclui o curso superior em Informtica eCidadania e respeita rigorosamente estas deliberaes.

    O Sistema de acompanhamento e avaliao do PPC est a cargo da Cmara Diretiva do Curso composta porum ncleo docente estruturante (NDE) conjunto de professores contratados em tempo integral e parcial,

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    que respondem diretamente pela criao, implantao e consolidao do Projeto Pedaggico do Curso.

    9. Projeto de Orientao Acadmica

    O Setor Litoral da UFPR conta com uma estrutura administrativa, acadmica e pedaggica que fica disposio dos estudantes para orient-los em todas as necessidades e demandas. Os alunos so estimuladosa participar de eventos de extenso, congressos, seminrios e simpsios juntamente com servidores docentes,e para tanto, quando possvel, so disponibilizados recursos financeiros na forma de passagens paratransporte, hospedagem, reembolso de inscrio, etc. A realizao dos projetos de aprendizagem pelosestudantes tambm conta com ajuda de custo, quando possvel, seja de projetos dos docentes envolvidos, sejade recursos setoriais destinados para este fim.

    Projetos de pesquisa, ensino e extenso de professores envolvidos no Curso Superior em Informtica eCidadania contam com a participao de alunos voluntrios ou bolsistas de iniciao cientfica ou monitoria.H ainda a possibilidade dos estudantes obterem bolsas permanncia como ajuda de custo para a manutenode seus estudos, e dando a possibilidade de estgio dentro das reas administrativas do Setor Litoral. Todasas atividades formativas realizadas pelos estudantes, dispostas pela resoluo no 70/04-CEPE, soconstitudas de atividades formativas complementares em relao aos eixos fundamentais do currculo e soregularizadas e acompanhadas diretamente por servidores docentes. Estas atividades contemplam aarticulao entre ensino, pesquisa e extenso, com o objetivo de flexibilizao do currculo e estmulo aoprotagonismo do estudante na construo do seu conhecimento e para o enriquecimento da formaoacadmica.

    O apoio pedaggico aos alunos realizado atravs de vrios ncleos estruturantes dentro do Setor Litoral. OLABNAPNE (Laboratrio do Ncleo de Apoio s Pessoas com Necessidades Especiais da UFPR Litoral)atende estudantes e servidores e visa oferecer alternativas permanncia de pessoas com algum tipo denecessidade especial. H ainda o Ncleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), cujo objetivo geral constituir um centro de referncia articulador e promotor de atividades de ensino, pesquisa e extensorelacionados ao campo de estudo afro-brasileiro, alm de atender aos estudantes e servidores. O NEABpossui ainda o objetivo de produzir e difundir o conhecimento dentro desta rea de estudo, alm de promovero intercmbio de informaes e discusses das aes desenvolvidas no Setor Litoral da UFPR. Outro ncleode apoio pedaggico o NAPA (Ncleo de Acompanhamento de Polticas Afirmativas) que articula osprogramas e polticas afirmativas da UFPR e colabora com sua reflexo e avaliao por meio de grupos detrabalho formado por professores pesquisadores e discentes bolsistas, de graduao e ps-graduao. ONAPA acompanha a trajetria de estudantes indgenas e afro-descendentes e organiza espaos que

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    incentivam a integrao dos mesmos entre si e com a comunidade universitria.

    O Setor Litoral da UFPR conta ainda com um Programa de Apoio Aprendizagem (PROA), cuja proposta decorrente do Projeto Poltico Pedaggico da instituio, e pelo qual se realizam aes de acompanhamentoe assistncia estudantil, atualizao pedaggica e desenvolvimento acadmico, com o objetivo de reduzir osndices de evaso e repetncia. Este programa ocupa-se de trs grandes eixos de desenvolvimento eorganizao: 1) desenvolvimento e organizao pessoal (sade, bem-estar e convivncia); 2)desenvolvimento e organizao pedaggica; 3) desenvolvimento institucional (sustentao normativo-administrativa). O PROA prev a discusso dos desafios de superao que o Setor Litoral enfrenta pararesolver suas questes fora das salas de aula e gabinetes, mas carregadas de uma complexidade que dificultaou inviabiliza a execuo do Projeto Pedaggico do Setor.

    Os estudantes tm ainda o acesso aos registros acadmicos atravs de solicitao feita coordenao daCmara do Curso Superior em Informtica e Cidadania, no caso de conceitos e freqncias, ou por meio derequerimento ao Atendimento Acadmico, no caso de histrico escolar. As chamadas de projetos e bolsas sodisponibilizadas em editais que esto disposio de todos os estudantes, sendo a seleo realizada deacordo com o perfil dos estudantes atravs de inscrio junto orientao acadmica.

    A partir do ano de 2010 o curso superior em Informtica e Cidadania incorporar a alimentao e anlise dedados pelo Sistema de Acompanhamento de Fluxo Acadmico da Universidade Federal do Paran com oobjetivo de identificar e prevenir motivaes para evaso ou atrasos nos estudos. Os relatrios gerados pelosistema, periodicamente sero analisados e discutidos pela cmara tcnica do curso superior em Informticae Cidadania no intuito de elaborar estratgias para a orientao acadmica aliadas s aes do Programa deApoio Aprendizagem do Setor Litoral.

    10. Corpo docente e administrativo

    Haja vista a metodologia pedaggica adotada pelo Setor Litoral da UFPR nas atividades das interaesculturais e humansticas (ICH) e nos projetos de aprendizagem (PA) junto ao alunado do Curso Superior emInformtica e Cidadania, independentemente da formao de cada professor, todos participam de formadireta ou indireta do projeto pedaggico deste curso por meio de inseres demandadas pelos projetosdesenvolvidos pelos estudantes em sala, por meio de oficinas e atuando como mediadores de projetos deaprendizagem. A lista abaixo mostra a relao de docentes e servidores administrativos lotados no SetorLitoral at a data de 31/12/2010.

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    DOCENTESTitulao QuantidadeDoutores 50Mestres 52Especialistas 2Graduados 2TOTAL 106

    DOCENTES NO CURSOTitulao QuantidadeDoutores 3Mestres 7Especialistas 1Graduados 0TOTAL 11

    SERVIDORES ADMINISTRATIVOSFuno Quantidade

    Administrador 3Analista de Tenologia da Informao 6Arquiteto e Urbanista 1Assistente em Administrao 18Assistente Social 1Auxiliar de Agropecuria 1Auxiliar de Enfermagem 1Auxiliar de Farmcia 1Auxiliar em Administrao 1Bibliotecria Documentalista 7Bolsa Senior 1Contador 1Economista 1Enfermeiro 2Engenheiro Civil 1Engenheiro Agrnomo 1Engenheiro Florestal 1Farmacutico / Bioqumico 1Fisioterapeuta 1Jornalista 1Mdico Veterinrio 1Mdico 1Mestre de Edificaes e Infraestrutura 2Motorista 1Pedagogo 1Produtor Cultural 1Produtor Visual 1Psiclogo 1Qumico 1Secretrio Executivo 19Tcnico de Laboratrio 1Tcnico de Tecnologia da Informao 1Tcnico Desportivo 1

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    Tcnico em Agropecuria 1Tcnico em Assuntos Educacionais 3Tcnico em Contabilidade 1Tcnico em Eletrotcnica 1Tcnico em Enfermagem 1Tcnico em Laboratrio Biologia 1Tradutor e Interprete de Linguagem de Sinais 1TOTAL 92

    11. Infraestrutura

    A implantao do novo Setor Litoral da UFPR no municpio de Matinhos/PR, contou com o apoio daSecretaria de Obras Pblicas do Paran (SEOP) em um terreno de 12.778,72 m2 que pertencia extinto BancoEstatal Estadual (BANESTADO). Aps o trmino das obras da primeira fase de implantao, atualmente osetor conta com um prdio administrativo com rea construda de 2.208 m2, que abriga dois laboratrios deinformtica, cada um com 30 computadores, oito gabinetes para professores alm de todo o espaoadministrativo, pedaggico, biblioteca, salas de reunio e de atendimento aos estudantes. Um bloco didticocom trs andares, separado do bloco administrativo, conta com 18 salas de aula totalmente equipadas comcapacidade para at 50 alunos cada, num total de 1.506 m2 de rea construda. Neste bloco tambm h seislaboratrios para aulas prticas (644 m2) completamente equipados.

    11.1 Laboratrios e Equipamentos Didticos para Aulas Prticas

    Dois laboratrios de informtica esto disposio dos estudantes e professores, cada um com 35computadores equipados com leitores de CD/DVD e conexo de banda larga com a internet. Ainda, doisservidores exclusivos com alta capacidade de processamento e armazenagem de dados formam uma estruturacomplementar de geoprocessamento, que conta tambm com uma impressora plotter de alta definio e comequipamentos de GPS para a coleta de dados. Ficam tambm disponveis 8 notebooks e 12 projetores digitaisque so utilizados nas atividades relacionadas aos mdulos de fundamentos terico-prticos, interaesculturais e humansticas, apresentao de projetos e eventos.

    Todos os computadores instalados nos laboratrios de informtica possuem licena para o uso do MicrosoftWindows XP e para o pacote completo do Microsoft Office 2003. Para a anlise de geoprocessamento emanipulao de dados coletados e para a consulta aos bancos de dados e bases cartogrficas, foramadquiridas as licenas do software ARC-GIS (verso 9.3) que foi instalado em todos os computadores doLaboratrio de Informtica 01.

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    Laboratrio de Informtica 01

    Item Descrio QuantidadeComputador Processador AMD 64 Athlon X2, 2.6GHz, 2GB RAM,

    HD 120GB, leitor CD/DVD, monitor 15, conexo c/internet 3Mbps

    35

    Laboratrio de Informtica 02

    Item Descrio QuantidadeComputador Processador AMD 64 Athlon X2, 2.6GHz, 2GB RAM,

    HD 120GB, leitor CD/DVD, monitor 15, conexo c/internet 3Mbps

    35

    Laboratrio de Geoprocessamento

    Item Descrio QuantidadeServidor Dell Powerade 2900, 4 processadores 2,3GHz, HD 4TB,

    4GB RAM2

    Plotter HP designjet Z2100, 2700 dpi 1GPS Garmin (Modelo 60 CSX) 8

    11.2 Biblioteca

    A biblioteca do Setor Litoral foi criada em outubro de 2005, com a denominao de Biblioteca da UFPRLitoral. No incio, seu acervo era composto por material emprestado das outras bibliotecas do Sistema deBibliotecas SIBI (da UFPR) e seus servios foram disponibilizados para alunos, docentes, funcionrios doCampus Litoral e, tambm, para a comunidade.

    Seguindo as orientaes da proposta pedaggica, a Biblioteca UFPR Litoral atua no sentido de auxiliar odesenvolvimento integral do estudante, contribuindo para o aumento de sua capacidade crtica e de suacapacidade de agir proativamente. Atravs da biblioteca os usurios dispem de recursos adequados parapesquisa. Neste sentido, a biblioteca torna-se o centro de apoio para as investigaes, como tambm olaboratrio adequado para a construo do conhecimento.

    A biblioteca um recurso importante para facilitar a integrao e a dinamizao do processoensino/aprendizagem. Alm de apoiar as atividades formativas dos estudantes, contribui para a formaocontinuada do corpo docente, tcnico-administrativo e comunidade em geral.

    A biblioteca da UFPR Litoral trabalha com a comunidade e no apenas para ela, atuando como agente ativode aprendizagem e construo do conhecimento. Tornou-se um espao cultural, de pesquisa, leitura e

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    convivncia entre alunos, professores, funcionrios, a comunidade externa, um espao onde interagem aspessoas, a informao e a cultura. Este espao democrtico articula a funo educativa, a formao cultural eas relaes.

    Alm de exercer suas atividades para colocar a informao disposio de toda a comunidade, a Bibliotecada UFPR Litoral tambm participa das Interaes Culturais e Humansticas ICH, favorecendo articulaesentre os diversos saberes: cientficos, culturais, populares e pessoais. Desta forma, ela se insere no ambientesocial do qual faz parte, estimulando a criatividade, sociabilidade, comunicao e o entretenimento.

    O Espao fsico atual da biblioteca de 642,27 metros quadrados. Quanto a funcionrios a biblioteca contacom 2 bibliotecrias, 2 estagirios e 10 bolsistas permanncias. O acervo atual conta com cerca de 15.000exemplares.

    Os servios prestados na biblioteca so:Emprstimo DomiciliarEmprstimo entre BibliotecasComutao Bibliogrfica, por intermdio de outras Bibliotecas do SIBITreinamento aos usurios sobre o uso da Biblioteca e de suas fontes de informaoOrientao sobre normalizao de documentos

    A atualizao do acervo constante e visa promover o desenvolvimento da coleo e servios da mesma, emao coordenada com os programas de ensino atravs de indicaes para compra, doao ou permuta pelosusurios da Biblioteca da UFPR Litoral. Renovar e assinar novos ttulos de peridicos

    Outros servios da biblioteca so:

    Localizar materiais bibliogrficos na Biblioteca da UFPR Litoral e demais Bibliotecas do SIBI e dispor determinais para consultasCatlogos informatizados do SIBI no Portal de Informao da UFPR (www.portal.ufpr.br)Catlogos eletrnicos de peridicosEmprstimo domiciliar informatizado com uso de software VIRTUACatlogo do Portal da CAPESCadastro de todos os usurios da biblioteca com uso do software VIRTUAComutao Bibliogrfica atravs de convnios com as Redes de Comutao Bibliogrfica: BIREME eCOMUTAcesso a revistas eletrnicas com texto completo, inclusive ao Portal da CAPES(http:www.periodicos.capes.gov.br)Treinamento aos usurios sobre o uso da Biblioteca e de suas fontes de informaoOrientao sobre normalizao de documentosServio de Reprografia localizado prximo ao espao fsico da BibliotecaConsulta a bases de dados com disponibilidade dos equipamentos da Biblioteca, inclusive no Portal daInformao e no Portal da CAPES

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    12. Condies de acesso para pessoas com deficincia

    Desde o incio de sua implantao, a infra-estrutura do Setor Litoral da UFPR foi completamente adaptadapara permitir o acesso de pessoas com deficincia parcial ou total dos membros inferiores e que possuemcapacidade motora reduzida conforme Decreto 5.296/2004.

    Todos os acessos possuem portas amplas e dispe de rampas que permitem a passagem de cadeirantes. Parao acesso ao bloco didtico fica disposio dos estudantes e servidores tcnicos e docentes um elevador que preferencialmente utilizado para aqueles que necessitam e auxlio para chegar s salas de aula.

    Todos os banheiros dispostos dentro dos limites do campus possuem sanitrios adaptados para pessoas comnecessidades especiais.

    A Universidade Federal do Paran conta com um Ncleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais(NAPNE) vinculado PROGRAD. No Setor Litoral encontra-se o LABNAPNE, laboratrio vinculado aoNAPNE que visa oferecer alternativas para a permanncia de pessoas com necessidades especiais dequalquer natureza (estudantes e servidores). Os objetivos do LABNAPNE incluem a discusso eimplementao de estratgias que garantam o ingresso e o acesso de estudantes com algum tipo dedeficincia nos cursos de graduao e profissionalizantes do Setor Litoral. Esse laboratrio tambm realiza oacolhimento e atendimento s pessoas com necessidades especiais com finalidades educacionais, alm deproporcionar oportunidades e condies de participao em atividades acadmicas e formativas em equidadecom os demais estudantes. Outras atividades do LABNAPNE incluem:

    Sensibilizar professores, tcnicos administrativos e alunos sobre a promoo dos direitos das pessoas comnecessidades especiais, com respeito, dignidade e iguais oportunidades no meio social.Organizar formao continuada sobre a temtica das necessidades especiais para a comunidadeuniversitria.Articular aes de ensino, pesquisa e extenso na rea das necessidades especiais.Orientar alunos e servidores sobre prticas pedaggicas: metodologias alternativas de procedimentosdidticos e utilizao de recursos tecnolgicos.Pesquisar, analisar e propor adequaes de acessibilidade arquitetnica para pessoas com mobilidadereduzida.Adquirir materiais didticos especficos para a acessibilidade pedaggica.Promover e incentivar o debate das necessidades especiais.

    Vinculado ao LABNAPNE encontra-se disponvel tambm um servidor tcnico-administrativo que atuacomo intrprete de LIBRAS (Lngua Brasileira de Sinais) para estudantes com surdez, e para eventos onde sefaz necessria a traduo simultnea da lngua oral para a lngua de sinais.

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    13. Organizao Curricular

    13.1 Contextualizao do Bacharel em Informtica e Cidadania

    So compromissos assumidos historicamente pela universidade brasileira a educao e a formao de jovense adultos em termos de profissionalidade. Uma formao em nvel superior constitui-se, em geral, em umaformao calcada em conhecimentos historicamente produzidos nos mais diversos mbitos da filosofia, dascincias e das tecnologias bem como articulada a uma necessria interlocuo com as prticas cotidianas devida e de trabalho.

    Estes conhecimentos tericos e prticos que possuem corpus especficos, conforme cada rea, mas que seinter-relacionam dialeticamente, devem ser desenvolvidos sob a perspectiva da interdisciplinaridade e queest sendo assinalada aqui como a viga mestra deste trabalho de formao acadmica.

    13.2 Organizao Curricular e Ementa

    A organizao curricular parte do PPP do setor como consta na apresentao deste PPC. Os EspaosCurriculares de Aprendizagem so os Projetos de Aprendizagens (PA), As Interaes Culturais eHumansticas (ICH) e os Fundamentos Tericos Prticos (FTP).

    Os Projetos de Aprendizagem so coordenados por Cmara prpria (GEPA Grupo Projetos deAprendizagem). Essa Cmara tem a competncia de acompanhar os estudantes juntamente com a Cmara decada Curso e com os professores mediadores, alm de organizar o mdulo de Introduo ao Projeto deAprendizagem no 1 semestre de cada estudante e tambm a amostra anual de projetos.

    Conforme a fase os Projetos de Aprendizagem obrigatoriamente devem cumprir alguns requisitos propostospelo GEPA:1. Fase: Conhecer e Compreender: Reconhecimento do Litoral e do Projeto Institucional, do espaocurricular de Projetos de Aprendizagem; introduo ao mundo universitrio; saberes necessrios para odesenvolvimento de Projetos de Aprendizagem; construo de anlises coletivas interturmas; articulao comos FTP e ICH; participao em encontros coletivos de Projetos, Mostra de Projetos; apresentao de umaidia de Projetos de Aprendizagem com outros parceiros ou no; indicao de um mediador e entrega doformulrio de registro de Projetos de Aprendizagem.2.Fase: Compreender e Propor: Aprofundar os saberes necessrios para o desenvolvimento de Projetos deAprendizagem; construo do Projeto de Aprendizagem temtico conforme escolha da equipe; construo

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    e/ou fortalecimento do processo de autonomia e de crtica heteronomia; pontuar a importncia do Projetopara o desenvolvimento do Litoral; leituras bsicas e/ou pesquisas documentais e referenciais; estudosconceituais; primeira participao na MOSTRA DE PROJETOS;outras apresentaes do Plano de Projeto.3. Fase: Propor e Agir: O Projeto de Aprendizagem e o dilogo com a comunidade interna e externa. Aarticulao com a Educao Pblica Bsica e com outras instncias sociais. A divulgao do Projetoenquanto Trabalho de Concluso de Curso. Apresentaes pblicas em MOSTRA, congressos, e outrosespaos do gnero; a transformao do PA em TCC e/ou outros produtos acadmicos, caso conste no PPC doCurso.

    As Interaes Culturais e Humansticas so coordenadas pelo GICH (Grupo Interao Cultural eHumanstica). Essa Cmara quem organiza no incio de cada semestre as oficinas propostas pelosestudantes e mediadas pelos professores. No incio do semestre os estudantes propem em grande grupo umasrie de atividades. Aps isso, passa-se a discusso da possibilidade de cada oficina e a definio dosprofessores mediadores. Os mediadores devem garantir que os princpios das Interaes Culturais eHumansticas que constam no PPP sejam mantidos em cada oficina. O GICH organiza anualmente o FICH Festival de Interaes Culturais e Humansticas. Nesse festival cada oficina apresenta seu resultado paratodos os estudantes.

    As ICH tem algumas diretrizes prprias para garantir que seja congruente com o PPP do Setor. Quanto aoobjetivo, as Interaes Culturais e Humansticas devem promover a interao vertical (turmas em fasesdiferentes dos cursos) e horizontal (cursos diferentes no mesmo espao) com nfase nas construescoletivas, percepes e trocas de experincias, em um espao de reflexo e no somente ldico.

    Para garantir a dimenso pedaggica s interaes devem ser construdas simtrica e dialogicamente entreestudantes, comunidades e servidores, valorizando os diferentes saberes e lugares culturais que compem avida social. Devem tambm problematizar as hierarquias existentes entre estes diferentes saberes e culturas,fortalecendo compromissos ticos e polticos para alm daqueles valorizados na lgica do mercado, visandoa vivncia e o adensamento de relaes autogestionrias, ou seja, relaes onde o grupo cuide diretamente deseus prprios deveres e interesses, com ampla liberdade de organizao desde que respeitando as diretrizesdo eixo pedaggico de Interaes Culturais e Humansticas.

    A construo da atividade tem alguns pressupostos: a elaborao e desenvolvimento das atividades deveroser realizadas com a mediao docente; articular os desejos individuais na construo de atividades coletivas;respeitar os objetivos das ICH; consolidar a capacidade de autogesto (esclarecer o sentido)(descentralizao e descolonizao dos conhecimentos, capacidade de elaborar objetivos factveis de serematingidos e coerentes com o Projeto Poltico Pedaggico do Setor); construir os objetivos, encaminhamentos

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    metodolgicos, temas (tpicos) a serem abordados e processos avaliativos coletivamente; contextualizarcriticamente as atividades na contraposio lgica do mercado, enfatizando suas dimenses pedaggicasem uma perspectiva libertria, estimulando a viso histrico-crtica e a atitude coletivo-solidria.

    Considerando os objetivos das ICH o docente deve mediar e estimular o compartilhamento dasresponsabilidades dos participantes na discusso, construo, organizao e avaliao das atividades de ICHno grupo, instigando o desejo dos participantes em enxergar para alm da superficialidade do tema desejadosem tornar-se o nico sujeito enunciador do discurso. Cabe ao docente realizar os registros dos participantesda atividade.

    O discente tem o compromisso de participar na discusso, construo, organizao e avaliao das atividadesde ICH assumindo e estimulando o compartilhamento das responsabilidades do grupo, considerando osdesejos individuais e coletivos de aprendizagem. O desafio romper com o empirismo ingnuo e com asprticas espontanestas enfatizando a dimenso educativa e emancipatria do processo.

    O FESTIVAL DE INTERAES CULTURAIS E HUMANSTICAS (FICH) um evento cultural, queocorre anualmente, onde os grupos podem apresentar os produtos de suas vivncias e, principalmente, ummomento que permite a expresso coletiva dos processos e caminhos pelos quais os proponentespercorreram, promovendo assim uma reflexo atravs da interao entre as diversas atividades.

    Devido importncia do FICH, os grupos devem incluir a socializao da sua trajetria durante oplanejamento dos objetivos das propostas de atividade de ICH. A data ser definida pelo GICH e divulgadaatravs do calendrio acadmico no incio de cada semestre.

    Os Fundamentos Tericos Prticos (FTP) so de total responsabilidade das Cmaras dos. Os fundamentosterico-prticos so meios e no fins no processo de formao. Com rigor cientfico e contextualizao comos demais desafios reais que o estudante vai enfrentando, os fundamentos so organizados em consonnciacom as diferentes etapas da proposta pedaggica, buscando atender tanto s diretrizes curriculares de cadacurso, como propiciar os saberes necessrios execuo dos projetos de aprendizagem. O como fazer e o quefazer tm intencionalidade e compromisso dos atos educativos construdos coletivamente e assumidos emplanejamento criado interdisciplinarmente na diversidade tcnico-metodolgica das diversas instncias doSetor.

    O desenho curricular que se fundamenta na educao por projetos permite que o estudante construa oconhecimento, integrando diversas reas do conhecimento, por isso, nessa metodologia implica naconstruo de um currculo flexvel. Essa flexibilidade curricular tem as seguintes caractersticas no Curso

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    Superior em Informtica e Cidadania:

    Alm dos fundamentos terico-prticos, especficos de cada curso, como j mencionado o estudanteorganiza o seu cotidiano tendo tambm espaos semanais para as Interaes Culturais e Humansticas (ICH)e para dedicar-se ao projeto de aprendizagem (PA). O estudante incentivado a perceber criticamente arealidade, compreender os diversos aspectos que a estruturam e a estabelecer aes onde a busca deconhecimento se encontra com situaes da realidade local, configurando relaes entre pessoas, saberes einstituies, entre elas a UFPR e a comunidade da regio litornea;Os FTP caracterizam-se por temticas amplas pertinentes a formao de profissionais de Informtica eCidadania, prescinde da interdisciplinaridade rompendo deste modo com o paradigma da disciplinaridade eoptando-se, portanto, por trabalhar com espaos de formao que tm como principal articulador os projetosde aprendizagens, originados na realidade concreta do meio em que esto inseridos. Esses projetospossibilitam o dilogo com os fundamentos tericos-prticos, que empiricamente j os constituem. Essedilogo se expande ao abarcar as interaes culturais e humansticas que se apresenta como espao para atroca com pessoas da comunidade externa, de outros cursos, de outras realidades e tambm comopossibilidade de sntese e reflexo de sua formao e de seu papel social. Portanto, o currculo contempla emseus espaos a cidadania como totalidade, objetivando superar a proposta fragmentria, da pesquisa, doensino e da extenso;- Os FTP no possuem uma sequncia linear, pr-definida, ou seja, no h pr requisitos no currculo. Osmdulos de Tpicos Especiais em Tecnologia da Informao I e II ofertados nos Mdulos Optativos a turmapoder fazer uma opo por uma temtica baseada ao momento no contexto e nas caractersticas da turma. Ainteno do processo educativo a cidadania como totalidade e o desenvolvimento integral, no apenas noaspecto tecnolgicas, mas tambm nos aspectos afetivos e sociais, em uma perspectiva emancipatria e deprotagonismo de seus sujeitos e de suas coletividades. No entanto, findo os quatro anos de Curso, todas astemticas e os objetivos do currculo devero ter sido atendidos rigorosamente;O papel dos contedos e tempos est intrinsecamente conectado com a participao dos indivduos comosujeitos nas esfer