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PPP Colégio Estadual Desembargador Clotário Portugal 1

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PPPColégio Estadual Desembargador Clotário Portugal

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SUMÁRIO

1.Identificação da Instituição...................................................................................051.1 Modalidade.....................................................................................................051.2 Entidade Mantenedora....................................................................................051.3 Histórico do Município.....................................................................................051.4 Histórico do Col. Est. Des. Clotário Portugal..................................................071.5 Estrutura física................................................................................................08

1.5.1 Organização dos Espaços.....................................................................081.5.2 Distribuição das turmas.........................................................................081.5.3 Condições materiais...............................................................................09

1.6 Organização do tempo....................................................................................091.6.1 Horário de funcionamento......................................................................091.6.2 Hora-atividade........................................................................................09

2. Ato Situacional....................................................................................................102.1 O colégio e seu contexto................................................................................10

2.1.1 Contextualização da escola na atual realidade Brasileira, do Estado e do Município: problemas e necessidades..............................................10

2.1.2 O saber escolar e a sociedade: contextualização da realidade brasileira.................................................................................................11

2.1.3 Perfil da comunidade atendida, nível sócio-econômico e cultural dos pais.........................................................................................................11

2.2 Gestão democrática.....................................................................................122.3 Comunidade escolar: envolvimento dos pais e/ou

responsáveis................................................................................................122.4 Comunidade escolar: parceira entre professores e

funcionários..................................................................................................122.5 Ações didático-pedagógicas........................................................................142.6 Disciplina na escola.....................................................................................142.7 Tecnologias..................................................................................................152.8 Condições de trabalho do professor.............................................................16

3. Ato conceitual......................................................................................................173.1 Projeto Político Pedagógico: metodologia de construção e

finalidade......................................................................................................173.2 Filosofia do Colégio......................................................................................203.3 Objetivos gerais............................................................................................203.4 Princípios norteadores da ação pedagógica................................................213.5 Ensino de qualidade.....................................................................................223.6 Visão de homem...........................................................................................233.7 Visão de sociedade......................................................................................233.8 Educação......................................................................................................233.9 Função da escola.........................................................................................243.10 A educação escolar................................................................................253.11 Saber escolar e a sociedade..................................................................263.12 Currículo................................................................................................273.13 Filosofia e princípios didático-pedagógicos...........................................283.14 Gestão escolar.......................................................................................293.15 Gestão democrática...............................................................................293.16 Comunidade escolar..............................................................................30

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3.17 Tempo escolar........................................................................................313.18 Relações de trabalho.............................................................................32

4. Ato operacional...................................................................................................324.1 Gestão democrática......................................................................................32

4.1.1Eleição de diretores...........................................................................334.1.2 Órgãos colegiados.............................................................................334.1.2.1 Conselho escolar............................................................................334.1.2.2 Conselho de classe........................................................................334.1.2.3 APMF..............................................................................................354.1.2.4 Grêmio estudantil...........................................................................354.1.2.5 Representante de turma.................................................................36

4.2Comunidade escolar....................................................................................36 4.2.1 Reuniões com pais, alunos e professores................................................36 4.3Ações didático-pedagógicas........................................................................36

4.3.1 Projeto de leitura...............................................................................364.3.2 Projeto Viva Escola...........................................................................374.3.3 CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna...........................374.3.4 Sala de apoio....................................................................................374.3.5 Atividades extraclasses.....................................................................384.3.5.1 Exposições temáticas.....................................................................384.3.5.2 Feira de Ciências, Cultura e Arte...................................................384.3.5.3 Comemorações cívicas..................................................................384.3.5.4 Gincana Cultural-Desportiva e atividades desportivas...................39

4.4 Educação inclusiva.....................................................................................394.5 Serviço de atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar...................404.6 Cultura africana e afro-brasileira................................................................414.7 Estágio.......................................................................................................414.8 Agenda 21..................................................................................................414.9 Programa Prontidão Escolar – PEP...........................................................424.10 Novas tecnologias....................................................................................424.11 TV Pendrive.............................................................................................424.12 Novas tecnologias...................................................................................424.13 TV Paulo Freire........................................................................................434.14 Portal Dia-a-Dia Educação......................................................................434.15 Câmeras..................................................................................................434.16 Programa de Educação Fiscal.................................................................44

5. Organização Curricular.......................................................................................445.1 Ensino Fundamental.................................................................................44

5.1.1 Língua Portuguesa............................................................................455.1.2 Matemática........................................................................................555.1.3 História..............................................................................................655.1.4 Geografia..........................................................................................745.1.5 Ciências............................................................................................895.1.6 Arte...................................................................................................985.1.7 Educação física...............................................................................1125.1.8 L.E.M. Inglês...................................................................................1195.1.9 Ensino Religioso.............................................................................125

5.2 Ensino Médio..........................................................................................1305.2.1 Língua Portuguesa..........................................................................133

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5.2.2 Educação Física.............................................................................1455.2.3 Arte.................................................................................................1525.2.4 Matemática.....................................................................................1635.2.5 Física..............................................................................................1725.2.6 Química..........................................................................................1765.2.7 Biologia...........................................................................................1825.2.8 História............................................................................................1915.2.9 Geografia.........................................................................................1955.2.10 L.E.M. Inglês.................................................................................2065.2.11 Sociologia......................................................................................2135.2.12 Filosofia.........................................................................................250

5.3 Projetos..................................................................................................2535.3.1 Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM....................2535.3.2 Programa Viva Escola.....................................................................2585.3.3 Sala de Apoio à aprendizagem 5ª série..........................................2615.3.3.1 Língua Portuguesa.......................................................................2615.3.3.2 Matemática...................................................................................268

6. Matriz Curricular................................................................................................2706.1 Ensino Fundamental................................................................................2706.2 Ensino Médio...........................................................................................272

7. Processos de Avaliação, Classificação, Promoção e Dependência.................2757.1 Recuperação de Estudos...........................................................................2777.2 Promoção..................................................................................................2777.3 Dependência..............................................................................................2787.4 Reclassificação..........................................................................................278

8. Regime Escolar................................................................................................2789. Calendário Escolar...........................................................................................28110. Relação do corpo docente e técnico administrativo.......................................28211. Plano de formação continuada para os professores......................................29112. Plano de avaliação interna e sistemática do curso........................................29213. Referências Bibliográficas.........................................................................292Anexo 1................................................................................................................295Anexo 2................................................................................................................301Anexo 3................................................................................................................304

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1 Identificação da Instituição O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino

Fundamental e Médio tem Dependência Administrativa Estadual e pertence ao Núcleo Regional da Área Metropolitana Sul. Está localizado na zona urbana do município de Campo Largo, Estado do Paraná, na rua Rodolfo Castagnolli, nº 1095 – CEP 83.601-080, com telefone (0XX41) 3292-1465. O Colégio dista do Núcleo Regional de Ensino aproximadamente 30 km. O código do Colégio é 00027 e do município é 0420.

O Colégio foi criado pelo Decreto nº. 10745, artigo 48, de 26/01/1963, iniciando suas atividades em 16/02/1963. Está autorizado a funcionar pelo Decreto nº 2428/76 de 29 de outubro de 1976 e o Reconhecimento do Estabelecimento foi efetuado pela Resolução nº 53/90 de 23/02/1990, Diário Oficial de 30 de março de 1990.

O Regimento do Colégio foi aprovado pelo Ato Administrativo n.º 378/08 de 05/12/2008.

1.1 ModalidadeO Colégio oferece o Ensino Fundamental reconhecido pela Resolução

537/90 de 23 de fevereiro de 1990 e o Ensino Médio autorizado pela Resolução nº 1994/97 e reconhecido pela Resolução nº 2507/01 de 12 de novembro de 2001. O período de renovação do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio é 01/11/2011.

1.2 Entidade MantenedoraA entidade que mantém o Colégio é o Governo do Estado do Paraná,

através da Secretaria Estadual da Educação (SEED).

1.3 Histórico do MunicípioO município de Campo Largo está localizado no sul do Estado do Paraná,

no Primeiro Planalto de Curitiba ou Planalto Oriental, ao longo da BR 277, sendo parte integrante da área metropolitana de Curitiba.

Suas coordenadas geográficas são 25º 27’ 34” Latitude Sul e 49º 31’ 40” Longitude Oeste, sua altitude é de 956 (novecentos e cinquenta e seis) metros acima do nível do mar, abrangendo uma área total de 1.282.564 quilômetros quadrados.

Limita-se ao norte com Castro; a nordeste com Itaperuçu; a leste com Campo Magro e Curitiba; a sul com Araucária; a sudoeste com Balsa Nova; a oeste com Palmeira; a noroeste com Ponta Grossa. À exceção de Castro, Ponta Grossa e Palmeira, os demais municípios compõem a Região Metropolitana de Curitiba.

A população estimada em 2009 era de aproximadamente 112.548 (cento e doze mil e quinhentos e quarenta e oito) habitantes, com taxa populacional analfabeta com mais de 15 anos de idade de 6,75% e taxa de alfabetização de 93,25%, com IDH 0,774 (Fonte: ipardes.gov.br . Acesso em 10/09/2009), com aproximadamente 80.000 (oitenta mil) habitantes na área urbana e o restante na área rural.

Campo Largo desenvolveu um perfil econômico baseado principalmente na indústria cerâmica de azulejos, pisos e louças, como resultado da facilidade de transformação da matéria-prima mineral abundante. Tornou-se conhecida como

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“Capital da Louça”, exportando sua cerâmica para outros países. Paralelamente às atividades industriais, como a fabricação de móveis, materiais de construção, laticínios, indústria de mineração, indústrias gráficas, de materiais elétricos, fábricas de vinho e demais áreas, desenvolve uma agropecuária voltada para as atividades de bovinocultura de leite, suinocultura, avicultura, apicultura, piscicultura, fruticultura e plantações de feijão, milho, batata inglesa, cebola, tomate e arroz.

A cidade dispõe de grande rede lojista comercial, com grande variedade de produtos.

Atualmente, o processo industrial em Campo Largo é capitaneado pelas multinacionais. Campo Largo destaca-se no panorama industrial do Paraná, destacando indústrias como: INCEPA – Indústria Cerâmica Paraná, Legrand (antiga Lorenzetti), Porcelanas Schmmidt, Germer, Móveis Campo Largo, Metalúrgica Gans, Ingra, Procópio, Vinhos Campo Largo, Água Mineral Ouro Fino, Stival Alimentos, entre outras.

O clima da região é considerado subtropical, úmido e mesotérmico, sendo o inverno com ocorrências de geadas severas e frequentes com temperatura média de 18º C e verões frescos com temperatura entre 20º a 28º C.

Apresenta a vegetação de paisagens naturais, com domínio de matas e campos, onde se encontram o pinho, erva-mate, eucalipto e bracatinga.

Os principais rios do município são Itaqui, Açungui, Verde, Conceição, Cerne, Ribeirinha, Cambuí e Bonito.

A população de origem predominantemente europeia, professa em sua maioria a religião católica, sendo que atualmente, devido às circunstâncias migratórias, sociais e culturais, faz-se sentir a presença de outras religiões.

Algumas das atividades culturais, esportivas e recreativas são realizadas em lugares como CUC (Clube União Campolarguense), Cecron (Centro Esportivo e Cultural da Rondinha), Clube Polonês, Fanático Futebol Clube, Internacional Esporte Clube, Sociedade Timbotuva, Paiol Clube de Campo e outros.

Os locais de lazer e turismo do município concentram-se principalmente no Parque Histórico do Mate, nas Águas Minerais Ouro Fino, na Casa da Cultura Dr. José Antonio Puppi, na Vila Olímpica Antonio Lacerda Braga, no Ginásio de Esportes Romano Zanlorenzi, no Chafariz denominado Fonte da Saudade e nas praças que completam o cenário turístico da cidade.

Campo Largo, fazendo parte do contexto histórico brasileiro, era povoado inicialmente por indígenas.

No início da colonização do Paraná e principalmente nos arredores de Curitiba, foi pouso dos tropeiros gaúchos em trânsito para São Paulo e também para criação de gado.

Desde essa época, ficou conhecido como Campo Largo. O proprietário das terras que hoje constitui o município foi o português Coronel Antonio Luiz, conhecido como o “Tigre”. Sua residência era na Fazenda Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá, onde construiu a capela consagrada à Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga dos Campos Gerais.

Em 1819, o Capitão João Antonio da Costa, residente em Curitiba, doou as terras para quem quisesse ali se estabelecer e ofereceu ao povoado uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, que mandara vir da Bahia, em 1816. Em 1821, foi iniciada a construção da igreja, com a autorização do Bispo de São Paulo. Em 02 de fevereiro de 1826, a imagem de Nossa Senhora da Piedade, foi colocada na

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Igreja e a primeira missa foi celebrada pelo Padre José Joaquim Ribeiro da Silva.A Lei nº 219 de 02 de abril de 1870 criou o município de Campo Largo da

Piedade, desmembrado de Curitiba. A instalação oficial do município se deu em 23 de fevereiro de 1871 e o primeiro Juiz de Direito da Comarca foi o Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares.

Apesar do progresso que houve com os colonizadores pioneiros, o desenvolvimento de Campo Largo foi mais intenso com a chegada dos imigrantes, principalmente italianos e poloneses, a partir de 1875.

Pela dedicação ao trabalho e espírito de luta, os imigrantes foram cultivando a terra, produzindo alimentos, suas próprias ferramentas, vestuário, utensílios domésticos, construindo casas. Aproveitaram e aprimoraram aqui, seus conhecimentos, usando técnicas de cultivo e conservação de alimentos. Traziam consigo suas raízes, seus costumes, suas tradições e cultuavam a fé religiosa, a moral e os bons costumes.

Em março de 1841, Campo Largo foi elevada à categoria de Distrito Judiciário, pertencente à Comarca de Curitiba e em abril de 1870, foi elevada à categoria de Município, com a denominação de Campo Largo da Piedade, mas só obteve seu desmembramento, em 23 de fevereiro de 1871, quando foi instalada a Câmara Municipal.

1.4 Histórico do Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal”O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal”, criado pelo artigo

48 do Decreto 10745 de 26/02/63, começou seu funcionamento aos 16 dias do mês de fevereiro de 1963, sendo feita a 1ª reunião com o corpo docente no galpão, visto que a construção da escola estava por terminar.

A primeira diretora da Escola foi a professora Isolda dos Reis Vanna, iniciando a organização das atividades escolares, do mobiliário e demais equipamentos com a ajuda das zeladoras e professoras.

No dia 22 de junho de 1973, aconteceu a primeira grande confraternização da Comunidade Escolar com a realização da primeira Festa Junina, a qual, na sequência, tornou-se tradicional no Município, principalmente pela produção da pizza com massa caseira.

A segunda Diretora da Escola foi a professora Antonia Obrete, escolhida através de lista tríplice enviada ao Governador da época, em agosto de 1969.

Com a reorganização das Escolas, através do Decreto 2428 de 29/10/76, o Grupo Escolar “Dr. Clotário Portugal” ficou pertencendo ao Complexo Macedo Soares, localizado no centro da cidade e passou a denominar-se Escola Dr. Clotário Portugal - Ensino de 1º Grau.

Com a Resolução 5424/85 de 26/12/85 foi implantado gradativamente o ensino de 5ª a 8ª série, cujo reconhecimento se deu através da Resolução 537/90 de 30/03/90.

A partir do ano de 1997, de acordo com a Resolução nº 1974/97, foi autorizado o Curso de Educação Geral – 2º Grau, de forma gradativa, sendo que o estabelecimento passou a denominar-se Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino de 1º e 2º Graus.

O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino de 1º e 2º Graus passou a denominar-se Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino Fundamental e Médio, conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 – DOE de 11/09/98.

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A atual Diretora é a professora Rosângela Cabral Moraes Seguro e o Vice-diretor é o professor Jayme Leonardo Dubiela.

1.5 Estrutura física1.5.1Organização dos espaços

O terreno onde se encontra o prédio do Colégio possui uma área de 6.600 (seis mil e seiscentos) metros quadrados.

O prédio possui 15 (quinze) salas de aula de alvenaria padrão, 2 (duas) salas de madeira sendo uma para o ensino regular e outra para Sala de Apoio, 3 (três) banheiros , 1 (uma) área para refeição, 1 (uma) cozinha com área específica para estoque de alimentos e área para guardar materiais de cozinha, 1 (uma) sala para guardar materiais de limpeza, 1 (uma) sala para Biblioteca, 1 (uma) sala de professores para realização de hora atividade e lanche, 2 (dois) banheiros para professores, 1 (um) laboratório de física, química e biologia, 1 (um) laboratório de informática, dependências administrativas – sala de Direção, 2 (duas) salas para Pedagogas, 1(uma) sala para Secretaria, 1(uma) sala para mecanografia, quadra esportiva fechada com saleta para guardar materiais esportivos e pátio aberto. Há também 2 (duas) salas pequenas de madeira, pré fabricadas, uma para Almoxarifado, outra para o CELEM e 1(uma) casa para o caseiro.

1.5.2 Distribuição das turmas Os alunos do Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” são

distribuídos em turmas heterogêneas. Apresentam diversidade quanto ao comportamento (com alguns casos de indisciplina), estrutura familiar, situação social, econômica e dificuldade/facilidade na aprendizagem. Alguns mostram-se descompromissados com o processo ensino-aprendizagem, com problemas de ordem biopsicossocial ou familiar.

Não existe um critério único para organização e distribuição de turmas, porém há a preocupação de que não haja turmas melhores ou piores em aprendizagem e/ou comportamento e que tenha uma diversidade de alunos para que haja interação e troca de experiências. Os alunos de inclusão são colocados nas turmas de forma que não fiquem todos na mesma sala. Após a distribuição dos alunos nas turmas, não são aceitos pedidos de mudança de turma, a fim de que haja socialização entre eles, ampliação do círculo de amizades e para separar possíveis grupos que possam ter apresentado problemas de aprendizagem, ocasionados pela constante indisciplina.

Turno: ManhãTurma N.º

alunosTurma N.º

alunosTurma N.º

alunosTurma N.º

alunos6ª A 40 6ª B 40 7ªA 40 7ªB 408ªA 40 8ªB 40 1ºA 35 1ºB 351ºC 35 1ºD 35 2ºA 40 2ºB 402ºC 40 3ºA 40 3ºB 40 3ºC 40

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Turno: TardeTurma N.º

alunosTurma N.º

alunosTurma N.º

alunosTurma N.º

alunos5ªA 35 5ªB 35 5ªC 35 5ªD 355ªE 35 5ªF 35 6ªC 40 6ªD 406ªE 40 7ªC 40 8ªC 40 1ºE 351ºF 35 1ºG 35 1ºH 35 2ºD 40

Turno: NoiteTurma N.º de alunos

1ºI 402ºE 403ºD 40

1.5.3Condições materiaisO Colégio dispõe de diversos materiais e aparelhos eletrônicos que

proporcionam aos professores e alunos condições adequadas para um desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem de qualidade.

Todos os bens que o Colégio possui, sejam eles entregues pela mantenedora, adquiridos com verbas estaduais, federais ou via APMF são considerados patrimônio escolar com registro específico pela SEED, órgão da mantenedora (Anexo 1).

1.6 Organização do tempo1.6.1Horário de funcionamento

O horário de funcionamento do Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal – Ensino Fundamental e Médio divide-se em três turnos: manhã, tarde e noite. O turno da manhã funciona das 7h 25min às 11h 50min, da tarde das 12h 55min às 17h 20min e da noite das 18h 45min às 22h 50min.

1.6.2Hora-atividadeTodo trabalho prático exige anteriormente uma atividade teórica; assim,

para que o sucesso escolar impere nas salas de aula como aprendizagem real dos alunos, faz-se necessária uma preparação adequada e reflexões sobre a melhor forma de organizar o Plano de Trabalho Docente, considerando conteúdos, técnicas, método e o tempo adequado para os alunos aprenderem.

Assim, no Estado do Paraná, foi instituída a Hora-atividade do professor por meio da Lei Estadual n.º 13.807, de 30/09/2002.

Sempre soube que tinha de planejar o tempo de minha aula, prever o que ensinar e o que aprender em cada bimestre e série, porém ignorei o tempo dos alunos. Cada professor sabe que, dependendo da série ou do bimestre, terá de privilegiar determinados conteúdos na hora de preparar sua aula, e dependendo da diversidade dos alunos e das turmas (grifo nosso) terá de programar tempos diversificados de ensino. Sabe, ainda, que dependendo da complexidade de cada matéria terá de alargar ou encurtar o tempo de ensino... Procede daí a hipótese de que não basta somente planejar situações de aprendizagem para uma aula, mas que este planejamento deve incluir também a projeção temporal. O planejamento do tempo deve incluir não somente a realização da ação, mas também a reflexão sobre ela. (ARROYO, 2004, p. 206, 210, 217)

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A hora-atividade do professor é realizada em seu turno de trabalho, presencialmente no Colégio, sendo 20% da carga horária do docente. São realizados estudos, preparação das aulas e correção de atividades. O horário é organizado de acordo com a distribuição das aulas nas turmas, não sendo possível observar critérios de distribuição por área ou série, pelo fato de vários professores trabalharem em escolas particulares ou de outras mantenedoras e seus dias de trabalho não coincidirem. A hora-atividade dos funcionários administrativos é realizada semanalmente pelo período de 4 (quatro) horas.

2 ATO SITUACIONAL

2.1 O Colégio e seu contexto

2.1.1Contextualização da escola na atual realidade Brasileira, do Estado e do Município: problemas e necessidades.

A socialização de novas gerações é a tarefa atribuída historicamente à escola. Mas esta socialização geralmente é vista como adaptação de pessoas à sociedade existente; educar para diminuir ao máximo o número dos chamados “desajustados” e que insistem em querer transformar o meio em que vivem.

Podemos pensar a socialização através de outro ponto de vista e então perceber que de fato, esta é uma tarefa importante e específica – embora não exclusiva – da escola; compreendê-la como tempo e espaço de vivência de relações sociais que vão formando um determinado jeito de ser humano, que deve ser aquele sujeito consciente de transformações, inclusive da própria sociedade.

A escola costuma ser um dos primeiros lugares em que a criança experimenta, de modo sistemático, relações sociais mais amplas das que vive em família. Na escola, sempre há socialização porque sempre há relações sociais. A escola socializa a partir das práticas que desenvolve, pelo tipo de organização do trabalho pedagógico que seus sujeitos vivenciam; pelas formas de participação que constituem seu cotidiano. São as ações que revelam as referências culturais das pessoas, educandos e educadores. Há saberes de diferentes tipos e naturezas, pois vivemos num país rico em diversas culturas.

O Brasil passou por um primeiro momento em que a educação estava entregue unicamente nas mãos da iniciativa confessional e privada, que ofereceu uma escola de qualidade, mas para poucos. Passou, em seguida, por uma forte intervenção do Estado, que conseguiu expandir as oportunidades educacionais, mas sem oferecer qualidade e eficiência. Estamos vivendo hoje um momento diferente, um momento de busca de síntese entre qualidade e quantidade. É a vez da sociedade.

O domínio do conhecimento, socialmente produzido e acumulado, passou a ser visto não como uma mera exigência do mercado, mas como um direito de todo cidadão. Na consciência dessa dimensão democratizante do ensino, da apreensão do conhecimento, avançamos bastante desde a década de 1980. Inúmeros professores encontram o significado social e político de sua docência nesta função democratizante da socialização do conhecimento. Aí encontra sentido a preocupação pelo domínio das teorias e da arte de bem ensinar. (ARROYO, 2004, p. 210)

No Estado do Paraná, muitos avanços foram conquistados nos últimos

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tempos no setor educacional: o aumento da oferta de ensino aos nossos jovens, a autonomia das escolas na construção de seu Projeto Político Pedagógico, avanços tecnológicos, a gestão democrática, incluindo a eleição de diretores. A participação e a democratização num sistema público de ensino são um meio prático de formação para a cidadania. Essa formação se adquire na participação do processo de tomada de decisões.

2.1.2 O saber escolar e a sociedade: contextualização da realidade brasileiraNa atual conjuntura social, temos, em sua maioria, o sistema capitalista

que possui suas bases nas forças produtivas, as quais são antagônicas, isto é, de um lado uma grande maioria que possui sua força de trabalho, de outro uma minoria que determina os meios de produção e tem como objetivo o capital e o poder. Nosso país passou de ruralista para polos industriais, que aos poucos foram aumentando e diversificando, principalmente num contexto neoliberal e globalizado.

O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” também está inserido nesse contexto, pois sua diversidade de alunos advém de diferentes etnias, classes sociais, credos religiosos e costumes.

Essa diversidade de alunos necessita constantemente estar interagindo com o mundo, seja pelo conhecimento ensinado nas diversas disciplinas, seja pela mídia que chega até a escola, pois a maioria da população de nossa cidade possui eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos como televisão, rádio e computador, deixando a população do campo e urbana conhecendo a realidade, estando em contato com os últimos acontecimentos da sociedade mundial, sabendo os preços de produtos, a meteorologia, decisões políticas e econômicas.

O mundo globalizado também está presente em outros aspectos como, por exemplo, o preço do petróleo no mercado internacional, que interfere no dia-a-dia de todos, pois grande parte dos produtos e transportes está diretamente ligada a ele.

Enfim, estando a escola ligada a essa realidade, necessita, de forma dinâmica e crítica, formar seus educandos, para serem sujeitos que saibam interagir no mundo global, mas não para o continuísmo da ideologia capitalista dominante, que valoriza somente o “ter” e não o “ser”. É necessário que os alunos construam uma sociedade com justiça, distribuição de renda e acesso à cultura para todos, pois numa sociedade democrática o poder deve emanar do povo e não no povo, para que não sejamos apenas sonhadores utópicos, acríticos e apáticos com apenas um projeto de sociedade, pois se nossos educadores não refletirem e interagirem com outros setores, teremos essa sociedade cada vez menos harmoniosa.

2.1.3Perfil da comunidade atendida, nível sócio-econômico e cultural dos pais

Segundo os dados coletados em questionário aplicado aos alunos em fevereiro /2010 (anexo 2), podemos constatar que a maioria das famílias dos alunos do Colégio são compostas por pai, mãe e filhos. No entanto, observa-se que há um pequeno número de famílias formadas somente por mãe e filhos, e algumas com padrasto ou madrasta.

A maioria pertence a um nível sócio-econômico médio-baixo,

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predominando a renda familiar de dois até seis salários mínimos. Os pais, mães e filhos, em sua maioria, são naturais de Campo Largo. Porém, nos últimos anos, devido à grande procura de empregos em nossa cidade, vieram muitas pessoas de fora, como Bahia, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e norte do Paraná.

Referindo-se ao grau de instrução dos pais, a maioria divide-se em Ensino Fundamental e Médio completos, sendo que pequena porcentagem possui o Ensino Superior. Observa-se que os pais dos alunos de Ensino Médio apresentam, em sua maioria, a formação do Ensino Médio completo.

Para sustento de sua família, os pais trabalham em várias atividades como mestre de obras, porteiro, operário, latoeiro, vendedor, gerente, motorista, taxista, caminhoneiro, profissionais liberais e outras. As mães, na grande maioria têm suas atividades voltadas para tarefas do lar, mas também encontramos vendedoras, diaristas, atendentes, enfermeiras, professoras, domésticas, cozinheiras, cabeleireiras, babás, profissionais liberais entre outras.

Percebe-se que muitos irmãos mais velhos também trabalham e ajudam no sustento da casa atuando como diaristas, motoboys, operadores de telemarketing entre outros.

A maior parte dos alunos mora com os pais (casados, separados ou divorciados), padrastos e madrastas, em casa própria. Ficam durante o dia com as mães, sozinhos ou com avós, enquanto os pais trabalham.

Através dos dados levantados, observou-se que a maioria das famílias possui vários eletrodomésticos e eletrônicos que dão maior comodidade, incluindo os computadores sem ou com internet. Percebe-se, infelizmente, que não há o acompanhamento dos pais na utilização dos computadores, o que causa prejuízo ao estudo dos alunos e contato com pessoas estranhas aos seus convívios.

As opções de lazer junto à família são visitas a parentes, ida a chácaras, pescaria, praia, restaurantes, cinemas; quanto a diversão individual, optam por computador/internet, assistir TV, filmes de DVD, jogar vídeo game, práticas desportivas, jogos de tabuleiro, andar de bicicleta e passeios. Quanto aos programas de TV, tanto a família no geral, como os alunos, gostam de assistir filmes, futebol, telejornais, seriados e novelas.

Os jornais lidos com mais frequência são os jornais locais, Gazeta do Povo, Estado do Paraná e as revistas Veja, Super Interessante, Isto É, Saúde e Nova Escola. Algumas famílias leem publicações religiosas ou profissionais.

A religião predominante é a Católica, seguindo-se as Evangélicas e Adventistas.

A maioria dos pais apresenta boa saúde, no entanto existem alguns casos de problemas de coração, pressão alta, depressão, gastrite, câncer e tendinite. Os alunos também em sua maioria possuem boa saúde, porém temos casos de depressão e síndrome de pânico. Neste ano, observaram-se muitos alunos com problemas de hiperatividade, transtorno bipolar, déficit de atenção e concentração, irritabilidade e agressividade. Esses alunos possuem laudos médicos e alguns tomam medicamentos. Também há vários alunos com problemas físicos. Há alunos cadeirantes e com leucemia. Apesar disso, a maioria mantém a frequência regular às aulas.

Todos os bairros onde residem são servidos por linha de ônibus, iluminação pública e água tratada. A rede de esgoto beneficia a minoria dos alunos, residentes nos bairros. Alguns bairros contam também com ruas pavimentadas.

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A localização do Estabelecimento no município é central e atende não só a clientela das proximidades, como também de bairros (próximos e distantes). A distância mantém-se de 500 m a 6000 m. Os meios de transporte utilizados pelos alunos para vir ao Colégio são carro próprio ou ônibus (escolar ou de linha), e alguns com condução particular (Vans). Há também os que vêm de bicicleta e a pé, levando de 5 a 50 minutos, dependendo de seu transporte.

Muitos alunos costumam realizar suas atividades escolares no seu quarto, utilizando de 15 minutos à 2 horas para seu estudo, tempo este diferenciado para alunos do Ensino Fundamental e Médio. A maioria dos discentes é assídua, embora haja alguns que faltam muito, fazendo com que a escola insista com os pais na frequência regular de seus filhos e até faça encaminhamentos ao Conselho Tutelar.

Analisados os dados levantados, observou-se que a maioria dos pais e alunos estão contentes com a organização física, material e pedagógica do Colégio.

2.2 Gestão democráticaO Colégio operacionaliza o seu funcionamento por meio de gestão

democrática para dar conta dos encargos de planejamento, implementação, avaliação e replanejamento das ações.

2.3 Comunidade escolar: envolvimento dos pais e/ou responsáveisPara que ocorra um processo de ensino aprendizagem de qualidade, faz-

se necessário a participação efetiva dos pais ou responsáveis no desenvolvimento educativo de seus filhos. Porém, muitas vezes, não há comunicação e acompanhamento por parte da família.

2.4 Comunidade escolar: parceria entre professores e funcionáriosO Projeto Político Pedagógico é construído a partir da observação e

vivência da comunidade na qual a escola está inserida. O importante não é só o que se aprende e sim como se aprende, porque se aprende e como utilizar esses conhecimentos. No processo de ensino-aprendizagem todos estão envolvidos, inclusive os funcionários que, com sua parcela, contribuem para uma formação crítica da comunidade e para que esta seja capaz de viver em uma sociedade em constante modificação.

O envolvimento dos funcionários na implementação do PPP é indispensável, uma vez que os mesmos fazem parte do contexto escolar. Atuando também como educador na escola, partindo do princípio de que serve de exemplo, mantém contato diário com os alunos e repassa sua experiência de vida. Portanto, deve-se ter consciência de que suas atitudes auxiliam e influenciam na formação intelectual, moral e cidadã do aluno.

Por ter um contato direto e maior com os alunos, os funcionários têm mais oportunidade de participar da vida dos mesmos, ouvindo seus problemas, orientando e, quando necessário, encaminhando alguns casos para a equipe pedagógica, a fim de que sejam tomadas as devidas providências.

Da mesma forma, o contato com os professores é intenso, já que os funcionários auxiliam os mesmos na preparação e andamento das aulas, através da conservação e limpeza das salas de aula, setores administrativos, biblioteca, quadra esportiva, além do preparo de materiais como fotocópias, vídeos; enfim,

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auxiliando os professores.Sendo participante da vida escolar do aluno, o funcionário deve atuar

respeitando os direitos descritos no Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o Regimento Interno do Colégio, zelando também por sua segurança e bem-estar.

Assim sendo, é preciso que existam cooperação e respeito mútuo entre funcionários, professores e alunos, respeitando o espaço e funções de cada um, para que a escola seja um local agradável de convivência e troca.

2.5 Ações didático pedagógicasO Colégio desenvolve seu Projeto Pedagógico por meio de uma

concepção progressista em que se deve proporcionar ao aluno o processo de ensino-aprendizagem através do método da prática social. O educando parte do seu meio, isto é, de sua prática social, problematiza suas situações que são posteriormente estudadas por meio dos conteúdos socialmente construídos pelo homem e ensinados nas diversas disciplinas escolares, buscando tomar consciência e retornando à prática social com o saber concreto.

Porém, para que isso ocorra não basta passar para o aluno informações ou conteúdos desconexos. Faz-se necessário uma organização de conteúdos e de metodologias que levem a uma construção crítica do pensamento e da ação.

É preciso então, considerando a organização escolar e o currículo por dis-ciplinas e entendendo-se disciplina como “agrupamentos intelectualmente coerentes de objetos de estudos entre si” (Wallerstein, In: Santomé, 1998), que cada disciplina defina seus objetivos a partir da seleção de conteúdos estruturantes e específicos, que os encaminhamentos metodo-lógicos sejam adequados para desenvolver e organizar o trabalho peda-gógico em sala de aula e que critérios serão estabelecidos para avaliar o trabalho em sala de aula e, consequentemente o aproveitamento/apro-priação dos alunos em função dele. 1

2.6 Disciplina na escola

A necessidade da disciplina aparece não por mero autoritarismo ou arbitra-riedade dos responsáveis, mas pela condição indispensável para conduzir uma prática pedagógica comprometida com os anseios das classes trabalhadoras e com o estabelecimento de uma sociedade igualitária. Faz-se necessário refletir seriamente sobre o tema, pois “a interferência da indisciplina no cotidiano escolar é sentida por todos que atuam dentro desse ambiente, principalmente pelo profes-sor”. (SCHWAB).

Para que possa haver um ambiente adequado para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem,

Todos concordam que é fundamental um clima de harmonia dentro da es-cola e que sem organização nada funciona bem... os comportamentos an-ti-sociais ou violentos de determinados alunos tornam muito difícil manter um clima de convivência na escola e nas aulas que facilite a aprendiza-gem dos alunos. Num ambiente tumultuado, onde ninguém se entende, torna-se praticamente impossível a troca de experiências, o envolvimento,

1 Concepção e Organização da Avaliação no Contexto da Concepção de Educação: instrumentos, critérios e relações exis-

tentes no processo de ensino e aprendizagem – Texto coletivo produzido pelas Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE, no II Encontro realizado em Curitiba, em abril de 2.008

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a atenção, aspectos fundamentais para a aprendizagem significativa”. (MARCHESI, 2006, p.79).

Uma das questões relativas à indisciplina é refletida por Arroyo quando diz que “muitas das dificuldades da docência e muitas das indisciplinas e desinteres-ses têm por base essa ‘disritmia’ entre os tempos predefinidos da matéria e os tempos de aprender dos educandos e de ensinar de seus mestres”. (2004, p. 212).

E também,As reclamações dos educadores são as mais variadas possíveis: os alu-nos são insubordinados, depredam o patrimônio escolar, roubam, brigam, não prestam atenção às aulas, não estudam, não fazem as lições de casa e assim por diante. A efetivação do trabalho escolar não se pode dar à re-velia da observância de certas ordens, de certa sistematização, de certas normas de conduta, de certa organização. Isto porque o trabalho pedagó-gico não é um processo natural, espontâneo e nem tampouco ocasional. Acreditar no contrário significa colocar em risco o êxito da escola e contri-buir para que ela não alcance suas finalidades. Só se alcança a disciplina através do trabalho consequente do coletivo da escola, de uma escola onde o aluno se sinta feliz e co-responsável pelo êxito escolar, uma esco-la onde o aluno se sinta sujeito e não objeto do processo ensino aprendi-zagem... É primordial entender que a indisciplina faz parte da realidade escolar e querendo ou não afeta o trabalho e o cotidiano de todos. Como vem se discutindo nesse trabalho, o fundamental é enfrentá-la de forma responsável, sem esperar que o tempo volte atrás e a passividade reine absoluta em sala de aula. (...) A prevenção é o caminho mais curto e efi-caz para que os efeitos dos casos de indisciplina sejam amenizados, as-sim a disciplina passará a ser uma aliada no processo de aprendizagem e não uma barreira a mais para que ele se efetive. (SCHWAB)

Os professores são orientados para trabalhar com o problema da indisciplina em sala de aula levando em conta a necessidade de haver uma organização tal em suas aulas que se possa desenvolver o processo de ensino-aprendizagem com qualidade. Os alunos deverão ter um ambiente favorável para aprender os conteúdos socialmente construídos pela humanidade.

As possíveis sanções deverão ocorrer levando-se em conta o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como a Legislação vigente.

2.7 Tecnologias

A educação para as mídias como perspectivas de um novo campo de sa-ber e de intervenção vem se desenvolvendo desde os anos de 1970 no mundo inteiro com o objetivo de formar usuários ativos, criativos, críticos de todas as tecnologias de informação e comunicação. (DORIGONI, SIL-VA)

Os professores têm repensado sobre os muitos aspectos da organização do sistema educacional (curriculares, administrativos, temporais, espaciais) para reconstruir criticamente o significado e o uso da tecnologia na educação, assim como a finalidade da aprendizagem e suas consequências no desenvolvimento dos alunos e na função mediadora dos professores.

Para aplicação dessa forma de ensino/aprendizagem abordando a mídia, é necessário evitar o deslumbramento, assumir a criticidade, abandonar práticas meramente instrumentais, excluir a visão apocalíptica que favore-ce o conformismo e não a reflexão. (IBID)

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Adorno também reflete sobre o efeito e as consequências da tecnologia na contemporaneidade quando diz que “no transcorrer do caminho que vai da mitolo-gia à logística, o pensar perdeu o elemento da reflexão sobre si e hoje a maquina-ria estropia os homens mesmo quando os alimenta.” (ADORNO & HORKHEIMER, 1999, p. 56).

Outra análise é realizada sobre a tecnologia, com o olhar escolar da sua utilização, pois

em decorrência da velocidade dos avanços tecnológicos e sua interferên-cia no trabalho e na vida de todos, a escola se encontra em crise. A esco-la que tem como ideal preparar as pessoas para vida, para cidadania e para o trabalho, deve-se então questionar, sobre qual contexto social se reportar já que este está em permanente modificação. Desta forma a es-cola e todo sistema educacional tende a funcionar com outros tempos e em múltiplos espaços diferenciados, com a presença de todos os novos elementos tecnológicos da informação e comunicação. (DORIGONI, SIL-VA)

Os professores devem acompanhar os avanços tecnológicos, organizando aulas mais dinâmicas, reestruturando seu trabalho pedagógico e usando as tecno-logias de forma positiva e abrangente.

As aulas devem ter como objetivo o crescimento do aluno de forma que não seja apenas uma apresentação de vídeos, slides, textos informativos e sim que os alunos possam construir seus conhecimentos, além de receber informa-ções, interagindo com as ferramentas e os conteúdos com elas desenvolvido. Também, torna-se imprescindível que o próprio aluno possa organizar atividades utilizando a tecnologia disponível no Colégio.

2.8 Condições de trabalho do professor A necessidade de dar aulas em várias escolas para manter-se com condições

financeiras satisfatórias, ocasiona aos professores falta de tempo e condições materiais para planejarem suas aulas, para refletirem, discutirem e decidirem sobre a organização do trabalho docente na escola. Trabalhando em várias escolas, o professor fica impossibilitado de participar integralmente de todas as atividades e decisões do Colégio.

A fragilidade, a insegurança, o medo, a incerteza, - além da dor, do des-conforto, da dúvida, é claro – tomam conta de nós e daqueles que nos acompanham... O que será que acontece na educação que, apesar dos avanços tecnológicos, da ampliação de acesso e do direito garantido por lei, não se tem mais conseguido satisfazer as necessidades. Muito tem se discutido e planejado em educação, mas as ações não têm alcançado o impacto positivo esperado no contexto geral da população e na vida das pessoas.(THIELE, ARLHET)

A superação desses desafios, certamente implica na capacidade de atuar dentro da dialética do velho e do novo, ou seja, da crítica à forma fragmentária de produção da vida humana em todas as suas dimensões e especificamente, na produção e socialização de conhecimento e na construção de novas relações sociais que rompam com a exclusão e alienação.

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3 ATO CONCEITUAL

3.1 Projeto Político Pedagógico: metodologia de construção e finalidade

Todo o agir pedagógico do Colégio constará no Projeto Político Pedagógico. Projeto é um termo que vem do latim projectu, que significa “lançar para diante”. Quando elaboramos este projeto, estamos nos lançando para o futuro, ou seja, estamos pensando em como melhorar o presente através de uma redação provisória de lei; provisória pelo fato deste projeto não ser estático, pois está em constante construção.

Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva “da organização do trabalho pedagógico como um todo, sendo um instrumento clarificador da ação educativa” (VEIGA, 1998, p. 11) que supõe uma caracterização da identidade da escola. Um convite a uma reflexão e à discussão sobre os problemas existentes, em busca de alternativas que superem os desafios estreitamente ligados a um ideal de homem e sociedade que se pretende construir na formação humana pelo compromisso com a transformação.

Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional, por isso dizemos que ele é político, mas também ele define as ações educativas e necessidades das escolas, sendo também pedagógico. Portanto, político e pedagógico são expressões indissociáveis neste âmbito, a partir de uma construção que considere as crenças, convicções, o contexto social e científico de toda comunidade escolar.

A escola, local de convívio e interrelações entre professores, funcionários, pais e alunos, é uma instituição “viva” e, portanto, não está alheia aos valores e ideologias que cada pessoa traz consigo de seu meio. Assim, há um Projeto Político Pedagógico construído, mas há também, um currículo oculto composto de rituais, gestos e práticas corporais que muitas vezes distanciam o projeto da prática.

Ao considerar as diferenças dos membros envolvidos, os conhecimentos transmitidos pela escola serão “vivos e concretos” servindo para desmistificar o senso comum. A escola deve ser progressista, deve socializar o conhecimento científico, pois ele é indispensável para tornar de todos, o que tem sido privilégio de uns poucos.

Verifica-se, então, que o Projeto Político Pedagógico não pode ser somente uma lista de conteúdos e atividades, mas ele deve ser construído e vivenciado em todos os momentos, através da observação do cotidiano escolar, questionamentos e registros. Deverá, então, desvendar todos os problemas existentes no interagir dos membros da comunidade escolar, propondo alternativas de soluções.

Ao fazer observações do cotidiano, não se pode omitir a análise do contexto externo no qual a escola está inserida. Deve-se, portanto, considerar as dimensões geográficas, políticas, econômicas, sociais e culturais.

Todo este esforço coletivo também deverá ser dirigido para a seleção de pressupostos teóricos e metodológicos para que se entendam as aspirações das famílias em relação ao papel da escola na educação dos indivíduos.

A partir dos pressupostos, deverá ser discutida e/ou refletida a concepção de educação e sua relação, o homem a ser formado, a cidadania e a consciência crítica.

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Para que o Projeto Político Pedagógico tenha qualidade, deverá levar em conta a unificação das dimensões formal ou técnica e a política. A primeira enfatiza a importância de se manejar meios, instrumentos, formas, técnicas e procedimentos. A segunda aponta para a condição indispensável da participação de toda comunidade escolar, cativados por uma equipe coordenadora responsável, que se volte para os fins, valores e os conteúdos a serem trabalhados.

Este processo democrático de decisões procurará superar os conflitos, as competições, o autoritarismo e a fragmentação ocasionada pela divisão técnica do trabalho, que acaba impedindo uma visão integrada do fazer pedagógico.

É importante que este processo democrático ocorra levando em conta a relativa autonomia que a escola possui delineando assim a sua própria identidade.

A escola precisa aprender a utilizar esta relativa autonomia transformando-se num espaço público de discussão, debate e reflexão coletivos sobre as políticas públicas elaboradas pelos órgãos centrais, como vai executá-las e avaliá-las. Deve refletir também sobre a sua própria função.

A escola precisa muito mais do que uma simples desconcentração, em que os órgãos centrais transferem a responsabilidade para ela, sendo impedida de tomar decisões. Precisa da descentralização, através da qual poderá discutir, refletir e tomar decisões conscientes.

Nesta descentralização podemos também citar a autonomia jurídica, que permite à escola elaborar suas próprias normas, desde que estas respeitem a legislação vigente, e a autonomia financeira em que a escola pode administrar total ou parcialmente os recursos a ela destinados.

A elaboração destas normas deve ir além de uma autonomia jurídica. Deve ser construída dentro de uma gestão democrática, a qual prevê a participação de toda a comunidade escolar. Tal autonomia deve ser exercida embasada na legislação vigente. O resultado dessa discussão deve ser conhecido por todos, mesmo por aqueles que, eventualmente, não participaram dela, como por exemplo, alunos e professores novos.

Não podemos esquecer a autonomia pedagógica que “consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está estreitamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da escola.” (VEIGA, 1998, p. 18)

É através da autonomia pedagógica que todos os “atores” da escola procurarão analisar e contextualizar a sua realidade escolar, visando medidas pedagógicas cabíveis em consonância com as políticas vigentes; elaborando desde seus objetivos filosóficos, pedagógicos, científicos, tecnológicos, artísticos e culturais, até mesmo seus cronogramas, metodologias, capacitação de seus profissionais, entre outros, estando sempre procurando melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Um sério compromisso político do pedagogo com a escola fará com que toda a equipe pedagógica conheça o aluno enquanto sujeito que aprende e depende do conhecimento de seus direitos e deveres, conheça a LDB e as diretrizes curriculares, tenha uma concepção clara de uma avaliação não seletiva e discuta seus objetivos pedagógicos, filosóficos e científicos.

Tudo isso levará a uma escola democrática, que como tal, deverá elaborar todo Projeto Político Pedagógico, tendo como base os princípios norteadores de igualdade de condições para acesso e permanência na escola, qualidade, gestão

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democrática, liberdade e valorização do magistério.A igualdade de condições deve proporcionar o acesso e a permanência na

escola para a grande maioria, utilizando-se da democracia, tanto para o ponto de partida, quanto para o de chegada.

A qualidade de ensino não deve ser privilégio para poucos, mas sim para toda a demanda educacional. A qualidade tem a obrigação de evitar os problemas de evasão e repetência, garantindo um desempenho satisfatório de todos.

Isto implica na escola o cumprimento de suas normas internas, assim como calendário e horários, procurando melhoria do processo ensino-aprendizagem, evitando assim a repetência e evasão dos alunos. A seriedade e respeito no cumprimento do Projeto Político Pedagógico serão revertidos num exemplo de responsabilidade dos professores para com os alunos.

A concepção do Projeto Político Pedagógico se baseia em pressupostos filosófico-sociológicos, epistemológicos e didático-metodológicos.

Os pressupostos filosófico-sociológicos consideram como responsabilidade política do Estado a garantia de uma educação com qualidade, como direito para todos, visando a formação humana e não a seletividade.

Este pressuposto orienta a prática pedagógica na medida em que se discute a função social da escola, sendo necessário ter claro que se pretende formar um cidadão participativo, crítico e autônomo, conforme seu contexto social, para não construir apenas discursos.

O pressuposto epistemológico considera que o conhecimento é construído e transformado coletivamente, mas para isso deve-se unir teoria e prática, conhecimento geral e específico, conteúdo e forma, dimensão técnica e política, pois assim haverá a conscientização de que o conhecimento é gerado de forma desigual e isso precisa ser superado.

O pressuposto didático-metodológico se baseia nos objetivos educacionais, pois através dos meios e métodos é possível alcançar o que se propõe. É preciso indagar sobre a prática construída para averiguar se ela condiz com o homem que se pretende formar.

Para que o Projeto Político Pedagógico seja construído, tendo por base a democracia, é preciso alicerçá-lo em pressupostos de uma teoria pedagógica crítica, que “parta da prática social e esteja compromissada em solucionar os problemas da educação e do ensino de nossa escola.” (VEIGA. 1995, p. 14)

Para gestar uma nova organização do trabalho, é necessário analisar todos os elementos constitutivos desta organização, utilizando-se de elementos básicos para a construção do Projeto Político Pedagógico.

Os sete elementos básicos para a construção do Projeto Político Pedagógico são as finalidades, estrutura organizacional, currículo, tempo escolar, processo de decisão, relações de trabalho e avaliação. Para podermos construir um Projeto Político Pedagógico, é preciso definirmos quais são as finalidades da instituição, refletir sobre a ação educativa que a escola desenvolve com base nas finalidades e nos objetivos que ela encerra. São as intenções pretendidas pela instituição.

Uma das alternativas para construção e reconstrução do Projeto Político Pedagógico é orientada por marcos ou atos que ajudam na definição inicial. São os atos situacional, conceitual e operacional.

O ato situacional “descreve a realidade na qual desenvolvemos nossa ação; é o desvelamento da realidade sócio-política, econômica, educacional e

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ocupacional.” (VEIGA, 1998, p. 23)O ato conceitual diz respeito à concepção ou visão de sociedade, homem,

educação, escola, currículo, ensino e aprendizagem. Diante disso, são levantados alguns questionamentos que geram respostas e novos questionamentos, levando a definir o que precisa ser reforçado, modificado e priorizado. A escola deve ter claro o que pretende política e pedagogicamente. Deve produzir e sociabilizar o conhecimento, as ciências, as letras etc.; com isso, o aluno deverá ser capaz de participar do processo de construção da sociedade.

O ato operacional ajuda-nos a sabermos como operar, ou seja, como realizar nossa ação. Quando opera é que se pode verificar se as decisões foram acertadas, em caso negativo, são restabelecidas novas linhas de ação.

Os três atos ocorrem simultaneamente, não sendo possível separá-los. A elaboração do Projeto Político Pedagógico advém da necessidade de reorganização da escola numa superação da existência de mecanismos excludentes. A escola deve assumir, como uma das suas principais tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa, revelando a necessidade da construção do seu papel.

O Projeto Político Pedagógico é a representação dos objetivos da escola como um todo e não se restringe apenas à dimensão pedagógica.

Construir um Projeto Político Pedagógico significa enfrentar o desafio da mudança, da transformação e da inovação, tanto na forma como a escola organiza seu processo pedagógico, como na gestão; o que implica o repensar da estrutura de poder da escola.

3.2 Filosofia do ColégioO Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino

Fundamental e Médio, como um Colégio Público, fundamenta seus princípios educacionais nos valores, para que todos os envolvidos no processo educativo sintam-se membros da comunidade.

Nesse sentido, deverá:• Educar para que seja participativo, crítico, questionador, aberto ao novo,

ousado e criativo, buscando ocupar e construir, com espírito de justiça, espaços de transformação para atuar em benefício da sociedade.

• Educar para que seja Instrumento de Transformação Social com vistas à construção de uma sociedade democrática e participativa, que garanta a dignidade da pessoa humana e lute pela comunhão social.

Para que isso se concretize, o Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal”- Ensino Fundamental e Médio deverá primar pela eficiência do Ensino Científico, Técnico e Cultural; pela formação do homem cidadão através do desenvolvimento do Senso Crítico, Valores Humanos, Políticos e Sociais.

3.3 Objetivos Gerais• Proporcionar à comunidade educativa condições para um eficiente

ensino científico, participativo, crítico, aberto ao novo, buscando ocupar e construir com espírito de justiça, espaços de transformação social.

• Incentivar todos os envolvidos no processo educativo a um compromisso sério, decorrente da sua missão de educar.

• Desenvolver atitudes de pesquisa e curiosidade no saber.• Proporcionar ambiente favorável à autorrealização, desenvolvimento da

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consciência crítica e justa, para que cada um se torne agente transformador da sociedade.

3.4 Princípios Norteadores da Ação PedagógicaCom as rápidas transformações nos meios e nos modos de produção,

resultado da revolução tecnológica e científica, estamos entrando em uma nova era da humanidade.

A sociedade brasileira é marcada pelo individualismo, pelo consumismo, pela inversão de valores e desrespeito à vida. Vivendo nesta sociedade, as pessoas refletem em seu modo de viver todos estes aspectos.

A situação educacional do Brasil é um prolongamento da realidade social e política, realidade que está impregnada do sistema capitalista.

Percebe-se o descaso como é tratada a educação, tendo em vista a má distribuição das verbas, ocasionando falta de condições materiais e humanas adequadas para uma práxis voltada para os interesses do povo.

A escola tem que preparar seus educandos para aprender com autonomia e motivação.

Por mais que pensemos em utilizar o vídeo, o computador ou mesmo o velho e bom quadro de giz, é na formação do professor que desenvolvemos a tecnologia educacional, preparando líderes, mediadores e estimuladores, mais do que detentores de determinados conhecimentos.

O professor do novo século deve saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratar essa informação, como utilizar a informação obtida e como aprofundá-la. Esse educador será o encaminhador da auto formação e o conselheiro de aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de pequenos e/ou grandes grupos.

Diante dessa realidade, o Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino Fundamental e Médio, num trabalho coletivo, pretende construir uma sociedade justa, fraterna, solidária, em que as relações de ordem política e cultural e, sobretudo, o poder econômico determinante dessas relações, estejam comprometidas e a serviço da realização integral de todos os homens.

Para a construção dessa sociedade, são fundamentais valores como a Fraternidade e a Igualdade, que nascem do reconhecimento de Deus como Pai e do outro como irmão. A partir desse conceito, as pessoas reconhecem a sua própria necessidade de busca, numa perseverança corajosa, e não desanimam diante de obstáculos, ressaltando a honestidade e a autenticidade, que levam a uma ação transformadora coerente.

Para que esta sociedade se concretize, queremos formar um homem aberto ao transcendente, sujeito de sua própria história, que desenvolva o espírito crítico, científico e sua autonomia, e seja capaz de estabelecer relações construtivas consigo mesmo, com o outro, com Deus e com o mundo, colocando-se a serviço da comunidade e tornando-se agente transformador; um cidadão comprometido com a justiça e a fraternidade.

Sendo assim, o Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino Fundamental e Médio viabilizará a transmissão assimilação do saber sistematizado, de modo que o saber fragmentado e desarticulado que o educando apresenta, seja reelaborado, permitindo que ele adquira os conhecimentos necessários para que compreenda, elabore e expresse uma visão do mundo mais crítica, ampla e articulada e, que o conhecimento científico seja o elemento básico

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de referência para a organização do ensino.

3.5 Ensino de QualidadeO caminho da produção do conhecimento, preocupação essencial na

modernidade, tem encontrado suporte em metodologias que se proponham a ultrapassar a reprodução, a repetição e a cópia nos meios escolares. Com a proposta de alterar este panorama de estagnação no ensino do Paraná, optou-se por uma nova proposição: ensino de qualidade.

O avanço se agiganta rapidamente e torna-se inevitável. A educação necessita com urgência da abertura de espaços para novas perspectivas e visões mais amplas, com olhar no futuro. A proposição metodológica do aprender envolve mais que a vontade de usar um meio novo para ensinar. Alunos e professores, a partir dessa proposta metodológica, passam a ter produção própria, são curiosos, criativos, inovadores e ousados.

O professor torna-se figura significativa no processo quando percebe que é o orquestrador da construção do conhecimento e propicia o ambiente que instrumentaliza o aluno para emancipação. A visão de ser sujeito da história ao invés de objeto, autoriza o docente a construir projeto pedagógico próprio, para sua disciplina, não se distanciando do todo do curso, mas salvaguardando a especificidade necessária a cada avanço.

Humanizar a sociedade implica, também, em socializar o saber; implica em elevar o nível cultural da maioria da população, para que ela não seja alijada dos processos administrativos, dos processos políticos, dos processos científicos ou tecnológicos, em nome de sua “ignorância” ou “incompetência”.

Popularizar o saber não significa rebaixar o nível de informações técnicas ou científicas. Socializar os conhecimentos não significa fornecer ensinamentos superficiais.

A qualidade de ensino se vincula à possibilidade de não reprodução da sociedade injusta tal como se apresenta: de um lado, os que sabem e detêm o poder; do outro, os que não sabem e obedecem ao poder.

A qualidade de ensino se liga à possibilidade de fazer com que a maioria da população possa dominar a soma de conhecimentos já acumulados, através dos tempos, para que todos possam se incumbir de criar uma nova sociedade.

O aluno ou futuro trabalhador deve ser instruído, se realmente se pretende a existência verdadeira de uma democracia participativa. Ao mesmo tempo, esse aluno deve ser conscientizado de que aprender também implica em objetivo, metas, luta, esforço, disciplina, participação e que essa luta só tem sentido quando se persegue um objetivo de igualizar os homens em todos os níveis. A instrução deve estar dirigida à equiparação dos homens e não à separação em intelectuais e ignorantes.

A qualidade de ensino, ao levantar a necessidade de se aprender não só os novos métodos, mas com a diferença fundamental e irredutível entre eles, traz junto com essa preocupação, a exigência de debates atuais sobre o “conformismo pedagógico”.

Esse mesmo conformismo permite que a linguagem escrita ou falada fique cada vez mais simplificada, simplista e superficial. O significado dos termos vai se esvaziando, as palavras vão se tornando clichês, como aconteceu com a conotação política, que perdeu toda sua riqueza e complexidade e hoje se tenta recuperá-la.

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O saber transmitido na escola tem uma função e uma finalidade social, que não só a de reproduzir a riqueza, o poder, os bens e os serviços, apenas às classes médias e altas.

3.6 Visão de HomemO homem, na sua existência, tem que se haver com muitas situações que

o provocam e o estimulam. Problemas de toda a ordem o questionam e ele necessita enfrentá-los. Mas, para realizar esse enfrentamento diante dos mais diversos problemas, a fim de poder viver a sua vida, necessita saber. Saber para poder viver, pois o homem não é um ser isolado no mundo. Ele imperiosamente deve fazer a sua vida, com sabedoria e perspicácia. O não saber o que fazer para viver é uma incerteza que se transforma em uma real infidelidade existencial, e que conduz o homem ao fracasso.

O homem tem que se ater com o saber para descobrir a verdade, vencer as dificuldades, as dúvidas e as incertezas que perpassam constantemente sua mente e sua vida e que podem perturbar o seu fazer existencial. Ele tem que se posicionar diante das perplexidades das opiniões vagas, dos seus problemas e dos problemas dos que o cercam.

O homem se interroga e é interrogado. Sua situação, por vezes, é uma situação de dúvidas interiores e exteriores. O mundo problematiza o homem, questionando-o nas mais diversas dimensões. A dimensão do saber caracteriza o homem como alguém situado no seu mundo interior e exterior. Dentro do contexto do saber, o homem na sua totalidade, deve estar inserido no contexto escolar, para buscar as novas perspectivas do conhecimento.

3.7 Visão de SociedadeO homem é essencialmente sociável; sozinho não pode vir a este mundo,

não pode crescer, não pode educar-se; sozinho não pode nem ao menos satisfazer suas necessidades mais elementares, nem realizar as suas aspirações mais elevadas; ele pode obter tudo isso apenas em companhia dos outros.

A sociedade durante o nosso século assumiu tais proporções que pode vir a ser, legitimamente, considerada um fenômeno típico do nosso tempo. Com dificuldade podemos ocultar nossos pensamentos, mas logo que eles se transformam em ação, se tornam propriedade dos outros, e graças à televisão, ao rádio, à imprensa e à Internet, apenas em um piscar de olhos, são divulgados aos quatro cantos da Terra. O isolacionismo, hoje, não é possível. Deve-se, de qualquer maneira, sobreviver. Mas está claro que sobrevivemos só com o interagir dos seres viventes.

O conteúdo de sua salvação com respeito à sociedade consiste para o homem moderno, no descobrir a si mesmo como pessoa que, deliberadamente, decide a favor de uma relação de interdependência com os outros; sabedor de que a sua natureza já é a de fazê-lo entrar em relação com seus semelhantes.

3.8 Educação A educação tem como principal objetivo a transmissão de diferentes saberes. Sendo assim, a educação não se restringe apenas ao espaço escolar. Há saberes específicos para cada espaço onde ela é praticada: nos lares, nas igrejas, nos sindicatos, nas escolas e em outros locais.

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A escola é um dos espaços privilegiados para a prática educativa, onde se ensinam conhecimentos elaborados e construídos pela humanidade ao longo da história. Segundo Saviani, “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.

Como diz Carlos Rodriguez Brandão:

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na fábrica, no grupo, no campo, na cidade e até na escola, a educação persegue a gente. Todos somos envolvidos por ela ou nos envolvemos com ela. Para saber, para aprender e ensinar, para fazer, ter ou ser, conviver... Todos misturamos a vida com a educação ou transformamos a vida em educação. A educação como prática sempre foi um mistério do aprender: no começo sem classes, sem livros, sem professores e hoje com escolas, salas, livros, professores, métodos pedagógicos e muita burocracia. (BRANDÃO, 1985, p. 7).

A educação pode ser um existir livre e, como tal, uma oportunidade de crescimento e de desenvolvimento global e permanente de todos. Como também uma imposição do sistema que usa o saber e o controla segundo seus interesses, reforçando e reproduzindo a desigualdade, a divisão, a injustiça.

Independentemente de ser uma educação livre ou opressora, ela sempre é um prolongamento do sistema social e político. Uma educação “atrasada” ou “adiantada” é consequência de uma sociedade “atrasada” ou “adiantada” e vice-versa. Negar o direito de educação livre, consciente e participativa a um cidadão é negar-lhe o direito de viver, é negar-lhe o direito de ser, fechar-lhe a porta para a vida e o futuro. Negar o direito de educação para a vida a uma pessoa é negar-lhe o direito de participação, é negar-lhe a racionalidade e a espiritualidade, é reduzi-la à humilde condição de objeto, instrumento, máquina de produção. Negar o direito de educação livre a uma pessoa é negar-lhe Deus, que quis o homem essencialmente livre e para tanto lhe deu a escolha através do livre arbítrio.

É profundamente gratificante “ajudar a riscar um fósforo” no caminho escuro de tantos adolescentes e jovens que acreditam seriamente em vencer na vida e vencer com honestidade.

3.9 Função da EscolaA escola como um todo tenta inovar os modos de ser da educação,

fazendo-a flexível, múltipla e crítica dentro das mais diversificadas demandas da sociedade, desenvolvendo as potencialidades educativas nos copiosos recursos de comunicação e processamento da informação e do saber desenvolvido.

Sendo assim, “a função social da escola é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao educando condições de emancipação humana”.2

Para que esta sociedade se concretize, queremos formar um homem aberto ao transcendente, sujeito de sua própria história, que desenvolva o espírito crítico, científico e sua autonomia, capaz de estabelecer relações construtivas

2 Concepção e Organização da Avaliação no Contexto da Concepção de Educação: instrumentos, critérios e relações existentes no processo de ensino e aprendizagem – Texto coletivo produzido pelas Equipes Pedagógicas dos NRE/CGE, no II Encontro realizado em Curitiba, em abril de 2.008

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consigo mesmo, com o outro e com o mundo, colocando-se a serviço da comunidade e tornando-se um agente transformador, um cidadão comprometido com a justiça e com a sua prática.

A escola tem que saber sequenciar o saber acumulado historicamente dentro do contexto social, para que o educando possa explicar esses conhecimentos dentro de sua relação dialógica.

Portanto, a escola está para transformar as relações sociais e não para reproduzir a sociedade tal qual está a organização face ao modo de pro-dução vigente. A escola está para humanizar, oferecer condições à eman-cipação, à participação e não para adaptar os indivíduos à situações de dominação. Neste sentido, a escola está voltada para desenvolver todas as potencialidades humanas, hominizar segundo Gramsci. (IBID)

3.10 A Educação Escolar A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional,

sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante um período contínuo e extensivo de tempo; diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores para o convívio social. Assim sendo, deve ser evitada a abordagem simplista de encarar a educação escolar como o fator preponderante para as transformações sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.

A ampla gama de conhecimentos construídos no ambiente escolar ganha sentido quando há interação contínua e permanente entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola. O relacionamento contínuo e flexível com a comunidade favorece a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no ambiente escolar.

As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos. Para isso, a escola deve atender às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.

O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser intensificado quando há integração dos diversos espaços educacionais que existem na sociedade. Nesse sentido, o objetivo dessa união é criar ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para aprendizagem do convívio social.

A função da escola em proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.

É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando às crianças e aos jovens pertencentes aos diferentes grupos sociais, o acesso ao saber; tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da

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cultura brasileira no âmbito nacional e regional, como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.

É igualmente importante que ela favoreça a produção e a utilização das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual e moral do aluno, como finalidade básica da educação.

3.11 Saber escolar e a SociedadeA escola, além de ser transformadora, também pode ser reprodutora da

ideologia dominante, pois desempenha um papel de conservação da estrutura social vigente ao formar a força de trabalho, confirmar as desigualdades sociais, difundir crenças, ideias e valores da origem social dominante. Por outro lado, ao transmitir os conhecimentos socialmente construídos, aumenta-se a potencialidade técnica e teórica do trabalhador, propiciando a quem os recebe a compreensão científica da natureza e da sociedade, tornando-se assim um cidadão crítico.

Para que a escola seja transformadora, precisa-se de educadores realmente comprometidos, que enfrentem os desafios e barreiras das práticas escolares, repensando-as e reorganizando-as (se necessário for), visando sempre satisfazer as necessidades sociais. Para isso, a escola precisa rever todo o seu aparato: suas grades curriculares, a seriação/ciclagem, as disciplinas, os conteúdos e todo o seu plano de trabalho.

Quando não ocorre esta revisão, temos na escola as ideias conservadoras de uma escola tradicional, a qual, por sua vez, reproduz a ideologia dominante, condenando seu aluno a receber certificação e não formação. Para modificar tudo isso é necessário que os diretores executem democraticamente sua autoridade (e não autoritarismo), cobrando dos docentes um trabalho digno do seu título, levando assim à formação de um cidadão.

As grades, conteúdos e todo o aparato escolar diferenciam a escola formal (educação sistemática) da escola não formal (educação assistemática). O que também diferencia estes dois tipos de educação é a nova LDB – 9.394/96 – a qual prevê as diretrizes e bases que a escola deverá seguir. Uma conquista importante é a respeito da proposta pedagógica tratada no art. 12: “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica”. É através desta proposta pedagógica que a escola poderá reiterar todo o seu aparato.

O art. 13 da LDB 9394/96 vai também diferenciar proposta pedagógica de plano de trabalho afirmando que “os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.” Podemos considerar então que “a proposta pedagógica ou projeto pedagógico relaciona-se à organização do trabalho pedagógico da escola e o plano de trabalho está ligado à organização da sala de aula e a outras atividades pedagógicas e administrativas”. (VEIGA, 1998, p. 12)

Embora a Lei deixe clara a obrigatoriedade dos docentes participarem da elaboração da proposta pedagógica, mais importante que a imposição, é que a escola propicie situações ao professor que lhes permitam “aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente”. (VEIGA, 1995, p. 15)

Nesse sentido, o Colégio priorizará a concepção pedagógica histórico-crítica que se fundamenta no materialismo histórico (ciência que estuda os modos de

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produção), que incorpora o procedimento histórico como determinante da totalidade social.

A escola é vista como socializadora dos conhecimentos e dos saberes universais. Cabe à escola socializar o conhecimento produzido e acumulado historicamente pela humanidade, de forma a ampliar a compreensão do sujeito sobre a prática social e de promover ações transformadoras. A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato pedagógico e uma interação entre professor – aluno – conhecimento e contexto histórico-social.

Os conteúdos são elementos culturais essenciais, principais e fundamentais à análise e compreensão das inter-relações e contradições que constituem a realidade histórico-social.

Para tanto, é necessário que a escola construa coletivamente seu Projeto Político Pedagógico através de uma gestão democrática que dirija a sua construção juntamente com toda a comunidade escolar.

O professor, como mediador e instrumentalizador desse processo, sente necessidade de uma formação continuada. Caso esta não ocorra, influenciado por uma quantidade muito grande de ideias, projetos e métodos causadores de uma anarquia nas atividades básicas do ensino, não contribui para que o aluno supere o senso comum e consiga entender a realidade histórica em que vive. Mais importante do que toda essa “teia de ideias”, é que o professor conscientize-se da importância de um processo de transmissão-assimilação de conhecimentos de qualidade, que não perpasse somente “pesquisas de ponta capazes de gerar tecnologias competitivas na aldeia global e alunos aptos a ingressarem no mercado internacional”. (MARRACH, 1996, p. 51)

Uma boa oportunidade para se discutir o fazer pedagógico são as reuniões pedagógicas e os conselhos de classe. 3.12 Currículo

Entende-se por currículo as experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio às relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades dos estudantes. Assim, currículo associa-se ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas.

Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos favo-recidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de aces-so ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte. (DEB/SEED, 2008, p. 2)

O currículo envolve questões de aprendizagem, inter-relações pessoais, construção e organização do conhecimento. É importante ressaltar que o currículo deve ser elaborado a partir da realidade do aluno. Também ter consciência de que esse documento não é neutro e estático, mas precisa de constantes reformulações que se adaptem às várias mudanças que ocorrem no contexto social.

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação das ações didático pedagógicas que acontecem na instituição escolar. Funciona como um elo que une as partes envolvidas no ensino e aprendizagem dos alunos, estabelecendo uma ponte entre direção, professores, alunos e pais, for-mando uma rede interligada por interesses comuns. É um trabalho de li-

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derança que ajuda a escola a desempenhar melhor o seu processo de en-sino-aprendizagem, em função de uma educação eficaz oferecida aos alunos. Também está entre seus afazeres promover o crescimento da-queles com quem lida diretamente, como professor e aluno. (RITSMANN, PINHEIRO, MARTELLI, FRIZON)

A educação precisa ser transformada; o professor precisa entender as diferenças individuais de cada aluno de sua sala e pensar em cada um deles ao construir o currículo escolar. Pede-se urgentemente, discussões sérias acerca dos problemas detectados e que se pense em mudanças significativas na escola para todos. Para que a comunidade escolar discuta e pense em currículo há a necessidade de todos estarem cientes de que

currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensi-no e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. E, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e con-traditória. (DEB/SEED, 2008, p.2)

Faz-se necessário lembrar que a educação está relacionada às questões biológicas, psicológicas (cognitiva e afetiva), sociais e espirituais, e que estas estão inter-relacionadas, não podendo o professor esquecer-se de nenhuma delas.

As atitudes e valores transmitidos subliminarmente pelas relações sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar são contemplados pelo currículo oculto.

Os envolvidos na elaboração do currículo devem estar cientes da seriedade de sua organização, porque vai muito além do que apenas alguns conteúdos disciplinares e do simples repasse de informações. Sua elaboração deve estar atenta a questões como os saberes adquiridos pelos educandos, suas relações cotidianas, seu preparo emocional, suas expectativas. E, acima de tudo, o currículo deve contribuir na formação do cidadão consciente e transformador, ativo no meio em que vive.

3.13 Filosofia e Princípios Didático-pedagógicosO Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e o

Ensino Médio, o que a Lei Federal nº 9394, de 1996 – nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -, nomeia como Educação Básica. Essa tem por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. (LDB 9394/96, art. 22)

O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino Fundamental e Médio tem por finalidade, atendendo ao disposto nas Constituições Estadual e Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ministrar o Ensino Fundamental (séries finais) e Médio, observando, em cada caso, a legislação e as normas especificamente aplicáveis.

O Colégio oferece também aos seus alunos, serviços educacionais com base nos seguintes princípios e fins da educação nacional, conforme a LDB 9394/96, art. 3º:

a) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento e o saber.

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b) Igualdade de condições para o acesso e a permanência no Colégio, sendo vedada qualquer forma de discriminação e segregação.

c) Valorização dos profissionais do magistério.d) Garantia de padrão de qualidade

Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

3.14 Gestão EscolarA Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento do Colégio,

compreendendo tomada de decisão conjunta de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

Existem dois tipos de estruturas: a administrativa e a pedagógica. A primeira diz respeito à administração propriamente dita, que compreende a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros. Já a estrutura pedagógica determina a ação da estrutura administrativa, organizando as funções educativas, sempre com o objetivo de alcançar suas finalidades.

Para tanto, faz-se necessário criar órgãos de gestão que garantam, por um lado, a representatividade e, por outro, a continuidade e consequentemente, a legitimidade.

A Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.

3.15 Gestão DemocráticaA gestão democrática tem um importante papel na execução de normas

que abrangem questões administrativas, financeiras e pedagógicas, como repetência, evasão e não permanência do aluno em sala de aula, o que causa grande marginalização das classes populares. O repensar das estruturas de poder da escola promove a socialização, atenuando o individualismo, eliminando a exploração e superando a opressão. Assim, a gestão democrática trata-se da participação crítica na construção do projeto político pedagógico.

A gestão democrática não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira permanente para tomar cada uma das decisões que requer a caminhada. É necessário buscar formas representativas e às vezes operativas que permitam oportunamente a tomada de decisões.

Parafraseando Vitor Henrique Paro em seu livro Administração Escolar, entendemos que é um processo a se realizar em longo prazo, porém há a necessidade de que, na prática, tomem-se atitudes que venham a modifi-car comportamentos, oportunizando às pessoas a participarem de forma efetiva desde o desenvolvimento de um clima amistoso nas relações hu-manas, que haja o espírito de cordialidade e ações solidárias no interior da escola, até a luta pelos direitos humanos de toda ordem no nível da sociedade global. Saber organizar o trabalho pedagógico e ainda adminis-trar a escola pública (a coisa que pública) é um desafio para coordenado-res pedagógicos, orientadores educacionais, professores, para os direto-res, funcionários, pais, pois são esses os principais interlocutores sociais da organização escolar, responsáveis pelas ações que possam de fato consolidar uma prática democrática. Comprometer-se com a gestão de-mocrática que é o processo político, um “ato político” (Paulo Freire) atra-vés do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solu-cionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam

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o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola, não é das tarefas mais fáceis. (GARBIN, ALMEIDA)

3.16 Comunidade EscolarDiscute-se muito sobre a participação efetiva da família/responsáveis do

aluno na escola para fins de melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Porém, pouco se reflete sobre as mudanças ocorridas nas famílias com o passar dos tempos para que se possa avaliar a real dificuldade dos pais em educar seus filhos e acompanhá-los devidamente. Assim, deve-se enxergar a atual família muito diferente da antiga conforme relatado por Sant’anna, explicitando que

a antiga família patriarcal e rígida, naturalmente era um modelo que tolhia as possibilidades de expressão de esposas e filhos e que cometeu enormes injustiças e por isto mesmo um modelo ruim, mas como em tudo, havia um lado positivo. Todos sabiam claramente o seu papel na estrutura familiar...Isto está se modificando rapidamente e a sociedade, que vive um momento de transição, caminha para um modelo muito melhor de gestão familiar participativa. No entanto há um preço a pagar. O período de transição é confuso (...). Muitas de nossas crianças e adolescentes são órfãos de pais vivos, criados por empregadas ou pelos avós. Eles têm pais, mas é quase como se os não tivessem. Não há substituto para pai e mãe e esta é uma tarefa que não deveria ser delegada, a não ser em caso de absoluta necessidade (...) Os membros de uma família devem se encontrar e conversar. Isto por si só fará uma enorme diferença. (SANT’ANNA, 2006, p.253 )

Adorno também reflete sobre o papel e a influência da família na educação de seus filhos. Explica que a família assegurava a proteção aos seus membros e a autoridade familiar justificava-se por esta proteção e pelo fato de a família assegu-rar a hereditariedade de seus bens. Então, os filhos eram obedientes às normas e regras impostas.

Como a família já não garante, de forma segura, a vida material de seus membros, nem pode proteger suficientemente a pessoa contra o mundo externo que massacra a família e o indivíduo, ela é impotente para se fazer respeitar.

Adorno reflete o papel que a mãe exemplar tinha. Enquanto bondosa, sa-crificava-se pelos filhos e isso lhe concedia uma dignidade humana que abria “ca-minho à emancipação; era a concretização do pensamento da igualdade de todos os seres humanos, o verdadeiro humanismo”. (HORKHEIMER; ADORNO, 1973, p. 141).

Atualmente, os filhos não mais têm o calor do seio familiar, já não são edu-cados com o esmero da mãe e do pai. As crianças ficam sós ou sob os cuidados de pessoas que não são os pais, sejam elas educadores, professores, babás, ir-mãos ou outros.

Muitas vezes, ocorre que os pais chegam a ser estranhos que os susten-tam minimamente ou que para suavizar a perda familiar, os presenteiam não com carinho, mas com coisas materiais.

Quantas vezes se percebe que existem na escola alunos cujos pais não sabem nem ao menos em que série o filho estuda; pais que nunca apareceram no Colégio ou, pior, pais que afirmam que já desistiram de seus filhos.

Adorno afirma que não é de se duvidar que o “inconsciente infantil reaja a tais modificações e de que a vida emocional dos filhos não sofra um congelamen-to, na atmosfera fria da família”. (IBID, p. 142).

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Este “congelamento” de que fala pode ser claramente percebido na escola, no sentido de que os nossos jovens perderam o respeito à família e suas emoções não mais se voltam aos pais, que merecem o seu amor, mas a outros grupos que estão atraindo cada vez mais os alunos. (IBID, mesma página)

Ao continuar a análise da família, Adorno ainda acrescenta que “a delin-quência infantil é indicativo do estado atual da família”. (IBID, p. 143).

É claramente percebido que a família não está conseguindo cumprir com a sua função de aprendizagem e educação, não mais se percebe uma formação pré-adquirida no jovem escolar.

Mas Adorno (IBID, mesma página) nos adverte que mesmo que a família tentasse educar os seus filhos, não conseguiria completamente porque os filhos fogem da educação familiar ao preferirem os valores da vida de fora da família.

O autor acredita que antigamente os pais eram autoritários, mas a esse fato acompanhava-se a doçura materna, fazendo com que os filhos conseguissem refletir e apontar os próprios erros. Desta forma, eram criados homens capazes de um “espírito de independência, de amor à livre escolha e à disciplina interior; ho-mens que sabiam manifestar e praticar tanto a autoridade como a liberdade”. (IBID, p. 144).

Hoje, os jovens apontam a causa de tudo o que acontece à sociedade e aos outros, não assumindo a sua vida, os seus fracassos e defeitos. A liberdade de cada um não se contrapõe à liberdade do outro; assim, o jovem considera ape-nas os direitos e não os deveres. São jovens que têm dificuldade de serem livres sem ultrapassar os limites do outro.

O autor acredita que a “instituição familiar não é temida e nem amada e seus membros são agregados supérfluos” e, também que o pai é “substituído por poderes coletivos, como a classe escolar, o “team” esportivo, o Clube e, por último, o Estado”. (HORKHEIMER; ADORNO, 1973, p. 145). Isso ocorre porque os jovens tendem a submeter-se a qualquer autoridade, seja qual for o seu conteúdo, desde que ela ofereça proteção, satisfação narcisista, vantagens materiais e a possibili -dade de descarregar sobre outros o sadismo; dessa forma, a desorientação in-consciente e o desespero encontram uma cobertura. (IBID, mesma página).

Assim, refletimos sobre a necessidade de trazer os pais à escola, convi-dando-os à participação e ao acompanhamento das atividades escolares de seus filhos, bem como o resgate da responsabilidade enquanto pais, sobre seus filhos, não só no aspecto material, mas principalmente no aspecto humano.

3.17 Tempo EscolarO tempo escolar refere-se ao calendário da instituição, no qual serão

definidas as datas para todas as atividades escolares, como dias letivos, férias, feriados, recessos, datas para avaliações, reuniões técnicas, cursos etc. Define também o número de horas por semana e estipula o número de aulas por professor. O tempo é essencial para a organização do trabalho pedagógico, visando a qualidade do ensino. É preciso tempo para os educadores aprofundarem seus conhecimentos, tanto sobre os alunos quanto sobre o que estão aprendendo. No Colégio, o tempo escolar é dividido em séries que são subdivididas em trimestres. Também há um planejamento das datas de reuniões, conselhos de classe e outros explicitados no calendário escolar.

O processo de decisão quanto aos tempos e espaços tem por finalidade alcançar os objetivos educacionais, de acordo com os interesses da sociedade. É

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preciso criar na escola a gestão participativa que descentraliza o processo de decisão e contribui para a agilização das ações concretas.

A instituição escola materializa hábitos, rituais, valores, condutas no cotidiano, nos espaços e nos tempos, nos calendários, nos níveis e nas séries, nas provas, nas sequências e hierarquias, nas grades e disciplinas... Entretanto, toda essa segmentação e sequenciamento de conteúdos, de alunos e do trabalho dos mestres só foi possível e duradoura porque foi acontecendo em um determinado espaço, o espaço escolar e em um tempo, o tempo escolar. O espaço e o tempo escolares são a materialização e concreção das concepções e práticas modernas de educar. Quando a sociedade e as famílias, os alunos e mestres pensamos a escola, logo pensamos em um lugar e em um tempo. Será na vivência, adaptação ou reação a esses espaços e tempos que nos formamos como profissionais da escola e como alunos... O tempo escolar não apenas contribui para a aprendizagem da cultura do tempo, mas é condição para o ensinar e aprender... (ARROYO, 2004, p.206 - 208)

O sucesso do desempenho escolar do aluno e o bom desempenho profissional do educador dependem de saber organizar adequadamente o “tempo” educacional.

3.18 Relações de TrabalhoAs relações de trabalho deverão estar alicerçadas nas atitudes de

solidariedade, reciprocidade e participação coletiva. Deve-se então, trabalhar para a superação da divisão do trabalho.

Toda a comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos) deve estar unida em prol do desenvolvimento do processo pedagógico e da qualidade de ensino. Mesmo as pessoas que não estão em sala de aula com o aluno, devem estar preparadas e unidas com a equipe pedagógica para a solução dos problemas detectados.

O entrosamento de toda a comunidade escolar torna-se imprescindível para que as metas educacionais propostas na elaboração de uma Proposta Pedagógica sejam alcançadas.

4 ATO OPERACIONALO ato de atribuir à escola a função de veicular e transformar o

conhecimento historicamente produzido nas relações sociais implica considerar a variedade de práticas culturais presentes no contexto escolar e a necessidade dessa instituição buscar, continuamente, o aperfeiçoamento de mecanismos que visem à democratização do saber. Nessa perspectiva, a escola pública, percebendo-se como local de manifestação das contradições sociais, precisa refletir acerca de sua organização e abrir-se integralmente para todos aqueles que a procuram.

4.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA Para que haja gestão democrática, o Colégio busca formas representativas

de participação por meio de Eleição de Diretores, Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF, Grêmio Estudantil. Além disso, mantém contato direto com os pais em reuniões, repassando informações, recebendo críticas e sugestões para melhoria física e pedagógica, aumentando a interação harmoniosa de toda comunidade escolar.

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4.1.1Eleição de DiretoresA eleição para direção do Colégio é realizada de três em três anos (ou

conforme legislação em vigor), no mês de novembro do calendário civil, através da formação de chapa, conforme normas determinadas e enviadas às escolas pela Secretaria Estadual de Educação.

O voto é direto, secreto e facultativo, tendo direito ao voto todos os professores, funcionários, alunos do Ensino Médio, alunos maiores de 16 anos no Ensino Fundamental e pais dos alunos do Ensino Fundamental, cujos filhos tenham menos de 16 anos. (Conforme legislação em vigor).

A eleição é um ato de democracia e o voto, a oportunidade de manifestar a decisão da maioria. A participação de todos é imprescindível para que o dever do cidadão seja cumprido.

4.1.2 Órgãos Colegiados

4.1.2.1 Conselho EscolarO Conselho Escolar é concebido como meio de debate e tomada de

decisões, o qual permite que professores, funcionários, pais e alunos explicitem seus interesses, suas reivindicações.

O Conselho Escolar possibilita a delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes. É um gerador de descentralização.

O presidente do Conselho faz um edital de convocação para eleição de membros de cada segmento com 30 dias de antecedência, antes do término da gestão, durante o período letivo.

A eleição poderá ocorrer mediante voto secreto, aclamação ou outro procedimento. Têm direito a voto os servidores efetivos da escola, pais ou responsáveis por alunos.

Os Conselheiros eleitos cumprirão mandato de três anos, havendo possibilidade de reeleição.

4.1.2.2 Conselho de ClasseO Conselho de Classe é uma instância colegiada que, ao buscar a

superação da organização prescritiva e burocrática, se preocupa com processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, de rever as relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho pedagógico.

O Conselho de Classe guarda em si a possibilidade de articular os diversos segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino, que é o eixo central em torno do qual se desenvolve o trabalho escolar.

Na tarefa de reconstrução da prática avaliativa, cabe ao Conselho de Classe propor e discutir questões didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial como gerador de ideias e como um espaço educativo. É fundamental que os educadores explorem as possibilidades educativas do Conselho de Classe, mesmo enfrentando as adversas condições de trabalho, bem como as exigências burocráticas que têm de cumprir.

O Conselho de Classe é um momento onde a equipe pedagógica da escola deve parar para discutir os problemas que ocorrem em sala de aula e propor para estes, possíveis soluções. Uma vez que o aluno é a razão de ser da

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escola e é ao redor dele que o fazer pedagógico acontece, deve-se discutir aí tudo o que o envolve, como é o caso da avaliação não seletiva, com seus instrumentos diversificados, formas de recuperação previstas em Lei (Art. 13, inciso IV), metodologias diferenciadas para alunos diversos, ou seja, o Conselho de Classe deve ser a instância que possibilita o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo ensino aprendizagem, proposto pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, sendo vedada a comparação de alunos entre si.

Assim, Conselho de Classe é “um instrumento que visa traçar o perfil de cada aluno e do grupo”. (SANT’ANNA, 1995, p. 87) O Conselho de Classe do Colégio Estadual Desembargador Clotário Portugal é dividido em fases: na primeira ocorre o Pré Conselho com os alunos e com os professores. Com os alunos, verificam-se as condições do espaço físico, a merenda escolar, a infra-estrutura, a relação professor- aluno e a aprendizagem, levantando aspectos positivos e aspectos a serem melhorados. Após a verificação com os alunos, os aspectos são repassados e debatidos com todo corpo docente e demais funcionários. Este instrumento tem por objetivo possibilitar aos alunos e professores a reflexão sobre a prática docente, sobre as metodologias utilizadas e sobre o ambiente escolar, uma vez que a escola se constitui em um ambiente democrático.

O Pré Conselho com os professores acontece com o preenchimento da ficha individual por disciplina, série e aluno, realizada pelo professor, onde são assinalados itens referentes ao comportamento e ao rendimento na disciplina. Na referida ficha existe um campo onde podem ser colocadas observações específicas do educando no seu dia-a-dia escolar; portanto o registro do desempenho escolar do aluno não se restringe ao Boletim (nota). Este documento é apresentado e assinado pelos pais ou responsáveis, que podem procurar o professor da disciplina para discutir sobre a mesma na reunião trimestral de pais, professores e alunos. Espera-se que com esse documento, os pais tomem ciência do rendimento na aprendizagem dos filhos, assim como de fatores que podem estar influenciando no desempenho como: deixar de fazer tarefas, não trazer o material para as aulas, negar-se a realizar avaliações em sala de aula. E possam, assim, numa ação colaborativa com a escola, cobrar do filho seus deveres junto às atividades escolares.

Em uma segunda fase, ocorre o Conselho de Classe propriamente dito, em uma reunião com os professores, equipe pedagógica e direção; onde são debatidas as dificuldades que se apresentam em sala de aula e apontadas as possíveis soluções e direcionamentos necessários.

Após o Conselho de Classe, a escola realiza o Pós-Conselho, para apresentar aos alunos e professores as questões levantadas no Pré-Conselho e Conselho de Classe, analisando com esses os procedimentos necessários para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

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4.1.2.3 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)A Associação de Pais, Professores e Funcionários é uma instância

colegiada auxiliar, que tem como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-escola-comunidade.

A APMF deverá exercer a função sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração.

A participação de pais, professores, alunos e funcionários, por meio da APMF, dará autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que concerne às atividades curriculares e culturais, à elaboração do calendário escolar, horário de aulas, dentre outros assuntos escolares. Enfim, participará da definição da política global da escola.

As eleições realizam-se bianualmente, podendo ser reeleitos por mais dois mandatos.

Convoca-se uma assembleia geral, para que seja escolhida a Comissão Eleitoral, composta por presidente,secretário e suplentes, sendo que os cargos devem ser preenchidos por pais, mestres e funcionários, paritariamente.

Os apuradores da eleição não fazem parte de nenhuma chapa e podem ser acompanhados por um fiscal indicado por cada chapa.

Durante a Assembleia Geral são apresentadas as chapas concorrentes, devendo ter no mínimo uma chapa.

O pleito será realizado por voto secreto e direto, sendo considerada vencedora a chapa que obtiver maior número de votos válidos, não sendo computados votos brancos ou nulos.

Ocorrendo empate haverá uma nova votação entre as chapas. Quando há apenas uma chapa, o pleito será realizado por voto secreto ou aclamação durante Assembleia Geral, convocada para determinado horário com 50% mais um de votantes presentes e, segunda convocação após meia hora, com o número de no mínimo 20 votantes.

A Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal eleitos tomarão posse imediatamente após a apuração.

4.1.2.4 Grêmio Estudantil O Grêmio Estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o

interesse do aluno, para além da sala de aula.Em 1985, por Ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos Grêmios

Estudantis ficou assegurado pela Lei 7.398, como entidades autônomas de representação dos estudantes.

A consciência dos direitos individuais vem acoplada à ideia de que estes se conquistam numa participação social e solidária.

O Grêmio Estudantil é um órgão independente da Direção da escola e compete aos educandos organizá-lo, estabelecendo seu estatuto.

Como entidade representativa, deve ser um mecanismo democrático que desenvolve atividades culturais e esportivas e organiza reivindicações.

O Grêmio não tem caráter político-partidário, religioso, racial e também não deve ter fins lucrativos.

São elegíveis para os cargos da Diretoria todos os brasileiros natos ou naturalizados matriculados e frequentando, sendo que o aluno elegível para o cargo de presidente não pode estar cursando o 3º ano do Ensino Médio. Serão

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considerados eleitores todos os estudantes matriculados e frequentes. O voto será direto e secreto, sendo que a votação será realizada em local previamente escolhido pela Comissão Eleitoral e aprovado pela Direção do Estabelecimento, no horário normal de funcionamento de cada turno.

4.1.2.5 Representante de turmaA cada início do ano letivo, ocorre a eleição dos representantes de turma.

Cada turma votará através do sociograma, em três alunos da própria classe, para a função. Os nomes dos três alunos mais votados serão apresentados aos professores da turma em questão, que escolherão um dos três nomes. Caso haja algum impedimento do exercício da função, pelo aluno escolhido, um dos alunos indicados poderá assumir.

Se durante o ano letivo acontecer algum empecilho ou necessidade de mudar o representante, nova votação será realizada.

4.2 Comunidade Escolar

4.2.1Reuniões com pais, alunos e professoresNo início de cada ano letivo, os pais e alunos participam de uma

reunião, na qual são esclarecidas normas sobre o funcionamento do Colégio, detalhando o Regimento Escolar, sendo priorizado o Sistema de Avaliação.

Ao final de todos os trimestres, os pais e alunos reúnem-se com os professores da turma para debaterem o processo de ensino-aprendizagem, ficarem cientes dos progressos e dificuldades de seus filhos, bem como esclarecerem dúvidas sobre as normas do Colégio.

Este momento também é utilizado para estudos de textos de formação sobre temas de interesse dos pais como educação dos filhos, relacionamento entre pais e filhos, entre outros.

Durante o trimestre, ao perceber a dificuldade de aprendizagem dos alunos, os pais são chamados para que sejam tomadas medidas que visem à melhoria da aprendizagem do aluno.

O Colégio também organiza, durante o ano letivo, diversas oportunidades para maior conhecimento dos pais sobre diversos assuntos, como palestras realizadas por especialistas em educação, psicologia, parapsicologia e outras áreas.

Além destas oportunidades de encontro, o Colégio mantém sempre o diálogo com os pais dos alunos em qualquer momento durante o ano letivo, através do atendimento direto com as pedagogas; as quais repassam as informações sobre o desempenho escolar dos filhos e auxiliam nos encaminhamentos necessários a especialistas e autoridades competentes, quando necessário.

4.3 ACÕES DIDÁTICO PEDAGÓGICAS

4.3.1Projeto de LeituraRealizado todos os dias nos primeiros 15 minutos de aula, todos os alunos e

professores fazem um momento de leitura. Os livros utilizados normalmente são de literatura da biblioteca do Colégio. Este momento tem por objetivo incentivar o gosto pela leitura e aprimorar o vocabulário dos alunos.

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O Projeto está sendo realizado há dez anos e comprova a melhoria dos alunos na ampliação de seu vocabulário, correção na escrita, melhoria na forma de se expressar, maior compreensão e conseqüente melhora na interpretação de textos e aumento da cultura literária.

Para incentivar ainda mais a leitura e despertar a curiosidade pelas obras, são realizadas feiras de livros no Colégio; esses podem ser novos ou usados (adquiridos de Sebos, onde é possível adquirir bons livros por preços bem acessíveis).

4.3.2Projeto Viva EscolaO Projeto Viva Escola foi aprovado pela SEED em 2009, com o objetivo de

incentivar a vivência dos nossos alunos na área ambiental, por meio de atividades teóricas e de práticas ambientais que venham estimular a formação pessoal e profissional dos alunos. Essas atividades possuem ênfase em dois setores do Turismo – Turismo Rural e Ecoturismo.

Sendo assim, o Projeto Monitores Ambientais foi elaborado com o intuito de sensibilizar os educandos sobre os diferentes processos ecológicos responsáveis pela manutenção da vida na Terra e sobre a importância de medidas ambientalmente corretas para a conservação e preservação dos recursos naturais, imprescindíveis para a qualidade de vida das espécies.

As atividades são desenvolvidas no contraturno, uma vez por semana pelo período de 4 horas.

Todas as informações e atividades realizadas podem ser vistas no Site: web.me.com/sobania/Site_10/monitores_Ambientais.html

4.3.3CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna A aprendizagem da Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar

a auto-percepção do aluno como ser humano e como cidadão. O professor, dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do aluno, praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é de suma importância para sua plena realização. Para tanto, devemos considerar os fatores que orientam o ensino de Língua Estrangeira Moderna: fatores relativos à história, às comunidades locais e à tradição, sendo necessária uma visão sócio interacionista da linguagem e da aprendizagem. Nesse processo então, é determinante o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história.

Para que essa natureza sócio interacional seja possível, o aluno utilizará de conhecimentos sistêmicos e de organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do significado, via língua estrangeira. Tudo isso fará com que o aluno desenvolva letramento crítico e saiba como a linguagem é usada no mundo social. O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e construir significados.

Essa atividade foi iniciada neste ano letivo e terá duração de dois anos com quatro horas/aula semanais, atendendo nos turnos da manhã e da tarde.

4.3.4 Sala de Apoio(...) “ há problemas sociais que demandam soluções educacionais...” ( SAVIANI, 1991)

Considerando a citação acima, a escola sente a necessidade de 37

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oportunizar meios que levem o aluno a seu pleno desenvolvimento, não se preocupando apenas com conteúdos ao longo do ano letivo, mas, com requisitos básicos que proporcionem ao educando saber buscar o conhecimento e ampliar sua cultura geral, livrando-o do analfabetismo funcional.

A sala de apoio tem demonstrado resultados fabulosos, pois a ênfase do trabalho dos profissionais que assumem essa atividade está na metodologia diferenciada a partir da qual o trabalho é desenvolvido e na apurada percepção das falhas ou lacunas de aprendizagem que os educandos apresentam. Ela proporciona, a alunos de 5ª série, no contra turno, atividades escolares diferenciadas nas Disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

As aulas ocorrem duas vezes por semana (4 horas/aulas) no período do contra turno com rotatividade de alunos, procurando atender ao maior número possível de educandos, com qualidade e real superação das dificuldades apresentadas. Percebe-se que os alunos que frequentam assiduamente obtêm resultados significativos em várias disciplinas.

4.3.5 Atividades ExtraclassesOs professores planejam, sempre que possível, aulas de campo, visitas a

empresas, museus, áreas de reservas ambientais e outras que possam interligar a teoria apresentada em sala de aula com o dia-a-dia. Assim o aluno pode assimilar concretamente os conteúdos socialmente construídos pelo homem e a importância da preservação do meio ambiente.

4.3.5.1 Exposições TemáticasDurante todo o ano letivo, diversas disciplinas expõem seus trabalhos

internamente, durante os recreios aos próprios alunos e pais convidados, apresentando os vários conteúdos desenvolvidos em sala, de forma dinâmica e alegre. São apresentados cartazes, releitura de obras, maquetes, máscaras, desenhos, organizações de espaços temáticos, etc.

4.3.5.2 Feira de Ciências, Cultura e ArteRealizada com o Ensino Fundamental e Médio, no segundo semestre,

envolve todas as disciplinas.Os trabalhos realizados durante todo o ano letivo são expostos durante a

Feira, que é aberta a toda comunidade.O objetivo é de que os educandos proponham suas ideias de criação

baseadas nos conteúdos disciplinares. Pesquisem, analisem cientificamente sobre os projetos; desenvolvam, aprimorem, aperfeiçoem. A partir daí construam materiais e os apresentem, com fundamentação teórica e criatividade.

Incentiva pais e comunidade a participarem da escola, integrando ainda mais toda a comunidade escolar e valorizando todo o empenho e iniciativa de nossos adolescentes e crianças.

4.3.5.3 Comemorações CívicasO Colégio procura favorecer uma conscientização do amor à nação e

reconhecimento dos atores sociais que lutaram pelos avanços da nação brasileira, não somente os “heróis”, mas cada uma das pessoas integrantes da história do nosso país.

Há uma valorização e compreensão da importância de nossa história e de

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nossas raízes.Todas as semanas do ano letivo há a entoação dos Hinos Pátrios pelas

turmas do Ensino Fundamental e Médio, em suas salas de aula. Também ocorre a organização de apresentações em datas cívicas.

4.3.5.4 Gincana Cultural-Desportiva e Atividades DesportivasEnvolve atividades que visam desenvolver a socialização, organização,

integração e confraternização - com participação de pais, professores e alunos. As atividades são organizadas de maneira que os alunos se envolvam em clima de descontração e integração, visando incorporar atitudes de coleguismo, amizade, competição saudável, cuidado com o meio ambiente e valorização do ensino. São realizadas: gincanas, atividades desportivas, torneios, escolha da Garota Estudante, entre outras atividades.

Os alunos participam dos Jogos Escolares Municipais e Estaduais; são treinados pelos professores na prática esportiva, como também são preparados para a competitividade saudável, respeitando a todos os envolvidos nos Jogos Escolares (adversários) e à Legislação em vigor, pertinente às modalidades desportivas em que participam.

O Colégio, através do empenho e dedicação de seus professores e alunos que se preparam com empolgação e disciplina nos treinamentos, incentivados a fazer história, tem obtido resultados satisfatórios, tornando-se há alguns anos campeão e vice em atividades desportivas variadas.

4.4 Educação InclusivaEducação especial como modalidade de educação escolar significa um tipo

de educação que se dá na escola. Educação especial como “modalidade de educação escolar, é considerada

como um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternativas de atendimento.” (BRASIL/SEESP/MEC, 1996). Conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que podem facilitar não só os alunos identificados com necessidades educacionais especiais, mas a todos os alunos que se sentirem favorecidos por “currículos, métodos, recursos educativos e organizações específicas para atender às suas necessidades” (LDB 9394/96, Art. 59, I), assim como métodos, técnicas e recursos desenvolvidos com a finalidade de favorecer o acesso ao conhecimento.

A Educação Inclusiva se caracteriza como uma política de justiça social que alcança alunos com necessidades educacionais especiais, tomando-se aqui o conceito mais amplo que é o da Declaração de Salamanca.

O princípio fundamental desta Linha de ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas, que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas. (Declaração de Salamanca, 1994, p.17-18)

No Brasil, existem muitas controvérsias quanto à lógica de implantação da Educação Inclusiva nas escolas de ensino público e particular. Uma diversidade

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social contraditória que tem evidenciado desinformação, preconceitos e a produção de novos tipos de exclusão. Na verdade, o que a nova legislação brasileira propõe é uma educação especial com ênfase na inclusão, dando margem a que os sujeitos com necessidades educacionais especiais possam escolher entre serem encaminhados à escola regular ou às instituições especializadas, agora com a oferta de escolarização, conforme suas necessidades e desejo.

A Educação Inclusiva é uma prática inovadora que está enfatizando a qualidade de ensino para todos os alunos, exigindo que a escola se modernize e que os professores aperfeiçoem suas práticas pedagógicas. É um novo paradigma que desafia o cotidiano escolar brasileiro. São barreiras a serem superadas por todos: profissionais da educação, comunidade, pais e alunos. E nós ainda precisamos aprender mais sobre a diversidade humana a fim de compreender os modos diferenciados de cada ser humano: ser, sentir, agir e pensar.

O Colégio já recebe alunos com necessidades educativas especiais (mentais e físicos), dando apoio aos alunos e professores conforme a necessidade. Até mesmo já realizou campanhas de arrecadação de fundos para ajudar na compra de cadeira especial para um dos alunos, no período pós cirurgia. Porém, enquanto a mantenedora e a SEED não promoverem capacitação, adequação de número de alunos por turma e professor especializado que acompanhe o aluno com outras necessidades educativas especiais além das já citadas, em sala de aula regular, o Colégio apresenta dificuldades em dispor de condições adequadas para atendê-los.

4.5 Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização HospitalarO Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (SAREH)

objetiva o atendimento educacional aos educandos que se encontram impossibilitados de frequentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar desponta como inovador e excepcional, observando-se a necessidade de formular propostas e aprofundar conhecimentos teóricos e metodológicos, com vistas a, efetivamente, atingir o objetivo de dar continuidade ao processo de desenvolvimento psíquico e cognitivo de crianças e jovens hospitalizados. Tem por objetivo também a elaboração de uma política voltada para as necessidades pedagógico educacionais e os direitos à educação e à saúde dos educandos que se encontram em particular etapa da vida, tanto em relação ao crescimento e desenvolvimento, quanto em relação à construção de estratégias sócio interativas para o viver individual e em coletividade.

Em sua prática pedagógico educacional diária, as classes hospitalares visam dar continuidade ao ensino dos conteúdos da escola de origem do educando e/ou operam com conteúdos programáticos próprios à faixa etária destes educandos hospitalizados. Prática essa que os leva a sanar dificuldades de aprendizagem e/ou a oportunidade de aquisição de novos conteúdos intelectivos.

A possibilidade de atendimento em classes hospitalares serve à manutenção das aprendizagens escolares, ao retorno e à reintegração da criança ou jovem ao seu grupo escolar, e como acesso à escola regular na rede de ensino.

Quando a ausência da criança na escola decorre de sua história de

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adoecimento e tratamento hospitalar, a frequência à classe hospitalar surge como incentivo à criança e à família, que passam a buscar a escola regular após a alta hospitalar.

Dispor de atendimento educacional no hospital, mesmo que por um tempo mínimo, tem caráter fundamental para a criança hospitalizada. Uma vez que este tipo de atendimento possibilita ao aluno sentir-se parte de um sistema estruturado com igualdade de condições para o acesso ao conhecimento, mantendo seu vínculo com sua realidade fora do hospital, assegurando seu desenvolvimento intelectual. Além disso, é sabido que este processo de escolarização auxilia na recuperação, diminuindo o estresse causado pela situação da doença, ocupando o tempo ocioso e possibilitando, inclusive, redução no período de internação.

4.6 Cultura africana e afro-brasileiraO elemento negro foi para a população brasileira de fundamental

importância.É relevante que se entenda que a sociedade brasileira foi formada por

diferentes grupos étnicos sociais, com cultura e história própria. A valorização da história dos povos africanos e de sua cultura na construção histórico-cultural brasileira poderá ser uma forma para se chegar à superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros são comumente tratados.

A escola deve contemplar ações educativas de combate ao racismo e às discriminações, destacando atuação dos negros na construção econômica, social e cultural da nação em diferentes áreas do conhecimento e de atuação profissional, de criação tecnológica e artística de luta social.

4.7 EstágioEstágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente

de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (Art. 1º - Lei Federal 11.788 de 25/09/2008.)

Os alunos do Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal”, poderão realizar estágio não obrigatório, como determina a Lei 11.788/2008.

4.8 Agenda 21 A humanidade está diante de uma crise profunda de dimensões sociais,

econômicas, ambientais, culturais e políticas, sem precedentes. Esse desenvolvimento rápido e globalizado sacrifica recursos naturais em uma velocidade tal que não há tempo suficiente para a reposição natural dos mesmos. O desenvolvimento sustentável é um meio pelo qual podemos causar menos impacto, conservando nossa fonte de recursos naturais e promover a vida em todas as suas manifestações e aspectos.

A Agenda 21 Escolar tem como objetivo buscar soluções e agendar ações que visam minimizar/ resolver os problemas ambientais da Comunidade Escolar, a curto, médio e longo prazo. Tem um caráter interdisciplinar, estando relacionado aos conteúdos escolares.

A Agenda 21 Escolar será implementada efetivamente no Colégio no ano letivo de 2010, resgatando ações já propostas por docentes e implementando

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outras ações percebidas através da realidade da comunidade escolar local. O Colégio participará do Fórum Permanente de Discussões, no qual serão previstas as ações necessárias para os problemas levantados.

4.9 Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEPAtravés da Instrução N.º 02/10 será implementado no Colégio o PEP, que

prevê a preparação dos profissionais que atuam nas Escolas, bem como seu corpo discente a executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de riscos nas escolas.

Além da organização estratégica de como agir em situações críticas, a gestão escolar organizará atividades de conscientização, preparo para o enfrentamento das situações, abordando temas específicos que serão desenvolvidos com toda comunidade escolar. Além disso, incluirá em sua rotina, planos de evacuação, organograma institucional, aquisição de materiais e equipamentos necessários e simulações (anexo 4).

4.10 Novas tecnologiasAtividades docentes e discentes envolvendo práticas pedagógicas voltadas

às tecnologias.Através do Programa Paraná Digital e ProInfo, os professores poderão:

• Planejar suas aulas.• Realizar grupos de estudos, capacitações de Informática Pedagógica.• Consultar e publicar “Objetos de Aprendizagem Colaborativa” – OAC.• Participar de cursos à distância, possibilitando mais uma forma de

realização na sua formação continuada.• Realizar comunicações instantâneas.• Acessar o Portal Dia-a-Dia Educação.Os laboratórios são montados em estrutura de quatro monitores para uma CPU

e administrados por sistema remoto de manutenção e acompanhamento de uso, sistema operacional em Linux e por fibra ótica. Nos laboratórios, os professores têm acesso a conteúdos disponibilizados no Portal Dia-a-dia Educação e podem produzir conteúdos e objetos de aprendizagem que possibilitem novos movimentos na prática docente.

Os professores podem organizar suas aulas via computador para apresentá-las aos alunos no próprio Laboratório, levando-os a interagirem com a programação educacional elaborada.

4.11 TV Pendrive É uma mídia de integração de conteúdos para utilização pedagógica. O

projeto prevê televisores de 29’, com entradas para cartão de memória e pen drive para cada professor. Permite a apresentação de imagens, sons e vídeos, por intermédio de um dispositivo denominado pen drive, conectado à entrada USB do aparelho. A TV Pendrive viabiliza a integração dos conteúdos veiculados em mídia televisiva pela TV Paulo Freire aos conteúdos disponibilizados via web, por meio do portal Dia-a-dia Educação. Ainda integra aqueles conteúdos produzidos em mídia impressa, abrindo oportunidades de uso de recursos tecnológicos de forma pedagógica. Os professores podem, utilizando o pen drive, salvar objetos de aprendizagens a serem utilizados em sala de aula. Esses objetos são recursos que complementam o processo de ensino-aprendizagem e estão disponíveis no

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colégio.

4.12 Novas tecnologiasAtividades docentes e discentes envolvendo práticas pedagógicas voltadas

às tecnologias.Através do Programa Paraná Digital e ProInfo, os professores poderão:

• Planejar suas aulas.• Realizar grupos de estudos, capacitações de Informática Pedagógica.• Consultar e publicar “Objetos de Aprendizagem Colaborativa” – OAC.• Participar de cursos à distância, possibilitando mais uma forma de

realização na sua formação continuada.• Realizar comunicações instantâneas.• Acessar o Portal Dia-a-Dia Educação.

Os laboratórios são montados em estrutura de quatro monitores para uma CPU e administrados por sistema remoto de manutenção e acompanhamento de uso, sistema operacional em Linux e por fibra ótica. Nos laboratórios, os professores têm acesso a conteúdos disponibilizados no Portal Dia-a-dia Educação e podem produzir conteúdos e objetos de aprPortal Dia-a-dia Educação.

4.13 TV Paulo FreireÉ um recurso midiático que contempla, em sua grade, programas gravados e

ao vivo, voltados para a formação continuada a distância. Essa mídia possibilita o envolvimento de grande número de professores e profissionais da educação, de forma dinâmica, na programação e debate de temas importantes para a educação do Paraná. A TV Paulo Freire também disponibiliza vídeos educativos no Portal Dia-a-Dia Educação. A incorporação da mídia televisiva, como fonte de aprendizagem e formação, não exclui outras práticas comunicativas utilizadas pela escola.

4.14 Portal Dia-a-dia EducaçãoO Portal implantou um novo modelo de aprendizagem colaborativa, para a

valorização dos saberes escolares. Essa mídia oferece subsídios que permitem a pesquisa, a inserção de conteúdos educacionais e a troca de experiências entre os educadores. Os textos produzidos pelos professores, no âmbito do projeto Folhas, fazem parte do processo do processo de formação continuada e de valorização dos profissionais da educação, constituindo conteúdo importante do portal. Da mesma forma, no Ambiente Pedagógico Colaborativo – APCs, encontram-se os Objetos de Aprendizagem Colaborativa – OACs, que são o resultado da reflexão dos professores sobre sua prática pedagógica.

O Portal, que contempla páginas para o aluno, para o professor e para a comunidade, disponibiliza ainda textos narrados, entrevistas, músicas, filmes, documentários, animações, fotos, mapas, charges, simuladores, gráficos, entre outros recursos, para complementar e apoiar o processo de ensino-aprendizagem. Esses recursos podem ser salvos no pen drive do professor e utilizados no televisor em sala de aula.

4.15 CâmerasAs câmeras instaladas representam segurança e tranquilidade para a

comunidade escolar, permitem o acompanhamento das atividades desenvolvidas

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em toda a escola, no decorrer do período letivo, bem como nos momentos de lazer, recreios e turnos ociosos do Colégio, protegendo assim os frequentadores da Escola e o Patrimônio Público.

4.16 Programa de Educação FiscalInclusão do Programa de Educação Fiscal, atendendo o princípio da

universalidade, considerando a diversidade e a transparência para viabilizar o financiamento técnico e financeiro no Colégio.

5 Organização Curricular

5.1 Ensino FundamentalSão justamente os alunos da escola pública que vêm sofrendo com os

impactos do desemprego e a falta de qualificação adequada.Percebe-se, então, a importância de se investir em uma escola que atenda as

aspirações e necessidades de toda a comunidade na qual a escola está inserida.Para que isto se torne realidade, é preciso que haja uma comunicação

constante e qualificada da instituição de ensino com a comunidade para que o currículo seja construído coletivamente, baseado nos anseios e receios da comunidade escolar.

Este currículo deve ser discutido de forma que possa distinguir-se o “essencial e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório”. Enfim, deve-se priorizar o clássico que é aquilo que se fundamentou como essencial. Deve-se, então, “se constituir num critério útil para a seleção dos conteúdos do trabalho pedagógico”. ( SAVIANI, 1994, p. 24 ).

Outro aspecto a ser refletido é sobre as descobertas das formas adequadas de desenvolvimento do trabalho pedagógico, a organização dos meios (conteúdos, espaço, tempo e procedimentos).

Tudo isso deve ser analisado tendo em vista que “a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado. Não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado.” (SAVIANI, 1994, p. 25 ).

Em uma proposta político pedagógica progressista o olhar do educador volta-se para toda a comunidade escolar, inclusive e principalmente para as classes populares, efetivando a construção do conhecimento sistematizado de forma criativa, espontânea, prazerosa, comprometida e contextualizada para que o aluno seja co responsável no processo ensino-aprendizagem.

Para que isso seja possível, o currículo deve ser considerado como “o conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola”. (SAVIANI, 1994, p. 27) Essas atividades nucleares não poderão ser vistas fragmentadas, mas interdisciplinarmente.

O Ensino Fundamental será organizado em séries anuais, com médias trimestrais, conforme consta no Sistema de Avaliação do Colégio.

O Ensino Fundamental está organizado em 800 horas, distribuídas em no mínimo 200 dias letivos. Estas 800 horas estão distribuídas em 25 horas semanais.

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5.1.1LÍNGUA PORTUGUESA Apresentação da disciplina

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de organizado o sistema de ensino. A formação da nação brasileira deve à língua muito da sua identidade. Nesse aspecto, tencionando o uso culto da língua, emergem, no nível popular/coloquial, práticas de língua que definem muitos aspectos da tradição que, hoje, correm o risco de desaparecer sob os influxos da indústria cultural massiva.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da Língua Portuguesa no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sobre a forma das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871, foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando, iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um processo de democratização” do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores. Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes.

Em 1971, o ensino voltou-se à qualificação para o trabalho, decorrente da Pedagogia Tecnicista, que pautava o ensino de Língua Portuguesa em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

A partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin, o ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

Para o ensino da Literatura, vigorou a predominância do estudo das antologias literárias. Até as décadas de 1960 e 1970, a leitura do texto transmitia a norma culta da língua com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Com a tentativa de romper essa prática, a abordagem do texto literário passou a centrar-se numa análise literária simplificada, a partir do estudo dos elementos da narrativa.

Quanto ao texto poético, adotava-se a análise da sua estrutura formal: rimas, escansão, etc. A historiografia literária excluía o aluno de um papel ativo no processo de leitura, deixando de estimular a reflexão crítica.

Pensar o ensino da Língua Portuguesa/Literatura atualmente significa pensar numa realidade que permeia todos os atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha onde quer que estejamos. A linguagem surge como uma necessidade para nos organizar em sociedade, acompanhando a evolução histórica acelerada; organizar a experiência e o conhecimento humano, no domínio da natureza e da necessidade social, portanto, é um fato eminentemente social.

A Língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. Sendo assim, temos que oportunizar: Prática da Leitura - como processo de busca de si mesmo, de sentidos e de interações com o mundo, com o autor, levando em consideração o espaço que ele está inserido. Prática de oralidade e de escrita – baseado no domínio da Língua Oral e valorizando os diferentes falares, que o aluno adquire a

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confiança para a produção do texto escrito. Deve-se despertar no aluno a motivação pelo ato de escrever e falar, oferecendo as diversas possibilidades de organização textual e de situações reais de uso da fala. Prática da Reflexão ou Análise Linguística – valorizar o conhecimento prévio, tendo em vista que o aluno é um ser social, portanto a escola tem como função, estruturar esse conhecimento adquirido, de forma criativa e reflexiva, envolvendo aspectos discursivos, estruturais e ortográficos.

Posto isso, o ensino da Língua não pode ser apenas o estudo da gramática, mas sim, a partir das práticas discursivas, despertar o senso crítico, o valor da boa comunicação e dar as mesmas oportunidades a todos. Desta forma, se torna possível propiciar um processo de ensino-aprendizagem de acordo com as situações reais vividas em sala de aula, levando-se em conta a maneira pela qual a língua é produzida e, a partir deste contexto, levar os educandos a um desenvolvimento que lhes permita o contato da Língua como um organismo vivo que se desenvolve e se transforma, contrário a algo fixo e pronto.

O ensino da Língua Portuguesa/Literatura propõe desafios na elaboração de uma prática pedagógica que se efetive através da organização do pensamento e da implementação da comunicação, pois é pela compreensão e uso das linguagens que é possível a prática coletiva e a troca de informações, tão necessárias ao acúmulo de experiências vividas socialmente, sendo fator fundamental na elucidação da realidade.

Nesse contexto, é fundamental destacar a prioridade da Língua Portuguesa como língua materna, pois a língua é significação, representação que se materializa através de signos sonoros e gráficos em diferentes linguagens. Assim, a Língua Portuguesa não só será complementada pelas outras disciplinas, mas também as complementará, havendo interdisciplinaridade.

É relevante também reconhecer que a Língua Portuguesa vem transformando-se através do tempo, e sofreu influências de outras línguas e culturas como a Africana e a Indígena. Com base na Lei nº 11645/08, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá sobre a influência e importância da história e cultura afro-brasileira e indígena, abordará a história do Paraná quando estudar sobre autores paranaenses, conforme Lei nº 13381/01, e abrangerá textos sobre o meio ambiente de acordo com a Lei nº 9795/99.

O ensino de Literatura, dentro da disciplina de Língua Portuguesa, faz a ponte entre a prática da leitura e o enriquecimento cultural, no momento em que se faz a contextualização das obras. Com isso, permite ampliação e crescimento linguístico, e a leitura de mundo se amplia. Visa também formar o hábito de leitura no aluno, desenvolvendo a sua imaginação, criatividade e percepção do real e do imaginário, o lúdico, ou seja, trazendo sabor ao saber.

O texto literário, nas suas diversas formas, constitui um meio peculiar de representação em que se estimula a imaginação e a intenção dos autores.

Objetivos gerais• Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, bem como descobrir as intenções que estão implícitas no discurso cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes

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textuais e o contexto de produção-leitura;• Refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de

forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto, desenvolvendo também a capacidade de autoavaliação;

• Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação com consciência, na escola, no trabalho e em outros contextos da sua vida;

• Desenvolver e aprimorar as capacidades de, principalmente, ler o mundo, e assim representá-lo em diferentes contextos;

• Aprimorar o senso crítico do aluno em relação aos textos, levando-o a compreender e avaliar a realidade;

• Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte;

• Valorizar as variedades linguísticas, bem como as diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos;

• Ver na leitura as possibilidades de expressão da cultura de um povo;• Trocar impressões e informações com outros leitores bem como com outras

leituras;• Possibilitar espaços dedicados à leitura;• Resgatar, por meio de elementos fornecidos pelo texto, valores humanos e

aplicá- los no dia-a-dia;• Valorizar a cultura afro-descendente e indígena, o meio ambiente e a

história do Paraná.

Conteúdo EstruturantePara o ensino de Língua Portuguesa enfoca-se o discurso como prática

social, para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e escritos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações sociais.

Conteúdos Básicos 5ª sérieLeitura:

• Identificação do tema;• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte,

intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas;• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• Inferências;• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor

expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com os sinais de pontuação;

• Conhecer os conceitos básicos de Literatura;• Reconhecer o Folclore como parte da cultura.

Oralidade:• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos, acontecimentos,

situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

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exposição de ideias;• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e

contexto;• Uso de recursos coesivos;• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

Escrita:• Adequação ao tema: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;• Argumentação;• Paragrafação;• Clareza de ideias;• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita:• Coesão e coerência;• Pontuação e seus efeitos de sentido;• Recursos gráficos: sílaba e divisão silábica;• Siglas e abreviaturas;• Uso do dicionário;• Gírias;• Frase e oração;• Tipos de frase;• Relação entre fonema e grafema;• Função do sujeito e do predicado;• Função das classes gramaticais;• Alguns procedimentos de concordância nominal e verbal e conjugações

verbais;• Ortografia e acentuação;• Introdução às figuras de linguagem.

Gêneros discursivos sugeridos:• Contos•Histórias em quadrinhos• Entrevista (oral e escrita)• Receitas• Carta• Poemas

6ª sérieLeitura:

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas.

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• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor

expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com os sinais de pontuação;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal;

• Texto e linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;• Pesquisar biografia e bibliografia de autores paranaenses.

Oralidade:• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos, acontecimentos,

situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na exposição de ideias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Coerência global do discurso oral;• Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;• Particularidades dos textos orais.

Escrita:• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Argumentação;• Paragrafação;• Coerência e coesão;• Paráfrase;• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita:• Discurso direto e indireto;• Função das classes gramaticais;• Pontuação e seus efeitos de sentido;• Recursos gráficos;• Acentuação gráfica;• Valor sintático e estilísticos dos modos, tipos e tempos verbais;• Representação do sujeito no texto;• Neologismo;• Figuras de pensamento;• Concordância verbal e nominal;• Semântica;• Ortografia, encontros vocálicos, consonantais e dígrafos.

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Gêneros discursivos sugeridos:• Causos• Literatura de cordel• Entrevista (oral e escrita)• Anúncio• Carta de reclamação• E-mail

7ª sérieLeitura:

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor

expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com os sinais de pontuação;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal;

• Texto e linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia, intencionalidade, • informatividade, marcas linguísticas;• As diferentes vozes sociais representadas no texto;• Reconhecer o folclore brasileiro ressaltando a regionalidade, principalmente

a cultura paranaense.Oralidade:

• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na exposição de ideias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Coerência global do discurso oral;• Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;• Particularidades dos textos orais.

Escrita:• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Argumentação;• Paragrafação;• Coerência e coesão;• Paráfrase;

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• Refacção textual.Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita:

• As formas nominais do verbo;• Verbos regulares, irregulares e auxiliares;• Período simples e composto;• Sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo;• Predicado verbo-nominal;• Verbos com particípios duplos;• Vozes do verbo;• Imperativo;• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;• Conotação e denotação;• A função das conjunções na conexão de sentido do texto;• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...);• Função das classes gramaticais;• Recursos gráficos;• Acentuação gráfica;• Figuras de linguagem;• Pontuação;• Procedimentos de concordância verbal e nominal;• Estrangeirismos;• As conjugações verbais;• Complemento verbal e nominal;• Ortografia.

Gêneros discursivos sugeridos:• Biografias• Fábulas• Lendas• Memórias• Artigo de Opinião• Cartum• Charge• Crônica• Notícia• Reportagens• Bulas

8ª sérieLeitura:

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor

expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com os sinais de pontuação;

• Informações implícitas em textos;• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

informal;

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• Texto e linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;• Estética do texto literário;• Introdução à Literatura Universal e Escolas Literárias.

Oralidade:• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos, acontecimentos,

situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na exposição de ideias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Argumentação;• Variedades linguísticas;• Paragrafação;• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;• Intencionalidade do texto oral;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

Escrita:• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;• Argumentação;• Resumo de textos;• Paragrafação;• Intertextualidade;• Paráfrase;• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando pela Leitura, Oralidade e Escrita:• Conotação e denotação;• Coesão e coerência textual;• Vícios de linguagem;• Semântica;• Função das classes de palavras;• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;• Recursos gráficos;• Estrangeirismos, neologismos, gírias;• Concordância nominal e verbal;• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;• Função das conjunções coordenativas e subordinativas;• Termos da oração;• Coordenação e subordinação nas orações do texto;• Estrutura das palavras; • Formação das palavras;• Radicais, prefixos e sufixos;

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• Crase;• Orações reduzidas;• Figuras de linguagem, construção e pensamento;• Regência verbal e nominal;• Ortografia e acentuação.

Gêneros discursivos sugeridos:• Carta ao leitor• Editorial• Resenha• Sinopse• Resumo

MetodologiaO aluno estará inserido nas práticas de leitura, produção (oral e escrita) e

reflexão. Nas aulas de Língua Portuguesa, o trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais, através de análise linguística.

A base de todo o ensino da Língua Portuguesa se constitui no trabalho com textos de diferentes gêneros textuais. O professor proporcionará situações de contato com visões do real e do imaginário, para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, sua criatividade e capacidade linguística.

Por isso, o aluno deve ter contato com uma variedade de textos: literário, informativo, publicitário (linguagem verbal e não verbal), dissertativo, entre outros, desafiando a percepção com a intertextualidade e com diferentes linguagens. Nesse sentido, faz-se necessário que o professor tenha consciência do seu papel, para despertar no aluno que a linguagem é uma forma de atuar, de influenciar, de intervir no comportamento alheio.

Na prática da leitura deve-se reconhecer a intencionalidade do texto, ler as linhas, entrelinhas e além das linhas, considerando o contexto vigente, promovendo assim a interação e a compreensão da sociedade com o contexto escolar. Deve-se também utilizar materiais gráficos diversos para interpretação de textos. Desenvolver o diálogo sobre textos lidos e a valorização da literatura e de outras culturas, desenvolvendo o interesse por ambos.

Na oralidade, o professor deve apresentar textos produzidos pelos alunos, fazer contação de histórias, narração de fatos reais ou fictícios, seleção de discurso de outros, análise dos recursos próprios da oralidade e orientação sobre o contexto social do gênero trabalhado.

Na escrita, o professor deve desenvolver atividades de discussão sobre o tema a ser produzido, seleção do gênero, finalidade e interlocutores, orientação sobre o contexto social do gênero, produção, revisão, reestrutura e reescrita textual.

Na análise linguística, o professor é o intermediador entre a linguagem e as ferramentas para que ela se concretize nos diferentes contextos. Não se vê mais os itens gramaticais destituídos de um contexto.

Quanto aos desafios contemporâneos, serão desenvolvidas atividades para situar autores no contexto histórico; valorizar a História Paranaense, inclusive os autores; valorizar a cultura afro-brasileira e indígena e abordar temas do meio ambiente.

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AvaliaçãoConsiderando que a escola deve formar um cidadão para viver em sociedade

de mudanças aceleradas, a avaliação deve contemplar a língua em todos os seus aspectos: oralidade, escrita, leitura e análise linguística.

Sendo assim, a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza com que ele mostra ao expor suas ideias, a influência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar discurso-texto ao diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo de formação, nunca como produto final. É importante ressaltar que, só se pode avaliar a qualidade e a adequação de um texto quando ficam muito claras as regras da produção. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação a que se vai avaliar devem estar bem definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de avaliação que tomam como base as condições de produção tenham alguma validade.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – ,os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez compreendidos, os alunos podem utilizá-los em outras operações linguísticas.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam a almejada proficiência em leitura e escrita.

Para atingir esses critérios de avaliação, o professor deve dispor de diversos instrumentos avaliativos: provas orais e escritas, trabalhos orais e escritos, discussões, debates, apresentações orais, entre outros.

Referências BibliográficasBRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases a Educação Nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil S/A.BRASIL. Lei nº. 11.645/08. Altera a Lei nº. 9.394,de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e dá outras providências.CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do Folclore Brasileiro – Volume I e II.

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São Paulo: Global, 2003.CASTILHO, Ernesto H. Lendas do Paraná. Curitiba, PR: Gráfica Vitória, 1975.SILVA, Alberto Costa e; MUNANGA, Kabengele, CASTRO; Yeda Pessoa de; CHAVES, Rita. Vozes da África. São Paulo: Duetto, Edição Especial n.º 6.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Língua Portuguesa e Literatura – Folhas II. Curitiba: SEED, 2006.POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4ª ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.SUASSUNA, Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995.

5.1.2 MATEMÁTICA

Apresentação da disciplinaA Matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e de atuar no

mundo, é uma ciência viva. O trabalho em Matemática é impulsionado pelo permanente apelo das aplicações nas variadas atividades humanas, das mais simples, na atividade cotidiana, às mais complexas elaborações da própria matemática e de outras ciências. A escola não tem cumprido adequadamente a sua função de socializar o conhecimento. Em relação ao conhecimento matemático, isso se torna mais acentuado, pois a Matemática é uma das disciplinas que mais reprovam. Para reverter esse quadro, é necessário mudar a forma como os professores e alunos veem a Matemática, e alterar a prática escolar. O recurso à História da Matemática pode esclarecer ideias matemáticas, contribuindo para a constituição de um olhar mais crítico sobre os objetos do conhecimento, revelando o conhecimento matemático como resultado de um processo evolutivo. O objeto de estudo da matemática são os conteúdos historicamente construídos e sistematizados, sem perder o caráter científico da disciplina e dos conteúdos matemáticos. A Matemática não evoluiu de forma linear e logicamente organizada. Frequentemente um conhecimento foi amplamente utilizado antes de ser incorporado a um dos sistemas lógicos formais do corpo da Matemática. Ela é, portanto, uma construção histórica das relações do homem com o mundo em que vive e de suas relações sociais. O professor, ao ensinar Matemática, deve levar em conta que a escola não é um mundo isolado, mas faz parte da sociedade. Assim, a disciplina de Matemática desenvolverá seus conteúdos também fazendo a reflexão e contextualização com os temas das relações étnico raciais e a história e cultura afro-brasileira e africana, conforme Lei nº 10639/03, que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede de ensino. Deve-se, então, considerar que:

• Ensinar não é apenas preparar para estudos posteriores, mas para aquisição de conhecimentos básicos necessários ao cidadão;

• O papel do aluno deve ser ativo no processo de construção do seu conhecimento;

• É necessário dar ênfase à solução de problemas, como forma de aplicação e contextualização do conhecimento adquirido.

A Matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a

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comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. Dessa forma, professores e alunos desenvolverão um trabalho que permitirá a todos o acesso ao conhecimento matemático, como condição para participarem e interferirem na sociedade em que vivem.

Objetivos Gerais• Ampliar e consolidar o significado dos números naturais, inteiros, racionais

e irracionais;• Resolver situações - problema envolvendo números naturais, inteiros,

racionais e irracionais, ampliando e consolidando o significado da adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação;

• Selecionar e utilizar diferentes procedimentos de cálculo;• Produzir e interpretar diferentes escritas algébricas, identificando as

equações, inequações e sistemas;• Interpretar e representar uma figura no plano cartesiano;• Estabelecer relações entre figuras espaciais e suas representações planas;• Resolver situações - problema que envolvam figuras geométricas planas;• Ampliar e construir noções de medidas;• Obter e utilizar fórmulas para cálculo da área de superfícies planas e para

cálculo de volume de sólidos geométricos;• Reconhecer grandezas proporcionais;• Representar graficamente dados estatísticos;• Coletar, organizar e analisar informações, construindo e interpretando

tabelas e gráficos;• Reconhecer o conceito de função;• Ler, interpretar e utilizar textos e representações matemáticas, usando

corretamente a linguagem simbólica;• Identificar, selecionar e interpretar informações relativas a problemas,

selecionando estratégias para a solução, interpretando e criticando os resultados obtidos;

• Resolver situações problema utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis, reconhecendo suas limitações e potencialidades, problematizando situações do cotidiano;

• Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre temas de outras áreas do conhecimento e com o ambiente do aluno;

• Analisar informações provenientes de diversas fontes, utilizando a Matemática como ferramenta para formar uma opinião própria sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da atualidade;

• Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas;• Reconhecer a Matemática como construção histórica e relacionar a história

da Matemática com a evolução da humanidade.

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Conteúdos5ª SÉRIEConteúdo estruturanteNúmeros e ÁlgebraConteúdos básicos

• Sistemas de Numeração• Números Naturais• Múltiplos e Divisores• Potenciação e Radiciação • Números Fracionários• Números Decimais

Critérios de Avaliação• Conheça os diferentes sistemas de numeração;• Reconheça o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo

seus elementos;• Efetue as operações fundamentais com números naturais;• Expresse situações problema que envolvam as operações, de maneira oral

ou escrita;• Estabeleça relação de igualdade e transformação: fração e número decimal;

fração e número misto;• Identifique o MMC e o MDC entre dois ou mais números naturais;• Identifique a potenciação como multiplicação de fatores iguais e a

radiciação com sua operação inversa;• Relacione potências e raízes quadradas com padrões numéricos e

geométricos.

Conteúdo estruturanteGrandezas e MedidasConteúdos básicos

• Medidas de comprimento;• Medidas de Massa;• Medidas de Área;• Medidas de Volume;• Medidas de Tempo;• Medidas de Ângulos;• Sistema Monetário.

Critérios de Avaliação• Reconheça o metro como unidade padrão de medida de comprimento;• Identifique os diversos sistemas de medidas;• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;• Calcule perímetro e área de figuras planas; • Reconheça o metro cúbico como unidade padrão de medida de volume;• Transforme unidades de medidas de tempo;• Identifique ângulos retos, agudos e obtusos;• Relacione o sistema monetário brasileiro com outros sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície.

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Conteúdo estruturanteGEOMETRIASConteúdos básicos

• Geometria Plana;• Geometria Espacial.

Critérios de Avaliação• Identifique ponto, reta, plano, semirreta e segmento de reta;• Calcule o perímetro de figuras planas;• Encontre a área de figuras planas;• Reconheça círculo e circunferência e seus elementos;• Identifique os sólidos geométricos e sua planificação, assim como seus

elementos.

Conteúdo estruturanteTRATAMENTO DA INFORMAÇÃOConteúdos básicos

• Dados, tabelas e gráficos;• Porcentagem.

Critérios de Avaliação• Identifique os diferentes tipos de gráficos;• Faça a leitura de dados, tabelas e gráficos;• Resolva situações problema que envolvam porcentagem.

6ª SÉRIEConteúdo estruturanteNÚMEROS E ÁLGEBRAConteúdos básicos

• Números inteiros;• Números Racionais;• Equação e inequação do 1º grau;• Razão e Proporção;• Regra de três.

Critérios de Avaliação• Identifique os conjuntos numéricos, seus registros e operações;• Aplique o princípio aditivo e o multiplicativo, como propriedade da igualdade

e desigualdade;• Reconheça razão como uma comparação entre grandezas e proporção

como igualdade entre duas razões;• Identifique grandezas diretamente e inversamente proporcionais;• Reconheça o conceito de incógnita;

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Conteúdo estruturanteGRANDEZAS E MEDIDASConteúdos básicos

• Medidas de temperatura;• Ângulos.

Critérios de Avaliação• Reconheça e aplique os diversos tipos de medidas;• Identifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadro para medi-los.

Conteúdo estruturanteGEOMETRIASConteúdos básicos

• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria não euclidiana.

Critérios de Avaliação• Encontre a área de figuras planas;• Classifique e construa sólidos geométricos a partir de figuras planas;• Reconheça noções topológicas através de conceitos como interior, exterior,

fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Conteúdo estruturanteTRATAMENTO DA INFORMAÇÃOConteúdos básicos

• Pesquisa Estatística;• Média Aritmética;• Moda e Mediana; • Juros simples.

Critérios de Avaliação• Interprete informações de pesquisas estatísticas;• Leia, interprete, construa e analise diferentes tipos de gráficos;• Calcule a média aritmética, moda e mediana;• Calcule juros simples em situações problema.

7ª SÉRIEConteúdo estruturanteNÚMEROS E ÁLGEBRAConteúdos básicos

• Números irracionais;• Sistemas de equações do 1º grau;• Potências;• Monômios e Polinômios;• Produtos notáveis.

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Critérios de Avaliação• Reconheça números naturais, inteiros, racionais e irracionais;• Aplique a notação científica;• Calcule a raiz quadrada exata e aproximada de números irracionais;• Identifique o número π (pi) como irracional;• Identifique e opere com monômios e polinômios;• Utilize os produtos notáveis.

Conteúdo estruturanteGRANDEZAS E MEDIDASConteúdos básicos

• Medidas de comprimento;• Medidas de Área;• Medidas de Ângulos.

Critérios de Avaliação• Calcule o comprimento da circunferência;• Calcule a área do circulo;• Calcule a área de polígonos;• Reconheça ângulos formados por paralelas interceptadas por transversal.

Conteúdo estruturanteGEOMETRIASConteúdos básicos

• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não euclidianas.

Critérios de Avaliação• Identifique triângulos semelhantes;• Calcule a soma dos ângulos internos de polígonos regulares;• Trace e reconheça retas paralelas;• Reconheça noções de paralelismo;• Calcule área e volume de poliedros;• Reconheça o sistema de coordenadas cartesianas;• Reconheça os fractais.

Conteúdo estruturanteTRATAMENTO DA INFORMAÇÃOConteúdos básicos

• Gráfico e informação;• População e amostra.

Critérios de Avaliação• Represente em gráficos diferentes uma mesma informação;• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

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8ª SÉRIEConteúdo estruturanteNÚMEROS E ÁLGEBRAConteúdos básicos

• Números reais;• Propriedades dos radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações irracionais;• Equações biquadradas;• Regra de três composta.

Critérios de Avaliação• Opere com expoentes fracionários;• Reconheça expoente fracionário como radical e aplique as propriedades na

sua simplificação;• Use a fatoração para extrair raízes;• Reconheça equações do 2º grau completas e incompletas;• Encontre as raízes de uma equação do 2º grau através de diferentes

processos;• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;• Resolva equações biquadradas;• Resolva situações problema que envolvam regra de três composta.

Conteúdo estruturanteGrandezas e MedidasConteúdos básicos

• Relações métricas no triângulo retângulo;• Trigonometria no triângulo retângulo.

Critérios de Avaliação• Aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;• Utilize o Teorema de Pitágoras em situações diversas.

Conteúdo estruturanteFunçõesConteúdos básicos

• Noção intuitiva de função afim;• Noção intuitiva de função quadrática.

Critérios de Avaliação• Expresse a dependência entre variáveis;• Identifique função afim e sua representação gráfica;• Reconheça gráficos que descrevam funções;• Identifique a função quadrática e sua representação gráfica;• Analise graficamente funções afins e quadráticas.

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Conteúdo estruturanteGeometriasConteúdos básicos

• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não euclidianas.

Critérios de Avaliação• Reconheça polígonos semelhantes;• Utilize a semelhança de triângulos em situações problema;• Aplique o teorema de Tales;• Calcule a superfície e o volume de Poliedros.

Conteúdo estruturanteTratamento da InformaçãoConteúdos básicos

• Noções de análise combinatória;• Noções de probabilidade;• Estatística;• Juros compostos.

Critérios de Avaliação• Desenvolva o raciocínio combinatório e aplique o princípio multiplicativo;• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;• Calcule as chances de ocorrência de um evento;• Calcule juros compostos.

MetodologiaA escola é a instituição incumbida da transmissão do conhecimento

científico, e deve, portanto, contribuir para a formação do cidadão e para o seu desenvolvimento como pessoa, em que as qualidades postuladas são a solidariedade, a participação e o pensamento crítico. É preciso formar indivíduos completos, dotados de conhecimentos mais amplos e profundos, convencidos da necessidade de aperfeiçoar continuamente seus conhecimentos. É necessário contribuir para a formação de indivíduos autônomos, com capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar permanentemente novos desafios.

O mundo está em grande mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc. são assuntos do dia-a-dia. E todos eles têm ligações estreitas com a Matemática.

Portanto, deve-se levar em conta que se aprende Matemática fazendo Matemática, e que essa aprendizagem está ligada à apreensão e atribuição de significados. Os conteúdos não serão trabalhados de forma isolada, mas sim articulados entre si. Serão abordados através de tendências metodológicas da educação matemática, entre elas: resolução de problemas; modelagem matemática; uso de mídias tecnológicas; etno matemática; história da matemática e investigações matemáticas. Para isso, alguns princípios devem orientar o

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trabalho:• A Matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e utiliza, cada vez mais, conhecimentos científicos e recursos tecnológicos. Portanto, deve ser mostrada como um todo e não como uma sucessão de temas isolados, destacando-se as conexões existentes entre situações da vida real ou em outras disciplinas, e suas representações matemáticas e entre duas representações matemáticas equivalentes.• O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a resolução de problemas. A capacidade de resolver problemas deve ser considerada como um eixo organizador do ensino da Matemática, pois possibilita aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu alcance.• É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e

sim uma forma de trabalhar os conteúdos, servindo como orientação para a aprendizagem, pois proporcionam o contexto em que é possível apreender conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.

• A história da Matemática deve ser utilizada como um instrumento de resgate da identidade cultural, e pode esclarecer ideias matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos de grande valor formativo.• Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meios facilitadores e incentivadores do espírito de pesquisa. As calculadoras, computadores, televisão e vídeos deverão ser utilizados, pois permitem atividade de exploração, recuperação e desenvolvimento e sua utilização traz significativas contribuições ao ensino da Matemática.• Os jogos são formas interessantes de propor problemas e devem ser utilizados sempre que possível, são apresentados de forma atrativa e favorecem a criatividade na busca de soluções. Propiciam a simulação de situações problema, que exigem soluções vivas e imediatas e possibilitam a construção de uma atitude positiva perante os erros, sem deixar marcas negativas.• A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível, pois estimula a discussão e confrontação de ideias, levando o aluno a respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles.• As atividades que estimulam a comunicação oral e escrita, a verbalização de raciocínios, análises, processos e resultados, devem ser valorizadas, pois levam o aluno a utilizar o vocabulário e as formas de representação matemática adequadas. A linguagem do professor deve ser rigorosa, mas adequada ao nível de desenvolvimento do aluno.• A seleção e organização de conteúdos devem levar em conta sua relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.• A Educação Matemática deve valorizar a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.• O Ensino e a Aprendizagem da Matemática devem valorizar também o aluno no seu contexto social, levantando problemas que sugiram questionamentos sobre situações da vida.• Através da etno matemática, pretende-se trabalhar questões de

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relevância social que produzem o conhecimento matemático. • Com a modelagem matemática, será possível a problematização de situações do cotidiano, com a valorização do aluno no contexto social.• As mídias tecnológicas, como softwares, televisão, calculadoras e aplicativos da internet, favorecem as experimentações matemáticas e potencializam as formas de resolução de problemas.• Na investigação matemática, o aluno é solicitado a propor questões e formular conjecturas a respeito do que está sendo investigado. • Dentro do conteúdo estruturante “tratamento da informação”, serão trabalhados conteúdos que apresentam dados que contemplem a História e Cultura Afro-brasileira, História do Paraná e Educação Ambiental. Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da

Matemática, mas conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o professor construa sua prática.

AvaliaçãoA avaliação apresenta os critérios avaliativos articulados com os conteúdos e

objetivos propostos. A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo – tanto para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho – e não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos para classificá-lo em “aprovado” ou “ reprovado”. O processo de avaliação, visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico, torna-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda. Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de conceitos ou de observações realizadas a todo momento em sala de aula, através da sua participação. É importante que a avaliação verifique a capacidade de interpretar, identificar informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e comprovar. A aprendizagem da Matemática é um processo dinâmico e a avaliação deve levar em conta os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades, ampliar o seu domínio sobre os conteúdos em estudo. Dessa forma, a avaliação em Matemática não deve priorizar a verificação da memorização de regras e esquemas, mas sim a compreensão dos conceitos, o desenvolvimento de atitudes e procedimentos, a criatividade nas soluções, que se refletem no modo de enfrentar e resolver situações problema. O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas sim o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem apenas ser constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades decorrentes desses erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo.

Portanto a avaliação deve informar sobre:• O conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos.• A capacidade de resolver problemas do cotidiano.• As habilidades de análise, generalização e raciocínio.• A confiança em fazer matemática.• A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e a cooperação

nos trabalhos em grupo.64

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Além das provas escritas e individuais, a avaliação deverá conter também:• pesquisas;• relatórios;• trabalhos em grupos e individuais;• atividades do livro;• observação do professor.O aluno que não atingir 60% do grupo de avaliações, valendo 5,0, terá

direito à reavaliação, realizada após a recuperação dos conteúdos.Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o

processo ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas nele. Quando os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as causas. Pode ser que os objetivos tenham sido superdimensionados ou que o problema esteja no conteúdo, na metodologia de ensino, nos materiais, na própria forma de avaliar ou em algum outro aspecto. O importante é determinar os fatores do insucesso e reorientar as ações para sanar ou minimizar as causas e promover a aprendizagem do aluno.

Referências BibliográficasBRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9394. Brasília: 1996.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9795. Brasília: 1999.DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002.PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 30 de julho de 2008.GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI, José Ruy. A conquista da matemática: a + nova. São Paulo: FTD, 2002.GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento: livro do professor. São Paulo: Ática, 2002. MORI, Iracema. Matemática: Idéias e desafios, 5ª série. 11 ed., São Paulo: Saraiva, 2002.PARANÁ. Governo do Estado. Lei nº 13.381. Curitiba: 2001.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba. SEED, 2006.

5.1. 3 HISTÓRIA

Apresentação da disciplina

Por que o conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e como contribui para a formação/transformação do estudante?

Sua importância se refere à construção do conhecimento como crítica social, e na construção de identidades de classe, de gênero, de etnia, de religião, assim como para a construção de uma sociedade democrática, onde haja respeito, tolerância e justiça social.

Essa ideia leva o cidadão a ser sujeito ativo e participativo do processo

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histórico. Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da História, pois assim estará se compreendendo dentro de uma sociedade múltipla e pluricultural, e agirá para lutar por uma transformação de sua realidade.

Objetivos gerais

• Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção;

• Conhecer as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas;

• Saber reconhecer o que são fontes históricas e seus diferentes tipos;

• Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos processos históricos;

• Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos;

• Reconhecer e identificar os lugares de memória, compreendendo que ela é socialmente construída, bem como preservar o patrimônio material e imaterial;

• Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação;

• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.

Conteúdos

5ª série

• Produção do conhecimento Histórico: O historiador e a produção do conhecimento histórico; Tempo e temporalidade; Fontes, documentos; Patrimônio material e imaterial; Pesquisa.• Articulação da História como outras áreas do conhecimento:• Humanidade e História: De onde viemos, quem somos, como sabemos?• Arqueologia no Brasil e no Paraná:• Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

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Teorias do surgimento do homem na América; Mitos e lendas da origem do homem; Desconstrução do conceito de pré-história; Povos ágrafos, memória e história oral.• Povos indígenas no Brasil e no Paraná: Ameríndios do território brasileiro; Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng. As primeiras civilizações da América: Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;• As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia: Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana, Mali e Persas; Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.• Os reinos, a sociedade africana e os contatos com a Europa: Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros; Comércio; Organização político-administrativa; Manifestações culturais; Organização social; Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil.

6ª série

• Europa Medieval.1. Crise do Império Romano e a formação da sociedade feudal2. Feudalismo3. A Igreja Católica e o poder político descentralizado4. Crise da sociedade feudal5. Formação do Estado Moderno

• A Chegada dos europeus na América: (Des) encontros entre culturas; Resistência e dominação; Escravização; Catequização.• Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:• Formação da sociedade brasileira e americana: América portuguesa; América espanhola; América franco-inglesa; Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias); Manifestações culturais; Organização social (família patriarcal e escravismo); Escravização de indígenas e africanos; Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).• Expansão, consolidação e colonização do território:

Missões; Bandeiras;

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Invasões estrangeiras.• Reformas Religiosas• Renascimento Artístico, Cultural e Científico• Colonização do território “paranaense” – História do Paraná:

Economia; Organização social; Manifestações culturais; Organização político-administrativa.

• Movimentos de contestação: Quilombos (Campo Largo, PR e BR); Manifestações religiosas – sincretismo; Revoltas nativistas; Inconfidência Mineira; Conjuração Baiana; Revolta da cachaça; Revolta do maneta; Guerra dos mascates.

7ª série

• Independência das treze colônias inglesas da América do Norte;• Diáspora Africana;• luminismo e a crítica a sociedade aristocrática.• Revolução Francesa: Influência na Inconfidência Mineira e Baiana.• Chegada da família real ao Brasil: De Colônia a Reino Unido; Missões artístico científicas; Biblioteca Nacional; Banco do Brasil; Urbanização na capital; Imprensa Régia.• Invasão Napoleônica na Península Ibérica.• O Processo de Independência do Brasil: Governo de D. Pedro I; Constituição outorgada de 1824; Unidade territorial; Manutenção da estrutura social; Confederação do Equador; Província Cisplatina; Haitianismo; Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, cabanagem, Farroupilha.• O processo de independência das Américas: Haiti; Colônias espanholas.• A Construção da Nação:

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Governo de D. Pedro II; Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850; Migração européia; Movimento Abolicionista e Emancipacionista.• 2ª Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):• Luddismo;• Socialismos;• Anarquismo.• Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.• Emancipação Política do Paraná – 1853:

Economia; Organização social; Manifestações culturais; Organização político-administrativa; Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres

pobres) e externas (europeus); Vinda dos escravos africanos; Diversas manifestações culturais negras e indígenas; Os povos indígenas e a política de terras.

• A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança.• O Processo de Abolição da Escravidão: Legislação; Abolição; Imigração Branqueamento e miscigenação.

8ª série

• Colonização da África e da Ásia:• Neocolonialismo.• Os Primeiros anos da República: Oligarquia, coronelismo e clientelismo; Movimentos de contestação: campo e cidade; Movimentos messiânicos (Guerra de Canudos e Contestado); Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro; Movimento operário: anarquismo e comunismo; Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo. • Questão Agrária na América Latina: Revolução Mexicana.• Primeira Guerra Mundial.• Revolução Russa.• A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade: Manifestações culturais; Coluna Prestes.• Crise de 29 e a influência no Brasil.• A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45): Leis trabalhistas; Voto feminino; Propaganda e divulgação do regime; Estado Novo e as Contestações ao regime.

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• Ascensão do regime totalitário na Europa ( Fascismos).• Movimentos populares na América Latina.• Segunda Guerra Mundial: Participação do Brasil na II Guerra Mundial.• Populismo no Brasil e na América Latina: Vargas, JK, Jânio e João Goulart no Brasil.• Guerra Fria.• Independência das colônias afro-asiáticas.• Construção do Paraná Moderno( aspectos políticos, movimentos sociais e

culturais)• O Regime Militar no Brasil e no Paraná: Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação e do

futebol; Cinema novo; Teatro;

• Os Regimes militares na América Latina: Política da boa vizinhança; Revolução cubana; Chile; Argentina.• Movimentos de Contestação no Brasil: A resistência armada; Tropicalismo; Jovem Guarda; Novo sindicalismo; O movimento estudantil.• Movimentos de contestação no mundo: Maio de 68 – França; Movimento negro; Movimento hippie; Movimento homossexual; Movimento feminista; Movimento punk; Movimento ambiental.• Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;• Redemocratização; Constituição de 1988; Movimentos populares rurais e urbanos;• Fim da bipolarização mundial. Desintegração do bloco socialista; Neoliberalismo; Globalização; 11 de setembro – EUA.• África e América Latina no contexto atual.• O Brasil no contexto atual.

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MetodologiaA busca pelas noções de identidade, no que se refere à construção do

conhecimento histórico, torna-se mais evidenciado no estudo da História Regional. Assim, as atividades em que se busca a construção de noções de cidadania e identificação com os costumes e conceitos morais, éticos, religiosos, étnicos, etc. devem ser propostas à disciplina. Assim, o trabalho com fontes diversas possibilita essa identificação do aluno com seu meio, uma vez que ele incita a pesquisa, o debate e as análises críticas.

No processo de aprendizagem, o aluno deverá ter estímulo para discernir limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação, comparando presente e passado, percebendo-se como agente transformador da sociedade.

Através de atividades variadas (individuais, em duplas, em grupos) os alunos realizarão análise e síntese de textos, filmes, artigos de jornais, revistas e documentários. As estratégias devem ser voltadas para estimular o trabalho docente, tornando-se mais atraente e dinâmico, estimulando assim a criatividade, o confronto de ideias e o espírito crítico do aluno; o gosto pela leitura e por novas descobertas; o interesse em adquirir novos conhecimentos em sala; estudo do meio (visitas a museus, fábricas, cidades históricas, reservas biológicas, bibliotecas), procurando comparar conhecimento teórico com dados obtidos em campo.

Os educandos farão leitura crítica dos conteúdos vinculados aos textos básicos; trabalho de reflexão e produção; comentários a partir de imagens (mapas, fotos, obras de arte e desenho), produção de textos conceituais, poéticos e narrativos a respeito de temas históricos; confecção de jornais, com matérias que abordem diferentes tempos históricos, que familiarizam os estudantes com outros tipos de fontes históricas que não o texto.

Outra prática inerente à metodologia é a quebra de paradigmas que são resquícios da história factual e ortodoxa e a história dos vencedores ou estatal; para tanto é necessária a instrumentação das mais recentes metodologias e teorias históricas para interpretação dessas.

Através do uso contínuo de diversas fontes históricas, o educando poderá compreender melhor a sociedade contemporânea, e nela situar-se de modo a perceber-se com agente transformador da sociedade atuante, sendo participativo e consciente.

Enfim, pretendemos dar ao ensino de História ênfase às análises e recortes que se proponham problematizar, diferenciar, refletir e conscientizar nossos alunos a agirem como agentes atuantes na História, sendo parte de um processo que ao longo dos tempos possibilitou construções e desconstruções, continuidades e rupturas.

AvaliaçãoA avaliação no ensino de História favorece a busca da coerência entre a

concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo, conceitos e atitudes, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante,

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e o depois. Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se autoavaliar como docente, refletindo sobre as intervenções metodológicas e buscando outras possibilidades para atuação no processo de aprendizagem dos alunos.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam mais bem implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados; a função da avaliação a partir da tomada de decisões a do que foi constatado de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual, e diversificado, permitindo análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas pelo professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos permite ainda situá-los como parte de um processo coletivo, no qual a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista à aprendizagem de todos.

Como os alunos possuem ritmos e outras características diferenciadas, também temos que diversificar esses instrumentos de avaliação.

Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor situações que permitam aos alunos estabelecerem relações entre sociedades estudadas, detectando as semelhanças e diferenças, exercitando a reflexão acerca das mudanças e permanências que se estabelecem entre temporalidade distintas.

A seguir, alguns critérios a serem observados pelo professor que permitem analisar se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados aos alunos:

• compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um método de problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a narrativa histórica;

• explicitam o respeito à diversidade étnico racial, religiosa, social e econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram;

• compreender a História como prática social, da qual participam como sujeitos históricos de seu tempo;

• reconhecem que o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino.

Critérios de AvaliaçãoOs critérios a serem usados nos instrumentos avaliativos devem levar em

consideração a compreensão dos conteúdos trabalhados em sala. São os principais critérios:

• O aluno deve se tornar um agente investigador do passado histórico relacionando o conteúdo estudado em sala com sua vivência cotidiana e se conscientizar de que é um sujeito ativo e participativo do processo histórico e sua transformação.

• O educando deve entender que a sociedade atual é fruto das transformações que ocorreram nos âmbitos do trabalho, do poder e da cultura. Nessa perspectiva, o aluno deve compreender as mudanças e continuidades em seu próprio tempo e espaço.

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• O discente deve construir os conceitos básicos como: tempo histórico e cronológico, fonte histórica, espaço, mudança, permanência e simultaneidade, que são imprescindível para a compreensão dos conteúdos.

• O educando deve articular os conceitos históricos assimilados no cotidiano escolar com as outras áreas do conhecimento, de modo dialético.

Referências Bibliográficas

BAKHTIN, Mikhail. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rebelais. São Paulo: HUCITEC, 1985.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.

BRASIL. Câmara de educação Básica. Parecer n. 04/98, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário oficial da União, 15 de abril de 1998. Sec. 1, p.31.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. 14ª tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.

DE DECCA, Edgar. 1930 o silêncio dos vencidos: memória, história e revelação. São Paulo: Brasiliense.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São paulo: Loyola, 1996.

HILL, Christopher. O eleito de Deus. São paulo: Companhia das Letras, 2001.

HOBSBAWN, Eric J. Pessoas extraordinárias: resistência, rebelião e jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

HOBSBAWN, Eric J, RANGER, Terence. A invenção das tradições. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. In: Os pensadores. Vol. XXXV. São Paulo: Abril Cultural, 1974, p. 329-410.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério)

THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1987.

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5.1.4GEOGRAFIA

Apresentação da disciplinaO estudo da Geografia em nosso Colégio está comprometido com a

construção da identidade local, oferecendo suporte para que o aluno, conhecendo o espaço geográfico no qual está inserido, busque formas de superação da realidade em que vive, de forma participativa, crítica, questionadora, aberta ao novo.

Desde a antiguidade, os saberes geográficos fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos. Os movimentos da terra, as marés, as variações climáticas, foram essenciais para a relação da sociedade com a natureza. Descrições das áreas conquistadas bem como sua localização eram conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.

Nessa época, desenvolveram-se conhecimentos, como elaboração de mapas, discussões sobre a forma e diâmetro do planeta, distribuição das terras e águas, definições climáticas.

Já na Idade Média, as ideias e concepções geográficas estavam adaptadas aos ensinamentos bíblicos, impostos pelo poder político então estabelecido.

As grandes navegações desencadearam a necessidade de se ter conhecimentos sobre questões cartográficas, rotas marítimas, distribuição de terras e águas. A partir daí, as expedições terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente o espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies – e também as relações homem-natureza em sociedades distintas e desconhecidas até então, levantando dados sobre seus territórios, riquezas naturais e aspectos humanos.

Nesse processo histórico, os saberes geográficos passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade, como comércio, organização do estado, solo, recursos minerais, população, entre outros. Porém, até o século XIX, esses estudos estavam dispersos em obras diversas.

No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia, que mais tarde, viria a ser a atual Alemanha. Estas sociedades organizavam expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais destes continentes, catalogando e inventariando criteriosamente suas riquezas, o que acabou servindo aos interesses das classes dominantes. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico – destacadamente a alemã e francesa.

O pensamento geográfico da escola alemã teve como precursores Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal representante, Vidal de La Blache (1845-1918).

Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a ciência geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde.

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século

74

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XIX, aparecendo de forma indireta no ensino primário. Isso ocorreu apenas na década de 1930, com a criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional servindo os interesses políticos do Estado, na visão do nacionalismo econômico – DCE, p.17, 6º parágrafo (exploração dos recursos minerais, indústria de base, dados demográficos).

A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo/enciclopedista, voltado para a descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.

Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas relacionadas aos modos de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico da época. Tais transformações intensificaram-se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia – DCE, 2006, p.18.

A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as discussões geográficas, assuntos ligados à degradação da natureza, equilíbrio ambiental do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação profissional, afetando principalmente disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os estudos das disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram impostas as disciplinas de OSPB e EMC, consideradas importantes para a formação técnica.

Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso estado, em 1983, no 1º Encontro Paranaense de História e Geografia, originou-se um documento que posteriormente permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas autônomas ocorreu em 1986.

A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra chegou com força ao Brasil. A geografia crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia, trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço geográfico produzido; espaço este composto por objetos (naturais, culturais técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa possibilitar ao aluno a construção de uma consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca do espaço geográfico, permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores significativos da vida em sociedade.

Objetivos gerais• Compreender o homem como ser social, responsável pela produção

histórica, espacial e cultural da humanidade;

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• Reconhecer o homem como principal “ator” e “autor” geográfico na relação com a natureza, na medida em que se objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;

• Perceber que o espaço se constitui em uma realidade objetiva, um produto social que está em permanente transformação;

• Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana, que se manifesta através de paisagens com maiores ou menores graus de humanização, fruto de determinações históricas e das “necessidades” sociais;

• Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço geográfico;• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas,

gráficos, tabelas etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados.

• Reconhecer e aplicar o uso da escala cartográfica e da geográfica como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a frequência dos fenômenos naturais e humanos.

• Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e interpretando diferentes paisagens e como se constroem.

• Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas, ocorrem a nível mundial e que todos têm direitos políticos, melhora da condição de vida e acesso aos avanços tecnológicos.

• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa, compreendendo e identificando o problema, suas relações com o meio e busca para a sua resolução.

• Compreender seu entorno social, buscando converter os problemas em oportunidades, solucionando-os através do diálogo, respeitando a diversidade cultural, fazendo possíveis todos os direitos humanos.

• Entender os meios de comunicação como meios para obter informações e novos saberes, recebendo-os criticamente.

• Saber organizar-se em grupos de trabalho, exercendo a democracia, planejando, trabalhando e decidindo em grupo.

Conteúdos

5ª série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

Abordagem

Teórico-

metodológica

Avaliação

Dimensão

Econômica

do espaço

geográfico

-Formação e

transformação

das paisagens

naturais e

culturais

-dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

-Setores da

economia

-Extrativismo

-Agricultura e

pecuária

-Indústria

-Comércio e

serviços

-Fontes de

Os conteúdos

estruturantes

deverão

fundamentar a

abordagem dos

conteúdos básicos

Os conceitos

fundamentais da

Espera-se que o

aluno:

*Reconheça o

processo de

formação e

transformação das

paisagens

geográficas

*Entenda que o

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Dimensão

Política

Do espaço

Geográfico

Dimensão

Cultural do

Espaço

Geográfico

Dimensão

Socioambiental

Do espaço

geográfico

uso de

tecnologias de

exploração e

produção

-formação,

localização,

exploração e

utilização dos

recursos naturais

Distribuição

espacial das

atividades

produtivas e a

organização do

espaço

geográfico

-as relações

entre o campo e

a cidade

-a transformação

demográfica,

distribuição

espacial e

indicadores

estatísticos da

população

-mobilidade

populacional e

manifestações

socioespaciais da

diversidade

cultural

-regionalizações

do espaço

geográfico

energia

-Estudo da

paisagem

-Eras geológicas

-Movimentos da

Terra

-Litosfera

(camadas da

Terra, rochas e

minerais)

-Hidrosfera

(oceanos, mares,

rios, lagos,

exploração e

poluição da água)

-Atmosfera

(fenômenos

atmosféricos,

mudanças

climáticas,

impactos

ambientais)

-Ambiente rural e

urbano

-Meios de

orientação

-Noções de

cartografia

-Planisfério

-População

(indicadores

estatísticos)

-Campo Largo

(emancipação

política, símbolos

municipais)

Geografia –

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e

sociedade – serão

abordados numa

perspectiva crítica

Serão usados

instrumentos de

leitura cartográfica e

gráfica,

compreendendo

signos, legenda,

escala e orientação

Compreender o

espaço geográfico é

a finalidade do

ensino da Geografia

Categorias de

análise da

Geografia,as

relações sociedade-

natureza e as

relações espaço-

temporais são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos

As realidades local e

paranaense deverão

ser consideradas,

sempre que possível

Os conteúdos

devem ser

espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas, com

uso da linguagem

espaço geográfico

é composto pela

materialidade

(natural e técnica) e

pelas ações sociais

*Localize-se e

oriente-se no

espaço através da

leitura cartográfica

*Identifique as

formas de

apropriação da

natureza, a partir do

trabalho e suas

conseqüências

econômicas,

socioambientais e

políticas

*Entenda o

processo de

transformação de

recursos naturais

em fontes de

energia

*Forme e signifique

os conceitos de

paisagem, território,

lugar, região,

natureza e

sociedade

*Identifique as

relações existentes

entre os espaços

urbano e rural

*Entenda a

transformação e a

distribuição

espacial da

população

*Entenda o

significado dos

indicadores

demográficos

refletidos na

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cartográfica

A cultura afro-brasileira, indígena, bem como a educação ambiental, deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos

organização

espacial

*Identifique as

manifestações

espaciais dos

diferentes grupos

culturais

*Reconheça as

diferentes formas

de regionalização

do espaço

geográfico

6ª série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

Abordagem

Teórico-

metodológica

Avaliação

Dimensão

Econômica

do espaço

geográfico

Dimensão

Política

Do espaço

Geográfico

Dimensão

Cultural do

A formação e

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração do

território brasileiro

A dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção

Regionalizações do

espaço brasileiro

Manifestações sócio

espaciais da

diversidade cultural

Transformação

demográfica,

distribuição espacial

e indicadores

estatísticos da

Tipos de

indústria,

distribuição no

espaço, impactos

ambientais

Brasil:

localização,

divisão regional e

geoeconômica

Paraná:

agricultura,

pecuária,

comércio,

indústria,

turismo,

localização,

limites, Região

Metropolitana de

Curitiba,

população e

crescimento

urbano

Brasil: relevo,

Os conteúdos

estruturantes

deverão

fundamentar a

abordagem dos

conteúdos básicos

Os conceitos

fundamentais da

Geografia –

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e

sociedade – serão

abordados numa

perspectiva crítica

Serão usados

instrumentos de

leitura cartográfica

para melhor

compreensão dos

conteúdos

Compreender o

espaço geográfico é

Espera-se que o

aluno:

*Aproprie-se dos

conceitos de

região, território,

lugar, paisagem,

natureza e

sociedade

*Localize-se no

território

brasileiro, através

da linguagem

cartográfica

*Identifique o

processo de

formação do

território brasileiro

e as diferentes

formas de

regionalização do

espaço

geográfico

*Entenda o

espaço brasileiro

dentro do

contexto mundial,

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Espaço

Geográfico

Dimensão

Socioambiental

Do espaço

geográfico

população

Movimentos

migratórios e suas

motivações

O espaço rural e a

modernização da

agricultura

A formação, o

crescimento das

cidades, a dinâmica

dos espaços

urbanos e a

urbanização

A distribuição

espacial das

atividades

produtivas, a

organização do

espaço geográfico

Circulação de mão-

de-obra,

mercadorias e

informações

clima, vegetação,

recursos

minerais

Rios e Bacias

hidrográficas,

poluição das

águas

Mata ciliar

População

brasileira:

destaque para o

afro-brasileiro e

para o índio

Movimentos

migratórios no

Brasil

Movimentos

sociais

brasileiros

Urbanização:

formação e

crescimento das

cidades

a finalidade do

ensino da Geografia

Categorias de

análise da

Geografia,as

relações sociedade-

natureza e as

relações espaço-

temporais são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos

As realidades local

e paranaense

deverão ser

consideradas,

sempre que

possível

Os conteúdos

devem ser

espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas, com

uso da linguagem

cartográfica

A cultura afro-

brasileira, indígena,

bem como a

educação

ambiental, deverão

ser consideradas no

desenvolvimento

dos conteúdos

compreendendo

suas relações

econômicas,

culturais e

políticas com

outros países

*Verifique o

aproveitamento

econômico das

bacias

hidrográficas e do

relevo

*Identifique as

áreas de

proteção

ambiental e sua

importância

ambiental para a

preservação dos

recursos naturais

*Identifique a

diversidade

cultural regional

no Brasil

construída pelos

diferentes povos

*Compreenda o

processo de

crescimento da

população e sua

mobilidade no

território

*Relacione as

migrações e a

ocupação do

território brasileiro

*Identifique a importância dos

fatores naturais e o uso de novas tecnologias na agropecuária

brasileira*Estabeleça

relações entre a estrutura

fundiária e os movimentos

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sociais no campo *Compreenda

como a industrialização

influenciou o processo de urbanização brasileira e acelerou a

exploração da natureza, trazendo

consequências ambientais*Entenda o

processo de

transformação

das paisagens

brasileiras,

levando em

consideração as

formas de

ocupação,

atividades

econômicas,

dinâmica

populacional e

diversidade

cultural

*Reconheça a

configuração do

espaço de

circulação de

mão de obra,

mercadorias e

sua relação com

os espaços

brasileiros

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7ª série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

Abordagem

teórico-

metodológica

Avaliação

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

-As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

-A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios do

continente americano.

-A nova ordem

mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado.

-O comércio em suas

implicações

socioespaciais.

-A circulação da mão-

de-obra, do capital,

das mercadoriais e

das informações.

-A distribuição

espacial das

atividades produtivas,

a (re)organização do

espaço geográfico.

-As relações entre o

campo e a cidade na

sociedade capitalista.

-O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

-A transformação

demográfica, a

distribuição espacial e

os indicadores

estatísticos da

população.

-Os movimentos

migratórios e suas

Continente

Americano

e Africano

Paraná

(relevo,clima,

vegetação,

hidrografia,solo).

-Os conteúdos

estruturantes deverão

fundamentar a

abordagem dos

conteúdos básicos.

-Os conceitos

fundamentais da

Geografia -paisagem,

lugar, região,

território, natureza e

sociedade – serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

-A compreensão do

objeto da Geografia –

espaço geográfico – é

a finalidade do ensino

dessa disciplina.

-As categorias de

análise da Geografia,

as relações

sociedade- natureza

e as relações espaço-

temporal, são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos.

-As realidades (local

e paranaense)

deverão ser

consideradas sempre

que possível.

-Os conteúdos devem

ser espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas com uso

da linguagem

cartográfica – signos,

Espera-se que o

aluno:

-Forme e

signifique os

conceitos de

região, território,

paisagem,

natureza,

sociedade e lugar.

-Identifique a

configuração

socioespacial da

América por meio

da leitura dos

mapas, gráficos,

tabelas e

imagens.

-Diferencie as

formas de

regionalização do

Continente

Americano nos

diversos critérios

adotados.

-Compreenda o

processo de

formação,

transformação e

diferenciação das

paisagens

mundiais.

-Compreenda a

formação dos

territórios e a

reconfiguração

das fronteiras do

continente

Americano.

-Reconheça a

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motivações.

-As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

-Formação,

localização,

exploração e

utilização dos

recursos naturais.

escala e orientação.

-As culturas afro-

brasileiras e

indígenas deverão

ser consideradas no

desenvolvimento dos

conteúdos, bem como

a Educação

Ambiental.

constituição dos

blocos

econômicos,

considerando a

influência política

e econômica na

regionalização do

Continente

Americano.

-Reconheça a

importância da

rede de

transporte,

comunicação e

circulação das

mercadorias,

pessoas e

informações na

economia

regional.

-entenda como as

atividades

produtivas

interferem na

organização

espacial e nas

questões

ambientais.

-Estabeleça a

relação entre o

processo de

industrialização e

a urbanização.

-Compreenda as

inovações

tecnológicas, sua

relação com as

atividades

produtivas

industriais e

agrícolas e suas

consequências

ambientais e

sociais.

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-Entenda o

processo de

industrialização e

a produção

agropecuária em

sua relação com a

propriação dos

recursos naturais.

-reconheça e

analise os

diferentes

indicadores

demográficos e

suas implicações

socioespaciais.

-compreenda os

fatores que

influenciam na

mobilidade da

população e sua

distribuição

espacial.

-Reconheça as

configurações

espaciais dos

diferentes grupos

étnicos

americanos em

suas

manifestações

culturais e em

seus conflitos

étnicos e políticos.

-Compreenda a

formação,

localização e

importância

estratégica dos

recursos naturais

para a sociedade

contemporânea.

-Relacione as

questões

ambientais com a

83

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utilização dos

recursos naturais

no Continente

Americano.

8ª série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos

Específicos

Abordagem

Teórico-

metodológica

Avaliação

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão política

do espaço

geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do

espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

A nova ordem

mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado.

A revolução técnico-

científico-

informacional e os

novos arranjos no

espaço da produção

O comércio mundial e

as implicações

socioespaciais.

A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios.

A transformação

demográfica, a

distribuição espacial e

os indicadores

estatísticos da

população.

-Europa, Ásia,

Oceania e Áreas

polares: relevo,

clima, vegetação,

características

populacionais

hidrografia,

atividades

econômicas.

Os conteúdos

estruturantes deverão

fundamentar a

abordagem dos

conteúdos básicos.

Os conceitos

fundamentais da

Geografia –

paisagem, lugar,

região, território,

natureza e

sociedade- serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

A compreensão do

objeto da geografia-

espaço geográfico – é

a finalidade do ensino

dessa disciplina.

As categorias de

análise da geografia,

as relações sociedae-

natureza e as

relações espaço-

temporal, são

fundamentais para a

compreensão dos

conteúdos.

Espera-se que o

aluno:

-Forme e

signifique os

conceitos

geográficos de

lugar, território,

natureza,

sociedade, região.

-Identifique a

configuração

socioespacial

mundial por meio

da leitura dos

mapas, gráficos,

tabelas e

imagens.

-reconheça a

constituição dos

blocos

econômicos

considerando a

influência política

e econômica na

regionalização

mundial.

-Compreenda a

atual configuração

do espaço

mundial em suas

implicações

sociais

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As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

Os movimentos

migratórios mundiais e

suas motivações.

A distribuição das

atividades produtivas,

a transformação da

paisagem e a (re)

organização do

espaço geográfico.

A dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

O espaço em

rede:produção,

transporte e

comunicação na atual

configuração territorial.

As realidades (local e

paranaense) deverão

ser consideradas

sempre que possível.

Os conteúdos devem

ser espacializados e

tratados em

diferentes escalas

geográficas com o

uso da linguagem

cartográfica – signos,

escala e orientação.

As culturas afro-

brasileiras e

indígenas deverão

ser consideradas no

desenvolvimento dos

conteúdos, bem como

a Educação

Ambiental.

econômicas e

políticas.

-entenda as

relações entre

países e regiões

no processo de

mundialização.

-Compreenda que

os espaços estão

inseridos numa

ordem econômica

e política global,

mas também

apresentam

particularidades.

-Relacione as

diferentes formas

de apropriação

espacial com a

diversidade

cultural.

-Compreenda

como ocorreram

os problemas

sociais e as

mudanças

demográficas

geradas no

processo de

industrialização.

-Identifique os

conflitos étnicos e

separatistas e

suas

consequências no

espaço

geográfico.

-Entenda a

importância

econômica,

política e cultural

do comércio

mundial.

-Identifique as

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implicações

socioespaciais na

atuação das

organizações

econômicas

internacionais.

-Reconheça a

reconfiguração

das fronteiras e a

formação de

novos territórios

nacionais.

-Faça a leitura dos

indicadores

sociais e

econômicos e

compreenda a

desigual

distribuição de

renda.

-Identifique a

estrutura da

população

mundial e

relacione com as

políticas

demográficas

adotadas nos

diferentes

espaços.

-Reconheça as

motivações dos

fluxos migratórios

mundiais

-Relacione o

desenvolvimento

das inovações

tecnológicas nas

atividades

produtivas.

-Entenda as

consequências

ambientais

geradas pelas

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atividades

produtivas.

-Analise as

transformações na

dinâmica da

natureza

decorrentes do

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

-Reconheça a

importância

estratégica dos

recursos naturais

para as atividades

produtivas.

-Compreenda o

processo de

transformação dos

recursos naturais

em fontes de

energia.

-Entenda a

importância das

redes de

transporte e

comunicação no

desenvolvimento

das atividades

produtivas.

MetodologiaComo o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, os principais

conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes e específicos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, usando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas espaciais (local – regional – global).

Os conteúdos estruturantes devem ser abordados de uma forma que se inter-relacionem.

Na 5ª série, o professor deve abordar conhecimentos necessários para o aluno ampliar suas noções espaciais, como as inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais, utilizando-se da cartografia para mostrar como os fenômenos

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se relacionam no espaço.Na 6ª série, o professor deve levar o aluno, que já adquiriu novos

conhecimentos nos anos anteriores, a analisar os fenômenos ocorridos na escala nacional (BR), relacionando-os com a realidade mundial.

Quando compreendidas as noções sobre o território nacional, na 7ª e 8ª séries, o aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais sobre: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões Polares, sempre orientados pelo professor para que reflita sobre as especificidades naturais/sociais, as relações de poder político e econômico.

A cultura afro-brasileira e indígena, bem como a História do Paraná serão abordadas nas séries do Ensino Fundamental no desenvolvimento dos conteúdos.

Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo, para que o aluno tenha maior compreensão do conteúdo, sendo que esta aula deve ser planejada e contextualizada, fortalecendo a relação entre a teoria e a prática.

O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todas as séries, desde a forma rudimentar (o aluno representando seu espaço vivido) até a interpretação de mapas que representem espaços e realidades que ele não conhece de forma mais complexa.

Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas devem ser materiais que utilizados, aperfeiçoarão o processo de ensino-aprendizagem.

AvaliaçãoA avaliação, vista como acompanhamento da aprendizagem, deve ser

diagnóstica e contínua: uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir com a função básica da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e, para o professor, transforma-se num recurso precioso para diagnosticar a aprendizagem.

Por considerar a avaliação um momento fundamental e privilegiado do processo ensino-aprendizagem, propõe-se atividades que proporcionem a integração dos alunos com os novos conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de ensino ao repertório que já possuem.

Para a efetivação da avaliação, é necessário que se perceba em que tempo e forma nossos alunos aprendem em suas diferenças individuais, para que possamos organizar intervenções necessárias ao longo do ano.

A avaliação, para contemplar as diferenças entre as pessoas, deve prezar por instrumentos avaliativos diversificados e utilizados em vários momentos e situações do trabalho escolar, de forma a oferecer condições coerentes para que o aprendizado se efetive.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:• Relatos escritos onde se observem: capacidade de memorização,

observação, descrição, comparação, interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises, síntese, opinião, crítica.

• Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e interpretação de imagens, compreensão de textos, construção de maquetes, aulas de campo, seminários.

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Referências BibliográficasANDRADE,M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.CEAD. Centro de Educação à distância. Apostila Educação Africanidades Brasil. UNB – Universidade de Brasília, 2006.BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário oficial da União, 23 de dezembro de 1996.CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo. Quinteto Editorial, 2002.CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel, 1982.Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar- SEED – julho, 2006.CIGOLINI, MELLO e LOPES, Adilar, Laércio e Nelci. Paraná – Quadro Natural, transformações territoriais e economia. Paraná, Renascer.VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto,1997

5.1.5CIÊNCIAS

Apresentação da disciplinaConsiderando a evolução do pensamento humano tem-se, a partir dele, a

origem da Ciência. Mesmo antes da descoberta do fogo, o homem começou a buscar maneiras

de satisfazer suas necessidades cotidianas, caçando e criando objetos próprios para isso. Passou a cozinhar os alimentos, usando técnicas de conservação e até mesmo descobriu maneiras de transformar uma substância em outra, processo esse chamado de “experiência química”.

Assim do homem que caçava, se inicia um período em que ele começa a tirar proveito da natureza para sua subsistência, aperfeiçoando suas técnicas, aprendendo a armazenar alimentos, desenvolvendo noções de cálculos e criando, até mesmo, calendários a partir de movimentos celestes.

Enfim, o homem começa a formular teorias desenvolvendo crenças e valores, partindo para uma ciência racional: a filosofia.

Com o passar do tempo, começam a surgir denominações para algumas ciências, as quais começam a explicar o mundo através de novas teorias que foram sendo descobertas e estudadas com especificidades, como a Química, que colaborou com a mineração, com a metalúrgica e com a produção de pólvora; a Física, que trouxe grande avanço aos estudos referentes ao magnetismo, à mecânica e à óptica; a Matemática que colaborou com as soluções dos problemas dos navegadores e das construções das grandes catedrais; a Biologia, que por meio da Botânica e da Zoologia, destacou-se com as ilustrações detalhadas para o estudo das plantas e dos animais.

Com a Revolução Industrial, iniciou-se um processo de extração da madeira e do carvão mineral como forma de produção de energia. Com ISS,o intensificaram-se os desmatamentos e também, com o aperfeiçoamento da extração do carvão mineral, evidenciaram-se os processos de impacto ambiental,

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onde o homem percebe que pode interferir na natureza, buscando melhores condições de vida.

Nos anos seguintes, o cientista Charles Darwin muda a visão do homem em relação ao passado quando lança o livro “A Origem das Espécies”, contribuindo para as ciências biológicas, psicológicas, sociológicas e para outros ramos do pensamento; assim como quando Gregor Johann Mendel descobre os princípios da hereditariedade.

No século seguinte, a ciência entra em momentos negativos ao influenciar guerras e miséria de muitos. Mas mesmo perante esses fatos, o desenvolvimento tecnológico também é movido pelos avanços da ciência, ficando cada vez mais claro que a ciência é uma construção humana, intencional e diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.

Através do Decreto 19890/31, a disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da Reforma Francisco Campos. O método de ensino usado na época destaca-se pela exposição, memorização e repetição, sendo propostos os conteúdos Ar, Água e Terra, considerando as perspectivas físicas, químicas, cósmicas, biológicas e sociais.

A importância do ensino de ciências cresceu em todos os níveis e passou a ser objeto de movimentos em busca de reformas educacionais de forma que a ciência e a tecnologia se tornam essenciais para o desenvolvimento econômico, cultural e social da época.

A LDB 4024/61 ampliou o espaço da disciplina de “Ciências Físicas e Naturais”, denominada “Iniciação às Ciências”, estendendo sua obrigatoriedade para todas as séries do ginasial.

Com o regime militar, após 1964, o ensino de Ciências passou a ter um compromisso com a formação de mão de obra técnico/científica para poder assim atender à demanda do desenvolvimento econômico do país.

A partir de uma nova configuração, as disciplinas científicas foram atingidas por uma re-estruturação de um novo currículo, descaracterizando o que historicamente marcava o ensino de Ciências.

O final dos anos 70 marcou-se por uma crescente degradação ambiental através do grande desenvolvimento industrial, resultando numa nova ênfase nos currículos escolares. Assim, neste movimento emerge o Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Na década de 80, o mundo se encontrava em uma competição tecnológica, enquanto o Brasil se via em meio a uma transição política, com o fim da ditadura. A democratização acaba por influenciar o ensino der Ciências, enfatizando as discussões sobre a sua função social.

A partir dos anos 90, o currículo básico propôs ao ensino de Ciências a integração dos conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de astronomia, transformação e interação da matéria e energia e saúde: melhoria da qualidade de vida.

Com a LDB 9394/96, o ensino de Ciências teve seu objeto de estudo redimensionado e o esvaziamento de seus estudos clássicos ocorreu através dos PCN’s – Ciências Naturais e Temas Transversais, hoje denominados de Temas Sociais Contemporâneos. Amplos campos de estudo da disciplina de Ciências, como Saúde, Sexualidade, Meio Ambiente, dentre outros, passaram a ser tratados por outras áreas do conhecimento e a disciplina de Ciências assumiu muitos desses temas em detrimento de muitos conteúdos específicos historicamente

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constituídos, abordando-os através de projetos curriculares e extracurriculares.O PCN – Ciências Naturais se utilizava também das ideias de eixos

norteadores chamado de eixos temáticos: Terra e Universo; Vida e Ambiente; Ser Humano e Saúde; Tecnologia e Sociedade. Mostrar a Ciência como elaboração humana para compreensão do mundo é uma meta para o ensino de Ciências no Ensino Fundamental. A associação entre a Ciência e a tecnologia se amplia, tornando-se presente no cotidiano e modificando o mundo e os seres humanos. Ao descobrir e explicar esses fenômenos naturais, organiza-se e sintetiza-se o conhecimento acumulado pelo homem ao longo de sua trajetória. A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. A Natureza legitima o ensino dessa disciplina, porém o homem tem uma forte influência que determina os fatores naturais, permitindo a ele a dominação e a incorporação de técnicas determinantes neste processo, levadas por fortes influências políticas, sociais e tecnológicas, envolvendo todos os fatores culturais.

Objetivos gerais• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

• Compreender a Ciência como um processo de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

• Identificar relações entre conhecimentos científicos, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática, conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos e básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir de forma crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

Conteúdos5a. sérieBIODIVERSIDADE

• Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente;• Fatores bióticos e abióticos;

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• Introdução à Ecologia e conceitos fundamentais (biosfera, ecossistema, comunidade, população, espécie, habitat e nicho ecológico).

MATÉRIA E ENERGIA• Fotossíntese e sua importância, diferenciando-a do processo de respiração;• Cadeia e teia alimentar.

BIODIVERSIDADE• Relações ecológicas (sociedade, comensalismo, inquilismo, mutualismo,

predatismo, parasitismo e competição);• Educação Ambiental:

- preservação dos biomas naturais brasileiros.MATÉRIA, ENERGIA E ASTRONOMIA

• Origem e constituição do Planeta Terra; Teoria do Big Bang.

MATÉRIA E ENERGIA• Camadas: núcleo, manto, crosta terrestre, hidrosfera e atmosfera.

MATÉRIA E BIODIVERSIDADE• Solo no ecossistema: Formação das rochas; Tipos de rochas (sedimentares, metamórficas e magmáticas); Fósseis; Formação do solo, subsolo e rocha matriz; Componentes do solo.

• Tipos de solo: arenoso, argiloso, calcário e humífero;• Solos típicos do Paraná.

BIODIVERSIDADE• Aproveitamento do solo e tipo de erosão (pluvial, fluvial, eólica, marinha e

causada pelo homem);• Combate à erosão (curvas de nível, faixas de retenção, terraceamento,

cobertura vegetal e reflorestamento de mananciais);• Vegetação típica do Paraná;• Educação Ambiental: Poluição e contaminação do solo; Lixo e reciclagem.

SISTEMAS BIOLÓGICOS• Doenças: tétano, ancilostomose, teníase, ascaridíase, toxoplasmose e a

causada pelo bicho geográfico.MATÉRIA E BIODIVERSIDADE

• Água no ecossistema: Importância para os seres vivos; Disponibilidade na natureza; Estados físicos e suas mudanças; Ciclo da água e a interferência humana.

MATÉRIA• Fórmula química;• Propriedades.

BIODIVERSIDADE• Saneamento básico (estação de tratamento de água e esgoto);• Principais mananciais e aquíferos do Paraná.

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SISTEMAS BIOLÓGICOS• Doenças: amebíase, cólera, leptospirose, esquistossomose, dengue e

malária.MATÉRIA E BIODIVERSIDADE

• Ar no ecossistema:• Importância para os seres vivos.

MATÉRIA• Camadas atmosféricas;• Composição do ar (componentes essenciais e ocasionais);• Propriedades do ar.

BIODIVERSIDADE• Poluição e contaminação do ar.

SISTEMAS BIOLÓGICOS• Doenças: poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, varicela, gripe,

meningite, tuberculose e pneumonia.

6ª sérieBIODIVERSIDADE

• Hipóteses e evolução dos seres vivos;• Classificação e nomenclatura dos seres vivos.

BIODIVERSIDADE E SISTEMAS BIOLÓGICOS• Características gerais dos seres vivos;• Reinos da natureza (Introdução geral):• Vírus;• Reino Monera;• Reino Protista;• Reino Fungi;• Diferenças entre vertebrados e invertebrados;• Características gerais de invertebrados (representantes, hábitat,

alimentação, locomoção, reprodução, importância econômica e curiosidades):

• Poríferos• Cnidários• Platelmintos• Nematelmintos• Moluscos• Anelídeos• Artrópodes (insetos, crustáceos e aracnídeos);• Equinodermos;• Características gerais dos vertebrados (representantes, hábitat,

alimentação, locomoção, reprodução, importância econômica e curiosidades):

• Peixes;• Anfíbios;• Répteis;• Aves;

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• Mamíferos;• Fauna típica do Paraná;• Reino Plantae;• Algas Pluricelulares;• Briófitas e pteridófitas;• Pinófitas;• Magnoliófitas (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente);• Flora típica do Paraná;• Educação Ambiental;• Preservação da Flora e Fauna; • Separação, reciclagem e reaproveitamento do lixo.

7ª sérieSISTEMAS BIOLÓGICOS

• Níveis de organização do corpo humano: Célula; Tecidos; Órgãos; Sistemas.• Células

diferença entre célula animal e vegetal; estrutura, funcionamento e componentes da célula animal.

• Tecidos tipos de tecido; funções dos principais tecidos do corpo humano.

• Sistema nervoso células nervosas sistema nervoso central sistema nervoso periférico sistema nervoso autônomo ação das drogas no Sistema Nervoso

• Sistema sensorial órgãos dos sentidos

• Sistema endócrino glândulas e hormônios

• Sistema reprodutor órgãos e funções métodos anticoncepcionais gravidez doenças sexualmente transmissíveis

• Sexualidade (violência, novas identidades)• Drogadição (prevenção e violência)

MATÉRIA• Alimentação

tipos de alimentos

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substâncias que formam comidas típicas do Paraná

SISTEMAS BIOLÓGICOS, MATÉRIA E ENERGIA Digestão

• órgãos e funções• caminho dos alimentos

Respiração• órgãos e funções• a energia e a respiração

SISTEMAS BIOLÓGICOS Circulação

• órgãos e funções• circulação sangüínea• - sangue• - linfa

Excreção• órgãos e função

Sistema urinário Ossos e músculos

• tipos• funções• propriedades

SISTEMAS BIOLÓGICOS E BIODIVERSIDADE Noções de Genética

• histórico• definição de cromossomo• DNA e gene• as diferenças étnicas

8ª sérieASTRONOMIA

Diferenças entre Astronomia, Astronáutica e Astrologia Origem do sistema solar Sol: fonte de energia Astros do Universo: características gerais (planetas,

planetóides, estrelas, asteróides, meteoros, meteoritos) Lua: movimentos, fases e eclipses (solar e lunar) Terra: movimentos, características, gravitação, peso e massa Astronáutica

instrumentos espaciais (satélites, luneta, telescópio, foguetes, estações e ônibus espaciais, sondas, robôs)

desenvolvimento e aplicações na meteorologia, telecomunicações e em outras áreas

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MATÉRIA E ENERGIA• Aplicações no cotidiano da física e química• Fenômenos físicos e químicos• Conceitos de matéria, corpo, objeto, substância e mistura• Propriedades gerais e específicas da matéria• Mudanças de estados físicos da matéria• Átomos e moléculas• Modelos atômicos• Tabela Periódica: classificação dos elementos químicos,

símbolos, número de massa e número atômico, isótopos, isóbaros e isótonos, utilização dos elementos químicos no cotidiano

• Ligações e reações químicas• Funções químicas: ácidos, bases, sais e óxidos• Química ambiental: chuva ácida, ozônio, efeito estufa,

aquecimento global• Química nos seres vivos: fotossíntese, respiração e

fermentação• Educação Ambiental ( poluição por agentes químicos na água,

ar, solo e seres vivos) • Poluição e contaminação do ar, água e solo no Paraná por

indústrias, garimpos, esgotos etc.

ENERGIA• Grandezas Físicas pelo Sistema Internacional• Cinemática e segurança no trânsito• Movimento• Deslocamento• Trajetória• Referencial• Velocidade e velocidade média• Aceleração• Distância• Tempo• Dinâmica

ASTRONOMIA E ENERGIA

• Lei da Gravidade• Leis de Newton

ENERGIA• Tipos de energia (térmica, sonora e luminosa)

Eletricidade e Magnetismo Condutores Imãs

MetodologiaO ensino de Ciências deve considerar o desenvolvimento cognitivo dos

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estudantes, relacionando suas experiências, sua idade, sua identidade cultural, social e os diferentes significados e valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja significativa. Trata-se, portanto, de organizar atividades interessantes que permitam a exploração do conhecimento, sendo possível enfatizar as relações no âmbito da vida, do universo, do ambiente e equipamentos tecnológicos que poderão melhor situar o estudante no mundo.

A atuação do professor é essencial: informando, apontando relações, questionando a classe com perguntas e problemas desafiadores, trazendo exemplos, organizando trabalhos com vários materiais, como elementos da natureza, da tecnologia, textos variados, ilustrações e debates. O professor deve estabelecer diálogo para que haja a associação daquilo que os estudantes já conhecem com os desafios e com os novos conceitos propostos. Ao planejar cada tema, selecionar problemas, que correspondam a situações interessantes para interpretar. Exemplo: notícias de jornal, filme, uma situação da realidade social e cultural, relacionados com os conceitos de Ciências. Os procedimentos correspondem aos modos de buscar, organizar e comunicar conhecimentos. São bastante variados: a observação, a experimentação, a comparação; a elaboração de hipóteses e suposições; o debate oral sobre hipóteses; o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e ideias; a leitura e a escrita de textos informativos; a elaboração de roteiros de pesquisa bibliográfica; a busca de informações em fontes variadas; a elaboração de questões para enquete; a organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos; o confronto entre suposições e entre os dados obtidos por investigação; a elaboração de perguntas e problemas; a proposição para solução de problemas. Dentro das ciências naturais deve-se buscar o desenvolvimento de posturas e valores que envolvem muitos aspectos da vida social e cultural, do sistema produtivo e das relações entre os seres humanos e da natureza. Busca-se também a valorização da vida e a responsabilidade em relação à saúde e ao meio ambiente, através de investigações e diversidade de opiniões nos trabalhos em grupo. Além disso, o incentivo às atitudes de curiosidade e de persistência, na busca e na compreensão das informações, de preservação do ambiente e sua apreciação estética, de apreço e respeito à individualidade e à coletividade. Os recursos didáticos e tecnológicos usados na disciplina são textos de revistas, livros, internet, jornais; também objetos imprescindíveis como vídeos, DVD's, TV, data-show, painéis, fotos de revistas e livros, computadores, laboratório científico, etc.

Avaliação A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve ser considerado em direta associação com os demais. Informa ao professor o que foi aprendido pelo estudante, informa ao estudante seus avanços, dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda. A avaliação não deve ser o final do processo de ensino, ela se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante toda situação escolar; portanto a avaliação ao final de um

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período de trabalho é o resultado de um acompanhamento contínuo e sistemático. São muitas as formas de avaliação: individual e coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação podem ser: a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes; as respostas dadas; os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observações etc; atividades específicas de avaliação ( pesquisas, relatórios, provas dissertativas ou de múltipla escolha, trabalhos gerais). As atividades de avaliação devem solicitar ao estudante fazer uso de seu conhecimento, interpretar situações determinadas, utilizar informações, conceitos, procedimentos ou atitudes que são objetos de discussão, contextualizando sempre a aprendizagem. A análise conjunta de estudante e professor é importante no processo educativo, pois não é baseada apenas na correção de exercícios e provas. A autoavaliação deve fazer parte desse processo, pois promove situações em que os estudantes podem tomar consciência tanto do seu processo de aprendizagem como do seu processo educativo geral.

Referências BibliográficasBARROS NETO, B.; SCARMINIO, I.; BRUNS, R. Como fazer experimentos. Campinas: UNICAMP, 2003. FRIAÇA, A.; PINO, E.; SODRÉ JR., L.; PEREIRA, V. Astronomia: uma visão geral do universo. 2 ed. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2006.OLIVEIRA, D. Ciências nas salas de aula. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005.DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – Ciências. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2006 Brasil. Presidência da República. Lei n°9795/99.Brasília.1999Paraná. Governo do Estado. Lei n°13381/01. Curitiba.2001Brasil. Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da REDE DE ENSINO a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e da outras providências.

5. 1.6 – ARTE

Apresentação da disciplinaA disciplina de Arte tem como eixo condutor, a associação entre a Arte e a

Cultura. Tem como embasamento uma reflexão consciente sobre a diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem, proporcionando, por meio da experiência estética, um exercício constante do olhar em relação ao mundo, associando também, as novas tecnologias da sociedade contemporânea às diferentes linguagens artísticas: artes visuais, teatro, música e dança, e assim estabelecer relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos.

Ao traçar-se um panorama histórico da Educação Brasileira, percebem-se evidências de que houve inúmeras mudanças dos conceitos que permearam o ensino de Arte no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso (com a catequização dos nativos), até o estabelecimento de uma visão puramente tecnicista, na qual o educador de Artes foi entendido como um profissional

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polivalente. Mesmo com incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do séc. XIX,

resultando na criação da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826), nas escolas, o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão foi aprovada na 1ª Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.

A partir de 1931, com a implantação do ensino da música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de massa. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o início do séc. XX esteve voltada para uma elite basicamente masculina.

No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual do Paraná, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.

E, somente em 1971, com a Lei 5692/71, o ensino da Arte passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras, porém com conteúdo reduzido a uma visão tecnicista, na qual o educador de Artes é entendido como um profissional polivalente, devendo dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música.

Em 1996, a Lei de Diretrizes de Base da Educação (n.º9.394/96) ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, essa disciplina passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

A Arte tem sido tomada, ora como conhecimento técnico, centralizada no científico racional, ora como expressão espontânea, priorizando a sensibilidade individual. Assim, perdeu-se de vista a sua totalidade.

Ao buscar a contextualização da Arte e do seu ensino, tenta-se compreender a prática artística e suas relações com base na economia, nos aspectos culturais, políticos, sociais e seus reflexos nas produções, que variam determinando todo um sistema de ideias e de representações.

Neste sentido, procura-se entender o processo histórico que levou o ensino de Arte a se manter numa posição marginalizada dentro do sistema educacional e buscam-se valores estéticos que possibilitem a democratização do saber artístico.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões constantes e que contemplem a Arte efetivamente como área de conhecimento, fundamental na formação de todos os educandos, buscando sua inserção social; condições concretas para a satisfação da necessidade humana de autoafirmação e uma leitura de realidade, comprometendo-se com a valorização da diversidade cultural, legitimando assim, sua interação.

Uma das principais funções da escola é oportunizar aos estudantes o acesso ao patrimônio cultural que a humanidade vem construindo ao longo dos séculos, bem como desenvolver o olhar crítico, a criatividade e a experimentação prática pautada no apreciar, no conhecer e no fazer artístico.

A Arte está presente em tudo o que nos cerca, e sempre esteve ligada à história da humanidade, tornando possível o registro estético de costumes, sentimentos e visões de mundo. Desvelando essa história e essa cultura, o homem se torna conhecedor de si mesmo, de sua identidade cultural, pois somos constituídos culturalmente. Faz-se necessário considerar que “a cultura é um fenômeno plural, multiforme, heterogêneo, dinâmico” (CANDAU, 2002, p. 72) e envolve tudo o que é produzido pelo ser humano, o que, portanto, produz sentidos e significados para o ensino da Arte. Tendo referência neste conceito, o professor

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terá argumentos para justificar a seleção e o tratamento dos conteúdos, impedindo que o currículo se torne mais um elemento de exclusão.

A Arte, enquanto disciplina escolar, possibilita o ensino como instrumento para apreensão do saber estético; formação dos sentidos humanos; conhecimento constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais locais, nacionais e globais. No contexto histórico-social, o repertório de conhecimento do aluno deve ser legitimado pela sua manifestação valorizada como produção cultural.

A sistematização do ensino da Arte na escola desempenha um papel social, na medida em que democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção da sua própria nação (BARBOSA, 2002, p. 14). Assim sendo, as práticas educativas da disciplina, precisam assumir um compromisso com a diversidade cultural.

Partindo da concepção de que a construção do conhecimento em Arte acontece por meio da inter-relação de saberes, entende-se que, ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das diferentes manifestações artísticas, o educando se torna consciente, informado e reflexivo a respeito do processo de criação, ampliando assim, gradativamente, sua bagagem cultural.

A complexidade do atual contexto, profundamente marcado pelo processo de mundialização da cultura e da globalização, exige que a disciplina de Arte propicie aos educandos oportunidades de leituras de diferentes culturas, superando preconceitos e valorizando a riqueza da diversidade. Mais do que fundamentado teoricamente, o professor necessita relembrar diariamente da importância da interação entre professor, aluno e conhecimento. Com isso, torna-se explícito o compromisso de favorecer a democratização da produção cultural.

Neste sentido, o valor educativo da Arte se destaca, na medida em que reconhece este componente curricular como imprescindível na formação do indivíduo e para o exercício pleno da vida cidadã. Em sua especificidade, o objeto de estudos de Arte é o conhecimento estético. Os saberes decorrentes permitem que a Arte seja entendida como um conjunto de linguagens, cada uma com seus elementos e códigos.

Cada linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita a comunicação e a interação, estruturados segundo princípios que cada cultura constrói. Desta forma, ensinar arte é muito mais do que simplesmente apresentar certos elementos da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes representações culturais, analisando os processos de criação e execução destas produções, pois a aprendizagem se nutre da investigação, do diálogo e do olhar do outro.

Segundo Japiassu (2001, p. 24), a necessidade de apropriação pelo aluno das linguagens artísticas são instrumentos poderosos de comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo com esta concepção, o objetivo das artes não é a formação de artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de expressão que dinamizam processos afetivos, cognitivos e psicomotores.

O conhecimento será realmente significativo, se a prática pedagógica do professor de Arte, através dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações entre os conhecimentos adquiridos e a diversidade cultural, de forma

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que esses saberes sejam valorizados e tornem-se cheios de sentido. No entanto, pensando na eficácia dessa proposta pedagógica, e visando atender o aluno como um sujeito histórico e social, sistematizaram-se três formas de interpretação da Arte, que deve ser aplicada na escola: a Arte como Ideologia, a Arte como Conhecimento e a Arte como Trabalho Criador.

A Arte é uma das principais formas de organização social e expressão de oposição às forças dominantes. No séc. XX a juventude brasileira apresentou várias mobilizações ideológicas através da arte. Trabalhar a Arte como Ideologia nas escolas faz com que nossos alunos se tornem membros atuantes e críticos da sociedade.

A Obra de Arte é a expressão da realidade ao mesmo tempo em que é criadora da realidade. Assim, o Conhecimento estético é construído historicamente, e se expressa na arte através de sua própria organização.

A característica essencial do ensino da Arte está no Trabalho Criador, pois é através desse que o homem cria, transforma, atribui significados e emoções, colocando na obra o seu próprio existir. Criar é fazer algo novo, inédito, que reflete o sujeito criador, dando a ele a possibilidade de ser agente social e histórico de uma nova realidade.

Essas três formas de interpretação da Arte aplicadas na escola visam construir um ensino da arte voltado para um processo de humanização e sensibilização do ser humano.

Objetivos Gerais• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude

de busca pessoa; e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte ( Artes Visuais, Dança, Música, Teatro ), de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente;

• Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;

• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo sensível;

• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da produção dos artistas;

• Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias;

• Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, obras de arte, fontes de comunicação e informação.

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte em suas múltiplas linguagens - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se

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deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica.• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens

da arte (música, artes visuais, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas;

• Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre outros.

Conteúdos EstruturantesEm Música, Dança, Teatro e Artes Visuais, os conteúdos estruturantes são;

elementos formais, composição, movimentos e períodos.

ÁREA DE MÚSICA• Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.• Composição: ritmo, melodia, harmonia, escalas modal, tonal e fusão

de ambos, gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop), técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista) improvisação.

• Movimentos e períodos: Da Pré-História até a Contemporaneidade.

ÁREA ARTES VISUAIS• Elementos formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, volume,

cor e luz.• Composição: bidimensional, tridimensional, figura fundo, figurativo,

abstrato, perspectiva, semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, assimetria, deformação, estilização, diferentes técnicas (desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura, escultura, arquitetura, história em quadrinhos...), gêneros (paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...)

• Movimentos e períodos: História das artes visuais da Pré-História à Contemporaneidade (Pré-História, Egito, Grécia, Roma, Idade Média, Barroco, Séc. XX...).

ÁREA TEATRO• Elementos formais: personagem (expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais), ação e espaço. • Composição: técnicas (jogos teatrais, teatro direto e indireto,

mímica, direção, ensaio, teatro-fórum, roteiro, encenação, leitura dramática...), gêneros (tragédia, comédia, drama e épico), dramaturgia representação nas mídias caracterização, espaço cênico (cenografia, sonoplastia, iluminação , figurino), direção e produção.

• Movimentos e períodos: História do teatro da Pré-História à Contemporaneidade. (Teatro greco-romano, medieval, brasileiro,

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paranaense, popular, indústria cultural, teatro engajado, dialético, essencial, do oprimido, teatro pobre, vanguarda, renascentista, latino-americano, realista e simbolista).

ÁREA DANÇA• Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.• Composição: eixo, dinâmica, aceleração, ponto de apoio, salto e

queda, rotação, níveis, formação, deslocamento, técnicas (improvisação, coreografia), gêneros (espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea).

• Movimentos e períodos: História da dança da Pré-História à Contemporaneidade. (Pré-história, greco-romana, medieval, Renascimento, dança clássica, popular brasileira, paranaense, africana, indígena, Hip Hop, expressionismo, indústria cultural, dança moderna, vanguardas, dança contemporânea).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª SÉRIE• ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade

COMPOSIÇÃO• Densidade• Ritmo• Melodia• Escalas: diatônica, pentatônica, cromática, maior, menor• Improvisação• Gêneros: erudito, popular

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Greco-Romana• Oriental• Ocidental• Idade Média• Música Popular (folclore)

• ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Ponto• Linha• Textura• Forma• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO

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• Bidimensional• Tridimensional• Figurativa/Abstrato• Geométrica• Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura• Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia.

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Arte Greco-Romana• Arte Africana• Arte Oriental• Idade Média• Arte Popular (folclore)• Arte Pré-Histórica• Renascimento• Barroco

• ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO• Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação,

máscara• Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. • Espaço Cênico, circo.• Adereços

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Greco-romano• Teatro Oriental• Africano• Teatro Medieval• Renascimento• Teatro Popular

• ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo• Espaço

COMPOSIÇÃO• Eixo• Deslocamento• Ponto de Apoio• Formação• Técnica: Improvisação• Gênero: Circular

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Pré-história• Greco-Romana

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• Medieval• Idade Média• Arte Popular (folclore)

6ª SÉRIE• ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

COMPOSIÇÃO• Ritmo• Melodia• Escalas• Estrutura • Gêneros: folclórico, popular, étnico• Técnicas: vocal, instrumental, mista• Improvisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Música popular e étnica (ocidental e oriental) • Brasileira• Paranaense• Africana• Renascimento• Neoclássica• Caipira/Sertanejo Raiz

• ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Ponto• Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO• Bidimensional• Tridimensional• Figurativa• Abstrata• Geométrica• Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista,

pontilhismo...

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• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.MOVIMENTOS E PERíODOS

• Arte indígena• Arte Popular Brasileira e Paranaense• Abstracionismo• Expressionismo• Impressionismo

• ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO• Representação,• Leitura dramática,• Cenografia.• Gêneros: Rua, Comédia, arena,• Caracterização• Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas

animadas... MOVIMENTOS E PERÍODOS

• Comédia dell' arte• Teatro Popular• Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

• ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo• Espaço

COMPOSIÇÃO• Gênero: Folclórica, popular, étnica• Ponto de Apoio• Formação• Rotação• Coreografia• Salto e queda• Níveis (alto, médio e baixo)

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Dança Popular• Brasileira• Paranaense• Africana• Indígena• Renascimento

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7ª SÉRIE

• ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

COMPOSIÇÃO• Ritmo• Melodia• Harmonia• Tonal, modal e a fusão de ambos.• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista • Sonoplastia

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Indústria Cultural• Eletrônica• Minimalista• Rap, Rock, Tecno • Sertanejo pop• Vanguardas• Clássica

• ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO• Bidimensional• Tridimensional• Figurativo• Abstrato• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual• Cenografia• Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...• Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Indústria Cultural

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• Arte Digital• Vanguardas• Arte Contemporânea• Arte Cinética• Op Art• Pop Art• Classicismo

• ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO• Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)• Texto dramático• Cenografia• Maquiagem• Sonoplastia• Roteiro, enredo• Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Indústria Cultural• Realismo• Expressionismo• Cinema Novo• Vanguardas• Classicismo

• ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo• Espaço

COMPOSIÇÃO• Direções• Dinâmicas• Aceleração• Improvisação• Coreografia• Sonoplastia• Gênero: Indústria Cultural, espetáculo

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Hip Hop• Musicais• Expressionismo• Indústria Cultural • Dança Moderna

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• Dança Clássica

8ª SÉRIE• ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

COMPOSIÇÃO• Ritmo• Melodia• Harmonia• Estrutura • Técnicas: vocal, instrumental, mista • Gêneros: popular, folclórico, étnico.

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Música Engajada• Música Popular Brasileira.• Música contemporânea• Hip Hop, Rock, Punk • Romantismo

• ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO• Bidimensional• Tridimensional• Figurativo• Geométrica• Figura-fundo • Perspectiva• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual• Cenografia

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Técnica: Pintura, desenho, performance...• Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

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• Realismo• Dadaísmo• Arte Engajada• Muralismo• Pré-colombiana• Grafite (Hip Hop)• Romantismo

• ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO• Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro

Imagem• Representação• Roteiro, enredo• Dramaturgia• Cenografia• Sonoplastia• Iluminação• Figurino• Gêneros• Teatro Engajado• Teatro do Oprimido• Teatro Pobre• Teatro do Absurdo

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Romantismo

• ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo• Espaço

COMPOSIÇÃO• Ponto de Apoio• Níveis (alto, médio e baixo)• Rotação• Deslocamento• Gênero: Salão, espetáculo, moderna• Coreografia

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Arte Engajada• Vanguardas• Dança Contemporânea• Romantismo

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MetodologiaA didática do ensino de Arte visa o trabalho com a diversidade da

produção artística, observando os processos de apreciação, interpretação e criação artística, no sentido de construir e reconstruir o conhecimento.

As inovações no ensino da Arte, não podem ser compreendidas apenas do ângulo metodológico, sob pena de se perder de vista que ensinamos um determinado conteúdo com uma finalidade específica. Por esta razão, o conteúdo – o conhecimento artístico que dá suporte à apreciação (leitura e interpretação) e ao fazer artístico – é o ponto de partida para se pensar a forma ou os procedimentos de ensino.

As atividades propostas na área de Artes devem garantir e ajudar os alunos a desenvolver modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre a Arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação, sendo que não basta a existência ou o retorno ao conhecimento enquanto saber artístico; é necessário, na prática, criar as condições de transmissão e assimilação, organizando-o de tal forma que aluno passe gradativamente do não domínio ao domínio dos conteúdos.

O valor da arte fundamenta-se no princípio de que a apreciação da arte não é outra coisa senão torná-la verdadeiramente nossa, apropriando-se humanamente dela. Mas, apropriar-se da produção artística exige, além das atividades baseadas na apreciação, um conjunto de exercícios fundamentados no conhecimento das técnicas, dos códigos de cada linguagem e das regras de composição. O professor deve ter claro que cada atividade consiste em um problema que o aluno deve resolver, portanto, ao propor um exercício artístico, sempre atento aos problemas específicos de cada linguagem, há que prover os alunos de referências adequadas. Além disso, não pode esquecer que a aprendizagem é processual.

AvaliaçãoOs critérios de avaliação em Arte decorrem dos conteúdos; consistem em

uma seleção de expectativas que evidenciam a apropriação destes conteúdos pelos alunos.

Não se propõe aqui avaliar a expressão ou o trabalho do aluno, mas no seu trabalho, avaliar o domínio que este vai adquirindo dos modos de organização destes conteúdos ou elementos formais na composição artística. Isto significa que há modos de organizar, de expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons da realidade, de forma que a resolução de uma proposta de representação artística tem por base o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc.

Estes aspectos devem possibilitar ao aluno:• expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho

artístico;• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;• fazer leitura da produção artística, a partir dos procedimentos que foram

usados;• ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a

ver os objetos somente sob seus aspectos prático-utilitários;• construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico, permitindo que este venha a

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ser partilhado com os outros.Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o mediador da

relação aluno-produção artística e a avaliação como parte deste processo, deve possibilitar ao professor verificar em que medida houve a apropriação do conteúdo proposto.

Referências BibliográficasAZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revisada e ampliada. São Paulo: Melhoramentos, Editora da USP, 1971.BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BARBOSA, A. M. (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.BARBOSA, A. M. B. Recorte e colagem: influência de John Dewey no ensino da arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989._______. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. 4. ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.______. O Sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001.FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.PILLAR, A. D. A educação do olhar no ensino da arte. In: BARBOSA, A. M. (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 2001.SANTOS, J. L. O que é cultura. 6.ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.VYGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Arte/Artes. Curitiba: SEED, 2008.

5.1.7 - EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação geral da disciplinaA Educação Física deve ser entendida como Princípio de Liberdade. Desta

forma, o homem, ao praticá-la, deve buscar valores éticos a morais, tais como: a verdade, a beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da prática de uma forma equilibrada e, se completando, levam à conquista da liberdade e da cidadania.

A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos da educação, ou seja, deve preocupar-se com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso, suas atividades que se concretizam pelo movimento.

Como disciplina integrante do currículo, deve estar fundamentada na

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produção do conhecimento, tendo consciência de seus condicionantes histórico-sociais e sendo um instrumento de apropriação do saber. Deve ter como princípio, a relação dialética de compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico-crítica de educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas diversas relações, respeitando seus interesses, sua maturação e as experiências anteriores adquiridas.

As transformações que se podem fazer no conhecimento de forma duradoura para traduzir em qualidade de vida, precisam ser medidas pela educação. A abordagem da relação entre “atividade física e qualidade de vida” deverá ir além das aulas de Educação Física, mediante informações que evidenciem a preocupação com a promoção da saúde e que forneçam subsídios que possam levar os alunos a se conscientizarem da importância da atividade física como uma prática regular no seu dia-a-dia.

Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática para a percepção da atividade física e esportiva como um componente cultural responsável pela cultura corporal e esportiva, presente na sociedade atual em que o aluno está inserido. É por meio da Educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade física como uma prática necessária e regular, proporcionando assim uma política de melhoria na qualidade de vida durante e após sua vida escolar.

Pensando na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino Fundamental, podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho com os esportes e, principalmente, a mesma metodologia de ensino – a execução de fundamentos, seguida de vivências de situações de jogo. Contudo, é possível constatar em algumas escolas, um aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a impressão de que o sentido da Educação Física passa a ser o comportamento estratégico durante a prática desportiva.

Para a efetividade da presente proposta, devemos buscar a excelência de conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de uma concepção histórico-crítica de Educação. Para tanto, o resgate do compromisso social na ação pedagógica da Educação Física, no sentido da transformação do “como é”, para o “como poderá ser”, deve ser conquistado.

Objetivos geraisFazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos científicos,

com relação à importância da atividade física e desportos, à socialização, à consciência do respeito mútuo, à dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo, desenvolvendo hábitos de higiene e de alimentação e noções de primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse desses conhecimentos, buscarem aplicá-los no seu cotidiano, vivenciando sempre o processo de investigação científica e tecnológica.

Conteúdos• MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS: origem dos diferentes esportes e sua

mudança na história, o esporte como fenômeno de massa, princípios básicos dos esportes, táticas e regras, o sentido da competição esportiva, possibilidades dos arremessos, deslocamentos, passes, fintas, práticas esportivas: esportes com o sem equipamentos.

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• MANIFESTAÇÕES DE GINÁSTICA: origem da ginástica e sua mudança no tempo: diferentes tipos de ginástica, práticas de ginásticas, cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.

• BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS: a construção coletiva de jogos, a brincadeira. Oficinas de construção de brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas, diferentes manifestações e tipos de jogos, jogos e brincadeiras com e sem materiais, diferenças entre jogo e esporte.

• MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO: a dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais, diferentes tipos de dança. Danças tradicionais e folclóricas, desenvolvimento de formas corporais ritmo-expressivo: mímica, imitação e representação, expressão corporal com ou sem materiais.

• Manifestações relacionadas ao corpo humano (exame biométrico peso e altura).

• Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, temos:

• ESPORTE: consideram-se esportes as práticas que adotam regras de caráter oficial e competitivo, ou seja, envolvem disputa entre equipes e indivíduos, tendo como critério de julgamento os pontos ou escores, dentro de uma prática social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma maneira geral, na Educação Física, o esporte subdivide-se em coletivo ou individual, de acordo com a atividade praticada.

• Esportes coletivos: são atividades essencialmente de ataque e defesa que se estruturam na disputa entre duas equipes com enfoque no grupo dentro de uma organização técnica e tática.

• Esportes individuais: são atividades que se estruturam na disputa entre jogadores com um mesmo objetivo e simultaneamente competem contra uma variável externa (tempo e distância). Tem enfoque no indivíduo dentro de uma organização técnica e tática.

• Aprofundar conhecimento do funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar atividades corporais.

• Conhecer as diferentes provas do atletismo, fundamentos e posturas, conduções e formas de atividades individuais.

• DANÇAS: são atividades de manifestações da cultura corporal que têm como característica a intenção de expressão e comunicação por meio de gestos e a presença de estímulos sonoros como referência para o movimento corporal. Trata-se principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos musicais.

• GINÁSTICA: são atividades essencialmente acrobáticas, com técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado que, como ou sem uso de aparelhos, abre a possibilidade de atividades que provoquem valiosas experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para as atividades do cotidiano e também para outras atividades, como as recreativas, esportivas e competitivas.

• LUTAS: são atividades essencialmente de ataque e defesa com base nas artes marciais. São disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas e estratégias de desequilíbrio, confusão, imobilização ou

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exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.

5ª série• Movimentos; • Alimentação; • Benefícios da Educação Física;• Ginástica geral envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,

higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica;• Atletismo: histórico, caminhadas,• Atividades pré-desportivas;• Futsal: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades

pré-desportivas, o jogo;• Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias expressão

corporal;• Voleibol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas, atividades

pré-desportivas, o jogo;• Handebol: histórico e considerações, fundamentos, regras básicas,

atividades pré-desportivas, o jogo,• Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre, jogos

dramáticos e em sala.• Atividades relacionadas com o corpo humano: exame biométrico (peso e

altura)

6ª série• Conhecimento do corpo (primeiros socorros) • História da Educação Física no Brasil;• Higiene e saúde;

Exame biométrico;• Ginástica geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,

higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica;• Atletismo:

• história no Brasil;• caminhadas;• velocidade - saída alta e baixa• considerações sobre a corrida;• atividades pré desportivas.

• Futsal e futebol (Copa do Mundo).• histórico no Brasil e no mundo;• iniciação e desenvolvimento dos fundamentos, jogo.

• Dança: • histórico e evolução das formas de dança;• expressão corporal;• ritmo;• dança folclórica;• criatividade.

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• Voleibol: • histórico no Brasil;• fundamentos técnicos e regras;• atividades pré-desportivas, jogo;• fundamentos técnicos, regras;• atividades pré-desportivas, jogo.

• Basquetebol:• fundamentos técnicos, regras;• atividades pré-desportivas, jogo.• histórico

• Xadrez, dama e tênis de mesa.• Lutas (karate, capoeira)

• origem histórica • ginga e pequenos golpes

7ª série• Importância da atividade física;• Identificação das capacidades físicas básicas;• Cuidados com a alimentação;• Exame biométrico;• Ginástica: rítmica desportiva e olímpica;• Ginástica geral envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,

ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica;• Dança: ritmo, técnica, tipos;• Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;• Xadrez: formas de jogadas;• Voleibol;• Handebol;• Basquetebol.

• Lutas (judô, taekendo)

8ª série• Atividade física e qualidade de vida;• Importância da regra nosso jogos em nossa vida;• Respeitando os limites pessoais;• Ginástica: aeróbia e localizada;• Ginástica geral envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,

ginástica de solo, alongamento;• Atletismo: caminhadas, salto em altura e salto em extenção.• Saltos: considerações e técnicas;• Dança: coreografias rítmicas e criatividade, expressão corporal;• Futsal;• Voleibol;• Handebol;• Basquetebol;• Futebol (copa do mundo)

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MetodologiaAo estudarmos o corpo humano e seus movimentos, a Educação Física

objetiva atingir a consciência, domínio e a plenitude do movimento, trabalhando através dos pressupostos existentes e nas amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.

As atividades deverão permitir ao aluno a exploração motora, vivenciada através das possibilidades propostas, oportunidades que deem condições de criar novos caminhos para a prática esportiva, propiciando uma consciência e domínio do seu corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.

A proposta para Educação Física aborda os conteúdos da disciplina destacando:

• projetos de estímulo à prática de atividade física e esportiva;• a ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para

além das abordagens centradas na motricidade;• o desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de

maneira que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva e sensitiva do aluno;

• as práticas corporais, tendo como princípio o desenvolvimento do sujeito;

• a superação do caráter da Educação Física como mera atividade;• a Educação Física voltada à aptidão física e à saúde;• a integração no processo pedagógico como elementos

fundamentais para o processo de formação humana do aluno;• atividades esportivas;• propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na

qual está inserido;• a Educação Física voltada à qualidade física;• cultura corporal;• a interdisciplinaridade;• trabalhos individuais e em grupos;• atividade e complexidade progressiva.

A Educação Física propiciará a potencialização das formas de expressão do corpo. A importância será:

• do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;

• do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;

• do respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem realizar o que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir com elementos que levem o sujeito a questionar formas de preconceito sobre a domesticação e a violência em relação ao corpo.

A Educação Física consiste em vários métodos de aprendizagem, por isso dependerá da análise do educador ao escolher o qual se escolherá para que o ensino seja rápido e consistente. Esta análise dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se esses foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.

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Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos aos alunos técnicas de trabalho corporal, podendo ser como preparação para outras modalidades, como relaxamento para a manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, repetitiva e de convívio social, envolvendo a utilização de materiais ou não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.

Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos alunos com relação à consciência e domínio corporal, trabalhando através dos precursores do movimento expressivo da ginástica, dança e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades motoras, visando à compreensão do disposto, transpondo para seu cotidiano e facilitando nas atividades escolares e sociais.

O professor não apenas terá preocupação com o rendimento, mas também observar o aluno em seu desenvolvimento nos pressupostos do movimento humano, que são condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.

Critérios de AvaliaçãoA proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e

diversificar a prática pedagógica, buscando sempre ampliar as dimensões afetivas, cognitivas e sócio-culturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as discussões, os planejamentos e as avaliações da prática de Educação Física.

Em todas as atividades propostas, tem-se por objetivo o desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno. A avaliação, neste sentido, visa diagnosticar como a disciplina está contribuindo para a efetiva apropriação desses saberes. A meta do ensino de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas e intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.

A avaliação será contínua, buscando o desenvolvimento da consciência corporal. Serão discutidos textos teóricos e analisado o desenvolvimento individual do aluno. Sua participação e evolução bio-psico-social será valorizada. Na dança, a relação que o indivíduo faz com o ritmo do seu corpo, o envolvimento e interesse do aluno sobre os diferentes tipos de dança será alvo de observação.

O professor irá atuar na superação de dificuldades individuais e grupais, enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno tenha apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.

Serão observados ainda, os seguintes aspectos:Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em grupos.

Como complemento, poderão ser verificadas as realizações das pesquisas sugeridas no decorrer dos trimestres.

Habilidades: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O professor terá de elaborar testes sobre fundamentos, táticas e técnicas dos esportes. Durante os testes, deverá ser observada principalmente a naturalidade, coordenação motora, domínio corporal e do movimento, execução do movimento e grau de dificuldade individual. Cabe ao professor criar meios para que o aluno em defasagem possa progredir e superar suas dificuldades.

Atitude: deverá ser observada nas aulas, baseando-se nos seguintes aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta, espírito de liderança positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato às regras, respeito mútuo com o professor e com os colegas, espírito esportivo, socialização, dinamismo, capacidade de síntese e compreensão e a organização em grupos.

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BibliografiaBARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.BORSARI, José Roberto. Educação Física da pré-escola à universidade. São Paulo: ed. EPU, 1980._______Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: ed. Cia Brasil, 1981.MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade. Goiânia: ed. UFG, 2003.PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.Regras oficiais do Atletismo. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.Regras oficiais do Handebol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.Regras oficiais do Voleibol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.Regras oficiais do Futsal. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.Regras oficiais do Basquetebol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.TIRADO E SILVA, Augusto e Wilson da. Meu primeiro livro de xadrez. Paraná: Expoente.VALADARE, Solange; ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano escolar. Ed. FAPI LTDA.

5.1.8 – L.E.M. - INGLÊS

Apresentação da disciplinaA aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a

autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. O professor, dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do aluno, praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é de suma importância para sua plena realização. Para tanto, devemos considerar três fatores que orientam a inclusão da Língua Estrangeira no currículo: fatores relativos à história, às comunidades locais e à tradição, sendo necessária uma visão sócio-interacionista da linguagem e da aprendizagem. Nesse processo então, é determinante o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história. Para que essa natureza sociointeracional seja possível, o aluno se utilizará de conhecimentos sistêmicos e de organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do significado via Língua Estrangeira. Tudo isso fará com que o aluno desenvolva letramento crítico e entenda como a linguagem é usada no mundo social, sendo o reflexo de crenças, valores e projetos políticos. Os temas centrais dessa proposta são os estudos de: língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade em relação à aprendizagem da Língua Estrangeira.

A disciplina de Língua Inglesa priorizará também os temas das relações étnico raciais, história e cultura Afro-brasileira e Africana em sala de aula, com o objetivo de mostrar a influência dos negros na cultura dos norte-americanos e, consequentemente, em nossa formação cultural brasileira, em conformidade com a Lei 10639/03, que prevê a abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

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Objetivos gerais• Desenvolver as habilidades de leitura, oralidade e escrita de forma

integrada valorizando o que há de comum a qualquer ato de comunicação;• Propiciar interação entre professores e alunos, refletindo sobre os costumes

ou maneiras de visualizar o mundo plural em que estão inseridos e o mundo o qual vai sendo construído diariamente através da abordagem comunicativa e do letramento crítico;

• Desenvolver a compreensão de inclusão social e política, interagindo com outras disciplinas que está aprendendo em situações textuais significativas;

• Apurar o pensamento crítico do aluno em relação aos temas trabalhados, a fim de que estes abram horizontes para a avaliação de sua própria realidade;

• Valorizar o conhecimento cultural, social e econômico, tendo como base os conhecimentos da língua materna e o de língua estrangeira fazendo comparação entre elas;

• Reconhecer que a comunicação possibilita a participação política e cidadã em seu meio;

• Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte;

• Questionar a realidade em que se vive, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngüe;

• Posicionar-se criticamente e conscientemente em relação ao uso que se faz da língua estrangeira e da língua materna.

• Utilizar diferentes linguagens e informações, de modo a poder atuar em situações diversas;

• Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional.

Conteúdos5ª sériePráticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto).

• Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.

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• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise linguística• Alfabeto • Pronomes pessoais• Pronomes possessivos• Expressão de cumprimento e despedida • Verbo To Be • Pronomes Interrogativos• Artigo Definido: The • Artigos Indefinidos: A / An• Imperativo• Números – Cardinais• Nacionalidades e países• Profissões• Cores• Animais• Tipos de Comida / Guloseimas• Canções• Objetos escolares• Família

6ª sériePráticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto.

• Leitura com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise linguística• Verbo To Be• Penpals• Pronomes Pessoais

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• School Subjects• Pronomes Interrogativos• Números – Ordinais• Pronomes:

a) Demonstrativos b) Adjetivos Possessivos c) Pessoais Oblíquos d)Substantivos Possessivos e) Indefinidos

• Plural de Substantivos• Caso Genitivo• Verbo To Have• Adjetivos • Preposições• Tag Questions• Horas • Meses do Ano• Estações do Ano• Dias da Semana• Datas Comemorativas• Esportes• Roupas• Sapatos• Acessórios• Casa e Mobília• Simple Present• Present Continuous• Advérbios de frequência

7ª sériePráticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto.

• Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

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texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise lingüística• Advérbios de tempo• Imperativo• Verbo there to be• Physical Description• Healthy problems and parts of the body• Tag Questions• Substantivos Contáveis e Incontáveis• Quantitativos• Modais• Going to – Futuro• Simple Past: Regular e Irregular• Past Continuous• Pronomes Reflexivos • Preposições de tempo e lugar• Futuro Simples-will • Pronomes Indefinidos

8ª sériePráticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto).

• Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise linguística• Verbos Modais• Pronomes Relativos e Interrogativos• Tag Questions • Conditional Sentences

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• If Clauses• Present Perfect• Present Perfect X Simple Past• Present Perfect Continuous• Voz Passiva• Used to• Grupos Alimentares• Past Perfect• Phrasal Verbs• Review: regular, irregular verbs, simple past• Preposições• Comparativo e superlativo

MetodologiaOs temas a serem trabalhados na disciplina de Língua Inglesa expressam-

se através de uma metodologia que envolve a interdisciplinaridade e comunicação do aluno com o mundo. Isto é, ocuparão espaço em sala de aula assuntos que são peculiares a outras disciplinas, fazendo-se uma ligação com a Língua Inglesa. O pressuposto metodológico abordará o enfoque comunicativo da língua, levando para o aluno diferentes textos com temas atuais e relacionados à experiência do mesmo enquanto ser e em relação às outras disciplinas. Através disso, serão trabalhados os três eixos da Língua:

Leitura: textos com interpretação e análise linguística (discussão do tema, conteúdo, vocabulário, funções da linguagem, tipo de texto, questionamentos, problematizações etc. ).

Oralidade: apresentar atividades de compreensão oral e expressão, para o aluno interagir com a língua, compreender a estrutura e vocabulário.

Escrita: para compreender a língua e produzir textos significativos, serão trabalhadas atividades reflexivas sobre os principais assuntos estudados.

Todas as atividades envolverão a troca do saber e, serão reflexivas; através de grupos, individuais, pesquisas, exposições de ideias, etc. O estudo através dos textos torna-se mais interativo, pois as atividades criadas através deles envolvem a comunicação e é este o objetivo das línguas. Através de textos informativos, narrativos, poéticos, publicitários, musicais, televisivos, culturais, entre outros, é possível levar, até o aluno, mais cultura e conhecimentos sobre outros povos e também sobre si mesmo, enquanto formandos de uma consciência crítica.

A produção do conhecimento adquirido na disciplina se dará de forma espontânea, através de atividades orais, bem como textos, pesquisas, confecções de cartazes, vocabulários (uso do dicionário), legendas, quadros, entrevistas etc.

AvaliaçãoTodos os temas, de acordo com a proposta, serão avaliados em seus

contextos. Avaliação esta que será voltada ao papel de auxiliar o crescimento, verificando a participação ativa dos alunos e na interação entre todos.

Intencionalmente pode-se direcionar e redirecionar a ação pedagógica em função dos objetivos e concepções definidas, onde a avaliação terá o papel de verificar o que se está produzindo com a intervenção escolar e em que medida as situações de ensino construídas favorecem a aprendizagem desejada.

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A finalidade primordial da avaliação é a ajuda aos educadores no planejamento contínuo de seu trabalho, ajustando-o ao processo de seus alunos, oferecendo-lhes condições para superar obstáculos e desenvolvendo o autoconhecimento e a autonomia.

Dessa forma, a avaliação torna-se parte integrante do processo ensino-aprendizagem, sendo imprescindível ter em mente que ela serve para auxiliar o aluno, objetivando seu aprender. A avaliação será diagnóstica, contínua e progressiva, quanto ao item a ser avaliado, fornecendo assim dados ao professor que lhe sirvam para a superação das dificuldades que aparecerem. Dentro da concepção avaliativa destacam-se quatro elementos constitutivos nesse processo: a expressão de um juízo, as evidências ou indícios, procedimento técnico e a tomada de decisões; que servirão para indicar três momentos interdependentes da avaliação, que são: coleta de dados através de um procedimento técnico, expressão de um juízo e tomada de decisão, que será feita por parte do professor, e a tomada de decisão, que deve ter como objetivo a compreensão do progresso, dos limites e dificuldades por que passam os alunos.

Referências BibliográficasBAYNHAM, M. Literacy Practices: investigating literacy in social contexts. London: Longman, 1995.BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de leitura de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap. 1.GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2, 1999.LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.MASCIA, M. A. A. Discursos fundadores das metodologias e abordagens de ensino de língua estrangeira. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (orgs) O desejo da teoria e a contingência da prática: discurso sobre e na sala de aula. Campinas: Mercado de letras, 2003.MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e identidade sociais. Ilha do Desterro. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2000, p. 155 – 171.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2006.

5. 1.9 ENSINO RELIGIOSO

Apresentação da disciplinaNo espaço escolar, o Ensino Religioso era tradicionalmente o ensino da

Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme determinava a Constituição de 1824. Após a Proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando, portanto, a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino.

Em meados da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a questão da liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada que partiu de diferentes manifestações religiosas.

Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética, pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade

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brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado.

Com as discussões da LDBEN 9394/96, incentivadas pela sociedade civil organizada, é que o Ensino Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar.

Somente em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

A função básica da escola nas aulas de Ensino Religioso é a construção e socialização do conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade.

A escola passa a ser um espaço de construção de conhecimentos, expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivência de valores universais, promoção do diálogo inter-religioso, valorização da vida e educação para a paz.

Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação, aliadas aos estudos relativos à aprendizagem, têm ampliado as possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos saberes ao longo da vida, condição essencial para a vida em sociedade, marcada pelas exigências do capitalismo.

O processo de ensino e de aprendizagem do Ensino Religioso visa à construção/produção do conhecimento e que, por consequência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de ideias, de informações discordantes e também de exposição competente de conteúdos formalizados.

O PPP da nossa Escola visa enfrentar os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, destacando a necessidade de superar as tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas. Com isso, a Escola reafirma o seu compromisso com o conhecimento, sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.

Propomos a partir esta disciplina, proporcionar aos alunos a compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado em suas diversas possibilidades de interpretação dos seus significados.

Objetivos gerais• Entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o

substrato religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa.• Propiciar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno

religioso a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do educando.

• Compreender os eixos organizadores do conteúdo do Ensino Religioso.• Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade sócio-

cultural do educando, desenvolvendo atitudes de respeito às diferenças e superação de toda forma de preconceito.

• Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

• Compreender a presença do sagrado nas diferentes manifestações

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religiosas.• Reconhecer que todos nós somos portadores de singularidade.• Identificar os textos sagrados das diferentes tradições religiosas,

entendendo que são referenciais de fé e orientação para a vida.• Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidade das

diferentes religiões na vida das pessoas.• Conhecer as diferentes ideias do Transcendente (Deus) construída ao longo

do tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes concepções sobre o transcendente.

• Reconhecer os limites étnicos propostos pelas diferentes tradições religiosas.

• Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores humanos e leis de qualidade de vida.

Conteúdos

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Abordagem Teórico-Metodológica

Avaliação

-Paisagem Religiosa-Universo Simbólico Religioso-Textos

Sagrados

5º Série-Organizações

Religiosas-Ensino

Religioso na Escola Pública

-Lugares Sagrados-Textos

Sagrados orais e escritos-Símbolos Religiosos

6º Série-Temporalidade

Sagrada-Festas

Religiosas-Ritos e rituais-Vida e Morte

Os conteúdos Básicos devem ser tratados sob

ótica dos três Conteúdos Estruturantes:

-A linguagem usada deverá ser sempre a

científica e não a religiosa;

-Toda e qualquer forma de proselitismo e

doutrinação deve ser vedada, pois todos os conteúdos deverão ser trabalhados enquanto

conhecimento da diversidade sócio-política e cultural.

Espera-se que o aluno:

-Estabeleça discussões sobre o

Sagrado numa perspectiva laica;-Desenvolva uma

cultura de Respeito à diversidade religiosa e

cultural;-Reconheça que o

fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada

grupo social.

5ª série• O Ensino Religioso na Escola Pública• Lugares sagrados• Textos orais e escritos – sagrados• Organizações religiosas

6ª série• Universo simbólico religioso• Ritos• Festas religiosas• Vida e morte

MetodologiaO encaminhamento metodológico da disciplina do Ensino Religioso

pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. A

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metodologia deve ser flexível e adequada a cada conteúdo ou tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a participação ativa e o compromisso com a vida.

O educador tem a liberdade de desenvolver o trabalho pedagógico de acordo com o seu próprio método, desde que suas práticas pedagógicas desenvolvidas respeitem as diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos.

Uma das inovações propostas por estas diretrizes é a abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objeto de estudo o sagrado, que será a base pela qual serão tratados todos os conteúdos de Ensino Religioso.

Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento.

Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo de formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes, a paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados a serem observados pelos professores.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado, desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade.

Desse modo, convém destacar que todo conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Assim, os conteúdos a serem ministrados não têm o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

A linguagem a ser utilizada deve ser pedagógica, adequada ao universo escolar, capaz de traduzir e decodificar o conteúdo, facilitando a compreensão e assimilação do conhecimento; dialógica, aberta ao diálogo, de forma a atender a pluralidade e promover a troca de informações; questionadora, facilitando uma reflexão crítica, sem pretender ser a verdade absoluta sobre o os assuntos abordados; cativante, que desperte o interesse pelos conteúdos e o entusiasmo em aprender; otimista, que estimule o encantamento pela vida e a disponibilidade em construir um mundo de paz.

As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o processo e o professor pode encaminhá-las por meio de questionamentos, diálogos, problematizações que promovam a conscientização, o entendimento e a decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva permitirá ao educando abrir sua visão, desarmar-se de preconceitos, discernir, perceber a unidade na diversidade das tradições religiosas, como a defesa da vida, a busca de sentido e a necessidade da transcendência.

Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo de pesquisa a ser realizado pelo professor, recomenda-se que a seleção priorize as produções oriundas da própria manifestação que se pretende tratar. Este procedimento evitará o uso de fonte de informações e de pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa.

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Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem devem conduzir para a aquisição do conhecimento religioso e para a mudança qualitativa, que se expressa no “saber em si, no saber em relação ao “saber de si”, traduzidos em novas posturas de diálogo e reverência.

AvaliaçãoFaz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem abordados,

uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas e/ou conceitos. O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar. Isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina de Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implantação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela sala, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos estudados nas aulas. Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o educando expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm tradições religiosas diferentes da sua; se aceita e respeita as diferenças dos outros; se compreende que a ideia do transcendente se constrói de maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social; se entende que as verdades contidas nos textos sagrados traçam as experiências místicas de diferentes povos; se conhece as diferentes respostas das tradições religiosas para a vida além morte e busca respostas aos seus questionamentos existenciais, descobrindo e redescobrindo o sentido de sua vida; se emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.

Nesta perspectiva, terá também, a partir do processo avaliativo dos educandos, indicativos importantes para realizar a sua autoavaliação que orientará a continuidade do trabalho.

Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam o professor a proceder com o processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na disciplina.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade

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cultural da qual a religiosidade é parte integrante. É possível, dessa forma, observar a articulação dessa disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

A avaliação é processual, faz parte do processo de ensino e aprendizagem. É um aspecto integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do educador na construção do conhecimento, formação de valores e convívio social.

Referências BibliográficasASSINTEC – SEED/PR – Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná/1992.BOFF, Íris. Novos paradigmas para o Ensino Religioso. Curitiba. Ed. Corpo-mente, 2000.BOWKER, John. Para entender as religiões. SP. Ática, 1997.COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:DÜRKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: ed. Paulinas, 1989.ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins fontes, 1992.FÓRUM – Nacional Permanente para o Ensino Religioso - Parâmetros Curriculares nacionais, Ensino Religioso. 2ª edição. SP. Ave Maria, 1997.JUNQUEIRA, Sérgio; WAGNER. Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.PIAZZA, W. O. Religião da Humanidade. São Paulo, Loyola, 1997.SME – Currículo Básico do Município de Curitiba. Gestão, 1997/2000.

5.2 ENSINO MÉDIO

O Colégio Estadual “Desembargador Clotário Portugal” – Ensino Fundamental e Médio, elaborou sua proposta curricular a partir da análise da realidade escolar e no respaldo da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A Lei de Diretrizes e Bases explicita que o Ensino Médio é a “etapa final da educação básica” (Lei 9394/96 – art. 96) o que concorre para a construção de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter a característica da terminalidade, o que significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar “os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental”, aprimorar o educando como pessoa humana, possibilitar o prosseguimento dos estudos, garantir a preparação básica para o trabalho e cidadania, dotar o educando dos instrumentos que permitam “continuar aprendendo”, tendo em vista desenvolver a compreensão dos “fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos” (art. 35, incisos I a IV da Lei 9394/96).

A estrutura curricular proposta para o Ensino Médio do Estado do Paraná é disciplinar e prima pela importância da análise e do debate sobre a história das disciplinas (de referência e/ou escolares), da constituição de seus campos do conhecimento/conteúdos estruturantes e de seus quadros teórico conceituais. Dessa perspectiva, o olhar sobre os saberes que estão ou devem estar presentes no currículo, busca na história de cada disciplina como se constituíam estes

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saberes; os possíveis vínculos que eles estabelecem entre a disciplina de referência e a disciplina escolar; a que interesses serviram e/ou servem no contexto histórico de sua constituição e de sua ressignificação.

Nesse tipo de estrutura curricular, é a partir das disciplinas que se constrói a interdisciplinaridade, ou seja, esta se dá por meio da articulação rigorosa de conceitos e metodologias afins, que colocam as disciplinas que comandarão o processo investigativo de um determinado conteúdo escolar. A disciplina aqui, não é entendida como um instrumento de interdisciplinaridade e sim como um elemento motor que a constrói. Ainda, é o recorte/enfoque dado ao objeto (conteúdo) de cada disciplina, no processo de investigação do mesmo, que possibilitará a interdisciplinaridade.

Com a nova LDB, alteram-se os objetivos da formação no nível de Ensino Médio. Priorizou-se a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Não há o que justifique reter, memorizar conhecimentos que estão sendo superados ou cujo acesso é facilitado pela moderna tecnologia. É importante que o aluno desenvolva a capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento sistêmico, ao contrário da compreensão parcial e fragmentada dos fenômenos, da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar em múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade para trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição para o risco, do saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento.

Quanto à preocupação para o trabalho, será trabalhada na relação entre a teoria e a prática e na compreensão dos processos produtivos enquanto aplicação das ciências, em todos os conteúdos curriculares. A preparação básica para o trabalho não está, portanto, vinculada a nenhum componente curricular em particular, pois o trabalho deixa de ser obrigação – ou privilégio – de conteúdos determinados para integrar-se ao currículo como um todo.

A prática administrativa e pedagógica dos sistemas de ensino e de suas escolas; as formas de convivência no ambiente escolar; os mecanismos de formulação e implementação de políticas; os critérios de alocação de recursos; a organização do currículo e das situações de aprendizagem e os procedimentos de avaliação deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a LDB, organizados sob três consignas: sensibilidade, igualdade e identidade.

A estética da sensibilidade, diferentemente da estética estruturada, é própria de um tempo em que os fatores físicos e mecânicos são determinados de modo a produzir e conviver; a estética da sensibilidade valoriza a leveza, a delicadeza e a sutileza. Ela estimula à criatividade, ao espírito inventivo, à curiosidade pelo inusitado, à afetividade.

Numa escola inspirada pela estética da sensibilidade, o espaço e o tempo são planejados para acolher, expressar a diversidade dos alunos e oportunizar trocas de significados.

A política da igualdade é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para vida civil. Respeito ao bem comum com protagonismo constitui uma das finalidades mais importantes da política da igualdade e se expressa por condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público.

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A política da igualdade, inspiradora do ensino de todos os conteúdos curriculares, é um conteúdo de ensino, sempre que nas ciências, nas artes e nas linguagens, estiverem presentes os temas dos direitos da pessoa humana, do respeito, da responsabilidade, da solidariedade, e sempre que os significados dos conteúdos curriculares se contextualizarem nas relações pessoais e práticas sociais convocatórias da igualdade. Mas acima de tudo, a política da igualdade deve ser praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade de tratamentos dos alunos e dos professores para aprender e aprender a ensinar os conteúdos curriculares.

A ética da identidade é uma das formas pelas quais a identidade se constitui; é a convivência pela mediação de todas as linguagens que os seres humanos usam para compartilhar significados. Destes, os mais importantes são os que carregam informações e valores sobre as próprias pessoas. Vale dizer que a ética da identidade se expressa por um permanente reconhecimento da identidade própria e do outro. A ética da identidade tem como fim mais importante, a autonomia, condição indispensável para os juízos de valor e das escolhas inevitáveis à realização de um projeto próprio de vida. Nesse sentido, a ética da identidade supõe uma racionalidade diferente daquela que preside a dos valores abstratos, porque visa formar pessoas solidárias e responsáveis por serem autônomas.

Uma organização curricular que responda a esses desafios requer:• Desbastar o currículo enciclopédico, congestionado de informações,

priorizando conhecimentos, que são pré-requisitos, tanto para inserção profissional mais precoce, quanto para a continuidade dos estudos, entre as quais se destaca a capacidade de continuar aprendendo;

• Trabalhar as linguagens não apenas como formas de expressão e comunicação, mas como constituidoras de significados, conhecimentos e valores;

• Estimular todos os procedimentos e atividades que permitam ao aluno reconstruir ou “reinventar” o conhecimento didaticamente transposto para a sala de aula, entre eles a experimentação, a execução de projetos, o protagonismo de situações sociais;

• Organizar os conteúdos de ensino em estudos ou áreas interdisciplinares e projetos que melhor abriguem a visão orgânica do conhecimento e do diálogo permanente entre as diferentes áreas do saber;

• Tratar os conteúdos de ensino de modo contextualizado, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia intelectual;

• Lidar com os sentimentos associados às situações de aprendizagem para facilitar a relação do aluno com o conhecimento.

A proposta de reforma curricular do Ensino Médio propõe a divisão do conhecimento escolar em áreas:

• Linguagens e Códigos• Ciência da Natureza e Matemática• Ciências Humanas

A estruturação por área de conhecimento justifica-se por assegurar uma educação de base científica e tecnológica, não se esquecendo de uma prática escolar numa perspectiva de INTERDISCIPLINARIDADE, num processo de

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CONTEXTUALIZAÇÃO. a) A interdisciplinaridade na perspectiva escolar não tem a pretensão de

criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar o conhecimento de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno de diferentes pontos de vista.

Todas as linguagens trabalhadas pela escola são, por natureza, “interdisciplinares” com as demais áreas do currículo: é pela linguagem verbal, visual, sonora, matemática, corporal, etc., que os conteúdos curriculares se constituem em conhecimentos, isto é, significados que ao serem formalizados por alguma linguagem, tornam-se conscientes de si mesmos e debilitados.

b) Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador passivo. O trabalho é o contexto mais importante da experiência curricular no Ensino Médio, de acordo com as diretrizes traçadas pela LDB em seus artigos 35 e 36. O trabalho já não é mais limitado ao ensino profissionalizante. A lei reconhece que nas sociedades contemporâneas todos, independente de sua origem ou destino sócio-profissional, devem ser educados na perspectiva do trabalho enquanto uma das principais atividades humanas, enquanto campo de preparação para escolhas profissionais futuras, enquanto espaço de exercício de cidadania, enquanto processo de produção de bens, serviços e conhecimentos com as tarefas laborais que lhes são próprias.

O contexto do trabalho é também imprescindível para a compreensão dos fundamentos científicos – tecnológicos dos processos produtivos a que se refere o artigo 35 da LDB. Por sua própria natureza do conhecimento aplicado, as tecnologias, sejam elas das linguagens e comunicação, da informação, do planejamento e gestão, ou mais tradicionais, nascidas no âmbito das ciências da natureza, só podem ser entendidas de forma significativa se contextualizadas no trabalho.

Outro contexto relevante indicado pela LDB é o do exercício da cidadania, que deve iniciar na convivência cotidiana e contaminar toda a organização curricular.

Assim, podemos concluir que a contextualização é o recurso para tornar a aprendizagem significativa quando faz associações com experiências de vida cotidiana ou com conhecimentos adquiridos espontaneamente, sem esquecer seu fundamento epistemológico e psicológico. Quando se recomenda a contextualização como princípio de organização curricular, o que se pretende é facilitar a aplicação da experiência escolar para a compreensão da experiência pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos e o aproveitamento da experiência pessoal para facilitar o processo de concreção dos conhecimentos abstratos que a escola trabalha.

O Ensino Médio está organizado em 800 horas distribuídas em no mínimo 200 dias letivos. Estas 800 horas estão distribuídas em 25 horas semanais.

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5.2.1LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação da disciplinaA Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros

somente nas últimas décadas do século XIX, , mas a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX .Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou , no Brasil, a partir de 1967, “um processo de democratização do ensino, com ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores (...).” (FREDERICO e OSAKABE, 2004, p. 61)

O ensino da Língua Portuguesa passou a levar em conta as necessidades trazidas pelos alunos das classes populares, ou seja, a presença de padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. Cabe lembrar que no processo brasileiro de industrialização, iniciado no governo de Getúlio Vargas, institucionalizou-se a vinculação da educação com a industrialização. A Lei 5692/71 ampliaria e aprofundaria essa vinculação ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que visava o aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Em decorrência da Lei citada, a gramática deixou de ser o objetivo principal do ensino de língua, e a teoria da comunicação passou a ser o referencial, embora na prática das salas de aula, o normativismo continuasse a ter predominância.

Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de 70 e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. É dessa época o livro “O texto na sala de aula”, de João Wanderley Geraldi, que marcou as discussões sobre o ensino da Língua Portuguesa no Paraná, incluindo textos de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre a Língua Portuguesa, Linguística e ensino da língua materna.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também

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fundamentaram a proposta para disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão a cerca dos usos da linguagem oral e escrita.

O ensino da Língua Portuguesa tem por finalidade fazer com que o aluno, por meio do conhecimento da língua, seja capaz de relacionar-se plenamente com o mundo que o cerca. Além disso, deve propiciar o acesso ao padrão culto da língua e ao conjunto de variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social, de forma que o indivíduo seja capaz de ler, entender e questionar os diversos níveis de comunicação verbal.

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Médio, deve pressupor uma visão sobre o que é texto enquanto discurso, que se caracteriza como construção humana e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.

As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático, a linguagem verbal e não verbal serão materiais de reflexão, já que, para o professor de língua materna, estas linguagens são prioritárias como instrumento de trabalho.

Aprende a língua aquele indivíduo que lê, interpreta e se expressa bem, por escrito e oralmente. Aprender a organizar o pensamento e conseguir manifestá-lo também engloba a interpretação de diversos textos, desde os literários até aqueles produzidos pela oralidade de escritos diversos.

Houve um tempo em que o ensino da língua concentrava-se apenas na gramática, com exercícios e estudos de regras e análises morfológicas e sintáticas.

Sabemos que essa forma de ensino nunca foi proveitosa, pois o aluno percebia uma grande diferença entre a sua oralidade e sua realidade cotidiana, coberta por um universo cultural que criava um abismo entre o estudante e a escola.

Não queremos excluir o ensino da gramática, porém o desenvolvimento da linguística abriu novos caminhos e mostrou que a língua se constitui de diversos níveis e que cada nível tem uma gramática própria, com suas regras e signos.

A escola deve garantir ao aluno o acesso à variante culta da língua, para que ele esteja plenamente inteirado na sociedade.

No Ensino Médio, deve produzir textos e interpretá-los, conseguindo se localizar diante do contexto histórico, social e humano, efetivando a construção do conhecimento. Na Língua Portuguesa o aluno de Ensino Médio deverá traçar relações com o texto que permitam produções e leitura de diferentes discursos.

A Literatura compreende o entendimento do mundo, a capacidade de expressão e de crítica através da história, analisando os aspectos geográficos e os inúmeros fatores que contribuíram para a criação da literatura universal, portuguesa e brasileira.

Ela propicia a capacidade de pensamento crítico, a sensibilidade estética dos alunos e a constituição de um espaço dialógico que permite a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

Partindo-se de situações concretas, estes textos certamente virão carregados de significação.

Adquirindo conhecimentos literários através de autores e obras, o aluno

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identificará as ideologias contidas nestas obras. Assim, é possível reconhecer a influência política e social que percorreram escritores e filósofos da cultura clássica até produções de autores contemporâneos.

Com essas informações assimiladas, os alunos compreenderão a influência das palavras e ideias que construirão seu próprio discurso.

O professor como mediador desse conhecimento, atuará na seleção, organizando e desenvolvendo atividades, privilegiando a linguagem em sua função discursiva.

Objetivos gerais • Desenvolver um trabalho que permita ao aluno conhecer e usar a variedade

linguística padrão;• Perceber que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora

apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas;• Explorar diferenças e semelhanças entre as modalidades e variedades da

linguagem oral e escrita;• Compreender os diversos gêneros orais propostos para produção de textos

orais;• Refletir sobre os traços da língua padrão relacionados aos gêneros

formais/públicos;• Ler e compreender diferentes gêneros textuais;• Explorar estratégias de leitura diversificadas;• (Re) construir a leitura como uma situação efetiva de interlocução;• Aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento;• Perceber que os textos literários dão ao leitor a oportunidade de escapar do

realismo midiático, movimentando-o pelo tempo imaginário;• Pressupor com a leitura de textos escritos ou falados, uma compreensão

responsiva;• Produzir diferentes gêneros/tipos textuais que contribuam para a construção

de textos com coerência, coesão, estilo, de acordo com as convenções da escrita e forma composicional do texto;

• Explicitar ao aluno as condições de produção e circulação do texto através de objetivos, destinatário e contexto social;

• Propor atividades de revisão e reelaboração de textos, constituindo um momento de reflexão;

• Perceber o ato de escrever como uma atividade sócio-interacional.

Conteúdo EstruturanteDiscurso como prática social para que o aluno aprenda a ler, compreender e

produzir textos orais e escritos, para defender seu ponto de vista, e saber posicionar-se diante de diferentes situações sociais.

Conteúdos Básicos1ª série Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte; intencionalidade; ideologia; informatividade; situacionalidade; marcas linguísticas;

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• Identificação do argumento principal e dos secundários;• Inferências;• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em

registro formal e informal;• As vozes sociais presentes no texto;• Relações dialógicas entre textos;• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc;• Estética do texto literário;• Contexto de produção da obra literária;• Diálogo da literatura com outras áreas.

Oralidade• Adequação ao gênero;• conteúdo temático;• elementos composicionais;• marcas linguísticas;• Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor;• Particularidades de pronúncias de algumas palavras;• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação,repetições, pausas...);• Finalidade do texto oral;• Materialidade fônica dos textos poéticos.

Escrita• Adequação ao gênero;• conteúdo temático;• elementos composicionais;• marcas linguísticas;• Argumentação;• Coesão e coerência textual;• Finalidade do texto;• Paragrafação;• Paráfrase de textos;• Resumos;• Diálogos textuais;

• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando as práticas de leitura, oralidade e escrita• As diferentes gramáticas;• Conotação e denotação;• Figuras de pensamento e linguagem;• Vícios de linguagem;• Gírias, neologismo, estrangeirismos;• Noções de variação linguística;• Fonologia;• Acentuação gráfica;

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• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito,hífen, itálico;• Estrutura e formação de palavras;• Sintaxe e funções sintáticas;• Classes gramaticais: Substantivo, adjetivo, artigo e numeral;• Particularidades de grafia de algumas palavras.

Literatura• Funções da literatura;• Gêneros literários: narrativo, lírico e dramático;• Introdução da literatura no Brasil através da História;• Das origens ao Arcadismo: percepção dos estilos;• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Gêneros discursivos sugeridos• Bilhetes• Biografias• Contos• Crônicas de ficção• Histórias de quadrinhos• Literatura de cordel• Exposição oral• Pesquisas• Carta ao leitor• Carta do leitor• Cartum• Charge• Editorial• Entrevista (oral e escrita)• Relatos de experiências vividas• Letras de músicas• Poemas• Romances• Relato histórico• Relatos de experiências científicas• Resumo• Notícia • Reportagens• Paródia• Publicidade comercial• Carta de reclamação• Discurso de acusação• Chat• E-mail

2ª série Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte;

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intencionalidade; ideologia; informatividade; situacionalidade; marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos secundários;• Inferências;• As particularidades( lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em

registro formal e informal;• As vozes sociais presentes no texto;• Relações dialógicas entre textos;• Textos verbais, não verbais, midiáticos, etc;• Estética do texto literário;• Contexto de produção da obra literária;• Diálogo da literatura com outras áreas.

Oralidade• Adequação ao gênero;• Conteúdo temático;• Elementos composicionais;• Marcas linguísticas;• Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor;• Particularidades de pronúncias de algumas palavras;• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação,repetições, pausas...);• Finalidade do texto oral;• Materialidade fônica dos textos poéticos.

Escrita• Adequação ao gênero;• Conteúdo temático;• Elementos composicionais;• Marcas linguísticas;• Argumentação;• Coesão e coerência textual;• Finalidade do texto;• Paragrafação;• Paráfrase de textos;• Resumos;• Diálogos textuais;• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando as práticas de leitura, oralidade e escrita• Revisão (Classes gramaticais, funções sintáticas e relações

morfossintáticas);• Pronome;• Verbo;• Advérbio;• Preposição;

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• Conjunção;• Interjeição;• Introdução ao estudo da sintaxe- Sujeito e predicado;• Tipos de verbo no predicado- Termos associados ao verbo;• Termos associados a nomes- Aposto e Vocativo; • Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;• Recursos gráficos: Aspas, travessão,negrito,hífen, itálico;• Particularidades de grafia de algumas palavras.

Literatura• O ser humano é conduzido pelo sentimento no Romantismo;• Do Romantismo às melodias do Simbolismo no Brasil;• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Gêneros discursivos sugeridos:• Contos• Crônicas de ficção• Exposição oral• Pesquisas• Anúncio de emprego• Artigo de opinião• Charge• Crônica jornalística• Editorial• Entrevista (oral e escrita)• Anúncio• Filmes

3ª série Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte; intencionalidade; ideologia; informatividade; situacionalidade; marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos secundários;• Inferências;• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em

registro formal e informal;• As vozes sociais presentes no texto;• Relações dialógicas entre textos;• Textos verbais, não verbais, midiáticos, etc;• Estética do texto literário;• Contexto de produção da obra literária;• Diálogo da literatura com outras áreas.

Oralidade• Adequação ao gênero;• Conteúdo temático;

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• Elementos composicionais;• Marcas linguísticas; • Variedades linguísticas;• Intencionalidade do texto;• Papel do locutor e do interlocutor: • Particularidades de pronúncias de algumas palavras;• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação,repetições, pausas...);• Finalidade do texto oral;• Materialidade fônica dos textos poéticos.

Escrita• Adequação ao gênero;• conteúdo temático;• elementos composicionais;• marcas linguísticas;• Argumentação;• Coesão e coerência textual;• Finalidade do texto;• Paragrafação;• Paráfrase de textos;• Resumos;• Diálogos textuais;• Refacção textual.

Análise Linguística perpassando as práticas de leitura, oralidade e escrita• Período composto por subordinação; • Orações subordinadas substantivas;• Orações subordinadas adjetivas;• Orações subordinadas adverbiais;• Período composto por coordenação- Período composto por coordenação e

subordinação;• Concordância nominal;• Concordância verbal;• Crase;• Colocação dos pronomes oblíquos átonos;• Progressão referencial no texto;• Particularidades de grafia de algumas palavras.

Literatura• Do Pré- Modernismo aos dias atuais: A Revolução Cultural da linguagem;• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Gêneros discursivos sugeridos:• Contos• Crônicas de ficção• Cartazes• Diálogo/ Discussão argumentativa• Exposição oral• Pesquisas

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• Artigo de opinião• Charge• Crônica jornalística• Editorial• Entrevista (oral e escrita)• Anúncio• Filmes

Metodologia Para o ensino da Língua Portuguesa/Literatura, bem como para as

atividades de produção textual e interpretação, será considerado o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de aprimorar as possibilidades de domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, para que os alunos compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às práticas de linguagem, imprescindíveis ao convívio social.

De modo especial, o Ensino Médio deve tornar o estudante capaz de inserir-se nas diversas esferas da atividade social e, consequentemente, apto a buscar vagas no ensino superior e conquistar espaços no mundo do trabalho, de modo que seja superada a histórica dicotomia estrutural desse nível de ensino.

A reflexão do uso da linguagem será trabalhada através de análise linguística na sua função social. Serão feitos estudos a partir de gêneros selecionados para leitura ou escuta, de textos produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.

Os estudos literários serão globalizados através da apresentação de seminários, teatros e leituras dramatizadas. Com o trabalho realizado em equipe, o aluno passa a treinar as relações interpessoais. Assume lideranças e se prepara para apresentações de relatórios.

O trabalho referente às leis 11.645 ”História e Cultura Afro-brasileira e indígena”; 13.381/01 “História do Paraná” e 9.795/99 “Meio Ambiente” será desenvolvido através de leituras de textos literários e não literários, bem como exibição de documentários e filmes diversos.

Como complemento da interpretação de textos, serão incluídos textos literários e letras de músicas que relembram ou usam características dos períodos literários estudados.

O uso de músicas, videoclipes e filmes relacionados ao contexto histórico serão importantes para as aulas.

São vários os filmes brasileiros que trazem clássicos da literatura; assistindo aos filmes e lendo as obras, o aluno estará apto a construir uma crítica e fazer seu próprio discurso.

A leitura de textos informativos que tratam da situação econômica, política e social do país, faz o aluno compreender melhor seu papel de cidadão, lutar por seus direitos e o que é mais importante, sentir-se inserido neste contexto.

O uso da informática para leitura/produção de roteiros de filmes, resenhas de músicas e de livros também serão comuns na sala de aula.

Usando-se textos com nível vocabular diferenciado, estes não se tornarão inacessíveis ao aluno, que passa a assimilar esta oralidade e usá-la no seu cotidiano.

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O caráter sócio interacionista da linguagem verbal aponta para uma opção metodológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.

A unidade básica da linguagem é o texto, compreendido como a fala e o discurso que se produz; e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a razão do ato linguístico.

O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem como ser humano. O texto só existe na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada contexto, porque marca o diálogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros textos que o compõem. O homem é visto como um texto que constrói textos.

O processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas de língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.

Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em contraposição às concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do professor centra-se no desenvolvimento da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais em língua, ou seja, nomenclatura gramatical e história da literatura, são deslocados para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser uma estratégia para a compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área de leitura.

A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio anula qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma língua isolada do ato interlocutivo. A distorção desse conceito é responsável pelas dificuldades dos alunos em compreender estaticamente a gramática da língua que falam no cotidiano.

AvaliaçãoNa Leitura, deve-se considerar as estratégias que os estudantes

empregaram: a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao texto. Espera-se assim que o aluno: identifique o tema e a finalidade do texto; estabeleça relações intertextuais entre diferentes textos; reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção; interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas, infográficos, fotos); identifique informações implícitas nos textos; identifique informações em textos com alta complexidade linguística.

Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de leitura de mundo e o repertório de experiências do aluno.

A Oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Espera-se que o aluno: utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal); reconheça a intenção do discurso do outro; elabore argumentos convincentes para defender suas ideias e identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oral.

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O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc. e de suas próprias falas mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.

Em relação à Escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação de texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto. Espera-se que o aluno: produza textos atendendo as circunstâncias de produção/ proposta (gênero, interlocutor, finalidade); adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido (formal ou informal); elabore argumentos consistentes; produza textos respeitando o tema; estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições; estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

A Análise Linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser objeto do ensino.

Espera-se assim que o aluno: distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos; utilize adequadamente recursos linguísticos como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes; identifique marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística como recurso estilístico; estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de comparação); reconheça a relação lógico discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas e deste modo, amplie o horizonte de expectativas.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos diferentes de aprendizagem e por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção aconteça a todo tempo. Também Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram; ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Assim sendo, os instrumentos avaliativos serão diversificados através de seminários, debates, trabalhos, discussões, provas, pesquisas e outros.

Referências BibliográficasAMARAL, Emília...[ et al.]. Novas Palavras : Língua Portuguesa: ensino médio. 2. ed. Renov. São Paulo: FTD, 2005.AMORA, Antônio S. (org.) Presença da Literatura Portuguesa. São Paulo: Difel, s.d.ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.BAGNO, M. (org). A Linguística da Norma. São Paulo: Loyola, 2002.BAGNO, Marcos. A Norma Oculta: língua e poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola, 2003.BAMBERG, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo: Ática, 1986.BOSI, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira. 39 ed. São Paulo:

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Cultrix, 2001.DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ: Língua PortuguesaLOPES, Ana Lúcia...[et al]. Educação Africanidades Brasil. Centro de Educação a Distância.GUEDES, Paulo C. Da redação escolar ao texto: Manual de redação. 2 ed. Porto Alegre: Editora da UFRS, 2003.KRAMER, Sonia. Leitura e Escrita como Experiência: notas sobre seu papel na formação. In: ZACCUR, EDWIGES (org). A Magia da Linguagem. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE, 1999, p. 114.LDB Nº 9.394/96 Leis e Decretos Federais.NEVES, Maria Helena de M. Gramática de usos do Português. São Paulo: Editora da UNESP, 2000.PERISSÉ, Gabriel. Ler, Pensar e Escrever. São Paulo: Arte e Cultura, 1996.POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1996.www .diaadiaeducacao.pr.gov.br

5.2.2 - EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação da disciplina. As práticas pedagógicas da Educação Física foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina. Os exercícios sistematizados pela instituição militar foram re-elaborados pelo conhecimento médico, numa perspectiva pedagógica. Nessa época, o objetivo da educação física era construir corpos saudáveis e dóceis. Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava pelo método francês de ginástica.

A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937. Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo às práticas esportivas com intuito de promover políticas nacionalistas pensada para o país.

A partir de 64, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos com o MEC e com o Departamento Federal de Educação Americana. O esporte consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física. Os currículos passaram a tratá-lo com mais ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e desempenho.

Em meados de anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade cientifica na Educação Física, mas também na delimitação de tendências ou correntes suscitando os primeiros debates a sua criticidade. Nesta época surgiram duas tendências:

• Desenvolvimentista – defende a ideia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física.

• Progressista – a psicomotricidade preocupada com a cultura infantil. Já no início dos anos 90, com a criação do currículo básico, essa proposta

representou um marco para disciplina de Educação Física, destacando sua importância da dimensão social. Considerando o contexto histórico citado até o momento, quando a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais racionarias até as mais criticas, torna-se possível sistematizar

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práticas pedagógicas que orientem o nosso trabalho dentro desta proposta.A Educação Física deve ser entendida como princípio de Liberdade. Desta

forma, o homem, ao praticá-la, deve buscar valores éticos e morais, tais como: a verdade, a beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da prática cultural de uma sociedade livre e justa, que, se praticados de uma forma equilibrada, levam à conquista da liberdade e da cidadania.

A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos e concepção histórico-crítica de Educação. Para tanto, o resgate do compromisso social na ação pedagógica da Educação Física no sentido da transformação do "como é", para o "como poderá ser”, deve ser conquistado. Para tanto, é necessário termos em vista alguns princípios básicos, tais como:

• Encaminhar o processo de ensino numa dimensão de totalidade, fundamentando-se numa concepção de mundo, de sociedade, de homem, de trabalho e de corpo, que expressem perspectivas de mudança e transformação.

• Compreender a escola como o centro de sistematização do saber, vinculada a um contexto cultural mais amplo, entendendo-a através da dialética existente nas inter-relações.

• Dimensionar que o homem é concreto e precisa ser visto à luz da visão histórica e cultural, entendendo que ele não se situa ao nível de objeto, mas existe como sujeito participante, ativo e compromissado na dialética social.

• Torna-se explícito o ato pedagógico como ato político, colocando em discussão as contradições político-pedagógicas existentes na área da educação.

• Efetivar a possibilidade de se fazer da educação uma prática progressiva, uma vez que a mudança dos conteúdos por si só, não garante a transformação da prática.

• Garantir a efetivação de uma prática sintonizada com os objetivos do Ensino Médio, através da seleção de conteúdos compatíveis com sua realidade.

• Respeitar as diferenças individuais que afetam o crescimento e o desenvolvimento de cada educando nos seus aspectos maturacionais, como também no seu relacionamento social.

• Respeitar a especificidade que caracteriza o aluno do curso noturno, não considerando esse aluno como aquele que só precisa de repouso e compensação, mas como um aluno com direito ao conhecimento veiculado pela disciplina, tanto no que se refere a suas relações com seu próprio corpo, como para formação de uma consciência corporal, em seu sentido mais amplo.

• Entender a Educação Física como um direito e não como um dever, enfatizando que atividade física não se esgota na prática escolar, mas extrapola para a vida.

• Efetivar uma ação pedagógica permeada pela ludicidade.• Compreender que a consciência não existe prévia e independentemente do

corpo, mas emerge do corpo, que é seu ponto de partida e expressão.

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Objetivos Gerais• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano

de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

• Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade, frequência, elevando-se à condição de planejador de suas práticas corporais;

• Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões físicas;

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde;

• Adotar uma postura ativa como praticante de atividades físicas, consciente da importância das mesmas na vida do cidadão;

• Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade;

• Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano no que diz respeito às capacidades físicas, respostas do corpo aos estímulos e diferentes formas de movimentação, valorizando-as como recurso para expressão de suas aptidões físicas;

• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, potencializando e canalizando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos por todos;

• Perceber, na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre os diferentes pontos de vista postos em debate;

• Respeitar as especificidades que caracterizam o aluno do curso noturno, considerando-o não como aquele que só precisa de repouso e compensação, mas como um aluno com direito ao conhecimento veiculado pela disciplina, tanto no que se refere a suas relações com seu próprio corpo, como para a formação de uma consciência corporal, em seu sentido mais amplo;

• Atentar para o surgimento das múltiplas variações da atividade física enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e mercado de trabalho promissor;

• Propiciar a potencialização das formas de expressão corporal destacando: a importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama; a importância do estabelecimento de critérios que contemplem todos os participantes para o trabalho em grupo; a importância do respeito por aqueles que não conseguem realizar o que foi proposto para o grupo;

• Superar o caráter da educação Física como mera atividade de “prática pela prática”;

• Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo, de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

• Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como

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capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo elementos componentes de várias manifestações de movimento, podendo estabelecer melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal para um reaproveitamento do seu tempo disponível.

Conteúdos 1ª série

Esportes• História, tendência e concepção• Diferença entre jogo e esporte• Regras• Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez, futebol e

atletismo (lançamento do disco e lançamento do dardo) Jogos e Lazer

• Jogos cooperativos• Jogos de salão• Jogos de tabuleiro• Jogos intelectivos

Manifestações Ginásticas• Ginástica corretiva• Ginástica geral• Ginástica aeróbica• Ginástica laboral• Ginástica rítmica

Conhecimentos Elementares do Corpo Humano• Conhecimento do Corpo Humano voltado a Atividade Física• Primeiros Socorros:• Cortes, escoriações, hematomas, fraturas, entorses e luxação.• Estiramento muscular, câimbras e lesões de ligamentos.• Desmaios, epilepsia, afogamentos e sufocamentos.• Fraturas – simples e composta, entorses, luxações, tendinites e lesões

de ligamentos.• Exame biométrico peso e altura

Atividades Expressivas (Dança)A dança como manifestação cultural

• Dança Folclórica.• Danças Afro-descendentes• Dança de salão

As lutasRepresentações, simbolismo, significados, autocontrole e história.

• Capoeira• Kong-Fu• Greco-romana.

2ª série Esportes.

• Regras

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• Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez, futebol, atletismo (corrida com barreiras e salto com vara)

• Discussão crítica sobre a influência política e econômica no esporte e em suas competições Manifestações Ginásticas

1. Ginástica - flexibilidade e alongamento2. Ginástica Geral com música3. Ginástica rítmica

Conhecimentos Elementares do Corpo Humano• Nutrição: alimentação, calorias e regimes.• Avaliação física• Corpo: saúde e doença• Exame biométrico peso e altura

Atividades Expressivas (Dança)A dança como manifestação cultural:

• Dança de salão• Danças de rua• Cultura corporal• Dança folclórica

As lutasFilosofia, Autoconhecimento, Autocontrole:

• Jiu Jitsu• Taekendô• Judô• Karatê• Capoeira

3ª série• Esportes.

• História, tendência e concepção• Regras• Handebol, futsal, voleibol, basquetebol, tênis de mesa, xadrez,

futebol e atletismo (lançamento do martelo)• Pratica esportiva e torneios

• Manifestações Ginásticas• Ginástica na água (Hidroterapia )• Ginástica na terceira idade• Técnicas de relaxamento• Ginástica geral

• Conhecimentos Elementares do Corpo Humano• Atividade Física e Fisiologia do Exercício• O significado das atividades físicas para uma prática permanente: Musculação, Ginástica estética e localizada.• Qualidade de Vida – Terapias alternativas• Nutrição: Processo de produção de energia corporal e gasto energético por atividade física• Exame biométrico peso e altura

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• Atividades Expressivas (Dança)A dança como manifestação cultural

• Danças de salão• Expressão corporal• Mímica• Dança folclórica

• As lutasFilosofia, Autoconhecimento, Autocontrole.

• Boxe• Sumô• Esgrima• Luta Olímpica • Jiu-jitsu• Taekwondo

MetodologiaA proposta de trabalho que se apresenta é uma proposta crítico superadora,

desenvolvida através de um processo dinâmico, no qual o processo ensino-aprendizagem conta com a ajuda construtiva do aluno, com a intenção de integração e aproximação entre eles próprios e a realidade em que as aulas acontecem. Permitindo, assim, ao educando, a ampliação da sua visão de mundo por meio da cultura corporal, levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que esta inserida.

Tal metodologia atende ao princípio da complexidade crescente, estabelecendo diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos articuladores. E ainda aponta as seguintes estratégias de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.

A prática social é entendida com uma preparação do aluno para a construção do conhecimento escolar, o primeiro contato com o tema a ser estudado. Já a problematizarão é a criação de uma necessidade para que o educasse, por meio de uma ação, na qual a prática social é analisada, interrogada, levando em consideração o que se deve ser trabalhado. A instrumentalização é o roteiro pelo qual o conteúdo deve ser trabalhado, para que os alunos tenham a possibilidade de o assimilarem o recriarem, transformando-o assim em instrumento de criação pessoal neste processo de construção.

A catarse é entendida como a manifestação do que o aluno assimilou durante o processo de trabalho, momento em ele demonstra de fato o que aprendeu. O retorno à prática social caracteriza-se pela representação da transposição do teórico para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.Propostas:• O esporte: Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva,

adaptando o esporte à realidade escolar; deve ser ação cotidiana dos professores da rede publica. Os valores que privilegiem o coletivo em detrimento do individual pressupõem o compromisso com a solidariedade e o respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz a dois, e que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o adversário.

• Os jogos e lazer: Os jogos são importantes no desenvolvimento do ser humano

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uma vez que, ainda na infância, possibilitam a compreensão da realidade através do imaginário e servem ao reconhecimento das relações que o cercam. Para o ensino médio, o jogo, além de seu aspecto lúdico, contribui na discussão a respeito das regras, reconhecendo as possibilidades de ação e organização coletiva.

• A ginástica: a ginástica deve dar condições ao aluno para reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente competitiva, como movimentos obrigatórios, presos à perspectiva técnica e até mesmo pela imposição da mídia em relação aos padrões estéticos.A ginástica compreende uma gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, ginástica geral, até as esportivizadas: ginástica olímpica e rítmica.

• Conhecimentos do Corpo Humano: Abordandar temas do cotidiano, como qualidade de vida, saúde, atividade física e conhecimentos do corpo humano por meio de pesquisas, debates, ilustrações, etc.;

• As lutas: Trabalhar com as lutas no interior da escola deve ser constituído no momento em que os alunos do ensino médio possam explorar suas potencialidade a partir das mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente produzida e repleta de simbologias.

• Dança: Na escola, as mais diversas modalidades de dança devem ser ofertadas, privilegiando a experiência de maneira livre e espontânea. A técnica deve servir como instrumental, para possibilitar a recriação coreográfica coletiva a partir de tematizações, de acordo com as necessidades da realidade.

AvaliaçãoEntendemos por avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,

descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade; podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.

A avaliação no ensino de Educação Física favorece a busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, somativa, com vistas à diminuição das desigualdades.

Outro fator que será levado em consideração é a autoavaliação, quando levaremos o educando a refletir sobre as contribuições de suas ações no seu crescimento individual e coletivo, buscando com isso, uma alteração na conduta e posicionamento sobre o processo de construção de conhecimentos.Instrumentos avaliativos:

Participação em todas as aulas práticas.Apresentações teóricas e práticas dos trabalhos e pesquisas fundamentados no planejamento.Avaliação prática de conteúdos como esportes, dança e ginástica, lutas e conhecimentos do corpo humano.

Observação:• Relatar os avanços e dificuldades específicas encontradas na elaboração

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da proposta pedagógica curricular.A DCE contempla todos os conteúdos necessários a uma prática docente de

qualidade referente à disciplina de Educação Física. Essas diretrizes embasaram a formulação do PPP e do planejamento anual da disciplina. Cabe ao professor adaptar sua prática à realidade sócio-econômica e estrutural de sua escola.

LIVRO DIDÁTICO – E evidente que o livro para a educação física é inédito, mas acreditamos que se faz necessária uma capacitação efetiva para que os professores possam trabalhar a favor da aprendizagem dos alunos.

JOGOS COLEGIAIS – Reconhecemos que e válido o retorno dos jogos colegiais por oportunizar um momento de confraternização e aprendizagem para os alunos. Porém, alguns aspectos devem ser repensados. Não existe possibilidade dos professores realizarem um treinamento adequado para os alunos, principalmente por causa da falta de tempo e disponibilidade dos docentes para os treinamentos. Isso que resulta na falta de preparação e motivação dos alunos para avançar as próximas fases, pois eles competem com escolas particulares, onde o nível de desempenho é incomparável. A rotatividade dos professores na permanência da escola, dificulta a sistematização desse trabalho.

Referências BibliográficasBARBANTI, V. J. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo, Manole, 1990.FARIA Júnior, A. G. Fundamentos pedagógicos: a avaliação em Educação Física. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1985.GHIRALDELLI Júnior, P. Educação Física progressista. A pedagogia crítico – social dos conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo, Loyola, 1988.GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. R. P. Implementação de programa de Educação Física escolar direcionados à promoção da saúde. IN. Revista brasileira de saúde escolar, v. 3 (1), 67-75, 1994.LIBANEO, J. C. Democratização da escola pública, a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo, Loyola, 1985.MARINHO, I. P. A história da Educação Física no Brasil. São Paulo, Cia. do Brasil, s.d.MATTOS, M. G. & NEIRA, M. G. Uma alternativa para a Educação Física no Ensino Médio. IN. Anais do Simpósio Metropolitano da Atividade Física – SIMAFI – São Paulo, Faculdades Metropolitanas Unidas, 1998.SANTIN, S. Educação Física: outros caminhos. Porto Alegre, EST, 1990.TANI, G. et alli. Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem Desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.VAYER, P. & TOULOUSSE, P. Linguagem corporal: a estrutura e a Sociologia da ação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

5.2. 3 ARTE

Apresentação da disciplinaA disciplina de Arte tem como eixo condutor a associação entre a Arte e a

Cultura, culminando no embasamento para uma reflexão consciente sobre a diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem. O estudo dessa disciplina proporciona, por meio da experiência estética, um exercício constante do olhar em relação ao mundo, associando também as novas

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tecnologias da sociedade contemporânea às diferentes linguagens artísticas: artes visuais , teatro, música e dança, e assim estabelecer relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos.

Ao traçar-se um panorama histórico da Educação Brasileira, percebem-se evidências de que houve inúmeras mudanças dos conceitos que permearam o ensino de Arte no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso, com a catequização dos nativos, até o estabelecimento de uma visão puramente tecnicista, na qual o educador de Artes foi entendido como um profissional polivalente.

Mesmo com incentivo de D. João VI ao ensino da Arte, no início do séc. XIX, resultando na criação da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826), nas escolas, o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão foi aprovada na 1ª Reforma Educacional do Brasil República, em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.

A partir de 1931, com a implantação do ensino da música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da Arte se fez presente no primeiro projeto de educação pública de massa. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o início do séc. XX esteve voltada para uma elite basicamente masculina.

No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual do Paraná, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.

E, somente em 1971, com a Lei 5692/71, o ensino da Arte passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras, porém com conteúdo reduzido a uma visão tecnicista, na qual o educador de Artes é entendido como um profissional polivalente, devendo dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música.

Em 1996, a Lei de Diretrizes de Base da Educação (n.º9.394/96) ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

A Arte tem sido tomada, ora como conhecimento técnico, centralizada no científico racional, ora como expressão espontânea, priorizando a sensibilidade individual. Assim, perdeu-se de vista a sua totalidade.

Ao buscar a contextualização da Arte e do seu ensino, tenta-se compreender a prática artística e suas relações com base na economia, nos aspectos culturais políticos, sociais e seus reflexos nas produções, que variam determinando todo um sistema de ideias e de representações.

Neste sentido, procura-se entender o processo histórico que levou o ensino de Arte a se manter numa posição marginalizada dentro do sistema educacional e buscam-se valores estéticos que possibilitem a democratização do saber artístico.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões constantes e que contemplem a Arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação de todos os educandos, buscando sua inserção social, condições concretas para a satisfação da necessidade humana de autoafirmação e uma leitura da realidade, comprometendo-se com a valorização da diversidade cultural, legitimando assim, sua interação.

Uma das principais funções da escola é oportunizar aos estudantes o acesso ao patrimônio cultural que a humanidade vem construindo ao longo dos séculos, bem como desenvolver o olhar crítico, a criatividade e a experimentação prática

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pautada no apreciar, conhecer e fazer artístico.A Arte está presente em tudo o que nos cerca e sempre esteve ligada à

história da humanidade, tornando possível o registro estético de costumes, sentimentos e visões de mundo. Desvelando essa história e essa cultura, o homem se torna conhecedor de si mesmo, de sua identidade cultural, pois todos somos constituídos culturalmente. Faz-se necessário considerar que “a cultura é um fenômeno plural, multiforme, heterogêneo, dinâmico” (CANDAU, 2002, p. 72) e envolve tudo o que é produzido pelo ser humano, portanto, produz sentidos e significados para o ensino da Arte. Tendo referência neste conceito, o professor terá argumentos para justificar a seleção e o tratamento dos conteúdos, impedindo que o currículo se torne mais um elemento de exclusão.

A Arte, enquanto disciplina escolar, possibilita o ensino como instrumento para apreensão do saber estético, formação dos sentidos humanos, conhecimento constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais locais, nacionais e globais. No contexto histórico-social, o repertório de conhecimento do aluno deve ser legitimado pela sua manifestação valorizada como produção cultural.

A sistematização do ensino da Arte na escola desempenha um papel social, na medida que democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção da sua própria nação (BARBOSA, 2002, p. 14). Assim sendo, as práticas educativas da disciplina precisam assumir um compromisso com a diversidade cultural.

Partindo da concepção de que a construção do conhecimento em Arte acontece por meio da inter-relação de saberes, entende-se que, ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação ou pela análise estética das diferentes manifestações artísticas, o educando se torna consciente, informado e reflexivo a respeito do processo de criação, ampliando assim, gradativamente sua bagagem cultural.

A complexidade do atual contexto, profundamente marcado pelo processo de mundialização da cultura e da globalização, exige que a disciplina de Arte propicie aos educandos oportunidades de leituras de diferentes culturas, superando preconceitos e valorizando a riqueza da diversidade. Mais do que fundamentado teoricamente, o professor necessita relembrar diariamente da importância da interação entre professor, aluno e conhecimento. Com isso, torna-se explícito o compromisso de favorecer a democratização da produção cultural.

Neste sentido, o valor educativo da Arte se destaca, na medida que reconhece este componente curricular como imprescindível na formação do indivíduo e para o exercício pleno da vida cidadã. Em sua especificidade, o objeto de estudos de Arte é o conhecimento estético. Os saberes decorrentes permitem que a Arte seja entendida como um conjunto de linguagens, cada uma com seus elementos e códigos.

Cada linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita a comunicação e a interação, estruturados segundo princípios que cada cultura constrói. Desta forma, ensinar arte é muito mais do que simplesmente apresentar certos elementos da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes representações culturais, analisando os processos de criação e execução destas produções, pois a aprendizagem se nutre da investigação, do diálogo e do olhar do outro.

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Segundo Japiassu (2001:24), a necessidade de apropriação pelo aluno das linguagens artísticas, são instrumentos poderosos de comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo com esta concepção, o objetivo das artes não é a formação de artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de expressão que dinamizam processos afetivos, cognitivos e psicomotores.

O conhecimento será realmente significativo se o fazer pedagógico do professor de Arte, através dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações entre os conhecimentos adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes sejam valorizados e tornem-se cheios de sentido. No entanto, pensando na eficácia dessa proposta pedagógica, e visando atender ao aluno como um sujeito histórico e social, três formas de interpretação da Arte devem ser aplicadas na escola: a Arte como Ideologia, a Arte como Conhecimento e a Arte como Trabalho Criador.

A Arte é uma das principais formas de organização social e expressão de oposição às forças dominantes. No séc. XX, a juventude brasileira apresentou várias mobilizações ideológicas através da arte. Trabalhar a Arte como Ideologia nas escolas, faz com que nossos alunos se tornem membros atuantes e críticos da sociedade.

A Obra de Arte é a expressão da realidade ao mesmo tempo em que é criadora da realidade. Assim, o Conhecimento estético é construído historicamente, e se expressa na arte através de sua própria organização.

A característica essencial do ensino da Arte está no Trabalho Criador, pois é através desse que o homem cria, transforma, atribui significados e emoções, colocando na obra o seu próprio existir. Criar é fazer algo novo, inédito, que reflete o sujeito criador como agente social e histórico de uma nova realidade.

Essas três formas de interpretação da Arte aplicadas na escola visam construir um ensino da arte voltado para um processo de humanização e sensibilização do ser humano.

Objetivos Gerais• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude

de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro ), de modo que sejam utilizados nos trabalhos pessoais, para que o aluno identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente;

• Construir relações de autoconfiança com a produção artística pessoal e o conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;

• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando e indagando com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo sensível;

• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da produção dos artistas.

• Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte,

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reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias;

• Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, obras de arte, fontes de comunicação e informação.

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte em suas múltiplas linguagens - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional;

• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte (música, artes visuais, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas;

• Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre outros.

Conteúdos EstruturantesEm Música, Dança, Teatro e Artes Visuais, os conteúdos estruturantes são:

• elementos formais, composição, movimentos e períodos.

ÁREA DE MÚSICA• Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.• Composição: ritmo, melodia, harmonia, escala modal, tonal e fusão de

ambos, gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop), técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista) e improvisação.

• Movimentos e períodos: Da Pré-história até a Contemporaneidade.ÁREA ARTES VISUAIS

• Elementos formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, volume, cor e luz.

• Composição: bidimensional, tridimensional, figura fundo, figurativo, abstrato, perspectiva, semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, assimetria, deformação, estilização, diferentes técnicas (desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura, escultura, arquitetura, história em quadrinhos), gêneros (paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia).

• Movimentos e períodos: História das artes visuais da Pré-história à Contemporaneidade (Pré-história, Egito, Grécia, Roma, Idade Média, Barroco, Séc. XX).

ÁREA TEATRO• Elementos formais: personagem (expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais), ação e espaço. • Composição: técnicas (jogos teatrais, teatro direto e indireto,

mímica, direção, ensaio, teatro-fórum, roteiro, encenação, leitura dramática), gêneros (tragédia, comédia, drama e épico),

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dramaturgia, representação nas mídias, caracterização, espaço cênico (cenografia, sonoplastia, iluminação, figurino), direção e produção.

• Movimentos e períodos: História do teatro da Pré-história à Contemporaneidade. (Teatro greco-romano, medieval, brasileiro, paranaense, popular, indústria cultural, teatro engajado, dialético, essencial, do oprimido, teatro pobre, vanguarda, renascentista, latino-americano, realista e simbolista).

ÁREA DANÇA• Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.• Composição: eixo, dinâmica, aceleração, ponto de apoio, salto e

queda, rotação, níveis, formação, deslocamento, técnicas (improvisação, coreografia), gêneros (espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea).

• Movimentos e períodos: História da dança da Pré-história à Contemporaneidade. (Pré-história, greco-romana, medieval, Renascimento, dança clássica, popular brasileira, paranaense, africana, indígena, Hip Hop, expressionismo, indústria cultural, dança moderna, vanguardas, dança contemporânea.

1ª Série ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

COMPOSIÇÃO• Ritmo• Melodia• Harmonia• Modal, Tonal e fusão de ambos.• Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista• Improvisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Paranaense• Popular• Engajada• Oriental• Africana

ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Ponto• Linha• Forma

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• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO• Bidimensional• Tridimensional• Figurativo• Abstrato• Perspectiva• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual• Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia,

gravura e esculturas• Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Arte Oriental• Arte Africana• Arte Paranaense• Arte Engajada• Arte Contemporânea• Arte Digital

ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO• Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-

fórum• Roteiro• Encenação, leitura dramática• Representação nas mídias• Caracterização• Cenografia,• Sonoplastia, figurino, iluminação • Direção• Produção

MOVIMENTOS E PERÍODO• Teatro Medieval• Teatro Paranaense• Teatro Engajado• Teatro Dialético• Teatro Essencial

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• Teatro do Oprimido• Teatro Pobre• Teatro Renascentista• Teatro Realista• Teatro Simbolista

ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo

COMPOSIÇÃO• Espaço• Eixo• Dinâmica• Aceleração• Ponto de Apoio• Salto e Queda• Rotação• Níveis• Formação• Deslocamento• Improvisação• Coreografia• Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular,

populares, salão, moderna, contemporâneaMOVIMENTOS E PERÍODOS

• Medieval• Renascimento• Dança Clássica• Paranaense• Africana• Indígena• Expressionismo• Dança Moderna• Arte Engajada

2ª SÉRIEÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS

• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade

COMPOSIÇÃO• Ritmo• Melodia

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• Harmonia• Modal, Tonal e fusão de ambos.• Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista• Improvisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Música Popular Brasileira• Indústria Cultural• Vanguarda• Ocidental• Latino-americano

ÁREA ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS

• Ponto• Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz

COMPOSIÇÃO• Bidimensional• Tridimensional• Figurativo• Abstrato• Perspectiva• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual• Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia,

gravura e esculturas• Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Arte Ocidental• Arte Brasileira• Arte Popular• Arte de Vanguarda• Indústria Cultural• Arte Latino-americana

ÁREA TEATROELEMENTOS FORMAIS

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais• Ação • Espaço

COMPOSIÇÃO

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• Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-fórum

• Roteiro• Encenação, leitura dramática• Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico• Dramaturgia• Cenografia,sonoplastia, figurino, iluminação

MOVIMENTOS E PERÍODOS• Teatro Greco-romano• Teatro Brasileiro• Teatro Popular• Indústria Cultural• Teatro de Vanguarda• Teatro Latino-americano

ÁREA DANÇAELEMENTOS FORMAIS

• Movimento Corporal• Tempo

COMPOSIÇÃO• Espaço• Eixo• Dinâmica• Aceleração• Ponto de Apoio• Salto e Queda• Rotação• Níveis• Formação• Deslocamento• Improvisação• Coreografia• Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular,

populares, salão, moderna, contemporâneaMOVIMENTOS E PERÍODOS

• Pré-história• Greco-romana• Dança Popular• Brasileira• Hip Hop• Indústria Cultural • Vanguardas• Dança Contemporânea

MetodologiaA didática do ensino de Arte visa o trabalho com a diversidade da

produção artística, observando os processos de apreciação, interpretação e criação artística, no sentido de construir e reconstruir o conhecimento.

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As inovações no ensino da Arte não podem ser compreendidas apenas do ângulo metodológico, sob pena de se perder de vista que ensinamos um determinado conteúdo com uma finalidade específica. Por esta razão, o conteúdo – o conhecimento artístico que dá suporte à apreciação (leitura e interpretação) e ao fazer artístico – é o ponto de partida para se pensar a forma ou os procedimentos de ensino.

As atividades propostas na área de Artes devem garantir e ajudar os alunos a desenvolver modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre a Arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. É necessário, na prática, criar as condições de transmissão e assimilação, organizando-o de tal forma que aluno passe gradativamente do não domínio ao domínio dos conteúdos.

O valor da arte se fundamenta no princípio de que a apreciação dessa disciplina não é outra coisa senão torná-la verdadeiramente nossa, apropriando-se humanamente dela. Mas, apropriar-se da produção artística exige, além das atividades baseadas na apreciação, um conjunto de exercícios fundamentados no conhecimento das técnicas, dos códigos de cada linguagem e das regras de composição. O professor deve ter claro que cada atividade consiste em um problema que o aluno deve resolver. Portanto, ao propor um exercício artístico, sempre atento aos problemas específicos de cada linguagem, há que prover os alunos de referências adequadas. Além disso, o professor não pode esquecer que a aprendizagem é processual.

AvaliaçãoOs critérios de avaliação em Arte decorrem dos conteúdos, consistem em

uma seleção de expectativas que evidenciam a apropriação desses conteúdos pelos alunos.

Não se propõe aqui avaliar a expressão ou o trabalho do aluno, mas no seu trabalho avaliar o domínio que esse vai adquirindo dos modos de organização dos conteúdos ou elementos formais na composição artística. Isso significa que há modos de organizar e de expressar as qualidades estéticas dos objetos e dos sons da realidade, de forma que a resolução de uma proposta de representação artística tem por base: o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc.

Estes aspectos devem possibilitar ao aluno:• expressar sua leitura sobre a realidade humano social no trabalho

artístico;• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;• fazer uma leitura da produção artística a partir dos procedimentos que

foram usados;• ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a

ver os objetos somente sob seu aspecto prático utilitário;• construir, a partir da sensibilidade estética da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico, permitindo que esse venha a ser partilhado com os outros.

Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o mediador da relação aluno X produção artística e a avaliação como parte deste processo, deve possibilitar ao professor em que medida houve a apropriação do conteúdo proposto.

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Referências BibliográficasAZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revisada e ampliada. São Paulo: Melhoramentos, Editora da USP, 1971.BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BARBOSA, A. M. (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.BARBOSA, A. M. B. Recorte e colagem: influência de John Dewey no ensino da arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989._______. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. 4. ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.______. O Sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001.FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.PILLAR, A. D. A educação do olhar no ensino da arte. In: BARBOSA, A. M. (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 2001.SANTOS, J. L. O que é cultura. 6.ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.VYGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Arte/Artes. Curitiba: SEED, 2008. 5.2. 4 MATEMÁTICA

Apresentação geral da disciplinaAs capacidades de comunicação, de resolver problemas, tomar decisões,

fazer inferências, criar, aperfeiçoar conhecimentos e valores e trabalhar cooperativamente são cada vez mais exigidas. Portanto, a matemática no ensino médio deve desenvolver as capacidades necessárias para a vida social e profissional.

O ensino da matemática deve estar adaptado ao nível de desenvolvimento e progresso do aluno, dentro do seu valor formativo e de seu caráter instrumental.

A matemática tem valor formativo quando ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, desenvolvendo processos de pensamento e aquisição de atitudes, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas. Essa função formativa está também na formação de uma visão ampla e científica da realidade, ajudando na percepção da beleza e da harmonia e no desenvolvimento da criatividade. O caráter instrumental da matemática aparece no conjunto de técnicas e estratégias que podem ser aplicadas a outras áreas do conhecimento ou no exercício profissional. No entanto, além das funções formativas e instrumentais, a matemática deve ser vista como ciência, com suas características

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sociais e específicas.O recurso à História da Matemática pode esclarecer ideias matemáticas

contribuindo no processo de transposição didática e aliada a outras metodologias e recursos, entendendo que a construção do conhecimento se dá pelo histórico do aluno, pela sua vivência dentro do seu universo. Assim, ele poderá compreender suas necessidades e diversidades culturais, os diferentes momentos históricos, os processos matemáticos, resgatando assim, a própria identidade cultural.

O Ensino Médio deve utilizar e ampliar os campos de conhecimento que foram trabalhados no Ensino Fundamental, apresentando novas informações e instrumentos necessários para que o aluno aprenda para a vida toda. Para tanto, deve desenvolver a abstração e o raciocínio para resolução de problemas, a investigação, a análise à compreensão de fatos matemáticos e da própria realidade, auxiliando no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa.

Para o processo de formalização do conhecimento matemático são elementos fundamentais a criação de instituições, estímulo à busca de regularidades, generalização de padrões e capacidade de argumentações. Portanto, aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência, mas buscar o domínio de um “saber fazer” matemática, uma vez que ela está em todas as atividades da vida contemporânea, codificando, ordenando, quantificando e interpretando.

Objetivos gerais• Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias (formação

científica geral).• Aplicar conhecimentos matemáticos em situações diversas.• Analisar e valorizar informações provenientes de diversas fontes.• Desenvolver o raciocínio, o espírito crítico e a criatividade.• Utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas.• Expressar-se oral, escrita e graficamente, valorizando a precisão da

linguagem matemática.• Estabelecer conexões entre diferentes temas.• Reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito.• Promover a realização pessoal.

Conteúdos1º AnoConteúdo EstruturanteNúmeros e ÁlgebraConteúdos Básicos:Conjunto dos Números Reais

• A origem da teoria dos conjuntos• Conceitos Primitivos• Representação de um conjunto• Tipos de conjuntos• Subconjunto• Igualdade de Conjuntos• Conjunto Universo

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• União e Intersecção de Conjuntos• Problemas sobre Quantidade de Elementos de Conjuntos Finitos• Classificação dos números• Conjunto dos Números Reais• Eixo Real• Intervalos Reais• Equações e Inequações Exponenciais• Equações e Inequações Logarítmicas• Equações e Inequações Modulares

Conteúdo EstruturanteGrandezas e MedidasConteúdos Básicos

• Medidas de informática• Medidas de Grandezas Vetoriais• Problemas Relacionados com a Física que envolvam medidas de

grandezas vetoriais ( força e velocidade)• Lei dos Senos e Cossenos• Comparação das medidas de informática e transformações• Trigonometria no triângulo retângulo ( razões trigonométricas: seno,

cosseno e tangente dos ângulos notáveis)• Teoremas de Pitágoras

Conteúdo EstruturanteFunçõesConteúdos Básicos

• A linguagem das funções• Sistema de Coordenadas Cartesianas• Conceito de Função• Estudo do Sinal de uma Função• Análise Gráfica – Reconhecimento de uma função e determinação dos

Conjuntos Domínio, Contra- Domínio e Imagem• Função Real de variável Real• Raiz de uma Função• Inversão de Funções• Composição de Funções• Função Afim• Função de 2º Grau ou Quadrática• Função Exponencial• Função Logarítmica• Função Modular

Conteúdo EstruturanteGeometriaConteúdos Básicos

• Geometria Analítica: estudo do Plano Cartesiano

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Conteúdo EstruturanteTratamento da InformaçãoConteúdos Básicos

• Matemática Financeira Porcentagem Juros Simples Juros Compostos

2º AnoConteúdo EstruturanteNúmeros e ÁlgebraConteúdos Básicos

• História da Matemática envolvendo o surgimento das Matrizes• Representação Genérica de uma Matriz• Matrizes Especiais ( Quadrada, Identidade e Nula)• Matriz Transposta• Igualdade de Matrizes• Operações com Matrizes (adição, subtração e multiplicação)• Matriz Inversa• Determinantes• Determinantes de 1ª , 2ª e 3ª ordem• Determinantes de ordem maior ou igual a três ( Laplace)• Os Sistemas de equações Lineares no dia-a-dia• Classificação de um Sistema Linear• Resolução de Sistemas Lineares com três equações e três incógnitas

utilizando Cramer e outros métodos desejados

Conteúdo EstruturanteGrandezas e MedidasConteúdos Básicos

• Trigonometria no Ciclo Trigonométrico(Seno, Cosseno e Tangente)• Grau e Radiano• Redução ao primeiro quadrante• Relação Fundamental da Trigonometria• Secante, Cossecante e Cotangente• Adição de arcos e Arco Duplo• Construção e interpretação gráfica das Funções Trigonométricas

Conteúdo EstruturanteFunçõesConteúdos Básicos

• Funções Trigonométricas (Seno, Cosseno, Tangente, Cotangente, Cossecante e Secante)

• Construção e Interpretação gráfica das Funções Trigonométricas• Conceito de Sequência• Lei de Formação de uma Sequência• Progressão Aritmética

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• Progressão Geométrica

Conteúdo EstruturanteGeometriasConteúdos Básicos

• Geometria Plana• Noções de Geometria não-euclidiana

Conteúdo EstruturanteTratamento da InformaçãoConteúdos Básicos

• Análise Combinatória• A Arte de Contar• Princípio Fundamental da Contagem• Princípio Aditivo da Contagem• Fatorial• Arranjo Simples• Permutação Simples e com Repetição• Combinação Simples• Binômio de Newton• Triângulo de Pascal• Termo Geral de um Binômio de Newton• Estudo das Probabilidades• Origem da Teoria das Probabilidades• Conceito de Probabilidade• Propriedade das Probabilidades• Adição das Probabilidades• Probabilidade Condicional• Multiplicação das Probabilidades

3º ANOConteúdo EstruturanteNúmeros e ÁlgebraConteúdos Básicos

• Números Complexos -Conjunto de Números Complexos -Forma Algébrica de um Número Complexo -Representação da Forma Algébrica de um Número Complexo no Plano

de Argand-Gauss• Número Imaginário• Número Imaginário Puro• Número Real• Igualdade de dois Números Complexos• Operações com Números Complexos: Oposto; Adição; Subtração;

Multiplicação; Divisão; Potências de i; Módulo; Norma e Conjugado de um Número Complexo.

• Forma Trigonométrica de um Número Complexo;

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• Representação e Interpretação de um Número Complexo na Forma Trigonométrica no Plano de Argand-Gauss

• Operações com Números Complexos de Forma Trigonométrica: Multiplicação; Divisão; Potenciação; Radiciação

• Estudo dos Polinômios• Operações com Polinômios (adição, subtração e multiplicação)• Divisão de Polinômios pelo Método da Chave• Divisão de Polinômio por um Binômio do 1º Grau: Teorema do Resto;

Teorema do D’Alambert: Dispositivo de Brit-Ruffini• Um pouco da História da Álgebra• Teorema Fundamental da Álgebra

Conteúdo EstruturanteGrandezas e MedidasConteúdos Básicos

• Medidas de Energia• Medidas de Comprimento• Medidas de Massa• Medidas Derivadas: área de volume• Medidas de Tempo

Conteúdo EstruturanteFunçõesConteúdos Básicos

• Função Polinominal em uma variável• Polinômio Nulo• Polinômios Idênticos• Teorema da Decomposição• Teorema das Raízes Racionais• Teorema das Raízes Complexas• Relações de Girard - Equações do 2º e 3º Graus• Relações de Girard em uma equação de grau n

Conteúdo EstruturanteGeometriasConteúdos Básicos

• Geometria Métrica ou de Posição, Plana, Espacial e Analítica• Poliedros• Relação de Euler• Prismas: Áreas e Volume• Pirâmides e Tronco de Pirâmides: Áreas e Volume• Cilindro Circular Reto: Áreas e Volume• Cone Circular Reto e Tronco de Cone: Áreas e Volume• Esfera: Área e Volume• Cunha Esférica• Fuso esférico• Estudo da Geometria Analítica

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• Origem da Geometria Analítica• Distância entre Dois Pontos• Ponto Médio de um Segmento de Reta• Determinação de uma Reta • Condição de Alinhamento de Três Pontos• Equação Fundamental da Reta• Bissetrizes dos Quadrantes e as Retas Horizontal e Vertical• Formas de Equação da Reta: Geral Reduzida, Segmentaria e Paramétrica• Posições Relativas entre duas Retas• Distância entre Ponto e Reta• Representação Gráfica de uma Inequação do 1º Grau• Equações da Circunferência ( reduzida e normal)• Reconhecimento de uma Circunferência• Posições Relativas entre um Ponto e uma Circunferência• Posições Relativas entre uma Reta e uma Circunferência• Posições Relativas entre duas Circunferências

Conteúdo EstruturanteTratamento da InformaçãoConteúdos Básicos

• Noções de Estatística O que é Estatística? Aplicações da Estatística nas mais diversas áreas do conhecimento Construção e Interpretação de Tabelas e Gráficos Estatísticos Medidas Estatísticas

• Medidas de Posição: Média Aritmética, Média Aritmética Ponderada, Moda e Mediana

• Medidas de Dispersão: Variância; Desvio Padrão e Desvio Absoluto Médio• Critérios de Avaliação• Amplie a ideia de conjunto numéricos;• Reconheça e resolva equações, sistemas de equações e inequações;• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo qualquer para

determinar elementos desconhecidos;• Reconheça diferentes funções;• Realize cálculos envolvendo funções;• Resolva situações-problema que envolvam função;• Analise graficamente diferentes funções;• Reconheça a necessidade das geometrias não-euclidianas;• Identifique os conceitos básicos da geometria elíptica, da geometria

hiperbólicas e da geometria fractal;• Analise, interprete e construa gráficos a partir da coleta de dados.• Conceitue, interprete e opere com matrizes;• Domine o conceito de determinante e solucione problemas;• Identifique as relações matemática existentes nas unidades de medidas de

diversas grandezas;• Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetem ao

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conceito de progressões aritméticas e geométricas;• Realize cálculos para determinar termos de uma sequência numérica• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas nas teorias

científicas;• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e

negativa;• Aplique os conceitos de análise combinatória em situações-problema;• Reconheça o binômio de Newton;• Entenda a ideia de probabilidade;• Realize estimativas a respeito de dados e informações estatísticas.• identifique os números complexos e suas operações;• Reconheça e opere com polinômios.• Identifique as unidades de medidas e sua utilidade na determinação de

diferentes grandezas;• Reconheça a função polinomial e aplique-a na solução de situações-

problema.• Amplie os conceitos geométricos;• Analise os elementos que estruturam a geometria;• Reconheça a necessidade das geometrias Não euclidianas;• Identifique conceitos de geometria plana;• Aplique os conceitos de geometria analítica;• Realize cálculos utilizando os conceitos da geometria espacial.• Identifique a matemática financeira aplicada nos diferentes ramos da

atividade humana.

MetodologiaDeve-se levar em conta que se aprende matemática fazendo matemática, e

que isso se dá pela interação aluno-professor e aluno-aluno.Portanto deve-se considerar que:

• O conhecimento matemático deve estar ao alcance de todos.• A aprendizagem da matemática está ligada à apreensão e

atribuição de significados.• Os conteúdos não podem ser tratados de maneira estanque.• A utilização de atividades em grupo deve ser valorizada.• Os alunos devem ter oportunidade de construir conceitos.• Os alunos têm ritmos, necessidades e tempos de aprendizagem

diferentes.• Os processos de discussão e confrontação de ideias devem ser

valorizados.• O professor é mediador entre o “saber do aluno” e o da “escola”.• Recursos como livros, televisão, vídeos, jornais, calculadoras e

computadores devem ser utilizados.• O aluno deve ter bem claro quais são suas responsabilidades na

construção do seu conhecimento matemático.Os conteúdos serão abordados utilizando tendências metodológicas da

educação matemática, como resolução de problemas, modelagem matemática, uso de mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática e

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investigações matemáticas.Princípios que devem orientar o trabalho:Resolução de problemas: a capacidade de resolver problemas deve ser considerada como um eixo organizador do ensino da matemática. O desenvolvimento dessa capacidade é resultado de sucessivas experiências e da prática continuada.Etnomatemática: é importante destacar as conexões existentes entre situações-problema que surgirem na vida real ou em outras disciplinas e suas representações matemáticas e as conexões entre duas representações matemáticas equivalentes. Isso servirá para mostrar a matemática como um todo integrado e não como uma sucessão de temas isolados.Modelagem Matemática: promoção de atividades que estimulem a comunicação oral e escrita, a verbalização de raciocínios, análises, processos e resultados. Comunicar-se, nesse caso, significa utilizar o vocabulário e as formas de representação matemática. A linguagem do professor deve se adequar ao nível de desenvolvimento do aluno, mas deve ser sempre rigorosa.Mídias Tecnológicas: as calculadoras devem ser utilizadas como meios facilitadores e incentivadores do espírito de pesquisa. Já o uso do computador permitirá atividades de exploração, pesquisa, recuperação e desenvolvimento. Essa utilização deverá acontecer sempre que oportuno e possível.História da Matemática: compreender a natureza da matemática e a sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinam o pensamento e influenciam no avanço científico.

Serão trabalhados conteúdos que contemplam a educação ambiental, história do Paraná e cultura afro-brasileira dentro do conteúdo estruturante “Tratamento de Informação”.

AvaliaçãoA concepção de avaliação deverá ser diagnóstica, analisando o processo e

não apenas o resultado. Os indicativos serão qualificadores do processo e não quantificadores.

Nas atividades que são objetos de avaliação, o professor deve ter bem claro os objetivos específicos e gerais propostos.

Além das provas escritas e individuais, a avaliação poderá ser feita através de relatórios, tarefas orais e escritas, trabalhos individuais e em equipe e atividades avaliativas.

A avaliação dá ao professor informações sobre as possibilidades e limitações de seus alunos. Confrontadas com os objetivos propostos, essas informações possibilitam ao professor maior controle de seu trabalho docente, implicando no replanejamento para atingir os objetivos, na atenção e assessoria aos alunos para que superem suas dificuldades.

A avaliação deve levar o aluno a tomar consciência de seu próprio caminhar. Já para o professor, ela deverá servir para controlar e melhorar sua prática pedagógica.

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O progresso do aluno no domínio de conceitos, capacidades e atitudes é objeto de avaliação.

A avaliação deve informar sobre:O conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos.A capacidade de resolver problemas do cotidiano.As habilidades de análise, generalização e raciocínio.A confiança em fazer matemática.A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e cooperação no trabalho em grupo.

O aluno que não atingir 60% no grupo de avaliações valendo 5,0 , terá direito à reavaliação, realizada após a recuperação dos conteúdos.

ReferênciasBRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9795. Brasília: 1999.DANTE, Luiz Roberto. Matemática, volume único. São Paulo: Editora Ática, 2006.PARANÀ. Diretrizes Curriculares de Matemática. Curitiba. SEED, 2006.GIOVANNI, José Ruy, BONJORNO, José Roberto, JR José Ruy Giovanni. Matemática Completa. São Paulo: Editora FTD, 2005.PAIVA, Manoel. Matemática, volume único. São Paulo: Editora Moderna, 2005.PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 30 de julho de 2008.PARANÁ. Governo do Estado. Lei nº 13.381. Curitiba: 2001.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.

5.2.5FÍSICA

Apresentação geral da disciplinaA Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução

cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. Espera-se que o ensino de Física, na Escola Média, contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e associado às outras formas de expressão e produção humanas. É necessário também que essa cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou

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tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e profissional.Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da Física promove a

articulação da visão de mundo, da compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de transcender nossos limites temporais e espaciais. Assim, ao lado de um caráter mais prático, a Física revela também uma dimensão filosófica, com beleza e importância que não devem ser subestimadas no processo educativo. Para que esses objetivos se transformem em linhas orientadoras para a organização do ensino de Física no Ensino Médio, é indispensável traduzi-los em termos de competências e habilidades, superando a prática tradicional.

Sendo assim, é importante levar em consideração as características próprias da clientela atendida e partindo delas, desenvolver um ensino que possa corresponder com as expectativas levantadas através de um estudo qualitativo da situação sócio-econômica da comunidade local. Devendo, portanto, oportunizar aos alunos a possibilidade de compreender o Universo sob a perspectiva da Física; ter condições de elaborar sínteses sob o tema trabalhado; ter motivação e interesse em investigar os fenômenos físicos e desenvolver o raciocínio lógico; perceber as aplicações práticas da física no mundo.

A Física percebida enquanto construção histórica, como atividade social humana, emerge da cultura e leva à compreensão de que modelos explicativos não são únicos nem finais, tendo se sucedido ao longo dos tempos, como o modelo geocêntrico, substituído pelo heliocêntrico; a teoria do calórico pelo conceito de calor como energia, ou a sucessão os vários modelos explicativos para a luz. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação complexa com o contexto social em que ocorreram.

A percepção do saber físico como construção humana constitui-se condição necessária, mesmo que não suficiente, para que se promova a consciência de uma responsabilidade social e ética. Nesse sentido, deve ser considerado o desenvolvimento da capacidade de se preocupar com o todo social e com a cidadania.

Objetivos gerais• Interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua

relação com a natureza em transformação;• Identificar movimentos presentes no dia-a-dia;• Classificar diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano;• Compreender as leis e princípios da Física;• Aplicar conceitos, leis, teorias e modelos gerais da Física.

Conteúdos1ª série

Mecânica1. Introdução histórica da Física2. Unidades de medidas e sistema Internacional de unidades3. Cinemática

3.1 Definições e conceitos3.2 Velocidade média3.3 Aceleração

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3.4 Vetores3.5 Movimento Circular Uniforme

4. Dinâmica4.1 Leis de Newton4.2 Força peso4.3 Atrito4.4 Trabalho4.5 Potência e rendimento4.6 Energia Mecânica4.7 Impulso e quantidade de movimento4.8 Estática4.9 Hidrostática

2ª série1. Termodinâmica

1.1Dilatação Térmica1.2 Leis da Termodinâmica

2. Ondas2.1 Ondulatória2.2 Acústica

3ª série Eletrostática1. Histórico da eletricidade e noções sobre estrutura da matéria.2. Carga elétrica3. Condutores e isolantes4. Processos de eletrização5. Eletroscópios6. Lei de Coulomb (força elétrica)7. Campo elétrico8. Trabalho elétrico.9. Potencial elétrico e diferença de potencial10.Capacitância e CapacitoresEletromagnetismo1. Corrente elétrica2. Resistores elétricos3. Medidores elétricos4. Potência elétrica5. Energia elétrica6. Circuitos elétricos simples7. Noções de Magnetismo8. Campo magnético criado por uma corrente elétrica9. Força magnética.10.Equações de Maxwell11. Indução eletromagnéticaÓptica1.Conceitos fundamentais2. Reflexão da luz

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3. Refração da luz 4. Física moderna

MetodologiaO trabalho a ser desenvolvido no ensino da Física estará norteado em

pequenas experiências.Com aulas teóricas e práticas, através do debate, da exposição, da

discussão e reflexão sobre os mais variados temas, desenvolve-se uma atitude social que leve ao exercício pleno da cidadania.

É imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade próxima ou distante, os objetos ou fenômenos com que efetivamente lidam, os problemas e indagações que movem sua curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e, de certa forma, também o ponto de chegada. Ou seja, feitas as investigações, abstrações e generalizações potencializadas pelo saber da Física, em sua dimensão conceitual, o conhecimento volta-se novamente para os fenômenos significativos ou objetos tecnológicos de interesse, agora com um novo olhar como o exercício de utilização do novo saber adquirido, em sua dimensão aplicada ou tecnológica. O saber assim adquirido reveste-se de uma universalidade maior que o âmbito dos problemas tratados, de tal forma que passa a ser instrumento para outras e diferentes investigações.

Esse trabalho poderá ser melhorado com a apresentação de objetos ou equipamentos que propiciem manuseio, satisfazendo a curiosidade e diminuindo a abstração inerente à Física (ex. objetos eletroeletrônicos como condutores, capacitores, resistências etc), facilitando a interpretação dos fenômenos físicos.

O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as notícias científicas, para que identifiquem o assunto que está sendo tratado e promovam meios para a interpretação de seus significados.

Critérios de AvaliaçãoA avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações

sobre como está se realizando o processo de ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho; e não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, para classificá-lo em “aprovado” ou “reprovado”.

O processo de avaliação, visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico, torna-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda.

Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de conceitos ou observada a todo o momento em sala de aula, através da participação do aluno.

É importante que a avaliação verifique a capacidade de interpretar, identificar informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e comprovar.

As provas escritas e individuais serão uma parte do processo avaliativo, bem como a recuperação paralela dos conteúdos avaliados.

Além das provas escritas e individuais, a avaliação também será realizada por meio de:

• relatórios;• pesquisas;

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• trabalhos em grupo e individuais;• participação em projetos;• observação do aluno em suas participações orais, no quadro, durante o

desenvolvimento dos exercícios e atividades propostas.

BibliografiaBISCUOLA, Gualter, MAIALI, André. Física. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a disciplina de Física – versão preliminar, 2006.UENO, Paulo . Física. São Paulo: Editora Ática, 2005.

5.2. 6 QUÍMICA

Apresentação da disciplinaA Química desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e

manutenção das civilizações desde o suprimento das necessidades humanas, questões relacionadas à qualidade de vida, aos efeitos ambientais, até chegar nas nanotecnologias, presentes na modificação e facilitação do dia-a-dia dos indivíduos.

Deste modo, torna-se imprescindível conduzir o educando a compreender que a Ciência Química é o resultado da construção, desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos adquiridos através dos tempos. Então, faz-se necessário resgatar momentos pontuais sobre a história do conhecimento químico. O fato químico mais importante praticado pelo homem pré-histórico foi a descoberta do fogo. Muito tempo depois, durante Idade Antiga, cerca de 1500 a.C., os egípcios já utilizavam técnicas em que estavam envolvidas reações químicas: fabricação de objetos cerâmicos através do cozimento de argila; extração de corantes de animais e vegetais, obtenção de vinagre e bebidas alcoólicas não destiladas (vinho, cerveja). Egípcios, gregos, fenícios, chineses, entre outros povos obtiveram metais (ouro, ferro, cobre, chumbo e etc.), vidro, tecidos, sabões, perfumes e duas ligas metálicas: bronze e aço.

No antigo Egito, o fato mais notável foi a mumificação de cadáveres. Na Grécia, se destacou a hipótese da constituição atômica da matéria. Por volta de 478 a.C., o filósofo grego Leucipo apresentou a primeira teoria atômica de que se tem notícia, sendo que seu discípulo Demócrito a aperfeiçoou e propagou.

A ideia era: considere, por exemplo, a areia de uma praia. Vista de longe ela parece contínua, porém, observada de perto, notamos que é formada por pequenos grãos. Na realidade, todas as coisas do universo são formadas por “grãozinhos” tão pequenos que não podemos enxergar e, desta forma, temos a impressão de que elas são contínuas. A esses “grãozinhos” foi dado o nome de átomos.

Contudo, entre os gregos acabaram predominando as ideias de outro filósofo, Aristóteles (284 – 322 a.C.). Segundo ele, tudo é constituído de quatro “elementos” básicos: fogo, terra, água e ar. Essa maneira de pensar influenciou a evolução da ciência ocidental.

As ideias desse estudioso deixaram de ser aceitas somente a partir do século XVI, quando a Química teve considerável impulso.

Após Aristóteles, a Grécia passou por um agitado período político e, gradualmente, a cidade egípcia de Alexandria assumiu a liderança científica da

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época. Lá, encontraram-se frente a frente filosofia grega e tecnologia egípcia e as místicas religiões orientais. Disso tudo nasceu a Alquimia, uma mistura de Ciência, arte e magia que floresceu durante a Idade Média, impulsionada por duas preocupações centrais: a busca do “elixir da longa vida”, que garantiu a imortalidade e a cura das doenças do corpo, e a descoberta de um método para a transformação de metais comuns em ouro (transmutação), que ocorreria na presença de um reagente conhecido como “Pedra Filosofal”. Tentando atingir esses objetivos, os árabes obtiveram muitas substâncias (álcool, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, água régia, etc.) e construíram apetrechos químicos usados até hoje (almofariz, alambique, etc.).

Os alquimistas dedicavam-se à tarefa da experimentação, mas agiam de modo hermético, em segredo, uma vez que a sociedade da época era contra procedimentos experimentais, por acreditar tratar-se de bruxaria. Dos experimentos que realizaram, os alquimistas descobriram a extração, produção e tratamento de diversos metais. Destacam-se o cobre, ferro e o ouro, além das vidrarias que foram sendo aperfeiçoadas, fazendo parte, muitas delas, dos laboratórios até a atualidade.

No século XVI, o suíço Phillipus Auredus Theopharastus Bombastus Von Hohenhem, cujo pseudônimo era Paracelsus, propôs que a alquimia deveria ser voltada principalmente para o aspecto médico em suas investigações, tendência que ficou conhecida como Iatroquímica. Segundo ele, os processos vitais podiam ser interpretados e modificados com o uso de substâncias químicas. Suas contribuições no diagnóstico e no tratamento de algumas doenças é digna de nota.

Os últimos anos do século XVI e o transcorrer de XVII firmaram os alicerces da Química como ciência. Em 1597, o alemão Andreas Libavius publicou o livro Alchemia, no qual afirmava que a alquimia tem por objetivo a “separação de misturas em seus componentes e o estudo das propriedades desses componentes”.

No final do século XVIII, durante a Revolução Francesa, a Química, a exemplo da Física, torna-se uma ciência exata. Os trabalhos de Lavoisier, Berzelius, Gay – Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kekulé e tantos outros deram origem à chamada Química clássica. Embora a ciência Química tenha surgido com o cientista Lavoisier, a Química tecnológica só vai ter lugar a partir da 1ª Guerra Mundial e ganhar impulso com a 2ª Guerra.

No século XX, com o grande avanço tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa evolução do conhecimento químico. O átomo teve sua estrutura interna pesquisada, elementos artificiais foram sintetizados e modernas técnicas de investigação foram desenvolvidas, utilizando conceitos de Química, Física, Matemática, Informática e Eletrônica.

Graças à Química tecnológica, puderam ser construídos aparelhos que permitem a execução prática das teorias e também a descoberta de centenas de novas substâncias, muitas das quais, importantes para a humanidade.

Uma destas descobertas que podemos citar, revelando a importância também do Paraná no cenário do desenvolvimento Químico, conforme Lei 13381/01, é a extração de óleo de fragmentos finos de xisto, para ser utilizado como combustível. Mesmo sabendo que a obtenção do óleo de xisto tem maior custo do que o petróleo, o Brasil, em especial o Paraná, em São Mateus do Sul, continua investindo nesta busca, por motivos estratégicos, visando estar preparado para uma nova crise de petróleo ou quando a produção mundial

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começar a declinar em decorrência do esgotamento das jazidas existentes.Considerando que a Química é uma ciência em constante elaboração,

inovação e transformação a partir das necessidades humanas e que, nas décadas de 1960 e 1970, quando o processo de industrialização influenciou fortemente a formação dos educandos, devido às demandas e efeitos da globalização da economia e da reestruturação produtiva, torna-se imprescindível pensar também na forma como os professores de Química são formados para se poder compreender as razões pelas quais o ensino de química prioriza este ou aquele direcionamento.

No caso dos professores de Química e das outras ciências exatas, sua formação pedagógica fica a cargo de Pedagogos que não conhecem a Ciência Química/Física/Matemática. Isto é, segundo MALDANER, um erro grave pois,

ao atribuírem às faculdades de educação a tarefa de formarem professores esquecem ou ignoram que os conteúdos químicos que ministram precisam ser pedagogicamente transformados,disponibilizando-os para a promoção de aprendizagem dos futuros alunos e seus licenciados”

Deste modo formados, os professores, quando iniciam atividades docentes, entram em crise, pois há enorme separação entre o mundo acadêmico (o que se aprende nas Universidades) e o dia- a-dia de sala de aula. Não que aquilo que se aprende sobre Matemática/Física/Química nas Universidades não sejam conteúdos específicos de extrema importância, porém o mais importante é saber como adequar os conceitos para que seus alunos possam entendê-los. E, como nem sempre o professor recém-formado (acadêmico ou até mesmo com um certo tempo de experiência em sala de aula) sabe como melhor resolver o dilema de abandonar o recebido na universidade (pois não serve na prática) ou se alienar (pois vai aplicar o conhecimento sem ter domínio sobre ele), os professores tornam-se submissos, ou seja, aceitam o que lhes foi ensinado como verdade única e indeformável. Tendem a ministrar suas aulas da mesmo forma como lhes foi ensinado na universidade, exigindo de seus alunos quase que exclusiva memorização com pouquíssima ou nenhuma análise crítica e ao aplicar isto em sala de aula se frustram, pois não há êxito na prática ( a realidade é outra!). E como consequência, os alunos aprendem por pura memorização e não se tornam aptos a fazer a transposição do conhecimento “aprendido” para as necessidades reais do cotidiano.

De acordo com HARRES, em sua revisão de pesquisas sobre vários autores, nem sempre é verdadeira a correlação entre a Concepção sobre a Natureza da Ciência e a prática adotada em sala de aula por este professor. O autor cita que possivelmente a conclusão mais apropriada para isto seja que as características individuais de cada professor expliquem, em grande parte, as diferenças observadas. E, também cita que a aquisição de Concepções sobre a Natureza da Ciência adequadas por parte do professor, não necessariamente, implica em uma performance adequada para mudar a Concepção sobre a Natureza da Ciência dos estudantes. Através de suas revisões realizadas, este autor menciona ter chegado à conclusão de que, independentemente no nível de atuação e do tipo de instrumento utilizado para investigá-los, os professores de ciências apresentam , em geral, Concepções inadequadas sobre a Natureza da Ciência , próximas a uma visão empírico-indutivista, apoiada fortemente no papel da observação e na

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produção do conhecimento, unicamente através do método científico (CHALMERS explica que o raciocínio indutivo é aquele que parte do particular para o todo); uma concepção absolutista de ensino (que enfatiza o raciocínio lógico e explicações corretas sobre um conhecimento anteriormente confirmado como verdadeiro e definitivo; que enfatiza a observação e aplicação do método científico em sala de aula; que desconsidera o conhecimento prévio dos estudantes); uma teoria de aprendizagem por apropriação formal de significados; e, quanto ao currículo, uma concepção academicista dos conteúdos, uma visão indutiva e/ou transmissiva da metodologia e entende-se a avaliação como uma medida das aprendizagens mecânicas.

De acordo com MALDANER, é primordial que professores de Ciências/Química (que pode ser estendido aos demais professores) sejam iniciados na prática da pesquisa educacional, em um processo de formação contínua em novos parâmetros, interagindo com professores universitários, envolvidos e comprometidos com a formação de novos professores, isto porque, conforme PIMENTA, ao se trabalhar o conhecimento na dinâmica da sociedade atual, na formação de jovens em constantes processos de transformação cultural, de valores, de interesses e necessidades, requer permanentemente formação, entendida como re-significação identitária dos professores.

MORIN cita a necessidade de reforma do pensamento para que se possa tentar uma reforma do ensino. Para ele, é imprescindível gerar intelectuais polivalentes, capazes de refletir sobre a cultura em sentido amplo, tornando-se urgente encorajar os professores a religarem suas disciplinas, pois, se a escola não corrige a fragmentação, os jovens perdem suas aptidões naturais para contextualizar os conteúdos e, desta forma, o conhecimento não progride. Neste sentido, o aprendizado de Química deve possibilitar ao educando a compreensão dos processos químicos em si, bem como a construção e ampliação do conhecimento científico, levando-o a conhecer a forma mais adequada da utilização e descarte das substâncias químicas no seu dia-a-dia, bem como se posicionar criticamente com relação aos efeitos ambientais causados pela utilização destas substâncias químicas, para que o ambiente possa também ser preservado (conforme Lei 9597/99).

Deste modo, o ensino de Química deve promover a compreensão e a apropriação do conhecimento químico através do estudo da matéria e suas transformações, que é o objeto de estudo desta ciência.

Objetivos gerais• Contribuir para uma alfabetização científica do cidadão, centrada no

conhecimento químico e no contexto social;• Superar as concepções de senso comum, construindo conceitos científicos;• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes

para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, manuais, etc.);• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de

outros dados (classificação, seriação e correspondência em química);• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias,

modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à

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química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes;• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca

das transformações químicas;• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano,

individual e coletiva com o ambiente;• Reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural;• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da

química e aspectos sócio-político-culturais;• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da química e da tecnologia.

Conteúdos 1ª série Conteúdos Estruturantes:Matéria e sua Natureza Conteúdos Básicos:

• Matéria• Radioatividade• Ligações químicas• Funções inorgânicas

Conteúdos Específicos:• O que é Química – História e importância• Propriedades gerais da matéria• Substâncias e misturas• Fenômenos físicos e químicos• Relações de massa: Leis ponderais • Modelos atômicos• Modelo atômico moderno• Elementos químicos• Tabela periódica• Radioatividade• Ligações químicas• Funções inorgânicas

2ª série Conteúdos EstruturantesBiogeoquímicaConteúdos Básicos

• Reações Químicas• Soluções• Cinética Química• Equilíbrios Químicos

Conteúdos Específicos• Reações e equações químicas• Grandezas e cálculos químicos• Soluções• Propriedades Coligativas• Termoquímica

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• Cinética química• Equilíbrios químicos

3ª série Conteúdos EstruturantesQuímica SintéticaConteúdos Básicos

• Matéria• Funções Orgânicas

Conteúdos Específicos• Eletroquímica• Introdução à química orgânica• Propriedades do átomo de carbono• Cadeias carbônicas• Funções orgânicas• Isomeria• Química orgânica e o meio ambiente• Polímeros

MetodologiaO professor deve:

• Priorizar a atividade intelectual com base em experiências vividas pelos alunos, promovendo a superação do senso comum e iniciando a construção do conhecimento científico.

• Realizar aulas experimentais, utilizando o laboratório de Química, para por demonstração, realização e visitas, facilitar a compreensão de conceitos e processos químicos.

• Ao elaborar atividades, para que os alunos desenvolvam, considerar também o desenvolvimento cognitivo e de valores, como controle das variáveis, tradução de informações.

• Proporcionar a leitura de textos para posterior discussão de ideias e temas.

• Levar os alunos a construir e ampliar conceitos.• Ministrar aulas dialógicas, instigando o diálogo sobre o tema de estudo.• Utilizar recursos de áudio e vídeo: apresentação de filmes/documentários

na TV e data-show, com finalidade de facilitar a aprendizagem e motivar o educando.

• Utilizar a informática como fonte de dados e informações.

AvaliaçãoDe acordo com MALDANER, para avaliar a necessidade de “desrotinizar” o

exercício profissional do professor, que é o simples ato de dar nota ao final de cada período pré-estabelecido. Sendo assim, faz-se necessário analisar a produção do aluno para se ter uma avaliação de todo o processo de ensino, com o objetivo da melhoria e não apenas a execução de uma rotina.

No atual sistema educacional, a forma de avaliar através de provas é inevitável, porém, que elas não sirvam apenas para mera repetição de conteúdos, mas que permitam informar ao professor uma gradação positiva da forma de pensamento já desenvolvido sobre este determinado conteúdo.

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Portanto, o objetivo maior da avaliação deve ser a verificação para posterior melhoria do progresso do aluno com relação à aprendizagem de conceitos, capacidades e atitudes.

A avaliação em química deve informar sobre:• conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos;• capacidade de ampliar conhecimentos na resolução de problemas do

cotidiano, de química e de outras áreas;• capacidade de utilizar a linguagem química para expressar ideias;• capacidade de análise, generalizações e raciocínio;• o ato e o cuidado na realização de tarefas e a cooperação no trabalho de

grupo.Os critérios para a avaliação em química serão:

• demonstração da capacidade de reconhecer, diferenciar e aplicar conceitos químicos;• demonstração da capacidade de explicar e exemplificar conceitos e fenômenos químicos;• demonstração da capacidade de realizar cálculos envolvendo as relações/proporções químicas.

Referências BibliográficasBAIRD, C. Química Ambiental.2ª ed. São Paulo: Bookman, 2002BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9394. Brasília: 1996.CANTO, Eduardo. Química. São Paulo: Editora Moderna, 2003.CHALMERS, A . F. O que é ciência afinal? 1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. CHASSOT,A. A Ciência através dos tempos. 7ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.FELTRE, Ricardo. Química. São Paulo: Editora Moderna,2000.GOLDFARB, A. M. Da Alquimia à Química. São Paulo: Landy,2001.KUENZER, Acácia Z. (org.). Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 1999.MALDANER, O. A. A Formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Ed. Ijuí,2003.MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a forma, reformar o pensamento. 6ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Química. Curitiba: SEED, 2006. PIMENTA, S. G. Revista da Faculdade de Educação. São Paulo, v.22, nº2:72-89, jul/dez.1996.QUAGLIANO,J.V. e VALLARINO, L.M. Química. 3ª ed. Ed. Guanabara Dois, 1979.ROCHA, J.C.; ROSA, A. H. E CARDOSO, A. A. Introdução à Química Ambiental. Reimpressão. Porto Alegre: Bookman, 2004.RUSSEL, J.B. Química Geral. São Paulo: McGraw.hell,1981.SARDELLA, Antônio. Curso completo de Química. São Paulo: Editora Ativa, 1999.SANTOS, W.L.P. dos e SCHNETZLER, R.P. Educação em Química. 3ª ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.VANIN, U.A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 11ª edição. São Paulo: Ed. Moderna, 1997.

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5.2. 7 BIOLOGIA

Apresentação da disciplina

Os muitos conhecimentos que integram os objetos de estudo da Biologia se fundamentam nos fenômenos que permeiam a vida em toda sua diversidade e manifestações. Tais fenômenos se caracterizam por um conjunto de processos organizados e integrados considerando desde a célula como unidade básica da vida até a formação de sistemas que constituem em sua forma mais ampla: a biosfera. Nela, as relações intraespecíficas e interespecíficas permitem a estruturação cíclica da energia e matéria condicionadas aos fatores ambientais que permitiram e ainda influenciam os processos evolutivos.

Segundo Darwin, 2004, “todos os seres vivos atuais e do passado tiveram origem evolutiva tendo como principal agente de modificação a ação da seleção natural sobre a ação individual”.

Reforçando a Teoria da evolução das espécies, Gregor Mendel provocou uma revolução conceitual da Biologia enunciando as Leis que regulam a hereditariedade e que mais tarde permitiram a elaboração da Teoria Celular. Os avanços nas pesquisas acabaram tornando a Biologia utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em muitas outras áreas (DCE, 2008).

Juntamente com estes avanços e discussões acerca do progresso da ciência, do trabalho científico nas instituições de pesquisa e do pensamento científico, houve ampliação e aprimoramento da Biologia em relação aos métodos de construção do conhecimento científico (DCE, 2008).

Assim, o aprendizado da Biologia passou a considerar não apenas questões de caráter científico, mas sua aplicabilidade na realidade do educando (Lei Nº 13.381/01 História do Paraná).

Os elementos da história e da filosofia da Biologia permitem relações entre a produção científica e o contexto social, econômico e político, adotando estratégias para o ensino de conteúdos específicos e retomando metodologias que favoreceram a determinação de marcos conceituais apresentados nas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, adequados ao ensino da atualidade.

Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural (Lei Nº 10.639/03 História e Cultura Afro-brasileira) e “as ideias primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito VIDA (DCE, 2008)”. Em síntese,

• Permitir maior compreensão da natureza viva e os limites dos diferentes sistemas explicativos;

• Promover ações pedagógicas que favoreçam a superação de concepções anteriores;

• Incentivar as observações e o pensamento crítico, bem como a prática social;

• Problematizar e subsidiar o julgamento de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve considerar a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, do modo como a natureza se comporta e a vida se

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processa;• Estimular a melhoria da qualidade de vida no planeta (Lei Nº 9.795/99

Educação Ambiental).No Ensino Médio não é possível contemplar todo o conhecimento biológico

ou todo conhecimento tecnológico a ele associado, mas importante é tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos, em que época, apresentando a história da Biologia como um movimento não linear e frequentemente contraditório.

Objetivos gerais • Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou

processo biológico.• Fomentar questões, diagnósticos e propor soluções para

problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia.• Estimular a Biologia como um fazer humano, e, portanto, histórico,

fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

Conteúdos Estruturantes1ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Organização dos Seres Vivos

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

• Introdução à Biologia• Características gerais dos

seres vivos;• Citologia

• diferenças entre células procarióticas e eucarióticas.

Mecanismos Biológicos

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

• Introdução à Biologia • Importância dos métodos

científicos para maior compreensão da vida e dos fenômenos a ela relacionados;

• Origem e evolução dos seres vivos• Hipóteses sobre a origem da

vida• Ecologia

• Conceitos;• Fluxo de energia e ciclo de

substâncias num ecossistema;

• Ciclos biogeoquímicos;• Desequilíbrios ambientais;

• Citologia• Histórico da citologia e da

microscopia;• Divisões celulares;• Envoltórios celulares:

composição química e transporte de nutrientes;

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• Organelas celulares: constituição e funções que desempenham nas células;

• Núcleo Celular:• estruturas do

núcleo e suas respectivas funções;

• divisões celulares;• Reprodução humana

• orientação sexual ;• Embriologia;• Histologia animal.

Biodiversidade • Teorias Evolutivas

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.

• Origem e evolução dos seres vivos• hipóteses sobre a origem da

vida;• evidências da evolução;• teorias da evolução;

• Ecologia• Biomas;

• Citologia• diferenças entre células

procarióticas e eucarióticas;• Reprodução humana

• orientação sexual: métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis;

• Embriologia comparada;• Histologia comparada.

Manipulação Genética • Transmissão das características hereditárias.

Organismos geneticamente modificado

• Citologia• biotecnologia associada;• terapias gênicas

2ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Organização dos Seres Vivos

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

• Classificação dos seres vivos;• Vírus

• características gerais dos vírus;

• Reino Monera• características estruturais

dos moneras;• Reino Protista

• caracterização das algas;• caracterização dos

protozoários;• Reino Fungi

• Características gerais e estruturas dos fungos;

• Reino Plantae• características gerais das

plantas;• Reino Animmalia

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• Características gerais dos invertebrados, especificamente aos Filos: Porífera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nemathelminthes, Mollusca, Annelida, Arthropoda e Echonodermata;

• Características gerais dos vertebrados: Infrafilos Agnatha e Gnatosthomata e Superclasse Osteichthyes;

• Características gerais dos vertebrados: ênfase a SuperClasse Tetrapoda: Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia.

Mecanismos Biológicos

• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.

• Sistemática• nomenclatura;

• Vírus;• estrutura dos vírus;• ciclo reprodutivo viral

• Reino Monera• nutrição das bactérias;• reprodução das bactérias;• importância das bactérias

para a humanidade;• Reino Protista

• Algas:• reprodução das

algas;• importância

econômica e ambiental das algas;

• Protozoários• reprodução dos

protozoários;• Reino Fungi

• reprodução dos fungos;• prejuízos causados por

fungos;• importância ambiental e

econômica dos fungos;• Reino Plantae

• Anatomia das plantas;• fisiologia das plantas;• importância econômica das

plantas, uso e manejo de solo e plantas (agrotóxicos);

• Reino Animmalia• Invertebrados

• Poríferos: importância ambiental e econômica;

• Cnidários: importância ambiental e econômica;

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• Platelmintos: reprodução, nutrição e ciclo de vida. Importância ambiental;

• Nematelmintos: reprodução, nutrição e ciclo de vida;

• Moluscos: Anatomia e fisiologia dos moluscos. Importância ambiental e econômica;

• Anelídeos: Anatomia e fisiologia dos anelídeos. Importância ambiental e econômica;

• Artrópodes: Anatomia e fisiologia dos artrópodes. Importância ambiental e econômica;

• Equinodermos: Anatomia e fisiologia dos equinodermos. Importância ambiental e econômica;

• Vertebrados• Peixes: anatomia e

fisiologia; importância ambiental e econômica;

• Anfíbios: anatomia e fisiologia; importância ambiental e econômica;

• Répteis: anatomia e fisiologia; importância ambiental e econômica;

• Aves: anatomia e fisiologia; importância ambiental e econômica;

• Mamíferos: anatomia e fisiologia; importância ambiental e econômica.

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Biodiversidade • Teorias Evolutivas

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.

• Vírus• vírus de DNA e RNA;

• Reino Monera• classificação das bactérias;• árqueas;

• Reino Protista• principais grupos de algas;• principais grupos de

protozoários;• Reino Fungi

• classificação dos fungos;• Reino Plantae

• classificação das plantas: principais grupos;

• composições vegetacionais e formação de biomas;

• vulnerabilidade e ameaças a espécies de plantas;

• Reino Animmalia• Invertebrados

• Poríferos: principais representantes;

• Cnidários: principais representantes;

• Platelmintos: principais representantes;

• Nematelmintos: principais representantes;

• Moluscos: Classes dos Moluscos;

• Artrópodes: classificação dos artrópodes;

• Equinodermos: classificação dos equinodermos;

• Vertebrados• Peixes:

classificação dos peixes;

• Anfíbios: principais representantes;

• Répteis: principais representantes;

• Aves: principais representantes;

• Mamíferos: principais representantes.

Manipulação Genética • Transmissão das características hereditárias.

Organismos geneticamente modificado.

• Vírus• vírus e doenças;

• Reino Monera• doenças causadas por

bactérias;• Reino Protista

• doenças causadas por protozoários;

• Reino Plantae

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• alimentos transgênicos;• Reino Animmalia

• melhoramento genético, raças.

3ª Série Conteúdos

EstruturantesConteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Organização dos Seres Vivos

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

• Citogenética• Características do núcleo

celular, filamentos de DNA e RNA;

• Evolução e especiação.

Mecanismos Biológicos

• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

• Citogenética:• Cromossomos: conceitos

básicos;• Divisão celular;

• Genética• Introdução e termos

utilizados em genética;• Histórico da genética;• Leis de Mendel:

• 1ª Lei de Mendel e 2ª. Lei de Mendel;

• Herança ligada ao sexo;

• Herança de grupos sanguíneos na espécie humana;

• Anatomia e fisiologia humana• Sistemas de coordenação:

nervoso e endócrino;• Sistemas de nutrição:

cardiovascular, respiratório e digestório;

• Sistema excretor;• Sistemas de relacionamento:

esquelético, muscular e órgãos dos sentidos;

• Sistema reprodutivo.

Biodiversidade • Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.

• Evolução e especiação.

Manipulação Genética • Organismos geneticamente modificado.

• Genética• terapias gênicas;• clonagem;

• Anatomia e fisiologia• Sistema reprodutivo:

intervenções durante desenvolvimento embrionário.

MetodologiaDentro do contexto educacional, o ensino da Biologia deve ter papel

fundamental na construção de uma mentalidade voltada à vivência do aluno, colocando a disciplina, sempre que possível, a serviço do estudante e

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conscientizando-o de sua importância, utilidade e abrangência. Os conteúdos a serem abordados devem ser feitos de forma

contextualizada, com aprofundamento de acordo com a realidade dos alunos . Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia, transcenda a memorização de nomes e organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos de modo integrado. Para que se elabore um instrumental de investigação (trabalhos, pesquisas, laboratório de biologia) desses problemas, é conveniente e estimulante que se estabeleçam conexões com aspectos do conhecimento tecnológico (TV pendrive e laboratório de informática) a eles associados.

AvaliaçãoA avaliação como momento do processo de ensino-aprendizagem

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno (DCE, 2008)

O processo de construção do conhecimento deve ser estimulado por meio de atividades práticas que garantam maior interação do aluno com os conteúdos específicos, por meio de observações, análises, comparações e experimentos. Desta forma, há maior envolvimento do educando e consequentemente maior assimilação das informações que ele mesmo contribuiu para disponibilizar.

Entre os muitos momentos ofertados durante as aulas, a apresentação de trabalhos, realizados nas normas da ABNT conforme regulamento do colégio, relatórios de experimentos, resolução de problematizações e diagnósticos são essenciais. Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem (DCE, 2008).

Avaliações de caráter investigativo e qualitativo serão contempladas, facilitando assim, a percepção do professor sobre o rendimento do aluno.

Como critérios avaliativos será levado em conta a apreensão dos conteúdos básicos de Biologia, articulando-os com a prática do dia-a-dia; a capacidade de argumentação, fundamentada teoricamente; a clareza e a coerência na exposição de ideias no texto oral ou escrito.

A reavaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem, em cada trimestre. Esta será realizada para os alunos que não atingirem os objetivos propostos, não alcançando 60% no bloco de 5,0 (cinco) pontos. Após o fechamento de cada um dos blocos de 5,0 (cinco) pontos do trimestre, será feita a recuperação dos conteúdos referentes ao bloco e posteriormente a reavaliação dos mesmos, com o valor de 5,0 (cinco) pontos.

Referências bibliográficasAMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna,1997.BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9394. Brasília: 1996.KUENZER, Acácia Z. (org.). Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.LOPES, Sônia. Bio : volume único. São Paulo: Saraiva, 2001.

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PAULINO, Nilson Roberto. Biologia: volume único. São Paulo: Ática, 1998.SEED/PR. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2006.SEED/PR. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2008.

5. 2. 8 HISTÓRIA

Apresentação da disciplina

O estudo da História é de suma importância para a compreensão de uma sociedade, já que o conhecimento desta se baseia nas experiências do passado.

O estudo da História tem como base a utilização de conteúdos estruturantes – as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. Para isso, se faz necessário um recorte no tempo e no espaço que parte de uma problematização geradora do tema a ser estudado. Para estudar este tema deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito, depois delimitar o tema histórico em um período definido, e por fim definir um espaço ou território de observação do conteúdo tematizado.

Objetivos gerais• Compreender as relações de trabalho presentes nas

diferentes sociedades ao longo do tempo, identificando e refletindo, no decorrer do processo histórico, as mudanças e permanências.

• Analisar as relações de poder não apenas como ideia de poder político, mas numa dimensão econômica, social e cultural, presente em todas as instituições sociais.

• Conhecer as relações culturais que acompanham os sujeitos históricos nos diferentes períodos históricos, bem como seu espaço e suas relações étnicas. Assim, pretende-se que o aluno compreenda que a cultura é produto das ações humanas nas diferentes sociedades.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CRITÉRIOS AVALIATIVOS

CRITÉRIOSMETODOLÓGICOS

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CULTURA 1 - Introdução ao estudo da História;

2 - Relações culturais nas sociedades grega e romana;

3 - Relações culturais na sociedade medieval;

4 - Movimentos culturais e sociais na Idade Moderna;

5 - Movimentos culturais e sociais na sociedade contemporânea.

Reconhecer que a cultura é construída a partir da relação do homem com o próprio homem e este com o meio em que ele habita.

Permitir ao aluno o conhecimento, análise e questionamento dos fatos históricos, seja por meio de pesquisa, análise de documentos e/ ou de textos.

TRABALHO 1 - Conceito de Trabalho – formação das Sociedades

2 - O mundo do Trabalho em diferentes sociedades;

3 - O Porto de Paranaguá no contexto da expansão do capitalismo

4 - Urbanização e industrialização no Paraná;

5 - Transição do Trabalho Escravo para o Trabalho Livre;

6 - Conceito de trabalho – Revolução Industrial e teorias contraditórias;

7 - Construção do trabalho assalariado;

8 - Urbanização e industrialização no século XIX,

9 - Urbanização e industrialização no Brasil;

10 - Trabalho na Sociedade Contemporânea;

11 - Transição do Trabalho escravo para o trabalho livre – escravidão hoje; Urbanização e industrialização

- Citar, diferenciar e caracterizar as diversas formas e relações de trabalho em diferentes espaços físicos e temporais.

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na sociedade contemporânea.

PODER 1 - O Estado nos mundos antigo e medieval

2 - O contestado3 - As cidades na

História;4 - Movimentos

políticos e sociais na Idade Moderna;

5 - Relações de dominação;

6 - O Estado e as relações de poder;

7 - O Estado Imperialista;

8 - Relações de poder e violência;

9 - Urbanização e industrialização no Paraná;

10 - Movimentos sociais e políticos na sociedade contemporânea

•Reconhecer as diferentes formas de poder, identificando diferenças e semelhanças entre estas.• Identificar os meios encontrados pelos Estados para a conquista e manutenção do Poder.

1ª série • Introdução ao estudo da História• Pré-história (mundo, Brasil e Paraná)• Conceito de trabalho (formação das sociedades)• Primeiras civilizações africanas• O mundo do trabalho em diferentes sociedades• Estado nos mundos Antigo e Medieval• Relações culturais nas sociedades grega e romana• As cidades na História• Relações culturais na sociedade medieval

2ª série• Urbanização e industrialização no Paraná• O Porto de Paranaguá no contexto da expansão do capitalismo• Movimentos sociais, políticos, culturais na sociedade moderna

(Renascimento)• Transição do trabalho escravo para o livre• Relações de dominação na sociedade ocidental moderna• Construção do trabalho assalariado ( revolução industrial e teorias

contraditórias)• Urbanização e industrialização no séc. XIX;• Urbanização e industrialização no Brasil.

3ª série194

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• O Estado e as relações de poder;• O Contestado• O Estado Imperialista;• Relações de poder e violência;• Trabalho na sociedade contemporânea;• Movimentos sociais, políticos, culturais na sociedade contemporânea;• A escravidão hoje;• Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.

Metodologia No processo ensino-aprendizagem da História, o ponto de partida sempre será a PROBLEMATIZAÇÃO, baseada na realidade social contemporânea, delimitando assim o tema a ser estudado, discutido e relacionado à ideia de tempo-espaço.

Os temas em si devem ser analisados mediante conteúdos estruturantes: Relações de Trabalho, Poder e Cultura. Devem acompanhar algumas dimensões, como focalizar o acontecimento, delimitar um período e depois um território, com base em documentos históricos e demais fontes disponíveis.

Para abordar os temas delimitados, pode-se usar como metodologia a narração, a descrição, a argumentação, a explicação, com a utilização de recursos didáticos e tecnológicos, como imagens, objetos, história oral, obras de arte, documentos escritos, vídeos e filmes.

AvaliaçãoO processo de avaliação deverá ser diagnóstico e contínuo, como é previsto

no PPP do Colégio, possibilitando ao professor retomar o conteúdo com métodos variados para uma real aprendizagem. Haverá várias formas de avaliação, como provas, trabalhos, seminários, debates discussões, etc.

O processo avaliativo na disciplina de História deve ter como diretriz alguns aspectos importantes, como apropriação dos conceitos históricos fundamentais e o aprendizado de conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. Para atingi-los, ela deve ser formativa, processual, continuada e diagnóstica, com base em atividades como a leitura, interpretação e análises de textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários.

Critérios de AvaliaçãoOs critérios a serem usados nos instrumentos avaliativos devem levar em

consideração a compreensão dos conteúdos trabalhados em sala. São os principais critérios:

• O aluno deve se tornar um agente investigador do passado histórico interagindo o conteúdo estudado em sala com a sua vivência cotidiana, conscientizando-se de que é um sujeito ativo e participante do processo histórico e de sua transformação.

• O educando deve entender que a sociedade atual é fruto das transformações que ocorreram no âmbito do trabalho, do poder e da cultura. Nessa perspectiva, o aluno deve compreender as mudanças e continuidades em seu próprio tempo e espaço.

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• O discente deve construir os conceitos básicos, como tempo histórico e cronológico, fonte histórica, espaço, mudança, permanência e simultaneidade, que são imprescindíveis para a compreensão dos conteúdos.

• O educando deve articular os conceitos históricos assimilados no cotidiano escolar com as outras áreas do conhecimento de modo dialético.

Referências bibliográficasARRUDA, José Jobson de. Toda a História. Ed. Ática, 1996.BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 9,795/1999.BRASIL. Presidência da República. LEI Nº 10,639/2003.COTRIN, Gilberto. História Global - Brasil Geral. Ed. Saraiva, 1999.DIVALTE, Garcia Figueira. História. Ed. Ática, 2005.HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991.Companhia das Letras, 2001HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.PARANÁ: DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA, Curitiba, SEED, 2006, Coordenação Geral do Programa: Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde.PARANÁ: DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA, Curitiba, SEED, 2006, Coordenação Geral do Programa: Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, disponível em: http://www.diadiaeducaçao.pr.gov.br. Acesso em 30/07/2008.PARANÁ:Governo do Estado. LEI Nº 13,381.Curitiba: 2001.SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Ed. Nova Geração, 2005.

5.2.9GEOGRAFIA

Apresentação da disciplinaConhecer para transformar o espaço geográfico é o objetivo principal da

Geografia. Cada espaço geográfico apresenta uma dinâmica e particularidades próprias, não dissociadas de uma dinâmica global. A localização, a caracterização sociocultural do alunado, bem como suas origens, são os elementos de base para se construir os saberes fundamentais desta disciplina no ensino médio. Localizado na região central da cidade de Campo Largo, RMC, a clientela do Colégio Estadual Desembargador Clotário Portugal é proveniente tanto da região central como de bairros adjacentes e distantes. Os alunos apresentam nível sócio-econômico médio-baixo; a renda familiar predominante é de aproximadamente dois ou três salários mínimos. Os pais, em sua maioria, são naturais de Campo Largo, trabalham em atividades diversas, cujo grau de instrução divide-se em Ensino Fundamental e Médio incompleto, sendo que pequena porcentagem com o nível superior. As mães, na grande maioria, têm suas atividades voltadas para as tarefas do lar, mas algumas trabalham fora e possuem Ensino Fundamental ou Médio e uma pequena porcentagem, o Ensino Superior.

O desemprego ocasionado pela falta de qualificação é uma realidade e a maior parte dos alunos moram com os pais, em casa própria.

A partir deste quadro, a Geografia oferecida por este estabelecimento para os alunos assume um papel fundamental, na medida em que a superação da

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realidade local e a visão e concepção do espaço global depende da análise crítica, da reflexão, do conhecimento e da busca de possibilidades de mudança. Para tanto, as ideias e conceitos aplicados no estudo do espaço geográfico e na aquisição de conhecimento geográfico precisam ser vistos em seu contexto histórico. Esta evolução do pensamento geográfico deve propiciar as bases necessárias para que o conhecimento adquirido no ensino médio seja o resultado coerente da reflexão sobre a relação do homem com a natureza, de acordo com a sua época.

Os grupos humanos, ao longo da história, sempre se relacionaram com a natureza e com o espaço geográfico para sobreviverem. A observação da dinâmica dos eventos/acontecimentos formaram a base do que seria, mais tarde, a GEOGRAFIA.

Com o passar do tempo, os saberes geográficos sofreram mudanças e transformações de acordo com o tempo histórico e a materialização espacial dos processos de construção do espaço geográfico.

A partir de Ratzel (escola alemã), fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica, e de Vidal de La Blache (escola francesa), a produção teórica marcava a dicotomia sociedade-natureza e o determinismo geográfico.

Após a Segunda Guerra Mundial, um movimento da Geografia baseado no método do materialismo histórico dialético – a chamada GEOGRAFIA CRÍTICA - ganha força e apresenta novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo, trazendo questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.

Depois de se ter tornado uma ciência autônoma no século XIX, a Geografia chega ao século XXI com interesse renovado. A renovação de seu ensino no Brasil começou na década de 70 e está relacionada a uma crise mais ampla que atingiu todas as ciências desde o pós-guerra.

Na Geografia, as condições para essa crise já estavam postas há algum tempo: de um lado, os que a queriam como ciência da sociedade, e, de outro, os que a tomavam como uma ciência de lugares. Em verdade, essas “revoluções” são resultado do esgotamento de modelos explicativos tradicionais e de mudanças sociais como um todo que tornaram tais modelos insatisfatórios.

Nesse processo de redescoberta da Geografia, graves problemas se colocaram: a construção de fundamentos epistêmicos necessários à consolidação de sua cientificidade; a definição e a clareza do seu objeto de estudo; e o papel do sujeito desta ciência, capaz de desvelar a organização espacial e suas relações.

Após várias considerações e reflexões, chegou-se à conclusão de que o objeto de estudo da Geografia é o ESPAÇO GEOGRÁFICO. Este foi definido, por sua vez, como espaço “produzido, apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados”.

Sustentando esta definição, estão os grandes teóricos da Geografia contemporânea, que canalizaram boa parte de sua energia intelectual para discutir, analisar e apresentar uma definição para Espaço Geográfico. Para Milton Santos:

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como um quadro único no qual a historia se dá. No começo era a

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natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, mecanizados e, depois cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina. (SANTOS, 1996b, p.51).

E as ações são:

“A ação é o próprio homem. Só o homem tem ação, porque só ele tem objetivo, finalidade [...] As ações humanas não se restringem aos indivíduos, incluindo também as empresas, as instituições. [...] As ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas necessidades: materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais, morais, afetivas é que conduzem os homens a agir e levam as funções. Essas funções, de uma forma ou de outra vão desembocar nos objetos. [As ações] conduzem à criação e ao uso dos objetos, formas geográficas.” (SANTOS, 1996b, p70).

Redefinida agora como ciência social, é importante pensar o estabelecimento de relações através da interdependência, da conexão de fenômenos, numa ligação entre o sujeito humano e os objetos de seus interesses, na qual a contextualização se faz necessária.

E mais; tendo em vista a globalização, uma nova ordem mundial com novos conflitos e tensões, a crise dos Estados-nação, a formação de blocos econômicos, e desterritorialização de muitos grupos humanos, as questões ambientais que conferem novos significados à sociedade como um todo e em suas partes, perfunta-se: que contribuição o conhecimento geográfico deve dar para a plena formação do educando?

Em primeiro lugar, é necessário abandonar a visão apoiada simplesmente na descrição e memorização da “Terra e o Homem”, com informações sobrepostas do relevo, clima, população e agricultura, por exemplo. Por outro lado, é preciso superar um modelo doutrinário de “denúncia”, na perspectiva de uma sociedade pronta, em que todos os problemas já estivessem resolvidos.

A revolução técnico-científica não dá receitas prontas e traz no seu interior uma velocidade de transformações ante as quais é inútil a simples análise da aparência.

Ao buscar compreender as relações econômicas, políticas, sociais e suas práticas na escala regional, nacional e global, a Geografia se concentra e contribui, na realidade, para pensar o espaço enquanto uma totalidade na qual se passam todas as relações cotidianas e se estabelecem as redes sociais nas referidas escalas.

É preciso transformar a antiga ideia, aceita e amplamente praticada nas salas de aula, da Terra enquanto espaço absoluto, cartesiano, ou seja, “uma coisa em si mesma, independente (...), constituindo um receptáculo que contém coisas”, para o espaço relacional, entendendo-se que “um objeto somente pode existir na medida em que ele contém e representa dentro de si relações com outros objetos”.

Nunca o espaço do homem foi tão importante para o desenvolvimento da História. Por isso, a Geografia é a ciência do presente, ou seja, é inspirada na realidade contemporânea. O objetivo principal destes conhecimentos é contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares pelos homens, pois é através da organização do espaço que eles dão sentido aos arranjos econômicos e aos valores sociais e culturais construídos historicamente. Com esta

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ideia, procura-se, conforme o artigo 35, inciso III da LDB “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico”.

No Ensino Médio, a Geografia deve contribuir para uma leitura crítica das contradições e conflitos de toda ordem, implícitos e explícitos no Espaço Geográfico. Trata-se de uma continuação da alfabetização. O ensino da Geografia alfabetizará, ininterruptamente, o aluno para a leitura do Espaço Geográfico. Ler (e interpretar) o Espaço Geográfico exige saber mais do que saber o que ele é, do que é constituído. O aluno do Ensino Médio precisará compreender o por quê das localizações, afinal, uma das perguntas que orientam o pensamento geográfico é – Onde?

“Geografia é o campo do conhecimento que pensa e analisa o ONDE?” (Faxinal do Céu/2005).

Esse contexto exige uma educação que contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições e informações é uma realidade.

Sendo assim, aquela definição de objeto de estudo, associada a uma leitura do Espaço Geográfico que quer compreender as escolhas das localizações e as relações políticas, sociais, culturais e econômicas que as orientam, nos remete à necessidade de pensar no referencial teórico que sustentará esta reflexão. Portanto definiu-se o quadro conceitual de referência para a disciplina de Geografia como: “escala de análise (global, regional, nacional, local), lugar, território, região, paisagem, rede (geográfica), sociedade e natureza (perpassando os demais conceitos). Esses conceitos são instrumentos teóricos para a compreensão do objeto de estudo da Geografia: o Espaço Geográfico”.

Objetivos gerais• Contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares

pelos homens, através de uma leitura crítica das contradições e conflitos de toda ordem, implícitos e explícitos no espaço geográfico de forma que sejam cidadãos críticos e agentes de suas realidades.

• Reconhecer, nas aparências das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual, a sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.

Objetivos específicos• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais,

econômicas, culturais e políticas no seu “lugar mundo”, comparando, analisando e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam concreta e vivida a realidade.

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

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• Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.

• Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da geografia (mapas, gráficos, tabelas etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados.

• Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica, como formas de organizar e conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e humanos.

Conteúdos São aqueles saberes que identificam o campo de estudos da geografia e que,

a partir de seus desdobramentos em conteúdos pontuais, garantem a abordagem do objeto de estudo desta disciplina, em toda a sua complexidade.

Os conteúdos estruturantes de Geografia não devem ser entendidos como isolados entre si, “engavetados” e sem comunicação. São, na verdade, dimensões geográficas da realidade e como tal, cada um transita pela área do conhecimento dos outros e dialoga com eles.

Esses conteúdos estruturantes estão em permanente relação uns com os outros e na realidade concreta, eles nunca se separam.

Os conteúdos estruturantes aos quais devem estar relacionados os conceitos: sociedade, natureza, território, região, paisagem, lugar e os conteúdos pontuais são os seguintes:

1ª sérieTema Geral: Espaço como produto humano

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos básicos

Abordagem teórico metodológica

Critérios de Avaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

A formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

A distribuição espacial das atividades industriais e a

transformação da paisagem, a

(re)organização do

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a

abordagem dos conteúdos básicos e específicos.

Os conceitos fundamentais os conceitos fundamentais da

Geografia: paisagem,lugar, região, território, natureza e

sociedade , serão apresentados a partir de uma

perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia – espaço

geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

Espera-se que o aluno:

- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem,

natureza e lugar.- Faça a leitura do espaço

através dos instrumentos da cartografia: mapas, tabelas,

gráficos e imagens.- Compreenda a formação

natural e transformação das diferentes paisagens pela ação

humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade

capitalista.- Analise a importância dos

recursos naturais nas atividades produtivas.

200

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espaço geográfico.

A formação, localização e

exploração dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica-

informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica, a

distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios mundiais e

suas motivações.

A mobilidade populacional e as

manifestações sócio espaciais da

diversidade cultural.

As categorias de análise da Geografia, as relações

sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a

compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser

considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em

diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica –

signos, escala, orientação.

As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser

considerada no desenvolvimento dos

conteúdos.

- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza ena

atividade produtiva industrial.- Estabeleça relação entre a

exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de

energia na sociedade industrializada.

- Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso

dos recursos naturais.- Evidencie a importância das atividades extrativas para a

produção de matérias-primas e a organização espacial.

- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais

e sua importância política, estratégica e econômica.- Compreenda as ações

internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua

importância estratégica.- Reconheça a influência dos

avanços tecnológicos na distribuição das atividades

produtivas nos deslocamentos de mercadorias e nas formas de

consumo.- Analise as novas tecnologias na produção industrial como

fator de transformação do espaço.

- Identifique a relação entre a produção industrial e os

problemas sociais e ambientais.- Compreenda que os espaços de lazer são também espaços

de trabalho. Consumo e de produção.

- Compreenda a espacialização das desigualdades sociais

evidenciadas nos indicadores sociais.

- Reconheça as relações entre os índices demográficos e as

políticas de planejamento familiar.

- Entenda como se constitui a dinâmica populacional em

diferentes países.- Compreenda os conceitos de

lugar e dos processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico.

2ª sérieTema Geral: Espaço geográfico brasileiro

Conteúdos Conteúdos Abordagem teórico Critérios de Avaliação

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estruturantes básicos metodológicaDimensão

econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

As diversas regionalizações do espaço geográfico

brasileiro.

A dinâmica da natureza brasileira e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A distribuição espacial das atividades industriais e a

transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço geográfico no

Brasil.

A formação, localização e

exploração dos recursos naturais

brasileiros.

A revolução técnico-científica-

informacional e os novos arranjos no

espaço da produção no Brasil.

O espaço rural e a modernização da

agricultura brasileira.

O espaço em rede: produção, transporte, circulação de mão-de-

obra, capital, mercadorias,

informação na atual configuração

territorial.

A formação,a evolução, a composição

demográfica, a distribuição espacial

da população brasileira e seus

indicadores estatísticos.

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a

abordagem dos conteúdos básicos e específicos.

Os conceitos fundamentais os conceitos fundamentais da Geografia: paisagem, lugar, região, território, natureza e

sociedade , serão apresentados a partir de uma

perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia – espaço

geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia, as relações

sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a

compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser

considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em

diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica –

signos, escala, orientação.

As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser

considerada no desenvolvimento dos

conteúdos.

Espera-se que o aluno:

- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem,

natureza e lugar.- Faça a leitura do espaço

através dos instrumentos da cartografia: mapas, tabelas,

gráficos e imagens .- Avalie as motivações das diversas regionalizações do

espaço geográfico.- Compreenda a formação

natural e transformação das diferentes paisagens brasileiras

pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas

na sociedade capitalista.- Analise a importância dos

recursos naturais nas atividades produtivas.

- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza nas

atividades produtivas.- Estabeleça relação entre a

exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de

energia na sociedade industrializada.

- Identifique os problemas ambientais decorrentes da

forma de exploração e uso dos recursos naturais.

- Evidencie a importância das atividades extrativas para a

produção de matérias-primas e a organização espacial.

- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais

e sua importância política, estratégica e econômica.

- Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na

distribuição das atividades produtivas nos deslocamentos de população e na distribuição

da população.- Analise as novas tecnologias

na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço.- Entenda como as guerras

fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as

indústrias se instalam.- Identifique a relação entre a

produção industrial e os problemas sociais e ambientais.

- Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade.

- Identifique a concentração fundiária resultante do sistema

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Os movimentos migratórios brasileiros

e suas motivações.

A mobilidade populacional e as

manifestações sócio espaciais da

diversidade cultural.

A formação, o crescimento das

cidades no Brasil, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população brasileira.

produtivo agropecuário moderno.

- Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso de

técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e

social.- Compreenda as relações de

trabalho, presentes nos espaços produtivos rural e urbano.- relacione o processo de

urbanização com as atividades econômicas.

- Compreenda o processo de urbanização considerando as

áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer

e a ocupação das áreas de risco.

- Entenda o processo de crescimento urbano e as

implicações socioambientais.- Compreenda a espacialização

das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores

sociais.- Estabeleça a relação entre

impactos culturais e demográficos e o processo de

expansão das fronteiras agrícolas.

- Entenda como se constitui a dinâmica populacional no Brasil.- Compreenda os conceitos de

lugar e dos processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico.

3ª sérieTema Geral: Espaço geográfico mundial

Conteúdos estruturantes

Conteúdos básicos

Abordagem teórico metodológica

Critérios de Avaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

As implicações socioespaciais do

processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

As diversas regionalizações do espaço geográfico

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a

abordagem dos conteúdos básicos e específicos.

Os conceitos fundamentais os conceitos fundamentais da Geografia: paisagem, lugar, região, território,

natureza e sociedade , serão apresentados a partir de uma

perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia – espaço

geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

Espera-se que o aluno:

- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem,

natureza e lugar.- Faça a leitura do espaço

através dos instrumentos da cartografia: mapas, tabelas,

gráficos e imagens .- Compreenda a regionalização

do espaço mundial e a importância das relações de

poder na nova ordem mundial.- Diferencie as formas de regionalização do espaço

mundial considerando a divisão norte/sul e a formação dos

blocos econômicos.

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mundial.

O comércio mundial e suas implicações socioespaciais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a

transformação da paisagem, a

(re)organização do espaço geográfico.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção

no Brasil.

A formação, localização e

exploração dos recursos naturais

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte, circulação de mão-de-

obra, capital, mercadorias,

informação na atual configuração territorial.

A formação,a evolução, a composição

demográfica, a distribuição espacial da população e seus

indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios mundiais e

suas motivações.

A formação, o crescimento das

cidades a dinâmica dos espaços urbanos

e a urbanização recente.

As categorias de análise da Geografia, as relações

sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a

compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser

considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em

diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica –

signos, escala, orientação.

As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser

considerada no desenvolvimento dos

conteúdos.

- Analise a formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações

econômicas e de poder na configuração das fronteiras e

territórios.-Avalie as motivações das

diversas regionalizações do espaço geográfico.

- Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos

internacionais.- Compreenda as ações

adotadas pelas organizações econômicas internacionais ,FMI

e Banco Mundial, em suas implicações na organização do

espaço mundial.- Entenda a importância das

ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC

para o comércio mundial.- Identifique os conflitos étnicos

e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do

espaço mundial.- Reconheça o caráter das

políticas migratórias internacionais referente aos

fatores de estimulo dos deslocamentos populacionais.

- Compreenda a formação natural e transformação das

diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em

diferentes escalas na sociedade capitalista.

- Estabeleça relação entre a exploração dos recursos

naturais e o uso de fontes de energia na sociedade

industrializada.- Identifique os problemas

ambientais decorrentes da forma de exploração e uso dos

recursos naturais.- Compreenda o processo de

formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica.

- Analise as novas tecnologias na produção industrial e

agropecuária como fator de transformação do espaço.

- Identifique a relação entre a produção industrial e os

problemas sociais e ambientais.- Reconheça as

interdependências econômicas e culturais entre campo e

cidade.- Analise a expansão das

fronteiras agrícolas, o uso de técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e

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social.- relacione o processo de

urbanização com as atividades econômicas.

- Compreenda o processo de urbanização considerando as

áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer

e a ocupação das áreas de risco.

- Entenda o processo de crescimento urbano e as

implicações socioambientais.- Compreenda a espacialização

das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores

sociais.- Entenda como se constitui a

dinâmica populacional mundial.

MetodologiaO ensino da Geografia deve possibilitar ao aluno a análise e a crítica das

relações sócio espaciais, nas diversas escalas geográficas (do local ao global ao local). Neste nível de ensino, a Geografia deve contemplar uma abordagem metodológica que oriente para: concepção de totalidade, articulação entre os conceitos e correntes filosóficas, o homem (social) entendido como agente produtor do espaço.

Dessa forma, foi elaborado este estudo geográfico, proporcionando ao aluno a possibilidade de pensar o homem por inteiro, em sua dimensão humana e social, compreendendo a realidade da qual é participante.

Tendo como base a realidade desta escola e de sua clientela que se mostra numa constante dialética entre a proximidade com a capital do Estado e ao mesmo tempo com características de cidade interiorana, onde o acesso aos meios de produção são tão distintos e complexos, a abordagem metodológica deve oportunizar a este aluno múltiplo e individual um leque de possibilidades que lhe garantam um conhecimento básico, que lhe dê suporte para enfrentar situações mais generalizadas e outras mais específicas. A relação entre esta realidade local e a realidade próxima, ampliada ainda mais para uma perspectiva global, deve ser proporcionada através da superação do conhecimento dado pelo senso comum, pela vivência pessoal de cada um, pelo conhecimento escolar adquirido através de estudos, de experimentações, de utilização de mídias e de recursos tecnológicos disponíveis.

Assim, para melhor compreensão dessa realidade, o aluno precisa aprender a dialogar com o grupo, partilhando saberes, entendendo como os diferentes elementos desse espaço se relacionam. Nesse diálogo, formula questões e tenta dar respostas, discutindo com o professor e colegas suas ideias, compartilhadas e debatidas nas aulas de Geografia.

O Espaço Geográfico precisa ser entendido pelo aluno como uma construção humana que se desenvolveu sobre a superfície terrestre, que é um meio biofísico, o qual constitui o habitat das comunidades animais e vegetais que povoam a Terra e que é desta relação da sociedade com a natureza que o espaço geográfico é formado.

Vídeos educativos (filmes, reportagens, imagens em geral) podem auxiliar o

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trabalho com a formação de conceitos geográficos, desenvolver os conceitos de região, território, lugar e ser o ponto de partida para atividades de observação, descrição, comparação entre fenômenos diversos.

As pesquisas podem contribuir para o conhecimento aprofundado do assunto em estudo, desenvolvendo a curiosidade, o gosto de aprender e de investigar. Desenvolvendo sua capacidade de reflexão e questionamento, o aluno formula ideias próprias sobre as situações em estudo e desenvolve o gosto de aprender e responsabiliza-se por suas iniciativas.

Pelas leituras e interpretação de textos escritos, o aluno desenvolve sua capacidade de comunicação e formação de opinião.

Interpretando e confeccionando gráficos, tabelas, mapas, será promovida no aluno a autoconfiança em elaborar conclusões a partir dos resultados obtidos. Refletindo e reformulando juízos sobre tais situações, desenvolverá a iniciativa de enfrentar e resolver problemas diários.

Painéis e mesas-redondas com temas atuais, debates, comentários e opiniões são pontos positivos de troca de ideias e informações, de forma que cada um formule seu próprio pensamento a partir da diversidade de ideias surgidas no grupo.

Também serão desenvolvidas aulas de campo que proporcionem a análise “in loco” do fenômeno a ser verificado, de forma prática e concreta.

Dentro dos conteúdos estruturantes “dimensão econômica, política, cultural, demográfica e socioambiental do espaço geográfico” serão trabalhados os temas relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e educação ambiental de acordo com os conteúdos específicos já delimitados para atender às leis: LEI 10.639/03 História e Cultura Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI 9.795/99 Educação Ambiental.

Cabe especificar que como processo metodológico, as mesmas serão contempladas como conteúdos específicos nas diversas séries do ensino médio ou serão abordadas no contexto de conteúdos pertinentes, de forma a não caracterizar uma situação estanque ou fragmentada destes temas.

AvaliaçãoAs funções da avaliação são basicamente duas: o diagnóstico e a

classificação. Da primeira, supõe-se que permita ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos deste e extrair as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. A segunda tem por efeito hierarquizar e classificar os alunos. A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem é contínua, uma espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e processual. O privilégio não é dado à nota, mas sim ao aprendizado real do aluno, onde a avaliação passa a ser o recurso pedagógico do diagnóstico, para que possam se efetuar as intervenções necessárias ao longo do processo ensino-aprendizagem.

É nesse enfoque que se pretende trabalhar a questão avaliativa na disciplina: que se vivencie, acompanhe e partilhe os processos de conhecimento que vão sendo adquiridos pelos alunos no decorrer dos conteúdos que avançam. O papel da escola é trabalhar em função do aprendizado do aluno e não contra ele.

Os instrumentos avaliativos que devem ser utilizados, de acordo com cada conteúdo e objetivo são:

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• Avaliações, com ênfase a questões que impliquem problematizações para serem solucionadas, questões que envolvam conceitos inerentes à disciplina: observação, comparação, descrição, interpretação de dados, mapas, tabelas, opinião, síntese, análise, crítica, compreensão de textos.

• Seminários, micro-aulas, maquetes, ilustrações, cartazes, relatos orais, debates, seminários, apresentação de trabalhos escritos e orais.

Referências BibliográficasCASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Ensino de Geografia: práticas e contextualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Gioania: Alternativa, 2002.HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares de Geografia. Curitiba: SEED, 2006.RUA, João e outros. Para ensinar Geografia, contribuições para o trabalho de 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access, 1993.SILVA, Jansen Felipe, HOFFMANN, Jussara, ESTEBAN, Maria Teresa (org). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003.

5.2.10 L.E.M. - INGLÊS

Apresentação da disciplinaA aprendizagem da Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a

autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. O professor, dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do aluno, praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é de suma importância para sua plena realização.

Para tanto, devemos considerar três fatores que orientam a inclusão da Língua Estrangeira no currículo: fatores relativos à história, às comunidades locais e à tradição, sendo necessária uma visão sócio-interacionista da linguagem e da aprendizagem. Nesse processo é determinante o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história. Para que essa natureza sócio-interacional seja possível, o aluno utilizará de conhecimentos sistêmicos, de mundo e sobre organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do significado via Língua Estrangeira.

Tudo isso fará com que o aluno desenvolva um letramento crítico de como a linguagem é usada no mundo social, sendo o reflexo de crenças, valores e

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projetos políticos.O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido

apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e construir significados.

Essa abordagem possibilita uma nova perspectiva, pois agrega aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando o foco das atividades de sala de aula da forma (correção gramatical) e privilegiando a prática linguística.

“Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis. A palavra está sempre carregada de um sentido ideológico ou vivencial”. (BAKHTIN, 1992)

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto das formas discursivas de língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao participar desse processo, o sujeito sofrerá transformações. Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores, percebam que é possível construir significados além daqueles que são possíveis na língua materna e percebam que há outras possibilidades de se entender o mundo.

Os temas centrais dessa proposta são os estudos de língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade em relação à aprendizagem da Língua Estrangeira.

A disciplina de Língua Inglesa priorizará também os temas das relações étnico raciais: história e cultura Afro-brasileira e Africana, a História do Paraná, Educação Ambiental e outras Identidades Sociais em sala de aula, com o objetivo de mostrar a influência dos negros na cultura dos norte-americanos e, consequentemente, em nossa formação cultural brasileira, em conformidade com a Lei 10639/03, a inclusão de empresas multinacionais em nosso Estado, em conformidade com a Lei 13.381/01 e também questões Ambientais como Efeito Estufa, Chuva Ácida, cuidados com a Natureza (água, rios, etc.), em conformidade com a Lei 9.795/99, que prevê a abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

Objetivos gerais• Formar sujeitos críticos, capaz de interagirem criticamente com o mundo

à sua volta.• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.• Desenvolver as quatro habilidades: ler, escrever, falar e compreender

auditivamente.• Produzir significados: além da gramática, o contexto sociolinguístico, os

papéis dos falantes da situação, os meios não linguísticos e paralinguísticos, assim como a tipologia textual e as estruturas típicas das situações de comunicação.

• Produzir sentidos na leitura.

Conteúdo EstruturantePara o ensino de Língua Estrangeira Moderna, enfoca-se o discurso como

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prática social para que o aluno aprenda a ler e compreender textos e a produzir textos orais e escritos para defender seu ponto de vista e colocar-se diante de diferentes situações sociais.

Conteúdos Específicos1ª série Práticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos e outros, contemplando os diferentes gêneros textuais.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto).

• Leitura com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise lingüística• Revisão – A /An Pronomes Pessoais – Demonstrativos – verto to be no presente e passado, presente contínuo; adjetivos possessivos, interrogativos; preposições; caso genitivo; plural; números ordinais; datas; meses; there to be – presente e passado• Presente simples – afirmação• Much – many e very• Sufixo terminados em by• Conjunções• False friends• Presente simples – interrogação e negação• Imperativo• Pronomes pessoais do caso oblíquo• Substantivos, adjetivos, advérbios• Going to – afirmação, interrogação, negação• Pronomes possessivos• Substantivos – adjetivos – advérbios• Preposições• False friends – afirmação – interrogação – negação• Passado simples• Verbos regulares e irregulares

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• Sufixos e prefixos• Verbos anômalos – can/ may /must• A/An – the – artigos definidos e indefinidos• Conjunções

2ª série Práticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar idéias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto.

• Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise lingüística• Passado contínuo – afirmação – interrogação e negação• Caso genitivo• Presente perfeito – afirmação, interrogação e negação• Sufixos e Prefixos• Preposições• Falses friends• Presente Perfeito Contínuo• Graus do Adjetivo• Adjetivos, substantivos e advérbios• Conjunções• Pronomes interrogativos• Futuro simples – afirmação – interrogação e negação• Futuro Contínuo• Graus dos adjetivos – irregulares• Indefinidos e seus compostos• Sufixos e prefixos• Pronomes reflexivos• Adjetivos de quantidade little/ less / few / fewer/ much / many/ very• Advérbios – adjetivos e substantivos

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• Two- word verbs

3ª sériePráticas de leitura

• Leitura de textos literários, informativos, opinativos, publicitários, científicos etc.

• Interpretação de textos diversos (reconhecer no texto as suas especificidades; identificar o processo e o contexto de produção; confrontar ideias contidas no texto e argumentar com elas; atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido; proceder à leitura contrastiva; identificar as ideias básicas presentes no texto).

• Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo do texto.

Prática de produção (oral e escrita)• Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas

contemporâneas, filmes, programas, relatos pessoais e outros.• Criação de textos diversos.• Clareza, sequência, lógica, objetividade e adequação vocabular na

exposição de ideias.• Reconhecimento de intenções e objetivos na fala do outro, considerando

texto e contexto.• Organização de frases, pequenos textos e parágrafos.• Utilização de procedimentos diferenciados para elaboração do texto.

Prática da reflexão ou análise linguística• Pronomes Relativos – who / whom / that/ which / whose• Two – word verbs• False Friends• Passado Perfeito• Preposições• Tempos, frases e orações condicionais• Verbos anômalos – can / could / may /might should / ought to / need / dare /

used to / to be used to• Adjetivos, substantivos e advérbios• Reported Speech• Reported Speech – say e tell – Imperativo• Infinitivo e Gerúndio• Tag questions• Voz passiva – regra geral – dois adjetivos – sujeito indeterminado

MetodologiaApresentar aos alunos textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,

jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem de suas experiências com a língua materna. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com os quais se depare e entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e

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próprios da comunidade em que se está inserido.Para que o aluno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua

o contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.

A sua importância está na própria necessidade do ser humano de interagir com outras culturas e povos diversificados. Além do avanço tecnológico e o mercado de trabalho cada vez mais exigente.

O pressuposto metodológico abordará o enfoque comunicativo da língua, levando para o aluno diferentes textos com temas atuais e relacionados à experiência do mesmo enquanto ser e em relação às outras disciplinas. Através disso, serão trabalhados os três eixos da Língua:

Leitura: textos com interpretação e análise lingüística (discussão do tema, conteúdo, vocabulário, funções da linguagem, tipo de texto, questionamentos, problemas do nosso dia-a-dia, etc.)

Oralidade: apresentar atividades de compreensão oral e expressão para o aluno interagir com a língua, compreender a estrutura e o vocabulário.

Escrita: para compreender a língua e produzir textos significativos, serão trabalhadas atividades reflexivas sobre os principais assuntos estudados. Com relação à escrita, esta deve ser vista como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém ou um alguém de quem se constrói uma representação. Ao propor uma tarefa de escrita aos alunos, é importante que o professor proporcione elementos necessários para que consigam se expressar, como elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

Todas as atividades envolverão a troca do saber e serão reflexivas; através de grupos, individuais, pesquisas, exposições de ideias, etc. O estudo através dos textos torna-se mais interativo, pois as atividades criadas a partir deles envolvem a comunicação e é este o objetivo das línguas. Através de textos informativos, narrativos, poéticos, publicitários, musicais, televisivos, culturais, entre outros, é possível levar até o aluno mais cultura e conhecimentos sobre outros povos e também sobre si mesmo enquanto formando de uma consciência crítica.

A produção do conhecimento adquirido na disciplina se dará de forma espontânea através de atividades orais, bem como textos, pesquisas, confecções de cartazes, vocabulários (uso do dicionário), legendas, quadros, entrevistas, etc.

Explorar diversos tipos de textos, utilizando material didático disponível na prática pedagógica: o livro didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDs, fitas de áudio, CD-ROON, Internet, TV Pen Drive, MP4, etc. Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e envolverão práticas e conhecimentos, proporcionando ao aluno condições para assumir uma postura crítica e transformadora com relação aos discursos que lhe apresentam.

Avaliação

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção de saberes. Esta avaliação deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

A avaliação servirá principalmente para que o professor repense sua

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metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita ou oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

O professor deve utilizar diferentes instrumentos de avaliação, oferecendo diferentes oportunidades para o aluno demonstrar o seu progresso e o seu conhecimento.

Dessa forma, a avaliação torna-se parte integrante do processo ensino-aprendizagem, sendo imprescindível ter em mente que ela serve para auxiliar o aluno, objetivando seu aprender. A avaliação será diagnóstica, contínua e progressiva quanto ao item a ser avaliado, fornecendo assim dados ao professor que lhe sirvam para a superação das dificuldades que aparecerem.

Dentro da concepção avaliadora, podem-se destacar quatro elementos constitutivos nesse processo: a expressão de um juízo, as evidências ou indícios, procedimento técnico e a tomada de decisões; que servirão para indicar três momentos interdependentes da avaliação: coleta de dados através de um procedimento técnico; expressão de um juízo e tomada de decisão, que será feita pelo professor com o objetivo permanente de compreender o progresso, os limites e as dificuldades dos educandos, refletindo e transformando-o enquanto cidadão.

Referências BibliográficasBAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988._______. Estética da criação verbal. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1992.BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de leitura de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap. 1.GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2, 1999.BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 de Dezembro de 1996.CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologias subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.LEI 10.639/03 História e Cultura Afro- BrasileiraLEI 13.381/01 História do ParanáLEI 9.795/99 Educação AmbientalLÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL E INGLÊS/ vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006. - p.256LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.MARQUES, A. ,TAVARES, K., PRESTON, S. Password: Read and Learn. São Paulo: Editora Ática, 2ª edição. 1995.MEIRELES, S. M. Língua Estrangeira e Autonomia. In: Educar em Revista. Curitiba: UFPR, 2002.MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e identidade sociais. Ilha do Desterro. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2000, p. 155 – 171.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2006.

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PRESCHER, Elisabeth. Inglês: Graded English: volume único/ Elisabeth Prescher, Ernesto Pasqualin, Eduardo Amos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2003 (coleção Base).VOLP, M. T. A formação de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O Professor de Línguas Estrangeiras construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

5.2.11 - SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O contexto histórico de aparecimento da Sociologia A Sociologia é fruto de um tempo de grandes transformações sociais que trouxeram a necessidade de se pensar a sociedade e a ciência. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como o saber legítimo e verdadeiro da sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Surge no auge da modernidade do século XIX, na Europa, como uma ciência disposta a dar conta das questões sociais. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial, em processo desde o século XVII, e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de cunho conservador desenha-se mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução. Da cena política colhem-se manifestações que recompõem a sociedade em outras bases de poder, não sem reações da aristocracia em decadência. No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe social, a dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. Se na política, a ascensão da burguesia como a classe empreendedora incitava formas mais participativas do poder do Estado - dominado pelos princípios do absolutismo - crente da origem divina do poder político na figura do soberano; na esfera da economia, a revolução técnico-produtiva vale-se do crescimento da população, dos bens e serviços e muda a feição do mundo moderno, graças ao processo de acumulação; no plano da ciência, por sua vez, tem-se a consolidação metodológica das ciências naturais com base no modo de pensar do positivismo, o qual toma como verdade científica a descoberta das leis de funcionamento da natureza. Assolado por crises sociais, o capitalismo liberal confirma os empresários industriais e o proletariado urbano em posições sociais distintas, enquanto o aparato institucional jurídico sobre o trabalho assalariado, no século XIX, trouxe

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regulamentação para o trabalho de mulheres e crianças. Em mútua influência, os acontecimentos provocam e são provocados por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes sociais, fazendo com que o iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem uma ciência da sociedade, qual necessidade histórica. Essa ordenação das ideias está presente no iluminismo que, aspirando à emancipação do homem e guiado pelas luzes da razão e a crença no progresso da civilização, caracterizou-se como um movimento filosófico, literário, moral e político, na Europa, a partir de fim do século XVIII. Sua máxima expressão se deu na França com Descartes (1596-1650), Voltaire (1694-1778), Diderot (1713-1784), Rousseau (1712-1778), Condorcet (1743-1794), Montesquieu (1689-1755), mas também Bacon (1561- 1626), Spinoza (1623-1677) e Locke (1632-1704) estão entre os iluministas. O racionalismo trouxe propostas como o método experimental de Bacon e a contribuição de Descartes com a célebre obra Discurso do Método [1637] para conhecer os fenômenos da natureza física e biológica, principalmente, por meio de regras de observação da realidade. Esse padrão no procedimento científico contagiou o pensamento social, inspirado em fórmulas de ação, imprimindo-lhe a necessidade do estudo objetivo regido por regras para a pesquisa. Entre os postulados de conduta do investigador estão: afastar ideias preconcebidas; dividir um problema em partes para melhor conhecê-lo; e deixar-se conduzir pela dúvida metódica para extrair toda a verdade dos fatos. A filosofia inspirada nos métodos das ciências naturais, que propõe transpô-los como critérios para uma ciência da sociedade, é o positivismo, que se detém na observação e experimentação dos fenômenos. O positivismo privilegia os fatos, dispensa conhecer-lhes a natureza, toma-os como dados, ou seja, evidências que devem ser perseguidas e demonstradas. Para o positivismo, a unidade orgânica da sociedade era basilar e de caráter moral. Na perspectiva positivista, a ciência ganha um caráter messiânico e é considerada instrumento de intervenção do homem na realidade.O Nascimento da Sociologia A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho científico da humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências. Com o livro Curso de Filosofia Positiva [1830-1842], Comte se garante como fundador do positivismo e admite ser a sociedade regida por leis naturais, independentes da ação do homem. Que ameaça apresentava a sociedade da época para uma forma positivista de conhecimento prevalecer na juventude de uma ciência como a Sociologia? Vivia-se o horizonte cultural da modernidade na extensão da sociedade ocidental e as revoluções mencionadas que a sacudiram. A derrubada das convenções e das crenças, da tradição e dos costumes impôs a modernidade e com ela, o fim dos particularismos e a entrada no universalismo, graças à razão, considera Touraine (1994). Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o longo período dos séculos XVIII a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade

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artesanal em manufatureira. Nas primeiras grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na sociedade. Todas as mudanças que se processaram resultaram de desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva. Daí, a nostalgia de um tempo de “ordem social”, presente no pensamento social conservador. E o providencial recurso instrumental da ciência para restabelecer uma “nova ordem social”, que aparecem como forma de salvação nos círculos sociais mais apegados à tradição, a balançar diante da inovação social. Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz emergir a ordem e a mudança como as faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos primeiros pensadores sociais – Comte, Durkheim, Weber, Marx, Tocqueville –, que mesclavam pensamentos práticos e teóricos. A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças, posta tanto no comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares “parecia aos contemporâneos um produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os passos da civilização, quando, na verdade, o progresso crescente dos modos de pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37). A par das condições histórico-sociais que colocaram questões ontológicas da existência e convivência do homem na sociedade moderna, talvez o legado mais notável para o surgimento da Sociologia tenha sido o alargamento da percepção social além dos limites do sancionado pela tradição, pela Religião ou pela Metafísica. Houve ousadia no pensar e essa transformação básica do horizonte intelectual médio favoreceu ultrapassar o senso comum e incorporar o pensamento racional na formação do ponto de vista sociológico. A Sociologia como disciplina científica e curricular A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do trabalho pedagógico. São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e as atividades curriculares no magistério. Fazer ciência mediante à reflexão acadêmica, com base na pesquisa científica e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo, são faces de um mesmo problema. É pensando em uma e outra que se realiza a dimensão histórica da ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil. No desenvolvimento da Sociologia, pode-se distinguir um triplo processo de formação de um núcleo disciplinar: a) a identidade cognitiva, que especifica as orientações, paradigmas, problemáticas e instrumentos de pesquisa da disciplina; b) a identidade social, forjada pelo processo de institucionalização através do qual a disciplina procura se estabilizar do ponto de vista de sua organização; c) a

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identidade histórica, que corresponde aos primeiros esforços de constituição do campo de orientações, paradigmas, problemáticas e instrumentos de pesquisa da disciplina; b) a identidade social, forjada pelo processo de institucionalização através do qual a disciplina procura se estabilizar do ponto de vista de sua organização; c) a identidade do trabalho, com os quais,em princípio, os integrantes da comunidade científica se identificam, segundo Wolf Lepenies, citado por Villas Bôas (1991). Tal orientação aplica-se para reconhecer como se constitui a disciplina Sociologia, definição do seu campo de estudo e o processo de sua institucionalização, especialmente no Brasil. A apreciação desenvolvida obedece a critérios seletivos de significância social e repercussão intelectual das obras e seus autores, boa parte delas, ensaios de investigação sociológica com mergulhos na historiografia e na etnografia.Sociologia no Brasil – do surgimento à sua implantação nas escolas No Brasil, a sociologia tem seus primeiros passos a partir de 1930 e nas décadas seguintes tem seu fortalecimento e desencadeamento. Isso não significou que no país não haviam estudos em períodos anteriores, estes relatando sobre a sociedade brasileira. O que ficou claro nos estudos anteriores foi o viés dado aos estudos, pois estes apresentaram enfoques de “raça”, civilização, cultura, poder e conflitos.

Com o passar da referida década, no Brasil, ocorre uma produção sociológica voltada à reflexão sobre a realidade social com objetivos de investigá-la e explicá-la. Isso também tem sua gênese no Modernismo e nas mudanças que ocorriam, relatam as mudanças de ordem social, econômica, política e cultural.

Temos como estudo sociológico no Brasil, segundo Otávio Iani (1926 – 2003) algumas fases e contextos das quais podemos destacar: a fase dos estudos históricos da nossa realidade de caráter literário e menos sociológico. Um expoente desse período foi Euclides da Cunha (1866 – 1909) com sua obra prima: Os Sertões (1902).

Em outra fase, esta com o enfoque de fazer pesquisas de campo, já com um olhar sociológico, pois no convívio e levantamento de pontos vistos na realidade social a sociologia estava presente. Podemos referenciar Gilberto Freire com sua obra Casa grande e senzala (1933), Caio Prado Junior com Formação do Brasil Comtemporâneo (1942), Sérgio Buarque de Holanda e outros.

E em outra fase já formada por sociólogos que com suas teorias e tendências sociológicas,as chamadas “escolas” de sociologia tentam explicar a realidade social através de questionamentos e teorias que sejam suportes de suas afirmações. Tivemos nesta fase alguns expoentes Oliveira Viana e Florestan Fernandes este com uma intensa busca investigativa e crítica, ou seja, de ir além das reflexões já existentes.

Podemos explicitar melhor estes contextos e autores para a elucidação e compreensão da origem sociológica no país. Os anos 1930 foram de plena efervescência da Sociologia, que se institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobre as peculiaridades da cultura e sociedade brasileira. Entre as iniciativas que favoreceram o despertar da produção sociológica, estão as apontadas por Meucci (2008): a) introdução da cadeira de sociologia nos cursos secundários chamados

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complementares, em 1925, e nas Escolas Normais de Pernambuco e no Rio de Janeiro, m 1928, e de São Paulo, em 1933;b) criação dos cursos de Ciências Sociais na Escola Livre de Sociologia e Política, em 1933; na Universidade de São Paulo, em 1934; na universidade do Distrito Federal, em 1935; e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, em 1938; c) publicação das consagradas obras Evolução Política do Brasil [1933] de Caio Prado Júnior, Casa grande e senzala [1933] de Gilberto Freyre e Raízes do Brasil [1936] de Sérgio Buarque de Holanda; d) surgimento de dicionários, coletâneas de textos e periódicos que, juntamente com os manuais didáticos, se constituíram nos primeiros veículos de difusão do conhecimento sociológico, entre eles o Dicionário de Etnologia e Sociologia [1939] de Herbert Baldus e Emílio Willems; o Dicionário de Sociologia [1939] de Achiles Archero Júnior e Alberto Conte; a revista Sociologia [1939], primeiro periódico especializado em Sociologia publicado por Romano Barreto e Emílio Willems; e a coletânea organizada por Romano Barreto, Leituras Sociológicas [1940], com traduções de artigos publicados na Europa e nos Estados Unidos, considerados essenciais para o conhecimento da teoria social.

São da década de 1930 grandes trabalhos de síntese interpretativa sobre a realidade social e política. Com as obras Casa grande e senzala [1933], Sobrados e mocambos [1936], Nordeste [1937] e Ordem e progresso [1959], Gilberto Freyre (1900- 1987) projetou-se na análise das origens europeia e africana do povo brasileiro, considerado o primeiro especialista brasileiro com formação científica. Sociólogo de formação, com pós-graduação em ciências políticas, jurídicas e sociais nos Estados Unidos, Gilberto Freyre foi influenciado pela escola culturalista americana que se opunha às teorias sociais relevantes do século XIX, especialmente às de Marx e de Comte, afirma Meucci (2005). Essa influência, que o levou a problematizar a questão étnico-racial e a assumir a miscigenação como algo positivo, não o impediu de tratar o assunto sem questionar as estruturas da sociedade escravista. Gilberto Freyre foi um marco na sociologia brasileira influenciando gerações. Lecionou a cadeira de Sociologia na Escola Normal de Pernambuco, além de ter sido deputado estadual em 1946, quando do projeto de criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, em Recife. Caio Prado Júnior (1907-1980), ensaísta e político, foi o primeiro intelectual brasileiro a utilizar a análise marxista em estudos sobre a realidade cultural do país. Contribuiu para com a história da política nacional, a partir das origens.

No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e Distrito Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio. Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares. Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para suprir a demanda de professores. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

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Contudo, durante a sua regulamentação, o seu sentido foi alterado. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter a situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio não estava garantida.

Mas a partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do curso, porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, sem duvida uma importante conquista para aqueles que acreditam na importância da disciplina na grade curricular das escolas do Ensino Médio em todo o Brasil.Breves Considerações sobre a Sociologia no Ensino Médio no Paraná

Seguindo a conjuntura nacional, no Paraná a disciplina de Sociologia também viveu diversos ciclos, ora fazendo parte dos currículos ora excluída, o que contribui para sua pouca tradição nas escolas. Somente a partir da década de 1980 houveram manifestações pró-inserção da disciplina no ensino médio; em vários estados brasileiros, aproveitando o momento propiciado pela redemocratização do país. Mobilizações sociais ganham força quando carreiam ações de diferentes agentes institucionais e, no Paraná, uma campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado do Paraná, envolvendo outras entidades como os órgãos estaduais de educação e as universidades, num esforço de superação do modelo curricular herdado do período da ditadura militar. Os anos 1980 marcaram um longo ciclo de reformas do sistema de ensino da Educação Básica e os debates e encontros realizados em Londrina e Curitiba, visavam o retorno do ensino de Sociologia e Filosofia no novo currículo do Ensino Médio, como defendido no 1º Seminário Estadual de Reorganização do Ensino nos níveis Fundamental e Médio, realizado em 1983, relata Silva (2006). No horizonte das discussões dessas ações políticas estavam a intermitência na trajetória da Sociologia como disciplina no currículo de escolas de Ensino Médio, sujeita às reformas educacionais implementadas pelo governo federal, e a regulamentação da profissão de sociólogo. No entanto, o curso de formação da identidade social da Sociologia, sua constituição e manutenção como disciplina no Ensino Médio, certamente foi afetado por sua fraca institucionalização no meio acadêmico paranaense, analisa Oliveira (2006).

Com a conclusão, em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia não chegou a ser considerada disciplina obrigatória e às escolas foi dada a prerrogativa de implantá-la ou não. Em 1991, foi implantada proposta de conteúdos e metodologias para a Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual, elaborada anteriormente em ação conjunta da Secretaria de Educação do Estado e a Universidade Federal do Paraná. Essa decisão influenciou professores de Sociologia da modalidade de Educação Geral do Ensino Médio, uma vez que não havia um documento nesta linha. Qualquer movimentação em defesa da Sociologia é dependente das instâncias gestoras da política educacional em nível federal e estadual, por isso a Secretaria Estadual de Educação (SEED), de 1991 a 1994, desenvolve ações para fortalecer a Sociologia; um exemplo é a realização

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de concurso público para o ensino da Sociologia, em 1991, cujo resultado foi um baixo número de inscritos e aprovados, afirma Silva (2006). Diversos seminários e fóruns de discussão foram realizados em conjunto professores de escolas de 2º grau da rede pública e privada estadual e professores universitários da área de Ciências Sociais. Outro indicativo deste direcionamento institucional em prol da Sociologia é a elaboração entre 1993 e 1994 de uma proposta de conteúdos, como a diretriz estadual para a Sociologia, sob a responsabilidade de técnicos pedagógicos do Departamento de Ensino de 2º grau da SEED (DESG) com a consultoria de professores de diferentes instituições de Ensino Superior, entre elas: FE-USP; UFSC e UFPR. A proposta, finalizada em 1994, deveria ser disponibilizada para as escolas no ano seguinte, mas alterações políticas no estado impediram e novo ciclo de reformas educacionais recomeça.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o debate sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito nacional. Poucas escolas, no Paraná, ofertavam a disciplina em seu programa, uma vez que a autonomia das escolas trazia flexibilidade para que cada estabelecimento de ensino criasse novas disciplinas e as incluísse nas respectivas matrizes curriculares. Nesse contexto foi criado, em 1998, na Universidade Estadual de Londrina, um projeto de extensão denominado “A Sociologia no Ensino Médio”, que resultou na implementação da disciplina em todas as escolas do Núcleo Regional da Educação de Londrina no ano de 1999. A experiência, entretanto, não se estendeu às escolas do restante do estado e a presença da Sociologia nos currículos continuou instável. Se, em 1997 e 1998, a disciplina foi incluída na base nacional comum dos currículos e introduzida também nas escolas estaduais paranaenses, em 2000, a determinação da diminuição da carga horária total das aulas semanais, a Sociologia foi uma das primeiras disciplinas a ser extinta ou a ter sua carga horária diminuída. Em 2001, a Sociologia foi retirada da base nacional comum e voltou a compor a parte diversificada do currículo escolar, reduzindo em cerca de 30 a 40% o número de escolas que ofertavam a disciplina, analisa Silva (2006). Apesar de todos esses reveses, em 2002 e 2003, a disciplina de Sociologia se manteve em 50% das escolas paranaenses que, a partir de 2005, recebem professores concursados, em 2004. Houve um aumento gradativo do número de escolas que ofertavam a Sociologia, situação reforçada pela entrada de sociólogos no quadro próprio do magistério da Rede Estadual de Ensino.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de eqüidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas. Em função de sua história intercalar como disciplina escolar, a Sociologia não desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência tem sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da Sociologia para jovens estudantes do Ensino Médio.

A lição histórica deve ser reavivada e a disciplina sair ganhando com sua

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consolidação acadêmica e o devido aporte metodológico para o ensino em todos os níveis. Há premência em se dispor de traduções de textos de autoria dos clássicos da Sociologia e de trabalhos mais recentes de pesquisadores nacionais, – por já ter avançado a produção sociológica nos programas de pós-graduação, – bem como de livros e outros recursos que veiculem uma metodologia pedagógica específica para as Ciências Sociais. O uso de livros didáticos e materiais de apoio pedagógico, especialmente elaborados para a disciplina no Ensino Médio não deve dispensar leituras complementares, críticas e ilustrativas. A trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto nacional, caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no currículo escolar. No âmbito institucional, projetos e parcerias que contemplem a atuação conjunta e mais integrada dos cursos do Ensino Médio e as licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do Paraná, trariam vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.

METODOLOGIA O pensamento dos clássicos Toda ciência, como um produto histórico, está em constante processo de construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram as bases teórico-metodológicas do pensar a realidade com método e arguto espírito de indagação. São clássicos, diz o sociólogo norte-americano Robert Merton (1970), os pensadores que requerem releituras e impulsionam o pensamento, fazem avançar as ideias, suscitam aspectos novos de análise, enfim, surpreendem o leitor. Deixe-se surpreender, pois com a Sociologia não foi diferente. Encontram-se na galeria de sociólogos clássico-tradicionais, entre outros, o francês Émile Durkheim (1858-1917), o alemão Max Weber (1864-1920) e, por suas contribuições de destaque sem ser sociólogo, o filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) – sem mencionar a contribuição de outros como o escritor político francês Charles Tocqueville (1805-1859), que percebeu democrática, a sociedade moderna; o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), considerado o fundador da teoria evolucionista; e o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), com sua teoria das elites sociais. Os clássicos são a ponta de lança que arremessa o conhecimento da realidade social e ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade europeia da sua época, valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise que a acometia e cada qual lhe lançou um olhar: Marx decompôs a sociedade capitalista; Durkheim viu a sociedade industrial na sociedade moderna; e Weber a concebeu qual um feixe de possibilidades históricas carreadas pela racionalidade. São considerados clássicos porque suas ideias ainda detêm força explicativa para uma realidade em transformação, mesmo que não in totum e sua obra tem coerência interna, nas palavras do sociólogo inglês Anthony Giddens (1990).

Para apreciar a contribuição desses autores em estabelecer um corpo de conhecimento da Sociologia, parte-se da premissa que a produção teórica é um constructo e corresponde a uma interpretação da realidade vivida e observada. Logo, há uma implicação intrínseca entre teoria e metodologia científica, por trás das ideias de cada autor há que se reconhecer uma concepção de ciência, uma concepção de realidade, uma concepção da sociedade histórica sobre a qual se debruçaram.

Grandes campos teórico-metodológicos

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Na Sociologia existem diversas correntes teórico-metodológicas que se desenvolveram desde o surgimento da disciplina no século XIX. È importante salientar as contribuições de cada uma destas correntes, sem se deixar influenciar ou fazer apologia de uma delas em detrimento das demais. Uma corrente é a do materialismo histórico que toma a contradição social como princípio metodológico. Reconhecer as contradições sociais é tarefa do cientista para Marx, que concebe o sujeito cognoscente também como sujeito histórico, pois conhecer e transformar são como que tomadas de consciência histórica. Já, o pesquisador investido do método compreensivo de Weber, persegue o princípio da racionalização social buscando o significado dos fenômenos, no entendimento de que a subjetividade é um momento necessário do processo objetivo de conhecimento. Durkheim, por sua vez, vale-se da metodologia funcionalista para explicar o princípio paradigmático da integração social. Cada um dos clássicos sociológicos, de certo modo, inaugurou uma perspectiva analítica definindo atuação metodológica própria e fazendo escola: o funcionalismo, o método compreensivo histórico e a vertente do materialismo histórico com a lógica dialética. Todos os clássicos lidam com questões da mudança social, seja com a preocupação de manutenção da ordem, seja admitindo ser o conflito inerente a ela, conforme a metodologia proposta. A partir das origens, identificam-se amplos campos de estudo da Sociologia como a preocupação presente nos autores clássicos com a religião e a sociedade industrial moderna e, nela, com o trabalho, conceitos que foram ganhando outras conformações epistemológicas e especificando mais e mais as múltiplas faces do objeto de estudo sociológico. Não há como formular teorias explicativas sobre aspectos da realidade sem o amparo de uma metodologia, ou seja, de uma concepção sobre o real e a ciência que inspire um modo de apreender a realidade e traduzi-la para a comunidade científica.

As teorias sociológicas respondem aos problemas sociais e de preocupação sociológica colocados pela ótica metodológica que os indaga. Teoria e metodologia comprometem-se uma à outra, como partes interdependentes que só se realizam quando acopladas. São momentos-chave da formação científica, questionam a razão de ser da ciência, a pretensão dos cientistas em produzi-la e a formação social em que foi gerada. Entre uma visão formalizante de ciência e aquela processual histórica, segundo Demo (1989), a metodologia mantém a crítica constante e a auto-crítica, firmando a Sociologia na condição de uma disciplina histórica dos fenômenos sociais. Em seu processo de formação, a Sociologia respondeu aos parâmetros científicos ditados pelas ciências físico-químicas mais avançadas e delas herdou, por analogia, os Métodos de análise da realidade e a tradição classificatória, nominativa dos fenômenos observados. Mas, essa incorporação da sistemática científica não seria suficiente. Para chegar ao ambicionado estatuto científico tradicional, a Sociologia trouxe para si a tarefa de definição do seu objeto de estudo expresso na forma genérica da sociedade, com o objetivo de o conhecimento científico dar aos homens o controle da sociedade, assim como o conhecimento das leis da natureza possibilita o controle de suas forças.

Como disciplina científica, portanto, a Sociologia tem seu primeiro impulso sob a égide da lógica positivista, atenta no eliminar a subjetividade e a visão de mundo do investigador que possa “contaminar” o conhecimento objetivo. Dotada

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de um viés prescritivo, a ciência sistematiza o conhecimento para restabelecer, sempre que necessário, a ordem reinante na sociedade. O positivismo foi o berço metodológico para as Ciências Sociais e Humanas – Sociologia, Antropologia, Economia Política, História, Psicologia – abrigando conhecimento e verdade como absolutos, fornecidos pela investigação efetuada com base nas leis empíricas, nas relações de causa e efeito entre os fenômenos e em projeções evolucionistas, segundo Giddens (1998).

A abordagem funcionalista submete a evolução ao critério do aumento da complexidade e, desse modo, critica Habermas (1983), o funcionalismo move-se num estreito raio de ação. A concepção de história é linear e factual, a sua análise. Detendo-se na ideia do funcionamento da sociedade semelhante ao dos organismos biológicos, o funcionalismo bebe na mesma fonte do positivismo e do evolucionismo e se fez presente em várias formas das Ciências Sociais, como na produção sociológica de Comte, Spencer e Durkheim, e influenciou fortemente a Sociologia produzida na primeira metade do século XX. A essência do funcionalismo está a conexão entre exigências (necessidades) sociais e forças institucionais (ritos, normas, técnicas, costumes etc.) na garantia de estabilidade e integração social. A essa plataforma analítica funcional, o sociólogo norte-americano Talcott Parsons (1902-1979); acrescenta os papéis sociais e propõe uma teoria baseada na interação entre indivíduos e grupos, cujo teor prossegue normativo, embora com uma concepção mais ampliada de equilíbrio de poder, em pelo menos duas de suas obras A estrutura da ação social [1937] e O sistema social [1951]. Com sua teoria dos sistemas sociais de ação, Parsons (1969) desenvolveu o funcionalismo estrutural, reconhecendo na função exercida pelas forças institucionais e padrões culturais vigentes, a manutenção do sistema social, aponta Rex (1973). O neoevolucionismo de Parsons reagiu ao utilitarismo e ao positivismo aplicando os conceitos da teoria geral dos sistemas à sociedade e à modificação estrutural dos sistemas sociais.O universo sistêmico de análise foi pródigo na Sociologia, com autores mais recentes inspirados em Durkheim e Parsons apostando na teoria dos sistemas, tal qual o faz o sociólogo e jurista alemão Niklas Luhmann (1927-1998). A diferenciação funcional é o resultado último de sistemas sociais, como o jurídico ou o da medicina, por terem a capacidade de selecionar do ambiente o que possa agregar e fortalecer a racionalidade do sistema em si, levando a um relativismo na ciência.

Com a ênfase mais nos fins que na funcionalidade da ação social, a concepção de Weber sobre a Sociologia estende-a à explicação de determinadas situações históricas e não à procura de leis gerais da sociedade através estudos comparativos de diferentes sistemas sociais. Se a concepção da sociedade se constituindo possível de apreensão objetiva predominou na França, com Durkheim e seus discípulos, – como o sociólogo e etnólogo Marcel Mauss (1972-1950) ao expressar o conceito de fato social total, – na Alemanha, uma linha de análise sociológica inaugurada por Weber portou a dimensão subjetiva como relevante na realização e identificação da ação social. Destacam-se nessa linha do pensamento alemão, os sociólogos Georg Simmel (1858-1918), estudioso da sociabilidade e Ferdinand Tönnies (1855-1936), cuja distinção entre comunidade e sociedade dá mostra da preocupação com a diferenciação social que caracteriza o fazer Sociologia num país onde a formação política puritana e o desenvolvimento econômico têm por herança, a interpretação nos estudos históricos. Além da aplicação do método comparativo histórico que caracteriza a obra de Weber

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exemplificada em A ética econômica das religiões universais [1915], sua análise funda-se na compreensão do significado das ações sociais e embasa a fenomenologia processada pelo sociólogo austríaco Alfred Schütz (1899-1959), concebendo o homem como um “animal simbólico” (1974). Ele está na base de uma escola de pensamento, que surgiu nos anos 1960 e ocupa lugar considerável na sociologia contemporânea, que é a etnometodologia, cujas construções teóricas orientam suas pesquisas no conhecimento do senso comum que os indivíduos desenvolvem no desempenho de suas rotinas cotidianas.

A metodologia weberiana centrada no indivíduo e nas individualidades históricas ofereceu também as bases para o desenvolvimento do individualismo metodológico – um procedimento explicativo para as escolhas racionais dos indivíduos, situado na convergência de duas linhas teórico-metodológicas: a funcionalista de Durkheim e a marxista clássica. Entre os sociólogos contemporâneos que buscam interpretar os fenômenos sociais em termos individualistas, encontram-se Jon Elster (1994), Adam Przerworski (1988) e Raymond Boudon (1990). A absorção do legado intelectual de Marx à análise dos fenômenos sociais deve tributo não apenas à metodologia dialética, a qual pressupõe que o todo é mais que o conjunto das partes e suas relações, e reconhece que as partes contêm o todo. Um forte movimento no interior da ciência, questionando o seu próprio fazer, provocou uma ruptura epistemológica, nas primeiras décadas do século XX, insuflando “o novo espírito científico”: o esforço de ultrapassar o senso comum para além da proposta positivista de guiar-se pelas evidências. Com o filósofo e ensaísta francês Gaston Bachelard (1884-1962), esse racionalismo “aberto” (1968), anti-positivista, rompe com verdades absolutas graças a uma razão em constante reformular-se e se conjuga ao método dialético baseado em aproximações sucessivas que, pela análise crítica, procura ler além das aparências do real, encontrar a sua essência, o que ele guarda de contraditório, como forças que se opõem no seu interior.

Em certa medida pode-se falar em uma sociologia durkheimiana e, talvez, numa sociologia weberiana, mas tal não se aplica à produção de Marx, na qual só faz sentido uma ciência social integrada que comporta o social, o político e o econômico como dimensões de um mesmo processo histórico. O pensamento marxista está referido à realidade social moderna tratada num posicionamento crítico, ou seja, o compromisso prático com uma intenção transformadora do real. E isso entra em choque com as aspirações de neutralidade e objetividade da Sociologia enquanto disciplina científica convencional, pondera Cohn (1977). Valendo-se do caudal de ideias intérpretes da realidade social, a Sociologia faz uso de múltiplas metodologias no ajuste à singularidade do seu objeto. Ao avançar na modernidade, ora exacerbada, tem chegado a algumas sínteses sob a concepção de ciência renovada, que reconhece no conhecimento uma verdade provisória, encontra a razão metodológica na perenidade dos melhores métodos indutivos e é contemplada pela articulação de diversos temas. Pode-se falar em Sociologia e Sociologias: sociologia do trabalho, da religião, do lazer, do conhecimento, sociologia urbana, sociologia rural. Umas mais e outras menos resultam de diferentes metodologias analíticas. A unidade entre estrutura e história, basilar na cultura do século XVIII, redundou em uma estrutura sem história, o estruturalismo nas Ciências Sociais, do qual o antropólogo belga Claude Lévi-Strauss (1908- ), autor de Tristes trópicos [1955], é figura proeminente e também lecionou Sociologia na USP, de 1935 a 1939. Da abordagem estrutural se

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destacam: o reconhecimento de que as relações diferenciais são a chave para compreender a cultura e a sociedade, e a estrutura dos fenômenos sociais não é anterior à realização das relações; são simultâneas.

Com uma complexa e vasta produção, o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930- 2002) ultrapassa qualquer interpretação de ser estruturalista sua proposta sociológica, dada a ênfase de a ciência ir além dos modelos para apreender a natureza da vida social. Ao explicitar as relações de poder inscritas em um campo social e ao analisar a dimensão simbólica, cultural, do capital, Bourdieu (1989) constrói uma teoria da prática social, onde cunhou o conceito de habitus, como um sistema de esquemas instituintes, espécie de história das relações sociais, para a produção de práticas sociais. Seu modo de fazer ciência pautou-se pelo rompimento da oposição entre objetivismo e subjetivismo (2000), demonstrando que o saber são lutas pela verdade do mundo social no campo sociológico Para isso, Bourdieu (2001) imputa a reflexividade da prática científica à construção de coletividades pensantes, as comunidades científicas.

No âmbito do processo de produção de teorias e métodos, surgem as categorias analíticas que são conceitos forjados com o objetivo de, por meio da abstração do entrelaçamento dos fenômenos, poder observar aspectos específicos da realidade social, no dizer de Domingues (2001). A ebulição de teorias debruçadas sobre a realidade histórica e cultural, qual um caleidoscópio, tem destacado eixos recorrentes nas análises sociológicas, tais como a relação que se estabelece entre indivíduo e sociedade, estrutura e ação, sujeito e objeto, esfera pública e privada, teoria e pesquisa, para mencionar alguns. São grandes problemáticas, não na condição de dualidades ou de dicotomias, mas de relações de interdependência, objeto de reflexão de grandes sociólogos contemporâneos. Vivendo hoje a fase de pós-modernidade ou de uma modernidade tardia feita de fragmentos e descontinuidades sócio-culturais, a Sociologia tem mostrado que nem a ciência, nem a técnica, nem a informática foram capazes de mudar a natureza essencial das relações, dos processos e estruturas de dominação da sociedade capitalista, afirma o sociólogo brasileiro Octávio Ianni (2002). Mudam as roupagens do novo, mas as estruturas sociais perduram. Nutrindo-se da história, a Sociologia está ligada às questões próprias de cada época e contexto e, por isso, se encontra desafiada a interpretar a realidade complexa e múltipla que se esconde sob a aparência das mudanças, segundo Morin (1994). Seu maior desafio está em perceber o novo sem perder a capacidade de compreender como o velho se reproduz na realidade nova.

As novas questões sociais colocadas pelo acelerado processo de mudanças em nível micro e macrossociais, das últimas quatro décadas, dizem respeito aos fenômenos ligados à globalização econômica e à exclusão social, ao crescimento do desemprego, à ruptura da trajetória de constituição da sociedade salarial e, também, aos avanços da ciência e das tecnologias de informação. Ao estabelecer Diretrizes para o encaminhamento do ensino da Sociologia no Ensino Médio, o objetivo é propiciar aos alunos as bases para a compreensão de como as sociedades se organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma atuação crítica e transformadora.A Sociologia crítica: um recurso científico a serviço do ensino

Fruto de um dissenso constante, o pensamento sociológico tem sido construído no embate entre as variadas formas de se apreender/compreender o real. Tal característica, entretanto, não deve ser compreendida como uma

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fragilidade, ela apenas torna visível a forma como a Sociologia tem produzido e reproduzido seu conhecimento, em um processo que localiza problemas, mas também aponta condições para superá-los.

A Sociologia crítica procura separar-se de uma Sociologia positiva onde o senso comum e a rotina diária são fontes de informação e medida última da verdade, produzindo, portanto, um conhecimento genuíno e privilegiado. O cientista social como o “estabelecedor” de significados mantém-se distante do objeto observado. Ocorre com o pensamento positivo tal qual ocorre com a sociedade de mercado, que separa os objetos do trabalho vivo da fonte objetiva, do próprio trabalho. Esse é o cenário similar para a atividade de rotina, a regularidade dos fenômenos, as raízes epistemológicas do modo como é experimentado pelo senso comum, raciocina Bauman (1977). A Sociologia crítica procura colher da sociedade os elementos de não racionalidade presentes nas sociedades capitalistas, sobretudo aquelas do capitalismo avançado em níveis de alto consumismo, característicos da indústria cultural e da cultura de massa. Ela se desafia exercitando oposições e desenvolvendo o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente a realidade em seus movimentos contraditórios e paradoxais. Teóricos da Sociologia crítica são Charles Wright Mills (1916-1962) e representantes da Escola de Frankfurt, os filósofos alemães: Theodor Adorno (1903-1969), Max Horkheimer (1895-1973), Walter Benjamin (1892-1940), Jürgen Habermas (1929- ). Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece sem uma crítica social.

A Sociologia perturba, porque o conhecimento dos mecanismos de poder permite determinar as condições e os meios de uma ação destinada a dominá-los. O conhecimento exerce um efeito libertador, pois através do olhar sociológico, a sociedade pode voltar-se sobre si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são. Na proposta da Sociologia crítica, pela crítica chega-se à emancipação. Essa começa quando as condições de a ciência fornecer conhecimento digno de confiança cessam de ser como são postuladas por “ainda-não-serem-reais”, escapam à metodologia científica e ao exame da verdade. A saber, os fenômenos não-rotinizados, ainda irregulares, fora do comum, observáveis ou simplesmente concebíveis, os quais, em certo sentido, podem ser considerados como um vislumbre do futuro ou de uma realidade alternativa e despertam o interesse da crítica. Entre as tentativas nesta linha de procura do inusitado, estão Lewis Coser e outros discípulos de Simmel, nos Estados Unidos, a propor o conflito como objeto da Sociologia e não o consenso durkheimiano. Outro exemplo é a proposta do sociólogo francês Edgar Morin (1921- ) com uma “sociologia do presente”, alternativa à sociologia tradicional centrada na regularidade dos fatos. A sua intenção é apreender o irregular e, ao invés da ação social como unidade básica de análise, propõe estudar o acontecimento, único, surpreendente, desestruturador. O acontecimento coloca a agenda de uma teoria que tenha por base situações extremas, paroxismos de história e, não, regularidades estatísticas. Para Morin (1984), a crise aparece como um acontecimento dessa natureza, em razão da inerente instabilidade que desafia a descrição ordenada determinista da realidade. Por ser uma revelação súbita de realidades latentes, a crise obriga o pesquisador a uma autocrítica permanente. Essa revisão constante das opiniões dos estudiosos, do argumento de autoridade, a consciência de que nenhum feixe de técnicas de pesquisa pode ser capaz de separar a verdade das aparências, garante a relação dialética entre o observador

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e o fenômeno observado. Esse diálogo libera a imaginação dos sociólogos e realiza o interesse emancipatório de elucidar a história.

O sociólogo norte-americano Charles Wright Mills (1916-1962), influenciado pela teoria de Marx acerca do real, estabelece a crítica como base de seu questionamento sociológico e entende o conhecimento como um instrumento prático de mudanças políticas. Defende que é preciso despertar na sociedade o que denomina de A Imaginação Sociológica [1959], responsável por levar o indivíduo a estabelecer uma relação entre sua biografia pessoal e o que acontece na sociedade de seu tempo. Esse levar o indivíduo a perceber de que modo a organização social influencia suas possibilidades de ação está no empenho de Wright Mills em aproximar duas tradições sociológicas: a marxista e a weberiana. Ao tomar consciência das relações existentes entre a forma como a sociedade se organiza e os acontecimentos individuais cotidianos, abrem-se caminhos para a crítica e a possível superação da sociedade estabelecida como tal. A imaginação sociológica propiciaria diferenciar os problemas e Wright Mills (1972) dá um exemplo: Se numa cidade de cem mil habitantes, somente um homem está desempregado, isso é seu problema pessoal, mas quando numa nação de 50 milhões de empregados, 15 milhões de homens não encontram trabalho, isso é uma questão pública e as soluções não podem ser individuais. Ao sociólogo cabe, portanto, assumir responsabilidades como agente social ativo, desenvolvendo a capacidade de criticar a sociedade em que vive, levando os indivíduos a readquirirem a capacidade de pensar, experimentar uma transavaliação de valores, compreender o sentido cultural das Ciências Sociais pela reflexão e desenvolvimento de sua sensibilidade.

No Brasil, a Sociologia crítica ganhou força e perspectiva própria pelo criterioso estudo do sociólogo Florestan Fernandes (1972), para quem o pensamento crítico descortina as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com a sociologia assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais. Florestan produziu reflexões originais sobre o papel da Sociologia para o período de transição de uma sociedade agro-exportadora para uma sociedade urbano-industrial. Seu trabalho recebeu influência do pensamento de Marx e do sociólogo húngaro Karl Mannheim (1893-1947) e, qual um complemento necessário de seus posicionamentos na vida política do país, como quando participou da Campanha em Defesa da Escola Pública e da luta pela implantação de um regime político democrático. Foi no contexto dos anos 1950 que discutiu, também, a Sociologia como disciplina importante nos currículos das escolas secundárias do país. Destacou-se na trajetória de institucionalização da Sociologia a partir dos processos histórico-sociais que a tornaram parte integrante do sistema sócio-cultural brasileiro.

No pensamento de Florestan Fernandes a sociedade é um nexo de relações que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade social. O homem se constitui como ser social ao constituir sua sociabilidade, sua forma de organização concreta. “Existir” socialmente significa compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e reações, praticar ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente. Tal conjunto

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de relações históricas configura as condiçõesde persistência e/ou transformação da realidade social. A Sociologia, como qualquer disciplina, dispõe de recursos para a investigação, mas enfrenta dificuldades peculiares nas Ciências Sociais, segundo Fernandes (1976), pelo fato de seus cânones científicos ainda não corresponderem ao estabelecido e suas perspectivas de pesquisa despertarem interesse prático-político e grandes expectativas nos círculos sociais. Entre as dificuldades, Florestan afirma “o sociólogo não possui um laboratório”, isto é, ele está sujeito às normas e aos critérios experimentais do saber científico e este é um limite à Sociologia, explicando seus avanços e recuos na investigação da realidade. Em outras palavras: a pressão societária e os critérios científico-experimentais e de verificação da verdade põem o sociólogo em relação de tensão com a sociedade. Embora os primeiros pensadores tenham se esforçado para enquadrar a Sociologia nos padrões científicos estipulados pelo modelo de análise das Ciências Naturais que a precederam, existem dificuldades relativas à natureza específica do seu objeto e à aplicação do método experimental à ação social.

A metodologia de tradição racionalista nas ciências físico-químicas e exatas, pautada na observação dos fatos, sua experimentação e demonstração com controle e verificação dos resultados, testando hipóteses e definindo graus de certeza na universalidade das teorias, não se aplica à Sociologia. Dado o caráter público do método científico e a intersubjetividade própria das Ciências Sociais, a autoconsciência metodológica deve levar a uma verificação que convença racionalmente os outros, assim como ao próprio cientista. Tomando esse paradigma metodológico da história da ciência moderna, o metodólogo norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996) contempla as Ciências Sociais como imaturas, justo por não terem chegado “ainda” à definição de um único paradigma científico ou grande o suficiente para abrigar a maior parte das correntes teóricas e, até, mesmo, dissolvê-las no seu interior, atenuando suas contraposições.

Em Sociologia, portanto, coexistem paradigmas científicos e isso a torna uma ciência normal – produtora de pesquisas que se acumulam, – na expressão de Kuhn (1972), que revolucionou a tradicional noção de paradigma tido como modelo, remetendo-o àquilo que os membros de uma comunidade científica partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma. Diante de impasses como esse que levanta dúvidas acerca do estatuto científico da Sociologia, recrudescem argumentos para reconhecer a especificidade do objeto de estudo da Sociologia: a ação humana, esse conjunto de ações que são as relações sociais. Essa reciprocidade na ação, aventada por Weber, traz implícito o conteúdo histórico das relações sociais empregado por Marx, e reconhece a natureza sui generis do social, como posto na concepção de sociedade formulada por Durkheim, apenas para ficar entre os clássicos.

Falando de matrizes metodológicas diversas entre si, os clássicos da Sociologia convergem para a configuração do objeto de conhecimento da ciência que ajudaram a construir e divergem na abordagem. A tão propalada objetividade científica ganha outras determinações na Sociologia, no sentido de as teorias produzidas – conceitos inter-relacionados – desenvolverem uma coerência interna na admissão de que elementos ideológicos e subjetivos fazem parte do processo de conhecimento de qualquer ciência. O sociólogo argentino Eliseo Verón (1970) estabelece um continuum entre as ciências naturais de um lado, e as sociais, de

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outro, para explicar que nessas, as categorias conceituais têm uma alta pertinência em relação à atividade social do próprio cientista; ou seja, para descrever e explicar a sua condição de trabalhador, ele faz uso dos próprios conceitos com que trabalha na pesquisa social: classe social, burocracia, sociabilidade, discriminação social, papel social, divisão do trabalho, poder e outros. A ciência sociológica na explicitação de leituras sobre o real e um trabalho de produção de conhecimento social é tão lábil quanto a realidade histórica em movimento que se propõe estudar. O real lido pela ciência não está dado, não penetra os sentidos de forma espontânea como supõe o positivismo. É necessário um esforço de questionamento mental incessante da realidade para apreendê-la. O respeito à historicidade da ciência sociológica nas teorias e metodologias que produz mostra uma realidade prenhe de significados carentes de interpretações e buscando soluções para problemas epistemológicos e sociais. As respostas científicas apresentam-se, às vezes, fugidias dos próprios pensadores e atores sociais na contracena. Como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico.

É preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos, elementos para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia concernentes ao contexto histórico em que foram construídas e, então, interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual.

Conteúdos A proposta segue as Diretrizes Curriculares, ao delinear o estatuto

científico da disciplina quando se propõem a fundamentar o ensino da Sociologia em conteúdos estruturantes, capazes de estender cobertura explicativa a uma gama de fenômenos sociais inter-relacionados. Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem à reconstrução da realidade e às suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as categorias conceituais básicas da Sociologia, – ação social, relação social, estrutura social e outras elegidas como unidades de análise pelos teóricos – fundamentam a explicação científica. Na afirmação de Marx (1977), as categorias simples são síntese de múltiplas determinações. Os conteúdos estruturantes não se confundem com listas de temas e conceitos encadeados de forma rígida, mas constituem apoios conceituais, históricos e contextualizados, que norteiam professores e alunos – sujeitos da educação escolar e da prática social – na seleção, organização e problematização dos conteúdos específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-relações que constituem a sociedade. Para discutir, por exemplo, problemas como inclusão/exclusão sociais, desemprego, violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumo, individualismo, reforma agrária, educação, saúde, a Sociologia crítica articula-os a fenômenos mais amplos e estruturais: a mundialização da economia, as condições do capitalismo transnacional, o superdimensionamento do mercado, o Estado neoliberal, o mercantilismo nas relações sociais, os conflitos étnico-raciais, a cultura de massa, os estilos de vida individualista e consumista. Embora a construção histórica da Sociologia e suas teorias fundadoras não

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sejam apresentadas como um conteúdo estruturante, sugere-se nesta proposta, que a disciplina seja iniciada com esses temas e que eles fundamentem os conteúdos específicos, aqueles que expressam o foco de estudo na realidade empírica. Tal abordagem visa estabelecer uma relação entre o contexto histórico dos autores clássicos, a construção de suas teorias e o conteúdo específico do estudo, numa perspectiva crítica que embasará as possibilidades de explicação sociológica. Nesse sentido, o desenvolvimento dos conteúdos estruturantes não descarta a necessidade da constante retomada do histórico do surgimento da Sociologia, bem como dos pressupostos básicos das teorias clássicas.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são:• O processo de socialização e as instituições sociais;• Cultura e a indústria cultural;• Trabalho, produção e classes sociais;• Poder, política e ideologia;• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

1° ANO O processo de socialização e as instituições sociais Socialização é o processo que persiste ao longo da vida do indivíduo, está presente na sociedade em tudo o que ela produz de comum e é a base da Sociologia formal. A vida em sociedade exige que seus membros conheçam e internalizem as expectativas de comportamentos sociais estabelecidos por valores, regras e normas, a linguagem e as ideias. Isso ocorre fundamentalmente por meio das instituições sociais vinculadas a contextos históricos econômicos, políticos e culturais. A socialização plasma o indivíduo de tal maneira que esse não é mais indivíduo, mas sujeito socializado que age segundo a sociedade. A socialização é um processo que implica valoração passiva deste sujeito à sociedade, mas também o leva a conhecê-la e a reagir, expressando sua personalidade e os valores da cultura em que vive. As ações sociais compartilhadas e repetidas passam a ser aceitas como padrão de comportamento num grupo social e são legitimadas por essa aceitação. Os sociólogos Berger e Luckmann (1994) caracterizam essa aceitação recíproca como o processo de institucionalização social. As instituições, portanto, são a forma organizada mais estável da sociedade nas suas articulações duráveis e reconhecidas. A família, a escola, a igreja são algumas expressões institucionais que socializam os indivíduos e favorecem a formação de identidades sociais. A sociedade cria as instituições que reafirmam os seus valores e, nesse circuito, a sociedade se estabiliza; como no exemplo do exército que se põe a exigência de defesa e, uma vez nele socializado, o indivíduo defenderá o Estado. As instituições, ao atenderem necessidades sociais, representam as unidades da ordem, para Durkheim (1990), e formam a consciência social dos sujeitos segundo os seus valores, os quais expressam desejos e aspirações da sociedade, nascem do agir histórico como condições normativas em contínuo conflito entre elas, segundo Weber (1977). As instituições devem ser estudadas sob um olhar crítico com vistas à mudança que apresentam em épocas e culturas diversas. Mauss e Fauconnet, discípulos de Durkheim, mesmo utilizando o termo pressão (coerção) social do mestre, matizam a ideia de instituições como passado, acervo acumulado, e

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avançam no sentido de elas serem viventes e se transformarem em diferentes momentos, afirma o sociólogo Duvignaud (1974). É discutível a tese de que as instituições são universais e possuem legitimidade: crises econômicas, por exemplo, alteram o sistema institucional que antes parecia imutável e racional. A exterioridade das instituições, – tal como se faz referência hoje à onipresença da figura do mercado no capitalismo contemporâneo, – e/ou à internalização dos padrões de comportamento, mediante o processo de socialização, não constituem o problema central da Sociologia; cabe indagar como o conjunto das determinações sociais atravessa uma instituição e como as instituições atuam sobre o conjunto das relações. Porque as instituições tomam as formas das determinações das relações sociais, elas são parte da estrutura, verdadeiros laboratórios de ideologia, responsáveis pela produção do simbólico na sociedade, terreno onde se encontram as contradições sociais. Sua dinâmica pode ser apreendida na articulação entre o instituído (o sistema de valores, modelos culturais etc.), as formas institucionalizadas mais ou menos específicas e opressivas (organizações, aparatos jurídicos etc.) e as forças instituintes ou os movimentos que dão conteúdo, sentido às instituições sociais. Essas considerações indicam que o estudo das instituições sociais permite recuperar a sua historicidade nos agrupamentos humanos e que não podem ser absolutizadas ou só apreendidas pelos aspectos mais estáveis. As instituições devem ser estudadas em sua dinâmica, sempre conflituosa, conhecendo suas faces conservadoras ou quando apontam para práticas revolucionárias. Considerada a dimensão dos conteúdos estruturantes, nesta proposta, propõe-se a análise das seguintes instituições: instituição familiar, escolar e religiosa.-Instituição familiar Relativamente à instituição familiar, propõe-se o estudo de suas origens históricas e configurações que assume em distintos espaços sociais e geográficos. Atentar para a perspectiva antropológica da família e suas mudanças até chegar à conformação da família contemporânea: laços afetivos, laços de parentesco e coexistência física. O sistema patriarcal e as modernas relações de gênero dão contemporaneidade às questões da família. As categorias da análise marxista – produção, trabalho e classes sociais – são utilizadas nas pesquisas da área e permitem estabelecer relações entre a família, o trabalho e a política a partir das relações de gênero. Na vertente de estudos sobre família e gênero nos segmentos populares a proposição da matrifocalidade está estampada na proliferação do fenômeno “mulheres chefes de família”, apontam Heilborn e Sorj (1999), enquanto nas classes médias, predomina a discussão sobre o individualismo. Na literatura internacional, principalmente através do pensamento de Michel Foucault (1926-1984) com o seu tradicional estudo sobre a história da sexualidade (1986), e na literatura antropológica brasileira com Duarte (1987) por exemplo, exprimem-se as perspectivas interpretativas sobre recortes denominados sexual e sexualidade na modernidade ocidental.-Instituição escolar Acerca da instituição escolar, podem ser estudadas suas origens e modelos educacionais socializadores em diversas sociedades. As análises devem tratar do papel social da escola e de seus atores – professores, alunos, funcionários e direção – na sociedade contemporânea e dispõem de leituras clássicas de autores nacionais e estrangeiros sobre a educação como objeto de estudo sociológico como a coletânea organizada por Pereira e Foracchi (1973).

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Cabe à escola a socialização sistemática das novas gerações, propiciando uma maior integração do indivíduo e uma identificação com o sistema social. Para Durkheim (1965), os conteúdos trabalhados na escola são independentes da vontade dos indivíduos e representam os valores de determinados grupos sociais e momentos históricos. Para Parsons (1969), a educação tem como função a constituição, manutenção e perpetuação dos sistemas sociais, que não se mantêm integrados sem o processo de socialização realizado pela educação formal. Existe um intercâmbio e mútua sustentação entre as instituições. Há relação entre o sistema de ensino e a estrutura das relações de classes, pois a sociedade não se organiza apenas a partir de bens econômicos, mas também pela produção de bens simbólicos. Este é o pensamento de Pierre Bourdieu e Passeron (1975) que analisam o sistema educacional francês através da reprodução das condições sociais, econômicas e políticas vigentes. Entre os autores dialéticos da educação encontra-se o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), cuja obra teve parte significativa escrita no cárcere e seus princípios pedagógicos estão diluídos em publicações diversas. Os principais pontos da teoria marxista de educação ressaltam: a) a educação dever ser pública gratuita, compulsória e uniforme para todas as crianças, realizada em instituições; b) a combinação da educação com a produção material, rompendo com o hiato entre a concepção e a execução do trabalho; c) a educação tem de assegurar o desenvolvimento integral da personalidade, ativando o indivíduo em todas as esferas da vida social; d) uma relação mais aberta entre a escola e a sociedade implica um mútuo enriquecimento entre professores e alunos. A formação das novas gerações é realizada na escola unitária, concebida e organizada como decisiva para criar valores fundamentais do “humanismo”, a autodisciplina intelectual e a autonomia moral, necessárias para uma posterior especialização. A junção escola e vida produz a escola ativa, capaz de promover a igualdade. Atingida a coletivização do tipo social, a escola criadora é o coroamento da escola ativa e tende a expandir a personalidade com autonomia e responsabilidade, um método que provoca a maturidade intelectual com consciência moral e social sólida. -Instituição religiosa Os autores sociológicos clássicos deitaram seu olhar sobre o fenômeno social da religião. As religiões nascem da exigência de explicar a origem do universo, o mistério da morte, a relação entre homem e natureza, a expectativa do transcendental, a diferença entre o profano e o sagrado, a matéria e o espírito, o natural e o sobrenatural. Mas, essas oposições geram ambigüidades e remetem à condição humana; a Sociologia procura, então, explicar a religião pela garantia da ordem e da coesão sociais, ressaltando o seu fundamento moral. A existência social de religiões tem por base a vontade de crer dos sujeitos, em cujas crenças e respectivas práticas sociais formam o seu conteúdo numa construção lógica de manifestação coletiva. A reflexão sociológica tem se direcionado para a religião como fato social, tais são algumas posições intelectuais encontradas na obra de Comte (1973), por exemplo, que concebe a religião como fenômeno que se identifica com um estágio teológico, aquele relativamente primitivo da evolução social e cultural da humanidade. O estágio seguinte, em escala evolutiva, é o metafísico, das categorias filosóficas e, por último, o positivo, correspondente à

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fase racional e científica da humanidade e da nova ciência social ou Sociologia. O estudo sociológico no Ensino Médio deve partir da importância do pensamento religioso, das diferentes práticas religiosas e levar os estudantes à reflexão sobre a ideologia e o sectarismo.

2° ANO - Cultura e indústria cultural Não existe uma única definição nem uma teoria da cultura. A cultura é um fenômeno amplo no campo da experiência existencial do homem em sociedade e sua origem conceitual data dos primórdios da Antropologia como ciência, no final do século XX. Depreende-se dessa formulação que a cultura é característica do homem como ser social e é uma aquisição. O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura precisa ser contextualizado para que as especificidades de cada abordagem – evolucionista, funcionalista, culturalista, estruturalista e interpretativista – possam ser identificas em suas possibilidades e limites explicativos. Abordagens mais críticas das Ciências Sociais, no século XX, não comparam diferentes culturas a fim de hierarquizá-las, mas analisam as sociedades em suas especificidades culturais. O desenvolvimento dessas análises contribui para a compreensão da cultura como um fenômeno histórico, socialmente construído, revelando que a cultura não é natural, mas composta de comportamentos aprendidos que diferem no tempo e no espaço social. Não se nasce com um comportamento específico, mas se aprende com o processo de socialização. É importante problematizar o conceito de cultura e suas derivações para os alunos de Ensino Médio, para perceberem que não existem culturas superiores ou inferiores e possam reconhecer que há grupos diferentes quanto aos aspectos de constituição de vida como a família, o trabalho, o lazer, a religião etc. Desse modo, os alunos poderão questionar o porquê da dominação cultural sobre algumas sociedades parecer natural, impondo seus costumes, religião e forma de organização familiar, e também, uma dominação econômica. Conceber a cultura de forma hierarquizada propicia a compreensão de uma divisão dicotômica entre a cultura erudita e a cultura popular, numa idéia “naturalizada” de hierarquia em favor da cultura superior considerada mais valiosa no senso comum. Na sociedade contemporânea integrada pela indústria cultural, essa distinção é questionada, principalmente quando se aponta para a interrelação entre a cultura popular, a erudita e a cultura de massa. Para problematizar essa tríade pode-se utilizar as teorias desenvolvidas pela Escola de Frankfurt, quando analisa a dinâmica da indústria cultural oriunda no contexto da industrialização e crescente urbanização europeia, com o objetivo de transformar em mercadorias, diferentes manifestações culturais – representações teatrais, circos, obras de arte, literatura, fotografia, cinema, entre outras. Nesse sentido, a indústria cultural modela os gostos e as preferências dos indivíduos, formando visões de mundo pautadas, prioritariamente, no desejo de consumo baseado em necessidades supérfluas. O interesse existente é o de universalizar as culturas, vender para muitos o que foi produzido para determinada classe social, retirando do produto, as suas especificidades. O conceito de indústria cultural foi formulado pelos sociólogos Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), ao analisarem, na década de 1940, o rádio e o cinema, procurando diferenciar meios

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de comunicação de massa e indústria cultural. Se aqueles são instrumentos de divulgação esta é a organização industrial de produção de bens culturais como se fossem mercadorias. Nos anos 1960, Adorno (1987) estende este raciocínio para a televisão. Walter Benjamin (1886-1940), também vinculado à Escola de Frankfurt ou Teoria Crítica, nos anos 1930, ao discutir a reprodução técnica das obras de arte, afirmava que as obras reproduzidas possibilitavam às massas elevarem seu nível cultural. Mas, também pensava que este processo poderia ser usado para o controle e submissão do povo. Essa situação acaba sendo reforçada pelo processo de globalização, com a crescente homogeneização das experiências culturais a partir das redes de televisão e o fluxo de consumo das populações, possibilitando contato com novos padrões de conduta e consumo. Deve-se discutir como foi possível para a indústria cultural transformar as pessoas em consumidores que não questionam os conteúdos das informações oferecidas. O papel social dos meios de comunicação de massa (televisão, rádio, cinema), – também considerados produtos de mercado de uma sociedade capitalista, – deve ser analisado, pois esses meios produzem bens simbólicos e conceitos sociais para um mercado cada vez mais massificado. Essa temática possibilita abordagens distintas da visão da mera reprodução cultural, porque existem outras formas de consumo cultural que estimulam a criatividade, a crítica e a reinvenção. Contrário a Adorno e Horkheimer, o autor canadense Marshall McLuhan (1911-1980) observava a atuação dos meios de comunicação de massa de maneira otimista, como um instrumento de integração na sociedade, ou seja, de aproximação dos homens. Umberto Eco, em seu livro Apocalípticos e integrados (1987), analisa diferentes posições e contribui no sentido de se pensar menos sobre o intercâmbio e crescimento cultural e mais sobre o uso de tais recursos na sociedade.

- Trabalho, produção e Classes Sociais O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza para suprir necessidades de sua existência, os homens transformam as condições materiais e a si mesmos, segundo Marx (1975). Nessa relação entre trabalho humano e natureza, além de modificar o meio natural, o homem desenvolve habilidades e obtém domínio sobre a natureza, adequando métodos para alcançar o resultado buscado. Portanto, além do esforço físico despendido é necessária atenção à execução das tarefas planejadas. Para produzir a subsistência, os homens se associam, o que faz o trabalho ser uma atividade social por excelência. Na sociedade capitalista, a expressão dessa atividade-relação é o trabalho assalariado, onde o salário é a remuneração da força de trabalho que o trabalhador vende ao empregador (patrão, empresa, Estado). O trabalho, então, uma relação social que pode ser organizada de várias formas, a partir da divisão do trabalho. O fenômeno resultante dessa associação/divisão produtiva dos homens diz respeito à estrutura da sociedade, ao caráter das relações sociais, seja na sociedade escravista, na medieval ou na capitalista. Nas suas relações para a produção, os homens se diferenciam e as gradações dessas diferenças sociais cristalizam-se no processo de estratificação. O sociólogo Rodolfo Stavenhagen (1974) afirma que a estratificação social é o fenômeno que, ao classificar indivíduos e grupos por critérios individualizados (renda,escolaridade, origem étnica etc.), hierarquiza-os em fixações sociais, como

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expressões ideológicas. Esse recurso estatístico distingue-se do fenômeno das classes sociais. Os termos classes e estratos sociais, utilizados sem distinção na análise funcionalista, provocam artifícios como o uso de expressões classe baixa, inferior, classe A ou B e uma amplitude das classes médias, o que expõe a precariedade dos critérios de análise. De acordo com Max Weber (1977), nas sociedades divididas em estamentos, o fator predominante na monopolização de bens e oportunidades é o status, ou seja, o componente determinante da posição do indivíduo frente à sociedade, e é vinculado a uma estimativa positiva ou negativa de sua honra. A prática de restringir oportunidades de renda e determinados ofícios a alguns grupos, torna certos estamentos privilegiados, como a nobreza europeia do período anterior à era moderna. Também fundada na tradição do status, a estratificação em castas, em vigor na Índia, caracteriza-se por agrupamentos sociais fechados em que a posição do indivíduo é determinada pelo nascimento e o casamento é endogâmico. Há pouca ou nenhuma mobilidade social. Assim como em sociedades estamentais, o estilo de vida da casta privilegiada dá a ela o poder de convencionar as relações sociais. O monopólio dos bens e oportunidades é prerrogativa das castas superiores. Na atualidade, o trabalho passa por grandes transformações, desde o seu processo e divisão, a segmentação do mercado de trabalho, a inserção da mulher como força de trabalho, a ausência do trabalho na situação do desemprego, reconhecido fenômeno estrutural há duas décadas. Dado o avanço da tecnologia, a divisão do trabalho nas sociedades industriais acabou por atribuir maior importância aos trabalhadores das fábricas e aos capitalistas industriais – que vivem em áreas urbanas – do que aos trabalhadores do campo. Para atender às demandas industriais, inclusive da mecanização nas áreas rurais, trabalhadores do campo abandonam suas atividades e se tornam mão-de-obra nas cidades, onde, muitas vezes, não têm condições mínimas de sobrevivência. Anthony Giddens (1999) dimensiona essa problemática como sendo formas de pressão entre as classes sociais, sobretudo, o capital e o Estado, de um lado, e o trabalho, do outro. Tomando como fundamento as diferentes linhas sociológicas que interpretam as relações de trabalho e pela análise dos processos históricos, o aluno do Ensino Médio deverá perceber que a organização social do trabalho não é algo dado; que a exclusão social e o desemprego, na sociedade brasileira, – como analisa Dupas (2001), – são resultados de processos e determinações sociais, políticas e econômicas que, a depender das forças sociais, que se organizam, podem ou não ser revertidos. É importante, ao discutir a historicidade das relações de trabalho na sociedade capitalista, analisar como o trabalho tem se organizado: flexível, precário, informal. A globalização da economia intensificou o processo de acumulação de capital, ora centrada na área financeira, e as empresas não se limitam às fronteiras nacionais. Algumas corporações têm receitas maiores do que as de certos Estados e, por isso vêm crescendo: as coordenações de integração supranacionais, como o Nafta e o Mercado Comum Europeu; os acordos econômicos regionais e mundiais que estabelecem relações desiguais de poder; a divisão internacional do trabalho; o mercado como um “universal econômico”; os mecanismos concretos e ideológicos de desregulação das economias dos países, de modo que qualquer acontecimento, mesmo que geograficamente distante, interfere nos equilíbrios locais. Apesar do contexto de globalização do capitalismo – caracterizado por uma divisão transnacional do trabalho; transição dos rígidos

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métodos e técnicas fordistas de organização da produção para o toyotismo, como modo de acumulação flexível do capital; mudanças tecnológicas com a implementação das tecnologias de robotização, automação e microeletrônica na organização produtiva; associado à desterritorialização dos centros decisórios com a revolução informacional, segundo Castells (2000) – as classes sociais e suas contradições não se extinguem. O que se suprime são inúmeros postos de trabalho pela implementação das novas tecnologias produtivas associadas à superexploração da força de trabalho. O desemprego é também provocado pela desregulamentação do trabalho, pela ruptura da trajetória de constituição da sociedade salarial, afirma Castel (1998) e anuncia a existência hoje dos desfiliados do sistema capitalista, um excedente de trabalhadores desprovidos da condição de cidadãos. Com o advento de novos meios de produção, passíveis de maior velocidade das máquinas e processos produtivos, com a escassez de proteção ao trabalhador e o enfraquecimento do movimento sindical, intensifica-se, na organização produtiva, a exploração da mão-de-obra. As consequências podem ser percebidas comparando o índice de desemprego crescente com o incremento da produção, mas também no recurso ao trabalho terceirizado e ao banco de horas, nas doenças profissionais crônicas e nos acidentes de trabalho, que atingem física e mentalmente os trabalhadores fatigados que não conseguem se restabelecer. Uma outra face da organização capitalista pode ser discutida a partir do fato de que a perda do emprego formal é seletiva, ou seja, implica fatores transversais à condição de ser do trabalhador, – raça, idade, sexo, cultura, língua – determinantes na situação de desemprego. Os mais vulneráveis são jovens, mulheres, velhos e minorias, segmentos sociais que têm o desemprego agravado por outras tensões sociais propiciadas pela cultura e posição que ocupam na estrutura da sociedade. Outros componentes que contribuem para a vulnerabilidade de alguns grupos sociais vêm à tona fortemente em tempos de acentuado processo migratório. Certas práticas discriminatórias que pareciam ter arrefecido ressurgem a partir do processo de globalização capitalista: a xenofobia, o etnicismo, o racismo. Esses componentes dos conflitos sociais, juntamente aos preconceitos de sexo e idade, agravam-se na luta pelo emprego ou subemprego, pela estabilidade e ascensão sociais. Nesse contexto crivado de disputas, surge nos grupos locais uma manifestação comum que Ianni (1999) qualifica como fundamentalismo cultural, como ideologia de exclusão coletiva do não-cidadão. As desigualdades sociais são fruto da estrutura social capitalista, cujas relações entre trabalhadores e capital e entre esse e o Estado, tanto no plano nacional como internacional, são monocórdias em defesa da classe dominante, que amplia sua atuação global. As desigualdades sociais podem ser consideradas a matéria prima dos estudos sociológicos na atualidade e sua explicação está no fato de não resultarem necessariamente das diferenças individuais, mas das desigualdades nas oportunidades. Numa perspectiva crítica que contemple diferentes linhas interpretativas, a análise sociológica da categoria trabalho, na contemporaneidade, deve problematizar o lugar da mulher, do negro e do índio, ou seja, das denominadas minorias. É importante que o aluno do Ensino Médio conheça as formas pelas quais essas minorias, assim como parte considerável dos trabalhadores, vivenciam a discriminação, a exploração, a opressão, o assédio moral. Pela apropriação e reconstrução do conhecimento sistematizado, cabe à educação escolar garantir ao

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aluno a compreensão crítica das mudanças ocorridas nas relações trabalho no processo histórico, problematizando a precarização do emprego que amplia o quadro de exclusão e de instabilidade sociais.

3° ANOPoder, Política e Ideologia Poder é um dos temas ao qual a Sociologia tem dedicado maior atenção, não apenas interessada em analisar no que consiste, mas, sobretudo como e se o poder é legitimado. O poder é concebido como a capacidade, a habilidade, o potencial de realizar, obter algo; implica a tendência a condicionar, guiar, oprimir a vontade de outro. Ele é um exercício e o poder exercitado é a política. Poder é ação social. Existem múltiplas formas de poder na realidade social e diversas são as leituras teórico-metodológicas da Sociologia, dada a amplitude do conceito. Embora o poder se apresente sob variadas denominações – influência, dominação, coerção – mostra-se relevante distinguir um poder legítimo de um poder não-legítimo. Poder legítimo é aquele que exercita o seu domínio sobre outros com o reconhecimento daqueles que o obedecem e a ele se submetem. Autoridade e poder são, pois, fenômenos sociais suscetíveis de integrar-se. Bem diferente é a situação do poder não-legitimado, quando é a violência a razão da dominação, visto as possibilidades de sanções negativas, inclusive com ameaças à integridade física dos indivíduos. O poder apresenta-se de modo difuso, muitas vezes, como recursos de poder identificados com o conhecimento, a riqueza ou o capital, a força física ou armada, individual ou coletiva, o controle social a partir de valores morais ou religiosos, a organização, as normas legais. Destaque-se, por exemplo, o poder das organizações econômicas, modernamente empresas transnacionais, que implica um sujeito coletivo, a chamada pessoa jurídica, ou a autoridade de um dirigente sobre uma coletividade, dentro ou fora da empresa. Pelo fato de a organização incorporar normas legais, essas são meios potentes e, também suaves, de impor o respeito de normas em si privadas de autoridade; conhecimento esse disponível nas teorias da administração capaz de construir organizações eficazes. A dimensão difusa do poder encontra ilustração no caso de um trabalhador desempregado, relatado por Gallino (1993), que não depende diretamente de nenhuma autoridade econômica, mas que sente sobre si a opressão e o peso do poder econômico. Uma das possibilidades de se compreender teoricamente o conceito de poder reside na probabilidade de um indivíduo ou grupo ter sua vontade acatada por outro, mesmo contra a resistência do segundo. Tal relação social é assimétrica e indica a imposição da vontade de um ator social perante outro. Por ator social se designa o indivíduo, grupos sociais e organizações, o próprio Estado ou uma minoria étnica. É difícil estabelecer uma linha de repartição entre o poder político e o poder econômico. O poder político tem a ver com a estrutura do sistema de distribuição dos recursos relevantes numa coletividade e o seu sujeito máximo é o Estado, no qual tal estrutura ganha a forma do ordenamento e aparato jurídico-administrativo. Mas, há outros sujeitos do poder político, como as classes sociais, os partidos políticos, os sindicatos. Já, no âmbito do poder econômico, que tem por base a propriedade, posse e gestão dos recursos econômicos – capital, tecnologia, meios de produção, patentes e certificações etc. – o sujeito típico é a empresa. Na medida em que existem desigualdades na distribuição dos bens sociais

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e do prestígio político, as tensões entre as classes sociais, bem como entre grupos e facções políticas, é uma constante a ser levada em conta. Nesse sentido, o uso do poder não se limita ao uso da força física; ele se apresenta também pela linguagem, pelos símbolos e nas práticas sociais. Por isso, o conceito de poder vincula-se ao conceito de ideologia. Ideologia é um exemplo de percepção de fenômeno social que, como quase todos os conteúdos estruturantes da Sociologia, tem gerado ao longo do percurso da disciplina, uma variação de interpretações de acordo com a linha teórico-metodológica de análise. Isso prova serem históricos, os conceitos tal qual os fenômenos que traduzem, ou seja, epistemologicamente têm uma origem e uma trajetória que não é linear na ciência, mas feita de concomitância de significações, usos e desusos. A elaboração de concepções sobre a realidade é complexa em qualquer ciência e mais ainda nas Ciências Sociais, pois os conceitos fazem parte da própria realidade pessoal e social dos cientistas. Neste exercício epistemológico do conceito de ideologia não se simplifica, nem se vai tão longe. Desde o surgimento do uso do termo ideologia, por Destutt de Tracy, em 1801, como consciência das idéias, esse significado mudou e assumiu, posteriormente, sentido associado a um pensamento distorcido da realidade. A ideologia, no entanto, nasce para a ciência quando Marx (1977) afirma que o ser social determina a consciência. O desdobramento desta concepção leva Engels a aventar, em Anti-Dühring [1878], que a razão não é mais que uma ideologia da classe dominante. Mais recentemente, o sociólogo contemporâneo Jürgen Habermas (1975) evoca o mito da razão pelo fato de o desenvolvimento da técnica e da ciência, na era moderna, ter-se convertido em ideologia da racionalidade. Aqui, a contextualização do desenvolvimento científico e tecnológico demonstra que esse tem seguido a linha do racionalismo positivista, como um instrumento de dominação de classe e, enquanto ideologia pretende-se universal para garantir a homogeneidade e a coesão sociais. O estudo da ideologia é parte da Sociologia do conhecimento, da qual nesta áreade interesse se pode trazer as contribuições como a de Lukács que, em seu livro História e consciência de classe [1923], busca marcos sociais do pensamento para além da sociedade capitalista, indagando acerca das visões de mundo na vida real: que grupo, qual classe assume um sistema de pensamento coerente para explicar uma definição da vida em determinada época? Em Ideologia e utopia [1929], Mannheim (1982) apresenta o que denomina a ação recíproca do conhecimento sobre as situações sociais e da realidade social sobre o conhecimento. Esse relativismo derivado da amplitude que ganha o pensamento na trama da vida social, contudo, não converte todo conhecimento em uma ideologia. Como ela resulta de uma certa tensão-interação entre os grupos e seus diferentes interesses na sociedade, a ideologia não se resume a simples pensamento e, muitas vezes, uma ação inclusive passa a ser ideológica. Marx e Engels (1984) referem-se à ideologia como uma inversão da realidade que apresenta e vincula às classes dominadas, a visão de mundo das classes dominantes. Ela não é falsa consciência nem pura ilusão da realidade, mas produz efeitos de realidade, como um colchão que amortece o choque de impactos. O poder e a ideologia, como faces de um fenômeno social, são exercidos por organizações formais, como o Estado, e também por diversas Instituições da sociedade civil. A discussão sobre o Estado ressalta, sobretudo, o caráter de classe dessa entidade política nas sociedades capitalistas. De acordo com Marx (1977), ao lado de outros aparatos como o jurídico, o religiosos, o científico, o

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artístico, o Estado integra a superestrutura social no conjunto estrutural que compõe com a infraestrutura, os traços organizativos da produção capitalista, a partir das relações estabelecidas para produzir a subsistência social. Na concepção weberiana de Estado, seus fins ou objetivos assumem grande diversidade em momentos e lugares diferentes. Entre eles, entretanto, existe um meio comum, – o monopólio legítimo da força – e, embora outros agrupamentos façam uso da força, somente o Estado faz uso legítimo desse meio coercitivo. Quando se pensa a respeito do poder configurado pelo Estado, surgem muitas questões, entre elas: Que tipos de Estado existem? Como se organiza o poder em regimes políticos democráticos? O que caracteriza a representação do poder político? Quais são as tarefas/obrigações no âmbito do Estado e as que não são de sua competência? Cabe ao Estado a responsabilidade sobre a educação, a saúde, a segurança, a infra-estrutura para a produção industrial e agrícola, o controle das atividades econômicas, ou essas são tarefas podem estar sob a incumbência da iniciativa privada? Como separar o que é público do que é a esfera privada? Como são formuladas e qual o teor das políticas públicas? As respostas variam conforme a organização da sociedade, como mostra Gruppi (1980). Nas sociedades socialistas, por exemplo, em que são socializados os meios de produção, o Estado atende as necessidades da população porque a iniciativa privada não existe. Já nas sociedades capitalistas, o Estado pode se organizar e agir, por exemplo, como representante do público em geral, cobrando dos cidadãos determinados impostos e taxas, gerando a obrigação de fornecer e administrar bens públicos à sociedade, que atendam necessidades sociais básicas como educação, segurança e saúde. Além das funções citadas, o Estado muitas vezes atende a determinados interesses políticos que nem sempre correspondem àqueles dos seus governados, tais como constituir relações políticas com outros Estados ou nações e ter sua fronteira comercial modificada, nos dias de hoje, em função da globalização da economia. As relações protecionistas entre Estados e empresas de bases nacionais têm mudado à medida que algumas delas se tornam conglomerados transnacionais. Com a maior interdependência econômica entre as nações e a atuação das empresas na nova economia mundial, a antiga soberania – a autoridade suprema que um governo exerce dentro dos limites territoriais dos estados nacionais modernos, – antes referência na construção das políticas internas como as políticas fiscais e monetárias, passa a ser preterida em relação à necessidade de inserção no mercado internacional. O tradicional elenco de políticas externas – por exemplo, a regulação dos ciclos migratórios e o intercâmbio técnico e científico – torna-se determinante de questões sociais complexas e implicam direitos à previdência ou universais como à saúde e à educação dos cidadãos. As escolhas governamentais de caráter político neoliberal, que priorizam os investimentos externos e a atração do capital especulativo aos mercados nacionais, esgotam, muitas vezes, os recursos que deveriam ser destinados ao atendimento de demandas sociais da população, fazendo crescer as desigualdades sociais internas e entre os países. Um exemplo de como a ideologia atua no domínio político refere-se aos processos de intercâmbio que se ampliam entre as nações no contexto de globalização. Propaga-se a ideia de que os Estados nacionais cedem poder às chamadas unidades supranacionais – entre elas os blocos econômicos, políticos e militares como a União Europeia, o Mercosul, o Nafta, a Otan e instituições internacionais como ONU, FMI, OMS, OMC – e essa compreensão pode ser problematizada em

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sala de aula sob múltiplas perspectivas. Eis algumas:- A unidade nacional dos países ricos é retomada como tema essencial da agenda política desses países. No limite, a construção de muros separando as fronteiras de países ricos e pobres ou de países em conflito, volta a ser um recurso utilizado.- O protecionismo e o dumping são práticas correntes das grandes economias europeias e da norte-americana.- A repressão e a coerção que recaem contra imigrantes em países desenvolvidos limitam a livre circulação das pessoas, mas não dos serviços e mercadorias, propalada pelo ideário neoliberal.- A adoção de um modelo para as políticas fiscais e monetárias sob a pressão dos organismos econômicos internacionais, tido como única alternativa ao desenvolvimento econômico, deixou países, como Argentina, México, Rússia e Brasil, vulneráveis a ofensivas especulativas em suas economias. As análises dessas relações mostram que, de acordo com a organização econômica social e política de cada momento histórico, os grupos sociais se articulam para defender ou refutar determinadas propostas ideológicas configurando o poder estatal. Diante da diversidade de tratamento sociológico dispensado à questão do poder, recomenda-se a discussão exaustiva de cada conceito apresentado aos alunos.

- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Nas sociedades modernas, os direitos sociais devem ser pensados como construções históricas dos sujeitos desses próprios direitos. Assim, podemos falar da cidadania como uma conquista social e não apenas como a condição de quem faz parte da população de uma nação, submete-se a leis e desfruta de direitos sociais. A cidadania é pensada como um conjunto de direitos – que compreendem deveres na medida da convivência coletiva – conquistados ao longo da história por diferentes atores sociais. Com base no desenvolvimento da sociedade inglesa, Marshall (1967), dividiu o conjunto de direitos em:a) os direitos civis datam do século XVIII e compreendem as importantes liberdades pessoais – de expressão, de culto religioso, o direito à propriedade e o direito a um tratamento legal justo (entre estes, o habeas corpus do direito moderno); b) os direitos políticos são conquistas do século XIX e podem ser descritos como o direito ao voto como a possibilidade de participação no processo político; c) os direitos sociais como uma aquisição do século XX, compreendem a habitação, o transporte público, a seguridade social, a educação e a saúde. A cidadania diz respeito à relação entre Estado e cidadão quanto aos direitos e obrigações, concepção facilitada pelas construções teóricas de Habermas (1984) definindo o espaço público. Nesta mediação adiciona-se a concepção de sociedade civil que, para a teoria marxista constitui uma esfera não-estatal de influência na sociedade capitalista, diferente de Gramsci (1990) que a concebe como organizações para a autoregulação racional e da liberdade dos indivíduos. A teoria normativa preocupa-se com a proteção dos cidadãos contra os abusos de direitos e a perspectiva sociológica enfatiza a interação entre grupos voluntários na esfera não-estatal, conforme Vieira (1997). Na análise dos direitos, deve-se considerar se eles foram inscritos nas leis ou decorrentes de pressão e mobilização social. A cidadania é a possibilidade dos indivíduos tornarem-se sujeitos atuantes, com seus direitos e deveres, o que implica a questão da

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inclusão/exclusão sociais. Entretanto, os direitos se tornam plenos se forem exercidos no cotidiano das ações das pessoas. Direito na lei, que não é exercido, é apenas direito formal, por isso, nesta proposta, esta temática é vinculada à dos movimentos sociais, cuja existência está relacionada à criação de novos direitos ou ao respeito aos já inscritos na lei, implicando mobilização social e ação coletiva. Ainda que a organização e a luta de grupos sociais estejam presentes nas sociedades de todos os tempos, os movimentos sociais são próprios das sociedades capitalistas e de sua preocupação teórica. Urbanos ou rurais, os movimentos sociais são práticas civis de confronto que desempenham o papel de criar, reformar, manter ou resgatar políticas públicas, provocando impacto no desenvolvimento das coletividades onde ocorrem. Resultados dessas práticas são os rearranjos que os detentores do poder político e econômico têm de fazer para atender as reivindicações desses movimentos. No cenário atual das sociedades neoliberais, diante do descompromisso do Estado na mediação dos conflitos entre capital e trabalho, novas formas de organização social com maior alcance político são pensadas. As chamadas Organizações Não-Governamentais (ONGs) têm ocupado os espaços deixados pelos movimentos sociais de cunho político, embora muitas dessas organizações veiculem a ideologia de que o Estado nacional não tem mais sentido em razão da globalização. Os movimentos sociais inserem-se na teoria de pensar a realidade latino-americana a partir dos direitos sociais, conforme Gohn (2002), mas o pensamento tem evoluído para as novas dimensões da sociedade globalizada: meio ambiente e sustentabilidade, refugiados e espaço político reconhecido etc. O estudo deste conteúdo estruturante possibilita aos alunos compreenderem a dinâmica das reivindicações da sociedade organizada. Com frequência, a mídia traz notícias de grupos sociais que se manifestam pela conquista e garantia de direitos e é fundamental que os alunos estejam aptos a fazer uma leitura crítica e contextualizada dos fatos noticiados.

Conteúdos Específicos: 1° ANO O processo de socialização e as instituições sociais

• O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas• A formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;• O pensamento científico e senso comum;• As Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.• Conteúdos básicos (Social, Sociedades, indivíduos etc) • Processo de Socialização;• Grupos sociais;• Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;• Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos,

etc.;• A Instituição Estado.

Critérios de Avaliação

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Espera-se que os estudantes compreendam: O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos. Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca. Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade. Reconheçam a importância da produção sociológica nacional e o esforço dos sociólogos brasileiros para se pensar o país.

2° ANOCultura e Indústria Cultural

• O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

• O que é Diversidade cultural?;• O que é Identidade?;• Indústria cultural e Meios de comunicação de massa;• Sociedade de consumo;• Preconceito e formas de discriminação;• Questões de gênero;• Cultura afro-brasileira e africana;• Cultura indígena;• A formação do Povo brasileiro;• A formação da sociedade paranaense e campolarguense.

Critérios de AvaliaçãoEspera-se que os estudantes:

• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades; Compreender que a questão gênero é uma construção social; Conheçam o processo de formação do povo brasileiro e da sociedade paranaense; Conheçam a importância e as contribuições dos diversos povos e etnias que formaram o Brasil; Compreendam como a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos; Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social. Identifiquem as formas de discriminação existentes contemporaneamente e trabalhem para o desenvolvimento da alteridade.

Conteúdos Específicos:Trabalho, Produção e Classes Sociais

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

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• Desigualdades sociais: testamentos, castas, classes sociais;• O Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;• Globalização; Relações de trabalho;• Neoliberalismo;• O Trabalho no Brasil;

Critérios de AvaliaçãoEspera-se que os estudantes compreendam de forma crítica:

• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela; As especificidades do trabalho na sociedade capitalista; Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”. Variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política; As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização; Que a sociedade é formada por classes sociais e que estas, são construções sociológicas

3° ANO

Conteúdos Específicos: Poder, Política e Ideologia

• O que é Estado? E a Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;• A democracia, o autoritarismo, o totalitarismo• O Estado no Brasil;• Conceitos de Poder;• Conceitos de Ideologia;• Conceitos de dominação e legitimidade;• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Critérios de AvaliaçãoEspera-se que os estudantes:

• Analisem e compreendam de forma crítica o desenvolvimento do Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

• Conheçam as funções e atribuições do Estado.• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de

poder presentes nas sociedades.• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia

em vários contextos sociais.• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes

nas diferentes sociedades.• Reconheçam as várias formas pelas quais a violência se apresenta e

estabelece na sociedade brasileira.Conteúdos Estruturantes Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

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Conteúdos Básicos• Direitos: civis, políticos e sociais;• Direitos Humanos;• Conceito de cidadania;• Conceito de Movimentos Sociais;• Movimentos Sociais urbanos e rurais;• Movimentos Sociais no Brasil;• Movimentos ambientalistas;• ONG's;

Critérios de AvaliaçãoEspera-se que os estudantes:

• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua relação com a cidadania;

• Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;

• Identifiquem grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.

• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades.

Metodologia Devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações, análises e encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas.

Encaminhamento Metodológico Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, os conteúdos estruturantes e os conteúdos básicos devem seguir as Diretrizes Curriculares. Sugere-se que se organizem estes conteúdos da maneira como eles estão apresentados na tabela de conteúdos básicos ressaltando que esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios da contextualização dos fenômenos sociológicos estudados. Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia manter no horizonte da análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento, as contribuição dos clássicos tradicionais, assim como, as teorias sociológicas mais

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recentes. Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada. O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se em teorias originárias diferentes, com potenciais explicativos que não devem ser atrelados a posicionamentos ideológicos-políticos. A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Nestes encaminhamentos faz se um voto por um conhecimento sociológico crítico como autoconsciência científica da sociedade, tal como proposto na história da Sociologia no Brasil por Florestan Fernandes (1980), ou seja, de a Sociologia assumir o caráter de uma consciência técnica e de explicação das condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais. A análise crítica deve contemplar as interpretações sistematizadas acerca de determinada realidade sob a diversidade de suas perspectivas. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social. - Pesquisa de campo e a iniciação no campo da pesquisa A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas. Cabe ao professor a proposição e organização da pesquisa, o mesmo deve estabelecer os contatos sociais prévios e conhecer o lugar onde a pesquisa será realizada, bem como assegurar-se da viabilidade de seu desenvolvimento. Deverá ser elaborado, pelos educandos, um pré-projeto de pesquisa a partir de referências bibliográficas indicadas pelo professor. A confecção de um roteiro de observação e/ou de entrevista deverá se basear na bibliografia de referência, bem como no que se deseja, efetivamente, pesquisar. Tal roteiro deverá ser previamente analisado pelo docente a fim de verificar as condições para sua aplicabilidade e uma coleta segura dos dados pretendidos. A ida a campo para levantamento dos dados deverá ser pré-agendada. Faz-se necessária a organização dos dados levantados, o que pode ser feito por meio da confecção de tabelas ou gráficos, apresentados para o restante da turma. O trabalho com os resultados obtidos não deve se encerrar nos aspectos estatísticos apenas, mas deve ser objeto de análise, relacionado com os conteúdos desenvolvidos ou a desenvolver. Na impossibilidade de efetuar a pesquisa de campo por diversos motivos – proibição por parte dos pais e/ou responsáveis; distância da casa do educando até o local da pesquisa; custo de deslocamento impraticável, dentre outros – é possível lançar mão de outros recursos, como visitas a museus, parques ecológicos e até mesmo uma caminhada pelos arredores da escola, desde que o aluno seja levado a articular aquilo que for apreendido neste exercício aos conteúdos desenvolvidos em aula, elaborando e apresentando o relatório.

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• Filmes e vídeos sob um olhar crítico Um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor proponha uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos:

• a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos;

• aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa;

• a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicos que possam estar correlacionadas;

• a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida;

• a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão visual, musical, literário – para completar a atividade; Leitura e análise de textos sociológicos

É muito importante - imprescindível - propor a leitura e análise de textos sociológicos que não se limitem aos livros didáticos. Os excertos dos textos sociológicos que forem utilizados são fundamentais, mas deverão ser contextualizados a fim de que o aluno possa compreendê-los no conjunto da obra do autor, percebendo a historicidade de sua construção e a intencionalidade das ideias desenvolvidas pelo autor. Essas ações precisam ser empreendidas a fim de que o texto não seja tomado como verdade absoluta, nem como resposta a todas as problemáticas acerca do conteúdo trabalhado. Levar o estudante a compreender que escritos abordam aspectos de um problema de determinada realidade, evidenciando quais são os aspectos tratados e quais são os outros possíveis. Recomenda-se articular os excertos dos textos sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a cientificidade do conteúdo trabalhado. A utilização de textos teórico-sociológicos pode subsidiar o desenvolvimento teórico dos conteúdos. O exercício de análise desses textos acadêmicos propicia uma aproximação do educando com a linguagem própria das Ciências Sociais. Destaca-se que textos literários contextualizados e articulados com o conhecimento sociológico enriquecerão as discussões da disciplina. O Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e alunos. Assim como qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou supre todas as necessidades que o ensino da Sociologia requer no Ensino Médio.

Avaliação A avaliação no ensino de Sociologia, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina devem estar de acordo com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação

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como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática através das informações colhidas. Nesse sentido, a avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na prática de avaliar. Transpostos para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação formativa, conforme Luckesi (2005), significa considerar como critérios básicos:

• a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social;

• a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; • a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas, no texto oral

ou escrito;• a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem. Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade escancarada pelo conhecimento produzido. A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social devolvendo o conhecimento científico ao senso comum. Nesse movimento invertido, a Sociologia crítica revela que o conhecimento científico-tecnológico tem cercado a humanidade, fazendo-a refém da fome, da concentração de riquezas, da desigualdade, das discriminações sociais, apenas para citar algumas das disparidades e paradoxos que a modernidade produziu. Cabe ao ensino da Sociologia, despertar a consciência dos educandos para as possibilidades de

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mudança. Demonstrar esses nexos de responsabilidade entre a ciência e a política pode devolver aos professores e alunos-pesquisadores, a dimensão social desse conhecimento nos currículos de Sociologia. A pesquisa integrante da Sociologia, não sendo neutra nem pura, nem imparcial ou comprometida, tem um papel social de importância no Ensino Médio das escolas brasileiras: dar respostas simples a perguntas simples. O que se apresenta de forma complicada pode não conter bem qualquer formulação. As contribuições sobre a matéria requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor margem de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da Sociologia na escola deve passar pela simplicidade, ainda que se lide com a complexidade.

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Zahar, 1972.

5.2.12 FILOSOFIA

Apresentação da disciplinaA Filosofia deve demonstrar sua rica contribuição no Ensino Médio

trabalhando com conteúdos estruturantes de extrema importância para a formação do ser crítico, abordando valores éticos e políticos, girando sempre em torno de problemas, que por sua vez irão gerar inúmeras discussões em sala. Tendo como base inúmeras referências de grandes filósofos, consegue-se uma formação pluridimensional e democrática com condições de uma total interdisciplinaridade, buscando sempre novos conceitos, articulando a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico.

O ensino de Filosofia no Brasil começou com os jesuítas e tinha como objetivo obter um entendimento melhor dos textos bíblicos. Porém, anos mais tarde, com a ênfase nas escolas técnicas e com a ditadura militar, a filosofia saiu dos currículos escolares, pois não atendia aos interesses econômicos e técnicos desse período. Então o ensino da filosofia não era visto como importante para a formação educacional do cidadão.

Objetivo geral• Conhecer e compreender a Filosofia como uma disciplina, que nos auxilia

na práxis diária. Levando os indivíduos a uma maior reflexão sobre as diferentes temáticas pessoais e sociais do cotidiano.

• Refletir com maior profundidade sobre as diferentes temáticas e através do conhecimento viver melhor e fazer o possível para uma transformação da sociedade a qual pertence.

Objetivos específicos• Conhecer vários pensamentos e ideais filosóficos que serviram de base

conceitual para discutir o mundo atual.• Desenvolver a formação pluridimensional e democrática plena, oferecendo

a capacidade de compreensão da complexidade do mundo contemporâneo.• Propiciar o espaço de experiência filosófico, espaço de criação e

provocação do pensamento original, da busca, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos.

1º ANOConteúdo Estruturante MITO E FILOSOFIAConteúdos Básicos

• Textos introdutórios• Mito e Filosofia• O Deserto do Real• Ironia e Filosofia

Conteúdos Complementares ( Olhares Filosóficos)• O Olhar Filosófico da Juventude• O Olhar Filosófico da Política

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• O Olhar Filosófico do Sistema Capitalista

Conteúdo Estruturante Teoria do ConhecimentoConteúdos Básicos

• Textos introdutórios• O Problema do Conhecimento• Filosofia e método• Perspectiva do conhecimento

Conteúdos Complementares (Olhares Filosóficos)• O Consumo Consciente e o Consumismo• A Questão Ambiental e o Homem (Reflexões)

2º ANOConteúdo Estruturante ÉticaConteúdos Básicos

• Textos introdutórios• A Virtude em Aristóteles e Sêneca• Amizade• Liberdade• Liberdade em Satre

Conteúdos Complementares (Olhares Filosóficos)• O Mundo Real e o Virtual• As Relações entre o Eu e os Outros – Relações Sociais na Atual Sociedade

Conteúdo EstruturanteFilosofia Política Conteúdos Básicos

• Textos Introdutórios• Em Busca da essência da Política• A Política em Maquiavel• A Política e a Violência• Democracia em Questão

Conteúdos Complementares ( Olhares Filosóficos)• A Participação Social e Política do Jovem• Pensadores e suas Visões Políticas (Aristóteles, Rousseau, Spinoza,

Gramsci, Marx)

3º ANOConteúdo EstruturanteFilosofia da CiênciaConteúdos Básicos

• Textos Introdutórios• O Progresso da Ciência• Pensar a Ciência• Bioética

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Conteúdos Complementares (Olhares Filosóficos)• Textos Filosóficos e suas Reflexões• O Pensar Filosófico- Questões Sociais e Ambientais

Conteúdo EstruturanteEstéticaConteúdos Básicos

• Textos Introdutórios• Pensar a Beleza• A Universalidade do Gosto• Necessidade ou Fim da Arte?• O Cinema e uma Nova Percepção

Conteúdos Complementares (Olhares Filosóficos)• Análise de Textos e Obras de Cultura Geral e Atualidades.

Metodologia Para trabalhar o ensino de Filosofia se faz necessário seguir quatro

momentos. O primeiro é a sensibilização, quando o conteúdo filosófico a ser trabalhado é relacionado com a música, texto de jornal, ou seja, algo que relacione o conteúdo com a atualidade. Depois dessa primeira abordagem inicia-se o processo de problematização, investigação e criação de conceitos. No final desse processo, o aluno poderá elaborar uma dissertação onde sejam apresentadas as ideias envolvidas com os conceitos formulados.

Os recursos didáticos a serem utilizados variam desde o texto de um jornal, revista a charges, músicas, teatros que podem ser vinculados junto ao conteúdo trabalhado. E também o uso de computadores para pesquisas e a TV multimídia.

Portanto a base do ensino de Filosofia é manter uma ação consciente e reflexiva fazendo com que os alunos em questão com base em definições e textos filosóficos, possam realmente pensar, analisar e discutir sobre os problemas, com reais significados históricos e sociais. Construir constantemente espaços de problematização, compartilhados com os próprios alunos, organizando debates, sugerindo pesquisas, direcionando a criações de conceitos e definições de ideias. A filosofia deve possibilitar ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, que pode ter como direção alguns momentos como a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos. Neste processo e com uma boa base literária, será fácil perceber os problemas realmente significativos para os alunos e respectivamente para as aulas. Avaliação

Deve ter função extremamente diagnóstica, ou seja, não precisa apenas perceber se o estudante assimilou o conteúdo estudado, mas sim, avaliá-lo em todo o percorrer do processo de ensino-aprendizagem, tendo respeito pelas posições do estudante, sua formação de conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Os recursos para avaliar os discentes serão através de música, textos, livro didático e outros, como charges, imagens, filmes.

Com relação à música, serão utilizados os seguintes critérios: música e sua interpretação, relacionando com o conteúdo trabalhado e uma possível paródia. Com os textos, fazer resenhas, pois assim o aluno, além de assimilar o

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conteúdo, irá exercitar sua postura crítica com relação ao conteúdo trabalhado. Já com as charges, o aluno poderá interpretá-las e assim desvendar a mensagem que a charge passa nas entrelinhas e também a elaboração por parte dele de uma charge que envolva o conteúdo estudado. Outro critério para a avaliação são os seminários, debates, elaboração de cartazes, organogramas e murais, os quais, além de serem avaliados, são muito importantes para a socialização e conhecimento mútuo, troca de experiência entre os educandos.

Referências bibliográficasABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. Ed. Moderna, 2001.CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2005.CHAUI, Marilena. Filosofia. SP: Ática, 2000.PARANÁ.Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba, Editora Memvavmem, 2006.PORTA, Mário Ariel González. Filosofia a partir de seus problemas. Edições Loyola, 2002.VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Civilização Brasileira, 2005.

5.3 Projetos

5.3.1 CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – CELEM

Apresentação da disciplinaA aprendizagem da Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar

a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão.O professor, dessa forma, centralizará no engajamento discursivo do

aluno, praticando a abordagem comunicativa em sua capacidade de, através do discurso, agir no mundo social, sendo que a função social desse conhecimento na sociedade brasileira é de suma importância para sua plena realização.

Para tanto, devemos considerar os fatores que orientam o ensino de Língua Estrangeira Moderna: fatores relativos à história, às comunidades locais e à tradição, sendo necessária uma visão sócio-interacionista da linguagem e da aprendizagem. Nesse processo então, é determinante o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história.

Para que essa natureza sócio-interacional seja possível, o aluno utilizará de conhecimentos sistêmicos, de mundo e sobre organização textual, além de aprender como usá-los na construção social do significado via língua estrangeira.

Tudo isso fará com que o aluno desenvolva um letramento crítico de como a linguagem é usada no mundo social, sendo o reflexo de crenças, valores e projetos políticos.

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e construir significados.

Essa abordagem possibilita uma nova perspectiva, pois agrega, aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando o foco das atividades de sala de aula (correção gramatical) e privilegiando a prática linguística.

Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas 254

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verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc, a palavra está sempre carregada de um sentido ideológico ou vivencial. (BAKHTIN, 1992)

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto das formas discursivas de língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-lo. Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores, percebam que é possível construir significados além daqueles que são possíveis na língua materna e que há outras possibilidades de se entender o mundo.

Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e expressão oral tem no ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da gramática e dos elementos culturais.

Também será explorada a habilidade de compreensão leitora visando à interpretação, à compreensão, à leitura e à produção (oral e escrita) de diferentes gêneros textuais.

Justificativa: A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna atualmente desempenha um importante papel social visto que vivemos em um mundo cada vez mais globalizado. Em especial a língua espanhola, na região onde vivemos mostra-se cada vez mais emergente, devido às fortes relações comerciais com os países vizinhos ao Brasil. Ressaltando que somos o único país da América do Sul que não fala espanhol, daí a importância da inclusão do espanhol nas escolas.

Objetivo: Fazer o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade cada vez mais diversa oportunizando ao aluno a possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da gramática e dos elementos culturais.

ConteúdosA disciplina de Língua Estrangeira Moderna concebe como conteúdo

estruturante o discurso como prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros textuais como conteúdos básicos abordados dentro das práticas discursivas.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção de significados possíveis pelo leitor; ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos).

O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o discurso também só exista na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ ou escreve. A localização geográfica temporal e etária também são elementos essenciais na constituição dos discursos.

Consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização linguística sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não verbal.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua

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Estrangeira Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de aula com os mais variados textos de diferentes gêneros.

Nesta perspectiva a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas estará contemplada.

Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará, ao aluno, condições de construir sentidos para textos. O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero: composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero (BAKHTIN, 1992)

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais.

O trabalho com a oralidade nas aulas de Língua Estrangeira Moderna,tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é aprender a expressar idéias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações (DCE, 2008, p. 66).

Com respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, torna a aquisição do conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno interage.

Com relação às práticas da escrita,“não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa” (DCE, 2008, p.66).

Propõe-se que nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto sem, no entanto, abandoná-la.

Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. (DCE, 2008)

Metodologia O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do

entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que mero instrumento de acesso à informação.

O aprendizado de Língua Estrangeira é uma possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva

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discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta o seu conhecimento prévio.

A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.

Marcuschi afirma,“é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto”.

Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da língua de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações orais e escritas e desempenhar funções lingüísticas a partir do uso de textos.

O pressuposto metodológico abordará o enfoque comunicativo da língua, levando para o aluno diferentes textos com temas atuais e relacionados a experiência do mesmo enquanto ser e em relação às outras disciplinas. Através disso serão trabalhados os três eixos da língua:

Leitura:Textos com interpretação e análise lingüística (discussão do tema,

conteúdo, vocabulário, questionamentos, problemas do nosso dia-a-dia, etc)Oralidade:Apresentar atividades de compreensão oral e expressão para o aluno

interagir com a língua elaborando hipóteses.Escrita:Para compreender a língua e produzir textos significativos, serão

trabalhadas atividades reflexivas sobre o assunto estudado. Com relação à escrita, esta deve ser vista como uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém.

Ao propor uma tarefa de escrita aos alunos é importante que o professor proporcione elementos necessários para que consigam expressar-se, e dos quais não dispõe, tais elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

As atividades deverão se caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como,

“um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito”(DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

Todas as atividades serão reflexivas e o estudo através do texto torna-se mais interativo, pois as atividades criadas através deles envolvem a comunicação que é um dos objetivos do ensino de Língua Estrangeira Moderna.

AvaliaçãoA avaliação da aprendizagem necessita para cumprir seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.

Desprende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do

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significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somativa e cumulativa.

A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo como medida de observação o desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e consideradas como subsídios.

Levar-se-á em conta diversas formas de avaliação tais como, trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos individualmente ou em grupos, trabalhos de pesquisa e exercícios práticos.

Avaliação de Aprendizagem escrita: saber aplicar os conhecimentos adquiridos produzindo na Língua Estrangeira em questão com clareza e coerência.

Avaliação da aprendizagem oral: conhecimento e diferenciação das variantes linguísticas. Saber aplicá-las corretamente nas diferentes situações.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das atividades avaliativas e das atividades extra-classe de cada (bimestre, trimestre ou semestre, de acordo com o Projeto político Pedagógico) será atribuída uma média (bimestral, trimestral ou semestral) e posteriormente uma média anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa n° 019/2008,“a avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) Os alunos do CELEM que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo” (SUED/SEED, 2008, p.5)

De acordo com as DCE (2008, p.32),“os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

Referências bibliográficasBAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo:

Hucitec,1988. Estética da criação verbal. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1992.GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras

modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2, 1999.DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o

oral e a escrita: apresentação de um procedimento . In: SCHNEUWLY, B.e DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.

MARCUSCHI, L.A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução Normativa n° 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. Curitiba, 2008

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA- ESPANHOL E INGLÊS.Livro Didático Público. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006

CRISTOVÃO, V. L. L.; NASCIMENTO, E. L. Gêneros textuais: Teoria e Prática. Londrina: Moriá, 2004

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5.3.2 Programa Viva a Escola

•Núcleo de Conhecimento Científico Cultural: Divulgação Científica.•Projeto: Monitores Ambientais.•Professora: Olivia Isfer Sobania (Rg. 6.254.257-8).•Número de Participantes: 20 alunos das 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do

Colégio Estadual Desembargador Clotário Portugal.

Tendo a ecologia e a ecopedagogia como fundamentação teórica, as atividades propostas pelo “Monitores Ambientais” procuram promover a cidadania e a sensibilização ambiental para a construção e o reconhecimento de valores pelos educandos. Inúmeros elementos teóricos e práticos são trabalhados para exercitar a ambiência e subsidiar a divulgação do conhecimento científico. Os conteúdos são organizados em quatro grandes eixos temáticos denominados módulos. Em cada módulo, conteúdos específicos são apresentados, vivenciados e discutidos por todo o grupo. Conteúdos Estruturantes e EspecíficosOrganização dos Seres Vivos

• Biosfera: organização da biosfera; • Seres vivos unicelulares e procariontes: doenças relacionadas;• Seres vivos unicelulares e eucariontes: doenças relacionadas;• Reino Plantae: diferentes tipos de plantas, estratos florestais e

fotossíntese;• Reino Animalia: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos,

características gerais. Mecanismos Biológicos

• Ecologia: Importância dos ciclos de substâncias e fluxos de energia para a manutenção da vida; diferenciação dos fenômenos naturais daqueles provocados pela ação humana, bem como, da interação de ambos; metabolismo dos seres vivos e sua implicação na manutenção dos ecossistemas.

Biodiversidade• Biodiversidade brasileira, importância e ameaças - principais fatores

de degradação ambiental;• Ecossistemas paranaenses e a vegetação de Campo Largo;• Animais urbanos de Campo Largo;• Fauna Paranaense;• Nichos ecológicos e importância sanitária nos espaços rurais e

urbanos;• Água: importância, uso e fatores de contaminação;• Saúde ambiental e qualidade ambiental; saúde humana e qualidade

de vida;• Turismo Rural e Ecoturismo como alternativas econômicas em áreas

naturais.

Justificativa Muitos são os instrumentos que podem enriquecer o processo de

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aprendizagem dos educandos e facilitar o entendimento sobre questões relacionadas à cidadania, responsabilidade social e ambiental. O desenvolvimento de atividades práticas é bastante relevante neste sentido, pois a vivência incentiva o envolvimento com assuntos e problemas do interesse de todos, como a conservação de ambientes naturais e a qualidade de vida. Mesmo distante da realidade, a sustentabilidade deve ser discutida e visualizada, tornando a ecologia e a ecopedagogia norteadoras neste processo.

“…a ecopedagogia insiste na necessidade de reconhecermos que as formas (vínculos e relações) são também conteúdos. Como esta pedagogia esta preocupada com a promoção da vida, os conteúdos relacionais, as vivências, as atitudes e os valores a ‘prática de pensar a prática’ adquire expressiva relevância.(Paulo Freire, 1999).

Aproveitando ao máximo a riqueza do tema Monitores Ambientais o presente projeto, proposto para o ano letivo de 2010, será multidisciplinar e incentivará os participantes a compreenderem a importância da conceituação técnica para a divulgação e desenvolvimento de pesquisas de caráter científico. Assim, a sensibilização ambiental dos alunos será estimulada por trocas de experiências e saberes que identificam e organizam a construção do conhecimento, como sugerido pelas Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio, 2008

...“as aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino pensado e estruturado pelo professor”… “as aulas, desta forma, não são apenas teóricas, mas pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno, ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito das implicações de seus pressupostos e revê-los à luz das evidências científicas”.

A divulgação do conhecimento viabiliza o saber e fomenta a formação de multiplicadores.

Objetivos gerais• Incentivar maior vivência dos alunos do Colégio Estadual

Desembargador Clotário Portugal na área ambiental por meio de atividades teóricas e de práticas ambientais, estimulando a conceituação biológica e a divulgação científica, a formação pessoal e profissional dos educandos.

Objetivos específicos• Desenvolver metodologia fazendo uso dos conteúdos estruturantes

para integrar os módulos de trabalho;• Promover maior compreensão sobre os critérios utilizados para a

aplicação dos conceitos ambientais;• Sensibilizar os alunos sobre a necessidade da qualidade ambiental

para maior qualidade de vida;• Estimular o turismo rural e ecoturismo como atividades ambientais

positivas;• Divulgar para a comunidade escolar periodicamente os resultados

obtidos durante todo o período de implementação do projeto.

MetodologiaRespeitando a legislação vigente sobre a Política Nacional de

Biodiversidade, a Proteção aos Animais (Código Estadual de Proteção aos Animais), Biossegurança (Lei de Biossegurança) e as resoluções do

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Conama/MMA, pretende-se envolver vinte alunos das 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do Colégio Estadual Desembargador Clotário Portugal em metodologia de projeto fundamentada nas Diretrizes Curriculares Estruturantes.

Conteúdos relacionados a valores, saúde, ambiente e alternativas ambientais serão desenvolvidos a partir de 4 módulos temáticos:

• Módulo I: Biosfera; • Módulo II: Água; • Módulo III: Saúde Ambiental e Saúde Humana; • Módulo IV: Turismo Rural e Ecoturismo.

Os encontros serão semanais, realizados nas tardes de quartas-feiras, totalizando 4 horas/aula. Jogos interativos, dinâmicas, atividades lúdicas, pesquisas de gabinete, em laboratório e em campo, visitas orientadas e participação em palestras são algumas das muitas vivências a serem aplicadas durante o desenvolvimento dos temas.

As aulas teóricas serão ministradas em sala de aula utilizando quadro de giz, Tv pendrive, documentários e filmes ilustrativos, livros técnicos e didáticos, revistas e textos para análises e leituras. Já as aulas práticas poderão ocorrer em sala de aula incentivando dinâmicas e jogos interativos, em laboratório para a realização de experimentos, no pátio da escola e em espaços externos para a realização das aulas de campo – que deverão ser previamente agendadas para a devida autorização dos responsáveis pelos alunos.

As avaliações não serão classificatórias tão pouco reducionistas, mas principalmente serão obtidas por indicadores de sucesso estabelecidos, como experimentos, reflexões e hipóteses a respeito de assuntos problema e produções para divulgação científica à comunidade escolar.

Recursos Materiais e Humanos:- Materiais Permanentes:

• 01 Tv pendrive;• 01 laboratório de biologia equipado;• 01 laboratório de informática equipado;• 01 data show e 01 computador Mac OS X.

- Materiais de Consumo:• 300 Cópias mensais de bibliografias pertinentes aos conteúdos

desenvolvidos nos módulos;• 120 fls. sulfites mensais;• 01 rolo de papel Kraft;• 20 fls. de cartolinas;• 05 cxs de lápis de cores;• 05 cxs de canetinhas;• 05 cxs de gizes de cera;• 02 tubos de cola branca;• 05 rolos de fitas adesivas;• 02 potes de tinta guache 500g de cada uma das cores primárias; • 02 rolos de barbante;• 20 tesouras; • 20 Kg de terra preta;• 20 Kg de fibra de coco;

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• 03 pás;• 03 rastelos.

Critérios de avaliação

Entre os critérios de avaliação, será considerada a participação e o interesse dos alunos durante as atividades, bem como, a frequência dos mesmos nas aulas. Já as estratégias irão envolver as metas estipuladas (módulos), que servirão como indicadores de sucesso do projeto de acordo com a conclusão de cada uma delas.

Instrumentos de avaliaçãoSerão considerados instrumentos avaliativos a participação, colaboração e integração dos alunos, a serem mensurados de acordo com as habilidades e frequência de cada participante. Periodicamente serão realizadas atividades individuais, em dupla e em equipe para a elaboração e confecção de produtos relacionados aos conteúdos trabalhados. Ao final de cada semestre será aplicada uma atividade avaliativa, individual, sem consulta e sem ‘peso’, sobre conhecimentos gerais - relacionados também aos conteúdos trabalhados.

Referências BilbiográficasAmabis & Martho. 1997. Fundamentos da Biologia Moderna. Editora Moderna: São Paulo.Browne, J. 2007. A Origem das Espécies de Darwin: uma Biografia. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro.Capra, Fritjof. 1990. Alfabetização ecológica: um desafio para a educação do século 21 in Meio Ambiente e Educação / Nosso Futuro Comum - o relatório Brundtland. Fundação Getúlio Vargas: Rio de Janeiro.Capra, Fritjof. 2004. A Teia da Vida - uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Editora Cultrix Amana-Key: São Paulo.Gadotti, Moacir. 1999. Ecopedagogia - pedagogia da sustentabilidade in Cadernos de Ecopedagogia-1. Instituto Paulo Freire: São Paulo.SEED/PR. 2008. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. SEED/PR: Curitiba.SEED/PR. 2006. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. SEED/PR: Curitiba.SEED/PR.2008. Livro Público Didático – Disciplina de Biologia. SEED/PR: Curitiba.

5.3.3 Sala de Apoio a aprendizagem – 5ª série

5.3.3.1 Língua Portuguesa

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Conteúdos Básicos

Objetivo Geral e objetivos específicos

Metodologia

Gêneros textuais (leitura, oralidade e escrita)

História em Quadrinhos

Poemas

Notícias

Contos

Anúncios Publicitários

Textos expositivos (científicos, informativos)

Textos instrucionais (manuais, receitas)

Fábulas

Lendas

Cartuns / Charges

Carta

Geral:Contemplar os três eixos norteadores: oralidade, leitura e escrita, sendo que a análise linguística perpassará os três eixos. O objeto de estudo da disciplina de Língua Portuguesa é a língua em situação real de uso, portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio-interacionista de linguagem, elencando textos com função social, possibilitando a comunicação e a participação cidadã do educando.Específicos:

1. Gêneros textuais (leitura, oralidade, escrita e análise linguística)

Leitura (interpretação textual, observando:

• Conteúdo temático;

• Interlocutores;

• Fonte;

• Ideologia;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

• Marcas lingüísticas;

• Argumentos (principal e secundários);

• Inferências;

• Ler com fluência, ritmo e entonação;

• Informações explícitas e implícitas;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal;

• Linguagem verbal e não

a) Gêneros textuais ((leitura, oralidade, escrita e análise linguística)

1 Leitura (interpretação textual)

• Consideração do conhecimento prévio dos alunos;

• Realização de leitura compreensiva do texto;

• Ampliação do horizonte de expectativas;

• Emissão de opiniões a respeito do que leu;

• Identificação de efeitos de sentido;

• Identificação do tema (ou idéia central) do texto;

• Identificação de quem são os interlocutores do texto;

• Identificação do suporte (ou fonte) do texto;

• Desvendamento dos posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;

• Estabelecimento das relações dialógicas entre textos;

• Identificação da intenção do locutor do texto;

• Identificação do que há de informativo nos textos;

• Identificação das marcas lingüísticas próprias de cada texto;

• Percepção da presença de argumentação nos textos;

• Observação de passagens dos textos que possam servir para inferência de dados;

• Leitura em voz alta;

• Compreensão daquilo que está explícito e implícito nos textos;

• Reconhecimento da linguagem formal e da informal nos textos;

• Diferenciação da linguagem verbal e

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verbal;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;

• Paragrafação;

• Verso e estrofe;

• Clareza de ideias;

• Coesão e coerência;

• Linguagem objetiva e subjetiva;

• Pontuação;

• Ortografia;

• Estética e características do texto literário;

• Características do texto não-literário.

Oralidade

• Debates, depoimentos, opiniões, relatos;

• Clareza, sequência lógica, objetividade e adequação vocabular na exposição de ideias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Argumentação;

• Variedades linguísticas;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

• Intencionalidade do texto oral;

não verbal nos textos;

• Identificação das diferentes vozes sociais representadas nos textos;

• Reconhecimento da função do parágrafo nos textos em prosa;

• Identificação e diferenciação de versos e estrofes;

• Percepção de que a clareza de idéias possibilita melhor compreensão do texto;

• Percepção de que a coesão e a coerência possibilitam melhor compreensão do texto;

• Diferenciação de linguagem objetiva e subjetiva nos textos;

• Análise da pontuação utilizada em diferentes gêneros textuais;

• Percepção da importância do correto registro ortográfico nos textos escritos em língua padrão;

• Discussão sobre os diferentes tipos de linguagem utilizados em diversos gêneros textuais (literários e não literários)

2 Oralidade

• Debate, depoimentos, opiniões e relatos sobre assuntos abordados em sala de aula;

• Na exposição de ideias, apresentá-las de forma organizada, com clareza e objetividade.

• Utilização de vocabulário adequado à situação de interlocução;

• Reconhecimento das intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Utilização de recursos coesivos durante a fala, evitando repetições desnecessárias;

• Adequação ao gênero textual solicitado: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Utilização de argumentação durante a defesa de ideias;

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• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Ouvir e contar histórias;

• Dramatizar histórias.

Escrita:

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Argumentação;

• Paragrafação ou versos;

• Clareza;

• Coesão e coerência;

• Pontuação;

• Ortografia;

• Legibilidade;

• Refacção (ou reescrita) textual.

• Compreensão e respeito às variedades linguísticas existentes na comunidade;

• Adequação do seu discurso de acordo com a situação de interlocução;

• Compreensão do papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Observação da pronúncia de algumas palavras;

• Percepção da intencionalidade do texto oral;

• Utilização adequada dos elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Contação de histórias feita pelo professor;

• Dramatização de histórias com uso de fantoches.

-Escrita:

• Adequação ao gênero textual solicitado: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Utilização de argumentação;

• Utilização adequada da paragrafação ou versos;

• Clareza nas produções escritas;

• Coesão e coerência nas produções escritas;

• Pontuação;

• Ortografia;

• Legibilidade;

• Reescrita de textos.

Recursos didáticos• Aulas expositivas;

• Quadro de giz;

• Livro didático;

• Textos e exercícios complementares

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(Xerox);

• TV multimídia (vídeos, apresentações, músicas).

• Jogos de alfabetização (formar palavras a partir de letras ou de sílabas, sequência lógica de ideias, memória, dominó, etc);

• Jogos de raciocínio (que trabalham principalmente a interpretação e a oralidade);

• Laboratório de informática (uso de softwares: jogos de alfabetização);

• Livros literários;

• Fantoches.

Avaliação

Gêneros textuais (leitura, oralidade, escrita e análise linguística)

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas nos textos;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Emita opiniões a respeito do que leu;

• Identifique efeitos de sentido nos textos;

• Identifique o tema de um texto;

• Identifique os interlocutores dos textos;

• Identifique a fonte dos textos;

• Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;

• Estabeleça relações dialógicas entre os textos;

• Identifique a intenção do locutor do texto, reconhecendo a presença de humor, lirismo e criticidade;

• Reconheça as intenções no discurso do outro;

• Identifique a presença de informatividade nos textos;

• Identifique as marcas linguísticas próprias de cada texto;

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• Produza argumentos convincentes;

• Saiba inferir informações;

• Leia fluentemente em voz alta, observando o ritmo, fluência e entonação;

• Compreenda as informações implícitas nos textos;

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção oral (formal, informal);

• Reconheça a linguagem verbal e não verbal nos textos;

• Identifique as diferentes vozes sociais representadas nos textos;

• Reconheça a função do parágrafo nos textos em prosa;

• Identifique e diferencie versos e estrofes;

• Perceba que a clareza de idéias possibilita melhor compreensão do texto;

• Perceba que a coesão e a coerência possibilitam melhor compreensão do texto;

• Diferencie linguagem objetiva e subjetiva nos textos;

• Analise as diferentes funções dos sinais de pontuação;

• Perceba a importância do correto registro ortográfico nos textos escritos em língua padrão;

• Discuta sobre os diferentes tipos de linguagem utilizados em diversos gêneros textuais (literários e não literários)

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Debata, dê depoimentos, dê opiniões e relate sobre assuntos abordados em sala de aula;

• Ao expor idéias, apresente-as de forma organizada, sendo claro e objetivo. Utilize vocabulário adequado à situação de interlocução;

• Reconheça as intenções e objetivos na fala do outro, considerando texto e contexto;

• Utilize recursos coesivos durante a fala, evitando repetições desnecessárias;

• Utilize o gênero textual solicitado: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Utilize argumentação durante a defesa de ideias;

• Compreenda e respeite as variedades linguísticas existentes na comunidade;

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• Utilize seu discurso de acordo com a situação de interlocução;

• Compreenda o papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Pronuncie corretamente as palavras;

• Perceba a intencionalidade do texto oral;

• Utilize adequadamente os elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Crie o hábito de ouvir histórias;

• Dramatize histórias.

Na escrita, espera-se que o aluno

• Utilize o gênero textual solicitado: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

• Utilize argumentação;

• Utilize adequadamente a paragrafação ou versos;

• Seja claro em suas produções;

• Produza textos com coerência e coesão;

• Utilize pontuação adequada em suas produções escritas;

• Escreva corretamente, conforme a ortografia vigente;

• Escreva, utilizando letra legível;

• Reescreva textos.

Instrumentos de avaliação

• Produções de texto (individuais ou coletivas)

• Rescritas de texto (individuais ou coletivas)

• Confecção de cartazes ou painéis ortográficos;

• Reescritas ortográficas (utilizando jogos de alfabetização e registrando em folhas com tarja de caligrafia);

• Leitura e interpretação (oral e escrita) de textos de diversos gêneros.

ReferênciasOrientações Pedagógicas: Língua Portuguesa, sala de apoio à aprendizagem / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED – PR, 2009.

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BOZZA, Sandra; BATISTA, Angela. Produção Textual: a voz do aluno na sociedade: sugestões de encaminhamento para produção textual no ensino fundamental. Cascavel: Assoeste, 2000.

BAUMGÄRTNER, Carmem T.; COSTA-HÜBES, Terezinha da C. (org). Sequência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas Séries iniciais. Caderno Pedagógico 1 e 2. AMOP. Cascavel: Assoeste, 2007.

Descobrindo a Língua Portuguesa: leia, escreva e aprenda a nossa língua. Suplemento da Revista Recreio.

FRITZEN, Silvino J. Dinâmicas de Recreação e Jogos. 26 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BRAGANÇA, Angiolina; CARPANEDA, Isabella P. de M. Caligrafia: Porta de Papel. São Paulo: FTD, s/d.

NAHUM, Edna P. Meu caderno de Redação e Criação. Ed reformulada. São Paulo: Scipione, 1996

5.3.3.2 Matemática

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDO ESPECÍFICO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Números e álgebra

Números Naturais

-Construir o significado de número natural a partir de contagens, medidas, códigos, etc., explorados em diversos contextos e situações-problema e dele se apropriar.- Interpretar e produzir escritas numéricas, inicialmente observando regularidades na sequência dos números naturais.-Identificar e representar o antecessor e o sucessor de um número natural.-Ler e escrever um número natural na sua forma decomposta.-Ler e escrever um número natural, por extenso, empregando o conhecimento de valor posicional.-Comparar números naturais entre si.-Resolver problemas com base no cálculo mental.-Determinar múltiplos e divisores de um número natural.Identificar números pares e números ímpares.

METODOLOGIA RECURSOS AVALIAÇÃO REFERÊNCIAS

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DIDÁTICOS

-Possibilitar a compreensão de regras,

através de jogos, promovendo interesses,

satisfação e prazer, facilitando o trabalho com

símbolos e analogias.

- Desenvolver atitude positiva em relação à

Matemática, valorizando sua utilidade, sua lógica

em cada conceito estudado e comunicar ideias matemáticas de diferentes formas: oral,

escrita, por tabelas, diagramas, gráficos, etc.

- Proporcionar ao aluno

atividades lúdicas e desafiadoras,

incentivando o gosto pela Matemática e o

desenvolvimento do raciocínio.

-Possibilitar a aquisição do conhecimento de

forma prazerosa, fazendo com que o aluno

manuseie desde um material dourado a um

bolo( construção ).

- TV pendrive- Retroprojetor

- Transparências- Painéis

-Material Dourado- Revistas

-Folhas digitadas- Palitos- Livro

-Encartes de lojas-Calculadora

-Ábaco - Relógio

-Computador e softwers- Transferidor

-Cabide-Palito de churrasco.-Régua de frações

- Geoplano- Tangran

-Cozinha do Colégio e outros

Contínua, estimulando-os a participação em todas as atividades propostas, em grupos ou individuais

e mostrando a importância da oralidade

e da escrita para a matemática.

- Revista Nova Escola

- Portal dia a dia – SEED

- Livros didáticos de 3ª e 4ª séries.

- Sites de jogos lúdicos.

- Livro Sala de Apoio.

- Outros no decorrer do ano.

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6 Matriz Curricular

6.1 ENSINO FUNDAMENTAL

MANHÃ

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6.2 ENSINO MÉDIO

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MANHÃ

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 03 - AREA METROP. SUL MUNICIPIO: 0420 - CAMPO LARGO

ESTABELECIMENTO: 00027 - CLOTÁRIO PORTUGAL C. E. DES. E FUND. MÉDIO

ENT MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 009 - ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINA / SERIE 1 2 3

ARTE 2 - - B A BIOLOGIA 2 2 2 S

EEDUCAÇÃO FÍSI-CA 2 2 2

N FILOSOFIA 2 2 2 A C FISICA 2 2 2 I O GEOGRAFIA 2 2 2 N A HISTORIA 2 2 2 L LINGUA PORTUGUESA 3 4 3 C O MATEMÁTICA 2 3 4 M U QUÍMICA 2 2 2 M SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23

P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A L.D.B. N.º 9394/96NOTA: Língua Espanhola ofertada no CELEM a partir do ano letivo de 2010.

DATA DA EMISSÃO: 27 DE OUTUBRO DE 2010.

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TARDE

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 03 - AREA METROP. SUL

ENT MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 009 - ENSINO MÉDIO TURNO: MA-NHÃ TARDE

ANO DE IMPLANTA-ÇÃO: 2011 - SIMULTÂ-NEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINA / SERIE 1 2 3

ARTE 2 - - B A BIOLOGIA 2 2 2 S

EEDUCAÇÃO FÍSI-CA 2 2 2

N FILOSOFIA 2 2 2 A C FISICA 2 2 2 I O GEOGRAFIA 2 2 2 N A HISTORIA 2 2 2 L LINGUA PORTUGUESA 3 4 3 C O MATEMÁTICA 2 3 4 M U QUÍMICA 2 2 2 M SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23

P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A L.D.B. N.º 9394/96

DATA DA EMISSÃO: 27 DE OUTUBRO DE 2010.

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NOITE

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 03 - AREA METROP. SUL

ENT MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINA / SERIE 1 2 3

ARTE 2 - - B A BIOLOGIA 2 2 2 S

EEDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

N FILOSOFIA 2 2 2 A C FISICA 2 2 2 I O GEOGRAFIA 2 2 2 N A HISTORIA 2 2 2 L

LINGUA PORTU-GUESA 3 4 3

C O MATEMÁTICA 2 3 4 M U QUÍMICA 2 2 2 M SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL 23 23 23

P

DL.E.M. - IN-GLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GE-RAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A L.D.B. N.º 9394/96NOTA: Língua Espanhola ofertada no CELEM a partir do ano letivo de 2010.

DATA DA EMISSÃO: 27 DE OUTUBRO DE 2010.

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7. Processos de avaliação, classificação, promoção e dependênciaEnsino Fundamental e Ensino Médio

A verificação do rendimento escolar obedece ao disposto na legislação vigente, bem como, às diretrizes da Proposta Pedagógica definidas pela Secretaria de Estado da Educação.

O Colégio não ofertará matrícula com progressão parcial. As transferências recebidas dos alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos - Adaptação.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e do seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem e deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino.

A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem e o professor utilizará técnicas e instrumentos diversificados, sendo que deverão privilegiar os aspectos que demonstrem atividade crítica, capacidade de síntese, elaboração pessoal, deixando para segundo plano, a memorização.

O professor não poderá realizar avaliação em que os alunos são submetidos a uma única oportunidade de aferição, bem como a comparação dos alunos entre si.

Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa, obedecendo à ordenação e à sequência do ensino e da aprendizagem, bem como à orientação do currículo.

Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.

A avaliação deve ser contínua para que possa cumprir sua função de auxílio no processo ensino-aprendizagem, ou seja, a avaliação só tem validade quando é realizada como processo, quando o professor acompanha a construção do conhecimento do educando. Verificar os vários momentos do desenvolvimento do aluno, avaliando o processo e não o produto, ou melhor, avaliar o produto no processo.

As avaliações serão desenvolvidas pelo professor da disciplina sendo que não é necessário aviso prévio, uma vez que a avaliação se dá como um processo contínuo e não há necessidade de “rituais avaliativos”.

Todos os resultados dos procedimentos deverão ser anotados num Registro de Observações, que ficará a critério e responsabilidade de cada professor, em anexo ao Livro Registro.

A avaliação deve basear-se em critérios claros e objetivos para que se tenha

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o máximo possível de rigor, homogeneizando os procedimentos de avaliação.As médias trimestrais serão registradas no Livro Registro do Professor e os

resultados finais em Relatórios Finais e Históricos Escolares.Caso o aluno falte em dia de avaliação que não teve aviso prévio, poderá

realizá-la em outra data sem requerimento.Os resultados das avaliações serão expressos através de notas numa escala

de 0 (zero) a 10,0 (dez) e computados trimestralmente, através de média aritmética ou somatória das avaliações diárias e/ou mensais (parciais).

O rendimento mínimo exigido será nota 6,0 (seis), por disciplina, ou conforme legislação vigente da SEED.

Os alunos que não estiverem presentes no dia da avaliação e reavaliação, marcadas antecipadamente, poderão requerer 2ª chamada, desde que sua falta tenha justificativa.

Para os alunos menores de 18 anos, é necessário que o pai e/ou mãe ou responsável, preencha o requerimento (contendo a justificativa) para “Segunda Chamada” na Secretaria do Colégio até 48 (quarenta e oito) horas, considerando o término da vigência do atestado. Para os maiores de 18 anos, o próprio aluno preenche o requerimento.

São consideradas justificativas para a Segunda Chamada e devem ser anexadas ao requerimento: declaração ou atestado médico; declaração de trabalho; documento que comprove um motivo justo para a ausência no dia da avaliação (falecimento na família, por exemplo).

Os requerimentos serão analisados pela Equipe Pedagógica, que autorizará ou não, a realização da Segunda Chamada.

A Segunda Chamada será realizada em horário pré-determinado pela Supervisão e/ou Direção juntamente com o professor e poderá ocorrer no contra-turno, na própria aula ou outro horário, de modo que não prejudique o desenvolvimento das atividades do aluno que fará a reavaliação.

Os alunos têm acesso aos instrumentos de avaliação corrigidos para que se façam comentários necessários.

Os alunos têm até 48 (quarenta e oito) horas para pedir revisão da correção do instrumento da avaliação.

As notas serão divulgadas aos alunos e/ou responsáveis através de boletim escolar ao final de cada trimestre.

Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.

O Conselho de Classe será composto, obrigatoriamente, pelos Professores, pelo Diretor e pelos profissionais da Equipe Pedagógica. A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.

A avaliação do ensino da Educação Física e da Arte deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno. Essa aprendizagem deverá levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.

A avaliação deverá ser registrada em documentos próprios a fim de serem asseguradas a regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno.

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7.1 Recuperação de EstudosA recuperação de estudos, direito dos alunos, sendo proporcionadas

oportunidades de melhoria de aprendizagem aqueles que apresentarem prejuízo em seu aproveitamento escolar, especialmente aos de rendimento inferior a média estabelecida por lei.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Quando a somatória das aferições, no trimestre, atingir 5,0 (cinco) pontos (considerando que o Sistema de Avaliação prevê dois blocos de 5,0 (cinco) pontos) e o aluno tiver um rendimento inferior a 60%, realizar-se-á uma aula ou mais de recuperação de conteúdos e um instrumento de reavaliação no valor 5,0 (cinco), sendo que prevalecerá a nota maior entre a somatória das aferições e a nota da reavaliação. Após a abordagem de novas metodologias e procedimentos diversificados para a compreensão do conhecimento pelo aluno, o professor utilizará da reavaliação através de atividades propostas, que poderão ser provas, trabalhos, pesquisas, exercícios, explanações ou outros.

A recuperação realizada neste Estabelecimento dar-se-á de forma permanente e concomitante ao período escolar, quando o aluno receberá novos procedimentos pedagógicos, sendo avaliado durante o processo de recuperação.

A reavaliação não consistirá apenas em uma nova oportunidade de aferição, mas engloba o processo de aquisição/construção de conhecimentos.

Após a realização do instrumento da reavaliação será considerada a nota maior entre a somatória das avaliações e a nota da reavaliação realizada pelo aluno.

A Recuperação de Estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos e deve ser realizada durante o período letivo, devidamente registrada no Livro Registro de Classe, sendo considerada para efeito de documentação escolar.

Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.

Entende-se por período letivo a carga mínima anual de 800 horas distribuídas por no mínimo 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar.

7.2 PromoçãoAs situações de aprovação e reprovação dos alunos serão definidas após a

apuração dos resultados de frequência e de rendimento.Serão considerados aprovados os alunos que apresentarem média anual

igual ou superior a 6,0 (seis), com frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas.

Serão considerados reprovados ao final do período letivo os alunos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média anual inferior a 6,0 (seis); apresentarem frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) com qualquer média anual.

Os cálculos da Média para efeito de promoção serão os seguintes:

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Fórmula da Média Anual:

MA = 1º Trim + 2ºTrim + 3º Trim = mínimo 6,0 3

Encerrado o processo de avaliação, este estabelecimento registra no Histórico Escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

7.3 DependênciaO Colégio não ofertará o regime de progressão parcial, que é aquele por

meio da qual ao aluno, reprovado em até três disciplinas ou área de conhecimento da série, é permitido cursar o período subsequente, concomitantemente às disciplinas ou áreas nas quais reprovou.

Ao receber aluno novo que apresente em sua transferência, disciplinas em dependência, trabalhará com o sistema de Adaptação, desenvolvendo os conteúdos não trabalhados.

7.4 ReclassificaçãoOs alunos oriundos de outro Estabelecimento de Ensino ou alunos nossos,

caso seja necessário poderão realizar o processo de reclassificação. O aluno deverá estar matriculado neste Colégio, o qual avaliará o seu grau de desenvolvimento e experiência, levando em conta a proposta curricular do estabelecimento, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho através de instrumentos avaliativos organizados pelos professores deste estabelecimento.

8. Regime EscolarI – Utilizar o telefone do Colégio somente em casos especiais e urgentes, após autorização da Direção. O aluno não será chamado para receber telefonemas, os recados serão anotados e entregues posteriormente.II – É proibido usar corretivo líquido, para preservação do mobiliário escolar.III - Deve-se usar protetores de carteiras, como meio de conservação do material escolar, responsabilizando-se pelos riscos nas mesmas, se houver.IV – O aluno não poderá promover jogos (futebol, vôlei, handebol) quando não estiver nas aulas de Educação Física, sendo vedado trazer bolas ou outros brinquedos, a não ser que a Direção autorize.V – Não é permitido mascar chicletes, chupar balas ou comer qualquer tipo de alimentação, salvo nos casos em que o professor de sala de aula assim o permitir.VI – O aluno deverá estar no Colégio nos horários determinados, de acordo com o seu turno:a) turno da manhã – 7h25minb) turno da tarde – 12h55minc) turno da noite – 18h45mind) outro horário determinado pela Direção no início do ano letivo.VII - Deve responsabilizar-se por sua apresentação pessoal, zelando pelo seu asseio corporal e apresentando-se decentemente trajado. No caso do diurno, uniformizado.VIII – No caso de eventuais impossibilidades do aluno apresentar-se uniformizado, o Colégio disponibilizará o empréstimo de um uniforme da APMF que deverá ser

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usado pelo aluno e devolvido após o período.IX – Para o período noturno não se exige uniforme, porém fica proibido o uso de roupas inadequadas ao ambiente escolar (minissaias, miniblusas, shorts, roupas transparentes, bermudas justas e curtas ou semelhantes).X – Deve colaborar com a escola zelando pela limpeza do pátio, conservação do prédio, mobiliário escolar e pelas dependências de uso coletivo. Sendo que os alunos que sujarem suas salas de aula, deverão ficar após a última aula para limpá-la; ficando de responsabilidade do próprio aluno, o seu retorno para casa. Em caso de estrago de algum bem ou patrimônio do Colégio, o aluno se responsabilizará em pagar os prejuízos causados ou repor o bem.XI – É proibido fumar, conforme Lei Estadual nº14743/05XII – Será permitido ao aluno entrar atrasado no Colégio, para a 2ª aula, com justificativa razoável. Considera-se justificativa razoável:a) Declaração de trabalho, tratamento ou atestado;b) Presença dos pais e/ou responsáveis;c) Atraso do ônibus escolar.XIII – De acordo com a Lei Federal 6202 de 17/04/75, a partir do oitavo mês de gestação e durante três meses, a estudante em estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-Lei Federal nº1044, de 21 de outubro de 1969.a) o início e o fim do período em que é permitido o afastamento serão

determinados por atestado médico a ser apresentado à direção da escola;b) em casos excepcionais, devidamente comprovados mediante atestado médico,

poderá ser aumentado o período de repouso, antes e depois do parto.XIV – É proibido ao aluno fazer uso ou portar substâncias tóxicas, bebidas alcoólicas ou psicotrópicas, dentro do estabelecimento de ensino ou nos seus arredores. Todo aluno que for pego em fragrante, infringindo este artigo, estará sujeito as seguintes penas:a) se for maior de idade, será comunicado à Delegacia e entregue às autoridades,

sendo em seguida, sugerida a sua transferência, após consultado o Conselho Escolar;

b) se for menor de idade, serão chamados a família e a Patrulha Escolar, para que se tomem as providências exigidas pela Lei.

XV – Qualquer reclamação vinda dos pais em relação ao Colégio deverá ser feita à Direção, no sentido de esclarecer o problema; se houver desacato a autoridade do Colégio (Direção) ou demais funcionários, será encaminhado o problema ao Conselho Escolar para tomada de medidas cabíveis, desde uma repreensão até uma queixa crime se for o caso; ficando os filhos impedidos de continuarem seus estudos durante o ano letivo ou matricular-se para o próximo ano, conforme o caso.XVI – De acordo com a pesquisa feita com os pais ou responsáveis dos alunos do Colégio sobre o uso do uniforme escolar como medida de segurança aos alunos, estabeleceu-se o uso do uniforme a partir de 1994, que será mantido após acordo a cada início de ano letivo.XVII – O uniforme padrão será determinado pelo Colégio, num acordo entre Direção, Conselho Escolar e APMF do Colégio.XVIII – Os alunos somente poderão sair da sala de aula para atendimento de pessoas ou telefonemas com autorização da Direção e desde que seja comprovada a urgência dos mesmos.

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XIX – É proibido aos alunos namorarem dentro e/ou nas imediações do Estabelecimento, sob pena de receberem punições.XX – É proibido ao aluno ausentar-se da sala de aula para ir ao banheiro e permanecer no pátio, mesmo nos intervalos de aulas.XXI – O aluno deve responsabilizar-se em trazer todo material necessário às aulas, inclusive a agenda.XXII – O aluno deve cumprir rigorosamente todas as atividades propostas pelos professores, sob pena de ser advertido e comunicado aos pais.XXIII – O Colégio não se responsabilizará por objetos e/ou dinheiro, trazido pelos alunos, que desaparecerem dentro do Estabelecimento.XXIV – Em casos de acidentes ocorridos com os alunos dentro do Estabelecimento, o Colégio poderá se encarregar de encaminhá-lo para atendimento e de avisar os pais, não se responsabilizando pelas despesas bem como para posterior tratamento.XXV – O Colégio não se responsabilizará por brigas ocorridas fora do Estabelecimento. As desavenças surgidas no Colégio deverão ser levadas ao conhecimento da Direção, que tomará as providências necessárias no sentido de saná-las, estando isenta de resolvê-las caso não venha a tomar conhecimento.XXVI – Os casos de indisciplinas que não puderem ser resolvidos pela Direção, pais e Conselho Escolar serão encaminhados ao Conselho Tutelar e ao Juizado da Infância e Juventude, para a tomada de medidas cabíveis.XXVII – Os casos omissos no presente Regulamento Interno, quando assim forem considerados, serão resolvidos pela Direção, pelo Conselho Escolar e/ou autoridades competentes.XXVIII – Os alunos que não estiverem presentes no dia da avaliação, marcada antecipadamente, poderão requerer Segunda Chamada, desde que sua falta tenha justificativa. Os alunos que faltarem nas avaliações não marcadas antecipadamente não precisarão pedir 2ª chamada.XXIX– Para os alunos menores de dezoito, é necessário que o pai, mãe ou responsável preencha o requerimento (contendo a justificativa) para Segunda Chamada na Secretaria do Colégio até 48 horas considerando o término da vigência do atestado.XXX – Para os maiores de 18 anos, o próprio aluno preenche o requerimento.XXXI – São consideradas justificativas para a Segunda Chamada e devem ser anexadas ao requerimento.

I – declaração ou atestado médico;II – declaração de trabalho;III – documento que comprove um motivo justo para a ausência no dia da

avaliação (falecimento na família, por exemplo).XXXII – Os requerimentos serão analisados pela Equipe Pedagógica, que autorizará ou não, a realização da Segunda Chamada, tendo o aluno oportunidade de fazer recuperação e reavaliação.-XXXIII – A Segunda Chamada será realizada em horário pré-determinado pela Supervisão e/ou Direção juntamente com o professor e poderá ocorrer no contra-turno, na própria aula ou outro horário, de modo que não prejudique o desenvolvimento das atividades do professor em sala de aula ou atrapalhe as atividades a serem desenvolvidas pelos alunos.XXXIV – Os alunos têm acesso aos instrumentos de avaliação corrigidos para que se façam comentários necessários.

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XXXV – Os alunos têm até 48 (quarenta e oito) horas para pedir revisão da correção do instrumento da avaliação.XXXVI – É proibido portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos (estiletes, armas, soco inglês, tchaco, caneta lasers e/ou similares) que possam colocar em risco a segurança das pessoas.XXXVII – É proibido trazer celular, MP3, CDs, DVs e similares para o Colégio, sendo que o aparelho encontrado com o aluno, mesmo desligado, será encaminhado à Direção e devolvido somente aos pais e/ou responsáveis pelo aluno.XXXVIII – É proibido trazer objetos estranhos às aulas (brinquedos, dinheiro, revistas, bolas, perfumes, objetos pontiagudos, fósforo e outros) sendo que quando encontrados com o aluno, serão recolhidos e o aluno será advertido.XXXIX – Não utilizar gorro, capuz ou bonés em sala de aula.XL– Os alunos que possuem algum tipo de impedimento para a prática de Educação Física, devem apresentar laudo médico indicando o motivo da impossibilidade e se a situação é temporária ou definitiva.XLI – Recomenda-se aos pais, por medida de precaução e saúde, realizar periodicamente exames médicos de sanidade física para a prática de Educação Física.XLII – A agenda escolar é um documento e, portanto, é proibido colar figuras, riscar, rasurar, tirar páginas ou escrever anotações alheias à aula.XLIII – É proibido vir acompanhado de pessoas de fora do Colégio no horário da entrada e saída das aulas, que permaneçam em situação de algazarra (música alta, buzina, gritos, provocações).XLIV – É proibido manter atitudes inconvenientes nas dependências do Colégio (gestos e palavras obscenas, atitudes vulgares, desenhos, escritos, etc).XLV – É proibido fazer uso das avaliações a que forem submetidos bem como da folha de prova para ofender, desrespeitar terceiros através de desenhos, expressões escritas ou verbais, cujo teor não seja a solução das questões em pauta. As avaliações são documentos e como tais devem ser respeitadas, portanto poderá haver punição, com desconsideração parcial do valor das questões.XLVI – É proibido solicitar ou exigir mudança de turma no início do ano, pois os critérios de distribuição de turma são estabelecidos pela Direção, Equipe Pedagógica e Corpo Docente, visando maior socialização dos alunos, ampliação do círculo de amizades e separar possíveis grupos que possam ter apresentado problemas de disciplina.

9. Calendário EscolarO calendário escolar é organizado a cada ano letivo e obedece a Legislação

vigente e as instruções da Entidade Mantenedora e Secretaria Estadual de Educação.

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10 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

PROFESSOR HABILITAÇÃO DISCIPLINA

ADRIANA APARECIDA BOARON

DE SOUZA

Licenciatura Plena em

Geografia,

Pós-graduação em

Interdisciplinaridade na

Educação Básica.

Geografia

ADRIANA DO ROCIO PISSAIA

BOARÃO

Licenciatura Plena em

Matemática,

Pós-graduação em

Metodologia do Ensino

de 1º e 2º Graus.

Matemática

ALINE FERREIRA DA SILVA Licenciatura Plena em

Biologia

Ciências

ANDRÉA MALINOWSKI DOS

SANTOS

Licenciatura em

Matemática , Pós-

graduação em

Psicopedagogia

Matemática

ANDRÉIA CRISTINA MAGATÃO

Licenciatura Plena em

Ciências Biológicas,

Pós-graduação em

Gestão da Educação

Ciências

ANGELANA ROTH DA SILVA

LEITE

Licenciatura em

Matemática.

Matemática

ANTONIO CARLOS MACENA Licenciatura em

Geografia,

Especialização em

Análise Ambiental.

Geografia

Licenciatura Plena

283

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BEATRIZ DO ROCIO ZANETTI Ciências Biológicas,

Pós –graduação em

Processo Pedagógico no

Ensino de 1º Grau e

Pós-graduação em

Gerenciamento e

Auditoria Ambiental

Biologia

BRUNO DE SOUZA NOGUEIRA Licenciatura Plena e

Bacharel em Biologia

Ciências e Biologia

e QuímicaCÉLIA MARIA BARAUSE

VENSKI

Geografia,

Especialização em

Magistério de 1º e 2º

Graus

PDE

Geografia

CIRLEI JOSE RIBEIRO

Matemática,

Especialização em

Epistemologia da

Matemática

Matemática

DANÚBIA RAMOS DOS SANTOS

Licenciatura Plena em

Português e Inglês,

Pós-graduação em

Linguagens, Códigos e

suas Tecnologias.

Língua Portuguesa

EDNA DA SILVA Licenciatura e

Bacharelado em

História, Mestrado em

Educação

História

ELIANA PISSAIA DOS SANTOS Licenciatura Artes

Visuais, Pós- graduação

em Psicopedagogia

Arte

EMERSON JOSÉ MARTINS Licenciatura Plena em

Matemática

Matemática

ERICK JOSÉ LEITE Química Industrial,

Licenciatura em

Química

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Química,

Especialização em

Ensino de Ciências

Naturais.EVANDRO DALLASSENTA Licenciatura Plena em

Filosofia e História

Filosofia

SociologiaFÁBIO AUGUSTO SCARPIM Licenciatura em História;

Mestrado em História,

Cultura e Sociedade,

linha: Espaço e

Sociabilidades

História

FÁBIO MIRANDA PIMENTA Ensino Médio/ Curso

LIbras

Tradutor

FABIO PITTARELLO Licenciatura Plena em

Educação Física

Educação Física

FERNANDA CRISTINA CONTE Licenciatura Plena em

Matemática,

Especialização em

Matemática no dia-a-dia –

a Contextualização

Matemática e

Morfofisiologia Humana –

A Genética das

Populações.

Matemática

GIOVANA APARECIDA DA

SILVA

Licenciatura Plena

Letras Português/Inglês

Língua Portuguesa

L.E.M. InglêsGRACIELE BARAUCE DE

OLIVEIRA

Licenciatura Letras

Português/Espanhol

Língua Portuguesa

IRANI PREGNOLATO Licenciatura em Letras

Português / Inglês,

cursando Pós graduação

Língua Portuguesa

ISACLÉIA SOARES DE RAMOS Licenciatura Letras

Português/Inglês,

Pós-graduação em

Metodologia da Língua

Inglesa/Magistério

Língua Portuguesa

e Inglês

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Superior

KARINA CORREIA MORAIS Superior Completo em

Nutrição

Química

KELLY CRISTINA SCARPIM DE

CASTRO

Licenciatura em

Química,

Pós-graduação em

Magistério da Educação

Básica com

concentração em

Interdisciplinaridade na

Escola;

Mestrado em Educação

linha de Pesquisa em

Educação e

Profissionalização:

Políticas e Processos.

Química

LUCIANA CAROLINA SANTOS

ZATERA

Licenciatura Letras

Português, Mestrado em

Educação, linha de

pesquisa Prática

Pedagógica de Língua

Portuguesa.

Língua Portuguesa

LUCIANE DESOTI Licenciatura em Língua

Portuguesa, Pós-

graduação em Língua

Portuguesa

Língua Portuguesa

LUCIANE LOVATO CECCATTO Licenciatura e

Bacharelado em

Geografia.

Geografia

LUCILENE DE SOUZA LIMA

CORREA

Licenciatura Plena em

Geografia,

Pós-graduação em

Geografia Urbana e

Análise Ambiental

Geografia

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PDE

LUCIMARA HELENA FERREIRA Licenciatura em

Matemática.

Matemática

MARCELO ANTONIO BUENO

DE MORAES

Licenciatura em História,

Pós-graduação em

Gestão, Supervisão e

Orientação; Educação

Infantil e Séries Iniciais

História e Filosofia

Sociologia

MÁRCIA ELOISA SPHAIR Letras Português/ Inglês,

Pós- graduação em

Interdisciplinaridade na

Educação Básica

L.E.M – Inglês

MÁRCIO JOSÉ UKOSKI Licenciatura Plena em

Sociologia

Sociologia

MARIANA DA SILVA Curso de Ciências,

Licenciatura Plena em

Biologia

Ciências

MICHELLE SANTOS Licenciatura em Física,

Pós-graduação em

Ciências

Física

NEIDE FIOR Licenciatura em

Desenho, Pós-

graduação em Arte

Educação

Arte

OLÍVIA ISFER

Biologia: Bacharelado e

Licenciatura,

Pós-graduação em

Ecoturismo

Projeto

Viva Escola

OSCAR VINICIUS SCHIAVON

FERREIRA

Ciências com

Habilitação em Biologia,

Pós- graduação em

Ensino de Ciências

Biologia

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PEDRO ERNESTO LAVALL Licenciatura Plena em

Educação Física

Educação Física

PONCIANO MUNHOZ VIDAL Licenciatura e

Bacharelado em

Educação Física, Pós

graduação em Educação

Infantil – séries iniciais

Educação Física

REGINA DE FÁTIMA ZANON Licenciatura em História,

Pós-graduação em

Educação Especial

História

ROSANE SABIN KAMINSKI Educação Artística com

Habilitação em Artes

Visuais, Pós-graduação

em Arte Terapia

Arte

ROSANGELA DO ROCIO DE

SOUZA

Licenciatura Letras

Português/Inglês,

Especialização em

Literatura Brasileira e

Produção de Textos

Inglês

RUBENS LÁBIOS DOS SANTOS Acadêmico de

Licenciatura do curso de

Física

Física

SANDRA MARA MAZUR

KRZYZANOVSKI

Licenciatura Plena em

Português e Inglês, Pós-

graduação em Gestão,

Supervisão e Orientação

Educacional.

Língua Portuguesa

e Inglês

SELMA LUZIA BARAUSE

HELSCHER

Graduada em

Português/Espanhol

CELEM

EspanholSILVIA MARIA MARCHEWSKI

DA CRUZ

Licenciatura em Educação

Artística, Pós-graduação

Arte

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em Gestão Educacional,

Orientação e Supervisão

VANDERLEI RETCIO Licenciatura Plena em

História, Pós- graduação

em História e Geografia do

Paraná.

História

VINICIUS BRAINTA Licenciatura Plena em

Educação Física, Pós-

graduação em Educação

Física Escolar

Educação Física

WEMERSON MAFRA FREITAS Licenciatura Plena em

Geografia, Pós-

graduação em História e

Geografia do Paraná.

Geografia

ZENAIDE VOLINO MACHADO

MARANGON

Licenciatura Plena em

História,

Pós-graduação em

História e Geografia do

Paraná

História

CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO.

FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO HABILITAÇÃOCLEMERI VERNER

FOLLADOR

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

IVONE DE DEUS DOS

SANTOS

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

JAYME LEONARDO DIRETOR AUXILIAR Licenciatura e História,

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DUBIELA Pós-graduação em

História Pós-ModernaJULIANA CLÉLIA

CEQUINEL

ASSISTENTE DE

EXECUÇÃO

Biologia

JULIANE MORAES TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

História

Cursando Pós-

graduaçãoKATIELE ZIMOLONG TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Superior Completo em

História, Pós

graduação em Ensino

de ArteLORIÉTE BITTENCOURT

SÁVIO VAZ DA SILVA

EQUIPE PEDAGÓGICA Pedagogia, Habilitação

em Orientação

Educacional, Pós-

graduação em Processo

Pedagógico do Ensino

de 1º Grau e Pós-

graduação em Gestão,

Supervisão e Orientação

EducacionalLUCIANE DO ROCIO

DURIGAN

EQUIPE PEDAGÓGICA Pedagogia,

Pós-graduação em

Processo Pedagógico do

Ensino de 1º Grau. PDEMARIA AMÉLIA

CARLESSO DE OLIVEIRA

TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Licenciatura Plena em

Normal Superior

MARIA APARECIDA

FERREIRA

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

MARIA CANDIDA

CAMILLO

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

MARIA DO PERPÉTUO

OLEINIK

TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Cursando Pedagogia

MARLENE ROSSA AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAISMARLENE RAYER TÉCNICO Magistério Superior

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ADMINISTRATIVO Cursando Técnico em

EnfermagemMARINEI APARECIDA DE

ANDRADE

TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Técnico em

Contabilidade,

AdministraçãoNAIR GARRETT AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

NATÁLIA DE JESUS

KRZYZANOVSKI

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Fundamental

NATÁLIA RAKSA AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Fundamental

Incompleto

NÍDIA NÁDIA M.

STADLER

EQUIPE PEDAGÓGICA Pedagogia

Pós-graduação em

Metodologia de Ensino

em Educação. PDEROSANGELA CABRAL

MORAES SEGURO

DIRETORA Licenciatura Plena

Português/Inglês,

Pós-graduação em

Metodologia do Ensino

de 1º e 2º Graus.ROZELI DE FÁTIMA

PISSAIA GABARDO

PEREIRA

EQUIPE PEDAGÓGICA Pedagogia,

Pós-graduação em

Gestão, Supervisão e

Orientação

Educacional. PDESANDRA MARIA DOS S.

VERNER

AUXILIAR DE SERVIÇOS

GERAIS

Ensino Médio

SANDRA SIMONE

DALZOTTO ANJOS

TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Magistério,

Extensão em

Educação Especial,

cursando Ensino

superior PedagogiaSERGIO LUIZ MOCELIN PROFESSOR ADAPTADO Matemática

THAÍS CRISTINE DETZEL TÉCNICO

ADMINISTRATIVO

Biologia

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11 Plano de formação continuada para os professoresA valorização do magistério é do que depende o sucesso da escola em

formar cidadãos capazes de participar ativamente da vida sócio-econômica, que se relacionam com a formação, condições de trabalho e materiais. É importante que os dirigentes de uma instituição tenham ciência de que a educação continuada é direito de todos os profissionais que trabalham na escola.

A LDB afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e “período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”.

Percebe-se também a necessidade do profissional em educação, não somente os professores, mas também os funcionários atualizarem-se frente às novas demandas.

Perante esta importância, a formação continuada é um dos elementos constantes da Proposta Pedagógica do Colégio.

O Colégio planejará as atividades de formação continuada de acordo com as necessidades de seus profissionais, o que implicará em formas e conteúdos variados.

Farão parte da agenda de formação continuada, os cursos ofertados pela SEED, como cursos em Faxinal do Céu, cursos ofertados por editoras, Seminários, Simpósios, Cursos de Extensão Universitária , Grupos de Estudos ofertados pela SEED, GTR, EAD ofertados pelo MEC, Profuncionário e Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e outros.

O Colégio também organizará palestras com profissionais especializados, conforme necessidade do Colégio.

Poderão ser organizados grupos de estudos com professores e funcionários sobre temas relevantes da qualidade de Ensino.

Semestralmente será realizada uma avaliação sobre a frequência e desempenho de todos os profissionais do Colégio.

12 Plano de avaliação interna e sistemática do cursoBusca-se na avaliação, compreender as causas dos problemas, suas

relações e mudanças, propondo alternativas para a reformulação de ações.O Projeto Político Pedagógico e a avaliação constituem-se em um processo

dinâmico que direciona as ações de professores e alunos. A avaliação do Projeto Político Pedagógico é envolvida por três momentos

que são a descrição e problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade e a proposição de alternativas de ação, devendo ser democrática como todo o processo de construção do projeto político pedagógico e favorecer a apropriação do conhecimento pelo aluno.

Uma análise a ser realizada é quanto ao resultado do ENEM e IDEB do Colégio. Em 2009 o IDEB foi de 5,6, ultrapassando a meta que era de 5,4. Quanto ao ENEM, a média foi de 543,48.

Percebe-se que, com a colaboração de toda a comunidade escolar, o Colégio tem alcançado média superior ao Município, Estado e País.

Outro fator preponderante é quanto a análise realizada tendo em vista a

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reprovação, principalmente dos alunos do 1º ano do Ensino Médio. Constatou-se que os alunos retidos, na sua maioria, são oriundos de outros estabelecimentos de ensino, por meio do georeferenciamento. Muitos deles trazem uma defasagem de conteúdos, comparando-se aos alunos que estudam no Colégio há mais tempo.

No ano de 2010, como medida de prevenção, o Colégio adotou procedimentos que promoveram uma maior participação dos pais e/ou responsáveis no que se refere ao rendimento dos alunos. Essas medidas foram apoiadas por toda a comunidade escolar.

Além da avaliação prevista na legislação, o Colégio realizará reuniões periódicas com toda a comunidade escolar para detectar as possíveis falhas, bem como prováveis soluções, durante a implementação do Projeto Político Pedagógico.

Tendo realizado as avaliações anuais (com professores, funcionários, pais e alunos) será revisto todo o Projeto Político Pedagógico e, se preciso, será reorganizado.

A avaliação não é a finalização do projeto, mas sim processo, pois deve ocorrer durante todos os momentos, para que se possa tomar decisões, corrigir e aprimorar seus rumos.

13 Referências bibliográficas

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UENO, Paulo . Física. São Paulo: Editora Ática, 2005.UNESCO. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. São Paulo: Biblioteca Virtual de Direitos Humanos/USP: 2003.VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 8 ed. São Paulo. Libertad, 1995.VEIGA, Ilma Passos de Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva. In: “Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível”. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.VEIGA, Ilma Passos de Alencastro. Perspectivas para Reflexão em Torno do Projeto Político Pedagógico. In: “Escola : Espaço do Projeto Político Pedagógico”. Campinas, São Paulo: Papirus,1998.VEIGA, O C. A. Participação e qualidade de ensino. In: Revista paixão de Aprender da Secretaria Municipal de Educação. N. 6. Porto Alegre: mar/1994.Schwab. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1792-8.pdf. Acessado em 10 de julho de 2010.HORKHEIMER, M.E. ADORNO T.W. (org.). Temas básicos da sociologia. São Paulo: Cultrix, 1973.

ANEXO 1

PATRIMÔNIO ESCOLAR

RELAÇÃO DE BENS ÓRGÃO 0033

Nº CLASSE DESCRIÇÃO PATRIMÔNIO

1. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110612. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110623. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110634. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110645. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110656. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110667. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110698. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 2110709. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107110. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107211. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107312. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107413. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107514. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107615. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107716. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107817. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107918. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108019. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211081

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20. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108221. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108322. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108423. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108524. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108625. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108726. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108827. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108928. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109029. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109130. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109231. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109332. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109433. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109534. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109635. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109736. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109837. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109938. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110039. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110240. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110341. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110442. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110543. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110644. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110745. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110846. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110947. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111048. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111149. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111250. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111351. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111452. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111553. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111654. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111755. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111856. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111957. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112058. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112259. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112360. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112461. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112562. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112663. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112764. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 30743165. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 30743266. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 307433

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67. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 30743468. 2 0 0 7 5 0 0 TELEVISOR A CORES 21” - FUNDEF 35150869. 2 0 0 7 5 0 0 VIDEO CASSETE 5 CABEÇAS - FUNDEF 35150970. 1 2 0 1 0 0 2 BATEDEIRA SEMI-IND. 12 LTS FUNDEF 35153471. 1 2 0 3 7 0 1 GELADEIRA RESIDENCIAL 270 LTS 35153672. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35153973. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154074. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154175. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154276. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154377. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154478. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154579. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154680. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154781. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154882. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35154983. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155084. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155185. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155286. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155387. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155488. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155589. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155690. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 35155791. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351558

RELAÇÃO DE BENS

ÓRGÃO 0033

Nº CLASSE DESCRIÇÃO PATRIMÔNIO

1. 0 8 1 2 0 0 1 TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 1002 499472. 0 8 1 2 8 0 0 VIDEO CASSETE GMI 1002 521473. 0 8 1 2 0 0 1 TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 5370/96 582624. 0 8 1 2 0 0 1 TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 5370/96 583025. 1 0 0 2 0 0 0 EXTINTOR AP. 10L. GMI 10577- 09/12/97 732986. 0 8 1 2 1 0 0 CONJUNTO DE MOVIMENTO CINEMATICA

E DINAMICA88370

7. 1 3 0 5 2 0 1 CONJUNTO DE TERMOLOGIA 892008. 1 3 1 8 8 0 0 LEIS DE OHM 898719. 1 3 1 8 9 0 0 CONJUNTOS DE OTICAS E ONDAS 9393010. 2 0 0 6 6 0 0 CPU 10322211. 0 6 0 5 0 1 4 MESA PARA MICRO/TERMINAL 10583512. 0 6 0 5 0 0 9 MESA PARA IMPRESSORA 10624813. 0 8 0 9 9 0 2 RECEPTOR DE SINAIS DE TV VIA

SATELITE131670

14. 0 8 0 0 5 0 0 AMPLIFICADOR 132168297

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15. 0 6 0 5 0 2 8 RACK PARA TV E VIDEO GMI 1002 4719416. 1 4 0 1 4 0 0 IMPRESSORA 5662017. 0 8 1 2 0 0 1 TV 29 “ PANASONIC 14059118. 0 8 0 1 3 0 1 APARELHO DE DVD PANASONIC 14094119. 1 1 0 5 0 0 0 TECLADO PARA MICROCOMPUTADOR 10363520. 1 4 0 2 0 0 0 MONITOR/ TERMINAL 10404821. 1 4 0 1 4 0 0 IMPRESSORA 10446122. 0 6 0 1 7 0 0 CADEIRA GIRATORIA 10666123. 0 6 0 4 4 0 0 ESTANTE 12844624. 0 6 0 4 4 0 0 ESTANTE 12844725. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106127. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106228. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106329. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106430. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106531. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106632. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21106933. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107034. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107135. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107236. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107337. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107438. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107539. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107640. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107741. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107842. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21107943. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108044. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108145. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108246. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108347. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108448. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108549. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108650. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108751. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108852. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21108953. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109054. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109155. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109256. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109357. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109458. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109559. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109660. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109761. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21109862. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211099

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63. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110064. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110265. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110366. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110467. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110568. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110669. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110770. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110871. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21110972. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111073. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111174. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111275. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111376. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111477. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111578. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111679. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111780. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111881. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21111982. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112083. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112284. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112385. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112486. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112587. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112688. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21112789. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104490. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104591. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104692. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104793. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104894. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21104995. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21105096. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21105197. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21105298. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 21105399. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211054100. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211055101. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211056102. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211057103. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211058104. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211059105. 0 6 0 2 4 0 5 CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1 211060106. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 307431107. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 307432108. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 307433109. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT.-FUNDEF 307434

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110. 2 0 0 7 5 0 0 TELEVISOR A CORES 21” - FUNDEF 351508111. 2 0 0 7 5 0 0 VIDEO CASSETE 5 CABEÇAS - FUNDEF 351509112. 1 2 0 1 0 0 2 BATEDEIRA SEMI-IND. 12 LTS FUNDEF 351534113. 1 2 0 3 7 0 1 GELADEIRA RESIDENCIAL 270 LTS 351536114. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351539115. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351540116. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351541117. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351542118. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351543119. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351544120. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351545121. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351546122. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351547123. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE PAREDE - FUNDEF 351548124. 0 9 0 0 4 0 0 BEBEDOURO ELÉTRICO 110 V 11520125. 0 6 0 6 6 0 5 QUADRO NEGRO 11562126. 0 6 0 6 6 0 5 QUADRO NEGRO 11563127. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT. - PROEM 69693128. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT. - PROEM 69697129. 0 6 0 4 4 0 1 ESTANTE AÇO C/7 PRAT. - PROEM 69976130. 0 6 0 0 5 0 1 ARQUIVO AÇO 4 GAVETAS - PROEM 202755131. 0 6 0 0 5 0 1 ARQUIVO AÇO 4 GAVETAS - PROEM 202756132. 0 6 0 0 5 0 1 ARQUIVO AÇO 4 GAVETAS - PROEM 202757

RELAÇÃO DE BENS ÓRGÃO 0472

Nº CLASSE DESCRIÇAO PATRIMÔNIO

1. 0 2 0 6 3 0 0 ESTABILIZADOR DE VOLTAGEM 73472. 0 6 0 0 4 1 4 ARMARIO PARA TOCA DISCOS 73493. 0 2 0 7 7 0 3 FURADEIRA ELETRICA 73534. 0 6 0 5 0 1 8 MESA PARA REUNIAO 73565. 1 2 0 1 0 0 0 BATEDEIRA 20091936. 0 8 0 2 0 0 1 MAQUINA FOTOGRAFICA 20091987. 9 9 0 5 4 0 0 RELOGIO 73688. 0 6 0 5 0 1 4 MESA PARA MICRO/TERMINAL 664059. 0 8 1 2 8 0 0 VIDEO CASSETE 6641010. 9 9 0 6 9 0 1 VENTILADOR DE MESA OU PAREDE 11678011. 5 0 0 1 3 0 0 CILINDRO MANUAL PARA PAO 11678112. 0 1 0 1 2 0 0 FOTOCOPIADORA 11948213. 0 8 0 2 8 0 0 CENTRAL TELEFONICA 200884914. 0 6 0 0 4 0 0 ARMARIO DE MADEIRA PARA TV E

VIDEO 200919415. 0 4 0 0 4 0 0 BALCAO DE MADEIRA 2 PORTAS 200919516. 2 0 0 9 1 9 6 MICROFONE 200919617. 1 2 0 5 4 0 0 PICADOR DE LEGUMES 200919718. 1 3 1 2 0 0 0 MICROSCOPIO MONOCULAR 2009200

300

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19. 2 0 0 6 6 0 0 QUADRO BRANCO DE FORMICA 201648420. 1 4 0 2 0 0 0 MONITOR PARA MICROCOMPUTADOR 201678621. 1 1 0 5 0 0 0 TECLADO PARA MICROCOMPUTADOR 201649122. 1 1 0 5 0 0 0 TECLADO PARA MICROCOMPUTADOR 201649223. 1 1 0 5 0 0 0 TECLADO PARA MICROCOMPUTADOR 201649324. 0 2 0 6 3 0 0 ESTABILIZADOR DE VOLTAGEM 201649525. 0 2 0 6 3 0 0 ESTABILIZADOR DE VOLTAGEM 201649626. 0 2 0 6 3 0 0 ESTABILIZADOR DE VOLTAGEM 201649727. 0 2 0 6 3 0 0 ESTABILIZADOR DE VOLTAGEM 201649828. 1 4 0 1 3 0 0 HUB 201649929. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206457030. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206460131. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206460332. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206460433. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206460534. 0 6 0 5 2 0 2 MESA ESCOLAR PROFESSOR 206460635. 0 6 0 0 9 0 1 BANQUETAS PARA O LABORATORIO

(40) 206473836. 1 2 0 4 0 0 2 LAVADORA DE CHAO 2082063

ANEXO 2

QUESTIONÁRIO

PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

(aplicado aos pais).

COLÉGIO ESTADUAL “DES. CLOTÁRIO PORTUGAL” - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

SENHORES PAIS:Gostaríamos que respondessem as questões abaixo, pois elas serão

importantes na reformulação do nosso Projeto Político Pedagógico. É fundamental que todas as questões sejam respondidas com seriedade, revelando o mais possível, a realidade de nossos alunos. Precisamos conhecer os alunos com quem trabalhamos.

Não há necessidade de colocar o nome e, não precisa assinar.Desde já agradecemos

Direção e professoresMarço de 2010.

1 – Marque com um X nas pessoas que moram na sua casa:

( ) pai ( ) mãe ( ) filhos - Quantos _____

( ) outros . Relacionar (tio, avô, primo) _________________________________

2 – Quem trabalha em sua família? (Colocar a profissão)

( ) Pai – Profissão___________________________________

( ) Mãe – Profissão __________________________________301

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( ) Irmãos – Profissão ________________________________

( ) outros – Profissão ________________________________

3- Com que você fica em casa, quando não está no Colégio?

( ) pai ( ) mãe ( ) irmãos mais velhos ( ) irmãos mais novos ( ) avó ( )

sozinho ( ) outros: _______________

4- O que você faz em casa, quando não está no Colégio?

( ) Assiste televisão ( ) fica no computador ( ) pratica algum esporte ( ) Faz

a leitura de Livros ( ) ajuda nas atividades de casa ( ) outros:

___________________

5 – Escolaridade (último nível de estudo de cada pessoa de sua família, em que

ano de estudo parou)

Pai : _______________________________________

Mãe : ______________________________________

Irmãos : ____________________________________

Outros : ____________________________________

6 – Renda mensal de sua família : R$_____________________

7 – Moram em :

( ) casa própria ( ) casa alugada ( ) casa emprestada

8 – Qual a distância de sua casa até o Colégio?

__________________________________________________________________

9 – Qual meio de transporte você utiliza para vir ao Colégio?

__________________________________________________________________

10 – Qual o tempo que você gasta para vir ao Colégio?

__________________________________________________________________

11 – Em sua casa, você tem um ambiente destinado para seus estudos?

( ) sim ( ) não Qual? ___________________________________

12 – Qual o tempo que você dedica por dia, fora do Colégio, para estudar?

_________________

13 – Nas horas de lazer, como sua família costuma divertir-se? Onde?

__________________________________________________________________

_______________

14 – E qual é o seu passatempo preferido?

__________________________________________________________________

302

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_

15 – Quais os programas de TV que sua família costuma assistir?

__________________________________________________________________

_

16 – Quais os programas de TV que você costuma assistir?

__________________________________________________________________

_

17- Qual é a sua religião?

__________________________________________________________________

18 – Alguma pessoa que mora em sua casa tem problema de saúde? Qual?

19 – Assinale quantas unidades de cada um você tem em sua casa. Se não tiver

não precisa assinalar.

( ) geladeira ( )fogão ( )televisão ( )

vídeo

( )DVD ( )som ( )máquina fotográfica digital

( )microondas ( )freezer ( )máquina fotográfica simples

( )máquina de lavar roupa ( )forno elétrico ( )computador

( )impressora ( ) computador com internet

( )secadora

20 – Sua família tem assinatura de algum jornal ou revista? Quais?

________________________________________________________________

21 – Descreva de qual cidade e Estado é sua família:

Pai: ______________________________________

Mãe: _____________________________________

Irmãos: ___________________________________

Aluno: ____________________________________

22 – Como você gostaria que fosse a escola hoje? (considere aspectos em relação

à aprendizagem)

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

303

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ANEXO 3

304

COL. EST. DES. CLOTÁRIO PORTUGAL - E.F.M.

ROTAS DE FUGA E PONTO DE ENCONTRO 1ª OPÇÃO

DEPÓSITO DEP

Ó-SITO

WC

ALMOXARIFA-DO

3A/5C

3B/5B

3C/5A

BIBLIOTECA

BLOCO C

BLOCO

D

BLOCO B

BLOCO

E

BLOCO A

ENTRADA / SAÍDA DOS

ALUNOS

LABORATÓRIO DE QUÍ. FÍS

BIO.

1A / 8C / 3D

1B / 1F

1C / 1G

1D / 1H

7B / 1E

7A / 2D

CANTINA

COZINHA

WC

WC

2A / 5D

8B / 5E / 2E

8A / 5F / 1I

LABORATÓRIO DE

INFORMÁTICA

6A / 6E

6B / 6D

2C / 6C

SALA DE APOIO

2B / 7C

SALA DOS PROFESSORES

DIREÇÃO /

SUPERVISÃO

SECRETARIAWC

SUPERVISÃO

ORIENTAÇÃO

ENTRADA SECRETA

RIA

MECANOGRAFIA

CASEIRO

ESTACIONAMENTO

P.E.(PONTO DE ENCONTRO)

GINÁSIO

ENTRADA

SAÍDA

C

C

C

C

C

C

CC

C

C

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305

COL. EST. DES. CLOTÁRIO PORTUGAL - E.F.M.

ROTAS DE FUGA E PONTO DE ENCONTRO 2ª OPÇÃO

DEPÓSITO DEP

Ó-SITO

WC

ALMOXARIFA-DO

3A/5C

3B/5B 3C/5A BIBLIOTECA

BLOCO C

BLOCO

D

BLOCO B

BLOCO

E

BLOCO A

ENTRADA / SAÍDA DOS

ALUNOS

LABORATÓRIO DE QUÍ. FÍS

BIO.

1A / 8C / 3D

1B / 1F

1C / 1G

1D / 1H

7B / 1E

7A / 2D

CANTINA

COZINHA

WC

WC

2A / 5D

8B / 5E / 2E

8A / 5F / 1I

LABORATÓRIO DE

INFORMÁTICA

6A / 6E

6B / 6D

2C / 6C

SALA DE APOIO

2B / 7C

SALA DOS PROFESSORES

DIREÇÃO /

SUPERVISÃO

SECRETARIA

WC

SUPERVISÃO

ORIENTAÇÃO

ENTRADA SECRETARI

A

MECANOGRAFIA

CASEIRO

ESTACIONAMENTO

GINÁSIO

ENTRADA

C

C

C

C

C

C

CC

C

C

P.E. (PONTO DE ENCONTR

O)

SAÍDA