117
FERRAMENTARIA MARÍTIMO

Pratica Do Uso de Ferramentaria

Embed Size (px)

Citation preview

  • FERRAMENTARIA

    MARTIMO

  • 2

  • Sumrio

    1 Instrumentos de Medidas Mecnicas .............................................................. 51.1 Introduo ............................................................................................................ 51.2 Escala Graduada ................................................................................................. 71.3 Compasso ...........................................................................................................151.3.1 Identificao ........................................................................................................151.3.2 Tipos de Compasso ............................................................................................161.3.3 Utilizao Prtica ................................................................................................181.3.4 Cuidados.............................................................................................................201.4 Micrmetros ........................................................................................................211.4.1 Identificao e nomenclatura ..............................................................................211.4.2 Tipos e aplicaes ..............................................................................................221.4.3 Princpio de Funcionamento ...............................................................................231.4.4 Utilizao Prtica ................................................................................................261.4.5 Normas de conservao .....................................................................................271.5 Calibre Vernier ....................................................................................................281.5.1 Identificao e nomenclatura ..............................................................................281.5.2 Tipos e aplicaes ..............................................................................................291.5.3 Princpio de Funcionamento ...............................................................................301.5.4 Utilizao Prtica ................................................................................................371.5.5 Normas de conservao .....................................................................................381.6 Relogio Comparador ...........................................................................................391.6.1 Finalidades .........................................................................................................391.6.2 Funcionamento ...................................................................................................391.6.3 Aplicaes ..........................................................................................................40

    2 Ferramentas de uso comum ............................................................................412.1 Martelo e Macete ................................................................................................412.2 Chave de Fenda .................................................................................................452.3 Punes ..............................................................................................................492.4 Alicates ...............................................................................................................532.5 Torqus ...............................................................................................................552.6 Corta-Parafusos ..................................................................................................562.7 Torno de Bancada...............................................................................................572.8 Chave de Aperto .................................................................................................61

    3 Ferramentas Para Corta Metais .......................................................................673.1 Tesouras Manuais ...............................................................................................673.2 Arco de Serra......................................................................................................703.3 Talhadeira e bedame ..........................................................................................743.4 Lima ....................................................................................................................79

    4 Ferramentas de Furar Metais ...........................................................................844.1 Brocas.................................................................................................................844.2 Mquina de Furar................................................................................................874.3 Escareadores e Rebaixadores ............................................................................92

  • 45 Ferramentas de Abrir Rosca ............................................................................945.1 Rosca..................................................................................................................945.2 Macho de Rosca .................................................................................................975.3 Tarraxa de Rosca.............................................................................................. 100

    6 Ferramentas para Tubos ................................................................................ 1056.1 Tubos ................................................................................................................ 1056.2 Operao de abrir rosca em tubo ..................................................................... 1076.3 Operao de Virar Tubos .................................................................................. 1096.4 Operao de Abrir Boca de Sino em Tubos...................................................... 110

    7 Parafusos e Acessrios Afins ....................................................................... 1117.1 Parafusos e Porcas .......................................................................................... 1117.2 Arruelas ............................................................................................................ 1157.3 Pinos ................................................................................................................. 116

    Biblografia ................................................................................................................. 117

  • 5FERFER

    1 Instrumentos de Medidas Mecnicas

    1.1 Introduo

    Os martimos em suas lides bordo necessitam utilizar diversos instrumentos eferramentas de trabalho. O conhecimento adequado do seu emprego fundamental parao bom desempenho das atividades cotidianas.

    Esta disciplina apresenta informaes bsicas sobre os instrumentos de medidasmecnicas e de diversos tipos de ferramentas e acessrios empregados a bordo.

    Por que surgiram os nmeros

    Naturalmente os primitivos sentiram necessidade de avaliar a sucesso dos dias.A quantidade de frutos que colhiam para o seu sustento e da quantidade de animais quepara serem divididos entre os componentes da sua tribo.

    Dessa maneira surgiu o primeiro conjunto numrico.

    Conjuntos dos Nmeros Naturais

    N* {1, 2, 3, 4, 5...}

    Quando se acrescenta o smbolo * (estrela), indica que o zero foi excludo doconjunto. Porm entre os nmeros 1 e 2 existem uma infinidade de valores.

    Exemplos: {1,1/2,1/4,1/8,1/16,1/32,1/64,1/28...2}

    Esses valores representam justamente as fraes.

    Frao uma das partes de um inteiro que se divide em partes iguais. Se dividirmosuma barra de chocolate em 3 partes e comermos 2, restar um nmero fracionrio.

    Observe as fraes:

    2 numerador3 denominador

  • 61 meio ou 1 sobre 22

    1 um tero ou 1 sobre 3 3

    1 um quarto ou 1 sobre 4 4

    2 o numerador, indica quantas das partes divididas devem ser tomadas.

    3 o denominador, ele que indicaca em quantas partes o todo foi dividido.

    3 16 5 32

    6 10

    9 100

    4 1000

    16 16

    2 2

    4 4

    1 6

    1 7

    1 8

    1 9

    8 4

    um sexto; um stimo; um oitavo; um nono

    Observao

    O trao de frao significa diviso. Assim, = 2 , isto , 8 + 4 = 2

    Quando o denominador de uma frao for de 11 em diante, lemos o numerador edenominador acrescentando a palavra avos.

    Exemplos:

    a) trs dezesseis avos ou 3 sobre 16

    b) cinco trinta e dois avos ou 5 sobre 32

    Quando o denominador for 10, 100, 1000, lemos o numerador acompanhado dapalavra dcimo, centsimo ou milsimo.

    Exemplos:

    seis dcimos, nove centsimos, quatro milsimos

    Quando numa frao o numerador e o denominador forem iguais, a frao serigual ao inteiro.

    = um inteiro; = um inteiro; = um inteiro

  • 7FERFER

    Propriedade Fundamental da Frao

    Quando multiplicamos ou dividimos ambos os termos (numerador e denominador)de uma frao pelo mesmo nmero, a frao no se altera, obtemos fraes equivalentes.

    Assim veremos que:

    Isso significa que, se eu dividir uma ma em 4 partes iguais e comer 3 partes (3/4)eu vou comer a mesma quantidade de ma, caso eu divida ela em 8 partes e coma 6partes (6/8).

    Isso 3/4 = 6/8, de acordo com a propriedade fundamental da frao.

    1.2 Escala Graduada

    Identificao

    A escala ou rgua graduada um dos mais simples instrumentos de medida linearutilizados nas oficinas. constituda de uma rgua em forma de lmina, normalmente deao inoxidvel ou ao carbono, com faces planas e paralelas, onde esto gravadas asmedidas em polegadas e suas fraes (pelo sistema ingls) e em centmetros e milmetros(pelo sistema mtrico).

    A sua graduao se faz em 1/2, 1/4, 1/8, 1/16 e 1/32 da polegada e em centmetrose milmetros.

    Escala ou rgua graduada

  • 8Finalidade

    A escala graduada um instrumento de fundamental importncia, utilizada nasoficinas mecnicas para medidas lineares como marcar linhas, medidas de comprimentocom face de referncia, pontos de referncia, e para regular abertura de compasso ouinstrumentos utilizados para transportar medidas, quando no h exigncia de preciso.

    As figuras a seguir mostram como pode ser feita a leitura com as escalas graduadas.

    Medida com escala Emprego da rgua de ao

    Transferncia de medidas Medida interna

  • 9FERFER

    Tipos de Escala Graduada

    A escala graduada apresenta-se sob vrios tipos para as mais variadas tarefas demedies.

    Escala de Profundidade

    Utilizada para medir profundidade de furos, rasgos dechavetas e outros rebaixos.

    Escala de Encosto Interno

    Utilizada para medir comprimentocom a face interna de referncia.

    Escala de Encosto Externo

    Utilizada para medio de comprimento de uma face externa com um encosto quedeve estar perfeitamente no plano perpendicular face da pea para uma boa medio.

  • 10

    Leitura da Escala em milmetro

    A leitura feita pelo sistema mtrico decimal

    A graduao da escala consiste em dividir 1 centmetro em 10 partes iguais.

    Graduao de escala.

    Na figura abaixo, temos a leitura das medidas 0 = 30, p = 34 e q = 40 milmetrosLeitura de medidas em espaos marcados.

    Leitura da Escala em Polegada

    Representao em polegada:

    ( ) - 1 = uma polegada; ou (in) - 1 in = uma polegada

    Intervalo referente a 1" (ampliado).

    ortem1 sortemced01

    ortemced1 sortemtnec01

    ortemtnec1 sortemlim01

  • 11FERFER

    Diviso da polegada nas graduaes da escala.

    As graduaes da escala so feitas, dividindo-se a polegada em 2, 4, 8, 16 e emalguns casos, em 32 partes iguais.

    Diviso de 1" por 2.

    A distncia entre traos igual a 1/2" (1/2 polegada). Somando as fraes, teremos: 1/2 + 1/2 = 1

    Diviso de 1" por 4

    Distncia entre traos igual 1/4" (1/4 da polegada). Somando-se as fraes,teremos:

    1/4" + 1/4" = 1/2" 1/4" + 1/4" + 1/4" = 3/4" 1/4" + 1/4" + 1/4" + 1/4" = 1"

    Observao: Operando com fraes ordinrias, sempre que o numerador e odenominador forem nmeros que possam ser divididos pela mesma quantidade, devemossimplificar a frao.

    Exemplo: + =

    Simplificando, teremos: =

    Diviso de 1" por 8.

    1 2

    2 2 4 2

    1 4

    1 4

    2 4

  • 12

    Distncia entre traos igual a 1/8. Somando as fraes, teremos: 1/8" + 1/8" = 2/8" = 1/4" 1/8" + 1/8" + 1/8" = 3/8" 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8"= 4/8" + 1/2" 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 5/8" 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 6/8" = 3/4"

    Diviso de 1" por 16.

    A distncia entre traos igual 1/16". Somando as fraes, teremos: 1/16" + 1/16" = 2/16" = 1/8" 1/16" + 1/16" + 1/16" = 3/16"

    Diviso de 1" por 32.

    A distncia entre traos igual 1/32". Somando as fraes, teremos: 1/32" + 1/32" = 2/32" = 1/16" 1/32" + 1/32" + 1/32" = 3/32" 1/32" + 1/32" + 1/32" + 1/32" = 4/32' = 2/16" = 1/8"

    Exemplos de medidas:

    Leitura de fraes de polegadas em rgua graduada.

    Temos as medidas f = 1 1/16", g = 1 1/4", h = 1 3/4", e i = 15/16".

  • 13FERFER

    Existe uma variedade de aplicaes prticas aos mais diversos tipos de escalagraduada como voc pode verificar:

    Medio de Comprimento com Face de Referncia

    Medio de Comprimento com Face Interna de Referncia

    Transferncia de Medida com Escala em Milmetro

  • 14

    Medio do Dimetro da Pea

    Medio de Comprimento sem Encosta de Referncia

    Caractersticas da Escala Graduada

    Ser, de preferncia, de ao inoxidvel; bom acabamento; graduao uniforme; e apresentar traos bem finos, profundos e bem visveis.

    Normas de Conservao

    Evitar quedas e contatos com outras ferramentas; evitar flexion-la, para que no se empene ou quebre; limp-la aps o uso, removendo o suor e a sujeira; e aplicar uma ligeira camada de leo fino aps o uso.

  • 15FERFER

    1.3 Compasso

    1.3.1 Identificao

    Compasso um instrumento de medida construdo de ao-carbono, constitudo deduas pernas, que se abrem e se fecham atravs de uma articulao. As pernas podemser retas, terminadas em pontas afiladas e endurecidas, de uma perna reta e outra curva.

    O compasso de pernas retas denominado de compasso de pontas. O com umaperna reta e outra curva denominado compasso de centrar ou hermafrodita.

    As pontas do compasso podem ser afiadas. A afiao feita no esmeril ou napedra de afiar, e se faz pela parte externa. Ao se afiar, deve-se ter o cuidado de manter asduas pernas com o mesmo comprimento, o que importante para se obter um bom traado.

    Finalidades

    O compasso um instrumento destinado ao traado de arcos, circunferncia,perpendiculares, diviso de ngulos, marcao de centro, etc.

    um dos mais antigos instrumentos de comparao. Depende do tato para mediruma pea, transfere a medida para uma escala graduada, calibre vernier ou micrmetro econseguem uma boa leitura.

    A abertura do compasso poder ser medida com auxlio de uma escala.

  • 16

    1.3.2 Tipos de Compasso

    Existem compassos de vrios tipos, formatos e tamanhos, de maneira a seremutilizados em uma variedade de tarefas. Basicamente os principais tipos so os compassosde frico e de mola.

    Compasso de Frico

    As pernas do compasso de frico so simplesmentearticuladas, sendo a abertura mantida apenas pela frico ou peloaperto que se d na articulao.

    O seu uso no recomendvel, quando h necessidade demuita preciso. Existem compassos de frico para vriasmodalidades de trabalhos.

    Compasso de Pontas de Frico

    Utilizado para traar circunferncias de raios determinados epara transportar medidas lineares.

    Compasso de Centrar de Frico (Hermafrodita)

    Utilizado para traar centro de uma pea cilndrica ou uma retaparalela a uma superfcie plana.

    Compasso de Frico de Medidas Externas

    Este compasso pode ser travado pela articulao e servepara efetuar medidas das faces externas de uma pea.

  • 17FERFER

    Compasso de Frico de Medidas Internas

    Este compasso tambm pode ser travado pela articulao eserve para efetuar medidas das faces internas de uma pea.

    Compasso de Molas

    Este compasso possui geralmente umdispositivo de ajustagem constitudo de um parafuso ede uma porca que d tenso em uma mola, abrindo oufechando as pontas e permitindo a abertura desejada.

    um dos tipos de compasso mais utilizadosdevido mola, ao parafuso e porca de regulagem,fatores que o tornam um instrumento recomendvelquando h necessidade de maior preciso na medida.

    Assim como ocorre com os compassos defrico, existem compassos de molas para vriasmodalidades de tarefas, tais como traar linhas, circunferncias, transportar medida, etc.

    O limite mximo da abertura destes compassos determinado pelo contato dasfaces internas das partes superiores das pernas, como mostrado na figura acima.

    O fechamento do compasso determinado pelo contato das faces internas inferioresdas pernas, nas proximidades das pontas.

    Compasso de Pontas

    Utilizado para traar circunferncias, arcos de circunferncias,para transportar medidas.

  • 18

    Compasso Hermafrodita

    constitudo pela metade compasso de medida externae metade do de ponta. utilizado para determinar o centro deuma pea cilndrica e traar uma reta paralela a uma superfcieplana.

    um instrumento de maior preciso e sensibilidade queos demais, devido ao da mola, que o mantm sob tenso,e possibilidade de aberturas com medidas mais precisas,por meio de parafuso e da porca de regulagem.

    Compasso de Molas de Medidas Externas

    provido de um parafuso que permite ajustamentos finais.Nesse caso, depois que as pernas so ajustadas a uma medidaaproximada, o ajuste final feito com alguns giros da porcarecartilhada.

    Compasso de Molas de Medidas Internas

    Tambm provido de parafuso que permite ajustamentos finais.

    1.3.3 Utilizao Prtica

    Centragem da base de uma pea cilndrica

    Quando se faz a centragem aproximada da base deuma pea cilndrica, d-se a abertura aproximada do raio e,com a face de contato em pontos opostos, traam-se quatroarcos que se cortam. O centro fica no interior dessequadriltero curvilneo. Observe a figura.

  • 19FERFER

    Traado de uma linha paralela a uma superfcie plana

    Vale ressaltar que para a traagem de umasuperfcie, passa-se uma leve camada de verniz oualvaiade, com pincel na face da pea que vai receber otraado, para que os traos se destaquem com nitidez

    Acerta-se a medida na escala (a) e faz-se o traado napea (b).

    Tomada e transporte de medida

    Tomada a medida na escalagraduada e o transporte desta medidauma ou mais vezes, como mostra afigura.

    Compasso utilizado para medir a espessura de uma pea

    Medindo distncias entre superfcies

    Nesse caso as duas pontas do compassodevem tocar as superfcies ligeiramente. Isto obtido por um ligeiro movimento de vaivm,sentindo-se o contato com a pea.

    (a) (b)

  • 20

    1.3.4 Cuidados

    Para que o compasso esteja em boas condies de uso indispensvel que:

    as pontas sejam afiadas na pedra de afiar;

    as pernas estejam iguais; e

    o deslocamento das pernas se faa no mesmo plano.

    Normas de Conservao

    os compassos devem estar bem ajustados.

    as pontas devem estar bem afiadas.

    devem ser mantidos isolados de outras ferramentas.

    deve-se proteger contra golpes e quedas.

    deve-se lubrificar aps o uso.

    as pontas devem ser protegidas com madeira ou borracha.

    as pontas devem ser acertadas corretamente, na forma e no comprimento,empregando a pedra de afiar.

  • 21FERFER

    1.4 Micrmetro

    1.4.1 Identificao e nomenclatura

    So instrumentos largamente empregados nas indstrias mecnicas, os quaispermitem medir, por leitura direta, quando a aproximao das medidas nas peas tem deser mais precisa do que permite o calibre vernier.

    O funcionamento do micrmetro assemelha-se ao princpio do deslocamento deum parafuso, no sentido longitudinal, quando ele gira em uma porca. Todos eles funcionambaseados no mesmo princpio, so usados e lidos da mesma maneira, tanto os micrmetros,em polegadas, como os micrmetros, em milmetros, mudando apenas os valores dasdivises.

    Nomenclatura dos micrmetros:

    1 - ferradura2 - contatos3 - haste4 - trava5 - escala fixa6 - tambor com escala mvel7 - catraca8 - punho

  • 22

    Finalidades

    Em um calibre vernier, pode-se fazer medidas com uma aproximao de 1/128polegada. Este grau de aproximao, entretanto, no ser suficiente para os servioschamados de alta preciso.

    Para medidas rigorosas que exigirem alta preciso devemos utilizar o micrmetro.

    1.4.2 Tipos e aplicaes

    Existem micrmetros de vrios tipos, a saber:

    Micrmetro Externo

    Micrmetro com Arco Profundo

    Utilizado para medio de chapas.

    Micrmetro com Disco

    Utilizado para medio de papel, de cartolina, couro e borracha. Tambm empregado para a medio de engrenagem.

    Micrmetro com Batente Cilndrico

    Utilizado para medir a espessura de paredes de tubos.

    Micrmetro para Medir Parede de Tubos

  • 23FERFER

    Micrmetro para Medir Roscas

    Micrmetro de Profundidade

    Utilizado para medir profundidade de furos, ranhuras,canais de chavetas, etc. vem acompanhado com haste devrios comprimentos que so introduzidas em um furo existenteno centro da base.

    Micrmetro para Medidas Internas

    Os micrmetros internos podem ter vriasaplicaes, utilizando-se o conjunto de hastesintercambiveis.

    1.4.3 Princpio de Funcionamento

    A construo do micrmetro se baseia no princpio do parafuso, que avana ourecua uma distncia correspondente a uma volta completa do passo do parafusomicromtrico.

    A escala fixa dispe de uma graduao longitudinal de uma polegada decomprimento, dividida em 40 partes iguais. Da, conclumos que cada diviso equivale a1/40 da polegada, que corresponde a 25 milsimo da polegada (0,025").

    O tambor possui uma escala(mvel) dividida em 25 partes iguais;conseqentemente, cada divisoequivale a um milsimo da polegada deavano da haste (0,001").

    A haste do micrmetro (na qual preso o tambor) roscada e atarraxadaem uma porca fixa de maneira que, sedermos uma volta completa no tambor,haver um deslocamento, avano ourecuo, na haste do micrmetro igual a25 milsimo da polegada (0,025").

  • 24

    Leitura do Micrmetro em Polegadas

    Leitura da Escala Fixa

    Estando o micrmetro fechado, se dermos uma voltacompleta no tambor, teremos um deslocamento no parafusomicrmetro igual ao seu passo (0,025"), aparecendo oprimeiro trao na escala fixa. A leitura da medida ser 0,025".Dando-se duas voltas completas, aparecer o segundo trao:a leitura da medida ser 0,050", e assim sucessivamente.

    Leitura do Tambor

    Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,025", tendo o tambor 25 divises,conclui-se que cada diviso do tambor equivale a 0,001".

    Uma volta do tambor = 0,025"Nmero de diviso do tambor = 25Cada diviso do tambor = 0,025 =0,001

    25

    Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro trao do tambor com a linha dereferncia da escala fixa, a leitura ser 0,001", o segundo trao 0,002"e o vigsimo quartotrao 0,024"

    Sabendo-se a leitura da escala fixa e a do tambor,podemos ler qualquer leitura registrada no micrmetro.

    Para efetuarmos a leitura, soma-se a leitura daescala fixa com a do tambor: 0,225" + 0,012" = 0,237"

    Para efetuarmos a leitura do micrmetro, soma-se a leitura da escala fixa com a dotambor. Exemplo:

  • 25FERFER

    Leitura do Micrmetro em Milmetros

    Leitura da Escala Fixa

    A escala fixa dispe de graduao longitudinal de 25 milmetros de comprimentodividida em 50 partes iguais. Da, conclumos que cada diviso da escala corresponde a0,5 de milmetro.

    Estando o micrmetro fechado, dando uma volta no tambor, termos deslocamentona haste igual ao passo do parafuso micromtrico (0,50mm), aparecendo o primeiro trao

    na escala fixa. A leitura ser 0,5 milmetro. Dando-se duas voltas completas, aparecer osegundo trao, e a leitura ser 1,00 milmetro, e assim sucessivamente.

    Leitura do Tambor

    Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50divises, conclumos que cada diviso equivale a 0,01mm.

    Uma volta do tambor = 0,050mmNmero de diviso do tambor = 50Cada diviso do tambor = 0,50 = 0,01mm

    50

    Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro trao do tambor com a linha de

    referncia da escala fixa, a leitura ser 0,01mm , o segundo trao 0,02mm e o quadragsimonono trao 0,49mm .

    Sabendo-se a leitura das escala fixa e do tambor, podemos ler qualquer medidaregistrada no micrmetro.

    Exemplo: Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala fixacom a do tambor.

  • 26

    Faa a leitura e escreva a medida na linha abaixo:

    Soluo do exemplo :2,5 mm (escala fixa)0,14 mm2,64 mm

    1.4.4 Utilizao Prtica

    A aplicao do micrmetro para dimetros externos requer cuidados especiais,no s para obteno de medidas precisas, como para a conservao do instrumento.Portanto, fique atento a alguns passos importantes:

    Processo de Utilizao

    1o Passo: Faa a limpeza dos contatos: utilize uma folha de papel limpo; abra o micrmetro; feche o micrmetro, usando a catraca, at prender a folha do papel; e retire a folha do papel por baixo.

    2o Passo Feche o micrmetro, usando apenas a catraca. Observe a concordncia da escala fixa com o tambor.

    3o Passo: Faa a medida: gire o tambor a uma abertura maior que a medida da pea; apie o micrmetro na palma da mo esquerda; prenda a pea entre os dedos indicador e mdio;

  • 27FERFER

    encoste o contato fixo em uma das extremidades do dimetro da pea; feche o micrmetro, suavemente, usando apenas a catraca; anote a medida; abra o micrmetro e retire a pea sem que os contatos a toquem.

    Medio do Dimetro Externo

    Utilizao do Micrmetro de medida Interna

    Utilizao do Micrmetro para a Parede Interna do Tubo

    1.4.5 Normas de Conservao

    Evitar contatos com outras ferramentas.

    Evitar choques e quedas.

    Evitar danificar entalhes prejudicando a sua escala.

    Limpar o micrmetro, secando-o com pano limpo e macio, aps o uso.

    Guarda o micrmetro destravado, com os contatos ligeiramente afastado.

  • 28

    1.5 Calibre Vernier

    1.5.1 Identificao e Nomenclatura

    Calibre Vernier um instrumento finamente acabado, geralmente construdo deao inoxidvel, apresentando escala graduada em milmetro e em polegada.

    O instrumento compe-se de uma rgua graduada sobre a qual corre uma escalamvel (cursor) denominada de nnio ou vernier, que permite leitura da menor diviso daescala mvel. A denominao nnio dada pelos portugueses em homenagem a PedroNunes, a quem atribuda a sua inveno; e a denominao vernier dada pelos francesesem homenagem a Piere Vernier, que eles afirmam ter sido o inventor. O calibre Vernier tambm muito conhecido com o nome de paqumetro.

    Calibre vernier com as suas principais partes.

    1) escala fixa2) escala mvel3) orelha fixa4) orelha mvel5) bico fixo6) bico mvel7) nnio em polegadas8) nnio em milmetros9) parafuso de fixao10) vareta de profundidade

    Finalidades

    Freqentemente, o mecnico necessita medir dimetros externos e internos,comprimentos, espessura e profundidade de peas com preciso. Para isso, ele utiliza ocalibre vernier. Ele nos permite medir valores fracionrios em milmetros e polegadas commuita preciso.

  • 29FERFER

    Medio de pea cilndrica

    Medio externa

    Medio interna

    1.5.2 Tipos e aplicaes

    Calibre Vernier Universal

    Utilizado para medidas interna, externa e de profundidade.

    Calibre Vernier de Profundidade

    Utilizado para medir a profundidade de furos no vazados,rasgos, rebaixos, etc.

  • 30

    Calibre Vernier com Braos Alongados

    Utilizado para medidas internas.

    Calibre Vernier com Bicos Tipo Lmina

    Utilizado para medidas externas de pequena espessura.

    1.5.3 Princpio de funcionamento

    Leituras do Calibre Vernier pelo Sistema Mtrico

    Para efetuar medidas em um calibre vernier pelo sistema mtrico, necessrioconhecer os valores dos traos das escalas.

    Leitura da Escala Fixa

    Realizada por meio do deslocamento do cursor.

  • 31FERFER

    Se deslocarmos o cursor do calibre vernier at que o zero do nnio coincida com oprimeiro trao da escala fixa, a leitura medida 1mm, no segundo trao 2mm , no terceirotrao 3mm, no dcimo stimo trao 17mm, e assim sucessivamente.

    Leitura da Escala Mvel

    Por meio da escala mvel (nnio), podemos registrar vrias fraes do milmetro eo primeiro passo conhecer qual a aproximao.

    A aproximao dada conforme a diviso da escala mvel (nnio). Existem calibresvernier que possuem 10 divises na escala mvel (nnio), outros com 20 divises e algunscom 50 divises.

    A aproximao se obtm, dividindo o menor valor da escala fixa pelo nmero dedivises da escala mvel (nnio ou vernier) conforme a frmula abaixo.

    a = e onde: n

    a = aproximaoe = menor valor da escala fixan = nmero de divises do nnio (vernier)

    Exemplos

    O nnio com 10 divises e substituindo os valores na frmula teremos:e = 1mmn = 10 divisesa = 1mm = 0,1mm

    10 divises

    O nnio com 20 divises e substituindo os valores na frmula teremos:

    e = 1mmn = 20 divisesa = 1mm = 0,05mm

    20 divises

    O nnio com 50 divises e substituindo os valores na frmula teremos:

    e = 1mmn = 50 divisesa = 1mm = 0,02mm

    50 divises

  • 32

    Leitura da Escala em Milmetro com Nnio de 10 Divises

    Na escala fixa do calibre vernier, a leitura feita at antes do zero do nnio corresponde leitura em milmetros inteiros.

    Em seguida, deve-se contar os traos do nnio at o ponto em que um deles coincidircom um trao da escala fixa, para obtermos os dcimos de milmetros.

    Depois, soma-se o nmero lido na escala fixa ao nmero lido no nnio.

    Exemplo

    Quando o menor valor da escala fixa 1 milmetro e a escala mvel ou o nnio tem10 divises, podemos obter o valor da aproximao.

    e = 1mmn = 10 divisesa = 1mm = 0,1mm

    10 divises

    Significa dizer que cada diviso do calibre vernier permite uma aproximao de0,1mm.

    Em um calibre vernier que possui 10 divises na sua escala mvel, quando fazemoscoincidir o primeiro trao do nnio com o primeiro trao da escala fixa, a abertura docalibre vernier ser de 0,1mm, quando coincide com o segundo trao ser de 0,2mm, como terceiro trao 0,3mm, e assim sucessivamente, como mostrado nas figuras.

    Escala em milmetros e Nnio com 10 divises

    0

    0

    ESCALA FIXA

    ESCALA M VEL

  • 33FERFER

    Leitura do Calibre Vernier pelo Sistema Ingls

    Leitura da Escala Fixa

    O Sistema Ingls a leitura do calibre vernier em polegada.

    Para efetuarmos a leitura pelo sistema ingls, necessrio conhecermos bem todosos valores dos traos das escalas.

    A escala fixa do calibre vernier dividida em polegadas. Cada polegada divididaem 16 partes iguais. Observe a figura.

    Quando deslocamos o cursor do calibre vernier at que o primeiro trao do nniocoincida com o primeiro trao da escala fixa, a leitura da medida ser 1/16" , no segundotrao 1/8" , no dcimo trao 5/8" .

    Na figura a seguir, o zero do nnio est coincidindo no quarto trao aps a stimapolegada. A leitura 7 1 (sete polegadas e um quarto). 4

  • 34

    Leitura da Escala Mvel (Nnio)

    O calibre vernier nos permite, atravs do nnio, medir valores fracionrios de maiorsensibilidade, e no primeiro passo devemos conhecer a aproximao do instrumento.

    a = e n

    e = 1 16

    Se n = 8 divises, ento, substituindo os valores na frmula temos:

    Assim, uma diviso do nnio vale: 1 128

    Duas divises do nnio valem 2 ou 1 e assim por diante. Observe a figura. 128 64

    Assim, quando deslocamos o cursor do calibre vernier at que o primeiro trao donnio coincida com o da escala fixa, a leitura da medida ser 1/128". Com o segundo trao1/64", com o terceiro trao 3/128" e, assim, sucessivamente.

    8 16 1

    a ==== 128 1"

    a 8 1

    x 161

    a ========

  • 35FERFER

    Quando o quarto trao do nnio coincide com o da escala fixa. A leitura da medida: 1 + 1 + 1 + 1 = 4 . Simplificando, teremos 1 128 128 128 128 128 32

    Na figura ao lado, temos:

    Soma de leituras da escala fixa e do nnio:

    Leitura da escala fixa:

    Leitura do nnio:

    A soma das duas leituras ser:

    Processo para a leitura de medidas no calibre vernier

    Exemplo 1:

    Multiplica-se o nmero de traos da escala fixa ultrapassados pelo zero do nniopelo ltimo algarismo do denominador da coincidncia do nnio. O resultado da multiplicaosoma-se ao numerador, repetindo-se o denominador da coincidncia do nnio.

    Nmero de traos na escala fixa ultrapassados pelo zero do nnio: 6. Coincidncia do nnio: 1/128. ltimo algarismo do denominador da coincidncia: 8. Multiplicando 6 por 8 e mantendo o denominador ao resultado temos:

    128324

    414 " " ====

    128"1

    128334

    1281

    128324 " " " ====++++

    12849

    1281

    12848

    ====++++

  • 36

    Exemplo 2:

    Multiplicam-se 9 traos ultrapassados pelo zero do nnio pelo ltimo algarismo dodenominador da coincidncia, 4. O resultado, 36, soma-se ao valor encontrado nacoincidncia do nnio.

    Exemplo 3:

    Multiplica-se 6 traos ultrapassados pelo zero do nnio pelo ltimo algarismo dodenominador da coincidncia do nnio 2. A coincidncia .

    Exemplo 4:

    6437"

    641

    6436

    ====++++

    3213"

    321"

    32"12

    ====++++

    0

    0

    6 +

    1 32

    x

    = 13 32

    Nmero de traosda escala fixaultrapassados pelozero do nnio

    Concordnciado nnio

    Leitura damedida

    0 1

    0

    9 +

    1

    64

    x

    =

    37

    64

    Nmero de traosda escala fixaultrapassados pelozero do nnio

    Concordnciado nnio

    Leitura damedida

  • 37FERFER

    So 4 traos ultrapassados pelo zero do nnio na escala fixa.

    A coincidncia 7 128

    O ltimo algarismo do denominador da coincidncia 8.

    Multiplica-se 4 x 8 = 32

    Soma-se 32 + 7 = 39 128 128 128

    Em medidas como a do exemplo acima, abandonamos a parte inteira e fazemos acontagem dos traos, como se inicissemos a operao. No final, inclumos a parte inteiraantes da frao encontrada.

    A medida : 1 39 128

    1.5.4 Utilizao Prtica

    Medir dimetro externo uma operao freqentemente realizada pelo mecnico ,a qual deve ser feita corretamente, a fim de se obter medida precisa sem se danificar oinstrumento.

    Visualizao de medida de dimetro externo.

    Para que voc possa executar este processo corretamente fique atento a algunsprocedimentos importantes:

    Segure o calibre vernier, utilizando a mo direita. Abra o calibre vernier a uma abertura maior que o dimetro da pea a ser medida. Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades do dimetro da

    pea. Feche o calibre suavemente at que o encosto mvel toque a outra extremidade

    do dimetro. Faa a leitura da medida. O calibre deve ser aberto e a pea retirada, sem que os encostos a toquem.

  • 38

    Medidas Externas

    A pea deve ser colocada o maisprofundamente possvel entre os bicos demedio para evitar desgastes naspontas.

    Medidas Internas

    As orelhas devem ser colocadas o mais profundamente possvel. O calibre deveestar sempre paralelo pea que est sendo medida.

    Medidas de Profundidade

    Apoia-se o calibre corretamente, evitando que ela fique inclinada.

    1.5.5 Normas de Conservao

    Limpar bem o calibre antes do uso, a fim de eliminar sujeira depositada,especialmente nas superfcies de medio.

    No forar o calibre vernier ao coloc-lo e retir-lo da pea.

    No deixar o calibre vernier em contato com outras ferramentas.

    Limpar bem o calibre vernier aps o uso.

    Guardar o instrumento em estojo apropriado.

  • 39FERFER

    1.6 Relogio Comparador

    um instrumento de preciso e grande sensibilidade, que mostra visivelmente asvariaes das dimenses de uma pea por meio de um mostrador.

    1.6.1 Finalidades

    utilizado para verificar a correo de alinhamento ouposio de uma obra montada em uma mquina. Asensibilidade da leitura pode ser de at 0,001mm.

    1.6.2 Funcionamento

    O funcionamento do relgio comparador baseado no movimento do apalpado(ponta de contato), o que ampliado por meio de engrenagens localizadas no interior dorelgio.

    A escala est montada em todo o permetro do mostrador e dividida em 100 ou1000 partes iguais, uma volta completa do ponteiro corresponde ao deslocamento de1mm do apalpador.

    Mecanismo interno Mostrador

  • 40

    O relgio comparador, para ser usado, necessita serem suporte adequado.

    Para a leitura, ajusta-se o apalpador sobre asuperfcie da pea depois de montado no suporte.

    Ao tomar contato com a superfcie, o apalpador sofredeslocamento, registrado no mostrador, por meio doponteiro.

    1.6.3 Aplicaes

    Por meio do aro, faz-se coincidir o zero de escala com a posio do ponteiro.

    A verificao obtida, deslocando o relgio, de maneira que o apalpador percorravrios pontos na superfcie, observando-se as variaes do ponteiro. Essas variaespodem para a direita do zero, indicando elevao ou para a esquerda do zero, indicandodepresso.

    Verificao da excentricidade de uma pea montada na placa do torno.

  • 41FERFER

    2 Ferramentas de uso comum

    2.1 Martelo e Macete

    Martelo uma ferramenta de impacto, constituda de ao carbono preso a umcabo geralmente de madeira. As partes que do os golpes so temperadas.

    Identificao

    Todo martelo formado de cabea e cabo.Na cabea, nota-se uma parte chata, chamadaface, cara ou pancada. A parte oposta tem o nomede bola ou pena, conforme o tipo, e varia deformato conforme o servio a que se destina; aforma dessa parte que d o nome ao martelo.Entre a cara e a bola, existe um furo ligeiramentecnico denominado de olho, onde alojado o caboque fica fortemente preso por meio de uma cunha.Essa cunha feita de ao e tem suas facesligeiramente corrugadas para evitar que saia comfacilidade.

    Finalidade

    O martelo utilizado na maioria das atividades industriais como: mecnica geral,construo civil e outras.

    Serve para produzir choques aplicados, tais como:

    uma ferramenta de corte fazendo atacar um material (exemplo, talhadeira,bedame);

    montagem e desmontagem de peas (exemplo: chavetas, pinos, etc.); deformaes permanentes (trabalho de forja, rebitagem, dobrar a frio.

    Punho Cabo

    Bola

    Corpo

    Cunha

    Cabe a Face (pancada)

  • 42

    Caractersticas

    O martelo usado em metais se caracteriza pela forma e pelo peso.

    Pela forma, pode ser de: bola; pena reta; pena cruzada; e unha.

    Pelo peso, pode ser de: 150 a 250g (servio leve); 500 a 750g (servio comum); 1000g a mais (servio pesado).

    Tipos e Aplicaes do Martelo

    Martelo de Bola

    Este martelo possui a parte da cabea oposta face, em forma de bola. utilizado para produzir choques em uma ferramenta, fazendo atacar o material(exemplo: talhadeira, bedame, punes, etc.).

    Martelo de Pena Reta

    Este martelo possui a parte da cabea oposta face, aforma de uma cunha, disposta paralelamente linha de centro.

    utilizado para obter deformaes em trabalhos de forja,rebitagem e dobrar a frio e tambm em montagem e desmontagemde chaveta, eixos, pinos e cunhas.

    Martelo de Pena cruzada

    Este martelo possui a parte da cabeaoposta face a forma de uma cunha disposta,perpendicularmente linha de centro do cabodo martelo.

    utilizado para obter deformaes emtrabalhos de forja, rebitagem e dobrar a frio e tambm em montagem e desmontagem dechavetas, eixos, pinos e cunhas.

    Martelo de Unha

    Este martelo tem a extremidade dacabea oposta a cara recurvada para trse partido no meio. Essa extremidade chamada de unha. indispensvel emservios de carpintaria. A unha serve pararetirar pregos encravados.

  • 43FERFER

    Macete

    uma ferramenta de impacto constituda de uma cabea de madeira, alumnio,plstico, cobre, chumbo ou couro.

    Finalidade

    Empregada para bater em peas ou em materiais cujas superfcies no possamsofrer deformaes por efeito de pancadas.

    Tipos mais usados

    Utilizao prtica

    No segure o martelo perto da cabea, pois isso sdiminui o brao da alavanca, diminuindo, portanto, a fora dapancada. Para obtermos melhor brao de alavanca, devemosempunhar o martelo de maneira tal, que nossa mo fique maisdistante da cabea, isto , que a mo fique no outro extremo domartelo.

    Chamamos de brao de alavanca a distncia entre amo e o ponto onde a fora aplicada. Quanto maior o braoda alavanca, menor o esforo muscular e maior a fora dapancada. Ento, empunhe o martelo perto do fim do cabo, quetem a forma prpria para adaptar-se palma da mo, eempunhe-o como se estivesse dando um aperto de mo nocabo.

    Dobrar uma chapa de ao, quando o acabamento no muito rigoroso, se constituinum exemplo de uso do martelo.

    Antes do uso do Martelo ou do Macete, deve-se verificar se eles esto bemencabados e a pea, os acessrios e os calos esto bem presos.

    Macete de madeira

    Macete de cobre

    Macete de plstico

    Macete de borracha

  • 44

    .ahnucadoiemroposerpmebeseidnocsatiefrepmeoletramoahnetnaM

    .acnavalaomocol-suuo,oletramodobacomocseplogradetivE

    rativearap,onifoeledadamacevelamuessapesoletramsosopmilahnetnaM.megurref

    Bata diretamente com o martelo, quando oacabamento da pea no de grande importncia.Caso contrrio, bata o martelo com uma proteo,para evitar sinais de pancada na pea, como ilustraa figura.

    Para desempenar uma chapa,deve-se usar um macete de materialmais macio que o da chapa, para nomarc-la. A chapa assentada sobreuma superfcie plana, em geral umaface plana de um bloco de ferrofundido.

    Marcada a rea de curvatura, deve-sebater com o macete, com auxlio de um eixocilndrico de ao, dando a forma at conseguir oacabamento desejado.

    A figura mostra a curvatura de chapa finana bigorna de ao.

    Normas de conservao do Martelo e do Macete

  • 45FERFER

    2.2 Chave de Fenda

    Identifio

    uma ferramenta construda de uma haste cilndrica de ao carbono, com umadas extremidades em forma de cunha e outra em forma de espiga prismtica ou cilndricaestriada, onde alojado um cabo de madeira ou plstico.

    A chave de fenda compe-se de cabo, lmina e ponta.

    O cabo tem a forma apropriada a fim de ser empunhado e receber o esforo manu-al do operador.

    A ponta de ao extremamente dura para manter a sua forma e no ser estragadapela fenda.

    A lmina de ao mais macio que a ponta, para resistir melhor ao esforo detoro (qualquer material mais flexvel resiste melhor aos esforos de toro que os mate-riais mais duros).

    Quando a ponta fica rombuda (arredondada) ou se quebra, deve ser esmerilhadaat retornar a sua forma original. Esmerilhe o menos possvel, porque s a ponta durae, uma vez acabada essa parte, a chave fica inutilizada. A forma correta da ponta de umachave de fenda ilustrada na figura abaixo.

  • 46

    As faces prximas das pontas devem ser esmerilhadas em planos paralelos, parapermitir o correto ajustamento na fenda do parafuso, conforme ilustra a figura abaixo:

    Finalidades

    A chave de fenda uma ferramenta utilizada pelos mecnicos em trabalhos demontagem e desmontagem de peas de equipamentos.

    Aplicaes

    A chave de fenda aplica-se exclusivamente para afrouxar e apertar parafusos, emcujas cabeas h fendas ou ranhuras, destinadas a permitir o encaixe da ponta. Casoseja usada para outras aplicaes pode sofrer danos: a lmina pode ficar torta e a pontapode se quebrar.

    S admissvel bater no cabo de uma chave de fenda para limpeza da fenda deum parafuso. Nesse caso, d-se uma pancada de leve, mantendo a chave legeiramenteinclinada.

    Principais Tipos de Chave de Fenda

    Chave de Fenda Phillps

    Tem uma ponta em forma de cruz, que serve para trabalhar em parafuso tipo phillips.

    Apresenta quatro rebaixos na ponta cnica, intercalados com quatro estrias emforma de cruz que se encaixam nas fendas de parafusos de diferentes tamanhos.

  • 47FERFER

    Chave de Fenda Angular

    Este tipo de chave possui duas pontas que formam ngulos retos entre si, issopara que se possa girar o parafuso de um quarto de volta a cada vez usando alternadamenteuma ou outra ponta.

    utilizada em lugares apertados, mas uma ferramenta de difcil manuseio porquea ponta tem tendncia a saltar da fenda, se no houver cuidado suficiente em seu manejo.

    Chave de Fenda com Catraca

    Esta chave possui um dispositivo com catraca (compreendendo rodas dentadas,unhas e molas). Esse dispositivo facilita o giro da haste da chave no aperto ou desapertodo parafuso.

    O boto da catraca, na posio no 2, prende a lmina ao cabo. A posio no 1 doboto engrena a catraca para o giro da chave da direita para a esquerda. A posio no 3do boto permite o giro da chave da esquerda para a direita.

    Utilizao Prtica da Chave de Fenda

    O mecnico encaixa a ponta da chave na fenda do parafuso, e faz esforo no cabopara dar giro ao parafuso. Este oferece uma resistncia que vencida pelo esforo manu-al transmitido por meio da lmina tendendo a torc-lo. No contato da chave com a fenda,em virtude do esforo manual, atuam as foras que vo produzir o giro do parafuso, comoilustra a figura.

    Deve-se escolher a chave de acordo com a fenda do parafuso.

  • 48

    .etnatrocatnemarrefuoacnavalaomocadnefedevahcaezilituacnuN

    .odatucexeresaohlabartoaodairporpaohnamatodevahcaerpmesezilitU

    ratseeuqrop,spillihposufarapmumemumocadnefedevahcamuezilituacnuN.osufarapodaebacaeevahcaodnairava

    .otiucricmuedacirtleetnerrocaracifirevarapadnefedevahcamuezilituacnuN

    erugeS.adnefedevahcamuodnasurevitseodnauqomanaepaerugesacnuN.adilseicfrepusamuuo,opmargmuuo,onrotmumeaepa

    O ideal que a largura dapontada chave seja igual ao comprimento da fenda doparafuso e que a espessura entre faces na ponta seja ligeiramente inferior largura dafenda a fim de no danific - la e evitar acidente.

    Normas de Conservao e Segurana

  • 49FERFER

    2.3 Punes

    Identificao

    So instrumentos de ao cujo corpo apresenta a forma prismtica (sextavada ouortogonal) ou cilndrica, recartilhada, para que no deslize na mo. O bico agudo temperado.

    Finalidades

    So ferramentas destinadas aos trabalhos do serralheiro, com vrias utilidades, deacordo com a sua caracterstica individual.

    Tipos e Aplicaes

    Existem vrios tipos de punes: esta ferramenta, considerada to simples,apresenta grandes variedades de aplicaes, porm deve-se sempre escolher o punoadequado para cada trabalho.

    Puno de Bico

    So ferramentas de ao-carbono, ponta cnica, temperada, e corpo geralmenteortogonal ou cilndrico, recartilhado. Serve para centrar broca.

    O puno de bico classifica-se pelo ngulo da ponta:

    30 - utillizado para marcar centros onde se apoiam os compassos de traar;

  • 50

    60 - utilizados para pontear traos de referncia;

    90 e 120 - utilizados para marcar os centros que servem de guias para asbrocas na operao de furar. No permitindo que a broca fuja e v abrir o furo em lugarindesejado. A ponta deve ser esmerilhada; essa operao s deve ser executado poralgum que tenha muita prtica.

    Puno Marcador

    Serve para pontilhar uma obra, avivando a linha por onde ela deve ser cortada.

    Puno Deslocador

    reforado e seu corpo vai afinando lentamente para a ponta. feito pra suportarpancadas fortes na operao de deslocar pinos e rebites cujas cabeas foram cortadas.Uma vez deslocado o pino, o puno deslocador no serve mais para atac-lo, pois muito grosso. Deve-se, ento, empregar o puno toca-pino, que no ofende o alojamentodo pino.

    Puno Troca - Pino

    adquirido, em jogos de trs unidades do mesmo tamanho e dimetros diferentes.Servem para tocar pinos ou parafusos que estejam encravados. No deve ser utilizadopara deslocamento inicial de pino, porque sua ponta cilndrica e comprida pode se entortarfacilmente. Use sempre toca-pino compatvel com o pino a ser tocado.

  • 51FERFER

    Puno Alinhador

    utilizado para fazer com que um furo em duas peas mveis, adjacentes, fiquealinhados. O puno alinhador tem grande aplicao nas mquinas e aparelhos providosde tampa (cilindros, caixas de vlvulas, etc.).

    Puno Vazador

    utilizado na confeco de juntas de borracha, cortia ou couro e matrias plsticas,variando de acordo com o dimetro do parafuso. Suas pontas so providas de um gumecircular uniforme.

    Para utiliz-lo, coloque o material da junta sobre um pedao de madeira dura (depreferncia um cepo) ou chumbo, a fim de no cegar o gume. Feito isso, bata fortementeno vazador com um martelo de bola, procurando cortar o furo na primeira pancada. Ospunes so adquiridos em jogos de trs unidades.

    Utilizao Prtica

    Na operao de executar um furo com o puno vazador com o dimetro igual aoque deseja, a chapa a ser furada assentada sobre uma placa de chumbo ou sobre umtopo de madeira, como ilustra a figura.

  • 52

    Marcar um centro em uma operao de executar um furo com uma broca.

    No traado de uma pea, o centro de qualquer furo determinado pelo cruzamentode duas retas ou de dois arcos de circunferncias sobre esse local. Coloca-se a pontaaguda do puno de centrar e, na sua cabea, d-se uma leve, mas firme, pancada commartelo.

    Esta marca ajudar a iniciar bem a operao de furar com a broca.

    Normas de Conservao

    .sadahliremsemebrodazaverodacram,ocibedsenupsodsatnopsaahnetnaM

    .satnemarrefsartuosadsodalosisenupsoahnetnaM

    .sadeuqmarfossenupsoeuqetivE

    .osuospasopmilsenupsoahnetnaM

  • 53FERFER

    2.4 Alicates

    Identificao

    So ferramentas de corte fabricadas de ao, formadas por dois braos articuladospor meio de um eixo. Possui em uma das extremidades dos braos mandbulas estriadasem forma de mordentes.

    Finalidade

    Os alicates so empregados para cortar, prender, torcer peas chatas e rolias,colocar e retirar determinadas peas nas montagens e desmontagem de equipamentosmecnicos.

    Tipos e Aplicaes do Alicate

    Existem vrios tipos de alicates. Os mais usados so os que se seguem:

    Alicate Universal

    O alicate universal reune em uma s ferramenta vrios tipos de alicates.

    utilizado em vrias operaes, como segurar, cortar e dobrar.

    Alicate de Grifo Ajustvel

    So feitos de ao forjado, suas mandbulas so regulveis e construdos de modoa permitir duas ordens de aberturas. Seu tamanho varia de 5 a 10 polegadas decomprimento. So empregados, principalmente, para segurar e torcer peas.

    Alicates de Pontas Chatas

    Os alicates de ponta so fabricadosprincipalmente para torcer fios e pequenaspeas de chapa fina e no devem serempregados em servios pesados.

  • 54

    Alicates de Pontas Redondas

    So utilizados nos trabalhos devirar e modelar no s chapas finas, comotambm fios macios alm de colocarretentores em seus alojamentos.

    Alicates de Pontas Compridas

    Os alicates de pontas compridasso utilizados em lugares de difcilacesso, como colocao de porcase arruelas em lugares apertados.

    Alicates de corte Lateral

    Neste alicate, as lminas de corte esto dispostas na parte lateral da mandbula.

    Os alicates de corte lateral somuito utilizados pelos eletricistas,principalmente para cortar fios finos egrossos.

    Alicates de Corte Diagonal

    Os alicates diagonais possuemduas lminas curtas, fortes eligeiramente inclinadas. Podem serempregados para cortar arames macios,

    colocar e retirar contrapinos. So indispensveis para colocar e retirar arames desegurana dos pinos e freios de porcas.

    Alicates de Presso

    O alicate de presso possui, em uma das extremidades, um parafuso que servepara regular a presso.

    Utilizados para dar aperto firme s peas. Fazem o papel de chave de grifo,seguram a pea, substituindo o torno em emergncias. Geralmente tm tamanho nico.

  • 55FERFER

    .oalucitraanonifoeledatogamuahnopeopmilo-ahnetnaM

    .sairavarerfosmedopsealucitrasasiop,sadeuqetivE

    .aepartuomeretabarapesuoN

    .satnemarrefsartuoedodalosio-ahnetnaM

    Utilizao prtica do Alicate

    Os principiantes usam muitas vezes o alicate paraapertar e afrouxar porcas; isso estraga as quinas das porcas,inutilizando-as.

    Para trabalhar com porcas, existem chavesapropriadas, que iremos estudar mais adiante.

    Existem alicates de diferentes tamanhos, para seremempregados em diferentes servios. Escolha sempre o tamanho adequado ao trabalhoque vai realizar. Exemplo: alicate de pontas redondas uma ferramenta de ao que sepresta para executar caneluras ou ondulaes em chapas finas. Os bicos dos alicatesredondos so cnicos.

    Normas de Conservao do Alicate

    2.5 Torqus

    uma ferramenta muito parecida com o alicate, mas ela usada unicamente paracortar, no deve ser usada para segurar. A torqus uma espcie de alicate.

    utilizada para cortar arames, vergalhes,rebites e parafusos para servios leves, em metaismacios.

    A torqus do tipo ilustrada na figura ao lado, recomendade apenas para servios leves.

    Para servios mais pesados, recomenda-se a do tipo ilustrado na figura abaixo,com lminas substituveis, construo reforada e um brao de alavanca maior, o quepermite uma mordida com maior fora.

  • 56

    2.6 Corta-Parafusos

    utilizado para servios de corte muito pesados.

    Existem corta-parafusos de vrios tamanhos, desde 18 at 30 polegadas decomprimento. Os maiores podem cortar parafusos de ao, com dimetros superiores ameia polegada. Geralmente essas ferramentas tm lminas substituveis, feitas de umaliga metlica extradura, por isso estas so frgeis, partindo-se, em vez de entortar-se. Ailustrao abaixo mostra essa ferramenta.

  • 57FERFER

    2.7 Torno de Bancada

    Identificao e Finalidade

    O torno de bancada constitudo de ao fundido, composto de duas mandbulas,uma fxa e outra mvel, que se desloca em uma guia, por meio de um parafuso e umaporca, acionados por um manpulo.

    um dispositivo utilizado para fixar uma obra, por aperto, quando for serrar, limar,cravar, alargar, etc.

    A adaptao da obra no torno e o seu aperto so feitos por meio de dispositivo deparafuso e porca.

    As duas mandbulas do torno de bancada possuem mordentes. Os mordentes sode ao carbono, estriados e fixados nas mandbulas por meio de parafusos.Suas faces deaperto so estriadas para evitar o deslizamento da pea presa, em trabalhos que devemsuportar choques ou grandes esforos. Exemplo: martelar, cortar, talhar.

    O manpulo serve para aperto e desaperto da obra que deve ser fixada nas condiesindicada na figura.

  • 58

    TIipos e Aplicaes

    Torno de Mquina

    um torno reforado, que deve ser utilizado somente para prender peas, e nuncacomo bigorna. Tem apenas mordidas paralelas.

    composto de mordentes e sua base pode ser fixa ou giratria.

    Torno Universal

    constitudo para diversos usos. Possui, na sua parte anterior, uma pequenabigorna e, na parte interna das mandbulas, um mordente serrilhado que serve para prendertubos e vergalhes. Sua base giratria. Na face da bigorna, em alguns tipos, existe umfuro, no qual podem ser cortados arames, vergalhes finos e barras de pequenas sees.

  • 59FERFER

    Torno para Tubos

    Serve para prender tubos evergalho redondo. Suas mordidasserrilhadas formam um losango. Estetorno muito usado pelos bombeiroshidrulicos.

    Torno de Mo

    um pequeno torno que no usadopreso na bancada, tem suas mordidasparalelas. As mandbulas deste tornoapertam, deslocando-se guiadas por umparafuso com borboleta, e leva, por dentro,uma mola que fora a sua abertura.

    Torno de Morsa

    um tipo de torno de bancada com caractersticas diferentes que: possui um colar graduado na base giratria; e permite uma inclinao para cima e para baixo.

    Torno morsa giratrio inclinvel Torno morsa giratrio inclinvel em qualquer ngulo

  • 60

    Utilizao Prtica

    Sempre que for martelar uma obra num torno, tenha o cuidado de bater de encontro mandbula fixa, que mais pesada e mais forte que a da frente.

    Ao prender uma obra no torno, aplique sobre o punho apenas a fora de suas mosou, no mximo, o peso do seu corpo. Nunca empregue um tubo de fora, porque poderdanificar a mandbula da frente ou avariar o seu parafuso.

    Quando, em qualquer torno acima descrito, voc for prender uma obra, usemordidas macias feitas de cobre, chumbo ou outro metal macio. Tais mordidas servemcomo mordentes de proteo e podem ser facilmente confeccionadas com pedaos dechapas. Elas evitam que as superfcies da obra sejam marcadas pelos mordentes e soadaptadas, como mostram as figuras.

    As figuras indicam dois processos para curvar chapas finas: prende-se um eixocilndrico de dimetro conveniente e bate-se com o macete, dando forma a uma obra, atconseguir um acabamento desejado.

    Normas de Consevao

    .sodatrepamebsetnedromsodsosufarapsoahnetnaM

    .saiugsanlevmsalubdnamsadsaugrsaetsujA

    .sodauqedaseragulmeedraugeeuqifirbuleepmiL

    Eixo cilndricode ao

  • 61FERFER

    2.8 Chave de Aperto

    Identificao

    Chaves so ferramentas de ao carbono, cementado e temperado. H tambmchaves de ao de alta resistncia (ao vandio ou ao cromo) muito utilizadas pelosmecnicos.

    So ferramentas que servem para aplicar esforo de toro nas porcas e nascabeas dos parafusos que na maioria so sextavadas, isto , tem seis faces. Por isso, amaioria das chaves feita para trabalhar em porcas sextavadas.

    As chaves, segundo suas dimenses, so encontradas em dois sistemas diferentesde medidas: sistema ingls (medidas em polegadas) e sistema mtrico (medidas emmilmetro).

    Finalidades

    As chaves so utilizadas pelos mecnicos nas operaes de montagem edesmontagem de equipamentos mecnicos. Funcionam como alavancas, de modo apermitir aumentar o esforo manual para se conseguir o aperto e desaperto de porcas eparafusos.

    O esforo manual aplicado no extremo da chave e aumentado com ocomprimento e vence facilmente a resistncia que a porca ou o parafuso oferece ao apertoou desaperto.

    A distncia entre as duas faces paralelas da pegada de uma chave maior que otamanho gravado no punho ou no corpo da chave. Entre a boca de uma chave e a cabeado parafuso ou da porca correspondente deve existir uma folga, que varia entre 5 e 15milsimos da polegada, dependendo do tamanho. Isso para que a chave possa agarrara porca com mais facilidade.

    Tipos e Aplicaes

    Chave de Boca

    As chaves que tm uma ou duas extremidades em forma da letra C so chamadasde chave de boca.

    So normalmente fornecidas em jogos de 6 a 10 unidades, dependendo do tamanhovariando entre 5/16 e aproximadamente 1 1/12.

  • 62

    O tamanho do corpo proporcional abertura da boca para limitar o esforo domecnico sobre o parafuso. Quanto menor for a chave, menor ser o seu comprimento.

    Chaves Ajurtveis

    So, sob certos aspectos, muito parecidas com as chaves de boca.

    A abertura da boca pode variar at mais de 1/12 polegada, dependendo do tamanho.A mandbula pode ser aberta ou fechada por meio de um parafuso ou porca.

    As chaves ajustveis so timas ferramentas de emergncia, pois, devido bocaajustvel, podem ser adaptadas a diversos tamanhos de porcas e parafusos.

    H vrios tipos de chaves ajustveis, como veremos a seguir

    Chave Inglesa com AjustagemLongitudinal

    Chave Inglesa com AjustagemTransversal de Punho Reto

    Chave Inglesa com AjustagemTransversal de Punho Curvo

    Chave de Grifo

    Estas chaves possibilitam o aperto e desaperto de porcas e parafusos de dimensesvariadas, dentro dos limites das aberturas mxima e mnima empregada para servios emtubulaes. Apresentam os seguintes incovenientes:

    manipulao mais difcil do que as chaves fixas, por serem mais pesadas e devidos peas mveis; e

    a folga resultante do mecanismo da mandbula mvel no permite boa adaptao.

  • 63FERFER

    Chave de Colar ou Estria

    A chave de colar destaca-se devido capacidade de trabalhar em lugares apertados.Destaca-se ainda com vantagem o fato de elasenvolverem completamente o perfil sextavado doparafuso ou da porca, diminuindo, assim, apossibilidade da chave escapar durante a aplicao deum maior esforo. Assim, esta chave maisrecomendavel do que a de boca para aplicao degrandes esforos.

    As chaves de colar tem este nome por quepegam a porca toda ao redor, como um colar. Algumastm o encaixe com seis estrias e outras com dozeestrias.

    A chave de colar tem a desvantagem de exigir muito tempo para desatarraxar aporca. Depois de quebra do aperto, teremos de tirar inteiramente a chave e coloc-la emnova posio em cada curso. Por essa razo, devemos empregar a chave combinada.

    Os tipos de chaves de colar so:

    Chave de Colar com Punho Torto

    Possui o punho com o formatoespecial para facilitar ainda mais a pegadadas porcas em lugares difceis.

    Chave de Colar Combinada

    Esta possui num dos extremos dopunho um colar e no outro uma boca. Deve-se usar o colar para quebrar o aperto oudar o aperto final, e a boca para acabar deretirar a porca mais rapidamente.

    Chave de Caixa

    As chaves de caixa antigas so feitas de umas pea. Nelas pode-se distinguir a caixa e o punhoou cabo. Apresentam no seu extremo um encaixeou alojamento fechado que melhora as condiesde sua adaptao na porca ou na cabea doparafuso. Estas chaves, conforme o uso, podem tero encaixe quadrado, hexagonal ou estriado. O cabopode ser em forma de L ou T. Estas chaves, pelafacilidade de adaptao, so ainda hoje os tipos maisutilizados nas oficinas.

  • 64

    Hoje em dia usa-se o jogo de chaves de caixa. Nesse jogo, as caixas so separadasdos punhos, os quais apresentam diversos tipos de formas, e as caixas uma grandediversidade de tamanhos. Isso aumenta a utilidade das chaves de caixa e permite que ooperador possa realizar uma infinidade de servios com rapidez, desde que escolha o tipode chave apropriada.

    Podemos encontrar os seguintes tipos de chaves de caixa:

    Chave de Caixa com Punho Corredio

    uma chave de grande utilidade, possui um punho que corre no furo de umacabea com uma espiga, o que permite que esta fique colocada no centro ou em um dosextremos, regulando assim o brao da alavanca.

    Chave de Caixa com Catraca

    Possui uma catraca na extremidade do punho, onde alojada a chave. a catracaque, num movimento de vai-e-vem do punho, faz a caixa girar em um s sentido, apertandoou afrouxando o parafuso. Isso facilita muito o servio, por evitar ter que se desencaixara chave para mud-la de posio.

    Chave de Caixa com Punho Articulado

    O punho articulado permite a variao do ngulo de trabalho do punho com relao chave, por exemplo: para quebrar o aperto de uma porca, pode-se empreg-lo em umngulo reto (90). Depois de afrouxar a porca, pode-se trabalhar com o punho na posiovertical, a fim de aumentar a rapidez do servio.

  • 65FERFER

    Chave Dinamomtrica

    Quando o aperto de uma porca ou de umparafuso de uma mquina deve ser feito, eprecisam ser observadas rigorosamente asindicaes dos fabricantes, deve-se usar para aexecuo de tal servio o punho dinamomtrico,ou simplesmente torqumetro. As chaves com umpunho dinamomtrico fornecem com exatido a intensidade do aperto (torque) exercidona porca ou no parafuso. Ao se apertar o parafuso do cabeote de um motor, deve-seutilizar uma chave de caixa dinamomtrica, para que se possa dar uma intensidade deacordo com a indicao do fabricante.

    Chave Tipo Alen

    constituda de umvergalho de ao especialsextavado em forma de L e utilizadapara trabalhar em parafusosespeciais que tm na cabea uma caixa sextavada. So encontradas em jogos de seis ousete chaves.

    Chave Tipo Bristo

    em forma de L e tem a suaextremidade estriada. utilizada emparafusos cuja cabeas possuem estriasinternas. empregada em aparelhos depreciso e eletrnicos.

    Chave de Mangueira

    So construdas de maneira a abraar porcas redondas. Tm na extremidade umgancho que ir pegar em rebaixos existentes na porca.

    H dois tipos de chaves de mangueira: chave de mangueira com pino e chave demangueira ajustvel.

    Chave de Magueira com Pino

    Possui um pino, em lugar do gancho. Essepino encaixa no furo para atarraxar edesatarraxar a porca.

    Chave de Mangueira ajustvel

    utilizada em porcas de vriostamanhos. No se deve trabalhar em umaporca muito grande com uma chave ajustvel muito pequena, e vice-versa, pois avariara porca ou a chave, com toda certeza.

  • 66

    Chave de Magueira em Forma de U

    Tem a forma de U e seus ganchos sedestinam a pegar dois entalhes existentes na faceda porca.

    Chave de Pino em U

    Tem a forma mostrada na figura abaixo. Adapta-se face de porcas que possuemfuros onde entraro os pinos da chave.

    Utilizao Pratica

    As figuras abaixo ilustram como se utilizam as chaves de mangueira, de mangueiraem forma de U, e a chave de pino em U.

    Normas de Conservao

    Ao utilizar as chaves:

    ;ogartseuesorativearapsacropesosufarapsonsatsujsa-ahnetnaM

    ;sevahcsamocseplogradetivE

    ;osuospasa-epmiL

    .sodairporpasiniapuosojotsemesevahcsaedrauG

  • 67FERFER

    3 Ferramentas Para Corta Metais

    3.1 Tesouras Manuais

    Identificao e Finalidade

    So ferramentas de corte manual,formadas por duas lminas, geralmente,de ao caborno temperado e afiadas com ngulo determinado. A tmpera concorre paraque o corte seja sempre melhor e haja menos desgastes. As lminas so furadas unidase articuladas por meio de um eixo (parafuso e porca).

    As tesouras so utilizadas com a finalidade de cortar chapas de metais finos (depouca espessura). O limite para o uso da tesoura determinado pelo esforo a aplicar: sea espessura da chapa exigir esforo exagerado, no se deve cort-la com a tesoura manual,utiliza-se a tesoura de bancada.

    Tipos de Tesouras e Aplicaes

    Tesoura Reta

    Tem duas lminas retas e chatas do lado de dentro, para cortar em linha reta, maspodem ser usadas para cortes curvos de grande raio.

    Tesoura Manual Curva

    Tem uma lmina curva e outra reta. empregada para cortar curvas executando-as muito fechadas.

    Tesoura Arqueada

    Tem as lminas e um dos braos ligeiramente arqueados. utilizada para curvasfechadas no meio da chapa. Essas tesouras devem ser usadas com cuidado, pois suaslminas se envergam facilmente.

  • 68

    Tesoura Combinada

    Possui as lminas uma liga de ao especial e braos alongados. Tem a vantagemde ser utilizada em diferentes servios. uma ferramenta resistente e pode ser usada atpara cortar curvas em chapas de material duro.

    Utilizao Prtica

    As tesouras so utilizadas para cortar chapas. As chapas a serem cortadas devemser marcadas de preferncia com um puno. O corte deve ser sempre fora da linhamarcada para depois tirar com a lima as rebarbas formadas.

    Nunca corte com toda a lmina da tesoura, porque das lminas marcar achapa. Pare antes do final da lmina e avance a tesoura, iniciando um novo corte,nunca use uma tesoura para cortar arame, parafuso ou rebite, porque fatalmenteempenar suas lminas.

    No corte de uma chapa grande, descanse o objeto na bancada de corte, apoiandoo cabo da tesoura na bancada. Isso far com que voc empregue o peso do seu corpo afim de aumentar a fora de sua mo.

    Ao cortar uma tira de uma chapa, corte-a sempre do lado esquerdo. Isso far comque a tira v se virando para cima, abrindo caminho para que a tesoura avance, facilitandoo trabalho.

    Na operao de cortar uma tira de chapa, deve-se proceder como mostra a figura.

    Tesoura manual para apoiar sobre bancada

  • 69FERFER

    adosuoratilicafarapsadacifirbulerpmessealucitrasaretnames-meveD.aruoset

    .megurrefneesoneuqarapsanimlsanoeledadamacamuretnames-eveD

    munodahliremseresevedoifO.sagecodnauqsadaifaresmevedsanimlsA.58a67edolugn

    .licfsiamotiumes-anrotetroco,sadaifasanimlsamoC

    .odnasurevitseonodnauq,adahcefaruosetaerpmesahnetnaM

    Depois de executado, sobre a pea, o traadoconveniente, o corte feito com a tesoura, como ilustraa figura.

    As figuras ilustram o desempenho de cortes com tesoura em vrios tipos de materiais.

    Normas de Conservao

  • 70

    3.2 Arco de Serra

    Identificao

    uma ferramenta manual composta de um arco de ao carbono onde deve sermontada uma lmina de ao rpido, dentada e temperada.

    O arco de serra pode ser regulvel ou ajustvel, de acordo com o comprimento nalmina. O arco de serra comum compe-se de arco, lmina, punho, borboleta de tenso epinos.

    Os punhos mais comuns so do tipo cabo de pistola e alguns tm os punhos retos.A distncia dos pinos do arco que d o comprimento da lmina a ser usada.

    As lminas possuem furos nas extremidades para serem fixadas ao arco por meiode pinos situados nos suportes. O arco possui pinos nas extremidades que servem paradar tenso lmina por meio da borboleta de tenso.

    Finalidade

    A operao de serrar manualmente amplamente utilizada na manuteno demquinas.

    Principais finalidades: cortar barras ou chapas metlicas; cortar um contorno traado; e abrir fendas em peas para apertar parafusos por meio de chave de fenda.

    As lminas so montadas sempre com os dentes para a frente, ou melhor, emsentido oposto ao cabo.

    Caractersticas das Lminas de Serra

    As lminas de serra se caracterizam pelo comprimento, que normalmente mede8,10 ou 12 polegadas, pela largura, que geralmente mede polegada; pelo nmero dedentes por polegada (muitas vezes chamado de passo), que em geral de 18, 24 e 32dentes.

    P u n h o P o rca b orbo leta de ten s o d a l m in a

    P in o s

    A rco

    L m in a

  • 71FERFER

    Os dentes das lminas possuem travas, que so deslocamentos laterais dadosaos dentes, em forma alternada, conforme as figuras.

    A utilizao da lmina est relacionada com a dureza do material.

    Para corte de material macio........................ 14 dentes por polegada. Para corte de ao.......................................... 18 dentes por polegada. Para corte de cantoneira............................... 24 dentes por polegada. Para corte de tubos finos.............................. 32 dentes por polegada.

    Escolha da Lmina de Serra

    Existem lminas duras e lminas flexveis. As lminas duras so melhores paraserrar lato, ao, ferro fundido, trilhos e material de grande seo. As flexveis so maispara serrar perfis cncavos, material de pequena seo.

    Para a escolha da lmina, deve-se considerar a natureza do trabalho, com aqualidade e a espessura do material.

    Quanto mais duro o metal, maior o nmero de dentes da lmina, para materiaismuito duros ou muito finos, devendo-se usar lmina de serra de 32 dentes por polegada.Para materiais de dureza ou espessura mdia, usa-se lmina de serra de 24 dentes porpolegada.

  • 72

    Para materiais macios, usa-se lminas de 18 dentes por polegadas.

    Na operao de serrar manualmente procede-se da seguinte forma:

    1o) Preparo da serra:

    selecione a lmina de acordo com o material; coloque a lmina no arco com os dentes voltados para a frente;. d teno lmina girando a borboleta de tenso com a mo; e serre sempre no sentido dos dentes.

    2o) Trace e prenda a pea a um torno de bancada

    Observe que a parte a ser cortada deve estardo lado direito do operador.

    3o) Inicie o corte

    Observao: Ao iniciar o corte, coloque a lmina junto ao trao, guiando-a comdedo polegar e ligeiramente inclinada para frente, a fim de evitar que se quebrem osdentes.

    Quando o corte longo, a lmina deve sermontada, conforme a figura ao lado. medida quefor serrando, suba a chapa. Os pinos nos extremosdo arco de serra permitem a lmina girar num ngulode 90 graus (90).

  • 73FERFER

    Normas de Conservao

    .onavaoetnarudsanepaatieflairetamoerbosanimladosserpA.lairetamoerbosetnemervilrerrocevedanimla,onroteroN

    otnemivomoe,otnemirpmocuesoodotmeadasuresevedanimlA.soarbsomocsanepaodadreseved

    .otunimrop06aredecxeevedonseplogedoremnO

    .etrocoranimretoaanimladosnetaraglofes-eveD

    .satnemarrefsartuosadsadalosisanimlsaahnetnaM

    .osuospaanimlaeocraoepmiL

    .megurrefarativearaponifoeledadamacevelamuessaP

  • 74

    ;erbocrahlatarap,05

    ;ecodoaarap,06

    ;orudoaarap,56

    .eznorbuoodidnuforrefarap,07

    Bedame: vista de frente

    Bedame: vista lateral

    Talhadeira

    3.3 Talhadeira e bedame

    Identificao

    A talhadeira e o bedame so ferramentas do ao forjvel e tempervel, geralmenteconstitudas de um vergalho sextavado, quadrado ou redondo. Seu comprimento variamuito, mas so raras as talhadeiras com menos de 5 ou mais de 8 polegadas. O tamanhode uma talhadeira dado pela largura do seu gume ou cunha. O gume que constitui ocorte temperado. Tmpera o tratamento trmico que se faz ao ao com o objetivo deaumentar sua dureza.

    Os ngulos da cunha (ou gume) so de, aproximadamente, 10 na talhadeira e 35no bedame.

    Os ngulos de corte variam, conforme o material:

    Ao doce ou ao macio diz - se do ao de baixo teor de carbono. O carbono aumentaa dureza do ao

  • 75FERFER

    As faces do corte nos ngulos indicados se preparam, esmerilhando a cunha datalhadeira ou do bedame e controlando por meio de um verificador de ngulos, indicadona figura.

    Ao se afiar uma talhadeira, deve-se manter o ngulo de corte original, esmerilhandotodos os lados, um de cada vez.

    A aresta de corte deve ser ligeiramente convexa. Dessa maneira, o gume temmais penetrao, facilitando cortes de chapas quando se quiser acompanhar o traado.

    Finalidades

    No se pode utilizar tesoura, serra ou lima para desbastar grande quantidade dematerial. Deve-se empregar talhadeira ou bedame; eles so o safa-ona nessa ocasio.Eles podem ser empregados em servio, como cortar parafusos, porcas encravadas. Atalhadeira poder cortar qualquer metal que seja mais mole que o seu ou que possa sercortado com lima.

    Para cortar chapas de metal, coloca-se o objeto a ser cortado sobre uma chapa deao macio.

    Utilizao Prtica

    Talhar uma operao manual que consiste em cortar material com talhadeira oubedame, pela ao de golpes de martelo. Essa operao executada pelo ajustador,para abrir rasgos, cortar cabea de rebites, fazer canais e cortar chapas.

    ngulo de cunha e corte da talhadeira ngulo de cunha e corte do bedame

  • 76

    Exemplo:

    A operao manual de talhar um metal com a talhadeira ou o bedame executadapelo ajustador para abrir rasgos e procede-se da seguinte forma:

    1o) faz-se o traado se necessrio;

    2o) para facilitar, aconselha-se fazer cortes paralelos com a serra no traado;

    3o) segure a talhadeira ou o bedame com a mo esquerda, o martelo com a modireita e inicie a operao.

  • 77FERFER

    Na operao de cortar um metal com a talhadeira ou o bedame, procede-se daseguinte maneira:

    Deve-se manter a talhadeira ou o bedame na posio indicada na figura.

    Aumentando a inclinao da ferramenta, esta tende a penetrar no material.Diminuindo sua inclinao ela tende a deslizar-se, como ilustram as figuras abaixo.

    No caso de corte de chapas, deve-se proceder como ilustra a figura.

  • 78

    aratilicafossI.onifoelmocariedahlatadetrocoeuqifirbul,oa*rapmilodnauQ.oarepo

    aeuqmocrafelesiop,oelrasuevedeson,odidnuforreforahlabartodnauQ.adardiveuqifarboadeicfrepus

    adaracaehliremsE.ariedahlatadaracamassamaoletramodsadacnapsA.avonodnauqahniteuqamrofaemoteuqarapariedahlat

    .sodaifamebariedahlataeemadeboahnetnaM

    Normas de Conservao

    *Limpar o nome que se d operao de tirar pequenos pedaos de metal de umasuperfcie com a talhadeira.

  • 79FERFER

    3.4 Lima

    Idetificao

    A lima uma ferramenta temperada de ao carbono, suas faces so estriadas emdiagonal. A disposio das estrias pode ser simples ou dupla. Assim, as limas simplesapresentam estrias cortantes em um s sentido e as limas cruzadas apresentam estriascortantes em duplo sentido, que se cruzam.

    Para cada servio existem limas de comprimento, tipos e corte de dentes diferentes.As limas possuem cabos removveis,e perigoso us-las sem ele, pois a espiga terminaem uma ponta fina, que pode ferir a mo do operador.

    Nomenclatura

    Face a parte dentada da lima. Espiga a ponta afinada, onde enfiado o cabo.A parte sem dentes entre a face e a espiga chama-se talo. O comprimento da lmina adistncia da ponta ao fim do talo, no includo, portanto, a espiga.

    Finalidades

    Sua face estriada, quando atritada contra a superfcie do material mais macio,desgasta-o, retirando pequenas partculas (limalha). As limas nas oficinas de manutenoso utilizadas para remover, alisar, polir metais, e principalmente para trabalhos de desbasteleve e acabamento em peas.

    Classificao e Aplicao

    As limas podem ser classificadas quanto ao corte, quanto ao nmero de dentes equanto forma.

    Quanto ao Corte:

    Cortes Simples

    Seus dentes (estrias) so paralelos face da lima, e inclinados de 65 em relao linha de centro. So utilizados em materiais no ferrosos (alumnio, chumbo).

  • 80

    Corte Cruzado (duplo)

    Seus dentes so inclinados em relao a linha de centro em ngulos que variam de40 a 50. Mais usadas em materiais ferrosos, para servios mais pesados.

    Quanto ao Nmero de Dentes:

    Bastarda

    usada para desbastes grossos. Numa crosta de ferro fundido ou numa oxidao,deve ser utilizada uma lima bastarda j bem usada.

    Bastardinha usada para desbaste mdio.

    Mura usada para acabamento.

    Quanto Forma:

    Limas Paralelas

    So utilizadas em superfcies planas, internas e externas, em ngulos retos eobtusos, podendo ter seus cortes simples ou cruzados. Tm a mesma largura e espessuraem todo o comprimento.

    Limas Chatas

    Possuem dentes nas duas faces em um dos flancos (bordas). A outra parte doflanco lisa. Algumas tm um dos flancos redondo e a largura vai diminuindo na ponta.

    Limas Meia Cana

    Tem uma superfcie plana e uma curva, usada para limpar superfcies cncavas.

  • 81FERFER

    Limas Faca

    Tem um lado grosso e um fino,formando um tringulo e dando um formatode uma faca.

    Limato Quadrado

    Tem o formato de um quadrado e so usados em superfcies planas em nguloreto, rasgos internos e externos.

    Limato Redondo

    Tem formato redondo, geralmente de corte simples. empregado para alargarfuros e superfcies cncavas.

    Limato Triangular

    Tem formato triangular com dentes nas trs faces. So usados para limar ngulosinternos agudos e para avivar ngulos retos

    Grosas

    So parecidas com as limas, apresentam dentes separados e no possuem estrias.So usadas em madeira e couro.

    Utilizao Prtica

    O uso da lima apresenta certas particularidades. O seu conhecimento indispensvelao mecnico, para que faa melhor trabalho e obtenha maior rendimento.

    Ao iniciar o trabalho com a lima, a presso da mo no cabo deve ser menor do quea presso da mo na ponta, porque a distncia do cabo pea e maior.

    medida que a lima avana, a presso na ponta deve ir diminuindo e a presso nocabo deve ir aumentando.

  • 82

    Assim, no meio do golpe a presso igual, porque as distncias so iguais.

    No final do golpe, a presso ao cabo deve ser maior, porque a distncia do cabo pea menor.

    O movimento de volta se faz, aliviando as presses, pois no retorno no existecorte. No se dando corte, evita-se o desgaste e a quebra dos dentes. As figuras abaixoilustram o modo de segurar a lima nos casos mais comuns.

    Quando se deseja um acabamento bem liso, necessrio que se faa umatranslimagem. a operao de limar uma obra, fazendo com que a lima siga cursosperpendiculares a ela mesma. Para um acabamento ainda mais fino, veste-se a lima comuma lixa e faz-se outra translimagem com uma lima bastardinha.

    Depois de cortar uma chapa no tamanhoaproximado, necessrio fazer o acabamentodo corte at a linha marcada, como ilustra afigura.

  • 83FERFER

    Depois de ter levado o acabamento com a lima at a linha marcada, devem-sequebrar as quinas, com o quebrador de quinas.

    Normas de Conservao e Segurana de Trabalho

    .setnedsonsadarragasahlamilmocamiluo,atsagotiumamilmocehlabartoN

    resevedetnemos)adajurrefne(adadixo,ajrofeduo,odidnuforrefedarboreuqlauQ.osuetnatsabmocadratsabamilmocadamil

    .arumamilesu,otnemabacaoradaraP.adratsabamilesu,ratrabsedaraP

    otalramilarapserohlemos,orudoaarapmevresonsadasusarumsamilsAoaaicntsiseratiumecerefoeotaloerbosazilsedadratsabamilA.erboce

    .erbocoerbosotnemivom

    .aidmaotunimropseplog06:etnemasoragavmenadiprmenramilevedesoN

    oodotes-asU,sotrucotiummensognolotiummenamilanseplogradevedesoN.amiladlitotnemirpmoc

    otnemivomozudorpatieridae,amilaaiugadreuqseoma,aepamuramiloA.amiladatloveadied

    ziges-odnassap,sadariterresmevedsamilsmeredaeuqlairetamodsaluctraP.aciltemavocseamumocadiugesmees-odnapmileeicfrepusan

  • 84

    4 Ferramentas de Furar Metais

    4.1 Brocas

    Identificao e Funcionalidades

    As brocas so ferramentas de corte, de forma cilndrica, com canais helicoidais.Terminam em uma ponta cnica e so afiadas com um ngulo determinado.

    So feitas de ao carbono ou ao rpido. As de ao carbono so usadas paraservios mais comuns. Quando aquecidas pelo atrito, podem ser esfriadas com gua. Asbrocas de ao rpido so usadas para servios especiais, tais como furar ao inoxidvele materiais mais duros, porque conservam o corte, mesmo quando aquecidas pelo atrito.Elas devem esfriar ao ar livre. Se as brocas esfriarem rapidamente, elas se racharo.

    Os dimetros das brocas so medidos em fraes da polegada e em milmetro. Amedida do dimetro em polegada varia de 1/64 de um tamanho ao outro. Os dimetrosmedidos em milmetro variam de 0,1 mm. Esses valores so encontrados no punho (haste)das brocas.

    Tipos de Brocas e Aplicao

    Os dois tipos usuais comuns se diferenciam pelo punho (haste).

    O primeiro apresenta o punhocilndrico, utilizado em conjunto com umacessrio denominado mandril. A broca presa no mandril e este, por sua vez, adaptado na rvore da mquina de furar. onico tipo que pode ser usado na maioria das mquinas de furar portteis, manuais emquinas de furar de bancada. Satisfaz plenamente quando se deseja furos at 1/2 dedimetro. Para furos maiores devem-se empregar brocas de punhos cnicos (punhosmorse).

    O segundo apresenta punho cnico oupunho morse, com a finalidade de possibilitarsua adaptao diretamente rvore (eixo

    porta-broca) da mquina de furar, dispensando assim a utilizao do mandril.

    Podem-se abrir furos com uma broca de 1/4 de dimetro, ou menos, usando umamquina de furar de mo.

    Broca de Centro

    Permite a execuo dos furos de centro nas peas que vo ser torneadas, fresadasou retificadas entre pontos.

  • 85FERFER

    No se deve trabalhar com a rotao arbitria, pois a rotao muito elevadaproduz calor excessivo, e o efeito do atrito desgasta a ferramenta.

    Ao iniciar o trabalho, deve-se abrir um furo de dimetro menor para servir de guiapara a broca, pois difcil iniciar um furo com a broca grande em uma marca feita com umpuno. Sempre que se for abrir um furo acima de 3/16 de dimetro, deve-se fazer umfuro guia. No necessria uma broca especial para isto. Uma broca de 1/8 indicadapara um furo guia de uma broca de 3/8.

    A ponta da broca formada pela guia, pelos cortes, pelos cnicos, pelas sadas epelos extremos das arestas de corte. As duas arestas afiadas cortam o metal. Para isso,precisam ser afiadas de forma conveniente. O ngulo de corte mede 59.

    A superfcie cnica, por trs de cada corte, deve ser esmerilhada num ngulo de12 a 15, para formar o ngulo de sada do material.

    Os dois cortes devem ter o mesmo comprimento, pois, se um deles for maior, estecortar mais que o outro e isso provocar trepidao na broca.

    Utilizao Prtica

    A operao de abrir furos pela ao da rotao e avano de uma broca numamquina de furar procede-se da seguinte forma:

    1o) Deve-se prender a pea diretamente na mesa da mquina, num torno paraleloou num torno de mo.

    Para evitar perfurar a mesa da mquina, ponha um pedao de madeira entre apea e a mesa de trabalho da mquina.

    2o) Prenda a broca no mandril.

    No caso da broca de punho (haste) cnica, deve-se fix-la diretamente na rvoreda mquina.

    Afiao de uma broca ngulo de corte da broca

  • 86

    3o) Apoie a ponta da broca sobre a pea.

    Centre a broca bem no ponto onde vai ser furado.

    4o) Inicie a furao.

    Ligue a mquina. Acione a alavanca de avano. Inicie e termine o furo.

    Normas de Conservao

    .osuospasacorbsaepmiL

    .satnemarrefsartuomocsotatnoceseuqohcetivE

    .sodairporpaseragulmesacorbsaahnetnaM

    .sal-draugrofodnauqsadaifaotseeuqedes-euqifitreC

  • 87FERFER

    4.2 Mquina de Furar

    Identificao

    As mquinas de furar podem ser manuais, portteis ou eltricas. Normalmente,uma mquina de furar possui um dispositivo denominado rvore, onde fixada a hastecnica do mandril ou bucha.

    O mandril um dispositivo que possui trs mordidas que se abrem e se fechampara prender a broca por meio de uma chave.

    Finalidade

    A mquina de furar utilizada para prender uma broca que, animada de ummovimento de rotao, permite que a mesma penetre no material a ser furado.Os furos so feitos quando se necessita roscar ou introduzir eixos, buchas, parafusos ourebites em peas que podero ter funes diferentes.

    Tipos de Ferramentas de Furar Metais e Aplicaes

    Mquina de Mo

    Permite fazer furos de at 1/4 sem ser necessrio utilizara corrente eltrica.

    Mquina de Furar de Peito

    Permite fazer furos sem utilizar corrente eltrica, pormoferece mais facilidade no seu manuseio que a mquina de furarde mo.

    Arco de Pua

    Destinado a servios mais pesados um instrumento em formade manivela que possui, em uma das extremidades, um mandrilpara ser adaptado numa broca, cuja finalidade abrir furosmanualmente em chapas metlicas.

    As mquinas de furar acima mencionadas so destinadas aabrir furos em metais, desde que no sejam maiores que 1/4.Para isso necessrio virar a mquina, manualmente, numavelocidade moderada. Deve-se verificar se o ngulo que elaest fazendo com a superfcie da pea correto, geralmentede 90 graus. Deve-se segurar a mquina firme e com pressosuficiente para manter a broca cortando.

  • 88

    Mquinas de Furar Portteis

    So usadas com a mesma finalidade queas mquinas manuais, mas com estas no seprecisa empregar esforo para girar a broca. Oeixo porta-broca, ou rvore, girado por meio de um motor. Apotncia varia de 1/4 a 1 HP.

    Pode-se usar mquinas de furar portteis para servios como polir,desbastar e esmerilhar. Nesse caso, deve-se empregar artifcios parasegurar os polidores as pedras de esmeril, etc. As mquinas de furarportteis podem ser utilizadas em qualquer posio.

    Mquina de Furar de Bancada

    Possui um suporte e uma coluna que sustenta