Praticas de Oferendas

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    CANDOMBL

    O candombl foi trazido para o Brasil pelos negros que vieram como escravos da

    frica. Dentre eles destacam-se dois grupos, a seguir: os bantos (que vinham de regiescomo o Congo, Angola e Moambique) e os sudaneses, que vinham da Nigria e do

    Benin (e que so os iorubas, ou nags, e os jejes). Porm, a religio oficial no Brasil era

    o catolicismo, trazido pelos brancos, de origem portuguesa. O candombl culto africano

    que se tornou afro-brasileiro era encarado como bruxaria. Por isso era proibido e sua

    prtica reprimida pelas autoridades policiais. Assim, os negros passaram a cultuar suas

    divindades e seguir seus costumes religiosos secretamente. Para disfarar, identificavam

    seus deuses com os santos da religio catlica. Por exemplo, quando rezavam em sua

    lngua para Santa Brbara, estavam cultuando Ians. Quando se dirigiam a Nossa

    Senhora da Conceio, estavam falando com Iemanj. Esse processo foi chamado de

    sincretismo religioso (STRECKER, 2006).

    O candombl tem rituais muito bonitos, realizados ao ritmo de atabaques e

    cantos em idioma ioruba ou nag, que variam conforme o orix que est sendo

    cultuado. As cerimnias do candombl so realizadas nos "terreiros" - que hoje so

    casas ou templos, mas expressam no nome suas origens: era em clareiras na mata que os

    escravos podiam expressar sua religiosidade. Os ritos so dirigidos por um pai de santo

    (que tem o nome africano de babalorix) ou uma me de santo (ialorix). Tambm so

    feitas oferendas e consultas espirituais atravs do jogo de bzios (STRECKER, 2006).

    No incio do sculo 20, originou-se na cidade de Niteri, no Rio de Janeiro, um

    culto afro-brasileiro muito importante: a umbanda. Ela incorpora prticas do candombl,

    do catolicismo e do espiritismo. um culto mais brasileiro, mais simples e mais

    popular, at porque seu idioma o portugus e no as lnguas ou dialetos africanos. Para

    a umbanda, o universo est povoado de entidades espirituais que so chamadas guias e

    se comunicam atravs de uma pessoa iniciada, o mdium. As guias se apresentam como

    pomba-gira, caboclo ou preto-velho. O caboclo a representao do ndio brasileiro e o

    preto-velho representa o negro no cativeiro. Existem muitas diferenas na maneira como

    a religio praticada nos diversos templos e terreiros de umbanda e nas diversas regies

    do Brasil (STRECKER, 2006).

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    Existem diversos orixs e historias entorno dos mesmos, depende dos terreiros e

    da linha que os mesmo seguem. A seguir veremos caractersticas e oferendas dos orixs

    mais populares e comuns.

    OXALorix maior

    No lder, mas no se submete facilmente a liderana dos outros, ou seja, no

    manda, mas no gosta de ser mandado. Atravs de seu gnio calmo, atinge seus

    objetivos de forma natural. Seu maior defeito a teimosia. No se preocupa em impor

    suas idias, mas no cede em seu ponto de vista. Mesmo que no concorde evita

    discusso. A sua principal caracterstica e a impecvel organizao no dia a dia,

    principalmente em escritrios e documentos. Oxal o nico Orix que no atua

    diretamente em elementos do planeta, fazendo isso por intermdio dos outros Orixs.

    Sua cor o branco. Sua oferenda: 14 velas brancas, gua mineral, canjica branca dentro

    de alguidar de loua branca, fitas e flores brancas. O local de entrega deve ser muito

    bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Iemanj,

    na praia. E suas ervas para banhos so: Poejo, Camomila, Chapu de Couro, Erva de

    Bicho, Cravo, Coentro, Gernio Branco, Arruda, Erva Cidreira.

    OGUMorix da guerra, da luta, da demanda

    Ogum o Orix da guerra, da demanda e da luta. Seu tipo esguio e procura

    sempre estar bem fisicamente, por isso gosta de praticar o esporte. Uma marca muito

    forte de sua personalidade tornar-se violento repentinamente. Seu gnio muito forte.

    No admite a injustia e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a

    situao daquele que quer proteger. Leal e correto um lder. Sabe mandar sem nenhum

    constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que no seja

    desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, no fazendo

    questo da qualidade ou paladar da comida. As armas de fogo, facas, espadas e das

    coisas feitas em ferro ou lato fazem o gosto dos filhos do Ogum, talvez por ele ser o

    Orix do Ferro e do Fogo. Suas cores so o vermelho e branco. Suas oferendas: 14 velas

    branca e vermelha ou 7 brancas e 7 vermelhas, cerveja branca em coit, 7 charutos,

    peixe de escama e de gua doce, ou camaro seco, amendoins e frutas, de preferncia,

    dentre elas, uma manga (melhor a espada), fitas vermelha e branca. O local de entrega

    em uma campina. As ervas so:Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo

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    Ningum Pode, Folhas de Rom, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas,

    Maca, Folhas de Jurubeba

    IEMANJa senhora do mar

    Sempre tem os braos abertos para acolher junto de si todos aqueles que o

    procuram. A porta de sua casa sempre est aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas.

    Tipo a grande me. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com

    os seus. O homem filho de Iemanj carrega o mesmo temperamento: o protetor. Cuida

    de seus tutelados com muito amor.Geralmente calmo e tranqilo, exceto quando se

    sente ameaado na perda de seus filhos, isto porque no divide isto com ningum.

    sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. franco e no

    admite a mentira. extremamente ciumento com tudo que seu, principalmente das

    coisas que esto sob sua guarda. Cor: Azul. Oferendas: 7 velas brancas e 7 azuis,

    champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca,

    entregues na praia.Suas ervas: Pata de Vaca, Folhas de Lgrima de Nossa Senhora, Erva

    Quaresma, Trevo e Chapu de Couro

    IANSa senhora dos ventos e tempestades

    Deusa Guerreira. Seu filho conhecido por seu temperamento explosivo. Por

    seu temperamento inquieto e extrovertido em qualquer lugar chama a ateno. Sempre a

    sua palavra que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Tem um prazer

    enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que est fazendo

    na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento

    que est passando, no conseguindo disfarar a alegria ou a tristeza. No tem medo de

    nada. Enfrenta qualquer situao de peito aberto. Sua grande qualidade, a garra, e seu

    grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convvio social. Por ser tomarcante seu gnio, se este fosse controlado, o que no difcil, seria pessoa muito

    mais feliz e querida. Tem o grande defeito de gostar de seus defeitos. Cor: Amarelo

    ouro. Oferendas: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro, gua mineral, acaraj ou milho em

    espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores.

    Ervas: Catinga de mulata, Cordo de Frade, Gernio Cor-de-Rosa ou Vermelho,

    Acena, Folhas de Rosa Branca, Erva de Santa Brbara

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    OXSSIrei das matas

    Pisa macio, mas certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-

    se bem e cuidadosamente. Tudo que pertence Natureza, especificamente as matas e o

    reino animal tm a ao de Oxossi. Ele que o conhecedor das ervas e o grandecurador. a essncia da nossa vida. O mato, as guas, os bichos, as estrelas, o sol e a

    lua, so a bssola de sua vida. No discute a f. Acredita e fiel seguidor da religio

    que escolheu. No ciumento e muito menos rancoroso. Gosta das coisas boas, veste-se

    bem e cuidadosamente. Suas cores so o verde e o branco e suas oferendas: 7 velas

    verdes e 7 brancas, a mesma bebida de Ogum, 7 charutos, peixe com escama de gua

    doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel, fitas verde e

    branca. As ervas: Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas deFava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira,

    Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracuj, Folhas de Palmito, Folhas de

    Abacateiro (TPM, 2013)

    OXUMrainha da gua doce, dona dos rios e cachoeiras

    O arqutipo de Oxum das mulheres graciosas e elegantes, com paixo pelas

    jias, perfumes e vestimentas caras. Os filhos de Oxum, a Rainha da gua doce, donados rios e das cachoeiras, carregam o tipo de Iemanj . A maternidade sua grande

    fora, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, Oxum que se

    pede ajuda (pelo Amal/Oferendas). A diferena maior a vaidade. COR : Amarelo.

    AMAL: 7 velas brancas e 7 amarelo claro, gua mineral canjica branca, fitas amarelo

    claro e branca. Ao lado de uma cascata. ERVAS:Erva Cidreira, Gengibre, Camomila,

    Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Gengibre, Calendula. (TPM, 2013)

    XANG Deus da justia, senhor das pedreiras

    Xang o Deus da Justia e sua fora est nas pedreiras, exercendo uma

    influncia muito forte em seus filhos, principalmente a Justia. Todos os Orixs,

    evidentemente, so justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos, entretanto com

    os filhos de Xang a Justia deixa de ser uma virtude para passar uma obsesso, o que

    faz de seus filhos um sofredor, principalmente porque o parmetro da Justia o seu

    julgamento, e no o da Justia Divina, quase sempre diferente do nosso que muitoterra Cores:Marrom e branco. Oferendas: 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja

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    preta, camaro, quiabo, fitas marrom escuro e branca. Na pedreira ou sobre uma pedra

    grande e bonita. Ervas: Folha de Limoeiro Erva Moura, Erva Lrio, Folhas de Caf,

    Folhas de Mangueira, Erva de Xang. (TPM, 2013)

    EXU

    Exu (s) a figura mais controversa do panteo africano, o mais humano dos

    orixs, senhor do princpio e da transformao. Deus da terra e do universo; na verdade,

    Exu a ordem, aquele que se multiplica e se transforma na unidade elementar da

    existncia humana. Exu o ego de cada ser, o grande companheiro do homem no seu

    dia-a-dia. Muitas so as confuses e equvocos relacionados com Exu, o pior deles

    associa-o figura do diabo cristo; pintam-no como um deus voltado para a maldade,para a perversidade, que se ocuparia em semear a discrdia entre os seres humanos. Na

    realidade, Exu contm em si todas as contradies e conflitos inerentes ao ser humano.

    Exu no totalmente bom nem totalmente mau, assim como o homem: um ser capaz de

    amar e odiar, unir e separar, promover a paz e a guerra. Amal: 7 velas vermelhas e sete

    pretas; Comida: farofa de milho, com bastante pimenta e alho, coberto com azeite de

    dend; o recipiente pode ser, no caso dos exus, um alguidar de barro; bebida: marafo; 7

    charutos; se quiser flores vermelhas. A entrega seja feita dentro de um mato ou em sua

    entrada, de preferncia em baixo de dois galhos de rvores que se cruzem (TPM, 2013).

    Existem diversos nomes de exus como: Exu Aleijadinho Arranca Toco Asa

    NegraBarraventoBrasinhaCacurucaiaCalungaCamisa Preta -Camisa Verde

    CangaCapa PretaCapa Preta das Sete Encruzilhadas -CasamenteiroCatacumba

    Exu Caveira Exu Caveirinha Cachoeira Cheiroso Cigano Cobra Come

    FogoCorcundaDa MorteDesmancha TudoExu Destranca RuaDuas Cabeas

    Facada Fasca Ganga Gato Preto Exu Gira Mundo Jos Caveira Joo.(PORTAL UMBANDA)

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    Exu Morcego

    Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma

    floresta, tpico daqueles pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e

    corpulento, trajando uma surrada roupa, provavelmente antes pertencente a um guarda-

    roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do tempo, pois ainda carregava

    uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo do mesmo

    cobiado material. Parecia viver na solido, muito embora no castelo vivessem vrios

    serviais. Na torre do castelo, as janelas foram fechadas com pedra, e s pequenas

    frestas foram feitas no alto das paredes. A luz no podia entrar. A torre no tinha

    paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada mesa de madeira tosca, tendo

    como iluminao dois castiais de uma s vela cada. Ao lado da tnue luz das velas,

    livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que

    algo buscava na literatura (PORTAL UMBANDA)

    Exu Pantera

    O Exu Pantera uma surpresa. Seu nome d a entender ser um esprito violento,

    bravo, mas ao contrrio, apresenta-se com muita elegncia, com charme e um bom

    palavreado. Ele contou sua histria: afirmou ser europeu, e grande admirador da

    pantera, para ele, um animal esperto, gil, e o mais elegante de todos. Veio ao Brasil

    para resgatar seu carma, agrupando-se umbanda, especificamente quimbanda e como

    tem uma relao direta com o Caboclo da Pantera, no teve nenhuma dvida em usar o

    nome do lindo felino. (PORTAL UMBANDA)

    Exu Joo Caveira

    O Exu Joo Caveira contou uma vida passada. Disse que na Idade Mdia, foi um

    fiel conselheiro de um senhor feudal. Criada uma situao no feudo de difcil soluo,

    foi solicitada sua opinio para decidir a questo. Se decidisse de uma forma, agradaria

    todos os senhores, e de outra, faria justia a todos os moradores desafortunados dolugar. Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hiptese, mesmo

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    contrariando a sua vontade, que em nenhum momento expressou. Por causa disso,

    ganhou um carma enorme, que est resgatando nos terreiros da Umbanda. (PORTAL

    UMBANDA)

    Exu do Fogo

    O Exu do Fogo contou uma histria interessante. Disse que atravs do fogo

    executa seus trabalhos de caridade, por ter ele, no tempo da Inquisio, condenado

    vrias pessoas para serem queimadas em fogueiras com a pecha de bruxos. Hoje ele se

    considera um bruxo e atravs do elemento fogo, tenta resgatar os males que carrega em

    seu carma. E vale a pena ver a habilidade deste Exu manipulando o fogo. (PORTAL

    UMBANDA)

    Exu 7 da Lira

    O Exu 7 da Lira, segundo a unanimidade dos terreiros afirma, foi o grande cantor

    brasileiro.

    Sou Exu, trabalho no cantoQuando canto desmancho quebranto

    Sete cordas tem minha viola

    Vou na gira de elenco e cartola

    Viola o tridente

    Cigarro o charuto

    Bebida o marafo

    Sou Sete da Lira

    Derrubo inimigo

    Ponteiro de ao

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    PRETOS VELHOS

    Os Pretos e Pretas Velhas, na Umbanda, so entidades elevadas que se

    apresentam estereotipados como ancios negros conhecedores profundos da magia

    Divina, da manipulao de ervas. So excelente mandingueiros, mestres dos elementos

    da natureza, os quais utilizam em seus benzimentos e trabalhos espirituais.

    Cr-se que em referncia dor e aflio sofrida pelo povo negro durante a

    escravido, a linha de preto velho reflita a humildade, a sabedoria, a pacincia e a

    perseverana. No necessariamente todos foram escravos. Sua sabedoria e humildade

    so caracteristicas marcantes e sua calma e ensinamentos so profundos. Apresentam-se

    na Umbanda sentados em seus banquinhos atendendo seus fios e fias com uma

    linguagem simples porm sbias. A caracteristica principal desta linha a sua elevada

    orientao espiritual.

    A Linha de Pretos velhos na Umbanda regida pelo mistrio Ancio, na fora

    do Orix Obalua que o Orixa sustentador da evoluo, da transmutao e

    transformao dos seres. Mas os Pretos Velhos tambm se apresentam dentro da linha

    de outros Orixs.

    Em sua linha de atuao eles se apresentam com nomes que individualizam sua

    atuao, conforme o seu Orix regente, conforme acontecia na poca da escravido,

    onde os negros eram nominados de acordo com a regio de onde vieram.

    Dia sa semana: Segunda-feira

    Linhas de trabalho: Evoluo, transmutao e transformao.

    Cor: Preto e Branco.

    Elementos de trabalho:

    - Ervas (alecrim, arruda, guin, manjerico, boldo, folha de fumo, louro, manjerona,

    slvia, quebra demanda, levante);

    - Palha da costa, Cruzes de madeira, pipocas, pembra branca, teros de lgrimas deNossa senhora.

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    - Fumo;

    Comidas:

    Bolo de milho, pamonha, cural. Pipoca;

    Bolo de fub;

    Tutu de feijo;

    Mandioca frita;

    Batata doce;

    Doce de abbora;

    Rapadura.

    Bebidas

    Caf sem aucar;

    Aguardente

    Velas: Branca; branca e preta; roxo, lils, violeta.

    POMBA GIRA

    uma entidade do candombl e da umbanda, representada por uma mulher sensual,

    independente e dominadora, incorporada por uma mdium. Ela faz trabalhos espirituais

    que vo desde conselhos sobre problemas cotidianos at promessas de recuperar um

    amor. A pombagira surgiu no incio do sculo 20, simbolizando uma mulher liberada da

    submisso e do recato impostos ao sexo feminino por uma sociedade machista e

    patriarcal. Segundo a umbanda apomba gira umesprito da luxria,sendo quetodosos prazeres desse mundo lhes so agradveis.Segundo alguns sacerdotes, a pomba gira

    um esprito de mulheres que em vida foram prostitutas, ou mulheres ligadas aos

    prazeres das coisas carnais, e que ao morrer se transformaram em entidades espirituais

    que voltaram para evoluir ajudando os outros.

    A pomba gira especializada em amor e relacionamentos por ser a orix do

    trono do desejo e dos estmulos. vista como a personificao das foras da natureza,

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    que equivale fora feminina de Exuorix guardio do comportamento humano, das

    casas, das aldeias.

    . Quando incorporada, assume personalidades e nomes como Maria Padilha, Sete

    Encruzilhadas, Rosa Caveira.

    A pombagira risonha e d gargalhadas estridentes para afastar o mal e

    amedrontar os espritos obsessores, que buscam vingana. Gosta de beber, fumar e de se

    vestir bem e est sempre com a mo na cintura, por vezes segurando a barra da saia ou

    jogando-a por cima da perna.

    Os ingredientes da oferenda variam de acordo com o objetivo: amoroso,

    profissional ou de cura. O mais comum fazer o pad (farofa de dend), com bifes e

    cebolas. Tambm podem rolar frutas, bombons, velas, cigarros, rosas, e, em alguns

    casos, at sacrifcio animal, dependendo da preferncia da pombagira.

    ATABAQUES

    O atabaque um instrumento musical que chegou aoBrasil atravs dosescravos

    africanos, usado em quase todo ritual afro-brasileiro, tpico do Candombl e da

    Umbanda e das outras religies afro-brasileiras e influenciados pela tradio africana.

    De uso tradicional na msica ritual e religiosa, empregados para convocar osOrixs.

    Os atabaques no candombl so objetos sagrados e renovam anualmente esse

    Ax.So usados unicamente nas dependncias doterreiro,no saem para a rua como os

    que so usados nos blocos de afoxs, estes so preparados exclusivamente para esse

    fim. Os atabaques so encourados com os couros dos animais que so oferecidos aos

    Orixs, independente da cerimnia que feita para consagrao dos mesmos quando

    so comprados, o couro que veio da loja geralmente descartado, o cilindro de madeira

    s depois de passar pelos rituais que poder ser usado noterreiro.

    O som o condutor do Ax do Orix, o som do couro e da madeira vibrando

    que trazem os Orixs, so sinfonias africanas sem partitura.

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    BIBLIOGRAFIA

    STRECKER, H. Candombl e umbanda: Religies africanas e sincretismo religioso.16/01/2006. Disponvel em:.Acesso em 12/11/2014.

    PRANDI, R. O Brasil com ax: candombl e umbanda no mercado religioso.Disponivel em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015.Acesso em: 12/11/2014.

    _________ 7 Orixs da Umbanda. Disponvel em:.Acesso em; 14/11/2014.

    _________ Exus. Disponivel em:. Acesso em: 16/11/2014.

    http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/candomble-e-umbanda-religioes-africanas-e-sincretismo-religioso.htmhttp://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/candomble-e-umbanda-religioes-africanas-e-sincretismo-religioso.htmhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://www.paimaneco.org.br/http://www.portalumbanda.com/categoria/exus-na-umbanda/http://www.portalumbanda.com/categoria/exus-na-umbanda/http://www.portalumbanda.com/categoria/exus-na-umbanda/http://www.portalumbanda.com/categoria/exus-na-umbanda/http://www.paimaneco.org.br/http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000300015http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/candomble-e-umbanda-religioes-africanas-e-sincretismo-religioso.htmhttp://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/candomble-e-umbanda-religioes-africanas-e-sincretismo-religioso.htm