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  Procedimento para determinação da “Potência Instalada e “Potência Líquida” de empreendimento de geração de energia elétrica  PROCEDIMENTO PARA DETE RMINAÇÃO DA “ POTÊN CIA INSTALADA E POTÊ NCIA LÍQUIDA” DE EMPREENDIM ENTO DE GERAÇ ÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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  • Procedimento para determinao da Potncia Instalada e Potncia Lquida de empreendimento de

    gerao de energia eltrica

    PROCEDIMENTO PARA DETERMINAO DA POTNCIA INSTALADA E POTNCIA LQUIDA DE EMPREENDIMENTO DE GERAO DE ENERGIA

    ELTRICA

  • Procedimento para determinao da Potncia Instalada e Potncia Lquida de empreendimento de

    gerao de energia eltrica

    CONTROLE DE REVISES

    REVISO DESCRIO DA REVISO ATO LEGAL

    00 Reviso Inicial Resoluo Normativa n. 420/2010

    01 Reviso aps o processo de Consulta Pblica n 006/2011

    Despacho ANEEL n. 131/2012

  • Procedimento para determinao da Potncia Instalada e Potncia Lquida de empreendimento de

    gerao de energia eltrica

    1. DO OBJETIVO

    Definir, em termos gerais, o formato do Relatrio Tcnico para confirmao da potncia instalada e potncia lquida de centrais geradoras de energia eltrica.

    O presente procedimento um balizador, o qual contm instrues gerais sobre o ensaio de desempenho e comprovao por meio do histrico de gerao, sendo responsabilidade do responsvel tcnico pela realizao dos ensaios a definio dos melhores parmetros a serem utilizados na realizao dos ensaios, considerando as particularidades tcnicas de cada empreendimento e o objetivo pretendido de se definir o valor da potncia instalada e da potncia lquida da central geradora.

    2. DA APLICAO

    O presente Procedimento complementar Resoluo Normativa n 420 de 30 de novembro de 2010, e se aplica aos empreendimentos de gerao de energia eltrica instalados no territrio brasileiro, salvo as excees previstas na citada Resoluo.

    3. DA RESPONSABILIDADE:

    A responsabilidade pela elaborao do Relatrio Tcnico de confirmao da potncia instalada e potncia lquida exclusiva do agente detentor da outorga para explorao da central geradora, que dever elabor-lo com pessoal prprio ou de terceiros, observando a necessidade de emisso da devida Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART, conforme regulamentao do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA.

    4. DO ENSAIO DE DESEMPENHO

    O ensaio de desempenho dever ser realizado com todas as unidades geradoras da central em operao. No sendo possvel, o relatrio dever explicitar as razes que inviabilizaram a operao simultnea de todas as unidades, bem como dever apresentar justificativas que demonstrem que a impossibilidade de operao simultnea das unidades no prejudica o resultado obtido nos testes.

    Salvo exceo das grandezas eltricas, para as demais grandezas o monitoramento dever ser realizado no mnimo em uma unidade geradora por tipo.

    Antes do incio do ensaio de desempenho dever haver a estabilizao completa dos parmetros trmicos e mecnicos, em conformidade com os critrios que devero ser adotados pelo responsvel pela realizao dos ensaios, sendo obrigatrio explicitar no Relatrio Tcnico os critrios utilizados para a estabilizao completa e sua aderncia ao tipo de tecnologia empregada.

    Durante o perodo de estabilizao, os parmetros monitorados no devero exceder limites pr-estabelecidos pelo responsvel pelo ensaio.

    O ensaio dever ter durao mnima de 04 horas e as grandezas devem ser medidas e registradas em intervalos de, no mximo, 30 minutos, com exceo daquelas obtidas diretamente do Sistema de Medio de Faturamento SMF ou do Sistema de Coleta de Dados Operacionais SCD, quando devero ser respeitados os intervalos de medio padronizados para esses equipamentos.

    O valor da potncia instalada e da potncia lquida obtida dever ser baseado na energia efetivamente gerada durante o perodo do teste pelo tempo total do mesmo, devendo ser realizadas as eventuais correes conforme prescreve este Procedimento.

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    gerao de energia eltrica

    O responsvel pela elaborao do relatrio, de posse das informaes do ensaio, poder atestar um determinado valor de potncia instalada e potncia lquida diferente do mtodo mencionado no pargrafo anterior, desde que fundamentado em critrios relacionados exatido dos equipamentos de monitoramento, flutuao de potncia e oscilao do sistema eltrico.

    Todas as unidades geradoras devero estar programadas para gerar a potncia ativa prxima ao valor desejado da comprovao, com fator de potncia das unidades o mais prximo possvel do valor nominal.

    Na impossibilidade de ensaiar as unidades com o fator de potncia o mais prximo do valor nominal, em razo de condies sistmicas, esse fato dever ser justificado no Relatrio.

    O fator de potncia nominal definido como o valor terico obtido da curva de capabilidade do gerador, considerando a interseco entre o trecho da limitao imposta pela corrente de campo ou corrente de excitao do rotor do gerador e o trecho da limitao imposta pela corrente de armadura, considerando a operao do gerador como capacitivo.

    No mnimo as grandezas a seguir listadas devero ser medidas/monitoradas e registradas:

    a) Trmicas (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs) temperatura do enrolamento estatrico e dos mancais do gerador e turbina

    (metal patente); temperatura do enrolamento dos transformadores elevadores;

    b) Mecnicas (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs)

    vibrao em todos os mancais do conjunto turbina-gerador; oscilao dos eixos (turbina e gerador).

    c) Eltricas (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs)

    potncia [kW, kVA e kVAr], medida nos bornes do gerador eltrico e no ponto de conexo;

    fator de potncia;

    d) Hidrulicas (Aplicvel s UHEs e PCHs) nvel de jusante [m]; nvel de montante [m]; vazo turbinada [m/s];

    e) Ambientais

    temperatura Ambiente (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs); umidade relativa do ar (aplicvel s UTEs); presso atmosfrica (aplicvel s UTEs).

    f) Termodinnicas (aplicvel s UTEs)

    temperatura, presso, e vazo do fluido de trabalho na entrada e sada dos principais equipamentos do ciclo termodinmico (bomba/compressor, turbina, caldeira, condensador e etc..), conforme o tipo de usina.

    g) Balano energtico em kW (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs)

    potncia bruta simultnea de cada unidade geradora, medida nos geradores eltricos;

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    potncia exportada, medida no ponto de conexo; consumo em servios auxiliares/ perdas; consumo em cargas industriais prprias, conforme o caso.

    As grandezas trmicas, mecnicas e termodinmicas a serem monitoradas podem variar

    conforme a especificidade dos equipamentos da central geradora, mas devem garantir a operao segura das unidades geradoras.

    Exceto para as grandezas eltricas, as quais devero ser obrigatoriamente monitoradas em todas as unidades, as demais grandezas podero ser monitoradas em no mnimo uma unidade geradora, desde que as demais apresentem as mesmas caractersticas de projeto e construo da unidade monitorada.

    Para as grandezas trmicas e mecnicas, antes do incio dos testes devero ser registrados os seus valores nominal, de alarme e de parada por emergncia da unidade, quando aplicvel, para os quais o sistema de superviso est programado.

    Todos os instrumentos utilizados nos ensaios para monitoramento das grandezas eltricas devero ter rastreabilidade quanto a sua aferio, em consonncia com as prticas usualmente adotadas.

    O Relatrio Tcnico dever contemplar mtodos que propiciem a correo das medies de gerao s condies nominais da central geradora; no caso de termeltricas, para a condio climtica mdia anual do local, principalmente quanto temperatura do ar; e no caso de hidreltricas (incluindo PCHs), os resultados devem ser transpostos queda lquida mxima (nominal). Adicionalmente, o resultado da potncia ativa (kW) dever levar em considerao o fator de potncia obtido nas medies.

    5. DA COMPROVAO POR MEIO DO HISTRICO DE GERAO

    Conforme estabelecido na Resoluo Normativa n 420/2010, alternativamente, o Agente poder valer-se de histrico de gerao para comprovao da Potncia Instalada e Potncia Lquida de uma determinada central geradora.

    Na opo de utilizao dos dados de gerao, para as seguintes grandezas dever haver registro:

    a) Eltricas (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs) potncias eltricas [kW, kVA e kVAr], medida nos bornes do gerador eltrico e

    no ponto de conexo; fator de potncia.

    b) Balano energtico em kW (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs)

    gerao bruta simultnea de cada unidade geradora, medida nos geradores eltricos;

    gerao exportada, medida no ponto de conexo; consumo em servios auxiliares/ perdas; consumo em cargas industriais prprias, conforme o caso.

    Os dados de gerao devero preferencialmente ser obtidos diretamente do Sistema de

    Medio de Faturamento SMF e homologados pela Cmara de Comercializao de Energia Eltrica CCEE, para usinas do Sistema Interligado Nacional, ou obtidos do Sistema de Coleta de Dados Operacionais SCD e homologados pela Eletrobrs, para usinas dos sistemas isolados.

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    Para a determinao da potncia instalada, nos casos onde no obrigatria a instalao do SMF ou do SCD por unidade geradora, podero ser utilizadas informaes do sistema de superviso e controle da central geradora, devendo o relatrio indicar esse fato.

    Dever ser apresentado o histrico de gerao de um perodo mnimo de 07 dias consecutivos, e ser considerado como o valor da potncia instalada e da potncia lquida o montante de energia gerada (MW.h) dividido pelo nmero de horas total do perodo. Dentro desse intervalo, podero ser desconsiderados perodos atpicos que tragam dados no representativos para a definio desses parmetros, desde que devidamente justificado no relatrio tcnico.

    O responsvel pela elaborao do relatrio, de posse das informaes do histrico de gerao, poder atestar um determinado valor de potncia instalada e potncia lquida diferente do mtodo mencionado no pargrafo anterior, desde que fundamentado em critrios relacionados exatido dos equipamentos de monitoramento, flutuao de potncia e oscilao do sistema eltrico.

    Preferencialmente devero ser utilizados dados de gerao para um perodo quando a central geradora tenha operado dentro de suas condies nominais, principalmente no que tange s variveis: queda lquida (PCHs e UHEs) e temperatura ambiente (UTEs).

    O Relatrio Tcnico dever contemplar mtodos que propiciem a correo das medies de gerao s condies nominais da central geradora; no caso de termeltricas, para a condio climtica mdia anual do local, principalmente quanto temperatura do ar; e no caso de hidreltricas (incluindo PCHs), os resultados devem ser transpostos queda lquida mxima (nominal). Adicionalmente, o resultado da potncia ativa (kW) dever levar em considerao o fator de potncia obtido nas medies.

    6. DAS EXCEES

    Quaisquer particularidades que impeam a realizao dos ensaios de determinao das potncias instalada e lquida do empreendimento em conformidade com o estabelecido neste procedimento devero ser devidamente justificadas no relatrio tcnico, onde dever restar comprovado que essas particularidades no afetam o resultado pretendido pelo ensaio.

    Na hiptese de centrais geradoras termeltricas onde exista limitao com relao carga a ser atendida, dever ser elaborado o Relatrio Tcnico baseado no histrico de gerao ou no ensaio de desempenho demonstrando essa limitao. Na concluso do Relatrio Tcnico, a potncia instalada e potncia lquida a ser atestada dever levar em considerao a restrio interna da central geradora (gerador eltrico, equipamento motriz, gerador de vapor, etc.) que limitaria a potncia mxima possvel de ser disponibilizada nos bornes do gerador eltrico de cada unidade geradora, caso no houvesse restrio quanto ao atendimento da carga.

    7. DO PRODUTO FINAL

    O produto final o Relatrio Tcnico de confirmao da potncia instalada e potncia lquida, que dever ser elaborado com base nos resultados do ensaio de desempenho ou no histrico de gerao.

    O Relatrio Tcnico ainda dever estar assinado pelo representante legal da Empresa detentora da outorga para explorao do empreendimento e pelo responsvel tcnico pela elaborao do Relatrio, que dever providenciar a Anotao de Responsabilidade Tcnica ART perante o CREA, bem como atestar a correta execuo do ensaio de desempenho ou obteno do histrico de gerao em conformidade com a legislao vigente.

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    O Relatrio Tcnico dever ser encaminhado Superintendncia de Fiscalizao dos Servios de Gerao SFG/ANEEL dentro do prazo previsto na Resoluo Normativa n 420/2010. Ademais, o Agente obriga-se a manter cpia desse Relatrio e respectivos dados de medio, nas instalaes da central geradora para eventual consulta das equipes de fiscalizao da ANEEL.

    O Relatrio Tcnico para confirmao de Potncia Instalada e Potncia Lquida dever conter, no mnimo, as informaes listadas a seguir, observadas as particularidades caso o Relatrio tenha se baseado em ensaios de desempenho ou dados de gerao.

    a) dados de identificao da entidade realizadora do Relatrio Tcnico; b) dados de identificao da entidade realizadora do ensaio de desempenho

    (conforme o caso); c) configurao e caractersticas bsicas da central geradora, incluindo eventuais

    restries; d) configurao e caractersticas bsicas do sistema de transmisso de interesse

    restrito; e) tabela com os todos os valores das grandezas medidas, bem como os valores

    previstos para sinalizao de alarme e parada por emergncia dessas unidades; f) clculos relacionados s correes efetuadas, grficos de acompanhamento da

    evoluo das variveis medidas, curvas de correo eventualmente utilizadas bem como outras evidncias necessrias plena credibilidade dos ensaios;

    g) fatos relevantes observados no perodo de medio (conforme o caso); h) curvas de capabilidade dos geradores eltricos; i) curvas caractersticas das turbinas hidrulicas (PCHs e UHEs); j) curva de consumo especfico de combustvel Vs. potncia da central geradora,

    discriminando o PCI do combustvel (UTEs); k) diagrama unifilar simplificado, mostrando os principais equipamentos da central e a

    conexo da usina ao sistema, incluindo os pontos de medio; l) valor confirmado para a Potncia Instalada e Potncia Lquida; m) Balano energtico em kW (aplicvel s UHEs, PCHs e UTEs)

    soma da potncia bruta de todas as unidades geradoras; potncia exportada no ponto de conexo; consumo mdio do servios auxiliares; consumo em cargas industriais prprias, quando couber;

    n) Dados de placa da mquina motriz e do gerador eltrico.