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áp^iiiiiHiiMiiii!MHiHiiniiiiiii[iiiiii!iiinniimnimo«HHiii!!i!i_iím!!iini!i!iiiiiiiii!iiiiiiiiiiiiiiimiii!niiiiiiiiiÊ

APÁGINA

DA %ESFINGE

ini^inuHiiiiiiiiiiiiHiiiiiiuiiiiH_Hiuiiiu_iuiiunimiii_nm_iiuiiiui_____i_i_inii

VEJAMOS SE VOCI ÉBOM OBSERVADOR

Olhe bempara este dese-e veja se desço-bre o númeroexato de cír-culos que nelefiguram.

E aqui, sabe-rá dizer o nú-mero exato delinhas retasque a com-põem?

E nesta? Oscírculos serãomais numero-sos que os qua-drados? Queacha você, jáque se tem emconta de bomobservador?

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PALAVRASCRUZADAS

IÈ,Oi

CHAVESHORIZONTAIS:

— Tempero— Nome de mulher— Grande flor amarela— Berros de leão— Faz o gato.

VERTICAIS:

— Achar graça— Zelos amorosos

u — Aves trepadoras— Não é áspero— Pronome pessoal— No principio da alma.

QUEBRE A CABEÇA— Qual é o número de três algarismos que,

multiplicado por 4, dá 9?— Como é possível escrever 260 usando três

vezes o número 4?— Como se pode escrever o nome BOB qua-

tro vezes, usando só 9 letras?— Um lenhador derruba uma grossa árvo-

re, gastando para isso 75 minutos. Ago-ra tem que abater outra, duas vezes me-nos grossa mas duas vezes mais dura.Para realizar esse trabalho gastará mais,ou menos tempo?

— Como é possível dispor seis pêras em 9círculos?

ATENÇÃO:AS SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS DA EDI-

ÇAO PASSADA VAO PUBLICADAS NA PAGINA 31E AS DOS DE HOJE O SERÃO NA PRÓXIMAEDIÇÃO.

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Meus netinhos

Benjamin Franklin um dos vultos mais notáveis da Amé-

rica, é conhecido de rocios por ter sido o inventor dopara-ráios.

Mas foi, além de inventor, muito mais: escritor, poli-tico, legislador, filósofo, e denodado lutador em prol da li-berdade de sua pátria.

Esse grande homem, porém, era modesto, simples e co-medido, sendo, nesse particular, maravilhoso exemplo paraos jovens.

Em sua mocidade, redigiu para seu próprio uso alguns"Mandamentos",

que seguiu sempre, e que aqui estão, paraconhecimento de vocês:

1 — Não comer nem beber demasiado.2— Não fazer senão o que pode aproveitar a outros ou a

si mesmo; evitar conversação ociosa.3 — Colocar cada coisa em seu logar; fazer que cada par-

te do seu negócio tenha seu tempo próprio.4—Resolver fazer o que deve ser feito; executar o que

tiver decidido;5 — Não fazer nenhuma despesa inútil; não desperdiçar

nada.6— Não perder tempo; ocupar-se sempre em alguma coi-

sa útil; fugir a atos desnecessários.— Não usar engano prejudicial; pensar e falar com pu-

reza e justiça._ Não injuriar a ninguém; nem deixar de fazer bene-

fícios.9— Evitar sempre os extremos; fugir de ressentir as injú-

— rias.10— Não tolerar nenhuma impureza no corpo, na roupa ou

na habitação.11 — Não se perturbar com ninharias, ou com acidentes

comuns e inevitáveis.12— Evitar manchar a própria reputação e a alheia.13 — Imitar a Jesus e a Sócrates. VOVÔ

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OLHANDOUM POUCO O

f»^ LHANDO uni pouco paro trás, fazemos certas verifica-

ções que chegam, às vezes, a causar espanto. Muita

coisa que hoje nos parece novidade, existia nos tempos idos,

quer com denominação diferente, quer com finalidades ou-trás que não as que hoje lhes damos.

O fato é que se constata que novidade, mesmo,

é aquilo que cada um desconhece e, um dia, desço-

bre, quedando, com isso, estarrecido ou embasba-

cado:Os habitantes da índia, por exemplo, dois mil anos

antes da nossa era, fabricavam ferro inoxidável. O pro-cesso por eles usada se perdeu, mas uma coluna de

' ferro sem vestígios de ferrugem foi encontrada no

pátio de um templo de Delhi, velha de quatro milanos. Embora tenha sido exposta a todas as inrem-

péries, continua intacta.

Constitui, assim, uma curiosidade metalúrgica, pois pesa1.700 quilos e é composta de várias peças reunidas numa só,

numa época em que não havia os recursos de hoje. Exames re-

centes provaram que se trata de ferro quase puro.Aliás, os objetos de ferro provindos da "idade do ferro", que hoje se co-

nhecem, estão muito melhor conservados que outros fabricados na era progres-sista em que vivemos, aos quais aferrugem ataca facilmente.

Aristóteles utilisava, já nosseus dias, uma pena de aço,isto é, um pedaço de metal corrtado e talhado como uma penade ganso.

Penas de escrever em bron-ze, foram encontradas nas se-

pulturas romanas da Inglaterra.

Os cirurgiões de Alexandriaserviam-se de instrumentos demetol perfeitamente adaptados

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O TICO TICO

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às suas finalidades particulares. Já naquela época se faziam operações, inclusive no cérebro. Os técnicosde Nero construíram para êle um ascensor, ou elevador, que o elevava a uma altura de 40 metros.

Os burgueses ricos daquele tempo já conheciam o aquecimento central dos muros e paredes. EmBisâncio, as teimas construídas pelo imperador Séfimo-Severo comportavam um sistema de aquecimento

para os banhos, com o recurso do petróleo, que era transportado em lombo de animais, desde o Mar Cáspio.

Os egipeios antigos conheciam as chocadeiras, e as possuíam capazes de fazer eclodir 700 ovos de ga-linha de cada vez. O aquecimento era feito pela queima lenta e permanente de palha, em baixo das pran-chás onde se colocavam os ovos.

Em Alexandria já se conhecia a goma de colar, com a qual eram afixados os avisos e éditos oficiais emcolunas apropriadas para tal. E os romanos usavam como anúncios de teatro gigantescos cartazes de ma-deirà, com letras pintadas em vermelho e preto.

Os túneis existiam já nas idades mais recuadas; não são, pois, invenção da nossa época.

O mais antigo de que fala á história, foi construído sob as ordetsi da célebre rainha Semíramis; naBabilônia.

Passando por baixo do rio Eufrates, ligava os dois palácios dessa soberana,bastante afastados um do outro; suas paredes eramrevestidas de tijolos ligados por um produto betuminoso.Portas metálicas fechavam a en-trada e a saída.

Como se vê, não há nadanovo sob o sol, como está escrito

F _ \ k revostidas de tijolos ligados por um produto betuminoso. ' ]V

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íí_-^_r* ^_____ i____-' «v OUTUBRO — 1958

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Segundo o doutorHenri Guéniet, quepertenceu à Acade-mia de Medicina deParis e faleceu cente-nário, o segredo dalongevidade consisteem respirar profun-damente ar fuesco.Afirmava o notávelsábio que 90% daspessoas não sabemrespirar, pois enchemseus pulmões commenos da metade doar necessário, e issoé, em extremo, preju-dicial.

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Eis aqui um modocurioso e ao mesmotempo simples, paraconhecer se um bri-lhante é falso ou não.

Faz-se um pontocom um lápis sobrepapel branco e olha-se o ponto atravésda pedra. Se foremvistos vários pontose outros sinais, o bri-lhante é falso. Se sóse vir um ponto, é le-gítimo.

O morcego é umanimal de hábitos no-turnos. Durante o diapermanece em algumlugar escuro, dormln-do com a cabeça parabaixo. Escolhe espe-ria .mente para suamorada os campa-nários, as torres e,onde não há estas col-sas, procura as gru-tas e cavernas parafugir à luz do sol.

As laranjas possu-em em alto grau afaculdade de absor-ver os olores. Se sepõem várias laranjasao lado de cebolas oualhos, adquirirão empouco tempo o cheiroativo que eles exa-Iam. Não devemosencerrar laranjasonde haja verduuflas,legumes e frutas.

Toda gente sabeque no deserto doSaara ( África) astempestades de areiasão terríveis e quan-do sopra o Simun érara a caravana quepossa resistir. Mas háoutras regiões nomundo em que seproduzem tempesta-des de areia tão for-tes como aquelas. Por1exemplo: no centroda Arábia, onde elasarrasam povoados in-teiros.

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________*!__W JP* tíM

Não é raro a genteprecisar arrolhar umagarrafa e só ter àmão uma rolha mai-or que a abertura dogargalo.

Para remediar Isso,deve-se fazer um en-talhe em forma de V,na extremidade darolha, com uma lâmi-na de navalha ou ca-nivete bem afiado.Então, a rolha ser-virá.

Exitem muitas va-riedades de coral:vermt_:.v, branco,amarelado, rosa - es-verdeado e negro. Ocoral vermelho, quevocês bem conhecem,encontra-se nos ma-res Mediterrâneo eAdriático. Nas joalhe-rias aproveita-se ocoral na confecção decolares, pulseiras, te.

A argironeta ouaranha dágua alimen-ta-se de presas vivas.Ao apanhar uma môs-ca, prende-a num dosfios de sua rede paraque ela não fuja, ereunindo, assim, inú-meros insetos, põe-sea devorá-los.

Os ouriços são in-setívoros, mas, comoos vampiros, gostamde sugar o sangue dealguns animais, depreferência pintos.Os ouriços e as rapo-sas são o terror dosgalinheiros.

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O cervo é um dosanimais mais dani-nhos que existem,pois se alimenta qua-se exclusivamente defolhas tenras e bro-tos das plantas. Ataca,também, a casca dasárvores novas e comeos frutos que encon-tra ao seu alcance.

Alguém disse a Me-nedemo, filósofo gre-go: É uma felicidadepossuir-se o que sedeseja.

Pois eu conheçooutra maior — pon-derou o sábio. -— 35contentar-se com oque se tem.

Ulmedo é o lugarplantado de olmos;alamedo, plantado dcalamos: pinhal oupinheiral, do pinhei-ros; robledo, de ro-bles (espécie de car-valho), giestal, de gi-estas; olival, de oli-v e i r a s; carvalhei-ra, dé carvalhos; pe-ral, de pereiras; fi-gueiral, de figueiras.

Chamava-se cara-vela. a uma embar-cação pequena, demadeira, que tinhauma só coberta e e.«aplana na popa. Emcada extremidadepossuia um castelo econtava três mastros.A caravela data daIdade Média. Foi nu-uma caravela que Pe-dro Alvares Cabralaportou às nossas pia-gas, em 1500.

•No dizer dos ictió-

logos, isto é, os indi-viduos que se dedi-cam ao estudo dospeixes (ichthyos emgrego), o bacalhau éo peixe que põe maisovos: 9.000.000. Oestrujão põe3.000.000, o linguado1.500.000 e o aren-que 36.000.

•O iridio é um metal

muito raro, que seencontra nos mine-rios de platina, unidoao paládio, ao sódio,ao rutênio e ao ósmio.Nunca se emprega oiridio puro senão alia-do à platina, numaproporção de 10 %,aproximadamente.

•O veludo foi fabri-

cado, pela primeiravez, na Ásia. Duran-te a Iade Média, usa-vam - se nà Europatrajes e coitinadosfeitos com esse teci-do. Em Veneza e emGênova fabricava-seveludo bordado aouro.

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-: ¦ • -

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O ouriço, mesmoquando mordido poruma cobra, não expe-rimenta os terríveisefeitos do seu vene-no. Também no lhecausa nenhum mal oveneno de um insetochamado cantári-da, que causa a mor-te de outros animais.

Dobre um palito ouum fósforo e colo-que-o à boca de umagarrafa, e em cimadele penha uma moe-da de dez centavos.Deixando cair umpouco de água sobreo ângulo formadopela dobra, este seabrirá pouco a poucoe a moeda irá parar— pluc ! — no fundoda garrava. Duvida?

Foram os íeníciosos primeiros que na-yegaram observandoestrelas, por isso osgregos designaram aestrela do Norte como nome de "Estrelados fenícios".

I! ¦—¦¦ ~"

Se se coloca, commuito cuidado, umapastilha cortada cmsabão novo, e seco,sobre a água contidaem um recipiente, osabão fl atuará, atéque a superfície seumideça.

SIGNIFICADODE NOMES

INDÍGENAS:Itú — cachoeira;

Tietê — curso deágua verdadeiro; Ita-tiaia — pedra denta-da; Ita juba — metalamarelo; Jabaquara— quilombo; Tupi —pai; Guarani — guer-reiro; Botucatú —

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6 O TICO-TICO

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^^CTA?/^QUANDO

Santos Dumont iniciouas suas tentativas, longos anostinham decorrido, durante os

quais a prática da aerostação ficara.limitada aos balões esféricos, des-pr_vidos de motor. Neles muitos ae-ronautas haviam efetuado longas via-gens e chegado a alturas de milharesde metros. Para subir, lançavamfora certa quantidade de lastro; epara descer, abriam "quatum satis",a válvula de escapamento do gás. Osbalões alongados, os únicos de quese poderiam esperar resultados doponto de vista da dir Sgibilidade, ti-nham sido postos à margem, ou qua-se, depois das experiências dos ca-pitães franceses Bernard e Krebs, em1884 e 1895, em seu balão "La Fran-ce", acionado por um motor elétrico,reconhecido como insuficiente.

A 18 de Setembro de 1898, no Jar-dim de Aclimação de Paris, o aero-nauta brasileiro prepara-se para aprimeira ascensão no "Santos Du-mont n. 1", aeronave alongada, emforma de um imenso charuto. Ce-dendo aos conselhos "de certos "en-tendidos", que só conheciam os ba-lões sem motor, sai de um pontooposto ao que escolhera. Foi infeliz:õ balão, impelido pela força do ven-to, acrescida da do motor, foi atira-do de encontro às árvores.

Nas experiências seguintes, a 20de Setembro de 1898, no "Santos Du-mont n. 1", devidamente consertado,e a 11 de Maio de 1899, no "SantosDumont n. 2", o jovem sofreu aci-dentes que lhe não permitiram per-manecer nos ares por muito tempo.Mas, no "Santos Dumont n. 3", rea-lizou a 13 de Novembro de 1899, umalonga ascensão, durante a qual con-seguiu efetuar à vontade manobrasdiversas, obtendo resultados que pro-metiam para breve a solução do pro-blema da dirigibildade.

Em Agosto e Setembro de 1900,Santos Dumont fez várias ascensõesarrojadíssimas no seu balão "n. 4",muito diferente dos outros. Em vezde viajar numa cesta de vlme, vaisimplesmente montado num selim debicicleta. Com os pedais, faz funco-nar o motor e, movendo o guidãopara um lado ou para o outro, acionao leme.

Meses antes o milionário HenryDeutsch de Ia Meurthe instituiu, noAero-Clube de França, recentementefundado, um prêmio de cem mil fran-

cos para o aeronauta que, saindo doparque do Aero-Clube, no arrabaldede Saint-Cloud, contornasse a TorreEiffel e regressasse ao ponto de par-tida no tempo máximo de trinta mi-nutos. O percurso total era calculadoem cerca de 11 quilômetros. *

No dia 13 de Julho de 1901, pre-sente a comissão cientifica do Aero-Clube, Santos Dumont, que na vespe-ra realizara uma experiência satisfa-tória, tenta ganhar o prêmio; mas,devido à violência do vento e a vá-rias falhas do motor, só conseguevencer o percuriso em 40 minutos. Natentativa seguinte, a 3 «de Agosto domesmo ano, depois de circundada atorre, o balão começou a esvaziar-se.

Impelido pelo vento, foi bater deencontro à parede de um prédio mui-

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to elevado e, rompendo-se como umsaco de papel cheio de ar, produziumedonho estampido, que a multi-dão, que perdera de vista o apa-relho, atribuiu à explosão do hidro-gênio. Quando todos julgavam en-contrar o aeronauta horrivelmentecarbonizado, eis que o avistam incó-lume, na cesta de comando, suspen-sa a uns 15 ou 20 metros de altura,pois a longa armação ou "qu.lb«" ç_r»que estava fixada resvalara pela pa-rede daquele edifício e ficara incli-nada entre ela e o telhado de umaconstrução baixa.

Santos Dumant pede que do telha-do lhe atirem uma corda. Com ad-miravei calma . grande agilidade, ai-canca uma das janelinhas engrada-das do penúltimo andar, e ali fica à

E O SEUINVENTOGENIAL

espera, sentado na borda estreita.Vem finalmente a corda. Amara-aà cintura e, andando pela parede;consegue chegar ao telhado, de on-de desce com os salvadores e vemguiar os bombeiros na remoção dosrestos da aeronave.

Só as gravuras então publicadasem revistas parisienses podem daridéia da posição melindrosa em queficou 0 nauta do ar, de sua pasmosacoragem e da dificuldade do salva-mento.

Deixamos de parte as experiênciaspreliminares com o "Santos Dumontn.° 6". Chega, afinal, o dia da vitó-ria, 19 de Outubro de 1901. Dado osinal de partida, o aeróstato eleva-sea 200 metros a ruma direito à TorreEiffel. Dez minutos depois, contor-nando o monumento, inicia-se a via-gem de volta, sob os aplausos e acla-mações de milhares de pessoas. Ape-sar do vento contrário e de algumasfalhas do motor, o balão passa emdisparada acima do parque do Clube,29 minutos e 30 segundos depois dapartida. Faltava, pois, meio minutopara o tempo máximo fixado no re-gulamento do prêmio.

Todavia, o presidente da comissão,baseado numa alteração feita no re-gulamento cerca de um mêa e meioantes (alteração aliás absurda, e que,quando muito, só poderia entrar emvigor no ano seguinte, se, bem en-tendido, até lá ninguém conquistasseo prêmio) entende que se devia levarem conta o tempo da manobra paraa descida e declara que os 30 minu-tos foram ultrapassados. Felizmente,porém, a 4 de novembro, a comissão,reunida em sessão plenária, resolve,após calorosos debates, conceder oprêmio a Santos Dumont.

J. ALBERTO J.ROBBE

De posse dos 100.000 francos e dosrespectivos juros, o generoso inven-tor destinou 50.000 francos aos seusauxiliares e entregou a quantia res-tante ao prefeito (chefe de Polícia)de Paris, a fim de ser distribuída aospobres da cidade.

Do governo do Brasil recebeu umprêmio de 100 contos de réis e umamedalha de ouro, cunhada por or-dem do presidente da República, Ma-nuel Ferraz de Campos Sales.

OUTUBRO — 1958

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ET?

3

rj a*rf ^am. \vÍP*A^ nT í*^i _^*^

n]íE--^"SíPossui Câmara e Senado, que elaboram

as leis, Assembléias Legislativas, nos Esta-dos, e Câmaras de Vereadores, nos municí-pios.

Deixou de ser um país essencialmenteagrícola e vai promovendo, gradual mas de-cididamente, sua industrialização, como tam-bem tem progredido na exploração do solo,nas artes, nas letras, ciências etc.

Brasil está situado na parte centro-oriental da América doSul e é o pais de mais vasto território nesta parte do conti-

nente, de que é a principal potência quer do ponto de vista poli-tica quer do econômico.

Nosso país tem uma superfície de 8.513.844 quilômetros qua-drados e tem uma população de 57.226.432 habitantes.

O Brasil tem limites, isto é, tem fronteiras com todos ospaíses da América do Sul, menos o Chile e o Equador, e na par-te leste, ou oriental, é banhado pelo Oceano Atlântico, em umaextensão de 7.400 quilômetros de costas.

A superfície territorial do Brasil é tão grande, que nela ca-beriam todos os países da Europa (menos a Rússia) e ainda so-

braria território.Os pontos extremos do Brasil são: ao N. a _erra Ca-

brual, ao S. o arroio Chuí, a L. a Ponta de Pedras e a O.a Serra de Contamana.

As montanhas do Brasil formam dois sistemas prin-cipais: o "Brasileiro" e o "Guiano". No primeiro, está si-tuado o ponto mais elevado do território: o Pico da Ban-deira com 2.890 metros.

A divisão administrativa do Brasil é de 20 Estados,5 territórios e 1 Distrito Federal. A capitai do país e a ei-dade do Rio de Janeiro, que fica no Distrito Federal, masserá transferida futuramente para Brasília.

Cada Estado é dividido em Municípios e existem aotodo 2.399 Municípios no pais, dos quais 485 em Minas Gerais e 435 em SãoPaulo. O Estado de maior território é o Amazonas (1.595.818 km') e o de me-nor é Sergipe (21.057 km») mas todos, grandes ou pequenos, são absolutamenteiguais no sentido político, e a união deles é o que forma a grandeza do país.

O Brasil é um país de grandes possibilidades futuras, pela riqueza de seúsub-sólo, pela fertilidade de su_ 5<HEM, pelo seu clima e pela riqueza de suaflora e fauna.

O Brasil é uma república federativa. Seu governo, de regime presidência-lista, é composto de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

A religião de maior expansão é a católica, mas o culto é livre.O Idioma é o português, que nos foi legado pelos descobridores e coloniza-

dores. Sua moeda é o Cruzeiro. Sua data magna é o 7 de Setembro (1822) queassinala a independência política

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O TICO-TICO

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octewo

PARA VOCÊ COLAR NO SEU ALBÜM ESCOLAR

Noções de BotânicaPROF. ANY BELLAGAMBA

VEGETAL(Continuação)

RAIZ — é a parte da planta destinada a fixá-la ao solo e d«Me

tirar as substâncias minerais indispensáveis à vida do vegetal.

AS raizes podem ser:

—SUBTERRÂNEAS — existem debaixo da terra, exemplos:abacateiro, mangueira, abieiro, roseira, couve, etc.

AQUÁTICAS — raizes das plantas que vivem em água;exemplo: vitória regia.

AÉREAS — que se subdividem em sugadoras e as degrampo:SUGADORAS — são as raizes das plantas parasitas (porexemplo: as orquídeas); elas penetram em outro vegetal, sugando-»lhe a seiva.

DE GRAMPO — são as raizes que nascem dos ramos ou dasfolhas e servem para a fixação do vegetal (exemplo: a baunilha).

AS RAIZES SUBTERRÂNEAS podem se apresentar:

AXIAIS — têm uma raiz principal que penetra no solo em eixovertical e dela partem as raizes secundárias, em todos os sentidoscomo por exemplo a roseira, o feijão, etc ...

FASCICULADAS — no ponto de separação do caule e raiz,parte um feixe de prolongamentos muitos finos, iguais e em todasas direções, mantendo-se mais ou menos, à flor da terra; exemplo:o milho.

TUBEROSAS — são espessas, grossas e têm quantidade de ali-mento acumulado; exemplo: mandioca, cenoura, dália, etc...

*

EXISTE na raiz a parte principal, na direção do eixo do caule,

aprofundando-se na terra, dela partem as raizes secundáriasque se dividem e se subdividem, espalhando-se assim a raiz portoda parte.

A raiz apresenta em sua extremidade a coifa e os pêlos absor-venta.

A COIFA — envolve a ponta da raiz tornando-a resistente eprotegendo-a contra as asperezas da terra.

OS PÊLOS ABSORVENTES — sugam a água embebida na ter-ra, onde se encontram dissolvidas as substâncias necessárias àvida do vegetal. (Continua)

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PARTES PRINCIPAIS DO VEGETALRAIZ

SUBTERRÂNEA AQUÁTICA AÉREA

FORMAS DE RAIZES SUBTERRÂNEAS

AXIAL FASCICULADA

RAIZES secundarias

RAIZ/AMPLIADA

COIFA **— *v

TUBEROSA

RAIZ PRINCIPAL

PÊLOS ABSORVENTES

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BDMUNí

Colombo era genovês, e desde menino começoua navegar e a estudar tudo que se relacionava coma geografia e a navegação. E foi em Lisboa que secasou com a filha dum outro homem do mar. Seudestino, inevitavelmente, era o oceano.

Manteve correspondência com o astrônomo fio-rentino Pablo Toscanelli, que assegurava ser menordistância entre Portugal e a índia, se o viajor se-guisse a rota do ocidente. Sanchez de Huelva, outroamigo de Colombo, legou-lhe importantes documen-tos sobre isso.

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Outro fato: os ventos de oeste levaram à ilhade Porto Santo toros de madeira com inscrições,semelhantes àquelas que se faziam na Índia. Estasocorrências muito entusiasmaram Colombo, queafinal se decidiu.10

Convencido de que podia ir à Ásia pelo oeste,Colombo buscou ajuda em Gênova, Veneza, Fran-ça e Inglaterra. Mas em vão. O grande navegadorlembrou-se então da Espanha. Era sua últimaoportunidade.

O TICO-TICO

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HP m 1,1 HB

Hill ifcProtegido, em Espanha, pelos frades Antônio Os reis católicos também ajudaram Colombo,

de Marchena e Diego de Deza, o marujo genovêsconseguiu ajuda de Luís de Santángel, homem ri-quíssimo, que resolveu adiantar-lhe a soma de quenecessitava para aquela arriscadíssima empresa.

especialmente a rainha Isabel, que ofereceu suasjóias para colaborar na grande empreitada. E foicom aquele auxilio que Cristóvão Colombo armouas três caravelas que ficariam na História: "SantaMaria", "Pinta" e "Nina".

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Do porto de Paios foi que partiram. Colombocontava com a ajuda dos irmãos Pinzón, para co-mandar as outras duas novas. E como não avistas-sem terra durante longo tempo, os marinheirossublevaram-se. Mas o comandante genovês, commão de ferro, abafou o motim.

E continuaram, oceano a fora. Aos 11 de outu-bro notaram aves marinhas que voavam ao redordos mastros. Era sinal de terra próxima! No diaseguinte, Colombo descobria um novo mundo. Daliem diante, seu nome tornar-se-ia legendário.

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PROVÉRBIOS TURCOSOs .cinco dedos não são iguais.Vinagre dado é mais doce que mel comprado.Se queres envelhecer em paz, sê surdo, cego e mudo.

Quem chora por qualquer coisa, acaba perdendo osolhos.Mil amigos é pouco; um inimigo é muito.Não estendas o pé além da ponta da coberta.Por mais alto que vóe um pássaro, acaba semprepousando.Procura ver sempre a saída, antes de entrares.

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1 vBS^ PP^^o

|i_i_r____i_!___5__<_í_-_____-S___^^OUTUBRO — 1958 11

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(y¥focficL czd^tàchz afe%p.ummMi(smmmm®

(Continuação)

Quando menos se espera, apa-rece uma solução para o caso maiscomplicado. Foi o que sucedeu comos nossos amigos. No auge da fadi-

ga, apareceu-lhes a salvação: umfazendeiro que ia, a cavalo, pro-curar um poço para cavá-lo, ofere-ceu-lhes duas caronas. E foi assim

que eles fizeram os 5 quilômetrosrestantes, com a graça de Deus ede Noé.

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Era impossível continuar a via-gem a pé, ou em carona, e o dr.Mistura decidiu comprar um carro.Na melhor agência de automóveisda cidade, ofereceram-lhe um car-ro último-tipo, isto é, que tinha sidoo último tipo em 1892. Tipo capota-guarda-chuva, igualzinho ao quefora usado pelo duque-brigadeiroJoão das Botas, quando esteve noBrasil.

Mistura não discutiu: comproua maravilha. Entre andar a pé e an-dar de automóvel, quem não sabea diferença? Nesse mesmo dia, áopino do sol, quando os cascavéisse distraiam atravessando estra-das, sem esquecer de abrir a capo-ta enfrentaram o deserto.

12 O TICO-TTCO

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Quem nasceu para herói,morre herói, quer queira quernão. No dia seguinte, quandomenos esperavam, deram decara com uma cidade. E logo dechegada foram festejados porum cantineiro, o Pepe, que osfestejou com quantas forças ti-nha.

Acharam aquilo meio estra-nho, mas, afinal... tudo podeacontecer.

Continuaram a correr e...

que surpresa! A cidade estavaem festas, com bandeiras, gen-fe pelas ruas, gritos, como em

dia de campeonato do mundo.

Mistura acordou Gafanhoto,

que dormia no ponto. E come-

çaram a chegar fotógrafos, e

começou tudo outra vez, como

já havia acontecido...

PERGUNTA COMPREENSÍVELUm excursionista reparou num velho aldeão sentado a porta da sua

choupana e perguntou-lhe:Viveu sempre aqui?

Senhor?Pergunto se viveu sempre aqui?

O homem estava ainda pasmado, sem responder, quando a mulherdele apareceu no limiar da porta e explicou:

Este senhor quer saber se vivias aqui antes de nascer au nascesteaq«J« depois de ter vindo para cá !

OUTUBRO — 1958

E então Mistura teve umaexplicação: estava-se realizan-do na cidade um campenato decalhambeques. Os carros ve-Ihos todos estavam tomandoparte. E o seu último-fipo de1892, por ser o mais velho, e omais calhambequizado, tirarao primeiro prêmio. Bem: e porfer sido o primeiro a chegar.

\ Continua*

CAVALHEIRO...No Cinema.Um cavalheiro, muito cavalheiro, chama, muito delicadamente, a

atenção de uma senhora e «lis-lhe: v— V. Excia., minha senhora, não podia faxeruo obséquio de deixar de

tossir, para dizer ao seu menino que não me ponha mais os pés nas cos-tas, a fim de que eu possa prestar toda a atenção às legendas que a irmíde V. Excia. está lenço em voz alta?

13

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" VA PARA O DIABO 11

A frase "Vá para o Diabo !",que se usa, com sentido deprecia-tivo, em vários países, não teve,ao contrário do que poderia pa-recer, uma origem relacionadacom o demônio ou com qualquercoisa infernal. A história da evo-lução desta expressão — ou, me-lhor, desta praga — é a seguinte:

Na Idade Média, havia em Lon-dres, na Fleet Street, uma famo-sa taberna chamada "O Diabo eS. Dustan". Ignora-se por que ra-zão tal casa se chamava assim,

com o glorioso santo saxão a empar-ceirar com tão má companhia... Ofato é que até Walter Scott lhefez várias referências nas suasobras. Com o andar dos tempos, ins-talaram-se à volta da taberna váriosescritórios de advogados. E quandoestes iam almoçar ou tomar uma be-bida naquele estabelecimento, era seucostume pôr à porta um cartão emque diziam aos clientes que os pro-curassem: "Fui ao Diabo e S. Dus-tan". Mais tarde, com o costume queos ingleses têm de sintetizar, o dísti-co passou a indicar somente "Fui aoDiabo".

A casa, porém, começou a ser malfreqüentada e "ir ao Diabo" passoua ser tido como falta de decoro. Umadvogado que fosse verdadeiramenteum "gentleman" não deveria ir ao"Diabo". E se lhe diziam que fosse

lá, é porque o julgavam indigno deconviver com a alta sociedade. A fra.se popularizou-se, passou para o con-tinente e, mais tarde, o seu sentido ai-

wÊSl 1Çaspa È;aspa

QUEDAoosCABELOS

JUVENTUDEALEXANDRE

terou-se para o que temhoje: quando não quere-mos que alguém nos abor-reça, mandámo-lo (mental-mente) para o Diabo —sem sabermos que esteDiabo começou por ser umataberna...

<HMHttHWH*WH*KHW^

CONTA-SE que Lúcio Piau-

co, senador romano, foiencarregado pelo imperador depresidir aos sacrifícios em hon-ra de Júpiter.

O grande boi, que devia serqueimado em honra dos deuses,estava colocado sobre o fogo.

Estando o animal assado,caiu ao chão um pedaço de car-ne. Plauco quis apanhá-lo mas,queimando os dedos, levou-os àboca.

Nesse instante fez a desço-

O BIFEberta: a carne, assada daquelamaneira, era mais saborosa quea preparada pelos cozinheirosromanos.

Tanto agradou a Plauco o sa-bor da carne, que, sem se im-portar com o decoro das suasfunções, tomou de um bocadoe comeu-o às escondidas, pro-metendo a si próprio arranjartodos os dias um bife para êlesó. Mas uma descoberta de tal

importância não podia ficarem segredo por muito tempode forma que chegou aos ou-vidos de Trajano. Este, logoque provou do manjar, foi deopinião, como o seu senador,que era muito melhor que qual-quer dos pratos que prepara-vam no palácio.

O costume foi se generalizan-do deste modo, primeiro entrea aristocracia e depois entre asclasses plebléias, chegando atéaos nossos dias.

KKhXKhXh}WO<H><HXH>lKH>0<rtH^

TOSSE ? CODEINOL NUNCAFALHA

SERPREFERIDO PELAS CRIANÇAS PORDE GOSTO AGRADÁVEL.PREFERIDOS PELOS MÉDICOS POR SER OREMÉDIO QUE ALIVIA, ACALMA E CURA.

Infalível contra resfriados, asma e bronquite.

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DISTRAÇÃOComo já lhes disse, a

á água ferve a 90 graus...Professor — protesta

um aluno — não é a 100graus que a água ferve? !

Tem razão... tem ra-zão... O ângulo reto é queferve a 90 graus...

O TICO-TICO

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A TERRA BRASILEIRAAUGUSTO DE LIMA

D ATRIA, que tens no nome a rubra côr da aurora"^ e no verde pendão que o globo azul decoraa eterna primavera alçando em núcleo de ouro,o Cruzeiro do Sul guardas como um tesouro,és a Pátria ideal, pacífica e altaneira,o país da aliança — a Terra Brasileira !

Na Terra Brasileira as aves quando cantam,em êxtases de glória as almas se levantam.As belezas sem par da natureza inteiravêm tôdas coroar-te, ó Terra Brasileira !Fulgores aurorais, crepúsculos dormentes,noites de sonho azul e de astros esplendentes,céu que o prisma desenha em mágica pintura,rosto de criador sorrindo à criatura,vinde todos gozar essa visão fagueirano horizonte, sem fim, da Terra Brasileira !

És grande e foste grande, agora e no passado.De heroísmo e amor és berço e túmulo sagrado !Serás ainda maior, pregando à humanidadeo trabalho, a ciência, a paz e a liberdadee ao clarão estelar da trêmula bandeira,hás de sorrir feliz, ó Terra Brasileira !!

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Esses jornais são boateiros ! Imagine só: um tigre "enorme'fugiu do Jardim Zoológico !!

OUTUBRO — 1958

Não conhecia sua filha, dona Maria ! Sabe que ciaé o retrato vivo da senhora?

000000000<>0<><><C><^

ERA BEM PROVÁVEL...

ESTAVA um homem à porteira da sua fazenda

quando chegou um camarada apressado e lhefalou:

Amigo, por fa-vor... Poderia darlicença para eu atra-vessar o seu campo?Estou atrazado, sa-be? Tenho que apa-nhar o trem das 4 emeia e, cortando poraqui, deixo de fazeruma grande cami-nhada...

Como não, mo-ço? — disse o fazen-deiro. — Pode atra-vessar...

E sabe que mais?Como a minha vacabraba está solta nocampo, talvez o se-nhor ainda cheguena estação com tem-po de pegar o tremdas 3 horas...

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iimMikiiiirffflHii^iiiBHi^f.aihi O SENTIDODA AUDIÇÃO

PAVILHÃO OA ORELHA

Caos/a as oasi"*os

CÒHOÍfTOSSiMia*ct/t.A*tes

^iMM9 _F~^ *^?S_**j y mm\ \tv^H-Avl_^-T^^h-Hl M^mf ML W \

C"e vertical do aparelho auditivo. Wii se vê o ouvido por den-tro. Dw-se o aparelho auditivoem rr^arres: OUVIDO EXTER-NO, W Qdo pelo pavilhão da ore-lha «JiJjfoto auditivo externo;OUVIl" MÍDIO, constituído prin-apalpe pela caixa do tímpano,Q coà^M ossinhos, a trompa deEusrár' etc. e o OUVIDO IN-TERNGjUe se compõe do vestíbu-Io, o c° *°l, os condutos semi-cir-

*W€ 'wMí

O ouvido é o órfão da audição. Por meiodeste sentido percebemos cs sons, os ruídose as vozes. Êle nos proporciona o inefávelprazer de ouvir a voz das pessoas queridas,a música, o canto dos pássaros, etc.

As pessoas surdas são aquelas que nadaouvem ou que podem ouvir muito pouco.Atualmente as pessoas que sofrem desse malpodem corrigi-lo (em alguns casos), pelo usode aparelhos especiais, alguns dos quais sãoocultes era óculos apropriados, ou conduzi-dos ne bolso, e ligados ao ouvido.

Aspecto interno dote do OUVIDO INTERNO

Par-óssea

e tem grande importância na ** 5*ha*Ve seunome à semelhança que tem, ^ **e ex-terna, com o caracol de nácsf*

"O TICO-T^^^!0 *e 19M

CADEIA DE OSSINHOS.Os ossinhos são três e cha-mam - se: MARTELO, BI-GORNA e ESTRIBO, deacordo com sua curiosa con-formação.

PAVILHÃO DA ORE-LHA e suas partes prin-cipais, que são: HELíX(1). ANTHÉLIX (2)TRAGUS (3) e LóBULO(4).

16 O TICO-TICO OUTUBRO — 1958

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ALGUMAS NOÇÕES ÚTEIS SOBRE OS MINERAIS:

/"Calcinando o espato pesado*s com matérias combustíveis,observou Casciorolus, em 1602,que o produto pétreo resultantepossuia propriedades fosforescen-tes, quando na obscuridade. Àpedra assim obtida, deu o nomede "lápis solis", também conhe-cida como "fósforo de Bolonha".

Acreditava-se, a princípio, serespato pesado uma simples va-riedade de gêsso, cabendo a Sche-ele afirmar a existência de novooxido térmico. A esse oxido, deuNorveau a designação de "baro-te", do grego "barus", que signi-fica pesado, sendo que, mais tar-de, foi modificado para "bariti-na", por Lavoisier.

O bário metálico, porém, sóveio a ser isolado, sob a forma deamálgama, em 1808, por Davy.É um dos metais de mais difícilobtenção e, face ao elevado preçoda preparação, não encontroulargo emprego até nossos dias.É de coloração branco prateado,muito brando, inflamando-se ex-pontâneamente quando finamen-te dividido e exposto ao ar.

O principal minério de bário éo sulfato, mais conhecido com onome de espato pesado ou bari-tina, existindo, ainda, o carbona-to ou viterita e o manganito oupsilomelano.

No Brasil, três Estados produ-zem, atualmente, a baritina: aBahia, Minas Gerais e Paraíba,

BÁUÍOcom uma produção que atingiu,em 1954, o total de 12.158 tone-ladas.

O bário possue dois óxidos. Ooxido de bário, pó branco, emcontacto com a água desprendetanto calor que, sendo aquela empouca quantidade, a massa podetornar-se visivelmente incandes-cente.

O peróxido, modernamente, éutilizado na obtenção dá águaoxigenada, tendo sido, antes, mui-'to empregado para produzir Oxi-gênio, mediante o processo devi-do aos irmãos Brin.

Ten. RAYMUNDOGALVÃO

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Os sais de bário, via de regra,possuem coloração branca. Aque-les solúveis em água e nos ácidosdiluídos, são tóxicos. Quandoaquecidos ou queimados, empres-tam à chama uma côr verde, queé característica do metal. Veja-mos, por exemplo, as aplicaçõesque têm alguns desses sais, osmais importantes dentre os vá-rios.

O carbonato, preparado a par-tir da baritina, é usado não só na

fabricação de determi-nados vidros, empres-tando-lhes maior re-fringência, como emcerto processo de puri-ficação da água.

FJ á-BPZS*

colírio

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O cloreto, é hoje largamenteempregado em análises, especial-mente nos processos de reconhe-cimento e valorização dos sulfa-tos. Já teve inúmeros usos namedicina, inclusive como colírio,sendo que, atualmente, é um dõssucedâneos da digital.

É graças ao nitrato de bário quea indústria pirotécnica consegueefeitos multicores para os fogosde artifício. Graças ao "fogo ver-de" que proporciona, é possívelobter muito da beleza dos fogosde bengala.

De todos os sais, porém, o quemaiores serviços presta, sem dú-vida, é o sulfato. Participa da in-dústria de tintas, sob a forma dochamado branco fixo e, da fabri-cação de papéis, tornando-os maisopacos e pesados. Devido ao seuelevadíssimo peso molecular, é osulfato de bário o meio de con-traste eleito pela medicina, nosexames radiológicos e redioscópi-cos de todo o trânsito intestinal.Não sendo solúvel na água nemno suco gástric©, que é um ácido,pode ser administrado em doseselevadas,sem quehaja o me-nor perigo deintoxica-ções.

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1 \v If 11 -+-18 O TICO-TICO

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/CRISTÓVÃO COLOMBO foi^"^ considerado o Quixote doOceano, pelo seu espírito aventu-reiro.

Sua vida foi um exemplo deperseverança e confiança em simesmo. Lutou contra a incom-preensão e a zombaria, — os pio-res adversários —- contra a fomee a fadiga. As honras e as ho-menagens só lhe foram presta-das após sua morte.

Há bem poucos anos, em mea-dos do ano de 1941, foi que se es-tabeleceu com segurança, a datado nascimento de Cristóvão Co-lombo, tirada dos apontamentosconstantes de um documento detribunais concernentes a juízos eprocessos, nos quais figurava onome do insigne navegador.

Daí se supõe que Cristóvão Co-lombo tenha nascido em Setem-bro ou Outubro de 1451. Seuspais foram tecelões e cardadoresde lã, deixando estes ofícios paraserem vendedores de vinho.

Colombo deve ter estudadomuito, porque seus conhecimen-tos científicos eram vasados nãosó na sabedoria universal da épo-ca, como, também, transpondo aciência do século, davam outrasexplicações a milhares de dú-vidas nue existiam a respeito da

OUTUBRO — 1958

Terra. Êle sa-bia que a Ter-ra era redonda.°ara nós, isto ésabidissi-mo. Mas na-quella épocaeram conside-rados feiticei-ros, hereges,aqueles que as-sün- pensavam.Seus conheci-mentos sobre a

navegação eram com-pletos. Colombo tiverauma instrução per-feita.

Esteve muito tempodesaparecido, só rea-parecendo acompanha-do do seu filho Diogo,pedindo pão e pousada,às portas dos conven-tos. Nessas peregrinações gosta-va de encontrar quem lhe ouvis-se as "alucinações" — assim eramclassificados seus conhecimentossobre a forma da Terra.

Frei Juan Perez, do Conventode "La Rábida" foi seu primeiroadmirador, e animador. Escre-veu uma carta recomendando-oà rainha Isabel, a católica. Oprimeiro encontro de Colombocom a rainha foi um fracasso.

Muitos anos decorreram an-tes que a rainha consentisse emrecebê-lo outra vez. Entretanto,quando Cristóvão Colombo con-seguiu entrevistar-se novamentecom a rainha Isabel, não lhe pe-diu auxilio, exigiu que a sobera-na lhe custeasse a viagem, poisestava seguro do seu triunfo !

Assim, saiu em busca do novocaminho que ligasse a Europaàs índias Orientais e, sem queêle mesmo chegasse a sabernunca, converteu-se no homemque realizou o maior feito da épo-ca — aumentou o tamanho daTerra.

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flfl mmmmÉÊiií.''!'- ¦¦ ^yylÀm mtWmÊÊkky**_m| Ete

___v ^^^^^r_í-;*i>' y /n\1Quatro foram as suas viagens.

E não eram feitas com a facili-dade dos nossos tempos. Eramviagens cheias de perigos. Na pri-meira, em 1492, descobriu a Ilhade San Salvador; na segunda, em1493-1496, chegou até as Anti-lhas, ilha de Porto Rico e Jamai-ca; na terceira viagem, em 1496-1500, até à lha de Trinidad, che-gando até à desembocadura doOrenoco; e na quarta e últimaviagem, em 1502-1504 até à ilhade Martinica, explorando tam-bém as costas da América Cen-trai.

Devia ter recebido honras emuitas honras pelos seus sacri-ficios, que foram coroados deêxito e triunfo, porém a invejae a ignorância não o permiti-ram.

Esse homem, que merecia vi-ver das glórias, morreu no es-quecimento e no abandono.

Coube à posteridade elevá-lo aopedestal dos grandes vultos dahistória.

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SjÜWI* F.^^x<G0RADA"l

(PARA COMEMORAR O "DIA DO MESTR E'")

CENÁRIO

A cena se passa numa sala do Colégio.Uma janela dá para a rua. A esquerda umamesa cuja toalha cai até o chão. A direita, doisou três tamboretes.

PERSONAGENS:

Belinha, Marieta, Sofia, Bibi, Laurita eDedé; "Cabelo de Fogo", Pedro, Serafim e aProfessora.

Belinha entra em cena, com seu grupo.Marieta traz um grande ramo de flores e Bibium manuscrito enrolado, atado com uma fita.Sofia traz um prato com um bolo.

BELINHA: — Pronto ! Não falta maisnada. Estamos preparados para homenagearnossa querida professora.

MARIETA: — As flores estão lindas!SOFIA: — E o bolo? Foi feito como man-

da o figurino ! Está um colosso!BIBI: — E o meu discurso? Nem queiram

saber!LAURITA: — "Meu", hein? Olhem só...

Como sofremos para escrevê-lo ! "Nosso", issosim !

DEDÉ: — Eu até já sei de cór: "Queridamestra ! Aqui estamos, suas devotadas alu-nas...

(Bolo e flores são postos em cima da mesa)BIBI: — Ih ! Faltam poucos minutos ! Não acham que

devíamos fazer uma espécie de ensaio?DEDÉ: — Eu acho. Onde está o discurso? Eu disse que

sei de cór mas é "balão". Quero ver é na hora... Precisoler mais uma vez.

BIBI: — Que é que há? Você é quem vai ler o dis-curso? E eu é que fiquei a vida toda a copiar, a passar alimpo?...

DEDÉ: — Mas, claro ! Eu tenho nota melhor que a suaem declamação e interpretação !

BIBI: — Mas eu tenho melhor nota em linguagem.DEDÉ: — Você gagueja...BIBI: — Você lê como uma tartaruga !DEDÉ: — Ora, boba !BIBI: — Boba é você !MARIETA: Eh ! Chega ! Chega ! Vamos acabar com

isso ! Quem deve ler o "catatau" é Bibi. Pelo direito, é ela,que foi quem teve a idéia da manifestação.

DEDÉ: — Está bem. Mas eu entrego o bolo.-..SOFIA (explodindo) — Ora, vejam ! Você é mesmo

pretenciosa ! Tudo tem que ser você? E quem fez o bolo,quase sem ajuda? Eu ! !

LAURITA (calma) — Também, assim, não, Sofia !...Eu ajudei um bocado...

SOFIA: — Eu me esbofei, batendo a massa...LAURITA: — Eu bati claras e gemas a manhã toda !(Generaliza-se a disputa. Cada uma fala para um lado.

Ninguém se entende. Há empurrões, puxões de cabelo, gri-tinhos).GRITOS: — Eu quero as flores !(AO — Eu colhi mais do que tu !MESMO — Fui eu quem fez o ramo !TEMPO) — É meu ! É meu !

Ai!Oh ! Malvada !Meus cabelos ! Ui!etc. etc. etc.

(Belinha, para restabelecer a ordem, sobe a um dastamboretes, tira do bolso um apito e sopra com energia.Imediatamente se faz silêncio.

BELINHA: — Será o Benedito? Que lindo espetáculo !Pois bem ! Já que vocês não entram em um acordo, tenhoum meio muito bom para decidir a questão! Vamos tirara sorte!

20 O TICO-TICO

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TODAS: — Isso ! Bôa solução ! Viva a Be-linha f

SOFIA: (Metendo a mão no bolso). Eu te-nho dois dados aqui...

BELINHA (dirigindo) Ganha quem tirar onúmero maior. Se houver empates, vai-se jo-gando até decidir ! Quem ganhar, lê o discurso!

(Abaixam-se, em Circulo, no primeiro pia-no da cena, à direita. E começam uma após ou-tra, a jogar os dados.

MARIETA: — 4 ! Ora, bolas !DEDÉ: — Dois ! Que azar !AS OUTRAS (rindo) — Ah ! Ah ! Ah !Nesse instante aparece à janela a cabeça

de Pedro, que vê o bolo e chama os companhei-ros.

PEDRO: — Puxa ! Que beleza ! Psst! Vemver, "Cabelo de Fogo"...

CABELO DE FOGO: — Pa-pa-gaio !SERAFIM: — Que gostosura, "seu" !(As meninas continuam jogando os dados,

sem notar a chegada dos rapazes. Ouvem-se osnúmeros que elas tiram nos dados e as excla-mações e risos,

PEDRO: — Está pra nós. Elas estão dis-traídas.

C. DE FOGO: — Vamos aproveitar?SERAFIM: — Toca pro pau !BIBI: — Agora sou eu !Enquanto Bibi sacode as mãos no ar, com

os dados, os três meninos pulam a janela e pe-netram na sala.

BIBI: — (Que jogou os dados) Pronto !Ganhei! Tirei 12 ! Quem lê o discurso sou eu !

(Os rapazes se escondem depressa atrás damesa).

BELINHA: — Isso mesmo. A sorte é cega.Agora, vamos ver quem entrega o bolo.

AS OUTRAS (em coro) — Vamos ao bolo !Vamos ao bolo!

C. DE FOGO (aparecendo prudentementeatrás da mesa, logo seguido dos outros dois):

— Elas têm razão... Vamos ao bolo ! (Tiraum pedaço. Os companheiros o imitam).

C. DE FOGO (com a boca cheia): — Estádo barulho!

\*t3_K_____A \i\ t í

OUTUBRO — 1958

DEDÉ: — Desta vez eu vou ganhar !C. DE FOGO: — Que beleza !PEDRO: — Está gostoso, mesmo !MARIETA: — Também tirei 12 !TODAS: — Ih ! Oh ! etc. (Riem alto)..SERAFIM: — Mas, que "troço" bom ! !

(Enquanto as meninas prosseguem in-teressadas o jogo de dados, os três meni-nos se enchem de bolo, sem se apressar. Suascabeças aparecem por trás da mesa).

BELINHA: — Bem ! Vamos tirai a sorte, então, en-tre Marieta e Dedé !

SERAFIM: — Já não poso mais...PEDRO: — Nem eu !BELINHA: — Dedé... 1 !C. DE FOGO: — Vamos dar o fora?PEDRO e SERAFIM: — Vamos...

(Dirigem-se em pontas de pé para a janela. Será-fim, que vai atrás, apanha algumas flores).

BELINHA: — Já sabemos quem leva o bolo... Ago-ra vamos ver quem...

(Nesse momento são interrompidas pela queda dcSerafim, que pulou mal a janela e cai para dentro dasala.

TODAS: — Ui! Que foi isso?BELINHA: — Olhem, só ! Olhem ! Vejam !DEDÉ: — Que é que você estava fazendo ? !SOFIA: — O bolo ! Olhem o bolo !TODAS (a um tempo): — Oh! Que horror !MARIETTA: — As flores ! As flores também !TODAS (a um tempo, irritadas): — Coisa ruim !Peste! Bandido!SOFIA: — Ah ! Mas êle me paga ! Meu ramo de

flores!(Bate em Serafim com o resto do ramo.MARIETA: — Toma, esfomeado! Já que gostas

tanto de bolo!

(Esfrega-lhe no nariz um pedaço de bolo. Forma-segrande confusão. Há gritos, empurrões. Serafim se de-fende. Voam flores e pedaços de bolo.

Súbito, Dedé percebe a chegada da Professora).DEDÉ: — Atenção ! A Professora !

(A Professora entra. Apavorada com o que vê, caidesmaiada enquanto Serafim foge).

A PROFESSORA (ao cair nos braços das meninas).Jesus ! Valha-me Deus !

BELINHA (desolada) — Pobre Professora! Quepena ! E nós lhe queríamos prestar uma homenagem ! !

DEDÉ: — Adeus, festa ! !

PANO

( Adaptação de GALVÃO DE QUEIROZ)21

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RAFAEL Tobias de Aguiar, que

se tornou famoso por haverchefiado a revolução paulista de1842, nasceu em Sorocaba, a 4 deoutubro de 1794. Era filho do te-nente-coronel Antônio Franciscode Aguiar. Estudou no ColégioSão Bento e teve, ali, como com-panheiros Diogo Feijó, Paula Sou-sa, d. Antônio Joaquim de Melo eoutros. Serviu no Regimento deMilícias de Sorocaba até o pôs-to de coronel comandante, refor-mando-se no de brigadeiro. Napolítica do Império exerceu im-portantes cargos como: membrodo Conselho do Governo, do Con-selho Geral da Província, presi-dente da Câmara dos Deputados,deputado geral e presidente deSão Paulo.

Dis a história qne foramos leglonários romanos osverdadeiros Idealiza-dores do Jogo de tênis e seuspropagadores por onde an-daram, principalmente eomas lefioes de César. Priml-«vãmente, era apenas amodesto "Jogo ds bola ondo balão por intermédio deuma espéeie de raqueta",qne constituía o tênis.

TOBIAS era presidente da sua

Província em 1841- Com amudança do Ministério esperava-se a. demissão do presidente.. ACâmara da Província, entretan-to, dirigiu uma representação aoImperador pedindo a conservaçãode Tobias no governo. Essa repre-sentação não foi atendida pelomonarca. Tobias foi demitido esubstituído por Costa Carvalho,marquês de Monte Alegre. A dis-solução da Câmara foi o rastilhoda revolução. São Paulo e Mi-nas Gerais assentaram os planosdo movimento e a 18 de maio To-bias comunicava a Diogo Feijó adecisão das duas Províncias. A 17de maio Tobias tinha sido acla •mado Presidente de São Paulo e,perante o presidente da Câmara,prestou o juramento de defendero Imperador, e a Constituição.

Caxias é, então, nomeado ço-

AMÉRICO PALHA

mandante do Exército legal. ARevolução se iradiava pelo restoda Província.

Caxias, à frente das tropas le-galistas, vinha desenvolvendo seuplano de ação e a 4 de junho de1844 verificava-se o desastre deVenda Grande. Daí por diante, osinsucessos revolucionários se su-cederam. Tobias tentou um últi-mo golpe para salvar a situação,

mas esta já estava iremediavel-mente perdida.

Caxias, entrando na capital dosrebeldes, lança uma proclamaçãodando-lhes um prazo de dez diaspara se renderem, evitando der-ramamento de sangue. Os solda-dos de Tobias, já sem controle,dispersaram-se por todos os la-dos.

No dia 15 de junho, Tobias,com o apoio de Feijó, deixa SãoPaulo. Ainda havia esperançasna ação dos liberais do Paraná,Santa Catarina, Rio Grande e Mi-nas Gerais. Enquanto Tobias seafastava, Feijó, paralitico, ficariapara receber Caxias.

Quando tentava se articularcom os camaradas de Vacaria, noRio Grande do Sul; Tobias foipreso. Remetido à Corte, o cheferebelde foi recolhido à Fortalezade Lage. Depois levaram-no paraa de Villegagnon, a pedido de suaesposa.

Aguardava Tobias seu julga-mento quando chegou o decretode anistia.

Anistiado, Tobias voltou à ter-ra natal.

Era condecorado com as Or-Ordens de Cristo e da Rosa. Ape-sar de ter o seu nome incluídopor duas vezes nas listas para se-nador do Império, não conseguiuser escolhido pelo imperador.

Rafael Tobias faleceu a 7 deoutubro de 1857, a bordo do navio"Piratininga".

¦»-«<*_¦ W 01ATQ] NAO FALHA

FAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGX5TAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSONIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA OROA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

22 O TICO-TICO

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PERGUNTANDO É QUE SE APRENDE.VAMOS,

então, perguntar. Perguntar para apren-der. Há perguntas simples que "embatucam"

as pessoas. Aqui estão algumas. Se lhe fizessem ai-gumas destas perguntas, será que você saberia res-ponder?

Vamos ver:

— As ilhas Filipinas estão ao norte ou ao sul dalinha do Equador?

— Qual é o rio mais comprido: o Danúbio ou oReno?

— A famosa basílica de Santa Sofia está em So-fia ou em Constantinopla?

— A que reino da Natureza pertencem as bacté-rias?

— As formigas sentem dôr?

— O Mar Negro é muito salgado?

— a "Festa da Arvore" é de recente institui-ção?

— Existiu mesmo o Judeu Errante ?

— A que classe de animais pertence a baleia?

10 — O Mar Vermelho é muito salgado?

RESPOSTAS:•OpUJO^ BUIip OB

opuap 'a^oj anuiu o obiSsj -eu oçSujod-bao b a apu j-BnÜBsap iba ou umquauanbaod 'sopa* op opBSpjs sibui o 5 uns — 01

sosob^-oo sop uiapao 'sojojrumu sop sssbp y — 6

•crçspo snsop op ajioui Bp siodap nsaq-aq OAod op OBsaodsip b Bzqoquiis anbBtrepuaSai bjuIi} Bum ap as-B-jB-ij, obh — 8

Bjn^inoxAns BaaoajoABj BjBd 'nporaa opino B-nouo•BI1B1I BU '8681 «-*» U30SBU Bppi v °?N — _

'% L'l 3P ÇS ? apBptUTIBS BUS BIUBJ, 3aumij sou sop aqaoaa anb aoop BnSB apapBpnuBtib apuBjS Bp bsobo joj obm — 9

jop aj-uas obu 'o3oq jauioo ap ajBd no BfBaiBia anb tuas 'pui aauioo uia BpBdnoobSiuuoi Biun ap auiopqB o jBUOiooasapod as anb uiazip SB^siiBjn-jBu so obn — s

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y^OLEO DE OV^\àr gr—j| Marca Registrada

1 t^^W || ijpjpO LEGÍTIMO! CARLOS BARBOSA \

WÇfj,,y////////l//'/Á llÉl $ <__É. ÍAb^ nome de garantia ^gr

Cabelos sedosos j|( ¦^pfcjlll .. ¦¦¦¦¦¦¦1C Ondulados Wê | kariosbarbosaleite

OUTUBKO — 1958 23

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/aa j$&AfÍlflftaüf£k fc'4_. '9"*rm\wMmWm%mÊMmfm\m

Miyfl* ^pr VI' A rA/TK S crianços estavam contentes, lom ganhar um noto companheira, o Zè- «^ ~"^-v

<^^mS^~*-^-___**^* qumha, sobrinho da Felizarda, que ficara órfão e ia ficar morando com ^-—«_^ —êtes. Só Miguel, o yixinho, é que ficora de "cora fechado". ^-^« \

Que é que há contigo. — quiseram saber todos. /P-^-f/T v\C que eu nóo gosto de brincar cam preto /7**w_tt_7í \\Ué! E que é que tem ser preto? — protestou o Jucá. — Eu ouvi uma WiM//I/$\ \

história que dizia que no começo do mundo todos os homens eram pretos. V fvvr .A\__- I\Diz que Nosso Senhor, um dia ... oh! Não me lembro mais como foi... f/\^*üj-**Q_i/?'*7T^-S-*' |\

Pois eu continuo a história, para roce, meu filho! — interveio D. Ro- \J/\ x« Li-^/x^sinha, que entrara naquele momento. — Diz a lenda que antigamente to- Viv_. (t >7v\. ^v Cdos os homens eram negros. Um dia Deus riu três irmãos e quis experimentar- *h1§? vZ^I^ÜmS. 3 \«lhes a fé. Disse-lhes que havia feito brotar uma fonte de água muito cristali- . „ A v/À ^U/X 5 P^**_? /V> -iJJLJ' M/n VI \\aAJ _^ *\ /*^na, da qual, se nela se lavassem, poderiam sair tão broncos como a neve. Um <# jA^JÍ*> v/n ^Z^^^A^ZZZZZZZZj (dos irmãos disse: //4ISãfc« Jf "V/^k l

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W S crianças estavam contentes. Iam ganhar um novo companheira, o Zè--*^"-" qumha, sobrinho da Felizarda, que ficara órfão e ia ficar morando comeles. Só Miguel, o vizinho, é que ficara de "cara fechada".

Que é que há contigo? — quiseram saber todos.E que eu não gosto de brincar com preto !Ué! E que é qua tem ser preto? — protestou o Jucá. — Eu ouvi uma

história que dizia que no começo do mundo todos os homens eram pretos.Diz que Nosso Senhor, um dia ... oh! Não me lembro mais como foi...

Pois eu continuo a história, para você, meu filho! — interveio D. Ro-sinha, que entrara naquela momento. — Diz a lenda que antigamente to-dos os homens eram negros. Um dia Deus viu três irmãos e quis experimentar-lhes a fé. Disse-lhes que havia feito brotar uma fonte de água muito cristali-na, da qual, se nela se lavassem, poderiam sair tão brancos como a neve. Um

dos irmãos disse:Não acredito em tol maravilha e nem sequer vou tentar a experi-

ência.O segundo disse:

Vou ver a fonte maravilhosa.E o terceiro:

Irei ver a fonte e lavar-me-ei nessa água cristalina, de onde sairei branco.E, dizendo isso jogou-se na fonte de onde saiu inteiramente branco.Vendo-o, o segundo correu a imitá-lo mas a água já era pouco e suja, de maneira

que, após o banho, ficou com o corpo amarelado.O primeiro, já não duvidando do milagre correu a imitar seus irmãos mas na fonte

já havia tào pouca água que apenas pôde molhar nela a planta dos pés e a palma dasmãos..

E foi assim que apareceram as três raças: a branca, a amarela e o negra.E essa história é verdade? — quis saber o Tônico, que duvidava de tudo.Não — disse D. Rosinha — ela não é de verdade. Mas foi inventada para mos-

trar uma verdade: que todos temos a mesma origem e somos iguais.. Só ficamos diferen-tes em aparência, devido a habitar em climas diversos.

Vocês já devem ter reparado que as pessoas que moram em climas frios, e de poucosol, são mais brancas e louras, c as que vivem em lugares de muito sol, e calor, são maismorenos, de cabelo preto e olhos escuros.

Mas, voltando à história — continuou D. Rosinha — ela quer somente mostrar quetodos somos iguais a que não devemos desprezar ninguém. E ensinar a certos meninos quebrincar com preto não é vergonha — acrescentou a bôa senhora, jogando um olhar elo-quente para o lado do Miguel, que baixou a cabeça, encabulado.

24O TICO-TICO

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_. = i -g^Campos Sales ^nass.u ^% £- ,

c? À^^f Ta V"—s ¦ X «Wissào Velha íc / ^ ^K

u t o

ESTADO do CEARÁESCALA 1 : 4.000.000

Organizado e desenhado por Eduardo Canabrava Barreiros [¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦SHBBSBBBBi^BBBSHBBIMBBHBI^BBSSHB^ WmWWmWmWWMÊmUWlm^WM)

Vèr o texto na página seguinteOUTUBRO — 1958 25

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V

c/tfettBRASILESTADO DO CEARA

LIMITES — Ao norte, o Oceano Atlântico; a leste, os Estados do Rio Grande doNorte e da Paraíba; ao sul, o Estado de Pernambuco; a oeste, o Estado do Piauí.

POPULAÇÃO — 3.025.000 habitantes.ASPECTO — Em geral plano e baixo ao norte, com o litoral arenoso, pouco aci-

dentado, eleva-se para o centro, sul e oeste: serras de Ibiapaba, continuando com osnomes de Grande e Cariris Novos; chapada do Araripe, ao sul; serras do Pereiro e Vár-zea Grande e chapada do Apodi, a leste; no centro, Guaribas, Mariana; ao norte, Me-ruoca, Uruburetama e Baturité.

CLIMA — Quente e seco; nas regiões elevadas, ameno.RIOS — Todos intermitentes. O prncipal, o Jaguaribe, avegável desde Aracati

até a foz; recebe pela esquerda o rio Sangue e o Banabuiú ao qual alui o Qulxeramo-bim; pela direita, o Salgado. São menores os rios Poti, Acaraú, Curu, Choro- e Piranji.

PRODUÇÃO — Da agro-pecuária; açúcar, aguardente, algodão, farinha, fumo;gado, peles, queijos; da indústria extrativa: certa de carnaúba, óleos, fibras; águas mi-nerais, sal, gèsso.

CIDADES PRINCIPAIS — A margem da ferrovia central: Crato, cidade importantetal como Jnaseiro do Norte; Missão Velha; Cedro; Ignatn; Senador Pompeu; Quixadá;Marangnape; à margem da linha férrea Crateús: Itapipoca, Sobral, muito comercial;Ipn e Crateús; na via férrea ao porto de Camocim a cidade do mesmo nome e Massapé;à margem do rio Jaguaribe: Limeiro do Norte, Russas e Aracati, cidade comercial; Icó, àmargem do Salgado; Barbalha e Milagres, na encosta da chapada do Araripe; Canindé,à margem do rio do mesmo nome; Baturité, com clima excelete.

TRANSPORTES — Via ção Férrea Cearense. Excelentes rodovias. Ativa navegaçãocosteira. A capital e outras cidades cearenses são servidas pela navegação aérea, paratransporte de passageiros, correio e carga.

(MAPA NA PAGINA ANTERIOR)

Sina bolo de Qualidade (<Wfc7á

26 O TICO-TICO

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1 U lilLiLibülyj U Ulbü

CONFUSÃO

JORNALECO QUE NAODA O TECO NEM UM TICO

ARTIGODE FUNDO

Não tem artigo de fundo porqueo jornal é muito chato.

A MENSAGEMDE UM SÁBIOEmbora seja bonito ser modesto,

nem sempre se pôde fugir a falar desi mesmo.

é o nosso caso. Mal se divulgou, naEuropa, a noticia do que ia aparecerO TELECO-TICO, o grande sábioprofessor Hans Nastains nos distin-guiu com uma amável fotografia, queaqui publicamos.

HISTÓRIA EMQUADRINHOS

— Não sei que graça pode ter omdesfile de manequins, palavra de hon-ra ! E mamãe vai ver sempre !

ia pr pr pr1 ¦ ¦ ¦ ¦¦ ¦ p B!!¦_¦_¦_¦¦_¦_¦_¦!!nr ¦ p ¦¦ p ¦ ¦

I ¦ h ¦ ¦

FENÔMENON O meio da estrada a carro-

ça caiu num valão. O carro-ceiro está furioso. Esbraveja,chinga, berra. De i^pente o ca-valo diz:

—-• Vamos, vamos! Para queessa raiva toda? Calma...

Ora ! veja — diz o carrocei-ro ao seu cachorro. — Um cavalofalando ! ! Você já viu isso?

Eu? Nunca! — respondeu ocachorro. — É um fenômeno! !

me/ ¦ — -a» w A

¦í \tÕú ¦¦''' dZ&fi*F^%MMm

é uma homenagem muito expres-siva, cuja tradução qualquer) menino,principalmente os mal criados, sabe-rá fazer.

O professor em questão é um tipomuito camarada.

"MORO U"?O camarada chegou à farmácia e

pediu nm remédio para tosse.O farmacêutico mandou esperar

nm pouco e trouxe um xarope, expli-cando como devia ser tomado.

Quando o homem saiu, um empre-gado disse ao patrão:

Desculpe, sêo Antônio, mas oremédio que o senhor deu não servepara tosse... Aquilo é purgante !

E é um purgante danado!Eu sei, eu sei... — respondeu

sêo Antonio. — Serve pra tosse, sim.Ele toma o purgante, não é? Ai,

então, fica de um jeito que não temmais coragem de tossir, porque se-não... "Morou"?

A VINGANÇA DA GAVETA(NÃO CONFUNDIR COM A DA PORTA)

ERA um vício já velho que êle tinha:

quando aquela gaveta êle fechava,tanta força e tamanho impulso davaque a inditosa gemia, coitadinha.

Toda vez era assim. A mamãe vinhae perguntava, aflita, interessada,o que lhe tinha feito a desgraçadagaveta. E uma resposta nunca tinha !

Certa vez, ao fechá-la brutalmente,ouve no peito o coração dizendo:— Fecha mais devagar... Tem mais cuidado !

E a gaveta se fecha de-repente,ri-se, escancara-se e êle sai correndoa dar chupòes no dedo machucado...

LUIZ GASOZA

NAO DIVULGAMOS OS NOMES DOS NOSSOS DIRETORES, PORQUEESTE ÓRGÃO DE IMPRENSA PERTENCE A UMA SOCIEDADE ANÔNIMA

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OUTUBRO — 1958 27

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SAGRADAJesus foi botizado por seu

primo, S. João, que lhe derra-

mou sobre a cabeça água do

rio Jordão, pronunciando as

palavras sagradas. Depois do

que foram ouvidas, vindas do

céu, estas palavras: "Este é o

meu Filho muito

amado, no qual co-

loquei todas as mi-

n h a s complacên-

€.0$".

AO ALCANCEO E TODOS

Depois do batismoJesus se retirou para odeserto, onde jejuoudurante quarentadias, em oração. Fin-do esse tempo, apare-ceu-lhe o demônio,que por todos os mei-os O procurou tentar,sendo, por fim, repeli-do e rechassado peloFilho deDeus.

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-w-ww //ys$y

Voltando à planície, e esta ndo próxima a Páscoa, Jesás e

seus discípulos foram cear em casa de pessoas amigas. E nessa

ocasião Jesus instituiu o sacramento da Sagrada Eucaristia.

Nessa noite o Nazareno predisse aos Apóstolos que um, den-

tre eles, o entregaria aos seus inimigos.

Houve, entre os presentes, grande espanto e horror e todos

perguntavam:"Serei eu, Senhor?"

Um, dentre todos, chamado Judas Iscariotes, que era o te-

soureiro do grupo, fez igual pergunta, ao que Jesás respondeu:Tu o disseste.

(Continua)

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n28 O TICO-TICO

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^s*%SUPLEMENTO PARA AS LEITORASWH»«»»>»»»»«»*>**í-»»l>W'il-»»>»»*»B»WWW»WB»»qiW»g»»»

MODOS BONITOS*T~ ODA menina deve procurar ter modos bonitos, manei-1 ras educadas e moderadas, a fim de ser apreciada.

Gestos bruscos, posições impróprias, atitudes de me-nino em uma garota são coisas que jamais ficam bem.

Póde-se ser alegre sem ser ruidosa demais, assimcomo ser moderna, esportiva, sem por isso deixar de sereducada.

Todo exagero é feio, em uma menina. Náo se achanunca interessante o desembaraço demasiado, embora seaprecie sempre a menina que tem iniciativa e sabe tomardeliberações por si.

Quando se elogia qualquer menina, logo o que se dizé que ela é ponderada, educada, demonstrando bom senso.

Nada custa a uma garota, futura mocinha, ter mo-dos corretos e diferentes dos modos dos meninos. Princi-palmente Isso: não querer imitar os meninos, é o que dis-tingue as meninas qtie têm bom senso.

HHCrQHOHCHgHeH*rlHHOr^^

TRÊS GULODICESC O CADAS

500 gramas de coco ralado;500 gramas de açúcar;Misturar bem e deixar descansando durante uma

hora. Durante este tempo, lêr "O Tico-Tico"...Depois, enrolar as cocadinhas, dando-lhes a fôrma

que preferir, e deixar secar ao sol.

BISCOITOS DE AREIAwÊÊ

300 gramas de farinha de trigo;200 gramas de manteiga;100 gramas de acucar.Misturar bem a farinha e a manteiga, depois juntar

o açúcar e amassar até ligar. Fazer bolinhas que vão aoforno em taboleiro. Não precisa untar o taboleiro commanteiga.

BALAS DE CHOCOLATE

prato de acucar (fundo);tabletes de chocolate — ralados;

2 xícaras de leite fervido.Misturar tudo. Levar ao fogo até o ponto de bala. Re-

tirar e bater até que açucare nas bordas do tacho. Despe-jair na mesa de madeira úmida. Cortar antes de esfriarcompletamente.

ÍSTE SOUTUBRO — 1958

8

Quando eucrescer...

(MONO OGO)

Quando vou a uma festa

Gosto de me apresentarBonitinha e também gostoDe cantar e recitar.

Mamãe diz que eu sou pequena;Não sei um verso bonito;Eu concordo, mas prometo:

Quando eu for grande... recito!

Se eu vou cantar, é o mesmo:A mamãe acha que não;Diz que eu sou desafinada,Não sei nenhuma canção !...

Eu não teimo, fico quieta,Sentadinha no meu canto,E digo a mim mesma assim:

Quando eu crescer, bem que eu canto!

Se é dançar, é a mesma coisa:A mamãe não me permite;Não deixa que, nesta vidaEu dance, cante ou recite!

Diz ela que eu sou pequenaE se fôr dançar me cansoMas a esperança não perco*Quando crescer mais... eu danço !

Eu tenho até boa vozP'ra cantar... (canta): trá-Iá-Iá-Iá...Querem mais? (canta): trá-Iá-iá-lá...(Isto eu canto aqui pra nós !.-..)

Recitar, já reciteiUns versos que o primo fezE vou agora dançar (dança)Mais tuna vez... uma vez...

(Sai dançando)

Eustórgio Wanderleyrrr»rr-^7igyrrrrrr!rgsas3saT^-^rjja.r^iJsaasügsn^ ****** A**!*****-*- -*é**W *

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SUPLEMENTO PARA AS LEITORAS — 2.a Página

BB^ &£Ã /Romano /

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^U^-""^^ ~* 43-Plal Atual KSSlâiLlMO LEITO EM VARIAS ÉPOCAS

No quadro acima figuram vários tipos de leitos, alguns dos quais bastante curiosos. Observem como a cama erúsimples, a principio, e se complicou a seguir», para vir a simplificar-se outra vez. O tipo de leito romano — à direita,am cima — é quase igual ao atual, como vocês podem observar. O mesmo se pode dizer para o leito da Idade Média,que é visto ao centro.

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AS VIDAS EXEMPLARES

Maria Montessori

A S meninas que se propõem es-'"** tudar para professora, mui-to ouvirão falar, mais tarde, emMaria Montessori.

Quem foi ela?Maria Montessori formou-se em

medicina em 1896, mas se notabi-lizou por ter traçado novas basespara a educação das crianças, pre-conizando o ensino alternado coma cultura física, o contato com anatureza e a prática de jogos etrabalhos manuais, para tornar aescola de tal modo bela e atraenteque a criança a sinta como sua.Durante sua longa existência, a

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doutora Montessori dedicou-se àintensa divulgação de seu sistema,ministrando, na Itália e em váriosoutros países, cursos internacio-nais para diretores e professores deestabelecimentos de crianças. Fale-ceu em 1952, tendo pouco antes vi-sitado o Brasil, onde foi alvo de ex-pressivas homenagens. O métodoMontessori é hoje difundido portodo o mundo e representa umaafirmação do quanto pode realizaro esforço bem dirigido, em basesracionais, pela educação da cri-anca.

O TICO-TICO

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SoluçõesDOS PASSATEMPOSDA "PAGINA DA ESFINGE"

DE SETEMBRO

vSSXBXíy

Eis como as em-padas foram aco-mudadas na

caixa.

Assim se separa-riam, com três 11-atas, uns dos ou-

tros.

O TEXTO ENIGMÁTICO

A inveja é um sentimento in-digno e prejudicial a quem oacolhe em seu coração.

• Saiba dizer sempre a verdade,nunca agindo mal, ainda mesmoque saiba que poderia fazê-lo semque ninguém venha a descobrir.«>wm

HISTÓRIA ALOUCADA '

Esta é uma história meiolouca. Mas vale a pena ler.

A cena se passa, justamen-te, no Hospício. Um loucoestá no corredor, querendopregar um prego na parede.Mas encostou a cabeça doprego na parede e bate quebate com o martelo na pon-ta. E o prego, é claro, nãoentra.

Nisso, passa outro louco.Vê o colega, pára e ficaolhando.

Depois de uns instantes,sacode a cabeça e diz:

— Você é bem burro, hein?Não está vendo que êsse pre-go é para a parede do outrolado?! Olhe de que ladoestá a ponta dele, homem !

< ESCOLAR)"MEU DD A.II" Álbum fartamente ilustrado, io._-__u.do homens • fato» de

FlLU DKJUIL nossa Pátria. Resumo dos principais eventos históricos, do Des-cobrimento até os dias atuais. 10.* Edição — PREÇO: CRI 20,08."i-DIU. !DA . _ETDA_" Cartilha para principiante, com 300 desenhos, método

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ISTO AQUI INTERESSAÀSUA MAMÃE

ESTAS são as edições, à ven-

da, dos lindos álbuns da ex-celente BIBLIOTECA DE "ARTEDE BORDAR", que representa umtesouro pára as donas de casa:

O Lar, a Mulher e a criança.Primeira Comunhão.Vestido de Noiva.A Lingerie.Blusas BordadasCama e Mesa N.° 283.Enxoval do Bebê.

<# Figurino Infantil.Guia das Noivas N.° 284.Lençóis Artísticos N.° 285.O Lar, a Mulher e a Criança.Riscos para bordar N.° 277.Roupinhas do Nenê.Toalhas Artísticas.O Ponto de Sombra.O Ponto de Cruz N.° 2.Novo Ponto de Cruz.Bichinhos Bordados N.° 6.

"

Monogramas Artísticos N.°_9.Copa e Cozinha N.° 10.

6 Decoração, Arranjos e Utili-dades para o lar.Álbum de Crochê N.° 2.

§) .Colchas Modernas.

Pedidos pelo Reembolso Pos-tal á editora: S. A. O MALHO— Rua Afonso Cavalcanti, 33 —

Rio.

POR tSTE VELHOMUNDO

•# Na Alsácia, quando um convida-do gostou da acolhida que lhe foidada em uma casa, e apreciou de-veras a comida que lhe serviram,dobra o guardanapo no final darefeição, indicando por êsse gestoque gostaria de voltar ali outravez.

6 No pátio do templo do deus Shiva,de Delhi, (índia) uma coluna defeiro de 18 metros de altura, com40 centimetros de diâmetro, apre-senta a particularidade, há 400anos, de não apresentar o menorsinal de ferrugem. E' um verda-deiro enigma metalúrgico, pois oferro exposto ao oxigênio do arsempre se acaba oxidando, isto é,enferrujando.

# Os negros Balemba, do Congo bel-ga, não pronunciam nunca, duran-te a conversa, os nomes dos nú-meros até 10: limitam-se a indi-cá-los com os dedos. Assim, quemconversar com um balemba temque estar sempre atento para suasmãos, a fim de não perder... ofio da história.

£ Há duzentos anos, no Creux-du-Van, (Sulca) dois irmãos trava-ram terrível combate com umurso gigantesco que lhes atacavae dizimava os rebanhos.Tendo vencido o adversário, eleso... assaram e comeram, festiva-mente.Os descendentes daqueles doissuíços, ao se completarem os doisséculos daquela façanha, decidi-ram comemorar a data. Então, oprato de honra da festa que reali-zaram foi, muito naturalmenteum urso assado!

"O TICO-TICO" é uma revista da Sociedade Anônima "O MAjLHO".Rua Afonso Cavalcanti, 33 — Tel. 22-0.45 — Rio de Janeiro

Diretor: ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVANúmero avulso: Cr$ 10,00. Asainu: (12 números sob registro). Crf 180,00.

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Há dias, não tendo o que fazer,Chiquinho foi visitar um clube es-portivo que existe nas vizinhançasde sua casa.

Uma vez lá dentro, esquecido de que era uma visita, e devia ser gen-til e educado para com os que o recebiam, começou a criticar, a zombar,a rir dos sócios que praticavam seus treinos. É treinando que o esportistase aprimora, mas êle não se lembrava disso.

Bastava que um deles escorregas-se, tropeçasse, saisse mal, para queChiquinho logo zombasse, soltassegargalhadas, chamando-o de "fun-dura", etc.

Aquilo já estava aborrecendo ossócios, pois era, mesmo, muito erra-do. E tantas Chiquinho fez, que umrapagão, saltador de altura, veio aêle.

E, sem que Chiquinho pudesse di-zer nada, pois o outro era um boca-do forte, meteu-lhe na mão um"martelo", para que êle o lançasse.

— Pelos modos você è um atletacompleto, não, rapazinho? Pois va-mos ver a sua "classe"... Vamospôr à prova suas habilidades despor-tivas, agora mesmo !

Ora, Chiquinho era bom na críti-ca, na zombaria, nas piadas, mas emlançamento de "martelo" era umverdadeiro fracasso... Vai daí...

até hoje recorda, sem saudadenenhuma, aquela triste aventura,que representa um justo castigo àsua errônea maneira de proceder.

GRAFICA PTMENT1A DE MELLO S. A. — RIO