286
TABELA DE HONORÁRIOS PROFISSIONAIS PREÇOS DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CONSULTIVA EMPRESAS E PROFISSIONAIS $

Preço de Serviços de Engenharai_Paulo Dias_IBEC

Embed Size (px)

Citation preview

  • $TABELA DE HONORRIOSPROFISSIONAIS

    PREOS DE SERVIOSDE ENGENHARIA E

    ARQUITETURA CONSULTIVAEMPRESAS E PROFISSIONAIS

    COMO ELABORAR PROPOSTAS DE PREOS DESERVIOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

    EMPRESAS E PROFISSIONAIS LIBERAIS

    O livro apresenta:

    O fluxograma do oramento de servios;

    Textos diretos apresentam o contedo terico eexemplos prticos mostram como elaborar todos ospassos do oramento (mo de obra, encargos so-ciais, materiais, sub-empreiteiros, equipamentos eveculos, transportes, impostos e clculo do BDI);

    Impostos incidentes sobre os custos de produo;

    Exemplos prticos reais ajudam a entender cada cl-culo de custo dos insumos do oramento;

    Manual de Elaborao de Propostas de Preos de Ser-vios de Consultoria e Projetos (micro e macro em-presas);

    Classificao das categorias profissionais;

    Tabelas de Referncia de Honorrios dos Profissio-nais de Engenharia e Arquitetura;

    Clculo do Valor da Hora Tcnica dos Profissionais;

    Metodologia de clculo do Custo Horrio de Utiliza-o dos Equipamentos e de veculos de passeio e decarga;

    Modelo de contrato de prestao de servios;

    Regulamentao das Atividades dos Profissionais deEngenharia e Arquitetura.

    PRE

    OS D

    E SE

    RVI

    OS D

    E EN

    GENH

    ARIA

    E A

    RQUI

    TETU

    RA C

    ONSU

    LTIV

    A

    $CM

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

  • preos de servios de engenharia e

    arquitetura consultiva EmprEsas E profissionais

    paulo roberto vilela diasEngenheiro Civil

    3 edio

    2011

  • Dez/2011 Engenheiro Civil paulo roberto Vilela Dias / CrEa-rJ 30039/D.

    Todos os direitos so reservados.

    nenhuma parte desta obra poder ser copiada ou reproduzida de qualquer forma ou para qualquer uso sem a prvia autorizao

    por escrito do autor, engenheiro paulo roberto Vilela Dias.

    Dados de Catalogao na publicao (Cip) internacional(sindicato dos editores de livros, rio de Janeiro, Brasil)

    D541e Dias, paulo roberto Vilela, 1950- Engenharia de Custos: preo de servios de Engenharia e arquitetura Consultiva paulo roberto Vilela Dias - 3 Ed. rio de janeiro, 2011 284 p: 15,5 x 21,0 cm

    isBn 85-87941-01-1

    inclui bibliografia 1. Engenharia - Estimativas. 2. Construo Civil - Estimativas. i. Ttulo

    CDD-692.5

  • n d i c e

    1. inTroDUo ................................................................................................ 7

    custo da Mo de oBra

    2. CLassifiCao Das CaTEGorias profissionais ...............................................21

    3. saLrios. EnCarGos soCiais. BEnEfCios. VaLE TransporTE. EnCarGos aDiCionais Com pEssoaL. ConTraTao por oBra CErTa. mo DE oBra TEmporria ...............................31

    4. EsTUDo Das Horas DE TraBaLHo por ms Dos profissionais ..........................51

    5. pEssoaL aUTonmo. sErVios DE TErCEiros. CoopEraTiVas DE TraBaLHaDorEs .................................................................59

    deMais itens de custo

    6. CLCULo Do CUsTo DE BEns paTrimoniais ......................................................65

    7. CLCULo Do CUsTo DE VECULos .....................................................................79

    8. imposTos nos sErVios DE ConsULToria ...................................................... 111

    clculo do preo de venda

    9. frmULa DE CLCULo Do prEo DE VEnDa DE sErVios DE EnGEnHaria - EmprEsas ...................................................... 117

    10. EXEmpLos prTiCos .................................................................................. 127

    11. frmULa DE CLCULo Do prEo DE VEnDa para profissionais LiBErais ......... 149

    elaBorao de coMposies de custo

    12. LEVanTamEnTo DE Campo Dos CoEfiCiEnTEs fsiCos Das ComposiEs DE CUsTo DE sErVios ........................................... 153

    atividades proFissionais

    13. aTiViDaDEs profissionais ......................................................................... 173

    13.1 DEfiniEs Dos sErVios profissionais .................................................. 173

    13.2 rEGULamEnTao Da aTiViDaDE profissionaL E aTiViDaDEs E aTriBUiEs LEGais Dos profissionais DE EnGEnHaria CiViL ........................ 177

  • 13.3 DEfiniEs Das aTiViDaDEs profissionais Da EnGEnHaria CiViL ................... 197

    13.4 aTiViDaDEs E DirEiTos aUTorais DE arQUiTETos ........................................ 203

    13.5 aTiViDaDEs E aTriBUiEs LEGais Dos profissionais DE EnGEnHaria aGrnomiCa E fLorEsTaL ................................................. 205

    13.6 aTiViDaDEs Do EnGEnHEiro ELETriCisTa ................................................... 214

    proFissionais liBerais

    14. CLCULo Da Hora TCniCa Do profissionaL LiBEraL, QUaLQUEr EspECiaLiDaDE ............................................................. 219

    15. TaBELas CompLEmEnTarEs por sErVios por EspECiaLiDaDE .......................... 235

    15.1 oBJETiVo Das TaBELas DE Honorrios profissionais .................................. 235

    15.2 TaBELas CompLEmEnTarEs por sErVio para EnGEnHEiros CiVis ..................... 236

    15.3 Honorrios mnimos Das aTiViDaDEs profissionais Da EnGEnHaria CiViL ........................................................ 249

    15.4 TaBELa DE Honorrios para arQUiTETos .................................................. 252

    15.5 TaBELa DE Honorrios para EnGEnHEiros aGrnomos E fLorEsTais ................ 255

    15.6 TaBELa DE Honorrios para EnGEnHEiros ELETriCisTas ............................... 259

    15.7 TaBELa DE VaLorEs Dos sErVios por pranCHa ........................................... 261

    proFissionais coM vnculo eMpregatcio

    16. pisos saLariais mnimos .......................................................................... 263

    17. rEfErnCia saLariais ............................................................................... 267

    prestao de servios

    18. o ConTraTo DE prEsTao DE sErVios ........................................................ 269

    18.1 anLisE Do ConTraTo .......................................................................... 269

    18.2 moDELo DE ConTraTo rEComEnDaDo ......................................................... 273

    dados da oBra

    19. rEfErnCias BiBLioGrfiCas...................................................................... 279

    20. CUrriCULUm ViTaE Do aUTor ...................................................................... 281

  • a p r e s e n t a o

    o CrEa-rJ, sobretudo nos ltimos quatro anos, vem empreendendo com regula-ridade aes voltadas para a difuso de conhecimentos entre as diversas categorias profissionais que congrega. neste fim de sculo, em especial, cresce a preocupao com relao aos rumos da engenharia, principalmente a partir da clara relao que existe entre a globalizao generalizada e desregulamentao das profisses.

    neste contexto que a Engenharia de Custos vem sendo um dos campos mais prdigos na gerao de debates, atravs de palestras, cursos e seminrios realizados no mbito do Conselho, sempre contando com o apoio do iBEC. Entendemos ser esta uma rea do conhecimento essencial para o aprimoramento e valorizao de nossos profissionais.

    o lanamento do livro preos de servios de engenharia e arquitetura con-sultiva completa um ciclo que envolve um conjunto de metodologias apresentadas visando elaborao de propostas de preos para servios de engenharia. Trata-se de uma publicao tcnica de qualidade que apresenta de forma simples e abrangente estudos, projetos e fiscalizao e gerenciamento de obras em complemento ao livro metodologia e oramento para obras Civis, do mesmo autor, publicado em fevereiro de 1999, tendo sido publicada a 3 edio em novembro de 2001, e que vendeu 5 mil unidades em pouco mais de trs anos.

    a edio do livro representa tambm um importante reforo produtiva interao estabelecida com os profissionais que participam dos eventos realizados atravs da parceria CrEa-rJ / iBEC mais de 12 mil em cinco anos. preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva uma obra para os interessados em qualidade de contedo e aplicao prtica, por isso fcil entender porque, j este ano, foi adotado por duas vezes em cursos de ps-graduao em engenharia de custos.

    eng eletricista Jos chacon de assispresidente do CrEa-rJ

    1 vice-presidente: nilo Garcia Junior 2 vice-presidente: Jaques sherique1 secretria: sonia da Costa rodrigues2 secretrio: ricardo do nascimento alves3 secretria: maria martha m. Gameiro1 tesoureiro: alfredo silveira da silva2 tesoureiro: Luiz fernando de almeida freitas

    www.crea-rj.org.br

  • paulo roberto vilela dias 7

    p r e F c i o

    o presente trabalho se destina realizao do curso de Engenharia de Custos Clculo do preo de Venda de servios de Engenharia e arquitetura. profissionais e Empresas, ministrado pelo professor e engenheiro civil paulo roberto Vilela Dias, visando oferecer aos participantes material didtico para consulta permanente e acompanhamento das palestras.

    Este documento , ainda, complementar ao primeiro livro do mesmo autor Uma metodologia de oramentao para obras Civis.

    agradeo a famlia,

    agradeo inspirao divina e ao carinhoso apoio de minha famlia e amigos que tm me oferecido a necessria tranquilidade para estudar, pesquisar, escrever, ministrar aulas e garantir documentao impressa ao meio tcnico ao qual perteno.

    para que no omita nenhuma das merecidas pessoas nesse agradecimento, cito nominalmente apenas minha esposa Elizabeth e meus filhos andreia, pedro paulo e Julia.

    Dos meus filhos espero perdo pela ausncia e impossibilidade de cri-los mais carinhosamente. a dedicao vida profissional, ao magistrio e pesquisa aos temas da Engenharia de Custos ocupam todas as horas do dia, os dias da semana, as semanas do ms e os meses do ano. E os anos passam. Tenho certeza que a ma-turidade os far compreender quanto me custa educ-los.

    rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2002

    paulo roberto vilela [email protected]

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais8

    1introduo

    1.1 oBJetivo

    Com o objetivo de facilitar aos engenheiros, arquitetos, demais profissio-nais e prestadores de servios de engenharia na elaborao de propostas de preos de servios especiais para qualquer rea da engenharia e arquitetura, inclusive trabalhos autnomos.

    a primeira parte dedicada s empresas de consultoria de qualquer porte, do captulo 1 ao 10, porm os fundamentos tambm so aplicados pelos profissionais liberais.

    a segunda parte dedicada aos autnomos, incluindo clculo da hora tcnica e tabelas aplicveis aos servios, do captulo 12 em diante. o pro-fissional liberal deve estudar toda a primeira parte a fim de lhe oferecer base para adotar o que apresentado nesta parte do livro.

    o objetivo a ser alcanado na prestao destes servios a melhor qualidade possvel do produto vendido, aliado obteno dos resultados financeiros estimados. assim, fundamental que se disponha da maior quantidade possvel de dados sobre o trabalho a ser realizado para garantir o clculo do preo de venda adequado e justo.

    Lembramos, que a obteno dos melhores resultados em qualquer proces-so de oramentao est com os profissionais mais experientes, entretanto, a metodologia aqui exposta ir, por certo, facilitar em muito o trabalho dos jovens oramentistas.

    1.2 aplicao

    Existem vrias modalidades de fixao de preos de servios de enge-nharia, entretanto, temos certeza que a metodologia aqui exposta muito

  • paulo roberto vilela dias 9

    interessante, principalmente, para as seguintes reas de atuao:

    Estudos de um modo geral ou de viabilidade, projetos bsicos e executivos de qualquer natureza, hora tcnica individual ou coletiva, consultorias ou assistncia tcnica, superviso, fiscalizao ou acompanhamento de obras, gerenciamento de empreendimentos, servios especiais com grande incidncia de mo de obra, servios por administrao, pequenas construes (por exemplo, residncias unifamiliares).

    o profissional ao elaborar o custo de qualquer destes servios deve ter experincia para determinar os insumos bsicos (pessoal, materiais, equipa-mentos (topogrficos, laboratoriais, computadores e impressoras), ensaios tecnolgicos e etc) necessrios ao desenvolvimento dos mesmos, ou buscar reforo em outros profissionais habilitados.

    alm disto, por convico, o mtodo aqui descrito apresenta a grande vantagem sobre os demais existentes em outras publicaes devido a sua con-temporaneidade, isto , o mesmo est perfeitamente de acordo com as regras trabalhistas e tributrias vigentes, bem como, no se encontra desatualizado como alguns autores que, por exemplo, consideravam o lucro estimado funo do custo do servio. Entendemos, ser oportuno, em conformidade com nosso critrio de clculo do preo de venda, que o lucro deve ser caracterizado a partir do preo final do servio, ou seja, do faturamento bruto.

    alertamos aos profissionais prestadores de servios de engenharia que entendemos ser muito emprico, gerando preos de venda normalmente exage-rados, e causando imprecises face ao fato destes multiplicadores no sofrerem avaliaes peridicas a fim de lhes dar crdito, adotar procedimentos de de-terminao do preo de venda por percentuais fixos e imutveis ao longo dos anos, a serem aplicados sobre ndices de custo, do tipo CUB Custo Unitrio Bsico, e principalmente, percentuais do valor final do empreendimento. Caso se adote qualquer destes critrios, sugerimos que seja efetuado um controle de custo preciso do contrato, de modo a detectar as falhas existentes e bem avaliar os ndices empregados para promover a sua atualizao.

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais10

    assim, os usurios, atravs de controle de custo dos contratos podem corrigir periodicamente os seus multiplicadores a serem adotados futuramente.

    no mtodo de clculo do preo de venda em funo do percentual do oramento da obra temos certeza que o resultado que alcanado muito acima do preo justo, assim, dificilmente conseguiremos xito em licitaes adotando tais critrios.

    aconselhamos que, para o caso de oramento de obras civis, seja adotada a metodologia exposta em nosso primeiro livro, a despeito de que com este critrio ora descrito, tambm, possvel alcanar o preo de venda deste tipo de trabalho, porm, com um pouco mais de dificuldade, principalmente, em grandes empreendimentos.

    o princpio apresentado neste livro para a definio da proposta de servios de engenharia leva em considerao o custo de produo, que quando acrescido da margem de lucro (ou benefcio, para utilizar o jargo dos profissionais de execuo de obra de obra BDi - Benefcios e Despesas indiretas) gera o preo de venda dos servios.

    1.3 ForMas de contratao

    a forma de contratao pode ser qualquer uma das estipuladas na Lei n 8666 das Licitaes, ou seja, preo global, preos unitrios ou por empreitada integral. admite-se tambm seu emprego em servios por administrao, quando prestado para rgos no governamentais, uma vez que esta moda-lidade de contratao est proibida na administrao pblica, bem como, em atuaes do tipo consultoria individual do profissional que no mbito deste livro denominaremos de hora tcnica.

    as formas de contratao mais usadas so as seguintes:

    preo global (segundo a Lei das Licitaes, a contratao de execuo do servio por preo certo e total),

    preo unitrio (quando se contrata a execuo do servio por preo certo de unidades determinadas),

    sistema misto (quando parte do servio representado por preo global, enquanto a parcela do trabalho que no bem conhecida ser reembolsada a preos unitrios, que necessariamente constaro da

  • paulo roberto vilela dias 11

    planilha de preos da proposta, ou, algumas vezes, admite-se uma ne-gociao posterior a assinatura do contrato, entretanto, consideramos inoportuna esta situao para ambas as partes envolvidas),

    hora tcnica ou tarifa (semelhante ao sistema de preos unitrios, entretanto, usado para denominar o valor dos servios prestados por cada profissional integrante da planilha de quantidades. utilizado, ainda, para os casos de atuao individual de qualquer profissional).

    1.3.1 descrio das Formas Mais comuns de contratao de servios profissionais de engenharia

    O preo global deve ser utilizado quando as especificaes dos servios a serem executados esto muito bem definidas, e ainda, os produtos a serem gerados esto perfeitamente identificados. o critrio de remunerao dos servios est baseado na estimao dos custos incorridos para a consecuo adequada do mesmo e o preo de venda fixo e integralmente assumido pelo proponente. obviamente, este critrio de alto risco para a prestadora de servio, portanto, o clculo do custo dever ser o mais acurado possvel. neste caso, no existe necessidade de se efetuar medies por servios ou itens de custo, e sim, se estabelecer um cronograma fsico-financeiro que permita ao contratante ter garantias de que os pagamentos efetuados correspondem aos servios efetivamente elaborados ou executados.

    Tanto contratante quanto contratado tm muita responsabilidade nas concorrncias, sendo que ao primeiro cabe garantir qualidade das informa-es apresentadas nos convites de licitaes e, estes estando de bom nvel, garantem que a proposta de preo, a ser definida pelo executor, poder ser apresentada justa e adequada.

    a aplicao deste sistema de contratao quando o escopo do servio no se encontra perfeitamente definido acarretar muitas dificuldades na conduo do contrato pelas partes envolvidas.

    a contratao por preos unitrios quando mesmo havendo planilha de quantidades, que no tem valor para pagamento, pois s sero compu-tados para a medio dos servios efetivamente executados. assim, haver obrigatoriedade de se efetuar medies peridicas para determinar o valor a pagar ao prestador de servio. muito comum nestes casos que o custo da

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais12

    mo de obra seja apresentado por hora, porm, pode-se determin-lo por ms. comum que se adote a periodicidade mensal de medio para os ser-

    vios.independente da existncia de planilha de quantidades caber ao contra-

    tado assegurar-se de que os valores encontrados so vlidos, caso contrrio, a situao financeira do contrato poder ser comprometida.

    Todo cuidado deve ser tomado para definio do custo da hora tcnica apresentada nas planilhas de oramento, uma vez que dever ser adotada uma quantidade de horas de trabalho por ms, de acordo com o estudo apresentado no Captulo 4.

    Quanto aos bens patrimoniais (veculos, microcomputadores, softwares, aparelhos de topografia, equipamentos de laboratrio e etc) deve-se, tambm, analisar o nmero de horas de utilizao dos mesmos durante a vigncia do contrato. no se esquecendo que em alguns casos podemos ter a figura da hora produtiva e da hora improdutiva.

    o sistema misto uma composio da contratao por preo global e por preo unitrio. isto , parte do trabalho ter valor fixo e imutvel, enquanto que outra parcela ser discriminada por itens de servios que sofrero me-dio para pagamento. comum, para estes casos, se adotar a terminologia de despesas reembolsveis pelo cliente.

    os itens constantes da planilha de quantidades, como preos unitrios, s entraro nas medies quando solicitados formalmente e por escrito pelo cliente. Estes servios, que so denominados de despesas reembolsveis, sofrero incidncia dos custos indiretos adotados para todo o contrato.

    Estes servios sero pagos por preos unitrios constantes na planilha de preos da proposta ou no.

    Hora tcnica (ou tarifa) aceitvel para as pequenas e grandes in-tervenes, podendo ser de um ou mais profissionais, ou quando a atuao do contratado no pode ser muito bem identificada antecipadamente com a preciso necessria, e devem ser computados os custos, alm dos encargos sociais, conforme a situao e o vnculo trabalhista de cada profissional, todas as despesas indiretas, tais como, quilometragem, emprego de microcompu-tador, comunicaes, despesas grficas e despesas diversas. Valem todas as caractersticas de custo apresentadas para as demais formas de contratao de servios de engenharia e arquitetura.

  • paulo roberto vilela dias 13

    neste caso haver necessidade de se apropriar as horas gastas pelos profissionais em cada atividade do contrato, podendo ser adotado um for-mulrio denominado Folha de Apropriao de Hora Tcnica, apresentado no anEXo 1, que servir de base s medies peridicas a serem efetuadas, segundo o contrato.

    Esta condio confunde-se com a contratao por preos unitrios quan-do temos a mo de obra expressa na unidade de medio por hora. Haver necessidade de se apropriar as horas efetivamente trabalhadas, podendo ser adotado o formulrio citado anteriormente.

    Lembramos que no sero computadas na medio das horas normais de pessoal tanto o sbado quanto o domingo e feriados no trabalhados, pois, as mesmas esto includas na taxa de encargos sociais.

    1.3.2 outras Formas de contratao usuais

    contrato por administrao Considera-se o pagamento dos custos diretos especficos de um servio. a remunerao (percentual) dever cobrir os custos indiretos, a administrao central, os encargos financeiros e o lucro da empresa.

    Mximo garantido Consideram-se os custos mais um percentual es-tipulado. fixa-se o limite total de custos e define-se com preciso o custo total mximo do projeto. Caso o preo estipulado seja ultrapassado caber a prestadora de servio arcar com parte acertada do excedente.

    contrato com incentivo (prmio) se a empresa no atingir o limite de custo estabelecido, recebe como prmio uma parcela, previamente acordada, proporcional reduo de custo obtida. procura garantir o prazo e o custo dos servios atravs do estudo de alternativas tcnicas.

    1.4 escopo dos servios

    o tipo de contratao interfere diretamente, apenas, na forma de me-dio dos servios que ser efetuada, portanto, o mtodo aqui apresentado adequado para qualquer uma das maneiras anteriormente citadas, ou seja, preo global, preo unitrio, sistema misto e hora tcnica.

    a experincia do profissional que elaborar a proposta s no mais importante que a clareza, o grau de detalhamento do escopo do trabalho e

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais14

    a perfeita identificao dos produtos a serem produzidos.Caber, ento, aos contratantes garantirem o nvel de excelncia do me-

    morial descritivo ou do edital de licitaes. os produtos a serem elaborados, bem como, sua cronologia de emisso, devem estar descritos com bastante objetividade e clareza.

    1.5 Metodologia de custo

    evidente que o mais importante na elaborao de propostas de preo continua sendo a experincia do engenheiro oramentista, principalmente, na qualificao e quantificao dos insumos necessrios perfeita execuo dos servios.

    a metodologia aqui exposta pressupe o levantamento (e, quando for o caso, medies aps a contratao) dos custos diretos reais estimados (e comprovados atravs de medies), acrescidos dos custos indiretos (explcitos ou no), inclusive lucro previsto.

    1.5.1 caracterizao dos custos diretos e indiretos

    subentende-se como custos diretos, aqueles que so facilmente descritos e visveis ao cliente. podendo ser considerados:

    salrios imveis veculos leves, motocicletas, pick-ups e caminhes microcomputador, impressora e acessrios de informtica, plotter softwares estao total, teodolito, nvel, balizas e trenas laboratrios de solo, concreto ou asfalto, mveis e utenslios (mesa, cadeiras, armrios, televiso, cafeteira e etc.), ar condicionado, aluguel de copiadora, montagens grficas (cpias preto e branco ou coloridas e encadernaes), gastos com comunicao: central telefnica, aparelhos de telefone ou

  • paulo roberto vilela dias 15

    de fax e rdios, inclusive respectivas contas peridicas, viagens e estadia do pessoal, dirias da equipe tcnica, materiais de escritrio (lpis, borracha, papel, grampeador e etc) servios especializados (locaes e levantamentos topogrficos, son-

    dagens de terreno e etc) ensaios tecnolgicos especializados.

    os custos indiretos sero demonstrados ou no, principalmente, em funo da facilidade de se declar-los, ou conforme a exigncia do cliente.

    os custos indiretos podem ser:

    aplicveis sobre o salrio:- encargos trabalhistas- benefcios (seguro sade, vale refeio e etc)- vale transporte- eventualmente, uniformes, materiais de segurana e etc.

    administrao central, representa o custo da sede da empresa, que representado por percentual admitido para cada empresa ou por cada proposta.

    Encargos complementares, correspondentes a outros custos indiretos no perceptveis ao cliente, entre outras despesas, temos:- aluguis de imveis ou veculos, pessoal da diretoria e dos setores

    de pessoal, comercial, licitaes, financeiro, compra e etc da sede da empresa,

    - despesas com treinamento e aprimoramento tcnico da equipe,- despesas com impostos, alvars e outra taxas municipais, esta duais

    ou federais,- despesas legais, inclusive arT - anotao de responsabilidade Tc-

    nica devida ao CrEa,- despesas de legalizao do contrato,- seguros de responsabilidade civil ou de pessoal,- fianas bancrias ou caues.

    Em alguns casos estes itens podem estar includos na administrao

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais16

    central. Lucro dever ser prevista a margem de lucro do contrato a critrio

    da empresa

    Em algumas situaes, e no existe nenhuma dificuldade por isto, custos diretos so utilizados como indiretos e vice-versa. Depende da formulao de proposta de preos apresentada pelo cliente ou por nossa conta. o importante que todos os insumos sejam apropriados ao custo de elaborao do servio.

    1.5.2 seleo da Modalidade de contratao

    extremamente importante a escolha do tipo de contrato, e caber, na maioria das vezes, ao cliente (rgo pblico ou particular) esta incumbncia. pois, sabemos que o preo estabelecido tem fundamental influncia sobre o prazo de execuo e a qualidade dos servios prestados.

    Entretanto, em funo do tipo de servio, podemos preliminarmente definir o tipo de contratao, conforme identificado a seguir:

    descrio do servio ForMa de contrataoEstudos de um modo geral preo global ou de viabilidade, projetos bsicos e executivos preo global ou misto de qualquer natureza, Hora tcnica individual ou coletiva, preo unitrioConsultorias ou assistncia tcnica preo unitriosuperviso, fiscalizao ou preo unitrio acompanhamento de obras Gerenciamento de empreendimentos preo unitrioservios especiais com grande em funo do servio, incidncia de mo de obra principalmente preo unitriopequenas construes (por exemplo, preo unitrio ou global residncias unifamiliares)

  • paulo roberto vilela dias 17

    fundamental especificar claramente o critrio de medio para cada caso no memorial descritivo ou edital de concorrncia.

    1.6 qualidade do escopo dos servios

    a definio correta e precisa do escopo das atividades fundamental elaborao consciente do preo de venda dos servios, responsabilidade do interessado na contratao apresentar tais informaes. portanto, a perfeita caracterizao do escopo do trabalho, consiste na identificao clara dos seus objetivos, especificar adequadamente todos os produtos que devero ser produzidos e entregues ao interessado, com sua cronologia, e demais infor-maes que propiciem ao prestador de servio a identificao fiel oramento.

    o preo de venda dos servios ser calculado a partir da anlise adequada destes dados recebidos do cliente.

    o preo adequado e justo para um determinado servio diretamente proporcional qualidade do escopo oferecido pelo interessado na contratao.

    1.7 roteiro de clculo do preo de venda

    o roteiro de clculo do preo de venda dos servios previsto nesta me-todologia, o seguinte:

    1 passo) Elaborar a planilha de servios e quantidades, o que feito atravs da listagem das atividades e da determinao das quantidades de insumos (mo de obra e despesas gerais) necessrias ao perfeito desenvol-vimento dos trabalhos,

    de suma importncia a qualidade da planilha de quantidades elaborada para a definio do preo de venda dos servios.

    Em muitas ocasies o prprio interessado na execuo do trabalho elabora a planilha de quantidades e preos e a fornece para todos os prestadores de servio, assim, garante a uniformidade das propostas, para efeito de julga-mento de preos entre os concorrentes.

    2 passo) De posse da planilha de quantidades devemos levantar os

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais18

    custos bsicos que sero necessrios definir para a elaborao do oramento. Esto includos como custos bsicos ou insumos:

    salrios e encargos sociais veculos preos de equipamentos tcnicos materiais de consumo (papel para impresso, combustvel, cartucho

    de impressora, microcomputadores e acessrios, softwares e etc) dirias e viagens e etc.

    3 passo) Calcular os valores do multiplicador K para os diferentes tipos selecionados para o servio, necessrio determinar quais os tipos de multiplicadores sero utilizados.

    Encontramos multiplicadores para salrios, despesas gerais, despesas reembolsveis ou despesas efetuadas diretamente pelo cliente e etc.

    4 passo) Calcular o oramento da proposta, o oramento ser o resul-tado da soma dos produtos das quantidades de servios multiplicadas pelos preos unitrios atribudos aos mesmos.

    5 passo) montar a planilha de servios e quantidades, de acordo com as exigncias do cliente ou com sua prpria definio, caso o cliente no tenha feito nenhuma exigncia a respeito. ser obrigatrio montar esta planilha.

    Como descrito anteriormente, so duas as situaes previstas para a montagem da planilha de venda de servios de engenharia, isto :

    1 alternativa) o cliente padronizou a forma de apresentao da propos-ta, cabendo desta maneira ao prestador de servio, elaborar a mesma dentro das especificaes do contratante. pode-se condicionar tanto o processo de clculo do preo de venda dos servios quanto a prpria forma de apresen-tao, atravs de formulrios pr-estabelecidos.

    2 alternativa) o cliente no definiu o padro de apresentao da propos-ta, assim, cabe ao prestador de servio elaborar uma proposta clara, objetiva e com o maior detalhamento possvel, de maneira a facilitar a anlise pelo contratante e futuras negociaes quando da efetivao da contratao. interessante, que a forma de apresentao da proposta de preos no suscite

  • paulo roberto vilela dias 19

    nenhuma dvida quanto ao seu contedo e valores, evitando-se desgastes em futuras negociaes.

    1.8 FluxograMa do clculo do preo de venda

    apresenta-se no anEXo 2, o fluxograma de elaborao do clculo do preo de venda de servios de engenharia para os tipos aqui especificados.

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais20

    anexo 1

    Folha de apropriao de hora tcnica (horas gastas pelos profissionais em cada atividade do contrato)

  • paulo roberto vilela dias 21

    anexo 2

    Fluxograma de elaborao do clculo do preo de venda de servios de engenharia

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais22

    2classiFicao

    das categorias proFissionais

    na maioria dos tipos de servios prestados escolhidos para estudo neste livro, a mo de obra o fator preponderante do custo total, portanto, fundamental analisarmos adequadamente os custos envolvidos com pessoal.

    muito importante nestes tipos de prestao de servios de engenharia a classificao das categorias profissionais comumente adotada, entretanto, uma vez que no existe nenhuma definio oficial sobre o assunto, escla-recemos que o prprio escopo do servio poder especificar as categorias profissionais, bem como as caractersticas mnimas exigidas para cada uma.

    alis, o que efetivamente deveria ocorrer, entretanto de modo geral, omitida a especificao exigida para cada categoria profissional nos editais de licitaes. isto faz com que o proponente fique exposto ao bom senso da comisso de julgamento da concorrncia ou, posteriormente, da fiscalizao do contrato.

    Devemos analisar a classificao das categorias profissionais em funo do plano de cargos e salrios de cada empresa, bem como, este dever estar em consonncia tanto com a classificao profissional de seu sindicato quanto com o dissdio coletivo que rege as relaes entre patres e empregados. En-tretanto, as especificaes definidas nas convenes trabalhistas so sempre muito acanhadas, portanto, so difceis de serem adotadas na prtica, sem, no entanto, esquecermos que os editais de concorrncias podem e devem especificar as exigncias mnimas para cada categoria profissional.

    assim, resolvemos adotar uma classificao de categorias profissionais prpria, usando a nossa experincia no assunto, que pode ser adotada em qualquer situao, bem como, esclarecemos que a mesma est de acordo com os princpios observados em editais e licitaes recentes para casos anlogos.

  • paulo roberto vilela dias 23

    2.1 classiFicao das categorias proFissionais sugerida

    a classificao das categorias profissionais mais comumente encontrada no meio da engenharia a seguinte:

    pessoal de nvel superior:

    DirETor Do proJETo

    GErEnTE oU CoorDEnaDor DE ConTraTo

    ConsULTor - nVEL a

    ConsULTor - nVEL B

    ConsULTor - nVEL C

    profissionaL masTEr

    profissionaL sEnior

    profissionaL pLEno oU mDio

    profissionaL JUnior

    profissionaL TrainEE

    pessoal de apoio tcnico:

    TCniCo sEnior

    TCniCo pLEno oU mDio

    TCniCo JUnior

    CaDisTa oU proJETisTa sEnior

    CaDisTa oU proJETisTa

    TopGrafo

    aUXiLiar DE TopoGrafia

    LaBoraTorisTa

    aUXiLiar DE LaBoraTrio

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais24

    arQUiVisTa TCniCo

    aUXiLiar TCniCo sEnior

    aUXiLiar TCniCo pLEno oU mDio

    aUXiLiar TCniCo JUnior

    pessoal de apoio adMinistrativo:

    opEraDor DE miCroCompUTaDor

    DiGiTaDor

    sECrETria sEnior oU EXECUTiVa

    sECrETria JUnior

    aDminisTraTiVo pLEno

    aUXiLiar aDminisTraTiVo

    moTorisTa

    mEnsaGEiro

    sErVEnTE / faXinEiro / CopEiro

    observamos que podem existir discrepncias da terminologia de um cliente para outro em funo, principalmente, da inexistncia de uma clas-sificao oficial ou normalizada. portanto, deve ser dedicada muita ateno na anlise das especificaes encontradas nos editais de licitaes.

    2.2 caractersticas MniMas das categorias proFissionais

    as caractersticas mnimas para aceitabilidade das categorias profissionais apresentadas anteriormente, podem ser as descritas a seguir:

  • paulo roberto vilela dias 25

    descrio da Funo tempo Mnimo de experincia (anos) Formatura na funoDirETor Do proJETo 15GErEnTE oU CoorDEnaDor DE ConTraTo 15ConsULTor - nVEL a 15ConsULTor - nVEL B 15ConsULTor - nVEL C 10profissionaL masTEr acima de 15profissionaL sEnior de 10 a15 anosprofissionaL pLEno oU mDio de 5 a 10 anosprofissionaL JUnior de 2 a 5 anosprofissionaL TrainEE at 2 anosTCniCo sEnior 15TCniCo pLEno oU mDio 5TCniCo JUnior 2CaDisTa oU proJETisTa sEnior 10CaDisTa oU proJETisTa 2TopGrafo 10aUXiLiar DE TopoGrafia 2LaBoraTorisTa 10aUXiLiar DE LaBoraTrio 2arQUiVisTa TCniCo 2aUXiLiar TCniCo sEnior 15aUXiLiar TCniCo pLEno oU mDio 10aUXiLiar TCniCo JUnior 2opEraDor DE miCroCompUTaDor 2DiGiTaDor 2sECrETria sEnior 5sECrETria JUnior 2aDminisTraTiVo pLEno 10aUXiLiar aDminisTraTiVo 2moTorisTa 2mEnsaGEiro -sErVEnTE / faXinEiro / CopEiro -

    2.3 descrio suMria das categorias proFissionais

    Lembramos, que na ausncia de classificao oficial, fazemos uma tenta-tiva de criar especificaes mnimas para as categorias profissionais sugeridas. Contudo, esta classificao no dever ser entendida como definitiva para fins de apresentao de propostas, uma vez que cada cliente poder, a seu juzo, desenvolver o plano de cargos que lhe interesse em cada contratao.

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais26

    Cabe realar que devem ser consideradas, na avaliao profissional, outras referncias, tais como, conhecimento de lnguas estrangeiras, informtica, apresentao pessoal e etc. ou ainda, cursos de extenso, ps-graduao, mestrado e doutorado.

    a seguir elaboramos uma descrio sumria de cada uma das categorias profissionais apresentadas anteriormente.

    diretor do proJeto profissional de nvel superior do ramo da enge-nharia ou arquitetura, com mais de 15 anos de atuao na rea inerente ao projeto, com muito boa capacidade de liderana em trabalhos tcnicos em equipe e apto a assumir cargo de chefia, coordenao, gerncia ou diretoria. Esta categoria s dever existir em empreendimentos de grande porte.

    gerente ou coordenador de contrato profissional de nvel supe-rior do ramo da engenharia ou arquitetura, com mais de 15 anos de atuao na rea inerente ao projeto, com muito boa capacidade de liderana em trabalhos tcnicos em equipe e apto a assumir cargo de chefia, coordenao ou gerncia. Esta categoria definida para empreendimentos de pequeno e mdio portes.

    consultor nvel a profissional de nvel superior com notria es-pecializao, com mais de 15 anos de atuao na rea inerente ao projeto, contratado pela empresa para a prestao de servios de assessoria especia-lizada em questo de natureza bem especfica. Dever ser engenheiro com renome nacional para ser includo nesta categoria.

    consultor nvel B profissional de nvel superior com notria es-pecializao, com mais de 15 anos de atuao na rea inerente ao projeto, contratado pela empresa para a prestao de servios de assessoria especia-lizada em questo de natureza bem especfica. Dever ser engenheiro com renome regional para ser includo nesta categoria.

    consultor nvel c profissional de nvel superior com notria es-pecializao, com mais de 10 anos de atuao na rea inerente ao projeto, contratado pela empresa para a prestao de servios de assessoria especia-lizada em questo de natureza bem especfica. Dever ser engenheiro com renome regional, porm, com pouco tempo de experincia nesta categoria.

    proFissional Master profissional de nvel superior dos diversos ramos da engenharia (arquiteto, civil, eltrico, mecnico e etc), com no

  • paulo roberto vilela dias 27

    mnimo 15 anos de experincia. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso, capacidade e liderana de equipes de trabalhos tcnicos, sendo apto a assumir cargo de chefia de equipe de pessoal qualificado.

    proFissional senior profissional de nvel superior dos diversos ramos da engenharia (arquiteto, civil, eltrico, mecnico e etc), com ex-perincia entre 10 e 15 anos. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso, capacidade e liderana de equipes de trabalhos tcnicos, sendo apto a assumir cargo de chefia de equipe de pessoal qualificado.

    proFissional pleno ou Mdio profissional de nvel superior dos diversos ramos da engenharia (arquiteto, civil, eltrico, mecnico e etc), com experincia entre 5 e 10 anos. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso.

    proFissional Junior profissional de nvel superior dos diversos ramos da engenharia (civil, eltrico, mecnico e etc), com experincia entre 2 e 5 anos. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso.

    proFissional trainee profissional de nvel superior dos diversos ramos da engenharia (civil, eltrico, mecnico e etc), recm-formado ou com at 2 anos de experincia.

    tcnico senior profissional de nvel mdio dos diversos ramos da engenharia (civil, eltrico, mecnico e etc), com diploma de curso tcnico, com no mnimo 15 anos de experincia. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso.

    tcnico pleno ou Mdio profissional de nvel mdio dos diversos ramos da engenharia (civil, eltrico, mecnico e etc), com diploma de curso tcnico, com experincia entre 5 e 15 anos. possui, ainda, experincia ine-rente profisso.

    tcnico Junior profissional de nvel mdio dos diversos ramos da engenharia (civil, eltrico, hidrulico e etc), com diploma de curso tcnico, com no mnimo 2 anos de experincia. Deve possuir, ainda, experincia inerente profisso.

    cadista ou proJetista senior profissional de nvel mdio, com ou sem diploma de curso tcnico, com integral conhecimento do software CaD, com no mnimo 5 anos de experincia inerente profisso.

    cadista ou proJetista profissional de nvel de 2 grau, com bons conhecimentos do software CaD, com no mnimo 2 anos de experincia

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais28

    inerente profisso. topgraFo profissional de nvel mdio, com ou sem diploma de curso

    tcnico, com no mnimo 5 anos de experincia inerente profisso. auxiliar de topograFia profissional de nvel de 1 grau, com no

    mnimo 2 anos de experincia inerente profisso. laBoratorista profissional de nvel mdio, com ou sem diploma de

    curso tcnico, com no mnimo 5 anos de experincia inerente profisso. auxiliar de laBoratrio profissional de nvel de 1 grau, com no

    mnimo 2 anos de experincia inerente profisso. arquivista tcnico profissional de nvel superior ou mdio, com

    diploma de curso superior ou tcnico, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    auxiliar tcnico senior profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 15 anos de experincia inerente profisso.

    auxiliar tcnico pleno ou Mdio profissional de nvel de 2 grau, com experincia entre 5 e 15 anos inerente profisso.

    auxiliar tcnico Junior profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    operador de MicrocoMputador profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    digitador profissional de nvel de 1 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    secretria senior profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 5 anos de experincia inerente profisso.

    secretria Junior profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    adMinistrativo pleno profissional de nvel de 2 grau, com no mnimo 5 anos de experincia inerente profisso. Deve possuir capacidade de liderana e chefia de equipe.

    auxiliar adMinistrativo profissional de nvel de 1 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    Motorista profissional de nvel de 1 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

    Mensageiro profissional de nvel de 1 grau, com no mnimo 2 anos de experincia inerente profisso.

  • paulo roberto vilela dias 29

    servente / Faxineiro / copeiro profissional sem nenhuma quali-ficao especial que realiza tarefas subordinando-se a outros profissionais qualificados. Entre outras atividades esto servir caf e promover limpeza de ambientes.

    OBSERVAES:

    1. QuAlQuER dAS cAtEgORiAS dEScRitAS AntERiORmEntE pOdE, AindA, SER SuBdiVidA Em SuBclASSES, dE AcORdO cOm O nVEl dE ExpERinciA dE cAdA pROfiSSiOnAl, cOmO pOR ExEmplO:

    proFissional senior - nvel a idem profissionaL mDio, sendo que com experincia acima de 12 anos,

    proFissional senior - nvel B idem profissionaL mDio, sendo que com experincia acima de 8 anos,

    proFissional senior - nvel c idem profissionaL mDio, sendo que com experincia acima de 5 anos,

    2. gRAu dE EQuiVAlnciA2.1. dAdOS tcnicOS

    podemos considerar a experincia profissional atravs do conceito de grau de equivalncia.

    Define-se grau de equivalncia como sendo o mrito tcnico na especia-lidade, correspondente a um acrscimo de anos de experincia profissional em funo de cursos e ttulos de ps-graduao obtidos.

    podemos admitir a equivalncia, apresentada a seguir:

    Curso de ps-graduao equivale ao acrscimo de mais 1 (um) ano de experincia profissional,

    a obteno do ttulo de mestre equivale ao acrscimo de mais 2 (dois) anos de experincia profissional,

    a obteno do ttulo de doutor equivale ao acrscimo de mais 4 (quatro) anos de experincia profissional e

    a obteno do ttulo de ps-doutorado equivale ao acrscimo de mais

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais30

    5 (cinco) anos de experincia profissional.

    Evidentemente, as demais caractersticas apresentadas anteriormente (lnguas estrangeiras, informtica e etc) tambm poderiam ser adotadas para o clculo do grau de equivalncia.

    2.2. cOnSidERAES finAncEiRAS

    aos profissionais que tenham obtido nveis de conhecimento alm da graduao podemos conferir vantagens financeiras na remunerao, por exemplo, de acordo com a tabela abaixo:

    ps-graduao corresponde a um acrscimo na remunerao de 15%; mestrado corresponde a um acrscimo na remunerao de 20%; doutorado corresponde a um acrscimo na remunerao de 30%; ps-doutorado corresponde a um acrscimo na remunerao de 40%; domnio de lngua(s) estrangeira(s) corresponde a um acrscimo na

    remunerao de 5%. domnio de informtica corresponde a um acrscimo na remunerao

    de 5%.

    os valores apresentados no so cumulativos, caso o profissional cer-tifique possuir mais de uma qualificao, a no ser nos dois ltimos casos.

  • paulo roberto vilela dias 31

  • 3salrios. encargos sociais.

    BeneFcios. vale transporte. encargos adicionais coM pessoal.

    contratao por oBra certa.

    3.1 taBela de custo de Mo de oBra. encargos sociais

    Trataremos neste captulo dos profissionais que so contratados atravs do regime da C.L.T. Consolidao das Leis do Trabalho.

    3.1.1 tabela de custo de mo de obra

    ao elaborar o oramento de um servio de engenharia deve-se adotar para custo de mo de obra, preferencialmente, a escala de salrios comumente adotada pelo mercado, resguardando os acordos coletivos e dissdios exis-tentes. se a mesma no se encontra executando contratos na regio, dever ser adotada a tabela do sindicato de profissionais da regio, ou atravs de pesquisa de mercado, ou outra forma de aferio desses valores.

    Cabe ressaltar que sempre devero ser respeitados sindicatos profissionais que eventualmente existam na regio da obra ou que a cubram, aos quais sero filiados os empregados que forem contratados especificamente para o contrato, principalmente, porque os salrios pagos e tambm os benefcios no podero ser inferiores ao acertado entre sindicatos ou atravs de acordos coletivos.

    Devem ser considerados, e acompanhados continuamente pelo engenheiro de custo, os acordos coletivos ou dissdios em negociao entre sindicatos, e ainda, a lei salarial vigente dever ser respeitada, no entanto, sem deixar de levar em conta salrios de mercado da regio, quando estes forem mais elevados que os anteriormente citados.

    salrios e benefcios dos profissionais que trabalham na rea de con-

  • paulo roberto vilela dias 33

    sultoria de engenharia so negociados entre o sindicato dos empregados e o patronal, neste caso o sinaEnCo sindicato nacional das Empresas de Consultoria de Engenharia.

    o engenheiro de custo dever ter a sua disposio, se possvel por re-gio, a Tabela de Custo de mo de obra da empresa, atualizada, fornecida pelo Departamento de recursos Humanos, bem como, dever ter cincia da poca de dissdio coletivo das diferentes categorias profissionais envolvidas no trabalho.

    Deve-se considerar, ainda, alm do vale transporte que previsto em lei, quando no existir trans porte pr prio para o pessoal contratado, outros eventuais benefcios oferecidos pela empresa, tais como, auxlio-alimentao, seguro sade, etc.

    ressalta-se que o vale transporte nas grandes cidades, que corresponde ao paga mento pela empresa do custo integral do deslocamento dirio no percurso casa-trabalho-casa, podendo ser descontado 6% (seis por cento) do provento mensal do funcionrio, pode corres ponder em alguns casos como na cidade do rio de Janeiro a 35% (trinta e cinco por cento) de acrscimo nominal sobre o salrio mensal.

    no anEXo 1 esto apresentados os salrios mdios para a regio da cidade do rio de Janeiro, bem como, uma matriz com as faixas de salrios adequadas para os profissionais celetistas das empresas, formulada pelo iBEC em palestra com a presena de inmeros colegas. Esta tabela est expressa em funo do salrio mnimo profissional definido por lei. Entretanto, sabemos que os valores encontrados com a aplicao desta tabela esto acima dos valores mdios de mercado.

    3.1.2 encargos sociais

    Define-se por encargos sociais todos os impostos incidentes sobre a folha de pagamento de salrios.

    na maioria das vezes o custo das leis sociais ser embutido nos prprios salrios, devendo ser calcu lado como um percentual deste.

    Uma vez que constantemente so alteradas algumas das leis que regem o clculo dos encargos soci ais, cabe ao oramentista acompanhar a evoluo destas leis, de modo a manter atualizado o percen tual referente a este item

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais34

    de custo, de suma importncia por seu elevado peso no preo final de qual-quer empreendimento.

    atualmente a maior parte dos encargos sociais decorrente da nova Constituio do Brasil promulgada em outubro de 1988.

    face ao elevado percentual sobre o salrio nominal pago aos empregados, de fundamental impor tncia cada empresa avaliar periodicamente o valor de encargos sociais a ser previsto nos oramen tos.

    Devero, ainda, ser consideradas algumas peculiaridades de cada empresa que afetam o custo das leis soci ais, isto , rotatividade mdia da mo de obra, percentual de funcionrios que obtm o aviso prvio indenizado, etc.

    a taxa de leis sociais deve ser calculada em funo do tipo de contratao do profissional, isto , por hora ou por ms.

    salrios de mensalistas os valores dos prprios salrios j incorporam alguns itens de custo que no salrio hora so considerados como encargos sociais, ou seja, o repouso semanal remunerado e os dias feriados admitidos como leis sociais sobre o salrio hora.

    para este caso considera-se, no mximo, um total entre 170 horas de trabalho por ms, considerando-se que por acordo coletivo desta categoria o nmero de horas de trabalho por dia de 42,5 horas por semana (ou 8,5 horas por dia, j que, neste caso temos 5 dias de trabalho por semana), da seguinte maneira:

    Horas de trabalho por ms = 20 dias teis x 8,5 horas por dia = 170 horas por ms

    salrios de horistas no existe nenhum encargo embutido no salrio hora, portanto, devem ser considerados no percentual de encargos sociais o repouso semanal remunerado e os feriados, que so pagos aos empregados complementarmente. por lei considera-se 220 horas de trabalho por ms. Entretanto devemos considerar, ainda, o horrio de trabalho definido nos dissdios coletivos das diferentes categorias profissionais.

    encargos sobre horas extras so vrios aspectos a adotar conforme o tipo de hora extra considerado, isto , noturna, sbado, domingo, feria-do, bem como, combinaes entre estas e etc. Entretanto, para clculo da hora extra divide-se o salrio ms por 220 horas. Veja texto apresentado no

  • paulo roberto vilela dias 35

    Captulo 4 do livro.

    3.1.3 Metodologia de clculo do percentual de encargos sociais

    a ttulo de se fornecer noes bsicas sobre procedimentos e roteiros do clculo utilizados na estimativa de encargos sociais, apresenta-se no anEXo 2 a metodologia atualizada a ser seguida, que est calculada para 1 (um) ano de permanncia do profissional na funo, tanto para horistas quanto para mensalistas; entretanto, cabe ressaltar que alguns tpicos so exclusivamente inerentes a cada empresa, e, portanto, devem motivar pesquisa prpria. Entre esses itens esto, por exemplo, seguro contra risco de acidentes no trabalho, aviso prvio remunerado ou no, e principalmente, a rotatividade do pessoal de servios de engenharia.

    a apresentao da metodologia segue a classificao usual, a saber:

    a) grupo aEncargos bsicos correspondentes s obrigaes que por lei incidem

    diretamente na folha de pa gamento de salrios, englobando entre outros, os seguintes encargos: inss, fGTs, sEsi ou sEsC, sEnai ou sEnaC, inCra, sEBraE, saLrio EDUCao e sEGUro DE aCiDEnTEs Do TraBaLHo.

    b) grupo Bso considerados os direitos a recebimento de salrios de dias em que

    no h prestao de servios, e assim, sofrem a incidncia de encargos clas-sificados no GrUpo a. so pagos direta mente ao empregado e para efetuar seus clculos necessrio que inicialmente se estabelea a quantidade de dias ou de horas efetivamente trabalhadas por ano.

    o clculo dos dias efetivamente trabalhados por ano considera, segundo a rubrica 507 do iapas, para a construo civil, os seguintes dados:

    domingos por ano: so 52 ao todo, descontados os do perodo de frias, e eventualmente algum feriado que coincida com um domingo, portanto temos a considerar apenas 48;

    feriados: para a cidade do rio de Janeiro o mximo de feriados e dias santificados por municpio de 12 dias, pode-se considerar que um dia feriado

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais36

    ir coincidir com um ou mais domingos;enfermidade: em mdia so 5 (cinco) dias de paralisao por ano por

    funcionrio;frias: por lei so 30 dias;

    assim temos, um total de 365 - (48 + 12 + 5 + 30) = 270 dias efe-tivos de trabalho por ano.

    o clculo do nmero de horas efetivas de trabalho por ano, leva em considerao alm dos dias anteriormente definidos, que a jornada de tra-balho a ser empregada de 42,5 horas semanais, sendo 8,5 horas dirias, totalizando, ento, 2.295 horas efetivas de trabalho por ano.

    para se definir o valor de 8,5 horas de trabalho por dia (42,5 horas por semana dividido por 5 dias teis por semana) adotamos o horrio normal de operao em obras, que a seguinte:

    de 2 feira a 6 feira das 8:30 horas s 18:00 horas, com uma hora de intervalo para almoo, conforme determina a lei, portanto, perfazendo um total de 8,5 horas por dia;

    no sbado no h expediente, uma vez que se cumpriu o nmero m-ximo de horas permitido por semana de 2 feira a 6 feira.

    o domingo considerado como dia de repouso semanal remunerado.

    assim completamos a jornada semanal com 42,5 horas, porque:

    - de 2 feira a 6 feira 5 dias x 8,5 hs por dia = 42,5 horas- no sbado 0 horas

    ToTaL 42,5 horas por semana

    c) grupo cos encargos deste grupo so pagos diretamente aos empregados, mas,

    neste caso, no so onera dos pelas leis do GrUpo a. outros casos so: o inss sobre o 13 salrio e fGTs sobre o 13 salrio.

  • paulo roberto vilela dias 37

    clculo da taxa do grupo a

    a) taxa nica (legislao):

    a.1) lei n 7.787 de 30/06/89, publicada no D.o.U. em 03/07/89. o percentual adotado engloba os percentuais referentes a salrio famlia, salrio maternidade e inss sobre o 13 salrio, en globando ainda, 0,3% do salrio maternidade, 4,0% do salrio famlia, 2,4% do funrural e 0,75% do inss sobre 13 salrio.

    inss - 20%

    a.2) decreto n 60.466 de 14/05/67, fixa as alquotas para os seguintes itens:

    sesi 1,5%senai 1,0%incra 0,2%sebrae 0,6%salrio Educao 2,5%

    a.3) salrio Maternidade: De acordo com a Constituio de 1988, por ocasio da pro mulgao do r.p.s. (regulamento da previdncia social), a empresa dever obrigatoriamente pagar os 120 dias aps a materni-dade.

    Consideraremos neste estudo que a percentagem de mulheres nas empresas de engenharia de 30%, enquanto, apenas 6% utilizar o salrio maternidade por ano.

    salrio maternidade = (120 270) x (0,30 x 0,06) = 0,8%

    no se considerar este encargo uma vez que o mesmo pago direta-mente pelo inss.

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais38

    a.4) Fgts artigos 439, 449, 477 a 486, 497 e 502 da C.L.T., Decreto n 59.820 de 20/12/66 e adicional da Lei Complementar n 110/01 de 29/06/2001 (a vigorar a partir de 01/10/2001), que acrescenta 0,5% sobre a remunerao devida ao fGTs pelo prazo de 60 meses.

    fGTs 8,5%

    a.5) seguro de acidentes no traBalho: Lei 7.787/89 de 30/06/89, instituiu o percen tual de 2,0% sobre os empregados, sofrendo adicional, podendo variar de 0,9 a 1,8%, em rela o empresa, individualmente considerada, que experimentar ndices de acidentes de trabalho supe-riores mdia do setor de construo, apurada pela previdncia, no trimestre anterior e di vulgada no ms seguinte ao da apurao.

    as estatsticas dos ndices de acidentes sero obtidas atravs da obri-gatoriedade que as empre sas tm de informar ao inss a ocorrncia dos acidentes de trabalho, segundo o anteprojeto de regulamento da previdncia social (r.p.s.) artigos 221 e 224 do Decreto n 83.080 de 24/01/79. Estes adicionais, por serem prprios de cada empresa, no foram considerados no presente estudo. recentemente o Decreto 356 alterou o percentual para 3,0%, classificando-o como Grau iii - riscos Graves.

    acidentes de Trabalho - 3,0%

    clculo da taxa do grupo B

    a) Frias: De acordo com a Constituio federal, so considerados 30 dias corridos de frias por ano, e ainda, cabendo ao empregador pagar abono de 1/3 do salrio.

    frias = (30 + 10) 270 = 14,8%

  • paulo roberto vilela dias 39

    b) repouso seManal reMunerado: artigos 66, 67, 70, 71, 72, 307, 382, 383 e 384 da C.L.T. e Lei de regulamentao do repouso remu-nerado. o empregador dever pagar ao em pregado horista o domingo.

    repouso semanal remunerado = 48 270 = 17,8%

    c) Feriados: Considerou-se 12 (doze) feriados por ano (anEXo 4).

    feriados = 12 270 = 4,4%

    d) auxlio enFerMidade: Decreto n 61.785 de 28/11/67, captulo iii - seo ii. Conside rou-se mdia de 5 faltas justificadas por ano e por empregado.

    auxlio Enfermidade = (5 270) = 1,9%

    e) aviso prvio traBalhado: apesar da legislao permitir s empresas manter o empre gado trabalhando pelo prazo correspondente ao aviso prvio, com reduo das duas horas dirias estipuladas, o que se observa no setor da construo que, na prtica, em apenas 40% dos casos o operrio recebe aviso prvio trabalhado. sabemos ainda, que 80% dos operrios recebem aviso prvio e que o perodo de permanncia no emprego inferior a 6 meses. por fim, de acordo com a Constituio, garante-se o mnimo de 30 dias de aviso prvio e que ao empregado dada a al ternativa de optar por ausentar-se duas horas dirias nesse perodo ou lhe facultado faltar sete dias corridos dentro do prazo.

    aviso prvio = 7 270 = 2,6%

    f) dciMo terceiro salrio: Legislao: Lei n 4.090/62 de 13/07/62, regulamentada pelo Decreto n 57.155 de 03/11/65, corresponde ao pagamento de 30 dias adicionais por ano, includo neste grupo de acordo com a ordem de servio inss/Daf n 73 de 07/04/93.

    Dcimo Terceiro salrio = (30 270) = 11,1%

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais40

    g) adicional noturno: De acordo com a C.L.T. (Consolidao das Leis do Trabalho), a hora de trabalho noturno tem um adicional de 20%, enquanto a Constituio estabelece acrscimo de 50% para as horas extras. a partir de estatsticas do setor de construo que indicam uma re presentatividade de 3% para os vigias noturnos sobre o total de empregados, e que essa atividade sistemtica, portanto repercutindo, sobre frias e 13 salrio.

    Entretanto, o adicional noturno no deve ser considerado como encargo

    social, assim, ser includo nos custos indiretos. no caso de adicional noturno a hora considerada como sendo de 52

    minutos.

    Caso fosse considerado como encargo social, a frmula de clculo seria a apresentada abaixo:

    adicional noturno = [((8 x 7 x 3) 365) 270] x 13 (meses) x 0,20 x

    0,50 x 0,03 = 0,1%

    h) licena paternidade: segue a mesma diretriz apresentada para o salrio maternidade, entretanto, ainda no se dispe de uma definio precisa nem o anteprojeto do r.p.s., acima re ferido, abordou a matria.

    segundo estimativa baseada nos cinco dias de licena provisoriamente fixados pela Constitui o, em estatstica (iBGE) de composio etria da populao (50% na faixa de 18 a 59 anos), taxa mdia de fecundidade de aproximadamente 3% e na proporo de 97% de homens no total da mo de obra direta empregada na construo civil ser considerada o nmero de horas de li cen a paternidade.

    Licena paternidade = (5 270) x (0,03 0,50) x 0,97 = 0,0%

    i) depsito por resciso seM Justa causa: Legislao: Decreto n. 59.820 de 20/12/66, de acordo com a Constituio federal corresponde

  • paulo roberto vilela dias 41

    ao pagamento de 40% sobre o fGTs, em caso de demisso do emprego. Este percentual sofrer acrscimo de 10% de acordo com a Lei Comple-mentar n 110/01 (vigorando a partir de 01/10/2001) e por 60 meses.

    Depsito por resciso sem Justa Causa = 0,50 x 8,9 = 4,5%

    clculo da taxa do grupo c

    a) aviso prvio indeniZado: De acordo com a Lei 7787/89, incluir-se- esta parcela neste grupo. sero adotados os princpios que regem ao aviso prvio Trabalhado, considerando-se que 80% dos operrios so indenizados, uma vez que o construtor prefere pagar o aviso-prvio, dis pensando o funcionrio da permanncia no canteiro de obra.

    aviso prvio indenizado = (23 270) x 0,80 = 6,8%

    b) iapas soBre 13 salrio. Corresponde ao pagamento de 7,82% a 11,0%, em funo do valor do salrio, sobre o 13 do funcionrio. assim sendo, considerou-se para fins de encargo social o percentual de 9%.

    iapas soBrE o 13 saLrio = 0,09 x 11,1 = 1,0%

    c) Fgts soBre 13 salrio: Corresponde ao pagamento de 8% sobre o 13 salrio do funci onrio.

    fGTs sobre o 13 salrio = 0,08 x 11,1 = 0,9%

    3.1.4 Modelo da tabela de clculo do percentual da taxa de encargos sociais

    a fim de melhor esclarecer a metodologia apresentada no item 5.1.3, ane-xamos a memria de clculo da taxa de encargos sociais, bem como modelo da Tabela de Clculo do percentual de Encargos sociais (anEXo 3), para aplicao tanto sobre o salrio hora ou quanto sobre o salrio mensal.

    adicionalmente esclarece-se que para a adoo destes ou quaisquer outros

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais42

    valores encontrados em revistas e publicaes especializadas, a empresa deve fazer anlise meticulosa do estudo em questo de maneira a compatibilizar a mesma com seus prprios parmetros.

    3.2 encargos coMpleMentares

    os encargos complementares correspondem a benefcios proporcionados aos funcionrios, estabelecidos em dissdios ou acordos coletivos, ou ainda, a critrio da empresa, e podem ser:

    vale refeio ou alimentao (caf da manh , almoo , lanche ou jantar),

    assistncia mdica, seguro de vida.

    podemos considerar, ainda, os benefcios previstos em lei, tais como:

    vale transporte, Epi equipamentos de proteo individual (uniformes, botas, cintos,

    culos e etc) alojamento

    Cada empresa dever pesquisar os valores prprios destes custos, entre-tanto, como informao genrica, podemos citar que:

    vale refeio ou alimentao corresponde em mdia a 3,6% da folha salarial e encargos sociais,

    a assistncia mdica (seguro sade) corresponde em mdia a 4,2% da folha salarial e encargos sociais,

    seguro de vida, corresponde em mdia a 0,1% da folha salarial e encargos sociais, segundo pesquisa realizada em diversas empresas prestadoras de servio de engenharia.

    Estes percentuais foram obtidos da seguinte maneira:

  • paulo roberto vilela dias 43

    para que se obtenha um percentual identificado com a frmula de clculo do preo de venda, definiu-se este valor em funo do salrio mais encargos sociais, aqui considerado igual a 77%.

    vale refeio:

    Considerou-se o valor do vale refeio igual a r$ 4,00 por funcionrio dia, sendo que cabe ao profissional arcar com 20% deste valor, isto nos leva ao valor mensal desembolsado pela empresa de r$ 64,00 por funcionrio ms (consideramos no mbito deste livro o nmero de dias por ms igual a 20) e que o salrio mdio da empresa de r$ 1.000,00, assim:

    Base de clculo do salrio = r$ 1.000,00 x 1,77 = r$ 1.770,00 Valor do vale refeio: r$ 4,00 x 20 dias x 0,80 = r$ 64,00

    r$ 64,00 / r$ 1.770,00 = 3,6%

    seguro sade

    adotamos o valor de r$ 150,00 por funcionrio ms (o prprio mais dois dependentes a r$ 50,00 cada pessoa), a parcela que cabe a empresa deciso inquestionvel, porm, definimos como sendo de 50%, por ser comum em grandes empresas a adoo deste percentual, portanto o custo de r$ 75,00 por funcionrio ms. assim, vem:

    r$ 75,00 / r$ 1.770,00 = 4,2%

    Em alguns contratos, principalmente aqueles de exclusivo fornecimento de pessoal, estes custos devero estar incidindo como custo indireto sobre os salrios.

    vale transporte

    o vale transporte no um encargo social, entretanto, no pode ser

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais44

    esquecido no clculo do preo de venda de um servio.aconselhamos que seja incorporado a qualquer das parcelas indiretas

    incidentes sobre o salrio, como por exemplo, os Encargos Complementares, assim, se considerarmos, o preo da passagem igual a r$ 1,80 (dois nibus por viagem), teremos o valor de r$ 3,60 por dia, sendo que a empresa descon-tar 6% sobre o salrio do profissional, ento, podemos calcular o percentual mdio sobre a folha salarial mais encargos sociais, conforme abaixo:

    - desconto sobre o salrio: r$ 400,00 x 0,06 = r$ 24,00

    - valor mensal do vale transporte: r$ 3,60 x 20 dias teis = r$ 72,00 - clculo do percentual sobre a folha de pagamento:

    (r$ 72,00 - r$ 24,00) / r$ 1.770,00 = 3,2%

    Em alguns casos, necessrio, ainda, acrescer ao custo indireto as ferramentas manuais e pequenas mquinas que sero utilizadas na execuo dos servios.

    outros Benefcios:

    algumas empresas oferecem outros benefcios, alm dos citados ante-riormente, entre eles podemos descrever:

    plano de aposentadoria programada; 2,5% diversos (ticket combustvel, seguro odontolgico e etc); at 2,1%

  • paulo roberto vilela dias 45

    resumo dos Benefcios Estudados

    descrio %assistncia Tcnica 4,2Vale refeio 3,6Vale Transporte 1,0seguro de Vida 0,1aposentadoria 2,5outros 2,0total 13,4 oBs: os percentuais esto calculados sobre a soma da folha de pagamento

    mais encargos sociais

    3.3 contratao por oBra certa ou por praZo deterMinado

    pode-se contratar profissionais por um perodo determinado de tempo e para uma obra especfica, assim, obtm-se o direito de reduzir o custo com o empregado, uma vez que no cabe o pagamento do ms de aviso prvio e da multa sobre o fGTs, quando do encerramento do contrato. nesta modalidade de contratao, que regida pela CLT, caber ao Empregador especificar no contrato de trabalho a localizao e o prazo da obra, assim, ficar isento do pagamento da multa sobre o fGTs e do aviso prvio.

    Cabe ressaltar que se houver distrato fora do prazo contratual ou mudan-a de endereo de trabalho, o Empregado ter direito a receber as parcelas referentes ao aviso prvio e a multa sobre o fGTs.

    Entretanto, se o empregado for demitido antes do prazo acertado e/ou transferido de obra, o contrato ser transformado em CLT normal exigindo o pagamento dos itens anteriormente citados.

    3.4 Mo de oBra teMporria

    podemos, ainda, efetuar a locao de profissionais dentro do regime temporrio, Lei n 6.019 de 03/01/1974, cujo prazo mximo de durao do vnculo trabalhista de trs meses, admitindo-se, raras vezes, prorrogao

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais46

    por igual perodo.Estes servios legalmente devem ser prestados por empresas que se en-

    quadrem em legislao especfica, portanto, caber s empresas construtoras contratarem a estas a locao de pessoal pretendida.

    nesta data, sabemos que empresas deste ramo cobram taxas entre 60 e 70% sobre o salrio nominal para locao de mo de obra, incluindo, ainda, todos os encargos de lei para estes servios, a taxa de administrao e o lucro. neste percentual esto excludos os custos referentes vale transporte, auxlio refeio e seguro sade.

    observa-se que o profissional regido pela CLT, portanto, usufruindo de todas as sua vantagens, a empresa de locao desta mo de obra que goza de iseno de vrios impostos permitindo a reduo do custo de contratao.

    3.5 inss proFissional coM vnculo eMpregatcio

    Desconto para profissionais assalariados:

    inss - traBalhador assalariado salrio contriBuio (r$) %at 429,00 7,65De 429,01 a 600,00 8,65De 600,01 a 715,00 9,00De 715,01 a 1.430 11,00

  • paulo roberto vilela dias 47

    anexo 1

    salrios Mdios para a regio da cidade do rio de Janeiro

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais48

    anexo 2

    salrios Mdios para a regio da cidade do rio de Janeiro

  • paulo roberto vilela dias 49

    anexo 3

    Metodologia atualizada a ser seguida na estimativa de encargos sociais (calculada para um ano de permanncia do profissional na funo)

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais50

    anexo 4

    tabela de clculo percentual de encargos sociais (salrio Mensal)

  • paulo roberto vilela dias 51

    anexo 5

    Feriados

  • 4estudo das horas de

    traBalho por Ms dos proFissionais

    4.1 oBJetivo

    na elaborao de proposta de preo de servios de engenharia com preponderncia de mo de obra a fase mais difcil, a qual se deve dar total ateno, a discusso da quantidade de horas trabalhadas por ms pelos profissionais.

    Lembramos que o clculo da quantidade de horas de trabalho por ms deve ser calculado por categoria profissional, no presente estudo estamos tratando dos empregados em empresas de consultoria de engenharia. o clculo no pode ser utilizado para profissionais da construo civil.

    Quando a planilha de preos elaborada com salrios mensais e a me-dio de servios ser, tambm, por ms, a situao bastante tranquila para a empresa prestadora de servio. Entretanto, para o caso da planilha de quantidades expressa na unidade hora, entenda-se por hora efetivamente trabalhada, forar ao engenheiro oramentista promover estudo das horas de trabalho por ms, a fim de obter a mxima acurcia do oramento que est realizando.

    Em realidade, o estudo das horas de trabalho por ms da mo de obra, deve considerar a poca de realizao do servio, isto , definir-se ms a ms a quantidade de dias teis. De um modo geral, muito difcil estabelecer-se perfeitamente os meses em que ser executado o trabalho, assim, caber ao engenheiro oramentista, definir o nmero mdio de dias teis por ms.

    Depende, tambm, fundamentalmente, das especificaes do memorial descritivo ou do edital, da regio de desenvolvimento dos servios, da poca do ano e do dissdio coletivo das categorias profissionais, pois, sabemos que cada ms pode apresentar um nmero distinto de dias teis, portanto,

  • paulo roberto vilela dias 53

    o perodo de execuo do contrato muito importante.

    4.2 quantidade Mdia de horas traBalhadas por Ms

    De acordo com a Constituio federal o nmero mximo de horas de trabalho por semana para qualquer profissional de 44 horas, entretanto, valores inferiores podem ser fixados atravs de acordos coletivos, sempre por categorias profissionais ou por sindicato de trabalhadores.

    na construo civil para o pessoal operrio adotado o limite mximo de horas por semana estabelecido na legislao, isto , 44 horas.

    Considerando-se, os profissionais que atuam em escritrios de empresas de prestao de servios de engenharia e arquitetura, o horrio normal de trabalho das 8:30 s 18:00 horas, com intervalo de 1 hora para almoo, conclumos que a jornada de trabalho diria de 8,5 horas, assim, podemos considerar um total de 42,5 horas para semana de cinco dias teis.

    faremos nossa simulao considerando o total de 42,5 horas trabalhadas por semana, sabendo-se que em mdia temos 4,2857 (30 dias por ms 7 dias por semana) semanas por ms, podemos dizer que o total de horas efe-tivamente de trabalho por ms para esta categoria profissional de 182,14. o que ainda no de todo verdade, uma vez que existem os feriados e faltas justificadas a descontar.

    outra maneira e mais precisa de se calcular o nmero de horas de trabalho por ms multiplicar a jornada diria de trabalho pela quantidade mdia de dias teis mensais, assim vem:

    CLCULO DA QUANTIDADE DE DIAS TEIS POR MS

    Jornada diria, de acordo com o sindicato da categoria = 8,5 horas

    clculo dos dias teis por ms, para o caso das atividades profissionais em escritrios de engenharia e arquitetura:

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais54

    (a)Total de dias por ano calendrio = 365

    Clculo dos dias no trabalhados por ano:Domingos = 52sbados = 52feriados = 12Dias de enfermidade = 5

    (B)Total de dias no trabalhados por ano = 121

    (C)Total de dias teis por ano (a) (B) = 244

    total de dias teis por ms (c) 12 = 20,3

    adotaremos em mdia 20 (vinte) dias teis por ms para efeito dos estudos praticados no mbito deste livro.

    Logo, a quantidade mdia de horas de trabalho por ms pode ser con-siderada igual a 170 horas, considerando-se 8,5 horas dirias de trabalho, o que segundo estatsticas conhecidas, est mais prximo da realidade.

    adotaremos 170 horas de trabalho por ms.Cabe conferir que o nmero de horas de trabalho de um funcionrio por

    ano igual a 2.040 horas (170 horas por ms x 12 meses por ano)as consideraes descritas neste captulo servem apenas para orientar o

    engenheiro, uma vez que em cada oramento ser obrigatria a elaborao do estudo de horas de trabalho por ms, bem como, definir a quantidade de horas trabalhadas por ms. somente deste modo haver segurana na definio do preo horrio de venda dos salrios dos profissionais.

    ressalta-se que em pesquisas realizadas em grandes empresas de en-genharia e arquitetura a quantidade mdia de horas de trabalho por ms inferior aos valores tericos encontrados anteriormente, sendo da ordem de 160 a 166 horas.

  • paulo roberto vilela dias 55

    Esta quantidade de horas se deve a necessidade de se reduzir do nmero de dias teis por ms os dias no trabalhados por conta do aviso prvio e das frias.

    assim, podemos considerar o seguinte:

    desconto em funo das frias: admitindo-se que o funcionrio per-manecer 7 (sete) meses na empresa, temos:

    20,3 dias teis por ms x 7 12 = 11 dias

    desconto em virtude do ms de aviso prvio: admitindo-se a que o funcionrio permanecer 7 (sete) meses na empresa, vem:

    7 dias por ms x 7 12 = 4 dias

    assim sendo, podemos definir o seguinte:

    Total de dias teis por ano, anteriormente calculado = 244

    Desconto relativo a frias e aviso prvio = 15

    Total de dias de trabalho por ano (244 15) = 231

    Total de dias de trabalho por ms (C) 12 = 19,3

    Uma vez que a categoria que estamos contemplando trabalha 8,5 horas por dia, temos que:

    19,3 x 8,5 = 164 horas de trabalho por ms

    4.2.1 Medio

    Em contratos destes tipos, cuja forma de contratao no seja por preo global, a medio das categorias profissionais dar-se- por horas efetivamen-

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais56

    te trabalhadas, isto , no se consideram frias, faltas abonadas, feriados, sbados (quando oficialmente se cumpre a jornada de trabalho semanal de 2 a 6 feira) e domingos. Estes ressarcimentos empresa prestadora de servios se daro atravs da taxa de encargos sociais.

    assim, cabe ao cliente efetuar a medio das horas efetivamente traba-lhadas por cada profissional integrante da equipe. o que poder ser feito por ponto eletrnico ou manual, ou ainda, por folha especfica de apropriao de hora tcnica.

    4.2.2 concluso

    muito importante a compreenso correta deste fundamento, formas de clculo e de medio, para bem aplicar s propostas de preos.

    a prtica demonstra que se pode considerar valores para horas de traba-lho por ms entre 160 e 180 horas, entretanto, como aqui calculado o valor mais prximo referente mdia anual realmente igual a 170 horas, ou at um pouco inferior.

    adotaremos 170 horas de trabalho por ms para esta categoria profissional.

    ressaltamos que, a despeito dos estudos aqui desenvolvidos, cabe ao engenheiro de custos, em cada situao determinar a quantidade correta de horas de trabalho por ms.

    4.3 anlise de casos das horas extras

    os valores e situaes de horas trabalhadas at aqui analisados referem-se sempre s horas normais, ou seja, aquelas cumpridas dentro do acordo coletivo da categoria, normalmente, de 2 a 6 feira, no horrio pr-estabelecido nos acordos coletivos.

    Entretanto, e comumente ocorre, existe a necessidade do profissional estender seu perodo normal de trabalho, a fim de encerrar determinadas tarefas que se encontram atrasadas ou mesmo as que surgem de ltima hora, assim, ocorre o que se denomina como hora extra.

  • paulo roberto vilela dias 57

    para se determinar o valor das horas extras trabalhadas tem se que levar em considerao, as leis trabalhistas vigentes e ainda o acordo coletivo da regio de realizao dos servios.

    apesar de sofrer variaes em funo da regio e da categoria profissional, podemos definir que as horas extras podem ser divididas, de uma maneira geral, nos seguintes tipos:

    Hora extra de 2 a 6 feira, das 6:00 at s 22:00 horas,

    Hora extra noturna, de 2 a 6 feira aps s 22:00 e at s 06:00 horas,

    Hora extra aos sbados, das 6:00 at s 22:00 horas,

    Hora extra noturna aos sbados, aps s 22:00 e at s 06:00 horas,

    Hora extra aos domingos, das 6:00 at s 22:00 horas,

    Hora extra noturna aos domingos, aps s 22:00 e at s 06:00 horas,

    Hora extra nos feriados, das 6:00 at s 22:00 horas,

    Hora extra noturna nos feriados, aps s 22:00 e at s 06:00 horas.

    os percentuais de acrscimo sobre a hora normal, para cada um dos tipos apresentados anteriormente, devem ser obtidos junto aos sindicatos locais de cada categoria profissional. Entretanto, segundo a Constituio federal este percentual no pode ser inferior a 50%.

    Entretanto, salienta-se que para o clculo da hora extra, adota-se a hora normal como sendo o salrio mensal dividido por 220 horas, assim, a hora extra igual a:

    Hora EXTra = % DE aCrsCimo x Hora normaL, sendo que:

    Hora normaL = saLrio mEnsaL 220 horas

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais58

    Este valor de 220 horas por ms pode ser atribudo ao clculo adiante apresentado:

    horas de trabalho 44 horas por semana x por ms 4,28 semanas por ms = 188,32 horas por ms domingos 4 domingos por ms x 8 horas por domingo = 32,00 horas por ms total = 220,32 horas por ms

    exeMplos prticos:

    1 - Calcular a hora extra, realizada em numa 2 feira, entre 18:00 e 21:00 horas, de um profissional que recebe salrio mensal de R$ 500,00.

    soluo:

    Uma vez que o salrio mensal de r$ 500,00, temos que o salrio hora (hora normal) para efeito do clculo da hora extra :

    r$ 500,00 220 = r$ 2,27

    sendo considerado o acrscimo de hora extra no perodo especificado, 2 feira de 18:00 s 21:00 horas, igual a 70%, vem:

    Hora EXTra 2 fEira = r$ 2,27 x 1,7

    Hora EXTra 2 fEira = r$ 3,86

  • paulo roberto vilela dias 59

    2 - Calcular a hora extra noturna, realizada em um Domingo de um pro-fissional que recebe salrio mensal de R$ 1.200,00.

    soluo:

    Uma vez que o salrio mensal de r$ 1.200,00, temos que o salrio hora normal para efeito do clculo da hora extra :

    r$ 1.200,00 220 = r$ 5,46

    sendo considerado o acrscimo de hora extra de Domingo igual a 100% e o adicional noturno correspondente a 25%, vem:

    Hora EXTra noTUrna DE DominGo = r$ 5,46 x 2 x 1,25

    Hora EXTra noTUrna DE DominGo = r$ 13,65

    3- Calcular o salrio hora de um profissional que cumpre o horrio de trabalho das 22:00 s 6:00, cujo salrio ms de R$ 600,00.

    soluo:

    Trata-se de salrio hora normal, porm, noturno.

    Devemos aplicar sobre a hora normal o adicional noturno que consideraremos igual a 25%.

    salrio hora = r$ 600,00 220 = r$ 2,72

    Hora noturna = r$ 2,72 x 1,25

    Hora noturna = r$ 3,40

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais60

    5pessoal autnoMo.

    servios de terceiros. cooperativa de traBalhadores.

    Mo de oBra teMporria.

    anteriormente, no Captulo 3, consideramos que a mo de obra seria contratada como celetista, isto , regida pela CLT Consolidao das Leis do Trabalho, entretanto, existem outras formas possveis e legais de se utilizar o pessoal, que so:

    profissionais autnomos, servios terceirizados, isto , atravs da contratao de pessoas jur-

    dicas, cooperativas de trabalhadores.

    interessa-nos discutir os custos diretos e indiretos de cada uma destas maneiras especiais de se contratar mo de obra.

    5.1 proFissional autnoMo

    Consideram-se nesta categoria profissionais que no tenham vnculo empregatcio com a empresa, e na impossibilidade de apresentarem uma melhor maneira de se relacionar com a pessoa jurdica, receber sua remune-rao via rpa recibo de pagamento de autnomo, entretanto, alertamos que o perodo mximo admissvel para estes contratos de 3 meses, caso contrrio, poder ser configurado o vnculo empregatcio.

    assim, para prazos maiores o profissional dever ter outra forma de se relacionar com a empresa.

  • paulo roberto vilela dias 61

    Caber ao profissional receber apenas o valor acertado pelo servio prestado, porm, a empresa arcar com o pagamento do inss sobre o servio de autnomo.

    Devemos considerar 20% sobre o valor do rpa recibo de pagamento de autnomo para cobrir essa despesa, caso o profissional no seja inscrito no inss. Entretanto, se o mesmo for inscrito no inss aplicaremos o percentual de 20% sobre o maior salrio de contribuio.

    ao profissional caber assumir as despesas de sua regularizao junto municipalidade para efeito de pagamento do iss - imposto sobre servio, que de exclusiva competncia de cada prefeitura.

    arcar, ainda, com a reteno a ser efetuada para fins de ir imposto de renda de pessoa fsica, que bastante oneroso. Entretanto, no se deve esquecer que este valor compensado na declarao anual de rendimentos, podendo haver restituio ou imposto a pagar.

    nesta data, a tabela do imposto de renda na fonte, para profissionais autnomos a seguinte:

    iMposto de renda pessoa Fsicasalrio parcela a deduzir alquotaat r$ 1.058,00 - isentoDe r$ 1.058,01 a r$ 2.115,00 r$ 158,70 15%acima de r$ 2.115,00 r$ 423,08 27,5%oBs : pode-se deduzir da renda r$106,00 por dependente, bem como o valor pago previdncia social no ms. legal deduzir, ainda, penso alimentcia judicial e r$ 1.058,00 por aposentadoria para quem j completou 65 anos.

    ao profissional caber, ainda, quando inscrito, o pagamento do inss, de acordo com sua faixa de contribuio e cuja tabela, nesta data (maio/2002), a apresentada a seguir:

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais62

    inss autnoMos e eMpresrios classe Meses de salrio alquota a pagar permanncia (r$) (%) (r$) 1 12 200,00 20 40,00 6 12 858,00 20 171,60 7 24 1.000,99 20 200,20 8 36 1.144,01 20 228,80 9 36 1.287,00 20 257.40 0 - 1.430,00 20 286,00Ver instruo normativa do inss n 4 de 30/11/1999

    5.2 servios de terceiros

    Consideramos nesta categoria, profissionais sem vnculo empregatcio com a empresa, porm, que tenham firma individual ou tenham qualquer tipo de vnculo com uma pessoa jurdica, que emitir nota fiscal ou fatura, para o recebimento da remunerao pelo servio prestado.

    para os servios terceirizados no existe a incidncia de outros custos ou impostos para a empresa contratante, desde que acordado entre as partes.

    os impostos sobre o faturamento (iss, Cofins, pis, ir , CsLL e Cpmf) devem estar embutidos no preo ofertado pela empresa contratada, conforme descrito na prpria metodologia de clculo do preo de venda de servios exposta nesta publicao.

    no Captulo 8 apresentaremos maiores esclarecimentos quanto aplicao destes impostos.

    5.3 cooperativas de traBalhadores

    Uma forma legal de contratao de profissionais que vem ganhando fora em nossos dias atravs de cooperativas de trabalhadores, de acordo com a Lei n 5764/71 de 16/12/1971, ainda da Constituio federal de 05/10/1988 que no Ttulo Vii , cap. 1 e artigo 174 pargrafo 2, contm: a Lei apoiar o Cooperativismo e ..... e do artigo 24 do Decreto n 22.239. o vnculo do contratante com a cooperativa, que uma pessoa jurdica convencional, e inclusive emitir nota fiscal pela prestao dos servios.

  • paulo roberto vilela dias 63

    Dever ser assinado contrato de trabalho entre a empresa contratante e a cooperativa.

    ao profissional legalmente s caber a remunerao acordada, entretanto, a empresa contratante poder oferecer, sempre atravs da prpria cooperativa, benefcios do tipo:

    vale transporte, ticket refeio, seguro sade, seguro pecunirio, outros benefcios.

    remunerao do profissional devero ser acrescidos os benefcios oferecidos, bem como, demais custos diretos e indiretos, e ainda, da taxa de administrao da cooperativa, que dever ser pactuada entre as partes e dever estar expressa no contrato.

    as taxas de administrao das cooperativas esto, nesta data, entre 8% e 12%, excludos os impostos sobre a emisso da nota fiscal (iss, Cofins e pis).

    Com a adio do imposto sobre o faturamento, aplicveis sobre a taxa de administrao, o custo adicional da cooperativa passa para 10% e 20%.

    nestes casos, existe a incidncia apenas do pagamento do inss que de 15% sobre o faturamento da cooperativa para a empresa contratante, ou seja, dar-se- o mesmo tratamento de pessoas jurdicas, visto que cooperativa caber fornecer uma nota fiscal de prestao de servios.

    Caber ao profissional cooperado o pagamento do carn do inss segundo sua faixa de contribuio, conforme tabela anexa.

    o profissional sofrer reteno do imposto de renda na fonte de acordo com a tabela apresentada anteriormente.

    outros descontos, tais como, seguro pessoal, seguro sade e etc, con-forme acordo com cada cooperativa.

    podemos identificar da seguinte forma o custo da contratao de uma cooperativa de trabalhadores:

  • preos de servios de engenharia e arquitetura consultiva. empresas e profissionais64

    inss sobre a nota fiscal (contratante) ..................................... 15%Taxa de administrao (Cooperativa) ........................................ 12%impostos sobre a nota fiscal (Cooperativa) ................................. 6%ToTaL (mdia) ...................................................................36,5%

  • paulo roberto vilela dias 65

  • 6clculo do custo

    de Bens patriMoniais

    Caber ao engenheiro de custos, aps a elaborao da planilha de quan-tidades, efetuar listagem contendo todos os itens patrimoniais necessrios pesquisa de mercado de preos.

    Consideraremos nesta categoria os softwares largamente utilizados nestes tipos de contrato e que oneram sobremaneira os custos dos contratos, uma vez que apresentam valores de compra elevados.

    no incluiremos neste captulo o custo de utilizao de veculos auto-motores, uma vez que a metodologia adotada est apresentada no Captulo 7.

    6.1 pesquisa de Mercado de itens patriMoniais

    a pesquisa de mercado para conhecimento do valor de aquisio dos bens patrimoniais ser feita na regio sede da empresa ou onde se desenvolvero os servios.

    Da pesquisa de mercado, deve constar, principalmente, com no mnimo trs fornecedores distintos, os seguintes dados:

    descrio detalhada do item; preo de fornecimento, incluindo todos os impostos, frete, embalagem

    e etc, por fornecedor; prazo de entrega e disponibilidade; condies de pagamento.

    apresenta-se no anEXo 1 modelo do mapa de Coleta de preos visando facilitar a elaborao da pesquisa de mercado.

  • paulo roberto vilela dias 67

    Entendemos como bens patri