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PREÇOS: No Rio ...... . $500 Nos Estados.... $600 . semanário das creanças PUBLICA-SE a-s quartas feira? UÍi^^^Ojm R'° °E JANElRO' 4 DE JANEIRO OE 1928 anno xxiiiOS DOIS BVCHOS DO MATTOnum U6» x) ^^/^Jujuba metteu-se outro dia rio interior da floresta. Havia em torno da- Tg|-/ \</ J)y quelles troncos, colossàes um silencio de causar pavor e uma sombra de... ^H W< .. .milhões de folhas. Mas Jujuba proseguia. De repente parou. Havia ali um ninho ifnmenso e um... ...ovo. do tamanho de uma abóbora. A curiosi- dade é um dos grandes defeitos de Jujuba. Por*..- ... ..so o pequeno apanhou uma pedra e rompeu o .ovo de onde sahiu a cabeça horripilante de um bicho __esconhecldo. Era Mm bicho de proporçõe„ gigantescas que sacudiu a plumagem ainda humida; caminhou cm passos largos e fitou Jujuba. O peaaeno então a tremer de medo, perguntou: •— Quo bicho ê você? Eu sou filho do Jagodes «ias Cavernas, e como carne de creanças, tu- ""* Eu sou filho de Cascavel de Taíivairseús respondeu Jujuba, e sO como filhotes de Jasodes das Cavernas, r

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PREÇOS:No Rio ...... . $500Nos Estados.... $600

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. semanário das creanças PUBLICA-SE a-s quartas feira?

UÍi^^^Ojm R'° °E JANElRO' 4 DE JANEIRO OE 1928

anno xxiii OS DOIS BVCHOS DO MATTO num U6»

x) ^^/^ Jujuba metteu-se outro dia rio interior da floresta. Havia em torno da- Tg| /

\</ J) y quelles troncos, colossàes um silencio de causar pavor e uma sombra de... ^H W<

.. .milhões de folhas. Mas Jujuba proseguia. Derepente parou. Havia ali um ninho ifnmenso e um...

...ovo. do tamanho de uma abóbora. A curiosi-dade é um dos grandes defeitos de Jujuba. Por*..-

... ..so o pequeno apanhou uma pedra e rompeu o .ovo de onde sahiu a cabeça horripilante de um bicho __esconhecldo. EraMm bicho de proporçõe„ gigantescas que sacudiu a plumagem ainda humida; caminhou cm passos largos e fitou Jujuba. O peaaenoentão a tremer de medo, perguntou: •— Quo bicho ê você? — Eu sou filho do Jagodes «ias Cavernas, e só como carne de creanças,tu- ""* Eu sou filho de Cascavel de Taíivairseús — respondeu Jujuba, e sO como filhotes de Jasodes das Cavernas, r

T^_õ^!__i^_B____\Íi^

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Leiam as quartas-feiras, CINS. ARTE, revista cinematographica

& — Janeiro — 1928 *-,3^ O TICO-TICO

USANDO O¦»__« INH AME

Depura: -fortalecejÇnçforda

JÂ'0 TAÕOfíOW CO/IO ' QUALQl/fJ? L/CCJ? de ff£SÂ

O TICO-TICO m* 4 4 — Janeiro •— 1928

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Aos nossos assignantesA grande remodelação dor que pas-

sou esta revista, exigindo redobradosesforços materiaes e intellectuaes, im-põe-nos a necessidade de elevar o preçoda sua assignatura, de molde a com-pensar as despezas de impressão, tam-bem grandemente aggravadas.

Chamamos para isto a attenção es-pecial dos nossos queridos assignantesque, quando chegar a data da renova-ção das suas assignaturas, não devemestar esquecidos do pequeno augmentode preços d'0 Tico-Tico, que passama ser cobrados desde agora, pela se-guinte fôrma:

12 mezes ....... 25$0006 " 13Ç0OO

Chiquinho: -— Toma Puxeis, en-gorda, robustece e depura.

B e ti i a m i m ;«— E' gos-go-gos-to-so.

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Empregadas com suecesso nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Estaspílulas além de tônicas, são indicadas nas!dyspepsias, dores de cabeça, moléstias do'figado e prisão de ventre. São um pode-{roso digestivo e regularisador das funeções).gastro-intestinaes.

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Sede: Ouvido*. 164 RedactoB-CbEfe: Carlos Manhães

Officinas: Visconde de Itaona. 419 ¦.¦rector-Gerente: Antônio A. de Souza e Sh-va

ANNO XXIII RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 1928

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U M BELLO EXEMPLO,DE TRABALHO

Meus netinhos:

Dezenas de vezes Vovô tem dito avocês que só o trabalho, methodico, intel-ligente, útil, pôde dar ao homem resulta-dos compensadores.

O menino que estuda, que tem amoraos livros, ha de forçosamente alcançarresultados maravilhosos do seu es-forço.

O menino que trabalha nas officinas.,nos escriptorios, nos mercados, prepara ofuturo próprio no seu lidar diário.

A menina que auxilia a mamãe nosmisteres caseiros, está praticando e ad-quirindo qualidades de uma digna donade casa.

O trabalho, meus netinhos, é ri-queza. Nelle estimulamos as energias doorganismo e do espirito. E' preciso, po-rem, meus netinhos, que tanto nos estu-dos como nos trabalhos de outra ordemvocês saibam ser disciplinados e methodi-cos, persistentes e sobretudo caprichosos.Olhem, meus netinhos, neste particular oexemplo digno das formigas. Procuremobserval-as, a caminho do formigueiro,.carregando insectos, pedacinhos de fo-lhas, restos, migalhas. Nenhum obsta-

culo as desencora. Quando o fardo é pe-sado de mais, um simples signaLá compa-nheira que passa, e então lá se vão as duasarrastando para o celleiro a provisão. Noformigueiro, de onde sahem correndo e

para onde voltam sempre trazendo o pro-dueto de um trabalho intelligente, não haa menor desordem. As formigas cons-troem-no de grande tamanho. E' umaverdadeira cidade, com ruas, praças„ ar-mazens, prisões e ura serviço de limpezatão bem organisado como os melhoresdas grandes capitães, onde moram os ho-mens.

De tudo se encontra no formi-gueiro: aqui é o vasto celleiro da alimen-tação, ali o deposito dos ovos, acolá as ga-lerias onde se alojam as criadeiras, alémàs "obreiras", cavando tunneis; abrindoruas,, com a habilidade dos engenheiroshumanos.

A vida das formigas é um exemplomaravilhoso para as creanças.

Esse exemplo deve ser imitado porvocês. O trabalho ininterrupto, sabia-mente executado, deixa valores mestima-yeis ao trabalhador..

VOVÔ

Q TICO-TICO — 6 4 — Janeiro — 1928

©TI.COTICO__~>^_;»"»* *it»"j>~^"V^— —-

NASCIMENTOS

<§> «S- O lar do Sr. Gastão Carlos Arieira e de suaesposa, D. Aracy Percout Arieira, acha-se ha dias emfestas, devido ao nascimento de um menino, primogênito docasal, que recebeu o nome de Roberto.

G *$> Acha-se enriquecido o lar do Sr. Henrique Pe-•feira dos Santos e de sua esposa, D. AméliaGuimarães dos Santos, com o nascimento dcuma linda menina, que foi registrada com onome de Carmen.

A N NI VERSARIO Sü <S> >$>Na quarta-feira passada passou o

anniversario natalicio da intelligente meninaOrminda, filha do Sr. Alexandre Cidade.

<$> <$> Transcorre hoje o anniversarionatalicio do nosso amiguinho Oswaldo Mus-sulini, filho do Sr. Luiz Caravello, residente na capitalde São Paulo.

NA BERLINDA..;,,

3> ? Estão na berlinda as seguintes meninas e me-ninos de Deodoro e Villa Militar: Dylnia, por ser alta;Alberto Carlos, por ser gordo; Haydée Walker, por ter osolhos grandes; Júlio Furtado, por ser bonitinho; Yára Fur-tado, por ser levada; Abelardo Soares, por ser sympathico;

Ysa Soares, por ser graciosa; Flavio Nascimento, por serdelicado; Jayra Campos, por ser meiga; Carlos Alberto,por ser elegante; Beatriz Bastos, por ser loura; ArthurCarnaúba, por substituir Rudolph V.; Gloria Pitta, por serestudiosa; Geraldo Rocha, por ser prestativo; Alis Jardim,por usar vestidos curtos.

*§• ? Estão na berlinda os meninos^ meninas seguintes:Devanaghi, por ser intelligente; Joel, porser sympathico; Zezé, por ser graciosa;Paulo, por ser forte; Lucy Hiltner, porser querida; Luiz, por ser louro; LourdesCoutinho, por ser amavei; José, por serbom amigo; Alceu, por ser alegre.

NO CINEMA...;

G *$- Querendo organisar um film inti-tulado Estudo e Trabalho, escolhi os se-guintes alumnos do 1° anno da Escola de

Humanidades: Rogério, por ser o Antonio Moreno; Sa-raiva, o Buck Jones; Rizzo, o Richard Barthelmess; Hçlio,o Conrad Nagel; Salomão, o Raymond Griffith; Godoy, oRod La Rocque; Oscar, o Ben Lyon; Marcello, o HaroldLloyd; Josaphat, o Rónald Colman; Joá, o Ricardo Cortez;Paulino, o Adolph Menjou; Stabili, o Tom Mix; Ferreira,o Thomas Meighan; João Paulo, o George O' Brien; Ly-dio, o Jack Pickford; Werneck, o Hoot Gibson; M. Luiza,a Norma Talmadge; Nilo, o Wallace Beery; Fonseca, oDouglas Fairbanks; Luiza, a Laura La Plante.

O QUE É A. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃOA Associação Brasileira de Educação é a creança

brasileira.E' pensando em vocês pequeninos leitores que varias

pessoas bem intencionadas se reúnem qtiasi todos os dias,á rua Chile 23, 1° andar, estudando ora uma problema, 'ora

outro para amenisar o caminhoque vocês têm de trilhar na vida.

A Secção de DivertimentosInfantis, é com certeza a quemais de perto fala a vocês, es-colhe as boas fitas cinematogra-phicas, annunciando-as pelos jor-nae* « agora até pelo O Tico-Tico.

De vez em quando organisavesperaes infantis, com program-mas attractivos.

Neste momento trabalha juntoá Directoria da Instrucç^o Pu-bHca, para crear aqui no Ria,grandes Parque de Diversões In-fantis com todos os apparelhosmodernos de gymnastica, piscinaspara banhos e grmmados bem tratados onde vocês poderãorolar á vontade e até... cochilar quando cansados de tantatravessura.

A nosso pedido a Metro Goldwyn Mâycr, no mez deAgosto p. p. deu centenas de entradas gratuitas ás creançasdos asylos e associações para verem o film Beii-Hur.

Em 18 de Maio celebrou a grande festa da Boa Von-.

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tade, sob os auspícios da Liga das Nações. No TheatroCasino houve uma "matinée" gentilmente offerecida pelaMetro Goldwyn Mayer e o Fluminense F. B. C. offereceuseu campo para ahi a Instrucção Publica formar 3.000creanças- das escolas, executando gymnastica rythmica e

sueca. Foi cantado o Hymno áPaz, que vocês devem saber decór bem dentro do coração.

No Dia da Creança, 12 deOutubro, a convite do Conselhode Assistência e Protecção aosMenores, levou a alegria aos pe-queninos doentes, vivendo isola-dos de todos nós dentro de hos-pitaes e casas de caridade. Entreverdadeiro enthusiasmo, láirampassados vários films, cedidospelo Sr. Rosenvald, representanteda Fox-Film, senipre prompto abeneficiar os coitadinhos que nãotêm a ventura de possuir um Pa-pae e uma Mamãe.

Sob os auspícios desta Secção,cm 24 de Julho, a Companhia Margarida Max realisou umalinda vesperal dedicada á juventude, com a operela TL>r-tinha, da querida escriptora Iveta Ribeiro.

Estamos sempre vigilantes e attentos para que w>cC*ítenham boas diversões e a preço reduzido. No próximo nu-mero, contarei o que é a Secção de Cooperação da Familiae até lá desejo a. todos um feliz Anuo Novo!

i - Janeiro — 19*28 — 7 r-_ O TICO-TICO

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IDMjpS¥g|lLÍS_^A' luz dourada do sol, nunca os filhos da tri-

bu de Iraty lhe viram o rosto de bronze e os ca-bellos duros e negros. Na escuridão da cavernahumida e fria, no coração da montanha gigante, oindio solitário passava os dias, abraçado ao cofreprecioso.

Quando a noite cahia, desdobrando pela terrainteira o manto negro das trevas, Iraty abandona-va a caverna e entrava no coração quieto das mat-Ias. Ia pisando o chão com a cautela felina daonça e os olhos, grandes e buliçosos, pareciam bai-lar nas palpebras, procurando no ar os thesourosesvpejahtes para guardal-o no cofre querido.

Iraty — o caçador da luz — jurara a Tupanacabar com as trevas da noite- E desde que fizerati jura, para o Sol, cavalheiro errante que deixavasem luz a terra inteira, elle nunca mais olhara.

O cofre maravilhoso, noite a noite, recolhiatodos os pyrilampos que as mãos ágeis do solita-rio ia apagando na caçada paciente. Mais de umavez Iraty olhou para o céo negro que a noite es-condia e um riso abriu-lhe os lábios na alegriadoida de vencedor. E' que a igaçaba estava quasicheia dos thesouros de luz que elle apanhara novôo indeciso com as mãos ansiosas.

Tupan ia ver cumprida a jura dc Iraty. O céoazul. que a noite teimava em pintar de negro, ha-via de se illuminar com a prata dos thesouros queelle juntava no cofre querido. Uma noite, Iraty dei-xou cahir nas pedras do caminho a igaçaba queri-da. Partiu-se o thesouro. E milhares de luzes, numvôo maravilhoso, foram subindo pelo ar. indecisos.palpitantes, nervosos. Subiram, subiram muito eforam se encastoár na abobada negra do céo- Tilá ficaram, até boje, — mulli-ostrollo dipraia, deslumbrando os olho. dos filhos d».Irihiis do Iraty. !_#_

CARLOS MAMIÀ...--&-

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lUiislriicüQ -de Cicero Valladares

O TICO-TICO — 8 —. Janeiro — 1928

WÈÈ. Uy IIIIL Al 11 ffr/JlêW^/[y^^.^Zi^X J>rrx ^^sír/iLI \lwy~\i /!n\ n , r< n í Ir- L/zív/ //li ' 2-ifk' ".edCr\XI.A

Foi um outomno, que a náu franceza,que trazia Caramurú e Faraguassú, che-gou a França. Reinava, nesse paiz, na-quella época, Henrique II casado comCatharina de Medicis.

Paraguassú e Diogo foram apresentados á corte franceza. A baila selva-gem ficou maravilhada com o luxo, casas e habitantes do paiz. Catharina deMedicis, baptisou-a e deu-lhe o seu próprio nome. Paraguassú passou a cha-mar-se Catharina Alves. Três annos depois Catharina, com saudades de sua

terra e sua gente, pediu ao rei Henrique II para voltar...

á sua paria. E este mandou que a mesma náu que a trouxe a França no-vãmente a levasse para o Brasil. A bordo teve ella diversas visões mysticas..Numa dellas appareceu-lhe a Virgem Santíssima que lhe disse veria a suapátria prospera e feliz, mas que fizesse com que fosse restituida e entregueao culto a sua imagem que tinha sido roubada.

Quando chegou a náu em terras brasileiras delia seapproximou uma pequena embarcação. Vinham nelladois hespanhóes — Gonçalves e Garcez, que Caramurúnelles reconheceu, como ha tempos, salvos por elle dumnaufrágio e das mãos dos selvagens. E elles se abra-...

...çaram coinmovidos. Entra a náu no re-eoncavo da Bahia • Vendo os selvagens aParaguassú e Caramurú, logo os reconhe-cem e os recebem com grande contenta-mento. Dias depois um dos selvagens roubada capella da náu uma imagem da Vir-gem. Catharina reconhece nella como...

... sendo igual a que lhe appareceu em suasvisões. Arrebata-a das mãos do selvageme faz cem que todo seu povo a adore.!Esta imagem foi a primeira que se invo-cou no Brasil com o nome de N. S. das Gra-ças. E num grande festejo e regosijo esta-vam todos quando poderosa armada...

portugueza chega de novo á Bahia. TraziaThomé de Souza nomeado Io governador doBrasil. Catharina e Diogo prestam-lhe ho-menagens e submissão e numa grande cen-monia entregam-lhe toda a auetoridade epoder sobre, seu povo. E assim foi fundadaa Bahia.

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Carlos,filhinho do

Snr. ManoelJoão Gomes

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Jorge Villon

OS NOSSOS QUERIDOSAMIGUINHOS

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Elilia, filhinha do capitãoSilvestre Monteiro Falcão

"Pará"

Jacyra VillonO

Hilton,filhinho do

Snr. ManoelP. Júnior

TkPaulo Villon

Rio"Santa Cruz"

OS NOSSOS AMIGUINHOS

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' Ir l^# Ijri f**~ *3w< - - í* Helio> mhinho do |t 1

m m fÍÉJfr''':'^ ""- ^r Lino Colonna f "ftt^hk.I

™ m^ 'V dos Santos — Recife ^Ud-f^L

N>\v Janice, filhinha do Sr. ^v\^ib*^ j//

\\ ÍÍ'£^'**&W // José Verneck da Silva \\^ B J//\N -JJI Ponte Nova • Est. \fr d//

Oryaman Eduardo, filho doDr. Viçoso Jardim

Janice, filhinha do Sr.José Verneck da SilvaPonte Nova — Est.

de MinasAntônio Gregorovitz

4 — Janeiro — 1928 11 e-i O TICO-TICO

nA INVEJA DA "VICTORIA

"Victoria" era o nome da vaquinha cuja dona eraiima interessante menina de cinco annos de idade.

Além da vaquinha possuía a menina uma cachorrinhachamada Joli.

A vaquinha tinha inveja das caricias que a meninafazia a Joli.

Um dia encontrando-se, a sós, "Victoria" e Joli,aquella assim falou:

— A patroa gosta tanto de ti, entretanto para nadalhe serves. E's' uma cre-atura inútil! Não prestaspara nada! Eu sim, forne-ço-lhe o leite todos os diasquentinho e saboroso! Vêstu como a menina estágorda?

— Pois eu! respondeuJoli, nada lhe dou. Faço-lhe festinhas, dou-lhe mo-mentos cie alegria, lambo-lhes ás mãos delicadas até

àWmW^M''.f;£T ^•aaaVsleaslB iIa.aMSfc3wíaat -TiíVM - VC^**^

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sorrir! Faze-lhe o mesmo! A vaquinha no dia seguintepoz-se a correr, aos pulos em presença da menina que-rendo lhe fazer festas como a Joli.

O resultado foi julgarem a "Victoria" accomettidade accesso de loucura. Amarram-na num moirao. Apobresinha ali emmagreceu, seccou-lhe o leite e quasimorreu. Então apparecendo a cachorrinha poz-se a

acariciar-lhe dando a enten-der que "Victoria" não es-tava louca. Todos viram épassaram a cuidar deliacom cuidado até o seu resta-belecimento. "Victoria" viuo quanto ia lhe custando ainveja.:

O TICO-TICO — 12 -- 4 — Janeiro — 1928

Está sentada no chão. Em derredoi•desmoronados num emmaranhamentodc cores vivas, a avalanche dos brin-quedos.

Ha um gato côr dc cenoura, umcachorro côr de rosa, uma garrafa queé uma cometa, um frango de madeira,caricaturalmente encartolado, um ma-caco, todos os bichos de uma arca deNoé. de celluloide e a legião multi formedas bonecas e bonecos. E no meio detoda esta inverosimil reunião de cou-sas inverosimeis: cila... E o espantodvlla e a sua curiosidade, e a sua in-decisão, e o seu desejo.... Tanto brin-quedo assim, francamente, a gente nãcsabe por onde principiar! Suas mãosi-ribas ávidas não conseguem pousar,borboleteiam. Um reflexo de sol dou-ra-lhe o friso louro da nuca, tornan-do-lhe vermelha a pontinha côr de rosada orelha, seus gestos hesitam, seu sor-riso tambem.

Um nenê lhe desperta subitamente aattenção. E' barrigudo como um abba-dc, tem uns enormes olhos de carvãot uma penna prateada pintada na gorravermelha. Não pôde, por conseguinte,deixar de ser lindo. Em menos de meiominuto, absorpção completa: este ne-ai passou a ser o centro do universo.'Tuad em torno deixou de existir Ertão grande o interesse com que o exa.mina que um vinco, o delineo de umyinco, lhe põe na testa assetinada umcunho de gravidade, a sombra da re-ílexão Ensaia-se no pensai. Ensaia-seem tudo. Tem um anno apenas Tre-jtntos e sessenía e cinco ingênuos dias,

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ELLA

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todos pontilhados de beijos e rescen-dentes a leite fresco e a alfazema.

Tem um anno, uma suspeita de bocca,dois olhos brilhantes de innocencia etodas estas mirabolantes teteias dasquacs se sente a soberana incontestada. i

As teteias são todas delia. Aliás, nomomento, tudo é delia. Na espontane'-dade sem rebuços do seu apriorismodividiu os sêrcs e as cousas em duascategorias: os gunguns e os nenês. Oque não é nenê é gungun, o que nãoê gungun é nenê. Tão simples, não òverdade? Nada de complicações de cias-se's, espcoes, typos, ramos, systemase categorias, nenês ou bunguns, e omundo se acha superiormente explica-

do. O mundo?!... Não suspeita o queseja naturalmente. Sente-o vagamentee, para descobrir-lhe a pouco a poucoa maravilha da novidade, retalha-o todocm pequeninos quadros, torna-o do seutamanho, afim de comprehendcl-o. Nes-se momento o mundo resume-se neste

.pançudo nenê. Aborrecido, afinal, onenê, pois não faz bulha. O que é si-lencioso geralmente não a interessamuito tempo. E, entedilida, atira-q parao lado. Um gungun agora?... Não,outro nenê. Tem uma predilecção in-

Stinctiva pelos nenês, mulhersinha,

já!... — e para chamal-os sua voz serepassa de estranho carinho. Nenê,nenêl...;

O que agora a cnthusíasma apresentao luxo de uns calções de seda côr derosa e sabe abrir e fechar os olhos.Esta particularidade enche-a de des-confiança. . O que quererá dizer aquil-lo? Sem hesitar, volta-se para a supre-ma providencia do seu pequenino uni-verso:

;"Mamã!r

MamS das mil e uma cousas que sãodelia, é innegavclmcntc a que prefere.;Mama sabe tudo, arranja e concertatudo. Mama pertence-lhe

"otalmente,

integralmente, como aliás ella pertencea mama.

Mama significa ò alimento dado ahora certa, a coberta puxada no me-

\ ZJ 0~^c_\ \/

meento em que o pésinho imprudente seia pondo de fora, a roupa molhada mu-dada, a mão dada a tempo dc evitara queda, o collo morno onde a gentese aconchega para dormir, a voz queembala, o riso que anima, a presençaque protege, o beijo que aborrece,ásvezes pela insistência, mas que assimmesmo consola. Se mama disser, pois,que essa nenê de olhos movediços nãoé perigosa... Mama dil-o, com effeito,num grande riso divertido, chamando-abobinha e para provar a inexistênciadeste perigo, abre e fecha os delia, ma-

mã, da mais tranquillisadora das ma-neiras. Ella, porém, já não quer sertranquillisada, a nenê de olhos quemexem enfarou-se e, com a yersatflí-dade própria de sua edade, toda eriçada'de desejo sem' objectivo certo, repcllèbruscamente as teteias c, com as duasmãos agarradas á borda da cadeira, põe-se laboriosamente de pé. E é então que

-se dá a cousa imprevista e deliciosa.

A três ou quatro passos delia, den-tro do grande oval translúcido do es-pelho, surge a boneca que ella nãoesperava... Tem os pés nús nos sapati-nhos de cretonne e os braços rosadossaem nús tambem da catmsol. de cassabranca, os olhos de um cinzento esvér-deado abrem-se num espanto risonho, abocca é um pingo vermelho sob á gra-ça petulante do nariz e os cabellos umayaporosa coifa dc ouro pallido...

Attonita, deslumbrada, hesita aindauni minuto... Depois, abrindo os bra-cinhos como para ura vôo, atina-se ra-diante a essa nenê que não conhece, anenê loura e linda que é ejla mesmano fundo claro do espelho.,

MARIA EUGENIA CELSO

4 — Janeiro — 1928 ¦«13- O TICO-TICO

A MODA INFANTILi — Lindo vesti- X-'v\

filio

de ¦ linho ou Qg. ,~*|J:oline. com gclla o )*£nca, cinto e gria- \Z^i'ta, di acccrdoi A/Vn a cer ias lis- y\ i* /*~^\

2 — Vestido em / f K rlj \ido escuro com El \

vw^mí*--' ^ — Festonê para capinha de l

// ) I 2 — Entremeie bordado para \ //l vestidinhos de creança. Mono- \\ I

I I grammas e letras para toalhas de I/ I mesa e lençóes. Patinhos em cor- j

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ESPAÇOS deixava pender as pernas semencontrar fundo; finalmente, quasi a des-fallecer, tomei pé. Então já o temporal de-crescia. Cobrei animo, andei ainda meia le-gua dentro d'agua, porque o declive da praiaera pouco sensível e cerca de um quarto aolégua caminhei em seguida, sem encontrarcasas, nem vestígios de gente. Havia com-tudo no paiz numerosa população. Estavaa cahir de somno, com a fadiga, o calor emeio qufvrtilho de aguardente que beberaao fugir do navio. Deitei-me na relva, porsignal muito fria, e logo adormeci profun-damente. Dormi nove horas. Quando açor-

Primeira Viagem. —

{Continuação)

VIAGENSHApOjAS

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dei quiz levantar-me e nâo pude. Tinha me deitado de costas; es-tava com os cahellos, as pernas e os braços presos no chão, eatravessadas sobre o corpo, das pernas até os hombros tinha cor-das finas mas muito numerosas

A posição em que eu jazia não me deixava olhar senãopara cima, o sol, já quente, cegava-me com a sua luz viva. Fez-se um rumor confuso á roda de mim, mais eu via apenas o sol,norque não podia me voltar, comecei então a sentir sobre a pernaesquerda o que quer fosse que bolia e vinha subindo coni leveza,ôassando-me pelo peito e chegando até perto do queixo. Qual nãofoi o meu espanto, dando com os olhos em uma figurinha huma-na que tona umas seis pollegadas de altura, trazendo na maoarco e flecha e aljava ás costas, acompanhada de mais quarentada mesma espécie! .

Desatei a berrar de tal modo, que todos áquelles animaesí-nhos se puzeram em fuga e soube que alguns delles, cheiosde medo, saltaram precipitadamente de cima do meu corpocara o chão dando quedas em qu_ ficaram muito feridos;-apezar'disto

reappareceram d'ahi a pouco e um delles mais ousado ade.antou-se até me ver a cara, ergueu as mãos e os olhos para o

- céu, como maravilhado e disseem voz esganiçada, mas bem dis-tinctamente. estas palavras maisrepetidas pelos outros: "He Kui-

•=— akdeque! — cujo sentidoS não percebi.

.x&w fza&TZP-

4 — Janeiro — 1928 15 — O TICO-TICO

OS CABELLOS DOURADOS DA PRINCEZA MARILIA

Tudoeramfestas eale-grias noreino das"Ma-r a v i -1 h a s",ondeimpe-rava ogran-de Tu-cháu - na,nomeque da-vam, na.

quelle tempo, aos soberanos poderosos.Ao solemne repicar dos sinos, junta-

vam-se o ruffar dos tambores, e os sonsmelodiosos das citharas e das violas.

Era o dia do Natal. E celebrava-se,ao mesmo tempo, o Nascimento doMen.no-Deus e o Baptismo da princezaMarilia. Seus pães, os reis Valente ea rainha Bondosa, pertencentes á anti-ga tribu dos makuchis, viviam ás mar-gens. do Uraricuera, no tempo em queessa tribu, e outras, hoje em decaden-cia, haviam attingdo o apogêo dofausto e da civilisação.

Elles tinham convidado, não somenteos poderosos da nação e os príncipesailiados, mas até as fadas e gênios egnomos dos arredores. E emquanto osgrandes da terra presenteavam a gentilprincezinha com mil objectos de artee custosas nullidades, os espíritos bem-fasejos, como os anjos do céo, cumula-vam a feliz herdeira dos mais preciososdoces:

Bondade, intelligencia, juizo, etc. En-Xretanto, ao que parece, gênios e fadaspodem ter os seus defeitos... e são,como os pobres mortaes, susceptíveisem extremo quando se lhes offende oamor-próprio I E, acontece que, na lufa-lufa dos preparativos, ou talvez depropósito, esqueceram-se de convidaro "Calundú",

genio enfezado e irasci-vel, que estava sempre de máo humor,e por tudo ficava numa fúria medonha.

Já ia adiantado o banquete, quandoSe ouviu uma barulhada tremenda, e re-pentinamente se abriu a janella maispróxima do berço da princezinha.

O rei, a rainha, e todos os convida-dos, levantáram-se ao mesmo tempo ecorreram para aquelle lado. Viram en-tão, entrar pela janella um feio anão,com a cabeça maior que todo o corpoe barbas que vinham até ao chão Porvestimenta, elle trazia uma bonita pellede onça. Correndo pela assistência unsolhos cheios de cólera, pronunciou estaspalavras, que gelaram todos os cora-Ções.

— Sou o grande Calundú. Não me«luizestes na vossa festa... pois hei devingar-me! Também quero ser padri-nho, para dotar, a meu modo, a nobrePrinceza das Maravilhas.

O rei e a rainha esperavam anciosos,#em ousar dizer nada.

Ouve-se, então, a voz da fada Patu--eba, que apezar de pequenina e hu-milde, teve coragem para dizer:

E' inútil. Marilia já recebeu to-dos os dois do espirito e do coração;e o teu amor não pôde revogar o quejá está feito.

Calundú soltou uma estrondosa gar-galhada, e disse:

Já" que não deixastes logar paraos meus presentes, serei eu o presen-teado... Marlia vae me dar a sita ca-belleira.

E antes que alguém o pudesse impe-dir, tirou do pescoço um coilar de se-mentes enfiadas num barbante, e espre-mendo-as sobre a cabeça dc Marilia,descollou a basta cabelleira e, de umsalto, pulou pela janella como um gato

O rei Valente e a rainha Bondosaolhavam consternados para a cabecinhapellada de sua filha... e ninguém sabiao que dizer para os consolar, quandolevantou-se uma fada já muito velhinha.

Eu sou a fada Angaturama, disseella. Também não fui convidada...'mas cheguei a tempo, para fazer algti-ma cousa. Embora não possa desman-char o qiie está consummado, prometto'remediar o mal. No dia em que a prin-ceza Marilia, já crescida, praticar umgrande acto de generosidade, um prin-cipe poderoso e bom ha de lhe resti-tuir os cabellos que o genio vingativode Calundú lhe arrebatou.

Uma salva de palmas saudou a pro-messa venturosa da fada Angaturama.

E a princezinha makuchi crescera,formosa e bôa como um anjo, sem per-der nenhuma das qualidades, com quefora dotada no dia. do baptismo

Para oceultar-lhe o grande defeito dasua cabeça despojada, o rei qujz queella pensasse que todas as mulhereseram carecas, e fez promulgar uma leique as abrigava a cortar os cabellos,ou a trazel-os cuidadosamente escon-.didos.

E então, os mestres da moda, nãofaziam outra cousa, senão inventar no-vos modelos de toucas e capotas, dcseda, de rendas e fitas, cada qual maislindamente enfeitada com bordados,contas e pedrarias.

Marilia completara quinze annos.'Era tempo de cumprir-se a promessa 'da fada Angaturama. Mas, ignorandoa condição, Marilia não sabia que o<seu destino estava nas suas própriasmãos,

Certo dia, chegou á porta do palácioreal uma pobre estrangeira, com suaf lha, mais ou menos da idade da prin-ceza. Essa joven, que ignorava as leis'do paiz, tinha por única fortuna umaopulenta cabelleira, dourada como osra'os do sol, e encrespada como às on-das do mar.

A sentinella do paço, fiel ás ordensrecebidas, avançou para a menina, dis-pondo-se a lhe cortar as liadas madei-xas... Aos gritos aceudiu Marilia, in.dagando o que se passava.

Quexem cortar os meus cabellos,só porque a princeza deste reino é pcl-ladal... gritou a pequena indignada.

Senhora, atalhou a mãe... é a suariqueza, o seu thesouro! fale por nÓ3a essa princeza; e si é bôa e santacomo dizem, não ha de querer tirara uma pobre o único dom que possue.

A um signal da Princeza Marilia, oEtiarda deixou a rapariga. Então, a

filha do Tucháu-na, que era tão intel-ligente, quanto era bôa e linda, com-prehendendo o que significava aquellatragédia, tomou a pequena pela mão,e foi ter com ella á presença de suamajestade o rei das "Maravilhas".

— Obrigada, meu Pae por tantos ,cui-dados e carinhos, disse elia abraçando-oternamente. Mas permitta que eu lhediga que não é justo, por minha causa,exigir que as outras mulheres sacriíi-quem a sua maior belleza... Rogo-lheconsinta que esta menina e sua mãefiquem morando no Palácio, sob a mi-nha protecção; pois a ellas devo terconhecido mais esta solicitude pelaminha felicidade. E longe de sentir-nre desditosa pela falta do maior orna-mento .que possuem as moças da minha -idade, quero esforçar-me por ser muitobôa e amável, afim de supprir pela b'1-leza moral os encantos naturaes de quecareço.

II

Ha grande reboliço no palácio doTucháu-na, rei das Maravilhas. Prepa-ravam os festejos para a. chegada dospríncipes pretendentes á mão da Prin-ceza Marilia.

.0 primeiro que chega, Joathão, de-nominado o "Avarento", porrjue todosos seus ideaes resumiam-se em ganhardinheiro e amontoar preciosidades, sem .se prcoecupar absolutamente com obem estar da nação e do seu povo;aceudira ao convite do rei das "Mara-

vilhas", só porque presumia que a fi-lha de tão poderoso monarcha levariaum dote colossal e jóias de grandevalor.

Depois delle, apresenta-se Ahialon, o"Indolente", assim chamado porque,tendo sob seu governo um povo. de des-ordeiros e indisciplinados, só pensa emjogar, beber e dormir. Ouvindo elogiara intelligencia e o juízo de Marilia,pensou em casar-se com ella para en-tregar-lhe o governo do paiz, e poderassim viver socegado, e não ter. de ou-vir as admoestações de seus ministros

.Em terceiro logar, entra o principeAbiel, a qum o povo dera o appeliidode "Almofadinha", porque só pensavaem se vestir, se enfeitar, frisar os ca-bellos e burnir as unhas. Sendo o maismoço de quatro irmana *¦-_ _ _ n eo.nho dourado ca-sar-se com aherdeira do Tu-cliáu-na d asmargens do1 Ura-ricecra, por seru' m monarchaopulento, ele cujacorte seria elleo primeiro astroa brilhar.

Por fim, é avez de Hemor, oprincipe "Virtuo-so", a quem opovo amava e .venerava como omelhor dos pãesDesejando ellemoça intelligentede ajudal-o nahumanidade, annhecer a princeza

t >despo?_r umae bôa. í.ipazsua vida iitU á

ceiava por eo-¦ ar.1 a. cvjft-Ã

O TICO-TICO —, 16 — Janeiro — 1928excellentes qualidades eram conhecidas.C louvadas em todos os paizes visinhos"j

As trombetas c os clarins annuncia-ivam a chegada dos príncipes. E a gen-ltil princezinha, seguida de suas damasi•Je honra, penetrou na sala do throno.jartisticamente engalanada, onde aguar-!davam a sua chegada o rei Valente eja rainha Bondosa. j

De repente, pára diante á escadaria,1tim lindo carrinho, feito de uma es-meralda, ao qual viam-se atreladosquatro pombinhos, com os bicos de co-rai e olhos de granada. As rendas fi-nissimas, que cobriam os coxins eramtecidas com mimosas flórinhas. De,dentro sahiu a fada Angaturama, ves-tida de brocado e envolta eni gazes,tão luminosas, que mais parecia umaestrella, cahida do céo por descuido. •Todos se levantaram para. recebcl-a. ',

Bem vedes que não falto á minhapalavra, disse ella, dirigindo-se aos so-beranos. Aquelle que quizer alcançar amão de Marilia, ha de primero resti-auir-lhe a cabellcira roubada pelo genioCalundú.

Altezasl Antes de um mez, não\os será permittido tornar a passar olimiar deste palácio.

No fim deste prazo, que vos dou paraconquistardes a mão da princeza Ma-rilia, dando um exemplo de valor e decoragem ao povo deste reino, eu vol-tarei para assistir ao triumpho do ven-cedor. E para que não possais duvidarda minha bôa vontade em ajudar-vos,deixo a cada um de vós uma bolsinhacheia de ouro. Mas, cuidado 1 é bempossível que o êxito da empreza depen-da muito do uso que fizerdes dessedinheiro...

E dizendo isto, a fada Angaturamadesappareceu, no seu carrinho aéreo,que voava como o vento. Despediram-¦e os pretendentes. E Marilia, chorosa,ficou pedindo aos céos que sahisse vi-ctorioso o principe Hemor, o único porquem sentira uma grande sympathia.

Logo á sahida do parque real, Joa-lhão, que fora o primeiro a sahir, en-controu uma velhinha maltrapilha, quclhe estendeu a mão, pedindo:

Uma esmolhinha, pelo amor deDeus...

Sáe azar! gritor o avarento, dan-do-lhe um empurrão. Deixa-me passar,que estou com pressa, para encontrara cabelleira, que me valerá muitos mi-Ihões.

•— Ha dc pesar a tua má acção, res-pondeu a velha, agarrando-se ás gradespara não cahir. Olhe... quando não hajustiça na terra, cila vem direitinho lá,de cima!

Guarda essa lingua, demônio, vo-cíferou o máo principe, apanhando umapedra, que jogou para cima da velhinha.

Mal sahiu da cidade, c entrou namatta virgem, surgiram de uma grutaseis homens mascarados, que lhe deramuma surra formidável, e roubáram-lhetodo o seu dinheiro, deixando-o porterra sem movimento.

O principe Indolente, Ahialon de no-me, sahira do palácio, emquanto o seurival esbravejava com a mendiga, en-centrando logo adiante um pobre alei-jado, que também lhe pediu uma cs-mola.

Tenho mais que fazer do que at-tender aos miseráveis, disse elle abor-recido, pois não podia sc conformar

com a idéa da fada lhe impor tamanhatarefa para alcançar a mão dc Marilia.

— Pois não has de achar quem teauxilie, replicou o aleijadinho, que sa-bia muito bem onde ia o preguiçoso.

E ao sahir da cidade Ahialon, quenão estava acostumado a caminhar,achou que ficava muito longe a mora-dia do Calundú. E voltou para a cida-dc, com a idéa dc mandar fazer umacabelleira postiça, e mandal-a aos paesda princeza, dizendo que a tomara aogenio vingativo.

Chegara a vez de Abiel, que, mal sa-hiu da cidade, foi dar a um grande lago,onde se refleetia a sua imagem, comoem um espelho; e ali quedou-se, exta-S'ado, até que ouviu um choro de cri-anca. Era uma meninazinha de quatroa cinco annos, que tinha cabido numlamaçal. O principe Vaidoso mandou-lhe, de longe, duas moedas de ouro,dizendo: Levanta Piá! não posso te ac-cudir, para não sujar a minha roupanova.

Logo adiante, um vendedor de po-madas e tinturas da índia, para afor-moscar a pelle e embellezar os cabellos,convidou-o a ir até a sua casa, paraescolher alguns artigos. E o "Almofa-dinha", preoecupado com os novos en-cantos, que assim podia adquirir, dei-

• xou em meio caminho o torneio da ca-belleira, e seguiu o aventureiro, que ssria á sua custa.

Por ultimo, transpoz o portão do par-que real o nobre principe Hemor, oherdeiro virtuoso e bom, que todosamavam e respeitavam.

Elle também encontrou mendigos,cegos e aleijados, quc lhe pediam es-mola, e distribuía por elles tudo o quetrazia na bolsinha da fada...

Encontrou ainda uma negra velha,suecumbindo sob o peso de um enormecesto de laranjas e bananas; e correndoem seu auxilio, acompanhou a pobreafricana até á porta da sua senzalla.Mais além, viu um lenhador cahido naestrada, açoitado pelos bandidos quelhe tomaram o machado e a marmitacom o almoço; e o bondoso principe,carregando-o nos braços, levou-o até ásua pobre chopana, e deu-the a bolsi-nha com o resto do dinheiro.

Já se achava, então, á entrada dafloresta, de onde se avistava o castellode Calundú. Viu que a montanha ondeestava edificado era uma uma ilha, emcujas muralhas de granito batiam as

ondas encapclladas do alto mar. — Es-tava elle parado, pensativo c triste, por-que não via ali nenhuma embarcação,quando ouviu uma voz, que parecia sa-hir do topo de uma palmeira... Eraa fada Angaturama, quc lhe atirou umavarinha, exclamando:

— Coragem e confiança! Um homemnunca desanima!

Hemor apanhou a varinha, que pa-recia tirada de um galho de ipê; e,embora não comprehendesse a utilida-de daquelle pedacinho de páo, agrade-ceu á fada, fazendo-lhe uma coutinen-cia militar.

E logo, a varinha de condão trans-formou-se em pequenino aeroplano, quecomeçou a crescer, crescer, até darlogar para o aviador improvisado, quiíalegre tomou assento, e, com o bradode — "Salve Jahúl" — hrrrrr... ele-vou-se.nos ares.

O aeroplano do principe Hemor, de-pois de lindas evoluções sobre o mar,a cidade e a matta virgem, foi pararjunto á mais alta janella da torre docastello. E o principe, pulando paradentro de uma espécie de laboratórioonde logo deparou com um frasco decrystal com o rotulo seguinte;"Extracto dos cabellos de Marijiácom essência de topazios para tornarfecundas as mais rebeldes carecas".

Apanhar o vidro, e pular para dentrodo avião, foi cousa de um instante só...;A porta abriu-se, mas era tarde! E asmaldições de Calundú não puderam at-tingir a alegria que dominava o cora-ção de Hermor.

Chegava o termo da provação. Etoda a corte reunida esperava, na salado throno, a volta dos quatro príncipes,quando chegou um peregrino, que diziatrazer tristes notici?

Joathão, o avarento, achava-sc aindano hospital, tratando-se dosv ferimentosde pancadas dos homens mascarados, edesesperado por perder a fortuna deMarilia.

Ahialon não sahira do hotel, ondejogava, bebia e dormia, sem lembrar-se da cabelleira postiça, que ia mandarfazer.

Abiel, seduzido pelo indiano, que lhecomia todo o seu dinheiro, embarcaracom elle para um paiz longínquo, ondeia comprar sedas e velludos, para asnovas vestimentas, com que pretendiasupplantar todos os elegantes da cortedo rei das "Maravilhas".

Do nobre principe Hemor, não havianoticias. Ninguém mais o vira, desde omomento cm que sahiu da cidade es,embrenhou-se nos "cáá-êtc".

A princeza Marilia chorava... Ogrande Tucháu-na mandou que se apa-gassem as luzes, que sc fechassemas portas, e se hasteasse a bandeira ameio-páo. Mas, quando os lacaios sadispunham a cumprir as ordens do rei,ouviu-se uma voz de criança, que can-tava odes ao Jahú, terminando assimj

O' princeza bem amadade toda a população,eis que a hora é chegadado triumpho do avião!

Bartholomcu foi prímeirpa chamar-se voador...mas o Jahú, altaneiro,traz consolo á vossa dôr t

4 — Janeiro 1928 17 O TICO-TICO

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RAMIN (Bello Horizonte) — Pelasua carta de 4 de Novembro deduz-seque é uma creatura de muito senti-mentalismo, comquanto de poderosasfaculdades mentaes. Isso demonstra a

^sensibilidade cordial e a sinceridade lo-gica de suas expansões. E' ao mesmotempo muito amorosa e de notável ter-«ura para com as crianças e para comos velhos. Sua vontade é firme, muitodiscreta Sabe querer e realizar.

P I E R R E LOTI (Campinas) —Muito agradecemos as amabilidadescom que nos confunde. Nada temosque lhe perdoar relativamente á máqualidade do papel em que escreveu.Quem não tem cão caça com o gato...Quanto ás perguntas vamos por par-tes: Io — Pescador de Islândia e Ra-muntcho são das melhores obras deJuliano Viaud, mais conhecido pelopseudonymo que o. amiguinho adoptou...2° — A sua letra revela «gora um tem-peramento activo e altaneiro, cioso dasua liberdade e da sua independência.E' francamente idealista c alimentaesperanças de mando espiritual, advin-das do valor que julga ter e tem. E' ¦immenso o seu amor próprio e o poderda sua vontade. Gosta muito de pe-netrar no intimo dos outros, analysan-do-lhes as faculdades e os sentimentos.Seu coração é um tanto ando, insensi-velv ao infortúnio . alheio. Entretanto,derrete-se todo em negócios de amor.3« — O homem nascido a 19 de No-venibro de 1905 será temerário e cy-nico; esconderá seus defeitos, sob umacortczia amável e enganará seus ami-gos. Estará sujeito a terriveis despre-zos, bem como a freqüentes perigos,fruetos de sua temeridade natural. Seráalegre em sociedade, 'porém, melauco-lico, quando em solidão. Amigo decorrer terras, poderá viver até á idadede 71 annos.

CABINDA (Santos O substan-tivo extenderete — que se pronunciaestenderete e não eestenderete — nãosignifica somente um certo jogo decartas, hoje, raramente usado. Signi-fica tambem — má figura em atila, emacto publico ou exame. "Fazer ura es-tenderete" é sahir-se mal em qualquer

Então appareceu a fada Angaturama,que recebeu o frasco de crystal dasmãos do principe Hemor, c derramouo conteúdo sobre a careca de Marilia.

Immediatamente, a cabeça da , lindaprinCezinha cobriu-se dc uma finíssimae esplendcnte cabelleira, onde os fioscastanhos e dourados rivalisavam comas cores do topazio, em todas as suastonalidades de ouro puro, ouro velho,bronzeado e scintillântes raios de sol.

IRMÃ GERTRUDES

desses casos. Não errou, ,pois,_ o seucollega: o amiguinho é que foi p.reci-pitado em o criticar, fazendo, assim,um extenderete de que deve estar ar-rependido...

ZIZIM (São Paulo) — Sua gra-phia revela uma natureza de espiritofrágil, de pouco idealismo e de menor^ponderação. Assim, as tendências oppo-sicionistas são mais por falta de sensodo que por convicção ou outros moti-vos justificáveis. E' uma impertinençiau pelo menos, um abichornamento in-

gènuo e sem base. Sua vontade é curta,mas cheia de ambição. Ha modéstia deapparencia, mas, no intimo, é umavaidosa. O coração é frio, isto e, faltode bondade, pois, em amor, todo se ai-

i á \\

voroça e sabe fingir iramensas ter-miras...

JOÃO BROCHA (Goyaz) — O Sr.Bulhões, que foi ministro da Fazenda

por duas vezes, nasceu nesse Estado,em 1856.

AMABILIS (Rio) — "O Descobri-mento do Brasil", por Capistrano deAbreu é o mais cotado pelos estudiosos,pois não se limita á "céga-réga" damaioria dos compêndios... Deve pre-ferir esse pequeno volume que, no as-sumpto, é precioso.

JADER PRINKS (Santos) — Opresidente dos Estados Unidos, após oassassinio de Lincoln, cm 1865, foiAndrew Johnson.

PARENTE (Belém) — O dia 29 deOutubro de 1825 foi uma quinta-feira.

DEJAN1HA (Rio) — Seu nome temfundas raízes. Basta lembrar que era o

nome da filha de Enéas, rei de Calydon,esposa de Hercules, de cuja morte foi cau-sadora, fazendo-o vestir a túnica envene-nada que lhe dera o centauro Nesso. Em-fim, o nome de Dejanira tem no mytliogrego o logar de Dalila na historia daSamsão. Entretanto, que lindo nome1...

B. SANTOS (Pinda) — O horóscopoda mulher nascida a 3 de Outubro assimse declara: A mulher será amável, alegre,dotada de maneiras encantadoras; serágeralmente feliz. Entre os 17 e 23 annosestará casada. Suas filhas constituirãoprincipalmente os seus encantos.

Terá sempre grande numero de adorado-res.

DEJANIRA SANZIO (S. Paulo) —

Natureza ardente, enthusiastica, mas de

pouca Mealidade. Seu espirito pende maispara as cousas praticas da vida. E' ani-biciosa de dinheiro. Tem o delírio do hi-xo. Todavia, sabe-se manter em relativ3modéstia, provavelmente á espera da so-nhada prosperidade. O seu coração é mui-to generoso. Em amor, porém, é assazcalculista. E talvez ainda não encontrasse(aquelle que a fará palpitar em todos ossentidos.

WVSaWVy^AavajaayiiaaafatVaaV^aVSAaVV^^

OS ovosAlém dos serviços bem conhecidos que

os ovos prestam, como elemento nutritivoutilisam-se tambem com bom resultadocm medicina. A albumina ou clara do ovoé muito própria para curar as queimadurasse se tiver o cuidado de a applicar imme-diatamente sobre a parte queimada. Sub-stitue, n'este caso, com vantagem o colió-dio porque este é mais difficil de obtern'um dado momento. A clara d'ovo émuito mais refrigerante do que o oleo deamêndoas doces, e allivia n'aquelle mesmoinstante os soffrimentos do paciente.

O ovo c considerado hoje em dia comoum dos melhores remédios para as disen-terias. Tomado de uma só vez com umpouco de assucar, calma a inflammação doestômago e dos intestinos, e utilisando-seassim as suas propriedades emollientes,proporciõna-se uma cura rápida por meiode u-m medicamento fácil e agradável. Noscasos vulgares basta tomar dois ou tresovos, o mais. O estômago supporta bem,em geral, e sem difficuldade o repetidoconsumo de Ovos;

& ~ü~](^r~~ •*_.' ', o batAo NAVAL I^_íf->f>^ptí5)

PAGINA DE ARMAR:Nâo é preciso detalharo modo de armar os

soldados - as garbosas praças do Batalhão NavaL

O batalhão não está completo, damos apenas uma

companhia de guerra,

O TICO-TICO 20 — 4 — Janeiro — 1928

O MENINO TRAVESSO

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Luiz, era um menino vivo, intelligenlèmas, um grande travesso.

. Os seus avós, os creados da sua casa e avizinhança, achavam-n'o insuportável.

Só, os seus pães, não lhe viam os defeitose achavam-n o engraçado e assim estimulavamcom o excesso do seu amor as travessuras deLuiz.

Fortificado pela complacência dos seuspães elle não se corrigia.

Com uma atiradeira quebrava os vidrosdas janellas dos vizinhos, trepava nos muros egrades dos jardins, quebrando os galhos dasarvores e das rozeiras, ao anoitecer batia pai-mas ou campainhas, nas portas dos vizinhos efugia cautelosamente.

Em casa, sujava as paredes, rabiscavacousas com lápis de cores, abria, ás escondidas,as portas dos armários, ia na copa e mettiaas mãos sujas nas compotas que eram parasobremeza.

Roia como rato o queijo! Comia assucar emaltratava os criados com ditos e respostasgrosseiras quando elles temerosos o advertiamde que estava fazendo mal.

Amarrava latas e pannos velhos, na cauda,do gato e do cachorro!

Quando ia á escola fingia-se de doente,cochilava distrahido, entornava tinta nas ves-tes e fazia caretas para a professora.

No recreio, cuspia na cara dos collegas,rasgava-lhes os cadernos e tomava-lhes asmerendas.

Era um pequeno insuportável!Ninguém o estimava a não ser os seus

jpaes que por excesso de amor não o sabiam

De RACHEL PRADO

corrigir! Mas, Luiz, no fundo tinha' um co-ração excellente, só era teimoso pela educaçãomá que lhe davam.

Os creados, os vizinhos e os avós, o mal-tratavam por causa das suas travessuras e oescorraçavam como um cão!

Elle ao chegar á qualquer logar só viacaras carrancudas e nenhum sorriso benevo-Jente.

A's escondidas dos seus pães até espan-cavam-n'0.

Cada vez a sua preguiça e travessura au-gmentavam porque ninguém lhe sabia censu-rar com doçura.

Todos gritavam, chamando-o de máu!Acontece que sua mãe enfermou gravementee teve de guardar o leito por muitotempo..

Veio então tomar conta da casa, uma go.vernanta, mulher finamente educada, de ge-nio suave e coração benevolente.

Iniciou-se para Luiz uma nova vida,methodisada e fiscalisada pelo espirito deeducadora de D. Hilda que fora em outrostempos institutriz.

Luiz, quando merecia uma reprehensãoella o chamava para o seu quarto e falava-lhe com carinho exaltando o mérito dos bonsmeninos e apontando-lhe os seus erros comuma certa expressão de bondade maternal..

Descobria-lhe as boas qualidades e apro-veitava-as com cuidado fazendo em poucotempo desapparecerem as más.

Tornou o seu estudo attrahente e deu-lhe recreios divertidos.

De forma que Luiz não teve mais tempode ir á rua brincar, com os garotos e fazertravessuras.

Tornou-se em pouco tempo, pela doçuradaquelle coração amigo que sabia o grandesegredo de comportamento exemplar e ado-rado dos avós dos creados e dos vizinhos qu8lhe applaudiam a transformação!

As creanças, devemol-as educar com do-cura e disciplina, mas, nunca com castigos efalta de ordem.. Assim manda a pedagogiamoderna.

i>4 — Janeiro — 1928

vesfiSo

renSas

— 21 — O TICO-TIÇQ

da

^rincezíttfia^orBolefa

3fi*l ¦—i «

Ia casar a princezinha Borboleta ao entrar a Pnmavera.Imaginem que reboliço não era aquelle no brilhante e

irrequieto Principado dos insectos d'azas.As cabeças ferviam. Nas rodas elegantes, nas finas ro-

das do mundanismo do Principado, havia mais de um mez•aue se não falava noutra cousa.

Um caso sensacional aquelle casamento! Os alfaiates nao

acceitavam mais encommendas; as modistas trabalhavamnoite e dia para dar conta das suas. Nos armarinhos havia

policia á porta para regularisar a entrada e a sahida da tre-

guezia; os ourives mais afamados cinzelavam jóias custosis-«imãs que iam ser offerecidas á noiva. Um acontecimento!

Só de jóias a princezinha ia ter na sua "corbeille umafortuna. O Pyrilampo, que era quem possuía as pedras maisraras do Principado, ia dar-lhe um diamante fabulosamenteluminoso, que apagava e accendia na escuridão. As Abelhas,ao que noticiavam as chrontcas mundanas, pretendiam servirá mesa de noivado uns favos de um mel maravilhoso queellas tinham conseguido extrahir das flores.

Até os passarinhos, que viviam em guerra com o Prin-cipado, comendo os insectos que lhes cahiam no bico, espe-ravam a festa com o mesmo ardor que o povo da princezinha.

O Canário, o mais alegre de todos, tomara um professorde canto para adestrar-se numa ária allucinante, com queia estreiar-se nos salões de sua alteza. O Rouxinol e o Sabiá«lesappareceram da circulação e viviam agora no fundo dosbosques, a estudar gorgeios impressionantes. O Beija-Flór,ao ter noticia do mel que as Abelhas descobriram, andavanos jardins, de corolla em corolla, a ver se distillava dasrosas um outro mel maravilhoso.

Já os jornaes da elegância começavam a dar informa-ções das "toilettes". As mariposas, as "melindrosas" maisfestejadas, tinham contratado um batalhão de modistas paradar-lhes um talhe original as azinhas inquietas. As Cigarras,as mais bohemias das moças conhecidas, que não sahiam das

avenidas e dos pawr-jes, mesmo quando o sol escaldava, sem-

pre a cantar como se a vida fosse uma eterna festa, iam

estreiar um vestido côr de ouro, com irisações esverdeadas.

Os Gafanhotos mandaram ao alfaiate o figurino bizarro de

um vestuário todo verde. Os Besouros, segundo a noticia de

«ma revista da alta roda, acabavam de contratar desenhistaslaureados para lhes colorir as azas.

Ia ser um suecesso o casamento da princezinha 1* * »

Mas uma noticia estalou no Principado, como um trovão.O casamento da princezinha não seria mais á entrada daPrimavera. Foi uma revolução'. As Abelhas fizeram um "zum-

zum" dos diabos, lastimando o mel que se ia azedar com atransferencia da festa. Os Besourinhos andavam pelos chás a

mostrar o receio de que a pintura de suas azas se apagasseantes do casamento da princezinha.

A Vespa, sempre venenosa, enterrava aqui, ali o ferrãoda intriga, inventando umas historias em que se comprehen-diam que a transferencia não era mais do que o resultadode um arrufo entre a Borboleta e o noivo.

Mas por que arte do diabo a princezinha adiava o casa-

mento? Um capricho feminino, um capricho absurdo de

menina voluntariosa. Dera-lhe na sua cabecinha tonta queo seu vestido de noivado devia ser de uma certa e estranha

renda que a sua fantasia concebera. A tal renda foi procura-da por todo o Principado. Não havia.

Fizeram-se então encommendas para a Europa. Vieram

.endas d" tVda a casta, as mais lindas, as -^-s as mais

caras Nenhuma se aproximava da renda sonhada pela ca

prlchosa Os chefes da*, casas de armarinhos quasi cn ouque

ceram. Os seres femininos vão até ao sacr.f.c.o com as sua3

frivolidades. A princezinha bateu o pe:- Não me caso emquanto não tiver um vestido a meu

Ê0SVieram tecedores de renda até do fim do mundo. Nao

houve um tecido que agradasse aquella cabecinha louca.

A Primavera entrou, a Primavera sahiu, entraram e sa-

hiram muitas Primaveras e nada da princezinha casar.* * *

Um dia appareceu no Principado a figura exótica da

Aranha. Vinha offerecer-se para fazer a magmfica peça de

renda oue a princezinha imaginara.Uma troça em toda a parte. Pois se os grandes tecedores

de rendas da Europa e do Oriente não se tinham aproximado

Íquer do que sonhara a menina como ia aquella Po^bj

desageitada, troncha, sem nenhuma expressão de delicadeza

e bom gosto, produzir o fulgurante trabalho d arte que a

Borboleta fantasiara para o seu dia de noivado? I

A curiosidade feminina não se contem. Apezar de tudo

a princezinha quiz experimentar a Aranha.A mais alta gente do palácio reuniu-se pára assistir o

trabalho da tecedora. Foi no parque do palácio da prmce-zinha que a Aranha armou o seu tear. E, mal começou o

trabalho, a Borboleta saltou de contente, batendo palmas e

gritando:E' isso! é isso mesmo 1

Era uma renda assim, com aquelle fio quasi intangível,com aquella delicadeza milagrosa que ella sonhara para Oseu vestido de nupeias. A Aranha contnuou a trabalhar. Assuas patinhas mexiam-se, mexia-se-lhe o corpo todo e, a cadamovimento, um pedaço de renda apparecia, faiscando mara-vilhosamente ao sol.

A princezinha não se continha, a esvoejar, a bater palmas,gritando: Bravos! bravos!

Mas uma rajada de vento veiu e quebrou uns fios. Aprincezinha rebentou num pranto. Todos vieram consolal-a,veiu a Aranha também. Aquillo se concertava, bastava emen»dar os fios quebrados.

— Nâo! não! nãolNão queria remendos naquelle trabalho prodigioso. Qu<3

se começasse de novo! Foi começado. E estava a rendaquasi prompta quando outro sopro de vento a desmanchou.Foi preciso recomeçar. De novo uma rajada de ventania.

Mudou-se o tear para um salão do palácio e a tecedoratrabalhou de janellas fechadas. Mas, no outro dia de manhã,um creado que não sabia do tear,, vindo espanar o salão,arrebentou a renda toda.

Mudou-se de logar. Um outro creado desastrado inutlH-sou tudo.

* * *E até hoje a Aranha vive daqui p'ra ali, sem concluir 8

renda do vestido da princezinha Quando está a terminar aobra surprehendente lá vem um golpe de vento, lá vem umcriado, uma creança, um diabo qualquer estragar o serviço.

A princezinha teima cm não querer remendos...E assim está a Aranha desde o começo do mundo, 8

tecer, a tecer, por toda a eternidade.VIRIATO CORRÊA

O TICO-TICO

\ ¦ __ ?f ^0 r vno® <r>j> L>V

— 22 —

O B_ _. Janeiro — 1928

B •.,__

0 Bebê, não sabe nada da vida. Só vê a sua mãesinhu! Ricontente, abre òs braços pedindo o seu afago, o seu collo! Quandoella canta "tutu' marambaia..." adormece sorrindo. Só chora,quando tem fome! A sua boquinha sem dentes parece a de umvelhinho! E' tão engraçado o ÍJêbè!

Os manos mais velhos acariciam-n'o com doçura. Os visi nhos,quando elle todo enfeitado, apparece á tarde, nos braços da ama,dizem:

— Que lindo menino, tão gordinho!E elle passa indifferenle, nada comprehende... Só conhece e

sabe de uma cousa.* — a sua m&esinhal...

RACHEL PRADO

O BERÇO

cantando)

" Dorme filhinho.. *Dorme, meu amor..Dorme, meu anjinhoDe Nosso Senhor"A

(Dizendo)

E o berço, lento, vae... e vem . _.Vem c vae devagarinho...E' tão leve como um ninheBalouçado, mansamente,Num galho verde e florido:Concha que no seio temUma pérola vivcntel...,Uma avesinha innocentc,Que gosta do doce arminhoPelo cuidado aquecido...

(Cantando um pouco mais baixo)

"Dorme, dorme, meu menino,Que o papae já vem ahi....Dorme, dorme, pequenino,Que Jesus filha por ti..."

(Dizendo)

E o berço frágil embalaA criancinha sorrindo.Serenamente dormindo, .Como uma flor que vivesseDc beijos e de cariciasDe carinhos e dc amorlNa tênue sombra da sala,O berço parece um sonho 1Todo enflorado e risonhoOnde unia fada tecesseUma teia de deliciasCheirando a mel c a flor!...

(Cantando mais baixinho)

Dorme, filhinho...Dorme, meu amor....Dorme, meu anjinhoDe Nosso Senhor...

(Dizendo)

A doçura angelicalDa voz serena c suave,Que como um canto dc ave,Tem dolentes harmonias,

De trinados singularesEra madrugadas de luz!Na ternura maternalA mulher que canta assim,Velando esse Chcrubim,Põe toda a alma amorosaNa cantiga carinhosaOlhando a Mãe de Jesus!...

(Cantando, baixinho, com extremasuavidade)

"Dorme... filhinho...Dorme... meu amor..."

(Dizendo;

O pequenino adormece...O berço oscilla de leve...Mansamente... mansamente...-E a cantilena esmorece,Num tom que não Se descreveDe tão subtil e dolente...

(Cantando cm surdina)

filhinho...""Dorme.

IVETA RIBEIRO

4 — Janeiro — 1928 - 23 - 28 — Dezembro — 1927

ANNIVERSARIO.D A AVOHNHA(Comedia em 1 acto

PERSONAGENS :

Papac . 30 annosMamãe 25 "Vovó 65 " •Dádá, Dedè, Didí, Dódó e Dudú

(irmãos) — A criada.

Scenario: Uma sala eu um jardim.

' Vovó (Entra arrimada a unia ben-gala e amparada pela criada. E' tremu-Ia, tem a cabeça branca e usa óculos

Ali? £

ornada - ds musica , original de B* Wãhderí&y)

escuros-: —Aqui .estou melhor do quelá dentro. (Senta-se).. Agora;podes ir,

e põe mais talheres na mesa; "pois hoje

espero minha filha, meu genro e :meusnetinhos para jantarem comniigo.

Criada (Gaguejando): —Sim. sim...sim senhora. O dou., o dou...-.'o dou...

Vovó — O doce? E' para a sobre-mesa.

Criada (sempre gagá): — Não....não... não, senhora. Per... '

per...gunto si. o. dou... dou... dou... .dou-

. tor ehnbSh .vem.

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¦Vovó — Pois então, não havia oevir?

Criada — Ah! Eu vou pe... pe...pc... pe .

Vovó — Pegar?... O que? •Criada.— Não, senhora. Eu vou pc...

pe... pedir um re... re... um-re...re: V rev.. ~

Vovó — Relógio?!..; Criada — Re... é.não.::E' um re... re..a minlia ga. .. ga... ga. .

Vovó'— Gallinha?! Para a sua gal-linha? Oh!¦ Criada .— Não... não... não, se-

nhora. E' pa... pa... pa para aniimi.... mími... a .minha, gagueira.

Vovó — Ah ! Fale cantando que nãogagueijàrá mais. ¦ ¦ •¦ ¦ .

Criada — Não . pópó, não pópó...não popósso porque sou desá... desá...desá... desá...

Vèvó — Desageitada.Criada — Não... não... Finada...

Desafinada.Vovô — Ah! (Ouve-se tocar fora

a campainha) Vae ver quem é queestá ahi. - . j

Criada — Sim... sim, sim... sim...sim... sim... •

Vovó — Vae depressa, creatura!Criada (Concluindo) — Senhora 1

Sim, senhora... (Sae).Vovó —"Talvez já sejam as crean-

ças... Parece até que já estou ouvin-do as vozes da creançada. (Ouve-sefora rumor de vozes e risos de crean-ças).

Criada (Entrando) — Sa... sa...sa... sa...

Vovó — Sahiu alguém?Criada — Na... na,: não. Sabe

quem... quem... quemé?Vovó — Sei, sim. E" minha füha,

meu genro è meus rietinhos...Criada — Pò... pô..'. pois éesmo.Vovó — Mãnda-os entrar logo!Criada — Já... já... já... já en-

traram.Dada, Dedê, Didí, Dodó (Entram

em grande algazarra muito alegres,dando vivas) — Viva a vóvózinha!Viva! Viva!... (Beija-lhe as mãos).

Vovó — Muito agradecida e Deus osabençoe. Mas não façam barulho paranão incommodár os visinhos.

Todos (acalmando-se) — Sim, se-nhora. '

Mamãe (entrando com papae beijaa mão de vovó) — Parabéns! (Abra-ça-a). I_

Papae (entrando com mamãe beija amão de vovó).— Meus sinceros cum-primei-tos. (Abraça-a).

Vovó — Muito obrigada a todos.Sentem-se.

Dada — Eu peço a palavra, vovó.

O T I C O - T i _ u

Dcdé — Não! Quem pede a pa:a-¦vra sou eu!Didí — Não apoiado! Eu c que peco

a palavra!Dodó — Protesto! A palavra quem

pede sou eu!Dudií — Silencio! Nem mais uma

palavra, que a palavra é minha! (emtom de discurso) Senhora dona vovó:Em nome dos seus netinhos presentes...

Dada — Passados e futuros...Dcdé — Silencio! Não pôde inter-

romper o orador.Didí — Elle pensa que discurso é

conjugação de verbos.Dodó — Não se admittem apartes.Dudú — Quem está com a palavra

sou eu! Queira acceitar, senhora donavóv-ó, as nossas felicitações pelo seuanniversario natalicio hoje.

Todos (Applaudindo com palmas)—Muito bem ! Bravo!

Vovó — Muito obrigada... Mas nãofaçam grande barulho para não incotn-medar os visinhos!

Todos (Gritando) — Viva a vovó!Viva!...

Vovó — Muito agradecida... Porémestão gritando muito. Façam o possi-vel para gritar em voz baixa !...

Todos (Rindo) — Gritar em vozbaixa?!... Não é possivel!

Vovó — Quero dizer: gritem quasicm silencio!...

Todos (Rindo) — Gritar em silen-cio?! Ninguém pôde.

Vovó — Então gritem á vontade!Todos — Muito bem! Viva a vovó-

zinha! Viva!...Vovó — Agradecida ! Mas chega

•anibem de vivas.Dada — Apoiado. Eu lhe trouxe este

chapéo... (Entrega-lhe uma caixa dechapéus).

Dcdé — E eu lhe trouxe este ve_>tido. (Idem de vestido).

Didí — Eu lhe trouxe estas luvas.(Idem uma caixinha).

Dodó — Eu lhe trouxe estas meias.(Idem de meias).

Dudú — Eu lhe trouxe estes sapatos.(Idem de sapatos).

Vovó — Muito agradecida a todosvocês. Estou, assim, preparada da ca-beca aos pés...

Mamãe — Eu lhe trouxe tambem umleque e esta sombrinha. (Dá-lhe uinleque e uma vistosa sombrinha).

Papae — Eu lhe trouxe uma troasseç um yidro do meu preparado para re-juvenescer. O processo é rápido e se-guro. 1. cousa de poucas horas. (Dá-l'.e a trousse c o remédio).

Vovó — Então voe. quer o.peri-nicntar em mim o seu remédio?

Papae — Não, senhora. Este mettpreparado já tem sido experimentadoem muitas pessoas cdosas...

Mamãe — E com os melhores rcsul-lados, não é?

Papae — Realmente. Algumas pes-loas, dentro de alguns minutos, re-moçam inteiramente..

— 24 —¦ r

V ovo — lintao vou experimentaristo.

As creanças — Muito bem, vovó!...Muito bem!

Vovó — E tem resguardo ou die?.de bocea ?

Papae — Não, senhora. Pôde comeríiié pedras.

Vovó — Pedras ?! Isto não, que eunão sou avestruz.

Mamãe — Isto é um modo de dizer,mamãe.

Vovó (Chamando a criada, que fica-ra ao fundo) — Vem cá, ó Ma; ia!Ajuda-me a levar para dentro osicspresentes c me acompanha tambem.

Mamãe — Não é preciso, mau ã?.Eu irei com a senhora.

Vovó — Pois então vamos. Queroexperimentar o tal remédio.

Papae — A senhora vae ver cemolhe fará bem.

Vovó (Sahindo) — Vamos ver; mesdesde já declaro que não tenho fénis.o. Eu cá só tomo homeopathü...(Sáe).

Mamãe (Sahindo com a vovó. .1quem ampara e ajuda a levar os em-l.rulhos) — Pois irá ver o effeito destaalIopa'liia. (Sáe).

Maria (Indo ao doutor) — Eu que...que... que... que...

Todos (Menos o dotor, rindo muito)- Ah ! Ah ! Ah ! Ah !

Papae — Não riam, meus filhos.Isto c um defeito physico, e qualquerde nós pôde ficar assim tambem.

Dada — Então a gente já não nascegagá, não?

Papae — Não. A gagueira vemquando se começa a falar ou depois,devido a um susto...

Maria — Jus... jus... jus... jus._Papae — Justamente, não é?Maria — Sim, sim, sim senhor. A

rni-minha foi um sus-sus-sus...Papae — Um susto.Maria — Isto! Dês... dês... dês:..,

dês...Papae — Desde pequena?...Maria — Não... não. (Abrindo os

braços) Dês... dês... deste tamanho 1Papae — Ah! Um grande susto ?Maria »— Sim, sim sim senhor.Papae — Você pôde ficar livre disto

facilmente. /Maria — Có... cô.... cõ... cô...Dada — Hi!... Agora é que cila

está mesmo atrapalhada!... (Querei)-do ajudai-a) Cocada !

Maria — Nã... não! Cô... cô...cô...

Dcdé (Querendo tambem ajudai-a)Comidas !...

MaAa — Nã... não! Cô... cô.,cô... có...

Didi (Idem) — Cozido!Maria — Nã... não! Cô... cô.,

tô... cõ...Dodó — Corado!Maria — Nã... não! Cô... cô.,

tô...Dudií — Coceiras!... AcerteilMaria — Nã... não!

4 — Janeiro — J928

Papae (Aos nieninc..)-— Deixemque ella diz sozinha.

Maria — Cô... cemo é que eu fi.*.fi... co... co boa disto?

Papae — E' simples: fale cantandoMaria — Mas eu... não -ei can...

can... cantar!Todos — E' fácil. Xós ensinamos

Faça assim: (Cantam).

Fale cantando que não gagueija",Por mais depressa que a fala seja.

Papae:

Eis o remédio para o seu malPara o curar não conheço igual.

Todos:

Em vez de sempre ga-ga-gueijai,Dirá por musica o que pensar.

Papae:

Vae ver que logo cantando falaE com as palavras não mais se, entala

Trá lá lá lá, trá lá !á Ia', etc.

Todos:

Vamos; repita o que nós dissemos,Cantando fale que a ouviremos.

Maria (Canta) :

Eis o remédio para o meu mal.Pra me curar não conheço igual;

Todos:

Bonito! Assim não ga-ga-gueijou1Expôz por musica o que pensou.

Maria (Alegre) .

Somente agora cantando eu falo.

Todos (Rindo) :

E com as palavras não sente entalo.

(Ficam dansando em grande roda,ora com o papae ao centro, ora tendoao centro a Maria, e cantando trá-lá-lá, ou repetindo a primeira estrophe,"itó dar tempo a que a vovó se trans-forme em moça e entre em scena.)

Mamãe (Entrando com a vovó, muitoílegres ambas) — Vejam! Vejam quemaravilha! (Apresenta a vovó, q.ie en-tra como se fosse uma senhora de 30annos, elegantemente vestida, de cha-péo, sombrinha, leque, <m„ssc etc.)

Todos — Oh !Vovó — Estão admirados! Pois sou

eu a vóvozinha dc vocês, que sahiu hapouco daqui velha e tropega e que,:om o remédio do meu querido genro,remoçou 30 annos! (Ao doutor) Òè-meum abraço! (Abraça-o).

Todos — Viva a vóvozinha moça!.Viva!..

(Continua no próximo numero)'

4 — Janeiro — 1«J2S — 25 — 0 TICO-TICO

\_____iS___ _$, vVwAscslTE[\v>S^fí__l8HB_5_ÉBI IÔwMhS??™**» BtS-.- ^o!®<>*JtVsy& ÍKaMBr^' ¦. * * 'ei*' '— 1

InfeifmlmLtWiiM

AMOR PATERNAL

elephante já velho, secular, sentindo amorte avisinhar-se, procurou o sitio, iso-lado, onde tranquillo, pudesse morrer eonde morreram seus antepassados.

Ali, á sombra de gigantesco "syco-

moro", arque jante e examine, aguardavaa hora final, pensando na prole que iria deixar.

De repente levantou a cabeça, abanando as ore-lhas, ouvira um ruido que se approximava.

Não era illusão Não.O b a r u 1 li o crês-'

cia e não havia duvida deque vinha ao seu en-c o n t r o um outro e 1 e-phante.

— Meu filho! pareciaexclamar o velho pachy-derme.

Tu aqui neste cemite-rio?

Perseguido, talvez, poralgum caçador.

^•^^V^

9(1-1

Realmente o pobre animal vinha corrido por ummercador de marfim, esses deshumanos que abatem umanimal enorme, apenas para aproveitar-lhe asdefesas ,

— Foge filho querido! E o velho elephante num esf^rço heróico empurrou o filho indicando-lhe o cami-

nho da fuga.Depois voltando ao

mesmo sitio recebeu a fie-,xada mortal que deveriamatar o filho.,

?*'???? ??'??'?*??? *.'???????•*??

O TICO-TICO

PERSONAGENS:

Urra Menina com uma arvorezinha namão. Ar sério e bondoso.

Um Rapazinho dirigindo-se como quem«vae corta-, com um canivete ra mão. Mo-dos atrevidos.

A arvore

O* meu pequeno selvagemO que vens aqui fazer?Arrancar a bôa amigaQue inda te pôde valer?

O MENINO

O que fazer aqui venhoE' cousa bem ace tada;Arnincar uma varinha,P'ra bater na canzoada.

a arvore

Commettes dois grandes crimes:te dou approvação)

Trocar a morte p'lia vida,Castigar sem ter razão.

O MENINO

Irônico:Dar a morte pela vida,Essa opinião é bem íutil!Não me dirás hastezinha,Qual o teu destino útil?

a arvore

Por essas palavras tortasBem vejo tua ignorância:

— 2G —i

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C *à j y / -S v// /

^¦i'"7ir \ , m<A . j • • T. fa

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A ARVOREZINHAE O MENINO

(Dialogo)

de ANNA DE CASTRO OSÓRIO

Se me deixares viver\ .'i« a minha importância.

Com tcuthn «W:Hoje sou simples vergonteaQuasi sem folna e ra.z.Amanhã serei a arvoreQue toda a gente bemdiz.

A* terra darei a sombra<E a humidade creüdora.

4 — Janeiro — 1928

Ao homem trarei saúde,Fartura compensadora.

E tu mais tarde, já velho.Debaixo de mim sentado,Ouvirás dos passarinhosO amoroso gorgeado.

Ameaçando e aconselhando:O' menino, que toma tento,Olha bem para o que fazes!...Matar uma arvore é crime,Que só fazem máos ra;;azes.

o MENINO

Eu não sei se tens uazãoOu será rudo contata;() que te posso dizerE' que quero uma chibata.,

A ARVORE

Se queres uim chibataE' bem fácil de encontiar,Uma haste não fará falta,Tronco não deves cortar.

O MENINO

Sério:Pois está dito, bôa arvore,N.,.> usarei cuieldade,E daqui para o futuroEm mim verús amizade.

E a toda gente eu direiTodo o bem que tu nos tazes.libguem mais te fará mal,Xin meninas nem rapazes.

CLINICA MEDICA D'0 TICO-TICOCONSULTAS DA SEMANA

S. P. S. (Santo<r) — Pôde usar alça-trão mencionado em sua carta. Use tam-bem Sanas, — 20 gottas, n'um cálice d'a-gua assucarada antes dc cada refeiçãoprincipal. Faça, por semana, 3 injecçõesintra-musculares, empregando a Cholcstc-ríadine.

M. C. (Cordeiro) — Não é caso para«er tratado pelas columnas de um jornal.Só o exame medico poderá dar resultado.

L. P- (Jahú) — Use, pela manhã e ânoite, 2 comprimidos de Thyroidina. Antesdc cada refeição principal, tome 20 gottasde Iodalósc Galbrum, n'um cálice de vinholeve. Nos intervallos das refeições e nomomento de se recolher ao leito, use umacolher (das de café) do extracto fluidode salva estabiüsada, n'uma chicara de in»fuso de melissa, frio ou morno.

AGRADECIDO (S. Paulo) — Antesde <ada refeição principal, de manhã emjejum e no momento de se recolher ao

'leito, use 2 comprimidos de Lactal. Depoisde cada refeição principal. No momentocentigrs., glycerophosphato de cálcio 15grs.. xarope de proto-kxhireto de ferro

300 grs., — uma colher (das de sopa).Faça, por semana, 3 injecções intra-mus-cularcs, empregando a Cholcrgine. Fric-cione os pontos doloridos, com o B&lsamodc Bengué.

A. G. M. (Rio) — Use: benzo-naph-tol, salicylato de bismutho, magnesia cal-cinada, sal de Vkhy, 30 centigrs. de cadaum desses medicamentos, em uma cápsula,vindo 18 iguaes, para tomar uma, depoisde se recolher ao leito, use 2 pastilhas dePrn'KJ<7ar.

HELEN (Campinas) — Use: tinturade cannabis indica 2 grs., tintura dc nozvomica 1 gr., tintura de boldo 3 grs., ex-tracto fluido de condurango 6 gns., ex-dc tüia 100 grs., magnesia fluida um vi-dro, — um pequeno cálice de 3 cm 3 ho-ras.

J. A. S. (Capivary) — Deve usar:bromoformio 15 gottas, terpina 50 centi-I4r«\, tintura de grindelia 4 grs., extractofluido de capillaria 10 grs., hydrolaio deflores de laranjeira 20 grs., xarope de ai-cairão 0,80 grs. xarope de tolúde cada rafeição principal use; tarrbcnal 50200 grs., — uma colher (das de sopa),de 3 em 3 horas. Depois de oada refeição

principal, use o Ilislogenol Granulado Na-Une.

C. D. B. (Rio) — E' necessário re-

pouso absoluto, durante alguns dias. In-ternamente use Uraupline, uma colher(tias de café), n'um pouco dágua assu-carada, 3 vezes por dia. Em lavagens lo-cães, empregue 0 Cuprargaur, — 2 ampou-las dc 10 centímetros cúbicos, para meiolitro d'agua previamente fervida. Faça,por semana, 2 injecções intra-muscularescom a Proterccine.

LENY (Florianópolis) — Use: tinturade badiana 2 grs., tintura de genciana 2grs., taka diastase 3 Kns., água chlorofor-mada 50 grs., elixir de pepsina Mialhe lvidro, — uma colher (das dc sopa), depoisde cada refeição principal. No momentodc se recollicr ao leito, use uma colher(das de chá) de Sacerol, n'um pouco d'a-gua assucarada.

AMIGO (Nictheroy) — Deve uar.iodureto de lithk) 3 grs., tintura de gen-ciaria 15 grs., — doze gottas, n'um cáliced'agua, depois de cada refeição principal,No momento de se recolher ao leito, use 2comprimidos de Purgatíl.

DR. DURVAL DE BRITO

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O elegante semanário PARA TODOS... é a revista mais bemcollaborada do Brasil, quer artística, quer intellectualmente.

pequenosleitores

1 ti [mg ¦ - - :'A[mMBm mWpBB-K mm\\\\ssA\Mss\ss^sr BT "ü^a.

¦SR """ÍtS —A

Zinalda, filha do Sr. Sn Manoel C. TavaresHeitor Pinheiro da Silva Victoria

Belém — Pará "^T ^-_

t, ==Ã\ Accacio, filho do Sr. || __ ....

—'Waldemar,Raul — Maranhão fl„;...-' filho de Antônio R. Felippe

j^tJrj S. Pauloi *i\l s^b\ k _LLl— 1li » . I n

'•jai»**»*^ HMH 9^m ***jsB^Ba B

Nilo da C -"r~ Silva Pessoa ..'.. .--«^w ..,..

j£ ímm^ABBBBBBBBB Iaaa»^-^ . OT c .».'• EBf a» £1 -V "~*

Maria José dos Santos Araujo eseus amiguinhos

Curityba — Paraná

Maria Fausta e Maria Fahia,filhas do saudoso tenente Cleto

Campello Filho.

OS NOSSOS

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Odette M. Ribeiro— Ribeirão Preto —

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fAMIGUINHOS

Urbano,filhinho do Snr. José Joaquim Annibal

— Rio —

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Esmeralda,filhinha do Snr. Alexandre

Marinho

Aloyaio, Affonso, Maria e José Antônio— Petrooolis —

4 — Janeiro — 1928 — 29 — 0 TICO-TICO

<Êbmm*fl-tfi j^r og- ^^Bfc b

Solucionistas: — Roberto Coelho Pes-soa, Oinoldo L. Vilanna. Antônio VieiraCernes, Felippe Xavier do Nascimento, .Roberto Alves, Heliota C. Rodrigues,Herondina Santa Anna. Mfelchiades Ne-mes da Silva, Ruth Farias Braga, JoaryCori-êa. Clauco Corroa Chagas, Mana Soe-corro Macedo, Francisco de Lucas Netto,Olympia Souza. Hecio Affonso de Car-\alho, José Tavares cia Silva, José Vini-tins, Antônio de Souza. Ruth Machado,Augusto Luiz Fuches, RodelphG PaixãoLinhares, Kinaldo Mentora, Osmar Gou-'art, Affon.o Mamed. Alves, Juilão Al-'"< ida Machado. Ayrton vSá dos Santos,Oswaldo Braga, Oswaldo Barcellos, Es-'her Doformam, Isolina Ordalia Borges,José Zippa. Dalva Carvalho, Yago Castel-"5 Branco, Catharira Ievorltna, CarolinaStolino, Ivan Bandcra de Gouvêa Filho,José Maria Romaguem, Jorge CarvalhoSilva, Lorentis Montevidéo, Cyra OliveiraPinto. Lygio Zonta Vaz, Luiz Eduardo So-crates Bbptista, De Cláudio Fiarda, PauloSi ares Chaves, Eduardo di TommasoBastos, Jorge Barra., Pery Fraga Coe-lho, Muuricio Haddock .Lobo, Pedro Fi-KU_:ras. Victor José Paulino, Alberto Le-uo Moreira. Arino de Sá Linhares. IritaVilla Bella. Rubem- Dias Leal, Ednasiò

F ngoso Albuquerque. Lcctici^ CardosoCoelho, Paulo Rodrigues Alves. Bujú deMello. Oney Cavalcante, Armandina, Soa-

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Evita os accidektes dada DENTIÇ/Co* FACILITAa sahida DOS PENTES .f/n Podas as P.harmacas.

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RESULTADO DO CONCURSO N. 3185

___r **¦ *m iBê '

^^ i ^^^ »

A solução exacta do concuso

res Plinio Miguel, Miguel Carduzzi, Ly-

diaPansera, Agione Soares Mello. Renaldolosé, Maria José da Fonseca Lessa, Ar-'chibaldo

Bello Galvão. Nelson Nemitz,Fratósco de Marchi, Atir Nazareth San-

tos. Ada, Borges, Cláudio Castanh-iraBrandão, José Fiorantes, Jarbas M. Ma-

chado, Sylvio Portella. Hélio Soa ts de

Miranda, Ignez Droghetti, Armando Be-

che!'e, Maro Aurélio Pires. Gubr_lla de

Brito Azevedo, Abigail Alves Pereira da

Silva. Maury Pinto de Oliveira. Neusa1 .eiro Vidal, Mario Fernando C. Neves,Danilo Palermo, Iracema Guimarães. Ro-mualdo de Alcântara. Ivan Simões doNascimento, Ruzeny Gom.s Pinto, DulceMarques d.- Oliveira. Wilson Lasso, ElzaFerreira, Florindn Beachini, Zilda Masca-

renhas, Dirce Alcântara e Silva. Walde-

mar de Almeira. Antônio de Padua Cos-

ta Tose Marques Ferreira. Calos Rossi,

Miguel Pernambuco, Oswaldo Pacheco.

MBthifck At Queiroz, Nelson Junqueira de/^ndrade, Ruth ' de Aquino Marques, Aí-

fonso Retz, Amélia Martins, Elza Figuei-

r do Ferreira Cardoso. Helena Rod unes,

Manoel Lader, Edgar Durjlho, FranciscoDutra Souto, Octavio de Oliveira Dorta.-Landra Medei ò Manso. Ma -a dá

lourc. Ferreira.'- J'sé Lef a Tavares.

Ameba Americano Franco. Oeiac.lio Al-ves Coutinho, Elza Lopes, Joge França

Costa, Almix Nogueira. Alberto Marquesde Oliveira, Fernando Marques de Oli-veim, João Btienne. Ruy Bittencort, Gui-lherme Moraes, Luvercy P. de Souza,Salvador Pires- Fernando Paulo QueirozMagalhães, José Pacheco Sobrinho, Bene-dicto Leite, Waldemira Costa Nunes. Pau-Io Miranda, Durga Oliveira de Aqumo,Washington C. Baratta. Rosalvo Moura,Domingos Duque Estrada, Clovis BritoFeio, Lúcio Rennó, Maria Almeida de Je-sus. Mania Amalia Gonçalves, JumongHadge, Maria do Rosário G. Eça. ElzaAlves Baracho, Lázaro Oliveira. AmelioRodrigues Barbosa, Alice Leite Costa, JoséPereira de. Magalhães, Telma FerreiraCampos, Domingos de Paula Netto, BentoSandes, Benjamin Tiommo Aisen. FeliciaRenaldo Giomini, Alberto Soler Garcia,Ramiro P. Moutinho. Orlando Gonçal-ves Chagas, Cenny Pereira, Cecy do Gua-rany Perein. Orlandina Moraes, Arlettede Mello Antunes, Aydil Moraes. MariaI.abel Botafogo, Mareio de OKveiraCo"mbra, Orlando Velloso de Almeida.N.1«on de Almeida Cardoso, Alcides Vi-

eira Gatune, Manoel Syhestre Gomes

C(.ta. Olga Pio da Silva Santos. Fábio

Neves Ferreira, Humbe.q Tenorio, JorgeBarros Barreto, João Jacob Tesch Furta-

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¦

O TICO-TICO --. 3U --, Janeiro — 1928

UMA PRIMOROSA PAGINA DE ARMAR

O carnaval d'0 Tico-Tico

Do próximo numero em deante começarem -;a publicar uma sensacional pagina de armar, re-presentando um monumental carro-ollcgorieo car-npvalesco, no qual figurarão iodos os persona-gens 1'"0 Tico-Tico". Essa pagina será um dosmais bellos brinquedos até boje editados _ os nos-sos leitores não devem deixar de adquirir os nu-meros próximos d'"0 Tico-Tico''.

O BATALHÃO NAVAL

Publicamos boje, para gatidio dos nossos lei-fores uma interessante pagina dupla com soldadosdo nosso glorioso batalhão naval Nos dois nume-ros próximos continuaremos a publicar mais sol-dados. Guardem a pagina do numero de hoje paraser junta ás dos demais números.^^^^^*N^^_^-^^_^^_^«^^»^^_^^_»^^_^^_*^^^S*N*WWWMN*W^^^^^^^*S^'N^'*^^^-^'

O ORGULHO DE TODA MULHERE' muito natural e humano de que toda

a dama que se preza trate de melhorar a ap-parencia de sua cabelleira. Um só medicoexiste para obter uma cabelleira abundantee formosa: — é simplesmente com o uso me-thodico e constante do Tricofero de Barry. Amissão desta maravilhosa preparação é des-truir a caspa, fortalecer o couro cabelludo etransmittir nova vida aos bulbos capillares; écomposto inteiramente de elementos vegetaes.A pessoa cautelosa nunca deve esquecer deter em sua toilette um vidro de Tricofero.

VS/V^W^W^^V^^ \ ^Hr / •^Ni^_«S^N^_*n^_*_^v-s^s^s^,*^_»*'

CINEARTE - ÁLBUMLUXUOSA PUBLICAÇÃO — CEN-TENAS DE RETRATOS A CORESDOS ARTISTAS MAIS NOTA-

VEIS DA TELAACHA-SE A VENDA - PREÇO

8fooo — ESTADOS o$ooayWWWVW^_'^^>-^^^<VWVSAA»VSAAA^»^^AA^iN

VWVWS^S*^^^^^^*^^^^^^^1

O salto de Tequendama, na Colurabia, tem a colossal ,altura dc 139 metros

^•^•^>^>^sa^^sa*^s^*a*^^^a»^*^^<^s^^^^<^^^<^ia^^sa^^sa^^^<a*^^^sa^a I

do, Luiz José Carneiro dc Mendonça, Ara-cy Fernandez, José Luiz Brandini. Leoni-tias Samuel Pessoa, Sylvio Braga, Ferrem-do Lemos Veneza Americana, Doreciíe,Paulo Borges, Judita Cunha, Lourd.sFreire Borges, Edla Maria Rego. Horacioda Silva, Guilherme Pereira Wilhn, Ru-bem Musco- Alfredo Alves de Farias, AI-varo Alves cie Farias, Maria ApparecidaB, Santos, Carmo Jalifcrte, José AracatyTavares. Mario Marques da Silva, CarlituGonzaga dc Mello, Maria Paula Guima-rãs, Moacyr da Silva, Sylvio Sá. JudithGuedes Marques. Maria da CoAceição Sá,Francisco Chaves Lamcirão, Antônio Gue-des Marques, Antônio Augusto Caminada,Walter T. R. Cl,,,. de Sou/a, •raldo Luz. Humberto Mario Gk-dini, Na-dir Lopes, Yalmir Grcin, Edfth TeixeiraBa*1 . - -1..». Ett-penio Rodrigues Chav i, Bczinha Cavai-cante, Maria de Lourdes Abre» Archime-dos Atevedo, Danillo de Freitas Lin-. Cel-so José de Mora» Emílio X. Co'.lHélio Carvalho Limo. Ney , rdioGoudrnho Naylor, O!..;; Ferreira Reis.Drrlce Muniz Pereira. Lido. rei"*.José Carlos de Miranda Hélio 1'..Seroio, Nilo da Silva Pes.õa. Ycdda Re-gal Possolo, Lia Vianna dc Uarrno dr Andrade Lima. João Vianna de '

veira. Adorpho Fernandes Monteiro, Anna

P. Osório, Nylda dc Souza. Flora Bonna-rr.tti, Maria Branco, Antônio Abrunhosn.Lucy Ribeiro Sobral, Dulce Ventura Mil-ton Pinto, Perly Lacerda Poncio, Es-.r dcOliveira Santos. Mario Pereira Braga.Valdcmiro Pinto, Ruy da Costa Mesquita.José Maria S. Campos. Helena Rodri-gues, Carlos Werneck Gom es I.M>.a.Carlos .le Freitas Casan ardo Fa-rias de Aguiar, Hélio M. Escobar> MiltonDorge, Frederico Câmara Neiva, Feüpp-Baptista de Alencastro- Hamilton Paulodc Lemos, José \'il!ar, Avelino Costa. Pau-In l)a\i<l Barcellos. Octaviano Galvão,Arnaldo Hecht, Lybia Aires Pinto, Wfl-s..n Soares da Silva, Gualter Galloulchy-il..- José Heitor Cony, Maldemar Valia-rla... Carlos de Qrreir..^ Mattoso, Teimo|.-;:s Peneira, I.uiz Vieh-U José Pires daFonsectt, Maria daí Victorias de Souza.Maria 'de Lourdes dás Santos, Ranor Frei-tas BarlK.si. Lindomar Bastos da Silva,Dulce Martins. Rpque C. Perrone, Jopy-i.i de Mello, Olya Ari., Antônio Ata

',hrd nn1>03 hnOa.

Azevedo, Newton Rodrigues Cardoso,Aldolice Ferreira, José Pimentel dePaiva, Mario Santa Rosa, Luiz Lou-reiro, Hélio Dias, Ozorio Aliuei-liAndrade, Dulce Gonçalves dc Alva-renga, Pericles Servulo dc Azevedo.Naccor Machado, Edna de Ca>tiu,Glauco Antônio, Elias Cândido Fi-gueiredo, Lucy Coelho de Souza. Gu-'-tavo Matheus da Silva, Jussara Go-na-- de Jesus, Moacyr G. MoraesVanio Augusto Dias, Luís Salgado Goz.Hélio Costa- Alice Mtteto Ribeiro. Moa-cyr Alvarenga, Ivan dos Anjos Netto, An-

. Severino da il.o Sa-id<- Sou/a. Alberto Pontes Martins, P\K - Pereira <U Andrade, Conceição Car-doso Ba__osa, Duphnc Soott, Marfarete

.i. José Fernandes de Barros Lima,ílio Rabello, Danil.. ra, .->¦•••

iie Pqptes, Maria Paes- Talltha C. d<Alnn Ha Wstctws, Renato Chi-raentei Nelson Cruz do Rosário, RenataDomingues, Ivan Vasconcellos, SeiGranir, Paul Marina GranerCarmen Sotelo, Newton José da Foo

i. José »l-i Silva Mangu_lde> WerthcrPinto, Getoldo de Moura Rohaero, _______Gulermaib Julia R. AlU-rt iCruz, Werley C. Bittencourt, GuilhermeSeholz, Alxrl Notario luildi Aguiar. Lotos

¦í — Janeiro — 1928 *— 31 — O TICO-TICO

Aluizio Becker, Maria José. de Vmí- Nil-da Mattos Chaio, Benedicto RodriguesCosta, Sônia P. Piza, Hélio Gomes deOKveira, Zilda dos Santos Mendonça. JoáoBaptista Pereira, Izau a Alves Rosa, New-*on Theophilo Gonçalves.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

i" Premio:

Ff-ORINDA BECCHER.

de io annos de idade c moradora á ruaCoronel Oliveira Lima n. 4. cm Estaçãode São Bernardo, Eslado de São Paulo.

2° Premio:

MAURY PINTO DE OLIVEIRA«e 12 annos de idade e rcsldentte no Ho-tei Gloria, em Ponte Nova, Estado de Mi-nas Geraes.

RESULTADO DO CONCURSON. 3.188

Respostas certas:" — Relógio.2| — Jarro-Jarra.*>* — Parahyba.^*

— Oração-Coração-5* — Copacabana.

Solucionistas: — Waldevino Pinto,¦Moema Alternbur.fr Brasil, Beatriz Du--J*. Wilson de Barros, Mario Fernan-«o C. Neves, Antônio Figueiredo deAlmeida, Lucy Coelho de Souza, Ante-nor Ayres Vianna Júnior, Julictta J.^atroppa, Ramon Thabes Barbosa da?. ,'• Lourdes Freires Borges, NewtonKodngues Cardoso. Maria ApparcciduSantos, Oswaldo Luiz Vianna, José\-ueiroz de Oliveira, Mario Cravo, Yo-anaa Rodrigues, Rubens Marques, José•jocloy Tavares, José Maria Vianna,-«¦acema Guimarães, Yedda Lopes Ma-enado, Nelly Sampaio Corrêa Freen-naigho. Niathalia Rego, Maria Apparect-«a «Neves, Carlos de Freitas Cassauo-vos, Edyr de Freitas, Marina Graner,^rKio Graner, Paulo Graner, Manoel-v*art,„s> Conceição Cardoso Barbosa,¦solmo de Vasconcellos, Laura de Oli-?«ra Dorta, Antônio Guedes Marques.Atür de Souza e Silva, Judith Guedesaurques, .Maria de Lourdes Peixoto,J-üier Barbosa, Maria da Conceição«caant, Yvonne Housen, Carlos Gus-•»ao Lima, Nelson de Almeida Car-ü°so, Annitinha Boisson, Cennv Pe-reu-a Talitha de Almeida, Welste.1'ntsch, Zulma Duque Estrada Alber-*o Cruz, Jane Jacy Retter, Nilo Gui.«naraes de Souza, Antonietta de OU-•cua Ribeiro, Rogério de Queiroz, Tu-jara

de Oliveira, Edwin Mello, Hugo«etio Mcndunça, Maria de Lourdesjaiatt. Ismecínio de Mello, Mario Sla.-*°sa, Durval de Alvarenga, C.uilher-toe Bardin, VVaMetaar ValladSo, Achitle-,¦J-tastemeiter, Antônio José de Souza^cvenliagem, Janira Pallota, Juraxy

Alves Baracho, Wilson Brandão, Dur-ga Oliveira Aquino, Haydée di To-maso Bastos, Lecticia Cardoso Coelho,Emilia Marialva, Waldemar Torres,Elza Iorio, Githail Nubile, Lucy Ribeiro Sobral, Maria das Victorias deSouza Ferreira, Jorge de B. Barreto,Yolanda de Oliveira Monte, CarmenMagalhães Abreu, L. Nelly L. Pereirada Silva, Milton Campos, Eduardo daSilva Araujo, Elza Figueiredo Fer-reira Cardoso, Tácito Leite de Carva-lho e Silva, Maria Amalia Gonçalves,Eugênio Rodrigues Chaves, Ayrton Sádos Santos, Oswaldo Florindo Santos,Maria do Carmo A. Mendes, José daSilva Manguâldi, Fernando F. Sta-.-nato. Paulo Costoppassi Vieira, Yolan-da Mansur, Mauricia Haddock Lobo,vVa.dir de Mello Ferraz, Gtiilherme Pe-reira Wilhen, Hélio Carvalho Lima,Maria Mattos, Lia Vianna de Barros,Nüa Abreu Caminada, Anna P. Ozo-rio, Lygia Borges de Almeida, JoséEurico Lacerda, Medina Chouzal, Je-zuina Vianna, Henry Parke, LeonoraParke, Yedda Regai Possollo, ÁlvaroAlves de Farias, Alfredo Alves deFarias, Braz Teixeira Pinto, Chry-santhemo Figueira, Maria Neturg,Lucy Ribeiro, Oswaldo Florindo San-tos, Carmen Salles Fernandes Costa,Maria L. Macedo, Maria Luiza deSouza Xavier, Aracy Fernandez, HugoFeres, Isabel da Silva, Geraldo Lebre,Rubem Dias Leal, Jorge França Cos-ta, Ary G. Gomes. Marcello Azevedo..

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Vermes ¦ . .» LACTOVERMILDlAEEHÉAS —-¦ l j * CAZEON

AUMENTO-MEDICAMENTOSy-?hius —«*• LACTARGYL.

FERIDAS DESDE O NASCIMENTOCoqueluche » HUSTENIL

TOSSES GOTTASVômitos ¦ PEPSIL

DYSPEPSIA3 TEI-DICESTIVO

Fraqueza—?TÔNICO INFANTIL'ANEMIAS SABOR DE ASSUCAR

Rachitismo—«LEBERTRAN "A"(no crescimento)

Farinhas—?CREME INFANTIL,(14 variedades)

Laboratório MrolherapicoDR. RAUL LEITE & CIA.

Rua Gonçalves Dias, 73 — Rio

Dulce Ventura, Frederico Sanchez,Ivita Villa Bella, Solange Abibe, Joa-ry Corrêa, Adilia Pereira da Costa,Regina Celeste de Souza Corimbaba,Walter Moraes e Silva, Guilherme C.Magalhães, José Francisco Barbosa,Marina Tavares, Neria Campion, Ethcidos Santos Moraes, Hugo de SampaioPacheco, Yago Castello Branco, MarioPereira Braga, Lygia Tatsch, João Ja-cob Tesch Furtado, Luiz Francisco daSilva, Maria de Lourdes Fonseca,Milton Pinto, Mariazinha Gouvêa Es-pindola, José Romelho. Lúcia Brim-net Dias de Andrade,

Foi premiado o concorrente:

LUIZ FRANCISCO DA SILVAde 10 annos de idade e morador á ruaS. Carlos n. 90, Estacio de Sá. nestacapital.

CONCURSO N. 3.198

Para os leitores desta capitai, e dosEstados troximos

Perguntas:

1' — Qual o nome de homem que nofeminino é mineral?

(2 syllabas)Pedro Lisboa

2* — Qual é a ave que não tem pennas?.Maria Lúcia Vieira

3* — Elle é gostoso.| Eüla é brinquedo.

(2 syllabas)João Veiga

4* — Elle é estrada.Ella é tempo dc verbo e diminui-tivo de leito.Qite c?

(3 syllabas,João Nobrega

_S* — Qual o sobrenome que com a ini-úal trocada está na cabeça?

(3 syllabas)Judith Rabello "

¦ -

As soluças, devidamente assignadas éacompanhadas do vale n. 3.108, devem serenviadas a esta reracção até o dia 26 docorrente. Daremos como premio. por sor-te, entre as soluçõss ceitas, um rico livrode historias infantis.

W ^Afôr -m *

i_'j7» _Vsâ^ yF^aamaÊ'smmmsmmmwmsx.

C0NCIJRS O

3.193

Eeiam as auàrtas-feíras. CINEARTE. revista cinematographíca

O TICO-TICO -- 32 — _ — Janeiro — 1928

CONCURSO N. 3.199

Para os leitores des. a capitai, e dosEstados

^^*y \r amWt)

"As soluções devem ser enviadas a estartcheção, separadas das de outros quaes-

quer concursos, acompanhadas das declara-

ções de idade residência, assignatura dd

próprio punho do concorrente e ainda dovale que vae publicado a seguir e tem o

n. 3-199-

Para este concurso, que será encerradono dia 15 de Fevereiro próximo, daremos

um rico livro de historias infantis.

_vv_^Af^rt/,__v_¦l__v,_^^rt^_¦___vvv•

a__üBtaawM_BM__R_Mg%-B^Cirzearte-Album

-_g^»aa.--^V-

VALE¦»Alt.A_ OCOftCIJRfO

si W 3.199 ^£>5

^ixuosiâiima pubítea.rias .o *prtpatQ5_-_r-c>.|

dos artistas mais rcotavteis.^-(to ida om todos os paizos. (e

-g_-. __•__¦

O T íCO-TiCO

O concurto de hoje e mais fácil do que

parece. Consiste apenas na formação, com

os fragmentos do clichê junto, de um hu-

do passarinho.

PREÇOS DAS ASSIONATÜRASUm anno (Seria de 52 ni.).. 15.000

• semestre (Í6 na.) 1*1000Estrangeiro (1 anno) 65.000

(Semestre) Í8$000As Aaslanatnraa começam aempra a*

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NO RIO .„ .. _. ra U «a aa ... $500

Nos Estados .. r. TO .. -o .a¦ $(00

dia 1 do mes em qne forem tomadnaaerflo arreitn. anaual on aemeat rnlni.nle. Toda ¦ eorre-pondrncla. cornoIa a reme.aa de dinheiro (qne pdda aer lella por -ala P_atal ou cartatl.tr.da -om Y.lor declarado). d.« aer dirigida á Socltrf.do A.oysu.fod

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bebIf.....-..a..«».«wgy_ü

M A É.EDUCAR IV V l

"As almas infantis são brandas como a neve,São pérolas de leite em urnas verginaes;Tudo quanto se grava e quanto ali se escreveCrystaliza em seguida e não se apaga mais"

Guerra Junqueieo

São magistrais estes versos e advertem o educadorde que deverá ter o máximo cuidado cm transmittir áinfância ensinamentos puros e elevados. Sobretudo, o

preceptor deverá ter uma moral sã, attitudes serenas,tolerância absoluta- e nunca paixões partidárias. Pois acriança, assimila com facilidade e observa com nitidez,reproduzindo o que vê!

Imaginae quão grande é a responsabilidade dos

educadores!Outr'ora, os professores eram sacerdotes e minis-

travam a instrucção nos Templos.Os antigos, tinham elevada percepção do que era a

sciencia e ao mesmo tempo a arte de conduzir creanças.Hoje, existe muita gente que procura essa nobre

profissão unicamente como nieio de vida..Ser educador é ser missionário!

RACHEL PRADO

BANDEIRA DO MEU PAIZ! .

(oração)

O' sacretissimo pendão estrellado da terra de meus

pães! Bandeira divina: azas de paz, beijos de amor, es-tendes e dás aos filhos do Brasil—o grande, o majestoso,o idolatrado Brasil! "— o conforto da tua ordem e ameiguice do teu carinho de mãe extremosa! Sê paratodos nós, trapo celeste, fragmento dos nossos próprioscorações, a bençam que paira docementt nas escolas, e omanto que agasalha heroicamente os campos de batalha,enrolando o corpo dos que tombaram por ti, lutando pelonosso Brasil! «•

Bandeira Brasileira! Pendão sacratissimo do berçode meus paesl

JOÃO GUIMARÃES

BONS PENSAMENTOS

Os bons pensamentos produzem na alma mais gros-seira, quando mesmo ali penetrem apenas por um instan-te, o effeito dum sol brilhante na morada sombria do po-bre. Purificam-a, embellezam-a, enchem-a duma grandee suave claridade, cujo vestígio fica para sempre inapa-

gavcl. — Gerard.

SJàxATÍ___ÉBÈ-Al_iíí

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lMANACílDT>M&LhO"_____¦_¦ ¦_____¦__! I Xv.*N y\ y . Â

4 — Janeiro — 1928 — 33 O TICO-TICO

^T \\ h batendo o "record" de si próprio, porque está »^^^ %W /

V—^ S SL \ / r-"eÇos: no Rio, 5JO00: nos Estados oa peto EoBbA V /

O TICO-TICO 4 — Janeiro — Í923

I/-"¦""— — ¦ - >v Que /WnAo

BANHOU At!Vmw*n •

^T A/;TTVjO>V >ULtfr\.

v<JX Idorly )

]¦"f\ ¦ p XHõ, (A

BEIJA-FLOR-r.o"%/*.*'<»*»^»^/\1«^s»í«V*sf-w'VNí'N^VN/N./Ni'^^S««>i'««i^

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Chiquinho, depois das festas e dos recreios de fim de anno, sonhou que-ha-via feito- muitos balões e um delles era muito grande, capaz de suspender..-.cre-...grandes pesos. Era dia de festas. — Vamos soltar o balão grande! E a c-i

ançada poz-se a gritar! Ao balão! Ao balão! Chiquinho abanou e atacou fogo..

. ..ao gaz do balão. O balão elevou-se um pouco e Chiquinho foi colhido, porum Dé/-pel3-corda do balão. Este elevou-se mais e o menino afflictosüspenso...

.. i .-' v'"fi i i ¦¦f„'^T* .1—*~ ' r ",—-rfr." \, „ ^^^r^—. — __.. .poz-se a gritar e acordou. Acordou no chão ao lado da cadeira que comelle cahiu. Chiquinho estava estudando e dormiu sem querer.