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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 235, de 25/09/2012 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS SUMÁRIO Notícias Necessidade de concurso para "Sistema S" tem repercussão geral Ministro determina suspensão de processos que questionam normas sobre DPVAT 1ª Turma nega imunidade tributária a organização maçônica do RS Associação de procuradores contesta lei paraibana sobre cargos Plenário: preliminar sobre repercussão geral é indispensável Menor pode incluir em seu nome mais um sobrenome da mãe ESPECIAL - Alimentos entre ex-cônjuges: para o STJ, excepcionais e temporários Inércia do credor na busca de bens penhoráveis impede nova suspensão da execução Prazo para ajuizar ação de exibição de documento está vinculado à vigência de contrato bancário Desistência de recurso não isenta contribuinte de pagar honorários em execução fiscal É possível incluir sobrenome do cônjuge depois do casamento Decretação de indisponibilidade de bens em ação de improbidade não exige demonstração de dano

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA … · honorários em execução fiscal ... de Direito Municipal, com a catalogação dos livros adquiridos e demais atos correlatos

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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 235, de 25/09/2012

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOSECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO

CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS

SUMÁRIONotícias

Necessidade de concurso para "Sistema S" tem repercussão geral

Ministro determina suspensão de processos que questionam normas sobre DPVAT

1ª Turma nega imunidade tributária a organização maçônica do RS

Associação de procuradores contesta lei paraibana sobre cargos

Plenário: preliminar sobre repercussão geral é indispensável

Menor pode incluir em seu nome mais um sobrenome da mãe

ESPECIAL - Alimentos entre ex-cônjuges: para o STJ, excepcionais e temporários

Inércia do credor na busca de bens penhoráveis impede nova suspensão da execução

Prazo para ajuizar ação de exibição de documento está vinculado à vigência de contrato bancário

Desistência de recurso não isenta contribuinte de pagar honorários em execução fiscal

É possível incluir sobrenome do cônjuge depois do casamento

Decretação de indisponibilidade de bens em ação de improbidade não exige demonstração de dano

LEI FEDERAL Nº 12.715, DE 17 DE SETEMBRO DE 2012.

Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas

pelas empresas que especifica; institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e

Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Regime Especial de

Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de

Telecomunicações, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso

Educacional, o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e o Programa Nacional

de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência; restabelece o Programa Um

Computador por Aluno; altera o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da

LEGISLAÇÃO

ATIVIDADES ACADÊMICAS

IX CONGRESSO DE PROCURADORES MUNICIPAIS

Período: 27 a 30 de novembro de 2012

Local: Rio de Janeiro – RJ

Realização: ANPM - Associação Nacional de Procuradores Municipais

Informações e inscrições: CLIQUE AQUI

Indústria de Semicondutores, instituído pela Lei no 11.484, de 31 de maio de 2007; altera

as Leis nos 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 11.033, de 21 de dezembro de 2004,

9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.774, de 17 de

setembro de 2008, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, 11.484, de 31 de maio de 2007,

10.637, de 30 de dezembro de 2002, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 10.406, de 10

de janeiro de 2002, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 12.431, de 24 de junho de 2011,

12.414, de 9 de junho de 2011, 8.666, de 21 de junho de 1993, 10.925, de 23 de julho de

2004, os Decretos-Leis nos 1.455, de 7 de abril de 1976, 1.593, de 21 de dezembro de

1977, e a Medida Provisória no 2.199-14, de 24 de agosto de 2001; e dá outras

providências.

Clique aqui e acesse a íntegra.

LEI FEDERAL Nº 12.714, DE 14 DE SETEMBRO DE 2012.

Dispõe sobre o sistema de acompanhamento da execução das penas, da prisão

cautelar e da medida de segurança.

Clique aqui e acesse a íntegra.

DECRETO Nº 53.415, DE 17 DE SETEMBRO DE 2012

Estabelece os procedimentos para a expedição por via eletrônica do Alvará de

Aprovação de Edificação Nova ou Reforma, Alvará de Execução de Edificação Nova ou

Reforma e Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, previstos na Lei nº 11.228, de

25 de junho de 1992, e do Alvará de Desdobro de Lote e Alvará de Remembramento de

Lote, de que trata a Lei nº 9.413, de 30 de dezembro de 1981.

Clique aqui e acesse a íntegra.

DECRETO Nº 53.414, DE 17 DE SETEMBRO DE 2012

Dispõe sobre a implantação do Sistema de Gerenciamento da Fiscalização - SGF e

estabelece os procedimentos de fiscalização das diversas posturas municipais.

Clique aqui e acesse a íntegra.

STJ - Resolução Nº 202, de 29.08.2012:

Fonte: OAB/SP Administração do Site; DOU, I de 06.09.2012. Pgs. 804 e 805, 06/09/2012.

Dispõe sobre a implantação do Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJE no âmbito

do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

Clique aqui e acesse a íntegra.

SRFB - Instrução Normativa Nº 1.290, de 06.09.2012:

Fonte: Administração do Site, DOU, I, de 10.09.2012. Pg. 22 e 23, 10/09/2012

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.022, de 05.04.2010, que dispõe sobre o

imposto sobre a renda incidente nos rendimentos e ganhos líquidos auferidos nos

mercados financeiro e de capitais.

PORTARIA 037/2012-SNJ.G - CLÁUDIO LEMBO, Secretário Municipal dos Negócios

Jurídicos, no uso das atribuições legais, que lhe são conferidas,

Considerando o disposto no artigo 18 do Regimento Interno da Escola Superior de

Direito Municipal

RESOLVE,

Art. 1º. Nomear, para integrar o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, sob a

Presidência do Diretor da ESDMSP, os seguintes membros:

I. Professor Doutor: JOSÉ RUBENS ANDRADE FONSECA RODRIGUES – RF 603.161.7

II. Professor Mestre: LILIANA DE ALMEIDA FERREIRA DA SILVA MARÇAL - RF 648.301.1

III. Professor Especialista: LUIS ANTONIO GIAMPAULO SARRO - RF 619.015.4

IV. Representantes do Corpo Docente:JOSÉ FERNANDO FERREIRA BREGA - (doutor) – RF 696.417.6.1RODRIGO BORDALLO RODRIGUES – (mestre) – RF 733.034.1LUCIANA CORREIA GASPAR SOUZA - (especialista) – RF 729.191.4

Art. 2º. Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

PORTARIA 039/2012-SNJ.G - CLÁUDIO LEMBO, Secretário Municipal dos Negócios

Jurídicos, no uso das atribuições legais, que lhe são conferidas,

Considerando o disposto no artigo 21 do Regimento Interno da Escola Superior de

Direito Municipal

RESOLVE,

Art. 1º - Nomear, como coordenadora do Curso “O Terceiro Setor e a Administração

Pública”, a procuradora LAURA MENDES AMANDO DE BARROS – RF 750.617.1,

ratificando os atos já praticados.

Art. 2º- Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

PORTARIA Nº 29/2012 - PGM.G (D.O.C. 13.09.2012, p. 22)

O PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, no uso das atribuições

que lhe são conferidas por lei;

CONSIDERANDO a necessidade de implementação da Biblioteca da Escola Superior

de Direito Municipal, com a catalogação dos livros adquiridos e demais atos correlatos

para permitir seu funcionamento:

RESOLVE:

1. Designar a bibliotecária MARIA ALICE FICO, RF 621.287.5/1 para exercer a tarefa

de catalogação e demais atividades de competência técnica visando a total implementação

da Biblioteca da Escola Superior de Direito Municipal – ESDM-SP.

2. A servidora deverá se apresentar à Diretoria da Escola para início dos trabalhos,

que deverão ser concluÍdos no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação

desta Portaria.

3. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Clique aqui e acesse a íntegra.

Memorando 155/2012-PGM-G - PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO (D.O.C. 13.09.2012, p. 22)

Representação do Conselho da Procuradoria Geral do Município de São Paulo acerca

da aplicação do artigo 21 da Lei Municipal 14.125/2005.

DESPACHO

1 - Acuso o recebimento da representação do Conselho da Procuradoria Geral do

Município, formulada por intermédio do Senhor Procurador-Geral, que aborda de forma

analítica e percuciente as questões envolvendo a aplicação do art. 21 da Lei Mun.

14.125/2005, que trata da representação judicial de agentes públicos e políticos pela

Procuradoria Geral do Município, especialmente em face do inquérito civil em andamento

sobre tema;

2 - Como bem pontuado, a insegurança e a instabilidade jurídica subjacente as

normas que atribuem a advogados públicos a defesa pessoal dos seus agentes,

recomenda, a suspensão da apreciação de novos pedidos de defesa dirigidos por agentes

políticos ao Núcleo de Defesa da Administração, da PGM, entendimento que acolho, sem

prejuízo da proposta de estudos voltados à revogação do art. 21 da Lei 14.125/2005 ou

seu aprimoramento;

3 - Diante do exposto, DETERMINO o encaminhamento deste expediente à

apreciação e decisão do Senhor Prefeito quanto à suspensão, sit et in quantum, da

apreciação de novos pedidos de defesa dirigidos ao Núcleo de Defesa da PGM e, ato

contínuo, o início imediato dos estudos propostos, sobretudo buscando preservar a defesa

dos servidores e a busca de alternativas para viabilizar, quando necessária, a defesa dos

agentes políticos.

DESPACHO DO SECRETÁRIO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS (D.O.C. 12.09.2012, p. 18)

2012-0.128.048-2 - Justificativa de afastamento. Diante dos elementos de instrução

constantes deste processo, notadamente a manifestação de fls. 25 e com fundamento no

art. 6º, parágrafo único do Dec. 48.743, de 20 de setembro de 2007, CONSIDERO

JUSTIFICADO o afastamento da Procuradora Nathaly Campitelli Roque, RF nº

743.263.1/1, sem prejuízo dos vencimentos e das demais vantagens do cargo, para

participar do Estágio de Pós-Doutoramento, realizado na Faculdade de Direito da

Universidade de Lisboa-Portugal, no período de 4 de julho a 4 de agosto de 2012.

DESPACHO DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (D.O.C. 18.09.2012, P. 18)

2010.0.066.194-2 - DESPACHO Nº 719/2012 – PGM.G. ASSUNTO: Prêmios

“Trabalho Relevante do Ano” e “Oswaldo Aranha Bandeira de Mello” – exercício 2009. I –

Decorrido o prazo constante na Portaria nº 014/10-PGM.G, publicada no DOC de 15.04.10,

para gozo dos prêmios “Oswaldo Aranha Bandeira de Mello” e “Trabalhos Relevantes do

Ano”, outorgado no exercício de 2009, conforme despacho do Sr. Secretario dos Negócios

Jurídicos no DOC de 07.08.10, fls. 1099, DECLARO extinto o direito de fruição do prêmio

concedido aos procuradores Gláucia Savin, Sergio Barbosa Junior e Humberto Masayoshi

Yamaki.

DEPARTAMENTO DE DESAPROPRIAÇÕES

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ÓRGÃO ESPECIAL

Mandado de Segurança n° 0353926-71.2010.8.26.0000

Comarca: São Paulo

Impetrante: Municipalidade de São Paulo

Impetrado: Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São

Paulo

Interessado: Nelson Seara

DECISÕES RELEVANTES – DEPARTAMENTOS – PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO –

Voto n° 22.282

MANDATO. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.

INEXISTÊNCIA DE MERA IRREGULARIDADE

PROCESSUAL. RECONHECIMENTO DE

NULIDADE ABSOLUTA. SEGURANÇA

CONCEDIDA Pedido de sequestro formulado por

credor falecido padece de nulidade absoluta, não

podendo ser remediado por posterior habilitação

dos herdeiros. Procedimento que deve ser anulado

deste o princípio.

Vistos.

Trata-se de Mandado de Segurança impetrado pelo Município de São Paulo

contra decisão do DD. Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São

Paulo, a qual determinou a remessa do valor sequestrado cm favor de Nelson Seara, ao

juízo das execuções.

Sustenta o Impetrante irregularidade na representação processual do

Credor, pretendendo a nulidade da decisão que deferiu o sequestro.

Deferido pedido de liminar para sustar os efeitos da decisão de remessa do

valor sequestrado à primeira instância (fls. 182), vieram as informações do Exmo.

Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça que defendeu o ato impugnado, alegando

preclusão da alegação de nulidade do sequestro (fls. 184/188).

Citado, na qualidade de litisconsorte necessário, o espólio de Nelson Seara

manifestou-se à fls. 209/214, pretendendo seja admitido no pólo ativo da relação

processual, ratificando todos os atos já praticados.

O parecer emitido pela Douta Procuradoria Geral de Justiça é pela

concessão deste mandamus, sob o fundamento de que o pedido formulado em nome do

falecido Nelson Seara padece de nulidade absoluta (fls. 224/228).

E o relatório.

Segundo consta dos autos, o credor Nelson Seara faleceu em 29.04.2004

(consulta de óbito em fl. 156), sendo certo que em junho de 2007, três anos após seu

falecimento, foi formulado pedido de sequestro de rendas da Municipalidade de São Paulo

em nome dele, instruído com cópia do instrumento de procuração (fls. 23).

A ordem de constrição foi deferida pela Egrégia Presidência deste Tribunal

de Justiça (fls. 110/114).

Após, a Municipalidade de São Paulo postulou nos autos, pleiteando a

nulidade do sequestro, argumentando que o pleito foi deduzido por quem já não era mais

detentor de direitos, pois falecido anteriormente ao pedido de sequestro de rendas (fl. 155).

O pedido foi indeferido pela E. Presidência deste Sodalício, sob o

fundamento de que a questão não foi oportunamente suscitada, estando preclusa a decisão

quanto à pertinência do sequestro (fl. 161).

Ouso, todavia, divergir.

Nos termos do art. 682, II, do Código Civil, o mandato é extinto com o

falecimento do outorgante.

Assim, demonstrado o falecimento do beneficiário Nelson Seara 3 anos

antes do pedido de sequestro, tem-se que tal pleito não poderia ter sido formulado, pois

firmada por advogado que não estava regularmente constituído, o que, como bem

acentuado pela douta Procuradoria, conduz à nulidade absoluta do pedido de sequestro, e,

consequente, invalidação da constrição.

Neste sentido, decisões deste Colendo Órgão Especial:

EMENTA: Mandado de segurança — Impetração contra decisão que

deferiu sequestro de rendas públicas — Credor em nome de quem requerida a medida que,

todavia, já era falecido há cerca de 13 anos — Inexistência de mera irregularidade tia

representação processual — Procedimento de sequestro que deve ser anulado desde o

princípio — Precedente deste Colendo Órgão Especial — Segurança concedida. (Mandado

de Segurança n° 9025724-38.2009.8.26.0000, Rel. Des. Mathias Coltro, julgamento em

02.02.2011).

INTERNVEÇÃO ESTADUAL - Credora faleceu antes da proposilura da

ação — Mandato extinto — Anulação do processo ab initio - Segurança doncedida.

(MANDADO DE SEGURANÇA N° 9047660-56.2008.8.26.0000, Rel. Des. Sousa Lima,

julgamento em 17.11.2010)

MANDADO DE SEGURANÇA - DEFERIMENTO DE PEDIDO DE

SEQUESTRO- DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO PROCESSO DE SEQUESTRO.

CONCESSÃO DA ORDEM. Pedido de Sequestro formulado por titulares de créditos já

falecidos. Impossibilidade de Regularização de Representação Processual nesta Fase

Processual, por herdeira. (Mandado de Segurança n° 9025574-57.2009.8.26.0000, Rel.

Des. Viana Santos, julgamento cm 14.10.2009).

Desta forma, por todo o exposto, outro caminho não há senão o

acolhimento da pretensão da Impetrante, com a consequente nulidade da decisão que

deferiu o sequestro pleiteado pelo credor Nelson Seara.

Destarte, pelo exposto, CONCEDERAM A ORDEM do Mandado de

Segurança, para determinar a nulidade do procedimento de sequestro, desde o princípio.

ARMANDO TOLEDORELATOR

ACÓRDÃOAcórdão Registrado sob n° 03782472

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Mandado de Segurança n°

0353926-71.2010.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é impetrante

MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO sendo impetrado PRESIDENTE DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo,

proferir a seguinte decisão: "CONCEDERAM A SEGURANÇA. V.U. IMPEDIDO O

EXMO. SR. DES. IVAN SARTORI. JULGAMENTO PRESIDIDO PELO EXMO. SR.

DES. GONZAGA FRANCESCHINI.", de conformidade com o voto do(a) Relator(a), que

integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores GONZAGA

FRANCESCHINI (Presidente), OLIVEIRA SANTOS, ALVES BEVILACQUA, DE

SANTI RIBEIRO, GUERRIERI REZENDE, WALTER DE ALMEIDA GUILHERME,

RIBEIRO DOS SANTOS, XAVIER DE AQUINO, ELLIOT AKEL, ANTÓNIO CARLOS

MALHEIROS, ARTUR MARQUES, CAUDURO PADIN, GUILHERME G.

STRENGER, RUY COPPOLA, RENATO NALINI, CAMPOS MELLO, ROBERTO MAC

CRACKEN, KIOITSI CHICUTA, LUÍS SOARES DE MELLO, GRAVA BRASIL,

FERREIRA RODRIGUES e RIBEIRO DA SILVA.

São Paulo, 14 de março de 2012.

ARMANDO TOLEDORelator

_________________________________________________________________________

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

ÓRGÃO ESPECIAL

Mandado de Segurança n° 0104910-98.2011.8.26.0000

Impetrantes: Antônio Teruya; Nelson Massahiro Teruya; Nilo Teruya

Impetrado: Prefeito do Município de São Paulo

VOTO N°22316

EMENTA:MANDADO DE SEGURANÇA - 1MPETRAÇÂO CONTRA DECRETO EXPROPRIATÓRIO - AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL - PRIMEIRA FASE DA DESAPROPRIAÇÃO - ATO QUE NÃO ATINGE O DIREITO DE PROPRIEDADE AFIRMADO - CAUSA DE PEDIR QUE ENCERRA DIREITO DIFUSO E COLETIVO - IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO WRIT COMO AÇÃO POPULAR - AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA -CARÊNCIA DE AÇÃO.

1. Ausente interesse processual na modalidade "necessidade", porque a declaração expropriatôria exterioriza, tão-somente, a intenção

estatal de desapropriar determinado bem, não repercutindo, de modo imediato, no direito de propriedade do expropriado. Ausente interesse processual na modalidade "adequação", porque a causa de pedir elencada pelos impetrantes, no sentido de que o zoneamento urbano impediria o uso residencial da área, não guarda qualquer relação com seu direito de propriedade. Poderia, eventualmente, afrontar interesses difusos ou coletivos, mas não de modo direto, o bem patrimonial dos impetrantes. Ausência de prova pré-constituida.2. Mandado de segurança denegado.

1. Trata-se de mandado de segurança impetrado por Antônio Teruya,

Nelson Massahiro Teruya e Nilo Teruya contra ato administrativo praticado pelo

Prefeito do Município de São Paulo por meio do Decreto Municipal n° 52.183/11. Por

este decreto, a autoridade declarou de interesse social o imóvel dos impetrantes, para fins

de desapropriação judicial ou aquisição por acordo pela Companhia Metropolitana de

Habitação de São Paulo (COHAB-SP), com vistas à implantação de programa habitacional.

Os impetrantes alegam, em síntese, que adquiriram o terreno para ampliar o

supermercado que possuem no imóvel em frente e para construir um estacionamento à

disposição dos clientes. Afirmam que o pedido de alvará (n° 2005/0133380/7) de

construção encontra-se pendente desde 22.04.2010. Sustentam que a avenida e seus imóveis

são e sempre foram destinados ao uso comercial, e que o zoneamento urbano impede a

edificação de conjunto habitacional na área. Asseveram que o ato impugnado lhes ofende

direito líquido e certo de propriedade. Requerem a liminar suspensão dos efeitos do decreto

e, ao final, pugnam pela concessão da segurança para cassar o ato.

Indeferida a liminar pelo então Desembargador Relator às fls.37/38, e

negado provimento ao agravo regimental interposto contra a decisão, em v. acórdão de fls.

65/69. O Prefeito do Município prestou informações, colacionando documentos, às fls.

75/101, pedindo a denegação da segurança.

Parecer Ministerial pela denegação da ordem às fls. 103/113.

Os autos foram redistribuídos a este relator em 16.05.2012 (fls. 121).

É o relatório.

2. De proêmio se verifica a ausência de interesse processual na modalidade

necessidade, uma vez que os impetrantes pleiteiam proteção ao direito de propriedade,

quando é certo que não houve qualquer ato que a ofendesse.

Nesse sentido, "a declaração expropriatória exterioriza, tão-somente, a

intenção estatal de desapropriar determinado bem, não repercutindo, de modo imediato,

no direito de propriedade do expropriado.

Sob esse aspecto, é possível constatar que os pressupostos necessários à

desapropriação, sejam eles de que ordem for, não precisam estar presentes no momento

da edição do decreto expropriatórío" (STJ, 1a Turma, RMS n° 18.703-BA, rei. Min.

Denise Arruda, j . em 28.11.2006). Na mesma esteira, precedente da Seção de Direito

Público deste e. Tribunal de Justiça, em cuja ementa constou: "Decreto expropriatórío é

tão-somente ato-condição para desapropriação, a qual se inicia apenas com ação judicial

ou acordo administrativo para pagamento de indenização" (TJSP, 2a Câmara de Direito

Público, Apelação Cível com revisão n° 572.777-5/0-00, rei. Des. Christine Santini, j . em

11.11.2008).

Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que o procedimento

expropriatórío divide-se em duas fases: a declaratória e a executória. E, a respeito da

primeira fase, consubstanciada na declaração de utilidade pública, explica: "como a

simples declaração de utilidade pública não tem o condão de transferir a propriedade do

futuro expropriado ao Estado, o proprietário do bem pode usar, gozar e dispor dele"

(MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 24. ed. São Paulo:

Malheiros, 2007, p.853-855).

Por outro lado, a ausência de interesse também se manifesta na modalidade

adequação. Isso porque a causa de pedir elencada pelos impetrantes, no sentido de que o

zoneamento urbano impediria o uso residencial da área, não guarda qualquer relação com

seu direito de propriedade. Conforme aduziu o Parquet, "a referida hipótese de vício no ato

administrativo aventada pelos impetrantes poderia, eventualmente, afrontar interesses

difusos ou coletivos, mas não de modo direito [direto] o bem patrimonial dos impetrantes.

(...) o mandado de segurança não substitui a ação popular" (fls. 105/106).

Mas, ainda que, ultrapassando a falta de interesse processual, se admitisse a

utilização da ação constitucional de mandado de segurança, este haveria de ser denegado.

Ocorre que os impetrantes não colacionaram aos autos qualquer documento

comprobatório do que afirmam a respeito do zoneamento urbano. Observe-se que em sua

petição inicial chegam mesmo a protestar pela produção de provas por todos os meios

admitidos em direito, "caso seja necessário" (fls. 08).

Essa deficiência da impetração foi corretamente apontada nas informações

da autoridade, ao sustentar que "nenhuma prova foi apresentada, quer do zoneamento

local, quer da inadequação do imóvel para fins sociais, fundamentos eleitos pela

Impetrante da ilegalidade do ato assacado" (fls. 76).

Igualmente, o i. Procurador de Justiça manifestou-se favorável à denegação

da ordem sopesando esse aspecto, ao fundamentar: "os impetrantes não apresentaram

qualquer prova (...). como sabido, o mandado de segurança exige comprovação inequívoca

do alegado direito violado, por meio de documentação, por ocasião da impetração" (fls.

108/111).

Destarte, a ordem deve ser denegada ante a carência de ação, com fulcro no

art. 267, VI, do Código de Processo Civil, e no art. 6°, §5°, da Lei n° 12.016/09.

3. Ante o exposto, denega-se a segurança.

ARTUR MARQUESDA SILVA FILHO^Relator

ACÓRDÃOAcórdão Registrado sob n° 03817581

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Mandado de Segurança n°

0104910-98.2011.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que são impetrantes ANTÔNIO

TERUYA, NELSON MASSAHIRO TERUYA e NILO TERUYA sendo impetrado

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo,

proferir a seguinte decisão: "DENEGARAM A SEGURANÇA. V. U.", de conformidade

com o voto do(a) Relator(a), que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores IVAN SARTORI

(Presidente sem voto), CORRÊA VIANNA, GONZAGA FRANCESCHINI, ALVES

BEVILACQUA, DE SANTI RIBEIRO, GUERRIERI REZENDE, WALTER DE

ALMEIDA GUILHERME, RIBEIRO DOS SANTOS, XAVIER DE AQUINO, ELLIOT

AKEL, CASTILHO BARBOSA, ANTÔNIO LUIZ PIRES NETO, ANTÔNIO CARLOS

MALHEIROS, CAUDURO PADIN, GUILHERME G. STRENGER, RUY COPPOLA,

RENATO NALINI, CAMPOS MELLO, ROBERTO MAC CRACKEN, KIOITSI

CHICUTA, ENIO ZULIANI, LUÍS SOARES DE MELLO, GRAVA BRAZIL e RIBEIRO

DA SILVA.

São Paulo, 13 de junho de 2012.

ARTUR MARQUES

Relator

DEPARTAMENTO FISCAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

10ª Câmara de Direito Público

Agravo Regimental nº 9214932-46.2006.8.26.0000/50000 10

Agravo Interno nº 9214932-46.2006/50000

Agravante: Prefeitura Municipal de São Paulo

Agravado: Estrela Azul Serviços Acessórios Ltda.

Origem: Execuções Fiscais (Capital) Proc. nº 217.913-93

Juiz: Laurence Mattos

Voto nº AI-2.486/11

EXECUÇÃO FISCAL. Prescrição. Art. 174 do CTN. Exceção de pré-executividade. 1. Prescrição. Exceção de pré-executividade. O executado alegou a prescrição em exceção de executividade. Não há impedimento para o seu reconhecimento, já que desnecessária a dilação probatória, como já reconhecido pelo STJ (REsp nº 734.680/RS, 1ª Turma, Relator Luiz Fux, 20-6-2006, v.u., DJ 1-8-2006, p. 376). 2. Prescrição. A ação de cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva (Art. 174 do CTN). A alteração trazida pela LCF nº 118/05, de 9-2-2005 ao parágrafo único do art. 174 do CTN (interrompe-se a prescrição pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal) é posterior à execução e não se aplica aos autos. O Município demonstrou que houve recurso administrativo, julgado definitivamente em 5-11-1992 e a cobrança do crédito tributário somente voltou a correr a partir dessa data. A execução foi proposta em 31-8-2003 e o devedor foi citado em 27-11-1993, data em que ainda não havia operado a prescrição. Afasto a prescrição da ação. 3. Prescrição intercorrente. A citação pessoal do devedor em 27-11-1993 interrompeu a prescrição; a paralisação do feito no período de 1994 a 1999 não ocorreu por culpa do exeqüente e o prazo prescricional não pode ser contado nesse período. Após esse período, o Município, ainda que não com a máxima diligência que se poderia esperar, adotou as providências para a expedição da carta precatória e penhora do bem, manifestou-se em todas as oportunidades em que lhe foi aberta vista do processo, não requereu a suspensão do feito. A demora no trâmite do processo decorre do serviço judiciário, mais que da inércia da credora. Extinção da execução. Recurso do Município a que se negou seguimento (art. 557 do CPC). Agravo interno provido para julgar improcedente a exceção de pré-executividade e determinar o prosseguimento da execução.

1. A sentença de fls. 88/95 e 107 reconheceu a prescrição e julgou procedentes os

embargos e extinguiu a execução fiscal, com fundamento no art. 269, inciso IV do CPC.

Condenou a Fazenda ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários

advocatícios arbitrados, com base no art. 20, § 4º do CPC, em R$ 2.000,00.

Apela o Município (fls. 110/117); diz que (i) a prescrição não é questão que o juiz

possa conhecer de ofício e não pode ser alegada em exceção de pré-executividade, mas

somente em sede de embargos à execução; a questão demandava a análise fática, que não

poderia ser decidida na via da exceção de pré-executividade; (ii) a paralisação do feito

ocorreu exclusivamente porque o cartório não intimou pessoalmente ou por qualquer outro

meio o representante da Fazenda, não se podendo imputar ao Município o ônus pelo tempo

decorrido, sendo o caso de aplicação da Súmula 106 do STJ; (iii) a prescrição foi

interrompida pelo despacho do juiz; deve prevalecer a aplicação da LF nº 6.830/80 em face

do CTN. Pede a reforma da sentença e o prosseguimento da execução fiscal.

Apelo tempestivo e isento de preparo. Contrarrazões apresentadas as fls. 127/135.

Neguei seguimento ao recurso do Município, com base no art. 557 do CPC (fls. 154/158);

contra a decisão vem o agravo interno que diz (fls. 160/166): (i) não ser aplicável o

julgamento monocrático do recurso para o caso, já que há matéria fática a ser discutida; cita

precedentes; (ii) cabia ao executado o encargo de ilidir a presunção de certeza e liquidez da

CDA; o executado não provou que não recorreu do auto de infração, fato bastante diferente

da ausência de comprovação de que tenha recorrido do auto de infração; houve defesa

administrativa do auto de infração nº 11.623.519, apresentada em 19-5-1988, com recurso

interposto em 19-9-1991 e indeferimento definitivo em 5-11-1992, data em que foi

definitivamente constituído o crédito tributário; é simples ao Município apresentar, se for o

caso, mais do que a tela do sistema mas as próprias cópias dos processos administrativos de

impugnação e de recurso; (iii) ainda que se admitisse a inaplicabilidade do § 2º do art. 8º da

LEF, ter-se-ia que reconhecer que os efeitos da citação pessoal retroagem à data da

propositura da ação; cita precedente do STJ; havendo sido interrompida a contagem do

prazo prescricional pela citação pessoal do recorrido, seria de rigor o reconhecimento de

que caberia a intimação da Fazenda nos termos do art. 25 da LF nº 6.830/80, a fim de que

fosse dado prosseguimento ao executivo fiscal; ausente a referida intimação, impossível

imputar-se desídia a Fazenda na condução da cobrança e, portanto, não se podereconhecer a

prescrição intercorrente. Pede a retratação da decisão ou a submissão ao colegiado.

É o relatório.

2. A decisão monocrática possui o seguinte teor:

2. Fatos. A Prefeitura Municipal de São Paulo propôs execução fiscal em 9-4-1994 para cobrança de débitos de ISS correspondente ao exercício de 1986 lançado por meio do Auto de Infração e Intimação (AI nº 11623519) lavrado em 5-2-1988 (fls. 83), do qual tomou ciência o devedor em 20-4-1988; o juiz recebeu a inicial em 31-8-1993; o oficial de justiça promoveu a citação do executado em 27-1-1994 (fls.

4, verso e fls. 5). A penhora acabou não se realizando, devido à dificuldade de formação da carta e à não localização dos representantes legais da devedora. A empresa executada, após intimação, apresentou exceção de pré-executividade em 14-10-2004 alegando a ocorrência de prescrição intercorrente e pedindo a extinção da execução (fls. 64/70); o Município alegou que não se quedou inerte e que incumbia à serventia a intimação pessoal do Procurador da Fazenda após a devolução do mandado de citação da executada (fls. 85); em 26-7-2005 sobreveio a sentença extinguindo o feito ante o reconhecimento da prescrição (fls. 88/95).

3. Prescrição. Exceção de pré-executividade. O executado apresentou exceção de pré-executividade alegando a ocorrência de prescrição. É matéria que pode ser alegada em exceção de pré-executividade, como já reconhecido pelo STJ, desde que desnecessária a dilação probatória:PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535, DO CPC. NÃO CONFIGURADA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO. POSSIBILIDADE. TERMO INICIAL. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ARTIGO 174, DO CTN. 1. Inexiste ofensa ao art. 535, do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, cujo decisum revela-se devidamente fundamentado. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. 2. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de questões que devam ser conhecidas de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do título executivo, os pressupostos processuais e as condições da ação executiva. 3. O espectro das matérias suscitáveis através da exceção tem sido ampliado por força da exegese jurisprudencial mais recente, admitindo-se, por exemplo, a argüição de prescrição, desde que não seja necessária dilação probatória. (Precedentes: EREsp 614272-PR, 1ª Seção, Rel. Castro Meira, DJ 06- 06-2005; EREsp 388000-RS, Corte Especial, Rel. para acórdão José Delgado, DJ 28-11-2005). 4. A exegese do STJ quanto ao artigo 174, caput, do Código Tributário Nacional, é no sentido de que, enquanto há pendência de recurso administrativo, não se admite aduzir suspensão da exigibilidade do crédito tributário, mas, sim, um hiato que vai do início do lançamento, quando desaparece o prazo decadencial, até o julgamento do recurso administrativo ou a revisão exofficio. Conseqüentemente, somente a partir da data em que o contribuinte é notificado do resultado do recurso ou da sua revisão, tem início a contagem do prazo prescricional, razão pela qual não há que se cogitar de prescrição intercorrente em sede de processo administrativo fiscal. (RESP 485.738-RO, Relatora Eliana Calmon, DJ de 13-09-2004, e RESP 239.106-SP, Relatora Nancy Andrighi, DJ de 24-04-2000). 5. Destarte,

salvante os casos em que o crédito tributário origina-se de informações prestadas pelo próprio contribuinte (GIA e DCTF, por exemplo), a constituição do mesmo resta definitivamente concluída quando não pode mais o lançamento ser contestado na esfera administrativa. Conclusão esta que se coaduna com a suspensão de exigibilidade do crédito tributário pela oposição de recurso administrativo (artigo 151, III, do CTN). 6. Dessa forma, considerando-se que, no lapso temporal que permeia o lançamento e a solução administrativa não corre nem o prazo decadencial, nem o prescricional, ficando suspensa a exigibilidade do crédito até a notificação da decisão administrativa, que, in casu, ocorreu em 16/07/2002, exsurge, inequivocamente, a inocorrência da prescrição, porquanto a empresa executada, ora recorrida, foi citada no processo executivo em 30/12/2002. 7. Ora, "a constituição definitiva do crédito tributário pressupõe a inexistência de discussão ou possibilidade de alteração do crédito. Ocorrendo a impugnação do crédito tributário na via administrativa, o prazo prescricional começa a ser contado a partir da apreciação, em definitivo, do recurso pela autoridade administrativa. Antes de haver ocorrido esse fato, não existe 'dies a quo' do prazo prescricional, pois, na fase entre a notificação do lançamento e a solução do processo administrativo, não ocorrem nem a prescrição nem a decadência (art. 151, III, do CTN)" (cf. RESP 32.843-SP,Min. Adhemar Maciel, in DJ de 26.10.1998). Na mesma senda foi o decidido no RESP n. 190.092-SP, relatado pelo subscritor deste, in DJ de 1º.7.2002). – Recurso especial não conhecido." (RESP 173284/SP, Relator Ministro Franciulli Netto, DJ de 31.03.2003). 8. Recurso especial provido. (Estado do Rio Grande do Sul vs Aviário Nicolini Ltda, REsp nº 734.680/RS, 1ª Turma, Relator Luiz Fux, 20-6-2006, v.u., DJ 1-8-2006, p. 376)A questão não demanda dilação probatória, já que a alegação pode ser demonstrada por meio dos documentos constantes dos autos; conheço da alegação de prescrição.4. Prescrição. O caput do art. 174 do CTN dispõe que a ação de cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. O § único desse dispositivo estabelece as causas interruptivas da prescrição e, na sua redação original, anterior a alteração promovida pela LCF nº 118/05, de 9-2-2005, identifica dentre as causas interruptivas a citação pessoal feita ao devedor, o protesto judicial, qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor, qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. A alteração trazida pela LCF nº 118/05, de 9-2-2005 ao parágrafo único do art. 174 do CTN identificando nova causa interruptiva (interrompe-se a prescrição pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal) é posterior à execução e não se aplica aos autos. O crédito foi constituído em 5-2-1988 (data da lavratura do AI nº 11623519) e em 5-2-1993, antes do despacho do juiz que ordenou a citação (proferido

em 31-8-1993) e da citação do devedor (ocorrida em 27-1-1994), já teria operado a prescrição. Não há comprovação de que o executado tenha apresentado recurso do auto de infração, como alega a Municipalidade. É de rigor o reconhecimento da prescrição, que não ocorreu por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, nos termos da Súmula 106 do STJ.Assim sendo, com base no art. 557 do CPC nego seguimento ao recurso do Município. Oportunamente, à origem.

3. O Município apresentou tela de seu sistema em que consta a existência de

defesa administrativa e recurso apresentado em face do AI nº 11.623.519, definitivamente

julgado em 5-11-1992 (fls. 167); a Massa Falida não negou a existência da defesa

administrativa e do recurso, apenas aduziu que não foi encontrado documento em seus

arquivos ou mesmo defesa e atribuiu o ônus de demonstrá-lo a apelante.

Determinei que o Município trouxesse aos autos cópia do recurso e das decisões

administrativas, com manifestação posterior da massa falida e da Procuradoria Geral de

Justiça (fls. 180). O Município informou que devido ao lapso temporal decorrido, o

departamento competente informou a impossibilidade de fornecer as cópias porque os autos

de infração foram, provavelmente, incinerados; foi somente remetida peça com uma

'reconstituição' das informações constantes para o auto de infração nas telas e sistemas do

Município; juntou cópia da publicação do recurso administrativo, publicada no Diário

Oficial (fls. 197).

A massa falida limitou-se a dizer que as “telas de sistema” não podem servir de

prova em substituição aos documentos originais e, portanto, deve ser mantido o

entendimento sobre a prescrição (fls. 211/212). A Procuradoria Geral de Justiça

manifestou-se pelo provimento do recurso (fls. 214/218).

4. O Município comprovou a intimação em 5-11-1992 da decisão administrativa

que julgou o recurso administrativo, referente aos AI nº 11.623.499/497/500/519/535/

560/578/543/88 (fls. 197).

O recurso administrativo suspendeu a exigibilidade do crédito tributário, nos

termos do art. 151, III do CTN, hipótese em que fica obstada a cobrança judicial do crédito;

a prescrição da cobrança do crédito começou a correr quando julgado definitivamente o

recurso em 5-11-1992 (fls. 167). A execução foi proposta em 31-8-1993 e o devedor foi

citado em 27-11-1993, data em que ainda não havia operado a prescrição. Afasto a

prescrição reconhecida.

4. Prescrição intercorrente. Ante a alegação na exceção de pré-executividade e o

disposto no art. 515, § 1º do CPC, que devolve ao Tribunal todas as questões discutidas no

processo ainda que não apreciadas na sentença, passo a análise da prescrição intercorrente.

O débito foi inscrito em dívida ativa em 28-6-1993; a citação do executado

ocorreu em 27-11-1993 (fls. 4/v); em 29-3-1994 o oficial de justiça certificou a citação do

responsável pela execução. O executado ofereceu à penhora uma gleba de terras em Itatiba

(escritura de fls. 6/7); foi aberta vista para manifestação do Procurador Municipal em 24-8-

1999 e na mesma data o Município requereu a expedição de carta precatória para avaliação

e penhora do bem oferecido (fls. 8).

A citação em 27-11-1993 interrompeu a prescrição, nos termos do art. 174, §

único, inciso I do CTN, com a redação vigente à época em que realizada. A paralisação do

feito no período de 1994 a 24-8-1999 não ocorreu por culpa do exequente, mas por demora

da serventia. Tão logo intimada, a Prefeitura requereu a expedição de carta precatória para

avaliação e penhora do bem oferecido. O prazo prescricional não pode ser contado nesse

período.

Do pedido de expedição da carta precatória pelo Município (24-8-1999), sua

impossibilidade de cumprimento, ao despacho que deferiu a lavratura do termo de penhora

em 3-3-2004, com posterior intimação do executado (fls. 61) decorreram quatro anos e

meio aproximadamente. O exame dos autos denota que a Prefeitura manifestou-se a tempo,

sempre que intimada, e deu o andamento correto aos autos, mais uma vez sem que a culpa

pelo atraso lhe possa ser imputada. Em 14-10-2004 o executado apresentou a exceção de

pré-executividade; após intimação e manifestação do Município, a sentença extinguiu a

ação pelo reconhecimento da prescrição (26-7-2005). O Município, ainda que não com a

máxima diligência que se poderia exigir e esperar, adotou as providências para a expedição

da carta precatória e penhora do bem, manifestou-se de modo razoavelmente tempestivo em

todas as oportunidades em que lhe foi aberta vista do processo.

Não se vislumbra inércia do Município em efetuar diligências para penhora do

bem; a demora no trâmite do processo acarretou o atraso na penhora, que só não foi

efetuada ao final em razão do atraso do cartório na sua realização, já que estavam presentes

todas as condições para tanto. Não há culpa da exeqüente na paralisação do feito e, por isso,

não pode ser reconhecida a prescrição intercorrente.

O voto é pelo provimento do agravo interno para julgar improcedente a exceção

de pré-executividade, determinando-se o prosseguimento da execução.

TORRES DE CARVALHORelator

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO10ª Câmara de Direito PúblicoRegistro: 2012.0000100983

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Regimental nº 9214932-

46.2006.8.26.0000/50000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante PREFEITURA

MUNICIPAL DE SÃO PAULO sendo agravado ESTRELA AZUL SERVIÇOS

ACESSORIOS LTDA (MASSA FALIDA).

ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São

Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade

com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANTONIO

CARLOS VILLEN (Presidente sem voto), TERESA RAMOS MARQUES E PAULO

GALIZIA.

São Paulo, 12 de março de 2012.

TORRES DE CARVALHORelator

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

18ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

Apelação com Revisão nº. 0015308-68.2010.8.26.0053

Apelante: Banco Bradesco S.A.

Apelada: Prefeitura Municipal de São Paulo

Comarca; São Paulo

8ª V. Fazenda Públ. Proc. 0015308-68.2010.8.26.0053

Voto nº 12.005

Apelação. Ação anulatória cc ação declaratória com pedido de antecipação de tutela - ISS sobre atividades bancárias – Ação extinta, sem resolução de mérito Petição inicial ininteligível – Pedido genérico e inconclusivo, impossibilitando o pleno exercício de defesa da parte contrária – Sentença mantida – Recurso desprovido.

Trata-se de apelação interposta pela pelo Banco Bradesco S.A. contra r. sentença

de fls. 3343/3346 (17º vol.) que julgou extinta a ação anulatória de débito fiscal c/c ação

declaratória com pedido de antecipação de tutela nos termos do art. 267, IV e VI do CPC,

que propôs contra a Municipalidade de São Paulo, condenando o autor no pagamento das

custas, despesas processuais e honorários advocatícios arbitrados em R$ 2.000,00, nos

termos do art. 20, parágrafos 3º e 4º do CPC.

Nas razões recursais (fls. 3354/3374) pugna a apelante pela reforma da r.

sentença. Sustenta a apelante, em síntese, que: a) a inicial preenche os requisitos os

requisitos e 283 do CPC; b) a pluralidade de autuações em diferentes períodos não pode

obstaculizar a prestação da tutela jurisdicional, que se poderá sanar através da dilação

probatória do processo, e a prova pericial poderá agrupar as execuções fiscais por matéria,

c) a ação anulatória de débito fiscal e os embargos à execução tem causa de pedir e pedido

diversos; d) antes da extinção da ação o MM. Juiz deveria intimá-lo para emenda da inicial;

e) houve violação aos artigos 282, 283, 284 e 295, inciso I, e 267, incisos IV e VI todos do

Código de Processo Civil e ofensa aos princípios constitucionais da inafastabilidade da

jurisdição e da ampla defesa, previstos no artigo 5º, incisos XXXV e LV da Constituição

Federal. Pugna pelo provimento do recurso com a devolução dos autos ao MM. Juízo de

origem para seu curso regular ou a redistribuição a uma das Varas das Execuções Fiscais

Municipais, a antecipação da tutela recursal nos termos dos artigos 273, I, do CPC e 151,

incisos II e V, do CTN. Trouxe à colação vasta jurisprudência a respeito da tese defendida.

Recurso processado e recebido (fl. 3439), com oferecimento de contrarrazões às

fls. 3443/3457.

É o relatório.

O recurso interposto não comporta provimento.

Trata-se de ação anulatória de débito fiscal c/c ação declaratória com pedido de

antecipação de tutela insurgindo-se em face da cobrança de ISS sobre atividades bancárias.

Alega o autor que firmou Contrato de Prestação de Serviços de Arrecadação em

01/01/2003 para a arrecadação de importâncias relativas a tributos com o Município de São

Paulo. Vencido o prazo contratual a ré recusou a renovação da prestação de serviços

contratado sob argumento de que o apelante encontrava-se em débito com o Fisco

Municipal, relativamente ao ISS.

Dentre os vários pedidos do autor destacam-se :“1) seja reconhecida a caducidade dos créditos alcançados pela prescrição, na forma do parágrafo 4º do art. 150 do CTN.a) sejam recebidas as 4.765 Letras Financeiras do Tesouro Nacional ofertadas a título de caução, sendo que cada uma delas possui o preço unitário de R$ 4.197,94132177..b) antecipação dos efeitos da tutela, diante da garantia ofertada, nos termos do ar. 273, I, do CPC para suspender a exigibilidade dos débitos constantes da relação anexa, afastando todo e qualquer ato tendente a exigi-lo, especialmente os de inscrição na dívida ativa e impedimento de obtenção de Certidão negativa de tributos municipais;c) expedição de ofício para a Municipalidade emitir certidão negativa com efeito positivo, com relação aos débitos descritos...f.1) anulação dos lançamentos evidenciados na relação anexa, com fundamento no art. 7º e 142 do Código Tributário Nacional, seja em razão da inexistência de fundamentação legal do lançamento fiscal, ou do erro de indicação f.2) declaração, incidental da

inconstitucionalidade do item “79” da lista de serviços anexa ao Decreto Lei 406/68, com alterações introduzidas pela LC 56/87, além do item “15.09” da lista anexa à Lei Complementar 116/03 por contrariedade ao disposto no artigo 156 III, da Constituição Federal....f.4) anulação dos lançamentos evidenciados na relação anexa, tendo em vista que a requerida utilizou base de cálculo que não guarda qualquer relação com as supostas prestações de serviços nas operações, declarando nulas as referidas inscrições na dívida ativa” (fls.60/61).

Com efeito, o autor faz descrição ininteligível dos fatos, de forma genérica, sem

expor com clareza os fundamentos jurídicos do pedido, e não instruindo o processo com os

documentos essenciais a compreensão e delimitação da lide, formulando pedidos genéricos.

Trouxe à colação várias cópias de certidões de tributos, bem como andamento

processual de várias execuções fiscais em que figura no polo passivo (fls. 71/400 - 1º e 2º

volume).

Foi determinada emenda da inicial pelo MM. Juiz para que especificasse as fases

processuais das respectivas ações executivas, as que foram embargadas e não embargadas,

bem como aquelas que foram atingidas pela prescrição, no prazo de 10 dias (fls.423/424 2º

volume).

Em manifestação o autor pediu prorrogação do prazo para cumprir a determinação judicial, admitindo-se tratar-se nada menos que 104 execuções fiscais (fls.427/428 2º volume).

Na verdade, apresentou planilha onde constam várias execuções fiscais

embargadas, inclusive algumas já sentenciadas, e vasta documentação com os vários

recursos e embargos relativos a essas ações perfazendo 15 volumes dos autos (fls .436/439).

De concluir que na peça exordial, o autor não deduziu os fatos que ensejaram o

pedido da tutela jurisdicional almejada. Não paira dúvida de que formulou pedido incerto e

indeterminado (fls. 03/62 ).

Sobre o assunto em debate, destacam THEOTONIO NEGRÃO e JOSÉ

ROBERTO FERREIRA GOUVÊA que: “É inepta a inicial ininteligível (RT 508/205),

salvo se, 'embora singela, permite a ré respondê-la integralmente' (RSTJ 77/134),

'inclusive quanto ao mérito' (RSTJ 71/363), ou, embora 'confusa e imprecisa, permite a

avaliação do pedido' (RT 811/249, JTJ 141/37) (...)” (“Código de processo civil e

legislação processual em vigor”, 39ª ed., São Paulo: Saraiva, 2007, nota ao art. 295: 14,

p. 440) (grifo não original).

No mesmo diapasão realçam NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE

ANDRADE NERY, ao abordarem o art. 295 do CPC: “Nada obstante confusa e

imprecisa, se a petição inicial permitiu a avaliação do pedido e possibilitou a defesa e o

contraditório, não é de considerar-se inepta (JTJ 141/37)” (“Código de processo civil

comentado e legislação extravagante”, 10ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008,

nota 18 ao art. 295 do CPC, p. 562) (grifo não original).

Tais questões foram bem rebatidas na resp. sentença, merecendo aqui transcrição:

“ Em primeiro lugar, anote-se que o autor pretende a anulação de dezenas de créditos

tributários decorrentes de diversas autuações fiscais envolvendo distintos e inúmeros

serviços.

“Na inicial o autor apenas apontou algumas das atividades que não se

configurariam como serviços, porém, não as relacionou precisamente aos lançamentos

que pretende anular; não cabendo a este juízo ou mesmo à defesa realizar essa tarefa

dentre as inúmeras autuações mencionadas na lista de fls. 69/70”

“E mais, afirmou que o Fisco Municipal teria decaído do direito de constituir

parte dos créditos tributários, nos termos do artigo 150 parágrafo 4º do CTN. No entanto,

novamente, não especifica quais créditos, dentre as dezenas deles, cujo direito de

constituição teria caducado. Não se olvide que as autuações abrangem diversas

atividades e em diferentes períodos, o que torna praticamente impossível a verificação do

alegado na presente ação tal como proposta” (fls. 3344/3345).

Malgrado, tenha apresentado vasta documentação o autor-apelante não relacionou

os autos de infração que deram causa às CDAs, sem sequer especificar quais foram

atingidos pelo marco prescricional, impossibilitando assim a análise de mérito da

controvérsia.

De rigor anotar que o apelante apresentou inicial que não permite a correta

compreensão da causa, impossibilitando o pleno exercício do direito de defesa da parte

contrária.

Tal questão também foi enfrentada na contestação apresentada pela ré-apelada:

“Com a devida vênia, a inicial é inepta e não possibilita o exercício do direito de defesa.

Não foi possível defender os autos de infração, pois a autora não indica de modo

suficientemente claro quais seriam os vícios de cada um deles.

“O Município não compreendeu, por exemplo, qual o vínculo do artigo 150, §

4º, do CTN (decadência no caso de lançamento por homologação) com o caso concreto,

porque a autora juntou uma tabela para demonstrar que já foi proferida sentença de

improcedência dos embargos na maioria das execuções fiscais. Talvez o autor esteja

falando da prescrição intercorrente, mas não se sabe ao certo.

“Também não foi possível entender quais seriam “alguns dos débitos” que

dizem respeito a atividades diversas (reembolso de diversas despesas, tais como água, luz,

cartorárias, recuperação de encargos e perdas, etc) e quais casos teria havido

interpretação extensiva da lista ou indevida a aplicação do Decreto-lei nº 406/68 ou a da

Lei Complementar nº 116/2003) (fl.3301- 17º volume grifo nosso).

Com o devido acerto a extinção da ação na forma esposada na r. sentença

repelida.

Em comentário ao artigo 267 do CPC, Theotônio Negrão : “Antes de ingressar

na apreciação do mérito da causa, incumbe ao Judiciário, mesmo de ofício (CPC, art.

267, 301) examinar os requisitos de admissibilidade da tutela jurisdicional, a saber,

pressupostos processuais e condições da ação” (STJ 4º T., REsp 4.720-CE, rel. Sálvio de

Figueiredo, j. 15.4.91, não conheceram, v.u. pg. 6.533).

O C. STJ já se pronunciou a respeito, conforme transcrição:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PETIÇÃO ININTELIGÍVEL. INÉPCIA. SÚMULA 284 DO STF. - É inepta a petição do recurso especial que não tem sentido textual lógico, isto é, que se limita a tecer ilações confusas, sem desenvolvimento lógico, sem concatenação de idéias, clareza ou coerência da exposição, sem desenvolver argumentação minimamente inteligível, porquanto dessa forma fica inviabilizada a compreensão da controvérsia, nos termos da Súmula 284/STF. Recurso especial não conhecido.” (REsp 650070/RS, RECURSO ESPECIAL 2004/0049848-1, Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, rel. para acórdão Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, J. em 07/05/2007).

“A petição inicial só deve ser indeferida, por inépcia, quando o vício apresenta tal gravidade que impossibilite a

defesa do réu, ou a própria prestação jurisdicional” (Resp nº 193.100- RS, 3ª Turma, v.u., Rel. Min. ARI PARGENDLER, j. em Apelação nº 9200083-69.2006.8.26.0000 4, 15.10.2001, DJU de 4.2.2002, p. 345) (grifo não original).

“PROCESSO CIVIL. INÉPCIA DA INICIAL. Quando confusa e ininteligível, a petição inicial deve ser indeferida; decretação da inépcia, no caso, inevitável. Recurso ordinário não provido.” (RMS 7295/BA, RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA 1996/0038007-4, Ministro ARI PARGENDLER, SEGUNDA TURMA, J. em 13/10/1998).

Ressalte-se que não houve afronta à Constituição Federal nem à legislação infra-

constitucional.

No tocante à menção expressa sobre a matéria impugnada não há necessidade de

o acórdão apreciar, ponto a ponto, todos os itens postos em discussão, bastando que este

examine a matéria como um todo:

“uma coisa é o acórdão deixar de se manifestar sobre determinada alegação

como que produzindo um branco e outra é o acórdão ter deixado de se manifestar sobre

questão exatamente como o interessado gostaria que fosse ou, de outra é o acórdão ter

deixado de se manifestar sobre questão exatamente como o interessado gostaria que

fosse ou, de outra maneira, a discordância da parte com o tipo de abordagem feita ou

com conclusão decorrente do julgamento” (RTTJMs 34/104).

O Supremo Tribunal Federal também já decidiu nesse sentido: O

prequestionamento para o RE não reclama que o preceito constitucional invocado pelo

recorrente tenha sido explicitamente referido no acórdão, mas

sim, que este tenha versado inequivocadamente a matéria objeto da norma que nele se contenha” (STF-Pleno, RE 141.788/9- CE., Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Pelos motivos exposados, merece ser mantida a r. sentença combatida na sua

integralidade.

Ante o exposto, negam provimento ao recurso.

ROBERTO MARTINS DE SOUZARelator

ACÓRDÃO

Registro: 2012.0000103913

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0015308-

68.2010.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO BRADESCO S

A sendo apelado PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 18ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São

Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de

conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores OSVALDO

CAPRARO (Presidente sem voto), BEATRIZ BRAGA E MOURÃO NETO.

São Paulo, 15 de março de 2012.

ROBERTO MARTINS DE SOUZARelator

DEPARTAMENTO JUDICIAL

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAAGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 86.775- SP (2011/0207288-9)RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVESAGRAVANTE : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROCURADOR : RAPHAEL ANDRADE PIRES DE CAMPOS E

OUTRO(S)AGRAVADO : IZABEL MÁRCIA CASTUCCI FOGAÇA E OUTROADVOGADO : LÍLIAN REGA CASSARO

EMENTAPROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO CONTRA AFAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

DESMEMBRAMENTO DO VALOR PRINCIPAL PARA EMISSÃO DE RPV.

IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO CONHECIDO PARA,DESDE LOGO, DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL

DECISÃO

Trata-se de agravo interposto pelo Município de São Paulo contra decisão

que inadmitiu recurso especial aos fundamentos de que "os argumentos expendidos não são

suficientes para infirmar a conclusão do v. aresto combatido que contém fundamentação

adequada para lhe dar respaldo", e de que "tampouco restou evidenciado qualquer maltrato

a normas legais ou divergência jurisprudencial, não sendo atendida qualquer das hipóteses

das alíneas 'a', 'b' e 'c' do permissivo constitucional".

O apelo nobre obstado enfrenta acórdão, assim ementado (fl. 85):EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDAHonorários - Pedido de execução fracionada - Inocorrência.Advogado requerendo expedição de ofício requisitório correspondente aos seus honorários, separação possível (art. 23 da Lei n. 8.906/94). Inexistência de fracionamento do débito ou de cisão do precatório, afastando violação ao art. 100, § 4º da CF.Recurso provido.

No recurso especial, aduz-se ofensa aos artigos 20 do CPC, 23 da Lei n.

8.906/94 e 100, § 4º da CF ao argumento de que é vedado o fracionamento do valor da

execução, o qual compreende tanto o valor principal como o dos honorários advocatícios.

Acrescenta-se que é caso de se "reconhecer a impossibilidade de expedição de requisitório

de pequeno valor para pagamento de honorários advocatícios, quando existirem débitos a

serem pagos por meio de precatório" (fl. 102).

Contrarrazões às fls. 125-135.

No agravo afirma-se que o recurso especial satisfaz os requisitos de

admissibilidade e que não se encontram presentes os óbices apontados na decisão agravada.

Oferecida contraminuta (fls. 155-158).

É o relatório. Decido.

Primeiramente, insta expor que a esta Corte é vedada a análise de

dispositivos constitucionais em sede de recurso especial, ainda que para fins de

prequestionamento, sob pena de usurpação da competência da Suprema Corte.

No mais, a pretensão merece acolhida, tendo em vista que a jurisprudência

desta Corte de Justiça é firme no sentido de que "na execução de sentença condenatória

contra a Fazenda Pública, é vedado destacar do montante principal o valor dos honorários

advocatícios para fins de dispensa da expedição de precatório" (REsp 1.018.965/MS, Rel.

Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe 15.6.2009).

No mesmo sentido, confiram-se os seguintes precedentes:

ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DESMEMBRAMENTO DO VALOR PRINCIPAL PARA EMISSÃO DE RPV. IMPOSSIBILIDADE.1. A jurisprudência desta Corte de Justiça é firme no sentido de que "na execução de sentença condenatória contra a Fazenda Pública, é vedado destacar do montante principal o valor dos honorários advocatícios para fins de dispensa da expedição de precatório". Precedentes: REsp 1.086.512/MS, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 17.5.2011, DJe 26.5.2011; REsp 1.232.917/SE, Rel. Min.Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 15.3.2011, DJe 25.3.2011; Resp 1.212.467/SE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 14.12.2010. Agravo regimental improvido (AgRg no AREsp 87.229/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe 27/02/2012).PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL. EXECUÇÃO. FRACIONAMENTO. VERBA HONORÁRIA. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. PRINCIPAL. PRECATÓRIO. INADMISSIBILIDADE. JUIZ DA EXECUÇÃO. REQUISIÇÃO DIRETA. IMPOSSIBILIDADE. PRESIDENTE DO TRIBUNAL. COMPETÊNCIA. ART. 730, I, CPC. OBSERVÂNCIA.1. Inadmissível se mostra o fracionamento do valor total da execução, de modo a possibilitar que a parte referente aos honorários advocatícios (não excedente ao teto de sessenta salários mínimos) se efetive via RPV, e a outra se dê mediante precatório. Ressalta-se que, para fins de pagamento, a execução da verba honorária segue a sorte da execução principal, sendo vedado o seu fracionamento para

fins de configuração de execução de pequeno valor, em que desnecessária a expedição de precatório. (...)3. Recurso especial provido (REsp 1068750/MS, Rel. Min. Honildo Amaral de Mello Castro (Des. Conv. TJ/AP), Quinta Turma, DJe 16/11/2010).ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. FGTS. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DESMEMBRAMENTO DO VALOR PRINCIPAL PARAEMISSÃO DE RPV. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.1. A jurisprudência desta Corte de Justiça é firme no sentido de que "na execução de sentença condenatória contra a Fazenda Pública, é vedado destacar do montante principal o valor dos honorários advocatícios para fins de dispensa da expedição de precatório" (REsp 1.018.965/MS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe 15.6.2009). Precedentes: REsp 1.016.670/MS, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJe de 23.6.2008; REsp 1.025.657/MS, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, DJe 12.5.2008; REsp 905.193/RS, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJ 10.9.2007. 2. Agravo regimental não provido (AgRg no REsp 1197792/DF, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 05/11/2010).

Ante o exposto, conheço do agravo para, desde logo, dar provimento ao

recurso especial, para o fim de determinar o pagamento dos honorários mediante precatório.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 02 de agosto de 2012.

MINISTRO BENEDITO GONÇALVESRelator

_________________________________________________________________________

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO

FORO CENTRAL -FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES

7ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA

DECISÃO-MANDADO

Processo nº: 436/12 0008624-59.2012.8.26.0053

Cautelar Inominada

Requerente: Município de São Paulo-SP

Requerido: Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autonomos de

Bens do Estado de São Paulo, Rua Heróis da FEB, 09, sala 02 e Sindicato das

Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região-Setcesp, Rua Orlando

Monteiro, 01, Vila Maria, São Paulo-SP

Juiz de Direito: Dr. Emílio Migliano Neto

Vistos.

Trata-se de medida cautelar preparatória de ação civil pública ajuizada pelo Município de São Paulo em face do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo objetivando, em suma, a concessão de medida liminar para determinar que os sindicatos requeridos cessem os atos que estão impedindo a circulação de bens e pessoas, notadamente combustíveis, sob pena de aplicação das medidas judiciais cabíveis.

Não é prudente, neste momento, contrastar sem mais a robusta prova documental que instrui a petição inicial a demonstrar, nesta fase cognitiva sumária, os requisitos legais para concessão da almejada liminar.

Em destaque a informação de que esse movimento paredista levado a efeito pelos integrantes dos sindicatos requeridos está comprometendo o abastecimento de combustíveis de veículos os postos de distribuição, o que está gerando uma insegurança no cidadão paulista, em especial o paulistano, inclusive com a paralisação de serviços essenciais.

A antecipação de tutela, no caso sub examine calça-se, especificamente, em que verossímil a alegação jurídica da Municipalidade – iminente interrupção do fornecimento de combustível para os veículos — e no periculum in mora, vista de que a solução de continuidade desse abastecimento poderá ocasionar sérios problemas para grande parte da população paulistana.

A solução almejada pela Municipalidade, a meu ver, advertiu de maneira adequada a verossimilitude da alegação de Direito e, por igual, prudencialmente, aferiu o perigo na demora da tutela.

Com o devido respeito, apesar do direito de protesto ser inviolável no Estado Democrático de Direito, esse direito não é absoluto, encontrando imites em direitos igualmente protegidos pela Constituição Federal, tais como o direito à propriedade, à liberdade, à locomoção e até mesmo à integridade física.

Assim, mostra-se lícita a pretensão da Municipalidade de São Paulo, especialmente em benefício de cidadãos que necessitam os serviços públicos para se locomoverem ao trabalho, à escola e para seus lares.

POSTO ISSO, concedo a medida liminar para determinar que os sindicatos réus cessem imediatamente as ações que estão promovendo o desabastecimento de combustível destinado aos veículos, em especial "piquetes" nos centros de distribuições e paralisações de caminhões em vias públicas, interrompendo o fluxo regular do tráfego de veículos, tudo a fim de impedirem a solução de continuidade dos serviços de distribuição de combustíveis de veículos.

Na hipótese de descumprimento da liminar, ambas requeridas, arcarão com multa diária de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), cada uma, levando-se em consideração as conseqüências imensuráveis de um movimento dessa natureza, e a necessidade do efetivo cumprimento da presente decisão judicial, dado seu caráter inibitório.

Oficie-se o Excelentíssimo Secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo requisitando imediatas providências para o efetivo cumprimento da presente decisão.

Cite-se o(a) réu(ré) Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo, Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região-Setcesp, na pessoa de seu representante legal, no endereço acima indicado, para os atos e termos da ação proposta, cientificando-o(a) de que não contestado o pedido no prazo de 05 (cinco) dias (art. 802 do CPC), presumir-se-ão verdadeiros os fatos alegados pelo(s) autor(es), nos termos do artigo 803 do Código de Processo Civil.

Cumpra-se, na forma e sob as penas da Lei, servindo esta decisão como mandado.

Int.

São Paulo, 06 de março de 2012.

Necessidade de concurso para "Sistema S" tem repercussão geralA necessidade ou não de as entidades de serviço social autônomo – o chamado

“Sistema S” – realizarem concurso público para a contratação de empregados será

examinada pelo Supremo Tribunal Federal em processo em que foi reconhecida a

existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. Trata-se do

Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 661383, no qual o Ministério Público do

Trabalho pretende que o SEST (Serviço Social do Transporte) contrate seus

funcionários por meio de processos seletivos objetivos.

O processo teve início como ação civil pública ajuizada pelo MPT na Justiça do

Trabalho de Goiás. O objetivo era fazer com que o SEST deixasse de realizar

processos seletivos internos ou mistos e que a abertura de vagas fosse divulgada em

jornais de grande circulação. O preenchimento dessas vagas deveria ser feito por meio

de critérios objetivos de aferição de conhecimentos teóricos e práticos, nos moldes dos

concursos públicos. Para o MPT, as entidades de serviço social autônomo, embora

sejam pessoas jurídicas de direito privado, utilizam-se de recursos públicos repassados

por meio de contribuições parafiscais.Fonte: STF

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Ministro determina suspensão de processos que questionam normas sobre DPVAT O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, relator da Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) 4627, determinou a suspensão de todos os incidentes de

inconstitucionalidade que tratem de duas normas sobre o seguro DPVAT (Seguro

Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre)

NOTÍCIAS

em trâmite nos Tribunais de Justiça dos estados, até uma decisão definitiva do Plenário

do Supremo sobre o tema.Fonte: STF

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1ª Turma nega imunidade tributária a organização maçônica do RSPor maioria, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)

negaram provimento a recurso interposto pela organização maçônica Grande Oriente

do Rio Grande do Sul, que pretendia afastar a cobrança do Imposto sobre Propriedade

Predial e Territorial Urbana (IPTU) pelo município de Porto Alegre. A entidade, no

Recurso Extraordinário (RE) 562351, sustentou se enquadrar na previsão do artigo 150,

inciso VI, alínea “b”, da Constituição Federal, que veda a instituição de impostos sobre

templos de qualquer culto.Fonte: STF

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Associação de procuradores contesta lei paraibana sobre cargosA Associação Nacional dos Procuradores do Estado (Anape) ajuizou, no Supremo

Tribunal Federal (STF), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4843, em que

pede a concessão de liminar para suspender a eficácia de dispositivos da lei estadual

da Paraíba 8.186/2007 e de leis posteriores que a modificaram, criando, desde

2007, 63 cargos em comissão de “consultor jurídico do governo”, “coordenador da

assessoria Jurídica” e “assistente jurídico”. No mérito, pede a declaração de

inconstitucionalidade dos dispositivos.

A ADI alega que as funções cometidas aos titulares de tais cargos, para serem

exercidas no âmbito da Administração Direta daquele estado, usurpam prerrogativas e

atribuições conferidas constitucionalmente, em caráter exclusivo, aos procuradores de

Estado.Fonte: STF

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Plenário: preliminar sobre repercussão geral é indispensável Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveram uma questão de ordem no

Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 663637, interposto contra decisão do ex-

presidente da Corte, ministro Cezar Peluso (aposentado), que negou seguimento ao

recurso por ausência de preliminar de repercussão geral. Ao concluir a análise dessa

questão de ordem, o Plenário, na linha do voto proferido pelo ministro Ayres Britto,

firmou entendimento no sentido de que é indispensável a apresentação de preliminar

fundamentada sobre a existência de repercussão geral, mesmo que o STF, na análise

de outro recurso, já tenha reconhecido a presença de repercussão geral da matéria.

A questão de ordem foi suscitada no julgamento de um agravo regimental interposto

contra decisão da presidência da Corte, de março deste ano, que negou seguimento ao

ARE, por ausência de preliminar formal e fundamentada demonstrando a existência de

repercussão geral das questões constitucionais discutidas no recurso extraordinário. O

autor do agravo regimental alega que a matéria contida no ARE já teve a sua

repercussão geral reconhecida no julgamento de outro recurso. Assim, em seu

entendimento, a preliminar de repercussão geral estaria contida implicitamente no

recurso extraordinário interposto.Fonte: STF

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Menor pode incluir em seu nome mais um sobrenome da mãe Uma pessoa pode mudar o seu nome, desde que respeite a sua estirpe familiar,

mantendo os sobrenomes da mãe e do pai. A decisão é da Terceira Turma do Superior

Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros entenderam que, mesmo que vigore o princípio

geral da imutabilidade do registro civil, a jurisprudência tem apresentado interpretação

mais ampla, permitindo, em casos excepcionais, o abrandamento da regra.

Com esse entendimento, a Turma deu provimento a recurso especial para permitir que

uma menor, representada por seu pai, altere o registro de nascimento. Ela quer retirar

de seu nome a partícula “de” e acrescentar mais um sobrenome da mãe (patronímico

materno). Fonte: STJ

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ESPECIAL - Alimentos entre ex-cônjuges: para o STJ, excepcionais e temporários A emancipação da mulher pode ser considerada uma das maiores conquistas sociais

dos últimos tempos. A Constituição de 1988 trouxe para a prestação de alimentos entre

cônjuges e companheiros o reflexo da nova sociedade, em que a mulher ganhou

isonomia de tratamento e maior espaço para sua independência financeira. Antes

confinada às tarefas domésticas, a mulher passou a exercer, com liberdade e

independência, papéis-chave na sociedade. Fonte: STJ

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Inércia do credor na busca de bens penhoráveis impede nova suspensão da execução O litígio não pode durar eternamente. Se o credor não toma medidas para que a

execução tenha sucesso, pode ocorrer a prescrição. Com esse entendimento, a Quarta

Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou o indeferimento de novo pedido

de suspensão da execução pela juíza da causa.

O primeiro bem penhorado não garantiu integralmente o crédito, superior a R$ 300 mil.

Por isso, o Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB) pediu a suspensão da execução. O

processo permaneceu suspenso por um ano. Nesse tempo, a juíza determinou que o

credor apontasse bens aptos à penhora, sob pena de o prazo de prescrição voltar a

correr.

O banco, porém, limitou-se a requerer nova suspensão do processo, agora por prazo

indeterminado. A juíza rejeitou o pedido e determinou que fosse intimado para

apresentar os bens do devedor a serem penhorados. O BNB recorreu dessa decisão

até o STJ. Fonte: STJ

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Prazo para ajuizar ação de exibição de documento está vinculado à vigência de contrato bancário Durante a vigência do contrato de depósito bancário, não há prescrição do direito de

exigir exibição de documentos. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), ao apreciar recurso de banco que alegava prescrição no pedido do filho

de um correntista, relativamente às informações sobre a conta do pai, já falecido.

Os depósitos foram realizados em 1979, e o herdeiro ajuizou cautelar de exibição de

documentos em 2005. O banco alegou prescrição porque havia passado mais de 20

anos da ação possível para a retirada. A conta de abertura de crédito não foi encerrada

depois da morte do titular, e o herdeiro buscou reaver os depósitos que estariam em

poder do banco. Fonte: STJ

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Desistência de recurso não isenta contribuinte de pagar honorários em execução fiscal Mesmo que o contribuinte desista de recorrer em ação de execução fiscal da fazenda

nacional, ele deve pagar honorários de sucumbência (devidos à parte vencedora do

processo) para o fisco. A decisão é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça

(STJ), por maioria de votos, em recurso da fazenda contra julgado monocrático do

relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho.Fonte: STJ

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É possível incluir sobrenome do cônjuge depois do casamento É possível acrescentar o sobrenome do cônjuge ao nome civil durante o período de

convivência do casal. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça

(STJ), em recurso no qual o Ministério Público do Estado de Santa Catarina alegava

não ser possível a inclusão, nos termos da legislação atual.

O órgão recorreu contra decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que

entendeu ser permitida a inclusão, já que não se tratava de mudança de nome.

Segundo o MP, a decisão excedeu as normas legais, pois a condição era a data da

celebração do casamento. Fonte: STJ

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Decretação de indisponibilidade de bens em ação de improbidade não exige demonstração de dano A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por maioria, assentou o

entendimento de que não é necessário demonstrar o risco de dano irreparável para que

se possa decretar a indisponibilidade dos bens nas ações de improbidade

administrativa, prevista no artigo 7º da Lei 8.429/92.

A Seção entendeu que o periculum in mora é presumido em lei, em razão da gravidade

do ato e da necessidade de garantir o ressarcimento do patrimônio público em caso de

condenação, não sendo necessária a demonstração do risco de dano irreparável para

se conceder a medida cautelar. Fonte: STJ

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