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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA Edição 252, de 27/08/2013 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS SUMÁRIO Notícias Cassada decisão do TJ-SP que suspendeu processo sobre expurgos inflacionários Possibilidade de reestruturar quadro funcional por meio da junção de cargos tem repercussão geral ADI sobre isenções fiscais à Fifa para a Copa do Mundo terá rito abreviado Justiça comum julgará ações ajuizadas por funcionários contra Poder Público no AM e PI Supremo em Números: questões sobre servidores estão entre as maiores demandas, aponta pesquisa Desmatamento em área de preservação permanente deve seguir hipóteses autorizativas previstas em lei Juros compensatórios incidem em desapropriação indireta Mantido em licitação restaurante que apresentou certidões sem autenticação on-line INSTITUCIONAL - Resolução estabelece competência do presidente do STJ para decidir processos antes da distribuição Candidato que recusa vaga em cidade não desejada vai para o fim da lista de aprovados

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO … · Artigo 22 - O Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Judicial, o Procurador

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CEJUR INFORMA CEJUR INFORMA

Edição 252, de 27/08/2013

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOSECRETARIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO

CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS

SUMÁRIONotícias

• Cassada decisão do TJ-SP que suspendeu processo sobre expurgos inflacionários

• Possibilidade de reestruturar quadro funcional por meio da junção de cargos tem

repercussão geral

• ADI sobre isenções fiscais à Fifa para a Copa do Mundo terá rito abreviado

• Justiça comum julgará ações ajuizadas por funcionários contra Poder Público no AM e PI

• Supremo em Números: questões sobre servidores estão entre as maiores demandas,

aponta pesquisa

• Desmatamento em área de preservação permanente deve seguir hipóteses autorizativas

previstas em lei

• Juros compensatórios incidem em desapropriação indireta

• Mantido em licitação restaurante que apresentou certidões sem autenticação on-line

• INSTITUCIONAL - Resolução estabelece competência do presidente do STJ para decidir

processos antes da distribuição

• Candidato que recusa vaga em cidade não desejada vai para o fim da lista de aprovados

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O Departamento de Cultura e Eventos da OAB-SP promoverá as palestras:

ATIVIDADES ACADÊMICAS

“A BUSCA DO EQUILÍBRIO ENTRE AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO ESTADO: LEGISLATIVO, EXECUTIVO, JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO”

Data / Horário: 3 de setembro (terça-feira) – 19 horas

Local: Salão Nobre da OAB SP (Praça da Sé, 385 – 1° andar)

Informações e inscrições: CLIQUE AQUI

CRIMES INFORMÁTICOS

Data / Horário: 10 de setembro (terça-feira) – 09h30

Local: Salão Nobre da OAB SP (Praça da Sé, 385 – 1° andar)

Informações e inscrições: CLIQUE AQUI

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DECRETO FEDERAL Nº 8.080, DE 20 DE AGOSTO DE 2013

Altera o Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011, que regulamenta o Regime

Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei nº 12.462, de 5 de agosto

de 2011.

Clique aqui e acesse a íntegra

DECRETO ESTADUAL Nº 59.464, DE 23 DE AGOSTO DE 2013

Reorganiza a Procuradoria Judicial, a Procuradoria Fiscal e as Procuradorias

Regionais, da Procuradoria Geral do Estado, e dá providências correlatas

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas

atribuições legais e à vista da exposição de motivos do Procurador Geral do Estado,

DECRETA:

SEÇÃO I - Disposição Preliminar

Artigo 1º - A Procuradoria Judicial, a Procuradoria Fiscal e as Procuradorias Regionais,

da Procuradoria Geral do Estado, ficam reorganizadas nos termos deste decreto.

SEÇÃO II - Da Estrutura

Artigo 2º - A Procuradoria Judicial é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 11 (onze) Subprocuradorias;III - 18 (dezoito) Seccionais;IV - 13 (treze) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Divisão de Administração.

Artigo 3º - A Procuradoria Fiscal é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 6 (seis) Subprocuradorias;III - 20 (vinte) Seccionais;IV - 28 (vinte e oito) Seções de Acompanhamento de Processos;

LEGISLAÇÃO

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V - Divisão de Administração.

Artigo 4º - A Procuradoria Regional da Grande São Paulo é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 10 (dez) Seccionais;IV - 13 (treze) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Divisão de Administração.

Artigo 5º - A Procuradoria Regional de Santos é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 4 (quatro) Seccionais;IV - 4 (quatro) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 6º - A Procuradoria Regional de Taubaté é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 6 (seis) Seccionais;IV - 5 (cinco) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 7º - A Procuradoria Regional de Sorocaba é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 5 (cinco) Seccionais;IV - 3 (três) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 8º - A Procuradoria Regional de Campinas é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 3 (três) Subprocuradorias;III - 9 (nove) Seccionais;IV - 12 (doze) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 9º - A Procuradoria Regional de Ribeirão Preto é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 6 (seis) Seccionais;IV - 6 (seis) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 10 - A Procuradoria Regional de Bauru é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 6 (seis) Seccionais;IV - 4 (quatro) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 11 - A Procuradoria Regional de São José do Rio Preto é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 5 (cinco) Seccionais;IV - 5 (cinco) Seções de Acompanhamento de Processos;

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V - Serviço de Administração.

Artigo 12 - A Procuradoria Regional de Araçatuba é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 2 (duas) Seccionais;IV - 2 (duas) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 13 - A Procuradoria Regional de Presidente Prudente é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 4 (quatro) Seccionais;IV - 4 (quatro) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 14 - A Procuradoria Regional de Marília é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 4 (quatro) Seccionais;IV - 4 (quatro) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 15 - A Procuradoria Regional de São Carlos é integrada por:I - Gabinete do Procurador do Estado Chefe;II - 2 (duas) Subprocuradorias;III - 4 (quatro) Seccionais;IV - 4 (quatro) Seções de Acompanhamento de Processos;V - Serviço de Administração.

Artigo 16 - As unidades adiante indicadas, previstas nesta seção, serão integradas, na

conformidade de ato do Procurador Geral do Estado:

I - às Subprocuradorias, as Seccionais e, quando for o caso, Seções de Acompanhamento de Processos;

II - às Seccionais, quando for o caso, Seções de Acompanhamento de Processos.

SEÇÃO III - Das Atribuições

Artigo 17 - À Procuradoria Judicial cabe, na Comarca da Capital, representar o Estado

e suas autarquias em processos ou ações de qualquer natureza e objeto, exceto naqueles

de competência privativa de outras Procuradorias.

Artigo 18 - À Procuradoria Fiscal cabe, na Comarca da Capital:

I - promover a inscrição da dívida ativa do Estado;

II - representar o Estado:

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a) nos processos de inventário e arrolamento, partilha, arrecadação de bens de

ausentes, herança jacente e de habilitação de herdeiros, ainda que ajuizados fora do

Estado;

b) nas falências e concordatas;

III - defender os interesses do Estado nas ações e nos processos de qualquer

natureza, relativos a matéria fiscal e financeira relacionada com a arrecadação tributária;

IV - realizar trabalhos relacionados com o estudo e a divulgação da legislação fiscal.

Artigo 19 - Às Procuradorias Regionais cabe:

I - exercer nas comarcas das respectivas regiões as funções atribuídas às

Procuradorias Especializadas da Capital;

II - executar serviços de natureza especial que lhes forem atribuídos pelo Procurador

Geral do Estado.

§ 1º - À Procuradoria Regional da Grande São Paulo o disposto no inciso I deste artigo

não se aplica quanto ao exercício das funções atribuídas à Procuradoria do Patrimônio

Imobiliário.

§ 2º - As Subprocuradorias das Procuradorias Regionais, situadas em suas respectivas

sedes, vinculam-se:

1. à Área do Contencioso Geral:

a) as 1ªs Subprocuradorias;

b) a 3ª Subprocuradoria da Procuradoria Regional de Campinas;

2. à Área do Contencioso Tributário-Fiscal, as 2ªs Subprocuradorias.

§ 3º - As Seccionais situadas fora da sede de cada Procuradoria Regional poderão:

1. desempenhar atribuições relativas às Áreas do Contencioso Geral e do Contencioso

Tributário-Fiscal;

2. executar outros serviços de natureza especial que lhes vierem a ser determinados

pelo Procurador Geral do Estado.

Artigo 20 - A Procuradoria Judicial, a Procuradoria Fiscal e as Procuradorias Regionais

exercerão suas atribuições por meio das respectivas Subprocuradorias e Seccionais,

observadas as disposições deste decreto.

Artigo 21 - Às Seções de Acompanhamento de Processos, unidades de suporte

administrativo, cabe prestar, no âmbito de suas respectivas áreas de atuação, o auxílio

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necessário aos Procuradores do Estado para o desempenho de suas atribuições,

exercendo, em especial, as seguintes atividades:

I - cadastrar e digitalizar os respectivos documentos de processos judiciais e

expedientes administrativos em sistema eletrônico de acompanhamento de processos,

observando as regras estabelecidas pelo Procurador Geral do Estado;

II - organizar, classificar e manter atualizado o acervo de pastas de acompanhamento

dos processos judiciais;

III - manter registro da movimentação e acompanhar a tramitação de processos e

documentos;

IV - manter os Procuradores do Estado informados da tramitação e dos prazos

referentes aos processos pelos quais são responsáveis;

V - expedir ofícios aos órgãos e entidades da Administração Pública centralizada e

descentralizada do Estado, solicitando:

a) informações necessárias à elaboração da defesa do Estado em juízo;

b) providências para o cumprimento de decisões judiciais.

SEÇÃO IV - Das Competências

SUBSEÇÃO I - Dos Procuradores do Estado Chefes das Procuradorias

Artigo 22 - O Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Judicial, o Procurador do

Estado Chefe da Procuradoria Fiscal e os Procuradores do Estado Chefes das

Procuradorias Regionais, além de outras que lhes forem conferidas por lei ou decreto, têm,

em suas respectivas áreas de atuação, as seguintes competências:

I - em relação às atividades gerais:

a) encaminhar ao Procurador Geral do Estado o programa de trabalho e as alterações

que se fizerem necessárias;

b) fazer executar a programação dos trabalhos nos prazos previstos;

c) orientar, coordenar e superintender a atuação das unidades subordinadas;

d) adotar as medidas necessárias para o intercâmbio de informações, respeitadas as

peculiaridades dos casos concretos, visando à uniformização de entendimento;

e) zelar:

1. pela qualidade técnica, presteza e eficiência dos trabalhos, mantendo controle dos

resultados obtidos;

2. pelo cumprimento das rotinas e dos prazos;

3. pela observância das orientações jurídicas e administrativas;

f) promover correições periódicas nas unidades subordinadas;

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g) apreciar propostas de alterações de normas e procedimentos estabelecidos,

submetendo-as, quando for o caso, à consideração superior;

h) solicitar informações a outros órgãos ou entidades;

i) decidir sobre os pedidos de certidões e vista de processos;

j) contribuir para o desenvolvimento integrado das atividades da Procuradoria Geral do

Estado;

II - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas nos artigos 31 e

33 do Decreto nº 52.833, de 24 de março de 2008;

III - em relação aos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária, na

qualidade de dirigentes de unidades de despesa:

a) as previstas no artigo 14 do Decreto-Lei nº 233, de 28 de abril de 1970;

b) autorizar:

1. a alteração de contrato, inclusive a prorrogação de prazo;

2. a rescisão administrativa ou amigável de contrato;

c) atestar:

1. a realização dos serviços contratados;

2. a liquidação de despesa;

IV - em relação à administração de material e patrimônio:

a) as previstas:

1. nos artigos 1º e 2º do Decreto nº 31.138, de 9 de janeiro de 1990, alterados pelo

Decreto nº 33.701, de 22 de agosto de 1991, quanto a qualquer modalidade de licitação;

2. no artigo 3º do Decreto nº 47.297, de 6 de novembro de 2002, observado o disposto

em seu parágrafo único;

b) assinar editais de concorrência;

c) autorizar, mediante ato específico, autoridades subordinadas a requisitarem

transporte de materiais por conta do Estado.

Parágrafo único - Aos Procuradores do Estado Chefes das Procuradorias Regionais

compete, ainda, em seus respectivos âmbitos de atuação, definir as comarcas e os

municípios sob atendimento das Subprocuradorias e Seccionais.

SUBSEÇÃO II - Dos Procuradores do Estado Chefes das Subprocuradorias e dos Procuradores do Estado Chefes das Seccionais

Artigo 23 - Os Procuradores do Estado Chefes das Subprocuradorias da Procuradoria

Judicial, da Procuradoria Fiscal e das Procuradorias Regionais, além de outras que lhes

forem conferidas por lei ou decreto, têm, em suas respectivas áreas de atuação, as

seguintes competências:

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I - em relação às atividades gerais:

a) as previstas no artigo 22, inciso I, alíneas "e" a "g" e "j", deste decreto;

b) orientar e acompanhar o andamento das atividades das unidades ou dos servidores

subordinados;

c) solicitar diretamente às unidades competentes os elementos necessários à instrução

dos processos;

II em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 34 do

Decreto nº 52.833, de 24 de março de 2008.

Artigo 24 - Os Procuradores do Estado Chefes das Seccionais das Subprocuradorias

da Procuradoria Judicial, da Procuradoria Fiscal e das Procuradorias Regionais, além de

outras que lhes forem conferidas por lei ou decreto, têm, em suas respectivas áreas de

atuação, as competências previstas nos seguintes dispositivos deste decreto:

I - artigo 22, inciso I, alíneas "e", "f" e "j";

II - artigo 23, inciso I, alíneas "b" e "c".

SUBSEÇÃO III - Dos Chefes das Seções de Acompanhamento de Processos

Artigo 25 - Os Chefes das Seções de Acompanhamento de Processos das

Subprocuradorias, e das suas Seccionais, da Procuradoria Judicial, da Procuradoria Fiscal

e das Procuradorias Regionais, além de outras que lhes forem conferidas por lei ou decreto,

têm, em suas respectivas áreas de atuação, as seguintes competências:

I - orientar e acompanhar o andamento das atividades dos servidores subordinados;

II - garantir a adequada prestação dos serviços de suporte administrativo aos

Procuradores do Estado, necessários ao pleno exercício de suas atribuições.

SUBSEÇÃO IV - Das Competências Comuns

Artigo 26 - São competências comuns aos Procuradores do Estado Chefes das

Procuradorias e aos Procuradores do Estado Chefes das Subprocuradorias, em suas

respectivas áreas de atuação:

I - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 39 do

Decreto nº 52.833, de 24 de março de 2008;

II - em relação à administração de patrimônio, autorizar a transferência de bens móveis

entre as unidades subordinadas.

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Artigo 27 - São competências comuns aos Procuradores do Estado Chefes das

Procuradorias, aos Procuradores do Estado Chefes das Subprocuradorias e aos

Procuradores do Estado Chefes das Seccionais, em suas respectivas áreas de atuação:

I - decidir sobre recursos interpostos contra despacho de autoridade imediatamente

subordinada desde que não esteja esgotada a instância administrativa;

II - determinar o arquivamento de processos e papéis em que inexistam providências a

tomar ou cujos pedidos careçam de fundamento legal.

Artigo 28 - São competências comuns aos Procuradores do Estado Chefes das

Procuradorias, aos Procuradores do Estado Chefes das Subprocuradorias, aos

Procuradores do Estado Chefes das Seccionais e aos Chefes das Seções de

Acompanhamento de Processos, em suas respectivas áreas de atuação:

I - em relação às atividades gerais:

a) cumprir e fazer cumprir as leis, os decretos, os regulamentos, as decisões, os prazos

para desenvolvimento dos trabalhos e as ordens das autoridades superiores;

b) prestar orientação e transmitir a seus subordinados as metas a serem alcançadas e

a estratégia a ser adotada no desenvolvimento dos trabalhos;

c) dirimir ou providenciar a solução de dúvidas ou divergências que surgirem em

matéria de serviço;

d) dar ciência imediata ao superior hierárquico das irregularidades administrativas de

maior gravidade, mencionando as providências adotadas e propondo as que não lhes são

afetas;

e) manter seus superiores imediatos permanentemente informados sobre o andamento

das atividades das unidades ou dos servidores subordinados e prestar informações, quando

requeridas;

f) avaliar o desempenho das unidades ou dos servidores subordinados e responder

pelos resultados alcançados, bem como pela adequação dos custos dos trabalhos

executados;

g) adotar ou sugerir, conforme o caso, medidas objetivando:1. o aprimoramento de suas áreas; 2. a simplificação de procedimentos e a agilização do processo decisório relativamente

a assuntos que tramitem pelas unidades subordinadas;h) estimular o desenvolvimento profissional dos servidores subordinados;

i) zelar:1. pela regularidade dos serviços, expedindo as necessárias determinações ou

representando à autoridade superior; 2. pelo ambiente propício ao desenvolvimento dos trabalhos;

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j) providenciar a instrução de processos e expedientes que devam ser submetidos à

consideração superior, manifestando-se, conclusivamente, a respeito da matéria;

k) indicar seus substitutos, obedecidos os requisitos de qualificação inerentes ao cargo

ou à função;

l) encaminhar papéis à unidade competente, para autuar e protocolar;

m) praticar todo e qualquer ato ou exercer quaisquer das atribuições ou competências

das unidades, das autoridades ou dos servidores subordinados;

n) avocar, de modo geral ou em casos especiais, atribuições ou competências das

unidades, das autoridades ou dos servidores subordinados;

o) apresentar relatórios sobre os serviços executados;

p) fiscalizar e avaliar os serviços executados por terceiros;

q) visar extratos para publicação no Diário Oficial do Estado;

II - em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 38 do

Decreto nº 52.833, de 24 de março de 2008;

III - em relação à administração de material e patrimônio:a) requisitar material permanente ou de consumo;b) zelar pelo uso adequado e conservação dos equipamentos e materiais e pela

economia do material de consumo.

Artigo 29 - As competências previstas nesta seção, sempre que coincidentes, serão

exercidas, de preferência, pelas autoridades de menor nível hierárquico.

SEÇÃO V - Disposições Finais

Artigo 30 - Além do disposto no artigo 16 deste decreto e de outras que vierem a ser

consideradas necessárias à adequada implantação da organização ora prevista, o

Procurador Geral do Estado adotará, mediante ato, as seguintes providências:

I - detalhamento, quando for o caso, das atribuições e competências de que trata este

decreto;

II - divisão de atribuições entre as Subprocuradorias e Seccionais da Procuradoria

Judicial e da Procuradoria Fiscal;

III - definição das comarcas e dos municípios sob a responsabilidade de cada uma das

Procuradorias Regionais.

Artigo 31 - Os Gabinetes dos Procuradores do Estado Chefes, as Divisões de

Administração e os Serviços de Administração a que se referem os artigos 2º a 15 deste

decreto são organizados pelo Decreto nº 38.708, de 6 de junho de 1994.

Artigo 32 - Nas autarquias em que houver corpo próprio de Procuradores Autárquicos,

ato conjunto do Procurador Geral do Estado e do titular da entidade autárquica estabelecerá

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a divisão de atribuições entre as unidades especializadas da Procuradoria Geral do Estado

e a Procuradoria da Autarquia.

Artigo 33 - Ficam reativadas, em caráter permanente:

I - as unidades reativadas, em caráter provisório, pelo artigo 1º do Decreto nº 54.443,

de 15 de junho de 2009;

II - as Seções de Expediente, dos Gabinetes dos Procuradores do Estado Chefes das

Procuradorias Regionais da Grande São Paulo, de Presidente Prudente e de São Carlos,

desativadas pelo Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998.

Artigo 34 - Em decorrência do disposto no inciso II do artigo 33 deste decreto, ficam

excluídas dos anexos do Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998, as seguintes

unidades:

I - do Anexo I, Subanexo 19, a que se refere o artigo 1º, a Seção de Expediente

(19031), do Gabinete do Procurador do Estado Chefe da Procuradoria Regional de

Presidente Prudente;

II - do Anexo II, Subanexo 15, a que se refere o artigo 2º:

a) a Seção de Expediente (16546), do Gabinete do Procurador do Estado Chefe da

Procuradoria Regional da Grande São Paulo;

b) a Seção de Expediente (18999), do Gabinete do Procurador do Estado Chefe da

Procuradoria Regional de São Carlos.

Artigo 35 - Ficam mantidas as funções de serviço público classificadas para efeito de

atribuição do "pro labore" previsto no artigo 28 da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968,

com destinação para Seções de Acompanhamento de Processos da Procuradoria Judicial,

da Procuradoria Fiscal e das Procuradorias Regionais, dentro dos limites das respectivas

quantidades definidas pelos artigos 2º a 15 deste decreto.

Artigo 36 - Ficam extintas as unidades a seguir especificadas:

I - os seguintes Setores de Acompanhamento de Processos da Procuradoria Regional da Grande São Paulo:

a) na Seccional de Santo André, em Mauá e São Caetano do Sul; b) na Seccional de Diadema, em São Bernardo do Campo; c) na Seccional de Osasco, em Barueri e Cotia; d) na Seccional de Guarulhos, em Franco da Rocha; e) na Seccional de Mogi das Cruzes, em Poá e Suzano; f) para a área de Assistência Judiciária:1. na Seccional de Santo André, em Mauá;

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2. na Seccional de Mogi das Cruzes, em Mogi das Cruzes, Poá e Suzano;

II - os Setores de Acompanhamento de Processos adiante identificados, das seguintes

Procuradorias Regionais:

a) da Procuradoria Regional de Santos, na Seccional do Vale do Ribeira, da 2ª Subprocuradoria;

b) da Procuradoria Regional de Sorocaba, na Seccional de Itapeva, da 2ª Subprocuradoria;

c) da Procuradoria Regional de Campinas, nas Seccionais de Bragança Paulista, Casa Branca, Jundiaí, Piracicaba, São João da Boa Vista e Limeira, da 2ª Subprocuradoria;

d) da Procuradoria Regional de São José do Rio Preto, na Seccional de Fernandópolis, da 2ª Subprocuradoria;

III - a 2ª Subprocuradoria da Procuradoria de Assistência Jurídica aos Municípios.

Artigo 37 - Ficam extintos os Setores de Acompanhamento de Processos adiante

identificados, das seguintes Procuradorias Regionais, desativados pelo Decreto nº 42.822,

de 20 de janeiro de 1998:

I - da Procuradoria Regional da Grande São Paulo:a) na Seccional de Santo André, em Santo André (18936) e Ribeirão Pires (16552);b) na Seccional de Diadema, em Diadema (18939); c) na Seccional de Osasco, em Osasco (18942) e Itapecerica da Serra (16563); d) na Seccional de Guarulhos, em Guarulhos (18944), Mairiporã (16567) e Santa Isabel

(16568); e) na Seccional de Mogi das Cruzes, em Mogi das Cruzes (18946); f) para a área de Assistência Judiciária:1. na Seccional de Santo André, em Santo André (18937); 2. na Seccional de Diadema, em Diadema (18940) e São Bernardo do Campo (18941); 3. na Seccional de Osasco, em Osasco (18943); 4. na Seccional de Guarulhos, em Guarulhos (18945); II - da Procuradoria Regional de Santos, na 1ª Subprocuradoria (16583);III - da Procuradoria Regional de Taubaté, na Seccional da 1ª Subprocuradoria (16615);

IV - da Procuradoria Regional de Sorocaba, nas Seccionais de Itapetininga (18961),

Tatuí (18962) e Capão Bonito (18963), da 2ª Subprocuradoria;

V - da Procuradoria Regional de Campinas, na Seccional da Subprocuradoria de Rio

Claro (16663);

VI - da Procuradoria Regional de Ribeirão Preto:

a) na 1ª Subprocuradoria (16694);b) nas Seccionais de Barretos (16699), Franca (16707), Jaboticabal (18976), Ituverava

(18977) e São Joaquim da Barra (18978), da 2ª Subprocuradoria;

VII - da Procuradoria Regional de Bauru:

a) na Seccional da 1ª Subprocuradoria (16721);b) na Seccional da Subprocuradoria de Botucatu (16634);c) na Seccional de Avaré (16637), da Subprocuradoria de Botucatu;

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VIII - da Procuradoria Regional de São José do Rio Preto, nas Seccionais de Jales

(16745), Votuporanga (16751) e Catanduva (18986), da 2ª Subprocuradoria;

IX - da Procuradoria Regional de Araçatuba, na Seccional de Andradina (16771), da 2ª

Subprocuradoria;

X - da Procuradoria Regional de Presidente Prudente, nas Seccionais de Dracena

(16785), Osvaldo Cruz (16788), Adamantina (16794) e Presidente Venceslau (18993), da 2ª

Subprocuradoria;

XI - da Procuradoria Regional de Marília, nas Seccionais de Ourinhos (16810), Tupã

(16813) e Assis (16818), da 2ª Subprocuradoria;

XII - da Procuradoria Regional de São Carlos, na Subprocuradoria de Araraquara

(19005).

Parágrafo único - Os Setores de Acompanhamento de Processos extintos por este

artigo ficam excluídos dos respectivos anexos do Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de

1998.

Artigo 38 - O artigo 16 do Decreto nº 38.708, de 6 de junho de 1994, passa a vigorar

com a seguinte redação:

"Artigo 16 - As Procuradorias Especializadas, adiante indicadas, contam com Seções

de Acompanhamento de Processos na seguinte conformidade:

I - Procuradoria Administrativa, 1 (uma) no Gabinete do Procurador do Estado Chefe da

Procuradoria;

II - Procuradoria do Patrimônio Imobiliário, de Assistência Jurídica aos Municípios e do

Estado de São Paulo em Brasília, 1 (uma) em cada Subprocuradoria.

Parágrafo único - As Procuradorias Judicial e Fiscal contam com Seções de

Acompanhamento de Processos regidas mediante decreto específico.". (NR)

Artigo 39 - Fica acrescentado ao Decreto nº 38.708, de 6 de junho de 1994, o artigo 76-

A, com a seguinte redação:

"Artigo 76-A - As Procuradorias Regionais contam com Seções de Acompanhamento

de Processos regidas mediante decreto específico.".

Artigo 40 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas

as disposições em contrário, em especial:

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I - do Decreto nº 1.108, de 20 de fevereiro de 1973, os artigos 1º, 2º, 6º e 7º;II - o Decreto nº 3.842, de 18 de junho de 1974;III - o Decreto nº 7.519, de 4 de fevereiro de 1976;IV - do Decreto nº 9.721, de 22 de abril de 1977, os artigos 2º a 12, 17 a 27 e 30 a 34;V - o Decreto nº 11.616, de 23 de maio de 1978;VI - o Decreto nº 11.894, de 12 de julho de 1978;VII - o Decreto nº 14.856, de 24 de março de 1980;VIII - do Decreto nº 15.439, de 29 de julho de 1980, os artigos 2º a 5º, 7º a 9º, 17, 18 e

21 a 25;IX - o Decreto nº 21.925, de 1º de fevereiro de 1984;X - do Decreto nº 22.612, de 27 de agosto de 1984, o artigo 48;XI - do Decreto nº 38.708, de 6 de junho de 1994, os artigos 17 a 28 e 62;XII - o Decreto nº 40.035, de 4 de abril de 1995;XIII - do Decreto nº 47.011, de 20 de agosto de 2002, os artigos 2º e 4º;XIV - o Decreto nº 55.270, de 28 de dezembro de 2009.

Palácio dos Bandeirantes, 23 de agosto de 2013.

DECRETO Nº 54.264, DE 23 DE AGOSTO DE 2013

Revoga o Decreto nº 53.569, de 28 de novembro de 2012, que criou a Comissão

Integrada de Licenciamentos – CIL.

FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que

lhe são conferidas por lei,

CONSIDERANDO que as atribuições afetas à Comissão Integrada de Licenciamentos,

criada pelo Decreto nº 53.569, de 28 de novembro de 2012, foram absorvidas pela

Secretaria Municipal de Licenciamento ou transferidas para as Subprefeituras, na

conformidade da Lei nº 15.764, de 27 de maio de 2013, e do Decreto nº 54.213, de 14 de

agosto de 2013.

D E C R E T A:

Art. 1º Fica revogado o Decreto nº 53.569, de 28 de novembro de 2012, que criou a

Comissão Integrada de Licenciamentos – CIL.

Art. 2º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 23 de agosto de 2013.

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DECRETO Nº 54.213, DE 14 DE AGOSTO DE 2013

Dispõe sobre a transferência de parte das atribuições das Secretarias Municipais de

Licenciamento – SEL e de Habitação – SEHAB, para as Subprefeituras, e dá providências

correlatas; altera dispositivos dos Decretos nº 32.329, de 23 de setembro de 1992, e nº

49.969, de 28 de agosto de 2008.

Clique aqui e acesse a íntegra

PORTARIA Nº 014/2013/PGM-G (D.O.C. 16.08.2013, p. 24)

CELSO AUGUSTO COCCARO FILHO , Procurador do Município de São Paulo, no uso

das suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO a Portaria Conjunta nº 03/2013-SNJ/PGM, de 10 de agosto de 2013,

que instituiu o Núcleo das Desapropriações de Especial Interesse Público Social;

RESOLVE:

I- Designar os Procuradores LILIAN DAL MOLIN SCIASCIO, RF nº 696.420.6 e

RODRIGO BORDALO RODRIGUES, RF nº 733.034.1, para compor o Núcleo das

Desapropriações de Especial Interesse Público Social, sem prejuízo de suas funções nesta

Procuradoria Geral.

II- Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

PORTARIA Nº 013/2013/PGM-G (D.O.C. 23.08.2013, p. 26)

CELSO AUGUSTO COCCARO FILHO, Procurador Geral do Município, no uso de suas

atribuições legais,

RESOLVE

Designar os procuradores do município Dra Márcia Hallage Varella Guimarães e o Dr

Luiz Paulo Zerbini Pereira para, durante o impedimento legal por férias, no período de 14 de

agosto a 02 de setembro de 2013, da Coordenadora de Mandados Dra Luciana Sant´Ana

Nardi, receberem citações, intimações e notificações judiciais e extrajudiciais dirigidas ao

Município de São Paulo,nos termos do Decreto Municipal nº 52.163, de 03 de março de

2011.

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DESPACHO DO SECRETÁRIO (D.O.C. 15.08.2013, p. 22)

Ofício 10.481/2013/PROCED 1/CES - (TID 11048889) - Departamento de Procedimentos Disciplinares.

Solicitação de alteração da composição da Comissão Especial.

I- Em atendimento ao solicitado, determino a CESSAÇÃO da designação do

Procurador do Município DANIEL GASPAR DE CARVALHO, RF 753.840.5/1 para integrar e

presidir a Comissão Especial incumbida dos processos administrativos 2012-0.134.010-8,

2012-0.146.980-1 e 2012-0.132.781-0 e DESIGNO, em substituição para a presidência do

Colegiado a Procuradora do Município MARIA ISABEL DAVIDOFF ENGE, RF 670.643.6/1.

II- Acolho, igualmente, a sugestão de redistribuições às Comissões Processantes

Permanentes das Sindicâncias em trâmite nos autos dos p.a.’s 2012-0.236.009-9, 2012-

0.236.013-7, 2012-0.236.017-0, 2012-0.236.020-0, 2012-0.236.026-9, 2012-0.238.840-6,

2012-0.238.921-6, 2012-0.238.925-9, 2012-0.238.938-0, 2012-0.238.940-2, 2012-

0.238.949-6, 2012-0.238.963-1, 2012-0.238.979-9, 2012-0.238.982-8, 2012-0.238.987-9,

2012-0.238.993-3, 2012-0.239.000-1, 2012-0.239.012-5, 2012-0.263.738-4 e 2013-

0.058.324-6.

EMENTA Nº 11.619 - Administrativo. Processo Civil. Improbidade

Administrativa. Aplicação da sanção de proibição de contratar com o Poder Público.

Fixação do termo a quo. Precedentes: Ementa PGM/AJC nº 11.497,

complementada pelas lnformações PGM/AJC nºs 877/2011 e 618/2011 que, por sua

vez, deram origem à Portaria Intersecretarial nº 02/11-SNJ. O termo inicial da sanção

de proibição de contratar com o Poder Público decorrente de condenação em ação de

improbidade é o do trânsito em julgado da decisão que a aplicou, salvo se

diversamente tiver sido fixado em sentença, conforme referenciado no inciso I, parte

final, da Portaria Intersecretarial nº 02/11-SNJ.

JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

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DEPARTAMENTO DE DESAPROPRIAÇÕES

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0034148-95.2012.4.03.0000/SP

RELATÓRIO

O Exmo. Desembargador Federal Luiz Stefanini (Relator). Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Caixa Econômica Federal, diante da decisão que, em sede de embargos à execução de título judicial, determinou a realização de nova perícia sobre uma área que é objeto de desapropriação por parte do Município de São Paulo.

Relata que os autos originários dizem respeito à execução definitiva promovida pela CEF, com o objetivo de receber quantia reconhecida como incontroversa pelo Município de São Paulo, em virtude de desapossamento administrativo - desapropriação indireta -, para abertura de vias e logradouros públicos, de parte de imóvel do qual a ora agravante era proprietária de 70%, atualmente conhecido como "Parque do Povo", localizado na confluência da atual Marginal Pinheiros com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.

Informa que o direito à indenização foi reconhecido por decisão judicial transitada em julgado em 1995, nos autos do processo nº 0018181-53.2006.403.6100, e que o recorrido opôs embargos do devedor contra a execução "para alegar, como ponto central, a necessidade de se reduzir o valor da indenização com base em suposta incorreção dos critérios utilizados pelo perito judicial designado na ação desapropriatória".

Alega que a decisão agravada viola a coisa julgada, com base, precipuamente, nos seguintes argumentos:

a) a "insurgência do Recorrido contra a execução com base na teoria da relativização da coisa julgada é manifestamente incabível, porque não se trata de fixação abusiva de valor indenizatório";

b) o "valor alcançado decorre, em maior parte, de juros moratórios em virtude de o Recorrido quedar-se inadimplente por mais de 17 anos desde o trânsito em julgado e para além de 30 anos desde o desapossamento administrativo";

DECISÕES RELEVANTES – DEPARTAMENTOS – PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO –

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c) "trata-se de imóvel localizado em região altamente valorizada da cidade de São Paulo/SP";

d) "...no caso dos autos não há divergência sobre a área desapropriada que sempre foi considerada como sendo 65.449,41 m2 conforme indicado no item 2.8.10 do laudo originalmente elaborado na desapropriação. Em nenhuma das manifestações que o Recorrido apresentou nos autos para requerer a elaboração de nova perícia (como fls. 02/29, 256/260 e 326/340), aponta-se eventual divergência da área do imóvel que, para os autos, de fato não existe. A área o imóvel desapropriado NÃO foi objeto de controvérsia entre as partes nos embargos";

e) "Toda a teoria em que supostamente se fundamenta o Recorrido e os julgados que maliciosamente trouxa aos autos, embora absolutamente impertinentes, são, nesse ponto, irrelevantes para se identificar a necessidade de novo trabalho pericial para apurar o valor da indenização";

f) a inadequação dos embargos para alegar a relativização da coisa julgado, de modo que o embargado deveria ter ajuizado uma ação rescisória para a desconstituição da decisão transitada em julgado;

g) "O método e o procedimento de que se valeram o Perito na desapropriação foram os únicos disponíveis para que se pudesse realizar uma avaliação idônea e mais próxima do efetivo valor de mercado";

h) equívoco por parte do Município de que duas áreas teriam sido computadas no valor da indenização mas que, depois, teriam sido devolvidas à Caixa/INSS por força do acordo celebrado no processo de desapropriação;

i) cerceamento de defesa e violação ao contraditório e ao devido processo legal, praticados pela decisão recorrida ao conceder o prazo exíguo de 5 dias para elaboração de quesitos em caso de alta complexidade e elevada expressão econômica, devendo ser concedido novo prazo adicional de 15 dias para apresentação de novos quesitos e manifestação sobre os documentos de fls. 369/547 dos autos originários, resguardando-se a possibilidade de indicar quesitos complementares e de requerer esclarecimentos;

j) seja condicionada a realização de perícia no processo originário apenas se for depositada a parte reconhecida como incontroversa na execução.

À fl. 647, o pedido de antecipação da tutela foi postergado para após a vinda da contraminuta.

Informações do Juízo a quo às fls. 653/654.

Contraminuta do Município de São Paulo às fls. 655/700, em que se são aduzidos, em suma, os seguintes argumentos:

a) parte da área indenizada foi devolvida à exeqüente, em razão do encerramento de direito de superfície que antes havia sido outorgado em favor do Município, "o que permite

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concluir que parte da área indenizada na expropriatória não se encontra sob a posse do Município, mas sim sob o domínio pleno e posse da exeqüente";

b) "...o laudo pericial é eivado de erro conceitual extremamente grave: a avaliação pelo Método Comparativo Direto. Isso porque, através desse método, o valor unitário do terreno reflete valor de lote, área pequena, e o imóvel avaliado tratava-se de gleba, com área de 237.665,00m²";

c) a possibilidade da relativização da coisa julgada no caso, não se afigurando viável a exigência de valor indenizatório extremamente lesivo ao patrimônio público e à coletividade.

O Ministério Público Federal, em parecer de fls. 893/896, opinou pelo conhecimento do agravo na forma instrumental e, no mérito, pelo seu provimento parcial, tão somente para renovar e ampliar o prazo para oferecimento de quesitos, devendo, no mais, ser desprovido.

Manifestação da CEF às fls. 897/904, em que reitera o pedido de antecipação da tutela.

É o relatório.

VOTO

O Exmo. Desembargador Federal Luiz Stefanini (Relator). Sob a alegação de que a realização de nova perícia, agora em sede de embargos à execução de título judicial, viola a coisa julgada, porquanto já decidido o valor da indenização da área expropriada em demanda de desapropriação indireta, em que várias foram as oportunidades processuais para contestação do laudo pericial lá realizado, a Caixa Econômica Federal requer a concessão de efeito suspensivo à decisão agravada.

Segundo o Município de São Paulo, a determinação de nova perícia sobre o imóvel desapropriado se faz necessária, em suma, por conta de dois fundamentos: - parte da área a ser indenizada foi devolvida à exeqüente em razão do encerramento do direito de superfície anteriormente outorgado em favor do Município, não podendo ser incluída, portanto, no valor da indenização devida; - a existência de "graves equívocos técnicos" no laudo pericial acolhido.

A produção da prova foi deferida pelo juízo a quo com amparo, em síntese, nos seguintes argumentos:

"Embora não se possa, antes da elaboração do novo laudo, reconhecer a existência de equívocos nos critérios utilizados pelo laudo pericial para avaliação do bem - e reconhecidos como válidos para sentença que transitou em julgado - forçoso reconhecer que para a análise da procedência ou não da tese da relativização da coisa julgada faz-se necessária a realização de nova perícia também para que se verifique se o método utilizado pelo perito para o cálculo da indenização é o mais adequado para a hipótese dos autos, principalmente porque o valor atual da indenização (compreendidos obviamente a correção e os juros legais) alcança quase 2 bilhões de reais...Segundo a Municipalidade, 'isso indica que

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o precatório que se pretende ver expedido será o recordista e superará a soma de todos, da mesma categoria, expedidos nos últimos 10 anos...' (fls.339).

O valor da indenização devida pelo Município de São Paulo à CEF e ao INSS é, pois, bastante elevado e justifica a realização de novo laudo diante da possibilidade de equívocos no primeiro laudo, cujos valores foram adotados pela sentença transitada em julgado.

Releva salientar, ainda, que da leitura do laudo pericial elaborado (cópia a fls. 419/442 destes autos) e do trabalho elaborado por técnicos da Prefeitura de São Paulo três questões, pelo menos, suscitam indagações que precisam ser melhor explicitadas, quais sejam: avaliação da área como zona de incorporação sem a reserva da área de 40% conforme exigência da Lei de parcelamento do solo (Lei 6766/79); avaliação das áreas ocupadas como lotes com valorização por esquina; eventual valorização da área por conta das obras viárias executadas pelo Município, considerando que o laudo foi elaborado em outubro de 1987 e o apossamento administrativo deu-se em julho de 1973...

Essas questões - e outras correlatas - devem ser consideradas para a fixação de um valor justo no processo indenizatório e para que seja decidido pela Justiça se a hipótese vertente comporta ou não a relativização da coisa julgada em atenção a esses outros dois princípios constitucionais (da moralidade administrativa e da justa indenização)".

Enfim, superado o biênio para a propositura da ação rescisória e não se afigurando cabíveis, no caso concreto, os demais instrumentos legais de revisão da coisa julgada, previstos nos artigos 741, inciso I, 475-L, inciso I, 475-L, parágrafo 1º, e 741, parágrafo único, todos do Código de Processo Civil, impende perquirir acerca da possibilidade de se reabrir a discussão sobre a indenização, em sede de execução de título judicial, devida pelo Município de São Paulo em favor da Caixa Econômica Federal, com base na teoria da relativização da coisa julgada.

Deveras, a coisa julgada é instituto erigido pela Constituição Federal como garantia fundamental (artigo 5º, inciso XXXVI), sendo o seu abrandamento excepcionalmente admitido pelo sistema jurídico brasileiro em hipóteses expressamente definidas em lei.

Conquanto o processo deva buscar a solução definitiva da lide, em homenagem aos postulados da garantia da segurança e da estabilidade das relações jurídicas, razões de interesse público podem legitimar a adoção de medidas restritivas, quando confrontado o princípio com outros valores constitucionais igualmente protegidos, tendo em vista que nenhum direito ou garantia fundamental previsto na Lei Maior se reveste de caráter absoluto.

Vale dizer, na colisão entre direitos ou garantias fundamentais, não havendo que se falar em supressão de um valor por outro, ante a inexistência de hierarquia, consoante o ensinamento de Alexandre de Morais, "...o intérprete deve utilizar-se do princípio da concordância prática ou da harmonização, de forma a coordenar e combinar os bens jurídicos em conflito, evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual (contradição dos princípios), sempre em busca do verdadeiro significado da norma e da harmonia do texto constitucional

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com sua finalidade precípua" (Direito Constitucional. 27ª edição. São Paulo, Editora Atlas, 2011, p. 36).

Em se tratando de intervenção do Estado na propriedade, o artigo 5º, inciso XXIV, da Constituição Federal estabelece que a desapropriação deve atender ao pagamento da justa e prévia indenização, preceito fundamental que, embora vise precipuamente a proteger o expropriado de uma possível lesão ao patrimônio, também constitui parâmetro para impedir a fixação em montante excessivamente superior ao valor real do imóvel, sob pena de proporcionar o enriquecimento sem causa.

In casu, como ressaltado pelo Parquet Federal em seu parecer, os valores estimados da indenização a ser paga pela Prefeitura de São Paulo, no montante de dois bilhões de reais, "são eloqüente argumento no sentido de que nenhuma dúvida pode remanescer sobre a regularidade de tal pagamento". De fato, malgrado se possa cogitar, em tese, de eventual inércia ou desídia do ente político na discussão da indenização no processo de desapropriação, não se pode ignorar que o valor executado é quantia de grande monta que ultrapassa os limites da moralidade, razoabilidade e proporcionalidade, além de não se coadunar com o ordenamento jurídico, legitimando, num juízo de ponderação entre os valores constitucionais discutidos, a realização de nova perícia no imóvel, com os devidos apontamentos sobre as questões apresentadas pelo município.

É importante frisar que o deslinde aqui conferido não deve constituir a regra, impondo-se a tese da relativização da coisa julgada apenas em situações extremadas, de grave injustiça, em que outros valores constitucionais devem ser considerados e harmonizados, como na hipótese em comento.

O Superior Tribunal de Justiça tem precedente a respeito da teoria da relativização da coisa julgada, como demonstra o seguinte aresto:

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. DÚVIDAS SOBRE A TITULARIDADE DE BEM IMÓVEL INDENIZADO EM AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA COM SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO. PRINCÍPIO DA JUSTA INDENIZAÇÃO. RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA. 1. Hipótese em que foi determinada a suspensão do levantamento da última parcela do precatório (art. 33 do ADCT), para a realização de uma nova perícia na execução de sentença proferida em ação de desapropriação indireta já transitada em julgado, com vistas à apuração de divergências quanto à localização da área indiretamente expropriada, à possível existência de nove superposições de áreas de terceiros naquela, algumas delas objeto de outras ações de desapropriação, e à existência de terras devolutas dentro da área em questão. 2. Segundo a teoria da relativização da coisa julgada, haverá situações em que a própria sentença, por conter vícios insanáveis, será considerada inexistente juridicamente. Se a sentença sequer existe no mundo jurídico, não poderá ser reconhecida como tal, e, por esse motivo, nunca transitará em julgado. 3. 'A coisa julgada, enquanto fenômeno decorrente de princípio ligado ao Estado Democrático de Direito, convive com outros princípios fundamentais igualmente pertinentes. Ademais, como todos os atos oriundos do Estado, também a coisa julgada se formará se presentes pressupostos legalmente estabelecidos. Ausentes estes, de duas, uma: (a) ou a decisão não ficará acobertada pela coisa julgada, ou (b) embora suscetível de ser atingida pela coisa julgada, a decisão poderá, ainda assim, ser revista pelo próprio Estado, desde que presentes motivos preestabelecidos na norma jurídica,

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adequadamente interpretada.' (WAMBIER, Tereza Arruda Alvim e MEDINA, José Miguel Garcia. 'O Dogma da Coisa Julgada: Hipóteses de Relativização', São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, pág. 25) 4. 'A escolha dos caminhos adequados à infringência da coisa julgada em cada caso concreto é um problema bem menor e de solução não muito difícil, a partir de quando se aceite a tese da relativização dessa autoridade - esse, sim, o problema central, polêmico e de extraordinária magnitude sistemática, como procurei demonstrar. Tomo a liberdade de tomar à lição de Pontes de Miranda e do leque de possibilidades que sugere, como: a) a propositura de nova demanda igual à primeira, desconsiderada a coisa julgada; b) a resistência à execução, por meio de embargos a ela ou mediante alegações incidentes ao próprio processo executivo; e c) a alegação incidenter tantum em algum outro processo, inclusive em peças defensivas.' (DINAMARCO, Cândido Rangel. 'Coisa Julgada Inconstitucional'? Coordenador Carlos Valder do Nascimento - 2ª edição, Rio de Janeiro: América Jurídica, 2002, págs. 63-65) 5. Verifica-se, portanto, que a desconstituição da coisa julgada pode ser perseguida até mesmo por intermédio de alegações incidentes ao próprio processo executivo, tal como ocorreu na hipótese dos autos. 6. Não se está afirmando aqui que não tenha havido coisa julgada em relação à titularidade do imóvel e ao valor da indenização fixada no processo de conhecimento, mas que determinadas decisões judiciais, por conter vícios insanáveis, nunca transitam em julgado. Caberá à perícia técnica, cuja realização foi determinada pelas instâncias ordinárias, demonstrar se tais vícios estão ou não presentes no caso dos autos. 7. Recurso especial desprovido." (RESP 200400112359, DENISE ARRUDA, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJ DATA:20/09/2007 PG:00221 RDDP VOL.:00057 PG:00130 ..DTPB:.)

Na mesma esteira de entendimento, cito julgado da Quinta Turma desta Corte:

"AGRAVO LEGAL - ARTIGO 557, PARÁGRAFO 1º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - INDISPENSABILIDADE DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO MONOCRÁTICA, QUE JULGOU O RECURSO. DECISÃO AGRAVADA DE PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO, QUE SE AJUSTA AO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DOS TRIBUNAIS SUPERIORES (STF E STJ) - RECURSO IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.

1. A admissibilidade do agravo legal depende da demonstração ab initio da desconformidade da decisão terminativa com a disciplina do art. 557 do Código de Processo Civil Brasileiro. (AgRg no REsp nº 545307 / BA, 1ª Turma, Relatora Ministra Eliana Calmon, DJ 30/08/2004, pág. 254). (REsp nº 548732 / PE, 1ª Turma, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 22/03/2004, pág. 238).

2. A decisão impugnada por meio deste recurso ajusta-se ao entendimento jurisprudencial do E. Superior Tribunal de Justiça no sentido de que os honorários advocatícios, quando fixados em valores exorbitantes ou ínfimos, devem ser, na medida do possível adequados ao caso concreto.

3. Para justificar a interposição deste recurso, os recorrentes trouxeram à colação diversos acórdãos lavrados pelo E. Superior Tribunal de Justiça que não refletem a melhor postura frente ao caso ora apresentado.

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4. Nesse passo: 'O julgamento monocrático do recurso se deu segundo as atribuições conferidas ao Relator do recurso pela Lei nº 9.756/98, que deu nova redação ao artigo 557 do Código de Processo Civil, ampliando seus poderes para não só para indeferir o processamento de qualquer recurso (juízo de admissibilidade - caput), como para dar provimento a recurso quando a decisão se fizer em confronto com a jurisprudência dos Tribunais Superiores (juízo de mérito - § 1º-A)': cf. Tribunal Regional Federal da 3ª Região - Classe : AMS - Apelação em Mandado de Segurança - 251103 - Processo: 2001.61.18.000951-0 - UF: SP - Órgão Julgador: Segunda Turma - Data do Julgamento: 04/08/2009 - Fonte: DJF3 CJ1 data :20/08/2009 página : 153 -Relator: Desembargador Federal Henrique Herkenhoff.

5. Para justificar a interposição deste recurso, os recorrentes trouxeram à colação diversos acórdãos lavrados pelo E. Superior Tribunal de Justiça que, no nosso entender, não refletem a melhor postura frente ao caso ora apresentado.

6. Quanto à tese de relativização da coisa julgada, impende ressaltar que a insatisfação da recorrente com o valor dos honorários advocatícios não pode sobrepor-se, ainda que apoiada firmemente na coisa julgada, sobre os demais ditames do direito envolvidos no caso, entre eles os princípios da proporcionalidade e razoabilidade aqui esposados para o julgamento ora efetuado.

7. Recurso improvido. Decisão agravada mantida."

(TRF 3ª Região, QUINTA TURMA, AC 0037051-54.2003.4.03.6100, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL RAMZA TARTUCE, julgado em 05/11/2012, e-DJF3 Judicial 1 - DATA:09/11/2012)

Quanto ao condicionamento da realização da perícia no processo originário mediante o depósito da parte reconhecida como incontroversa na execução, não se sustenta, cabendo ressaltar que a questão é objeto do agravo de instrumento de registro nº 0008651-16.2011.4.03.0000, de minha relatoria, recurso no qual foi concedida a antecipação de tutela, a fim de sustar a expedição de ofício precatório em relação a valor alegadamente incontroverso.

Tem razão a CEF, contudo, em relação ao prazo de cinco dias fixados para oferecimento de quesitos, haja vista a complexidade da questão, sendo o caso de se conceder o prazo adicional de 15 dias para apresentação de novos quesitos e manifestação sobre os documentos de fls. 369/547 dos autos originários.

Ante o exposto, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao agravo de instrumento, a fim de conceder o prazo adicional de 15 dias para apresentação de novos quesitos e manifestação sobre os documentos de fls. 369/547 dos autos originários.

É como voto.

LUIZ STEFANINIDesembargador Federal

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AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0034148-95.2012.4.03.0000/SPRELATOR : Desembargador Federal LUIZ STEFANINIAGRAVANTE : Caixa Economica Federal - CEFADVOGADO : DANIEL MICHELAN MEDEIROS e outroAGRAVADO : MUNICIPIO DE SAO PAULO SPADVOGADO : MARGARETH ALVES REBOUCAS COVRE e outroORIGEM : JUIZO FEDERAL DA 16 VARA SAO PAULO Sec Jud SPNo. ORIG. : 00051927820074036100 16 Vr SAO PAULO/SP

EMENTAPROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO

INDIRETA. EMBARGOS À EXECUÇÃO. REALIZAÇÃO DE NOVA PROVA PERICIAL PARA AFERIÇÃO DO VALOR DO IMÓVEL. VÍCIOS NA AVALIAÇÃO. INDENIZAÇÃO FIXADA EM MONTANTE EXCESSIVO. TEORIA DA RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA. DEFERIMENTO DA NOVA PERÍCIA.

1. Superado o biênio para a propositura da ação rescisória e não se afigurando cabíveis, no caso concreto, os demais instrumentos legais de revisão da coisa julgada, previstos nos artigos 741, inciso I, 475-L, inciso I, 475-L, parágrafo 1º, e 741, parágrafo único, todos do Código de Processo Civil, impende perquirir acerca da possibilidade de se reabrir a discussão sobre a indenização, em sede de execução de título judicial, devida pelo Município de São Paulo em favor da Caixa Econômica Federal, com base na teoria da relativização da coisa julgada.

2. A coisa julgada é instituto erigido pela Constituição Federal como garantia fundamental (artigo 5º, inciso XXXVI), sendo o seu abrandamento excepcionalmente admitido pelo sistema jurídico brasileiro em hipóteses expressamente definidas em lei.

3. Conquanto o processo deva buscar a solução definitiva da lide, em homenagem aos postulados da garantia da segurança e da estabilidade das relações jurídicas, razões de interesse público podem legitimar a adoção de medidas restritivas, quando confrontado o princípio com outros valores constitucionais igualmente protegidos, tendo em vista que nenhum direito ou garantia fundamental previsto na Lei Maior se reveste de caráter absoluto.

4. Na colisão entre direitos ou garantias fundamentais, não havendo que se falar em supressão de um valor por outro, ante a inexistência de hierarquia, consoante o ensinamento de Alexandre de Morais, "...o intérprete deve utilizar-se do princípio da concordância prática ou da harmonização, de forma a coordenar e combinar os bens jurídicos em conflito, evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual (contradição dos princípios), sempre em busca do verdadeiro significado da norma e da harmonia do texto constitucional com sua finalidade precípua" (Direito Constitucional. 27ª edição. São Paulo, Editora Atlas, 2011, p. 36).

5. Em se tratando de intervenção do Estado na propriedade, o artigo 5º, inciso XXIV, da Constituição Federal estabelece que a desapropriação deve atender ao pagamento

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da justa e prévia indenização, preceito fundamental que, embora vise precipuamente a proteger o expropriado de uma possível lesão ao patrimônio, também constitui parâmetro para impedir a fixação em montante excessivamente superior ao valor real do imóvel, sob pena de proporcionar o enriquecimento sem causa.

6. Como ressaltado pelo Parquet Federal em seu parecer, os valores estimados da indenização a ser paga pela Prefeitura de São Paulo, no montante de dois bilhões de reais, "são eloqüente argumento no sentido de que nenhuma dúvida pode remanescer sobre a regularidade de tal pagamento". De fato, malgrado se possa cogitar, em tese, de eventual inércia ou desídia do ente político na discussão da indenização no processo de desapropriação, não se pode ignorar que o valor executado é quantia de grande monta que ultrapassa os limites da moralidade, razoabilidade e proporcionalidade, além de não se coadunar com o ordenamento jurídico, legitimando, num juízo de ponderação entre os valores constitucionais discutidos, a realização de nova perícia no imóvel, com os devidos apontamentos sobre as questões apresentadas pelo município.

7. A tese da relativização da coisa julgada impõe-se apenas em situações extremadas, de grave injustiça, em que outros valores constitucionais devem ser considerados e harmonizados, como na hipótese em comento. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte.

8. Tem razão a CEF em relação ao prazo de cinco dias fixados para oferecimento de quesitos, haja vista a complexidade da questão, sendo o caso de se conceder o prazo adicional de 15 dias para apresentação de novos quesitos e manifestação sobre os documentos de fls. 369/547 dos autos originários.

9. Agravo de instrumento a que se dá parcial provimento.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao agravo de instrumento, a fim de conceder o prazo adicional de 15 dias para apresentação de novos quesitos e manifestação sobre os documentos de fls. 369/547 dos autos originários, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

São Paulo, 10 de junho de 2013.

LUIZ STEFANINIDesembargador Federal

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DEPARTAMENTO FISCAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA de SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES8ª VARA DE FAZENDA PÚBLICASENTENÇAProcesso nº: 0044794-30.2012.8.26.0053Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Anulação de Débito FiscalRequerente: Oxford Construções S.a.Requerido: Municipio de São Paulo

C O N C L U S Ã O

Em 12 de junho de 2013, faço estes autos conclusos ao (a) MM. Juiz (a) deDireito,Dr (a). SIMONE VIEGAS DE MORAES LEME

Vistos.

Oxford Construções S.a. qualificada nos autos, ajuizou a presente ação anulatória de ato administrativo, sob o rito ordinário, em face do Municipio de São Paulo. Segundo exposição resumida da peça inicial, aos 21 de dezembro de 2000, a autora formalizou sua opção de ingresso no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, postulando pelo parcelamento previsto no art. 4º II, da Lei Nº 13.092/00, acrescentando que, após a formalização e homologação de sua opção, passou a recolher pontualmente as parcelas devidas. Entretanto, em 2006, a autora foi excluída do parcelamento pelas autoridades municipais, sob o fundamento de que pagava as parcelas em valores menores que os devidos. Em face da exclusão, impetrou o Mandado de Segurança nº 053.06.121033-0, cuja decisão favorável reconheceu o seu direito de permanecer no REFIS. Em decorrência da decisão judicial, foi proferido despacho administrativo determinando sua reinclusão no programa e a autora seguiu com regular adimplemento das parcelas, até que, em 11 de fevereiro de 2012, foi surpreendida por novo ato de exclusão do REFIS, pautado em suposto inadimplemento de parcelas, inclusive, de competências objeto da exclusão anterior. A decisão considerou que a autora: a) não corrigiu pela TJLP os pagamentos que observaram o valor mínimo estabelecido em R$ 1.000,00 e b) não realizou deduções da base de cálculo do valor a ser pago. Afirmou que contra tal decisão interpôs recurso administrativo, o qual restou desprovido. Sustenta a necessidade de anulação da decisão administrativa, assegurando-se à autora o direito de permanecer no programa de parcelamento. Sustentou, para tanto, que se fosse o caso de pagamento a menor, referido argumento deveria ter sido levado à discussão nos autos do mandado de segurança supra mencionado , pois tratava desse assunto. Transcreveu, para tanto, trecho do acórdão proferido naqueles autos, reafirmando que o Poder Judiciário já apreciou a questão, consignando que a parcela mínima é de R$ 1000,00 , acrescentando que, acerca de tal ponderação, a Municipalidade nada disse. Salientou que a decisão administrativa impugnada nesta lide afronta o artigo 471, I, do CPC. Ainda sustentou o descabimento da exigência de correção das parcelas mínimas do

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parcelamento pela TJLP. Afirmou que a regra que determina a utilização da TJLP para correção monetária da importância a ser paga refere-se, exclusivamente, ao montante do débito tributário consolidado no REFIS e não ao piso mínimo de R$ 1000,00. Também apontou a homologação tácita dos pagamentos efetuados há mais de cinco anos. Alegou que as receitas auferidas pela autora em outros municípios não são fatos geradores de ISS de competência do Município de São Paulo e não poderiam, por isso, ser consideradas para compor o valor da receita bruta decorrente dos serviços prestados em território paulistano. Por fim, sustentou que era de rigor a intimação da autora para regularização dos valores anteriormente à decisão de sua exclusão. Colacionou julgados e postulou pela antecipação dos efeitos da tutela para que a autora seja mantida no programa de parcelamento do REFIS. No mérito, postulou pela procedência da ação para que o ato administrativo seja anulado, assegurando-se à autora o direito de permanecer no REFIS até que integralmente quitados os débitos tributários objetos daquele acordo. Como pedido alternativo, postulou pela anulação do ato administrativo de exclusão do REFIS determinando-se à ré a intimação da autora para que, em prazo razoável, promova o adimplemento , a anulação do ato administrativo, determinando-se a intimação da autora pela ré para em, em prazo razoável, promova o adimplemento do montante controvertido. Vieram aos autos procuração e documentos.

O pedido antecipatório foi deferido pela decisão de fls. 300/301.

Citada, a Municipalidade de São Paulo apresentou contestação (fls. 312/324) advogando pela improcedência da ação. Alegou, resumidamente, que a discussão travada nos autos do Mandado de Segurança interposto pela autora é diversa, pois diz respeito à possibilidade de pagamento das parcelas sem respeitar o limite máximo de 120 parcelas mensais. Ocorre que em regular procedimento administrativo, apurou-se que a autora sequer obedece o patamar mensal de parcelamento do processo administrativo n. 2006-0.346.113-8. Sustenta a necessidade de atualização do valor do pagamento mínimo pela TJLP. Afirmou que em apuração referente ao período 2006 a 2011, a autora respeitou a base mensal em apenas 7 meses dos 59 passados. Assim, possível e pertinente a exclusão da autora do programa REFIS. Impugnou a tese de que a Municipalidade não está respeitando a decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança já mencionado. Argumentou, para tanto, que não é objeto daqueles autos a aplicação da TJLP à parcela mínima e a sentença não fez qualquer referência à exigência de atualização mensal da parcela mínima do REFIS. Sustentou a necessidade de correção das parcelas mínimas do REFIS pela taxa de juros de longo prazo nos termos do artigo 4o "caput" da Lei Municipal 13092/00, invocando os Princípios da Razoabilidade e Finalidade.. A seguir o raciocínio da autora,os pagamentos de R$ 1000,00 vão ser mantidos por meio século. Assim, não é lógico nem coerente manter o valor de R$ 1000,00 por 420 anos. Afirmou que somente tem sentido a manutenção do parcelamento com o firme propósito de pagamento da dívida, o que parece não ser o caso da autora. Discorreu acerca da receita bruta auferida pela autora.

Contra a decisão que deferiu o pedido antecipatório, a ré interpôs recurso de agravo, na forma de instrumento (fls. 326/335), ao qual foi dado provimento (fls. 361/364).

A autora manifestou-se em réplica (fls. 340/358).

Instadas à produção de provas, a ré requereu o julgamento antecipado da lide, e a autora apresentou prova documental (fls. 317/417).

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As partes , em outra manifestação, reiteram os argumentos anteriores.

É o relatório. DECIDO.

Trata-se de ação anulatória de ato administrativo.

Consoante se depreende da argumentação inicial, a pretensão da autora está amparada nos seguintes argumentos principais: a) já existe decisão judicial proferida em autos de mandado de segurança anteriormente impetrado pela autora, o que torna inviável a rediscussão da matéria; b) descabimento da exigência de correção das parcelas mínimas pela TJLP; c) adimplemento das parcela com base na receita bruta auferida no Município de São Paulo; d) necessidade de intimação da autora para regularização das parcelas eventualmente recolhidas a menor.

Expostas as teses da autora, passo ao julgamento.

O Programa de Recuperação Fiscal – REFIS – foi introduzido no Município de São Paulo pela Lei n. 13092/00 e o devedor interessado em aderir ao Programa deve obedecer aos critérios ali estabelecidos.

Como se vê dos autos, em 2006, a autora foi excluída do Programa e , por isso, impetrou mandado de segurança, atualmente em fase recursal. A decisão de 1º grau (fls. 76/78), confirmada em sede de recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, reconheceu " o direito líquido e certo da impetrante de quitar os débitos incluídos no REFIS na exata forma preconizada na lei, assegurando a sua permanência naquele programa, sem observar as ilegais e inconstitucionais restrições impostas pelo Impetrado, especialmente no que concerne à limitação temporal (120 meses) e quantitativa (1/120 avos do débito ao mês), não previstas na legislação e regulamentação daquele programa , e portanto declaro nulo o ato impugnado"( grifos meus).

Posteriormente à decisão, a autora foi novamente excluída do Programa. A primeira questão a ser dirimida diz respeito à ofensa aos termos da decisão já proferida e confirmada em segundo grau. No entanto, esta hipótese não se afigura no caso em tela, não obstante os esforços dos dd patronos da autora.

A decisão administrativa – objeto desta lide – acostada às fls. 254, aponta que a autora "recolheu incorretamente as parcelas mensais devidas nos termos de sua opção, desbordando, também dos limites estabelecidos na Liminar em Mandado de Segurança deferida no processo n. 583.53.2006.121033-0 da 2a Vara da Fazenda Pública, em 31 de julho de 2006 , confirmada pela concessão da segurança em 15 de dezembro de 2006 no citado processo".

As informações que seguem às fls. 251 apontam que a autora deixou de aplicar o disposto no artigo 4o caput e inciso II da lei 13092 quando deixou de aplicar o acréscimo correspondente à TJLP no valor das parcelas mínimas de R$ 1000,00 ( um mil reais). Assim, não cumpriu a autora com o disposto na Lei 13092/00, na forma determinada pela sentença proferida em mandado de segurança.

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A autora admite o descumprimento da lei, pois a ela confere outro alcance.

De outra banda, temos que a correção monetária não foi tratada em sede de mandado de segurança. Daí porque não há se falar em ofensa à decisão judicial nem tampouco é caso de reconhecimento de litispendência.

A tese da autora – no sentido de que a correção monetária somente deve ser aplicada sobre o saldo devedor – não merece amparo, pois de fato contraria o disposto no artigo 4o, caput da lei 13092/00 que reza:

"Art. 4o. A partir da data da consolidação, o débito tributário do contribuinte optante, quando relativo ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS , será pago em parcelas mensais e sucessivas , vencíveis no último dia útil de cada mês, acrescido, tão-só de juros correspondentes à variação mensal da Taxa de Justos de Longo Prazo – TJLP, correspondendo cada parcela à:

I - (...)II – 1% ( um por cento da receita bruta mensal, auferida pelo contribuinte, no mês

imediatamente anterior ao do pagamento da parcela, no Município de São Paulo, observado o piso de R$ 1.000,00 ( um mil reais, para as demais empresas.

§1o. Considera-se receita bruta o total dos valores percebidos pelos estabelecimentos do contribuinte no Município de São Paulo, provenientes da prestação de serviço, sem qualquer dedução"

Assim, da leitura da letra da lei não é possível concluir que as parcelas são fixas, no valor de R$ 1.000,00 cada uma. As parcelas devem ser pagas em montante equivalente a 1% da receita bruta do contribuinte, observado o piso mínimo de R$ 1.000,00, e mediante aplicação da TJLP, pois, do contrário, teremos dívida eterna , já que o saldo devedor – a seguir o raciocínio da autora – não influencia na fixação da parcela a ser paga. Assim, não é razoável imaginar que apenas o saldo devedor seria corrigido, se esse não tem qualquer reflexo na fixação da parcela a ser paga.

Ainda afasto o argumento levantado pela autora e que diz respeito ao conceito de renda bruta. A receita bruta, como diz a lei , é o montante total recebido pelas empresas situadas no Município de São Paulo decorrentes da prestação de serviços, sem dedução. Atente-se, na repetição pela magistrada da letra da lei, que a legislação de regência veda qualquer dedução. Assim, impertinente o raciocínio da autora de que os serviços prestados fora do Município de São Paulo não integram o conceito de receita bruta. Ora, receita bruta de empresa é uma só. Assim, não há possibilidade de conferir à norma o alcance pretendido pela autora, no sentido de que a receita bruta é composta apenas dos valores relativos aos serviços prestados no Município de São Paulo.

Afastada a interpretação legal feita pela autora, de rigor concluir que houve pagamento a menor. E , se assim é, coerente a exclusão da autora do Programa, que constitui benefício concedido pela Fazenda Municipal e não direito do contribuinte, muito embora esta magistrada reconheça que a exclusão de contribuinte do Programa representa, financeiramente, prejuízo ao contribuinte devedor. Ocorre que , configurada hipótese legal, a decisão administrativa revela-se acertada e não merece reparos.

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Aliás, pertinente consignar que a própria autora admite pagamentos a menor e, pois, em desacordo com a Lei 13092/00, pois pretende, alternativamente, prazo suplementar para correção dos equívocos. Configurado o pagamento a menor, possível e legítima a exclusão, nos termos do artigo 11, incisos I e VI da Lei 13092/00.

As planilhas acostadas às fls. 238/239 apontam valores expressivos que deixaram de ser recolhidos pela autora e que ultrapassam, igualmente, os seis meses alternados à que aludem a lei.

A alegada falta de notificação também não vinga, pois a autora, de sempre, teve ciência de todos os atos praticados nos autos do procedimento administrativo. Tanto assim é que amplamente exerceu seu direito de defesa.

Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO, extinguindo o feito com apreciação do mérito, nos termos do artigo 269, I, do CPC. Condeno a autora ao pagamento de custas e despesas processuais e honorários advocatícios que arbitro em R$ 1500,00.

Oficie-se ao ETJESP comunicando o teor desta decisão em face do recurso de agravo pendente de julgamento.

PRIC

São Paulo, 12 de junho de 2013.

SIMONE VIEGAS DE MORAES LEMEJuíza de Direito

DEPARTAMENTO JUDICIAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES14ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIAProcesso nº: 0025131-61.2013.8.26.0053 - Mandado de SegurançaImpetrante: Tangará Importadora e Exportadora S/AImpetrado: Pregoeira do Pregão Presencial n.03/SME/2013 e outros

CONCLUSÃO

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Em 2 de julho de 2013, faço estes autos conclusos ao MM.(ª) Juiz(a) de Direito Dr(ª). Randolfo Ferraz de Campos.

Vistos.

I

Ao ser proferida a decisão de fls. 1.359/1.365, tomou-se como premissa ser o preço de referência, estimado ou orçado para a licitação abordada na ação o de R$ 13,60 (fls. 1.359, verso, item III, penúltimo parágrafo, fls. 1.362 verso, item VII, terceiro parágrafo, e fls. 1.363, primeiro parágrafo).

Premissa esta embasada na circunstância de constar literalmente o seguinte a fls. 475, penúltimo parágrafo (documento este consistente em nota técnica emitida pela Assessoria Econômica da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Município de São Paulo datada de 19.3.13 a respeito do "processo de aquisição de leite em pó integral para o Programa Leve Leite em lotes"): "desta forma, sugere-se que, para efeito da definição do preço de referência, que o preço de referência seja apurado considerando apenas a média unitária dos três menores preços coletados, ou seja, de R$ 12,63. Isso é permitido e justificável tendo em vista o risco para a Administração da adoção de um preço de referência tão superior ao atualmente praticado (R$ 10,80)".

E note-se: não há passagem em tal nota a qualquer preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP e nela também não se aponta que este outro preço também teria de ser considerado na apuração do preço de referência.

Premissa esta embasada na circunstância de constar literalmente o seguinte a fls. 1.032, penúltimo parágrafo (documento este consistente em manifestação de órgão de assessoramento técnico do Tribunal de Contas do Município de São Paulo acerca da tramitação do processo de licitação): "recomendamos, ainda, que seja observado o parecer da Assessoria Econômica quanto à definição do preço de referência para que seja considerada a média unitária apenas dos três menores preços coletados, ou seja, de R$ 12,63 ...".

E novamente aqui: não há passagem em tal manifestação a qualquer preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP e nela também não se aponta que este outro preço também teria de ser considerado na apuração do preço de referência.

Foi induzido a erro este Juízo meramente pela impetrante ou também pelo próprio teor lacunoso e dúbio daquelas nota e manifestação?

A Municipalidade de São Paulo, contudo, insiste ser o preço de referência o de R$ 12,28.

Está correta ela? De qualquer forma (isto é, a despeito do conteúdo efetivo – e do não conteúdo efetivo - da nota e da manifestação supra referidas), a premissa adotada por este Juízo equivocada está?

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Vejamos.

O valor de R$ 12,63 resulta (i) do contido na pesquisa que se vê a fls. 390 associada (ii) às ponderações feitas a seu respeito naquela nota técnica emitida pela Assessoria Econômica da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Município de São Paulo no âmbito das quais menção não se faz àquele preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP (fls. 473/475).

Mas o valor de R$ 12,28 como resultante da média entre "os três menores preços coletados" (R$ 12,40, R$ 13,00 e R$ 12,50) e o preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP (R$ 11,22) realmente acabou sendo indicado no processo licitatório, tanto que se o vê a fls. 395.

E mais: consta, já agora, a fls. 396 o seguinte: "retornamos o presente, conforme solicitado segue planilha resumo considerando os três menores valores pesquisados e a média CEPEA para composição do preço médio".

Repita-se: "considerando os três menores valores pesquisados e a média CEPEA para composição do preço médio".

E frise-se: "para composição do preço médio".

E eis o detalhe a ser tomado como relevante para saber se este Juízo realmente se equivocou.

A manifestação de fls. 396 é datada de 20.3.13.

Ou seja, é posterior àquela nota técnica emitida pela Assessoria Econômica da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Município de São Paulo, a qual é datada de 19.3.13.

A conclusão (a primeira de duas a serem ora feitas) é óbvia ante tais datas: a SME/SP, ao definir no processo licitatório o preço de referência, tomou por base as ponderações feitas naquela nota técnica e associou-as ao próprio preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP "PARA COMPOSIÇÃO DO PREÇO MÉDIO".

Aliás, a manifestação de fls. 396 com sua respectiva data – que se não percebeu em mais de 1.350 folhas de autos e à qual o órgão de assessoramento técnico do TCM/SP não fez alusão infelizmente (tivesse-o feito, ter-se-ia percebido sua existência) – é a que revela a decisão tomada no processo licitatório de definir o preço de referência, estimado ou orçado não meramente pelo resultante da média entre "os três menores preços coletados" (R$ 12,40, R$ 13,00 e R$ 12,50), mas pelo resultante da média de tais três menores preços e do preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP (R$ 11,22).

Tanto que ali se lê: "retornamos o presente, conforme solicitado segue planilha resumo considerando os três menores valores pesquisados e a média CEPEA PARA COMPOSIÇÃO DO PREÇO MÉDIO".

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REPITA-SE E FRISE-SE: "PARA COMPOSIÇÃO DO PREÇO MÉDIO".

E a segunda conclusão a que ora se chega pelo exposto é a de que este Juízo realmente se equivocou.

II

Equívoco como o apontado, se afastado como realmente tem de ser, redunda em ruir a decisão anteriormente proferida quanto à segunda premissa (visto ser esta inferência da primeira) em que se embasou ela para a concessão da liminar, a saber, a de que estaria presente a fumaça do bom direito no argumentar a impetrante ter incorrido a Administração Pública em grave contradição quanto ao que restou deliberado referentemente, de um lado, aos lotes 1, 2 e 4 e, de outro, aos de ns. 3 e 5.

De fato, para assim ser afirmado na decisão concessiva da liminar, reputou-se (a partir de preço orçado, de referência ou estimado de R$ 12,63 e não de R$ 12,28) então que aparentemente era inadmissível, pena de grave contradição, tomar os preços ofertados nos lotes 1, 2 e 4 (R$ 12,99, R$ 13,20 e R$ 13,20, respectivamente, o segundo e terceiro ofertados pela impetrante e o primeiro, pela empresa Laticínios Bela Vista Ltda.) como "excessivos" face "ao preço de referência da Administração de acordo com pesquisa de mercado constante do processo" e considerar, para os de ns. 3 e 5 (R$ 12,60) como não "favoráveis".

Mas se for tomado como preço de referência a quantia de R$ 12,28, a decisão administrativa de reputar como "não favorável" aquele preço de R$ 12,60 ofertado pela impetrante para os lotes de ns. 3 e 5 não mais se afigura contraditória, já que a premissa é exatamente a circunstância de ser este último superior ao primeiro preço em R$ 0,32 por quilo de leite (isto é, R$ 336.000,00 por mês a mais do total a despender se considerado o preço de referência ou R$ 4.032.000,00 a mais em um ano – prazo de vigência da ata de registro de preços).

III

Mas o até aqui exposto suscita outras duas questões, considerando já agora os termos da ação naquilo que poderia ilidir o raciocínio anteriormente exposto (notadamente para uma das questões o argumentado a fls. 18/21, itens 34 a 36).

A primeira: era admissível definir o preço de referência, estimado ou orçado não meramente pelo resultante da média entre "os três menores preços coletados" (R$ 12,40, R$ 13,00 e R$ 12,50), mas pelo resultante da média de tais três menores preços e do preço apurado pela CEPEA/ESALQ/USP (R$ 11,22)?

A resposta é positiva, ao menos segundo o que se pode concluir provisoriamente e face à cognição sumária que aqui cabe exercitar, visto que, tal qual constou na decisão proferida anteriormente, in verbis:

"Ampla pesquisa de preço de mercado não significa adotar 'ipso facto' como preço referencial a média dos preços apurados, pois esta mesma média pode estar

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deturpada por preços consultados excessivamente baixos e/ou altos ou por amostragem de preços insuficiente (no caso,inclusive, foram consultadas dezenas de empresas, mas menos de dez dispuseram-se a cotar preços consoante se vê a fls. 474, item II.3,segundo parágrafo – 51 empresas foram contatadas e apenas 7 ofertaram respostas).

Ampla pesquisa de preço de mercado significa conhecer os preços praticados no mercado, dando-se ensejo de conhecer sua realidade referentemente a determinados bens ou serviços cuja aquisição pela Administração Pública interessa e aquilatar a melhor proposta em licitação feita face àquele conhecimento em termos de adequação à realidade de mercado, admissível sendo e constituindo mesmo dever da Administração Pública que sobre aludida pesquisa de preço exerça juízo crítico a respeito da consistência dos valores apurados (esta linha de raciocínio, aliás, é a que perfilhou o V. Acórdão n. 1.375/07 do Colendo Tribunal de Contas da União Federal, Proc. 006.959/2007-6, Pleno, Rel. Min. Guilherme Palmeira, v.u., j. 11.7.07)".

E este juízo crítico foi exercitado tanto pela adoção, para apurar o preço referencial, dos três menores valores apurados na pesquisa como do valor indicado pelo pela CEPEA/ESALQ/USP, procedimento este que não parece ser ilegal face ao explanado a respeito da baixa participação de empresas com cotação de preços, ante os motivos indicados naquela nota técnica (aumento excessivo de valor não adequadamente demonstrado ou justificado) e também face ao art. 15, § 1º, da Lei Federal n. 8.666/93, o qual determina que "o registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado" e não que (i) "o registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado, adotando-se como referencial o valor médio de todos os preços consultados" ou que (ii) "o registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado, vedada a adoção como preço referencial de valor médio a retratar apenas parte dos preços consultados" (vedação que, contudo, se justifica e é lídima quando os preços vierem a ser selecionados para formação do valor referencial arbitrariamente).

E esta arbitrariedade não parece ter ocorrido, porquanto, referentemente ao próprio valor indicado pela CEPEA/ESALQ/USP, cabe já aqui e agora considerar o quantoexpendido foi pela Municipalidade de São Paulo, in verbis:

"Como ressaltado pela Pregoeira (fl. 1252, v.º), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA, instituto vinculado à Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz' - ESALQ/USP é uma das mais conceituadas instituições de estudos econômicos do país.

Reforça a importância de tal referência ela considerar, especificamente, o mercado de leite em pó. Salienta-se que a cotação utilizada foi a última vigente no momento da pesquisa de mercado, conforme BOLETIM DO LEITE ora anexado.

Mais uma vez, ao contrário do afirmado pelo Impetrante, o preço médio divulgado pelo CEPEA/ESALQ/USP toma por base os valores praticados no mercado atacadista de leite em pó e, poderia, inclusive, ser tomado como preço de referência isoladamente.

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Segundo divulgação do CEPEA/ESALQ/USP, para o mês de janeiro de 2013 o preço médio do quilo do leite em pó é de R$ 11,22 para o Estado de São Paulo e de R$ 11,13 como média geral (GO, MG, PR, RS e SP).

Para Abril de 2013, mês de publicação do Edital, o preço médio do quilo indicado para São Paulo foi de R$ 12,30, sendo a média geral de R$ 12,47.

Destarte, verifica-se que o valor de referência de R$ 12,28, o qual foi adotado pela Administração, revela-se razoável e condizente com os preços efetivamente praticados no mercado" (fls. 1.473/1.474).

Registro e ressalto, neste passo, a irrelevância da assertiva da impetrante de que o preço cotado pela CEPEA/ESALQ/USP se referiria a fornecimento de leite em pó em embalagem de 400 gramas e não de 1.000 gramas (ou 1 kilo) do produto, visto que a referência feita àquela primeira quantia (com respectiva embalagem) se refere meramente a como o produto é exibido para venda no varejo e não para o preço mesmo para esta mesma quantia, o qual é efetivamente pertinente a 1 kilo.

E a segunda questão: foi razoável a decisão administrativa de tomar o preço ofertado pela impetrante como "não favorável" à Administração Pública do Município de São Paulo?

Ainda aqui, a resposta é positiva e novamente se faz mister trazer à colação, por pertinentes, as próprias ponderações feitas pela Municipalidade de São Paulo a fls. 1.476/1.479, in verbis:

"As circunstâncias fáticas indicam que o preço ofertado pela Impetrante é excessivo e implicaria ônus injustificado aos cofres municipais em caso de contratação, sobretudo tendo em vista que:

a) a diferença entre o preço referencial adotado (R$ 12,28) e o proposto pela Requerente (R$ 12,60) é substancial. Considerando os quantitativos estimados para os lotes 3 e 5, a diferença anual é de cerca de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) e, inseridos os demais lotes, monta quase R$ 7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil reais).

b) a Administração obteve proposta de fornecimento emergencial no valor unitário de R$ 10,99, por empresa que demonstrou cumprir todos os requisitos de habilitação exigidos no Pregão n.º 03/SME/DME/2013; e

c) atualmente, a Administração paga o valor unitário de R$ 10,80 pela aquisição de leite em pó para distribuição no âmbito do Programa Leve Leite, em razão de ata de registro de preço e contrato assinado com a própria Impetrante. É importante ressaltar que esse preço já é resultado de acréscimo (revisão) concedido no ano de 2012, já que o preço inicialmente registrado, em fevereiro/2011, foi de R$ 9,38.

Abaixo, seguem elucidativos quadros contendo comparações sistematizadas, os quais facilitam a compreensão real dos valores envolvidos e do risco de substancial lesão ao Erário:

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A) Diferença entre o valor final proposto pela Impetrante no certame e o valor por ela atualmente praticado no Município de São Paulo, no âmbito do programa leve leite:

ValorUnitário

Valor Mensal (lotes 3 e 5)- 1.050.000kg

Valor Anual (lotes 3 e 5)

Tangará melhorproposta na licitação Lotes 3 e 5

R$ 12,60 R$ 13.230.000,00 R$ 158.760.000,00

Tangará preçoatualmente praticado

R$ 10,80 R$ 11.340.000,00 R$ 136.080.000,00

Diferença R$ 1,80 R$ 1.890.000,00 R$ 22.680.000,00

B) Diferença entre o valor final proposto pela Impetrante no certame e o valor de referência apurado pela Secretaria de Educação conforme fl. 413 do processo:

ValorUnitário

Valor Mensal (lotes 3 e 5)- 1.050.000kg

Valor Anual (lotes 3 e 5)

Tangará melhorproposta na licitação Lotes 3 e 5

R$ 12,60 R$ 13.230.000,00 R$ 158.760.000,00

Preço dereferência daSME

R$ 12,28 R$ 12.894.000,00 R$ 154.728.000,00

Diferença R$ 0,32 R$ 336.000,00 R$ 4.032.000,00

C) Diferença entre o valor final proposto pela Impetrante no certame e a proposta obtida pela Administração para contratação emergencial:

ValorUnitário

Valor Mensal (lotes 3 e 5)- 1.050.000kg

Valor Anual (lotes 3 e 5)12 meses

Tangará melhorproposta na licitação Lotes 3 e 5

R$ 12,60 R$ 13.230.000,00 R$ 158.760.000,00

Melhor proposta contratação emergencial

R$ 10,99 R$ 11.539.500,00 R$ 138.474.000,00

Diferença R$ 1,61 R$ 1.690.500,00 R$ 20.286.000,00

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D) Preços propostos/praticados pela Impetrante junto à Municipalidade

ValorUnitário

Valor Mensal (lotes 3 e 5)- 1.050.000kg

Valor Anual (lotes 3 e 5)12 meses

Pesquisa de mercado out/2012

R$ 10,80 R$ 11.340.000,00 R$ 136.080.000,00

Pesquisa de mercado mai/2013

R$ 12,40 R$ 13.020.000,00 R$ 156.240.000,00

Valor atualmente praticado

R$ 10,80 R$ 11.340.000,00 R$ 136.080.000,00

Valor final proposto no certame

R$ 12,60 R$ 13.230.000,00 R$ 158.760.000,00

Por todos os elementos expostos, levando-se em conta os vultosos valores envolvidos na contratação, verifica-se que a eventual prosseguimento do certame com a aceitação do valor de R$ 12,60 ensejaria grave lesão ao Erário, razão pela qual se revela legítima a decisão da Pregoeira que declarou fracassada a licitação em tela" (frise-se que os cálculos ora feitos são inerentes ou ínsitos à própria consideração do preço ofertado comparado com o preço de referência considerado na esfera administrativa, daí que a conclusão de não ser favorável aquele mesmo preço ofertado traz em si mesma sua razão de ser sem que se possa cogitar de ausência de motivação acintosa geradora de evidente abusividade, arbitrariedade e ilegalidade; reconhece-se, entretanto, que, apesar do risco de acabar por expor o óbvio ululante, mais prudente seria abusar dele do que omiti-lo como, aliás, ficou bastante claro em face da primeira decisão tomada por este Juízo).

IV

As razões até aqui expendidas tornam imperioso revogar a liminar anteriormente deferida, já que se tomou em consideração para tanto premissas indevidas (uma – a primeira -, mostrou-se equivocada e a outra, face à primeira estar equivocada, restou viciada).

Revogação que, ora decretada como de fato fica, torna já aqui igualmente ausente a fumaça do bom direito referentemente ao argumentado na ação referentemente à contratação direta de terceiro para fornecimento do produto, sobretudo para evitar risco de desabastecimento em área grandemente sensível (atendimento a alunos da rede pública de ensino do Município de São Paulo – cerca de 900.000 alunos por bimestre), ante a morosidade própria da burocracia estatal para renovar a licitação (daí a emergência a justificar a contratação direta) e considerando a respeito as assertivas da Municipalidade de São Paulo de que: "o DAE não poderia esperar o desfecho da licitação para iniciar os procedimentos administrativos, sob pena de, com tal conduta, dar causa ao desabastecimento, ATÉ MESMO PORQUE OS LOTES 1, 2 e 4 já se encontravam encerrados"; "por óbvio, a contratação emergencial apenas se concretizaria na hipótese de

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se confirmar o insucesso do certame, mas se fazia premente iniciar pesquisa de preço para evitar DANOSO DESABASTECIMENTO"; atualmente a empresa BR Foods ostenta situação fiscal regular (o que é corroborado pelo documento de fls. 1.684/1.712); e "com relação ao prazo do fornecimento, o contrato emergencial conterá cláusula conferindo à Administração a prerrogativa de decretar a sua rescisão antecipada, sem ônus, em caso de conclusão anterior do novo procedimento licitatório, que dê à Municipalidade a possibilidade de formalização de novo contrato antes do termo final do contrato emergencial, tudo à luz dos princípios da transparência, moralidade e preservação do interesse público que pautam a atividade administrativa responsável no relevante e essencial Departamento de Alimentação Escolar, responsável pela merenda escolar e, nesse âmbito, pela gestão do Leve-Leite" (fls. 1.484 e 1.486).

Aguardem-se, no mais, as informações.Int.São Paulo, 03 de julho de 2013

RANDOLFO FERRAZ DE CAMPOSJuiz de Direito

Cassada decisão do TJ-SP que suspendeu processo sobre expurgos inflacionáriosA ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou ato da 38ª Câmara

de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que havia

interrompido o andamento de processo em fase de liquidação para pagamento de

perdas decorrentes de expurgos inflacionários do Plano Verão. Segundo a ministra, o TJ

não observou corretamente decisão do STF sobre o tema, tomada no Recurso

Extraordinário (RE) 626307.

O relator desse RE, ministro Dias Toffoli, determinou em 2010 a suspensão (ou

sobrestamento) de todos os processos judiciais em tramitação no país, em grau de

recurso, que discutam o pagamento de correção monetária dos depósitos em cadernetas

de poupança afetados pelos Planos Econômicos Collor I (valores não bloqueados),

Bresser e Verão.Fonte: STF

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NOTÍCIAS

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Possibilidade de reestruturar quadro funcional por meio da junção de cargos tem repercussão geralOs ministros do Supremo Tribunal Federal irão analisar a legitimidade da reestruturação

de quadro de servidores por meio da junção, em uma única carreira, de cargos

anteriormente integrantes de carreiras diferenciadas, sem a observância do concurso

público. A matéria teve repercussão geral reconhecida por meio de deliberação no

Plenário Virtual da Corte e o processo paradigma do tema é o Recurso Extraordinário

(RE) 642895, que trata da junção de carreiras para provimento de cargo de procurador

da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O RE discute a constitucionalidade de ato normativo da Assembleia Legislativa do

Estado de Santa Catarina, que reestruturou, em uma única carreira, cargos isolados

integrantes de outra carreira, e permitiu que o consultor legislativo I e II conseguisse

ascender ao cargo de procurador, mediante promoção. Tais normas [artigo 24, da

Resolução 2/2006, e o artigo 1º da Resolução 4/2006] foram declaradas inconstitucionais

pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.Fonte: STF

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ADI sobre isenções fiscais à Fifa para a Copa do Mundo terá rito abreviadoO ministro Dias Toffoli, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5030, que

questiona artigos da Lei 12.350/2010, os quais concedem isenções fiscais à Fifa para a

realização da Copa do Mundo de 2014, aplicou ao caso o rito abreviado previsto no

artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs), “em razão da relevância da matéria”. Dessa

forma, a ação será julgada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal diretamente no

mérito, sem prévia análise do pedido de liminar apresentado pela Procuradoria Geral da

República (PGR), autora da ação.

A lei prevê isenções do Imposto de Renda, IOF (Imposto sobre Operações de Crédito,

Câmbio e Seguros), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e de contribuições

como PIS/Pasep e Cofins-Importação, na organização e realização do evento. Para a

PGR, os dispositivos violam os artigos 3º, 150 e 153 da Constituição Federal.Fonte: STF

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Justiça comum julgará ações ajuizadas por funcionários contra Poder Público no AM e PIO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki apoiou-se em precedente

da Suprema Corte para julgar no mérito e remeter para a Justiça comum duas

reclamações trabalhistas movidas, respectivamente, contra o Estado do Amazonas e o

Município de Campo Maior, no Piauí. Em ambos os casos, trata-se de ex-empregados

contratados por necessidades temporárias, que reclamavam direitos trabalhistas

previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A decisão foi tomada no julgamento das Reclamações (RCLs) 16100 e 15759. No

primeiro caso, o juízo da 13ª Vara do Trabalho de Manaus declinou da competência para

julgar o processo, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Amazonas reformou a

decisão, alegando ter havido burla ao regime especial previsto em lei estadual

amazonense para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público.

Isso porque, segundo o TRT, as funções do contrato refletiriam atividade permanente e

regular de segurança pública, consistente na prestação de auxílio à Polícia Militar.Fonte: STF

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Supremo em Números: questões sobre servidores estão entre as maiores demandas, aponta pesquisaEntre 2010 e 2012, os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio

Grande do Sul dominaram a pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), respondendo por

seis em cada dez novos processos. Nesse período, os assuntos mais abordados pelos

processos são questões processuais civis e trabalhistas (15,1%), questões envolvendo o

poder público (14,5%) e servidores públicos (14%). As causas de interesse dos

servidores públicos estão em ascensão nos últimos anos e assumiram o primeiro lugar

em 2012. A concentração de processos de direito do consumidor apresentou o maior

aumento: 298% entre 2006 e 2012.Fonte: STF

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Desmatamento em área de preservação permanente deve seguir hipóteses autorizativas previstas em lei Em se tratando de área de preservação permanente (APP), a sua supressão

(desmatamento) deve respeitar as hipóteses autorizativas taxativamente previstas em

lei, tendo em vista a magnitude dos interesses de proteção do meio ambiente envolvidos

no caso. A conclusão é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que

proveu recurso do Ministério Público (MP) de Mato Grosso do Sul contra um

empreendedor que construiu na margem do rio Ivinhema.

Para a Turma, de acordo com o Código Florestal (Lei 12.651/12) e a Lei da Política

Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), a flora nativa, no caso de supressão,

encontra-se uniformemente protegida pela exigência de prévia e válida autorização do

órgão ambiental competente, qualquer que seja o seu bioma, localização, tipologia ou

estado de conservação (primária ou secundária). Fonte: STJ

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Juros compensatórios incidem em desapropriação indireta Acompanhando o voto da relatora, ministra Eliana Calmon, a Segunda Turma do

Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu parcial provimento ao recurso especial interposto

pela Fazenda São Vicente Agropecuária e Comercial Ltda. e reformou acórdão do

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que havia rejeitado a incidência de juros

compensatórios em desapropriação indireta de faixa de terra destinada à duplicação de

avenida em área de expansão urbana, no município de Araras.

O tribunal paulista entendeu que os juros compensatórios seriam indevidos pelo fato de

o proprietário não explorar nenhuma atividade econômica, uma vez que o imóvel

permanece desocupado. Fonte: STJ

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Mantido em licitação restaurante que apresentou certidões sem autenticação on-line O edital de licitação pública é lei entre a administração e os participantes, e não é

possível fazer exigências que não estejam previamente estabelecidas. Essa é a

jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aplicada pela Segunda Tuma para

manter a habilitação de um restaurante do Rio de Janeiro em licitação.

O restaurante foi excluído do certame por apresentar documentos sem autenticação on-

line. Por isso, impetrou mandado de segurança com o objetivo de participar

regularmente de processo licitatório de tomada de preços para o qual havia sido

inabilitado. Ganhou em primeira e segunda instância. Fonte: STJ

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INSTITUCIONAL - Resolução estabelece competência do presidente do STJ para decidir processos antes da distribuiçãoO Diário de Justiça Eletrônico publicou a Resolução 16, que dispõe sobre a

competência do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para julgar os feitos

antes da distribuição aos ministros.

A nova resolução, que revoga a Resolução 5, de 1º de fevereiro de 2013, determina em

seu artigo 1º que compete ao presidente do Tribunal, antes da distribuição aos ministros,

negar seguimento ou provimento a agravos em recurso especial, recursos especiais e

outros feitos que sejam: intempestivos ou manifestamente inadmissíveis, por defeito de

formação, ou prejudicados; contrários a matéria sumulada, julgada em recurso

representativo de controvérsia ou consolidada por jurisprudência já absolutamente

pacificada pelo STJ. Fonte: STJ

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Candidato que recusa vaga em cidade não desejada vai para o fim da lista de aprovados Um candidato em processo seletivo simplificado para o cargo de agente penitenciário no

Paraná obteve a nona colocação geral. Estavam previstas 423 vagas temporárias, em

diversos municípios do estado.

Quando o candidato foi convocado, não havia vaga para Londrina, onde mora. Depois

de recusar a vaga, buscou o Judiciário para afastar a previsão do edital de que, não

havendo interesse na lotação oferecida, o candidato deve ir para o final da fila. Ele

queria manter sua classificação até que surgisse a lotação na cidade desejada.

A Justiça paranaense negou o mandado de segurança impetrado pelo candidato, que

recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Fonte: STJ

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