10
Uumeuo 48#t85o.Preço 5o mu?# D O MENTOR AS BRASILEIRAS. Bendez-vous estimables par votre s**» gesse, et vos mceurs. /'IJJSyst. Soe» SEXTA FEIRA 29 DE OUTUBRO.S^fe-X f <$>-tfA \ ; o \ " V /, y , ,.F>\ » ^- ²¦*-«:-/- \ "1 S. João d9ElBei 24 de Outubro de l83o.v tf /•>. oV y \c *-,Afi,fe..'' KW- ss J'l... £ LiUma companhia de eTovens representarão no dia 20 do corrente a grande pe(a do ANEL DE FERRO, qué prelendiao fazer no dia 19, «lia do Augusto nome de S. M. o I. ; esta peça foi muito applaudida pelo publico nao pelo seo bom desempenho, como por ser Consti- tucfonal; o theatro f quando nelle se representão actos desta natureza ; he a melhor escola dos bons costumes, e civilisação dos povos; alli se-0*3.18-a virtude, e se abatem os vicios, e o povo apprende a co- nhecer as intrigas das Cot tes para se pôr vigilante'contra ellas. Autos de se dar principio h representação, apparecee o retracto de S. M. 1. e G., a quem se repeiio hum bem traçado elogio, e cantou-se o hymno Nacional, a que o povo applaudio com bastante onlhus.asmo; o divertimento terminou-se com vários panlomimas, dan- Ças, o hum bem jocoso entremez. O socego publico nao foi alterado nem levemente. Sentimos que nesta Villa nao haja hum theatro para com melhor commod-dade se reiterarem estes divertimentos que tem o útil de mis- tora com o a-radavel. Huma renhida demanda deo cabo de hum que se havia principiado com bons auspícios, e nao sabemos quando quererão edihcar outro; mas entretanto louvamos muito o gosto do5

Preço 5o mu?# O MENTORmemoria.bn.br/pdf/778672/per778672_1830_00048.pdfMas a pompa e et alegria3 que isto espalhou na pequena frota, farão I oi: o seguidas de mòrtaes sustos. Doze

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Uumeuo 48# t85o. Preço 5o mu?#

DO MENTOR

AS BRASILEIRAS.Bendez-vous estimables par votre s**»

gesse, et vos mceurs./'IJJSyst. Soe»

SEXTA FEIRA 29 DE OUTUBRO.S^fe-Xf <$> -tfA \; o \" V /, y , ,. F>\

» ^- ¦*-«:-/-

\ "1

S. João d9ElBei 24 de Outubro de l83o.vtf /•> . oV y\c *-,Afi,fe..''

KW-

ssJ'l...

£LiUma companhia de eTovens representarão no dia 20 do corrente agrande pe(a do ANEL DE FERRO, qué prelendiao fazer no dia 19,«lia do Augusto nome de S. M. o I. ; esta peça foi muito applaudidapelo publico nao só pelo seo bom desempenho, como por ser Consti-tucfonal; o theatro f quando nelle se representão actos desta natureza ;he a melhor escola dos bons costumes, e civilisação dos povos; allise-0*3.18-a virtude, e se abatem os vicios, e o povo apprende a co-nhecer as intrigas das Cot tes para se pôr vigilante'contra ellas.

Autos de se dar principio h representação, apparecee o retractode S. M. 1. e G., a quem se repeiio hum bem traçado elogio, ecantou-se o hymno Nacional, a que o povo applaudio com bastanteonlhus.asmo; o divertimento terminou-se com vários panlomimas, dan-Ças, o hum bem jocoso entremez. O socego publico nao foi alteradonem levemente.

Sentimos que nesta Villa nao haja hum theatro para com melhorcommod-dade se reiterarem estes divertimentos que tem o útil de mis-tora com o a-radavel. Huma renhida demanda deo cabo de humque se havia principiado com bons auspícios, e nao sabemos quandoquererão edihcar outro; mas entretanto louvamos muito o gosto do5

( S'7« )Protestantes* e outros habitantes da Capital, afferradóè aos mesmos

pvinchnos * se determinarão a engrossar seo numero. Devendo fazer se

o embarque em Ilwifleur, tomarão o caminho da Cidade dc fíoutn9

donde lambem, tirarão almmas recrutras; e em quanto acabarão dcàpòarèUiàr seos navios pelas ordens do Almirante, não despresarão

nenhum meio, que pudesse assegurar feliz suecesso.Emborcarão se em fim em três navios armados em imersa á custa

do liei. Bois le- Corate sobrinho de KiUagaillioii çommandava a expedição em qualidade do Vice Almirante. 0 navio , que çommandava,levava quase òituccnlps homens; os oiitros dous duzentos e dez, com-prèhendidas nestes seis rapazes, aquém a idade feia mais susceptiveisde aprender a lingoa elos Brasileiros, e que se destinarão assim a f>cilit<ipaseúmmunicüções ulieriores com, estes povos. Duma 'mulher, qite deviacasar com, o Cavem a dor, e cinco raparigas 9 que se rezervàvrtò para ca-sarem* quando se apresentasse occüsuiü3 faziaõ tambem parte da expe-diçao. €

Meio sahio do porto esta frota 3 sem receber as honras estabelecidas pa-ra os navios de pierra: as salvas de toda, a arlilhcria do f rte , o estr< n,do das írombetas9 tambores., e pifanos derao a sua partida a aparênciade verdadeiro triunfo. Mas a pompa e et alegria3 que isto espalhou napequena frota, farão I oi: o seguidas de mòrtaes sustos. Doze dias con ti nãosde tempestades fez experimentar aquelles , que nao conheciaõ o mar* to Iaseis agitações3 e todos os terrores unidos á sua falta de experiência. J ulsa-rao se livres ao décimo terceiro dias vendo renascer â roda dell.es a traa-qudidadc, porem as ondas se tomarão lo::o furiosas: e encherão dènovosusto os inerperlos navegantes: toda a veate tremia da situar aõ, de queSe aaõ podia prever o termo. A consternação9 em que se viao submergia sos náuticos , nao os impedia comludo de se senliorárem de algumas cara-velas IIespanholas * e Poeiuíiuezas.

Continuar se-há..njilOT

ÀNECDOTA.

Certa Senhora casada sabendo, que outra do seo conhecimento vi-via em bella harmonia com seo Marido, pedio lhe que lhe ensinasse osegredo, com que conseguia tao grande felicidade; Todo o segredo(lhe responde ella j consiste em fazer o que elle quer, e em soffrercom paciência o que me desagrada.

S. JôAè p'£l-liei NA TxPOGfíAPIÍíA do Axsno.

UUMKO 4'fe i83o. Preço 3o um

o M ENTORD AS BRASILEIRAS.

Rendezrvous estimables par votre Sé&*gcsse, et vos mceurs.

>yst, Soe*

SEXTA FEIRA 29 DE OÜTCBK Ml%%

•¦' *

o

*S. João dElfíci 24 r/c Outubro de i83o.v;ITTJLIUma companhia de Jovens representarão no dia 20 do corrente agrande peça do ANEL DE FERRO,, que pretèndiao fazer no dia 19,dia do At^usio nome de S. M. o I. ; esta peça foi muito applaudídapolo publico nao só pelo seo bom desempenho , como por ser Consti-tucional;o theatro fquando nelle se reprcscnlao actos desta natureza )he a melhor escola dos bons costumes, e civilisacão dos povos; allise-cauila a virtude, e se abatem os vicies, e o povo apprende a co-nhecer as intrigas das Cortês para se pôr vigilante contra ellas.

\ SM fe S° dar Vm'Vio » representação, apparecee o retractoe í». M. I. e C, a c,uem se repèlio hum bem traçado elogio, ecantou.se o bymnõ Nacional, o que o povo applaudio com bastanloonlhusiasmo: o divertimento terminou-se com vários panlomimas, dan-Ç«,

ç hum bem jocoso enlre,neZf q .^ ^ fo. ^.^nem levemente.

Sentimos que nesta Villa nao haja hum theatro para com melhor

turaTm ** rdlCraretn Cstes divertimentos que tem o útil de mis-

que SC°r ° a^radayeI' IIu,lla renhida demanda deo cabo de hum,

principiado com hons auspícios,© nao sabemos quandoQuererão erKf »ícar outro; mas entretanto louvamos muito o gosto do»

n.H

| t ía

?! '1 •

¦

ttossos Jovens pela escolha da peça, que apresentara*.«*^*KSTK?S5J3SH

Acabamos de ler alguns NN. do novo Periódico Despertador das¦ Brasileiras, que se publica na Bahia; a sua doutrina he boa, e co-

nhecemos ser hum grande apologista das Senhoras segundo os princípios f<em que se funda em seos dous primeiros NN.; somos concordes com

o nosso colIé#a nos argumentos 9> que produz, delle transcrevemos o se-

P-uinte. =Nus bem sabemos, que temos de nao agradar à muitos ho-(La

mens, e que nao he somente h hum vulgo ignorante com quem temos

de entrar em contenda; testemunha lemos sido das altercaçoes, que se

hão suscitado entre os defensores das mulheres, e seos antagonistas;

lemos por vezes observado, que defender as mulheres tem sido o mesmo

que offender a quasi todos os homens; assim como temos igualmente

observado, que raros são os que se nao interessão na precedência de

seo sexo com deseslima do outro, e que à tanto se tem estendido aIvjpr opinião geral, ou commum em vilipendio das mulheres, que apenas

Hèíjas adinittem eousa boa; porém onde moslrão mais empenho he nalimitação de seos entendimentos; no morai achão-lhes defeitos, no físicoimperfeições, Por esta rasão, e mesmo por outras, como sejão o infun-dirlhe amor ao Systema Constitucional, ao Patriotismo, e a deveressociacs, e pátrios, depois de defende Ias, discorreremos na continuaçãode nosso Periódico, sobre sua aptidão para todo o gênero desciencias,e conhecimentos sublimes. = Louvores sejão dados a Iodos aqueíles, quetem concorrido para a illuslraçao do bello sexo, c possao sempre, osdireclores desta tão importante tarefa trilhar huma vereda jupeada de íioresS

FÁBULA.

O Gavião, e as Pombas.

Sempre as Pomba? ajudadas da ligetresa de suas a#.as evitarão a mor*

te, que lhes maquinava o rapinanle gavião, o qual vendo frustrados os

seos esforços procurou illudilas com a astucia, o que com effeito coa-

seguia"; porque encontrando-se com ellas em certa oceasiao assim lheç

(*79)de sustes e teMòres? não lie me.Umv s que eu seja ê vosw fiei para vos

defender de toda affventa, e injuria? tomai esta resolução, que nãa

vos haveis de enganar, façamos o nosso pacto social, que eu pro-testo, e juro ser o vosso defensor. As innocentes pombas facilmenteacreditarão nas ardilosas palavras do gavião, o qual apenas tomou contado reino, principiou a exercer a sua caínàgéra, dando cabo dellas, queamargamente choravao seos males irremediáveis; entre estas huma, quesahia quasi moribunda das unhas do rapinador, assim exclamou; _=»éom ràsão somos maltratadas

Reflexões./

A frase seduetora, de que usão freqüentemente os tyvannos quandomplrão o throno, he a mesma, de que usou a ave de rapina paraUludir as in&rmes pombas. Sempre que no Império %Romano se tra-tava de aclamar-se hum novo Imperador, apparecia hum Nero, queafjectando se amigo da sua pátria havia captado a benevolência deseos Concidadãos, e apenas sabia ao throno não havia crimes, pormais horrorosos que não fossem accessiveis ao seo damnado coração,fuim Calip.au> que teve o nome de Castrense pela affabiUdade com(fue tractuva aos seos companheiros na milicia, sobre os quaes tevetanta influencia, que depois da morte de Augusto fazendo elles hummotim, os àccommodou so com sua presença, este mesmo Cathulaquando subio ao throno tornou se o maior tyranno do mundo, e foio assassino daquelles mesmos que o havião ei levado á tão alta dipú-daáe; hum VitclUo entregue a toda sorte de vóluptuosidades, amigode Nero por seos crimes, e extravagâncias, no Proconsuiaélo da A-pica portou se com tanta innoeencia, que foi reputado pelo homem omais benemérito, foi tão liberal no exercito, f/ue nada negou a quemlhe pedia: elle perdoava aos réos de pena ultima, tirava a alguns anota de infâmia, e desta sorte coriscado, que fossa repentinamenteacclamadj Imperador para logo fagellar o povo, que não podendomais soffrer o seo Império tjrannico, o amarrarão cm Iram pelourinhopublicamente, e o fizerão exalar a vida no meio dos acoutes, e suacabeça no meio de ludibries foi levada ao libre. Percorrendo «xla

(S8n)

Historia tanto Sagrada como profana não vemos se nao huma continuai

serie de oppressões, que sempre soffrerSo os povos pelos Mõnarehas obsolu-

tos, que elles mesmos enthronisarão; no throno de Israel desde Said até

Sedecias apenas se contarão três Soberanos que por boca do me.ymo

Deos furão chamados virtuosos: por hum Codro em Aihenas, hum

Ti uma na primitiva Roma, e por ms até quatro Imperadores dignos

do amor de seo povo, soffreo o gênero humano as maiores atrocidades

dos tyrannos incançaveis na sua anniquilaeão; nem sempre forão os

Titcs, os Antoninos, e Marcos Aurelios que oecuparão os thronos}

es Vitellios, Calligulas, e Ncros forão em maior numero ; e se n em

iodos forão monstros coroados, a maior parte era indifjerente ao bem

de seos povos, que por ultimo acordarão do lethar^o em que jazião,e hoje tem posto forte barreira contra o iliimüado poder dos Tyrannos9.

para não exclatnarem como a Pomba moribunda:—Com rasão somos

maltratadas*

i Dever dos Pais.li

I- /"

âssím corno a verdadeira ama do menino he a mai, o verdadeiramestre he o pai. Ajustem-se ambos na ordem das suas funeçoes, assim

como em seo systema: das mãos de hum passe o menido »s do outro,felle será mais bem educado por hum pai judicioso , e moderado, do

que pelo melhor mestre do mundo; porque o zelo suprirá melhor otalento, do que o talento ao zelo. Quando hum pai gera filhos, e oscria , não faz nisto, se não o terço das suas obrigações. ESle deve ho-mens a sua espécie, à sociedade homens sociaes, elle devo Cidadãosao Estado. Todo o homem, que pode pagar essa divida triplicada^ eo não faz, he culpado, e talvez ainda mais culpado, quando paga so

pela metade. Àqueüe que nao pode cuaiprir os deveres de pai, nãotem direito de o vir a ser. Nem a pobresa , nem os trabalhos, nemrespeitos humanos o dispensão de nulrir seos filhos, e de os educar porsi mesmos. ,'-.-..

Os Meminos.

I\To começo da vida9 quando a memória, ç imaginação ainda, iqjf.

(58i ;inactivas* o menino so attende para o que lhea/fecta actualmente os

sentidos* As sensações sao os primeiros materiacs de seos conhccimcn-

tbs; por isso offerecer llias em huma ordem conveniente lie preparar-lhes a memória para as prestar hum dia ao seo entendimento namesma ordem: mas como elle nao attende, se naõ as sensações, basta a

principio mostrar lhe distinetamente ei ligação dessas mesmas sensaçõescom os objectos 9 que as produzem. O menino quer toçda, em tudo, emtudo quer rnecher: naõ vos opponhaes a esta inquietação; porque ellasugere*lhe liam ensaio muito preciso. He por este modo que elle aprendoa sentir o calor, o frio, a dureza, a moleza, o pezo, a ligeireza doscorpos ; a julgar cia sua grandeza, figura, e mais qualidades sensíveis 9olhando, apalpando, ouvindo, sobre tudo comparando a vista aotaeto, julgando pelos olhos da sensação, que tem debaixo dos dedos.

So pelo movimento he, que aprendemos, que hát cousas fora danos: e so pelo nosso próprio movimento he, que adquirimos a idéa deextensão. Ile por falta desta idéa, que o menino estende indifferen-temente a mão para agarrar o objecto, que so está distante dellõhum passo. Este esforço, que elle faz, parece vos hum sipial de im~perio, huma ordem, que dá ao objecto para que se lhe aproxime, oua vos para que In o leveis: mas não he assim: a rasaô disto he;porque os mesmos objectos, que elle via primeiro no cérebro, e aodepois nos olhos; a^ora vôos na extremidade dos seos braços yíe naõimagina, que haja extensão se naõ aqitella, cm que pode tocar.Tende pois cuidado de o fizer passear muitas vezes de o transportarde hum para outro lugar, a fim de que elle aprenda a julgar dasdistancias. Quando começar a conhece Ias, então he mister mudarde metliodo, e leva Io como vos aprouver; porque logo que não forenganado pelos sentidos, o seo esforço mudava de causa.

A urgência das precisões exprime se por signaes, iodas as vezesque para as satisfizer necessita se de soecorro estranho. Dahi vemos gritos dos meninos. Elles chorão muito: assim o deve ser; porquetodas as suas sensações são e/jcativas: quando estas são agradáveis,elles ^osão em silencio; quando são dolorosas, elles o dizem em suacoagem, e pedem auxilio. Ü menino em quanto acordado não pode

estar em estado de indiferença: ek ou dofm, ou^he a^.

Educação.

No, nascemos fracos, e carecemos de forças; nascemos «ta-provi-

dos de tudo, e precisamos de juizo. Tudo, de qoe havemos imstcr

de.de o berço, nos he dado pela educação. Esta nos v,m da nalure-

za ou dos homens, ou das cousas. O desenvolvimento interno das

nossas faculdades, e orgaõs, he educação da natureza: o uso, que nos

ifemto a fazer desse desenvolvimento, he a educação dos homens; ó

a .emisiçao da nossa própria experiência sobre os ohjectos, que nos

aíTecião, he a educação das cousas. Cada hum de nos he formado por<

trez qualidade de mestres. O discípulo, em quem essas diversas hçoes

se contrariarem/ será mal educado, e sempre discordante coms.go mes-

mo; aqudlas, que reeahirem sobre os mesmos pontos, e se dirigirem

aos mesmos fios, chegarão ao seo termo, e querentemente. O homem *

que reunir iòiaã essas cousas será o único bem educado.

A educação íos primeinos annos he a que mais importa, e esta

primeira educação periéncb sem duvida as mulheres: se o Author da

natureza qnízesse, que ella pertencesse aos homens; tír-lhesdiia dado

leite para alimentar oà filhos. Quando se traía de educação deve-se fal-

lar com preferencia as mulheres; porque além de que eifes estão mais

no caso de vigiar de mais perto sobr'este objecto, o inibem sempre

mais, que o homem; o bom êxito da boa educação interessa as muito

de perto; porque a maior parte das viuvas achão se muitas vezes.a

disoosicao âe seos filhos, e então estes lhes fazem conhecer vivamente

para bem, ou para mal o effeito do modo, porque, fora o educados.

As leis são sempre muito oecupadas dos bens, e mui pouco uns pés-soas, por quanto tendo por objecto a paz ; è não a virtude, nao duo

bastante autoridade as mais. Entretanto o mo mltxáo he híais sègliro ,

do que o dos pais; seos devores são Mais fctíitòsò&v seos cuidados for-

portão mais à boa ordem da família , e geralmente foliando -eilas tem

mais amisade aos filhes. Occasioes hà, cm que o filho, que falta com

o respeito a seo pai, pode de algum modo sler desculpado; mas se em

#

f W;qualquer cccastão, que for, o filho não respeitar sua mai, sua maique o trouxe 9 mezes no ventre, que o nulrio em seos peitos, qu*annos inteiros esqueceu so de si mesma para se occupar so delle, huramiserável destes deverá ser estrangulado, como hum monstro indi^ntdo yiver entre os homes.

Continuar se-ha.

Paute Histórica.

Continuação do IV. 47«

Tornando se ovento ja favorável, assim continuou ate 26 de Feve-Feiro de iSSy, dia em que os tres navios chegarão á vista das costas d*Brasil. Pensou conhecer em hunía terra muito alta, que logo descobrio,o paiz dos Margajais, oue o Ficc Almirante sabia serejn adiados dosPortuguezes. Mandou lo^;o a chalupa á terra, depois de ter atirad*muitos tiros de peça: a este signal alguns Indianos caminharão paraa praia; mostrarão lhes de longe facas, espelhos, e outros objectosdiffèrentes, a que elles dão muito apreço, na esperança de os camMar a viveres. Os selvagens comprehen.derão perfeitamente o que selhes pedia, apressarão se a trazer diversas qualidades de re frescos;seis dentre elles, e huma mulher, não fizer ao difíiculdade alguma deentrar na chalupa, para serem conduzidos aos navios.

Desde o dia seguinte Bois le-Comte temendo entregar-se muito aconfiança, que os selvagens paredão inspirar, fez levantar o ferro,e navegou ao lon^a da cosia. Apenas tinha feito nove, ou dezle^oas ao Sul, achou se diante do forte Porluguez o Espirita Santoem huma correm*, a que cs Indianos chamão Moab. Os Portuguezesda gíiamição reconhecerão a caravela, que os Francezes havião apre-taclo na sua viagem. c não duvidarão, que ella fosse a prisionadaà sua Nação. Atirarão, ylguw. tiros de peça, a que se respondeo;tnas a distancia impedio, que de parle a parle se prejudicassem.A frota continuou a aproximar se ao ponto chamado Tapeuciry , ondese não deo signal alSum de ódio contra os Francezes. Mais longe,e(4m dos vinte e. Imm gráçs, pwn Uia?it6 dos ÍVabibas, selvagem

(m;que habitavão as praias do Parahiha do Sul, cujas terras offerccem

pequenas montanhas pontarias, semelhantes ás nossas chaminés da

Europa. No primeiro dia de Março os Francezes se acharão na altura

de muitas barras que sahem ao mar, semeadas de rechedos, que

são o terror dos navegantes. Defronte descobrirão terra quasi de quinze

leoas de extensão, possuída pelos ferozes Ouctacazes , de quem já

descrevemos o caracter particular. fDa outra parte se offerecerão aos navegantes Francezes as terras

de Mághé: a praia destas mostra hum rochedo â maneira de torre,

o qual dando lhe os raios do Sol brilha com tamanho esplendor, que

se lhes representou como hum montão de esmeraldas; motivo por que

os Francezes concordarão, que chamasse Esmeralda de Maghé. As

pontas âe-rocha, que o cereão,, e que se estendem mais de duas

lexoas pelo mar., impedem chegarem os navios. Pouco distante de Ires

peqaeúas Ilhas, que se achão em caria distancia, e que tem o mesmo

nome, a impetuosidade das ondas alimentada por hum tufão furiosolevantado de repente, ameaçou a expedição de maneiro mais terrível,

que as tempestades antecedentes. Depois de tres horas dependo imnuoente,o navio maior esteve a ponto de se perder; a sua salvação sechreqá habilidade de alguns marinheiros, que largarão a-tikcofú assazoDüortunamcníõ para o suspender no mesmo momento, em que impelíidosobre as pontas do rochedo ia fazer se em mil pedaços.

O dia seminie foi mais feliz; o vento favorável levou a esquadraao Cabo Frio pelas quatro horas da tarde. Esle era o sitio, que ella

procurava, Jo signal da artilheria a praia se cobria de grande numerode Indianos da fiação Tupinambas, com quem Fillagailhon tinhaalcançado alíiança. Os selvagens, conhecendo o pavilhão Francez,derão testemunhos de tanta alegria, que não podião^ deixar duvidade suas disposiçães amigáveis: Bois le Comte não hesitou a dar fundo.

Além dos vefr-esces, que os naturaes irouxerão, fez se huma pescaabundanlissima. Não restando mais que vinte e cinco, ou trintale^oas, para chegar finalmente ao termo da viagem, fizerão se logoa^vela: em todas elias não se experimentou incommodo algum, c n&

çlia seguinte 7 de Março ancorarão na barra do Rio de Janeiro.Continuar-se hàf

li 1 nu.i. .i ..' 1 «".-¦¦—¦--..¦ ' ¦¦ ' '' '¦¦ ' r,r*

S. Joaõ í>'lii-Kei na TirosjuriiiA bo ÀxsRQa