Preparação e Realização do Simulado Prático no Porto de Santosweb.antaq.gov.br/Portal/pdf/Palestras/2015/II_Seminario_de_Integra... · de folder e cartazes sobre Ebola para conscientização

Preparação e Realização do Simulado

Prático no Porto de Santos

Daniel Ragoneti de Moraes

Chefe em Vigilância Sanitária

Gerência de Segurança do Trabalho da CODESP

Equipe Técnica da CODESP

• Alexandra Sofia Gota

– Superintendente de Meio Ambiente e Seg. do Trabalho

• Daniel Ragoneti de Moraes

– Chefe em Vigilância Sanitária

– Médico Veterinário

• Noele Reno

– Encarregada em Vigilância Sanitária

• Fábio Silveira

– Engenheiro Sanitarista

Atividades iniciais

• Dezembro de 2013

– Início da epidemia, indivíduos de Guiné infectados

– Repercussão na mídia, milhares de mortes na África

• 08 de agosto de 2014

– Alerta da OMS sobre emergência internacional de saúde pública

envolvendo o vírus Ebola

• 20 de agosto de 2014

– Porto de Santos recebe a primeira orientação da Secretaria de Portos

para elaborar o Plano de Contingência da Doença pelo Vírus Ebola

(Ofício Circular da Secretaria de Portos)

Reuniões realizadas

• 22/08/2014 – Reunião com autoridades e representantes dos

sindicatos (ANVISA e CODESP)

– Local: Sindaport

• 28/08/2014 – Elaboração

de folder e cartazes

sobre Ebola para

conscientização da

comunidade portuária.

Envio a todos os

sindicatos e terminais e

distribuição no Porto de

Santos.

• 3.000 unidades

impressas

Folder

Folder

Cartazes

Cartazes

Cartazes

Cartazes


• 04/09/2014 – Palestra “O cenário epidemiológico atual do Vírus

Ebola: formas de transmissão e medidas de controle”;

– Dr. Francisco Vanin Pascalicchio (Instituo de Infectologia Emilio Ribas)

– Local: Centro de Treinamentos da Codesp

– 86 participantes



• 17/09/2014 – Reunião - Procedimentos relacionados à comunicação,

atracação de navios com casos suspeitos e desembarque dos casos

suspeitos e EPIs

– Local: Capitania dos Portos de São Paulo

– Participantes: ANVISA, Codesp, Praticagem, CVE, GVE, SES,

Prefeitura de Santos e Corpo de Bombeiros;

• 06/10/2014 – Reunião realizada na Codesp para tratar de

procedimentos relacionados à limpeza de áreas contaminadas e da

embarcação, fiscalização de bagagem, encaminhamento de caso

suspeito para hospital e preparativos para o simulado de mesa.

– Participantes: Codesp, Corpo de Bombeiros, CVE, GVE, OGMO,

Prefeitura de Santos, SES, SUCEN, Polícia Federal, Sindamar,

Praticagem, Capitania dos Portos e ANVISA;


• 09/10/2014 – Videoconferência para definição do simulado de mesa

– Participantes: ANVISA, Codesp, Praticagem, CVE, GVE, SES,

Prefeitura de Santos e Corpo de Bombeiros;

– Local: ANVISA

• 15/10/2014 – 2 ° Videoconferência para preparação do simulado

de mesa realizada na Codesp.

• 16/10/2014 – Reunião na Praticagem para discutir os

Procedimentos de Contingência sobre o Ebola.

• Participantes: Codesp, ANVISA, Prefeitura de Santos, Ministério da Saúde,

SEP, CPSP e Praticagem.

• 10/10/2014 – Envio a todos os participantes da primeira versão do

fluxograma para Caso suspeito de Ebola identificado à bordo de

embarcação.


• 16/10/2014 – Exercício de mesa e discussão do fluxograma para caso

suspeito de Ebola em embarcações. Preparativo para o simulado.

– Participantes: Codesp, Polícia Federal, Sindamar, GVE, SOPESP, OGMO,

Transpetro, SEP, Ministério da Saúde, ANVISA, Corpo de Bombeiros, MAPA,

CPSP, CVE, Praticagem, SUS, Ascom e Prefeitura de Santos ;

– 43 participantes


• 19/11/2014 – Videoconferência - Preparação para o Simulado

de Campo.

– Participantes: GVE, GVS, Prefeitura de Santos, Praticagem,

Codesp, ANVISA, Sindamar, Ogmo, Corpo de Bombeiros,

CPSP e Polícia Federal;

• 10/12/2014 – Realização do Simulado Prático

– Participantes: 116 pessoas envolvidas

• Companhias Docas (8), CPSP, ANVISA, MAPA, CVE, Codesp,

Ministério da Saúde, Prefeitura de Santos, GVE-Santos, GVS –

Santos, OGMO, Santista Ambiental, Polícia Federal, Corpo de

Bombeiros.

• A Codesp elaborou um roteiro do

simulado para ajudar nos

procedimentos de comunicação e

resposta:

– Introdução

– Organização e realização

– Objetivos

– Métodos

– Roteiro para a realização do

simulado prático

– Anexos

• Lista de contatos

• Fluxo de Resposta

• Mapa de Gates e Berços

Roteiro do Simulado

Roteiro do Simulado (Cronograma)

Roteiro do Simulado (Plano de Resposta)

Roteiro do Simulado (Lista de contatos)

Roteiro do Simulado (Mapa do Porto)



Realização do Simulado Prático

• Data: 10/12/14

• Porto de Santos

– Berço dos Armazéns 32 e 33

• Objetivo: Validar o procedimento de resposta estabelecido no

PLANO DE CONTINGÊNCIA DE DVE.

• Transpetro (Petrobrás) disponibilizou o navio de

abastecimento Amalthia e toda a sua tripulação. Sem custo.

• Foi simulado um caso fictício de tripulante com suspeita de

Ebola em navio de carga não atracado.





• Participantes

– 116 pessoas envolvidas

– 8 (oito) Companhias Docas enviaram representantes que atuaram

como observadores

– Órgãos municipais, estaduais e federais

– Instituições privadas (Sindicatos e Santista Ambiental)

– Caso suspeito

• Daniel Ragoneti de Moraes (Chefe de Vigilância Sanitária da

Codesp)

– Possíveis contactantes (tripulação do Amalthia)


• Órgãos envolvidos

– ANVISA Brasília (Equipe de Acompanhamento - EA)

– ANVISA São Paulo (Participante – P)

– ANVISA Santos - P

– CIEVS - P

– CODESP - P

– CPSP – P

– Força Tarefa do Corpo de Bombeiros Metropolitano – P

– Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) - P

– GRAU – P

– GVE – EA

– GVS – EA

– Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – P


• Órgãos envolvidos:

– Ministério da Saúde – EA

– OGMO - P

– Petrobrás (Comandante da Embarcação) - P

– Polícia Federal - P

– Praticagem - P

– Receita Federal – P

– Santista Ambiental (Empresa responsável pelo PLD e retirada de

resíduos) – P

– Secretaria de Portos - EA

– Secretaria de Saúde de Santos - EA

– Sindamar (Agência de Navegação) - P


• O simulado foi dividido em 5 etapas

• Cada etapa foi coordenada por uma instituição

1) Etapa de acionamento

• Coordenação - CODESP

• Verificar a comunicação entre as instituições necessária para o

acionamento do Plano e para o bom funcionamento do Procedimento

de Resposta

2) Etapa de Atracação

• coordenação - CODESP

• Verificar a atracação do navio, deslocamento dos amarradores,

isolamento do cais, manobra do navio e a atracação efetiva do navio


3) Etapa de retirada do caso suspeito

• Coordenação - GRAU

• Validar a paramentação, entrada na embarcação, avaliação clínica e

remoção do caso suspeito e saída da equipe de resgate do Porto.

4) Limpeza e desinfecção do navio

• Coordenação - ANVISA/Santos

• Verificar a aplicação do Plano de Limpeza e Desinfecção (PLD) e a

retirada de resíduos contaminantes

5) Monitoramento dos contactantes

• Coordenação - ANVISA/Santos

• Aplicação de questionário para avaliar possíveis casos contactantes

entre os demais tripulantes da embarcação


– 08h00 – Início das atividades no auditório da Presidência da CODESP com

a realização do Briefing

– Briefing

• Objetivo - Verificar se todos os participantes estavam a postos e de

posse dos materiais necessários para o bom andamento do simulado

• Duração - 1 hora

• Os participantes foram identificados por cores através de faixas

posicionadas junto ao braço.

– Envolvidos diretamente no simulado - cor verde

– Avaliadores - cor rosa

– Observadores - cor amarela


• Briefing

– A sala de Reuniões da Presidência da CODESP, ao lado do auditório, foi

configurada no formato de sala de situação

– Foram disponibilizados telões para visualização das câmeras de segurança da faixa

portuária para que os envolvidos pudessem acompanhar em tempo real todas as

operações do simulado no cais

– Como todos participantes já estavam

reunidos para a realização do Briefing,

não foram simulados os tempos de

deslocamento para formação da sala

de situação


• Etapa 1 - Acionamento

– Coordenação - Codesp

– O simulado iniciou às 09h00 quando o Comandante da

Amalthia contatou, via telefone, o representante da agência

de navegação informando-o da ocorrência de tripulante com

febre a bordo.

– A partir desse momento, foi desencadeado o fluxo de

comunicação conforme estabelecido no Plano de

Contingência de DVE.

– Durante todas as comunicações realizadas, os participantes

foram instruídos a ressaltar o fato de se tratar de um

simulado prático. Foi definido que antes de iniciar quaisquer

conversas fosse dito: SIMULADO EBOLA

– Essa etapa ocorreu sem dificuldades


A ANVISA elaborou uma

Declaração Marítima de

Saúde fictícia para que a

análise do caso se desse

com base nos

documentos legais

usualmente apresentados

pelas embarcações.



• Etapa 2 - Atracação

– Coordenação – Codesp

– Início - A embarcação estava posicionada no píer da

Alamoa, na parte interna do canal do porto

– Foi manobrada pela Praticagem até o berço de atracação

(Armaz. 32/33)

– O isolamento do cais foi realizado antes do início do

simulado pela Guarda Portuária

– 2 áreas de isolamento: impressa e visitantes

10.000 metros de distância


• Etapa 2 – Atracação

– 10h07 - A equipe de amarradores, da Codesp, chegam ao

local.



– 10h15 - Navio inicia a manobra de atracação.



– 10h24 - Trabalhadores iniciam o processo de amarração do

navio.



– 10h32 – Finalizada a

atracação do navio entre

os cabeços 312 e 317.

– Todo o procedimento foi

realizado normalmente

sem a ocorrência de

imprevistos.


• Etapa 3 – Retirada do Caso suspeito

– A equipe do GRAU iniciou o exercício a partir do Monumento do

Peixe (ponto de encontro com a GP). A Guarda Portuária

escoltou os veículos até o berço de atracação do navio,

facilitando o acesso ao Porto de Santos.

– 09h56 - As unidades de resgate chegam ao cais.



– 09h40 – As lanchas do Corpo de Bombeiros já estavam no local.



– 10h32 - Todas as equipes envolvidas no resgate do tripulante já

estavam em posição.



– Embarcações da PF e da RF realizaram a segurança do

perímetro via mar, enquanto a Guarda Portuária fazia a

segurança pelo lado terra.



– 10h35 - A escada da embarcação foi baixada liberando o

acesso das equipes de resgate.



– 10h43 - A equipe do GRAU iniciou a paramentação com EPI

completo para entrada na embarcação.


Equipe do GRAU devidamente paramentada adentra na

embarcação com a “maca-bolha”.



– Conforme premissa do simulado, o caso suspeito já estava

devidamente isolado em uma cabine do navio. A equipe de

resgate verificou as condições clínicas do tripulante.



– Foi verificado que a maca encapsulada não passaria com o

paciente pelos corredores estreitos da embarcação;

– 11h00 - Corpo de Bombeiros inicia os preparativos e realiza

o içamento do caso suspeito pela lateral do navio;

– O caso suspeito foi levado para a ambulância que estava de

prontidão no cais.



Paciente é paramentado e colocado na maca-bolha.



Caso suspeito é removido do navio.

Caso suspeito é coloca na unidade resgate devidamente

envelopada.



– 11h07 - A unidade de resgate saiu do cais encerrando a

etapa de emoção do caso suspeito.

– Todo o processo funcionou conforme esperado e não houve

interferências.

– Não foi simulado o deslocamento da unidade de resgate até

o Emílio Ribas, em São Paulo, que é hospital de referência

para casos de Ebola no Estado de São Paulo.


• Etapa 4 – Limpeza e desinfecção do navio

– Coordenação – ANVISA

– As atividades relacionadas ao Procedimento de limpeza e

Desinfeção (PLD) e a retirada de resíduos foram realizadas

pela empresa Santista Ambiental (credenciada junto à

Autoridade Portuária e possui AFE)

– Ficou estabelecido higienizar todo o percurso que as

equipes de resgate fizeram com o tripulante, com atenção

especial à cabine onde o mesmo encontrava-se isolado



– 10h00 – Chegada dos veículos da Santista Ambiental ao cais

de atracação.



– 11h11 - Os funcionários da empresa de higienização se

aproximaram do navio, iniciando o procedimento de

paramentação com os EPIs necessários.

– Toda a ação foi supervisionada pela ANVISA. Técnicos da

Vigilância Sanitária do Estado e do Município também

estavam presentes como observadores.


Equipes de limpeza (amarelo) e supervisores da ANVISA

(azul) se preparam para adentrar na embarcação.



– A parte da paramentação das equipes de limpeza levou

cerca de 35 minutos.

– A presença de diversos órgãos fiscalizadores levou a

orientações distintas o que gerou dúvidas por parte dos

responsáveis pela execução do PLD.

– 12h00 - A equipe de limpeza e ANVISA adentraram no navio

para realização do procedimento.

– Foi desinfetado todo o percurso realizado pela equipe de

resgate, desde a escada de acesso ao navio até a cabine.



– Após a realização do trabalho, a equipe de limpeza deixou o

navio pela escada de acesso já com os resíduos (materiais

usados na limpeza, roupa de cama da cabine do caso

suspeito) devidamente acondicionados conforme a

legislação vigente.

– 13h09min – Início da retirada dos EPI’s. Foram descartados

em um container de resíduos.

– 13h31 – Saída dos veículos coletores com os resíduos

acondicionados.


• Etapa 5 - Monitoramento dos contactantes

– Realizado via internet;

– ANVISA enviou o questionário por e-mail para o

Comandante da Embarcação que designou um tripulante

para aferir a temperatura dos demais;

– A ANVISA recebeu esses dados e requisitou também

algumas informações complementares que foram

prontamente fornecidas pelo Comandante da embarcação;

– Conforme premissa do simulado não houve casos

contactantes.


• Debriefing

– 13h45 - Todos os participantes se reuniram novamente no

auditório da presidência para a realização do Debriefing,

com as considerações finais sobre o simulado;

– De forma geral a experiência foi muito positiva,

principalmente considerando que foi o primeiro simulado

prático de um Plano de Contingência de Saúde realizado no

Porto de Santos;

– O procedimento estabelecido funcionou bem e o

atendimento se deu de forma rápida e segura;


• Debriefing

– Os horários observados na prática foram bem próximos

daqueles estimados no roteiro do simulado;

– Também observamos algumas oportunidades de melhoria,

sobretudo na parte de limpeza e desinfecção uma vez que

existiram muitas dúvidas durante a sua execução. Trata-se

de uma etapa crítica do processo e deve ser intensamente

treinada, inclusive com a realização de simulados

específicos;

Oportunidades de melhorias

1. Aprimorar comunicação:

– Representantes do CIEVS tiveram dificuldades de comunicação

durante o simulado, pois apenas uma linha telefônica estava

disponível na sala de situação.

– Em alguns momentos, a ANVISA/Santos não conseguiu falar

com a coordenadoria da ANVISA de São Paulo.

2. Rever o protocolo de limpeza e desinfecção:

– Representantes da Prefeitura de Santos sugeriram agendar

reuniões com as empresas que realizam o PLD e realizar

simulados específicos para rever o protocolo de limpeza.

Oportunidades de melhorias

3. Delimitar área para retirada de EPIs:

– Representantes da ANVISA/Santos comentaram sobre as

dificuldades das equipes de limpeza para vestir os EPIs e

questionaram sobre o local correto de descarte.

4. Orientar as equipes quanto ao uso de EPIs:

– Algumas pessoas que estavam usando luvas ficavam

manipulando a touca e outras partes do corpo, podendo, num

caso real, causar contaminação do profissional.

5. Definir procedimentos para o acompanhamento dos contactantes.

Considerações Finais

– GRAU e a Guarda Portuária

– Mudança: “monumento do peixe” para a área “em frente à

Capitania dos Portos”;

– A CODESP elaborou um relatório do simulado e enviou, dia 19/03/15,

ao MS, ANVISA e SEP para a análise e comentários. Não tivemos

nenhum feedback;

– O Plano de Contingência de DVE é um documento “vivo” que será

aperfeiçoado sempre que necessário. A iniciativa corrobora com o

compromisso do Porto de Santos em buscar a melhorias contínuas

de modo a oferecer melhores condições de saúde e segurança para

toda a comunidade portuária.

Muito Obrigado!

• Daniel Ragoneti de Moraes– Chefe em Vigilância Sanitária da Codesp

• Contatos:– E-mail: [email protected]– Telefone:

• (13) 3202-6565 R:3038

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