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EDIÇÃO N . º 3 | JULHO 2014 VIDA DE IRMÃO – P. 38 Muito além do senso comum DIRETO AO ASSUNTO – P. 22 Conheça o Centro Marista de Serviços CARREIRA – P. 30 Inclusão de pessoas com deficiência por meio das práticas esportivas UM ENCONTRO CONSIGO

Presença Marista - julho 2014

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Page 1: Presença Marista -  julho 2014

Edição n .º 3 | JULHo 2014

VIDA DE IRMÃO – P. 38Muito além do senso comum

DIRETO AO ASSUNTO – P. 22Conheça o Centro Marista de Serviços

CARREIRA – P. 30Inclusão de pessoas com deficiência

por meio das práticas

esportivas

Um encontro

consigo

Page 2: Presença Marista -  julho 2014

cartas

ExpEdiEntE

A revistA PresençA MAristA é uma publicação trimestral distribuída aos colaboradores do Grupo marista.

tiraGem

15 mil exemplares

conselho provincial

ir. Joaquim sperandio (superior provincial)

ir. benê oliveira (vice-provincial)

ir. délcio afonso balestrin (presidente)

ir. Franki Kleberson Kucher

ir. Jorge Gaio

ir. paulinho vogel

superintendente educação, saÚde, comunicação e neGÓcios suplementares

paulo serino de souza

superintendente Ftd antônio rios

produção e edição

diretoria de marketing e comunicação | eduardo correa (mtb 6037) e irene simões (mtb 5098)

colaboraram | camila matta, danielle sasaki e Fabiana Ferreira

Foto de capa João borges

proJeto GráFico estúdio sem dublê

edição de arte e diaGramação o2 design

revisão de texto ana izabel armstrong

Estimados(as) Colaboradores(as) do Grupo Marista:

Temos a satisfação de comu-nicar que o Ir. Joaquim Speran-dio foi nomeado pelo Conselho Geral para mais um triênio como Superior da Província Marista do Brasil Centro-Sul, conforme a carta ao lado enviada pelo Irmão Emili Turú, Superior Geral do Instituto Marista. Unidos, felicitamos o Irmão Joaquim e rogamos a bênção da Boa Mãe e de São Marcelino para a missão que cabe a ele e a todos nós, no próximo triênio.

Parabéns Irmão Joaquim Sperandio!

AprovEItE pArA tAMbéM CoMpArtIlhAr SuAS IMprESSõES

SobrE A rEvIStA. Mande seus comentários, críticas e sugestões para o email [email protected].

2 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

Page 3: Presença Marista -  julho 2014

12capaesporte, autoconhecimento e superação

| direto ao assunto | ................................................ 22

| tome nota | ........................................................... 23

| registros | .............................................................. 24

| Galeria da Galera | ................................................. 25

| carreira | ................................................................. 30

| Faça você mesmo | ................................................ 32

| seu talento | .......................................................... 33

| vida de irmão | ...................................................... 38

| entendendo a solidariedade | ............................... 40

| caminhada do Grupo | ........................................... 42

6entrevista

26radar educação

8mundo marista

34na estrada

28radar saúde

36nossa Gente

índice

3JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 4: Presença Marista -  julho 2014

editorialIr. JoaquIm SperandIo | SuperIor provIncIal

Esporte e qualidade de vida

Tenho três motivos para me alegrar com o conteúdo sobre esporte desta edição da Presença Marista. O esporte, no di-zer do Papa Francisco, une as pessoas, educa para valores, desperta para a vida, faz bem à saúde, aviva a imaginação, tempera o caráter das pessoas, promove a paz, supera o in-dividualismo. Além disso, sou formado em Educação Física e fui professor dessa disciplina em diversos colégios.

Paulo era um menino da pesada. A cada cinco palavras, três eram palavrões, sem contar outras formas de violência e indisciplina. Era bom de bola e encrenqueiro. Convoquei-o para o time Sub-14 que representaria o colégio em uma com-petição. No dia do primeiro jogo, chamei-o num canto e lhe disse ao pé do ouvido: “No terceiro palavrão ou na primeira arruaça com o adversário, você vai para o banco de reser-vas”. Demorou quase um ano para se firmar como titular ab-soluto. Hoje ele tem um escritório de Contabilidade, é casado e tem duas filhas. Em um encontro fortuito, disse-me: “Se não fosse o colégio Marista e o esporte, não sei o que seria de mim”. Falou-me de suas amizades antigas, ainda conserva-das, suas lutas pela vida, suas vitórias suadas e até da sua fé em Deus. Segundo ele, graças ao esporte.

Nos primeiros dias da Copa do Mundo, eu tive que pas-sar pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Havia gente de todos os tipos, raças, cores, vestimentas, maneira de se comportar etc. Um mosaico humano movendo-se para lá e para cá, de forma desordenada e sem conflitos. Sentei numa cadeira e fiquei contemplando aquele espetáculo, meditando calado. Dois jovens se aproximaram de mim e um deles per-guntou: “Necessita de algo, senhor?”. E logo a outra acres-centou: “Se precisar, é só pedir. Somos voluntários da Copa.” “Padrão FIFA?”, perguntei?” “Padrão FIFA e algo a mais”, respondeu a moça. Agradeci a disponibilidade e parabenizei- -os pelo gesto nobre de servir as pessoas em troca de lanche e uma camiseta.

Já no avião, pensei comigo: “Como o esporte tem poder de mobilização”. Apesar de todos os problemas que o nosso país enfrenta, de tantas dificuldades e sofrimentos cotidianos da população, da ganância e do mercantilismo de muitos, do “espírito de porco” de minorias barulhentas e desordei-ras, tem gente que se disponibiliza a trabalhar gratuitamente pelos outros. E saber que os 14 mil voluntários da Copa são fichinha se comparados aos mais de 250 mil que, sistema-ticamente, prestam algum serviço voluntário no Brasil. Nor-malmente, todos o fazem com um sorriso lindo de comover corações empedernidos.

Dei-me conta também que nós, brasileiros, assumimos uma nova expressão como sinônimo de boa qualidade: “Pa-drão FIFA”. Nos jornais, nas revistas, na TV, nas escolas, nas famílias, essa expressão está sendo usada como indicador de excelência. Até dona Nilma, nossa cozinheira, cobrou os deveres escolares dos filhos falando em “Padrão FIFA”. E os meninos entenderam. Imaginemos os hospitais, as escolas, os presídios, as casas populares, as ruas e avenidas, o aten-dimento ao público, as reuniões, a comida, a limpeza dentro e fora de casa, o atendimento nas Igrejas, as aulas nos colé-gios e universidades. Tudo, menos corrupção, “Padrão FIFA”. Garanto que este país seria melhor. Nós seríamos melhores. Em qualquer situação da vida, qualidade exige planejamento, investimento de energia, união de esforços, espírito colabo-rativo, persistência em perseguir os objetivos, garra e dedi-cação. A mágica mostrada nas propagandas é enganosa. A vida é dura e é “luta renhida”, diz o poeta. Essa é mais uma lição do esporte. Esse é um bom legado da Copa. Esse é o desafio.

E o que dizer dos estádios cheios, com torcedores de times adversários sentados lado a lado, cada qual incen-tivando, aos berros, sua equipe, sem confusão ou ressenti-mentos? Só o esporte faz esse milagre. Guerra sem armas, xingamentos sem rancor, partilha de emoções e expectativas, convivendo em paz e com tolerância, exatamente como a diversidade exige.

Para nós, Maristas de Champagnat, o esporte sempre foi e continua sendo um ponto forte em nossos processos edu-cativos. Marcelino não aceitava abrir uma escola se não hou-vesse um espaço para as crianças brincarem em seguran-ça. Hoje, mantemos a tradição. Nossas unidades educativas mantêm amplos espaços para a prática esportiva e o lazer. Prolongamento da sala de aula, da Capela e do corredor, é ali que são incutidos valores humanos e cristãos capazes de forjar o caráter de nossos educandos.

Amigo, amiga: sinta-se estimulado(a) à prática de algum esporte. Corra, caminhe, nade, brinque com seus filhos, suba montanhas, acampe, pratique algum esporte, faça o movi-mento que lhe convier. Só não vale ficar parado(a). Certa-mente, a leitura desta edição da Presença Marista estimulará você, ainda mais, para o exercício físico e a vivência dos va-lores. Acredite!

4 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

Page 5: Presença Marista -  julho 2014

Desde o início do Instituto Marista, a violeta é a

flor que simboliza a simplicidade. Nas palestras que

Marcelino Champagnat ministrava para os Irmãos,

ele começou a associar essa virtude a outras duas:

modéstia e humildade. Com o tempo, as três passa-

ram a significar o Espírito Marista.

O nosso fundador fazia questão de ensinar que o

Marista não deve ser espalhafatoso, arrogante e ina-

cessível. Muito pelo contrário. Ele deve fazer o bem

sem alarde. Deve espalhar o seu perfume de manei-

ra discreta, assim como a violeta, uma flor pequena,

não vistosa, que fica escondida entre as folhas, mas

que faz toda a diferença em um ambiente.

No Grupo Marista, a violeta e seus significados es-

tão presentes no nosso dia a dia. É possível perceber

a humildade dos nossos colaboradores quando eles

reconhecem suas potencialidades, mas também a

necessidade de aprendizado constante. Em todas as

nossas frentes apostólicas, prezamos também pela

virtude da simplicidade, incentivando atitudes ínte-

gras, autênticas e transparentes. Por fim, a modés-

tia motiva o nosso colaborador a fazer o bem com

gratuidade e sem ostentação, por meio de pequenos

gestos, palavras e ações.

As três violetas

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ESPIRITUAL MARISTApor JULIANA FONTOURA

Humildade, simplicidade e modéstia são virtudes cuja prática São Marcelino Champagnat recomendava, com insistência, aos seus Irmãos, desde o início do Instituto Marista, num gesto de imitação de Maria, a Mãe de Jesus. Durante toda a sua vida, Maria praticou essas virtudes na sua plenitude. Elas são simbolizadas por uma pequena violeta, de três pétalas, bela flor, humilde, escondida nos vales de montanhas europeias. Marcelino a adotou como símbolo e recomendava suas virtudes a todos como uma marca Marista. (Ir. Estevão Mueller)

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5JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 6: Presença Marista -  julho 2014

MovimentoChampagnat da Família Marista

entrevistapor JulIana Fontoura

O Movimento Champagnat da Família Maris-ta (MChFM) é uma extensão do Instituto Marista. É um movimento, oficializado em 1985, que tem como objetivo reunir pessoas interessadas em partilhar sua espiritualidade e o sentido da missão herdada de Marcelino Champagnat. Os participan-tes são homens e mulheres cristãos que desejam alimentar seus ideais comuns e sua vocação laical e Marista.

O Instituto anima e coordena as atividades, criando estruturas apropriadas para que o MChFM aconteça. Mas sua perenidade depende exclusivamente da força de vontade de Leigos e Leigas, que decidem viver a espiritualidade Marista em seu cotidiano e pautá-lo pelo Evangelho. Essas pessoas não têm necessariamente um vínculo de trabalho ou de outra natureza com o Instituto. São pessoas que acreditam no sonho de Marcelino Champagnat e decidem disseminá-lo e multiplicá-lo para sua família e amigos.

O MChFM é organizado por fraternidades, que são acompanhadas por um animador Leigo ou um Irmão Marista no papel de Assessor e, geralmente, são compostas por um grupo de 12 a 15 participantes que se reúnem periodicamente. A sua prática é calcada em quatro pilares: a oração, que garante a vivência da espiritualidade marista; a reflexão, que busca nos documentos oficiais da Igreja e do Instituto um caminho à luz da fé cristã; a vida em comunidade, que é a expressão da forma de ser e viver dos membros da fraternidade, e o apostolado, que é o compromisso pessoal de cada participante na vida em família, na profissão, na comunidade eclesial, entre outros espaços.

Confira nesta entrevista um pouco da história de João ricardo Nishiura. Além de membro da Fraternidade Pe. Darós, ligada à Comunidade Casa da Acolhida, de São Paulo, ele é membro de uma equipe vinculada ao Instituto, que tem como objetivo garantir o processo organizacional do MChFM na Província Marista Brasil Centro-Sul.

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6 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

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1. Quando você teve o primeiro contato com o carisma de Marcelino Champagnat e qual foi o seu itinerário até aderir ao MChFM?

Foi entre 1979 e 1981, quando eu era aluno no Colégio Marista Arquidiocesano. Tive contato com o Ir. Delfim Elias, que me contou sobre a importân-cia de Marcelino Champagnat e o legado que ele deixou para o mundo Marista. Lembro que o mo-mento decisivo foi em 1980, no meu segundo ano de Arqui, em um encontro de jovens, realizado na Chácara do Colégio. Foi naquele momento que a “ficha caiu” e eu percebi que o Carisma Marista ha-via me inundado. Depois daquele evento, comecei a participar e me envolver na chamada Comunida-de Arqui Jovem-CAJ (cuja versão atual vem a ser a Pastoral Juvenil Marista). Sem perceber, eu já esta-va trilhando um itinerário formativo que, mais tarde, acabou resultando na minha adesão ao Movimento Champagnat da Família Marista.

2. Como foi a sua adesão ao MChFM e como surgiu a Fraternidade pe. luiz Darós?

Foi no dia 15 de maio de 1999, quando o Irmão Cláudio Girardi acolheu 10 famílias no Colégio Nos-sa Senhora da Glória para apresentar o Projeto de Vida do Movimento. A proposta de constituir uma Fraternidade veio ao encontro dos anseios daque-le grupo de pessoas. Eram pessoas que, como eu, procuravam, há algum tempo, uma perspectiva de enriquecimento espiritual dentro da vivência Maris-ta na qual foram criadas.

3. Como vocês organizam as reuniões?Atualmente somos 18 integrantes, em seis fa-

mílias, e temos em comum relações de amizade, que datam dos anos 80 (do Arqui e seus encontros de jovens), e parentesco, por sermos compadres e comadres, por conta dos batizados, crismas e casamentos. A nossa organização e a dinâmica de trabalho são as seguintes: encontros mensais, em esquema de rodízio nas residências das famílias. Geralmente, acontecem aos sábados das 16h às 18h. As crianças estão integradas aos nossos en-contros, sempre brincando, partilhando e orando. Adotamos o “kit do Fraterno”: a Bíblia, o Projeto de Vida do MChFM, o Manual das Fraternidades e o Calendário Marista, que devem ser levados para to-das as reuniões. Os encontros são registrados em Caderno Ata, que fica sob a responsabilidade do Secretário. A cada dois anos, elegemos o Anima-dor, o Secretário e o Tesoureiro. Em cada reunião, fazemos a coleta, por família, de um valor monetário estipulado em consenso, o qual serve para financiar viagens, festas, eventos e materiais. Por fim, traba-lhamos basicamente em quatro dimensões: huma-na, fé, eclesial e Marista.

4. Como é a sua atuação na equipe provincial do MChFM?

Fui eleito para integrar a Equipe Provincial do MChFM por membros das quatro Fraternidades do estado de São Paulo, que estiveram presentes em um Encontro Provincial realizado em Florianópolis, em 2012. A minha principal responsabilidade dessa representação é apoiar a Coordenação Provincial do Movimento na animação e integração das Fra-ternidades de São Paulo, visitando as Fraternidades e participando de seus momentos. O trabalho da Equipe Provincial é muito articulado com a Coor-denação Provincial e o Setor de Vida Consagrada e Laicato da Província. O que posso destacar é que assumi um compromisso que precisa ser equili-brado e avaliado à luz das limitações geográficas e pessoais.

5. Qual é o itinerário formativo Marista necessário para participar do MChFM?

Para o Leigo ou Leiga que desejar aderir ao MChFM, basta inicialmente que tenha sido tocado pelo carisma de São Marcelino Champagnat e, para isso, apenas se espera que essa pessoa assuma e viva intensamente o lema “Tudo a Jesus por Maria e tudo a Maria para Jesus”. Após ser convidado a conhecer ou participar de uma Fraternidade, esse Fraterno definirá conjuntamente com os demais Fraternos e o Animador da Fraternidade qual será o roteiro de integração.

6. por fim, quais são os elementos que o tornam um Marista de Champagnat?

Alguns aspectos da vida de Marcelino Champagnat eu consigo identificar na minha personalidade. O primeiro é a perseverança e a tenacidade que Champagnat sempre demonstrou em sua vida. Procuro sempre ter em mente as dimensões de postura no relacionamento com o próximo: humil-dade, simplicidade e modéstia. O segundo aspec-to é a Devoção à Maria, como Recurso Habitual. Eu sigo o lema: “Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria para Jesus”.

Para conhecer e receber informações sobre o

Movimento Champagnat da Família Marista,

acesse o site do Instituto Marista pelo

www.champagnat.org ou a Fan page do

MChFM no Facebook no www.facebook.com/

movimento.champagnat.

O contato com João Ricardo Nishiura pode

ser feito pelo email [email protected].

7JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 8: Presença Marista -  julho 2014

mundo marista

programa de Formação e vivência Marista: formando bons cristãos e virtuosos cidadãos

por JulIana Fontoura

Você sabia que o Grupo Marista oferece ao co-laborador a possibilidade de traçar um itinerário formativo, conforme a sua identificação com o ca-risma de Champagnat? O Programa de Formação e Vivência Marista (PFVM) surgiu exatamente com esse objetivo, respeitando o tempo de cada pessoa em sua trajetória pessoal e corporativa, bem como as necessidades da Instituição no desenvolvimento de suas atividades.

O processo está organizado em quatro etapas: Integração, Imersão, Aprofundamento e Adesão. As duas primeiras são obrigatórias, pois possibi-litam aos colaboradores o conhecimento sobre o Instituto Marista e a necessidade de alinhamen-to à Missão para a realização de suas atividades, independente da frente apostólica de atuação (Educação, Saúde, Comunicação e Solidarieda-de). As outras duas são opcionais e dependem da adesão pessoal.

O catavento, com suas cores e movimento, é o símbolo que representa a dinâmica desse proces-so formativo e o caminho a ser percorrido em cada etapa. Ele remete ao temperamento expansivo de Champagnat e à alegria e jovialidade da vocação dos primeiros Irmãos. É com esse espírito que o colaborador Marista deve participar do PFVM, com ampliação de seus horizontes e com a energia para levar adiante a Missão Marista.

Mais informações:

Programa de Formação e Vivência Marista

[email protected]

“para ser feliz na comunidade, não convém nela entrar como um funcionário, mas na qualidade de filho da casa”(Champagnat)

Para que você possa compreender melhor o PFVM, vamos apresentar detalhadamente cada uma das etapas do itinerário formativo, bem como o depoimento de colaboradores que já participaram do processo.

8 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

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9JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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2ª. Etapa — ImersãoA etapa de Imersão é a oportunidade que o co-

laborador do Grupo Marista tem para aprofundar conteúdos maristas importantes para o desen-volvimento de suas competências. Essa forma-ção acontece ao longo dos primeiros dois anos de sua vinculação com o Instituto e visa aprimo-rar sua sintonia com a Missão Marista. Entre os projetos de Imersão estão: as CAMARes, PUC Identidade, Curso para Gestores e outros. Essa etapa é representada pela cor amarela, símbolo de claridade. Representa a sabedoria, as virtu-des cristãs e a constância. No catavento, o vérti-ce está voltado para baixo, o que significa que é um convite para que o colaborador mergulhe em águas mais profundas do carisma marista.

“Todo início de ano, aqui no Colégio Marista de Goiânia, os colaboradores são convidados a participar de uma experiência de convívio, de vivência marista. Trata-se de uma programação específica da etapa de Imersão do Programa de Formação e Vivência Marista. No convívio de 2014, nós refletimos sobre ‘As Pequenas Virtudes Maristas’ e quem nos orientou foi o Ir. David Petri. Foi uma experiência incrível, que nos deu forças para o trabalho durante o ano letivo. Trabalhamos também com a simbologia das Três Violetas Ma-ristas, que representam as virtudes humildade, simplicidade e modéstia. Aprender esses con-teúdos maristas fez a diferença e deu um novo significado ao meu trabalho como Educadora Marista. Hoje, consigo falar com mais proprieda-de sobre a formação integral e também transmito melhor aos alunos o conceito de espiritualidade e a importância de vivenciar os valores maristas. Tenho interesse em continuar meu itinerário for-mativo, na etapa de Aprofundamento, pois acre-dito no sonho de Champagnat para a transforma-ção do mundo”.

Simone Maria Costa Fontes Ribeiro, Professora do Colégio Marista de Goiânia - GO

mundo marista

1ª. Etapa — IntegraçãoA etapa de Integração foi pensada para novos

colaboradores do Grupo Marista, logo nos primei-ros dias de trabalho, quando eles são acolhidos na unidade. Essa etapa é representada pela cor vermelha, a cor da alma, do coração e da vida. O catavento é representado com o vértice na horizon-tal, indicando que o colaborador está começando a abraçar novas perspectivas profissionais e pesso-ais. O objetivo dessa etapa é encantar o colabora-dor, para que a experiência no Grupo Marista seja vivida com intensidade e paixão.

“Participar da etapa de Integração do Programa de Formação e Vivência Marista foi uma experiên-cia nova para mim. Pude conhecer não só a histó-ria, mas a proposta de educação marista, a linda missão do fundador Marcelino Champagnat e sua paixão pelas crianças e jovens, sua resiliência e persistência em trilhar difíceis e árduos caminhos até conquistar o sonho de construir a Instituição Marista. Os vídeos e materiais disponibilizados nes-se momento de formação me ajudaram a obter um novo olhar para a educação e acrescentaram mais valores à minha vida profissional. Pude saber tam-bém como me conduzir no Centro Social Lar Feliz. Sinto-me contente em fazer parte dessa família ma-rista, na qual, além de uma experiência profissional, adicionei novos valores à minha vida pessoal”.

Amanda Albino, Educadora Infantil do Centro Social Marista Lar Feliz, Santos – SP

10 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

Page 11: Presença Marista -  julho 2014

3ª. Etapa — AprofundamentoA terceira etapa é de Aprofundamento, mo-

mento no qual o colaborador é convidado a vi-venciar mais de perto o jeito próprio de ser e de trabalhar de Champagnat, participando dos projetos e das experiências de partilha de vida. Após dois anos de Grupo Marista, ele é convi-dado a fazer o próprio itinerário de aprofunda-mento da vocação Marista. Entre os projetos, podemos listar o Hermitage e o Vivemar. A cor verde dessa etapa é o símbolo da natureza, da esperança, da amizade e da compreensão. O vértice do catavento está na horizontal, em um convite para que o colaborador conheça e faça a opção pela vida Marista.

“Todas as experiências do Programa de For-mação e Vivência Marista das quais participei contribuíram para o meu desenvolvimento pes-soal e como gestor. Especificamente a etapa de Aprofundamento teve um papel importante na minha vida. O vivemar fez com que eu olhasse para dentro de mim de outra maneira; no vio-letas conheci um pouco mais sobre os valores e a importância de vivenciá-los; no hermitage viajei dentro da história do Instituto Marista e de Marcelino Champagnat. Hoje me sinto mais pró-ximo da Missão Marista. Em setembro, vou fazer a peregrinação de L’Hermitage. Vou vivenciar tudo que o curso de Hermitage me proporcio-nou e depois, pretendo seguir com o meu iti-nerário formativo na etapa de Adesão do PFVM, pois percebi que o carisma marista é algo que faz tanto sentido na minha vida, que deve ir além da minha atuação profissional”.

Osvaldo Maione, Diretor do Centro Social Marista Irmão Justino, São Paulo — SP)

4ª. Etapa — AdesãoO Instituto Marista compreende que o carisma

marista não é apenas dos Irmãos, mas destina-do a todas as pessoas que queiram aderir a ele. A etapa de adesão do PFVM pode ser vivenciada individualmenteal ou comunitariamente, e não só por colaboradores do Grupo Marista. É aberto a todos que acreditam em Marcelino Champagnat e na continuidade do seu legado. Dentre as pos-síveis modalidades de vivência estão: Movimento Champagnat da Família Marista, Grupos Laicais e novas formas de vida partilhada entre Irmãos, Leigos e Leigas Maristas.

“Marcelino Champagnat entrou na minha vida há 27 anos. Seu carisma me conquistou e é fon-te de orientação para os desafios propostos por Deus no meu dia a dia. Aos poucos, fui conhe-cendo sua história de vida e seu desejo de tornar Jesus conhecido e amado por todos. Trabalho na Escola Marista de Educação Básica de São Bento e estou na etapa de Adesão do Progra-ma de Formação e Vivência Marista. Participo do Movimento Champagnat da Família Marista, em uma fraternidade chamada L’Hermitageser, que tem com lema: Luz, Sal para a terra e Missão. Acreditamos que tanto pela Luz como pelo Sal, nós cristãos devemos ser o que transforma, o que conserva, o que clareia, o que ensina, o que ajuda o irmão, o que participa ativamente da vida em comunidade, o que faz desse mundo um lugar melhor para se viver.”

Ariane Lisete Hinke, Assessora da direção da Escola Marista de Educação Básica de São Bento — SC e integrante do Movimento Champagnat da Família Marista

11JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 12: Presença Marista -  julho 2014

capapor Karen FuKuSHIma

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12 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

Page 13: Presença Marista -  julho 2014

por meio das práticas esportivasMUITO MAIS DO qUE UMA qUESTãO ESTÉTICA OU DE SAúDE, AS ATIVIDADES FíSICAS POSSIBILITAM O AUTOCONHECIMENTO, A SUPERAçãO E A INTEGRAçãO SOCIAL

uM ENCoNtro CoNSIGo MESMo

“Se um corpo está em movimento, ele tende a permanecer em mo-vimento. Se um corpo está parado, ele tende a permanecer parado, a menos que forças atuem sobre esses corpos”. Essa é a definição da Primeira Lei de Newton, chamada também de Princípio da Inércia. Podemos tomá-la emprestada para tentar entender por que é tão difícil começar a se movimentar, a praticar atividades físicas e esportivas, deixar o temido sedentarismo de lado. E, da mesma forma, mostrar que, quando o corpo está em movimento, ele tende a permanecer em movimento. Para quem está inativo fisicamente por muito tempo, não é fácil dar os primeiros passos, mas está longe de ser impossível. Acompanhe, nessa matéria especial sobre a prática de exercícios físi-cos, como é possível vencer a preguiça em busca de mais qualidade de vida, além de vivenciar o autoconhecimento, a superação e a inte-gração social.

O incentivo ao esporte era defendido por São Marcelino Champagnat como fundamental no processo de educação de crianças e jovens. O Irmão Pedro João Wolter – Irmão Pedrinho – conta que, no começo, na França, as obras dos Maristas eram todas escolinhas do Estado e que Marcelino Champagnat aceitava administrar apenas aquelas que dispusessem de uma área de lazer, espaço para as crianças brinca-rem e fazerem atividades. “Ele fazia essa escolha porque sabia que o brincar, o lazer, enfim, o esporte, educa, socializa. Viver em grupo, saber competir, saber pedir desculpas quando a gente machuca o outro, são os bons hábitos. Não cabe na nossa mente, na Educação Marista, um colégio só acadêmico. Precisa também da parte de espor-te, Educação Física, recreação, desde as criancinhas pequenininhas”.

Personagem extremamente importante na história da ciência, o inglês Isaac Newton (1642-1727) foi o responsável por descrever a Lei da Gravitação Universal e as três leis que fundamentam a Mecânica clássica, conhecidas como Leis de Newton.

Segundo os dados mais recentes do IBGE, 80% dos brasileiros são sedentários. E a Organização Mundial da Saúde alerta: a inatividade é responsável pela morte de 3,2 milhões de pessoas por ano no mundo.

13JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 14: Presença Marista -  julho 2014

Com objetivo semelhante, de estimular o conhe-cimento mútuo, incentivar a confraternização e a integração entre os colaboradores, educadores e Irmãos, foram criados em 1996 os Jogos Maristas dos Funcionários, JOMAFUS, que são realizados de dois em dois anos. “É uma forma de os fun-cionários se unirem e uma grande ferramenta de integração. Aqui, do Centro Administrativo, fomos com vários times. O pessoal ia treinar depois do expediente, porque não queria fazer feio. Depois, participar, viajar juntos dentro do ônibus, dormir em salas de aula, votar aos tempos de guri. A maioria que foi a Ponta Grossa dormiu em sala de aula, em colchonetes no chão”, conta Ir. Pedrinho.

Neste ano, o JOMAFUS foi realizado em Ponta Grossa, no Colégio Marista Pio XII, de 1ª. a 4 de maio. No total, foram 500 atletas participando das modalidades: Futebol Suíço (masculino), Truco (fe-minino, masculino ou misto), Voleibol (feminino) e Voleibol de Areia 4X4 (misto). Para Honorio Peter-sen Hungria Junior, da Diretoria Executiva da Rede de Colégios (DERC), e um dos organizadores do

evento, os laços conquistados pelo esporte refle-tem no ambiente corporativo. “No geral, a interação no dia a dia, no trabalho, ganha um crédito bem interessante. Durante os jogos, eu acabei conhe-cendo pessoas do Departamento de Marketing, da Capela, do Departamento Financeiro, da Diretoria de Ação Social (DEAS). No dia a dia de trabalho, a gente vê que se torna mais agradável circular entre amigos. A convivência é mais feliz e há mais quali-dade de trabalho”.

Diogo Galinne, do Setor de Pastoral, esteve entre os 500 colaboradores que participaram do JOMA-FUS neste ano, na categoria Voleibol de Areia 4X4. Sua equipe não alcançou pontuação suficiente para ficar entre os classificados, mas isso não de-sanimou os integrantes. “O grupo surgiu antes do JOMAFUS e começou a treinar todo sábado aqui na PUCPR. Com a reforma das quadras e com os jogos terminados, o desejo de continuar jogando permaneceu. Então, todo sábado, existe um grupo de pessoas que está se reunindo para dar continui-dade à prática do vôlei”.

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honorio petersen hungria Junior, da Diretoria Executiva da Rede de Colégios (DERC)

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15JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 16: Presença Marista -  julho 2014

Diogo Galinne, da Pastoral

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SuperaçãoApesar de adorar esportes, Diogo Galline, desde

pequeno, acumulou quilos extras. Até 2010, quando transformou definitivamente seu estilo de vida, aliando reeducação alimentar à prática de atividades físicas. Ele conta que sempre esteve acima do peso. “Eu sempre fui gordinho. Então foi uma novidade, e uma novidade bem legal, interessante”, relembra, contente da fase em que deixou para trás, em 10 meses, cerca de 50 kg.

Hoje Diogo costuma correr três vezes por sema-na das 6h30 às 7h30 e diz que nem precisa mais de despertador. quando chega perto do horário de acordar, às 5h40 aproximadamente, seu organismo já desperta. “E vou falar a verdade: o exercício li-bera algumas substâncias químicas que dão uma energia muito positiva para o dia inteiro. No come-ço, eu estava preocupado porque ia fazer uma ativi-dade logo cedo e ia ficar muito cansado o resto do dia. Mas, pelo contrário, venho trabalhar com muita energia. Muitas pessoas chegam e falam: “Ai! que sono!” “Eu já venho ligado”.

A colaboradora do Parque Gráfico da FTD, em São Paulo, Monica Nascimento, também deu adeus a vários quilos indesejados. Ao longo de cinco anos, ganhou peso sem se dar conta. “Ganhei uns 20 kg e, nas férias do ano passado, não conseguia acompanhar os passeios que envolviam caminha-das e subidas em dunas, passeios que eu já havia feito em anos anteriores. Além disso, detestei quase todas as fotos. Foi então que, no dia 1º de abril de 2013, resolvi dar um basta em toda essa situação. Iniciei uma dieta com acompanhamento e resolvi levar a sério o CCFR, como chamamos a academia do Parque Gráfico”.

Monica recorda que o primeiro mês foi compli-cado, principalmente por causa da reeducação alimentar. Mas foi persistente e disciplinada, com-parecendo à academia pelo menos três vezes por semana. “Logo nos dois primeiros meses, ema-greci quase 10 kg. Fiquei super feliz e motivada. Meu marido, vendo meus resultados, animou-se e também iniciou uma dieta e entrou na academia.

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Felipe trama, educador físico da FTD

Monica Nascimento, colaboradora do Parque Gráfico da FTD, São Paulo

Mas aí veio o tal efeito platô e nos três meses seguintes perdi apenas 1kg. quan-do eu já estava desanimando, eis que sur-giu a Equipe SuperAção de caminhada e corrida”.

A equipe SuperAção foi uma ideia do educador físico Felipe Borges Trama, co-ordenador do Centro de Condicionamen-to Físico e Reabilitação, o CCFR já citado por Monica. Em 2013, Felipe percebeu que os colaboradores queriam mais do que a musculação e a ginástica laboral oferecidas pela FTD. Além disso, na matriz da editora não havia uma academia, como no Parque Gráfico. “Decidi abrir mão de parte da minha folga aos domingos e me ofereci para treinar os colaboradores no Parque do Ibirapuera. A adesão foi fantás-tica, com mais de 90 inscritos. Treinamos de setembro a dezembro, quando parti-cipamos de uma prova de rua com mais de 30 colaboradores inscritos”. Devido ao grande sucesso, uma assessoria externa foi contratada este ano para a realização dos treinamentos nos finais de semana. Atualmente, há 60 pessoas inscritas no programa.

O coordenador do CCFR explica que os exercícios físicos promovem melhora do condicionamento geral e do específi-co. O condicionamento físico geral refere-

-se à rotina do dia a dia. O colaborador passa a sentir menos cansaço durante as tarefas costumeiras, maior disposição para o trabalho e para o convívio familiar, com menor desconforto e sensação de fa-diga. Já o condicionamento físico especí-fico trata-se do quanto o colaborador está preparado para realizar seu treino, quanto de carga ele suporta sem sentir descon-forto, entre outros. Além de prepará-lo para ganho de força e resistência, o con-dicionamento físico específico trabalha a melhora postural e a correção de movi-mentos incorretos e perigosos.

Monica Nascimento gostou tanto dos resultados que obteve com a equipe Su-perAção de corrida e caminhada que con-venceu o marido, a cunhada e a irmã a participarem junto com ela. Assim, aliava dois benefícios de uma só vez. Conseguia estar com a família no fim de semana e, ao mesmo tempo, melhorar a saúde de to-dos. “Desde então, participamos de todos os encontros nos parques e temos mo-tivação para irmos também às corridas. O resultado de tudo isso? Perdi 14 kg, meu marido perdeu 13 kg, minha cunha-da 3 kg e minha irmã 3 kg, além, é claro, de todos os benefícios para a saúde e o bem-estar adquiridos com esse novo jeito de viver”.

quando o corpo não perde mais peso, fica estabilizado na mesma medida, sem resultados com a dieta.

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“Acho que todo mundo tem algo na vida que é o seu porto seguro, algo que lhe faz muito bem”. A reflexão é do colaborador da Diretoria de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) Willian Bueno, que encontrou na prática do montanhismo sua verdadeira vocação para o esporte. “Eu me encontrei. Gostava de prati-car esportes, mas não me identificava com nada. Até jogava bola, mas não era nada do tipo “que-ro muito fazer isso” . Descobri e foi muito legal. quando você vai para uma trilha ou uma monta-nha, primeiro que você está longe desse mundo urbano, você esquece tudo isso, e aí consegue ter esse tempo com você, consegue ter esse tem-po com outras pessoas. Não tem Facebook, não tem celular, não tem computador, não tem buzi-na, não tem sinal, não tem nada disso. O que me encantou foi isso. Porque você sai desse mundo, se desliga, e aí você consegue se conhecer e co-nhecer outras pessoas de verdade”.

Willian começou a praticar o montanhismo, há cinco anos por acaso. Conheceu algumas pesso-as que o convidaram para uma trilha. “Eu sempre fui piá de prédio (risos). Fiquei com um pouco de medo, mas fui. A primeira trilha já foi de 10 horas caminhando com mochila e tudo mais” relembra. Como o montanhismo exige mais tempo, a prá-tica fica restrita aos finais de semana e feriados. “Normalmente, nos finais de semana, é sempre bate e volta. quando tem um feriado, a gente faz programação para uns três ou quatro dias. Um dia de trilha, de caminhada, outro dia para conhecer o lugar. Um dia para fazer rapel, para subir em algum lugar. O esporte montanhismo é tudo isso”.

Assim como Willian, o reitor da Católica de Santa Catarina, professor Robert Burnett, encon-trou nas artes marciais uma atividade com a qual se identificou. “Na minha juventude, eu cheguei a praticar o Vale Tudo, mas não gostei, e jogava fu-tebol. Entre as várias artes marciais, foi no caratê que eu me encontrei. Eu pratico há 13 anos, que não é tanto tempo assim, mas é um esporte que envolve saúde, postura, e dá ao praticante uma energia boa para o trabalho”, conta Robert, que observa “o caratê é um esporte que você pode praticar dos sete aos 100 anos. É um esporte de contato, mas que desenvolve uma característica muito forte de disciplina, de você conhecer o seu corpo, saber até onde pode ir. O caratê não é só um esporte. Ele tem uma filosofia, uma parte cien-tífica, uma parte de comportamento. Independen-te da situação, ele sempre começa e termina com um cumprimento”.

O reitor acredita que as pessoas devem bus-car sempre uma atividade física que lhes dê prazer. “Se você não gostar daquilo, não vai dar certo. Escolha alguma coisa com a qual você se identifique, aquilo que dá prazer. Existem muitas opções”.

O educador físico Felipe Trama reafirma a importância de as pessoas buscarem por algo que realmente as faça sentir bem. “O importan-te é encontrar alguma atividade que desperte o interesse. Ela pode ser esportiva, recreacional, orientada, em grupo, em dupla, individual, com equipamento, com aparelho, com materiais adap-tados, em casa, no condomínio, no parque, na academia, na rua, ou seja, não existem desculpas para não realizar exercícios. Precisamos apenas encontrar o que nos atrai, nos faz bem e esteja ao alcance”.

Willian bueno, colaborador da Diretoria de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO)

porto seguro

19JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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lutar pela vidaCerta vez, Nelson Mandela disse que “o esporte tem a força de mudar o mundo”. Talvez,

pensando um pouco como o líder sul-africano e reconhecendo a força do esporte como instrumento de educação e inclusão social, o professor Robert Burnett criou o projeto Lutar pela Vida, que leva o caratê a 120 crianças, com idade entre 7 a 14 anos, nas cidades de Jaraguá do Sul e Joinville. “É um projeto voltado para crianças em vulnerabilidade social. Essas crianças são atendidas por um professor de caratê e um educador social. Elas rece-bem uma refeição, ganham um quimono (uniforme para a prática esportiva), treinamento, e recebem palestras de temas variados, sobre espiritualidade, drogas, sobre a vida em si”, explica Robert.

O projeto, que começou em 2011, já mostra resultados. Segundo Robert, no primeiro dia, as crianças eram rebeldes, não tinham disciplina. “Lá, eles passaram a ter disciplina, entrar na roda, cumprimentar, coisa que na casa deles eles não faziam. Nós tentamos mudar a vida dessas crianças”. O projeto social é mantido pela Católica de Santa Catarina, Grupo Marista e ADIPROS (Associação Diocesana de Promoção Social de Joinville).

20 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

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Dicas para iniciantesO colaborador da DHO Willian Bueno conta que, na primeira trilha que foi fazer, levou

tanta coisa que os amigos deixaram 2/3 de sua bagagem para trás. Alguns itens, segundo ele, são essenciais, mas é preciso ter cuidado para não exagerar e carregar mais do que o necessário. Hoje, com experiência, Willian separou algumas dicas do que levar quando se vai fazer uma trilha: •Mochila confortável.•Um tênis ou uma bota que não sejam lisos; meias confortáveis; calça, ou calção-calça

compridos que não limitem os movimentos; camiseta de tecido leve (é sempre bom levar uma camiseta extra); boné ou chapéu. Lembre-se que é muito possível que tudo isso volte bem sujo!

• Comida leve e saudável, algo que esteja acostumado a comer e que não pese no estômago, como sanduiches, cereais, biscoitos, frutas.

•Água, item vital! Importante levar uma ou duas garrafinhas. Se na trilha tiver opção de rio ou nascente, é importante levar pastilhas purificadoras de água.

•Protetor solar.•Lanterna.•Câmera fotográfica.•Se for acampar: barraca, saco de dormir, isolante térmico e plástico bolha, para cobrir o

chão da barraca contra a umidade.•Sacola ou saco plástico para trazer o lixo de volta.

21JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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A partir do segundo semestre deste ano, será implantado no

Grupo Marista o Centro Marista de Serviços (CMS). O CMS será uma estrutura de serviços com-

partilhados organizada com o objetivo de padronizar e otimizar

os atendimentos comuns pres-tados pelas áreas corporativas aos negócios. O modelo CSC, Central de Serviços Comparti-

lhados, é uma prática de suces-so em grandes organizações

nacionais e internacionais e foi adequada para o Grupo Marista

devido à diversidade em áreas de atuação. quem explica como

funcionará o CMS no Grupo Marista é o superintendente exe-cutivo do Grupo, paulo Serino.

por que se optou por trazer essa prática para o Grupo Marista?

Porque precisamos nos adequar aos novos tempos, tendo como norte as boas práticas já consolidadas no mercado. Esse modelo de atendimen-to funciona há mais de 20 anos em vá-rias organizações, trazendo maior agi-lidade no atendimento e uma entrega com mais qualidade.

Um ponto que é preciso reforçar no Grupo Marista é: estamos no início, e talvez não vejamos de imediato mu-danças significativas, mas o importan-te é que estamos pensando em uma

transformação que, em longo prazo, trará benefícios significativos ao nosso modelo de trabalho e gestão.

Como será o CMS?Será uma área de atendimento, pre-

dominantemente administrativa, que agregará todos os serviços comuns e não estratégicos às áreas de negócio da organização. Funcionará em um espaço específico que está sendo pre-parado para acomodar corretamente a equipe do CMS. Ficará no Prédio Administrativo, localizado na PUCPR – Câmpus Curitiba.

Nessa primeira fase, apenas a área de Serviços de Recursos Humanos fará parte do CMS. Haverá uma Central de Atendimento que funcionará por meio de um portal, um telefone e um balcão de atendimento. Os serviços ofereci-dos serão comuns às áreas de negó-cio e corporativas. O solicitante deverá entrar em contato direto com a Central, que ficará responsável por resolver a questão junto com um time de espe-cialistas que darão suporte aos aten-dimentos. Todas as solicitações serão rastreáveis e terão tempos de resposta padronizados, a partir de um Acordo de Nível de Serviço (ANS) previamente alinhado com as áreas demandantes.

Quais áreas de suporte comporão o CMS?

Estamos iniciando o CMS em 2014 com os processos transacionais de Recursos Humanos e até o final do ano a área de Suprimentos também será contemplada. Ao término desse ciclo e estabilização da operação, focaremos nos processos transacionais financei-ros. Acredito que em três anos tenha-mos os principais processos transacio-nais dentro do CMS. Isso será feito de forma concomitante com a integração dos novos sistemas ERP.

todas as áreas serão beneficiadas com essa mudança?

Inicialmente não, futuramente sim. Por conta da diversidade da nossa or-ganização e respeitando as formas de trabalho de cada unidade, os Colégios e as Unidades Sociais (com exceção dos Pró-Ações) deverão continuar com o fluxo normal das atividades de suas

unidades. Com a convergência de ERPs, que iniciará em 2015, e a am-pliação dos serviços do CMS, todos serão contemplados.

Quais são os riscos e os desafios na implementação do CMS?

Os riscos da implementação são baixos, uma vez que o modelo já fun-ciona há décadas em outras organiza-ções até mais complexas que a nossa. Isso não quer dizer que só encontrare-mos flores pelo caminho.

O maior desafio no momento é a mudança de cultura, tanto para quem executa quanto para quem recebe o serviço. Temos que estar abertos a es-sas mudanças, trabalhar juntos para que ela aconteça e não estimular os processos que ocorram fora dos cami-nhos acordados.

Outro desafio é a migração de pro-cessos propriamente dita. No dia se-guinte a uma migração, a sensação do usuário é de piora. Seja porque o pro-cesso efetivamente não está funcio-nando como previsto, seja pelo fato de que ele agora funciona 100%, mas de forma diferente daquela a que estamos acostumados. Acho que muitos de nós já tivemos essa sensação quando a Microsoft lança uma nova versão do Office. Alguns ícones não estão mais na posição em que estávamos acostu-mados. Pois é. Isso também acontece-rá na migração de serviços para o CMS.

o que o muda no Grupo Marista com o CMS?

Muda a forma de relacionamento, de trabalho e de gestão para com as áreas corporativas, as áreas de negó-cio e as unidades. O objetivo dessa mudança é trazer maior agilidade nos processos de atendimento da Orga-nização, minimizando os prazos e os erros que cometemos. Com isso, as áreas de negócio poderão focar em sua missão, não se preocupando com processos muito burocráticos e sistê-micos. Seremos uma Instituição mais ágil e focada, buscando benefícios para o público que nós atendemos no Ensino Superior, nos Centros Sociais, nos Colégios, na Saúde, e nos Negó-cios Suplementares. Essa é a mudan-ça que buscamos.

direto ao assunto

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lançamento do programa Incluir do Grupo Marista

DEFENDA-SE! Conheça a campanha da rMS

pesquisa cria método que identifica o assédio sexual na internet

O Programa Incluir é lançado este ano para potencializar nosso quadro de colaboradores e diver-sificar nossos agentes de trans-formação na sociedade.

O programa tem um olhar na va-lorização da diversidade humana e no respeito às diferenças. Com o foco em atrair, desenvolver e reter essa consciência na Orga-nização, a primeira abordagem é

referente a todos os profissionais com deficiência dispostos a promover nossa missão de evangelizar crianças e jovens por meio da educação, indepen-dentemente de sua situação socioeconômica. Des-de 24 de julho de 1991, o Brasil conta com a Lei nº 8.213, que trata, entre outros assuntos, da con-tratação de deficientes nas empresas. Se você tem amigos/conhecidos interessados em fazer parte do Grupo Marista, indique o Programa Incluir.

Confira as vagas disponíveis em www.facebook.com/vagasgrupomarista.

Com o aumento da presença de turistas no Bra-sil em função da Copa do Mundo, cresceu a pre-ocupação sobre eventuais violações dos direitos das crianças e dos adolescentes, especialmente em relação à violência sexual. Para promover a au-toproteção e orientar diretamente as crianças com idade entre 5 e 11 anos sobre como se defender do abuso e da exploração sexual, a Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de De-fesa da Infância, em parceria com a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) lançou a campanha “Defenda-se”, composta por seis vídeos. Durante os jogos em Curitiba, os Centros de Referência e As-sistência Social (CRAS) desenvolveram atividades socioeducativas para crianças e a série de vídeos compôs parte da programação.

O articulador do Centro Marista de Defesa da In-fância (CEDIN), Douglas Moreira, explica que o dife-rencial dessa campanha é o fato de ela ser voltada diretamente para as crianças, com uma linguagem adequada para essa faixa etária. “Os vídeos têm como cenário o futebol e, por meio do time da defe-sa, trazem seis dicas para que meninos e meninas tenham condições de se defender. Nosso objetivo é

promover a autoproteção de crianças contra a vio-lência sexual, aproveitando as mobilizações em tor-no da Copa do Mundo, por meio de peças de comu-nicação que possam ser utilizadas no período dos jogos e em momentos futuros”, enfatiza.

Douglas salienta ainda que a série de vídeos está disponível no Youtube e pode ser utilizado por to-dos. A ideia é que as escolas utilizem o material para promover o debate da autoproteção entre as crian-ças e que as instituições compartilhem os vídeos a fim de dar visibilidade ao tema.

O Programa de Pós-Graduação em Informática da PUCPR (PPGIa) desenvolveu um método para detec-tar o aliciamento de crianças e adolescentes na inter-net e evitar a ocorrência do abuso sexual. O grupo de pesquisadores, coordenado pela professora Cinthia Freitas, analisou conversas de salas da bate-papo de 40 casos disponíveis na base de dados do site Perver-ted Justice (EUA). Com base na extração de caracterís-ticas das conversações (frases, palavras), foi possível estabelecer um modelo probabilístico e computacio-nal, tendo sido utilizadas cerca de 20 mil linhas de

conversação. Foi estabelecido, portanto, embasado em padrões do modus operandi do agressor um pro-grama de computador capaz de identificar a ocorrên-cia do aliciamento, e qual o nível de suscetibilidade em que a vítima se encontra. Os pesquisadores contam com pedido de patente de processo e de registro de software pelo Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI). A pesquisa contou com o apoio da Rede Marista de Solidariedade (RMS), que lança editais para fomento de estudos com temas relacionados à prote-ção de crianças e adolescentes.

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23JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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reGistros

Grupo Marista realiza I Congresso de pastoral

reformulação do refeitório do Câmpus Curitiba da puCpr

rádio Clube FM lança campanha contra o sedentarismoCom objetivo de discutir os

desafios pastorais nas institui-ções confessionais brasileiras, como escolas, universidades, hospitais e ONGs, o Grupo Marista e o Curso de Teologia da PUCPR realizaram, nos dias 28 e 29 de abril, o I Congresso de pastoral.

O encontro, estruturado por meio de palestras e mesas temáticas voltadas exclusivamente para a prática pastoral, foi realizado no Teatro da PUCPR (TUCA), e teve como proposta possibilitar a troca de expe-riências no modo como a igreja age e se organiza para atuar nas dife-rentes realidades sociais brasileiras, abordando as dimensões juvenil, universitária, escolar, da saúde, vocacional, social e paroquial.

Entre os palestrantes, estavam o Prof. Dr. Mario de França Miranda, Doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana, palestrando sobre o tema central do evento “Desafios e Perspectivas Pastorais nas Institui-ções Confessionais”, o Prof. Dr. Agenor Brighenti, Doutor em Ciências Teológicas e Religiosas pela Université Catholique de Louvain, Bélgica, com o tema “Pastoral a Partir do Documento de Aparecida”, Prof. Dr. Frei Clodovis Boff, Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaian e professor da PUCPR no curso de Teologia, palestrando sobre “Espiritualidade e Pastoral”.

Encerrando o primeiro dia de Congresso, a atriz Letícia Spiller, ao lado do compositor e cantor Pedro Sol, e da atriz e sound designer Carolina Ricardo, apresentou o show musical-poético “Tau Caminho”, com leitura de poemas e interpretação de canções próprias e de artistas consagrados como Milton Nascimento, Billy Blanco, Caetano Veloso e John Lennon.

O refeitório para colaboradores do Grupo Maris-ta no Câmpus Curitiba da PUCPR está passando por reformas. A iniciativa da Diretoria de Infraes-trutura pretende atender à demanda dos colabo-radores, que em eventos, como o Partilha & Es-cuta, comentaram a necessidade de reformulação do espaço.

Está prevista para 15 de agosto (Dia do Maris-ta) a inauguração do restaurante, ampliado e re-formulado. O nome, Bistrô Marista, foi escolhido pelos colaboradores por meio de votação. Como foco no bem-estar dos usuários, o projeto prevê não só uma ampliação física, visando à melhoria de atendimento e conforto, como também mu-danças no cardápio, com mais itens, incluindo carnes grelhadas.

O fornecedor das refeições passará a ser a em-presa GRSA, referência no ramo de alimentação e suporte, com 36 anos de atuação no mercado bra-sileiro. A Diretoria de Infraestrutura está á frente das obras, realizadas em etapas para não comprome-ter o funcionamento do local nos meses de junho e julho.

Preocupada com a saúde dos seus ouvintes e da população em geral, a Rádio Clube lançou uma campanha contra o sedentarismo. Com o slogan “Saia do sofá, ficar parado não dá!”, a emissora pretende conscientizar a população sobre o seden-tarismo, hábito que contribui diretamente para o sobrepeso, obesidade, problemas cardíacos e do-enças, como diabetes e câncer.

A campanha traz o tema para debate ao vivo no programa Boca no Trombone. quinzenalmente, os apresentadores Flávio Kruger e Andressa Santos participam de um bate-papo ao vivo com o coor-denador do curso de Educação Física da PUCPR, Rodrigo Reis, discutindo questões relacionadas ao sedentarismo e a importância do exercício físico para a saúde da população.

Ao longo da programação, os ouvintes também podem acompanhar diversos spots incentivando a prática de atividade física e chamando a atenção para os problemas causados pelo sedentarismo. Os ouvintes podem participar da campanha envian-do sugestões de temas para debate, perguntas e depoimentos.

homenagem a Dom Moacyr José vitti

O Grupo Marista presta uma homena-gem a Dom Moacyr José Vitti, que faleceu no último dia 26 de junho. Além de figu-ra representativa na Igreja Católica, o re-ligioso era, desde 2004, Grão-Chanceler da PUCPR.

O Superior Provincial da Província Maris-ta Brasil Centro-Sul, Ir. Joaquim Sperandio, lembra que Dom Moacyr José Vitti, advindo da vida consagrada, era uma pessoa muito acolhedora, de cultura ampla e significativa, sem-pre presente e apoiador da Missão Marista.

“Dom Moacyr José Vitti era uma pessoa afável e bondosa. Sempre mui-to presente e ouvinte. Um verdadeiro manso de espírito. Como sacerdote estigmatino, ele tinha um apreço especial pela vida religiosa consagrada. Ao longo do tempo, demonstrou apoio às unidades da Missão Marista, como os Colégios e Centros Sociais, especialmente da PUCPR. Era inte-ressado e se alegrava com as vitórias nesses campos de missão”.

Nascido em Piracicaba, em 30 de novembro de 1940, Dom Moacyr José Vitti ordenou-se sacerdote em 16 de dezembro de 1967. Em 9 de maio de 2004, foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Curitiba pelo Papa João Paulo II.

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Galeria da Galera

Aproveitando o tema da reportagem de capa desta edição, o Ir. Joaquim Sperandio compartilhou uma foto do tempo em que atuava como professor de Educação Física.

Para encerrar as atividades pedagógicas do semestre letivo, a equipe da Biblioteca do Colégio Santa Maria preparou um teatro especial de fantoches.

A colaboradora do Colégio São Luís, e futura mamãe, Camila, recebeu dos colegas uma cesta-gestante para celebrar esse momento tão especial.

Ação do projeto “Solidariedade – Ilhas”, realizado no mês de junho na Ilha Rasa, em Guaraqueçaba. A iniciativa foi idealizada pela Pastoral do TECPUC e acontece desde 2012.

Colaboradores do ProAção Fazenda Rio Grande durante comemoração da Festa Junina.

QuE tAl rEGIStrAr oS FAtoS MAIS MArCANtES DA SuA uNIDADE?mande um email para: [email protected]

25JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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radar educação

FTD vence Prêmio Top Educação

A Editora FTD foi escolhida pelo público que participou do Prêmio Top Educação 2014 como a mar-ca mais lembrada na categoria Li-teratura Juvenil.

A eleição aconteceu entre os meses de abril a julho de 2014 no site www.premiotopeducacao.com.br.

O Top Educação é um prêmio institucional que visa divulgar as marcas mais lembradas entre as empresas que prestam serviços e/ou vendem produtos para institui-ções que atuam na área da edu-cação.

A divulgação dos vencedores será feita na edição de setembro da revista Educação, que trará um caderno especial sobre o prêmio. A cerimônia de premiação acon-tecerá no dia 16 de setembro, em São Paulo-SP.

FtD Digital Arena beneficia 990 crianças da rede Municipal de Ensino de Curitiba

puCpr está entre as 100 melhores universidades da América latina

O FTD Digital Arena firmou uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Curi-tiba para beneficiar, até dezembro de 2014, de maneira gratuita, 990 alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino.

A iniciativa possibilita que mensalmente uma Escola da Rede Municipal de Curitiba, loca-lizada em região de vulnerabilidade social, encaminhe seus alunos para estudar Ciências, Física, Biologia e Astronomia de uma maneira diferente, sensorial e interativa, trazendo o au-diovisual como mediador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

As escolas participantes do projeto selecionam o nível de ensino contemplado com a ativi-dade e escolhem o filme educativo que melhor se enquadra ao conteúdo trabalhado em sala de aula.

Ao todo, os professores têm à disposição 10 filmes educativos, envolvendo temáticas que podem ser trabalhados de maneira interdisciplinar dentro e fora da sala de aula. Para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, cada um dos filmes vem acompanhado de um ca-derno de atividades, denominado Guia do Professor. Elaborado pela editora FTD, o material apresenta diversos exercícios, de acordo com cada nível de ensino, que podem ser realizadas antes e depois de cada exibição, com objetivo de colaborar com o aprendizado do aluno.

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está entre as 100 melhores instituições de ensino da América La-tina, segundo o ranking divulgado pelo grupo quacquarelli Symonds (qS). A PUCPR está no 92º lugar, única particu-lar paranaense a figurar entre as 100. Considerada um dos mais respeitados rankings de faculdades, a avaliação leva

em conta sete indicadores, entre eles: o impacto na comuni-dade internacional em virtude do número de artigos citados em publicações científicas, reputação acadêmica e do corpo docente, e número de citações na internet. O ranking é publi-cado desde 2011 e avalia 300 instituições públicas e privadas da América Latina.

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Capacitação em reggio Emilia na rede de Colégios

tECpuC firma parceria com a oracle

voluntários do projeto Católica SC Solidariedade proporcionam um dia diferente às crianças do Abrigo provisório de Jaraguá do Sul

Reconhecida mundialmente, a educação infantil praticada em Reggio Emilia, região norte da Itália, inspira práticas pe-dagógicas em todo o mundo. Na rede de colégios do Gru-po Marista, os conceitos dessa pedagogia – que coloca a criança no centro do processo de ensino aprendizagem, de-senvolvendo a sua autonomia – fundamentam a proposta da Educação Infantil.

Para manter suas equipes constantemente atualizadas dentro dessa pegadogia, um grupo composto por oito profis-sionais de diferentes colégios do Grupo Marista e da Diretoria Executiva da Rede de Colégios participou de uma semana de capacitação no Centro Internacional Loris Malaguzzi, em Reggio Emilia, entre os dias 11 e 16 de maio. Além de pa-lestras, o grupo pôde visitar as escolas locais e observar a prática diária dos professores e alunos.

O TECPUC firmou parceria com a Oracle, maior empresa de software empresarial do mundo. Além do uso das ferra-mentas Oracle em sala de aula, a parceria garantiu que 20 alunos dos 3º e 4º anos do curso de Informática do TECPUC participassem, durante o mês de maio, de um treinamento com as ferramentas da Oracle, ministrado pela HqS, empre-sa de consultoria certificada pela Oracle. Ao final do treina-mento, seis deles terão estágio garantido em empresas de Curitiba. A parceria ainda prevê que os professores realizem treinamentos e atualizem os conhecimentos nas ferramen-tas da Oracle.

Para o coordenador dos cursos integrados do TECPUC, Élcio Miguel Prus, parcerias com empresas de renome que possuem expressividade no mercado aproximam o TECPUC da realidade empresarial e das necessidades de formação, trazendo para a sala de aula um ambiente mais próximo da realidade possível. “Todos ganham com isso. O TECPUC por validar suas matrizes curriculares, os alunos por terem um ensino alinhado com as necessidades do mercado de trabalho e os professores por utilizarem ferramentas e tec-nologias atualizadas”, ressalta.

No mês de junho, a Pastoral da Católica promoveu o Pro-jeto Católica Solidariedade no Abrigo Provisório de Jaraguá do Sul, que trabalha com crianças e adolescentes. Partici-param da iniciativa aproximadamente 40 voluntários, entre acadêmicos, colaboradores e professores das unidades da Católica SC de Jaraguá do Sul e Joinville.

“Iniciamos a ação com algumas dinâmicas e brincadeiras e nos dividimos em várias oficinas: dobradura, maquiagem, manicure, pintura de cabelo, brincadeiras, entre outras. Ti-vemos também uma apresentação de teatro de fantoches, que contou a história da Chapeuzinho Vermelho, de uma forma mais atual, que as crianças adoraram. Outra atividade interessante foi a do Gesto Concreto, que revitalizou o cam-pinho e o parque de diversões que fica ao lado do Abrigo e também revitalizou a horta. Também tivemos a presença vo-luntária dos atores Joanna e Jonantan que vieram vestidos de Emília e Chaplin e distribuíram abraços grátis para todo mundo”, comentou o pastoralista da Católica SC, Marcos Paulo Oliari.

Ainda segundo Marcos, este Projeto busca uma reflexão política, imersão em locais em vulnerabilidade social, a troca de experiências de diferentes realidades e alternativas que buscam vencer a exclusão, a má distribuição de renda e a desvalorização da vida humana, incentivando sempre a vi-vência da solidariedade.

27JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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radar saÚde

Hospital Universitário Cajuru e Santa Casa realizam Semana Nacional de Humanização

Santa Casa de Curitiba comemora

134 anos prestando serviços gratuitos à

populaçãoNo dia 22 de maio, a Santa Casa de Curitiba promoveu o IV Dia do

Coração, na Praça Rui Barbosa. O evento foi uma comemoração dos 134 anos do primeiro hospital da cidade e teve prestação de servi-ços, como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientações sobre alimentação saudável e sobre os riscos da hipertensão e da diabetes, com medição de IMC e avaliação nutricional, gratuitamen-te, para os moradores da cidade.

Recentemente, o Ministério da Saúde promoveu a Semana Nacional de Huma-nização nos hospitais que realizam atendi-mentos do SUS, em todo o país. As ativi-dades, que consistiam em palestras, rodas de conversas, apresentações artísticas, campanhas internas e blitz com os colabo-radores, tinham como objetivo congregar esforços e realizar atividades de humani-zação nas diversas esferas do atendimento em saúde.

A Santa Casa de Misericórdia de Curitiba realizou, durante a semana, palestras, apre-sentação de dança do grupo da Associação Paranaense de Portadores de Parkinson, acolhida aos familiares dos colaboradores e rodas de conversas.

O Hospital Universitário do Cajuru pro-moveu blitz para divulgar a humanização no hospital. A abordagem, realizada com os colaboradores de todos os setores e de todos os turnos, foi feita com músicas e pa-ródias que envolviam o tema.

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Cinema pensante na uNIICA

hospital Maternidade Alto Maracanã promove discussão sobre gravidez na adolescência

hMC, hospital padrão FIFA

A UNIICA utiliza a sétima arte como terapia para pa-cientes com doenças men-tais. Depressão, transtornos obsessivos e consumo ex-cessivo de drogas e álcool são os temas tratados no grupo de Cinema e Psiquia-tria da clínica. O projeto tem o objetivo de promover o en-tendimento e enfrentamento das doenças acometidas pelos pacientes assistidos, e oferece informações teóri-cas e práticas por meio de sessões de filmes.

O Hospital Maternidade Alto Maracanã e a Gerência de Humani-zação do Grupo Marista promoveram o Seminário Interdisciplinar de Promoção à Saúde – Gravidez na Adolescência. No evento, estavam presentes o Dr. Nelson Arns Nemann, coordenador inter-nacional da Pastoral da Criança e filho da missionária e fundado-ra da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann, a conferencista Neilza Costa, assistente social da ONG World Vision International, Sabrina Tanaka, representando o HMAM e a Gerente de Humani-zação do Grupo Marista, Vanessa Ruthes.

O seminário, que aconteceu na PUCPR, discutiu o impacto da gravidez na adolescência no país, em Curitiba e Região Metropoli-tana, e foram apresentados dados inéditos sobre o tema.

O Hospital Marcelino Champagnat se preparou para rece-ber os turistas estrangeiros durante o período da Copa.

Com o objetivo de conhecer as necessidades dos visitan-tes, o hospital recebeu a visita de alguns consulares. Gerard Woodward, Diretor executivo e gestor de crises e planos de contingências, do consulado australiano, foi o primeiro a co-nhecer o HMC. Representando o Canadá, Derrick Fredericks, Christian Wielan e Thomas Antaliffe, oficiais especialistas em situações de emergência do consulado canadense, também visitaram as instalações do hospital. Além disso, o Diretor--Geral, Claudio Lubascher, apresentou o HMC para o Adido Médico do Consulado dos Estados Unidos, Philip B. Nelson.

Saturino Hernando Gordo, cônsul da Espanha, e sua filha e vice-cônsul, Blanca Hernando Barco, também estiveram no hospital.

29JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 30: Presença Marista -  julho 2014

por andrea Koppe, presidente da universidade livre para eficiência Humana | www.unilehu.org.br

carreira

Inclusão sem

GAFEMuita gente tropeça na falta de infor-

mação quando o assunto é o tratamento mais adequado para pessoas com de-ficiência. Conheça nossas dicas e sai-ba como agir com colegas que tenham alguma deficiência.

Desde que a Lei nº 8.213/1991 foi cria-da, obrigando as empresas com mais de 100 funcionários a destinarem vagas espe-cíficas para pessoas com deficiência, mui-ta coisa aconteceu. Atualmente, em torno de 500 mil trabalhadores com deficiência estão no mercado de trabalho em todo o Brasil.

Embora tenhamos esse contingente de trabalhadores com deficiência, na maior parte das vezes, as empresas não estão devidamente preparadas para recebê-los, pois não é só uma questão de adapta-ção do espaço físico. É necessária toda uma mudança de cultura no trato com o funcionário, o que não acontece sem o preparo adequado.

No entanto, ainda existe muita dúvida a respeito do tratamento que devemos dar a essas pessoas e o medo de errar assombra colegas e gestores. Por isso, preparamos algumas dicas que ajudarão nesse processo.

Como devo Chamar?

Ao contrário do que muitos pensam, você não deve dizer “portador de deficiên-cia” ou “portador de necessidades espe-ciais”. No lugar desses termos, prefira usar o termo “pessoa com deficiência” (física, auditiva, visual ou intelectual), que hoje é mundialmente aceito. Os termos ”cego” e “surdo” podem ser utilizados sem proble-mas, mas jamais utilize termos pejorativos ou depreciativos, como “deficiente”, “alei-jado”, “inválido” etc.

Como devo agir com pessoas com:

deFICIÊNCIa FÍSICa

•Se a pessoa está em cadeira de rodas e a conversa for longa, se for possível, pro-cure sentar, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível.

•Não se apoie na cadeira de rodas, pois assim você está invadindo o espaço dela.

•Se for empurrar a cadeira de rodas, faça com todo o cuidado.

•Se achar que a pessoa está com dificul-dades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve proceder. As pes-soas têm suas técnicas individuais para subir escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até atrapalhar.

•Não se acanhe em usar termos como “andar” e “correr”. As pessoas com de-ficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.

deFICIÊNCIa vISUaL

•A primeira forma de aproximação de um cego é fazer contato verbal. Pode tocá--lo, se for o caso. Ao afastar-se, dê um toque para avisar que vai se distanciar, evitando deixá-lo falando sozinho.

•Nunca ajude sem perguntar se a pessoa precisa de ajuda. Pergunte como fazê-lo. Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu coto-velo dobrado. Ela acompanhará o movi-mento do seu corpo enquanto você vai andando. Em um corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar se-guindo você.

•É sempre bom avisar, antecipadamente, sobre a existência de degraus, pisos es-corregadios, buracos e outros obstácu-los durante o trajeto.

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Page 31: Presença Marista -  julho 2014

•Aoexplicardireções,sejaomaisclaroeespecífi-copossível.Depreferência,indiqueasdistânciasemmetros:“uns20metrosànossafrente”.Quan-doforseafastar,avisesempre.

•Fiqueàvontadeparausarpalavrascomo“veja”e“olhe”,poisaspessoascomdeficiênciavisualempregamessasexpressõescomnaturalidade.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA•Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo.Muitas pessoas surdas não falam porque nãoaprenderam a falar. Algumas fazem a leitura la-bial,outrasnão.

•Aofalarcomumapessoasurda,aceneparaelaoutoquelevementeemseubraço,paraqueelavolteaatençãoparavocê.Posicione-sedefren-te para ela, deixando a boca visível de forma apossibilitaraleituralabial.Evitefazergestosbrus-cosousegurarobjetosem frentedaboca.Faledemaneiraclara,pronunciandobemaspalavras,massemexageros.Useasuavelocidadenormal,anãoserquelhepeçamparafalarmaisdevagar.

•Enquantoestiverconversando,mantenhasempreocontatovisual.Sevocêdesviaroolhar,apessoasurdapodeacharqueaconversaterminou.

•Mesmo que pessoa surda esteja acompanhadade um intérprete, dirija-se a ela, e não ao intér-prete.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL•Vocêdeveagirnaturalmenteaosedirigiraumapessoacomdeficiênciaintelectual.

•Trate-acomrespeitoeconsideração.Seforumacriança,trate-acomocriança.Seforadolescente,trate-a como adolescente e, se for uma pessoaadulta,trate-acomotal.

•Nãoaignore.Cumprimente-aedespeça-sedelanormalmente,comofariacomqualquerpessoa.

•Dê-lheatenção,converseeverácomopodeserdivertido.Sejanatural.Digapalavrasamistosas.

•Nãosuperprotejaapessoacomdeficiênciainte-lectual.Deixequeelafaçaoutentefazersozinhatudooquepuder.Ajudeapenasquandoforreal-mentenecessário.

(fonte:SiteCâmaradosDeputados)

QuEM é A uNIvErSIDADE lIvrE pArA EFICIÊNCIA huMANA (uNIlEhu)Com 10 anos de trabalho, a Universidade Livre para a Eficiência Humana Unilehu (www.unilehu.org.br) é uma organização do terceiro setor, fundada em 2004, com a titulação de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que tem por objetivo principal mobilizar os três setores da sociedade para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

31JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 32: Presença Marista -  julho 2014

Faça você mesmo

FiltroDOS SONHOS

Você vai precisar de uma argola de silicone do tamanho de sua prefe-rência, barbante encerado colorido e miçangas, pedrinhas ou penas. Tudo isso você encontra em lojas de armarinhos.

Faça uma parábola (algo como o formato da letra “U”) com o barbante e passe o resto da linha por dentro desta parábola. Então puxe até que a linha trave na argola. Repita a opera-ção até completar a volta e dê um nó.

quando chegar próximo ao miolo, dê um nó cego para travar o barbante. Em outro pedaço da linha, insira algumas miçangas e amarre as duas pontas no miolo do seu filtro dos sonhos.

Dica: Você pode fazer o seu filtro dos sonhos com cipó. Basta encontrar na natureza um pedaço ideal para criar uma circunferência. A quantidade de barbante varia de acordo com o tamanho da argola que você escolher. Nesse caso, a argola tem 35 centímetros de circunferência e foram usados três metros de barbante.

Pegue a argola e o barbante e dê dois nós, de maneira que trave o barbante.

Após completo, repita a operação de passar a linha por dentro de novas parábolas. Porém, dessa vez, faça a operação passando o barbante pelo meio das linhas que você fez no pro-cesso anterior.

Ao finalizar o filtro, pegue um pedaço de barbante e insira as miçangas, as pedrinhas e os enfeites que desejar. Dê um nó em uma das pontas e na outra amarre junto ao filtro. Repita na outra extremidade para ornamentar e pendurá-lo.

Fazer artesanato não precisa ser tão difícil quanto parece. Com boas dicas e dedicação, você pode criar um ornamento para sua casa e, até mesmo, gerar uma renda extra. Para ensinar a confecção do “filtro dos sonhos”, a estudante do curso de Ciências Sociais da PUCPR, Amanda Viola Fontinha, realizou uma oficina de artesanato durante a Feira de Economia Solidária, realizada pela Rede Marista de Solidariedade (RMS). Confira o passo a passo.

voCÊ tAMbéM QuEr CoMpArtIlhAr SuAS hAbIlIDADES CoM oS ColEGAS NAS próxIMAS EDIçõES? Mande um email para: [email protected].

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por JulIo GlodZIenSKI

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Page 33: Presença Marista -  julho 2014

seu talento

Guilherme Jabbour bassit, de sete anos, é filho da colaboradora Catherine Jab-bour Bassit, professora de Educação Infantil no Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo. Ao ganhar um kit de mágica, há três anos, o pequeno mostrou-se muito interes-sado, desvendando o segredo de algumas mágicas do kit. “Ele aprendeu sozinho a mágica de desprender uma argola da ou-tra, por exemplo, e na época, tinha apenas quatro anos e não sabia ler”, explica a mãe.

Guilherme desafia a todos: “Se você descobrir como se faz essa mágica eu te dou um prêmio”. Até hoje, ninguém ga-nhou nenhum prêmio, pois não descobri-ram a mágica. “Um bom mágico jamais

revela seus truques”, revela.A recompensa dele é observar a reação

das pessoas, dos colegas e dos professores. “Ele se diverte, carrega os truques no bolso e em qualquer ocasião toma a atenção”, conta Catherine.

A mágica mexe com a curiosidade do pe-queno, momento em que os pais aproveitam para incentivá-lo a desenvolver suas habili-dades de mágico e em outras áreas como a música e a arte, por exemplo. “Isso tem feito com que ele desenvolva a comunicação e fique desinibido”, explica a mãe, que ainda revela, “Nunca acertei uma mágica e por isso não sei qual o prêmio que ele oferece a quem acerta”.

Abracadabra

CoMpArtIlhE o tAlENto Do SEu FIlho NAS próxIMAS EDIçõES. Mande um email para: [email protected]

por JulIo GlodZIenSKI

Guilherme mostra seus truques para o irmão Felipe

33JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 34: Presença Marista -  julho 2014

na estradapor JulIo GlodZIenSKI

A professora Marilda Spínola Soares, do Colégio Marista de Goiânia, desenvolveu durante as aulas de Geografia, com seus alunos do Ensino Fundamental II, uma dinâmica de reconhecimento da organização e formação social de centros urbanos. Como atividade prática, foi realizado um tour pelas ruas da cidade de Goiânia, Goiás, que resultou em dicas de lugares que valem a pena ser visitados.

parque Municipal FlamboyantÉ o principal cartão-postal da cidade, inaugurado em setembro de 2007. Além da pista para caminhada, ciclovia e parque infantil, reserva lagos, pontes de madeira, mirante, jardim japonês, quiosques com água de coco e sorvetes, que formam um lugar ideal para relaxar ouvindo o canto dos pássaros e contemplando a paisagem.

bosque dos buritisLocalizado no Centro da cidade, é o parque mais antigo de

Goiânia. Há muitas árvores, pássaros, lagos com cascata, tartarugas, peixes e patos. Muitas pessoas fazem caminhada

nesse local. É ideal para ler um bom livro, aproveitando a sombra das árvores e a tranquilidade do lugar.

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Porque vale a pena visitar Goiânia

Mercado Central de Goiânia Localizado no coração da cidade, possui

importância histórica e econômica. Há várias lojas interessantes, onde se pode saborear um delicioso e tradicional empadão goiano

e outras delícias da culinária local. Tem licor de pequi, doces cristalizados, entre outras

iguarias. Vale a pena conferir.

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Porque vale a pena visitar Goiânia Museu Memorial do Cerrado

Em 2008, foi eleito o local mais bonito da cidade. É um complexo cultural, pertencente à Pontifícia Universidade Católica de Goiás, que reúne espaços que representam diversas formas de ocupação encontradas no Cerrado, além de ilustrar o relacionamento da natureza e da sociedade.

parque AreiãoÉ uma Área de Preservação Ambiental, com vegetação do Cerrado e fauna nativa, localizada no Setor Marista.

Chama a atenção de quem passa por perto, pela quanti-dade de macacos e aves que existe nesse lugar. O local

possui a Vila Ambiental destinada ao estudo do meio, além de um teatro de arena, todo montado com bambus

e outros recursos. É um ótimo lugar para visitar no final da tarde e para saborear um delicioso caldo de cana.

parque MutiramaÉ um enorme parque de diversão, com inúmeros brinquedos. Conta com réplicas de dinossauros que chamam a atenção de quem passa por perto. O local, que pertence à Prefeitura de Goiânia, fica localizado no centro da cidade e tem capacidade para receber 30 mil pessoas. Foi inaugurado no final da década de 1960, mas ainda conquista a atenção e deslumbra todos com tamanha variedade.

praça Dr. pedro ludovico teixeira, ou praça CívicaÉ o marco inicial da construção de Goiânia. Há o Palácio

das Esmeraldas, que é a sede do governo do Estado e resi-dência do governador, além de outros prédios públicos. Há

também o Monumento às Três Raças; o Museu Zoroastro Artiaga, que conta a história de Goiânia; a Biblioteca Mu-

nicipal; o cinema e o coreto. Os prédios foram construídos no estilo art déco, muito em voga na época da construção de Goiânia. Essa praça e vários prédios do centro da cida-

de foram tombados como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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nossa Gentepor JulIo GlodZIenSKI

que inspiramAçõesCOLABORADORA TROCOU A CARREIRA DE BANCÁRIA PELA JARDINAGEM PARA ENCONTRAR A AUTORREALIZAçãO E O AMOR PELO TRABALHO

Quem caminha pelos jardins do Grupo Marista nem imagina quanta história as mãos que os constroem guardam. É neles que encontramos a paixão da Maria Varlene Kuhn, supervisora de Jardinagem e Paisagis-mo, sempre atenta e disposta a embelezar cada peda-cinho de terra que encontra. “Conheço as peculiarida-des de cada cantinho desses jardins, revela Val, como é conhecida, em meio a sorrisos de satisfação.

Porém, esse prazer de trabalhar com jardinagem não fazia parte da rotina da ex-bancária. “Parece meio absurdo, né? Imaginar que eu larguei tudo para trabalhar com jardins”, comenta, dando risada ao resgatar nostalgicamente a história que você vai ler agora.

Nascida em Manaus, no Ama-zonas, de família simples, aos 18 anos, queria superar as dificulda-des financeiras que encontrava em casa e começou suas ativida-des como caixa de um banco da

região. Não demorou a assumir a supervisão da Te-souraria. Devido ao seu empenho, assumiu a missão de viajar pelo país, implantando novas agências. Foi quando veio transferida para uma agência de Curitiba, onde conheceu seu marido.

Quando percebeu que suas amizades não passa-vam de clientes em potencial, viu a infelicidade que a carreira lhe trouxe. “Perdi a essência da vida e o que me restou foi meu marido, velhos amigos e alguns fa-miliares”, completa. O conflito interno, aliado ao sonho

de viajar, fez Val se tornar inter-cambista, uma experiência que lhe rendeu um ano na Itália, tra-balhando em casas de famílias, e três anos trabalhando com serviços gerais e atendendo ou-tros intercambistas na Sparsholt College, uma universidade em Winchester, na Inglaterra.

De volta ao Brasil, em 2004, e com um currículo muito mais

“Simplesmente troquei o salto alto

por uma bota de borracha.”

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Maria Varlene Kuhn deixou os escritórios para trabalhar em meio à natureza

36 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

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rico, já formada em Matemática, Economia e Magis-tério Superior, assumiu o cargo de supervisora em uma transportadora de valores. “Voltei a ter muitos funcionários, era responsável por milhões de reais e, em quatro anos, percebi que, em busca de conforto, eu não tinha mais tempo para mim. Tudo aquilo de que tentei fugir, ao fazer o intercâmbio em 2000, tinha voltado”, conta.

quatro anos mais tarde, veio a decisão de se afas-tar definitivamente da rotina profissional que levava. Foi assumindo a administração do condomínio em que morava que descobriu seu talento. “Ao me depa-rar com os altos custos investidos nos jardins, resolvi fazer pesquisas em floriculturas e um curso de jardi-nagem. Assim, assumi a jardinagem do condomínio e descobri o que eu queria”.

O encanto com os jardins do Grupo Marista a fi-zeram pedir uma chance para compor a equipe, em 2009. “Um desafio. Afinal, na época, o setor de jar-dinagem era composto apenas por homens”, lem-bra Val que, após muita insistência, conseguiu ser a primeira mulher do setor. “Não foi fácil. Eu queria mostrar que o trabalho feminino é diferente”. Em um suspiro, revela “simplesmente troquei o salto alto por uma bota de borracha”. Passou a ocupar o cargo de auxiliar de Manutenção da Jardinagem. A busca pelo conhecimento, as pesquisas na biblioteca e na inter-net, a realização de um curso técnico em Paisagismo e o bom desempenho na função logo lhe renderam

uma promoção a assistente de Manutenção da Jardi-nagem. O empenho era tamanho que criou os jardins internos dos blocos verde e azul da PUCPR – Câm-pus Curitiba com custo zero, reaproveitando todo o material e plantas de outros jardins.

Logo veio o convite para assumir seu cargo atual, supervisora de Jardinagem e Paisagismo, e a tarefa de administrar os jardins da PUCPR, do Hospital Cajuru, do Hospital Nossa Senhora da Luz, da Santa Casa, entre outros espaços da Instituição. E falando em ad-ministrar, ela define sua missão, “Minha função é, jun-to de minha equipe, manter tudo isso de forma linda para que todos contemplem, independente de cargo, aluno, paciente ou visitante, queremos proporcionar bem-estar”.

A realização pelo que faz é tanta que a supervisora quer sempre o melhor nos jardins e para seus colabo-radores. “Desenvolvemos com a gerência uniformes para a equipe, para que eles se sintam valorizados”. Outra diferença foi a incorporação de mais mão de obra feminina à equipe, tendo em vista que o trabalho masculino se completa com o trabalho feminino, que é mais delicado. “Para elas, decidi colocar chapéu, para que se sintam bem. São chapéus simples, mas com estilo. As pessoas até tiram fotos com elas por causa do uniforme e do chapéu”, completa Varlene. Para fi-nalizar, perguntamos: qual é sua profissão? “Sou pai-sagista de profissão e de coração”, encerra com um sorriso de satisfação e alegria.

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Parte da equipe feminina da Jardinagem

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vida de irmão

“Saltei de paraquedas a 3 mil metros de altitu-de”. Revela em um bate-papo o Ir. Alvanei Apare-cido Santana Finamor. quem faz uma breve visita ao seu perfil, na rede social Facebook, percebe que ele tem um jeito diferente de encarar a sua missão como Irmão Marista. “Um jeito alegre e jovem”.

Tudo começou aos 24 anos, na sua cidade natal, Fátima do Sul, no Mato Grosso do Sul, onde atuava na comunidade de Santa Luzia e posteriormente na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, desenvolven-do trabalhos com grupos de jovens. Foi quando em 1999, teve o primeiro contato com um Irmão Ma-rista, Genuir Fachi. “Ele apareceu na comunidade, se apresentou, era todo descolado, usava shorts e tênis, e não era um padre. Ele me deixou ‘incomo-dado’, pois percebi que poderia me dedicar mais ao trabalho com a juventude sendo Irmão”, conta Alvanei, na época, sapateiro.

“Ser Irmão, é ser chamado. Eu fui chamado por Deus por meio dos jovens”. Logo iniciou o Pré-Postulado, primeira etapa de preparação para ser Irmão. Lá, continuou sua atuação com a juventude, agora com o Ir. Genuir Fachi. Ser Irmão Maris-ta é tornar Jesus Cristo conhe-cido e amado pelas crianças e jovens. Para cumprir com a Missão, os Irmãos podem se especializar em diversas áreas acadêmicas.

“A essência é ser Irmão, mas podem ser diretores de colégios e unidades sociais;

por JulIo GlodZIenSKI

Irmão aventuraO Ir. AlvAneI FInAmOr esbAnjA dIspOsIçãO e mOstrA que A vIdA de um IrmãO mArIstA pOde Ir muItO Além dO sensO cOmum. O FAtO de ser cOnsAgrAdO nãO O Impede de levAr umA vIdA relIgIOsA encArAdA de um jeItO nOvO.

desenvolver trabalhos nas comunidades eclesiais, unidades sociais; ser professor, catequista e mis-sionário”. Mas Ir. Alvanei, ao fazer seus votos, em 2004, optou por algo diferente. “Sou um Irmão que gosta de viver intensamente cada momento da mi-nha vida. Por isso sou alegre, expansivo, apaixona-do pela vida e pelo trabalho com os jovens, mas se-guindo os pilares da vida religiosa Marista, que são: vivência comunitária, oração e trabalho apostólico”.

E se o chamarem de “senhor”? “Até aceito, mas mostro que não é necessário”. É quebrando para-digmas sobre a vida religiosa que Ir. Alvanei busca atrair a juventude, mostrando que ser Irmão Marista vai além de rezar. “Temos nossos momentos de ora-ção e reflexão, sim. E se queremos encantar os jo-vens, devemos fazer isso por meio do exemplo, ser-mos alegres, encantadores, estarmos de bem com

a vida”, aponta. O trabalho e o amor com os jovens justificam suas aventuras, como forma de mostrar que “a vida religio-sa pode ser encarada de uma maneira diferente, sem deixar de ser você mesmo”.

Aos 38 anos, Ir. Alvanei atua no setor de Vida Consagrada e Laicato, na Animação Voca-cional do Grupo Marista. Ele expressa todo o seu carisma e alegria com a vida consagrada de maneiras diferentes, atuan-do e sendo próximo à juventu-de. É fazendo suas aventuras que demonstra a alegria de ser Irmão Marista.

“Sou um irmão que gosta de viver

intensamente cada momento da minha

vida. por isso sou alegre, expansivo, apaixonado pela

vida e pelo trabalho com os jovens.”

38 Revista do gRupo maRista | JuL 2014

Page 39: Presença Marista -  julho 2014

Além dos padrões

A 200 km/h

“que adrenalina espetacular”. Foi esse o resul-tado de um salto de paraquedas que realizou no mês de maio, em Paranaguá. Foram mais de 3 mil metros de altitude a uma velocidade de aproxima-damente 200 km/h.

haja fôlego

quem disse que Irmão não faz acampamento? “Fazemos, e fazemos trilhas também”. Além de ter feito rafting e as rotineiras partidas de futebol com outros Irmãos, colaboradores e jovens, já esca-lou o maior pico da Região Sul do Brasil, o Pico Paraná, com mais de 1.800 metros de altitude. O preparo para tanta disposição vem de um “ritmo bacana de academia”. Sim, Irmão Marista também faz academia.

Aquecendo para mais aventuras

“Vou saltar de tirolesa em julho”. Um desafio, a exemplo dos outros, nada pequeno. A meta é en-frentar a tirolesa mais alta do Brasil, construída a uma altura de 220 metros, em Florianópolis, Santa Catarina. A aventura deve proporcionar uma des-cida de 653 metros de extensão em 90 segundos, a uma velocidade que vai de 40 km/h a 120 km/h. Aguenta coração!

Fã de Coldplay

Os gostos se estendem à leitura, música “da banda Coldplay, para ser mais específico”, e não dispensa um bom chimarrão. Faz parte de um gru-po de teatro espontâneo, gosta de cinema e de dançar. “Gosto de ver um bom filme, seja de ação, animação, drama e até romance”.

39JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

Page 40: Presença Marista -  julho 2014

entendendo a solidariedadepor JulIo GlodZIenSKI

Trilhas Incubadora Social

Você sabe o que é um Empreendimento Econô-mico Solidário? Os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) estão organizados sob forma de grupos informais, associações, cooperativas, em-presas autogestionárias ou clubes de trocas. Estão presentes nos setores primário, secundário e terci-ário da economia (agricultura, indústria e serviço). A diferença entre um EES e uma empresa tradicio-nal, como conhecemos, é a prática da autogestão, o exercício da democracia e o trabalho coletivo, colaborativo e solidário.

Seguindo essa proposta, a Rede Marista de Solidariedade lançou em maio a Trilhas Incuba-dora Marista, projeto focado no desenvolvimento e no acompanhamento de grupos de Economia Solidária. O lançamento aconteceu durante a Fei-ra de Economia Solidária, realizada no Câmpus da PUCPR, em Curitiba.

“A proposta da incubadora não é dar recursos, mas sim capacitar”, explica o Coordenador da Tri-lhas Incubadora Social e Assessor da Rede Ma-rista de Solidariedade, Marco Antônio Barbosa. O trabalho, segundo ele, torna essas comunida-des detentoras de um poder de transformação de suas realidades que, fortalecidas, exercem seus direitos de cidadania na busca por qualida-de e acesso às políticas públicas de Educação e Saúde, por exemplo. “Além disso, é importante no sustento da família, sendo muitas vezes a úni-ca renda da família”, completa Barbosa.

O atendimento, inicialmente, será a quatro Em-preendimentos Econômicos Solidários; em Curi-tiba, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais. Contemplará, por dois anos, aspectos e princípios da Economia Solidá-ria, como autogestão, produção coletiva, respeito ao meio ambiente, solidariedade, cooperação e comércio justo. “O intuito ao longo dos próximos dois anos é ampliar o número de grupos, área de atuação e público atendido”, aponta a Supervi-sora de Projetos da Incubadora Social PUCPR, Lourença Santiago.

O clube de trocas “Um Empreendimento Econô-mico Solidário”, de Curitiba, é um dos grupos que fará parte da incubadora. De acordo com a pro-fessora de artesanato, Claudia de Souza, o lucro proveniente do que é produzido representa a única fonte de renda dos participantes. “A oportunidade que a incubadora nos trará é uma realização. So-nhamos em ter uma etiqueta nos nossos produtos para colocá-los à venda”, explica. Tereza Oliveira, de 72 anos, está animada. “É uma terapia para nós, rende dinheiro, aprendemos muito e repassamos o conhecimento, mas queremos andar com nossas próprias pernas”, destaca a fundadora do grupo.

Todo o projeto prevê que essas pessoas se tor-nem autônomas. Para Dayse Farias, integrante do grupo “Fogo e Arte”, de São José dos Pinhais, a prática será construtiva para o fortalecimento do negócio. “O trabalho em grupo é bom, um ajuda o outro, e essa incubadora vai ajudar muito na co-mercialização e até para o grupo aprender a lidar com o mercado”, aponta a artesã.

O trabalho deve, portanto, beneficiar o todo, for-mando uma cadeia. Se um grupo faz cestas e o outro faz coelhinhos de pano, por que não montar uma cesta de Páscoa?”, exemplifica Barbosa. Ou seja, no fortalecimento de ações cooperadas, os grupos que trabalham com produtos feitos de pano podem comprar o tecido juntos. “A economia será muito maior pela grande escala da compra”, com-pleta o coordenador ao mostrar a importância e os benefícios que o projeto vai proporcionar.

A iniciativa é uma parceria da RMS com a PUCPR e foi viabilizada por meio da aprovação do projeto pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para implementação da Incuba-dora Social, que prevê a contribuição acadêmica da Instituição a partir da oferta de bolsas de graduação e pós-graduação. “Esse conhecimento acadêmico vai permitir que os grupos aprendam a administrar compras e vendas, até que possam seguir como um empreendimento”, explica Lourença.

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Economia SolidáriaAs Feiras de Economia

Solidária são ações de comercialização de produtos artesanais, ecologicamente corretos e decorativos, confeccionados por grupos atendidos pela Rede Marista de Solidariedade (RMS).

Incubadora SocialAs incubadoras sociais são

estruturas que assessoram empreendimentos provenientes de projetos sociais, dando a oportunidade para que se desenvolvam e saibam administrar seus recursos e vendas, além do trabalho cooperativo.

41JUL 2014 | Revista do gRUpo maRista

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caminhada do Grupopor Ir. dÉlcIo aFonSo BaleStrIn | presidente do Grupo marista

presença significativa: ser marista é inspirar pelo exemplo

A trajetória do Grupo Marista está marcada pela vivên-cia dos valores em atividades cotidianas. A simplicidade, o amor ao trabalho, a espiritualidade, a justiça, o espírito de família e a presença significativa configuram a base sólida sobre a qual estamos construindo a nossa história, sempre à luz da Missão Marista.

Em nossas frentes de atuação – Educação, Editorial, Saúde, Comunicação, Solidariedade e Negócios Suple-mentares – procuramos inspirar pessoas pelo exemplo. Estabelecemos uma relação de confiança e transparência com aqueles que nos rodeiam, procuramos ter uma postu-ra educadora, acolher as pessoas com respeito e praticar a escuta ativa sempre prezando pelo diálogo. Para nós, ser presença significativa é encontrar soluções diante dos obs-táculos, ser proativo e primar pela dimensão colaborativa.

Todos esses elementos vêm do legado de Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista. Ele foi o primei-ro a enxergar as necessidades da sociedade na qual estava inserido e remediá-las rapidamente. Soube ouvir atenta-mente o murmúrio de Deus na alma dos jovens e conse-guiu, em poucos anos e quase sempre sem meios, formar discípulos quase analfabetos em pedagogos intuitivos.

Champagnat sempre procurou disseminar a ideia de que as crianças e jovens aprendem mais com os olhos do que com os ouvidos. Em uma carta ao Ir. Barthélemy (Cham-pagnat, 1997, carta 14), ele afirmou que as atitudes dos Ir-mãos são responsáveis por pautar o comportamento dos estudantes. Sendo assim, no Grupo Marista nós acredita-mos que é vendo fazer o bem e recebendo bons exem-plos que se aprende a praticar a virtude e viver de manei-ra cristã. É dessa forma que estamos caminhando para avançar na nossa missão de formar cidadãos éticos, justos e solidários.

Somos presença significativa toda vez que encontramos estratégias para estimular a reflexão e o diálogo entre diver-sos públicos. Acreditamos que o exemplo de vida é o meio mais eficaz na construção de um ser humano pleno. Por isso, buscamos estar próximos das pessoas, valorizando e cultivando os laços de cuidado e ternura, e construindo uma sólida relação de confiança marcada por uma presen-ça atenta e acolhedora.

Estamos conscientes de que a excelência do trabalho que estamos realizando só está sendo alcançada pela combinação dos princípios e pela inspiração de Marcelino Champagnat. Ele é a nossa referência. Seu exemplo de vida move o Instituto Marista e a atuação de Irmãos, Leigos, Lei-gas e colaboradores. Vamos seguir sempre em frente, com o objetivo comum de ser presença significativa, ser exem-plo de atuação para a construção de um mundo melhor.

Somos presença significativa e acolhedora junto às pessoas, com disponibilidade, transparência, confiança, justiça, vivendo relações que testemunhem o cuidado e o respeito.

Parque Gráfico da FTD

Missão Universitária Henri Vergès

Hospital Marcelino Champagnat

Colégios Maristas

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Visitante que costuma aparecer próximo ao refeitório do Recanto Champagnat, ,estrutura para eventos pertencente ao Grupo Marista, em Florianópolis

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Itinerário de Preparação para o Capítulo ProvincialEmaús - Lc 24,13-35

“Caminhando com Cristo, descobrimos

a missão Marista.”

06 de junho

Dia de São

Marcelino

Champagnat

15 de agostoDia do

Marista

3 a 5 de

dezembro

Capítulo

Provincial