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Fotos: Nilson Figueiredo Amanda Amorim A troca de presentes natalinos é um costume antigo, mas já pensou em dar presentes e valorizar a cultura de Mato Grosso do Sul? No centro de Campo Grande, a Casa do Artesão conta com uma variedade de peças que podem se tornar ótimas opções de presentes e ainda ajudar a valorizar o trabalho de artistas da região. De acordo com a servidora que cuida do espaço, Ester Alves, mais de 350 artistas expõem suas peças de forma gratuita por lá. Porém, mesmo que com todo o trabalho para aumentar a visibilidade da classe, ainda falta a participação da população. Hoje, quem mais faz compras no Casa do Artesão são turistas, que buscam por peças regionais para levar como presentes após uma viagem. Então, aquelas peças que representam a fauna e a flora pantaneiras, como araras e a onça- pintada, normalmente são as mais procuradas. No entanto, existe uma variedade grande de peças à venda. “É preciso uma maior valorização da Casa. Quando se trata de turistas, o primeiro lugar que eles vêm é aqui, mas existem campo-grandenses que não sabem da existência e ficam surpresos quando chegam e encontram uma diversidade de obras tão grande”, pontuou. À venda, existem peças que variam de acordo com gosto e preço. São peças decorativas, religiosas, e que representam a cultura indígena das etnias terena e kadiwéu. Os kadiwéus, por meio da arte em cerâmica repassada entre gerações, expõem o grafismo com característica mais expressiva. Já os terenas têm como característica o avermelhado polido e o grafismo, que variam entre heranças deixadas por seus antecedentes e expressões criadas pelos artesãos. Os valores variam de R$ 5,50 (uma colher de madeira) a R$ 1,8 mil, valor de um dos bugrinhos da Conceição, que foi uma das primeiras artesãs do Estado. Após a morte dela, em 1984, o neto passou a produzir e dar continuidade ao trabalho. “Essa é uma das peças de maior representatividade para o Estado. Muita gente que vem de fora já conhece a história de Conceição e alguns até estranham a forma como é chamado, por achar que é algo pejorativo, mas não. É apenas a forma como Conceição batizou sua arte, aquele índio mestiço que existe em diversos cantos do país”, revelou Ester. História O prédio, quando foi construído, em 1918, funcionava como comércio e residência. Em 1924, o local foi transformado na primeira sede do Banco do Brasil. Já em 1939, passou a funcionar no prédio a Exatoria Estadual. Desde 1975, funciona no espaço a Casa do Artesão. Em 1994 o prédio foi tombado como Patrimônio Histórico Estadual. Colares – São produzidos com diferentes materiais e em diversos formatos. Os que são feitos de sementes possuem uma variedade de cores, alguns contam com pedraria, outros possuem cordões em couro e animais feitos em biscuit para representar a fauna sul-mato- grossense. Os valores variam de R$ 18 a R$ 55. Peças em madeira – A produção de utensílios em madeira também possui seu espaço dentro da Casa do Artesão. São colheres, molheiras, tábuas, petisqueiras, entre outras peças que possuem formatos de peixe, folhas, ou as opções tradicionais quadradas e redondas. Os preços variam de R$ 5,50 a R$ 78. Taboa O licor alcoólico tradicional de Bonito é uma opção de presente disponível na Casa do Artesão. A ideia é trazer a bebida tradicional da maior cidade turística do Estado para a Capital e facilitar o acesso de quem já foi até Bonito e quer relembrar o gosto marcante da Taboa. Para quem não conhece, é uma oportunidade que está bem pertinho. A garrafa de 320 ml sai por R$ 23,50. Doces regionais – Os tradicionais doces regionais não poderiam ficar de fora da seleção de presentes. Produzidos na Fazenda MH, em Anhanduí, doces de leite, de leite com chocolate e de abóbora são entregues semanalmente ou quinzenalmente, dependendo da demanda. Os potes com 700 gramas custam R$ 15,60. Bugrinhos de Conceição – As esculturas que representam os índios e a cultura sul-mato-grossense há décadas são uma opção para quem gosta de peças marcantes na decoração. A obra de Conceição, reconhecida em todo o Estado, continua viva pelas mãos do neto dela. Os bugrinhos variam de tamanho e preço. O mais barato custa R$ 39. Os que valorizam a cultura regional Natal Presentes de Casa do Artesão tem opções para quem quer levar um pouco de MS para dentro de casa maiores chegam a custar R$ 1,8 mil, mas também existem peças de valor intermediário (em torno de R$ 600). Mandalas – Opção para quem gosta de representações artísticas em quadros, as mandalas com seus desenhos e formatos registram toda a representatividade indígena. Disponíveis em vários formatos, os valores variam de R$ 144 a R$ 360. Pendentes e luminárias Montadas com materiais de madeiras flexíveis, como cipó, a peça é um charme para uma decoração mais rústica. Combinando com o ambiente interno e externo, pode ser uma boa opção de presente. Os modelos mais baratos saem por R$ 57 e os mais caros, a R$ 145. Flor de Xarés – Entre os artesanatos vendidos na Casa, a Flor de Xarés foi inspirada em uma lenda que fala sobre o amor, que venceu preconceitos e as dificuldades na região pantaneira. As flores, que são conhecidas por não perderem o encanto, custam entre R$ 26 e R$ 72. Imagens de santos Os tradicionais santinhos ganharam adereços especiais nas versões vendidas na Casa do Artesão. As imagens de São Francisco de Assis ganharam a companhia dos animais da fauna pantaneira, como araras, tucanos e tuiuiús. Os valores variam de R$ 30 a R$ 40. Esculturas – As índias feitas a partir do barro são parte da arte e cultura do Estado, que é o segundo com maior população indígena no Brasil. Junto das mulheres, vem a representação de alimentos típicos que eram cultivados e colhidos por elas. As peças custam entre R$ 55 e R$ 105. C1 Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 20 e 21 de dezembro de 2020 ARTES & LAZER

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Amanda Amorim

A troca de presentes natalinos é um costume antigo, mas já pensou em dar presentes e valorizar a cultura de Mato Grosso do Sul? No centro de Campo Grande, a Casa do Artesão conta com uma variedade de peças que podem se tornar ótimas opções de presentes e ainda ajudar a valorizar o trabalho de artistas da região.

De acordo com a servidora que cuida do espaço, Ester Alves, mais de 350 artistas expõem suas peças de forma gratuita por lá. Porém, mesmo que com todo o trabalho para aumentar a visibilidade da classe, ainda falta a participação da população.

Hoje, quem mais faz compras no Casa do Artesão são turistas, que buscam por peças regionais para levar como presentes após uma viagem. Então, aquelas peças que representam a fauna e a flora pantaneiras, como araras e a onça-pintada, normalmente são as mais procuradas. No entanto, existe uma variedade grande de peças à venda.

“É preciso uma maior valorização da Casa. Quando se trata de turistas, o primeiro lugar que eles vêm é aqui, mas existem campo-grandenses que não sabem da existência e ficam surpresos quando chegam e encontram uma diversidade de obras tão grande”, pontuou.

À venda, existem peças que variam de acordo com gosto e preço. São peças decorativas, religiosas, e que representam a cultura indígena das etnias terena e kadiwéu. Os kadiwéus, por meio da arte em cerâmica repassada entre gerações, expõem o grafismo com característica mais expressiva. Já os terenas têm como característica o avermelhado polido e o grafismo, que variam entre heranças deixadas por seus antecedentes e expressões criadas pelos artesãos.

Os valores variam de R$ 5,50 (uma colher de madeira) a R$ 1,8 mil, valor de um dos bugrinhos da Conceição, que foi uma das primeiras artesãs do Estado. Após a morte dela, em 1984, o neto passou a produzir e dar continuidade ao trabalho.

“Essa é uma das peças de maior representatividade para o Estado. Muita gente que vem de fora já conhece a história de Conceição e alguns até estranham a forma como é chamado, por achar que é algo pejorativo, mas não. É apenas

a forma como Conceição batizou sua arte, aquele índio mestiço que existe em diversos cantos do país”, revelou Ester.

História O prédio, quando foi construído,

em 1918, funcionava como comércio e residência. Em 1924, o local foi transformado na primeira sede do Banco do Brasil. Já em 1939, passou a funcionar no prédio a Exatoria Estadual. Desde 1975, funciona no espaço a Casa do Artesão. Em 1994 o prédio foi tombado como Patrimônio Histórico Estadual.

Colares – São produzidos com diferentes materiais e em diversos formatos. Os que são feitos de sementes possuem uma variedade de cores, alguns contam com pedraria, outros possuem cordões em couro e animais feitos em biscuit para representar a fauna sul-mato-grossense. Os valores variam de R$ 18 a R$ 55.

Peças em madeira – A produção de utensílios em madeira também possui seu espaço dentro da Casa do Artesão. São colheres, molheiras, tábuas, petisqueiras, entre outras peças que possuem formatos de peixe, folhas, ou as opções tradicionais quadradas e redondas. Os preços variam de R$ 5,50 a R$ 78.

Taboa – O licor alcoólico tradicional de Bonito é uma opção de presente disponível na Casa do Artesão. A ideia é trazer a bebida tradicional da maior cidade turística do Estado para a Capital e facilitar o acesso de quem já foi até Bonito e quer relembrar o gosto marcante da Taboa. Para quem não conhece, é uma oportunidade que está bem pertinho. A garrafa de 320 ml sai por R$ 23,50.

Doces regionais – Os tradicionais doces regionais não poderiam ficar de fora da seleção de presentes. Produzidos na Fazenda MH, em Anhanduí, doces de leite, de leite com chocolate e de abóbora são entregues semanalmente ou quinzenalmente, dependendo da demanda. Os potes com 700 gramas custam R$ 15,60.

Bugrinhos de Conceição – As esculturas que representam os índios e a cultura sul-mato-grossense há décadas são uma opção para quem gosta de peças marcantes na decoração. A obra de Conceição, reconhecida em todo o Estado, continua viva pelas mãos do neto dela. Os bugrinhos variam de tamanho e preço. O mais barato custa R$ 39. Os

que valorizam a cultura regional

NatalPresentes de

Casa do Artesão tem opções para quem quer levar um pouco de MS para dentro de casa

maiores chegam a custar R$ 1,8 mil, mas também existem peças de valor intermediário (em torno de R$ 600).

Mandalas – Opção para quem gosta de representações artísticas em quadros, as mandalas com seus desenhos e formatos registram toda a representatividade indígena. Disponíveis em vários formatos, os valores variam de R$ 144 a R$ 360.

Pendentes e luminárias – Montadas com materiais de madeiras flexíveis, como cipó, a peça é um charme para uma decoração mais rústica. Combinando com o ambiente

interno e externo, pode ser uma boa opção de presente. Os modelos mais baratos saem por R$ 57 e os mais caros, a R$ 145.

Flor de Xarés – Entre os artesanatos vendidos na Casa, a Flor de Xarés foi inspirada em uma lenda que fala sobre o amor, que venceu preconceitos e as dificuldades na região pantaneira. As flores, que são conhecidas por não perderem o encanto, custam entre R$ 26 e R$ 72.

Imagens de santos – Os tradicionais santinhos ganharam adereços especiais nas versões

vendidas na Casa do Artesão. As imagens de São Francisco de Assis ganharam a companhia dos animais da fauna pantaneira, como araras, tucanos e tuiuiús. Os valores variam de R$ 30 a R$ 40.

Esculturas – As índias feitas a partir do barro são parte da arte e cultura do Estado, que é o segundo com maior população indígena no Brasil. Junto das mulheres, vem a representação de alimentos típicos que eram cultivados e colhidos por elas. As peças custam entre R$ 55 e R$ 105.

C1Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 20 e 21 de dezembro de 2020ARTES&LAZER