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01/04/2016 Iagente Mail V3 http://www.iagentemail.com.br/v3/index.php?a=Ylc5a2RXeHZKVE5FYldWdWMyRm5aVzV6SlRJMmNHRm5hVzVoSlRORWJXVnVjMkZuWlc1elgyUm… 1/3 Nº 025 1º de abril de 2016 Presidente da ADUFRGSSindical apresenta reflexão da Diretoria durante o painel “Democracia e Estado de Direito” Na tarde de ontem (31/03), a reitoria da UFRGS, com o apoio da ADUFRGSSindical (Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul), da Assufrgs (Associação dos Servidores da UFRGS), da UFCSPA, do IFRS e da APG (Associação de Pós graduandos da UFRGS), promoveu o painel Democracia e Estado de Direito. Participaram da atividade o professor do Departamento de Sociologia, José Vicente Tavares dos Santos, o professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais, Flávio Fligenspan e o professor do Departamento de Ciência Política, André Marenco. Também compuseram a mesa a presidente daADUFRGSSindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, a coordenadorageral da Assufrgs, Mariane Quadros e o coordenador da APG, Guilherme Rolim. A mediação foi feita pelo vicereitor Rui Vicente Oppermann. Na abertura da mesa, Oppermann enfatizou a natureza acadêmica do evento: um espaço de debate, de diálogo e de reflexão sobre a situação do País. “São vários olhares, vários atores. Independente da posição política pessoal, é uma oportunidade para refletir e construir nossos argumentos.” O vicereitor leu a moção da Andifes sobre os acontecimentos recentes, subscrita pelo Conselho Universitário (Consun) e enfatizou: “É um momento em que a academia deve se posicionar”. A presidente da ADUFRGSSindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, imediatamente após os pronunciamentos dos painelistas convidados apresentou a reflexão da Diretoria do Sindicato, cuja íntegra pode ser lida abaixo e está disponível no www.adufrgs.org.br

Presidente da ADUFRGSSindical apresenta reflexão da ... · Diretoria durante o painel “Democracia e Estado de ... Passamos pela eleição indireta de um presidente que não tomou

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01/04/2016 Iagente Mail V3

http://www.iagentemail.com.br/v3/index.php?a=Ylc5a2RXeHZKVE5FYldWdWMyRm5aVzV6SlRJMmNHRm5hVzVoSlRORWJXVnVjMkZuWlc1elgyUm… 1/3

Nº 025 ­ 1º de abril de 2016

Presidente da ADUFRGS­Sindical apresenta reflexão daDiretoria durante o painel “Democracia e Estado de Direito”

Na tarde de ontem (31/03), a reitoria da UFRGS, com o apoio da ADUFRGS­Sindical (SindicatoIntermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul), daAssufrgs (Associação dos Servidores da UFRGS), da UFCSPA, do IFRS e da APG (Associação de Pós­graduandos da UFRGS), promoveu o painel Democracia e Estado de Direito.

Participaram da atividade o professor do Departamento de Sociologia, José Vicente Tavares dos Santos, oprofessor do Departamento de Economia e Relações Internacionais, Flávio Fligenspan e o professor doDepartamento de Ciência Política, André Marenco. Também compuseram a mesa a presidentedaADUFRGS­Sindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, a coordenadora­geral da Assufrgs, MarianeQuadros e o coordenador da APG, Guilherme Rolim. A mediação foi feita pelo vice­reitor Rui VicenteOppermann.

Na abertura da mesa, Oppermann enfatizou a natureza acadêmica do evento: um espaço de debate, dediálogo e de reflexão sobre a situação do País. “São vários olhares, vários atores. Independente daposição política pessoal, é uma oportunidade para refletir e construir nossos argumentos.” O vice­reitorleu a moção da Andifes sobre os acontecimentos recentes, subscrita pelo Conselho Universitário (Consun)e enfatizou: “É um momento em que a academia deve se posicionar”.

A presidente da ADUFRGS­Sindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, imediatamente após ospronunciamentos dos painelistas convidados apresentou a reflexão da Diretoria do Sindicato, cuja íntegrapode ser lida abaixo e está disponível no www.adufrgs.org.br

01/04/2016 Iagente Mail V3

http://www.iagentemail.com.br/v3/index.php?a=Ylc5a2RXeHZKVE5FYldWdWMyRm5aVzV6SlRJMmNHRm5hVzVoSlRORWJXVnVjMkZuWlc1elgyUm… 2/3

Reflexão da Diretoria da ADUFRGS­Sindical

“Nestas três décadas de retomada da democracia, os brasileiros vêm lutando continuamente para o seuaprimoramento – não sem percalços, inúmeras dificuldades e muitos desafios.

Passamos pela eleição indireta de um presidente que não tomou posse diante da sua morte, em 1985;pelo impeachment de outro, em 1992, e por sete planos econômicos: os Planos Cruzados 1 e 2, em 1986,o Plano Bresser, em 1987, o Plano Verão, em 1989 – quando a inflação, ao final daquele ano alcançou acifra astronômica de 1.972% – , os Planos Collor 1 e 2 em 1990 e 1991, respectivamente, e por fim oPlano Real, em 1994. Também aprovamos uma nova Constituição para o País, em 1988, que apelidamosde Constituição Cidadã.

Nesta curta e densa jornada conquistamos grandes avanços sociais – controlamos a inflação, diminuímosa pobreza, universalizamos o acesso da população à escola, reduzimos o analfabetismo e criamos oSistema Único de Saúde (SUS).

Ampliamos de forma vigorosa o número de agremiações partidárias; centrais sindicais e de sindicatos detrabalhadores, bem como de associações profissionais, estudantis, de moradores de bairros e vilas – quepassaram a expressar formas diversas de organização da população e ganharam relevo nesse novocenário, passando a atuar de forma propositiva pela ampliação dos ganhos sociais.

Movimentos populares tais como Movimento dos Sem Terra e dos Sem Teto, entre outros, marcaramsuas presenças. Esse conjunto de instituições se fortaleceu na medida em que recrudesceram os conflitosdiante das contradições entre os diferentes interesses presentes na sociedade.

Não poucas vezes a população saiu às ruas por diferentes reivindicações, ora de cunho econômico orapolítico.

A consolidação do estado de direito, que se consubstancia a partir do protagonismo dos cidadãos, exige ofortalecimento das instituições da República que passou a ser uma das bandeiras centrais noaprimoramento da democracia.

Os poderes da República: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, são permanentemente instados a sefazerem presentes na busca da solução das divergências, muitas inconciliáveis.

Nesse pano de fundo ganham força as denúncias de corrupção. São tantas e de tamanha repercussãoque passa a sensação de que o Estado brasileiro foi tomado por facções criminosas que disputam oproduto do roubo.

A corrupção não é estranha à história brasileira. A novidade é a crescente percepção de que ela deva sercombatida.

É a negação da dicotomia do “rouba, mas faz” versos “rouba e não faz” e sua substituição pelo “Faça enão roube” caso contrário vai para cadeia. Nesta luta encontramos o ladrão que grita “pega ladrão”.Encontramos os oportunistas de plantão. Aqueles que se auto intitulam como pilar da honestidade.Aqueles que minimizam a gravidade do delito. Aqueles que acham que todo político é desonesto e deveser exterminado. Outros, ainda que poucos, que acreditam que apenas uma ditadura (de esquerda ou dedireita) salvará a nação.

O povo está nas ruas. Isto é o ponto crucial e rico do momento brasileiro. Não importa que o País estejadividido. Importa que esteja mobilizado. Quanto mais, melhor. Menor o risco de golpismos e maior achance de soluções negociadas dentro dos marcos legais.

Se há possibilidade de consenso entre a maioria absoluta da população que sai às ruas, não importa secontra ou a favor do governo, este consenso é pela defesa da democracia e pela rejeição e condenação àcorrupção como prática corriqueira.

Há que se reforçar as ações de combate à corrupção. Há que se exigir o julgamento e condenação doscorruptos, sem exceção, dentro e fora do governo, em qualquer um dos poderes da República.

O Legislativo deve cumprir seu papel na medida em que expressa a diversidade presente no povobrasileiro. Não pode se furtar da responsabilidade de buscar a superação da crise, dando vazão aospleitos da sociedade.

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A “judicialização” da política não a ajuda, ao contrário, enfraquece. O Judiciário tem papel fundamentalna observação dos marcos legais que regem o Estado brasileiro. Devem aqueles que lá militam, por deverde ofício, primar pelo respeito estrito à lei e atuar para não permitir o uso político de suas instâncias.

Estabelecido estes princípios como norteador de nossa democracia, unimo­nos. Reforçar as instituiçõesimplica no respeito à vontade da sociedade.

Ninguém é eleito com a autorização para desrespeitar a lei. Se caracterizada a fraude, há que serafastado. Mas ninguém, não eleito, poderá entender que diante de determinada contingência poderáexercer o mando que não lhe foi concedido.

Todas as entidades representativas da sociedade, que tenham como compromisso a democracia, devemestar alertas para impedir qualquer tipo de golpe. Seja para retirar do governo quem legitimamente foieleito, sem que se constituam as bases materiais exigidas para fazê­lo e, tampouco, seja opondo­se àstentativas de minimizar as consequências dos gigantes prejuízos à sociedade, decorrentes dos inúmeroscasos de desvios de dinheiro público e corrupção que envolvem setores do próprio governo e doLegislativo.

O poder emana do povo e em seu nome será exercido. Só o povo tem o direito de decidir, sejadiretamente, por meio do voto, por meio da pressão das ruas, seja por meio de suas representaçõespolíticas ou associativas. Para isso lutamos tanto para tê­las. A democracia é o nosso maior valor. Ademocracia e o estado de direito. Sem corrupção.”

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Palavras­chaves: Democracia. Estado de Direito. Reflexão. Diretoria. ADUFRGS­Sindical.