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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Ordem de Serviço: 201407957 Município/UF: Maranguape/CE Órgão: MINISTERIO DA SAUDE Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo ou Concessão Unidade Examinada: MARANGUAPE - PREFEITURA MUNICIPAL DE MARANGUAPE Montante de Recursos Financeiros: R$ 360.000,00 Prejuízo: R$ 65.666,78 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 09 de julho de 2014, sobre a aplicação dos recursos do programa 2015 - Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) / 12L5 - Construção e Ampliação de Unidades Básicas de Saúde - UBS no município de Maranguape/CE. A ação fiscalizada destina-se a verificar se o agente municipal adquire os serviços de engenharia e conduz os contratos de maneira eficaz, eficiente e efetiva e de acordo com as normas previstas. 2. Resultados dos Exames Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito de tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela forma de monitoramento a ser realizada por esta Controladoria. 2.1 Parte 1 Nesta parte serão apresentadas as situações evidenciadas que demandarão a adoção de medidas preventivas e corretivas por parte dos gestores federais, visando à melhoria da execução dos Programas de Governo ou à instauração da competente tomada de contas especiais, as quais serão monitoradas pela Controladoria-Geral da União.

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

Ordem de Serviço: 201407957 Município/UF: Maranguape/CE Órgão: MINISTERIO DA SAUDE Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo ou Concessão Unidade Examinada: MARANGUAPE - PREFEITURA MUNICIPAL DE MARANGUAPE Montante de Recursos Financeiros: R$ 360.000,00 Prejuízo: R$ 65.666,78 1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 09 de julho de 2014, sobre a aplicação dos recursos do programa 2015 - Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) / 12L5 - Construção e Ampliação de Unidades Básicas de Saúde - UBS no município de Maranguape/CE. A ação fiscalizada destina-se a verificar se o agente municipal adquire os serviços de engenharia e conduz os contratos de maneira eficaz, eficiente e efetiva e de acordo com as normas previstas.

2. Resultados dos Exames Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito de tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela forma de monitoramento a ser realizada por esta Controladoria.

2.1 Parte 1 Nesta parte serão apresentadas as situações evidenciadas que demandarão a adoção de medidas preventivas e corretivas por parte dos gestores federais, visando à melhoria da execução dos Programas de Governo ou à instauração da competente tomada de contas especiais, as quais serão monitoradas pela Controladoria-Geral da União.

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2.1.1 Prejuízo no valor de R$ 12.524,05, por serviços executados em desacordo com as especificações pactuadas. Fato Outra constatação oriunda da inspeção física à obra de construção da Unidade Básica de Saúde UBS – Prourb - Antônio Gonçalves Moreira foi a divergência entre as características especificadas para UBS, integrantes dos projetos, especificações técnicas e planilhas orçamentárias disponibilizadas pela Prefeitura, e aquelas efetivamente executadas, conforme relato a seguir: a) instaladas dezenove pias de louça branca simples (tipo popular), quando o especificado é

a instalação de dezenove lavatórios de louça branca com coluna; b) instalados 25 sifões de plástico, quando o especificado é a instalação de 25 sifões

cromados; c) instalado um tanque de plástico (PVC), quando o especificado é a instalação de um tanque

de louça com coluna; d) instaladas 55 luminárias fluorescentes completas, com uma lâmpada de 40w, quando o

especificado é a instalação de 55 luminárias fluorescentes completas com duas lâmpadas de 40w e

e) instaladas cinco arandelas para lâmpada incandescente 60w, em PVC, quando o especificado é dezoito arandelas para lâmpada incandescente 60w, em alumínio anodizado e pintado por processo eletrostático, com refletor em alumínio anodizado alto brilho.

A seguir, seguem registros fotográficos das discrepâncias aqui relatadas:

Pia de louça branca simples (tipo popular) Maranguape (CE), 09 de julho de 2014.

Tanque em PVC Maranguape (CE), 09 de julho de 2014.

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Sifão plástico, Maranguape (CE), 09 de julho de 2014.

Luminária fluorescente completa c/1 lâmpada de 40 watts, Maranguape (CE), 09 de julho de 2014.

Arandela para lâmpada incandescente 60 watts em PVC, Maranguape (CE), 09 de julho de 2014.

Cabe ressaltar que embora os serviços acima relacionados tenham sido realizados com materiais de qualidade inferior, os mesmos foram atestados e pagos como sendo os serviços especificados e pactuados na planilha orçamentária gerando um prejuízo de R$ 12.524,05, conforme demonstrado na tabela a seguir:

Tabela – Prejuízo financeiro por divergência de especificação

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit (R$)

Preço total (R$)

11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios

11.3.8 Lavatório de louça branca c/coluna, torneira e acessórios

Und 19,00 251,20 4.772,80

11.3.12 Sifão cromado 1" x 1 1/2"(instalado) Und 25,00 76,45 1.911,25 11.3.13 Tanque de louça c/coluna Und 1,00 350,50 350,50 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios

12.6.1

Arandela para lâmpada incandescente 60w em alumínio anodizado e pintado por processo eletrostático com refletor em alumínio anodizado alto brilho

Und 5,00 128,80 644,00

12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de 40w

Und 55,00 88,10 4.845,50

Total Geral 12.524,05 Fonte: Planilha orçamentária da empresa contratada.

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Em vista dos fatos relatados, verifica-se que a obra sob exame não teve acompanhamento físico pela Prefeitura, contrariando o art. 67 da Lei no 8.666/93, dada a qualidade e a consistência dos serviços executados. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes

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na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, suspendo a transferência de recursos financeiros e/ou instaurando TCE quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012, e inscrevendo o gestor no Cadastro Informativo dos créditos não quitados (CADIN), de acordo com o disposto na Lei nº 10.522, de 19/07/2002. 2.1.2 Pagamento no valor de R$ 49.357,44, por serviços não realizados. Fato

Dando continuidade à verificação da execução dos serviços pactuados por meio do Contrato nº 2010.07.12.02, com a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda., para a construção da Unidade Básica de Saúde - UBS – Prourb - Antônio Gonçalves Moreira, localizada no Bairro Novo Maranguape, Município de Maranguape/CE, constatou-se por meio de inspeção física à obra, a existência de serviços pagos e não executados, no montante de R$ 49.357,44, conforme detalhado nas tabelas a seguir:

Tabela – Setores/Áreas da obra

1. Parte externa

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

11.5 Outros elementos 11.5.1 Fossa séptica e sumidouro em alvenaria Und 1,00 2.023,50 2.023,50 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.1 Arandela para lâmpada incandescente 60w em

alumínio anodizado e pintado por processo eletrostático com refletor em alumínio anodizado alto brilho

Und 13,00 128,80 1.674,40

Total 3.697,90

2. Sala de espera e circulação

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

6. Vidros

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6.1 Outros elementos 6.1.1 Vidro temperado em caixilho c/massa e=6,00mm M2 1,50 371,00 556,50 9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 115,54 53,89 6.226,45

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 115,54 3,75 433,28

12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 16,00 88,10 1.409,60

Total 8.625,83

3. Farmácia

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 28,24 53,89 1.521,85

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 28,24 3,75 105,90

12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 1,00 88,10 88,10

Total 1.715,85

4. Vacina

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 27,89 53,89 1.502,99

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 27,89 3,75 104,59

11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 1,00 88,10 88,10

Total 1.743,06

5. Odontologia

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Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 79,60 53,89 4.289,64

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 79,60 3,75 298,50

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 4,50 28,65 128,93 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.2 Bancada de granito cinza e=2cm M2 1,25 250,40 313,00 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 3,00 20,38 61,14 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 3,00 27,00 81,00 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 6,00 88,10 528,60

Total 5.700,81

6. Reunião agentes de saúde

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 75,48 53,89 4.067,62

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 7,55 3,75 28,31

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 3,00 28,65 85,95 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 4,00 20,38 81,52 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 4,00 27,00 108,00 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 6,00 88,10 528,60

Total 4.899,99

7. W.C. acessível e fraldário

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.2 Bancada de granito cinza e=2cm M2 0,96 250,40 240,38 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.9 Peças de apoio deficientes c/tubo inox p/wc's M 3,60 244,45 880,02

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11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.225,43

8. DML

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.13 Tanque de louça c/coluna Und 1,00 350,50 350,50

Total 393,48

9. Administração

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 27,88 53,89 1.502,45

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 27,88 3,75 104,55

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.2 Bancada de granito cinza e=2cm M2 2,48 250,40 619,74

Total 2.269,72

10. Almoxarifado

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 16,59 53,89 894,04

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 16,59 3,75 62,21

11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.2 Bancada de granito cinza e=2cm M2 3,69 250,40 923,98 12. Instalações elétricas

Total 1.880,22

11. W.C. func. Masc.

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos

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9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.1 Divisória em granito cinza prata e=3cm M2 3,89 354,00 1.377,06 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.525,07

12. W.C. func. Fem.

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.1 Divisória em granito cinza prata e=3cm M2 3,89 354,00 1.377,06 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.525,07

13. Lixeira

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 17,88 53,89 963,55

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 17,88 3,75 67,05

12. Instalações elétricas Total 1.030,60

14. Utilidades

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 1,00 88,10 88,10

Total 131,08

15. Esterilização

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Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00 12. Instalações elétricas 12.6 Luminárias internas / externas / acessórios 12.6.3 Luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de

40w Und 1,00 88,10 88,10

Total 178,46

16. Copa

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,00 28,65 28,65

Total 28,65

17. W.C.publ. Masc.

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 0,60 28,65 17,19 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 122,22

18. W.C.publ. Fem.

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 0,60 28,65 17,19 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 122,22

19. Curativo

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos

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=1,5*,5 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 27,53 53,89 1.483,59

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 27,53 3,75 103,24

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00 12. Instalações elétricas

Total 1.677,18

20. Procedimentos médico

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 28,44 53,89 1.532,63

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 28,44 3,75 106,65

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.787,29

21. Consultório 1

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 30,11 53,89 1.622,63

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 30,11 3,75 112,91

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.825,90

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22. Consultório 2

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 30,11 53,89 1.622,63

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 30,11 3,75 112,91

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.825,90

23. Consultório 3

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 30,11 53,89 1.622,63

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 30,11 3,75 112,91

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.825,90

24. Consultório 4

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 28,22 53,89 1.520,78

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 28,22 3,75 105,83

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas

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11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.6 Ducha p/ wc cromado (instalado) Und 1,00 57,65 57,65 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.774,61

25. Consultório 5

Item Especificação dos serviços Unid Quant. Preço unit. (R$)

Preço total (R$)

9. Revestimentos 9.2 Acabamentos de paredes internas e externas

9.2.2 Cerâmica esmaltada c/ arg. Cimento e areia até 30x30cm (900 cm²) - pei-5/pei-4 p/ parede

M2 30,11 53,89 1.622,63

9.2.4 Rejuntamento c/ arg. Pré-fabricada, junta até 2mm em cerâmica, até 30x30 cm (900 cm²) (parede/piso)

M2 30,11 3,75 112,91

10. Pisos 10.1 Pisos internos 10.1.3 Peitoril de marmore l= 15cm M 1,50 28,65 42,98 11.0 Instalações hidráulicas 11.3 Louças, metais e acessórios 11.3.10 Porta sabão líquido de vidro (instalad0) Und 1,00 20,38 20,38 11.3.11 Porta toalha de papel - metalico (instalado) Und 1,00 27,00 27,00

Total 1.825,90 Fonte: Planilha orçamentária da empresa contratada. Tabela – Resumo

Localização Valor em

R$ 1. Parte externa 3.697,00 2. Sala de espera e circulação 8.625,83 3. Farmácia 1.715,85 4. Vacina 1.743,06 5. Odontologia 5.700,81 6. Reunião agentes de saúde 4.899,99 7. W.C. acessível e fraldário 1.225,43 8. DML 393,48 9. Administração 2.269,72 10. Almoxarifado 1.880,22 11. W.C. func. Masc. 1.525,07 12. W.C. func. Fem. 1.525,07 13. Lixeira 1.030,60 14. Utilidades 131,08 15. Esterilização 178,46 16. Copa 28,65 17. W.C.publ. Masc. 122,22 18. W.C.publ. Fem. 122,22 19. Curativo 1.677,18 20. Procedimentos médico 1.787,29 21. Consultório 1 1.825,90 22. Consultório 2 1.825,90 23. Consultório 3 1.825,90 24. Consultório 4 1.774,61 25. Consultório 5 1.825,90

Total 49.357,44 Fonte: Tabela – Setores/Áreas da obra.

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Vale ressaltar que todos os boletins de medição dos serviços contratados com a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda. encontram-se atestados pelos engenheiros da administração municipal (CREA nº 11.300-D/CE e 41.936-D/RN) e pela Secretária de Saúde. Mais uma vez fica demonstrado que a obra sob exame não teve um acompanhamento físico pela Prefeitura. Cabe ressaltar que a fiscalização é uma atividade que deve ser realizada de modo sistemático pela administração municipal e seus prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento fiel das disposições contratuais, técnicas e administrativas em todos os seus aspectos. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada.

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A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Adotar medidas voltadas à obtenção do ressarcimento dos recursos federais indevidamente empregados, suspendo a transferência de recursos financeiros e/ou instaurando TCE quando esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção do ressarcimento pretendido, conforme preceitua o art. 4º da Instrução Normativa TCU nº 71/2012, e inscrevendo o gestor no Cadastro Informativo dos créditos não quitados (CADIN), de acordo com o disposto na Lei nº 10.522, de 19/07/2002. 2.1.3 Ausência de comprovação de devolução de recursos no valor de R$ 3.785,29, em cumprimento ao Parágrafo Único do art. 10 da Portaria n° 2.226, de 18/9/2009. Fato Conforme já exposto no item 2.2.1 deste relatório, o município de Maranguape/CE foi credenciado a receber do Ministério da Saúde o valor de R$ 400.000,00, conforme o disposto no do art. 4º, inciso II, da Portaria MS nº 2.226, de 18 de setembro de 2009. Para a execução deste recurso, a Prefeitura Municipal de Maranguape celebrou o Contrato nº 2010.07.12.02 com a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda., no valor global de R$ 396.214,71, cujas despesas foram devidamente certificadas e autorizadas pelo ordenador de despesa, e os seguintes pagamentos foram realizados à empresa contratada, debitados na conta (Banco nº 001, agência nº 0481-2 e conta corrente nº 30.693-2): Tabela – Relação de pagamentos efetuados à contratada. Medições Nota

Fiscal Data Valor em

R$ 1ª

Medição 007 19.05.2011 31.692,56

2ª Medição

016 20.06.2011 51.082,11

3ª Medição

022 20.07.2011 59.502,97

4ª Medição

044 26.09.2011 70.347,32

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5ª Medição

055 30.11.2011 55.855,02

6ª Medição

076 27.01.2012 43.047,73

7ª Medição

133 23.10.2012 84.687,00

Total Geral 396.214,71 Fonte: Boletins de medições. Tendo em vista que o custo final dos serviços realizados na UBS foi inferior ao valor repassado pelo governo federal, cabe a Prefeitura Municipal de Maranguape comprovar a devolução dos recursos remanescentes ao Fundo Nacional de Saúde-FNS, por meio da Guia de Recolhimento da União – GRU, no valor de R$ 3.785,29, em cumprimento ao Parágrafo Único do art. 10 da Portaria MS n° 2.226, de 18 de setembro de 2009, in verbis: “Art. 10 [...] Parágrafo único. Em caso da não-aplicação dos recursos ou do descumprimento, por parte do Município, das metas propostas e dos compromissos assumidos, os respectivos recursos deverão ser devolvidos ao FNS, acrescidos da correção prevista em lei, cuja determinação decorrerá das fiscalizações promovidas pelos órgãos de controle interno, compreendendo os componentes do Sistema Nacional de Auditoria do SUS -SNA, em cada nível de gestão, e a Controladoria Geral da União – CGU”. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade

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exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Solicitar a devolução dos recursos remanescentes ao Fundo Nacional de Saúde-FNS, por meio da Guia de Recolhimento da União - GRU, no valor de R$ 3.785,29, em cumprimento ao Parágrafo Único do art. 10 da Portaria MS n° 2.226, de 18 de setembro de 2009. 2.2 Parte 2 Nesta parte serão apresentadas as situações detectadas cuja competência primária para adoção de medidas corretivas pertence ao executor do recurso federal.

Dessa forma, compõem o relatório para conhecimento dos Ministérios repassadores de recursos federais, bem como dos Órgãos de Defesa do Estado para providências no âmbito de suas competências, embora não exijam providências corretivas isoladas por parte das pastas ministeriais. Esta Controladoria não realizará o monitoramento isolado das providências saneadoras relacionadas a estas constatações.

2.2.1 Contextualização da obra de construção de uma Unidade Básica de Saúde para Equipes de Saúde da Família - UBASF no do Conjunto Vilares da Serra, Município de Maranguape/CE.

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Fato A Portaria MS nº 3.175, de 18 de dezembro de 2009, habilitou o município de Maranguape/CE a receber recursos referentes ao Plano Nacional de Implantação de Unidades Básicas de Saúde para Equipes de Saúde da Família - UBASF, aprovando a proposta de nº 07963.051000/1090-11, encaminhada pelo município de Maranguape/CE, visando à construção de uma UBASF – Porte II na Rua Lírio Verde s/nº, bairro Novo Maranguape. Para execução da construção da UBASF - PROURB Antônio Gonçalves Moreira, o município de Maranguape/CE foi credenciado a receber do Ministério da Saúde o valor de R$ 400.000,00, conforme o disposto no da Portaria MS nº 2.226, de 18 de setembro de 2009, art. 4º, inciso II, liberados da seguinte forma: Tabela – Cronograma de Liberação do Recurso Liberação Data Valor em

R$ Percentual

% 1ª Parcela 25/03/2011 260.000,00 65 % 2ª Parcela 11/04/2011 40.000,00 10 % 3ª Parcela 05/10/2012 100.000,00 25 %

Fonte: extratos bancários. Cabe ressaltar que o Ministério da Saúde efetuou a liberação dos recursos em desacordo ao art. 10 da Portaria MS nº 2.226, de 18 de setembro de 2009, ao efetuar a liberação de recursos referente à 1ª parcela no percentual de 65%, quando o previsto era de 10%. In verbis:

“Art. 10. Estabelecer que, uma vez publicada a Portaria de habilitação de que trata o artigo supra, o repasse dos recursos financeiros para investimento de que trata esta Portaria deverá ser realizado pelo Fundo Nacional de Saúde - FNS ao Fundo Municipal de Saúde ou Fundo de Saúde do Distrito federal, de forma regular e automática, na forma abaixo definida: I - primeira parcela, equivalente a 10% do valor total aprovado, após a publicação da portaria específica de habilitação; II - segunda parcela, equivalente a 65% do valor total aprovado: mediante apresentação da respectiva ordem de início do serviço, assinada por profissional habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, ratificada pelo gestor local e pela Comissão Intergestores Bipartite - CIB, e autorizada pela Secretaria de Atenção à Saúde; e III - terceira parcela, equivalente a 25% do valor total aprovado: após a conclusão da edificação da unidade, e a apresentação do respectivo atestado, assinado por profissional habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, ratificado pelo gestor local e pela CIB, e autorizado pela Secretaria de Atenção à Saúde.”.

O município informou ter realizado, em 20 de agosto de 2010, a Tomada de Preços nº 2010.07.12.02-ENG, da qual participaram as seguintes empresas: Quadro – Empresas Participantes da Tomada de Preços nº 2010.07.12.02

Nome CNPJ

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Athena Construções e Serviços Ltda. 08.028.648/0001-88 CONJASF – Construtora de Açudagem Ltda. 01.795.971/0001-38 Construtora Barbara Ltda. 04.435.983/0001-40 G M Construções e Serviços Ltda. 08.199..641/0001-

29 HB Construções e Serviços Ltda. 10.343.303/0001-60 JPL Construções Ltda. 02.960.998/0001-00 MSJ Construções Ltda. 01.198.627/0001-61 Paconol Pavimentadora e Construtora do Nordeste Ltda. 07.084.619/0001-70 R. T. Assessoria e Serviços Ltda. 11.399.561/0001-21 Diplomata Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda. 06.006.506/0001-94 Construtora e Imobiliária Brilhante Ltda. 06.974.509/0001-11 Poly Construções e Serviços Ltda. 08.784.387/0001-26 Construtora Mútipla Ltda. 04.801.923/0001-01 Serra Verde Serviços e Construções Ltda. 07.810.053/0001-17

Fonte: TP nº 2010.07.12.02-ENG O valor global estimado pela prefeitura foi de R$ 397.980,87, a referida licitação foi homologada em 10 de dezembro de 2010, tendo a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda. sagrado-se vencedora do certame, com proposta no valor global de R$ 396.214,71. Em 10 de dezembro de 2010 o município assinou o Contrato nº 2010.07.12.02 com a empresa, tendo sido emitida a ordem de serviço para início da execução dos serviços na mesma data do contrato. Até o encerramento dos trabalhos de campo, verificou-se que foram realizados os seguintes pagamentos à empresa contratada, debitados na conta (Banco nº 001, agência nº 0481-2 e conta corrente nº 30.693-2), conforme tabela a seguir: Tabela – Relação de Pagamentos Medições Nota

Fiscal Data Valor em

R$ 1ª

Medição 007 19.05.2011 31.692,56

2ª Medição

016 20.06.2011 51.082,11

3ª Medição

022 20.07.2011 59.502,97

4ª Medição

044 26.09.2011 70.347,32

5ª Medição

055 30.11.2011 55.855,02

6ª Medição

076 27.01.2012 43.047,73

7ª Medição

133 23.10.2012 84.687,00

Total Geral 396.214,71 Fonte: Boletins de Medições ##/Fato##

2.2.2 Inobservância ao artigo 45, da Lei nº 8.666/93. Fato

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Da análise do processo licitatório de nº TP 2010.07.12.02-ENG, que subsidiou a construção da obra da Unidade Básica de Saúde da Família do Conjunto Vilares da Serra – PROURB, denominada Antônio Gonçalves Moreira, no município de Maranguape/CE, constatou-se a inobservância ao artigo 45, da Lei 8.666, que determina: “art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.” Verificou-se que das quatorze empresas que participaram da fase de habilitação, em 20 de agosto de 2010, seis foram inabilitadas para a fase seguinte, ou seja, a fase relativa à abertura dos envelopes de propostas de preços, em 30 de novembro de 2010, sem serem conhecidos os critérios e razões pela desclassificação, quais sejam: Quadro – Relação das licitantes desclassificadas na habilitação.

Nº CNPJ Razão Social 1. 08.199.641/0001-

29 GM Construções Ltda.

2. 10.343.303/0001-60

HB Construções e Serviços Ltda.

3. 02.960.998/0001-00

JPL Construções Ltda.

4. 06.974.509/0001-11

Construtora e Imobiliária Brilhante Ltda.

5. 04.801.923/0001-01

Construtora Múltipla Ltda. - ME

6. 07.810.053/0001-17

Serra Verde Serviços e Construções Ltda.

Fonte: TP 2010.07.12.02-ENG Ressalta-se que não houve interposição de recursos administrativos contra a comissão de licitação da Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, como também a referida comissão não relatou em ata ou tampouco no Extrato do Resultado de Habilitação, publicado no D.O.U., seção 3, de 20 de setembro de 2010, a ocorrência de qualquer fato impeditivo referente às empresas ora listadas. Vale esclarecer que em qualquer caso, a decisão de desclassificação exige plena e satisfatória fundamentação. Portanto, a administração deveria ter indicado, de modo explícito, os motivos pelos quais reputa inadmissível a habilitação dos licitantes. Cabe relatar que ainda houve a ocorrência de inabilitação de outras duas empresas, também na fase de habilitação, por não possuírem acervo técnico exigido em Edital, sendo que estas interpuseram recurso administrativo, sendo indeferidos pelo município, quais sejam: Quadro – Licitantes desclassificadas, que interpuseram recurso.

Nº CNPJ Razão Social 1. 04.435.983/0001-

40 Construtora Bárbara Ltda.

2. 08.784.387/0001-26

Poly Construções e Serviços Ltda.

Fonte: TP 2010.07.12.02-ENG

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Todavia, consta do processo licitatório de nº TP 2010.07.12.02-ENG apenas a documentação relativa aos recursos administrativos dessas duas empresas (páginas 818 a 823) e a documentação da Prefeitura de Maranguape/CE que os impugnou (páginas 824 a 837); não coexistindo, portanto, documentação precedente que indique, de modo explícito, os motivos pelos quais houve a inabilitação, também, desses dois licitantes, tal qual transcrito anteriormente quando da ocorrência da inabilitação das outras seis empresas. Importa informar, também, a ocorrência de desclassificação de mais duas empresas no certame, porém, na fase de abertura dos envelopes de propostas de preço, em 30 de novembro de 2010, por apresentarem propostas incompletas, motivo previsto no Edital e mencionado na ata da sessão de abertura das propostas de preço. Embora seja facultado no escopo do art. 109, inciso I, alínea b, da Lei Federal nº 8666/93, a manifestação de interposição de recurso, não houve pedido por parte das duas empresas, quais sejam: Quadro – licitantes desclassificadas na abertura das propostas de preço.

Nº CNPJ Razão Social 1. 06.006.506/0001-

94 Diplomata Construções e Emp. Imobiliários Ltda.

2. 01.795.971/0001/38 CONJASF – Construtora de Açudagem Ltda. Fonte: TP 2010.07.12.02-ENG Dessa forma, a Comissão Permanente de Licitação de Obras e Serviços de Engenharia do município julgou o certame pela proposta de menor preço, consagrando a empresa R.T. Assessoria e Serviços Ltda. como vencedora entre os quatro licitantes restantes: Quadro – Licitantes cujas propostas foram julgadas.

Nº CNPJ Razão Social Proposta (R$)

1. 07.084.619/0001-70

Paconol Pav. e Const. Nordeste Ltda.

397.852,93

2. 08.028.648/0001-88

Athena Construções e Serviços Ltda.

397.662,48

3. 01.198.627/0001-61

MSJ Construtora Ltda. 397.582,88

4. 11.399.561/0001-21

R.T. Assessoria e Serviços Ltda. 396.214,71

Fonte: TP 2010.07.12.02-ENG. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor

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apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.3 Restrição aos trabalhos de fiscalização da CGU-Regional/CE, por parte Prefeitura Municipal de Maranguape, tendo em vista a indisponibilidade de documentos referentes à execução da Proposta nº 07963.051000/1090-11.

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Fato Na análise do processo licitatório de nº TP 2010.07.12.02-ENG, constatou-se a ocorrência de falhas no controle interno dos atos administrativos procedimentais, configurando a presença de fatores de risco que comprometeram a condução da gestão da obra por inobservância das normas previstas. Dessa forma, elenca-se a seguir a documentação ausente ou não localizada referente à obra de construção da UBS PROURB Antônio Gonçalves Moreira: • documento expedido por autoridade competente aprovando o Projeto Básico - Art. 7º, §

2º, I, da Lei 8.666/1993; • Projeto Executivo, cujo teor está descrito no Art. 6º, X da Lei nº 8.666/93;

• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART pelas planilhas orçamentárias elaboradas pela Prefeitura - § 5º do art. 112 da Lei nº 12.017, de 12/08/2009;

• composição dos preços unitários dos serviços, bem como o detalhamento do Bônus por Despesas Indiretas – BDI e dos encargos sociais, descumprindo o Art. 7º, §2º, II, da Lei nº 8.666/1993 e o Acórdão TCU nº 1.941/2006 – Plenário;

• publicação na imprensa oficial dos extratos do contrato e seus oito aditivos, em ofensa ao princípio da publicidade estabelecido no caput do art. 37 da Constituição Federal e ao disposto no parágrafo único do artigo 61 da Lei nº 8.666/1993;

• designação formal de representante da administração municipal para acompanhar e fiscalizar o contrato, contrariando o disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993;

• pareceres e laudos que comprovem a realização dos trabalhos de fiscalização exigidos pelo § 2º do art. 8º da Lei n.º 9.782/99, também em conformidade com o disposto no item 1.6 da RDC ANVISA n.º 50/2002;

• Parecer Técnico de Avaliação do Projeto Básico de Arquitetura –PBA, emitido pela vigilância sanitária local - Resolução - RDC nº 189, de 18/07/2003-Anvisa e

• relatório de fiscalização ou registro de inspeções realizadas pelo fiscal da obra e diário de obras.

Desta forma, fica evidenciada a fragilidade no controle do acompanhamento da Proposta nº 07963.051000/1090-11, dificultando a sua análise pelos órgãos de controle.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las:

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“Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

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A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.4 Ausência de publicidade do contrato assinado e de seus aditivos. Fato Quando da análise da documentação relativa ao Contrato nº 2010.07.12.02, de 10 de dezembro de 2010, celebrado entre Prefeitura Municipal de Maranguape e a Construtora R. T. Assessoria e Serviços Ltda., oriundo da Tomada de Preços 2010.07.12.02, constatou-se a ausência de publicação na imprensa oficial dos extratos do contrato e seus oito aditivos, em ofensa ao princípio da publicidade estabelecido no caput do art. 37 da Constituição Federal e ao disposto no parágrafo único do artigo 61 da Lei nº 8.666/1993. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que

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caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.5 Ausência da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. Fato

Verificou-se a ausência de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART pelas planilhas orçamentárias elaboradas pela Prefeitura, que serviram de base para realização da Tomada de Preços nº 2010.07.12.02, o que contraria o disposto na Lei nº 12.017, de 12 de agosto de 2009, art. 112,§ 5º, in verbis:

“§ 5º Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 1993, inclusive de suas eventuais alterações, a anotação de responsabilidade técnica e declaração expressa do autor das planilhas orçamentárias, quanto à compatibilidade dos quantitativos e dos custos constantes de referidas planilhas com os quantitativos do projeto de engenharia e os custos do SINAPI, nos termos deste artigo”.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber:

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A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

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2.2.6 Ausência de composição de preços unitários e do Bônus por Despesas Indiretas - BDI. Fato Da análise realizada nas planilhas orçamentárias da obra apresentadas pela Prefeitura, bem como pelas empresas participantes da Tomada de Preços nº 2010.07.12.02-ENG, constatou-se a ausência de indicação de data base de elaboração do orçamento, da composição dos preços unitários dos serviços, bem como o detalhamento do Bônus por Despesas Indiretas – BDI e dos encargos sociais, descumprindo o Art. 7º, §2º, II, da Lei nº 8.666/1993 e o Acórdão TCU-Plenário nº 1.941/2006. Cabe ressaltar que a ausência da composição dos preços unitários dos serviços, bem como o detalhamento do BDI e dos encargos sociais e a falta de indicação de data base da elaboração do orçamento, impossibilitam a reconstituição analítica de seus componentes (custos de materiais de construção, salários e encargos sociais relativos à mão de obra, despesas indiretas, lucro e tributos), inviabilizando a análise dos custos unitários, seja por parte da Administração Municipal, seja por parte dos órgãos de controle, impedindo, por exemplo, a verificação da existência de superfaturamento e/ou sobrepreço eventualmente praticado pelos licitantes. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora

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se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.7 Ausência de designação formal de representante da administração municipal para acompanhar e fiscalizar o contrato. Fato Da análise da execução do Contrato nº 201.07.12.02, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Maranguape e a Construtora R. T. Assessoria e Serviços Ltda., constatou-se a ausência de designação formal de representante da administração municipal para acompanhar e fiscalizar o contrato, contrariando o disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993. Cabe ressaltar que a fiscalização é uma atividade que deve ser realizada de modo sistemático pela administração municipal e seus prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento fiel das disposições contratuais, técnicas e administrativas em todos os seus aspectos. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las:

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“Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

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A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.8 Pagamento no valor de R$ 127.734,73 sem respaldo contratual. Fato Com o objetivo de dar continuidade ao Contrato nº 2010.07.12.02, celebrado em 10 de dezembro de 2010 entre a Prefeitura Municipal de Maranguape e a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda., cujo objeto foi à construção da Unidade Básica de Saúde – PROURB Antônio Gonçalves Moreira, localizada no Bairro Novo Maranguape, Município de Maranguape/CE, a Prefeitura Municipal de Maranguape firmou oito Termos Aditivos, conforme demonstrado no quadro a seguir: Quadro – Termos aditivos ao contrato nº 2010.07.12.02

Nº do Termo Data de Assinatura Nova vigência

1º Termo Aditivo

09.03.2011 90 dias

2º Termo Aditivo

06.06.2011 90 dias

3º Termo Aditivo

05.09.2011 90 dias

4º Termo Aditivo

02.12.2011 90 dias

5º Termo Aditivo

01.03.2012 90 dias

6º Termo Aditivo

02.05.2012 R$ 30.944,48

7º Termo Aditivo

01.06.2012 90 dias

8º Termo Aditivo

31.08.2012 90 dias

Fonte: Boletins de medições. Seguindo a cronologia da edição dos atos administrativos na documentação apresentada pela Prefeitura Municipal de Maranguape, verificou-se que, com exceção do 6º Termo Aditivo, que teve como objeto o acréscimo de recursos no valor de R$ 30.944,48, os demais tiveram como objetivo único, a prorrogação do prazo de execução da obra conforme a “CLÁUSULA QUARTA – DOS PRAZOS DE EXECUÇÃO” do Contrato nº 2010.07.12.02, que inicialmente era de noventa dias. Considerando que em nenhum dos termos aditivos celebrados há qualquer menção à prorrogação da vigência do contrato por interesse da administração, que o contrato foi celebrado em 10 de dezembro de 2010, e que, conforme disposto na “CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – VIGÊNCIA E DA ASSINATURA” o prazo de vigência é de doze meses, contados a partir da sua assinatura, o término do contrato ocorreu, portanto, em 9 de dezembro de 2011. Considerando o exposto, as despesas a seguir relacionadas, em que pesem tenham sido certificadas e autorizadas pelo ordenador de despesa, ocorreram após o término da vigência

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do contrato, estando todos os atos dele advindos após o dia 9 de dezembro de 2011, portanto, sem amparo legal, em virtude da extinção do próprio contrato. Tabela – Despesas sem respaldo contratual Medições Nota

Fiscal Data Valor em

R$ 6ª

Medição 076 27.01.2012 43.047,73

7ª Medição

133 23.10.2012 84.687,00

Total Geral 127.734,73 Fonte: Boletins de medições e Termos Aditivos ao contrato. Desta forma fica evidenciado que a Prefeitura Municipal de Maranguape efetuou o pagamento de R$ 127.734,73, sem respaldo contratual. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que

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caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.9 Má qualidade na execução dos serviços da Unidade Básica de Saúde UBS - PROURB - Antônio Gonçalves Moreira. Fato Objetivando verificar a execução dos serviços pactuados por meio do Contrato nº 2010.07.12.02, com a empresa R. T. Assessoria e Serviços Ltda., para execução do objeto da Proposta nº 07963.051000/1090-11, realizou-se visita de inspeção física em 09 de julho de 2014, em companhia do engenheiro da Prefeitura, na obra de construção da Unidade Básica de Saúde - UBS – Prourb - Antônio Gonçalves Moreira, localizada no Bairro Novo Maranguape, Município de Maranguape/CE. Dessa inspeção, constataram-se falhas e irregularidades na construção da UBS, a seguir discriminadas: a) obra de má qualidade. Verificou-se que a calçada de proteção em “cimentado c/ base de concreto L =0,60 m” encontra-se danificada em diversos pontos do seu perímetro, conforme demonstrado por meio do registro fotográfico a seguir:

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Calçada de proteção em “cimentado c/ base de concreto L =0,60 m” encontra-se danificada em

diversos pontos do seu perímetro. Maranguape (CE), 09/07/2014.

b) execução em desconformidade com o projeto. Embora o projeto de instalações hidráulicas e sanitárias contemple a execução de 7 (sete) pontos d’água de 1/2" para instalação de ducha, a empresa contratada não executou nenhum dos pontos previstos. c) execução de serviços fora das especificações. Constatou-se, ainda, que diversos serviços foram executados em desacordo com as especificações, tais como: ausência de revestimento cerâmico nas paredes de diversas salas, ausência de peitoril de granito nas janelas, lavatório de louça branca c/coluna, sifão cromado 1" x 1 1/2" e luminária fluorescente completa c/2 lâmpadas de 40w. Esta desconformidade está relatado em item específico deste relatório. Dada a qualidade e a consistência dos serviços executados, ficou demonstrado que a referida obra não teve um acompanhamento físico pela Prefeitura, contrariando o art. 67 da Lei no 8.666/93. A Prefeitura não apresentou documentação comprobatória de tratativas junto à empresa executora da obra quanto à correção dos defeitos apontados, uma vez que o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados, conforme dispõe o artigo 69 da Lei no 8.666/93. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado.

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Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória. Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

2.2.10 Inobservância da Lei Sanitária Federal. Fato Quando dos exames do processo de gestão do contrato da obra de construção da UBS PROURB - Antônio Gonçalves Moreira, verificou-se não constarem da documentação analisada os pareceres e laudos que comprovem a realização dos trabalhos de fiscalização

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exigidos pelo art. 8º, § 2º da Lei n.º 9.782/99, também em conformidade com o disposto no item 1.6 da RDC Anvisa n.º 50/2002. ##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de documento sem número, de 29 de agosto de 2014, a Prefeitura Municipal de Maranguape/CE, apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas, a fim de preservá-las: “Ab initio, criterioso registrar a completa ilegitimidade passiva do atual Chefe do Poder Executivo, ora Justificante, em figurar como parte nesta Auditoria Fiscalizatória, pela razão básica, a saber: A obra em berlinda iniciou-se e findou-se na gestão do ex-prefeito municipal Sr. G. L. V. - não tendo o justificante, atual gestor do município, praticado qualquer ato de contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra em alusão, cabendo, assim, àquele ex-gestor apresentar eventuais justificativas sobre as irregularidades apontadas no Relatório de Fiscalização epigrafado. Desta maneira, ao justificante (atual Prefeito do município – gestão 2013/2016) não se lhe pode ser imputada responsabilidade por tal mister, já que, é fato, a ele não incumbia (e sim ao ex-Prefeito) as ações e condutas advindas da obra em exame, verbi grafia: contratação, execução, pagamento ou recebimento da obra. Concreto é que, na espécie, se tratam de recursos totalmente recebidos e geridos na gestão anterior e pelo qual o justificante/atual prefeito não pode ser responsabilizado. Com relação à atribuição de responsabilidade, esta - se for o caso - deve ser imputada aos integrantes da gestão anterior, uma vez que eles foram os gestores do recursos destinados à construção da UBASF ora em análise. Necessário destacar que o atual Prefeito Municipal, ora justificante, não movimentou ou recebeu qualquer repasse dos valores referentes a esse recurso, tendo sido responsabilidade exclusiva do ex-gestor, consoante se observa do próprio Relatório de Fiscalização que ora se responde. A Licitação da obra e a decorrente contratação; todos os repasses respectivos; e, ainda, a fiscalização e recebimento da obra foram efetivados até 31 de dezembro de 2012, quando o ora justificante ainda não era Prefeito do Município de Maranguape/CE. Desta maneira, o atual Prefeito Municipal, ora justificante, como resta fartamente demonstrado, em nenhum momento foi omisso quanto ao seu dever legal, uma vez que caberia ao ex-gestor realizar corretamente a licitação, bem como executar e receber a obra na forma pactuada. A mais, destaque-se que, tão logo sejam apreciadas e decididas as indagações e dúvidas existentes sobre a presente obra, todas as medidas legais serão adotadas pela atual gestão para que o Município seja ressarcido de eventuais valores a que faça jus. Por derradeiro, requer seja efetivada a intimação do gestor anterior - Sr. G. L. V. - para que o mesmo apresente, na condição de responsável pelos recursos recebidos do Ministério da Saúde para a execução da obra em análise, todas as justificativas e documentos atinentes na espécie, e, por natural via de consequência, que se exclua o atual gestor, ora justificante, do pólo passivo da presente auditoria fiscalizatória.

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Ante ao exposto requer sejam recebidas e acolhidas as presentes justificativas, para o fim de que seja determinado o arquivamento dos Relatórios de Fiscalização epigrafados, em relação o atual gestor, ora justificante.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela prefeitura não possui elementos para o esclarecimento do fato apontado, visto que, por meio dela, o gestor se limita a se eximir das suas responsabilidades, atribuindo-as completa e diretamente à gestão do seu predecessor. ##/AnaliseControleInterno##

3. Conclusão

Com base nos exames realizados, conclui-se que a aplicação dos recursos federais não está adequada e exige providências de regularização por parte dos gestores federais. Do montante fiscalizado de R$ 430.944,48, foi identificado prejuízo de R$ 65.666,78, referente aos itens:

2.2.10 Prejuízo no valor de R$ 12.524,05, por serviços executados em desacordo com as especificações pactuadas; 2.2.11 Pagamento no valor de R$ 49.357,44, por serviços não realizados, e 2.2.12 Ausência de comprovação de devolução de recursos no valor de R$ 3.785,29, em cumprimento ao Parágrafo Único do art. 10 da Portaria n° 2.226, de 18/9/2009.

__________________________________ Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Ceará