Princípios –Aula 1 Florence Haret. Bibliografia Da análise do princípio da capacidade...
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Princípios –Aula 1 Florence Haret
Princípios –Aula 1 Florence Haret. Bibliografia Da análise do princípio da capacidade contributiva como instrumento para realização da justiça tributária
Bibliografia Da anlise do princpio da capacidade contributiva
como instrumento para realizao da justia tributria (Rita de Cssia
Andrade)
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Conceito de princpio Infinidade de acepes:norma / valor /
limite objetivo; leis ou princpios ontolgicos: tudo que no estiver
juridicamente proibido, estar juridicamente permitido (Dt privado)
e tudo que no estiver juridicamente permitido, estar juridicamente
proibido. (Dt pblico) Leis ou princpios jurdicos empiricamente
verificveis: De acordo com a CF vigente, o Brasil uma Republica
Federativa (principio federativo e republicano) Princpios
lgico-jurdicos: valido ou invalido Princpios
epistemolgicos-juridicos: Norma fundamental (Homogeneidade sinttica
e Heterogeneidade semantica) Princpios axiolgicos. Para PBC, so 4
sentidos: como norma como valor-valor como valor-limite objetivo
critrio objetivo
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Valores 1.bipolaridade: sempre dois plos (positivo e negativo
valor e desvalor) 2.implicao: bem/mau, belo/feio valor e desvalor
se implicam mutuamente. 3.referibilidade: necessidade de sentido; o
valor importa sempre uma tomada de posio do ser humano perante
alguma coisa, a que est referido. 4.preferibilidade: preferncia por
um valor em detrimento de outro 5.incomensurabilidade: no
susceptvel de ser medido 6.graduao hierrquica: decorre da
preferibilidade, da axiologia 7.objetividade: diz respeito a alguma
coisa (decorre da referibilidade) 8.historicidade: o valor
construdo historicamente 9.inexauribilidade: valor no se esgota em
um bem (no pq um quadro belo que outros no podem ser)
10.Atributividade: 11.Indefinibilidade: 12.Capacidade de se
expressar em termos normativos:
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Valores Para Paulsen: Regras x Princpios Conflitos de regras
(LICC) x Coliso de princpios. Normas sobre conflito de regras:
hierarquia, temporalidade e especialidade; Normas sobre conflito de
principios: razoabilidade, proporcionalidade e vedao do excesso S
so princpios: Segurana jurdica; Isonomia; Capacidade contributiva;
Praticabilidade da tributao.
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Princpios constitucionais gerais federao, repblica, justia,
certeza do direito, segurana jurdica, igualdade, legalidade,
irretroatividade, universalidade da jurisdio, ampla defesa e devido
processo legal, isonomia das pessoas constitucionais, propriedade,
supremacia do interesse pblico, indisponibilidade dos interesses
pblicos;
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Princpios com vistas ao desenvolvimento econmico e social.
Dignidade humana; Justia social; Capacidade contributiva;
Progressividade; Proporcionalidade; Seletividade Como definir o
objetivo de desenvolvimento econmico e social? Existem
critrios?
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Segurana jurdica no direito tributrio Certeza do direito:
legalidade, irretroatividade, anterioridade (CF, 5, II, XXXVIII;
150, I, III, a, b, c; 195, paragrafo 6) Intangibilidade das posies
jurdicas: proteo ao direito adquirido e ao ato jurdico perfeito (CF
5, XXXVI, 151, VI; 178, 206) Estabilidade das situaes jurdicas:
decadncia, prescrio extintiva e aquisitiva (CTN 150, paragrafo 6;
168; 173; e 174) Confiana o trfego jurdico: clasula geral de boa-f,
teoria da aparncia, princpio da confiana (CTN 100, 146) Devido
processo legal: direito ampla defesa inclusive no processo
administrativo, direito de acesso ao Judicirio e garantias
especficas como o mandado de segurana (CF 5, XXXV, LIV, LV, LVI,
LXIX, LXX; CTN 164, 165; LEF 40)
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Igualdade no direito tributrio No significa a vedao por
completo de tratamento desigual; O que importam so as razes e os
critrios que orientam a discriminao: Razes de capacidade
contributiva (interna; CF 145, paragrafo 1); Razes extrafiscais
(externa; outros interesses): ex. IPTU + funo social da propriedade
CF 150, II: veda as discriminaes arbitrrias: Discriminaes vlidas:
iseno de taxa de inscrio em concurso pblico para desempregados;
Discriminaoes invlidas: majorao da alquota de COFINS de 2% para 3%,
associada possibilidade de compensao de tal aumento com a CSLL
devida.
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Igualdade e Capacidade tributria Dele decorre o princpio da
capacidade contributiva subjetiva (art 145, 1 da CF); princpio da
isonomia vincula, no plano institucional, todas as instncias de
poder tem por funo precpua, consideradas as razes de ordem jurdica,
social, tica e poltica que lhe so inerentes, a de obstar
discriminaes e extinguir privilgios (RDA 55/114), Dupla perspectiva
: (i) igualdade na lei e (ii) igualdade perante a lei na busca da
isonomia que se faz necessrio tratamento diferenciado, em
decorrncia de situaes que exigem tratamento distinto, como forma de
realizao da igualdade. (...) O conceito de isonomia relacional por
definio. O postulado da igualdade pressupe pelo menos duas situaes,
que se encontram numa relao de comparao. (RE 453.740, DJ de
24-8-2007.) Progressividade e capacidade contributiva: IPVA e tipo
de carro No h tributo progressivo quando as alquotas so
diferenciadas segundo critrios que no levam em considerao a
capacidade contributiva. (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 24-6-2008
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A igualdade segundo a espcie tributria Imposto Predial e
Territorial Urbano. (...) Surge legtima, sob o ngulo
constitucional, lei a prever alquotas diversas presentes imveis
residenciais e comerciais, uma vez editada aps a EC 29/2000. (RE
423.768, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 1-12-2010, Plenrio,
DJE de 10-5-2011.) Dou destaque a um princpio constitucional
limitador da tributao, o princpio da igualdade tributria, que est
inscrito no art. 150, II, da Constituio. Esse princpio se realiza,
lembra Geraldo Ataliba, no tocante aos impostos, mediante a
observncia da capacidade contributiva (CF, art. 145, 1); quanto s
contribuies, por meio da proporcionalidade entre o efeito da ao
estatal (o seu reflexo no patrimnio dos particulares) e o seu
custo, ou, noutras palavras, por meio da proporcionalidade entre o
custo da obra pblica e a valorizao que esta trouxe para o imvel do
particular; e, referentemente s taxas, pelo especfico princpio da
retribuio ou remunerao. Cada um consome uma certa quantidade de
servio pblico e remunera o custo daquela quantidade. (Geraldo
Ataliba, Sistema Trib. na Constituio de 1988, Rev. de Dir. Trib.,
51/140). (ADI 447, Rel. Min. Octavio Gallotti, voto do Min. Carlos
Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenrio, DJ de 5-3-1993.)
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Justia fiscal Justia comutativa e no distributiva Tributos
vinculados O princpio da capacidade contributiva: CF 145, paragrfo
nico. Em se, s aos tributos no vinculados; Em sa, a todos os
tributos Voltado ao legislador e aplicador do direito Em SA,
volta-se preservao do mnimo vital ou vedao ao confisco Modos de
agir: imunidade, iseno, seletividade, progressividade
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Praticabilidade da tributao O exerccio da tributao no um fim em
si mesmo, mas um instrumento Trabalha para a eficincia Sob a
perspectiva do Fisco: a eficincia se faz por intermdio de
instrumentos de praticabilidade, tais como presunes, fices,
indcios, normas de simplificao, conceitos jurdicos indeterminados,
clasulas gerais, normas em branco, analogia, privatizao da gesto
tributria e meios alternativos de soluo de conflitos tributrios.
Sob a perspectiva do contribuinte: limitao dos custos indiretos
(derivados das exigncias formais necessrias para o cumprimento das
obrigaes tributrias).
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NO-CONFISCO No confisco valor: enquanto tal incomensurvel:
quando ocorre onerosidade tributria excessiva? Isso no significa,
contudo, que ele no tem aplicao concreta: "Taxa: correspondncia
entre o valor exigido e o custo da atividade estatal. A taxa,
enquanto contraprestao a uma atividade do Poder Pblico, no pode
superar a relao de razovel equivalncia que deve existir entre o
custo real da atuao estatal referida ao contribuinte e o valor que
o Estado pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse
efeito, os elementos pertinentes s alquotas e base de clculo
fixadas em lei. Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custo
do servio prestado ou posto disposio do contribuinte, dando causa,
assim, a uma situao de onerosidade excessiva, que descaracterize
essa relao de equivalncia entre os fatores referidos (o custo real
do servio, de um lado, e o valor exigido do contribuinte, de
outro), configurar-se-, ento, quanto a essa modalidade de tributo,
hiptese de ofensa clusula vedatria inscrita no art. 150, IV, da CF.
Jurisprudncia. Doutrina." (ADI 2.551-MC-QO, Rel. Min. Celso de
Mello, julgamento em 2-4-2003, Plenrio, DJ de 20-4-2006.)
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Aplicabilidade com vistas ao desenvolvimento econmico e social.
Tributao como um dever: Do Estado: a quem no facultado tributar; Do
contribuinte: a quem no facultado pagar. Tributao como um direito:
Do Estado para que possa, de um lado, laborar na consecuo de suas
tarefas de proteo, segurana, sade, etc. e do outro distribuio de
renda e os direitos dos contribuintes Do contribuinte para que
possa apoiar-se nas atividades estatais
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Aplicabilidade com vistas ao desenvolvimento econmico e social.
Lei de responsabilidade Fiscal x Facultatividade: Art. 11.
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gesto
fiscal a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os
tributos da competncia constitucional do ente da Federao. Pargrafo
nico. vedada a realizao de transferncias voluntrias para o ente que
no observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. A
LRF passa a seguinte mensagem: irresponsvel aquele que deixa de
tributar determinado tributo. A lei contudo muito mais rgida para
os Estados/DF e Municpios do que a prpria Unio: A Unio, em tese,
ofende a LRF ao deixar de criar o Imposto sobre Grandes Fortunas. H
sano neste caso? No. Dificilmente se vislumbraria um repasse
voluntrio dos Estados/Municpios Unio! Se o pargrafo nico impe uma
sano, como dar constitucionalidade a esta limitao dos sujeitos por
ela atingidos? possvel sano que desrespeita a isonomia entre os
Entes tributantes?
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Direito ao desenvolvimento Que direito esse? Qual a relao desse
direito/princpio com a realizao da justia tributria? Direito ao
desenvolvimento/crescimento: proibio do tributo como confisco e no-
tributao do mnimo vital.
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Justia tributria O que significa no exigir imposto acima do
suportvel? onde est a dignidade da famlia que sacrifica suas
condies de consumo, moradia, lazer, educao e sade, para suportar o
nus da carga tributria? O imposto pago de acordo com a capacidade
econmica do contribuinte? Quais os critrios para se avaliar quando
estamos acima do suportvel? O imposto sobre as grandes fortunas que
no foi regulamentado atravs de Lei Complementar como prev o artigo
153, inciso VII, da CF deveria ser criado? capacidade contributiva,
igualdade, legalidade e generalidade da tributao assumiram uma
profunda unidade sistemtica como emanao do Estado de Direito no
domnio dos impostos (Alberto Xavier)
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Justia tributria Ao criar os impostos, o legislador deve levar
em conta, a situao particular de cada contribuinte, permitindo com
isso que seja realizada a justia tributria ao no exigir imposto
acima do limite do suportvel. (Maria de Ftima)
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Capacidade contributiva Qual o campo de abrangncia? Todos os
impostos? Todos os tributos? Abrange apenas impostos de natureza
pessoal e direta do contribuinte ou tambm impostos reais ou
indiretos? Para Ives: o sempre que possvel deveria reger apenas a
graduao pessoal dos impostos e os impostos indiretos no tm carter
pessoal. O que est em jogo: caractersticas pessoais ou econmicas do
contribuinte? O que capacidade econmica? Quem tem possibilidade
econmica de pagar tributos? capacidade econmica objetiva x
capacidade econmica subjetiva Capacidade econmica uma expresso
muito vaga, vazia, se no estiver atrelada a outros princpios comum.
Se no tiver como pano de fundo a justia fiscal, a igualdade, a
legalidade, a generalidade, a progressividade incidindo sobre todos
de forma igualitria e proporcional, inclusive sobre a tributao das
grandes fortunas. (Maria de Ftima) Que significa sempre que
possvel? possvel a relao com as seguintes classificaes? Pessoais e
reais: incidncia Diretos e indiretos: transferncia possvel imprimir
um carter pessoal aos impostos sobre gastos (IPI, ICMS)?
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Capacidade contributiva Qual o campo de abrangncia? Todos os
impostos? Todos os tributos? possvel a relao com as seguintes
classificaes? Pessoais e reais: incidncia Diretos e indiretos:
transferncia Que significa sempre que possvel?
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Capacidade contributiva Abrange apenas impostos de natureza
pessoal e direta do contribuinte ou tambm impostos reais ou
indiretos? Para Ives: o sempre que possvel deveria reger apenas a
graduao pessoal dos impostos e os impostos indiretos no tm carter
pessoal. O que est em jogo: caractersticas pessoais ou econmicas do
contribuinte? O que capacidade econmica? Quem tem possibilidade
econmica de pagar tributos? capacidade econmica objetiva x
capacidade econmica subjetiva Capacidade econmica uma expresso
muito vaga, vazia, se no estiver atrelada a outros princpios comum.
Se no tiver como pano de fundo a justia fiscal, a igualdade, a
legalidade, a generalidade, a progressividade incidindo sobre todos
de forma igualitria e proporcional, inclusive sobre a tributao das
grandes fortunas. (Maria de Ftima) possvel imprimir um carter
pessoal aos impostos sobre gastos (IPI, ICMS)?
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Capacidade contributiva Vocs concordam? Quando o legislador se
achar em face de opes, dever escolher obrigatoriamente aquela que
feche o imposto num contribuinte, a um s tempo de jure e de fato. O
principio h de ter um minimum de eficcia, do contrario no teria
sentido.... (...) sempre que possvel, s diz respeito ao carter
pessoal dos impostos, no se aplica no que tange a observncia da
capacidade econmica do sujeito passivo, pois esta deve ser
observada sempre, visto que se assim no fosse se estaria ferindo
mais gravemente os direitos individuais, patrimoniais, os
rendimentos, e as atividades econmicas dos contribuintes, ficando o
legislador, sobremaneira, vontade no regramento da tributao,
podendo cometer toda sorte de abuso, inclusive violando o principio
da vedao de confisco. (Sacha) n
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Capacidade contributiva e relao com outros princpios
Progressividade: IR: art. 153,2. Item I IPTU: art. 156, 1 a
progressividade pode ser aplicada tanto nos impostos de carter
pessoal como nos impostos reais? Justia social: capacidade
contributiva como a soma de riqueza disponvel depois de satisfeitas
as necessidades elementares de existncia, riqueza essa que pode ser
absorvida pelo Estado sem reduzir o padro de vida do contribuinte e
sem prejudicar as suas atividades econmicas (Rubens Gomes de Souza)
Proporcionalidade x progressividade crescente Seletividade: IPI:
art. 153 3, I ICMS: art. 155 2, item III
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Capacidade contributiva e critrios de mensurao Existem dois
critrios para mensurar a capacidade contributiva, i e, o poder
econmico do contribuinte: 1) riqueza: patrimnio, capital, renda
acumulada Tributos direitos 2) consumo: gastos praticados pelo
indivduo a fim de buscar a medida da tributao. Tributos indiretos
Piso: imunidades e isenes Teto: vedao de confisco
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Capacidade contributiva e consequencias a melhor medida da
capacidade contributiva, deve ser definida positiva e
negativamente, de modo a se declarar no tributvel a parte dos
rendimentos dos contribuintes destinada manuteno das condies dignas
de sobrevivncia, estabelecendo a poro capaz de ser apropriada pelo
Estado a fim de cumprir seus fins e livrar a parcela que superaria
as possibilidades de sacrifcio.
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H vedao constitucional ampliao da competncia tributria
municipal por meio de emenda constitucional? Em caso afirmativo,
qual (is)? O sistema constitucional vigente apenas impede a Emenda
Constitucional em matria que afete Clusulas Ptreas. Nesse sentido,
necessrio perguntar: competncia tributria matria de Clusula Ptrea?
Ou melhor: inserir uma nova competncia tributria municipal afetaria
de algum modo: I - a forma federativa de Estado; II - o voto
direto, secreto, universal e peridico; III - a separao dos Poderes;
ou IV - os direitos e garantias individuais? Os contribuintes
municipais tem direito ou garantia individual de no se ver
tributado por um novo tributo municipal? Imposto sim, mas taxa e
CM, no. H possibilidade plena de o Municpio instituir novos
tributos por Emenda, desde que respeitados os princpios
constitucionais tributrios: Uma emenda constitucional, emanada,
portanto, de constituinte derivado, incidindo em violao Constituio
originria, pode ser declarada inconstitucional, pelo STF, cuja funo
precpua de guarda da Constituio. A EC 3, de 17-3-1993, que, no art.
2, autorizou a Unio a instituir o IPMF, incidiu em vcio de
inconstitucionalidade, ao dispor, no pargrafo 2 desse dispositivo,
que, quanto a tal tributo, no se aplica o art. 150, III, b, e VI,
da Constituio, porque, desse modo, violou os seguintes princpios e
normas imutveis (somente eles, no outros): o princpio da
anterioridade, que garantia individual do contribuinte (art. 5, 2,
art. 60, 4, inciso IV, e art. 150, III, b, da Constituio). (ADI
939, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 15-12-1993, Plenrio,
DJ de 18- 3-1994.)ADI 939
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"No ordenamento jurdico vigente, no h norma, expressa nem
sistemtica, que atribua condio jurdico-subjetiva da aposentadoria
de servidor pblico o efeito de lhe gerar direito subjetivo como
poder de subtrair ad aeternum a percepo dos respectivos proventos e
penses incidncia de lei tributria que, anterior ou ulterior, os
submeta incidncia de contribuio previdencial. Noutras palavras, no
h, em nosso ordenamento, nenhuma norma jurdica vlida que, como
efeito especfico do fato jurdico da aposentadoria, lhe imunize os
proventos e as penses, de modo absoluto, tributao de ordem
constitucional, qualquer que seja a modalidade do tributo eleito,
donde no haver, a respeito, direito adquirido com o aposentamento.
(...) No inconstitucional o art. 4, caput, da EC 41, de 19-12-2003,
que instituiu contribuio previdenciria sobre os proventos de
aposentadoria e as penses dos servidores pblicos da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas
autarquias e fundaes. (...) So inconstitucionais as expresses
'cinquenta por cento do' e 'sessenta por cento do', constantes do
nico, incisos I e II, do art. 4 da EC 41, de 19-12-2003, e tal
pronncia restabelece o carter geral da regra do art. 40, 18, da
Constituio da Repblica, com a redao dada por essa mesma Emenda."
(ADI 3.128 e ADI 3.105, Rel. p/ ac. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 18-8-2004, Plenrio, DJ de 18-2-2005.)ADI 3.128ADI 3.105
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De fato, no podemos negar que os princpios constitucionais
tributrios constituem clusula ptrea para os contribuintes: O poder
constituinte derivado no ilimitado, visto que se submete ao
processo consignado no art. 60, 2 e 3, da CF, bem assim aos limites
materiais, circunstanciais e temporais dos pargrafos 1, 4 e 5 do
aludido artigo. A anterioridade da norma tributria, quando essa
gravosa, representa uma das garantias fundamentais do contribuinte,
traduzindo uma limitao ao poder impositivo do Estado. (RE 587.008,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 2-2-2011, Plenrio, DJE de
6-5-2011, com repercusso geral.) Vide: ADI 939, Rel. Min. Sydney
Sanches, julgamento em 15-12-1993, Plenrio, DJ de 18-3-1994.RE
587.008ADI 939 Alis, os princpios e as garantias ali estabelecidas
originariamente em benefcio do contribuinte no podem ser alteradas
por emenda constitucional. No se pode invocar incompatibilidade
(inconstitucionalidade) entre norma originria e a norma do art
149-A da CF: As clusulas ptreas no podem ser invocadas para
sustentao da tese da inconstitucionalidade de normas
constitucionais inferiores em face de normas constitucionais
superiores, porquanto a Constituio as prev apenas como limites ao
Poder Constituinte derivado ao rever ou ao emendar a Constituio
elaborada pelo Poder Constituinte originrio, e no como abarcando
normas cuja observncia se imps ao prprio Poder Constituinte
originrio com relao as outras que no sejam consideradas como
clusulas ptreas, e, portanto, possam ser emendadas. (ADI 815, Rel.
Min. Moreira Alves, julgamento em 28-3-1996, Plenrio, DJ de
10-5-1996.)ADI 815
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Princpios Aula 2 Florence Haret
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Bibliografia Efetivao de politicas pblicas: uma questo
oramentria (Maria de Ftima Ribeiro);
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Direitos Humanos e Tributao Qual a efetividade das polticas
pblicas que visam garantir os direitos fundamentais? Considerando a
costumeira escassez de recursos, cabvel ao Estado limitar suas aes
reserva do possvel? Que reserva essa? Definio e da execuo dos
gastos pblicos. O Estado tem por meta realizar os objetivos
fundamentais da Constituio Federal.
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Estado e polticas pblicas De que Estado necessitamos? Liberal:
neutralidade econmica; Social fiscal: provedor; Democrtico fiscal:
interveno com limites nos direitos fundamentais. Qual o papel na
organizao e relao entre os agentes econmicos? Cabe ao Estado
apropriar-se dos meios de produo? Ou interferir na livre
iniciativa, propriedade privada e livre concorrncia? Seja na produo
e fornecimento de bens e servios pblicos, seja atuando nas clssicas
funes tendentes a promover o crescimento, a redistribuio e a
estabilizao, o Estado o agente fundamental que, por meio de
diferentes polticas, pode interferir decisivamente na atividade
econmica de qualquer pas. (Piscitelli)
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Estado e modos de interveno Princpio da subordinao: interveno
apenas para manter o equilbrio, evitar os abusos; H subordinao dos
agentes econmicos ao Estado e vice-versa? Interveno direta: 1) por
absoro ou participao Interveno indireta: 2) por direo: Fiscalizao
3) Planejamento: polticas pblicas. 4) por induo: Incentivo
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FISCALIDADE sempre que os objetivos que presidiram a instituio
do tributo estejam voltados exclusivamente ao abastecimento dos
cofres pblicos. EXTRAFISCALIDADE quando a instituio do tributo no
tiver objetivo meramente arrecadatrio, visando a atingir certas
metas sociais, polticas ou econmicas. Com a extrafiscalidade, o
Estado cerceia a liberdade econmica, interferindo na livre
iniciativa? Como confrontar a extrafiscalidade com a capacidade
contributiva? Direito de propriedade uma garantia oponvel tributao?
a tutela constitucional sobre os direitos patrimonais e no sobre o
patrimnio em si. (Joel) PARAFISCALIDADE: ocorre quando o ente
competente transfere a capacidade tributria ativa a outra pessoa,
recebendo as atribuies para fiscaliz-lo e arrecad-lo e, ainda,
ficando incumbida de aplicar os valores arrecadados no desempenho
de suas atividades especficas.
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Atuao do estado na economia Ao Normativa (art 174) Fomento
Fiscalizao- art 174 Indireta Incentivo: arts 170, 218 e 219, da CF
TAXA Poder de policia CIDE No remunerado planejamento Ao
participativa Direta Prestao de servios pblicos: art 175 TAXA
Servio pblico Explorao direta da atividade econmica (para segurana
nacional ou interesse pblico) art 173; PREO pblico
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Limites Legislador oramentrio: CF. art. 165; Lei 4.320/64 que
estatui as Normas Gerais de Direito Financeiro Legislador ordinrio:
Lei oramentria o tributo que nasce limitado pelo espao da
liberdade, porquanto seu fundamento est nos direitos fundamentais
preconizados pela CF (Torres) Que princpios so esses? Quais so seus
correlatos limites criados? Poderamos imaginar um tributo
inconstitucional por inobservncia de um direito fundamental? Gestor
pblico: Lei de improbidade administrativa; crime de
responsabilidade (art. 85, VI da CF: vedado ao administrador
realizar qualquer despesa sem previso oramentria, nos termos do
art. 167, inciso II.)
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Oramento e polticas pblicas O oramento o principal instrumento
de realizao de polticas pblicas. instrumento de governo, tanto para
o desenvolvimento econmico quanto para o desenvolvimento social e
poltico. a funo de traar as polticas pblicas de iniciativa do Poder
Executivo, com a aprovao do Poder Legislativo na elaborao
oramentria, para posterior aprovao pelo Congresso Nacional, em se
tratando do oramento federal.
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Parmetros a Constituio Federal, oferece todas as diretrizes
para a elaborao, execuo e controle do oramento do Governo Federal:
objetivos e os valores fundamentais da Repblica (Art. 3) limites
constitucionais, representados pelos valores, objetivos
fundamentais da Repblica e programas trazidos pelo texto
constitucional os gastos pblicos no permitem que o legislador, e
muito menos o administrador, realizem gastos de acordo com suas
livres conscincias, de forma desvinculada aos objetivos estatudos
no Artigo 3 da Constituio Federal. (Maria de Ftima)
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Interveno do judicirio Limite do judicirio: no poder ser
legislador positivo? descabe ao Judicirio, deciso de tal quilate.
No entanto, se o fizer, determinando, por exemplo, a construo de
moradias, creches, etc., e transitada em julgado a deciso, coisa no
cabe ao Prefeito que cumprir a ordem. Para tanto, dever incluir, no
oramento do prximo exerccio, a previso financeira. Esclarecer
autoridade judicial a impossibilidade de cumprimento imediato da
deciso com trnsito em julgado, diante da falta de previso
oramentria, e obrigar-se- a incluir na futura lei oramentria
recursos para o cumprimento da deciso. (Regis)
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Limites tributao com base na solidariedade social Seria o
patrimnio esse limite objetivo? no cabe analisar a relao entre a
obrigao tributria e o patrimnio, salvo nos casos de arbitrariedade
e irracionalidade de tributao. (Joel) E o que arbitrariedade e
irracionalidade? se o tributo destri o prprio negcio, nem por isto
ele seria ilegtimo, porque no se trata de ser justo ou no, mas sim
uma questo de poder e soberania (competncia do Estado). (Corte
Americana) 2 anlises: formal da subsuno e material da ratio.
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Mnimo existencial A dignidade da pessoa humana tem como limite
de partida o mnimo existencial; Nas dobras dos princpios
fundamentais e basilares acima comentados que se revela a
necessidade de se dar ao cidado brasileiro condies mnimas de
existncia, isto , supri-lo de bens materiais que atendam s suas
necessidades bsicas e que lhe permitam assegurar a vida, a sade, o
bem-estar, a dignidade e a liberdade. (Quiroga) O oramento
instrumento em benefcio do mnimo existencial? o momento mximo da
cidadania, em que as escolhas pblicas so feitas e controladas.
(Gustavo Amaral) A forma de planejamento a longo (PPA), mdio (LDO)
e curto prazo (LOA) e planos nacionais, regionais e setoriais so a
melhor forma de garantir o mnimo existencial?
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Estatuto do Contribuinte Deve tratar de qual momento:
Arrecadao? Oramento? Seria necessria participao mais ativa do
cidado no processo de alocao e utilizao dos recursos pblicos?
Direitos fundamentais so reconhecidos; Deveres fundamentais so
impostos/criados (clusula geral) Estatuto em face dos fundamentos
da ordem econmica: Livre concorrencia = isonomia clusula de defesa
do cidado contra o arbtrio do Estado Propriedade privada e livre
iniciativa = no-confisco Defesa do meio ambiente Busca do pleno
emprego Liberdade do trabalho.
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Princpios tributrios Estrita legalidade Vinculao da tributao
lei Excees ou aparentes excees ao princpio da reserva legal da
alquota (IPI, IImp, IExp, IOF e CIDE Combustveis) O que dizer das
clasulas gerais, tipos abertos e conceitos indeterminados no
direito tributrio? E as normas penais em branco? (Lei 8212/91, art
22, III, e paragrafo 3) Caso do IPTU Anterioridade anterioridade
nonagesimal das contribuies sociais destinadas seguridade social. A
anterioridade e a EC 32/2001. Excees ou aparentes excees ao
princpio (IPI, IImp, IExp, ISOF e CIDE Combustveis)
Irretroatividade Da lei: CF 5, XXXVI + CTN 150, III, a Da nova
interpretao jurdica dos critrios legais pela AP: CTN 146
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Princpio da confiana e da vedao retroatividade da lei mais
gravosa CTN, Art. 146. A modificao introduzida, de ofcio ou em
conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios
jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do
lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito
passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua
introduo.
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Princpios tributrios tipologia tributria Do tributo Das infraes
tributrias uniformidade geogrfica Criao de reas incentivadas;
no-discriminao tributria em razo da procedncia ou destinos dos
bens, territorialidade da tributao: Competncia territorial do ente
tributante indelegabilidade da competncia tributria: Vedao para que
institua tributo e para que integre a norma tributria impositiva.
Vedao criao de clasulas gerais de tirbutao que permitisse o
Executivo instituir tributo;
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Princpios tributrios Universalidade ou aplicao categorial
Igualdade ou proibio de arbtrio No-discriminao Proporcionalidade:
necessidade, adequao e proporcionalidade em sentido estrito Tutela
judicial
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Casos ICMS pr-sada (RExt 115.452): pode ser justificado em face
das redues de custos na arrecadao/fiscalizao?; ICMS dia-a-dia (RExt
195.621); PIS/COFINS-importao com ICMS na base de clculo: pode ser
justificado por assegurar competitividade? (TRF1, A em MS
2004.38.00.31210-9) CIDE-tecnologia: a simples subsuno capaz de
justificar o tributo? (TRF2, AC 2002.51.01.018281-6)