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PRINCÍPIOS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

Principios e Normas

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  • PRINCPIOS E NORMAS

    BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

  • Letra: Joaquim Osrio Duque Estrada

    Msica: Francisco Manuel da Silva

    HINO NACIONAL

  • CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SANTA CATARINA - CRCSC

    PRINCPIOS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

    Florianpolis/SC

    Fevereiro de 2013

  • CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SANTA CATARINA CRCSC

    Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, 1900

    Florianpolis 88.015-710

    Fone: (48) 3027-7006 Fax (48) 3027-7008

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    2 Edio revista e ampliada

    Capa: Estagiria Mnica Weber JooSuperviso Ana Cludia Neves Antunes

    Projeto Grfico: Horizonte Grfica e Editora Ltda.

    Ficha Catalogrfica _______________________________________________________________________

    C755p Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina Princpios e Normas Brasileiras de Contabilidade / Conselho

    Regional de Contabilidade de Santa Catarina. 2. ed. rev. ampl. Florianpolis : CRCSC, 2013.

    1.650 p.

    1. Contabilidade. 2. Legislao Contbil. I. Ttulo.

    CDU 657 _______________________________________________________________________

    Ficha Catalogrfica elaborada pelo Bibliotecrio Leandro Pinheiro CRB-14/1340

    Projeto Editorao de Livros 2012/2013

    COMISSO Adilson Pagani Ramos

    Cansio Muller dio Silveira

    Eli Oliveira de Souza Jos Carlos Pero

    Luiz Alberton Luiz Felipe Ferreira

    Michele Patrcia Roncalio Lindomar Antonio Fabro - Coordenador

    Os direitos de reproduo deste livro foram cedidos pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. possvel que a legislao do livro tenha sido alterada posteriormente a sua Publicao.

    Verifique regularmente se houve alteraes.

    Normatizao: Danielly da Cunha (CRB-14/793) e Leandro Pinheiro (CRB-14/1340)

  • APRESENTAO

    O Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) apresenta a

    edio atualizada, at julho de 2012, das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) e dos

    Princpios que regem a profisso e que devem ser cumpridos por todos os profissionais

    da contabilidade do pas.

    A tarefa de normatizar os procedimentos contbeis gerais e especficos cabe ao

    Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que para isso mantm grupos de trabalho em

    atuao constante. Muitos dos quais contam com integrantes indicados pelo CRCSC. um trabalho que congrega, em igual medida, o saber tcnico e a aplicao

    prtica, pois as normas precisam estar em sintonia com a realidade atual da profisso

    contbil e com a evoluo surpreendente das Cincias Contbeis verificada nas ltimas

    dcadas. No h como se desconhecer o processo de globalizao no exerccio profissional,

    que se reflete na preocupao do Sistema CFC/CRCs em buscar a convergncia das

    Normas Brasileiras de Contabilidade aos padres internacionais.

    No foi por outro motivo que o CFC editou a Resoluo n 1.055/05, criando o

    Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) - integrado por representantes de importantes

    instituies da rea contbil e do mercado de capitais, participando como convidados

    permanentes representantes dos principais rgos reguladores governamentais e tambm

    a Resoluo n 1.103/07, instituindo o Comit Gestor da Convergncia no Brasil.

    Com essas providncias, podermos afirmar que a classe contbil brasileira hoje se

    encontra melhor preparada para enfrentar as mudanas trazidas pela entrada em vigor da

    Lei n 11.638/07, que estabelece a convergncia s normas internacionais de Contabilidade.

    Com certeza, esta edio ser de grande importncia para os profissionais da

    contabilidade catarinenses se manterem atualizados em relao aos Princpios e s

    Normas Brasileiras de Contabilidade.

    Este texto, cujo direito de reproduo foi gentilmente cedido pelo CFC, tem como

    complemento o livro que trata especificamente das NBCs relacionadas Auditoria

    Independente, Auditoria Interna e Percia Contbil, que tambm est sendo publicado, em

    verso atualizado, por este CRC.

    Contador Adilson Cordeiro

    Presidente do CRCSC

  • SUMRIO

    PRINCPIOS DE CONTABILIDADE PRINCPIOS DE CONTABILIDADE (PC) RESOLUO CFC N 750/93 ...........................................09 RESOLUO CFC N. 1.111/07 ........................ .................................................................................13 APNDICE II DA RESOLUO CFC N. 750/93 SOBRE OS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE ......14

    CONVERGNCIA AOS PADRES INTERNACIONAIS COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS - RESOLUO CFC N 1.055/05 .......................19 COMIT GESTOR DA CONVERGNCIA NO BRASIL - RESOLUO CFC N. 1.103/2007 ............ 24

    NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE ESTRUTURA DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE - RESOLUO CFC N 1.328/11...................................................................................................................................................28

    NBC TG GERAL NORMAS COMPLETAS........................................................................................31 NBC TG Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil Financeiro - RESOLUO CFC N 1374/11...........................................................................................32 NBC TG 01 Reduo ao Valor Recupervel de Ativos RESOLUO CFC N 1.292/10.................60 NBC TG 02 Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio e Converso de Demonstraes Contbeis RESOLUO CFC N 1.295/10.........................................................................................99 NBC TG 03 Demonstrao dos Fluxos de Caixa RESOLUO CFC N 1.296/10........................114 NBC TG 04 Ativo Intangvel RESOLUO CFC N 1.303/10.........................................................134 NBC TG 05 Divulgao sobre Partes Relacionadas RESOLUO CFC N 1.297/10...................169 NBC TG 06 Operaes de Arrendamento Mercantil RESOLUO CFC N 1.304/10...................183 NBC TG 07 Subveno e Assistncia Governamentais RESOLUO CFC N 1.305/10.............200 NBC TG 08 Custos de Transao e Prmios na Emisso de Ttulos e Valores Mobilirios RESOLUO CFC N 1.313/10............................................................................................................210 NBC TG 09 Demonstrao do Valor Adicionado (DVA) RESOLUO CFC N 1.138/08..............226 NBC TG 10 Pagamento Baseado em Aes RESOLUO CFC N 1.314/10..............................242 NBC TG 11 Contratos de Seguro RESOLUO CFC N 1.150/09................................................273 NBC TG 12 Ajuste a Valor Presente RESOLUO CFC N 1.151/09............................................295 NBC TG 13 Adoo Inicial da Lei n. 11.638/07 e da Medida Provisria n 449/08 RESOLUO CFC N 1.152/09....................................................................................................................................315 NBC TG 15 Combinao de Negcios RESOLUO CFC N 1.350/11........................................328 NBC TG 16 Estoques RESOLUO CFC N 1.170/09..................................................................384 NBC TG 17 Contratos de Construo RESOLUO CFC N 1.411/12.........................................393 NBC TG 18 Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Con- junto RESOLUO CFC N 1.424/13................................................................................................405 NBC TG 19 Negcios em Conjunto RESOLUO CFC N 1.415/12.................................416 NBC TG 20 Custos de Emprstimos RESOLUO CFC N 1.172/09...........................................442 NBC TG 21 Demonstrao Intermediria RESOLUO CFC N 1.174/09....................................448 NBC TG 22 Informaes por Segmento RESOLUO CFC N 1.176/09......................................471 NBC TG 23 Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro RESOLUO CFC N 1.179/09............................................................................................................................................486 NBC TG 24 Evento Subsequente RESOLUO CFC N 1.184/09................................................498 NBC TG 25 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes RESOLUO CFC N 1.180/09.................................................................................................................................................505 NBC TG 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis RESOLUO CFC N 1.185/09.........530 NBC TG 27 Ativo Imobilizado RESOLUO CFC N 1.177/09......................................................564 NBC TG 28 Propriedade para Investimento RESOLUO CFC N 1.178/09................................579 NBC TG 29 Ativo Biolgico e Produto Agrcola RESOLUO CFC N 1.186/09...........................598 NBC TG 30 Receitas RESOLUO CFC N 1.187/09...................................................................613

  • NBC TG 31 Ativo No Circulante Mantido para Venda e Operao Descontinuada RESOLUO CFC N 1.188/09...................................................................................................................................634 NBC TG 32 Tributos sobre o Lucro RESOLUO CFC N 1.189/09.............................................654 NBC TG 33 Benefcios a Empregados RESOLUO CFC N 1.425/13........................................699 NBC TG 35 Demonstraes Separadas RESOLUO CFC N 1.413/12......................................737 NBC TG 36 Demonstraes Consolidadas RESOLUO CFC N 1.426/13.................................742 NBC TG 37 Adoo Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade RESOLUO CFC N 1.306/10.................................................................................................................................................774 NBC TG 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao RESOLUO CFC N 1.196/09.................................................................................................................................................819 NBC TG 39 Instrumentos Financeiros: Apresentao RESOLUO CFC N 1.197/09.................................................................................................................................................899 NBC TG 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciao RESOLUO CFC N 1.198/09.................928 NBC TG 41 Resultado por Ao RESOLUO CFC N 1.287/10.................................................956

    ITG 01 Contratos de Concesso RESOLUO CFC N 1.261/09..............................................1.088 ITG 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio RESOLUO CFC N 1.266/09..............................................................................................................................................1.110 ITG 03 Aspectos Complementares das Operaes de Arrendamento Mercantil RESOLUO CFC N 1.256/09.........................................................................................................................................1.117 ITG 06 Hedge de Investimento Lquido em Operao no Exterior RESOLUO CFC N 1.259/09..............................................................................................................................................1.131 ITG 07 Distribuio de Lucros in Natura RESOLUO CFC N 1.260/09..............................................................................................................................................1.141 ITG 08 Contabilizao da Proposta de Pagamento de Dividendos RESOLUO CFC N. 1.398/12.............................................................................................................................................1.146 ITG 09 Demonstraes Contbeis Individuais, Demonstraes Separadas, Demonstraes Consolidadas e Aplicao do Mtodo de Equivalncia Patrimonial RESOLUO CFC N 1.262/09..............................................................................................................................................1.152 ITG 10 Interpretao sobre a Aplicao Inicial ao Ativo Imobilizado e Propriedade para Investimento RESOLUO CFC N 1.263/09...............................................................................1.180 ITG 11 Recebimento em Transferncia de Ativos dos Clientes RESOLUO CFC N 1.264/09..............................................................................................................................................1.192 ITG 12 Mudanas em Passivos por Desativao, Restaurao e Outros Passivos Similares RESOLUO CFC N 1.265/09........................................................................................................1.199 ITG 13 Direitos a Participaes Decorrentes de Fundos de Desativao, Restaurao e Reabilitao Ambiental RESOLUO CFC N 1.288/10....................................................................................1.207 ITG 15 Passivos Decorrentes de Participao em Mercado Especfico Resduos de Equipamentos Eletroeletrnicos RESOLUO CFC N 1.289/10.........................................................................1.211 ITG 16 Extino de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais RESOLUO CFC N 1.316/10..............................................................................................................................................1.215 ITG 17 Contratos de Concesso: Evidenciao RESOLUO CFC N 1.375/11.......................1.218 CTG 01 Entidades de Incorporao Imobiliria RESOLUO CFC N 1.154/09........................1.221 CTG 02 Esclarecimentos sobre as Demonstraes Contbeis de 2008 RESOLUO CFC N 1.157/09.............................................................................................................................................1.230 CTG 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao RESOLUO CFC N 1.199/09................................................................................................................................1.252

    CTG 05 Contratos de Concesso RESOLUO CFC N 1.318/10.............................................1.324

    NBC TG 43 Adoo Inicial das NBC Ts Convergidas em 2009 RESOLUO CFC N 1.315/10..............................................................................................................................................1.013 NBC TG 45 Divulgao de Participaes em Outras Entidades RESOLUO CFC N 1.427/13..............................................................................................................................................1.019 NBC TG 46 Mensurao do Valor Justo RESOLUO CFC N 1.428/13..................................1.034

    CTG 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ITG 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio RESOLUO CFC N. 1.317/10........................................................................................................1.315

  • NBC TG Geral Normas Especficas..........................................................................................1.535

    ITG 2000 Escriturao Contbil RESOLUO CFC N 1.330/11...............................................1.536 ITG 2001 Entidade Fechada de Previdncia Complementar RESOLUO CFC N 1.272/10.............................................................................................................................................1.541 CTG 2000 Aborda como os ajustes das novas prticas contbeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei n 11.638/07 e MP n 449/08 devem ser tratados RESOLUO CFC N 1.159/09.............................................................................................................................................1.548 CTG 2001 Define as formalidades da escriturao contbil em forma digital para fins de atendimento ao Sistema Pblico de Escriturao Digital SPED RESOLUO CFC N 1.299/10...................1.557 ITG 2002 Entidade sem Finalidade de Lucros RESOLUO CFC N. 1.409/12........................1.561 NBC T 10.8 Entidades Cooperativas RESOLUO CFC N 920/01...........................................1.572 NBC T 10.8 - IT 01 Entidades Cooperativas RESOLUO CFC N 1.013/05............................1.577

    ITG 2003 - Entidade Desportiva Profissional RESOLUO CFC N 1.429/13...............................1.601

    NBC T 10.21 Entidades Cooperativas Operadoras de Planos de Assistncia Sade RESOLUO CFC N 944/02..........................................................................................................1.582 NBC T 10.21 - IT 1 Regulamentao do item 10.21.1.4 RESOLUO CFC N 958/03.................................................................................................................................................1.588 NBC T 10.21 - IT 2 Regulamentao do item 10.21.4 - Demonstrao de Sobras e Perdas RESOLUO CFC N 959/03..........................................................................................................1.591 NBC T 15 Informaes de Natureza Social e Ambiental RESOLUO CFC N 1.003/04...............................................................................................................................................1.596

    NBC TSP do Servio Pblico........................................................................................................1.605

    NBC T 16.1 Conceituao, Objeto e Campo de Aplicao RESOLUO CFC N 1.128/08...............................................................................................................................................1.606 NBC T 16.2 Patrimnio e Sistemas Contbeis RESOLUO CFC N 1.129/08...............................................................................................................................................1.610 NBC T 16.3 Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contbil RESOLUO CFC N 1.130/08...............................................................................................................................................1.613 NBC T 16.4 Transaes no Setor Pblico RESOLUO CFC N 1.131/08.................................1.615 NBC T 16.5 Registro Contbil RESOLUO CFC N 1.132/08...................................................1.618NBC T 16.6 Demonstraes Contbeis RESOLUO CFC N 1.133/08....................................1.623 NBC T 16.7 Consolidao das Demonstraes Contbeis RESOLUO CFC N 1.134/08...............................................................................................................................................1.629NBC T 16.8 Controle Interno RESOLUO CFC N 1.135/08.....................................................1.632 NBC T 16.9 Depreciao, Amortizao e Exausto RESOLUO CFC N 1.136/08...............................................................................................................................................1.635 NBC T 16.10 Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Pblico RESOLUO CFC N 1.137/08.......................................................................................................1.639 NBC T 16.11 Sistema de Informao de Custos do Setor Pblico - RESOLUO CFC N 1.366/11..............................................................................................................................................1.644

    NBC TG Geral Normas Simplificadas para PMEs...................................................................1.356

    NBC TG 1000 Contabilidade para Pequenas e Mdias Empresas RESOLUO CFC N 1.255/09.............................................................................................................................................1.357

  • PRINCPIOS DE CONTABILIDADE

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  • RESOLUO CFC N. 750/93

    (Esta Resoluo possui o Apndice II aprovado pela Resoluo CFC n 1111/07).

    Dispe sobre os Princpios de Contabilidade (PC). (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentao apropriada para interpretao e aplicao das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    RESOLVE:

    CAPTULO I

    DOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

    Art. 1 Constituem PRINCPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resoluo.

    1 A observncia dos Princpios de Contabilidade obrigatria no exerccio daprofisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

    2 Na aplicao dos Princpios de Contabilidade h situaes concretas e aessncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    CAPTULO II

    DA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAO

    Art. 2 Os Princpios de Contabilidade representam a essncia das doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto o patrimnio das entidades. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    Art. 3 So Princpios de Contabilidade: (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    I) o da ENTIDADE;

    II) o da CONTINUIDADE;

    III) o da OPORTUNIDADE;

    IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

    V) o da COMPETNCIA; e

    VII) o da PRUDNCIA.

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  • SEO I

    O PRINCPIO DA ENTIDADE

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o Patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    SEO II

    O PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    SEO III

    O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para produzir informaes ntegras e tempestivas.

    Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na produo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    SEO IV

    O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes, expressos em moeda nacional.

    1 As seguintes bases de mensurao devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

    I Custo histrico. Os ativos so registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes; e

    10

  • II Variao do custo histrico. Uma vez integrado ao patrimnio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores:

    a) Custo corrente. Os ativos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes decaixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que seriam necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes contbeis;

    b) Valor realizvel. Os ativos so mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes decaixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes da Entidade;

    c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futurode entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal das operaes da Entidade;

    d) Valor justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e

    e) Atualizao monetria. Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacionaldevem ser reconhecidos nos registros contbeis mediante o ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

    2 So resultantes da adoo da atualizao monetria:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequncia, o do Patrimnio Lquido; e

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas to somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perodo. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    SEO VI

    O PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    11

  • Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    SEO VII

    O PRINCPIO DA PRUDNCIA

    Art. 10 O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

    Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    Art. 11 A inobservncia dos Princpios de Contabilidade constitui infrao nas alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.282/10)

    Art. 12 Revogada a Resoluo CFC n. 530/81, esta Resoluo entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 1994.

    Braslia, 29 de dezembro de 1993.

    Contador IVAN CARLOS GATTI Presidente

    12

  • RESOLUO CFC N. 1.111/07

    Aprova o Apndice II da Resoluo CFC n. 750/93 sobre os Princpios de Contabilidade. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO a convenincia de um maior esclarecimento sobre o contedo e abrangncia dos Princpios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Pblico, (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Apndice II da Resoluo CFC n. 750/93 sobre os Princpios de Contabilidade. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 29 de novembro de 2007.

    Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente

    13

  • INTERPRETAO DOS

    PRINCPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PBLICO (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    APNDICE II DA RESOLUO CFC N. 750/93

    SOBRE OS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE

    (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    INTRODUO AO APNDICE O ponto de partida para qualquer rea do conhecimento humano deve ser sempre os

    princpios que a sustentam. Esses princpios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados bsicos e seus fins. Vale dizer, os princpios so eleitos como fundamentos e qualificaes essenciais da ordem que institui.

    Os princpios possuem o condo de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, so considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema.

    Adicionalmente, as novas demandas sociais esto a exigir um novo padro de informaes geradas pela Contabilidade Pblica, e que seus demonstrativos item essencial das prestaes de contas dos gestores pblicos devem ser elaborados de modo a facilitar, por parte dos seus usurios e por toda a sociedade, a adequada interpretao dos fenmenos patrimoniais do setor pblico, o acompanhamento do processo oramentrio, a anlise dos resultados econmicos e o fluxo financeiro.

    1. INTERPRETAO DOS PRINCPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PBLICO (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    1.1. O PRINCPIO DA ENTIDADE

    1.1.1. O enunciado do Princpio da Entidade

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou a uma instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou a agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    Perspectivas do Setor Pblico O Princpio da Entidade se afirma, para o ente pblico, pela autonomia e

    responsabilizao do patrimnio a ele pertencente. A autonomia patrimonial tem origem na destinao social do patrimnio e a

    responsabilizao pela obrigatoriedade da prestao de contas pelos agentes pblicos.

    1.2. O PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    1.2.1. O enunciado do Princpio da Continuidade

    14

  • Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Perspectivas do Setor Pblico No mbito da entidade pblica, a continuidade est vinculada ao estrito cumprimento

    da destinao social do seu patrimnio, ou seja, a continuidade da entidade se d enquanto perdurar sua finalidade.

    1.3. O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    1.3.1. O enunciado do Princpio da Oportunidade

    Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para produzir informaes ntegras e tempestivas.

    Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na produo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Perspectivas do Setor Pblico O Princpio da Oportunidade base indispensvel integridade e fidedignidade

    dos processos de reconhecimento, mensurao e evidenciao da informao contbil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimnio da entidade pblica, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    A integridade e a fidedignidade dizem respeito necessidade de as variaes serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrncia, visando ao completo atendimento da essncia sobre a forma.

    1.4. O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    1.4.1. O enunciado do Princpio do Registro pelo Valor Original

    Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transaes, expressos em moeda nacional.

    1 As seguintes bases de mensurao devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

    I Custo histrico. Os ativos so registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que so entregues para adquiri-los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes; e

    II Variao do custo histrico. Uma vez integrado ao patrimnio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaes decorrentes dos seguintes fatores:

    a) Custo corrente. Os ativos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses

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  • ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no perodo das demonstraes contbeis. Os passivos so reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que seriam necessrios para liquidar a obrigao na data ou no perodo das demonstraes contbeis;

    b) Valor realizvel. Os ativos so mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes da Entidade;

    c) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da Entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessrio para liquidar o passivo no curso normal das operaes da Entidade;

    d) Valor Justo. o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transao sem favorecimentos; e

    e) Atualizao monetria. Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contbeis mediante o ajustamento da expresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

    2 So resultantes da adoo da atualizao monetria:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais, necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequncia, o do Patrimnio Lquido; e

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas to somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado perodo. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Perspectivas do Setor Pblico Nos registros dos atos e fatos contbeis ser considerado o valor original dos

    componentes patrimoniais. Valor Original, que ao longo do tempo no se confunde com o custo histrico,

    corresponde ao valor resultante de consensos de mensurao com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada a exemplo de custo histrico, custo histrico corrigido e custo corrente; ou valores de sada a exemplo de valor de liquidao, valor de realizao, valor presente do fluxo de benefcio do ativo e valor justo.

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  • 1.5. O PRINCPIO DA COMPETNCIA

    1.5.1. O enunciado do Princpio da Competncia

    Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Perspectivas do Setor Pblico O Princpio da Competncia aplica-se integralmente ao Setor Pblico. (Redao dada

    pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    1.6. O PRINCPIO DA PRUDNCIA

    1.6.1. O enunciado do Princpio da Prudncia Art. 10 O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para os

    componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

    Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    Perspectivas do Setor Pblico As estimativas de valores que afetam o patrimnio devem refletir a aplicao de

    procedimentos de mensurao que prefiram montantes, menores para ativos, entre alternativas igualmente vlidas, e valores maiores para passivos.

    A prudncia deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo j escriturado por determinados valores, segundo os Princpios do Valor Original, surgirem possibilidades de novas mensuraes. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)

    A aplicao do Princpio da Prudncia no deve levar a excessos ou a situaes classificveis como manipulao do resultado, ocultao de passivos, super ou subavaliao de ativos. Pelo contrrio, em consonncia com os Princpios Constitucionais da Administrao Pblica, deve constituir garantia de inexistncia de valores fictcios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.

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  • CONVERGNCIA AOS PADRES INTERNACIONAIS

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  • RESOLUO CFC N 1.055/05

    Cria o COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS (CPC), e d outras providncias.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies

    legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que a crescente importncia da internacionalizao das normas contbeis vem levando inmeros pases a caminhar para um processo de convergncia que tenha como conseqncia:

    a) a reduo de riscos nos investimentos internacionais (quer os sob a forma de emprstimo financeiro quer os sob a forma de participao societria), bem como os crditos de natureza comercial, reduo de riscos essa derivada de um melhor entendimento das demonstraes contbeis elaboradas pelos diversos pases por parte dos investidores, financiadores e fornecedores de crdito;

    b) a maior facilidade de comunicao internacional no mundo dos negcios com o uso de uma linguagem contbil bem mais homognea;

    c) a reduo do custo do capital que deriva dessa harmonizao, o que no caso de interesse, particularmente, vital para o Brasil;

    CONSIDERANDO que a importncia crescente da Contabilidade levou tendncia

    mundial de se contar, no processo de emisso de pronunciamentos contbeis, com a participao no s dos Contadores preparadores das informaes dessa natureza e dos seus Auditores Independentes, mas tambm com a dos usurios dessas informaes, como os profissionais de investimentos e rgos reguladores, dos que fiscalizam esse processo e dos que pesquisam e estudam, academicamente, a Cincia Contbil;

    CONSIDERANDO que a confiabilidade nas Demonstraes Contbeis por toda a

    sociedade interessada torna-se maior quando uma entidade for responsvel pelo preparo e pela emisso e divulgao das regras que as regem;

    CONSIDERANDO que a tendncia da grande maioria dos pases desenvolvidos e

    dos pases de economia mais relevantes em desenvolvimento a da adoo dessa entidade nica com a participao de todos esses interessado na informao contbil, inclusive sendo esse o modelo adotado pelos rgos internacionais de maior relevncia no mundo de hoje, como o IASB International Accounting Standards Board;

    CONSIDERANDO que, no Brasil, diversas entidades representativas desses

    segmentos de preparadores de informaes contbeis, seus auditores, profissionais de investimentos, usurios, fiscalizadores e pesquisadores j vm trabalhando juntos nesse processo de maneira ainda no totalmente sistematizada e unificada, mas com a acumulao de experincia suficiente para formalizar agora a definitiva implantao de um comit que as rena e possa, de maneira central, elaborar pronunciamentos tcnicos contbeis ;

    CONSIDERANDO que algumas dessas entidades, de natureza regulatria

    governamental, vem demonstrando seu interesse em se beneficiar do processo de elaborao desses pronunciamentos, para posterior deliberao em suas reas de competncia, bem como vem incentivando a criao desse comit aglutinador dos diversos interessados;

    19

  • CONSIDERANDO o papel que o Conselho Federal de Contabilidade vem desempenhando nesse processo h muitos anos, sua experincia nesse campo e sua estrutura; e

    CONSIDERANDO a confiana nele depositada por essas referidas entidades na criao e na manuteno de um comit autnomo, democrtico e independente e que dever representar, de maneira mais ampla, os pensamentos e os interesses da coletividade em relao s normas contbeis;

    RESOLVE :

    CAPTULO I DA CRIAO E DA COMPOSIO

    Art. 1 Fica criado o COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS (CPC).

    Art. 2 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ser composto pelas seguintes entidades:

    a- ABRASCA Associao Brasileira das Companhias Abertas; b- APIMEC NACIONAL Associao dos Analistas e Profissionais de Investimento

    do Mercado de Capitais;

    c- BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; (Redao dada pela Resoluo CFC n 1.339/11)

    d- CFC Conselho Federal de Contabilidade; e- IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; f- FIPECAFI Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuarias e Financeiras.

    Pargrafo nico. Por aprovao de 3/4 (trs quartos) das entidades representadas no Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), outras entidades ou instituies vinculadas a contadores, auditores, analistas de investimentos ou de Demonstraes Contbeis, relacionadas ao mercado financeiro, em geral, ou ao mercado de capitais, em particular, bem como representantes de universidades que possuam cursos de Contabilidade, reconhecidos como de alta qualidade ou institutos de pesquisas na rea contbil vinculado a universidades que mantenham tais cursos, podero vir a ser convidadas a integrar o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), assim como podero ser excludas do CPC, observada a manuteno de equilbrio entre os setores nele representados.

    CAPTULO II DO OBJETIVO

    Art. 3 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) tem por objetivo o estudo, o preparo e a emisso de Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgao de informaes dessa natureza, para permitir a emisso de normas pela entidade reguladora brasileira, visando centralizao e uniformizao do seu processo de produo, levando sempre em conta a convergncia da Contabilidade Brasileira aos padres internacionais.

    Art. 4 atribuio do Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) estudar, pesquisar, discutir, elaborar e deliberar sobre o contedo e a redao de Pronunciamentos Tcnicos.

    1 O Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) poder emitir Orientaes eInterpretaes, alm dos Pronunciamentos Tcnicos, sendo que todos podero ser

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  • consubstanciados em Norma Brasileira de Contabilidade pelo CFC e em atos normativos pelos rgos reguladores brasileiros, visando dirimir dvidas quanto implementao desses Pronunciamentos Tcnicos.

    2 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) dar ampla divulgao dosdocumentos que produzir, tanto na etapa de audincia quanto da emisso dos mesmos.

    3 A aprovao dos Pronunciamentos Tcnicos, das Orientaes e de suasInterpretaes dar-se-, em conformidade com o regulamento interno, mas sempre por, no mnimo, 2/3(dois teros) dos seus membros.

    4 Definir suas diretrizes de atuao, sempre em consonncia com suas finalidades.

    Art. 5 Para o cumprimento de seus objetivos, o Comit de PronunciamentosContbeis (CPC) poder realizar quaisquer atividades que com eles sejam compatveis e necessrias, entre as quais:

    a- desenvolver e implementar aes educativas, tais como, cursos, simpsios, seminrios, congressos, conferncias, palestras ou quaisquer outros eventos; b- realizar pesquisas; c- manter servio de divulgao e de distribuio de informaes, dados, trabalhos, estudos tcnicos e documentos relacionados com os seus objetivos; d- colaborar ou participar de programas governamentais ou desenvolvidos por instituies privadas ou da sociedade civil que afetem ou sejam afins sua rea de atuao, podendo, para tanto, participar e/ou aceitar assentos em comits, comisses, cmaras, fruns, redes e outros; e- subsidiar o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nas suas necessidades de firmar convnios, contratos, acordos ou recorrer a quaisquer outras formas de colaborao ou cooperao com pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, incluindo governamentais, associaes de classe, organismos internacionais, setores acadmicos, organizaes no-governamentais e demais instituies assemelhadas; f- realizar quais outras atividades ou praticar quaisquer outros atos necessrios ao cumprimento de seus objetivos.

    Art. 6 O Comit de Pronunciamentos Contbeis - (CPC) dever submeter audincia pblica as minutas dos Pronunciamentos Tcnicos.

    Pargrafo nico. No processo de audincia, o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) consultar outras entidades e/ou instituies, como: Secretaria da Receita Federal, agncias reguladoras, associaes ou institutos profissionais, associaes ou federaes representativas da indstria, do comrcio, da agricultura, do setor financeiro, da rea de servios, de investidores, instituies de ensino e/ou de pesquisa de Contabilidade e outras que tenham interesse direto nas questes definidas nos objetivos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), devendo, para cada uma delas, haver uma correspondncia direta e individualizada.

    CAPTULO III DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO

    Art. 7 O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ser formado, em sua maioria, por contadores, com registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade, todos de ilibada reputao e reconhecido conhecimento tcnico na rea contbil e de divulgao de informaes, eleitos a partir das indicaes feitas pelas entidades referidas no art. 2.

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  • 1 As pessoas fsicas, com a representao delegada pelas entidades referidas noart. 2 tero autonomia em todas as suas deliberaes e votaes.

    2 Cada entidade indicar 2(dois) membros efetivos para compor o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC).

    3 O mandato dos membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC)ser de 4 (quatro) anos, permitindo-se recondues, encerrando-se com a assinatura do termo de posse do sucessor formalmente indicado pela correspondente entidade.

    4 Na primeira indicao de cada entidade, um dos membros ter mandato de 2(dois) anos.

    5 As reunies do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) instalar-se-ocom a presena de um nmero superior a 50% (cinqenta por cento) dos seus membros.

    Art. 8. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) eleger, dentre seus membros, 4 (quatro) Coordenadores, a saber: Coordenador de Operaes, Coordenador de Relaes Institucionais, Coordenador de Relaes Internacionais e Coordenador Tcnico, e respectivos Vice-Coordenadores, com mandatos de 2 (dois) anos, permitindo-se reeleies, fixando-lhes a competncia em Regimento Interno. (Redao dada pela Resoluo CFC n 1.075/06)

    Art. 9. Os membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) desempenharo suas funes e atribuies sem remunerao.

    Art. 9A. A extino ou a perda do mandato dos membros do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) ocorrer:

    a) em caso de renncia;b) por supervenincia de causa de que resulte inabilitao para o exerccio darepresentao, mesmo que temporria; c) por ausncia, no ano, a trs reunies ordinrias consecutivas ou a cincointercaladas, exceto quando estiver representando oficialmente o CPC na mesma data; d) em caso de substituio da representao delegada pelas entidades quecompem o CPC; e) por falecimento.

    1 Em caso de vacncia, a entidade-membro indicar formalmente o sucessor, afim de manter a composio de 2 (dois) membros efetivos por entidade-membro, o qual completar o mandato do membro que deu a vaga.

    2 O sucessor completar o mandato do membro do CPC em que se deu avacncia. (Includo pela Resoluo CFC n 1.339/11)

    Art. 10. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), em conformidade com o Regimento Interno, poder nomear Grupos de Trabalho para auxili-lo no desempenho de suas atribuies.

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  • CAPTULO IV DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

    Art. 11. Ao Conselho Federal de Contabilidade competir:

    a) convidar e firmar com as instituies referidas no art. 2;

    b) fornecer estrutura fsica, biblioteca, recursos humanos, tecnolgicos e outros para o pleno atendimento dos objetivos da presente Resoluo que criou o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    c) dar ampla divulgao das minutas dos Pronunciamentos Tcnicos, das suas Interpretaes e das Orientaes emanadas do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    d) viabilizar a promoo de audincias pblicas para discusso das minutas de matria tcnica acima referidas;

    e) firmar convnios visando adoo dos atos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) pelas instituies interessadas na matria tcnica;

    f) manter os contatos necessrios para questionar, quando aplicvel, as razes pelas quais uma entidade no aderiu e no aprovou ou aprovou os procedimentos tcnicos recomendados pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC);

    g) firmar convnios, contratos, acordos ou recorrer a quaisquer outras formas de colaborao ou cooperao para o atendimento ao disposto na presente Resoluo;

    h) proceder a divulgao, inclusive por via eletrnica, dos atos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e editar, no mnimo a cada seis meses, material de divulgao de tais atos;

    i) firmar convnios com os rgos reguladores contbeis brasileiros para que estes implementem, em suas respectivas reas de abrangncia, os Pronunciamentos Tcnicos, as Orientaes e as Interpretaes emitidos pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e/ou as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo CFC, deles derivadas; e

    j) fomentar a divulgao dos atos e decises do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) nas instituies de ensino contbil no Brasil.

    CAPTULO V DO PRAZO DE DURAO

    Art. 12. A durao do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) por prazo

    indeterminado. Art. 13. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 7 de outubro de 2005.

    Contador Jos Martonio Alves Coelho Presidente

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  • RESOLUO CFC N. 1.103/2007

    Cria o Comit Gestor da Convergncia no Brasil, e d outras providncias.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO o crescente impacto da globalizao para a economia do Brasil, onde empresas brasileiras concorrem por negcios e pela captao de recursos financeiros internacionais na forma de capital e financiamento com empresas de segmentos similares localizadas em todo o mundo;

    CONSIDERANDO que esse impacto, se conduzido de forma positiva, propicia o

    desenvolvimento sustentvel s economias dos pases, que vem sendo apoiado no mundo pela internacionalizao das normas de contabilidade e de auditoria;

    CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade junto com outras

    entidades interessadas tem a possibilidade de contribuir de forma decisiva para esse desenvolvimento sustentvel atravs da reforma contbil e de auditoria que resulte numa maior transparncia das informaes financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das prticas profissionais;

    CONSIDERANDO o papel e a responsabilidade do Conselho Federal de

    Contabilidade em promover as aes que garantam uma maior valorizao da classe profissional;

    CONSIDERANDO a crescente e irreversvel internacionalizao das normas contbeis, que vem levando diversos pases ao processo de convergncia.

    CONSIDERANDO as aes j iniciadas para o processo de convergncia com a

    criao do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e a necessidade de estender o escopo dessa convergncia s outras reas, notadamente auditoria,

    Considerando includo pela Resoluo CFC n. 1.105/07.

    RESOLVE:

    CAPTULO I DA CRIAO E DA COMPOSIO

    Art. 1 Fica criado o Comit Gestor da Convergncia no Brasil. Art. 2 O Comit ser composto pelas seguintes entidades: a) CFC Conselho Federal de Contabilidade; b) IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; c) CVM Comisso de Valores Mobilirios; d) BACEN Banco Central do Brasil.

    Pargrafo nico. Por aprovao da maioria absoluta das entidades representadas

    no Comit, outras entidades ou instituies interessadas na rea de contabilidade e

    24

  • auditoria, podero vir a ser convidadas a integrar o Comit, observada a manuteno de equilbrio entre os setores nele representados.

    CAPTULO II DO OBJETIVO E ATRIBUIES

    Ttulo do Captulo II com nova redao dada pela Resoluo CFC n. 1.105/07.

    Art. 3 O Comit tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentvel do Brasil por meio da reforma contbil e de auditoria que resulte numa maior transparncia das informaes financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das prticas profissionais, levando-se sempre em conta a convergncia da Contabilidade Brasileira aos padres internacionais.

    Art. 4 So atribuies do Comit: a) Identificar e monitorar as aes a serem implantadas para viabilizar a

    convergncia das normas contbeis e de auditoria, a partir das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) editadas pelo CFC e dos Pronunciamentos de Contabilidade e Auditoria editados pelo Comit de Pronuciamentos Contbeis (CPC) e IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, respectivamente, bem como de assuntos regulatrios no Brasil, com vistas ao seu alinhamento s Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB, s Normas Internacionais de Auditoria e Assegurao emitidas pela IFAC e s melhores prticas internacionais em matria regulatria.

    Letra a do art.4 com nova redao dada pela Resoluo CFC n. 1.105/07.

    b) Realizar os trabalhos visando convergncia contbil at 2010 e a de auditoria a

    partir daquelas correspondentes ao exerccio a ser iniciado em 1 de janeiro de 2009.

    c) Definir suas diretrizes de atuao, por regulamento prprio, sempre em consonncia com suas finalidades.

    d) Acompanhar a agenda do CPC, com o objetivo de alinhar as aes do processo de

    convergncia s necessidades do mercado brasileiro.

    Letra d do art. 4 includo pela Resoluo CFC n. 1.105/07.

    CAPTULO III DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO

    Art. 5 O Comit ser formado, em sua maioria, por contadores, com registro ativo

    em Conselho Regional de Contabilidade, eleitos a partir das indicaes feitas pelas entidades referidas no art. 2.

    1 (Revogado) 1 do art.5 revogado pela Resoluo CFC n. 1.105/07.

    2 Cada entidade indicar 2 (dois) membros, sendo 1 efetivo e 1 suplente, para

    compor o Comit, podendo ser substitudos a critrio de cada entidade.

    3 As reunies do Comit instalar-se-o com a presena de no mnimo 50% (cinqenta por cento) dos seus membros.

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  • Art. 6 Os membros do Comit desempenharo suas funes e atribuies sem

    remunerao. Art. 7 O Comit poder nomear Grupos de Trabalho para auxili-lo no desempenho

    de suas atribuies e objetivos.

    Art. 8 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 28 de setembro de 2007.

    Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim Presidente

    26

  • NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

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  • RESOLUO CFC N. 1.328/11

    Dispe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais, e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10,

    CONSIDERANDO o processo de convergncia das Normas Brasileiras de

    Contabilidade aos padres internacionais; CONSIDERANDO que a tcnica legislativa utilizada no desenvolvimento das Normas

    Brasileiras de Contabilidade, quando comparada com a linguagem utilizada nas normas internacionais, pode significar, ou sugerir, a eventual adoo de diferentes procedimentos tcnicos no Brasil;

    CONSIDERANDO que os organismos internacionais da profisso, responsveis pela

    edio das normas internacionais, esto atualizando e editando novas normas, de forma continuada;

    CONSIDERANDO a necessidade de redefinio e reviso da atual estrutura das

    Normas Brasileiras de Contabilidade, de forma que ela se apresente alinhada e convergente aos padres internacionais,

    RESOLVE: Art. 1 As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de

    Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos padres de elaborao e estilo utilizados nas normas internacionais e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretaes Tcnicas e os Comunicados Tcnicos.

    Art. 2 As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e

    Tcnicas. Pargrafo nico. As Normas Brasileiras de Contabilidade, sejam elas Profissionais

    ou Tcnicas, estabelecem preceitos de conduta profissional e padres e procedimentos tcnicos necessrios para o adequado exerccio profissional.

    Art. 3 As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se estruturam conforme

    segue: I Geral NBC PG so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

    indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade; II do Auditor Independente NBC PA so as Normas Brasileiras de

    Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;

    III do Auditor Interno NBC PI so as Normas Brasileiras de Contabilidade

    aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos; IV do Perito NBC PP so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

    especificamente aos contadores que atuam como peritos contbeis.

    28

  • Art. 4 As Normas Brasileiras de Contabilidade Tcnicas se estruturam conforme

    segue: I Geral NBC TG so as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com

    as normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais;

    II do Setor Pblico NBC TSP so as Normas Brasileiras de Contabilidade

    aplicadas ao Setor Pblico, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico, emitidas pela International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais;

    III de Auditoria Independente de Informao Contbil Histrica NBC TA so

    as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente emitidas pela IFAC;

    IV de Reviso de Informao Contbil Histrica NBC TR so as Normas

    Brasileiras de Contabilidade aplicadas Reviso convergentes com as Normas Internacionais de Reviso emitidas pela IFAC;

    V de Assegurao de Informao No Histrica NBC TO so as Normas

    Brasileiras de Contabilidade aplicadas Assegurao convergentes com as Normas Internacionais de Assegurao emitidas pela IFAC;

    VI de Servio Correlato NBC TSC so as Normas Brasileiras de Contabilidade

    aplicadas aos Servios Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para Servios Correlatos emitidas pela IFAC;

    VII de Auditoria Interna NBC TI so as Normas Brasileiras de Contabilidade

    aplicveis aos trabalhos de Auditoria Interna; VIII de Percia NBC TP so as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicveis

    aos trabalhos de Percia; IX de Auditoria Governamental NBC TAG so as Normas Brasileiras de

    Contabilidade aplicadas Auditoria Governamental convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental emitidas pela Organizao Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI).

    Pargrafo nico. As normas de que trata o inciso I do caput so segregadas em: a) Normas completas que compreendem as normas editadas pelo CFC a partir dos

    documentos emitidos pelo CPC que esto convergentes com as normas do IASB, numeradas de 00 a 999;

    b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a norma de PME editada

    pelo CFC a partir do documento emitido pelo IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre o assunto, numerados de 1000 a 1999;

    c) Normas especficas que compreendem as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre

    entidades, atividades e assuntos especficos, numerados de 2000 a 2999.

    29

  • Art. 5 A Interpretao Tcnica tem por objetivo esclarecer a aplicao das Normas Brasileiras de Contabilidade, definindo regras e procedimentos a serem aplicados em situaes, transaes ou atividades especficas, sem alterar a substncia dessas normas.

    Art. 6 O Comunicado Tcnico tem por objetivo esclarecer assuntos de natureza contbil, com a definio de procedimentos a serem observados, considerando os interesses da profisso e as demandas da sociedade.

    Art. 7 As Normas so identificadas conforme segue:

    I a Norma Brasileira de Contabilidade identificada pela sigla NBC, seguida das letras conforme disposto nos arts. 3 e 4, numerao especfica em cada agrupamento, seguido de hfen e denominao. Por exemplo: NBC PA 290 Denominao; NBC TG 01 Denominao;

    II a Interpretao Tcnica identificada pela sigla IT, seguida da letra ou letras e numerao do grupo a que pertence conforme disposto nos arts. 3 e 4, seguida de hfen e denominao. Por exemplo: ITG 01 Denominao; ITSP 01 Denominao.

    III o Comunicado Tcnico identificado pela sigla CT, seguida da letra ou letras e numerao do grupo a que pertence conforme disposto nos arts. 3 e 4, seguido de hfen e denominao. Por exemplo: CTG 01 Denominao; CTSP 01 Denominao.

    Art. 8 As Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceo dos Comunicados Tcnicos, devem ser submetidas audincia pblica com durao mnima de 30 (trinta) dias.

    Art. 9 A inobservncia s Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infrao disciplinar sujeita s penalidades previstas nas alneas de c a g do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10, e ao Cdigo de tica Profissional do Contador.

    Art. 10. As Normas Brasileiras de Contabilidade, tanto as Profissionais quanto as Tcnicas, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade continuaro vigendo com a identificao que foi definida nas Resolues CFC n. 751/93, n. 1.156/09 e n. 1.298/10 at serem alteradas ou revogadas mediante a emisso de novas normas em conformidade com as disposies previstas nesta Resoluo.

    Art. 11. Fica revogada a Resoluo CFC n. 1.298/10, publicada no D.O.U., Seo 1, de 21/9/2010.

    Art. 12. Esta Norma entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 18 de maro de 2011.

    Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente

    30

  • NBC TG GERAL Normas Completas

    31

  • RESOLUO CFC N. 1.374/11

    D nova redao NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais e com fundamento no disposto na alnea f do art. 6 do Decreto-Lei n. 9.295/46, alterado pela Lei n. 12.249/10,

    RESOLVE:

    Art. 1 Dar nova redao NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro, tendo em vista a edio do Pronunciamento Conceitual Bsico (R1) pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) que tem por base The Conceptual Framework for Financial Reporting (IASB BV 2011 Blue Book).

    Art. 2 Revogar a Resoluo CFC n 1.121/08, publicada no D.O.U., Seo I, de 1/4/08.

    Art. 3 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, aplicando-se aos exerccios iniciados a partir de 1 de janeiro de 2011.

    Braslia, 8 de dezembro de 2011.

    Contador Juarez Domingues Carneiro Presidente

    32

  • NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL ESTRUTURA CONCEITUAL PARA

    ELABORAO E DIVULGAO DE RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO ndice Item Prefcio Introduo Finalidade e status Alcance CAPTULOS 1. Objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro

    de propsito geral OB1 OB21

    2. Entidade que reporta a informao 3. Caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til QC1 QC39 4. Estrutura conceitual para a elaborao e apresentao das

    demonstraes contbeis: texto remanescente

    Premissa subjacente 4.1

    Elementos das demonstraes contbeis 4.2 4.36

    Reconhecimento dos elementos das demonstraes contbeis 4.37 4.53

    Mensurao dos elementos das demonstraes contbeis 4.54 4.56

    Conceitos de capital e manuteno de capital 4.57 4.65

    TABELA DE EQUIVALNCIA Prefcio O International Accounting Standards Board (IASB) est em pleno processo de atualizao de sua Estrutura Conceitual. O projeto dessa Estrutura Conceitual est sendo conduzido em fases. medida que um captulo finalizado, itens da Estrutura Conceitual para Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, que foi emitida em 1989, vo sendo substitudos. Quando o projeto da Estrutura Conceitual for finalizado, o IASB ter um nico documento, completo e abrangente, denominado Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro (The Conceptual Framework for Financial Reporting). Esta verso da Estrutura Conceitual inclui dois captulos que o IASB aprovou como resultado da primeira fase do projeto da Estrutura, o captulo 1 Objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro de propsito geral e o captulo 3 Caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til. O captulo 2 tratar do conceito relativo entidade que divulga a informao. O captulo 4 contm o texto remanescente da antiga Estrutura Conceitual. A tabela de equivalncia, ao trmino desta publicao, evidencia a correspondncia entre os contedos do documento Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis e a atual Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro. O CFC adenda a este Prefcio as seguintes observaes:

    As modificaes introduzidas nesta Estrutura Conceitual por meio dos Captulos 1 e 3 foram elaboradas conjuntamente pelo IASB e pelo FASB (US Financial Accounting

    33

  • Standards Board).

    No Captulo 1, o CFC chama a ateno para os seguintes tpicos que esto salientados nas Bases para Concluses emitidas pelos IASB e FASB para justificarem as modificaes e emitirem esta nova verso da Estrutura Conceitual:

    (a) posicionamento mais claro de que as informaes contidas nos relatrios contbil-financeiros se destinam primariamente aos seguintes usurios externos: investidores, financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade;

    (b) no foram aceitas as sugestes enviadas durante a audincia pblica, feita por aqueles rgos, no sentido de que caberia, na Estrutura Conceitual, com o objetivo da denominada manuteno da estabilidade econmica, a possibilidade de postergao de informaes sobre certas alteraes nos ativos ou nos passivos. Pelo contrrio, ficou firmada a posio de que prover prontamente informao fidedigna e relevante pode melhorar a confiana do usurio e assim contribuir para a promoo da estabilidade econmica.

    No Captulo 3, as principais mudanas tambm salientadas nas Bases para Concluses foram as seguintes:

    Diviso das caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira em:

    (a) caractersticas qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics relevncia e representao fidedigna), as mais crticas; e

    (b) caractersticas qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos crticas, mas ainda assim altamente desejveis.

    A caracterstica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representao fidedigna; as justificativas constam das Bases para Concluses.

    A caracterstica essncia sobre a forma foi formalmente retirada da condio de componente separado da representao fidedigna, por ser considerado isso uma redundncia. A representao pela forma legal que difira da substncia econmica no pode resultar em representao fidedigna, conforme citam as Bases para Concluses. Assim, essncia sobre a forma continua, na realidade, bandeira insubstituvel nas normas do IASB.

    A caracterstica prudncia (conservadorismo) foi tambm retirada da condio de aspecto da representao fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliaes de ativos e superavaliaes de passivos, segundo os Boards mencionam nas Bases para Concluses, com consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, so incompatveis com a informao que pretende ser neutra.

    Introduo As demonstraes contbeis so elaboradas e apresentadas para usurios externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, rgos reguladores ou autoridades tributrias, por exemplo, podem determinar especificamente exigncias para atender a seus prprios interesses. Essas exigncias, no entanto, no devem afetar as demonstraes contbeis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual. Demonstraes contbeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer informaes que sejam teis na tomada de decises econmicas e avaliaes por parte dos usurios em geral, no tendo o propsito de atender finalidade ou necessidade especfica de determinados grupos de usurios. Demonstraes contbeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as necessidades

    34

  • comuns da maioria dos seus usurios, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstraes contbeis para a tomada de decises econmicas, tais como:

    (a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;

    (b) avaliar a administrao da entidade quanto responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto qualidade de seu desempenho e de sua prestao de contas;

    (c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefcios;

    (d) avaliar a segurana quanto recuperao dos recursos financeiros emprestados entidade;

    (e) determinar polticas tributrias;

    (f) determinar a distribuio de lucros e dividendos;

    (g) elaborar e usar estatsticas da renda nacional; ou

    (h) regulamentar as atividades das entidades.

    As demonstraes contbeis so mais comumente elaboradas segundo modelo baseado no custo histrico recupervel e no conceito da manuteno do capital financeiro nominal. Outros modelos e conceitos podem ser considerados mais apropriados para atingir o objetivo de proporcionar informaes que sejam teis para tomada de decises econmicas, embora no haja presentemente consenso nesse sentido.

    Esta Estrutura Conceitual foi desenvolvida de forma a ser aplicvel a uma gama de modelos contbeis e conceitos de capital e sua manuteno.

    Finalidade e status Esta Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaborao e a apresentao de demonstraes contbeis destinadas a usurios externos. A finalidade desta Estrutura Conceitual :

    (a) dar suporte ao desenvolvimento de novas normas, interpretaes e comunicados tcnicos e reviso dos j existentes, quando necessrio;

    (b) dar suporte promoo da harmonizao das regulaes, das normas contbeis e dos procedimentos relacionados apresentao das demonstraes contbeis, provendo uma base para a reduo do nmero de tratamentos contbeis alternativos permitidos pelas normas, interpretaes e comunicados tcnicos;

    (c) dar suporte aos rgos reguladores nacionais;

    (d) auxiliar os responsveis pela elaborao das demonstraes contbeis na aplicao das normas, interpretaes e comunicados tcnicos e no tratamento de assuntos que ainda no tenham sido objeto desses documentos;

    (e) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinio sobre a conformidade das demonstraes contbeis com as normas, interpretaes e comunicados tcnicos;

    (f) auxiliar os usurios das demonstraes contbeis na interpretao de informaes nelas contidas, elaboradas em conformidade com as normas, interpretaes e comunicados tcnicos; e

    (g) proporcionar aos interessados informaes sobre o enfoque adotado na formulao das normas, das interpretaes e dos comunicados tcnicos.

    Esta Estrutura Conceitual no uma norma propriamente dita e, portanto, no define normas ou procedimentos para qualquer questo particular sobre aspectos de mensurao ou divulgao. Nada nesta Estrutura Conceitual substitui qualquer norma, interpretao ou comunicado tcnico.

    35

  • Pode haver um nmero limitado de casos em que seja observado um conflito entre esta Estrutura Conceitual e uma norma, uma interpretao ou um comunicado tcnico. Nesses casos, as exigncias da norma, da interpretao ou do comunicado tcnico especficos devem prevalecer sobre esta Estrutura Conceitual. Entretanto, medida que futuras normas, interpretaes e comunicados tcnicos sejam desenvolvidos ou revisados tendo como norte esta Estrutura Conceitual, o nmero de casos de conflito entre esta Estrutura Conceitual e eles tende a diminuir. Esta Estrutura Conceitual ser revisada de tempos em tempos com base na experincia decorrente de sua utilizao. Alcance Esta Estrutura Conceitual aborda:

    (a) o objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro;

    (b) as caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til;

    (c) a definio, o reconhecimento e a mensurao dos elementos a partir dos quais as demonstraes contbeis so elaboradas; e

    (d) os conceitos de capital e de manuteno de capital.

    CAPTULO 1: OBJETIVO DO RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO DE PROPSITO GERAL

    ndice Item INTRODUO OB1 OBJETIVO, UTILIDADE E LIMITAES DO RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO DE PROPSITO GERAL OB2 OB11

    INFORMAO ACERCA DOS RECURSOS ECONMICOS DA ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAO, REIVINDICAES E MUDANAS NOS RECURSOS E REIVINDICAES

    OB12 OB21

    Recursos econmicos e reivindicaes OB13 OB14 Mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes OB15 OB21

    Performance financeira refletida pelo regime de competncia (accruals) OB17 OB19

    Performance financeira refletida pelos fluxos de caixa passados OB20

    Mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes que no so resultantes da performance financeira OB21

    Introduo OB1. O objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro de propsito

    geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual. Outros aspectos da Estrutura Conceitual como o conceito de entidade que reporta a informao, as caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til e suas restries, os elementos das demonstraes contbeis, o reconhecimento, a mensurao, a apresentao e a evidenciao fluem logicamente desse objetivo.

    Objetivo, utilidade e limitaes do relatrio contbil-financeiro de propsito geral OB2. O objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito geral (*) fornecer

    36

  • informaes contbil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informao (reporting entity) que sejam teis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprstimos e a outros credores, quando da tomada deciso ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decises envolvem comprar, vender ou manter participaes em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dvida, e a oferecer ou disponibilizar emprstimos ou outras formas de crdito.

    (*) Ao longo de toda a Estrutura Conceitual, os termos relatrio contbil-financeiro e elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro referem-se a informaes contbil-financeiras com propsito geral, a menos que haja indicao especfica em contrrio.

    OB3. Decises a serem tomadas por investidores existentes e em potencial relacionadas a

    comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dvida dependem do retorno esperado dos investimentos feitos nos referidos instrumentos, por exemplo: dividendos, pagamentos de principal e de juros ou acrscimos nos preos de mercado. Similarmente, decises a serem tomadas por credores por emprstimos e por outros credores, existentes ou em potencial, relacionadas a oferecer ou disponibilizar emprstimos ou outras formas de crdito, dependem dos pagamentos de principal e de juros ou de outros retornos que eles esperam. As expectativas de investidores, credores por emprstimos e outros credores em termos de retorno dependem da avaliao destes quanto ao montante, tempestividade e incertezas (as perspectivas) associados aos fluxos de caixa futuros de entrada para a entidade. Consequentemente, investidores existentes e em potencial, credores por emprstimo e outros credores necessitam de informao para auxili-los na avaliao das perspectivas em termos de entrada de fluxos de caixa futuros para a entidade.

    OB4. Para avaliar as perspectivas da entidade em termos de entrada de fluxos de caixa

    futuros, investidores existentes e em potencial, credores por emprstimo e outros credores necessitam de informao acerca de recursos da entidade, reivindicaes contra a entidade, e o quo eficiente e efetivamente a administrao da entidade e seu conselho de administrao (*) tm cumprido com suas responsabilidades no uso dos recursos da entidade. Exemplos de referidas responsabilidades incluem a proteo de recursos da entidade de efeitos desfavorveis advindos de fatos econmicos, como, por exemplo, mudanas de preo e de tecnologia, e a garantia de que a entidade tem cumprido as leis, com a regulao e com as disposies contratuais vigentes. Informaes sobre a aprovao do cumprimento de suas responsabilidades so tambm teis para decises a serem tomadas por investidores existentes, credores por emprstimo e outros que tenham o direito de votar ou de outro modo exeram influncia nos atos praticados pela administrao.

    (*) Ao longo de toda a Estrutura Conceitual, o termo administrao refere-se tanto diretoria executiva quanto ao conselho de administrao ou rgos similares, a menos que haja indicao especfica em contrrio.

    OB5. Muitos investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes e em

    potencial, no podem requerer que as entidades que reportam a informao prestem a eles diretamente as informaes de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatrios contbil-financeiros de propsito geral, para grande parte da informao contbil-financeira que buscam. Consequentemente, eles so os usurios primrios para quem relatrios contbil-financeiros de propsito geral so direcionados.

    OB6. Entretanto, relatrios contbil-financeiros de propsito geral no atendem e no

    podem atender a todas as informaes de que investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes e em potencial, necessitam. Esses

    37

  • usurios precisam considerar informao pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condies econmicas gerais e expectativas, eventos polticos e clima poltico, e perspectivas e panorama para a indstria e para a entidade.

    OB7. Relatrios contbil-financeiros de propsito geral no so elaborados para se chegar

    ao valor da entidade que reporta a informao; a rigor, fornecem informao para auxiliar investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes e em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta a informao.

    OB8. Usurios primrios individuais tm diferentes, e possivelmente conflitantes, desejos e

    necessidades de informao. Este Conselho Federal de Contabilidade, ao levar frente o processo de produo de suas normas, ir procurar proporcionar um conjunto de informaes que atenda s necessidades do nmero mximo de usurios primrios. Contudo, a concentrao em necessidades comuns de informao no impede que a entidade que reporta a informao preste informaes adicionais que sejam mais teis a um subconjunto particular de usurios primrios.

    OB9. A administrao da entidade que reporta a informao est tambm interessada em

    informao contbil-financeira sobre a entidade. Contudo, a administrao no precisa apoiar-se em relatrios contbil-financeiros de propsito geral uma vez que capaz de obter a informao contbil-financeira de que precisa internamente.

    OB10. Outras partes interessadas, como, por exemplo, rgos reguladores e membros do

    pblico que no sejam investidores, credores por emprstimo e outros credores, podem do mesmo modo achar teis relatrios contbil-financeiros de propsito geral. Contudo, esses relatrios no so direcionados primariamente a esses outros grupos.

    OB11. Em larga extenso, os relatrios contbil-financeiros so baseados em estimativas,

    julgamentos e modelos e no em descries ou retratos exatos. A Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que devem amparar tais estimativas, julgamentos e modelos. Os conceitos representam o objetivo que este CFC e os elaboradores dos relatrios contbil-financeiros devem se empenhar em alcanar. Assim como a maioria dos objetivos, a viso contida na Estrutura Conceitual do que sejam a elaborao e a divulgao do relatrio contbil-financeiro ideal improvvel de ser atingida em sua totalidade, pelo menos no curto prazo, visto que se requer tempo para a compreenso, aceitao e implementao de novas formas de analisar transaes e outros eventos. No obstante, o estabelecimento de objetivo a ser alcanado com empenho essencial para que o processo de elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro venha a evoluir e tenha sua utilidade aprimorada.

    Informao acerca dos recursos econmicos da entidade que reporta a informao, reivindicaes e mudanas nos recursos e reivindicaes OB12. Relatrios contbil-financeiros de propsito geral fornecem informao acerca da

    posio patrimonial e financeira da entidade que reporta a informao, a qual representa informao sobre os recursos econmicos da entidade e reivindicaes contra a entidade que reporta a informao. Relatrios contbil-financeiros tambm fornecem informao sobre os efeitos de transaes e outros eventos que alteram os recursos econmicos da entidade que reporta a informao e reivindicaes contra ela. Ambos os tipos de informao fornecem dados de entrada teis para decises ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade.

    Recursos econmicos e reivindicaes

    38

  • OB13. Informao sobre a natureza e os montantes de recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a informao pode auxiliar usurios a identificarem a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que reporta a informao. Essa informao pode auxiliar os usurios a avaliar a liquidez e a solvncia da entidade que reporta a informao, suas necessidades em termos de financiamento adicional e o quo provavelmente bem sucedido ser seu intento em angariar esse financiamento. Informaes sobre as prioridades e as exigncias de pagamento de reivindicaes vigentes ajudam os usurios a predizer de que forma fluxos de caixa futuros sero distribudos entre aqueles com reivindicaes contra a entidade que reporta a informao.

    OB14. Diferentes tipos de recursos econmicos afetam diferentemente a avaliao dos

    usurios acerca das perspectivas da entidade que reporta a informao em termos de fluxos de caixa futuros. Alguns fluxos de caixa futuros resultam diretamente de recursos econmicos existentes, como, por exemplo, contas a receber. Outros fluxos de caixa resultam do uso variado de recursos combinados com vistas produo e venda de produtos e servios aos clientes. Muito embora fluxos de caixa no possam ser identificados com recursos econmicos individuais (ou reivindicaes), usurios dos relatrios contbil-financeiros precisam saber a natureza e o montante dos recursos disponveis para uso nas operaes da entidade que reporta a informao.

    Mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes OB15. Mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a

    informao resultam da performance financeira da entidade (ver itens OB17 a OB20) e de outros eventos ou transaes, como, por exemplo, a emisso de ttulos de dvida ou de ttulos patrimoniais (ver item OB21). Para poder avaliar adequadamente as perspectivas de fluxos de caixa futuros da entidade que reporta a informao, os usurios precisam estar aptos a distinguir a natureza dessas mudanas.

    OB16. Informaes sobre a performance financeira da entidade que reporta a informao

    auxiliam os usurios a compreender o retorno que a entidade tenha produzido sobre os seus recursos econmicos. Informaes sobre o retorno que a entidade tenha produzido servem como indicativo de quo diligente a administrao tem sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eficiente e eficaz o uso dos recursos da entidade que reporta a informao. Informaes sobre a variabilidade e sobre os componentes desse retorno tambm so importantes, especialmente para avaliao das incertezas associadas a fluxos de caixa futuros. Informaes sobre a performance financeira passada da entidade que reporta a informao e sobre o quo diligente a administrao tem sido no desempenho de suas responsabilidades so do mesmo modo teis para predio de retornos futuros da entidade sobre os seus recursos econmicos. Performance financeira refletida pelo regime de competncia (accruals)

    OB17. O regime de competncia retrata com propriedade os efeitos de transaes e outros eventos e circunstncias sobre os recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a informao nos perodos em que ditos efeitos so produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em perodos distintos. Isso importante em funo de a informao sobre os recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a informao, e sobre as mudanas nesses recursos econmicos e reivindicaes ao longo de um perodo, fornecer melhor base de avaliao da performance passada e futura da entidade do que a informao puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao

    39

  • longo desse mesmo perodo.

    OB18. Informaes sobre a performance financeira da entidade que reporta a informao durante um perodo que so reflexos de mudanas em seus recursos econmicos e reivindicaes, e no da obteno adicional de recursos diretamente de investidores e credores (ver item OB21), so teis para avaliar a capacidade passada e futura da entidade na gerao de fluxos de caixa lquidos. Essas informaes servem de indicativos da extenso em que a entidade que reporta a informao tenha aumentado seus recursos econmicos disponveis, e dessa forma sua capacidade de gerar fluxos de caixa lquidos por meio de suas operaes e no pela obteno de recursos adicionais diretamente de investidores e credores.

    OB19. Informaes sobre a performance financeira da entidade que reporta a informao durante um perodo tambm podem ser indicativos da exte