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PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS GERADOS PELA EXPLORAÇÃO DE
CALCÁRIO E PRODUÇÃO DE CIMENTO EM JOÃO PESSOA-PB
Eliane Felizardo Marques de Souza
Universidade Federal da Paraíba
Profª. Dr.Emília de Rodat F. Moreira
Universidade Federal da Paraíba.
Nádja Melo de Oliveira
Universidade Federal Da Paraíba
Bianca Olímpio Frazão
Universidade Federal da Paraíba
INTRODUÇÃO
Desde as primeiras décadas do século XX a demanda por cimento cresceu de
forma acelerada no Brasil, a princípio para resolver o problema de moradia,
principalmente a partir da década de 1950 com a intensificação do processo de
urbanização das cidades e, posteriormente, a partir da década de 1960 com as grandes
obras de engenharia. Em grandes ou pequenas obras o cimento é, sem dúvida, a
principal matéria-prima utilizada.
A partir de 1972, com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o
Homem e o Meio Ambiente os problemas ambientais passaram a fazer parte de uma
agenda de debates entre governos e sociedade, mas foi somente na década de 1990 que
houve uma maior preocupação em controlar a emissão de poluentes, nesse sentido, a
indústria de cimento, adotou como prática em seu processo produtivo o
reaproveitamento, a reutilização e a reciclagem, visando diminuir os impactos ao meio
ambiente.
A indústria de cimento desempenha um relevante papel na construção das
cidades, seja na construção de casas, ou em grandes obras como estradas, pontes,
hidrelétricas etc., no entanto, não há como negar os impactos ambientais e sociais
gerados por esta indústria, desde a extração de sua matéria-prima até a produção do
cimento. Os conflitos existentes entre comunidades fixadas no entorno das unidades
produtivas e as fábricas são o reflexo da insatisfação dos moradores em relação aos
problemas ambientais gerados pelas fábricas, principalmente os problemas de saúde que
afeta a qualidade de vida dos moradores, nesse sentido, esse estudo aborda problemas
de saúde ocasionados pela fábrica de cimento aos moradores da comunidade da Ilha do
Bispo.
OBJETIVOS
O presente trabalho buscou identificar os problemas socioambientais gerados no
processo de produção de cimento pela fábrica de cimento InterCement, assim como,
levantar os possíveis problemas de saúde relacionados ao processo produtivo da fábrica.
Inicialmente, buscou-se realizar um estudo sobre a origem da indústria de cimento na
Paraíba. Em seguida, abre-se questões pertinentes ao processo de exploração do calcário
e de produção de cimento. Posteriormente, foram elencados os possíveis danos
ocasionados a saúde dos moradores entrevistados, quando são apresentados os dados
obtidos a partir da aplicação de questionários.
METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico este trabalho consiste numa pesquisa
exploratória de caráter descritivo pautada no levantamento bibliográfico
complementado com a pesquisa de campo. Foram utilizados os métodos qualitativo e
quantitativo tendo como suporte a aplicação de questionário para a obtenção de
resultados. O trabalho encontra-se estruturado em três capítulos além da introdução e
das considerações finais. O primeiro aborda o processo histórico da produção de
cimento na Paraíba. O segundo descreve o processo de exploração do calcário e de
fabricação de cimento. O terceiro analisa as implicações socioambientais apontadas pela
comunidade.
RESULTADOS PRELIMINARES
Após a transcrição das entrevistas foram analisados os dados disponibilizados
pelos moradores. Com base nas respostas obtidas foram construídos gráficos que
permitiram a organização dos aspectos relacionados às implicações ambientais
apontadas pelos moradores do bairro, bem como identificar as principais doenças
relacionadas a produção de cimento pela fábrica.
1. PROCESSO HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE CIMENTO NA PARAÍBA
No Brasil, a indústria de cimento data desde os primórdios da industrialização,
sendo instalada paralelamente à têxtil, que liderava a produção industrial. Em finais do
século XIX, foram inúmeras as tentativas de instalação de unidades produtivas de
cimento, com pioneirismos nos Estados da Paraíba e de São Paulo. Porém, ao longo do
tempo, as fábricas foram sendo desativadas ou sofreram interrupções por determinados
períodos (SANTOS, 2010, p 72). Destacamos aqui, o pioneirismo da Paraíba na
produção de cimento, muito embora a primeira fábrica tenha sido operada por um breve
período de tempo, em 1892, vislumbrava-se assim, possibilidades futuras da fabricação
de cimento no Estado.
Sobre a tradição da Paraíba na fabricação de cimento é ressaltado por Paraíba
(2014, p. 5) que “a fábrica da Paraíba foi a primeira do Brasil, inaugurada no ano de
1892, porém por razões que vão desde a deficiência técnica até as condições
econômicas adversas, a indústria só funcionou por três meses”.
O insucesso da permanência das fábricas, da Paraíba e a de São Paulo, é
explicado por Santos (2005, apud SANTOS 2010, p.72)1considerando os seguintes
fatores:
1) forte dependência em relação às matérias-primas (calcário e argila); 2)
descobertas de reservas minerais distantes geograficamente dos mercados
consumidores potenciais de São Paulo e do Rio de Janeiro; 3) baixo
desenvolvimento dos meios de transporte; 4) importação sem tarifa
alfandegária.
Esses fatores talvez possam explicar o breve período de funcionamento da
fábrica da Paraíba, principalmente no que tange a localização geográfica deveras longe
dos mercados consumidores, além do baixo desenvolvimento dos meios de transporte.
Segundo Suzigan (2000, p. 270) foi na década de 1930 que a indústria brasileira
de cimento de fato se consolidou. Ele ressalta que, foram inauguradas quatro novas
fábricas neste período, a mais importante delas foi a construída pela empresa
Votorantim, em São Paulo, que teve início em fevereiro de 1936, uma no estado da
Paraíba, que começou a produzir em setembro de 1935, ainda em 1936, houve a
inauguração de outra fábrica no estado do Espírito Santo, por fim, em 1939, foi
inaugurada a fábrica da Companhia de Cimento Portland Itaú, em Minas Gerais.
Depois de abrigar a primeira unidade produtiva de cimento do Brasil, a Paraíba
passou por um lapso de mais de três décadas sem produzir cimento, até que em 1935,
foi instalada em João Pessoa uma fábrica de cimento que Gutierres (2011, apud PRAD
2010, p.133) refere-se da seguinte forma:
Inicialmente com o nome de Companhia Indústria Brasileira de Grupo
Donabella Portela, teve o Manifesto de Mina solicitado e outorgado pelo
processo do DNPM 002.627/1934 para uma área de 504,7ha, compreendendo
a extração mineral de calcário e argila nas minas da Graça e Sampaio.
Segundo Gutierrez (2011, p.133) “na década de oitenta, o controle acionário da
CIMEPAR foi assumido pelo Grupo Brennand, tendo a CIMPOR iniciado as atividades
em 1999, após adquirir a propriedade do solo e os direitos minerários”.
1SANTOS, Leandro Bruno. A importância do setor mineral no desenvolvimento econômico de
Itapeva/SP: estudo de caso da Fábrica de Cimento Lafarge. 2005. 190 f. Trabalho de conclusão de curso
(Bacharelado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista,
Presidente Prudente, 2005.
Em 2010, foi criada a holding2 cimenteira InterCement Participações S.A..
Como estratégia de um ousado plano de crescimento, em fevereiro de 2010 a
InterCement tornou-se sócia da Cimpor, quando adquiriu 22,17% de participação na
empresa. Ainda em 2010, comprou novas ações e passou a deter 32,9%, consolidando-
se como a maior acionista individual. Mas foi em 2012, a partir da apresentação da OPA
- Oferta Pública de Aquisição de Ações na Comissão de Mercado de Valores
Imobiliários (CMVM) de Lisboa que, a InterCement adquiriu o controle acionário da
Cimpor, dessa forma, a InterCement assume a totalidade do capital da Cimpor e passa a
ser uma das 20 maiores empresas do setor no mundo (BRASIL, entre 2010 e 2016).
Dessa forma, podemos concluir que, a fábrica instalada em João Pessoa, em
1935, como mostra a Figura 01, foi administrada por diversos grupos ao longo de mais
de oito décadas, explorando sempre a mesma mina, sendo a exploração de calcário feita
nesta mina e, a produção de cimento na fábrica, segundo o relato dos moradores da Ilha
do Bispo, esse processo de produção de cimento configura-se como principal causador
de problemas a saúde da comunidade.
2 Designação de empresa que mantém o controle sobre outras empresas mediante a posse majoritária de
ações destas. Em geral, a holding não produz nenhuma mercadoria ou serviço específicos, destinando-se
apenas a centralizar e realizar o trabalho de controle sobre um conjunto de empresas geralmente
denominadas subsidiárias. Nesse caso, ela é denominada pure holding company ou “holding pura”. A
empresa que, além de operar, isto é, produzir bens e serviços, também controla subsidiárias é denominada
holding operating company, isto é, “empresa holding operadora”.
Figura 01: Entrada da Fábrica InterCement em João Pessoa – PB. Fonte: Eliane Marques. Data:
07/07/2016.
Atualmente a Paraíba passa por um processo de desenvolvimento industrial
particularmente no setor de produção de cimento que se exprime através da criação de
um polo cimenteiro, localizado no litoral sul do Estado. O empreendimento abrange
territórios dos municípios de Alhandra, onde encontra-se a Elizabeth Cimentos;
Caaporã, com a Lafarge; Conde, onde está localizada a segunda fábrica da InterCement,
a primeira localiza-se em João Pessoa; e Pitimbu com a Brennand Cimentos.
2. PROCESSO DE EXPLORAÇÃO DE CALCÁRIO E DE FABRICAÇÃO DO
CIMENTO
O calcário ou rocha calcária é uma matéria prima de origem mineral que tem uma
quantidade enorme de aplicações, quer em estado natural, quer moído ou calcinado. É
intensamente utilizado nas indústrias de cimento, de produção de cal, carga numa série
de indústrias de tintas, inseticidas, materiais de limpeza, corretivo de solos, alimento
animal etc., (MME/CPRM, 2002).
Para a fabricação do cimento são extraídos, da natureza, calcário e argila, que,
reduzidos a pó pela ação de moinhos de bolas e calcinados em fornos rotativos, a
temperaturas superiores a 1300°C, transformam-se no clínquer, produto intermediário,
passível de estocagem. Quando adicionado de gesso e moídos, dão origem ao produto
final, que pode ser embalado em sacos vendidos no varejo em lojas de material de
construção, ou despachado a granel em carretas rodoviárias ou vagões ferroviários,
destinados a usinas de concreto (JÚNIOR, 2009, p.19).
As minas de exploração do calcário na maior parte do mundo são lavradas a céu
aberto, denominadas de pedreiras, e é desta forma que ocorrem no Brasil também, onde
o custo da exploração do calcário realizado dessa forma é bastante reduzido. Dentre as
principais etapas de lavras que ocorrem nessas condições ocorrem: remoção do
capeamento, perfuração, desmonte por explosivos e transporte até a usina de
processamento (SILVA, 2009).
Dentre as explorações minerais que ocorrem na Paraíba a que ocorre na cidade de
João Pessoa no Bairro da Ilha do Bispo merece destaque, ocupada mais recentemente
pela fábrica da InterCement. Segundo Gutierres (2011) a área ocupada pela fábrica é
historicamente utilizada na extração da argila e do calcário desde 1930, a área da
empresa corresponde a 380 ha, sendo desse total 113 ha ocupados pela igreja da Graça,
Riacho poente, Sampaio e pela fábrica de cimento, além disso, também possui a
presença de uma grande área de vegetação nativa do tipo mata atlântica e também a
presença de uma represa denominada açude da Graça e uma capela conhecida como
capela do Engenho da Graça, que foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional).
O processo de exploração do Calcário é feito a céu aberto, onde o beneficiamento
para a fabricação do cimento é realizado na empresa. Para a extração do calcário a
empresa utiliza o desmonte de forma habitual com o uso de explosivos mas também faz
uso do rompedor hidráulico, fazendo uso de uma escavadeira (GUTIERRES, 2011).
Por fim, esclarecemos que não foi possível visitar a fábrica mencionada por não
termos retorno por parte da mesma. A bibliografia utilizada para explicar o processo de
exploração do calcário na mina data de 2011, porém, encontra-se atual. Em relação a
fabricação de cimento optamos por não detalhá-lo devido a falta de maiores
informações.
3. IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS APONTADAS PELA COMUNIDADE
As entrevistas demonstram aspectos diversos como, as doenças detectadas, o
tipo de poluição ambiental que mais afeta a população, além da opinião dos moradores
sobre o quadro de poluição gerado pela fábrica. A média de tempo em que os
entrevistados moram no bairro é de 29 anos.
Sobre as possíveis doenças detectadas pelos entrevistados, o resultado foi um
quadro variado de doenças, a maior parte são de doenças respiratórias como mostra a
Figura 02.
Figura 02 - Gráfico das principais doenças apontadas pelos moradores entrevistados. Fonte: Nádja
Melo.
Também foram feitas perguntas relacionadas ao tipo de poluição ambiental
percebida pelos entrevistados, nesse sentido, os principais tipos mencionados foi de
poluição do ar, poeira gerada pelos caminhões, assim como, o ruído destes, o resultado
pode ser visto no gráfico da Figura 03.
0
2
4
6
8
10
12
14
Nú
me
ro d
e E
ntr
evi
stad
os
Principais Doenças Detectadas
Figura 03 – Gráfico sobre a poluição ambiental percebida pelos entrevistados. Fonte: Nádja Melo.
Em relação a poluição gerada pela fábrica as perguntas feitas aos entrevistados
considerou o quadro atual, nesse sentido, cinco entrevistados relataram que a mesma
piorou, quatro opinaram que melhorou, cinco que continua a mesma, três apontaram que
melhorou muito e mais três que melhorou muito pouco, e nenhum dos entrevistados
falou que atualmente não existe poluição conforme o gráfico da Figura 04.
Figura 04 – Gráfico relacionado a poluição da fábrica segundo a opinião dos entrevistados. Fonte:
Nádja Melo.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Poluição do ar poeira gerada peloscaminhões
ruido dos caminhões
Nú
me
ro d
e E
ntr
evi
stad
os
Tipo de Poluição Ambiental
0
1
2
3
4
5
6
Piorou Melhorou Continua amesma
MelhorouMuito
MelhorouMuito Pouco
Hoje nãoexiste poluição
Nú
me
ro d
e E
ntr
evi
stad
os
Opinião dos Moradores Sobre a Poluição Gerada pela Fábrica
Ainda sobre a questão da poluição apontada pelos entrevistados podemos
observar na Figura 05 a situação dos telhados de algumas casas, os mesmos encontram-
se com uma coloração branca, concluímos assim, que a poluição percebida pelos
moradores entrevistados ilustra-se perfeitamente nesta fotografia.
Figura 05 – Foto mostrando os telhados das casas poluídas pelo processo de produção de cimento
da fábrica. Fonte: Eliane Marques. Data: 07/07/2016.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destacamos a partir do estudo realizado alguns aspectos como, a insatisfação
dos moradores entrevistados em relação a proximidade da fábrica com suas casas, as
doenças ocasionadas pela poluição da fábrica em seu processo de produção de cimento
e os principais tipos de poluição ambiental que afeta a comunidade.
As medidas adotadas pela fábrica em relação a comunidade, como verbas
destinadas a uma escolinha de futebol, aulas de balé, o Projeto Bem fazer entre outros,
são importantes, no entanto, o problema maior, aquele gerado pela poluição, não há
medidas adotadas pela fábrica capaz de resolvê-lo.
Concluímos com a análise dos gráficos e fotografias que, mesmo com a
insatisfação dos moradores em relação a poluição, esse quadro ainda se faz presente,
muito embora algumas medidas tenham sido tomadas pela fábrica, segundo informações
repassadas pelos próprios moradores, as doenças persistem em acometer a saúde destes,
de forma que, variadas doenças respiratórias foram identificadas, implicando assim, no
comprometimento da qualidade de vida dessa população.
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