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Tiragem: 23019 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 6 Cores: Cor Área: 17,64 x 38,49 cm² Corte: 1 de 2 ID: 42230856 11-06-2012 | Emprego & Universidades ALGUNS NÚMEROS DO NEGÓCIO 100 Os criadores do negócio esperam conseguir atingir um movimento mensal de 100 mil euros. O MEU CURSO Precisa de resolver um problema em casa? Vá a Zaask.com EMPREENDEDORES Nova rede social nasceu no The Lisbon MBA e promove o auto-emprego. Q uantas vezes já pre- cisou de reparar o esquentador e se pôs a telefonar para os amigos a per- guntar se conhe- ciam alguém que lhe resolvesse o problema rapidamente para poder to- mar o seu banho de água quente? Ou quantas vezes já pensou que bom se- ria se alguém lhe organizasse a festa de aniversário do seu filho? Ou fizesse as compras do mês lá de casa? Foi a pensar em situações como estas que dois colegas, um português e um in- diano, do The Lisbon MBA – Luís Martins e Saurabh Khanna, de 33 e 29 anos – tiveram a ideia: criar uma pla- taforma online para facilitar esta liga- ção entre quem precisa que alguém lhe execute uma tarefa (o ‘asker’), porque não tem oportunidade ou ca- pacidade para o fazer, e quem tem tempo e talento para o fazer (o ‘tasker’), segundo as palavras dos pró- prios criadores da ideia. Chama-se Zaask, já está ‘online’, não tem custo de registo e os criado- res apresentam-na como um “instru- mento que promove o auto-empre- go”. “O Zaask tem bastantes vanta- gens comparado com as soluções ac- tuais, nomeadamente nos sites classi- ficados. Num só passo, para qualquer trabalho e de forma gratuita, o ‘asker’ consegue obter muito mais informa- ção para tomar a sua decisão: recebe várias propostas directamente de quem as faz, sem custos de agência”, explicou, em entrevista ao Diário Económico, Luís Martins, que diz sempre ter tido sempre “o bichinho de encontrar uma forma de eliminar tarefas que não acrescentam valor à vida das pessoas”. Luís Martins trabalhou o projecto mais na parte de gestão e Saurabh Khanna focou-se na componente tec- nológica. Entre ter a ideia e pôr a pla- taforma a funcionar foram dois me- ses. “Não perdemos muito tempo com Luís Martins e Saurabh Khanna, foram os dois colegas do “The Lisbon MBA” que decidiram lançar a ideia. 5000 Existem cerca de 5000 ‘taskers’ 3000 Existem cerca de três mil ‘askers’. 70% 70% dos ‘taskers’ estão desempregados. 5 5 propostas são recebidas, em média, em poucos minutos. 10000 Cerca de 10 mil euros é o valor da tarefa mais cara: escritor fantasma. PROCEDIMENTOS Como funciona? 1. No site zaask.com, o ‘asker’ descreve a tare- fa/trabalho que necessita de ver realizada (esta informação é disparada para as pessoas ou empresas da comunidade que quiser); 2. Recebe propostas por parte de pessoas ou empresas que estiverem disponíveis para lhe fazerem a tarefa/trabalho; 3. Escolhe a proposta que mais lhe agradar com base no preço e perfil dos ‘taskers’; 4. Depois da tarefa concretizada, o pagamento é feito ‘online’ (pelo valor acordado previa- mente) e é feita uma avaliação aos ‘taskers’. muitas análises e estudos de mercado pois sabíamos que o ‘time to market’ era crítico”, sublinha o jovem em- preendedor. Agora, os dois fundadores – que lançaram este projecto com investi- mento zero – pensam já na internacio- nalização e apontam baterias para Es- panha, Reino Unido e Brasil. No en- tanto, este plano “está altamente de- pendente do investimento angariado”. Em Portugal, onde as tarefas mais procuradas têm sido sistemas de infor- mação, canalizadores, jardinagem, electricistas, ‘pet sitting’ e ‘baby sitting’, querem chegar rapidamente aos 100 mil euros por mês em transacções. Os fundadores do Zaask fazem workshops semanais com os mem- bros da sua “comunidade” para as co- nhecerem e dar-se a conhecer. “A nos- sa avaliação qualitativa à comunidade de ‘taskers’ é que há muito talento, credibilidade e segurança. O que falta às pessoas é saberem conseguir ven- der-se. Notamos isso nas mensagens trocadas entre ‘askers’ e ‘taskers’”; conclui Luís Martins. Por outro lado, adianta, é curioso que “vêm muitas pessoas registar-se como ‘taskers’ em categorias que não têm que ver com a sua formação ou experiência profis- sional, mas sim com o que gostam de fazer. Por exemplo, um advogado que quer ser cozinheiro ou um arquitecto que o que gosta é de trabalhos ma- nuais”.Carla Castro e Joana Moura DR

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Zaask - a startup created by The Lisbon MBA alumni - developed a new social network that promotes self-employment

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Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 6

Cores: Cor

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Corte: 1 de 2ID: 42230856 11-06-2012 | Emprego & Universidades

ALGUNS NÚMEROS DO NEGÓCIO

100Os criadores do negócio esperam conseguir atingir um

movimento mensal de 100 mil euros.

O M E U C U R S O

Precisa de resolverum problema em casa?Vá a Zaask.com

E M P R E E N D E D O R E S

Nova rede social nasceuno The Lisbon MBA epromove o auto-emprego.

Quantas vezes já pre-cisou de reparar oesquentador e sepôs a telefonar paraos amigos a per-guntar se conhe-ciam alguém quelhe resolvesse o

problema rapidamente para poder to-mar o seu banho de água quente? Ouquantas vezes já pensou que bom se-ria se alguém lhe organizasse a festade aniversário do seu filho? Ou fizesseas compras do mês lá de casa? Foi apensar em situações como estas quedois colegas, um português e um in-diano, do The Lisbon MBA – LuísMartins e Saurabh Khanna, de 33 e 29anos – tiveram a ideia: criar uma pla-taforma online para facilitar esta liga-ção entre quem precisa que alguémlhe execute uma tarefa (o ‘asker’),porque não tem oportunidade ou ca-pacidade para o fazer, e quem temtempo e talento para o fazer (o‘tasker’), segundo as palavras dos pró-prios criadores da ideia.

Chama-se Zaask, já está ‘online’,não tem custo de registo e os criado-res apresentam-na como um “instru-mento que promove o auto-empre-

go”. “O Zaask tem bastantes vanta-gens comparado com as soluções ac-tuais, nomeadamente nos sites classi-ficados. Num só passo, para qualquertrabalho e de forma gratuita, o ‘asker’consegue obter muito mais informa-ção para tomar a sua decisão: recebevárias propostas directamente dequem as faz, sem custos de agência”,explicou, em entrevista ao DiárioEconómico, Luís Martins, que dizsempre ter tido sempre “o bichinhode encontrar uma forma de eliminartarefas que não acrescentam valor àvida das pessoas”.

Luís Martins trabalhou o projectomais na parte de gestão e SaurabhKhanna focou-se na componente tec-nológica. Entre ter a ideia e pôr a pla-taforma a funcionar foram dois me-ses. “Não perdemos muito tempo com

Luís Martins e SaurabhKhanna, foram os dois

colegas do “The LisbonMBA” que decidiram

lançar a ideia.

5000Existem cercade 5000 ‘taskers’

3000Existem cercade três mil ‘askers’.

70%70% dos‘taskers’ estãodesempregados.

55 propostas sãorecebidas, em média,em poucos minutos.

10000Cerca de 10 mil euros éo valor da tarefa maiscara: escritor fantasma.

PROCEDIMENTOS

Como funciona?1. No site zaask.com, o ‘asker’ descreve a tare-fa/trabalho que necessita de ver realizada(esta informação é disparada para as pessoasou empresas da comunidade que quiser);2. Recebe propostas por parte de pessoas ouempresas que estiverem disponíveis para lhefazerem a tarefa/trabalho;3. Escolhe a proposta que mais lhe agradarcom base no preço e perfil dos ‘taskers’;4. Depois da tarefa concretizada, o pagamentoé feito ‘online’ (pelo valor acordado previa-mente) e é feita uma avaliação aos ‘taskers’.

muitas análises e estudos de mercadopois sabíamos que o ‘time to market’era crítico”, sublinha o jovem em-preendedor.

Agora, os dois fundadores – quelançaram este projecto com investi-mento zero – pensam já na internacio-nalização e apontam baterias para Es-panha, Reino Unido e Brasil. No en-tanto, este plano “está altamente de-pendente do investimento angariado”.

Em Portugal, onde as tarefas maisprocuradas têm sido sistemas de infor-mação, canalizadores, jardinagem,electricistas, ‘petsitting’e‘babysitting’,querem chegar rapidamente aos 100mileurospormêsemtransacções.

Os fundadores do Zaask fazemworkshops semanais com os mem-bros da sua “comunidade” para as co-nhecerem e dar-se a conhecer. “A nos-sa avaliação qualitativa à comunidadede ‘taskers’ é que há muito talento,credibilidade e segurança. O que faltaàs pessoas é saberem conseguir ven-der-se. Notamos isso nas mensagenstrocadas entre ‘askers’ e ‘taskers’”;conclui Luís Martins. Por outro lado,adianta, é curioso que “vêm muitaspessoas registar-se como ‘taskers’ emcategorias que não têm que ver com asua formação ou experiência profis-sional, mas sim com o que gostam defazer. Por exemplo, um advogado quequer ser cozinheiro ou um arquitectoque o que gosta é de trabalhos ma-nuais”.■ Carla Castro e Joana Moura

DR

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,30 x 2,11 cm²

Corte: 2 de 2ID: 42230856 11-06-2012 | Emprego & Universidades

Alunos do LisbonMBA criam novarede social P.6