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7/27/2019 Proc saude doença e dss
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Processo Saúde – Doença ao Longo daHistória
Bases para uma compreensão ampliadade Saúde
Téc. Vig. em Saúde – Turma 11
Prof. Fernando A. Si
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Idade
Contem
4.000 aCNascimento
de Jesus
Queda do
Império
Romano
476 dC
Queda de
Constantinopla1453
Revolução
Francesa1789
Pré
História
Idade Antiga Idade
Média
Idade
Moderna
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Determinantes da saúde ao longo da His
Dependem:Tipo de conhecimento vigenteTipo de organização social
E geram:Diferentes modelos explicativosDiferentes estratégias de intervenção
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Determinantes Sociais da Saúde
Diferentes Dimensões de análise do processo saúde – do
Esses diferentes olhares convivem, complementam-espaços de compreensão e intervenção.
A diversidade das práticas em saúde tem relação com
sociais e econômicas, os significados atribuídos, o disponível e com cada época.
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Em cada sociedade histórica, os determinantes da saúsão identificados, valorizados e hierarquizados em
Determinantes Naturais Determinantes Individuais
Determinantes Sociais
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Pré-História – descoberta do Fogo
Eram nômades, caçadores, viviam em bandos e a sobrev
associada à disponibilidade de água e alimento.
As doenças e agravas que não podiam ser entendidos com
cotidiano era vistos como influência do sobrenatural, deus
espíritos malignos.
Pensamento mágico-religioso – Esse é responsável pelo d
inicial da prática médica.
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Práticas eram feitas pelos iniciados da época:
Ia além do conhecimento farmacobotânico, uma for
integral do indivíduo.
Hoje em dia diversas linhas de pesquisas e intervençõe
saúde procuram resgatar essa dimensão subjetiva
processos terapêuticos que o pensamento positivista e m
modelo biomédico aboliu.
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Período Neolítico
Pastor e/ou agricultores – Fixaram-se próximos a rios e vales fér
Originou os aldeamentos; houve a domesticação dos animais parapara a alimentação – Isso ocasionou novas doenças . EX: variola
do gado para o homem; gripo do porco e aves e resfriado comum d
Esses pequenos aglomerados de pessoas havia armazenamento acúmulo de dejetos aproximando os vetores do ser humano.
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Excedente deu origem ao comércio o que aumentou o co
pessoas; aumentou a circulação de parasitas e doenças.
Percebemos que a medida que diferentes civilizadesenvolvendo e se consolidando surgem novas formas d
problemas.
Ex: descobertas: 4000 aC encontrou-se que indícios de
urbano, ordenamento de casas, ruas largas e canais de esg3000 aC no Egito, havia descarga para lavatórios e esgoto
1200 dC, encontraram os mesmos vestígios na civilização I
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No Brasil ainda hoje encontramos essa visão mágica
enxegar a saúde e a doença.
Ex: simpatias, benzedeiras, chás, oferendes, ritos
destinadas aos santos e deuses.
Esse conhecimento é de fundamental importância para
formação do profissional de saúde que atua diretamen
para respeitar suas crenças e saberes e viabilizar o
saberes, conferindo maior efetividade nas ações.
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Primeiras interpretações : ANTIGUIDADE
1ª vertente = Concepção dos assírios, egípcios, caldehebreus e outros povos:
corpo humano como receptáculo de elemento exterpenetrando-o irá produzir a doença sem que o homparticipe ativamente do processo; elementos tannaturais como sobrenaturais
sistemas filosóficos de compreensão do mundo: carátreligioso,
●observações empíricas relativas ao aparecimento doença e função curativa das plantas e recursnaturais eram revestidas de caráter religioso
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2ª vertente - representada pela Medicina hindu e Medchinesa:
doença vista como desequilíbrio entre elementos/humores que compõem o organismo humano
causa buscada no ambiente influência dos astros, cinsetos e outros animais
sistema complexo de correspondência entre os celementos(madeira, metal, terra, fogo e água) e orgãos-s
Saúde para os chineses: equilíbrio entre os princípios Ye Yin; causas externas, internas e mistas causam odesequilíbrio. recuperação= restabelecer o equilíbrioenergia
o homem desempenha papel ativo no processo e as caperdem o caráter mágico e religioso, são naturalizadas.
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Explicações racionais – Medicina Hipocrátic
A civilização Grega representa o rompimento com a sup
as práticas mágicas e surge as explorações mais racionai
Gregos:
Panteístas – Os médicos também eram filósofos – Além
saúde procuravam entender as relações do homem com a
Procuravam interpretar a saúde e a doença como
processos naturais e não sagrados
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Panacéia preconizava a medicina curaterapêutica baseada em intervenções sob
doentes, mediante manobras físicas, enpreces e uso de medicamentos, enquanto …
Higéia, defendia a saúde como reharmonia entre os homens e ambientepromovê-la por meio de ações preventiv
é d b ã d b i
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Através da observação da natureza que obtiveram
centrais para a organização de um novo modo de con
doença.
Hipócrates: 460 – 377 aC - Ares, Água e Lugares: Neste Endêmicas – doenças que observou a ocorrência de um número con
casos entre os habitantes.
Epidemia – o surgimento repentino e explosivo de um grande número
Caracterizou os fatores responsáveis pela endemicidadsolo, água, modo de vida e nutrição.
Os Filósofos médicos –atuavam no sentido de restitui
equilíbrio do homem de forma integral.
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Medicina Hipocrática:
Relação com o meio ambiente é um traço fundamental do
Hipocráticos.
Observação das funções do organismo com o meio natural e soSaúde é uma Homeostasia entre o homem e o Meio.
Doenças: desequilíbrios entre linfa, sangue, bile amarela e bile neg
Teoria dos Miasmas – doenças surgida da emanação do
insalubres: Ex: Malária – maus ares.
Devemos lembrar que as bases da semiologia já existiam nesta é
e manipulação sensorial; anamnese; raciocínio diagnóstico;
terapêuticos e prognóstico.
É R
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Época Romana:
Observaram a Med. Grega mas incrementaram pouco a mes
Engenharia Sanitária e a administração tiveram grandes avanços.
Sexto Julio – Aqueduto da Cidade Romana – descreve os ben
saúde adquiridos com a implantação dos aquedutos.
Banhos romanos extensivos atos de higiene e saúde.Sistema de esgoto – Cloaca Máxima.
Entretanto nas regiões mais pobres a degradação ambiental, o
cortiços e os dejetos humanos nas ruas indicavam tempos sombrio
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Construção dos primórdios da saúde do trabalhador –
poetas e naturalistas atribuíam o adoecimento dos mi
ventilação da minas e aos fluídos e vapores tóxicos.
Idade Média Castigo e Redenção
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Idade Média – Castigo e Redenção
Caí o Império Romano e ascende o Período Feudal
Significa – Declínio da cultura urbana; decadência da or
práticas de saúde pública.
Ascensão e Fortalecimento da Igreja Católica.
Período de muitas Epidemias.
Catolicismo – Afirmava a existência de uma conexão entre do
Mundo – Lugar de expiação.
Doença = Pecado / expiação de um mal cometido / possess
castigo de Deus.
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Curas
Realizadas pelos religiosos ou invés dos filósofos-médicos
Ao invés de chás, ervas, exercícios, repouso, banhoprescritas rezas, penitências, invocações aos Santos,
unções.
Função: Purificar a Alma.
Para a Igreja os estudos da medicina eram uma blasfêm
ser julgada pela inquisição.
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Doenças
Periodo onde as doenças assolavam toda a população:
Ex: varíola, tuberculose, sarampo, difteria, influen
eripsela, lepra e peste bulbônica.
Lepra = impureza diante de Deus – Quem a possuís
retirado do convívio social e enviado para os leprosários
Peste bulbônica = deu origem ao nome do período, Idade
Ações de Saúde Pública: Suprimento de água para bebe
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Visão do Período
Aglomeração de pessoas convivendo junto com os anima
Deposição de dejetos humanos e de animais nas ruas;
Cheiro de matéria em putrefação misturado a urina e feContaminação e poluição das fontes de água;
Ausência de esgoto;
Péssimas condições de higiene.
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Final da Idade Média
Criação dos Códigos Sanitários:
Normatização da localização dos chiqueiros e matado
Normatização para o despejo de restos e dejetopopulação;
Normas para o recolhimento do lixo;
Pavimentação das ruas;
Canalização dos dejetos para poços cobertos.
Entretanto:
A população mantendo os mesmos hábitos torn
medidas.
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Hospitais na Idade Média
Serviam para abrigar os pobres e doentes que ficava
monásticas e sob sua direção.
Foi Instituído o período de quarentena com o objeti
avanço das doenças – Experiência obtida com o isolament
Continuava em voga a Teoria Miasmática, apesar da ncomunicável das doenças – Por imposição da Igreja.
Renascimento
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Renascimento
Apesar de todas as normas e proibições que a Igreja
contribuiu para o atraso das práticas de saúde individual
seio desta que se preservou no Ocidente o conhecimento G
Pois, apesar de disporem de instalações, hábitos e r
higiene, no final da Idade Média, alguns mosteiros começa
primeiras Universidades.
Surgimento da Burguesia.
Fundação da Academias – As Universidade, sob domínio da
servia apenas para passar conhecimento não descobri-lo e
d G d C
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Teoria dos Germes de Contagio
Girolano Fracastoro – 1530 com a obra De Contagione.
Descrevia sobre a hipótese de contágio da sífilis.
Hipotisava sobre agentes específicos para cada doen
R C i i
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Rotas Comerciais
Sendo uma classe fundada no comercio e na manufatura
comercializar seus produtos tornando imprescindível a
novas rotas comerciais.
Descoberta do Novo Mundo – Isso levou a introd
agentes infecciosos nos Ameríndios.
Sé l XV XVI
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Século XV e XVI
Revalorização do saber técnico;
Conhecimento da natureza;
Conhecimento da realidade através da observação dos feValorização da pesquisa empírica.
Época da Publicação de inúmeros tratados – Favoreceu
do saber científico e o técnico artesanal.Cooperação entre cientistas e técnicos.
Ciência e indústria.
Formou a Base do Pensamento Científico.
1543 – De Corporis Humani Fabrica
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1543 – De Corporis Humani Fabrica
Obra de Andreas Vesalio, Suíço – Contestando as idéias de
Observamos um ingrediente religioso nisto, a Reforma
Os crentes acreditavam que era sua função observar a o
incluindo a dissecção humana.
Enquanto;A Igreja Católica defendia a Teoria Humoral.
No campo da Saúde = grandes avanços em anatomia, fisiol
individual das doenças baseada na observação clínica e epi
C t i i t X Nã C t i i t
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Contagionistas X Não Contagionistas
Um embate com repercursões até hoje na saúde pública.
Contagionistas: Há um princípio causal para cada doença. Tevolução no século XIX com o avento da Bacteriologia.
Não Contagionistas: Acreditavam no desequilíbrio d
atmosférica e corporal. Esse pensamento, evoluiu paraobjetivas de vida construídas no espaço social.
Polêmica ajudou a firmas as bases da clínica moderna
científico
Era da Bacteriologia e Discussão da Causalid
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Era da Bacteriologia e Discussão da Causalid
Até século XIX, o controle das doenças era feito através
e quarentena.
Houve o desenvolvimento das investigações no camp
infecciosas e na área da microbiologia, cujo resultad
medidas de controle. EX: vacinação.
Final do Séc XIX: Louis Pasteur, com o microscópioexistência de microrganismos:
Um micróbio = Uma doença.
Teoria aceita apenas em 1876 quando
demonstrou a transmissão do antraz por um bacilo
Século XX
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Século XX
Descoberta dos vetores, hospedeiros intermediários
portadores sadios para a transmissão das doenças e m
cadeia epidemiológica.
Princípios da Imunidade Ativa e Passiva.
Criação de Laboratórios de Microbiologia e Imunologia.
Diminuição da mortalidade.
Melhoria nas condições de vida saneamento e sanitárias
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Era BacteriológicaDefinitivamente mudou o modo de concebe
Saúde e Doença
Modelo Unicausal
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Modelo Unicausal
Representou um reducionismo do fenômeno saúde / doenç
Aboliu o Subjetivo a favor do Objetivo;
Aboliu os aspectos Qualitativos em prol dos Quantitativos
Hiper valorização da fisiologia, anatomia, patologia e farse tornaram bases do pensamento médico.
Racionalidade Científica: Explicações dos fenômenos tem
no estudo de mudanças objetivas: morfológicas orgânicas
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Figura 1 – Modelo unicausal
Para o modelo positivista de ciência, a emergência do modelo unicausal conferia o estat
cientificidade que se julgava faltar às explicações sociais. A desqualificação destas, med
advento da bacteriologia, impediu que fossem estudadas as relações entre o adoecer hu
determinações econômicas, sociais e políticas. A prática médica resultante desse model
predominantemente curativa e biologicista.
Consequências
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Consequências
Uma causa = Um agravo ou seja; Um agente = Uma doença
Reduziu a doença a ação de um agente específico;
Impediu o estudo das relações humanas e as
econômicas, sociais e políticas no adoecer = Mode
biologicista.
Desqualificou o social na determinação do adoecer e d
Modelo Multicausal
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Modelo Multicausal
Após a Segundo Grande Guerra houve um declínio do Mod
Motivo:Não explicava as doenças associadas a múltiplos fator
Neste período houve uma transição epidemiológica.
Ou seja,Diminuiu a incidência das doenças Infecto par
aumentar das crônicas degenerativas.
Figura 2 – Modelo multicausal: a tríade ecológica
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Fonte: adaptado de Leavell & Clarck, 1976.
Proposto por Leavell e Clark (1976), esse modelo considera a interação, o relacondicionamento de três elementos fundamentais da chamada ‘tríade ecolóo agente e o hospedeiro. A doença seria resultante de um desequilíbrio nas aexistentes no sistema (figura 2 e Quadro 1).
Quadro 1 – Modelo da história natural da doença
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O exame dos diferentes fatores relacionados ao
surgimento de uma doença e a utilização da
estatística nos métodos de investigação e
desenhos metodológicos permitiram significativosavanços na prevenção de doenças. Outra
vantagem deste modelo teórico reside no fato de
possibilitar a proposição de barreiras à evolução
da doença mesmo antes de sua manifestação
clínica (pré-patogênese).
Fonte: adaptado de Leavell & Clark, 1976.
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Embora se reconheça a existência de aspectos sociais envolvidos no
doença, estes são subalternizados em detrimento dos aspectos biol
Palmeira et al. (2004: 38), o modelo multicausal avançou no con
fatores condicionantes da saúde e da doença.
Crítica: tratar todos os elementos da mesma forma, ou seja, natural
entre o ambiente, o hospedeiro e o agente, esquecendo que o ser
socialmente sua vida em um tempo histórico e que por isso, em cpodem ocorrer doenças diferentes com intensidades e manifes
diferentes.
Produção Social da Saúde e da Doença
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1960 – Proposta de uma abordagem mais ampla, co
relações da saúde com a produção social e econômica da sociedad
Modelo:
Determinação Social da Saúde/DoençaProcura articular todas as dimensões da vida para d
realidade sanitária.
Necessidade:Transpor a linearidade da concepção Biologicista de cau
Entra em cena:
A Estrutura Social como estruturadora dos processos s
Consequências
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quA noção de Causalidade é substituída pela Determinação.
Aqui temos a Estrutura Social e as condições ligadas a ela hie
servindo como base para explicar a saúde e a doença.Modos e estilo de vida, derivados de fatores cultu
sociais e constituição do espaço.
Temos uma forma sistêmica e integrada da realidade, odeterminantes e os condicionantes do fenômeno observado.
Esse modelo leva em consideração o objeto, o sujeito, os meio
formas de organização das práticas, pensando não apenas na
promoção da sáude
Abordagens Contemporâneas do Conceito de S
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Lembremos: Doença sempre foi um conceito perseguid
história e Saúde recebe pouca atenção.
Saúde = Ausência de Doença – Paradigma Biomédico.
Exclui as dimensões econômicas, sociais, culturais e psicológ
Reafirma que somente a Biologia e Patologia fornecem da
Saúde = Bem Estar – 1948, OMS (Completo Bem estar físico, m
não apenas a ausência de doença ou enfermidade).
Exclui a fenomenologia, não se pode ser mensurado, falta
não pode ser usado como meta nos serviços de saúde
Saúde = Norma
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Saúde tem um valor, sendo fonte de poder e riqueza para
países.
Consequência: Introduz o controle, dos corpos, dos e
processos para a manutenção do capitalismo, consequência da
Econômica estabelecida (industrialização e complexificação
tornou necessário e estalecimento de normas e padrões de compo
Neste cenário:
O corpo como força estatal e de trabalho passa a ser m
meio de estatísticas vitais e de morbidade.
Destaque para reflexão
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Na Sociedade Industrial, a disciplinarização e a normaliz
criou um dispositivo de seleção entre os normais e os ano
Isso nada mais é que um mecanismo de controle:
Podendo se dar de duas maneiras:
Sutilmente, através da propagação de modelos e p
comportamento.Enfaticamente, através de regulamentações,
exclusões.
Contra pontos da associação de norma e saú
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Sucesso nos programas de imunizações e a obrigat
notificações das doenças, ajudaram a erradicar e cont
doenças e torna visível a importância das intervenções es
Entretanto, as normas e padrões estabelecidos de condu
para se evitar as doenças colocou sobre o indivíduo, exc
responsabilidade pelo seu adoecimento.
Esse modo de encarar o fenômeno saúde-doença i
público da responsabilidade.
(Focault, Campos, Carvalho, Lefebre)
Conceito Ampliado de Saúde
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Conceito formulado na VIII Conferência Nacional de Saúd
Saúde Direito de Todos, virou texto da Constituição de 19
Cenário:
Redemocratização do Brasil,
Movimento da Reforma Sanitária Brasileira.
Enunciado: “Em sentido amplo, a saúde, é a resultante das condições
habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte,
liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde
principalmente resultado das formas de organização social, de pr
podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida”
Força do Postulado
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Contraponto do modelo biomédico, centralizado no
anatomopatológico, visão mecanicista do corpo, compar
desconectado, com um modelo assistencial centrado no
doença, no hospital e no médico.
Defende: Universalidade – Integralidade - Equidade
Princípios de um novo sistema de saúde – SUS.
Além de fomentar a descentralização, a regionalização e
social.
Constituição de 1988 e Saúde
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Reflete o ambiente político de redemocratização do país
a força do movimento sanitário na luta pela ampliação dos
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, gara
políticas sociais e econômicas que visem à redução do ri
de outros agravos e ao acesso universal igualitário às a
para sua promoção, proteção e recuperação” (Brasil, 1988
Notamos claramente, nesta concepção, a explicitação dos
Sociais da Saúde e da Doença.
Determinantes Sociais da Saúde
7/27/2019 Proc saude doença e dss
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Incluem: condições mais gerais de uma sociedade (soc
culturais e ambientais), e se relacionam com as condiç
trabalho de seus membros (habitação, saneamento, trabalho, serviços de saúde e educação) e, também, co
redes sociais e comunitárias.
Importante:Determinante é mais complexo que causa.
Ex: o Bacilo de Koch causa a tuberculose, mas, são os
sociais que explicam porque certa parcela da popu
s s tí l t
Figura 1 – Modelo de Dahlgren e Whitehead: influência em camadas
Inter
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http://slidepdf.com/reader/full/proc-saude-doenca-e-dss 51/68
Fonte: Whitehead & Dahlgren apud Brasil,2006.
D
Inte
Pro
Inter setorialidad
Intervenções sobr
baseadas em evid
promotoras da equid
CNDSS - 2006Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais d
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http://slidepdf.com/reader/full/proc-saude-doenca-e-dss 52/68
Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais d
Iniquidades em Saúde – levaram à organização, no interior da O
Equity Iniciative.
Objetivos da CNDSS:Produzir conhecimentos sobre as relações entre os determinantes s
particularmente as iniquidades;
Promover e avaliar políticas, programas e intervenções governamentais e nãolocais, regionais e nacionais, relacionadas aos determinantes sociais de saúde;
Atuar junto com os diversos setores da sociedade civil para promover a cons
a importância das relações entre saúde e condições de vida e sobre as p
atuação para diminuição das iniquidades de saúde.
Pensar Saúde
7/27/2019 Proc saude doença e dss
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De forma ampla como o acesso à educação, trabalho, tran
alimentação etc indica;
Superação do modelo biomédico;Superação do modelo serviços de saúde que
reformulação para deixar de ser curativo e assistencial.
Todo esse movimento que propõe uma ruptura no paradipráticas de enxergar e de promover a saúde tem seu marc
Informe Lalonde, 1974 Canadá;
I Conferência Internacional sobre Saúde Promoção de
j d t f i C t d Ott
Carta de Ottawa
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Promoção da Saúde: “o processo de capacitação da co
atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, inclu
participação no controle deste processo”.
Cinco campo centrais de ação propostos:
Elaboração e implementação de políticas públicas saudáve
Criação de ambientes favoráveis à saúde,Reforço da ação comunitária,
Desenvolvimento de habilidades pessoais,
Reorientação dos serviços de saúde.
Importante
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Ambientes favoráveis à saúde, diz respeito não apenas à c
meio ambiente, mas também aos ambientes construídos pe
Reforço da ação comunitária, empoderamento (emp
população para atuar em prol de sua saúde.
Desenvolvimento de habilidade pessoais, consiste na indivíduo no controle dos determinantes e condicionan
invertendo o foco do modelo de ênfase curativa,
medicalizante para um modelo integral e intersetori
lid d d id
Reorientação dos serviços de saúde, exige um repensar dosujeitos dos meios de trabalho e das formas de org
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sujeitos, dos meios de trabalho e das formas de org
práticas em saúde.Isso requer uma ampliação da visão para além da doença, do doe
transmissão, dos fatores de risco e as condições de vida e de trabalhOs sujeitos passam de apenas médicos e seus auxiliares para um equ
todos os níveis, outros setores e a própria população;
Os meios de trabalho além das tecnologias em saúde eng
conhecimentos e instrumentos para uma ação mais ampla, com
comunicação, geografia, planejamento estratégico situacional etc;As formas de organização do trabalho iriam além dos serviços
hospitalar, campanha sanitárias, programas de vigilância sanitária
Seriam ações intersetoriais e de políticas públicas saudáveis visand
necessidades sociais de saúde.
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Histórico Brasileiro
1500 – As terras e os indígenas descobertos davam a ideia de paraíso.
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Século XVII – a colônia portuguesa da América era identificada como
Grande enfermidades, conflitos com os índios, dificuldades materiais de vida
dos colonizadores e dos escravos.
XVI – O Conselho Ultramarino Português, criou os cargos de físico mor e cirurg
da saúde das colônias, no entanto ninguém queria vir para o Brasil.
Havia grande problemas, o tamanho do Brasil, a pobreza dos habitante
tratamento, baseado em sangria e purgação que causava medo na população.
A população estava acostumada a medicina tradicional popular.
Século XIX, 1808 – vinda da Corte para o Brasil, cidade do Rio de Janeiro, está
das ações sanitárias. E para atendimento mais constante e organizado das ques
d l i d i édi i ú i d Ri B hi 1813 1815
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Em 1889 proclamação da República – Ideia de modernizar o Brasil tendRepública Velha
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Em 1889, proclamação da República Ideia de modernizar o Brasil tend
Positivismo. Houve a descentralização das ações administrativas e sanitárias
serviços de polícia sanitária e adoção de normas para impedir o desenvolviment
1892 – Serviço Sanitário Paulista – Função de superar a barbárie da colônia e p
as enfermidades, serviu de modelo para outros estados. Criação dos laborató
Vacinogênico e de Análises Clínicas e Farmacêuticas. 1903, Instituto Pasteur.
Em 1923 é criado o Departamento Nacional de Saúde Pública. Atribuições, a inspeção médica de imigrantes, problemas de habitação, saneamento e fiscaliza
Com a Revolução de 1930, como parte de uma política governamental de estru
foi criado o Ministério da Educação e Saúde.
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Em 1937, foi criado o Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
do Decreto 3171/41, considerado o embrião da VISA (Vigilância Sani
A partir da década de 50 com a aceleração da industrializaçã
implantação de grandes laboratórios farmacêuticos multinacionais no
a falta de tecnologia nacional para a produção de novos fárma
dependência da indústria estrangeira.
Em 1953 é criado o Ministério da Saúde- Lei 1920/53, que man
estrutura do extinto Departamento Nacional de Saúde.
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Em 1954 é criado o Laboratório Central de Controle de Drogas
(LCCDM), pela Lei 2.187 de 1954, cuja atribuições eram, entre outr
produtos biológicos ou não de interesse à saúde pública; fornecer n
para a indústria farmacêutica e de produtos biológicos; cassaçã
produtos; fiscalização a instalações de laboratórios.
Em 1961 é promulgado o Código Nacional de Saúde, que dispõe a re
gerais sobre defesa e proteção da Saúde, incumbindo o Ministéadotar medidas preventivas neste sentido e como suporte des
Laboratório Central de Controle de Drogas, Medicamentos e A
atribuição de estabelecer padrões básicos para o controle sanitár
medicamentos.
Em 1970, iniciada em 1969 com o Decreto Lei 986/69 que instituiu noalimentos e descentralização da fiscalização sanitária para as SecretaE d T i ó i M i í i ã d Mi i
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Estados , Territórios e Municípios, temos a reestruturação do Miniscriação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, responsável pelo dos portos, aeroportos e fronteiras, medicamentos, alimentos, sanean
produtos de higiene.
Em 1975 é Criado o Sistema Nacional de Saúde através da lei 6necessidade do governo de desenvolver políticas na área social e sepavigilância sanitária e epidemiológica.
Em 1976 há a reestruturação do Ministério da Saúde. Através do DecreSecretaria Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS, com o objetivo dedo consumidor, através de ações no controle da qualidade dos produtosaúde : alimentos, cosméticos , domissanitários, medicamentos, d
f ê i fi d i d Vi ilâ i S i á i L i 6
Para dar suporte a essas ações foram promulgados alguns regulamentnormatização para a fabricação , o registro e o comércio de medicamento
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5991/73 regulamentada pelo Decreto 54170/74, que dispõe sobre o co
comércio de drogas , medicamentos, insumos farmacêuticos e correlato
regulamentada pelo Decreto 74170/77 que dispõe sobre a produção de medic
A então SNVS, com uma deficiência estrutural , onde faltavam re
administrativos, normas para operacionalização e laboratório, não supr
empresas fabricantes dos produtos para a saúde, tornando-se um cartório in
Com o desenvolvimento industrial acelerado, com novos produtos a
aumentaram as pressões empresariais que através do clientelismo político e
maior agilidade por parte da SNVS. Estas práticas resultaram na liberação
produtos sem critérios técnicos e científicos e registros eram aprovados sem
áli
Em 1986 com a 8ᵒ Conferência Nacional de Saúde, com discussõessaúde e as ideias do Movimento Sanitarista Brasileiro sob
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saúde, e as ideias do Movimento Sanitarista Brasileiro, sobtransformações na área da saúde que abarcavam, além do sistema, cujo objetivo era a melhoria nas condições de vida da populaçNacional do Consumidor, diante da necessidade de se estabelecer u
de proteção à saúde do consumidor, e IX Conferência Nacional de a necessidade de uma política Nacional de VISA. Neste períodentrada de sanitaristas para a SNVS, surgindo expectativas de mu
1988, promulgação da Constituição de 88, a Vigilância Sanitária gaimportância dentro do capítulo da Saúde, que foi reforçado peSaúde 8080/90 ( lei que regulamenta os preceitos constitucionaiÚnico de Saúde) ao se integrar ao conjunto das competências do seu papel de garantir a melhoria da qualidade de vida da populaçãde controle do meio ambiente, da saúde do trabalhador, do qualidade dos bens e serviços ofertados à população.
Nesta época, ano 1990, é promulgado o Código de Defesa do representa uma grande conquista da sociedade Brasileira, Lei 8078
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No entanto, a estrutura da Vigilância Sanitária -VISA existente a
sofreu grandes mudanças para assumir uma função maior, ou seja
número reduzido de pessoal, com as descontinuidades adminaconteceu uma ampla discussão com o objetivo de implantar uma d
vigilância sanitária.
Essa situação veio acarretar poucas mudanças, na medida em
Vigilância ficavam limitadas a atender demandas emergen
falsificações, etc) bem como, das empresas fabricantes de produ
autorizando o funcionamento, registrando seus produtos para
comercialização.
Em 1999 a Lei 9782/99 define o Sistema Nacional de Vig
Sanitária e criada a Agência Nacional de Vigilância –ANVISA
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Sanitária e criada a Agência Nacional de Vigilância ANVISA
algumas peculiaridades , a exemplo: ser auto sustentável, atrav
arrecadação de taxas dos serviços prestados; pessoal e est
próprias e estabilidade administrativa dos seus dirigentes. A pr justificativa utilizada para a criação da Agência se basea
questionamento da estrutura existente, que se mostrava inoperant
exercer o controle na eficácia e segurança dos medicamentos
fabricantes , considerando os episódios sucessivos de falsificaçõ
medicamentos vivenciados em 1998.
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Referências:
www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?livro
Epidemias no Brasil - Rodolpho Rlarolli Junior, 2003.
CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIEPIDEMIOLÓGICO E ANTROPOLÓGICO - Marli Terezinha St
Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 jan/mar; 17(1):111-7.
Qualificação de Gestores do SUS – 2 ed. rev. ampl. Rio de Jane
Gondim, Victor Grabois e Walter Mendes.