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VII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 08 a 10 novembro de 2011 - ISSN 2175-960X – Pg. 3963-3975 3963 PROCEDIMENTO DE REFORÇO DIFERENCIAL DE COMPORTAMENTOS ALTERNATIVOS NA EDUCAÇÃO: ANÁLISE DE PUBLICAÇÕES. Silvia Aparecida FORNAZARI 1 Hellen Cristine Machado de MELLO 2 Ingrid Caroline de Oliveira AUSEC 3 Grazielle NORO 4 Simone Martin OLIANI 5 Programa de Mestrado em Análise do Comportamento Universidade Estadual de Londrina UEL Londrina/PR A análise do comportamento é a ciência que tem como objeto de estudo a interação entre organismo e ambiente e suas relações funcionais. Essa abordagem traz contribuições quando esclarece sobre variáveis que controlam as interações entre organismo e ambiente (GUIMARÃES, 1999). Na Saúde e na Educação, pode contribuir com a geração de tecnologias que possam auxiliar no manejo de comportamentos, por meio da aplicação de seus princípios científicos para mudança comportamental. O avanço da medicina e o uso de medicações cada vez mais eficazes aliado ao movimento inclusivo na educação têm garantido ao longo dos tempos que indivíduos com limitações severas no comportamento estejam inseridos na rede regular de ensino e avancem em seu processo de escolarização. Assim, os conhecimentos produzidos na área de saúde para o manejo comportamental de indivíduos com déficit intelectual se fazem cada vez mais presentes no contexto educacional bem como influenciam novas produções. Educação e Análise do Comportamento No campo da educação, a Análise do Comportamento busca contribuir para responder as questões de ensino e aprendizagem e formação de professores. A aprendizagem é a finalidade do ensino. Quando um aluno não aprende é fundamental que o professor conheça sobre suas dificuldades para planejar e conduzir o ensino, porém não deve transformar essas condições em razões pelas quais o aluno não aprende. Práticas de ensino têm valor na medida em que geram aprendizagem, se não, perdem a função (PEREIRA, MARINOTTI e LUNA, 2004). 1 Doutora em Educação Escolar pela UNESP- Araraquara/SP e Mestre em Educação Especial pela UFSCar São Carlos/SP. Docente Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina, UEL Londrina/PR. Endereço: Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Londrina, Campus Universitário. Caixa Postal, 6001. Londrina, PR. CEP 86051-090. E-mail: [email protected] 2 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 3 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 4 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 5 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]

PROCEDIMENTO DE REFORÇO DIFERENCIAL DE … · Procedimentos de reforço diferencial, enquanto esquemas complexos de reforçamento, têm sido usados na redução dos comportamentos

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PROCEDIMENTO DE REFORÇO DIFERENCIAL DE COMPORTAMENTOS

ALTERNATIVOS NA EDUCAÇÃO: ANÁLISE DE PUBLICAÇÕES.

Silvia Aparecida FORNAZARI1

Hellen Cristine Machado de MELLO2

Ingrid Caroline de Oliveira AUSEC3

Grazielle NORO4

Simone Martin OLIANI5

Programa de Mestrado em Análise do Comportamento

Universidade Estadual de Londrina – UEL – Londrina/PR

A análise do comportamento é a ciência que tem como objeto de estudo a interação entre organismo

e ambiente e suas relações funcionais. Essa abordagem traz contribuições quando esclarece sobre

variáveis que controlam as interações entre organismo e ambiente (GUIMARÃES, 1999). Na Saúde

e na Educação, pode contribuir com a geração de tecnologias que possam auxiliar no manejo de

comportamentos, por meio da aplicação de seus princípios científicos para mudança

comportamental.

O avanço da medicina e o uso de medicações cada vez mais eficazes aliado ao movimento inclusivo

na educação têm garantido ao longo dos tempos que indivíduos com limitações severas no

comportamento estejam inseridos na rede regular de ensino e avancem em seu processo de

escolarização. Assim, os conhecimentos produzidos na área de saúde para o manejo

comportamental de indivíduos com déficit intelectual se fazem cada vez mais presentes no contexto

educacional bem como influenciam novas produções.

Educação e Análise do Comportamento

No campo da educação, a Análise do Comportamento busca contribuir para responder as questões

de ensino e aprendizagem e formação de professores. A aprendizagem é a finalidade do ensino.

Quando um aluno não aprende é fundamental que o professor conheça sobre suas dificuldades para

planejar e conduzir o ensino, porém não deve transformar essas condições em razões pelas quais o

aluno não aprende. Práticas de ensino têm valor na medida em que geram aprendizagem, se não,

perdem a função (PEREIRA, MARINOTTI e LUNA, 2004).

1 Doutora em Educação Escolar pela UNESP- Araraquara/SP e Mestre em Educação Especial pela UFSCar – São

Carlos/SP. Docente Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e

Análise do Comportamento da Universidade Estadual de Londrina, UEL – Londrina/PR.

Endereço: Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Centro de Ciências Biológicas,

Universidade Estadual de Londrina, Campus Universitário. Caixa Postal, 6001. Londrina, PR. CEP 86051-090. E-mail:

[email protected] 2 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do

Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 3 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do

Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 4 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do

Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected] 5 Aluna do Programa de Mestrado em Análise do Comportamento do Departamento de Psicologia Geral e Análise do

Comportamento da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]

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Para Skinner, a Educação é entendida como uma instituição social que busca o “estabelecimento de

comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para outros em algum tempo futuro”

(SKINNER, 1998, p. 437). Na definição de Skinner, o ensino é entendido como o arranjo de

contingências para procedimentos e conteúdos a serem ensinados. Assim, não cabem explicações

que culpem o aluno por não aprender e os professores precisam adquirir conhecimentos sobre o

comportamento humano que os habilitem a planejar as contingências adequadas para ensinar e

pautar seu comportamento em função do comportamento o aluno (ZANOTTO, 2004).

A escola, até pouco tempo atrás, estava incumbida apenas da formação acadêmica do aluno, sem a

necessidade de se preocupar com questões relativas às dificuldades de aprendizagem, ou com a

efetividade de suas propostas pedagógicas e metodologias e seus impactos positivos ou negativos.

As crianças que apresentavam algum tipo de dificuldade eram levadas a outras escolas,

especializadas em seu problema, ou faziam parte de um enorme grupo de crianças que fracassavam

de alguma forma; não respondendo às demandas da instituição que os recebiam, fossem essas

demandas de ordem acadêmicas ou comportamentais (LOPEZ, 2004).

Esse é um panorama que tem se modificado, principalmente nas últimas décadas, quando houve um

movimento social e educativo em direção a atender e integrar as crianças com necessidades

educacionais diferenciadas, de maneira efetiva, solicitando uma atenção aos problemas emocionais,

sociais e de conduta, pois um número significante de alunos com necessidades educacionais

especiais apresentam ao mesmo tempo, dificuldades emocionais, sociais e de comportamento

(LOPEZ, 2004).

O entendimento de que a educação especial deveria ser organizada de forma paralela à educação

comum, foi durante muito tempo considerado a forma mais adequada de atendimento aos alunos

com deficiência ou que não se adequassem ao sistema de ensino regular. Essa concepção resultou

em práticas que enfatizavam os aspectos relacionados à deficiência, em contraposição à sua

dimensão pedagógica. No entanto, estudos no campo da educação e dos direitos humanos vêm

modificando os conceitos, as legislações, as práticas educacionais e de gestão, indicando a

necessidade de se promover uma reestruturação das escolas de ensino regular e da educação

especial (MEC, 2008).

Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (2008), na perspectiva

da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular,

promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência,

transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação de modo a garantir a

transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; a

continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; o atendimento educacional

especializado; a formação de professores para os atendimentos educacionais especializados e

demais profissionais da educação para a inclusão escolar; a participação da família e da

comunidade; a acessibilidade arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na

comunicação e informação e a articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

Esse novo enfoque ampliou os limites da educação especial, que situou na escola regular a maior

parte dos problemas dos alunos impondo a educação desafios que requerem uma ampliação das

perspectivas dos recursos educativos (MARCHESI, 2004).

Esse novo conceito de necessidades educacionais especiais, segundo Fierro (2004), dá ênfase não

apenas as limitações e dificuldades de aprender, mas também as demandas da escola. Sua utilização

oportuniza uma abordagem diferenciada da tradicional em que outros termos e conceitos como

deficiência, incapacidade ou atraso, acabavam por qualificar apenas as pessoas, desconsiderando o

aspecto social e a interação com o ambiente. Sobre esse conceito, Fierro (2004) compreende que

necessidade educacional especial “são necessidades que se manifestam não no aluno como tal, mas

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sim com sua inter-relação com o meio escolar” pois diz respeito a como a escola deve trabalhar com

o aluno.

Esta concepção está de acordo com a política nacional de Educação Especial na Perspectiva

Inclusiva onde avalia que

“os estudos mais recentes no campo da educação especial enfatizam que as definições e uso

de classificações devem ser contextualizados, não se esgotando na mera especificação ou

categorização atribuída a um quadro de deficiência, transtorno, distúrbio, síndrome ou

aptidão. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente, transformando o contexto

no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a

situação de exclusão, reforçando a importância dos ambientes heterogêneos para a promoção

da aprendizagem de todos os alunos” (p. 09).

Um dos problemas que mais preocupam pais e a escola são as condutas agressivas, pois além de

aumentarem as dificuldades que já existem, são destrutivos para a relação de ensino e aprendizagem

(LOPEZ, 2004).

No caso de pessoas com necessidades educacionais especiais, a análise comportamental demonstra

grande efetividade na redução de Índices e duração de comportamentos inadequados (FORNAZARI

e LIBRAZI, 2009).

É importante considerar que os comportamentos inadequados abordados neste artigo, incluindo as

condutas agressivas, são tratados pela literatura enquanto comportamentos aberrantes, e são

considerados inadequados por apresentarem oposição ao que se espera em termos de condutas

sociais em ambientes familiares, educativos, ou sociais. Constituem-se como produto da história de

vida, ou seja, são resultado da história de reforço e punição das pessoas que apresentam

necessidades educacionais especiais desde seu nascimento (FORNAZARI e DIAS, 2009).

Uma vez que as pessoas com déficit intelectual estão incluídas no sistema de ensino, seja ele regular

ou especial, os conhecimentos dos princípios da análise do comportamento não devem estar

restritos ao psicólogo. (FORNAZARI, 2005). Faz-se necessário um trabalho com os profissionais,

no caso professores que lidam com alunos com necessidades educacionais especiais. “A eficácia da

educação no preparo de indivíduos competentes e autônomos para atuar nas variadas instâncias da

realidade social esta diretamente relacionada á sua eficácia em preparar, de modo especial, aqueles

que nela permanecerão para exercer aquela função: os professores” (ZANOTTO, 2004)

Os professores, muitas vezes, não dispõem de métodos que consigam atingir seus alunos em suas

manifestações comportamentais, que não respondem às demandas sócio-educativas. Segundo

Fornazari (2005) é aqui que a Análise Experimental do Comportamento traz, efetivamente,

contribuições ao trabalho do educador.

Procedimentos de reforço diferencial, enquanto esquemas complexos de reforçamento, têm sido

usados na redução dos comportamentos inadequados, podendo incluir treino de repertório adequado

(FORNAZARI, 2005). Segundo Saunders e Saunders (1995) citado por Fornazari (2009), existem

quatro tipos de procedimentos de reforço diferencial: (1) o reforço diferencial de outros

comportamentos (DRO), que consiste na liberação do reforço após um determinado intervalo de

tempo no qual o comportamento inadequado não é emitido, reforçando-se assim a ocorrência de

qualquer outro comportamento que não aquele que se pretende reduzir a freqüência ou extinguir; (2)

o reforço diferencial de baixos índices do comportamento (DRL), onde o reforço é liberado depois

de um intervalo fixo durante o qual o comportamento indesejado é emitido em número igual ou

inferior a um índice pré-determinado; (3) o reforço diferencial de comportamentos incompatíveis

(DRI), que consiste na liberação do reforço depois de uma ou mais ocorrências de um

comportamento que seja topograficamente incompatível com o comportamento inadequado; e (4) o

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reforço diferencial de comportamentos alternativos (DRA), no qual o reforço é liberado depois de

uma ou mais ocorrências de um comportamento particular, que seja ensinado ou treinado, e que não

necessariamente seja incompatível com o comportamento indesejado.

De acordo com Fornazari (2009), o procedimento de DRA mostra resultados relevantes na redução

de comportamentos inadequados para pessoas com necessidades educacionais especiais, já que

permite a instalação de comportamentos considerados adequados.

A análise funcional é o instrumento de avaliação necessário e imprescindível para a realização de

um procedimento de reforço diferencial de comportamentos alternativos. É de extrema relevância

uma avaliação prévia que identifique as características funcionais do comportamento, sem essa

análise funcional, o procedimento se torna inviável. A análise funcional se apresenta como uma

poderosa ferramenta para identificar fontes de reforço que mantêm o problema de comportamento, e

identificar potenciais reforçadores a serem utilizados no desenvolvimento de qualquer programa de

tratamento, que requer a identificação das variáveis presentes nas interações (Iwata et. Al, 2000;

Vollmer, Roane, Ringdahl, & Marcus, 1999). A grande vantagem em se conduzir uma anállise

funcional de pré-tratamento é que o reforçadores que mantêm o comportamento do problema

podem ser retidos durante o tratamento (extinção) e ensinado um comportamento alternativo, mais

adaptativo. O comportamento desejado poderá ser efetivamente reforçado, por reforço diferencial

potente, identificado por essa análise anterior (VOLLMER e IWATA, 1992).

O presente artigo teve por objetivo fazer uma revisão da literatura sobre o uso do procedimento de

reforço diferencial de comportamentos alternativos no contexto da educação.

Materiais e Método

Procedimento: O levantamento bibliográfico foi realizado nos periódicos Journal of the

Experimental Analysis of Behavior (JEAB); Journal of Applied Behavior Analysis (JABA); e nas

seguintes bases de dados: Cambridge Journals Online (textos completos); Oxford Journals (Oxford

University Press - textos completos); PsyArticles (APA – textos completos); PsycINFO (APA –

resumos); Scielo.ORG (textos completos); Science (AAAS – textos completos); SCOPUS (Elsevier

– resumos); Web of Science (resumos); Enciclopaedia Britanica (resumos, teses e dissertações),

disponíveis no Portal Capes de Periódicos.

Para a busca foram usadas as palavras-chave: differencial reinforcement of alternative behavior, sua

variação em português e a sigla DRA. Conforme os seguintes critérios de inclusão: artigo empírico

e publicado em inglês, português ou espanhol; no período de janeiro de 2005 a abril de 2011.

Nos periódicos JEAB e JABA foram encontradas 850 ocorrências com a palavra chave completa e

com a sigla DRA foram encontradas 189. Após uma primeira leitura foram selecionados 24 artigos,

sendo 21 no periódico JABA e três do JEAB. No Portal Capes de periódicos foram encontrados 185

registros com a palavra chave completa em inglês. Destes foram selecionados para uma leitura mais

detalhada 50 artigos. Também foi consultada a Base BSV (Biblioteca Virtual em Saúde) com a

palavra chave em português (reforço diferencial de comportamento alternativo) e foi encontrado

apenas um artigo, que foi selecionado.

Resultados gerais

Dos 50 artigos pré-selecionados apenas 20 atendiam a todos os critérios estabelecidos, ou seja,

tinham seus procedimentos realmente relacionados com DRA. Destes, cinco eram de DRA sem

extinção e quatro com extinção; quatro além do procedimento de DRA incluiam outros elementos

como SOAP (intervenção auditiva auto-operada), RNC (reforço não contingente) ou DRO (reforço

diferencial de outro comportamento). Como pode se ver na Figura 1, apenas um avaliou falhas na

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integridade do procedimento, outros dois pesquisaram esquemas de reforço para comportamentos

inadequados, sendo que o DRA foi utilizado após a pesquisa para solucionar os problemas de

comportamentos destes participantes. Como um que focou análise funcional do comportamento

alvo, mas também utilizou o DRA para diminuir estes comportamentos.

Na maior parte dos estudos os participantes eram crianças e adolescentes com desenvolvimento

atípico, poucos foram com adultos com problemas de comportamento (por exemplo, esquizofrenia)

e apenas um teve como participantes universitários, mas num total de 22 participantes. Dentre os

participantes 38% tinham desenvolvimento atípico, a maioria com diagnóstico de autismo com ou

sem outra patologia associada (por exemplo, deficiência mental ou TOC), apesar de 62% dos

participantes terem desenvolvimento típico, 22 deste (universitários) eram participantes do mesmo

estudo, conforme ilustra a Figura 2

Dos 20 artigos selecionados a maioria (50%) faz referência ao uso do delineamento AB para avaliar

a eficiência de suas intervenções, apenas quatro utilizaram delineamento de reversão (ABAB) com

a mesma finalidade. O restante dividiu-se em um estudo de caso e três revisões de literatura (Figura

3). Mas, 76% reportou sua eficácia ao procedimento de DRA, por diminuirem os comportamentos-

problema e aumentarem os comportamentos alternativos; apenas um considerou o DRO mais

eficiente que o DRA, mas apenas neste caso específico, pois o DRA não possibilitou a extinção do

comportamento inadequado; e em um caso os procedimentos comparados DRA e SOAP foram

considerados equivalentes, mas os aplicadores da intervenção (professores) preferiram utilizar o

SOAP, conforme o item outros da Figura 4.

Figura 1 - Elementos que compunham os procedimentos selecionados para este estudo.

Figura 2 - Diagnósticos dos participantes dos estudos selecionados.

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De forma geral, o DRA foi eficaz na redução dos comportamentos problemas, com ou sem o

processo de extinção combinado. Os resultados referentes ao estudo de falha na integridade do

procedimento de DRA sugerem que as condições que envolvem reforço para o comportamento

problema podem ser mais prejudiciais do que as condições em que não de reforçar apenas o

comportamento adequado, e que a ordem com que as condições são arranjadas podem afetar os

resultados.

E um segundo momento, foi feito uma seleção dos artigos relacionados ao contexto educacional e

feita uma análise mais aprofundada para verificar o tipo de população atendida.

Foram considerados artigos relacionados à área de Educação aqueles em que o procedimento de

DRA era realizado com estudantes, no espaço escolar ou na capacitação de professores. Todos os

demais contextos de intervenção como, hospitais, residências ou clínicas foram considerados

relacionados à saúde.

Figura 3 - Tipos de pesquisa e delineamentos utilizados para avaliar as intervenções.

Figura 4 - Dados referentes à eficiência dos procedimentos utilizados nas intervenções.

Resultados dos artigos relacionados à Educação

Dos 20 artigos analisados, 04 deles tinham o procedimento de DRA realizado no contexto

educacional e 01 descrevia 3 procedimentos onde os 2 primeiros foram categorizados como da área

de saúde e 01 da área educacional. Os demais artigos ficaram distribuídos na área de saúde ou

revisão de literatura. Os 5 artigos analisados estão no Quadro 1:

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Quadro 1 – Artigos selecionados para análise, relacionados à Educação

Em relação aos participantes, a maioria dos estudos teve crianças como participantes.

Figura 6 – Participação de adultos e crianças nos estudos

Entre os procedimentos realizados com adultos destacam-se 2 estudos:

1. Pipkin, C.P.; Vollmer, T.R.; Sloman, K.N. (2010). Effects of treatment integrity failures

during differential reinforcement of alternative behavior: a translational model. Journal of

Applied Behavior Analysis, 43(1), 47–70

- Objetivo: Investigar os efeitos de diferentes tipos de falhas de integridade em DRA partindo

de um procedimento com adultos e estendendo os resultados para crianças com deficiência

em um ambiente escolar.

- Participantes: 22 estudantes de Psicologia

2. LeGray, M.W.; Dufrene, B.A.; Sterling-Turner, H.; Bellone, K. (2010). A comparison of

function-based differential reinforcement interventions for children engaging in disruptive

classroom behavior. Journal of Behavioral Education, 19, 185–204.

- Objetivo: Este texto fornece uma comparação direta de reforçamento diferencial de outro

comportamento e reforçamento diferencial de comportamento alternativo

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- Participantes: 3 crianças de salas de aula de um centro encaminhados para avaliação

funcional devido ao comportamento disruptivo em sala de aula, e 2 professoras responsáveis

por suas respectivas salas.

- Resultados: Indicaram que ambos os procedimentos de intervenção foram eficazes e

reduziram o comportamento disruptivo, mas o procedimento DRA resultou em maior

reduções de comportamento perturbador em todos os participantes

Ainda em relação ao número de adultos, embora o número de participantes seja significativamente

maior, esta informação não foi relevante pois trata-se apenas de 2 estudos.

Figura 7 – Participantes dos experimentos por idade

Quanto ao diagnóstico dos participantes dos estudos, enfatizou-se a análise dos estudos com

estudantes com diagnóstico de TGD. No entanto, os mesmos não estavam relacionados a estudantes

Figura 8 – Diagnóstico dos participantes

*Contabilizado 1 para os 22 estudantes de Psicologia de um estudo e mais 1 para as 2 professoras

do outro estudo.

Discussão

Os resultados encontrados contabilizaram 50 artigos que apresentam o tema DRA. A eficácia do

DRA foi verificada em todas as pesquisas realizadas com sua utilização como intervenção,

especialmente nas intervenções em deficiências de desenvolvimento como o espectro autista e

comportamentos de recusa alimentar, com a observação de poucos e minimizados efeitos colaterais

indesejáveis. A analise de tais resultados também revelou algumas questões relevantes sobre o

tema: 1) Ausência de publicações do tema no Brasil; 2) Falhas na descrição dos procedimentos,

impedindo a replicação. 3) Comportamento eficácia do DRA em relação ao DRO; 4) Critica a

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utilização de modelos animais como base para a analise da utilização em modelos humanos; 5)

Comparação eficácia da utilização de DRA em relação a extinção.

Falhas na Integridade do Procedimento

As falhas na integridade do procedimento referem-se principalmente a um conflito entre os efeitos

da intervenção com utilização de DRA e os efeitos de uma seqüência de vários e diferenciados

procedimentos. Um exemplo foi um estudo no qual os participantes foram expostos, em linha de

base, com total integridade de DRA. Na seqüência, os participantes foram expostos a delineamentos

de reversão com integridade de tratamento de 80, 60, 40 e 20%. Cada subgrupo de participantes foi

exposto a erros de omissão, de comissão e erros de omissão e comissão de respostas combinados.

Na avaliação dos resultados, a condição de ordem do experimento na fase dos delineamentos de

reversão afetou o responder prejudicialmente.

E importante ressaltar que os pesquisadores devem estar atentos ao método, observando o

tratamento da integridade e identificando erros no responder relacionados com a emissão e / ou com

a omissão. Algumas recomendações incluem a utilização de estudos descritivos – os quais podem

propiciar a fiel replicação do estudo. Alem disso, e importante que todo e qualquer experimento

conte com a concordância entre os observadores, conforme avaliadas por técnicas estatísticas

recomendadas.

Comparação da Eficácia do DRA (Reforcamento Diferencial de Comportamento Alternativo) em

relação ao DRO (Reforcamento Diferencial de Outro Comportamento)

Em muitos estudos, o objetivo foi comparar a eficácia da utilização de DRA e DRO. Entretanto,

alguns erros conceituais ou metodológicos foram observados. Um destes aspectos e a descrição de

procedimentos de DRO como se fossem DRA e vice-versa. Outro aspecto fora em relação aos

delineamentos como quando da apresentação do DRO e então, DRA ou vice-versa, caracterizando

uma intervenção seqüencial e impossibilitando uma comparação fidedigna dos delineamentos.

Critica a utilização de modelos animais como base para a analise da utilização em modelos

humanos

Alguns estudos utilizaram o esquema de DRA com a replicação do modelo animal em humanos, ou

seja, tais estudos realizaram uma intervenção com a utilização de DRA com humanos para um

comportamento problema encontrados somente com sujeitos infra-humanos.

]Outros estudos partiram da identificação do comportamento problema em humanos, como por

exemplo, a resistência a extinção de comportamento alvo indesejado quando há a utilização de

DRA, e, na seqüência, um modelo animal de estudo foi escolhido para a solução deste problema

para então, a posterior aplicação deste modelo animal com humanos novamente. Apesar dos

resultados relevantes do estudo citado, e importante destacar que nesta analise bilateral de humanos

e infra-humanos, há a possibilidade da extrapolação inadvertida dos resultados a partir dos

pesquisadores, fazendo inferências equivocadas (MACE at al, 2010).

O trabalho conjunto da pesquisa básica e aplicada e de grande importância para o desenvolvimento

da tecnologia comportamental. Entretanto, os estudos comparativos que associam os resultados de

ambas as pesquisas deve ser observada com reservas.

Comparação da eficácia da utilização de DRA em relação a extinção

O DRA tem sido altamente recomendado pelos seus efeitos consistentes em relação a extinção.

Ambos são procedimentos bem-sucedidos na redução de comportamentos problema e aumento da

freqüência de comportamentos desejáveis. Contudo, durante a primeira fase da extinção, há a

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emissão de comportamentos indesejáveis como a agressão. O DRA, por sua vez, apresenta

vantagens em relação a extinção por não ocorrer a apresentação de tais comportamentos

indesejáveis (agressão). Alguns autores salientam ainda que mesmo com comportamentos

alternativos difíceis de serem implementados, o DRA e recomendado simplesmente por resultar em

taxas aceitáveis de comportamentos indesejáveis, sem os efeitos de resistência a extinção (ATTENS

at al, 2010; MACE at al, 2010).

Procedimentos sem a utilização de Analise Funcional do Comportamento

Muitos estudos selecionaram seus participantes a partir de diagnósticos pré-estabelecidos e

definidos por varias instituições de saúde ou educação especializadas. Entretanto, a analise

funcional e recomendada mesmo quando a função do comportamento parece clara, como no caso de

diagnósticos já estabelecidos (PETSCHER, 2009 apud VOLMER at al, 1992). E recomendada

como apoio no desenvolvimento de tratamentos de alta qualidade, evitando-se assim trabalhar com

hipóteses erradas e o desperdício de recursos. Várias pesquisas nas quais os pesquisadores

projetaram delineamentos com boa variabilidade e confiabilidade – necessárias para produzir bons

resultados – foram aqueles que incluíram analise funcional antes da intervenção.

Iwata et al (1992 / 1994) sugeriram que tratamentos baseados em função podem ser mais benéficos

do que aqueles baseados em reforços arbitrários.

A análise funcional, além de definir os comportamentos pela sua função, garantindo duplamente o

diagnostico já existente ou fornecendo uma avaliação correta do repertorio de comportamentos

indesejáveis, também fornece dados sobre os reforçadores específicos para sujeitos avaliados,

possibilitando uma intervenção melhor sucedida.

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