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ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Rótulo ecológico para produto plástico reciclado PE-XXX.01 Data: Jul. 2015 Pág. Nº 1/15 SUMÁRIO Histórico das revisões 0 Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Siglas 5 Escopo de Produtos 6 Critérios técnicos 7 Atendimento a requisitos legais 8 Utilização de laboratórios de ensaios 9 Descrição do processo de certificação 10 Descrição do processo de manutenção da certificação 11 Modificações nos critérios Histórico das revisões Revisão Data Descrição da alteração Observações Elaboração Verificação Aprovação Vinicius Ribeiro Isabel Sbragia Guy Ladvocat Analista Técnico Coordenadora Gerente de Certificação de Sistemas de Gestão

Procedimento Produto Plástico Reciclado v.1

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Procedimento Produto Plástico Reciclado

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    Rtulo ecolgico para produto plstico reciclado

    PE-XXX.01

    Data: Jul. 2015

    Pg. N 1/15

    SUMRIO Histrico das revises 0 Introduo 1 Objetivo 2 Referncias normativas 3 Definies 4 Siglas 5 Escopo de Produtos 6 Critrios tcnicos 7 Atendimento a requisitos legais 8 Utilizao de laboratrios de ensaios 9 Descrio do processo de certificao 10 Descrio do processo de manuteno da certificao 11 Modificaes nos critrios Histrico das revises Reviso Data Descrio da alterao Observaes

    Elaborao Verificao Aprovao

    Vinicius Ribeiro Isabel Sbragia Guy Ladvocat

    Analista Tcnico Coordenadora Gerente de Certificao de Sistemas de Gesto

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    0 Introduo

    O programa de Rotulagem Ambiental da ABNT foi desenvolvido para apoiar um esforo contnuo para melhorar e/ou manter a qualidade ambiental atravs da reduo do consumo de energia e de materiais, bem como da minimizao dos impactos de poluio gerados pela produo, utilizao e disposio de produtos e servios.

    Devido a grande demanda de produtos plsticos em ambientes domsticos e industriais, h uma enorme preocupao com a deposio final desses produtos. Desta forma, produtos plsticos reciclados so ambientalmente preferveis porque reduzem a demanda por materiais plsticos virgens e reduzem a quantidade de resduos enviados para o aterro.

    Este documento foi preparado com base em uma viso geral sobre a avaliao do ciclo de vida do produto e em informaes de especificaes para produtos similares de outros programas de rotulagem ambiental desenvolvidos por outros membros do Global Ecolabelling Network (GEN).

    1 Objetivo

    Este Procedimento estabelece os requisitos para que produtos plsticos reciclados, disponveis no mercado Brasileiro, devam atender para obter a licena para uso da Marca ABNT de Qualidade Ambiental (Rtulo Ecolgico ABNT).

    Para a indstria esta norma especifica as quantidades mnimas de plstico reciclado por peso em produtos certificados, restringindo certos tipos de tratamentos que restrinjam ainda mais a reciclagem, e requer o uso de resinas que incentive a reciclagem ps-consumo.

    Em paralelo, direcionar a compra de produtos que causam um menor impacto ambiental para clientes mais exigentes. Assim, as cargas ambientais de tais produtos certificados so reduzidas em comparao com produtos no certificados.

    2 Referncias normativas

    Os documentos relacionados a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem requisitos vlidos para este procedimento. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como os documentos esto sujeitos a reviso, recomenda-se queles que utilizem este procedimento, que verifiquem a convenincia de utilizao de edies mais recentes dos documentos indicados.

    - ABNT NBR ISO 14001:2004 - Sistemas da gesto ambiental Requisitos com orientaes para

    uso.

    - ABNT NBR ISO 14020:2002 - Rtulos e declaraes ambientais - Princpios gerais.

    - ABNT NBR ISO 14024:2004 - Rtulos e declaraes ambientais - Rotulagem ambiental do tipo

    I - Princpios e procedimentos.

    - ABNT NBR ISO 14040:2001 - Gesto ambiental - Avaliao do ciclo de vida - Princpios e

    estrutura.

    - ABNT NBR 10004:2004 - Resduos Slidos - Classificao

    - PG-11 - Procedimento Geral da Marca ABNT - Qualidade Ambiental.

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    - PG-12 - Diretrizes para Elaborao dos Critrios da Marca ABNT- Qualidade Ambiental.

    - ABNT NBR 13230:2008 -Embalagens e acondicionamento plsticos reciclveis - Identificao e

    simbologia

    - German Federal Environment Agency - Products made from Recycled Plastics

    - Environmental Choice - Recycled Plastic Products

    - Green Mark - Products Made from Recycled Rubber or Plastic

    OBS.: Os documentos PG-11 e PG-12 podem ser encontrados nas suas verses mais atualizadas no link: http://www.abntonline.com.br/rotulo/

    3 Definies

    3.1 Programa de rotulagem ambiental do tipo I

    Programa de terceira parte voluntrio, baseado em critrios mltiplos, que outorga uma licena que autoriza o uso de rtulos ambientais em produtos, indicando a preferncia ambiental de um produto dentro de uma categoria de produto especfica com base em consideraes do ciclo de vida (ABNT NBR ISO 14024).

    3.2 Avaliao do Ciclo de Vida (ACV)

    ACV considera os impactos ambientais ao longo da vida do produto (do bero ao tmulo) desde a extrao de matrias-primas at a produo, uso e disposio final. As categorias gerais de impactos ambientais a considerar incluem o esgotamento de recursos, a sade humana e as consequncias ecolgicas.

    3.3 Reciclagem

    Processo que converte determinados tipos de materiais, cotidianamente reconhecidos como lixo, em matria-prima para a fabricao de novos produtos.

    3.4 Material Particulado Respirvel

    So materiais que oferecem risco quando depositados na regio de troca de gases.

    3.5 Material Particulado Inalvel

    So materiais que oferecem risco quando depositados em qualquer lugar do trato respiratrio.

    3.6 Substncias Perigosas

    So substncias que em uma ou mais de suas formas podem acarretar danos ao meio ambiente, s pessoas ou comunidade

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    3.7 Substncias Proibidas

    So substncias cujo uso controlado ou que tm sua comercializao proibida com intuito de proteger a sade humana e o meio ambiente. 3.8 Substncias de Uso Restrito

    So substncias cujo uso limitado por regulamentaes ou para as quais h dvida cientfica sobre os riscos.

    4 Siglas

    As siglas empregadas no texto deste Procedimento so as seguintes:

    - ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    - ACV - Avaliao do ciclo de vida

    - CT - Coordenao Tcnica

    - GSI - Gerncia de Certificao de Sistemas

    - ISO - International Organization for Stantardization

    - GEN - Global Ecolabelling Network

    - FISPQ - Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos

    - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

    - ABNT/CTC - Comit Tcnico de Certificao

    - COV - Compostos Orgnicos Volteis

    5 Escopo de produtos

    Este documento abrange produtos de plstico que so fabricados totalmente ou parcialmente

    a partir de plstico reciclado como:

    Materiais de Construo Civil e Rodovias Produtos de Gesto de trfego (lombadas redutoras de velocidade, sinalizao e outros) Material de Escritrio em geral Produtos domsticos (Baldes, cabides, bandejas, copos, sacos de lixo) Recipientes Peas Automotivas Madeira Plstica

    Produtos reciclados para aplicao em contato direto com alimentos devem atender a regulamentao da ANVISA.

    A critrio da ABNT, novos produtos podero ser includos no escopo.

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    6 Critrios tcnicos

    6.1 Adequao ao uso

    O produto deve ser adequado a sua aplicao pretendida. Certos padres de qualidade e durabilidade devem ser inerentes ao prprio produto. A adequao ao uso do produto deve ser comprovada pelo fabricante. Esta comprovao pode ser realizada por meio da apresentao de ensaios realizados nos produtos, em laboratrios selecionados conforme o item 8 deste procedimento. Os ensaios devem ser realizados conforme especificado nas normas tcnicas Brasileiras. Para Empresas situadas em outros pases, a forma de comprovao da adequao ao uso deve ser acordada com a ABNT.

    6.2 Critrio da Matria-Prima

    A origem da matria prima reciclada deve ser documentada, para possibilitar a confirmao da origem ao longo da cadeia de abastecimento e assegurar a legalidade da matria prima utilizada.

    Matria-prima de ps-consumo: material gerado por domiclios ou por instalaes comerciais, industriais e institucionais como usurios finais do produto, que j no pode mais ser usado para o fim ao qual se destina. Isso inclui devolues de material da cadeia de distribuio. Matria-prima de pr-consumo: material desviado do fluxo de resduos durante o processo de fabricao. Excluem-se reutilizao de materiais capazes de ser recuperados dentro do mesmo processo que gerou.

    6.3 Critrios para o processo produtivo

    6.3.1 Porcentagem de plstico virgem

    A porcentagem de plstico virgem deve ser inferior a 30% p/p

    excludo o uso de:

    Plsticos virgens de origem fssil PVC Poliuretano

    6.3.2 Substncias Proibidas

    Utiliza-se como referncia a diretiva ROHS (Restriction of Certain Hazardous Substances) da Unio Europia, a qual impede o uso de:

    Cdimo (Cd)

    Mercrio (Hg)

    Chumbo (Pb)

    Cromo Hexavalente (Cr(VI))

    Bifenil polibromado (PBB)

    teres difenlicos polibromados (PBDEs)

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    Esto proibidos a utilizao de quaisquer produtos qumicos que esto includos na Agncia Internacional para a Pesquisa sobre o Cncer (IARC), Grupo 1 (comprovada) ou Grupo 2A (provvel) agentes cancergenos

    Alm desses, o processo produtivo no deve conter produtos qumicos classificados como altamente txicos, txicos, perigosos para o ambiente, cancergenos, mutagnicos ou txicos para a reproduo, que sejam identificados pelas frases:

    R23: Txico por inalao

    R24: Txico em contato com a pele

    R25: Txico por ingesto

    R26: Muito txico por inalao

    R27: Muito txico em contato com a pele

    R28: Muito txico por ingesto

    R29: Em contato com a gua libera gases txicos

    R39: Perigo de efeitos graves irreversveis

    R45: Pode causar cncer

    R46: Pode causar alteraes genticas hereditrias

    R47: Pode causar defeitos ao feto

    R48: Risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada

    R49: Pode causar cncer por inalao

    R53: Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aqutico

    R54: Txico para a flora

    R55: Txico para a fauna

    R59: Perigoso para camada de oznio

    R60: Pode comprometer a fertilidade

    R61: Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendncia

    R62: Possveis riscos de comprometer a fertilidade

    A critrio da ABNT, durante as auditorias, podem ser coletadas amostras para a realizao de ensaios.

    6.3.4 Substncias Perigosas

    O fabricante deve ter uma poltica de aquisio sustentvel das matrias-primas. Deve-se optar por substncias que no impactam o meio ambiente e a sade.

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    6.3.5 Processo de limpeza das matrias-primas

    No processo de fabricao no devem ser utilizados sabes ou detergentes que contenham:

    Fosfatos

    NTA (nitriloactico ou qualquer um dos seus sais)

    EDTA (cido Etilenodiamino Tetra-Actico)

    6.3.6 Material Particulado

    O fabricante deve assegurar que o material particulado, emitido no processo de produo, no seja liberado para a atmosfera. O fabricante deve assegurar a proteo do pessoal envolvido em atividades potencialmente emitentes de material particulado. A concentrao de material particulado no ar deve ser menor que 3 mg/m para material respirvel e menor que 10 mg/m para material inalvel.

    A critrio da ABNT, durante as auditorias, podem ser coletadas amostras para a realizao de ensaios.

    6.3.7 Pintura

    A operao de cobertura de superfcie deve ser realizada em compartimento prprio, provido de sistema de ventilao local (exaustor) e de equipamento eficiente para a reteno e/ou recuperao de material sob a forma de aerossis com pigmentos, gases, vapores de solventes orgnicos ou material particulado.

    O material resultante da coleta, se possvel, deve ser reutilizado no processo. Caso no seja possvel a reutilizao, deve ser dado destino correto, conforme legislao ambiental, ao resduo.

    Caso o fabricante terceirize a pintura:

    a) A unidade responsvel pela atividade dever estar em conformidade com este critrio estabelecido neste procedimento.

    6.7.8 Efluentes

    Para o lanamento de efluentes gerados no processo produtivo, o fabricante deve possuir procedimentos para minimizar o impacto ambiental relacionado.

    A critrio da ABNT, durante as auditorias podem ser coletadas amostras dos efluentes para a realizao de ensaios.

    6.4 Critrios do produto

    6.4.1 Separabilidade

    Produtos no-homogneos devem ser facilmente separveis com ferramentas comuns para facilitar a reciclagem dos componentes individuais.

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    6.4.2 Identificao da resina plstica

    O produto de plstico reciclado (ou componente) deve ser marcada em cada item com o cdigo de identificao da resina de plstico de acordo com a norma ABNT NBR 13230:2008 (consultar o Apndice A).

    6.4.3 Reciclabilidade

    O produto deve ser totalmente reciclvel a fim de evitar futuras deposies de material plstico em aterros.

    6.5 Critrios para embalagem

    6.5.1 As embalagens utilizadas no produto devem ser fabricadas com material reciclvel.

    6.5.2 Informao para o consumidor

    O produto que ostenta o rtulo ecolgico deve ser acompanhado de:

    - Materiais que possam ser reutilizados.

    - Informar aos clientes em um manual as formas de disposio final do produto.

    O fabricante deve apresentar uma amostra do material de informao fornecido com o produto que ostenta o rtulo ecolgico para aprovao da ABNT.

    6.6 Critrios para destinao final

    6.6.1 O produto deve ser reciclvel. Deve ser fornecida ao consumidor uma descrio das melhores formas de descarte do produto (reutilizao, reciclagem) classificadas em funo do seu impacto ambiental.

    Para cada opo, devem ser descritas claramente as precaues a tomar para limitar o impacto ambiental. Para a conformidade com esse item o fabricante e/ou o seu fornecedor devem apresentar uma amostra da informao que ser fornecida ao consumidor e uma justificativa das recomendaes, para aprovao da ABNT.

    Se o produto no for reciclvel (ou separvel em partes reciclveis) nos principais processos de reciclagem local, o fabricante deve aceitar o seu produto de volta sem custo adicional (excluindo os custos de transporte) ou atravs de acordos com uma empresa de reciclagem local para receber o produto. Esta situao se estende para os casos onde os materiais reciclveis se encontrem em regies que no tenham estrutura adequada a reciclagem.

    6.7 Critrios para distribuio

    6.7.1 Transporte prprio

    O fabricante deve implementar um Programa de otimizao da logstica de transporte e distribuio do produto. Este programa deve estabelecer a reduo do consumo de combustveis fsseis, com metas

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    estabelecidas e monitoradas periodicamente. O programa, na medida do possvel, deve considerar o uso de meios de transporte menos poluentes ou com menos impactos ambientais (motorizao eltrica, veculos hbridos, veculos multicombustveis, movidos a etanol, GNV, biodiesel etc.), inclusive no estabelecimento das metas referidas.

    Os programas de distribuio devem assegurar que os veculos sejam mantidos com seus motores regulados de forma a reduzir o consumo de combustveis, bem como as emisses.

    Caso o fabricante tenha em suas instalaes postos de abastecimento de combustveis para consumo prprio, dever possuir medidas de conteno/preveno e procedimentos de emergncia para casos de derramamento, incndio e exploso. Os postos de abastecimento devem ser licenciados pelo rgo ambiental competente.

    Caso o fabricante realize a manuteno da frota em local terceirizado, o mesmo deve ser licenciado pelo rgo ambiental competente. Devem ser mantidos registros do licenciamento e manuteno dos veculos.

    6.7.2 Transporte terceirizado

    Caso o fabricante utilize empresas de transporte terceirizadas, estas devem ser qualificadas com base em critrios que incluam aspectos ambientais que considerem, no mnimo, o seguinte: controle de emisses, programa de manuteno peridica, documentao legal para transporte de produtos qumicos (se aplicvel), licena ambiental (se aplicvel), certificado de regularidade, treinamentos peridicos aos funcionrios e conformidade com CONTRAN (ANTT).

    6.8 Critrios ambientais aplicveis ao processo

    6.8.1 Gesto de energia e gua

    O fabricante deve estabelecer um Programa de otimizao do consumo de energia e de gua com metas de reduo quando apropriado. O Programa deve considerar a reutilizao da gua usada nos sistemas de resfriamento, gerao de vapor, bem como em procedimentos de limpeza e sanitizao de mquinas, equipamentos, tubulaes de transferncia e mangueiras, entre outros, quando possvel.

    6.7.2 Gesto de Resduos

    O fabricante deve estabelecer um programa de gesto de resduos que considere a no gerao, reduo, o reuso ou reciclagem, assegurando a sua otimizao e a destinao adequada dos resduos gerados, inclusive os reciclveis. Todos os resduos devem ser classificados de acordo com a norma ABNT NBR 10004. Caso o processo tenha subprodutos perigosos como um dos seus resultados, estes devem ser segregados e devem ser tomadas medidas adequadas para a sua reciclagem/reutilizao (quando aplicvel) ou eliminao.

    6.7.3 Produtos Perigosos

    No caso de o fabricante armazenar produtos perigosos ou prejudiciais ao meio ambiente, deve seguir as normas e legislao aplicveis sade, segurana e meio ambiente. A FISPQ (Ficha de Informao do Produto Qumico) deve estar prxima do produto qumico eventualmente armazenado.

    6.8 Critrios ambientais aplicveis ao processo de fabricao

    a) O fabricante deve estabelecer um Programa de otimizao do consumo de energia e de gua com metas de reduo quando apropriado. O Programa deve considerar a reutilizao da gua usada nos

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    sistemas de resfriamento, gerao de vapor, bem como em procedimentos de limpeza e sanitizao de mquinas, equipamentos, tubulaes de transferncia e mangueiras, entre outros, quando possvel;

    b) O fabricante deve estabelecer um programa de gesto de resduos que considere a no gerao, reduo, o reuso ou reciclagem, assegurando a sua otimizao e a destinao adequada dos resduos gerados, inclusive os reciclveis. Todos os resduos devem ser classificados de acordo com a ABNT NBR 10004. Caso o processo tenha como um dos seus resultados subprodutos perigosos, estes devem ser segregados e devem ser tomadas medidas adequadas para a sua reciclagem/reutilizao (quando aplicvel) tratamento ou eliminao;

    c) No caso do fabricante armazenar produtos perigosos ou prejudiciais ao meio ambiente, deve seguir normas e legislao aplicveis sade, segurana e meio ambiente. A FISPQ (Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos) deve estar prxima do produto qumico eventualmente armazenado.

    6.9 Autocontrole

    Durante as auditorias, o fabricante dever demonstrar para a ABNT como controla seu processo produtivo de forma a manter o produto atendendo aos critrios estabelecidos neste procedimento. Esta sistemtica ficar sujeita aprovao da ABNT e poder ser considerada como um item no-conforme, caso no seja aprovada.

    7 Atendimento a requisitos legais

    7.1 Atendimento legislao ambiental

    O fabricante deve cumprir (ou exceder) a legislao e regulamentos ambientais aplicveis, em nvel federal, estadual e municipal, considerando inclusive, mas no se limitando a, aspectos relacionados s emisses, efluentes e resduos. Sempre que um fabricante for de uma jurisdio no exterior, os regulamentos ambientais daquela jurisdio se aplicam.

    7.2 Atendimento a regulamentos trabalhistas, anti-discriminatrios e de segurana

    O fabricante deve demonstrar que todos os empregados esto cobertos por uma situao trabalhista em conformidade com a legislao brasileira, seja pela CLT ou algum outro tipo de contrato de trabalho aceito legalmente. Deve ser demonstrada a conformidade geral aos termos da legislao federal, estadual ou municipal relativa Segurana e Sade Ocupacional do trabalhador. Sempre que um fabricante for de uma jurisdio no exterior, os regulamentos de no discriminao, segurana e sade ocupacional e legislao trabalhista daquela jurisdio se aplicam.

    A critrio da ABNT, o atendimento a este requisito pode ser evidenciado com uma declarao assinada pelo Executivo Snior da Empresa.

    8 Utilizao de laboratrios de ensaios

    responsabilidade da ABNT selecionar o laboratrio para a realizao dos ensaios que devem ser utilizados nos processos de concesso e manuteno da Marca ABNT de Qualidade Ambiental Rtulo Ecolgico.

    Quando forem utilizados laboratrios acreditados pelo Inmetro ou acreditados por organismos de acreditao de laboratrios de outro pas com o qual o Inmetro tenha acordo de reconhecimento mtuo, os laboratrios no precisam ser avaliados.

    Quando forem utilizados laboratrios no acreditados, os laboratrios devem ser avaliados de acordo com os requisitos do item 7.5 do PG-11 Procedimento Geral da Marca ABNT Qualidade Ambiental.

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    No caso de utilizao de laboratrio de primeira parte (do prprio fabricante), a ABNT deve acompanhar a execuo de todos os ensaios para fins de concesso e manuteno da certificao, independentemente do laboratrio ser acreditado ou no.

    9 Descrio do processo de certificao

    9.1 Documentao

    O fabricante deve enviar para a ABNT a documentao abaixo relacionada para anlise:

    a) Especificao de cada produto a ser certificado;

    b) Cpia do Contrato Social registrado em Junta Comercial;

    c) Planta do site;

    d) Localizao Geogrfica atualizada (especificando a rea de entorno do site rios, reas de preservao, comunidades, indstrias, entre outros);

    e) Lista das principais matrias primas utilizadas no processo produtivo;

    f) Lista dos principais insumos que so necessrios para a realizao do processo produtivo;

    g) Licenas Ambientais e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros

    h) Fluxograma esquemtico do processo produtivo, desde a entrada da matria prima at a sada do produto acabado;

    i) Fluxo interno de gua, energia, resduos, efluentes e emisses, no que se refere fabricao do produto objeto da concesso.

    9.2 Anlise preliminar

    A documentao deve ser analisada pela ABNT quanto ao seu contedo e adequao, resolvendo-se junto ao fabricante eventuais pendncias.

    9.3 Auditoria de Adequao

    Aps a aprovao da documentao apresentada, a ABNT far uma auditoria de adequao nas instalaes do fabricante, com os seguintes objetivos:

    a) Avaliar a localizao do fabricante e as condies especficas do local;

    b) Verificar o nvel de preparao do fabricante para a auditoria de certificao;

    c) Avaliar a compreenso do fabricante quanto aos critrios a serem atendidos para a obteno da certificao;

    d) Coletar informaes necessrias em relao aos processos e localizao do fabricante, aspectos legais e regulamentares;

    e) Avaliar a alocao de recursos para a auditoria de certificao, bem como facilitar seu planejamento.

    f) Avaliar o processo do fabricante e verificar a necessidade de adequao do atual procedimento;

    g) Verificar possveis questionamentos levantados na Anlise preliminar.

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    9.4 Auditoria de certificao

    Uma vez eliminadas quaisquer dvidas ou pendncias da documentao, bem como solucionadas quaisquer observaes apontadas na auditoria de adequao, deve ser realizada a auditoria de certificao, que deve abranger os seguintes aspectos:

    9.4.1 Avaliao dos produtos

    A ABNT deve avaliar no fabricante se os produtos a serem certificados esto sendo produzidos de acordo com as especificaes apresentadas, bem como a forma como o fabricante controla seu processo produtivo de forma a assegurar o atendimento aos requisitos.

    9.4.2 Avaliao do atendimento aos critrios tcnicos e aos requisitos legais

    A ABNT deve avaliar se o produto e/ou processos do fabricante, objeto da certificao, atendem aos critrios estabelecidos nos itens 6 e 7 deste procedimento, atravs de documentos, entrevistas, acompanhamento de processo produtivo, registros, etc.

    Para os critrios que no possam ser avaliados durante a auditoria, por exemplo, aqueles que necessitam de ensaios laboratoriais para comprovao, o fabricante deve demonstrar como controla seu processo produtivo, bem como sua relao com fornecedores, distribuidores e/ou clientes, de forma a atender aos critrios. Para estes casos, a critrio da ABNT, durante as auditorias podem ser coletadas amostras para a realizao de ensaios em laboratrios selecionados conforme o item 8 deste procedimento.

    9.4.3 Coleta de amostras e ensaios

    As amostras para ensaios coletadas pela ABNT devem ser compostas de prova, contraprova e testemunha. As amostras devem ser lacradas pela ABNT. A identificao dos lacres deve ser registrada no formulrio de coleta de amostras. As amostras de prova devem ser encaminhadas ao laboratrio indicado pela ABNT, acompanhadas de uma cpia do formulrio de coleta de amostras. As amostras de contraprova e testemunha devem ser armazenadas pelo fabricante para fins de possveis contestaes.

    O fabricante deve tomar os cuidados necessrios para preservar os lacres das amostras enviadas ao laboratrio, bem como daquelas armazenadas para fins de possveis contestaes.

    Os ensaios devem ser realizados por unidade produtiva.

    9.5 Avaliao inicial da qualidade

    Para aprovao da concesso da Marca ABNT de Qualidade Ambiental, as amostras ensaiadas devem ser aprovadas nos ensaios referidos no item 6 deste procedimento, bem como a avaliao dos requisitos exigidos nos itens 6 e 7 deve demonstrar conformidade ao longo de todo o processo. Caso ocorra reprovao em qualquer dos ensaios realizados durante esta fase, a certificao do produto no ser concedida at a resoluo do problema. Aps a implementao das aes corretivas, a ABNT dever agendar uma nova coleta de amostras e a realizao de novos ensaios. Neste caso, a quantidade de amostras dever ser o dobro da amostragem inicial. Caso as amostras ensaiadas sejam aprovadas, a certificao ser ento concedida para o produto.

    9.6 Concesso da certificao

    Cumpridas as etapas anteriores, a CT emite um parecer conclusivo e encaminha o processo para anlise do GSI. Caso o processo de certificao seja aprovado pelo GSI, a ABNT emitir o Certificado da Marca ABNT de Qualidade Ambiental, que a licena para o uso da marca no produto (Rtulo

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    Rtulo ecolgico para produto plstico reciclado

    PE-XXX.01

    Data: Jul. 2015

    Pg. N 13/15

    Ecolgico). No caso de reprovao, as razes sero comunicadas ao fabricante para que este possa tomar as aes corretivas necessrias e retomar o processo de certificao. As aes corretivas, bem como as aes a serem tomadas para a retomada do processo de certificao devem ser acordadas com a ABNT.

    10 Descrio do processo de manuteno da certificao

    Aps a concesso da Certificao, a ABNT deve realizar o controle para verificar se o fabricante mantm as condies tcnico-organizacionais que deram origem certificao. Esta verificao ser realizada por meio de auditorias de manuteno e podero tambm, a critrio da ABNT, serem realizadas coletas de amostras para ensaios.

    10.1 Auditorias de manuteno

    As auditorias sero realizadas em perodos previamente acordados com o fabricante e sua periodicidade ser anual. Nestas auditorias sero abordados os seguintes aspectos:

    10.1.1 Avaliao dos produtos

    A ABNT ir avaliar no fabricante se os produtos certificados continuam sendo produzidos de acordo com as especificaes apresentadas.

    10.1.2 Avaliao do atendimento aos critrios de desempenho e aos requisitos legais

    A ABNT ir avaliar se os produtos certificados e/ou processos do fabricante continuam a atender aos requisitos estabelecidos nos itens 6 e 7 deste procedimento. Para os requisitos que no possam ser avaliados durante a auditoria, por exemplo aqueles que necessitam de ensaios laboratoriais para comprovao, o fabricante dever demonstrar como controla seu processo produtivo, bem como sua relao com fornecedores, distribuidores e clientes, de forma a atender aos requisitos.

    10.1.3 Coleta de amostras e ensaios

    Os ensaios sero realizados com uma periodicidade anual, em amostras coletadas na fbrica. Os ensaios devem ser realizados por unidade produtiva. Nas coletas de mercado, o fabricante (ou seu representante) dever ser informado pela ABNT e dever acompanhar o processo de coleta.

    As amostras para ensaios coletadas pela ABNT devem ser compostas de prova, contra-prova e testemunha. As amostras sero lacradas pela ABNT. A identificao dos lacres ser registrada no formulrio de coleta de amostras. As amostras de prova devem ser encaminhadas ao laboratrio indicado pela ABNT, acompanhadas de uma cpia do formulrio de coleta de amostras.

    As amostras de contra-prova e testemunha devem ser armazenadas pelo fabricante para fins de possveis contestaes. O fabricante deve tomar os cuidados necessrios para preservar os lacres das amostras enviadas ao laboratrio, bem como daquelas armazenadas para fins de possveis contestaes. Os resultados dos ensaios sero enviados ao fabricante pela ABNT. No caso de ocorrncia de no conformidade nos ensaios (no atendimento de algum requisito) o fabricante deve apresentar um plano de ao em at 15 dias, para avaliao da ABNT.

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    Data: Jul. 2015

    Pg. N 14/15

    10.2 Avaliao da conformidade

    Para manuteno da certificao, as amostras ensaiadas devem ser aprovadas nos ensaios referidos no item 6 deste procedimento, bem como a avaliao dos requisitos exigidos nos itens 6 e 7 deve demonstrar conformidade ao longo de todo o processo.

    Caso ocorra reprovao em qualquer dos ensaios realizados durante esta fase, a certificao do produto ser suspensa at a resoluo do problema. Aps a implementao das aes corretivas, a ABNT dever agendar uma nova auditoria e coleta de amostras para ensaios.

    Caso o fabricante no apresente no-conformidades e as amostras ensaiadas sejam aprovadas, o fabricante poder utilizar a Marca de Conformidade ABNT novamente no produto.

    Aps esta auditoria, a periodicidade da amostragem para ensaios deve passar para semestral at que se obtenham as condies iniciais de conformidade, quando ento a periodicidade deve voltar a ser anual.

    Aps a implementao das aes corretivas, a ABNT deve agendar uma nova auditoria e coleta de amostras para ensaios. Caso o fabricante no apresente no-conformidades e as amostras ensaiadas sejam aprovadas, o fabricante pode utilizar a Marca de Conformidade ABNT novamente no produto.

    10.3 Acordos de reconhecimento

    Conforme estabelecido no item 15 do PG-11, o processo de manuteno da certificao poder ser modificado conforme o contedo de eventuais acordos de cooperao ou de reconhecimento mtuo. 11 Modificaes nos critrios Se depois de concedida a Marca de Conformidade ABNT, ou durante o processo de concesso, ocorrerem mudanas nos critrios estabelecidos para a certificao do produto, a ABNT dever conceder um prazo que permita aos fabricantes certificados a adequao dos produtos aos requisitos modificados.

    11 Modificaes nos critrios

    Se depois de concedida a Marca de Conformidade ABNT, ou durante o processo de concesso, ocorrerem mudanas nos critrios estabelecidos para a certificao do produto, a ABNT dever conceder um prazo que permita aos fabricantes certificados a adequao dos produtos aos requisitos modificados.

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    Data: Jul. 2015

    Pg. N 15/15

    Apndice A - Simbologia de reciclabilidade

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