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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES COM TÉCNICOS, GESTORES E PRODUTORES ORGÂNICOS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ 1 Lunéia Catiane de Souza Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE [email protected] Luciano Zanetti Pessôa Candiotto Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE [email protected] Débora Luzia Gomes Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE [email protected] Maristela da Costa Leite Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE [email protected] Talita Caroline Dambros [email protected] Resumo Em contraposição ao Modelo de desenvolvimento agrícola convencional, oriundo da Revolução Verde surgem formas alternativas de produção que compõem a chamada agricultura ecológica. Neste texto, apresentamos a metodologia que está sendo utilizada para levantamento de informações acerca de duas correntes da agricultura ecológica, a agricultura orgânica e a agroecologia, em nove municípios do sudoeste do Paraná. A partir da aplicação de entrevistas semi-estruturadas com técnicos da área, gestores municipais e agricultores em cada município, estamos identificando as principais vantagens, dificuldades, carências e prioridades de ação no trabalho com agricultura orgânica e agroecologia. De uma forma geral, avaliamos positivamente os resultados parciais obtidos e acreditamos que a metodologia utilizada está adequada para o alcance dos objetivos propostos pela pesquisa. Palavras-chave: Agricultura orgânica. Agroecologia. Metodologia. Entrevistas. Introdução Os modelos de desenvolvimento da agricultura interferem diretamente na dinâmica do espaço agrário, envolvendo as dimensões econômica, social, ambiental, política e cultural. Desde a década de 1950, o modelo de desenvolvimento agrícola e agrário predominante, é o da chamada agricultura convencional, ou seja, de uma agricultura altamente especializada, tecnicizada e dependente de insumos externos. Esse modelo foi oriundo da popularmente conhecida Revolução Verde (CANDIOTTO, CARRIJO e

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES COM TÉCNICOS, GESTORES E PRODUTORES

ORGÂNICOS EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ1

Lunéia Catiane de Souza Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

[email protected]

Luciano Zanetti Pessôa Candiotto Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

[email protected]

Débora Luzia Gomes Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

[email protected]

Maristela da Costa Leite Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

[email protected]

Talita Caroline Dambros [email protected]

Resumo Em contraposição ao Modelo de desenvolvimento agrícola convencional, oriundo da Revolução Verde surgem formas alternativas de produção que compõem a chamada agricultura ecológica. Neste texto, apresentamos a metodologia que está sendo utilizada para levantamento de informações acerca de duas correntes da agricultura ecológica, a agricultura orgânica e a agroecologia, em nove municípios do sudoeste do Paraná. A partir da aplicação de entrevistas semi-estruturadas com técnicos da área, gestores municipais e agricultores em cada município, estamos identificando as principais vantagens, dificuldades, carências e prioridades de ação no trabalho com agricultura orgânica e agroecologia. De uma forma geral, avaliamos positivamente os resultados parciais obtidos e acreditamos que a metodologia utilizada está adequada para o alcance dos objetivos propostos pela pesquisa. Palavras-chave: Agricultura orgânica. Agroecologia. Metodologia. Entrevistas. Introdução

Os modelos de desenvolvimento da agricultura interferem diretamente na dinâmica do

espaço agrário, envolvendo as dimensões econômica, social, ambiental, política e

cultural. Desde a década de 1950, o modelo de desenvolvimento agrícola e agrário

predominante, é o da chamada agricultura convencional, ou seja, de uma agricultura

altamente especializada, tecnicizada e dependente de insumos externos. Esse modelo foi

oriundo da popularmente conhecida Revolução Verde (CANDIOTTO, CARRIJO e

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OLIVEIRA, 2008), e foi responsável pela modernização da agricultura brasileira e

mundial.

A agricultura baseada na Revolução Verde fundamenta-se na mecanização, no uso de

fertilizantes, agroquímicos e outras técnicas, visando aumentar a produtividade agrícola

e pecuária na maior parte das áreas agricultáveis, atingindo também a região sudoeste

do Paraná, cuja estrutura fundiária é caracterizada pela predominância de pequenos

estabelecimentos rurais, com área entre 0 e 50 hectares (CANDIOTTO et al. 2009) e

com predomínio de estabelecimentos da agricultura familiar.

Como consequência dessa inserção de pequenos agricultores na agricultura

convencional, tornou-se comum nesses tipos de estabelecimentos rurais, o uso intensivo

de tecnologias vinculadas a sementes, maquinários, agroquímicos e outros insumos; a

perda de fertilidade e comprometimento físico dos solos; a contaminação dos recursos

hídricos; a redução da biodiversidade vegetal e animal através do desmatamento;

problemas de saúde nas famílias do campo, entre outras. Tais consequências

influenciam significativamente a dinâmica agrária brasileira, e desencadeiam diversas

alterações nas relações produtivas, sociais e ambientais.

Em contraposição a esta agricultura surgem formas alternativas de produção, mais

equilibradas com o meio ambiente e com a cultura camponesa, que se propõem a

reduzir a dependência de agrotóxicos e de outras técnicas dos setores agrícola, pecuário

e agroindustrial. Em geral, tais práticas inserem-se na chamada agricultura ecológica.

Entre as correntes da agricultura ecológica, nos propusemos a trabalhar com a

agricultura orgânica e a agroecologia.

Produção orgânica e agroecológica são formas de produzir com interesses e

posicionamentos diferenciados em relação à perspectiva tecnológica adotada pela

Revolução Verde (ALVES, 2008). Baseada em princípios ecológicos, a agricultura

orgânica não se utiliza de insumos químicos para a produção, respeitando assim a saúde

humana e a busca por um equilíbrio na relação entre agricultura e meio ambiente. Na

mesma perspectiva, a agroecologia também possui uma preocupação ambiental, mas,

além disso, uma preocupação social, considerando a qualidade de vida das famílias

rurais como um todo, sobretudo dos agricultores familiares/camponeses.

No sudoeste do Paraná, a agricultura orgânica e a agroecologia são modalidades de

agricultura bem desenvolvidas, se comparadas a outras regiões do Paraná e do Brasil. O

predomínio de pequenas unidades familiares, a tradição agrícola da região e a força

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política e organizativa de entidades de classe, ONG´s e algumas instituições públicas,

vêm contribuindo na adoção da agricultura orgânica por parte de algumas famílias do

campo. No entanto, o desenvolvimento da agricultura orgânica e da agroecologia no

Sudoeste do Paraná parece estar passando por um período de dificuldades, haja vista a

falta de políticas públicas e de apoio técnico na área.

Assim, o GETERR (Grupo de Estudos Territoriais) tem procurado avançar no

conhecimento do “estado da arte” da agricultura orgânica e da agroecologia em

municípios do sudoeste paranaense, através de pesquisas realizadas com representantes

de instituições que apoiam o tema, mas principalmente no contato direto com

agricultores que adotaram a agricultura ecológica como alternativa de sobrevivência e

de desenvolvimento.

Destaca-se nesse contexto, o projeto de pesquisa apoiado pelo CNPq (Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pelo edital MDA-SAF

n.58/2010 - Chamada 2 - Núcleos de Pesquisa e Extensão, intitulado “Conhecendo a

configuração da agricultura orgânica e da agroecologia em nove municípios do sudoeste

do Paraná”, o qual é desenvolvido na UNIOESTE, Campus de Francisco Beltrão, pelo

GETERR. O referido projeto tem dois grandes objetivos: 1) analisar a configuração da

agricultura orgânica e, especificamente da agroecologia em nove municípios do

Sudoeste do Paraná (Ampére, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão,

Itapejara D´Oeste, Marmeleiro, Salto do Lontra, São Jorge d'Oeste e Verê); e 2)

implantar um Núcleo de Pesquisa e Extensão em Agroecologia na Unioeste, campus de

Francisco Beltrão, que pretende congregar outras pesquisas e atividades vinculadas ao

tema da agroecologia.

A pesquisa está sendo realizada através das seguintes atividades: leituras sobre temas

referentes à agricultura familiar, agricultura orgânica e agroecologia; colóquios e

reuniões com a equipe; levantamento, tabulação e análise de dados secundários sobre a

agricultura orgânica de cada município; resgate de informações já existentes sobre cada

município e cada estabelecimento rural, disponibilizadas pelas instituições parceiras

(escritórios locais da EMATER, Prefeituras Municipais, ASSESOAR, CAPA, Rede

ECOVIDA); elaboração de roteiros para a aplicação de entrevistas com técnicos,

gestores e agricultores; levantamento das ações de cada instituição no apoio à

agricultura orgânica e/ou agroecologia; registros de imagens (fotos) das UPVFs

(Unidades de Produção e Vida Familiares); diagnóstico de cada UPVF e de cada

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município; identificação dos maiores problemas e ações de extensão rural; apresentação

dos resultados para técnicos e agricultores dos municípios através de um seminário; e

elaboração de uma cartilha possibilitando a divulgação dos resultados da pesquisa.

Considerando os objetivos e a metodologia de desenvolvimento da pesquisa, este texto

tem por objetivo apresentar os aspectos metodológicos para o levantamento de

informações com técnicos, gestores municipais e de instituições públicas, ONGs e

empresas privadas com alguma atuação na temática, assim como com os agricultores

envolvidos com a agricultura orgânica e com a agroecologia em cada um dos nove

municípios abrangidos pelo projeto. Tais etapas são fundamentais no desenvolvimento

da pesquisa e o método que está sendo utilizado é o da aplicação de questionários na

forma de entrevistas.

A partir das entrevistas com os técnicos e gestores nos municípios, estamos analisando

como vem ocorrendo o processo de atuação, bem como a percepção dos mesmos no

tocante à configuração atual e às perspectivas de desenvolvimento da agricultura

orgânica e da agroecologia. Também através destas entrevistas, estamos identificando

quem são os agricultores que produzem alimentos orgânicos, em cada município.

Com base nas entrevistas aplicadas aos agricultores será possível traçar o perfil de cada

UPVF através do levantamento de dados acerca das dimensões produtiva, econômica,

social, ambiental e política de cada uma delas. A partir disso poderemos obter também,

o diagnóstico da agricultura orgânica e da agroecologia em cada um dos municípios da

pesquisa.

Sabendo que estaríamos trabalhando com um universo de mais de 100 agricultores,

optamos por dividir o roteiro de entrevistas que será aplicado a eles, em duas etapas. Na

primeira etapa estamos aplicando as entrevistas a todos os agricultores com produção

orgânica, levantados. Após a aplicação e análise de cada entrevista, iremos diferenciar

os agricultores que desenvolvem apenas a agricultura orgânica, daqueles que trabalham

de forma agroecológica. Está análise será feita com a finalidade de focar a segunda

etapa das entrevistas apenas nos agricultores que trabalham na perspectiva da

agroecologia.

Entendemos, portanto, que a agroecologia é mais complexa que a agricultura orgânica,

pois além de objetivar uma produção livre de agrotóxicos preocupa-se com outros

elementos, ligados à manutenção das famílias no campo com qualidade de vida, às

formas de comercialização pautadas no comércio justo e na economia solidária, à uma

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correta gestão ambiental das UPVF’s, entre outros fatores que não são necessariamente

preocupações da agricultura orgânica.

Levantamento de informações com os técnicos e gestores

A etapa metodológica de levantamento de informações com os técnicos e gestores

iniciou no segundo semestre do projeto, em julho de 2011. Através das entrevistas

aplicadas aos mesmos, buscamos identificar a concepção de agroecologia, as ações

desenvolvidas e a percepção sobre as dificuldades e perspectivas da agroecologia, de

acordo com a visão de cada instituição e de cada indivíduo. As entrevistas foram

realizadas de forma oral e gravadas para posterior transcrição e análise.

O roteiro de entrevistas para os técnicos é composto de duas partes, sendo que a

primeira busca identificar a visão e a atuação da instituição no âmbito da agroecologia

e, a segunda traz questões de cunho mais pessoal, relacionadas à visão e atuação do

técnico. Já o questionário aplicado aos Secretários da Agricultura, busca identificar se

existem políticas de apoio à produção orgânica e agroecológica nos municípios e quais

são elas. Os roteiros de entrevistas com os técnicos e gestores, constam nos Apêndices

A e B, respectivamente.

Essa etapa foi fundamental para verificarmos a relação dessas instituições com os

agricultores e, para iniciar o diagnóstico do “estado da arte” da agroecologia em cada

município. Nessa fase, também buscamos identificar os nomes e contatos dos

agricultores que têm iniciativas de agricultura orgânica ou agroecológica.

No início desta etapa foram realizadas ligações telefônicas para, no mínimo, uma

instituição em cada município, geralmente Prefeitura ou Sindicato dos Trabalhadores

Rurais. A partir desse primeiro contato, foi possível obter o contato de outras

instituições que trabalham com agricultura familiar e que, portanto, podem ter algum

tipo de envolvimento, direto ou indireto, com a agricultura orgânica.

Em seguida, foi realizado contato telefônico com estas instituições, a fim de identificar

um representante em cada uma delas, geralmente um técnico ou a pessoa com maior

envolvimento direto com os agricultores, além dos Secretários de Agricultura de cada

município.

Sabendo com quem iríamos dialogar, começamos a marcar as entrevistas e a realizá-las.

Esta fase encerrou-se em fevereiro de 2012. Na busca por reduzir os custos e por

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otimizar o trabalho da equipe, procuramos concentrar as entrevistas em uma mesma

data em cada município.

As entrevistas foram gravadas e transcritas e já foram realizadas quatro reuniões com a

equipe para avaliação das informações levantadas e da metodologia utilizada.

Avaliamos que nas entrevistas com as instituições que não tinham atuação direta com a

agroecologia, como é o caso da Cresol (Cooperativas de Crédito Rural com Interação

Solidária), por exemplo, algumas questões se tornavam irrelevantes. Sendo assim, após

as primeiras entrevistas, readequamos o roteiro, grifando as perguntas que não precisam

ser realizadas para determinadas instituições. Também alternamos a ordem de algumas

questões, a fim de melhorar a aplicação das entrevistas.

Em alguns municípios onde o GETERR já havia desenvolvido algum tipo de

levantamento em pesquisas anteriores, como no caso de Salto do Lontra, Itapejara

D’Oeste e Verê, aproveitamos as informações já existentes e não repetimos

determinadas questões. Assim, as entrevistas nesses municípios foram mais curtas, pois

também procuramos não ser repetitivos e inconvenientes.

Pelo fato de não entenderem como se dá um processo de pesquisa, alguns entrevistados

acabam reclamando sobre a repetição de questões e a falta de aplicação de muitas

pesquisas. Ao ter contato com pesquisadores de uma universidade, costumam

questionar o que a pesquisa trará de benefício direto para eles.

Levantamento de informações com os agricultores

Durante a fase de entrevistas com técnicos e gestores dos municípios, a equipe levantou,

com os técnicos das instituições/entidades parceiras e com os secretários municipais de

agricultura, quantos e quais agricultores em cada município, desenvolvem práticas de

agricultura orgânica e/ou agroecologia.

A partir de março de 2012 iniciamos os contatos com os agricultores orgânicos, a fim de

agendar a primeira etapa das entrevistas. Este primeiro contato está sendo realizado de

forma coletiva em cada município, como em feiras da agricultura familiar ou reuniões

entre os agricultores, nas quais pedimos explicitamos os objetivos da pesquisa e a

importância da contribuição dos mesmos, e para iniciar o agendamento da primeira

etapa das entrevistas.

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As primeiras entrevistas foram agendadas e a primeira etapa foi, então, iniciada em abril

de 2012. Essa fase está sendo fundamental para verificarmos a realidade de cada família

e a configuração de seus estabelecimentos rurais por meio do diagnóstico da trajetória

histórica na perspectiva da agricultura orgânica e agroecológica em cada município

pesquisado, dados de produção e comercialização, concepção de agroecologia, entre

outros elementos.

A segunda etapa será direcionada a um detalhamento das UPVFs consideradas

agroecológicas. Assim, será necessário definir do total dos agricultores orgânicos, quais

deles podem ser considerados agroecológicos. Nessa etapa estaremos verificando

informações adicionais, como benfeitorias e outros dados da UPVF e da família.

Através destas entrevistas, levantaremos dados sobre a dimensão produtiva, econômica,

social, ambiental e política de cada Unidade de Produção e Vida Familiar (UPVF).

Dos roteiros pré-estabelecidos, para aplicação dessas duas fases de entrevistas com os

agricultores, estamos disponibilizando no texto apenas as questões da primeira fase, em

virtude da falta de espaço no artigo para inserir os roteiros das duas fases. Sabemos que

as metodologias podem e devem ser aperfeiçoadas durante o processo da pesquisa,

portanto é possível que a metodologia esteja sujeita a modificações, mas isso vai

depender da realidade que iremos encontrar nas UPVFs.

Resultados

Os indicadores para avaliação dos resultados das etapas metodológicas apresentadas

nesse texto foram os seguintes:

- Êxito nos contatos com as instituições e com os agricultores, no agendamento das

entrevistas e na aplicação das mesmas;

- Ter as questões respondidas pelos técnicos, gestores e agricultores;

- Ter criado um ambiente de confiança entre a equipe e os agricultores.

Em relação aos contatos com as instituições obtivemos êxito, sendo que a receptividade,

de uma forma geral, foi boa. O contato com os agricultores se iniciou em março de 2012

e, embora essa etapa ainda encontre-se em andamento, não temos encontrado

dificuldades relevantes, pois o diálogo tem fluido de forma satisfatória. O único

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inconveniente, em ambos os casos está no número de ligações que, às vezes, precisam

ser realizadas para encontrar alguns dos técnicos, gestores ou agricultores.

No agendamento das entrevistas, tendo em vista a tentativa de acumular várias na

mesma data em um mesmo município, estamos enfrentando certa dificuldade, pois os

dias disponíveis nem sempre são compatíveis entre as instituições ou entre os

agricultores do local. Além disso, devido a alguns imprevistos de nossa parte ou da

parte dos entrevistados, algumas visitas precisam ser desmarcadas e remarcadas várias

vezes. No entanto, no que se refere à aplicação das entrevistas, não encontramos

dificuldades relevantes.

As questões, de forma geral, foram respondidas pelos técnicos e gestores, e estão sendo

respondidas pelos agricultores, mas avaliamos que, em ambos os casos, nem sempre as

respostas têm sido satisfatórias. Acreditamos que isso ocorre, no caso dos técnicos e

gestores, principalmente, devido à falta de uma atuação direta com a agroecologia e

devido à falta de conhecimento sobre o assunto. No caso dos agricultores, as principais

dificuldades têm sido nas questões relacionadas à renda e aos dados quantitativos de

produção, pois, na maioria das vezes, eles não fazem cálculos de quanto vendem e

quanto consomem do total da produção, nem dos custos de produção.

Em relação ao terceiro indicador de avaliação, acreditamos que a criação de um

ambiente de confiança entre a equipe e os agricultores, é um dos requisitos mais

importantes para o bom andamento da pesquisa. Pensando nisso, procuramos, dentro do

possível, conduzir as entrevistas em forma de conversa, minimizando os aspectos

formais e acadêmicos e tentando fazer com que cada agricultor se sinta parte da

construção do conhecimento, frisando sempre a importância da colaboração de cada um

para o processo de pesquisa. Avaliando sob esse aspecto, acreditamos estar conseguindo

desenvolver um bom relacionamento com os agricultores que, na maior parte dos casos,

parecem à vontade com a nossa presença e não demonstram insegurança em responder

às questões.

As entrevistas com os técnicos e gestores já foram transcritas e estamos realizando a

análise das mesmas, para então estabelecer uma avaliação geral sobre a situação da

agricultura orgânica em cada município, a partir da percepção dos técnicos e gestores.

Nesse processo de análise, desenvolvemos um quadro síntese para cada entrevistado,

com o intuito de extrair as principais informações para a pesquisa. Após essa etapa,

estaremos produzindo um texto sobre a configuração da agricultura orgânica em cada

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município, segundo a ótica dos técnicos e gestores. O modelo do quadro síntese consta

no Apêndice D.

As entrevistas com os agricultores ainda estão em fase de andamento. Conforme vamos

realizando as entrevistas, já estamos digitalizando e organizando as informações para

posterior análise. A metodologia de análise dessa fase ainda não foi definida, mas

provavelmente será desenvolvido um quadro síntese para levantamento das principais

informações, assim como na fase anterior, processo que certamente contará com a

participação da equipe do projeto.

Considerações finais

Avaliando brevemente a metodologia de coleta de informações através da aplicação de

entrevistas, concluímos ser um método bastante válido por possibilitar o levantamento

de dados objetivos e subjetivos, que denotam a opinião e os valores dos entrevistados,

os quais dificilmente seriam obtidos através de outros métodos. A técnica utilizada, de

entrevista semi-estruturada, é interessante porque favorece um direcionamento para o

tema proposto sem, no entanto, tirar a liberdade de resposta do entrevistado, deixando

vir à tona a visão pessoal dos indivíduos e fazendo surgir informações inesperadas que

podem ser de grande valia para a pesquisa.

A partir das informações obtidas no processo de pesquisa será possível traçar um amplo

diagnóstico da atuação das instituições, bem como da caracterização das UPVF´s,

através dos avanços, dificuldades e perspectivas da agroecologia levantados em cada

município pesquisado. Com base neste diagnóstico participativo, contendo a impressão

dos técnicos e agricultores, teremos subsídios para analisar de forma detalhada o estado

da arte da agroecologia nos municípios e definir ações prioritárias de extensão rural, que

atentem para os princípios da agroecologia.

Essa definição de ações prioritárias poderá, na medida do possível, ser desenvolvida

pela equipe do projeto ou repassada às instituições responsáveis por atividades de

extensão rural. Assim, acreditamos estar beneficiando diretamente os agricultores

envolvidos, bem como contribuindo para a expansão quantitativa e qualitativa da

agroecologia nos municípios.

As informações levantadas através da aplicação das entrevistas irão contribuir, ainda,

para a implantação do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Agroecologia na Unioeste,

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campus de Francisco Beltrão, o qual comporá um banco de dados primários e

secundários sobre aspectos da agricultura orgânica e da agroecologia nos municípios da

pesquisa, ampliando o contato com técnicos e agricultores.

Notas 1 Esse artigo faz parte da pesquisa “Conhecendo a Configuração da Agricultura Orgânica e da Agroecologia em nove municípios do Sudoeste do Paraná”, é coordenada pelo prof. Luciano Z. P. Candiotto e possui financiamento do CNPq através do edital n. 52/2012.

Referências

ALVES, Adilson F.; CARRIJO, Beatriz R.; CADIOTTO, Luciano Z. P. Desenvolvimento Territorial e agroecologia. Ed 1. São Paulo: Expressão Popular, 2008. CANDIOTTO, Luciano Z. P.; CARRIJO, Beatriz R.; MEIRA, Suzana G. de; SANTOS, Roselí Alves dos. REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA NO SUDOESTE DO PARANÁ. In: Anais do IV Seminário Estadual de Estudos Territoriais e II Seminário Nacional sobre Múltiplas Territorialidades, 2009, Francisco Beltrão. Novos horizontes na geografia: perspectivas de território e de territorialidade. Francisco Beltrão : GETERR - UNIOESTE, 2009. CANDIOTTO, Luciano Z. P.; CARRIJO, Beatriz R.; OLIVEIRA, Jackson A. Evolução da agricultura e impactos socioambientais do modelo convencional. In: Anais do III Encontro Sul Brasileiro de Geografia e XIII Encontro de Geografia da Unioeste, 2008, Francisco Beltrão. Francisco Beltrão - PR, 2008. CANDIOTTO, Luciano Z. P. Projeto de pesquisa “Conhecendo a configuração da agricultura orgânica e da agroecologia em nove municípios do sudoeste do Paraná”. Projeto encaminhado ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), para o edital MDA-SAF n.58/2010 - Chamada 2 - Núcleos de Pesquisa e Extensão. HESPANHOL, Antonio N. Desafios da geração de renda em pequenas propriedades e a questão do Desenvolvimento Rural Sustentável no Brasil. In: ALVES, A. F.; CARRIJO, B. R.; CANDIOTTO, L. Z. P. (Org.). Território e Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Expressão Popular, 2009, p. 81-93.

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APÊNDICE A

Questionário para aplicação das entrevistas com os técnicos da agricultura familiar nos

municípios da pesquisa.

QUESTIONÁRIO PARA TÉCNICOS

Entrevistado (a):___________________________Instituição:___________________

Função Desempenhada:_________________________________________________

Data:___________________Município: ____________________________________

Tel. ( )__________________Email_______________________________________

Questões referentes ao município e instituição

1. Qual a forma de atuação da instituição/entidade? Que atividades são desenvolvidas?

2. Desde quando a instituição/entidade atua com agricultura orgânica agroecologia?

3. Quais os objetivos e propósitos da instituição/entidade em relação à agricultura

orgânica/agroecologia?

4. A instituição/entidade presta assistência a quantas famílias que trabalham com

agricultura orgânica/agroecologia? Em quais comunidades?

5. Como se dá o processo de assistência aos agricultores (metodologia)? (Individual,

associativa, formação continuada, periodicidade do acompanhamento, etc.)

6. Além desta existem outras instituições/entidades parceiras que atuam com

agricultura orgânica/agroecologia dentro e fora do município:

Instituição Referência (contato)

7. Qual o destino da produção orgânica/agroecológica da instituição/entidade?

8. Há cobrança de alguma taxa para os membros da instituição/entidade? ( ) S ( ) N

Qual?

10. 9. Existe organização dos agricultores orgânicos/agroecológicos no município? ( ) S (

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) N Qual?

10. Como surgiu a organização dos agricultores orgânicos/agroecológicos no

município?

11. Quais os principais produtos orgânicos do município?

12. Quais os avanços e problemas na produção de alimentos orgânicos no município?

13. Quais os avanços e problemas na comercialização da produção orgânica do

município?

Questões ao técnico

1. Tempo de residência no município em que desenvolve o trabalho.

2. Qual é a sua formação profissional? Instituição?

3. O que entende por agricultura orgânica?

4. O que entende por agroecologia?

5. Quanto tempo atua com agricultura orgânica/agroecologia?

6. Além dessa função desenvolve outras atividades? ( ) S ( ) N Quais?

7. Consome produtos orgânicos/agroecológicos? ( ) S ( ) N Origem__________.

8. Como iniciou seu trabalho com agricultores orgânicos/agroecológicos?

9. Onde busca conhecimentos sobre agricultura orgânica/agroecologia?

10. Quais as principais dificuldades relatadas em relação à produção? (Em quais

produtos).

11. Quais as principais técnicas utilizadas para solução dos problemas? (insetos,

fungos, doenças, plantas invasoras).

12. Quais as principais dificuldades são relatadas em relação à comercialização?

13. Quando os problemas não são solucionados pela instituição a quem recorrem?

14. Como supera os problemas que surgem no trabalho com agricultura

orgânica/agroecologia?

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15. Os agricultores aos quais você presta assistência possuem certificação? ( ) S ( ) N

Qual? Quantos?

16. Quais os problemas relacionados à certificação?

17. Como vê o futuro da agricultura orgânica/agroecologia no município?

(perspectivas, desafios).

18. Como vê o futuro da agricultura orgânica/agroecologia na região Sudoeste?

APÊNDICE B

Questionário para aplicação das entrevistas com os secretários da agricultura nos

municípios da pesquisa.

QUESTIONÁRIO PARA OS GESTORES

Entrevistado (a):_____________Instituição:_____________________________

Data:___________________ Município: ________________________________

Tel. ( )___________________ Email__________________________________

Questões a secretaria de agricultura

1. Existe uma política do município para apoio da agricultura orgânica/agroecologia?

( ) S ( ) N Quais as diretrizes?

2. Existe orçamento do município para apoio da agricultura orgânica/agroecologia?

( ) S ( ) N Quanto? (valor, porcentagem)

3. Qual a estrutura que o município disponibiliza para o trabalho com

agroecologia/AO? (física, pessoas).

4. O município adquire produtos orgânicos/agroecológicos para a merenda escolar?

( ) S ( ) N Quais produtos?

5. Existe algum registro dos produtos e da quantidade adquirida?

6. Existe política de controle do uso de agrotóxicos no município? (permitidos e

proibidos) ( ) S ( ) N Qual?

7. Existe uma política de redução do uso de agrotóxicos no município? (permitidos e

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proibidos) ( ) S ( ) N Qual?

8. Há coleta do lixo nas comunidades rurais? ( ) S ( ) N Qual a freqüência?

9. E as embalagens de agrotóxicos?

10. Como vê o futuro da agricultura orgânica/agroecologia no município?

(perspectivas, desafios).

11. Como vê o futuro da agricultura orgânica/agroecologia na região Sudoeste?

APÊNDICE C

Questionário para aplicação das entrevistas com os secretários da agricultura nos

municípios da pesquisa.

ROTEIRO DE ENTREVISTAS PARA AGRICULTORES AGROECOLÓGICOS

Data:

CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UPVF

Proprietário:__________________________Entrevistado: _______________________

Endereço:__________________________________________ Tel: ________________

Tempo de residência no município: ________________ Na UPVF: ________________

Origem étnica/descendência:___________________ Onde nasceu/cidade e Estado:

Quantas pessoas residem na UPVF?_________________ Destas, quantas pessoas

trabalham na UPVF?_____________________________________________________

Qual a renda média familiar? _______________________________________________

Contrata mão-de-obra? ( ) S ( ) N Quantos? ( ) H ( ) M (quantificar)

( ) Temporários / Período:______________________ ( ) Permanentes

Para quais atividades? ____________________________________________________

Existe na comunidade a prática da ajuda mútua entre famílias? ( ) S ( ) N

Especificar (quando, como)________________________________________________

TABELA USO DO SOLO

Atividade Área (hectare) Espécie cultivada Total da propriedade Culturas Temporárias Culturas Permanentes Área de horticultura Mata e Capoeiras (RL e Reflorestamento / Silvicultura

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Pastagens ( )N ( )P Açude Benfeitorias

DADOS SOBRE AGROECOLOGIA

9. O que entende por agricultura orgânica?___________________________________

10. O que entende por agroecologia?_________________________________________

11. Você se identifica como: ( ) agricultor orgânico ( ) agroecológico ( ) Outro______

Por quê?_______________________________________________________________

12. Desde quando trabalha com agricultura orgânica/agroecologia? ________________

13. Como aprendeu a cultivar de forma orgânica?_______________________________

14. A UPVF: ( ) é 100% agroecológica ( ) Parcial ___________________________

( ) está em processo de transição

15. Porque optou pela agricultura orgânica/agroecologia?

16. Quais seus objetivos atuais com a agricultura orgânica/agroecologia?____________

17. Quais insumos são produzidos na UPVF?

Sementes____________________________________________________________

Mudas______________________________________________________________

Adubo______________________________________________________________

Medicamentos________________________________________________________

Matéria Orgânica_____________________________________________________

18. Quais insumos são adquiridos fora da UPVF?

Sementes____________________________________________________________

Mudas______________________________________________________________

Adubo______________________________________________________________

Medicamentos________________________________________________________

19. Abandonou alguma atividade agrícola após inserção na agricultura

orgânica/agroecologia ( ) S ( ) N

O que?______________________________________________________________

Porquê?_____________________________________________________________

20. Ampliou alguma atividade agrícolas após inserção na agricultura

orgânica/agroecologia? ( ) S ( ) N

Qual:_______________________________________________________________

Porquê?_____________________________________________________________

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21. Após a conversão para a agricultura orgânica/agroecologia alterou a renda familiar?

( ) S ( ) N Por quê? ____________________________________________________

22. Após a família optar pela agricultura orgânica/agroecologia observou-se a redução

de gastos (medicamentos, alimentos, insumos)? ( ) S ( ) N

Especificar__________________________________________________________

23. Quais as vantagens da agricultura orgânica/agroecologia? _____________________

24. E as dificuldades da agricultura orgânica/agroecologia (vegetal, animal,

agroindustrial? _______________________________________________________

25. Quais os equipamentos e/ou tecnologias que você utiliza na agricultura orgânica?

26. Existe algum equipamento que você gostaria de ter?__________________________

27. Na sua opinião, o que ainda falta de tecnologias adaptadas à agricultura orgânica?

28. Participa de feiras: ( ) S ( ) N

Que feira: convencional ou ecológica?______________Periodicidade:______________

29. O que deve ser feito para melhorar a produção e comercialização dos alimentos

orgânicos/agroecológicos? ______________________________________________

30. A UPVF tem certificação? ( ) S ( ) N. Quem faz a certificação? ______________

31. Quais produtos são certificados?_________________________________________

32. Qual o custo com a certificação?_________________________________________

33. Existe vantagens com a certificação? ( ) S ( ) N Quais?____________________

34. E desvantagens? ( ) S ( ) N Quais?____________________________________

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO (convencional e agroecológica)

Produção Vegetal

Produto Produção mensal/anual

A C Quantidade comercializada

Forma de comercialização

Consumo e Doação

35. Qual a renda mensal oriunda da produção vegetal?

Geral:_________________________________________

Orgânica:__________________________________________

36. Quais os membros da família que estão mais envolvidos na produção vegetal?

Produção Animal

Produto A C Produção Mensal/anual

Quantidade comercializada

Forma de comercialização

Consumo Doação

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Leite/L Suíno/Kg Boi/Kg Aves Caipiras/Cab

Aves Granja/Cab.

Peixes/Kg Ovos Mel Outros

37. Qual a renda mensal e/ou anual oriunda da produção animal? __________________

Geral:________________________________________________

Orgânica:_______________________________________________

38. Quais os membros da família que estão mais envolvidos na produção animal?

Produção agroartesanal

Produto Produção mensal

A C Quantidade comercializada

Forma de comercialização

Consumo E

Doação Queijo/Kg Açúcar Mascavo/Kg

Embutidos/Kg Doces/Kg Conservas/Kg Vinho/L Outros

39. Por que optaram pela atividade agroartesanal? ______________________________

40. Os alimentos agroartesanais são produzidos em agroindústria ( ) Sim ( ) Não/

( ) Individual ( ) Coletiva. Tem inspeção ( ) Sim Qual? ( )Não. Por quê?

41. Qual a renda mensal oriunda da produção agroartesanal?

Geral:________________________________________________________

Orgânica:_____________________________________________________

42. Quais os membros da família que mais se envolvem na produção agroartesanal?

43. Na produção é utilizado algum ingrediente não ecológico? ( ) S ( ) N

O que é utilizado? _______________________________________________________

Onde?_________________________________________________________________

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44. Qual a cultura mais importante economicamente?____________________________

RELAÇÕES PARA FORA DA UPVF

Quais são as entidades parceiras da agricultura orgânica/agroecologia?

Entidades (cooperativa, associação, sindicato)

Vínculo (associado, dirigente)

Forma de Atuação da entidade

45. Participou/participa de eventos, cursos, palestras? ( ) S ( ) N

Nome do Curso Entidade

Crédito

46. Fez/Faz algum tipo de financiamento? ( ) S ( ) N Qual finalidade?:

Custeio ( ) ________________ Investimento ( ) ______________________________

Fontes __________________________________________________________

ASPECTO AMBIENTAL

47. Tem SISLEG? ( )S ( )N

48. Captação de água: ( ) Poço / ( ) Fonte protegida / ( ) Rede pública / ( ) Rio /

Outro:______________________________________________________________

49. Existe rios na UPVF? ( ) Sim ( )Não. Quantos ___________________________

50. Realiza algum tratamento da água utilizada para consumo? ( ) S ( ) N

Qual? ______________________________________________________________

51. Tem problema com falta d’água? ( ) S ( ) N

Quando? ____________________________________________________________

52. Tem problema com qualidade das águas utilizadas? ( ) S ( ) N

Qual (cor, mau cheiro, gosto ruim)?_______________________________

Destino de lixos e dejetos

53. Qual o destino das águas e esgoto? Tanque: ______________ Cozinha: _________

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Vaso sanitário: ____________________ Chuveiro: ________________________

54. Qual a destinação do lixo orgânico? ( ) descartado ( ) uso direto como adubo

( ) compostagem. Onde descarta ou armazena o lixo orgânico? ________________

55. Qual a destinação dos dejetos animais? ( ) esterqueira ( ) rio ( ) adubo

Manejos e conservação do solo

56. Quais as práticas utilizadas na UPVF para conservar e ou recuperar o solo,

melhorando sua fertilidade?

Prática Geral Orgânico

57. Situação dos solos (Observar)

( ) ravinas ( ) voçorocas ( ) sulcos ( ) boa conservação

58. Na sua opinião, quem é o agricultor que mais produz orgânicos no município?

APÊNDICE D

Modelo de quadro síntese das entrevistas realizadas com os técnicos e gestores nos

municípios da pesquisa.

Entidade

Entrevistado(s)

Data

Objetivos com a Agricultura

orgânica

Parceiros no trabalho com

Agricultura Orgânica

Atuação

Concepção Agricultura Orgânica Concepção Agroecologia Avanços

Dificuldades

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Perspectivas

Impressões do grupo