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Processamento Térmico de Ligas MetálicasProcessamento Térmico de Ligas Metálicas
• Recozimento:
processo em que o material é exposto a uma fonte de calor, geralmente a altas temperaturas por um longo período e então é resfriado lentamente até a temperatura ambiente;
o recozimento pode (1) aliviar tensões internas, (2) aumentar a tenacidade, ductilidade e rigidez de um material, (3) produzir uma microestrutura específica;
• Parâmetros de Controle:
temperatura: taxas de aquecimento e resfriamento do material;
tempo de permanência em determinada temperatura;
tamanho da peça a ser tratada.
Recozimento de Ligas FerrosasRecozimento de Ligas Ferrosas
Normalização
Recozimento pleno
Recozimento subcrítico
• Temperatura crítica inferior (TCI): A1, abaixo da qual austenita não existirá;
• Temperatura crítica superior (TCS): linhas A3 e Acm, acima das quais existe somente austenita;
• Normalização: tratamento de recozimento realizado entre 55-85ºC acima da TCS para refinar os grãos e produzir uma distribuição de tamanhos mais uniforme.
• Recozimento pleno: austenitização de uma liga, seguida de resfriamento lento, dentro do próprio forno, até a temperatura ambiente.
• Recozimento subcrítico: aquecimento e manutenção prolongada de uma liga a uma temperatura imediatamente abaixo da temperatura eutetóide (A1), resultando em uma estrutura de cementita globulizada.
Diagrama Fe-Fe3C na vizinhança do eutetóide.
EndurecibilidadeEndurecibilidade
• Conceito:
Capacidade de uma liga ser endurecida pela formação da martensita, como resultado da aplicação de um tratamento térmico;
Corresponde à medida qualitativa da taxa segundo a qual a dureza cai em função da distância ao se penetrar no interior de uma amostra, em função do menor teor de martensita;
Uma liga de aço que possui alta endurecibilidade é aquela que endurece, ou forma martensita, não apenas na sua superfície, mas em elevado grau também ao longo de todo o seu interior;
Pode ser determinada pelo ensaio Jominy da extremidade temperada.
Ensaio JominyEnsaio Jominy
amostra
Jato de água a 24 ºC
Acessório de
montagem
Corpo de prova
Jato de água
Curva de endurecibilidade
Superfície plana e polida
Ensaios de dureza Rockwell
C
Ensaio Jominy: Curva de EndurecibilidadeEnsaio Jominy: Curva de EndurecibilidadeTaxa d
e r
esf
riam
ento
, ºC
/s
Distância a partir da extremidade temperada
Esc
ala
Rock
well
C
Distância a partir da extremidade temperada 16 avos de polegada
Menos martensita
extremidades temperadas resfriam mais rapidamente e contém mais martensita;
a taxa de resfriamento decresce com o aumento da distância até a extremidade temperada: maior difusão de C, mais bainita/perlita, menor dureza;
alta endurecibilidade é indicada por uma curva de endurecibilidade com um comportamento mais próximo de uma reta paralela à abscissa.
Curvas de Endurecibilidade: Influência de Elementos de LigaCurvas de Endurecibilidade: Influência de Elementos de LigaEsc
ala
Rock
well
C
Distância a partir da extremidade temperada
16 avos de polegada Influência de elementos de liga sobre a curva de endurecibilidade resultante: a presença de Ni, Cr e Mo nos aços-liga retardam as reações de transformação da austenita em perlita e/ou bainita. O mesmo efeito pode ser observado para ligas com diferentes % C;
Isso permite que mais martensita se forme para uma taxa de resfriamento específica, produzindo uma liga com maior dureza.
Esc
ala
Rock
well
CDistância a partir da extremidade temperada
Taxa de resfriamento a 700ºC
Endurecibilidade: Influência do Meio de Resfriamento, do Tamanho da AmostraEndurecibilidade: Influência do Meio de Resfriamento, do Tamanho da Amostra
Taxa de resfriamento a 700ºC
Diâ
metr
o d
a b
arr
a
Distância equivalente a partir da extremidade temperadaTemperado em
águaTemperado em óleo
Severidade da têmpera: água > óleo > ar. Ex: para uma barra de 50mm de diâmetro, a taxa de resfriamento no seu centro é de 27ºC/s na água e 13,5ºC/s no óleo;
para um determinado meio de têmpera, a taxa de resfriamento no centro da amostra é menor para diâmetros maiores.
Endurecibilidade: Influência da Geometria da AmostraEndurecibilidade: Influência da Geometria da Amostra
perfil radial de dureza para amostras cilíndricas de aço, com diâmetros de 50mm, temperadas em água moderadamente agitada;
perfil radial de dureza para amostras cilíndricas de aço com diâmetros de 50 e 100 mm, temperadas em água moderadamente agitada .
Esc
ala
Rock
well
C
Endurecimento por PrecipitaçãoEndurecimento por Precipitação
pequenas inclusões de fases secundárias aumentam a resistência de um material;
distorções da rede cristalina ao redor dessa fase secundária impedem o movimento de discordâncias;
o precipitado se forma quando o limite de solubilidade é excedido;
o endurecimento por precipitação também é conhecido como endurecimento por envelhecimento.
Resfriamento lento
precipita nos contornos de grão de k
Tempo
Endurecimento por PrecipitaçãoEndurecimento por Precipitação
Solubilização: Em T0 todos os átomos do soluto A se dissolvem para formar uma solução monofásica ();
Resfriamento rápido: após a solubilização, a liga é resfriada rapidamente até T1. Sem tempo para difundir, a fase não se forma, o que resulta numa fase como sendo uma solução sólida supersaturada;
Precipitação: a solução sólida é aquecida até T2, abaixo da linha solvus, onde a difusão é apreciável. A fase começa a se formar como partículas finas dispersas;
Após determinado período de tempo, o material é resfriado até a temperatura ambiente.
Tem
pera
tur
a
Tempo
Tratamento térmico de solubilização
Têmpera
Tratamento térmico de precipitação
Resi
stênci
a o
u
dure
za
zonas
Superenve-
lhecimento
solvente
solutoPartícula da fase ”
Partícula da fase
Fase precipitada de transição ”
Solução supersaturada
Fase de equilíbrio, dentro da fase matriz
Distorções na redeSem distorções na rede
Endurecimento por PrecipitaçãoEndurecimento por Precipitação
Endurecimento por PrecipitaçãoEndurecimento por Precipitação
Lim
ite d
e r
esi
stênci
a à
tra
ção
(MPa)
Duct
ilidade (
% A
L em
2
pol.)
Duração do tratamento térmico da precipitação