Processo Civil - Execução de título extrajudicial

7/21/2019 Processo Civil - Execução de título extrajudicial

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Universidade Presbiteriana MackenzieFaculdade de Direito

COISA JULGADA, !SC" !#!C CI$IL

Execução de título extrajudicial

Ca%ila oc&a de Macedo 'atista ()*+((-F.bio Peres da Silva ()*)/0*123nia Cristina G4es de Ara56o ()*)0-+7

S8o Paulo

*1)0



Universidade Presbiteriana Mackenzie

Execução de título extrajudicial

Avaliação intermediária da disciplina “Coisa Julgada,Resc. e Execução Civil”, do 6 semestre da !aculdadede "ireito da #niversidade $res%iteriana &ac'en(ie.

S8o Paulo

*1)0



SUM9IO

)*+R"#- /

0. +1+#23 E4EC#+)53 E4+RAJ#")C)A)36

0.0. +tulos executivos7 de8inição e contextuali(ação 6

0.9. Execução provis:ria de ttulo extra;udicial <

0.=. Execução por >uantia certa de devedor solvente 8undada em ttulo

extra;udicial

?

0./. Execução das o%rigaç@es de 8a(er 0

0.B. Execução das o%rigaç@es de não 8a(er 00

0.6. Execução contra a !a(enda $%lica por ttulo extra;udicial 00

0.<. Execução das o%rigaç@es de 8a(er 8undada em ttulo extra;udicial 090.?. Execução das o%rigaç@es de não 8a(er 8undadas em ttulo ;udicial e

extra;udicial

0/

0.D. Execução para entrega de coisa certa 8undada em ttulo extra;udicial 0B

0.0. Execução para entrega de coisa incerta 8undada em ttulo ;udicial e

extra;udicial

0?

9. E&ARF3 G E4EC#- 9

9.0. $ressupostos iniciais 9

9.9. !orma de oposição7 re>uerimento e matHria dos em%argos 99

9.=. 2egitimidade 9=

9./. $ra(o 9=

9.B. Carta precat:ria 9=

9.6. E8eito suspensivo 9/

9.<. $rocedimento 9B

9.?. Em%argos I arrematação, I alienação e I ad;udiciação 96

C*C2#3 9<

)2)FRA!)A E RE!ER*C)A3 )2)FRK!)CA39?



I:2ODU;<O

As 2eis n. 00.9=9L9B e 00.=?9L96 trouxeram importantes modi8icaç@es parao processo de execução. +ornouMse 8undamental a distinção decorrente do ttulo em >ue

ela se 8unda.

AtH o advento da 2ei 00.9=9L9B, a execução de ttulo ;udicial e extra;udicial se

dava por um processo autNnomo, posterior a um processo de conOecimento o%rigat:rio,

de cunOo condenat:rio. Este tornouMse, ap:s a lei em >uestão, 8ase cognitiva

condenat:ria, e o antigo processo de execução por ttulo ;udicial Psomente o por ttulo

;udicialQ tornouMse uma 8ase 8inal do processo de conOecimento denominada

“cumprimento de sentença”. Com isso, %asta >ue o devedor se;a citado uma nica ve(,

na 8ase inicial do processo.

s dois processos passaram a constituir duas 8ases distintas de um processo

nico, no cOamado “processo sincrHtico”. Contudo, permanece existindo o processo de

execução autNnomo, previsto no 2ivro )) do C$C, >uando ;á se sa%e >ue alguHm H

devedor sem um prHvio processo de conOecimento, por>ue o credor H dotado de um

ttulo executivo extra;udicial.

*os casos em >ue a execução 8or de sentença ar%itral, penal condenat:ria,

estrangeira ou contra a !a(enda $%lica, se 8undada em ttulo ;udicial, Oaverá processo

de execução autNnomo nos trSs primeiros casos, por>ue não Oá nenOum outro processo ;udicial civil anteriorT no ltimo, por 8orça de determinação legal expressa.

“A atividade jurissatisfativa pode acontecer como incidente complementar do

processo de acertamento, dentro, portanto, da mesma relao processual em

que se alcanou a sentena condenatria, ou como objeto principal do

processo de execuo, reservado este para os ttulos extrajudiciais, que, para

chegar ao provimento de satisfao do direito do credor titular da ao

4



executiva, prescinde do prvio acertamento em sentena!"

"essa 8orma, execução de ttulo ;udicial e execução de ttulo extra;udicial agoraestão separadas Pantes, eram tratadas no livro )) do C$CQ.

+am%Hm o processo de execução autNnomo Pprevisto no livro )) do C$CQ passou

por alteraç@es, em virtude da 2ei 00.=?9L96, como a citação para o pagamento em trSs

dias, e na omissão do devedor, a penOora e a avaliação numa mesma oportunidadeT a

ad;udicação do %em pelo credor, 8icando a Oasta p%lica como ultima ratio

1 THEODORO Jr., Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Vol. II, 4! edi"#o. $ore%se, &'1(.

Vital)oo* +ile. i%a )iblioteca.



)" 2=2ULOS !#!CU2I$OS !#2AJUDICIAIS

1.1. Títulos executivos: definição e contextualização

s ttulos executivos extra;udiciais se encontram no art. B?B do C$C, >ue assim

os enumera e descreve7

“Art #$# %o ttulos executivos extrajudiciais&

' ( a letra de c)mbio, a nota promissria, a duplicata, a deb*nture e o

cheque+

'' ( a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo

devedor+ o documento particular assinado pelo devedor e por duas

testemunhas+ o instrumento de transao referendado pelo -inistrio

.blico, pela /efensoria .blica ou pelos advogados dos transatores+

''' ( os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e cauo,

bem como os de seguro de vida+

'0 ( o crdito decorrente de foro e laud*mio+

0 ( o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de

imvel, bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de

condomnio+

0' ( o crdito de serventu1rio de justia, de perito, de intrprete, ou de

tradutor, quando as custas, emolumentos ou honor1rios forem aprovados

por deciso judicial+

0'' ( a certido de dvida ativa da 2a3enda .blica da 4nio, dos

5stados, do /istrito 2ederal, dos 6erritrios e dos -unicpios,

correspondente aos crditos inscritos na forma da lei+

0''' ( todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei

/



atribuir fora executiva!

3ão tam%Hm ttulos executivos extra;udiciais, de8inidos 8ora do escopo do C$C7

a) cHdula Oipotecária Part. 9D do "ecretoMlei n <L0D66QT

b) crHdito de alienação 8iduciária em garantia Part. B do "ecretoMlei n

D00L0D6DQT

c) contrato escrito de Oonorários advocatcios Part. 9/ da 2ei n

?.D6L0DD/QT

d) crHdito alimentar decorrente do “a;ustamento dos interessados Is

exigSncias” do Estatuto da Criança e do Adolescente Part. 900 do ECAQT

e) compromisso ar%itral >ue 8ixa os Oonorários do ár%itro Part. 00, parágra8o

nico, da 2ei n D.=< L0DD6Q.

1.2. Execução provisória de título extrajudicial

art. B?<, posterior I 3mula =0< do 3+J P“H de8initiva a execução de ttulo

extra;udicial, ainda >ue pendente apelação contra sentença >ue ;ulgue improcedentes os

em%argos”Q, di( >ue a execução 8undada em ttulo executivo extra;udicial será

“provis:ria” >uando recorrida a decisão >ue ;ulga improcedentes os em%argos

apresentados pelo executado, desde >ue a ressalva H 8eita pelo pr:prio art. B?< os

em%argos tenOam sido rece%idos Pe processadosQ com e8eito suspensivo.

A segunda parte do art. B?< esta%elece >ue a execução prosseguirá “provis:ria”,

isto H, com as restriç@es encontradas no art. /<BM do C$C, se Oouver recurso

interposto da decisão >ue ;ulgar improcedentes os em%argos. U necessário >ue a decisão

>ue re;eite os Em%argos se;a des8avorável ao executado para >ue se apli>ue o exposto.

0



1.. Execução por !uantia certa de devedor solvente fundada e" título extrajudicial

credor pretende nesta modalidade de execução >ue o devedor pague a >uantiadevida em dinOeiro. A tHcnica utili(ada H a su%Mrogação.

A >eti?8o inicial deverá se 8undar nos arts. 60/ a 606 do C$C, contendo7

endereçamento, >uali8icação das partes, demonstração do inadimplemento e da

existSncia de ttulo executivo extra;udicial, re>uerimento para a citação e valor da causa.

A co%>et@ncia para o processo de execução de ttulo extra;udicial H relativa. U

preciso >ue se veri8i>ue7

aQ 3e Oá 8oro de eleição, o >ue deverá constar do ttulo o 8oro escolOido pelas

partes, por exemplo, para co%rança ou execução dos alugueres.

%Q 3e não Oouver eleição, prevalece o do lugar de pagamento, uma ve( >ue o art.

0, )5, d, do C$C esta%elece >ue a “ação” deve ser proposta no lugar em >ue a

o%rigação deve ser satis8eita.

cQ *ão Oavendo a indicação, no ttulo, do local de pagamento, deverá prevalecer a

regra geral de competSncia do 8oro do domiclio do rHu.

Rece%ida a inicial, será determinada a cita?8o e inti%a?8o >ara o >razo de

e%baros. devedor poderá para pagar a dvida em trSs dias. A cita?8o pode ser

pessoal, por meio eletrNnico Pdesde >ue o%servados os re>uisitos da 2ei 00./0DL96,

em especial os seus arts. B e 6Q ou 8icta P3mula 0D6 do 3+JQ.

3e o executado pagar nos trSs dias a >ue se re8ere o caput do art. 6B9MA, o

parágra8o nico do art. 6B9MA o8erece a redução da ver%a Oonorária I metade, alHm de

extinguirMse a execução. +am%Hm H a partir da sua citação >ue o executado pode





comparecer, será necessário darMlOe curador especial P3mula 0D6 do 3+JQ.

*a verdade, o mandado de citação será expedido em duas vias, por exigSncia doW 0 do art. 6B97 uma para a citaçãoT outra, expedida desde logo, para a penOora e

avaliação de %ens. Assim, uma ve( cumprido, o mandado de citação será ;untado aos

autos para >ue tenOa incio a 8luSncia do pra(o para os “em%argos” ou para a

“morat:ria”. *ão e8etuado o pagamento no pra(o de trSs dias, ca%e ao o8icial de ;ustiça,

>ue ;á tem em mãos a “segunda via do mandado”, reali(ar a penOora e a avaliação.

1.#. Execução das obri$aç%es de fazer

"e8inimos o%rigaç@es de 8a(er como a>uelas em >ue o devedor comprometeMse a

reali(ar uma prestação, consistente em atos ou serviços, de nature(a material ou

imaterial. 3ua execução H tratada nos artigos 6=9, e seguintes, do C$C.

;ui( está autori(ado, pelo caput do art. 6/B, de o8cio ou a re>uerimento da

parte, a 8ixar medidas de coerção para >ue o executado cumpra a o%rigação, como multa

peri:dica, >ue constará no mandado de citação. *o momento da citação, o devedor

toma ciSncia do pra(o do cumprimento da o%rigação P8ixado no ttulo ou pelo ;ui(Q e do

pra(o para opor em%argos. devedor terá o pra(o de >uin(e dias para opor em%argos,

>ue correm independentemente de ele cumprir ou não a o%rigação.

"e acordo com o caput do art. 6==, a omissão do executado pode levar o

exe>uente a re>uerer >ue a o%rigação se;a cumprida por terceiro Is expensas do

executado, ou se;a, por meio de su%rogação, se a o%rigação 8or 8ungvel. 3e mesmo

assim 8or ine8ica(, pode o exe>uente re>uerer a conversão em perdas e danos.

1'



1.&. Execução das obri$aç%es de não fazer

A o%rigação de contedo negativo aca%a ad>uirindo caráter positivo, por>ue, seo devedor a descumprir, será o%rigado a des8a(er a>uilo a >ue, por 8orça do ttulo, não

deveria ter reali(ado.

3e o des8a(imento 8or possvel, o ;ui( mandará citar o devedor, 8ixando um pra(o

para >ue ele des8aça o >ue reali(ou indevidamente, so% pena de multaT se o des8a(imento

puder ser 8eito por terceiro, e o exe>uente o re>uerer, o ;ui( de8erirá, utili(ando o mesmo

procedimento previsto para as o%rigaç@es de 8a(er. Yuando não 8or mais possvel o

des8a(imento, s: restará a conversão em perdas e danos.

1.'. Execução contra a (azenda *blica por título extrajudicial

+ema controvertido, a execução contra a !a(enda $%lica por ttulo extra;udicial

envolve diversos >uesitos >ue devem ser analisados.

primeiro H a possi%ilidade de execução, a sa%er7 “H possvel a execução

provis:ria contra a !a(enda $%lica, na pendSncia de apelação sem e8eito suspensivo na

ação de conOecimentoZ[9. A8inal, con8orme disp@e o parágra8o 0 do art. /<BM) do C$C7

78 definitiva a execuo da sentena transitada em julgado e provisria

quando se tratar de sentena impugnada mediante recurso ao qual no

foi atribudo efeito suspensivo7

A resposta a essa >uestão H %uscada na Constituição de 0D?? por Ara'en de

Assis. Este nos aponta o art. 0 Pparágra8o 0Q, >ue condiciona a expedição do

precat:rio ao esgotamento das vias recursais cognitivas e execut:rias9.

& CAMPOS BENITO, Kelen. Execução de sentença de obriação de !a"er. In# Âmbito Jurídico, $io%rande, &III, n. '(, set )(*(. +ison-el e/# 01tt#22333.a/bito4uridico.co/.br2site2index.15

n6lin78reista6artios6leitura9artio6id8'(*):. Acesso e/ no )(*;.( A33)3, Ara'en de. Manual da !ecu?8o" 00. ed. 3ão $aulo7 R+, 9<.

11

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8012






"e acordo com o “caput” do texto constitucional supracitado7

“: exceo dos crditos de nature3a alimentcia, os pagamentos devidos

pela 2A;5</A 25/5=A>, 5%6A/4A> ?4 -4<'@'.A>, em virtude de

%entena udici1ria, far(se(o exclusivamente na ordem cronolgica de

apresentao dos precatrios e B conta dos crditos respectivos, proibida

a designao de casos ou de pessoas nas dotaCes orament1rias e nos

crditos adicionais abertos para este fim!

Em sntese7 o precat:rio e a re>uisição de pe>ueno valor s: devem ser expedidos

ap:s o tr\nsito em ;ulgado da decisão cognitiva e da decisão execut:ria, nãonecessariamente nesta ordem portanto, se I sentença do processo de conOecimento não

8oi dado e8eito suspensivo, pode o credor adiantar a ação de execução Pa !a(enda será

citada para o8erecer em%argos, os >uais serão processados e ;ulgados, podendo Oaver

interposição de recurso de apelaçãoQ.

Encerrado todo o processamento da execução, deveMse aguardar o tr\nsito em

;ulgado do processo de conOecimento para se expedir o precat:rio ou a R.$.5 M ou se;a,

encerrado todo o processo de execução contra a !a(enda $%lica, ca%erá ao ;u(o de 0

grau da execução a ela%oração do precat:rio ou da re>uisição de pe>ueno valor e o seu

encaminOamento ao presidente do +ri%unal a >ue está su;eita a decisão exe>]enda.

presidente do +ri%unal competente repassará a re>uisição ao ente condenado

para >ue este inclua em orçamento a>uela despesa.

1.+. Execução das obri$aç%es de fazer fundada e" título extrajudicial

*o caso de execução 8undada em ttulo extra;udicial temos a execução autNnoma

propriamente dita, cu;a petição inicial deverá o%edecer ao regramento do art. 9?9 e estar

devidamente acompanOada do ttulo executivo.

Ao despacOar a inicial, determinará o magistrado a citação de executado para >ue

cumpra a o%rigação no pra(o esta%elecido no ttulo. Caso o ttulo se;a omisso, o ;ui(

1&



deverá 8ixáMloT não sendo cumprida a o%rigação, o procedimento será di8erente da>uele

previsto para a o%rigação 8undada em ttulo ;udicial.

^á >ue se veri8icar se a o%rigação de 8a(er em >uestão H 8ungvel ou in8ungvel.

2em%remos, nesse caso, >ue a o%rigação in8ungvel H a>uela >ue s: pode ser cumprida

pelo pr:prio devedorT ;á >uanto I o%rigação 8ungvel, consiste na>uela cu;a prestação

pessoal do executado não H essencial podendo, inclusive, ser cumprida por outrem,

inclusive pelo pr:prio credor, Is custas do devedor.

3e a o%rigação 8or tida como in8ungvel, deverá ser veri8icado, ainda, se H

possvel o%ter, por outros meios, resultado prático e>uivalente I>uele >ue se teria caso odevedor cumprisse voluntariamente a o%rigação. Constatada a impossi%ilidade de se

cumprir a o%rigação, necessariamente converterMseMá em perdas e danosT contudo, caso

se revele possvel a o%tenção de resultado prático e>uivalente, o credor poderá optar

entre esta e a conversão da o%rigação em indeni(ação por perdas e danos.

+endo o credor optado pela o%tenção do resultado prático e>uivalente o ;ui(

poderá valerMse das medidas de apoio previstas no art. /60, W B para garantia do

adimplemento da o%rigação. Caso se trate de o%rigação de 8a(er 8ungvel, o exe>]ente

poderá escolOer entre o cumprimento da o%rigação por terceiro Is custas do devedor ou

a conversão em perdas e danos.

Yuando o o%;eto da execução por ttulo extra;udicial 8or o%rigação de 8a(er, o

devedor será citado para satis8a(SMla no pra(o >ue o ;ui( lOe assinar, se não estiver ;á

determinado no ttulo executivo. Como declara 5icente Freco !ilOo7

“<a execuo por ttulo extrajudicial, o ru citado e recebe

uma ordem para o cumprimento da obrigao %e esta fungvel e o

devedor no a cumpre, pode ser prestada pelo prprio credor B custa do

devedor ou por terceiro, cobrando(se, depois, do devedor+ se a

obrigao for infungvel e no for cumprida converte(se em execuo

por quantia Dconforme demonstrado acmaEF

4 FREC !ilOo, 5icente. Direito Processual Civil 'rasileiro. 3ão $aulo7 3araiva, 96, p. 6?

1(



Em >ual>uer caso, se;a a o%rigação 8ungvel ou in8ungvel, caso o exe>]ente opte

pela conversão em perdas e danos, se procederá I li>uidação incidente. A partir da, a

execução prosseguirá, pelo rito da execução por >uantia certa.

1.,. Execução das obri$aç%es de não fazer fundadas e" título judicial e extrajudicial

#ma sentença >ue contenOa condenação em o%rigação de não 8a(er H, para >uem

adota o critHrio >uinário, uma sentença executivaT assim sendo, cumpreMse mediante

procedimento executivo M >ue pode ser de8lagrado de o8cio pelo ;ui(.

^á >ue se di(er >ue a o%rigação de não 8a(er H sempre personalssima, ou se;a,

somente o devedor pode cumpriMla Pnão Oá como alguHm deixar de 8a(er algo por vocSQ

conse>]entemente o descumprimento da o%rigação sempre ense;ará perdas e danos.

+ratandoMse de o%rigação 8undada em ttulo ;udicial não Oá alteração de

procedimento em relação Is o%rigaç@es de 8a(er M tendo sido pro8erida a sentença >ue

condene o devedor a des8a(er a>uilo >ue 8oi 8eito indevidamente, o ;ui( 8ixará pra(o para

o cumprimento da sentença. 3e a o%rigação não 8or e8etuada no pra(o o ;ui( valerMseMá

dos meios de coerção arrolados no art. /60, W B, sem pre;u(o da multa ;á 8ixada na

sentença.

U preciso, porHm, entender >ue as o%rigaç@es de não 8a(er podem ser

classi8icadas em permanentes Pou contnuasQ e instant\neas.

*o caso das o%rigaç@es de não 8a(er permanentes, de8inimoMlas como a>uelascu;o descumprimento se prolonga no tempo, sendo possvel cessar o descumprimento e

retornar ao estado anterior. *esse caso, especi8icamente, H possvel des8a(er o >ue 8oi

8eito indevidamente com a respectiva indeni(ação pelo dano causado Pcomo, por

exemplo, a construção de um muro o >ual o executado Oavia se o%rigado a não

construirQ.

Já as o%rigaç@es instant\neas são des8eitas num s: ato, ra(ão pela >ual não H

14



possvel retornar ao estado anterior Pcomo exemplo, a revelação de um segredoQ neste

caso, resta ao exe>]ente tão somente o ressarcimento por perdas e danos.

Em se tratando de o%rigação de não 8a(er 8undada em ttulo extra;udicial o

procedimento será o mesmo M contudo, como não Oá processo de conOecimento anterior,

a demanda Oá >ue se instaurada pelo exe>]ente.

A petição inicial deverá o%edecer ao >ue está previsto no art. 9?9 do C$C e estar

acompanOada do ttulo executivoT caso a inicial se;a rece%ida, seguirá o procedimento

esta%elecido para a execução do ttulo ;udicial.

1.-. Execução para entre$a de coisa certa fundada e" título extrajudicial

Yuando se trata de execução para entrega de coisa certa 8undada em ttulo vigora

o princpio da demanda esta%elecido no art. 9 do C$C7

“<enhum jui3 prestar1 a tutela jurisdicional seno quando a parte ou o

interessado a requerer, nos casos e forma legais!

Ao contrário do esta%elecido para a execução das o%rigaç@es 8undadas em ttulos

;udiciais, nesse caso trataMse de verdadeiro processo de execução, >ue se inicia por

provocação do credor atravHs de petição inicial >ue deverá o%edecer aos re>uisitos do

art. 9?9 do C$C e >ue tam%Hm deverá estar acompanOada do ttulo executivo.

"isp@e o art. 690 do C$C7

“o devedor de obrigao de entrega de coisa certa, constante de ttulo

executivo extrajudicial, ser1 citado para, dentro de "G Dde3E dias,

satisfa3er a obrigao ou, seguro o ju3o Dart H9H, ''E, apresentar

embargos!

U preciso ter cuidado na interpretação desse dispositivo, ainda mais >uando se

tem em vista o disposto no artigo seguinte >ue di( >ue “o devedor poderá depositar a

1



coisa, em ve( de entregáMla, >uando >uiser opor em%argos”. #ma leitura apressada de

tais dispositivos pode condu(ir a e>uvocos7 o primeiro H >ue não se exige mais garantia

de ;u(o para o8erecimento de em%argos Po devedor poderá em%argar a execução

independentemente do dep:sito da coisa ou >ual>uer outro tipo de garantia ou cauçãoQ.

utra alteração relevante está no pra(o para o o8erecimento dos em%argos, >ue H,

atualmente, de 0B dias a partir da ;untada aos autos do mandado devidamente cumprido

Po devedor poderá ainda, >uando 8or opor em%argos, depositar a coisa no pra(o de de(

dias, especi8icamente para livrarMse do risco da incidSncia da multa, >uando cominadaQ.

#ma ve( >ue 8oi proposta a execução, com a petição inicial devidamenteacompanOada do ttulo executivo, o executado será citado para entregar a coisa no pra(o

de 0 Pde(Q diasT caso o devedor entregue a coisa no pra(o esta%elecido, o ;ui( pro8erirá

sentença declarando extinto o processo de execução. Caso o executado opte por

depositar a coisa, termo de dep:sito será lavrado, e a coisa 8icará I disposição do ;u(o

atH o ;ulgamento dos em%argos.

$ode ocorrer, entretanto, >ue o executado permaneça inerte, nem o8erecendo

em%argos, nem entregando ou depositando a coisa nesse caso o ;ui( deverá determinar

medidas práticas tendentes I satis8ação do exe>]ente7 multa peri:dica pelo tempo de

atraso, %usca e apreensão da coisa Pcaso se trate de coisa m:velQ ou imissão na posse

Pem se tratando de coisa im:velQ.

&esmo com todas as providSncias anteriormente e8etuadas para o cumprimento

da o%rigação a coisa pode não ser encontrada e, nesse caso, o processo pode tomar

rumos diversos7 se a coisa 8oi trans8erida a terceiro, será %uscada e apreendida, e oterceiro somente poderá se mani8estar depois >ue esta ;á estiver em poder do ;u(o

PC$C, art. 696Q. Caso a coisa não tenOa sido entregue por ter desaparecido ou

deteriorado, o exe>uente terá o direito de rece%er o valor e>uivalente em dinOeiro mais

eventuais perdas e danos >ue tenOa so8rido tudo isso apurado mediante li>uidação

incidente, seguindoMse, a partir da, procedimento de execução por >uantia certa.

!inalmente, caso o executado Pou o terceiro >ue estiver em poder da coisaQ tenOa

reali(ado nela %en8eitorias indeni(áveis, 8a(Mse necessária a li>uidação prHvia do valor das

1/



%en8eitorias, devendo o exe>]ente depositar o valor correspondente antes do

rece%imento da coisa.

+endo o executado entregue no decSnio esta%elecido pelo art. 690 o ;ui(

pro8erirá sentença, declarando extinta a o%rigação.

3e o executado depositou a coisa em ;u(o para livrarMse do risco da incidSncia da

multa, deveremos veri8icar se 8oi ou não o8erecidos em%argos. Caso a execução não

tenOa sido em%argada, ou re;eitados liminarmente os em%argos, a coisa será entregue ao

exe>]ente com a lavratura do respectivo termo e prolação de sentença extintiva da

execução.

3ituação diversa ocorrerá >uando os em%argos 8orem rece%idos7 deverá ser

veri8icado se os em%argos 8oram rece%idos com e8eito suspensivo ou não Pno primeiro

caso, a coisa 8icará depositada em ;u(o atH o ;ulgamento de8initivo do incidenteQ.

3endo ;ulgado improcedente Pou extinto por >ual>uer outro motivoQ passaMse á

entrega da coisa ao exe>]enteT caso se;am ;ulgados procedentes, extingueMse, tam%Hm a

execução, contudo, com a restituição da coisa ao executado.

Caso os em%argos, porHm, se;am rece%idos sem e8eito suspensivo, a coisa poderá

ser entregue, desde ;á, ao exe>uente, independentemente do ;ulgamento dos em%argos,

contudo, o ;ui( deverá adotar cautelas >ue assegure a devolução do o%;eto da o%rigação,

caso os em%argos se;am, ao 8inal, acolOidos.

1.1. Execução para entre$a de coisa incerta fundada e" título judicial e

extrajudicial

procedimento para a execução das o%rigaç@es de entregar coisa incerta não

di8ere, em linOas gerais, da execução das o%rigaç@es de entregar coisa certa. EncontraMse

regido pelos artigos 69D e seguintes do C:digo, >uando 8undada em ttulo extra;udicial,

e no art. /60MA, em se tratando de ttulo ;udicial.

10



%serveMse, contudo, caracterstica espec8ica da o%rigação de coisa incerta7 o

o%;eto da o%rigação H identi8icado apenas pelo gSnero e >uantidade. *esse caso, Oá um

momento em >ue a coisa H individuali(ada, cOamado de “concentração da o%rigação.”, e

>ue, %asicamente, trata das regras para a escolOa da coisa. *esse caso, seguimos o >ue

consta no “caput” do artigo 69D do C$C, a sa%er7

“Iuando a execuo recair sobre coisas determinadas pelo g*nero e

quantidade, o devedor ser1 citado para entreg1(las individuali3adas, se

'he couber a escolha+ mas se essa couber ao credor, este a indicar1 na

petio inicial!

5ale 8a(er re8erSncia I o%servação posta por Alexandre de !reitas C\mara, de >ue

mesmo nas o%rigaç@es de coisa incerta estamos, de 8ato, tratando de o%rigaç@es de coisa

certa, tornada 8ungvel em algum momento do procedimento. "i( ele7

“A obrigao de entregar coisa fungvel Dou coisas fungveisE deve ser

tratada como obrigao de entregar coisa certa 'sto porque a coisa

fungvel, por definio, pode ser substituda por outra de mesmo g*nero,

qualidade e quantidade /este modo, sendo algum obrigado a entregar

de3 sacas de feijo preto, pouco importa J j1 que a qualidade deve ser

sempre a mesma J se so entregues estas ou aquelas sacas <o h1 que

se falar, assim, em escolha, porque esta no fa3 nenhum sentido quando

as coisas entre as quais se deve escolher so id*nticas Assim, parece(

nos mais adequado considerar que o @.@, ao tratar da execuo para

entrega de coisa incerta, est1 se referindo Bs hipteses em que algum

obrigado a entregar coisa indeterminada Dmas determin1velE, devendo oobjeto a ser entregue ser escolhido entre coisas de qualidade diversa!#

Essa o%servação H corro%orada pelo art. 9// do C:digo Civil, >ue declara7

“<as coisas determinadas pelo g*nero e pela quantidade, a escolha

pertence ao devedor, se o contr1rio no resultar do ttulo da obrigao+

C<MA$A, Alexandre =reitas. Lições de Direito Processual Civil. $io de >aneiro# ?@/en >@ris, )((.

1



mas no poder1 dar a coisa pior, nem ser1 obrigado a prestar a

melhor!

3egueMse I escolOa, o cOamado “incidente de impugnação de escolOa”, >ue tem

lugar exatamente >uando a parte a >uem cou%er a individuali(ação da coisa não seguir a

regra do art. 9// do C:digo Civil. 3egue, nesse caso o art. 6= do C$C7

“Iualquer das partes poder1, em F$ Dquarenta e oitoE horas, impugnar

a escolha feita pela outra, e o jui3 decidir1 de plano, ou, se necess1rio,

ouvindo perito de sua nomeao!

1



9. EMBARGOS À EXECUÇÃO

2.1. Pressupostos iniciais

C2%dido Ra%3el Di%amarco co%sidera a imu3%a"#o e os embar3os 5 e6ecu"#o

como 7a mais amla e vi3orosa das vias de+e%sivas ermitidas ao e6ecutado %o sistema

do rocesso civil7/. 8mbos os i%stitutos se di+ere%ciam ela %ature9a do t:tulo e6ecutado;

e%<ua%to a imu3%a"#o re+ere-se 5 oosi"#o cab:vel co%tra a e6ecu"#o or t:tulo =udicial

>CPC, arti3os 40-? e 40-@ os embar3os, a<ui de%omi%ados 75 e6ecu"#o7, re+erem-se

ao i%stituto <ue desa+ia e6ecu"#o or t:tulo e6tra=udicial >CPC, arti3os 0(/ e se3ui%tes@.

A#o caracteri9ados, imu3%a"#o e embar3os, como vias +ormais, te%do seu i%:cio

or i%iciativa de arteB dese%volvem-se media%te rocedime%to disti%to e i%dee%de%te

do e6ecutivo, se%do ob=eto de decis#o or uma se%te%"a >arti3o 1040-8@B +i%alme%te,

ossuem a mesma %ature9a, a de rocessos i%cide%tes mas aut%omos >%#o se%do, assim,

meros i%cide%tes e6ecutivos de um rocesso@. Pode-se, assim, co%siderar oosi"#o

como 3%ero, do <ual imu3%a"#o e embar3os s#o escie.

Do o%to de vista do carFter rFtico do rocedime%to >desde seu i%:cio, %o

rocesso a%terior de co%ecime%to@, os embar3os rerese%tam a oosi"#o do e6ecutado

5 e6ecu"#o <ue le movida. CFssio Acai%ella )ue%o, a esse reseito, a+irma <ue a

situa"#o arese%tada de al3um, o e6ecutado, <ue te%ta imedir <ue o rocesso

aut%omo surta seus e+eitos, edi%do uma tutela a%teciada <ue se oGe aos e+eitos da

e6ecu"#o0.

8 reseito da 7imu3%a"#o7 e%<ua%to meca%ismo de de+esa, declara ai%daAcai%ella )ue%o relembra%do <ue, ara o autor, tal e6lica"#o tambm se alica aos

embar3os 5 e6ecu"#o;

"O que se pode ter presente para melhor compreensão da “impugnação”

/ DI88RCO C2%dido Ra%3el. I%stitui"Ges de direito rocessual civil - vol. 4. (. ed. rev. e atual. A#oPaulo; aleiros, &'', . 04&0 )EO, C8AAIO. Curso sistemati9ado de direito rocessual civil ; tutela =urisdicio%al e6ecutiva, v. (,

/! Edi"#o.. Aaraiva, &'1&. Vital)oo* +ile. i%a )iblioteca. ?i%*;tt;KKo%li%e.mi%abiblioteca.com.brKboo*sK0'&1//Ka3eK4

&'



como defesa é que o processo (o mesmo processo) passa, com a sua

apresentação, a mais uma fase, distinta das anteriores, que se voltara´

fundamentalmente ao reconhecimento da susist!ncia, ou não, das

ra#es que ense$aram, quando da formação do t%tulo e&ecutivo $udicial,

a prestação da tutela $urisdicional para o e&equente' ma mera fase

cognitiva, portanto, na etapa em que, da perspectiva do e&equente, as

atividades $urisdicionais a serem prestadas seriam precipuamente

voltadas satisfação de seu direito, tal qual reconhecido no t%tulo,

atividades $urisdicionais e&ecutivas, portanto'"*

Eseci+icame%te ara os embar3os 5 e6ecu"#o, Di%amarco a+irma <ue estes seco%stituem em aut%tico rocesso em searado, e %#o um i%cide%te rocessual, visto <ue

%estes se discute uma causa, esera%do uma se%te%"a <ue +arF coisa =ul3ada %o rocesso

de e6ecu"#o, e <ue re<uer, ara ta%to, um rocedime%to esec:+ico, com amla e

e6aurie%te i%stru"#o <ue le devida. Tal osi"#o, co%tudo, emi%e%teme%te

doutri%Fria; %#o F i%te%"#o e6ressa %o CPC de se tra%s+ormar os embar3os 5 e6ecu"#o

em um rocesso 5 arte.

Lua%to ao ob=etivo rFtico, ?i%col% olasco assim o resume, de +orma ob=etiva;

7atravs dos embar3os o e6ecutado se rote3e da e6ecu"#o ataca%do-a, se=a or

asectos viciados de seu rocedime%to, se=a or de+eitos do t:tulo arese%tado, se=a

ai%da suste%ta%do a i%subsist%cia do crdito a+irmado elo e6e<ue%te.M 1'

2.2. Forma de oposição: requerimento e matéria dos embargos

8 oosi"#o do e6ecutado se dF or dema%da da arte, i%icia%do um le3:timorocesso de co%ecime%to <ue rodu9irF resultados atravs de uma se%te%"a de mrito.

Di%amarco e6lica <ue tal %ature9a do rocesso de embar3os se dF ois 7sN o rocesso

de co%ecime%to dotado de rocedime%to redisosto a rodu9ir se%te%"as sobre o )EO, C8AAIO. Curso sistemati9ado de direito rocessual civil ; tutela =urisdicio%al e6ecutiva, v. (,/! Edi"#o.. Aaraiva, &'1&. Vital)oo* +ile. i%a )iblioteca. ?i%*;tt;KKo%li%e.mi%abiblioteca.com.brKboo*sK0'&1//Ka3eK4 DI88RCO, &'', . 041' O?8ACO, ?i%col%. Embar3os 5 e6ecu"#o. I%; mbito Jur:dico, Rio ra%de, QVII, %. 1&', =a% &'14.Diso%:vel em; tt;KKSSS.ambito-=uridico.com.brKsiteK

%Uli%*revistaUarti3osUleituraWarti3oUid14&'X. 8cesso em out &'14.

&1



mrito711 e, de +ato, trata-se de uma oosi"#o %a <ual se ede e6lica"Ges sobre o

or<u da e6ecu"#o estar ocorre%do da +orma imosta elo ma3istrado.

O rocedime%to se i%icia atravs de uma eti"#o camada de +orma Y3e%ricaM de

re<uerime%to, co%+orme se dedu9 do CPC, art. 40-J, arF3ra+o (Z; 7O e&eq+ente

poder, em seu requerimento, indicar desde logo os ens a serem penhorados7. Vale

ressaltar, a esse reseito, <ue as ale3a"Ges arese%tadas elo embar3a%te em sua eti"#o

devem ser claras o su+icie%te ara <ue %#o se=a caracteri9ada a"#o rotelatNria or arte

do e6ecutado se +orem caracteri9ados embar3os rotelatNrios, a eti"#o serF re=eitada,

ode%do o embar3a%te ser u%ido com multa, de at vi%te or ce%to do valor da

e6ecu"#o >comree%didas custas e o%orFrios advocat:cios@.

Lua%to 5 matria, o e6ecutado oderF arese%tar sua oosi"#o utili9a%do-se do

<ue determi%a o CPC %o arti3o 04, abai6o tra%scrito com as altera"Ges da ?ei %Z

11.(&, de &''/;

"-os emargos, poder o e&ecutado alegar.

/ 0 nulidade da e&ecução, por não ser e&ecutivo o t%tulo apresentado1

// 0 penhora incorreta ou avaliação err2nea1

/// 0 e&cesso de e&ecução ou cumulação indevida de e&ecuç#es1

/3 0 retenção por enfeitorias necessrias ou 4teis, nos casos de t%tulo

para entrega de coisa certa (art' 567)1

3 0 qualquer matéria que lhe seria l%cito deduir como defesa em

processo de conhecimento'”

Tal re<uerime%to +eito co%tra o credor da e6ecu"#o, em um co%ceito <ue

ermite a Di%amarco <uali+icar, de +orma ade<uada, os embar3os 5 e6ecu"#o como 7uma

11 DI88RCO, &'', . 04

&&



a"#o do e6ecutado co%tra o e6e<ue%te71&.

2.3. Legitimidade

o toca%te 5 le3itimidade da a"#o, alm do devedor, tambm arte le3:tima seu

c%=u3e >%o caso de e%ora de imNveis@, o reso%sFvel tributFrio e seu sNcio - %#o se

admiti%do i%terve%"#o de terceiros >some%te assist%cia@.

2.4. Prazo

Com reseito ao ra9o ara i%terosi"#o dos embar3os, de 1 dias, co%tados da =u%tada aos autos do ma%dado de cita"#oB se%do diversos os rus, o ra9o co%tado

searadame%te. Caso os e6ecutados se=am c%=u3es, o ra9o serF co%tado a artir do

[ltimo ma%dado =u%tado or eles.

2.5. arta precat!ria

E6ecu"Ges or carta recatNria oder#o ser o+erecidas ta%to %o =u:9o dereca%te

<ua%to %o derecado a comet%cia ara tais =ul3ame%tos, %esse caso, serF do =u:9o

dereca%te, co%+orme A[mula %Z 4/ do ATJB a e6ce"#o serF %o caso de versarem

u%icame%te acerca de v:cios ou de+eitos da e%ora, avalia"#o ou alie%a"#o dos be%s

>caso em <ue ser#o e+etuadas %o =u:9o derecado@.

o caso da cita"#o ocorrer atravs de carta recatNria, a cita"#o do e6ecutado

deverF ser imediatame%te comu%icada elo =ui9 derecado ao =ui9 dereca%doB a artir da

=u%tada dos autos da comu%ica"#o em <uest#o ocorrerF a co%ta3em dos ra9os.

Observe-se <ue a artir da lei 11(&K&''/ %#o se e6i3e mais a 3ara%tia do =u:9o

ara o o+erecime%to dos embar3os >some%te ara a atribui"#o de e+eito suse%sivo@ F

<ue se lembrar, e%treta%to, <ue eve%tual erro %a distribui"#o dos embar3os autori9a as

artes a ale3ar e6ce"#o de i%comet%cia, %o ra9o de <ui%9e dias a artir da atribui"#o

de comet%cia ao ma3istrado.

1& DI88RCO, &'', . 04

&(



2.". #$eito suspensi%o

Aobre o e+eito suse%sivo, uma observa"#o releva%te; Di%amarco o%dera <ue o

t:tulo e6ecutivo , or si sN, meca%ismo su+icie%te ara autori9ar co%stri"#o sob o

atrim%io do e6ecutado, de +orma coercitiva. Desta +orma, eve%tual oosi"#o da arte

%#o rovocarF, de imediato, e+eito suse%sivo sobre a e6ecu"#o, embora a se%te%"a <ue

acola os embar3os ossibilite <ue esta se=a i%terromida, devido 5 erda >em abstrato@

da e+icFcia do t:tulo <ue estF se%do e6ecutado1(.

Eseci+icame%te ara os embar3os 5 e6ecu"#o a ossibilidade de e+eitosuse%sivo estF deli%eada %o arti3o 0(-8 do CPC, \ 1Z;

"O $ui poder, a requerimento do emargante, atriuir efeito suspensivo

aos emargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o

prosseguimento da e&ecução manifestamente possa causar ao e&ecutado

grave dano de dif%cil ou incerta reparação, e desde que a e&ecução $

este$a garantida por penhora, dep8sito ou caução suficientes'"

Observe <ue o te6to da lei %os mostra os re<uisitos %ecessFrios ara o e+eito

suse%sivo;

• re<uerime%to do reclama%te >%#o ode ser co%cedido de o+:cio@B

• relev2%cia dos +u%dame%tos ao%tados %os embar3osB

• eri3o evide%te de da%o 3rave decorre%te do rosse3uime%to da

e6ecu"#o.

Ae os embar3os imu3%arem ae%as arte do crdito a ser e6ecutado, o e+eito

suse%sivo deverF ser limitado 5 arte do ob=eto da e6ecu"#o <ue +oi imu3%ada. De

semela%te modo, se ae%as um dos e6ecutados o+erecer embar3os 5 e6ecu"#o, o

rocesso rosse3uirF <ua%to aos demais devedores, salvo se o motivo <ue determi%ou

esta suse%s#o +or comum aos demais.

1( DI88RCO, &'', . 0'-01

&4



Observe-se, ai%da, <ue o e+eito suse%sivo %#o ati%3e e%ora ou avalia"#o de

be%s, ois tais rocedime%tos %#o tra9em re=u:9o ao e6ecutado.

2.&. Procedimento

Com reseito aos embar3os 5 e6ecu"#o, olasco14 %os mostra o se3ui%te +lu6o;

a@ ma ve9 <ue a eti"#o de embar3os se=a arese%tada, o rocesso serF

distribu:do or dee%d%cia ao rocesso de e6ecu"#o.

b@ 8 eti"#o serF re=eitada <ua%do +orem tidos como i%temestivos, <ua%doi%eta a eti"#o i%icial >sa%Fvel or arte do embar3a%te, <ue serF i%timado

ara tal@ ou <ua%do tais embar3os +orem ma%i+estame%te rotelatNrios.

c@ Caso os embar3os se=am acolidos o e6e<ue%te serF citado ara reso%der,

%o ra9o de 1 dias, %#o cabe%do reco%ve%"#o ou a"#o declaratNria i%cide%tal

%esse caso.

d@ Da re=ei"#o dos embar3os cabe aela"#o.

O acolime%to dos embar3os do e6ecutado %#o des+a9 alie%a"#o do bem

eve%tualme%te arrematadoB eseci+icame%te ara o t:tulo e6ecutivo e6tra=udicial,

observa-se <ue %o caso da rece"#o de embar3os 5 e6ecu"#o esta ocorrerF or co%ta e

risco do e6e<ue%te =F <ue, em caso de eve%tual re+orma da se%te%"a de imroced%cia

dos embar3os, este deverF rearar eve%tuais da%os so+ridos elo e6ecutado.

2.'. #mbargos ( arrematação) ( a*ienação e ( ad+udiciação

o ra9o de ci%co dias aNs a ad=udica"#o, alie%a"#o ou arremata"#o de um bem,

oderF o e6ecutado arese%tar embar3os ara, ale3a%do <ual<uer causa de %ulidade da

e6ecu"#o ou causa e6ti%tiva da obri3a"#o, co%testar o ato reali9ado. esse caso, serF

+acultado ao ad<uire%te desistir da arremata"#o do bem, se%do-le restitu:da a

imort2%cia <ue +oi deositada.

14 ibidem

&



Observe-se, ai%da, <ue %esse caso o =ui9 tambm ode co%siderar <ue os

embar3os 5 arremata"#o, 5 alie%a"#o ou 5 ad=udica"#o tiveram carFter merame%te

rotelatNrio, co%de%a%do o e6ecutado 5 multa de at o limite de vi%te or ce%to do valor

da e6ecu"#o, revertida em +avor do arremata%te.

&/



CO:CLUS<O

grupo procurou, neste tra%alOo, apresentar um panorama da execução de

ttulos executivos extra;udiciais e o processo >ue se desenvolve ao redor dessa 8ase.

Como citado anteriormente, não se trata de um prolongamento, ou 8ase, do processo de

conOecimento, visto >ue não Oá, de 8ato, nenOum processo anterior I execução do ttulo

o >ue existe, e8etivamente, H um novo procedimento, no >ual o >ue pode Pe deveQ ser

>uestionado pelo executado são as caractersticas peculiares do processo de execução,

não o mHrito do ttulo >ue, por si s:, H autoMexecutável.

utro aspecto >ue merece ser ressaltado H >uanto I peculiaridade dos em%argos Iexecução, o mHtodo designado pelo C$C para a oposição I execução de ttulo

extra;udicial. Este dispositivo, como se vS, não ataca aspectos relativos I o%rigação

contrada, mas Is caractersticas do processo de execução ;á >ue, em tal procedimento,

o mais importante não H discutir o mHrito, mas o 8ormato e as circunst\ncias nas >uais o

exe>uente poderá ter e8etivado o acesso I satis8ação de seu interesse, e o executado, a

garantia de >ue esse processo se dará em condiç@es >ue lOe se;am 8avoráveis.

&0



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Processo Civil - Execução de título extrajudicial