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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA TORRES CURSO DE ENFERMAGEM

PROCESSO DE ENFERMAGEM DPOC.doc

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PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRONICA

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA TORRES

CURSO DE ENFERMAGEM

Page 2: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

CÁTIA DA SILVA RODRIGUES

PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA

CRÔNICA

MODULO DE PRATICA SUPERVISIONADA EM SEMIOTÉCNICA

TORRES, JUNHO DE 2008.

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA TORRES

CURSO DE ENFERMAGEM

Page 3: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

CÁTIA DA SILVA RODRIGUES

PROCESSO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA

CRÔNICA

Trabalho de modulo de pratica em

semiotécnica do curso de enfermagem Universidade

Luterana do Brasil com a finalidade de realizar um

Processo de Enfermagem elaborado para a

implementação da assistência qualificada ao

paciente portador de doença pulmonar.

Supervisora: Profª. Enfª. Espª. Andressa Lazzari

TORRES, JUNHO DE 2008.

1. PROCESSO DE ENFERMAGEM

1.1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Paciente L.O.S., 80 anos, sexo masculino, nascido em 25/09/1927, leucodermo,

católico, aposentado, casado, 8 filhos, natural de São Braz, residente a Rua figueira

Torres/RS, mora com a esposa , alfabetizado, procedente da emergência vem com

familiar que refere que ele não estava comunicativo nem se movimentando em casa

Page 4: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

desde hoje pela manhã. O paciente queixa-se de fraqueza, dispnéia, tosse e não

consegue se alimentar bem iniciou tratamento com vitamina segundo prescrição médica

em consulta há uns quinze dias. Relatou ter caído no banheiro em casa por fraqueza

nas pernas, não tinha conhecimento da doença atual, sentindo-se ansioso quanto a não

estar preparado para a internação e porque sua esposa encontra-se na emergência

hipertensa. Realiza tratamento para câncer de próstata há sete anos, dorme bem, não

realiza exercícios físicos relatando sentir-se muito cansado devido ter trabalhado muitos

anos na roça e carpintaria. Tabagista pesado desde os nove anos de idade, fumava

três carteiras de cigarro ao dia, mas conseguiu reduzir para uma, não tem interesse em

parar de fumar, mesmo sabendo dos riscos, nega alcoolismo, nega alergias. Fica

sempre em casa, lê bastante, olha televisão, sem outras ocupações. Realizou RX de

tórax constatada presença de sinais de DPOC- doença pulmonar obstrutiva crônica,

alem de infiltrado em base direita. Avaliado pelo plantonista Dr. H.A.B. interna na

unidade clínica - posto 2 hoje 04/06/2008 no leito 30 A para tratamento e

descompensação da DPOC causada por pneumonia comunitária.

1.2 EXAME FÍSICO

Paciente encontra-se deitado, acordado, deambulando sem auxílio, ansioso,

lúcido e orientado quanto pessoa, lugar e tempo, bom estado geral, mucoso úmidas e

coradas, memória intacta, aceitando estímulos verbais, respondendo estímulos verbais,

compreendendo tudo que lhe é dito. Taquipnéico leve, afebril com temperatura em

36,7°C, normotenso com pressão arterial em 110/70 mmHg, apresentando cianose

central e tosse produtiva com expectoração purulenta. Pele castanha, fina, integra,

ressecada, normocorada, turgor presente com sinais de envelhecimento, presença de

Page 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

fâneros normais, quente e seca ao tato. Cabeça simétrica, cabelos curtos, secos,

grisalhos, couro cabeludo co presença de escamações, sombrancelhas simétricas,

cílios presentes, conjuntiva ocular hidratada, pupilas isofotoreagentes, nariz limpo sem

desvio de septo co grande quantidade de vibrícias, seios paranasais sem edema e

indolor a palpação, orelhas simétricas, pavilhão e conduto auditivo externo sem

alterações com presença de cerúmen, acuidades visual e auditiva preservadas, lábios,

bochechas e faringe sem alterações a inspeção, uso de prótese dentaria total na arcada

superior e inferior com má higiene oral, língua saburrosa com presença de halitose do

fumo. Pescoço com boa mobilidade sem gânglios palpável indolor a palpação, ausculta

carótida sem presença de sopro, glândula tireóide e traquéia sem anormalidades. Tórax

simétrico com presença de sujidade, expansão bilateral, ventilando espontâneo,

eupnéico leve com 22 movimentos respiratórios por minuto, som claro pulmonar a

percusão, ausculta pulmonar com presença de roncos predominantes do lado esquerdo

e sibilos crepitante predominantes do lado direito, ausculta cardíaca demonstra bulhas

normofonéticas em 2 tempo, ritmo cardíaco regular, sem presença de sopros, pulsos

rítmicos cheios e forte com 80 batimentos por minuto. Abdômen flácido, indolor a

palpação, som maciço a percusão em região hepática, com presença de cicatriz de

cirurgia anterior em região epigástrica até umbilical. Extremidades desinfiltradas, frias,

ausência de cianose, com presença de manchas hipercromicas nos membros

superires, acesso periférico com abocath em membro superior esquerdo, atrofia por

cicatriz devido à perda de tecidos por queimaduras em mão esquerda, extremidades do

polegar, indicador e dedo médio com coloração amarelo escuro devido ao uso de

nicotina, membros inferiores desidratados, com perda de escamação cutânea, com

presença de cicatriz de ulcera varicosa em perna direita.

Page 6: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

1.2 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

04/06/2008 – 16:00 horas

S = O paciente queixa-se de fraqueza, dispnéia, tosse e não consegue se

alimentar bem iniciou tratamento com vitamina segundo prescrição médica em consulta

há uns quinze dias. Relatou ter caído no banheiro em casa por fraqueza nas pernas,

não tinha conhecimento da doença atual, sentindo-se ansioso quanto a não estar

preparado para a internação e porque sua esposa encontra-se na emergência

Page 7: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

hipertensa. Realiza tratamento para câncer de próstata há sete anos, dorme bem, não

realiza exercícios físicos.

O = Paciente ansioso, lúcido, orientado, bom estado geral, mucosas úmidas e

coradas, memória intacta, aceitando estímulos verbais, respondendo estímulos verbais.

Taquipnéico leve, afebril, normotenso, apresentando cianose central e tosse produtiva

com expectoração purulenta. Pele integra, ressecada, normocorada, turgor presente

com sinais de envelhecimento, quente e seca ao tato. Cabelos secos, couro cabeludo

co presença de escamações, conjuntiva ocular hidratada, pupilas isofotoreagentes,

pavilhão e conduto auditivo externo sem alterações com presença de cerúmen, uso de

prótese dentaria total na arcada superior e inferior com má higiene oral, língua

saburrosa com presença de halitose do fumo. Tórax simétrico com presença de

sujidade, expansão bilateral, ventilando espontâneo, eupnéico leve, som claro pulmonar

a percusão, ausculta pulmonar com presença de roncos predominantes do lado

esquerdo e sibilos crepitante predominantes do lado direito, ausculta cardíaca

demonstra bulhas normofonéticas em 2 tempo, ritmo cardíaco regular, sem presença de

sopros, pulsos rítmicos cheios e forte. Abdômen flácido, som maciço a percusão em

região hepática. Extremidades desinfiltradas, frias, ausência de cianose, com presença

de manchas hipercromicas nos membros superires, acesso periférico com abocath em

membro superior esquerdo, membros inferiores desidratados, com perda de

escamação cutânea.

A= IDEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

P = IDEM PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

1.3 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

# Ansiedade relacionada à internação hospitalar;

# Déficit de conhecimento das estratégias de auto cuidado a

serem realizadas em casa;

# Intolerância a atividade relacionada à fraqueza evidenciada por

relatos verbais de fadiga, perda de força e fraqueza nas pernas;

Page 8: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

# Fadiga relacionada à química do corpo alterada por tratamento

medicamentoso secundário a câncer de próstata;

# Troca de gases prejudicada relacionado à obstrução das vias

aéreas por secreção evidenciado por dispnéia;

# Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionadas ao aumento

da produção de secreções viscosa evidenciado por taquipnéia;

# Nutrição alterada: ingestão menor que as necessidades

corporais relacionadas à incapacidade de ingerir os alimentos evidenciados por falta de

interesse por tosse;

# Padrão respiratório ineficaz relacionado à redução de energia

evidenciado por tosse;

# Déficit do auto cuidado: higiene relacionado a redução das

forças evidenciado por sujidade;

# Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada a

broncoconstrição, produção de muco aumentada, tosse ineficaz, infecção bronco

pulmonar e outras complicações;

# Mucosa oral alterada relacionada à higiene oral inadequada

evidenciada pela língua saburrosa.(1)

1.4 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

PROCEDIMENTO EXECUTOR APRAZAMENTO

1. Lavar as mãos antes e depois dos

procedimentos, para evitar o risco de

infecção cruzada;

EQUIPE SEMPRE

2. Preparar o ambiente, acolher, EQUIPE SEMPRE

Page 9: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

atender, observar, escutar, responder e

observar as necessidades do paciente.

3. Verificar Sinais Vitais de 6/6 horas. TÉCNICO 00 06 12 18

4. Pesar o cliente diariamente pela

manhã, a fim de identificar perda de peso

devido a DPOC.

TÉCNICO 08

5. Explicar ao paciente todos os

procedimentos a serem realizados, sanando

suas dúvidas.

TÉC/ENF SEMPRE

6. Avaliar turgor cutâneo e presença de

edema. Comunicar anormalidades!

TÉC/ENF Periodicamente

7. Ajudar a paciente a lidar com os

desconfortos decorrentes da doença.

TEC/ENF Sempre que

necessário

8. Orientar ao paciente quanto à

necessidade do banho no hospital;

TECNICO Sempre que

necessário

9. Encorajar a higiene oral sempre após

as refeições.

TÉC M – T – N

10. Promover a independência nas

atividades de auto cuidado, conforme

tolerado; auxiliar, quando necessário.

TÉCNICO Sempre

11. Avaliar o paciente para fraqueza

muscular, diarréia, cólicas, náuseas e

irritabilidade, e problemas potenciais.

TEC/ENF Sempre

12. Avaliar e comunicar o nível de

tolerância à atividade e grau de fadiga,

TÉCNICO Atenção

Page 10: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

letargia e indisposição, pois fornece a linha

basal para as futuras avaliações e os

critérios para avaliação da eficácia das

prescrições.

13. Anotar aceitação das dietas. TÉC/ENF Atenção

14. Monitorizar estado nutricional. ENFERMEIRO 08

15. Auxiliar o paciente para solucionar os

problemas de uma maneira construtiva,

identificando metas apropriadas em curto e

longo prazo.

TEC/ENF Sempre que

necessário

16. Organizar os procedimentos

providenciando o menor número de

perturbações durante o período do sono,

exceto prioridades.

TÉCNICO Atenção

17. Orientar o paciente sobre a doença e

o tratamento proposto.

ENFERMEIRO Agora

18. Orientar ao paciente sobre a

importância do regime terapêutico,

explicando a razão e o efeito pretendido do

tratamento, enfatizando os aspectos

positivos.

ENFERMEIRO Diariamente

19. Esclarecer possíveis dúvidas acerca

da sua patologia e tratamento, enfatizando

que os efeitos colaterais inevitáveis ainda

são melhores do que as conseqüências da

ausência da terapia, e que a cessação do

ENFERMEIRO Atenção

Page 11: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

fumo é de extrema importância.

20. Avaliar a compreensão do paciente do

processo da doença.

ENFERMEIRO Atenção

21. Encorajar a discussão aberta das

preocupações sobre as alterações

produzidas pela doença e pelo tratamento.

ENFERMEIRO Atenção

22. Auxiliar o paciente a esclarecer as

concepções errôneas da doença e

tratamento.

ENFERMEIRO Atenção

23. Ensinar e encorajar o uso das

técnicas de respiração diafragmática e

tosse.

ENFERMEIRO Agora

24. Ensinar os sinais iniciais de infecção

que devem ser reportados para o médico

imediatamente;

TECNICO Sempre que

necessário

25. Encorajar o paciente a começar a se

banhar, vestir, caminhar e ingerir líquidos.

Discutir as medidas de conservação de

energia.

TECNICO Diariamente

26. Ajudar o paciente a controlar o auto

cuidado, enfatizar a importância de

estabelecer metas realistas, evitar os

extremos de temperatura (calor e frio) e

modificar o estudo de vida (cessar

tabagismo);

TEC/ENF Diariamente

27. Educar o paciente em relação à TEC/ENF Sempre que

Page 12: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

cessação e facilitar os esforços para

abandonar o habito de fumar.

necessário

28. Administrar os broncodilatadores,

conforme prescrito, avaliar a eficácia do

tratamento, ficar alerta para os efeitos

colaterais;

TECNICO Conforme

prescrição medica

29. Orientar os familiares quanto à

doença tratamento medidas preventivas e a

importância da cessação do cigarro.

ENFERMEIRO Agora

1.5 – PROGNÓSTICO – NOTA DE ALTA

O paciente receberá alta assim que melhorar da DPOC, sentindo-se melhor

em relação à dispnéia e não correndo risco de infecção. Sendo que passará por

Page 13: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

avaliação do médico plantonista que mediante sua aprovação receberá a alta

hospitalar.

3. ESTUDO DA TERAPÊUTICA

3.1 - EXAMES LABORATORIAIS

Page 14: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

HEMOGRAMA COMPLETO

- Hemaceas 4,37milhões

- Hematrócito 41,10%

- Hemoglobina 13,40 g/dL

- VCM 94,00 fl

- HCM 30,70 pg

- CHCM 32,6 g/dL

VR= 4,32 a 5,66 milhões

VR = 39 a 50%

VR = 13,3 a 16,7 g/dL

VR = 82 a 98 fl

VR = 27,3 A 32,6 pg

VR = 31,6 A 34,9 g/dL

LEUCOGRAMA

- Leucócitos global 9.000 mm3

- Bastonetes 90 mm3

-Segmentados 5670

-Linfócitos 2700

- Monócitos 270

-Eosinófilos 270

-Basófilos 0

-Linfócitos atípicos 0

VR = 3.700 a 9.500 mm3

VR=180 a 500

VR=3300 a 6500

VR=1150 a3250

VR= 210 a 920

VR= 200 a 670

VR= 000 a 003

CREATININA

1,1 mg/dl

Método cinético material

VR= 0,4 A 1,3 mg/dl

PLAQUETAS

Page 15: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

211.000/mm3 VR = 150.000 a 400.000

EQU – EXAME QUALITATIVO DE URINA

EXAME FÍSICO- QUÍMICO

- Cor: amarelo claro

- Densidade: 1015

- Nitrito: negativo (-)

- Sangue: negativo (-)

- Glicose: normal

- Urobilinogênio: normal

- Aspecto:

ligeiramente turva

- pH: 6,0

- Leucócitos:

negativo (-)

- Proteínas: negativo

(-)

- Cetonas: negativo

(-)

- Bilirrubina:

negativo (-)

3.2 FÁRMACOS

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MEDICAMENTOS / DOSAGEM / DOSE VIA APRAZAMENTO

Dipirona sódica sol. 500 mg/mL 2 mL – 1 amp. – se

dor ou febre

IV 6/6 hs

Metoclopramida cloridrato 10 mg – 1 amp. – se

náuseas ou vômitos

IV 6/6 hs

Hidrocortizona 100 mg F. Amp. – 1 Fa c/100 mg IV 6/6 hs

Levofloxacina 5 mg/mL 100 mL F. Amp. – 1 Fa c/

500 mg

V 12/12 hs

Heparina sódica 5.000Ui 0,25 ml amp.-- amp c/

5.000

SC 12/12 hs

Nebulização

fenoterol bromial solução p/ neb. 5 mg/mL 20mL

frasco -- 8 gotas

brometo de ipratropio sol. Inal. Frasco com 10 mL

-- 30 gotas

Soro fisiológico 0,9 % 125 mL

4/4 hs

1. DIPIRONA SÓDICA: Derivado da pirazolona com propriedade analgésicas,

antipiréticas e antiinflamatórias..

É utilizada em quadros de dor e febre, secundários à infecção causada por

pneumonia ou DPOC.

Page 17: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

2 . METOCLOPRAMIDA CLORIDRATO: Medicamento procinetico e

antiemético.

É utilizado em quadros de náusea e vômito de origem central e periférica e

estimula do a motilidade do trato gastrintestinal superior sem, contudo, estimularas

secreções gástricas, biliar e pancreática e relaxa o esfíncter pilórico.

3. HIDROCORTIZONA: É um costicosteroide.

É utilizado na supressão das inflamações e da resposta imune normal em

pneumonia e DPOC.

4. LEVOFLOXACINA: Antibacteriano sintético de amplo espectro utilizado no

tratamento de pneumonia e DPOC.

5. HEPARINA SÓDICA: Anticoagulante que acelera a formação da

antitrombina III que, como co-fator, neutraliza vários fatores ativados da coagulação,

impedindo a conversão do fibrinogênio em fibrina.

Utilizado na profilaxia da embolia pulmonar.

6. FENOREROL: antiasmático e broncodilatador.

Utilizado para asma e bronquite.

7. BROMETO DE IPRATROPIO: Broncodilatador.

Proporciona inibição acentuada da secreção das glândulas nasais usados para

o tratamento de DPOC. (2)

Page 18: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

4. ESTUDO DA PATOLOGIA

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÕNICA

CONCEITO:

È um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar e que não é

plenamente reversível. (3)

O termo DPOC engloba o enfisema pulmonar e a bronquite crônica.(4)

FISIOPATOLOGIA:

Na DPOC a limitação do fluxo aéreo é progressiva e está associada a uma

resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Esta

resposta inflamatória ocorre por toda a via aérea, parênquima e vasculatura pulmonar.

Por causa da inflamação crônica e das tentativas do corpo de repara-las, ocorre o

estreitamento das pequenas vias aéreas periféricas que com o passar do tempo

provoca a formação de tecido cicatricial e o estreitamento da luz da via aérea.

Álem da inflamação, os processos relacionados com os desequilíbrios das

proteinases e antiproteinases no pulmão podem ser responsáveis pela limitação do

fluxo de ar.

No inicio da evolução da DPOC, a resposta infamatória causa alterações da

vasculatura pulmonar, que se caracteriza por espessamento da parede vascular. Essa

alteração pode ocorrer devido à exposição á fumaça do cigarro.

FATORES DE RISCO:

Exposição ao fumo ou tabaco, tabagismo progressivo, tabagismo ocupacional,

poluição do ar ambiente, anormalidades genéticas.

SINAIS E SINTOMAS:

Primários: tosse, produção de escarro, dispnéia aos esforços.

Secundário: perda de peso e massa muscular.

Page 19: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

COMPLICAÇÕES:

Insuficiência e falência respiratória, atelectasia, infecção pulmonar, pneumonia,

pneumotórax, hipertensão pulmonar.

TRATAMENTO:

A medida terapêutica mais importante na DPOC é a supressão do fumo.

O programa terapêutico, amplo e multi-profissional, inclui também a

importantíssima participação da família.

Melhora do estado nutricional, muito importante para a melhora da força dos

músculos respiratórios e do organismo em geral.(3)

Reabilitação do paciente com DPOC: é hoje a principal estratégia no

tratamento, visando recuperar o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social .

(4).

Redução do risco, como cessação do tabagismo para retardar sua progressão.

(3)

Terapia farmacológica:

Medicamentos: os mais usados são os broncodilatadores, corticóides,

antibióticos, mucolíticos e fluidificantes. Porém, deve ser sempre lembrado que o uso

destes medicamentos é acompanhado de outras medidas igualmente importantes. .(4)

Broncodilatadores- produzem o broncoespasmo e reduzem a obstrução das

vias aéreas ao permitirem a maior distribuição de oxigênio por todo o pulmão,

melhorando a ventilação alveolar.

Costicosteroides - podem melhorar a função pulmonar e diminuir os sintomas.

Outros- devem receber vacina anual para a gripe e vacina pneumocócica a

cada 5 a 7 anos como medida preventiva.

Terapia com oxigênio :

Evitar a dispnéia, melhorar a qualidade de vida e sobre vida do paciente.

Fisioterapia respiratória, para corrigir e melhorar a função respiratória.

Page 20: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

BRONQUITE CRÔNICA

A bronquite crônica corresponde à inflamação brônquica existente na DPOC,

embora muitas vezes o termo bronquite crônica seja usado para rotular a doença do

paciente com DPOC, principalmente nas formas em que há predomínio de tosse e

produção de catarro.

Na realidade a bronquite crônica como vimos é um dos componentes da DPOC.

A inflamação brônquica provoca a redução do calibre dos brônquios (estruturas

responsáveis por levar o ar até os alvéolos) gerando dificuldade na condução do ar,

trazendo como primeira conseqüência dificuldade respiratória, representada por

cansaço mais fácil na atividade física. Associadamente ocorre aumento das estruturas

produtoras de muco levando à tosse diária com catarro. .(4)

ENFISEMA PULMONAR

O enfisema pulmonar corresponde à destruição alveolar existente na DPOC. Os

alvéolos são as estruturas pulmonares responsáveis pela oxigenação do sangue e

eliminação do gás carbônico.

O termo enfisema pulmonar é também, muitas vezes, utilizado para rotular a

doença do paciente com DPOC, principalmente nas formas em que há predomínio de

falta de ar.

Freqüentemente, rotula-se a DPOC em fase mais avançada como enfisema e

mais leve como bronquite crônica.

A destruição dos alvéolos prejudica as trocas gasosas (absorção do oxigênio e

eliminação do gás carbônico), trazendo como conseqüências esforço respiratório

aumentado ao exercício e hipoxemia, ou seja, baixa de oxigênio no sangue, e

eventualmente hipercapnia, ou seja, elevação do gás carbônico sanguíneo. .(4)

PREVENÇÃO

Todos os fatores que causam ou agravam as DPOC devem ser evitados ou

combatidos.

Page 21: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

Supressão do fumo: por ser o fator causal mais importante, sua eliminação

obviamente evitará o aparecimento ou piora da DPOC.

Exposição ambiental: evitar poeira, fumaça e gases irritantes.

Tratar precoce e adequadamente infecções bacterianas e virais do

aparelho respiratório.

Evitar o ar-condicionado, pois este resseca o ambiente.

O uso de vacinas contra a gripe e pneumonia é de grande benefício aos

pacientes para prevenir complicações. .(4)

Page 22: PROCESSO DE ENFERMAGEM  DPOC.doc

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. Doenges ME, Moorhouse MF. Diagnóstico e Intervenção em Enfermagem.

5ª ed. Porto Alegre: ARTMED; 1999.

2. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem:

2007/2008 (AME).  5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006.

3. Smeltzer, SC et al., Bare BG at al. Brunner & Suddarth Tratado de

Enfermagem Médico Cirúrgica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2005.

4. Disponível em: http://www.dpoc.org.br . Acessado em: 09/06/2008.