Processo Epid Mico

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  • O processo epidmico

  • INTRODUO

    Uma determinada doena, em relaa o a uma populaao, que afete ou possa vir a afetar, pode ser caracterizada como: Presente em nvel endemico; Presente em nvel epidemico; Presente com casos esporadicos; Inexistente.

  • Em um dado momento, o favorecimento de uma ou de outra dessas situao es dependera da confluencia e conjunao sistemica de inu meros fatores relacionados a estrutura epidemiolo gica.Elevado nu mero de casos de certas doenas em um determinado lugar nao indica necessariamente a existencia de uma epidemia. Por outro lado, um u nico caso auto ctone podera ser tido como epidemico.

    INTRODUO

  • ENDEMIA

    Da -se a denominaa o de endemia a ocorrencia coletiva de uma determinada doena que, no decorrer de umlargo perodo histo rico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribudos emespaos delimitadose caracterizados, mantem suaincidencia constante, permitidas as flutuao es de valores, tais como as variao es sazonais.

  • Existem va rios crite rios para definir se, na atualidade, uma doena esta presenteem nvel endmico ou em nvel epidmico.

    Entende-sepor nvel endemicoasituaa o na qual suafrequ enciae distribuiao, em agrupamentos humanos distribudos em espaos delimitados, mantenham padro es regulares de variao es num determinado perodo, ou seja, as oscilao es na ocorrencia das doenas correspondem somente a s flutuao es cclicas e sazonais.

  • FreqnciaMdia:

    Denomina-seincidncia mensal mdiapara um determinado mes a media aritme tica das incidencias brutas ou trabalhadas, ocorridas nos meses de igual denominaao, meses equivalentes, numa se rie de anos imediatamente anteriores.

  • Desvio-padro:Para cada perodo mensal do ano, havera alem de uma media de valores, um desvio-padrao caracterstico do conjunto.Define-se desvio-padra o para o perodo t do ano como sendo o desvio-padrao St, calculado a partir das frequ encias brutas ou trabalhadas, observadas no mesmo perodo do ano, numa se rie de anos imediatamente anteriores, e que, espera-se, sejam repetidos nos mesmos meses, nos anos vindouros.

  • Incidncia Normal:

    Incidencia normal, com referencia ao que foi observado na semana, no mes ou no ano que acabam de se encerrar, e a incidencia que se iguala a que vinha sendo registrada em igual perodo de tempo, nos anos anteriores, respeitadas as flutuao es de medidas.

  • -Limite Superior da Incidencia Normal: conjunto formado pelas medidas de incidencia mensais maximas, calculadas para todo um ciclo de variaa o e unidas, mes a mes, por uma linha poligonal.-Limite Inferior da Incidencia Normal: conjunto formado pelas medidas de incidencia mensais mnimas, calculadas para todo um ciclo de variaa o e unidas, mes a me s, por uma linha poligonal.

  • -Faixa de Incidencia Normal Esperada: faixa onde, mantida a estrutura epidemiolo gica sem alteraa o, se espera encontrar 95% dos coeficientes de incidencia observaveis ao longo de um ciclo, incluindo os limites superior e inferior da incidencia normal.

  • Faixa Endmica:

    E o espao nos limites do qual as medidas de incidencia podem flutuar sem que delas se possa inferir ter havido qualquer alteraao sistemica na estrutura epidemiolo gica condicionante do processo sau de-doena considerado.

  • Nvel de Incidncia:

    Expressao de ordem geral que se refere a incidencia realmente observada da doena.Nvel Endmico de Incidncia:

    E uma qualificaao de ordem generica atribuda a s medidas de incidencia cujos valores se situem abaixo do limite superior da faixa endemica, qualquer que seja o patamar desta.

  • Definiode Endemia

    Qualquer doenaespacialmente localizada,temporalmente ilimitada,habitualmente presenteentre os membros de uma populaa o e cujo nvel de incidencia se situe sistematicamente noslimites de uma faixa endemicaque foi previamente convencionada para umadeterminada populaa o e epocadeterminadas.

  • 2.3 Diagrama de Controle

    E um dispositivo gra fico destinado ao acompanhamento, no tempo, semana a semana, me s a mes, da evoluao dos coeficientes de incidencia, com o objetivo de se estabelecer e implementar medidas profila ticas que possam manter a doena sob controle.

  • 2.4 Endemicidade:

    A intensidade do cara ter endemico de determinada doena, em determinados lugar e intervalo cronolo gico, e a endemicidade dessa doena no lugar e no tempo considerados.Ex: valores hipoendemicos, mesoendemicos ou hiperendemicos. Ou ainda menor, igual ou maior endemicidade.

  • EPIDEMIA

    Conceitos:Senso comum: e a ocorrencia de doena em grande nu mero de pessoas ao mesmo tempo.Operativo: e uma alteraao, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de sau de-doena de uma populaao, caracterizada por uma elevaao progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidencia de determinada doena, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidemico preestabelecido.

  • Essa definiao pressupo e que o estado sau de-doena da populaao deve estar permanentemente sob vigilancia e controle. Implica na observaao contnua, por pessoal habilitado, coleta e registro de dados bioestatsticos, propositura de um limiar epidemico convencionado e acompanhamento permanente da incidencia atrave s de diagramas de controle.

  • Limiar epidemico = Limite superior endemico

    As doenas de uma maneira geral podem ter seu nvel de incidencia classificado como endemico ou epidemico.

    Demarca o incio de uma ocorrencia que podera ser epidemica.

  • A incidencia de uma doena pode chegar ao nvel epidemico atraves de um dos seguintes mecanismos:a)Importao e incorporao de casos alctonesa populao es formadas por grande nu mero de pessoas suscetveis, com as quais a transmissao seja uma possibilidade real;b)Ingresso de casos alctonesem a reas cujas condio es ambientais sao favoraveis a propagaa o da doena.

  • c)Contato acidentalcom agentes infecciosos, toxinas ou produtos qumicos, estando sujeitos grupos de indivduos ou populao es nas quais a incidencia da doena permanecia nula ate entao.d)Modificaes ocorridas na estrutura epidemiolgica.

  • ACurva Epidmica

    E a representaao gra fica geral de uma situaao epidemica. Nesta curva generica existem alguns aspectos que merecem ser destacados, sao eles:

  • Incremento Inicial de Casos:

    Acontece nos eventos em que o processo sau de-doena passa de uma situaao endemica preexistente para uma situaao epidemica. Com a situaa o ainda em nvel endemico, observa-se um incremento do nu mero de casos com o coeficiente de incidencia tendendo para o limite superior endemico.

  • Egresso:

    Tem seu marco inicial no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidencia for nula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia.

  • Progresso:

    Estabelecida a epidemia, o crescimento progressivo da incidencia caracteriza a fase inicial do processo. Esta primeira etapa, descrita pelo ramo ascendente da curva epidemica, termina quando o processo epidemico atinge seu clmax.

  • Regresso:

    E a u ltima fase na evoluao de uma epidemia. O processo de massa tende a:- retornar aos valores iniciais de incidencia;- estabilizar-se em patamar endemico, abaixo ou acima do patamar inicial;- regredir ate incidencia nula, includa a a erradicaa o.

  • Decrscimo da Incidncia Endmica:

    Quando o processo regride em nvel endemico e as ao es de controle e vigilancia continuam, a endemicidade pode ser levada a patamares bastante baixos, mais baixos do que aqueles vigentes antes da eclosa o da ocorrencia epidemica; pode-se pensar inclusive na erradicaao da doena.

  • Durao das Epidemias

    Contrariamente a endemia, que e temporalmente ilimitada, a epidemia e restrita a um intervalo de tempo marcado por um comeo e um fim, com retorno das medidas de incidencia aos patamares endemicos observados antes da ocorrencia epidemica. Este intervalo de tempo pode abranger umas poucas horas ou dias ou pode estender-se a anos ou mesmo decadas.Ex: A intoxicaa o alimentar e um evento extremamente curto; a febretifo idee um evento intermedia rio e a AIDS um evento de longa duraa o.

  • Abrangnciadas Epidemias

    Surto Epidmico:Denomina-se surto epidemico, ou simplesmente surto, uma ocorrencia epidemica restrita a um espao extremamente delimitado: colegio, quartel, edifcio de apartamentos, bairro, etc.Pandemia:Da -se o nome de pandemia a ocorrencia epidemica caracterizada por uma larga distribuiao espacial, atingindo va rias nao es.

  • Aspectos Diferenciais das Epidemias

    Epidemia Explosiva:O crite rio diferenciador e a velocidade do processo na etapa de progressao. Epidemia explosiva e a queapresenta uma ra pida progressao ate atingir a incidencia ma xima num curto espao de tempo. E tambem denominadaepidemia macia.Ex: intoxicao es decorrentes da ingestao de a gua, leite ou outros alimentos contaminados.

  • Epidemia Lenta:O criterio diferenciador continua sendo a velocidade de progressa o. A qualificaao lenta refere-se a velocidade com que e atingida a incidencia ma xima. A velocidade e lenta, a ocorrenciae gradualizadaeprogride durante um longo tempo. Pode ocorrer com as doenas cujosagentes apresentam baixa resistencia o meio exteriorou para os quais apopulaao seja altamente resistente. A epidemia tera tambem decurso lento quando osfatores de transmissao estiverem parcamente difundidos no meio.Ex: Epidemias decorrentes de longo perodo de incubaao (AIDS)

  • Epidemia Progressiva ou Propagada:O criterio diferenciador e aexistencia de um mecanismo de transmissao de hospedeiro a hospedeiro. Na epidemia progressiva ou propagada a doenae difundida de pessoa a pessoa por via respirato ria, anal, oral, genital, ou por vetores. A propagaao se da em cadeia, gerando verdadeira corrente de transmissao, de suscetvel a suscetvel, ate o esgotamento destes ou sua diminuiao abaixo do nvel crtico. E tambem denominadaepidemia de contato ou de contagio. Sua progressao e lenta.Ex: Epidemia de AIDS

  • Epidemia por Fonte Comum:O crite rio diferenciador e ainexistencia de um mecanismo de transmissao de hospedeiro a hospedeiro. Nesta epidemia,o fator extrnseco e veiculado pela a gua, alimento, ar ou introduzido por inoculaao. Aqui nao existe a propagaao pessoa a pessoa:todos os afetados devem ter tido acesso direto ao veculo disseminador da doena. Trata-se geralmente de uma epidemia explosiva e bastante localizada em relaao a s variaveis tempo, espao e pessoa.

  • Epidemia por Fonte Persistente:Nesta epidemia, a fonte temexistencia dilatada, e a exposiao da populaaoprolonga-se por um largo lapso de tempo.Ex: Epidemias de febre tifo ide devido a fonte hdrica, acidentalmente contaminada pela rede de esgoto.

  • ConglomeradoEspacial

    Casos de doena de etiologia conhecida ou desconhecida, com doentes exibindo sinais e sintomas iguais, para os quais pode ser suspeitada ou evidenciada uma origem identica, ou mesmo comum, associada a algum fator, ou fatores,surgidos em um territo rio circunscritocujoslimitespossam serperfeitamente definidos, constituem umconglomerado espacial de casos.

  • Casos Autctones:sao os casos de doena que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referencia ou sob investigaao.Casos Alctones:sao os casos importados; o doente, atualmente presente na a rea sob consideraa o, adquiriu o seu mal em outra regia o, de onde emigrou.

  • Fatores Inerentes ao lugar:sao os agentes etiolo gicos e as condio es propiciato rias, ambos contribuintes na geraao da doena, que, desde quando se saiba, sempre existiram nos limites da a rea em estudo.Fatores agregados:sao fatores que, ate entao inexistentes na a rea, foram trazidos de outros lugares ou foram gerados na pro pria a rea, por modificaa o da estrutura epidemiolo gica.

  • ConglomeradoTemporalUm grupo de casos para os quais sesuspeita um fator comume que ocorrem dentro dos limites deintervalos de temposignificativamente iguais, medidos a partir do evento que supostamente lhes deu origem, constitui umconglomerado temporal de casos.Ex:Pennsylvania, EUA, contaminaao de um grupo de ho spedes do mesmo hotel pela bacte riaLegionellapneumophila.

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